Podcast produzido pelo Coletivo Catarse, um programa descontraído como uma mesa de bar, mas nada happy - o negócio é sério! É gravado às terças-feiras, no Estúdio Monstro, na sede do Coletivo, e vai ao ar em uma rede que se inicia às quartas-feiras em rádios comunitárias, webradios, sites parceiros e plataformas de podcasts! A raiz do Heavy Hour é o heavy metal, mas as músicas que compõem os 3 blocos de programa variam de acordo com o tema abordado e também com o que os próprios convidados escolhem previamente. Muita política atual, muita música e vários clássicos e petardos! Ouça!
Tentar responder as causas do "coiso" não cair da presidência é uma tarefa até ponto fácil. Sabemos que os golpes dados pelos que sugam o sangue e as riquezas do nosso povo tem um viés neoliberal e autoritário. Isso desde FFHHCC, passando pelos acordos possíveis entre o PT e o "mercado", até a desastrosa entrada de Joaquim Levy no último período de Dilma Roussef, uma tentativa desesperada de acenar aos verdadeiros donos do poder, que ainda era possível mais conciliação do que já tínhamos. Mas nada deu certo e vivemos o pós-golpe de 2016, passando pelas catastróficas gestões de Temer e Bolsonaro. Juntamos um time da pesada para tentar enxergar um futuro, em meio às fumaças das queimadas, às cortinas de fumaça e à fumaça dos fornos crematórios, em uma overdose de cloroquina e fakenews. Venha com nossa equipe tentar destrinchar esses assuntos com a participação do Luciano Fetzner (presidente do Sindibancários), Júlio Alt, integrante da Acesso Cidadania e Direitos Humanos, e Gláucia Campregher, Prof. de economia da UFBA e vice-presidente do IFFD (Instituto de Finanças Funcionais para o Desenvolvimento). Nós gostamos muito da conversa e esperamos que você também goste! Links: - IFFD: http://iffdbrasil.org/ - SINDBANCÁRIOS: https://www.sindbancarios.org.br/ - ACESSO: https://m.facebook.com/acessocdh/posts
Eles preparam a rasteira, a gente fala sobre isso enquanto é possível... Em mais uma sessão ao vivo no novo formato do Heavy Hour, algumas questões vão ser levantadas, porque, afinal, estão prementes, não é mesmo? - O que estes tempos têm de semelhança com 64? - E a participação dos militares neste momento, é mesma coisa de quando também estavam no governo? Ou é pior? - O delírio "luta contra o comunismo" vai prevalecer e teremos um novo autogolpe? Além da equipe do heavyhourística do Coletivo Catarse, quem são os outros subversivos nesta live? Capitão Wilson - o Tenente Vermelho (https://www.jornalopcao.com.br/colunas-e-blogs/imprensa/tenente-vermelho-tentou-fazer-jango-reagir-em-64-253277/) Bruno Lima Rocha - jornalista e Doutor em Ciências Políticas Rafael Araujo - Historiador, com pesquisas centradas nas relações entre repressão militar, guerra interna e segurança pública desde o período da Guerra-Fria
O Coletivo Catarse traz o Heavy Hour de volta! Em formato diferente, gravado em live e com 2h de músicas e temas pesados! Nesta (re)estreia, entra na série Poder Coercitivo em pauta, somando à discussão mais estrutural feita anteriormente, mas trazendo agora os efeitos nefastos na sociedade. Quem sofre com a pancada do Estado? E por quê? Junto à equipe heavyhourística, teremos Victor Ribeiro, documentarista e ativista com ênfase em registros audiovisuais de ações da polícia, Luiza Correa de Magalhães Dutra, especialista em segurança pública, cidadania e diversidade, Clarice Zanini, advogada, e, direto da Colômbia, Emanuel Girlado Betancur, professor e documentarista. Ouça! Link da live: https://youtu.be/YDa-Vfuv7ek
É o fim? Voltaremos em 2021? No equinócio de outono? Deixe seu comentário sobre o programa Heavy Hour, sobre o que podemos melhorar ou o que você, ouvinte, mais curte do programa. E muito obrigado a todes pela audiência, seguiremos na luta siempre! Que 2021 seja muuuuuito melhor!
A pergunta retórica da nossa convidada neste programa, que defende um dos melhores sistema de saúde pública do mundo, Djanira Correa! Dêja é conselheira de saúde da região sul/centro sul de Porto Alegre e, durante o programa, nos conta da importância dos agentes de saúde comunitários, que tecem laços de proximidade com os usuários considerando as especificidades e necessidades de cada um… Um sistema de saúde gratuito, que o governo quer entregar para as mãos de capitalistas. E o relato emocionante de Cris Medeiros, conselheira tutelar na Bom Jesus, sobre sua conscientização social, é um testemunho de quem encarou a luta a partir da vivência própria, à flor da pele. Cris, que concorreu para vereadora nas últimas eleições, chama a atenção para não abandonar a luta na política para ocupar os espaços que historicamente foram negados aos moradores das periferias! No som, tem Fundo de Quintal, Arlindo Cruz, Sebastián Jantos, Raul Seixas, Ubiratan Carlos Gomes e Pearl Jam!
O Heavy Hour desta semana segue falando de eleições, segue conversando de luta e resistência, segue contando os corpos de negras e negros, mortos pela polícia, e, principalmente, segue nos mostrando que devemos estar sempre atentos para que o racismo e os preconceitos estruturados em nós sejam combatidos diariamente. Karen Santos e Leonel Radde, vereadora e vereador eleitos pelo campo da esquerda portoalegrense, nos falam de suas visões e de como é encarar o golpismo constante que vem da direita. Com a música de Planet Hemp, RATM, Freak Brotherz, Os Mulheres Negras e Chico César, desenham para nós aquilo que é obvio, mas que, por vezes, se esconde atrás de uma vírgula. E você que gosta do Heavy Hour e dos conteúdos produzidos pelo Coletivo Catarse pode nos apoiar na campanha https://apoia.se/coletivocatarse. Além de colaborar para uma comunicação nada hegemônica e ainda participar dessa construção!
Seguimos a conversa com Lilian Rocha, José Falero e Marcelo Martins no primeiro programa depois do segundo turno das eleições municipais. Encerramos mais um novembro em que a carne mais barata do mercado segue sendo a carne negra. Desconcertados com as fantasias que levam os cidadãos de bem a combater o comunismo nas urnas - como a mamadeira de piroca nas escolas e creches - os escritores alertam para uma realidade distópica: a esquerda tremendo nas bases enquanto a direita avança na pregação do extermínio. Ao som de Nina Simone e Lee Perry, somos instigados pelos convidados a pensar em como a esquerda branca contribuiu com isso? Onde está o trabalho de base nos bairros centrais, de classe média, que novamente se mostraram redutos de ignorância e preconceito? A negritude segue a luta diária, mas... E a branquitude?! Consegue ser antirracista mesmo? Curte o Heavy Hour e outros conteúdos do Coletivo Catarse? Contribua com a campanha no https://apoia.se/coletivocatarse.
Porque é preciso falar de poesia e de luta, porque é preciso filosofar e se emocionar, porque a gente nunca sabe quanto tempo demora pra voltar pra casa depois de um Heavy Hour e, principalmente, porque a cada vez que um negro cai, milhares se levantam. Este é um programa que nasceu para ser dois: Lilian Rocha, Marcelo Martins Silva e José Falero nos trazem toda força de suas artes e pensamentos na primeira parte dessa série que pretende tratar de literatura e política, daquele jeito que você já se acostumou, em mais um HH pra lá de especial! Inspirados em Zé do Caroço, na versão avassaladora de Seu Jorge, no canto preciso e arrebatador de Bia Ferreira e no romantismo inglês de Dido, entre outros petardos musicais (Liniker, Francisco El Hombre e Não Recomendados), nossos convidades fazem um bate papo em que a denúncia ao racismo e a celebração da arte e da vida se misturam e se transformam em palavras e ações. E na semana que vem tem mais! Para nos ajudar a seguir com essa programação, entra lá na nossa campanha no apoia.se e veja como participar dessa transformação!
O Heavy Hour se volta para o sul da fronteira mineral em expansão. Conversamos sobre o Projeto Fosfato Três estradas - que, a partir de Lavras do Sul, pode abrir as porteiras do estado para a megamineração. Ao som de Milongas Ancestrais, falamos com Fernando Aristimunho sobre a luta dos povos e comunidades tradicionais do Pampa contra o empreendimento. Do professor e pesquisador Sérgio Barcellos, ouvimos os gritos da terra, de rios que podem chorar lama e de um licenciamento denunciado como violador de direitos humanos. Convidamos, ainda, a todos a acessar a reportagem em série sobre o tema: - Licenciamento ambiental do Projeto Fosfato continua sendo alvo de questionamentos http://coletivocatarse.com.br/2020/11/12/licenciamento-ambiental-do-projeto-fosfato-continua-sendo-alvo-de-questionamentos/ - Impactos e Atingidos: um cálculo em disputa http://coletivocatarse.com.br/2020/11/16/impactos-e-atingidos-um-calculo-em-disputa/ - Interesses em conflito na fronteira mineral em expansão http://coletivocatarse.com.br/2020/11/17/interesses-em-conflito-na-fronteira-mineral-em-expansao/ E a conhecer a campanha de apoia-se do Coletivo Catarse: https://apoia.se/coletivocatarse.
