Podcasts about Liberta

  • 1,247PODCASTS
  • 6,275EPISODES
  • 44mAVG DURATION
  • 2DAILY NEW EPISODES
  • Jun 28, 2025LATEST

POPULARITY

20172018201920202021202220232024

Categories



Best podcasts about Liberta

Show all podcasts related to liberta

Latest podcast episodes about Liberta

KrishnaFM
Serviço prático, puro e amoroso ao Deus Supremo Krishna liberta a pessoa do temor e da ansiedade kfm9374

KrishnaFM

Play Episode Listen Later Jun 28, 2025 69:51


https://krishnafm.com.br -- Whatsapp 18 99688 7171 Telegram

Feminismo e Marxismo
As LGBTs e o Capital - Especial Mês do Orgulho LGBT

Feminismo e Marxismo

Play Episode Listen Later Jun 25, 2025 72:15


Neste Mês do Orgulho LGBT e aniversário de Stonewall, o podcast Feminismo e Marxismo recebe novamente a incrível Virginia Guitzel para uma conversa explosiva!

Lena & Liberta
Seelenorte: Wie Räume unsere Ruhe formen

Lena & Liberta

Play Episode Listen Later Jun 23, 2025 51:32


Und da sind die Beiden wieder! Liberta brutzelt bei starker Hitze in Südfrankreich - die Periode kurz vor 12, während Lena sich als waschechte Spanierin zurück in Deutschland sich erst mal einen Sonnenbrand gönnt, aus der Wohnung aussperrt und den tausendsten Versuch startet, ihren Balkon zu bepflanzen (Wetten dürfen jetzt abgegeben werden). Liberta erzählt währenddessen darüber, wie der Prozess als Mutter, sich endlich wieder ihren Bedürfnissen zu widmen, verläuft und die Beiden philosophieren darüber, wie sehr die örtliche Ruhe gleichzeitig die Innere beeinflusst. Viel Spaß!

Luterana Moema
Jesus nos liberta da escravidão do pecado - João 8.31-47

Luterana Moema

Play Episode Listen Later Jun 22, 2025 24:12


Mensagem realizada no dia 22.06.2025Tema:  Jesus nos liberta da escravidão do pecadoTexto bíblico: João 8.31-47Pregador: Pr. Matheus Schmidt

Convidado
As mulheres durante a luta de libertação de Moçambique e depois

Convidado

Play Episode Listen Later Jun 22, 2025 20:39


Moçambique assinala neste 25 de Junho de 2025, os 50 anos da sua independência. Por esta ocasião, a RFI propõe-vos um percurso pela história do país e a sua luta pela liberdade. No nono episódio desta digressão, debruçamo-nos sobre o estatuto da mulher durante a luta de libertação, até aos dias de hoje em Moçambique. Quando se fala das mulheres nos tempos da luta é inevitável lembrar a figura de Josina Machel, primeira mulher do Presidente Samora Machel e também heroína da guerra de libertação. Nascida em 1945 em Vilankulos, no sul do país, no seio de uma família que se opõe ao colonialismo, Josina Machel ingressa na resistência em 1964. Envolvida em actividades de formação na Tanzânia, a jovem activista rejeita uma proposta de bolsa de estudos na Suíça para se alistar em finais dos anos 60 no recém-criado destacamento feminino da Frelimo, Josina Machel militando para que as mulheres tenham um papel mais visível na luta de independência. Ela não terá contudo oportunidade de ver o seu país livre. Dois anos depois de casar com Samora Machel com quem tem um filho, ela morre vítima de cancro aos 26 anos no dia 7 de Abril de 1971, uma data que hoje é celebrada como o dia da mulher moçambicana. Símbolo de resistência no seu país, Josina Machel ficou na memória colectiva como a encarnação do destacamento feminino. Óscar Monteiro, membro sénior da Frelimo, recorda as circunstâncias em que ele foi criado em 1966. "No processo político que nós vivemos em Moçambique, houve um momento em que as pessoas pensavam ‘nós temos uma linha política clara, justa, avançada'. E uma das questões muito importantes, era a atitude em relação às mulheres. Era normal, pela tradição que as mulheres fossem consideradas disponíveis como amantes. Quando Samora assume a direção, ainda me recordo de uma frase e se formos procurar esse documento, está lá a frase. Nós tínhamos criado o destacamento feminino em 1966, Samora tinha sido o instrumento disso. Então há uma frase que ele medita nessa altura. E a frase está lá. ‘Não criamos o destacamento feminino para fornecer amantes aos comandantes'. Estava só nesta frase. Já está aqui todo um programa que nós chamamos de emancipação da mulher, mas que é, no fundo, de igualdade de qualidade política da vida. Quer dizer, tu estás a fazer a luta de libertação. Isso não te permite fazer não importa o quê. Tu tens que ser uma pessoa diferente, uma pessoa melhor", explicita o responsável político. As mulheres que combateram foram uma faceta da condição feminina durante os anos de luta. Outros rostos, menos conhecidos e bem menos valorizados, são aqueles das chamadas ‘madrinhas de guerra'. Para dar alento aos soldados portugueses que partiam para a guerra sem saber se haveria regresso, o Estado Novo promoveu a correspondência entre milhares de mulheres e militares. Numerosas relações epistolares acabaram em casamento. Em Portugal, houve muitas. O que não se sabe tanto, é que em Moçambique também houve ‘madrinhas de guerra'. Um jovem antropólogo e fotojornalista moçambicano, Amilton Neves, conheceu-as e retratou as duras condições de vida que conheceram depois da independência. "Comecei a trabalhar sobre as ‘madrinhas de guerra' em 2016. Isso porque já pesquisava e encontrei um discurso do Presidente Samora que dizia que as ‘madrinhas de guerra' são ‘meninas retardadas'. Interessei-me por isso. Porquê as ‘madrinhas de guerra'? Que é isto? Então fui ao Arquivo Histórico, até à Torre do Tombo, em Lisboa, para perceber melhor. Porque as ‘madrinhas de guerra' não começam aqui. Começam em 1916 com a Grande Guerra em Portugal. E descobri que algumas ‘madrinhas de guerra' viviam aqui em Maputo, numa zona só. (…) Então, quem eram as ‘madrinhas de guerra'? Eram miúdas que eram recrutadas para escrever cartas para os militares de forma a incentivá-los e dizer que ‘não te preocupes, quando voltares da guerra, nós vamos casar. O Estado português sempre vai ganhar.' Então, neste exercício de troca de cartas, quando houve a independência, em 1975, as madrinhas de guerra foram perseguidas pelo novo regime. Então eu fui atrás dessas senhoras. Consegui identificá-las. Levou tempo porque elas estavam traumatizadas", refere o jovem fotojornalista. "As motivações dessas mulheres eram de