Em plena guerra híbrida da geopolítica nossa de cada dia, a equipe do Heavy Hour recebe mais uma vez o Professor Wilson Ferreira, que, tal um cabo armeiro, nos ajuda a desmontar as bombas semióticas que dominam o espectro político desde a sede do Império até as eleições municipais em nosso país. Salles chama Maia de Nhonho, Bozoquina toma guaraná Jesus e teme desmunhecar, Biden é eleito e promete salvar a civilização ocidental das garras do extremismo de direita, enquanto se abraça nos bilhões da indústria armamentista, a vacina chinesa vai pro beleléu do Butantã, e a frente democrática de centro é lançada no Fantástico, com Moro e Huck sinalizando o fim dos extremismos em nosso país, enquanto uma parte da esquerda discute a neutralidade de gênero e sonha, embaixo das cobertas, com as praças chilenas e a redenção boliviana. Embalados pelo rock que contesta e desnuda os mecanismos, um pedido especial de nosso especial convidade, o HH segue anunciando a campanha do Apoia.se do Coletivo Catarse e faz também um jabá esperto pro livro Bombas Semióticas na Guerra Híbrida Brasileira (2013 a 2016) - Por que aquilo deu nisso?, um apanhado de artigos do Blog Cinegnose, do Professor Wilson. Bora desarmar mais essa bomba e escutar o Heavy Hour da semana! Wilson Roberto Vieira Ferreira, Bombas Semióticas na Guerra Híbrida Brasileira (2013 a 2016) - Por que aquilo deu nisso?, São Paulo: Publicações Cinegnose, 2020 http://cinegnose.blogspot.com/2017/07/bombas-semioticas-brasileiras-2013-2016.html
No programa 116 do HH, a nossa estrada vai direto ao coração do Quilombo Lemos, espaço de reconhecimento da ancestralidade negra e da luta pelos direitos básicos dos cidadãos desse país. Conversamos com Sandro Lemos, que traz a palavra da família Lemos, que se empodera, se reconhece e fortalece a história dos Quilombos Urbanos de Porto Alegre. Entre Kizombas, Festas de todas as raças, Kalunga e a sua Jamaica mítica e Negra Jaque, representante da Zona leste portoalegrense, o Heavy Hour também convida a conhecer a campanha de apoio ao trabalho do Coletivo Catarse no site www.coletivocatarse.com.br. E, para conhecimento da história que vive o Quilombo Lemos, sugerimos a leitura desta matéria de 2 anos atrás feita pelo Sul 21: https://www.sul21.com.br/ultimas-noticias/geral/2018/11/presidente-do-padre-cacique-sobre-quilombo-lemos-vao-sair-nem-que-seja-a-ultima-coisa-que-eu-faca/
A necropolítica neoliberal se espalha por todos os meandros da sociedade. Na educação, dá as caras em sucessivos governos e, como já disse o Mestre Darcy Ribeiro, sua crise é um projeto. Para denunciar os abusos, conclamar as lutas e desvelar os mecanismos de controle que vivenciamos no dia a dia, o Heavy Hour conta com dois filósofos e artistas: Renato Levin Borges, professor da rede pública municipal de Porto Alegre e guitarrista/vocalista da Estive Raivoso, e Diorge, da Resistência Popular Sindical, baixista da banda Tarja Preta, direto de Santa Maria. A volta às aulas durante a pandemia, as aulas remotas, plataformas de ensino, salários parcelados, os negócios escusos de gestores que não conhecem as realidades do povo em suas cidades. Esses e outros assuntos foram abordados entre os tradicionais petardos musicais do HH, dessa vez inaugurando um novo processo: a participação dos apoiadores do Coletivo Catarse na escolha de músicas que tocam no programa - neste, inclusive, o setlist não foi um samba de uma nota só, parecendo bem eclético! Logo mais a gente vai contar com a participação do pessoal que nos ajuda a manter o trabalho na concretização de uma ideia de comunicação comunitária, construindo pautas e participando ativamente dos ideiais do Coletivo Catarse. Quer saber como pode apoiar e participar do nosso trabalho? Entra no link e escolha uma forma de apoio: https://apoia.se/coletivocatarse
O terceiro e último programa desta série de lives conta com a participação de Julia Barth, baixista nas bandas 3D Punk Rock e Cine Baltimore, além de ser vocalista da icônica banda punk Os Replicantes, produtora do Festival Vênus em Fúria, ou seja, é uma artista que surfa com grande maestria em diversas cenas do underground. Além do bate papo, ouviveremos muita música boa do underground, é claro. Histórias Nunca Contadas é uma série de 3 programas em formato de live, que conta uma parte de como o cenário underground de rock/metal gaúcho se constituiu dos anos 90 ao inicio dos anos 2000 e se mantém até os dias de hoje. Setlist: 3-D - Desorientada Alcalóides - Ouça Além Cine Baltimore - Todos Corações Os Replicantes - Feminicídio Shes Ok - No Ar DeFalla - Não me mande flores Delta 5 - Mind Your Own Business Space Rave - Never Mistake (in the underground) Os Replicantes - Maria Lacerda ___________________ Está série de programas foi contemplada pelo EDITAL FAC DIGITAL – Universidade Feevale/SEDAC-RS Facebook: @RS.sedac, @feevale e @feevaletechpark Twitter: @sedac_rs e @Feevale Instagram: @sedac_rs, @feevale e @feevaletechpark Site: www.cultura.rs.gov.br, www.feevale.br e www.feevaletechpark.com.br
O segundo programa da série conta com a participação de Geison Pitta, Produtor Cultural proprietário da Bombs Company, dividindo com Davi Pacote, Produtor Musical proprietário da gravadora Hill Valley e guitarrista das bandas Os Torto, Big Stone Crew e baixista na Flanders 72. Permeamos os underground do final dos anos 90 e aquele inicio de 2000 pré-internet e a revolução que ela trouxe ao aproximar e agilizar contatos, junto com a evolução dos equipamentos, possibilitando bandas a começarem a gravar e produzir suas músicas "afinadas". Mete o play e curte que o programa está divertido e com muita sonzeira da cena punkrock/hardcore de Porto Alegre. ___________________________________ Este programa foi contemplado no Edital FAC Digital, parceria da SEDAC-RS e Universidade Feevale Facebook: @RS.sedac, @feevale e @feevaletechpark Twitter: @sedac_rs e @Feevale Instagram: @sedac_rs, @feevale e @feevaletechpark www.cultura.rs.gov.br, www.feevale.br e www.feevaletechpark.com.br
Essa semana o nosso Heavy Hour traz uma conversa com André Meyer, vocalista da banda Distraugth, que vai nos levar a uma viagem aos primórdios do thrash/crossover feito aqui em Porto Alegre e que, por sua excelência e insistência, junto aos seus abnegados parceiros de música, tornaram a banda em uma das mais reconhecidas formações do heavy metal nacional. Puro amor ao rock e muito peso é o que iremos ouvir no primeiro episódio dessa série que vai acompanhar o underground portoalegrense em conversas com alguns de seus principais personagens. Essa foi a primeira vez que o programa foi transmitido como live. Então, fica ligado que é só procurar no canal do Coletivo Catarse (https://youtu.be/mZOJ2lUQcVA) pra conhecer um pouco mais do Estúdio Monstro, casa do HH! Fica também o nosso reconhecimento e torcida ao FUNDAMENTAL Flávio Soares, que estaria conosco nesse programa. Força, Flávio! Ouvimos Hellucinations, Locked Forever, To live better e o cover Scape to the Void (Sepultura), com a Distraugth, além de Guerreiros das Ruas (Leviaethan), O Alienado (Astaroth) e Shoobydahbydoobah, Porto Alegre é o meu lar (Panic). _____________________________________ Este projeto é contemplado no Edital FAC Digital, parceria da SEDAC-RS com a Universidade Feevale. Facebook: @RS.sedac, @feevale e @feevaletechpark Twitter: @sedac_rs e @Feevale Instagram: @sedac_rs, @feevale e @feevaletechpark www.cultura.rs.gov.br, www.feevale.br e www.feevaletechpark.com.br
O Heavy Hour dea semana ocupa as ondas dos rádios, os bits and bites da internet, ocupa escola pública, prédios abandonados, as ruas, ocupa as mentes e os corações de quem luta por vida digna. Paula Paulada, integrante da Coluna Vermelha, e Ezequiel Morais, militante do MLB, nos falam sobre a ocupação como ferramenta de luta e transformação social. Paula nos conta da experiência na Escola Estadual Rio Grande do Sul, onde uma ocupação realizada por ex-alunos e pais de alunos enfrenta uma alegada política do governador do estado: sucatear para vender o espaço público de educação. Ezequiel nos traz a palavra de quem utiliza essa ferramenta de luta há tempos, construindo experiências e esperanças para quem enfrenta as injustiças sociais com a própria vida. No som, bandas que utilizam sua arte para denunciar e agitar as cabeças. Uma verdadeira ocupação musical para os headbanger, que andam muito conservadores para nosso gosto, e uma lembrança perene do que é o RAP. Além disso, terminamos o programa com Frank Zappa, que tem lugar cativo nas nossas memórias afetivas. Setlist: Eu Acuso! - Lona Preta Deep Purple - Throw My Bones Sepultura - Guardians of Earth MC Demo - Vandalismo RZO - O Trem Revolta - Hecatombe Genocida Frank Zappa - Watermelon in easter hay
No Heavy Hour desta semana, nós seguimos com a segunda parte da "Minha História", projeto contemplado no edital FAC Digital e que conta a safa de Dona Maria Islair Madruga Baptista, a mãe do Sopapo. Entre memórias emotivas e histórias que estavam para serem contadas, esse programa segue no embalo do tambor com a participação de Leandro Anton, do Ponto de Cultura Quilombo do Sopapo, da colega de Coletivo Catarse, Têmis Nicolaidis, e, claro, Zé Baptista, herdeiro e luthier criador da linhagem de tambores da Família Baptista. Setlist: Amado Batista - Princesa Benito de Paulo - Retalhos de Cetim Avendano Júnior - Liberdade Tim Maia - Me Dê Motivos Avendano Júnior - Falta Você Edu da Matta - Barracão EDITAL FAC DIGITAL - Universidade Feevale/SEDAC RS Facebook: @RS.sedac, @feevale e @feevaletechpark Twitter: @sedac_rs e @Feevale Instagram: @sedac_rs, @feevale e @feevaletechpark Site: www.cultura.rs.gov.br, www.feevale.br e www.feevaletechpark.com.br
A Dona Maria deve ter uma peça em papel velho, desbotada pelas marcas do tempo. O Mestre Batista deve ter uma cuíca em metal pesado, desgastada pelos toques do batuque. E os sopapos que estão vindo estão saindo desse ventre de cuíca... Minha História é o Heavy Hour especial Espaço Griô/FAC Digital em que conversamos com Dona Maria, a Mãe do Sopapo. Sua trajetória de vida, memórias afetivas, os encontros de nossa grande família, formada em torno do Tambor de Sopapo, matéria e espírito, legado ancestral, presente de lutas e futuro de permanência e transformação. O grande tambor, que nas charqueadas era tronco no chão, em Rio Grande, barril de toneleiro, nas ruas de Pelotas ressoava nas mãos de negros grandes, é pura memória e metamorfose. Um símbolo da vida de nossa gente, transformou a família de Dona Maria e transforma nossas vidas. Esse é só um primeiro episódio, recheado de músicas do passado, melodias e letras viscerais, contrastando com a fala macia e pausada de nossa Mestra. Agradecemos também a participação de Têmis Nicolaidis, Leandro Anton, Jéferson Kologeski e Zé Batista, que nos ajudaram a pegar a estrada rumo ao sul do passado pra contar mais um pouco de um outro lado dessa linda história. Setlist: Marcelo Cougo - Dona Maria Vicente Celestino - Coração Materno Maysa - Meu Mundo Caiu Elizete Cardoso - Manhã do Carnanval Nelson Gonçalves - Ronda Noite Ilustrada - Nervos de Aço Jair Rodrigues - O Ébrio EDITAL FAC DIGITAL - Universidade Feevale/SEDAC RS Facebook: @RS.sedac, @feevale e @feevaletechpark Twitter: @RS.sedac e @Feevale Instagram: @sedac_rs, @feevale e @feevaletechpark Site: www.cultura.rs.gov.br, www.feevale.br e www.feevaletechpark.com.br
Depois de décadas de devastação por lavouras de eucaliptos e soja, os campos e seus moradores enfrentam uma nova ameaça: a megamineração. Na iminência de uma Licença de Instalação, que pode abrir as porteiras da pampa para as transnacionais, juntam-se os parceiros de luta. Luna Carvalho, cientista social e doutoranda em desenvolvimento rural, expande os horizontes para além dos esteriótipos de peões e patrões. Leonardo Melgarejo, hoje, entre tantas outras atividades, colunista do site do Coletivo Catarse, contribui com sua ampla bagagem de seu pensamento e atuação ecologista e de sua história de luta contra o latifúndio. Entorpecidos pela trilha sonora, a equipe vislumbra possibilidades de resistência. Enquanto a ave de rapina invasora ronda os campos, os quero-queros se unem na defesa do território pampeano. Setlist: Clarissa Ferreira - Flor Extinta Gaúcho da Fronteira - Herdeiro da Pampa Pobre George Harrison - Wah-Wah Phil Collins - In The Air Tonight Caetano Veloso e Gilberto Gil - Haiti Abaixo, outros três programas relacionados às questões de mineração no Rio Grande do Sul: Minera teu C... - http://coletivocatarse.com.br/2019/06/05/heavy-hour-42-04-06-19-minera-teu-c/ Vaza daqui mina Guaíba - http://coletivocatarse.com.br/2019/06/12/heavy-hour-43-11-06-19-vaza-daqui-mina-guaiba/ Minasculinidade tóxica - http://coletivocatarse.com.br/2019/10/23/heavy-hour-62-22-10-19-minasculinidade-toxica/
O convidado desta semana é Paulo Dionísio, músico, compositor, vocalista da Produto Nacional, que, em mais um Espaço Griô, conta parte de sua história e ajuda a equipe do Heavy Hour na tarefa de jogar luz nos mecanismos de poder da mídia cultural. Com uma trajetória que vem desde os anos 80, Dionísio nos traz o açoite das tranças horrendas contra a Babilônia, que a tudo tenta engolir. Das rodas de cerveja e música à descoberta do Reggae como linguagem universal, a formação da Produto Nacional (maior banda de reggae do Sul do Brasil!), a tomada de consciência, a mescla de estilos, o alerta a oprimidos e opressores, o artista que não se conforma e canta a esperança, a negritude, a sua voz como uma bazuca contra o sistema. Paulo, tal o deus romano da natureza e da alegria, nos embebeda com o vinho de sua música (na verdade foi com cachaça @cana_caipora) e transforma o Heavy em Reggae no Estúdio Monstro, mantendo o peso com suas ideias e melodias. Salve Marley, salve Tosch, salve Yuka, salve Paulo Dionísio! Setlist: Produto Nacional - Esperança Paulo Dionísio - Dreadlock Paulo Dionísio - Não vou me conformar Produto Nacional - Negritude Gato Produto Nacional - Yuka Basuca Produto Nacional - Oprimidos e Opressores Produto Nacional - Reggae Paradise Produto Nacional - Não dá nada
O chamado internacional da Semana de Agitação em Solidariedade aos/às Anarquistas Presos/as trouxe conosco Gro, integrante da Coordenadora 18 de Octubre pela Libertação dos Presos Políticos e da Feira Anticarceraria em direto do Chile, e Sinistro Parrhesia, que, desde Porto Alegre, nos traz um relato de uma experiência de vida nas masmorras do Estado e da situação atual nos presídios do Rio Grande do Sul. Este programa questiona a instituição carcerária, uma máquina de extermínio que se fundamenta na justiça burguesa para proteger os interesses dos poderosos… Em homenagem à luta de Sacco e Vanzetti, este programa traz para o público a dignidade dos Mapuche e a determinação dos anarquistas que lutam dentro e fora das prisões contra a dominação. Liberdade aos presos e presas políticos! Playlist encarcerada no coração: Nego Gilson - Chikuta MRS Banda Bonnot - Máxima Seguridad Iron Maiden - Public Enemy Naturaleza Indómita - Utopia Ante Nadie Motorcavera - Idiocracia Eu Acuso! - Não Conte a Ninguém Ennio Moricone e Joan Baez - The Ballad of Sacco and Vanzetti
Uma lutadora romântica e apaixonada pela cultura de Porto Alegre. No Espaço Griô do Heavy Hour nesta semana, a conversa restauradora de ânimos e afetos nos faz viajar nos tempos de Oswaldo Aranha, Porto Reggae, FSM e nos traz, hoje, aquela vontade de dançar e sorrir, enquanto se luta! Nossa viagem, na companhia luxuosa de Marietti Fialho, inicia lá no início dos anos 90, na tradicional Lancheria do Parque, caminha pelas ruas de uma Porto Alegre negra e reggaera, enfrenta o machismo e o preconceito racial, conhece cada canto desse estado, vai pelo mundo e volta pra seguir indo à luta, sem jamais esquecer o romantismo. Marca tradicional na arte feita por esta mulher ícone da música feita na nossa cidade. Esse bate-papo nos trouxe lembranças e conhecimentos antigos, nos deu sede de limonada e etílicos, fez rodar Da Guedes pela primeira vez no programa e mostrou quais os caminhos de reinvenção e resistência essa artista segue trilhando, mesmo em pleno isolamento pandêmico. Os motivos de admiração por essa trajetória são óbvios! Muita gente já sabe, desde os tempos de Ipanema FM. Para você, que não conhece ainda, essa é uma oportunidade de ouvir e curtir a natureza guerreira e amorosa de Marietti Fialho! Para acompanhar a cantora e compositora entre e se inscreva no canal: https://www.youtube.com/user/MARAVILHAETI Setlist: Marietti Fialho - Eu vou à luta Marietti Fialho - Guria Da Guedes - Fração (Até Quando Esperar) Motivos Óbvios - Quadrilha Richard Serraria e Marcelo Delacroix - Doce amor se fez samba puro Marietti Fialho - Na Moral do Blues Marietti Fialho e Cia Luxuosa - Louco pra te ver Marietti Fialho - Telhados de Paris