fazer parte da classe alta naquela altura. Porque elas tinham acesso aos bailes, ao centro associativo dos negros, nesse caso, ao Centro associativo dos Mulatos, às festas que davam na Ponta Vermelha. Elas faziam parte da grande sociedade. Não era algo que poderíamos dizer que tinham algo benéfico em termos de remuneração. Acredito que não ", considera o estudioso referindo-se às razões que levaram essas pessoas a tornarem-se ‘madrinhas de guerra' que doravante, diz Amilton Neves, "vivem traumatizadas. Algumas se calhar foram a Portugal porque tinham uma ligação. Casaram. Mas a maioria ficou em Maputo" e sofreram uma "perseguição" que "não foi uma perseguição física, foi mais uma questão psicológica". Hoje em dia, muitas heroínas esquecidas de forma propositada ou não, ficam por conhecer. A activista política e social moçambicana, Quitéria Guirengane, considera que a condição das mulheres tem vindo a regredir em Moçambique. "Quando nós dizemos que há mulheres invisibilizadas pela História, vamos ao Niassa e vemos histórias como da Rainha Achivangila. Mulheres que na altura do tráfico de escravos conseguiram se opor, se posicionar, salvar, resgatar escravos e dizer ‘Ninguém vai escravizar o meu próprio povo'. Mas nós não colocamos nos livros da nossa história essas rainhas. Nós precisamos de ir ao Niassa descobrir que afinal, há mulheres que foram campeãs neste processo de luta. Estas histórias têm que ser resgatadas. Depois começamos a falar da Joana Simeão. Ninguém tem coragem de falar sobre isso. É um tabu até hoje. E você é visto como um leproso se tenta levantar este tipo de assuntos. E não estamos a dizer com isto que vamos esquecer a luta histórica de Eduardo Mondlane, que vamos esquecer a luta histórica de Samora Machel. Não. Eu não sou por uma abordagem de dizer que a história toda está errada. Todo o povo tem a sua história e tem a sua história oficial. Mas esta história oficial tem que se reconciliar, para reconciliar o povo, trazer as mulheres invisibilizadas pela história, mas também trazer todos os outros", diz a activista. Olhando para o desempenho das mulheres durante a luta de libertação, Quitéria Guirengane considera que elas "têm um papel incrível. Tiveram, tem e sempre terão um papel na luta de libertação. Terão um papel sempre activo no ‘peace building', no ‘peace making' no ‘peace keeping'. E é preciso reconhecer desde a mulher que está na comunidade a cozinhar para os guerrilheiros, desde a mulher que está na comunidade a informar os guerrilheiros, à mulher que está na comunidade a ser usada como isca para armadilhas, a mulher que está na comunidade a ser sequestrada, a ser alvo até de violações sexuais. Essas mulheres existem. Mas também aquelas mulheres que não são vítimas, não são sobreviventes, são as protagonistas do processo de libertação. E o protagonismo no processo de libertação, como eu disse, começa pelas rainhas míticas da nossa história, que não são devidamente abordadas. O reconhecimento deriva do facto de que, em momentos em que era tabu assumir um papel forte como mulher, elas quebraram todas essas narrativas e se posicionaram em frente à libertação. Depois passamos para esta fase da luta de libertação, em que se criam os famosos destacamentos femininos em que mulheres escolhem a linha da frente, escolhem a esperança em vez do medo e se posicionam", refere a também militante feminista. Volvidos 50 anos sobre a luta de libertação, apesar de ter formulado naquela época a vontade de fazer evoluir o papel da mulher na sociedade, Quitéria Guirengane considera que "se continua a travar as mesmas lutas". "A mulher ainda tem que reivindicar um espaço. É verdade que nós temos consciência que as liberdades, tal como se ganham, também se perdem. E que nenhum poder é oferecido, que nós temos que lutar. Mas é tão triste que as mulheres tenham sempre que lutar para fazer por merecer e os homens não tenham que fazer a mesma luta. Nós não só temos que lutar para chegar, mas também temos que lutar para manter e muitas das vezes colocadas num cenário de mulheres a lutarem contra mulheres", lamenta a activista. "Quando fazemos uma análise, uma radiografia, vamos perceber que a maior parte dos processos de paz foram dominados por homens. Quando nós tivemos no processo de paz, em 2016, finalmente duas mulheres na mesa, isso foi fruto do barulho que a sociedade civil fez naquela altura. A sociedade civil fez muito barulho e resultou numa inclusão de duas mulheres, uma da parte da Renamo, uma da parte do governo. Na mesa negocial entre uma dezena de homens que fez com que elas fossem apenas 12,58% de todo o aparato negocial do processo da paz. O que é que isto implica? Quando passamos para o processo de DDR, as comissões de negociação de DDR eram masculinas, todas elas homens. A desmilitarização foi entendida como um assunto de homens. A comissão sobre assuntos legais também era de homens, não havia mulheres. Quando nós olhamos para o processo de desmilitarização e ressocialização, nós percebemos que tínhamos 253 mulheres militares a serem desmobilizadas. E nesse processo, notava-se que foi pensado numa perspectiva de homens, não de compreender as especificidades e necessidades particulares", diz. Em jeito de conclusão, a activista muito presente na defesa dos Direitos das mulheres e liberdades cívicas, mostra-se "preocupada com as realidades da mulher com deficiência, da mulher na área de extractivismo, da mulher deslocada de guerra, da mulher deslocada por exploração mineira, da mulher rural, da mulher na agricultura, da mulher no sector informal, da mulher empresária. São realidades diferentes. Então não podemos meter num pacote de ‘one size fits all' e achar que as demandas são iguais. (…) Pior ainda : nos últimos seis meses da tensão social, a vida deixou de ser o nosso maior valor. Mulheres foram mortas, mulheres perderam os seus maridos, seus pais, seus filhos. Têm que acompanhar, levar comida para o hospital ou para as cadeias, sem nenhum apoio. E ninguém pensa nesta reparação. Então voltamos muito atrás. Eu diria que regredimos", afirma Quitéria Guirengane. Podem ouvir os nossos entrevistados na íntegra aqui: Vejam aqui algumas das fotos de Amilton Neves:

Convidado
Os campos de Reeducação e a condição dos dissidentes

Convidado

Play Episode Listen Later Jun 22, 2025 20:32


Moçambique assinala neste 25 de Junho de 2025, os 50 anos da sua independência. Por esta ocasião, a RFI propõe-vos um percurso pela história do país e a sua luta pela liberdade. No décimo episódio desta digressão, evocamos os campos de reeducação. Ainda antes da independência, durante o período de transição em que Moçambique foi governado por uma autoridade híbrida luso-moçambicana, foram instituídos campos de reeducação, essencialmente na distante província do Niassa. O objectivo declarado desses campos era formar o homem novo, reabilitar pelo trabalho, as franjas da sociedade que eram consideradas mais marginais ou dissidentes. Foi neste âmbito que pessoas consideradas adversárias políticas foram detidas e mortas em circunstâncias que até agora não foram esclarecidas. Isto sucedeu nomeadamente com Uria Simango, Joana Simeão e Adelino Guambe, figuras que tinham sido activas no seio da Frelimo e que foram acusadas de traição por não concordarem com a linha seguida pelo partido. Omar Ribeiro Thomaz, antropólogo ligado à Universidade de Campinas no Brasil que se debruçou de forma detalhada sobre os campos de reeducação, conta em que circunstâncias começou a estudar este aspecto pouco falado da História recente de Moçambique. "Eu comecei a interessar-me porque eu comecei a conhecer pessoas que tinham sido objecto desse tipo de expediente autoritário, por um lado, e por outro lado, porque eu via uma grande ansiedade da população no que diz respeito ao desaparecimento de algumas pessoas que foram pessoas-chave no período tardio colonial moçambicano ou no período de transição do colonialismo para a independência. São figuras como Uria Simango, a Joana Simeão, o Padre Mateus, enfim, são pessoas que sumiram e que havia uma demanda para essas pessoas", começa por relatar o investigador. "Os campos de reeducação são pensados ainda no período de transição. Então, isso é algo que ainda deve ser discutido dentro da própria história portuguesa, porque no período de transição, o Primeiro-ministro era Joaquim Chissano, mas o governador-geral era português. Então, nesse momento, começam expedientes que são os campos de reeducação. Você começa a definir pessoas que deveriam ser objecto de reeducação, ao mesmo tempo em que você começa a ter uma grande discussão em Moçambique sobre quem são os inimigos e esses inimigos, eles têm nome. Então essas são pessoas que de alguma maneira não tiveram a protecção do Estado português. Isso é muito importante. Não conseguiram fugir. São caçadas literalmente, e são enviadas para um julgamento num tribunal popular. Eu estou a falar de personagens como a Joana Simeão, o Padre Mateus, Uria Simango, que são condenados como inimigos, como traidores. Esses são enviados para campos de presos políticos. A Frelimo vai usar uma retórica de que esses indivíduos seriam objecto de um processo de reeducação. Mas o que nós sabemos a partir de relatos orais e de alguns documentos que nós conseguimos encontrar ao longo do tempo, é que essas pessoas foram confinadas em campos de trabalho forçado, de tortura, de imenso sofrimento e que chega num determinado momento que não sabemos exactamente qual é, mas que nós podemos situar mais ou menos ali, por 1977, elas são assassinadas de forma vil", diz o antropólogo. "Quando você tem a Operação Produção, que é a partir de 1983, que é uma operação para você retirar de maneira forçada todos aqueles indivíduos classificados ou acusados de vagabundagem, de serem inimigos da revolução ou de prostituição, no caso das mulheres, são recolhidos e são enviados não só para o Niassa, mas no país inteiro, mas particularmente no Niassa, porque tem um subtexto moral, ou seja, a ideia de que o trabalho seria uma componente moral fundamental para a formação do ‘Homem novo'. Mas havia a ideia também por parte do Samora em particular, mas de muitas pessoas que constituíam a elite da Frente de Libertação de Moçambique, de que o Niassa seria a província mais fértil do país e que poderia se transformar numa espécie de local de produção de alimentos para o país como um todo. Então, isso vai perdurar em Moçambique por um período bastante significativo", refere o universitário. "A primeira grande operação chamada ‘Operação Limpeza' é de Outubro de 1974, que é justamente você limpar a Rua Araújo, que era a rua da prostituição. Mais ou menos 300 mulheres foram acusadas de prostituição e foram enviadas para campos de trabalho agrícola. Boa parte delas morre. E esse tipo de expediente se mantém em Moçambique entre os anos 70 até meados dos anos 80, quando, na verdade, a guerra civil inviabiliza o próprio empreendimento. Porque o campo, no contexto moçambicano, não é um lugar fechado, com muros de onde as pessoas não podem fugir. As pessoas eram jogadas em áreas rurais. Muitas delas não tinham nenhum tipo de experiência rural e não são campos onde o próprio Estado garantisse a chegada de alimentos. Então você gera uma situação de conflito muito pouco estudada ainda. Eu trabalhei numa região específica na província de Inhambane, em que as pessoas eram despejadas e muitas delas não tinham muito o que fazer. Ou você acaba estabelecendo uma relação de troca entre essas pessoas que vêm da cidade e camponeses do local, como é muito bem descrito num romance magnífico do escritor moçambicano João Paulo Borges Coelho, ‘Campo de Trânsito'. Ou você tem -o que me foi dito por camponeses da região- um medo terrível, porque os reeducandos eram entregues a uma situação de abandono. Então eles acabavam roubando os camponeses, porque eles não tinham outra alternativa. E ao mesmo tempo, nós temos essa guerra que muito tardiamente vai ser definida como guerra civil. E é importante dizer que parte dos que vão alimentar esse exército de oposição à Frelimo, eram pessoas insatisfeitas destes próprios campos de trabalhos forçados", refere Omar Ribeiro Thomaz. O antigo Presidente moçambicano Joaquim Chissano, Primeiro-ministro durante o período de transição e em seguida chefe da diplomacia moçambicana depois da independência, justifica a instauração desses campos. "Reeducar era um princípio que nós tínhamos durante a própria luta de libertação. Se houvesse indisciplina, tínhamos formas de isolar as pessoas. Reeducar é reeducar mesmo, para voltar a reintegrá-los no nosso seio. Não era, como se costuma dizer aí, campos de concentração, etc", diz o antigo dirigente. "Houve pessoas que eram marginais, que era preciso encontrar uma forma de lhes dar uma formação. Isso inclui mesmo pessoas que até estavam nas cadeias. Criaram-se os centros de reeducação para esses indivíduos. Também houve o caso das prostitutas, que também se criou um campo para reabilitação porque sabia-se que faziam isto, porque é uma maneira de viver. Isso é claro que foi mal visto por muita gente que não compreendia a nossa visão e que pensavam que eram campos de castigo apenas. Mas eu tive uma boa experiência nesse capítulo porque quando eu era ministro dos Negócios Estrangeiros, convidei um grupo de diplomatas estrangeiros acreditados em Moçambique e fomos visitar o principal campo de reeducação de ex-reclusos. E os diplomatas que estiveram comigo nessa altura disseram me o seguinte ‘Ó senhor ministro, vocês deviam ter chamado isto prisões abertas e nós teríamos compreendido melhor'", declara Joaquim Chissano. Óscar Monteiro, membro sénior da Frelimo, recorda o que guiou inicialmente a instalação dos campos, mas reconhece que houve excessos. "Devo dizer que a escolha do nome é uma escolha infeliz. A reeducação fazia-se ali, dentro de nós, um bocado com esta ideia de que o trabalho regenera", refere o responsável político que ao ser questionado sobre o destino reservado aos dissidentes políticos como Uria Simango ou Joana Simeão, diz que "de facto isso aconteceu e que (os membros da Frelimo) não estão orgulhosos disso". Lutero Simango, líder do partido de oposição Movimento Democrático de Moçambique (MDM), perdeu o pai, Uria Simango, um dos membros-fundadores da Frelimo, mas igualmente a mãe. Ambos foram detidos e em seguida executados, Lutero Simango pedindo esclarecimentos ao poder. "O meu pai foi uma das peças-chaves na criação da Frente de Libertação de Moçambique. Ele nunca foi imposto. Os cargos que ele assumiu dentro da organização foram na base da eleição. Ele e tantos outros foram acusados de serem neocolonialistas. Foram acusados de defender o capitalismo. Foram acusados de defenderem a burguesia nacional. Toda aquela teoria, aqueles rótulos que os comunistas davam a todos aqueles que não concordassem com eles. Mas se olharmos para o Moçambique de hoje, se perguntarmos quem são os donos dos nossos recursos, vai verificar que são os mesmos aqueles que ontem acusavam os nossos pais", diz o responsável político de oposição. Questionado sobre as informações que tem acerca das circunstâncias em que os pais foram mortos, Lutero Simango refere continuar sem saber. "Até hoje ninguém nos disse. E as famílias, o que pedem é que se indique o local em que foram enterrados para que todas as famílias possam prestar a última homenagem. O governo da Frelimo tem a responsabilidade de indicar às famílias e também assumir a culpa, pedindo perdão ao povo moçambicano, porque estas pessoas e tantas outras foram injustamente mortas neste processo", reclama Lutero Simango. Neste processo, Sam Malema Guambe também perdeu e nunca conheceu o pai -Adelino Guambe-, fundador da UDENAMO, uma das organizações independentistas que estiveram na raíz da fundação da Frelimo. "Eu não cheguei a conhecê-lo. Eu de facto nem vi a cara dele. A minha avó nos contava aquela história. A minha mãe não queria tocar mais nesse assunto de Guambe, essa pessoa já não existe, Vamos deixar. Mas a minha avó sempre nos ensinava, nos dizia que nosso pai, as coisas que ele fazia", diz Sam Malema Guambe ao apelar a um diálogo, a "falar para a gente pôr todos mãos à obra, para fazer um Moçambique melhor, porque os nossos pais contribuíram muito para esse país". Inicialmente militante da Frelimo, Joana Simeão, entra em linha de colisão com o partido por discordar do monopartidarismo instaurado depois da independência. Acusada de ser agente da PIDE, será, como Uria Simango e Adelino Guambe, executada em circunstâncias por esclarecer. A filha, Emíade Chilengue, era um bebé. "Eu pessoalmente não tenho nenhuma memória de vivência com a minha mãe, uma vez que na altura dos acontecimentos eu era bebé. Tudo o que eu sei é através de notícias dos órgãos de comunicação social. (…) Por volta dos sete, oito anos, eu constantemente perguntava sobre a minha mãe e eles um dia vieram até mim com um recorte de jornal, creio que sobre a ação que determinou o fuzilamento dela e das outras pessoas que fizeram parte do grupo, e mostraram-me. E foi assim que eu fiquei a saber que a minha mãe já não estava entre os vivos", conta Emíade Chilengue. Ao dizer que também procurou ter mais informações, sem sucesso, a filha de Joana Simeão refere esperar que, no âmbito da celebração dos 50 anos da independência de Moçambique, que haja "alguma explicação para que haja, de facto, uma reconciliação nacional. No meu entender, não podemos, de forma alguma, comemorar 50 anos sem que esses dossiers sejam de alguma forma tratados com a devida atenção e respeito que é merecido". Podem ouvir os nossos entrevistados na íntegra aqui:      