Se o machismo é um dos pilares estruturantes do capitalismo, o feminismo é seu antídoto na busca pela igualdade de direitos e pela vida. Thaís e Itauane, da Clínica Feminista na Perspectiva Interseccional, que trabalha a escuta e o acolhimento, lutam contra a baixa qualidade da internet e batalham pelo seu direito de falar e serem escutadas no Heavy Hour desta semana. Durante esse período de pandemia e pandemônio, quando os índices de criminalidade diminuem, a sociedade observa que a violência de gênero e o feminicídio aumentam. Mais do que trazer reflexão, esses dados exigem ação. Para as mulheres que compõem a Clínica Feminista, essa ação passa pelo estudo, pela troca de saberes e, principalmente, pela escuta e acolhimento. Como se organiza a Clínica, quem dela faz parte, quais os caminhos para seguir o enfrentamento às violências escancaradas e sutis... A voz de Elza Soares e o nosso lugar de fala - outra canção que atenta contra a moral e os maus costumes. Feministas e antifascistas precisam andar juntas, ao menos no HH. Desse modo ajudamos a amplificar a voz de Lê Sisa, do Arquivo Punk Rock do Sul, que está lançando a Coletânea Bandas Antifascistas, que, além de escancarar que a arte é veículo de luta, traduz essa luta em apoio à Casa Mulheres Mirabal, casa que é referencia no acolhimento a mulheres vítimas de violência. Quando a arte se encontra com a luta das mulheres, a melodia da mudança se faz ouvir mais longe! Quem quiser saber mais, apoiar ou procurar apoio, aqui estão os contatos da Clínica Feminista: extensaoclinicafeminista@gmail.com Instagram - @clinicafeministaufrgs Quem quiser conhecer a Coletânea de Bandas Antifascistas e apoiar a Casa de Referência Mulheres Mirabal, entra em contato por aqui: Instagram - @arquivopunkrock WhatsApp - (51) 99250.1863 Setlist: Abigail Punk Rock - Ninguém Entende Cat Arcade - Engasgo Flanelas Desbotadas - Jéssica Mulamba - P.U.T.A Elza Soares - O que se cala Os Replicantes - Punk de Boutique Lo que Te Voy a Decir - Revolte-se Satans - A woman eat your brain
No Heavy Hour desta semana, conversamos com Fátima Fischer e Rafael Wolski, integrantes do Fórum Gaúcho de Saúde Mental, sobre a situação em dois grandes manicômios do estado - São Pedro e Colônia Itapuã. Ao vírus do neoliberalismo, que tudo destrói, soma-se a pandemia de Covid 19. Ouça e tire suas conclusões! O vírus genocida do neoliberalismo não está mais sozinho. Ele encontrou na parceria com o novo Corona Vírus uma oportunidade de executar seus planos mais mesquinhos. Se isso não é verdade, infelizmente parece ser. As condições sanitárias em dois dos maiores manicômios do Rio Grande do Sul já vinham sendo denunciadas lá atrás, quando a pandemia Covid-19 aportou por essas plagas. Ao que parece, nada foi feito e, agora, as denúncias são muito mais graves: contaminações de pacientes e trabalhadores, mortes, descaso... Será o plano de altas por óbito sendo levado a pleno pelas gestões da saúde mental? Na contramão das políticas antimanicomiais, os últimos governos têm voltado às praticas medievais no tratamento de pessoas que apresentam distúrbios na mente - e isso agora cobra seu preço. Em condições insalubres, pessoas amontoadas são presa fácil desses dois vírus mancomunados na arte da morte. Será que é o progresso que nos leva a esse destino? Interesses imobiliários e limpeza social fazem parte do velho e do novo normal para a maioria dos cidadãos comuns? Para aqueles que cantam e riem sozinhos, o lar é o velho sanatório, que, tal qual um sanitário, aguarda a descarga final para se livrar da sujeira? Todos nós, roubados diariamente da nossa sanidade mental não podemos nos enganar - dessa lama virá o caos, desse caos tem de brotar a vida e não mais a morte. No link matéria do Brasil de Fato sobre as denúncias: https://www.brasildefators.com.br/2020/07/24/hospitais-psiquiatricos-em-porto-alegre-tem-surto-de-covid-e-ja-registram-mortes Setlist: Asfixia Social - Revelação Belchior - Pequeno Perfil De Um Cidadão Comum Cenair Maicá - O Louco Metallica - Welcome Home (Sanitarium) Chico Science & Nação Zumbi - Da Lama Ao Caos Bush - Cold Contagious Cavalera Conspiracy - Insane
No Heavy Hour dessa semana, o encontro entre a realidade e a ficção. Só que não! Luíza Batista, Presidenta da Federação Nacional das Empregadas Domésticas bate um papo direto com Leandro Assis, autor, junto com Triscila Oliveira, das séries em quadrinhos "Os Santos" e "Confinada", que tratam da luta de classes que é travada todos os dias nos lares mais de bem do Brasil. A herança escravocrata legou às classes mais abastadas o costume de não fazer nada em casa. Os mais nobres sobrenomes brasileiros, ou nem tão nobres assim, sempre têm aquela senhorinha que faz parte da família ou aquela jovenzinha tirada da miséria, para limpar, cozinhar, lavar, passar, organizar, cuidar das crianças, passear com os cães, morar, comer, violentar... Viver dentro de um lar que não é o seu. A busca por direitos, para fazer frente a tantos deveres, vem de longe. Quando a categoria das empregadas domésticas vê os frutos dessa luta virarem leis, quando suas filhas e filhos começam a frequentar as faculdades, multidões em verde e amarelo invadem as ruas e as redes, clamando pela volta ao passado. Desde então, não paramos de retroceder. Este é o cenário que gera ódio e revolta. Leandro Assis e Triscila Oliveira traduzem esse ódio em tirinhas de quadrinhos. Suas séries mostram o cotidiano de famílias ao melhor estilo Zona Sul do Rio, novela da Globo. E a pandemia trouxe à luz o "confinamento", o desenho de uma relação entre a digital influencer e sua empregada doméstica em período de quarentena. Na conversa com Luíza, muitas outras histórias foram contadas, tão reais quanto a ficção em quadrinhos. Nessa troca de vivências e olhares, o Heavy Hour enaltece Clara Nunes e o épico Canto das Três Raças, pede socorro com Arnaldo Antunes e vê todo amor que não existe em "esse-pê" se transformar na força matriz e motriz na luta pela transformação! Setlist: Arnaldo Antunes - Socorro Clara Nunes - O Canto das 3 Raças Onslaught - Religiousuicide Tom Waits - Hold On Criolo e Emicida - Não Existe Amor em SP
Que se foda o aifudi. A exploração do hipercapitalismo dos APP`s de entregas de alimentos encontra a resistência de jovens que se articulam para lutar por seus direitos. Neste programa, falamos com Matheus, Tirza e Gabriel, Distrito Federal e Porto Alegre ligados no #brequedosapps. A rapaziada conversa conosco sobre o que era para ser alternativa de renda e que se torna uma das principais fontes de sobrevivência em nosso país. Assolado por uma crise econômica que mais se assemelha a um projeto muito bem implementado, milhões de pessoas buscam nos aplicativos de entregas de alimentos uma saída para não caírem definitivamente na miséria. O que era exploração do trabalho camuflada de empreendedorismo vira filme de terror com a chegada da pandemia Covid-19 e obriga a uma reação. Naturalmente solidários entre si, durante o dia a dia nas grandes cidades, entregadoras e entregadores, de bicicleta, de moto, de carro, se veem diante do desafio de se constituírem como classe de trabalhadores e buscam na organização coletiva e na velha ferramenta de lutas - a greve - uma forma de enfrentamento àquilo que a ideologia neoliberal vende de porta em porta como Novo - o partido da megaexploração do trabalho e a ausência de direitos. Matheus, do DF, e Tirza, de Porto Alegre, integrantes dos Entregadores Antifascistas, e Gabriel, também de Porto Alegre, do Coletivo Independente de Trabalhadores de Aplicativos, nos contam desses desafios e nos mostram as músicas que embalam essa luta. Setlist: Raul Seixas - Aluga-se Kamykazy - Parem a Produção David Bowie - Rebel Rebel Sang - Diz pro ifood MC do L - Sou motoqueiro, sou cachorro louco sim Hempadura - Cidadão de Bem Gonzaguinha - Pacato Cidadão
Uma retrospectiva completa de todos os programas ininterruptamente já produzidos. 99 dos mais variados temas apresentados pela mucho lokal equipe do Coletivo Catarse! Dá para dar umas risadas, ver que tem muita coisa interessante e ainda curtir um belo e clássico som! Setlist: Hempadura - Queimem! Black Sabbath - War Pigs Anthrax - Indians Calle 13 - Latinoamérica Eu Acuso! - Marcha dos Patifes Metallica - For Whom The Bell Tolls