Convidado
A fundação da Frelimo e o início da luta de libertação de Moçambique

Convidado

Play Episode Listen Later Jun 21, 2025 20:41


Moçambique assinala neste 25 de Junho de 2025, os 50 anos da sua independência. Por esta ocasião, a RFI propõe-vos um percurso pela história do país e a sua luta pela liberdade. No terceiro episódio desta digressão, evocamos as circunstâncias em que foi lançada a guerra de libertação de Moçambique. A 16 de Junho de 1960 deu-se um episódio que foi um marco antes do desencadear da luta armada. Naquele dia, foi organizado um encontro em Mueda, no extremo norte do país, entre a administração colonial e a população local que reclamava um preço justo pela sua produção agrícola. Só que no final dessa reunião que teria sido exigida pela MANU, uma organização independentista que viria a integrar a Frelimo, deu-se a detenção de alguns dos representantes do povo e em seguida a execução a tiro de um número até agora indeterminado de pessoas. O historiador Luís Covane recorda as circunstâncias do sucedido. “Primeiro, a injustiça praticada na compra dos produtos agrícolas dos camponeses e entra para primeiro a luta pela melhoria das condições de compra e venda dos seus produtos e a intransigência do outro lado da força”, começa por explicar o historiador recordando que nos “anos 60, os movimentos para a conquista da independência sem violência nos países vizinhos já eram uma realidade. Os ingleses, os franceses, adoptaram um sistema de entrega, ajudaram até a desenhar a bandeira, o hino nacional, a segurança”. “Acontece que Portugal era um país colonizador. Mas na sua própria colónia, também era colonizado. Por exemplo, o sul de Moçambique exportava mão-de-obra. O Governo que viesse nesse assunto de exportação de mão-de-obra não havia de precisar de Portugal”, refere por outro lado o estudioso ao sublinhar paralelamente que “Portugal investiu muito pouco na Educação. Assim, em 1975, o nível de analfabetismo em Moçambique era de 93%. Apesar de Salazar ter feito entendimentos com a Santa Sé em 1940. (...) Para entrar na escola, já para o escalão mais avançado, era preciso ser assimilado. Mas lá no campo, tinha-se 18 anos, já se era objecto de perseguição para o trabalho, não havia espaço, também não havia escolas para isso, não havia escolas secundárias, não tinha como. Uma pessoa sabia ler e escrever e pronto, acabou. Podia ser catequista, no máximo. O investimento que não se fez na educação tornou a situação em Moçambique muito mais delicada.” Dois anos depois do massacre de Mueda, três organizações nacionalistas, a UDENAMO, União Democrática Nacional de Moçambique, a MANU, Mozambique African National Union, e a UNAMI, União Nacional Africana de Moçambique Independente, reúnem-se em Dar-es-Salaam, na Tanzânia, a 25 de Junho de 1962 e fundem-se numa só entidade, a Frelimo, Frente de Libertação de Moçambique. Sob a direcção do seu primeiro presidente, o universitário Eduardo Mondlane, e a vice-presidência do reverendo Uria Simango, a Frelimo tenta negociar a independência com o poder colonial, em vão. A partir de 1964, começa então a acção armada. O antigo Presidente moçambicano, Joaquim Chissano, recorda essa época em que tomaram conhecimento da existência de movimentos independentistas nos países vizinhos de Moçambique e decidiram se inspirar deles. “Nessa altura, nós, já estudantes, que tínhamos deixado Portugal, que estávamos na França, tomamos conhecimento disso juntamente com o Dr. Eduardo Mondlane, que trabalhava nas Nações Unidas. No nosso encontro em Paris decidimos que devíamos trabalhar, a partir daquele momento, para a unificação dos movimentos de libertação, para que houvesse uma luta mais forte. Mesmo a luta diplomática, que foi a coisa que começou, havia de ser mais forte se houvesse um movimento unificado. É assim que surge uma frente. (...) Foram três movimentos que formaram uma frente unida que se chamou a Frente de Libertação de Moçambique. E essa Frente de Libertação de Moçambique continuou a procurar meios para ver se os portugueses haviam de acatar a Resolução das Nações Unidas de 1960 sobre a descolonização. E, finalmente, quando se viu que, de facto, os portugueses não iriam fazer isso, particularmente depois do massacre da Mueda, decidiu-se começar a preparação para uma insurreição armada. E assim houve treinos militares na Argélia, onde foram formados 250 homens, porque também a luta dos argelinos nos inspirou. Então, eles próprios, depois da criação da Organização da Unidade Africana e da criação do Comité de Coordenação das Lutas de Libertação em África, fomos a esses treinos na Argélia e a Argélia é que nos forneceu os primeiros armamentos para desencadear a luta de libertação nacional”, recorda o antigo Chefe de Estado. Ao referir que a causa recebeu apoio nomeadamente da Rússia e da China, Joaquim Chissano sublinha que “a luta foi desencadeada com a ajuda principalmente africana. E mais tarde vieram esses países. A Rússia deu um apoio substancial em termos de armamento. (...)Depois também mandamos pessoas para serem treinadas na China e mais tarde, já em 1965, quando a China fica proeminente na formação político-militar na Tanzânia, mandaram vir instrutores a nosso pedido e a pedido da Tanzânia.” Sobre o arranque da luta em si, o antigo Presidente moçambicano refere que os ataques comeram em quatro frentes em simultâneo. “Nós, em 1964, criámos grupos que enviamos para a Zambézia, enviamos para Niassa, enviamos para Cabo Delgado e enviamos para Tete. Portanto, em quatro províncias simultaneamente. No dia 25 de Setembro (de 1964) desencadeamos a luta armada de libertação nacional. Porque também a ‘insurreição geral armada', como o Presidente Mondlane denominou, começou em quatro províncias em simultâneo”, recorda Joaquim Chissano. Óscar Monteiro, membro sénior da Frelimo e antigo representante do partido em Argel, também recorda a época em que, jovem líder estudantil em Portugal, integra as fileiras da Frelimo em 1963. “Eu começo por ser um dirigente estudantil em Portugal. Sou um dirigente da Associação Académica de Coimbra, juntamente com outras pessoas, como Manuel Alegre. É um nome de que me recordo. Éramos colegas de estudo. E éramos colegas no movimento estudantil e, ao mesmo tempo, sendo parte do movimento estudantil, vou migrando para o movimento anticolonial, Na Casa dos Estudantes do Império e mais tarde sou recrutado por Marcelino dos Santos, aproveitando uma viagem de fim de curso em que eu levava um relatório da célula do PAIGC em Coimbra para uma pessoa do PAIGC em Paris. Sou recrutado para organizar os estudantes moçambicanos em Portugal, mas também os estudantes de todas as colónias. Não sou dos primeiros nacionalistas em Portugal, mas sou do grupo que permanece em Portugal depois da grande fuga dos anos 62. Então, esse meu trabalho começa em 63. Em 63, eu recebo essa missão, na qual me empenho, saio de Coimbra para Lisboa. Ainda publicamos boletins, um boletim chamado Anti-Colonial. E acontece que ousamos demais. Começamos a distribuir o Boletim Anticolonial em Moçambique, na Beira e em vários sítios, mas na Beira é que somos apanhados e eu sou avisado por um colega meu que ainda está aqui, o Luís Filipe Pereira, um pedagogo. Ele avisa-me ‘Olha fulano de tal e fulano de tal foram presos.' Foi o sinal para mim de passar a uma outra vida, que é uma vida completamente diferente, que é de me esconder. A gente poderia dizer de uma maneira muito elegante ‘passei à clandestinidade', mas no fundo eu estava simplesmente a fugir. Não estava a fazer clandestinidade. Tinha feito antes, mas nesse momento saí pela porta de trás e pronto, cheguei a Paris utilizando o caminho dos imigrantes. Fui esperando lá. Continuando a manter a relação com os estudantes em Portugal e mais tarde sou chamado para a Argélia por Pascoal Mocumbi, que me tinha visto em Paris e que eu conhecia porque ele era muito amigo do Chissano”, conta Óscar Monteiro. Ao evocar a missão que lhe incumbia em Argel, Óscar Monteiro refere que o seu trabalho consistia em “fazer a propaganda do movimento de libertação em francês. Nós já tínhamos representações no Cairo, tínhamos um departamento de informação que produzia documentos, o ‘Mozambique Revolution', que era uma revista muito apreciada, que depois era impressa mesmo em offset. Mas não tínhamos publicações em francês. Então, coube-nos a nós, na Argélia, já desde o tempo do Pascoal Mocumbi, produzir boletins em francês, traduzir os comunicados de guerra e alimentar a imprensa argelina que nos dava muito acolhimento sobre o desenvolvimento da luta, a abertura da nova frente em Tete, etc e ganhar o apoio também dos diplomatas de vários países, incluindo de países ocidentais que estavam acreditados na Argélia. Falávamos com todos os diplomatas. Prosseguimos esses contactos. O grande trabalho ali era dirigido sobre a França e sobre os países de expressão francesa. Era um tempo de grande actividade política, é preciso dizer. Eram os tempos que precederam o Maio de 68. Enfim, veio um bocado de toda esta mudança. E tínhamos bastante audiência”. A 3 de Fevereiro de 1969, em Dar-es-Salaam onde está sediada a Frelimo, Eduardo Mondlane abre uma encomenda que contém uma bomba. A explosão do engenho é-lhe fatal. Até agora, pouco se sabe acerca desse assassínio sobre o qual Joaquim Chissano, então responsável do pelouro da segurança da Frelimo, acredita que haverá a mão da PIDE, a polícia política do regime fascista de Portugal. “Havia já alguns indícios de que havia movimentos de pessoas enviadas pelo colonialismo, mesmo para a Tanzânia, como foi o caso do Orlando Cristina, que chegou a entrar em Dar-es-Salaam e fazer espionagem. Disse que trabalhou com os sul-africanos em 1964 e continuou. Depois houve o recrutamento, isso já em 1967-68, de pessoas da Frelimo que tentaram criar uma divisão nas linhas tribais, mas que na realidade não eram representativos das tribos que eles representavam, porque a maioria eram ex-combatentes que estavam solidamente a representar a unidade nacional. Foi assim que tivemos uns traidores que depois foram levados pelos portugueses de avião e de helicópteros e entraram a fazer campanha aberta, propaganda e até houve um grupo que chegou a reivindicar a expulsão do nosso presidente, dizendo que ele devia receber uma bolsa de estudos. Quer dizer, a ignorância deles era tal que eles não viram, não souberam que ele era um doutor -duas vezes doutor- e que não era para pensar em bolsa de estudo. Mas pronto, havia um movimento de agitação. Mas a frente era tão sólida que não se quebrou. Por isso, então, foi se fortalecendo à medida que íamos andando para a frente”, conclui Joaquim Chissano. Podem ouvir os nossos entrevistados na íntegra aqui:  

Convidado
Os primórdios de Moçambique independente e a "Geração de 8 de Março"