Quando a realidade é tão óbvia que até parece piada, um meme pronto pra viralizar, pode ser um elemento estratégico que alguém plantou na sua frente. Decifrar os códigos, desnudar os ícones, perceber que aquilo que chamamos de real muitas vezes é fruto de uma construção elaborada, planejada, com objetivos de causar confusão, pautar a discussão e usar as ações do inimigo a seu favor. Como se fosse um campo de guerra. A batalha da comunicação está em toda parte e não se pode escapar! 2013, Segunda Guerra, estratégia militar, Tony Montana, sistemas operacionais, uma música que não deveria terminar. Teve tietagem explícita e curtição verdadeira! O Heavy Hour queima a largada e comemora, uma semana antes, o centésimo programa. Este 99 teve a especialíssima participação do Professor Wilson Ferreira, editor do Blog Cinegnose (cinegnose.blogspot.com), um cara que a gente gosta de ler e nos faz pensar nas armadilhas em que a esquerda brasileira está enredada. Músicas que nos fazem pensar e viajar misturadas à granadas semióticas de guerrilha lírica e imagética! Ah, saudações a toda gente que faz o Heavy Hour, uma janela para tentar decodificar a infoxicação de nossos dias, afinal, quem entende o que está acontecendo é porque não está bem informado. Ou seria o contrário? Setlist simbólico: Jello Biafra and The Guantanamo School Of Medicine - Taliban USA Yustedes - Dia Santo Titãs - Desordem Crosby, Stills, Nash & Young - Almost Cut My Hair Rage Against The Machine - Killing in the name
A Lei Aldir Blanc tem por objetivo levar emergencialmente recursos financeiros para manter agentes e espaços culturais. Em tempos de pandemia, esta é a classe de trabalhadores que mais sofre. Inclusive, com a insegurança sobre quando as suas atividades podem voltar. Nessa escorada pela necropolítica de Bolsonero, artistas seguem a vida se equilibrando entre lives e boletos, editais toscos e falsas promessas. Se fôssemos conhecidos como "banco" de cultura, talvez Paulo Guedes viesse correndo nos trazer trilhões de dinheiro público para seguir a sangria da usura financeira. Falando sobre a mobilização dos Pontos de Cultura, trabalho em rede e estratégias de sobrevivência, Fabi Menini e Guto Obafemi, trabalhadores e representantes de setores culturais, nos dão seus panoramas e ajudam a entender como a mobilização pode fazer a diferença. No encontro entre a Capoeira e o Hip Hop, o golpe é de baixo pra cima, culturas unidas contra a opressão desmedida, cultura do rock e do folk contra as futilidades do consumo desenfreado, onde junto, do alimento sagrado, é entregue um pouco da alma da classe trabalhadora. Mestre Chico Science nos lembra que a cidade não para. Nós lembramos quem faz a cidade crescer. Setlist: Chico Science & Nação Zumbi - A Cidade Negra Jaque - 80 Motivos Antonio Nóbrega - Sambada dos Mestres Cristal - Rude Girl Matheu Correa - Funk Drama Don L - Aquela Fé Carlos Hahn - Bugiganga Sirilo da Fusão - Só Será Blecaute - Cidade Hostil
Finalmente Queiroz apareceu. Na real, foi encontrado onde ninguém imaginaria(?)... Partindo dessa potencial bomba e seus possíveis efeitos políticos, a turma do Heavy Hour procurou aquela que é, proporcionalmente, a deputada que mais votos fez no Brasil e, principalmente, amiga dos tempos de política estudantil do nosso âncora: Manuela d'Ávila. Ela abriu uma brecha em sua disputada agenda para bater um papo sobre este país distópico, que se avizinha cada vez mais, das profecias do apocalipse. Acabamos falando pouco sobre o aparecido de Atibaia, mas bastante sobre as experiências - positivas e negativas - de quem foi tão jovem para um dos centros do poder brasileiro disputar espaço com figuras nefastas da política nacional - como o então deputado do baixíssimo clero, J. M. Bolsonero. Nessa conversa ao estilo HH, Manu nos conta um pouco da sua aventura em Brasília, a solidão no Planalto Central, a amizade com Jean Wyllys e mais um tanto sobre suas lutas. Claro que não poderia faltar o famoso jabá do programa, e esse vem com uma bela canção de Duca Leindecker, o pai da Laura. Setlist: Patife Band - Vida de Operário Charles Bradley - Changes Duca Leindecker - Todas as Cores
Estátuas e privilégios foram erguidos em cima de sangue e suor negro e indígena. O Novo Mundo inteiro é assim. Onde houve escravidão e genocídio há ruas, avenidas, praças e monumentos que exaltam os nomes de quem escravizou e matou. Que espécie de lógica é essa que naturaliza algo tão cruel? Há muito tempo se fala de negritude. Seus monumentos imateriais, tais como a música, a comida, a história contada de boca em boca. Na materialidade das cidades está a plenitude da branquitude, conceito que vem se espraiando e trazendo reflexões cruciais para o momento em que vivemos. Como não achar normal que aqueles que têm nomes de praças e logradouros sejam os mesmos que tenham as posses, os cargos, os títulos? Que tenham a caneta que escreve a história? Os momentos são de questionamento e luta. Luta pela vida e questionamento sobre o papel que desempenhamos nessa máquina. André Simões, mestrando em Antropologia Social, revisita o Heavy Hour, agora à distância, mantendo o olhar e a voz aguçados. Ledeci Lessa Coutinho, ativista do movimento negro há 3 décadas, Historiadora, ex-Secretaria de Educação do município de Cangucu, Mestre em Educação pela Ufpel, no ano em que comemoramos uma década do lançamento d'O Grande Tambor (documentário que emergiu o Coletivo Catarse na História do Tambor de Sopapo e numa parte da trajetória do povo negro no Estado do RS), segue nos trazendo reflexões fundamentais e que mexem também com nossas emoções. A luta contra o racismo segue sendo central, e, nela, o coração e a razão precisam andar juntos, para que realize em toda sua plenitude! Setlist: O Grande Tambor - Suíte Senzala Bob Marley & The Wailers - Africa Unite Elza Soares - A Carne Victoria Santa Cruz - Me Gritaron Negra Emicida - Mãe Blecaute - Eldorado do Sulfur
“Para provocar uma reação numa sociedade onde a propriedade é tão importante, talvez seja necessário quebrar umas vidraças...” - nos diz Ana Barreto, diretora da ONG AfroResistance e convidada, desde Nova Iorque, no Heavy Hour da semana. Também direto do Império, recebemos Dennis, porto-riquenho, videoativista e vigiante de policiais, que traz os sentires das ruas, bairros e periferias militarizadas pela pandemia e tumultuadas por mais um assassinato de uma pessoa negra nas mãos dos fuckin'cops! Ana nos explica de antemão que não existe capitalismo sem racismo! Eric Garner, George Floyd, Michael Brown… E tantas outras vidas exterminadas por um sistema capitalista/colonial/moderno que precisa acabar. Milhares de pessoas recuperam as ruas exigindo justiça, derrubando e incendiando símbolos da histórica opressão racial/capitalista e enfrentando a violência de Estado num “I can't breathe” que reverberou em vários lugares do mundo, inclusive no Brasil. E, para nos revelar a configuração da sociedade brasileira e os movimentos sociais que combatem o racismo, ouvimos também o antropólogo Alexandre Peres de Lima, que aponta à falta de empatia como central na reprodução das relações de dominação. O Heavy Hour e o Coletivo Catarse não esquecerão de João Pedro, menino de 14 anos assassinado covardemente pela policia no Complexo do Salgueiro no último 18 de maio, nem de Miguel, criança de 5 anos, encerrado num elevador - pela patroa da sua mãe -, que caiu do 9º andar, nem de todos os que, anonimamente, são assassinados na mais profunda indiferença… Against capitalism, contra o racismo!!! Setlist: Gonzaguinha - Comportamento Geral Dead Prez - The Hood Fantastic - How Long Luedji - Luna Clara Nunes e João Nogueira - As Forças da Natureza Melvis Santa - Inmensidad Flicts - E o povo onde está
Desde antes da pandemia Covid 19, as periferias, vilas e favelas desse Brasilzão já sofriam de vírus tão ou mais letais que o Corona: racismo, miséria, criminalização da pobreza, falta de acesso aos direitos básicos... Enfim, CAPITALISMO-vírus! Todas essas febres e dores se acentuam ainda mais em meio ao plano necropolítico dos governos neoliberais fascinados pelo fascismo. Como se proteger desse mal? Como alterar esse quadro de terror? Organização e solidariedade entre nós! Essa é a proposta da ação "Nossa força move o mundo: lançamento da Campanha de Luta por Vida Digna". Sendo verdade que nossa luta nunca parou, também é fato que estamos em um momento em que é necessário lutar ainda mais para que se dê uma basta em tanta violência contra os pobres. Também é fato que, se toda a riqueza é produzida por quem trabalha, o que ficou claro nesses tempos pandêmicos, a essa riqueza toda gente tem direito. Conversando com Wanessa e Rod, de Maceió à Porto Alegre, a Resistência Popular dá o tom dessa luta, abre caminhos e nos convida a ampliar, de braços dados e confiantes no futuro! Link para o site da campanha: http://reporterpopular.com.br/nossa-forca-move-o-mundo-lancamento-da-campanha-por-vida-digna/ Setlist: Caetano Veloso - You Don't Know Me Ronnie Von - Anarquia Chico Science e Nação Zumbi - Monólogo ao Pé do Ouvido + Banditismo Por uma Questão de Classe Fito Paez - Ojos Rojos Mercedes Sosa & Martha Argerich - Canción del Árbol del olvido Jimi Hendrix - All Along The Watchtower Hempadura e Machete Bomb - 5 Tiros Black Sabbath - War Pigs