Convidado

Play Episode Listen Later Jun 21, 2025 20:26


Moçambique assinala neste 25 de Junho de 2025, os 50 anos da sua independência. Por esta ocasião, a RFI propõe-vos um percurso pela história do país e a sua luta pela liberdade. No sexto episódio desta digressão, evocamos a chamada ‘Geração de 8 de Março'. Depois da independência, as autoridades moçambicanas enfrentaram vários desafios. O mais imediato era o de fazer funcionar um aparelho de Estado com verbas limitadas. Helder Martins que foi o ministro da saúde do primeiro governo de Moçambique recorda como foram os primeiros tempos. “A primeira coisa que eu fiz quando cheguei ao ministério, depois de tomar posse, foi perguntar ao funcionário responsável da administração e Finanças qual é que era o orçamento, porque o orçamento tinha sido aprovado em Fevereiro durante o governo de transição. Eu não tive conhecimento naquela altura. Era 1,7 Dólares por habitante, por ano. Mas metade daquele dinheiro era gasto no Hospital Central de Lourenço Marques naquela altura. Só se passou a chamar Maputo mais tarde. Os outros hospitais, todos juntos, tinham 0,85 Dólares. Quando você tem um orçamento desta natureza, tem que ver o que é que pode fazer com o melhor resultado e o menor custo. Então, para isto, eu acho que um dos grandes sucessos da minha administração foi ter sabido fazer uma investigação sobre os determinantes da saúde, saber quais são as influências positivas e quais são as influências negativas. Porque uma correcta política de saúde, seja em que parte do mundo for, tem que tentar eliminar -e se não conseguir, eliminar- minimizar os factores negativos. A questão mais importante -e isto era uma experiência que a gente tinha da luta armada- eu também fui o criador do serviço de saúde durante a luta de libertação, portanto, tinha a experiência, que era a participação popular. Você, por exemplo, pode ter o programa mesmo mais medicalizado que quiser. Um dos programas preventivos mais medicalizado são as vacinações. Se você não mobilizar as pessoas, pode criar um programa muito bonito, mas não vai ter uma taxa de cobertura alta. Segundo, nós tivemos que dar a máxima prioridade à medicina preventiva e pôr a ciência no posto de governação. Nós fizemos um estudo sobre os determinantes da saúde e definimos uma política nessa base científica. Nós criamos estruturas no ministério para estudar os problemas. Tivemos também uma comissão técnica para a área farmacêutica. Criamos um Formulário Nacional de medicamentos. Foi publicado no Boletim da República no dia 25 de Dezembro de 1976. A OMS publicou a lista de medicamentos essenciais em Outubro de 1977, dez meses depois. Os critérios da lista eram os mesmos que os nossos critérios”, sublinha o antigo governante. Outro desafio era a necessidade de formar técnicos para as mais diversas áreas que eram necessárias para o funcionamento do país. Foi neste contexto que no dia 8 de Março de 1977, o Presidente Samora Machel lançou um repto aos jovens moçambicanos para suprir as falhas que existiam naquela altura. Yolanda Mussá, então jovem militante -hoje Presidente da Associação da Geração 8 de Março- respondeu ao chamamento. “Depois do golpe de Estado de 25 de Abril de 1974, e sobretudo depois da assinatura dos Acordos de Lusaka e a tomada de posse do Governo de transição a 20 de Setembro do mesmo ano, assistiu-se, sobretudo aqui em Moçambique, a uma fuga massiva de técnicos portugueses que trabalhavam em diferentes áreas, não só no sector público como também no sector privado. Então, havia a necessidade de suprir essa lacuna que foi deixada por esses especialistas e por esses técnicos portugueses. Então, desde essa altura, a Frente de Libertação de Moçambique e o Governo moçambicano, posteriormente, chamou adolescentes e jovens para serem formados, para serem treinados para suprir essas lacunas. Este processo foi formalizado no dia 8 de Março de 1977, quando o Presidente Samora Machel incitou os jovens a responderem ao chamamento à Pátria. E naquela altura estamos perante uma situação que exige que nos manifestemos na essência daquilo que era o nosso patriotismo. O país é nosso e como o país é nosso, nós é que temos que assegurar a edificação da Nação moçambicana. Portanto, esse é que era o desafio. Havia carências nas diferentes áreas. Havia carências na área de educação, na área da economia, na área da administração pública. Então, os jovens e os adolescentes foram chamados a interromper, sobretudo aqueles que estavam na 9.ª classe, na 10.ª, na 11.ª classe, os seus estudos. E nós fomos orientados para as tarefas que foram consideradas prioritárias pelo governo moçambicano. A nível da cidade de Maputo, criou-se o Centro 8 de Março, onde nós fomos orientados e internados. Uns foram para o Propedêutico. Eu, por exemplo, fui orientada para o curso de formação de professores. E qual era a nossa função? Fomos formados, portanto, na Escola central do partido, mas sobretudo para aprender a história de Moçambique, porque sabe-se perfeitamente que, quer no ensino primário, quer no ensino secundário, o que se estudava era a história portuguesa. Então nós fomos orientados para estudar sobretudo a história de Moçambique e estudar a política de Moçambique para, a partir daí, podermos defender aquilo que eram os ideais da Nação moçambicana”, recorda Yolanda Mussá. Questionada sobre os critérios adoptados para orientar os jovens para determinada area, a dirigente associativa refere que as preferências de uns e de outros nao eram decisivos. “No dia em que fui para o painel de Orientação, estava com um colega. Nós éramos provenientes do antigo Liceu António Enes, que agora é Escola Secundária Francisco Maianga. Ele queria seguir matemáticas. A verdade é que depois das entrevistas, eles simplesmente disseram que ele não ia ser orientado para as matemáticas, mas que ele tinha que ser integrado no curso de formação de português. Então, o que contava naquela altura não era o que nós queríamos, mas é o que era considerado prioritário”, conta Yolanda Mussa. Alberto Simão, então jovem estudante de 19 anos, destinava-se à área de engenharia, mas acabou por enveredar por outra área, sendo actualmente economista. “Na altura tinha 19 anos e era estudante, digamos, no ensino técnico. Era do interesse dos meus pais, essencialmente, que eu seguisse a área de engenharia. Portanto, quando eu sou solicitado a integrar as tarefas do 8 de Março, fui exercer as tarefas de docência. Foi a minha primeira profissão. Mais tarde, quando eu voltei e retomei os meus mesmos estudos, decidi-me por uma outra área que foi a área económica”, começa por recordar o antigo docente. “Foi uma fase muito intensa, por assim dizer, e marcante também para os jovens estudantes, porque, na verdade, quase que sem nos apercebermos, passamos para a vida adulta, independentemente da nossa idade cronológica. Nessa altura, ficou claro que as responsabilidades a que nós tínhamos que fazer face, eram responsabilidades de adultos e tínhamos que responder como adultos e, sobretudo, também responder pelos resultados. Portanto, tivemos que crescer muito depressa em termo de crescimento ou em termos comparativos. O tempo de juventude foi relativamente curto, comparativamente com os tempos de hoje”, considera Alberto Simão que diz não ter sentido frustração naquela altura, mas antes uma “sensação de insegurança, porque, na verdade, ninguém estava preparado para assumir responsabilidades de tão alto nível.” Arão Nhacale, antigo autarca da Matola, também respondeu ao apelo de Samora Machel. Apesar de ter uma preferência pela química, acabou por ser dirigido para o ensino. “Eu lembro-me que quando, lá no bairro onde vivia com os meus pais, chegou a convocatória para me apresentar num determinado sítio aí do partido a nível central, eu fui dizer à minha mãe que ‘olha, eu fui chamado pela Frelimo'. E a minha mãe chorou. Não quis deixar que eu fosse, porque não sabia o que é que iria acontecer comigo. Para onde é que eu iria? O que é que eu fiz de errado? Mas eu disse à minha mãe que ‘olha, não se preocupe, porque não há nada de mal aqui. E se me chamam, eu saberei lá.' E fui, deixando a minha mãe triste. Cheguei lá, fui recebido por uma senhora e a conversa foi de muito pouca duração. Quis certificar se era eu. Era. E então deu-me uma guia para me apresentar na Escola Comercial de Maputo. Eu, na altura, era estudante do curso de Química. O meu sonho era formar-me em Química, tornar-me engenheiro de Química, com muita paixão por Química Tecnológica. E queria me formar ao mais alto nível na área de Química. E isso não aconteceu porque recebi esse chamamento e fui dar aulas em 1977, com cerca de 20 anos, na Escola Comercial de Maputo. É a disciplina que me coube. Isto marcou-me muito, porque é com uma certa dose de patriotismo que assumi e aceitei. Tive várias formações na área da educação. Dediquei-me ao ensino durante muitos anos e eu, felizmente, hoje posso dizer que muitos quadros seniores, jovens quadros seniores que temos no país em diversas áreas, alguns ministros, alguns directores na área de defesa de segurança, relações internacionais, industriais, em muitas áreas, alguns deles foram meus alunos. Isso cria em mim um certo -não é orgulho só, não é suficiente- muito mais do que orgulho, porque vejo que valeu a pena o chamamento”, considera o antigo professor. Esta operação que durou até ao começo dos anos 90 envolveu centenas e centenas de jovens, bem como formadores nacionais e estrangeiros, recorda Yolanda Mussa. “Havia formadores moçambicanos, mas para além dos formadores moçambicanos, o governo, na altura, contou com a colaboração de vários países. Por exemplo, eu tive professores de matemática que eram da Guiné-Conacri. Falo da Guiné-Conacri, como também poderia falar de outros países, na altura, de orientação socialista. Tivemos professores que vinham da antiga RDA, que vinham da Bulgária, que vinham da antiga União Soviética”, recorda a dirigente associativa ao referir que foram orientados para “quase todas as áreas”. Olhando retrospectivamente para aquela época, Alberto Simão considera que os jovens da sua geração amadureceram sob o impulso da urgência. “Impelia-nos o sentimento de que esta obrigação era eminentemente nossa, porque o processo de descolonização foi um processo visível. Foi um processo que nós vivenciamos e acompanhámos porque inclusivamente colegas nossos, que eram colegas de carteira, estudantes, etc, uns despediam-se, outros iam embora sem se despedir. E praticamente todos abalavam em massa. Então nós sentíamos que havia um vazio. Aliás, nessa altura, alguns dos serviços que deveriam ter sido prestados por alguns sectores do Estado e mesmo até privados, começaram a entrar assim numa espécie de falência. (…) E os tais quadros potenciais na altura, na verdade éramos nós então. Lá fomos porque também uma coisa vantajosa em ser jovem é que as situações apanham-nos às vezes de surpresa, mas fica também patente a ideia de que o espírito de aventura, também de participação, de fazer as coisas acontecerem e de mostrar um pouco do nosso valor, está lá, presente. Isso impele-nos e não temos tanto as hesitações que talvez o adulto normalmente tem. O jovem vai para a frente. Foi o que nós fizemos”, conclui o economista moçambicano. Podem ouvir os nossos entrevistados na íntegra aqui:

Ayurveda na Prática - GisiPaz.

"Ter uma rotina com horários para se mover, respirar e meditar não nos aprisiona — nos liberta. Liberta da escravidão do desejo automático, da compulsão por estímulo e do cansaço sem fim."...Marcar atendimento, cursos e e-books aqui: https://linktr.ee/gisipaz_atendimentos.cursosInstagram: gisipaz_ayurveda

Lounge Cinematica Radio
"SERENITÀ" Lounge Cinematica Series Volume 43 | FINAL TEMPORADA

Lounge Cinematica Radio

Play Episode Listen Later Jun 15, 2025 47:10


Lounge Cinematica Series Volume 43 SERENITA' Selected, edited and mastered by JAVIER DI GRANTI June 2025 01/ Alessandro Alessandroni – La Molitura 02/ I Panamera - Bossa Di Sera 03/ Giancarlo Chiaramello feat. Carmen Villani - Nostra Casa Disumana 04/ Max Raffeng - Whistle Kiss 05/ Orchestra Elvio Monti - Samba Per Un Amore* 06/ Pino Cannizzo and his Orchestra - Noite Brasileira 07/ Bruno Canfora - Iris 08/ Philip Green - Costa Azul 09/ Complesso Iron Stars (Giacomozzi) - Erika 10/ Alterno & Oiramsol - Caffe E Cacao 11/ Bruno Battisti D'Amario - Gocce Di Vetro 12/ Toi Et Moi - White Waves (Instrumental)* 13/ Pino Cannizzo and his Orchestra - Som Tropical 14/ Peppino De Luca - Il Treno Rosa (Instrumental)* 15/ Gian Piero Reverberi - Chimera (M32) 16/ Complesso Iron Stars (Asfrinio) - Tequel 17/ Complesso Iron Stars (Asfrinio) - Leggenda 18/ Paolo Ferrara - Dispenser (Javier Di Granti Edit) 19/ Flys Group - Screen 20/ Bruno Battisti D'Amario - Dove Sei, Liberta? *World Premiere

Vinicius Honorio
Liberta Radio 81 With Vinicius Honorio - Yuuta Guest Mix

Vinicius Honorio

Play Episode Listen Later Jun 13, 2025 59:10


Liberta Radio 81 With Vinicius Honorio - Yuuta Guest Mix Tracklist: Conntex - Snarecall (Original Mix) Pascal Hetzel - SLT (Kaiser Remix) DJ Dextro - Element One (Original Mix) Yuuta- Makomo (Original Mix) Hurdslenk - Sirens (Original Mix) Molly Lollen - August Burns (Original Mix) KALTBLUME - Dead Heat (Original Mix) Schusta - Pistachio Colored (Original Mix) Jan Fleck - Nzjam (Original Mix) Hypatia - Titanium (Original Mix) NØRBAK - Sinto (Original Mix) Moderat - Bad Kingdom (Marcel Dettmann Remix) Amorphic & Tensal - AT6 (Original Mix) Yuuta - Kisame (Original Mix) Klint - Reflex (Original Mix) KALTBLUME - Neo-Noir (Bours_ Remix)

Vale Estreito
LIBERTAÇÃO DO PODER DO PECADO – LIVRES PARA VIVER EM SANTIDADE | Glenio Paranaguá | Vale Estreito

Vale Estreito

Play Episode Listen Later Jun 13, 2025 5:29


Canal Vale Estreito"Criado para anunciar o Evangelho das Insondáveis Riquezas de Cristo.

Leonardo Bailey
La palabra que liberta.

Leonardo Bailey

Play Episode Listen Later Jun 13, 2025 58:30


palabras de aliento y fe.

Igreja Batista Alameda
Revestido de Poder do Alto | Pr. Wavison Salgado | 06/06/2025

Igreja Batista Alameda

Play Episode Listen Later Jun 11, 2025 61:09


Mensagem de Libertação ministrada pelo Pr. Wavison Salgado na Igreja Batista Alameda.

Lena & Liberta
Dj Gecko sorgt für Unruhe

Lena & Liberta

Play Episode Listen Later Jun 10, 2025 63:14


In der heutigen Folge erzählt Lena von einem mysteriösen Fall in der Nächt und Liberta versucht das ganze mit einer ziemlich cleveren Theorie aufzulösen. Zudem zieht eine von den beiden ganz bald nach Mallorca... Viel Spaß beim reinhören!

UndeRadio - La voce ai ragazzi
UndeRadio - Libertà di espressione - 3D - Liceo Pasteur

UndeRadio - La voce ai ragazzi

Play Episode Listen Later Jun 10, 2025 37:05


Il podcast della 3D del Liceo Pasteur di Roma

ECOTRIM CAST | AUTOCONHECIMENTO & ESPIRITUALIDADE
Mediunidade Evolutiva: A Espiritualidade que Liberta | ECOTRIMCAST

ECOTRIM CAST | AUTOCONHECIMENTO & ESPIRITUALIDADE

Play Episode Listen Later Jun 9, 2025 46:57


EXIBIDO EM 09/06/25A mediunidade não é um dom exclusivo, tampouco uma obrigação espiritual. Neste episódio do ECOTRIMCAST, Marcelo Cotrim revela uma abordagem transformadora sobre a mediunidade evolutiva — uma forma de viver sua espiritualidade de forma consciente, lúcida e libertadora.Descubra como desenvolver seus dons mediúnicos com equilíbrio emocional, domínio bioenergético e conexão com seus mentores, sem dependências religiosas, centros ou culpa espiritual.Entenda as diferenças entre mediunidade e paranormalidade, como destravar suas percepções, e como aplicar esses recursos no seu dia a dia — em sua missão de vida, relações e profissão.Este episódio é um verdadeiro chamado à independência espiritual.

Cultos - Igreja Batista do Povo
03.06.25 - "Creia e confie em Deus" (Miss. Isabel Oliveira)

Cultos - Igreja Batista do Povo

Play Episode Listen Later Jun 6, 2025 83:37


Vinicius Honorio
Talking Drum

Vinicius Honorio

Play Episode Listen Later Jun 6, 2025 1:58


Deepchild debuts on Liberta with Talking Drum. Sound designer, DJ and university lecturer, his sonically dense techno and conceptual ambient work is set to leave his mark on the label.

Vinicius Honorio

Deepchild debuts on Liberta with Talking Drum. Sound designer, DJ and university lecturer, his sonically dense techno and conceptual ambient work is set to leave his mark on the label.

Podcast 45 Minutos
SORTEIO DAS OITAVAS DA LIBERTADORES & PLAYOFFS DA SUL-AMERICANA – 45 MINUTOS

Podcast 45 Minutos

Play Episode Listen Later Jun 2, 2025 55:59


Acompanhamos ao vivo o sorteio dos mata-matas da Libertadores e Sul-Americanas, analisando todo o cenário e chaveamento final das competições. Fortaleza tem pela frente o Vélez Sarsfield pelas oitavas de final da Liberta. Time argentino teve a 6ª melhor campanha da fase de grupos. Já o Bahia encara o América de Cali, e posteriormente, em […]

Vinicius Honorio

Deepchild debuts on Liberta with Talking Drum. Sound designer, DJ and university lecturer, his sonically dense techno and conceptual ambient work is set to leave his mark on the label.