Enquanto o ministro da educação vomita seu ódio público aos povos originários deste território, o HH volta a trazer à tona a luta desses mesmos povos originários! Desde Oiapoque, a antropóloga e integrante do Iepé (Instituto de Pesquisa e Formação Indígena), Rita Lewkowicz, nos traz um panorama sobre a terrível situação que se enfrenta na região norte do país. Remotamente, ainda, recebemos no Estúdio Monstro o Cacique Odirlei Fidelis, direto da aldeia kaingang Vãn Ka, zona sul de Porto Alegre. Odirlei nos deslumbrou com uma fala entranhável! Questionando séculos de tutela e assitencialismo, ele traz à tona a pauta da autogestão e autonomia. Da importância de ocupar a terra, nela trabalhar e colher seus frutos. Do desejo, nesta caminhada rumo ao desprendimento de séculos de colonização, da solidariedade entre parentes indígenas. Da necessidade de buscar as soluções longe das garras de quem quer nos manter dependentes. De se afastar do Estado, assassino, e do sistema capitalista, que o sustenta, que quer encerrar os povos originários num papel de eternas vítimas e numa condição de dependência irreversível. Como aponta a jovem liderança: “Nós, Povos Indígenas, temos que aprender a dizer não a muitas coisas!”. Setlist: Kasu - ty vyj si kyn Raul Seixas - Tente Outra Vez Asian Dub Foundation - Can't Pay, Won't Pay Chico César - Música e Trabalho: Inumeráveis Os Guarani - O Índio é Forte Ira! - Mulheres à Frente da Tropa
O apagamento, ou a desmemória, da contribuição anarquista para as conquistas da Classe Trabalhadora segue na pauta do Heavy Hour. Nessa semana, os nossos convidados Alysson Betlin e Cassio Brancaleone desvelam um pouco mais dessa história. Donos do capital, políticos governantes, comunistas, Lênin, o aburguesamento de trabalhadores pelas benesses concedidas pelo Estado... Sobra pra todo lado. Alguém pode acusar a equipe do HH de ser sectária nesse momento em que precisamos unir forças. Mas seria uma injusta acusação! Nossa intenção é abrir debates e colocar para nossa audiência uma versão menos conhecida e de fundamental importância. Os erros do passado devem ser analisados para que não sejam repetidos. Pelo menos por nós, esquerdopatas amantes da música pesada! Quando dizemos música pesada, nós falamos de Destruction, de León Gieco, de João Bosco e Ney Matogrosso. E falamos de Nazário, músico de Novo Hamburgo que nos envia um petardo sonoro e estreia nas ondas das rádias e streamings da nossa fodástica rede. Arte para conscientizar, emocionar, motivar na luta. As lutas que hoje parecem tanto com as de décadas passadas, mas que carregam toda uma novidade das modernas tecnologias e da pós modernidade dos pensamentos. São muito reais os perigos que enfrentamos. São reais os sentimentos nas falas de cada um dos participantes do programa. Se um dia estiveram separados pela história, anarquistas e comunistas, todos os socialistas libertários, precisam se reencontrar e, juntos, se unirem nas bandeiras básicas de fim da exploração do homem e da Natureza. O inimigo é um só, e nós somos muitos! Setlist: Nazário - Mal de Século Novo Ney Matogrosso - O Corsário Wolf Down - Flames of Discontent Fever 333 - Burn It Destruction - Curse The Gods León Gieco - La Memoria João Bosco - O Cavaleiro e os Moinhos
Um canto feito de água e terra, de luta e congraçamento, de esperança e fé. Um canto feito de caminhadas que vem da Costa Doce do Rio Grande do Sul, da Pampa do Sul, do sol do Sertão e da solidariedade do povo. Este Heavy Hour, mais um Espaço Griô, em parceria com o Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre, traz uma singela homenagem ao grande trovador Pedro Munhoz. Cantautor, que tão bem traduz as lutas do nosso povo. Traduz com o seu milagre do simples e sua alma generosa e socialista. Direto do interior do Piauí, em Picos, Pedro nos conta algumas histórias, e é uma pena que o programa tenha só uma hora e meia, pois muitas outras faltaram. Há um momento em que ele fala sobre a criação da Canção da Terra, hino universal dos povos campesinos, que fica marcado na história do programa como uma de nossas mais belas passagens. Agradecemos de coração essa conversa e deixamos também nosso registro pelo falecimento de Little Richards, o Ricardinho do Rock, que tanta alegria nos trouxe com sua música para chacoalhar o esqueleto e as estruturas! Reverenciar quem faz arte é também uma forma de lutar contra o fascismo que assola o mundo nesse momento. Aqui, no Heavy Hour, eles, os fascistas, não passarão! Aqui é Terra de Pedros e Marias, de caipiras e caioporas, de socialistas libertários, de crentes e ateus solidários, do POVO dos campos, das florestas e das cidades! Setlist: Little Richards - True Fine Mama Renato Teixeira - Romaria Pedro Munhoz - Canção da Terra Pedro Munhoz - Quem tem coragem Pedro Munhoz - Procissão dos retirantes Pena Branca e Xavantinho - O Cio da Terra Belchior - Sujeito de Sorte Chico César - Floriô
Este programa é dedicado à história anarquista do 1º de maio. Nossos convidados especiais, Alysson Bentlin, professor de história da rede municipal de Canoas e mestrando em história na UFRGS, e Cássio Brancaleone, professor de sociologia da UFFS, nos falam das origens e dos legados do Dia dos Trabalhadores. Foram décadas de muita luta contra a exploração, pela expropriação dos meios de produção e pela autogestão, que marcaram o final do Século XIX e início do XX em toda América - e para além. Conceitos e práticas que, infelizmente, nunca foram incorporadas pelas massas trabalhadoras, que hoje engolem suas 16 horas de trabalho sem protestar. É por isso que se lembra, também, aqui a desmemória que mergulhou gerações na inércia do conforto e no conforto da inércia… Os caminhos são curtos até a apatia e não há muito que separa a apatia da submissão… Será que a falta de consciência e ação política no Brazil têm a ver com a política do esquecimento? “Se acreditam que enforcando-nos podem conter o movimento operário, esse movimento constante em que se agitam milhões de homens que vivem na miséria, os escravos do salário; se esperam salvar-vos e acreditam que o conseguirão, enforquem-nos! Então se encontrarão sobre um vulcão, e daqui e de lá, e de baixo e ao lado, de todas as partes surgirá a revolução. É um fogo subterrâneo que mina tudo.” - estas foram palavras proferidas pelo anarquista August Spies, em 20 de agosto de 1886, ao saber que seria enforcado pelo Estado dos EUA. Hoje, 134 anos depois, as repetimos e as fazemos nossas, com a esperança de ascender o coração das almas revolucionárias. Setlist: Hempadura - Proletariado Wilson das Neves - O Dia em Que o Morro Descer Fito Paez - La Ciudad Liberada Rolando Alarcón - A la Huelga Medula - Fábrica La Digna Rabia - Ser Gobernado Elis Regina, de Aldir Blanc - O bêbado e o equilibrista
Rafinha Duarte transformou sua vida a partir do diagnóstico de sua morte. O impacto foi tão grande que a transformação foi além da sua própria vida. Se abriu em encontros, descobertas, raízes e asas, que também mudaram muita gente e suas relações com o corpo, com outras pessoas, com o planeta. Revirando a floresta e a memória, Rafinha e suas colegas bruxinhas trabalham com medicina fitoterápica. Trabalham a dimensão espiritual dessa medicina, que vai muito além de qualquer religião e busca o verdadeiro sentido de religar-se à natureza, plantas, animais, a terra, o ar e a água. Uma pessoa que se define como da água encontra em Maquiné esse amálgama purificador do corpo e da mente e dali constrói uma trajetória de muitas décadas de solidariedade e luta. O recado é de esperança e amorosidade, mas é também um alerta contra esse sistema capitalista que transforma tudo em mercadoria e morte. Como um dia aconteceu com a Rafinha, temos um diagnóstico terrível nesse momento que vivemos. O que faremos com isso? Buscar a vida ou aprofundar na busca incessante do lucro e da riqueza para alguns? A Mestra Rafinha nos dá as direções e nos enche de força para essa caminhada! Aqui vai o contato do Grupo CUIDI, Quem Ama Cura: 51-998.84.85.90. Neste episódio, participações de Gabriela Godoy, Ana Lúcia Poletto, João Cony e Mônica Meira. Setlist: João Nogueira - Boteco do Arlindo O Rappa - A Feira De Pedro Munhoz, por Teatro Mágico - Canção da Terra Raul Ellwanger - Sem terra Nanan - Casa da Floresta Belchior - Alucinação Ramones - I Wanna Be Sedated