Sin Maquillaje, Altagracia Salazar
Angel Martínez, supuesto investigador, supuesto analista, supuesto difamador…

Sin Maquillaje, Altagracia Salazar

Play Episode Listen Later May 27, 2025 29:22


Al supuesto investigador Angel Martínez parece que no le quedaba nadie a quien difamar y decidió hacer un show en Puerto Plata para demostrar que además de supuesto ex agente del FBI, supuesto ex analista de inteligencia y “comunicador es  por lo menos un buen actor. La orden de arresto es por una declaración de rebeldía y técnicamente si no tiene otro proceso deberá ser liberado tan pronto se presente ante el juez que la emitióMartinez llegó a Puerto Plata en un crucero, fue a un destacamento de la policía donde filmó una especie de escándalo, subió un video para hacer pública su presencia y tras ser arrestado declaró que era víctima de un conocido empresario haitiano, Gilbert Biggio, con fuertes vínculos en RD.Para ser investigador el hombre tiene mala memoria pues los reportes de prensa indican que fue declarado en rebeldía en el año 2020 por una sentencia del juez titular de la Novena Sala de La Cámara Penal del Juzgado de Primera Instancia del Distrito Nacional.Fue citado dos veces para comparecer ante el juez por una querella por difamación e injuria en violación a los artículos de la ley de Delitos de Alta Tecnología, al Código Penal y la Ley 5132 sobre Liberta de Expresión y Libre Difusión del Pensamiento, pero no se presentó.La querella por difamación fue presentada por el abogado y dirigente político Guido Gómez Mazara en octubre del 2020, pero Martínez no compareció a la audiencia de conciliación ni a la posterior citación y cuando el juez lo declaró en rebeldía y solicitó orden de arresto en junio del 2021.Según nuestras fuentes el arresto de ayer que deberá terminar en unas horas porque la rebeldía termina cuando se llega al juzgado tiene que ver con otra querella presentada por el diputado Sergio Moya (Gory). Las mismas fuentes indican que el supuesto investigador tiene otros procesos abiertos por la misma causa pero que no han llegado a apertura de juicio y están en proceso de investigación todos por delitos de alta tecnología.En el 2021 los abogados de Gory Moya notificaron una orden de captura internacional contra el supuesto detective. Si todos esos casos y otros existen, no se entiende por que un detective dice que la orden de arresto en su contra viene de Biggio considerado como el hombre más rico de Haití que fue sancionado por Canadá por presuntus vínculos con las bandas haitianas.Como se trata de un show ahorita habrá champaña.

Vinicius Honorio
Yuuta - Kiske

Vinicius Honorio

Play Episode Listen Later May 23, 2025 1:14


Resident at the Tunnel Club in Pereira, Colombia, Yuuta's productions have landed on Liberta. Makomo is a 3-track EP where Yuuta displays his excellent grooves and textures.

Vinicius Honorio
Yuuta - Makomo

Vinicius Honorio

Play Episode Listen Later May 23, 2025 1:43


Resident at the Tunnel Club in Pereira, Colombia, Yuuta's productions have landed on Liberta. Makomo is a 3-track EP where Yuuta displays his excellent grooves and textures.

DW em Português para África | Deutsche Welle
21 de Maio de 2025 - Jornal da Manhã

DW em Português para África | Deutsche Welle

Play Episode Listen Later May 21, 2025 19:57


Sociedade civil moçambicana exige responsabilização de envolvidos em desfalque em receitas do gás natural. Em Angola, Frente de Libertação do Estado de Cabinda (FLEC-FAC) nega rendição de dissidentes. Encontro entre o Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, e Donald Trump encarado com ceticismo pelo sul-africanos.

PodAcelerar - Empreendedorismo e Negócios
O Código Esquecido que Escala Empresas e Liberta Donos | Bruno Avelar | PodAcelerar #EP174

PodAcelerar - Empreendedorismo e Negócios

Play Episode Listen Later May 21, 2025 71:32


Você está crescendo, mas sente que carrega a empresa nas costas?Talvez o seu problema não seja falta de esforço... mas sim ignorar o código mais poderoso do crescimento sustentável: servir com estratégia.Neste episódio, Marcus Marques recebe Bruno Avelar — empresário, investidor e uma das vozes mais respeitadas do Brasil quando o assunto é networking, fé e construção de legado. Um cara que já rodou o mundo, lidera movimentos, carrega valores sólidos e prova que é possível crescer sem perder a essência.Juntos, eles revelam verdades incômodas sobre cultura, liderança e conexões — e por que o segredo não está em vender mais, e sim em se relacionar com propósito, atrair as pessoas certas e respeitar o processo.Descubra:- O erro fatal que trava empresas que já faturam R$1M+Por que o lucro é consequência, não o alvoComo líderes de verdade constroem legado através de pessoas.- O que o modelo de Jesus tem a ensinar sobre crescimento exponencial.- A diferença entre ajudar por empatia e contratar por estratégia.Se você já entendeu que crescer sem liberdade não faz sentido, chegou a hora de dar o próximo passo.

Vinicius Honorio
Yuuta - Sabito

Vinicius Honorio

Play Episode Listen Later May 19, 2025 1:26


Resident at the Tunnel Club in Pereira, Colombia, Yuuta's productions have landed on Liberta. Makomo is a 3-track EP where Yuuta displays his excellent grooves and textures.

Catalisadores
Ep 03 - Por que a Liderança Falha? Platão e a Redescoberta da Ordem

Catalisadores

Play Episode Listen Later May 17, 2025 37:45


No meio de uma crise moral, política e espiritual, Platão surge como um pensador que nos convida a olhar para dentro — porque não há ordem verdadeira na sociedade sem uma ordem profunda na vida interior de cada líder. Neste terceiro episódio da série A Ordem, exploramos o colapso simbólico da pólis grega e como Platão respondeu com uma proposta de reforma da alma — uma resposta que continua ecoando nos desafios da liderança cristã hoje. O Mito da Caverna, a estrutura tripartida da alma, e a vocação profética do verdadeiro líder ganham vida em um diálogo instigante com a missão da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Este episódio é para quem sente que apenas reformar estruturas não é suficiente. É para quem intui que, sem transformação interior, todo sistema é fachada. ▶️ Descubra como a filosofia pode se tornar um instrumento de discernimento espiritual.

Conexão Israel
#300 - Hamas negocia com EUA e liberta Idan Alexander, Israel tenta matar Muhammad Sinwar, Fome em Gaza, Visita de Trump ao OM marca isolamento de Israel

Conexão Israel

Play Episode Listen Later May 16, 2025 81:55


Chegamos ao episódio 300. No final da semana que marca o isolamento de Israel na política americana para o Oriente Médio. Bloco 1- Gaza: centenas de mortos e fome severa a curto prazo.- Hamas negocia diretamente com EUA e liberta soldado israelense-americano, Idan Alexander.- Israel tenta matar Muhammad Sinwar.- Trump no Oriente Médio.Bloco 2- Crise com os ultraortodoxos não acaba.- Em meio a protestos dos professores da educação básica, governo reprime universidades.- Netanyahu nomeia Representante da Ouvidoria do Serviço Público.Bloco 3- Dica cultural.- Palavra da semana.Apoio pontual ao projeto que chega ao episódio 300!!!!!https://apoia.se/ladoesquerdo300Para quem puder colaborar com o desenvolvimento do nosso projeto para podermos continuar trazendo informação de qualidade, esse é o link para a nossa campanha de financiamento coletivo. No Brasil - ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠apoia.se/doladoesquerdodomuro⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠No exterior - ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠patreon.com/doladoesquerdodomuro⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠Nós nas redes:bluesky - @doladoesquerdo.bsky.social e @joaokm.bsky.socialsite - ladoesquerdo.comtwitter - ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@doladoesquerdo⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ e ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@joaokm⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠instagram - ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@doladoesquerdodomuro⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠youtube - ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠youtube.com/@doladoesquerdodomuro⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠Tiktok - @esquerdomuroPlaylist do Spotify - Do Lado Esquerdo do Muro MusicalSite com tradução de letras de músicas - https://shirimemportugues.blogspot.com/Episódio #300 do podcast "Do Lado Esquerdo do Muro", com Marcos Gorinstein e João Miragaya.

Cultos - Igreja Batista do Povo
13.05.25 - Culto de cura e libertação (Pr. Raphael Gadelha)

Cultos - Igreja Batista do Povo

Play Episode Listen Later May 15, 2025 72:47


Culto de cura e libertação

Vedanta Cast
#134/2025 – A Chave Que Liberta Sem Precisar Esquecer | Upadeshasaram

Vedanta Cast

Play Episode Listen Later May 14, 2025 10:57


Esporte em Discussão
Augusto Melo com os DIAS CONTADOS?; DRAMA do Flamengo na Liberta; SPFC pode AVANÇAR

Esporte em Discussão

Play Episode Listen Later May 14, 2025 124:21


O Bate-Pronto de hoje falará tudo sobre a confirmação da data da votação do impeachment de Augusto Melo no Corinthians. O programa também projetará o jogo de hoje entre São Paulo e Libertad, no Morumbi, pela quinta rodada da fase de grupos da Libertadores. O time tricolor precisa de um empate para já garantir vaga no mata-mata do torneio continental. O programa também debaterá a situação do Flamengo, que viu o Central Córdoba vencer o Deportivo Táchira ontem fora de casa. Agora, o Mengão precisa basicamente de duas vitórias e três gols de saldo nas duas rodadas finais para não depender de outros resultados na busca pela classificação às oitavas de final.