Os tempos estão cheios de incertezas, cheios de informações trocadas, cheios de cuidados e omissões, solidariedade e ganância. São os tempos de sempre! Mas queremos saber o que vai acontecer, queremos viver confiantes no futuro! Seguimos, confinados ou a céu aberto, sabendo que o amor é mais forte e podemos sonhar com as quatro mulheres, cavaleiras, não do apocalipse, mas da esperança, caminhando em frente, cantando juntos e fazendo nossa hora, mesmo que seja importante esperar de vez em quando. Em mais um Heavy Hour da Quarentena, eu e meus camaradinhas do Coletivo Catarse ouvimos música, lembramos histórias, falamos de solidariedade entre nós, do nosso passado e suas amargas pontes de cana doce, suas consequentes senzalas, que, por mais que tentem calar, vêm sempre à tona, embaladas por revoltas populares, quais tempestades de grandes ondas marítimas! E, por certo, não é hora de nos parar agora. Vamos à revolução! Entendeu?! Só ouvindo o programa pra tentar entender... Setlist: Gilberto Gil - Queremos Saber Marcelo Cougo - Crenças a Céu Aberto Tango Feroz - El Amor Es Mas Fuerte Nina Simone - Four Women Geraldo Vandré - Pra Não Dizer Que Não Falei de Flores Banda Lanceiro Negros Estão Vivos - Eu e Meus Camaradinhas Marittimus - Você Não Sabe o Que Quer O Grande Tambor - Suíte Senzala Queen - Don`t Stop Me Now
As tentativas de flexibilização das medidas de quarentena encabeçadas pela direita terraplanista e assassina em governo mexeram com os brios da turma que está no Estúdio Monstro gravando o Heavy Hour! Balanceou nossos corações, e quase perdemos a compostura! Sendo assim, para tentar manter nossa saúde mental em clima bem melhor que "cumbaiá" na beira da fogueira, estouramos uns latão e conversamos com nós mesmos, apresentando umas sugestões para se passar mais de uma hora e meia de confinamento em reflexão plena. Ah! E tem um anúncio ali no segundo bloco de mais um podcast do Coletivo Catarse... Curte aí! Setlist: Novos Baianos - Mistério do Planeta BaianaSystem - Lucro Blecaute - Velhos Demais David Bowie - Space Oddity Cigarettes After Sex - Apocalypse Radiohead - How To Desappear Completely Bruce Springsteeen - The Wayfarer Testament - Children Of The Next Level Pink Floyd - Welcome to the Machine
Aqui estamos, mais um dia sob os olhares virtuais de quem nos vigia. Vocês não sabem como é caminhar com a cabeça sob a mira de uma webcam. Câmera chinesa ou de Taiwan... Mas a gente segue a luta no nosso cárcere optativo, enquanto outros, sem possibilidade de escolha, estão ainda mais ameaçados em seus cárceres obrigatórios. Neste episódio do Heavy Hour, abordamos com Silvana, direto de Salvador, da organização Reaja ou Será Morto, Reaja ou Será Morta (https://reajanasruas.blogspot.com), como que segue sendo excluída a população carcerária e como é possível auxiliar neste momento com singelas - mas difíceis - ações quem é colocado no último degrau da pirâmide societária do capitalismo. Avançamos também, direto do Rio de Janeiro, cidade desespero, com o videoativista e fundador da plataforma Bombozila (https://bombozila.com), Victor Ribeiro, sobre o agravamento dessa situação toda em comunidades também desassistidas - aliás, centros definidos de forma leviana e maniqueísta pelos capitalistas da idade mídia como o último estágio antes de se tornar parte da população de presos (ou mortos em "confrontos" com a polícia) do Brasil. Fez a gente, nos nossos lugares seguros de isolamento, brancos de classe média, refletir o quão estranha é esta coincidência de que o tal Covarde-19 vai agir tão ferozmente sobre a população mais frágil, deixando de ser nesses lugares um "simples resfriado", mas um efetivo ato de uma política fascista higienista em andamento no país já há um bom tempo. Setlist: Racionais Mc's - Diário De Um Detento Francisco, El Hombre - Bolso Nada Bush - Cold Contagious Pavilhão 9 - Get Up Stand Up (Levante a Cabeça) GolpeBalaBeso - La revuelta de los 500 años Mercedes Sosa - Solo le Pido a Dios Rage Against The Machine - Freedom MC Kawex - São Paulo à Noite, o mundo se divide em dois
E é só o começo... Como a gente deve fazer para aguentar tanta pressão?! Pressão financeira, pressão política, pressão sentimental. A quarentena forçada - ou a ausência dela por falta de condições - é tratada neste Heavy Hour, em que trazemos depoimento desde a Itália, passando pela zona rural de Viamão, o bairro Cascata, em Porto Alegre, e os autoisolados (imolados?) no estúdio. Temos as ferramentas da tecnologia, que nos permitem encontrar os amigos e trabalhar remotamente. A política, que determina os rumos de um povo que está aprendendo a ser solidário, está lutando contra os desmandos de um debiloide malévolo. E há, ainda, a possibilidade do uso - moderado, ou não, depende de cada um - de substâncias que alteram os estados de consciência no Estúdio Monstro. Tudo isso, mais a boa e velha música, de Moska à Puccini, fazem parte de mais um Heavy Hour histórico! Márcia Villanova e Gabriela Godoy tentam trazer um pouco de lucidez e sanidade ao debate desvairado da turma pesada do Coletivo Catarse. Bom proveito e até a próxima semana, pois daqui não sairemos tão cedo! Setlist: CUFA - O Mundo Parou! R.E.M. - Everybody Hurts Paulinho Moska - O Mundo Talking Heads - Psycho Killer Aretha Franklin - Nessun Dorma Pink Floyd - Pigs (Three different Ones)
Nesta edição do Heavy Hour, além de estrear novas ferramentas de alta tecnologia do confinamento, trocamos uma ideia sobre a exploração dos trabalhadores e a falta de recursos materiais e humanos nos hospitais e postos de saúde diante da pandemia mundial do Coronavírus – este sendo homenageado com a música inicial do programa! Até parece que as políticas liberais, de privatização da vida, do governo atual estão se voltando contra eles, é isso?! O Covid-19 está colocando em xeque o discurso neoliberal? Será?! Enquanto o "presidente" da república chama, no colmo da estupidez e contradizendo os especialistas do mundo inteiro e de todas as tendências políticas possíveis, a população a “voltar à normalidade”, seguido por empresários donos de multinacionais que mostram sua verdadeira cara genocida, afirmando publicamente que seu lucro vale mais que a vida dos seus empregados, recebemos no Estúdio Monstro… Quer dizer… Remotamente… Jonas Reis, Diretor Geral do SIMPA (Sindicato dos Municipários de Porto Alegre), e Ana Paula de Lima, Coordenadora Adjunta do Conselho Municipal de Saúde. Ainda contamos com participação em áudio do presidente da CUT-RS (Central Única dos Trabalhadores), Amarildo Cenci. Os três convidados fazem a retrospectiva da luta trabalhista dos últimos anos, do sucateamento sofrido nos setores públicos e seus impactos desastrosos hoje bem no momento de se preparar para lidar com milhares de infectados numa hecatombe de saúde pública. A isso, somam-se outras questões: e os trabalhadores que não podem ficar confinados em casa? Aos quais os patrões nem fornecem as condições de proteção mínimas no trabalho? São milhares de pessoas que se arriscam ao contágio diariamente para que outros possam ficar a salvo nas suas casas… A prefeitura de Porto Alegre declarou guerra aos servidores no início da gestão atual, o governo federal odeia também tudo que é público, mas quem é que vai salvar a pátria? O SUS... E como fica essa relação? Este Heavy Hour tem muito pano para a manga e vai seguir em mais dois episódios, focando na questão da saúde (física e mental) em tempos de confinamento e problemáticas ligadas à economia e geopolítica. Playlist apocalíptica: Corona - The Rhythm of the Night Blecaute - Cataclisma Elza Soares - País do Sonho Raul Seixas - Aluga-se Anthrax - In the end The Doors - The End
Nas vésperas do fim dos tempos, a maior banda do planeta abrilhanta mais uma parte do que estamos chamando de Tronco Metaleiro - uma revisitada a partir de nossos conhecimentos da genealogia do Heavy Metal. E Metallica não está na base deste tronco, mas, com certeza, é um dos maiores galhos a que os primogênitos do gênero geraram. Metallica é derivada - e talvez a principal referência - dos riffs rápidos do trash metal, mas que construiu na sua única história o seu pop metal - o que causou pânico em muitos dos seus fãs a partir dos álbuns Load e Reload. Há também a trágica perda de um excelente baixista como Cliff Burton, a contribuição do maior bateirista medíocre da história e a produção de um sem número de clássicos que se ouve até hoje sem serem superados. Este episódio é uma homenagem à vida de Leandro Bira dos Santos. Setlist: Metallica - Enter Sandman Metallica - Hit the Lights Metallica - (Anesthesia) Pulling Teeth Metallica - Fade to Black Metallica - For Whom The Bell Tolls Metallica - Orion Metallica - Harvester of Sorrow Metallica - Wherever I May Roam Metallica - Hero of the Day Metallica - The Unforgiven II