Vinicius Honorio
Sequence

Vinicius Honorio

Play Episode Listen Later May 9, 2025 2:14


Joshua Calleja debuts on Liberta with 'Reputation Of Complexity', bringing his hypnotic, groovy and atmospheric sound that fits just right with the label's vision.

Vinicius Honorio
Reputation of Complexity

Vinicius Honorio

Play Episode Listen Later May 9, 2025 1:48


Joshua Calleja debuts on Liberta with 'Reputation Of Complexity', bringing his hypnotic, groovy and atmospheric sound that fits just right with the label's vision.

Vinicius Honorio
Introspective

Vinicius Honorio

Play Episode Listen Later May 9, 2025 1:56


Joshua Calleja debuts on Liberta with 'Reputation Of Complexity', bringing his hypnotic, groovy and atmospheric sound that fits just right with the label's vision.

Vinicius Honorio
Beauty is Pain

Vinicius Honorio

Play Episode Listen Later May 9, 2025 1:55


Joshua Calleja debuts on Liberta with 'Reputation Of Complexity', bringing his hypnotic, groovy and atmospheric sound that fits just right with the label's vision.

GE São Paulo
GE São Paulo #428- Vitória no Peru e vaga encaminhada na Liberta

GE São Paulo

Play Episode Listen Later May 7, 2025 42:47


Pela primeira vez na história, o São Paulo vence os seus três jogos como visitante na fase de grupos da Conmebol Libertadores. Neste episódio, Marcelo Braga e Felipe Ruiz debatem a vitória do Tricolor por 2 a 0 contra o Alianza Lima, o trabalho de Zubeldía e o atual momento da equipe, que não perdeu nos últimos 12 jogos. Na próxima rodada, a equipe volta os olhos para o Brasileirão e enfrenta o Palmeiras. Chega de empates?

WGospel.com
Liberta-me da amargura, Pai!

WGospel.com

Play Episode Listen Later May 5, 2025 1:48


  Pai, neste instante peço libertação de qualquer amargura e, por favor, ajuda-me a viver na liberdade de um coração perdoador. Não quero experimentar as consequências […]

Caso Bizarro
CB #128 - A Casa dos 200 Demônios

Caso Bizarro

Play Episode Listen Later May 2, 2025 84:12


Nesse episódio Mabê narra a chocante história da Demon House, onde uma família viveu um verdadeiro pesadelo. Uma história de possessões e eventos sobrenaturais que desafiam a lógica. Teria coragem de mudar para essa casa?〰️Dicas Bizarras:▪️ Demon House - documentário▪️A Libertação (Netflix)▪️The disposession of Latoya Ammons (Indystar)〰️

Vinicius Honorio
Liberta Radio 80 With Vinicius Honorio - Kamen Guest Mix

Vinicius Honorio

Play Episode Listen Later May 1, 2025 62:40


Liberta Radio 80 With Vinicius Honorio - Kamen Guest Mix Tracklist: 1 Biemsix - Splendid China 2 Kamen - Unreleased 3 Quelza - Automated Assistance Programs (Original Mix) 4 Metapattern - Tool 20 5 FVKS - Thundertotem 6 Temudo - Asset 2 7 Mathys Lenne - Meki's Ripped 8 FVKS - Split 9 Alarico - Chlorid 10 Maccari - Tribal Feeling 11 Toobris - Blank Canvas Please 12 Bailey Ibbs - Make Me Feel 13 Kamen - Targa 14 Pierce - 44 Delusions 15 Crime Partners - Deep Cover 16 Alarico - Caresses After Lies 17 Ebass - Closing The Circle 18 Phil Berg - Elytra 19 AgainstMe - Further Analysis 20 Kameliia - Miles An Hour 21 Toobri - A Little Life 22 Uvall - Acamar 23 Altinbas - Third Wind 24 Flits - Frisbee 25 Alarico - Sleeping Dogs 26 JakoJako - Amygdala (Kamen Floor Edit) 27 Fresko - Uppercut 28 Bailey Ibbs - Unsociable Hours 29 Human Safari - Jazz Affair

Pregador Nonato Souto
EBD LIÇÕES BÍBLICAS CPAD IEADPE | 2º TRIM 2025 05ª LIÇÃO: “A VERDADE QUE LIBERTA”

Pregador Nonato Souto

Play Episode Listen Later Apr 28, 2025 76:04


EBD LIÇÕES BÍBLICAS CPAD IEADPE | 2º TRIM 2025 05ª LIÇÃO: “A VERDADE QUE LIBERTA”

Esporte em Discussão
Palmeiras VENCE na ALTITUDE e SEGUE 100% na Liberta; Flamengo x Corinthians no DOMINGO

Esporte em Discussão

Play Episode Listen Later Apr 25, 2025 118:33


O Bate-Pronto de hoje falará tudo sobre a grande vitória do Palmeiras sobre o Bolívar, ontem de noite, em La Paz, pela 3ª rodada da Libertadores. O 3 a 2 confirmou o Verdão como o único time com 100% de aproveitamento no torneio continental. O programa também projetará o clássico entre Flamengo e Corinthians pelo Brasileirão e muito mais!

Cultos - Igreja Batista do Povo
22.04.2025 - Culto de cura e libertação (Pr. Paulo Frutuoso)

Cultos - Igreja Batista do Povo

Play Episode Listen Later Apr 24, 2025 45:39


Culto de cura e libertação

Lena & Liberta
Zwischen Fisch-Spa auf Malle und Cyberangriffen

Lena & Liberta

Play Episode Listen Later Apr 21, 2025 63:22


Und damit sichern wir euch fast pünktlich zum Fest das größte Ostergeschenk: eine neue Folge Lena & Liberta. Sicherlich! Heute geht es um Aussteigerkonzepte auf Mallorca, wann das erste Mal gekifft wurde, Aufregermomente an Tankstellen und mögliche strukturelle Cyberangriffe. Außerdem sprechen die Beiden über das Phänomen der "inneren" Arbeit, das leider oft im Kostüm der Performance- und Optimierungsgesellschaft auftaucht. Viel Spaß!

#DNACAST
ENCARAR A REALIDADE DÓI, MAS LIBERTA | Ponto de Vista 16/abr

#DNACAST

Play Episode Listen Later Apr 16, 2025 3:29


Empiricus Puro Malte
PODCA$T #89 - ESTAMOS EM UMA GUERRA COMERCIAL

Empiricus Puro Malte

Play Episode Listen Later Apr 10, 2025 53:39


CONHEÇA O ALPHA TRADER 2.0: https://emprc.us/HT4ORgNeste episódio, Larissa Quaresma e João Piccioni recebem Matheus Spiess, nosso analista macro e Marlon Scatolin, nosso Analista Técnico que faz sua estréia no PodCa$t!Confira os destaques:

Lena & Liberta
Kinder - ja oder nein?

Lena & Liberta

Play Episode Listen Later Apr 8, 2025 61:37


In dieser Folge klopft Liberta fremden Menschen ein bisschen zu viel auf die Schulter, Lena hat eine interessante Restaurant Beobachtung, die gaaar nicht geht und eine wirklich gute Hörernachricht. Das Thema: Kinder - ja oder nein? Eine sehr berechtigte Frag, wie wir finden und deshalb haben wir es uns zur Mission gemacht heute ganz ehrlich mit euch darüber zu sprechen. Viel Spaß!

Colunistas Eldorado Estadão
Acorda, Pedrinho!: Como seria o Dia da Libertação se Trump fosse brasileiro?

Colunistas Eldorado Estadão

Play Episode Listen Later Apr 8, 2025 7:16


Pedro Fernando Nery, colunista do Estadão, professor de economia do IDP (Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa), analisa a Economia interna, às 3ªs, 7h45, no Jornal Eldorado.See omnystudio.com/listener for privacy information.

O Assunto
Tarifaço de Trump: a chance do Brasil

O Assunto

Play Episode Listen Later Apr 4, 2025 33:54


Para o presidente dos Estados Unidos, o 2 de abril de 2025 entrou para a história como o "Dia da Libertação" — a revista britânica "The Economist" usou o termo "Dia da Ruína". Sob aplausos na Casa Branca, Donald Trump deu detalhes de um tarifaço ventilado desde a campanha eleitoral e anunciado a conta-gotas nos primeiros meses de mandato. A taxa mínima sobre produtos importados será de 10%, com alíquotas maiores para alguns países que, segundo ele, cobram mais do que é produzido nos Estado Unidos. O Brasil se enquadrou na tarifa mínima, o que pode abrir oportunidades para o país, como explica Assis Moreira em conversa com Natuza Nery neste episódio. Correspondente do jornal Valor em Genebra desde 2005, Assis analisa como as medidas de Trump afetam a União Europeia, a China e outros mercados. E detalha de que maneira o tarifaço inaugura uma nova ordem mundial no comércio entre países. Depois, Natuza Nery conversa com o embaixador Mauricio Carvalho Lyrio, Secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Itamaraty e negociador do Brasil para G20 e BRICS. É ele quem fala quais são as dificuldades atuais para chegar a acordos com os EUA sob o governo de Donald Trump.