Mestre Paulo Romeu, que tocou com Bedeu, que tocou com o Grupo Pau Brasil, que viu nascer e fez parte da criação do swing, o Samba Rock riograndense, com Luis Vagner e Companhia. Ele não queria ser chamado de Mestre Griô, mais por reverẽncia aos mais antigos, mas a verdade é que não teve jeito! Ele foi ungido pela Troica chalacera do Heavy Hour e entra definitivamente na nossa galeria do Espaço Griô, do Ponto de Cultura e Saúde ventre Livre! Educador popular, professor de música, ativista do Afrosul Odomodê, Paulo Romeu é também um grande contador de histórias, compositor e cantor. Isso ele demonstra pra toda gente em uma hora e meia de muita música e curtição! Setlist: Luís Vagner - Duro, sem love sem nada Casa da Sogra - Bem Nasantigas Afro-Sul - Maria Guerreira Bedeu - Zimbabwe Afro-Sul - Mãe Preta Afro-Sul - Negra Velha Mussumin Trilha d'O Grande Tambor - O Grande Tambor
A Ação Griô foi uma importante política pública da época em que o Brasil tinha Ministério da Cultura. Uma outra era que deixou um saudoso tempo em que, através desse reconhecimento, ficamos conhecendo tanta gente que carrega a história e o conhecimento de suas comunidades e, através da oralidade, as passa para as gerações mais novas, sendo responsável por manter e transformar as tradições. Quando produzimos o documentário O Grande Tambor, tivemos a sorte de conhecer Dona Sirley, autêntica Griô da nossa terra, mulher de coração enorme, só menor que sua imensa capacidade de transformar a palavra em histórias e memórias. A mãe de toda a griotagem, como a chamamos aqui no Coletivo Catarse, nos trouxe lembranças, ritmos, música, brincadeiras, memórias de uma Pelotas em que o Carnaval era um dos maiores do país. Esse programa faz parte da série Espaço Griô, parceria com o Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre, uma política pública implementada em edital da Secretaria de Estado da Cultura do RS. Setlist: Francisco Alves - Onde o céu é mais azul Alabê Ôni - Glefê/Giba Gigante Negão Fever 333 - Made an Amercica Ismael Silva - Me diga teu nome Jorge Ben - Xica da Silva Clara Nunes - Canto das 3 raças Eskröta - Grita Medulla - Perigo
Na quarta feira de cinzas o Sepultura vai reduzir tudo a pó! A surpresa ao se ouvir o mais recente álbum da maior banda brasileira de todos os tempos é o mote desse HH pós carnaval. Quadra é uma lição de fúria, ritmo e até mesmo melodia, naquilo que uma banda de metal pode oferecer de melhor: peso e velocidade em riffs matadores. O antigo e o novo estão ali, se misturando e constituído uma sonoridade apocalíptica, que casa muito bem com a desgraceira que vivemos nesse planeta cada dia mais próximo do fim. Andreas Kisser, Derick Green, Eloy Casagrande e Paulo Jr lançaram um álbum cheio de conceitos que ficará na história do rock pesado mundial! Pra completar a gente TB ouve um pouco do que era a banda qd tinha Max e Igor Cavalera nas suas fileiras; aquela brasilidade que escorre a cada palhetada, cada virada de bateria, cada verso bem gritado! Pra erguer a moral depois do carnaval, Sepultura!
Surgido no ano de 1964, no auge do movimento MOD londrino, o The Who deixa a capital britânica para se tornar uma das mais importantes e influentes bandas da história do rock! Com músicas e letras marcantes, quebradeiras nos palcos e som ensurdecedor, Pete Toushend, Roger Daltrey, John Entwistle e Keith Moon, apresentam ao mundo a fórmula que define toda a rebeldia e ousadia dos celebrados anos 60! Neste episódio Tronco Metaleiro do Heavy Hour, apresenta-se a banda que atraiu a atenção de fãs e artistas desde seu aparecimento na cena rockeira britânica da época! De Robert Plant, voz do Led Zepellin, ao virtuoso baixista do Yes, Chris Squire - a sonoridade, o estilo e a estética desenvolvida pelo The Who serviu de inspiração para toda uma geração de artistas que surgiu logo em seguida. Já consagrado nos palcos, o The Who aventurou-se por outras esferas de criação artística como o cinema! O filme Tommy, que inaugura as “óperas rock”, é um bom exemplo dessa fase! No programa de hoje, clássicos como My Geaneretion, Magic Bus, Behind Blue Eyes, Who Are You, além de muitos outros, estarão sendo prazerosamente ouvidos e comentados! Deleite-se! Playlist: The Who - Who are you The Who - My Generation The Who - Magic Bus The Who - Bargain The Who - Behind Blue Eyes Elton John - Pinball Wizard The Who - Baba O'Riley The Who - Lobe Reign Over Me The Who - Won't Get Fooled Again
Para cada projeto de ditardozinho furreco e seus AI 5, um Carlos Marighella e uma Marielle a lutarem pelo Brasil! Em pleno aprofundamento do Estado de Exceção, que ataca, caça e mata indígenas, negros e negras, pobres das periferias, e permite que o presidente e sua trupe adulterem provas de crimes a olhos nús, sem que nada seja realmente colocado em seu caminho, o Heavy Hour traz essa discussão e também a memória do inimigo número 1 da última ditadura - Carlos Marighella, que nos inspira e nos avisa que, contra a violência do Estado, temos de ser fortes e reativos! No Estúdio Monstro, a Defensora Pública Mariana Cappelari e o Historiador/Diretor Laurence West falam de seus desafios diários nos trabalhos em presídios e escolas, com o Direito e a História, contra o obscurantismo que nos obriga, esquerdistas revoltados, a defender a constituição como se fosse nossa tábua de salvação. Clementine Tinkamó, Bruno Pedrotti, Marcelo Cougo e Gustavo Türck tocam mais um Heavy Hour, enquanto ainda é possível, nessa terra de mistérios e milícias. Setlist: Racionais MC's - Carlos Marighella - Mil Faces de um Homem Leal Chico Buarque e Milton Nascimento - Cálice Violeta Parra - Miren como sonríen Kae Guajajara - Espelho, espelho meu Rage Against The Machine - Killing In The Name Eu Acuso! - Choque de Ordem Kreator - Pleasure to Kill King Tubby - Jah Jah Dub #heavyhour #programaderadio #coletivocatarse #catarse #radio #cultura
A mineração pra tirar leite de pedra vai acabar com os últimos resquícios de meio ambiente no RS, sem falar que a boa e velha classe média vai tomar banho em água podre por muito tempo em Porto Alegre... Mas o limite da opressão está na força que somos capazes de organizar. Esta frase de Steban Hidalgo, que participa com depoimento e canção deste Heavy Hour, traz o mote do programa: a resistência organizada a partir de sindicatos, entidades da sociedade civil, cidadãos e cidadãs engajados socialmente contra a mineração. Quando nossas vidas estão correndo risco por conta da ganância de poucos, que sempre prevalece no capitalismo, a sobrevivência depende da mobilização popular. No programa desta semana, os ecochatos (Ana Guimaraens, do SindBancários, Marcelo Roncato, das praças públicas, e Anahi Fros, das feiras ecológicas) biodesagradam a agenda do capital mineral no Rio Grande do Sul mais uma vez. Entre risadas de bruxa e músicas ao vivo, denunciamos os delírios de megaprojetos de mineração orquestrados por transnacionais para sugar o Pampa. Setlist: Victor Jara - El derecho de vivir en paz Steban Hidalgo - Milonga de andar lejos Banda Bonnot - Barricada Criolo - Chuva Ácida Calle 13 - Latinoamérica Luiz Gonzaga - Xote Ecológico Nuclear Assault - Critical Mass Atropina - Cálice Blasfêmico #heavyhour #coletivocatarse #programaheavyhour #radio #cultura
Para mais uma edição do Espaço Griô, uma parceria com o Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre @ventre_livre , recebemos no Estúdio Monstro a grande Mestra Iracema Gã Teh Nascimento! Liderança Kaingang da região sul do Brasil, Iracema nasceu na Terra Indígena Nonoai e mora há mais de 30 anos em Porto Alegre, onde cuida dos seus parentes e de todos os fóg (não indígenas) que não titubeiam em pedir-lhe conselhos sobre saúde, partos e até sobre romances(!). Iracema aprendeu a luta junto ao seu pai, Alcindo Peni Nascimento, que, junto a Angelo Kretã, impulsou a retomada de terras Kaingang em Mangueirinha-PR e muitas outras. É parte dessa história que o Coletivo Catarse está contando no projeto da Resistência Kaingang @resistenciakaingang que se pode conhecer acessando resistenciakaingang.com.br. Neste programa, Iracema compartilha conosco um pouquinho da sua vida e das suas reflexões sobre a importância da floresta para a vida e a necessidade de lutar para protegê-la. Para saber mais sobre Iracema e sua atuação, estes vídeos contam uma parte do que está por se descortinar: Na playlist, algumas pauladas: Grupo Kaingang do Paraná - Nãn Gá Neil Young – Cortez the Killer Sepultura - Ratamahatta KING 810 - Alpha Omega The Who - Bargain Soulfly - Prophecy Doroty Marques - Arreuni Richard Serraria - Pachamama Revolução #resistencia #resistenciakaingang #kaingang #indigenas #heavyhour #programaheavyhour #coletivocatarse #pontodeculturaesaudeventrelivre #ventrelivre #pontodecultura