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Artes
Marco Mendonça: "Portugal deve ver-se ao espelho e perceber o quão absurdas são todas as desigualdades"

Artes

Play Episode Listen Later Aug 5, 2025 15:13


A peça "Reparations Baby!", escrita e encenada por Marco Mendonça, toca no tema das reparações históricas de Portugal aos países de língua portuguesa, passando pelo racismo e a discriminação dos afro-descendentes utilizando o humor, a frontalidade e a compaixão para fazer reflectir os espectadores.   Em 2023, aquando a visita de Lula da Silva a Portugal que marcava então presença na cerimónia de celebração dos 49 anos do 25 de Abril, Marcelo Rebelo de Sousa falou pela primeira vez em reparações históricas e essas palavras despertaram no actor, dramaturgo e encenador moçambicano Marco Mendonça o interesse pelo tema em Portugal.  Já na esfera política, nomeadamente após o Presidente português ter dito um ano mais tarde que Portugal devia pagar o que deve aos países africanos de língua portuguesa após séculos de escravidão e exploração, Marcelo Rebelo de Sousa foi apelidado de traidor da pátria. Estas considerações políticas aliadas a vários movimentos por antigas potências coloniais como a França ou a Alemanha de reparações culturais, nomeadamente através da devolução de obras de arte, levaram Marco Mendonça a escrever e encenar a peça “Reparations Baby!” para o Teatro Nacional D.Maria II, onde esta temática é transformada num jogo televisivo ao estilo de “Quem quer ser milionário” com um painel de concorrentes exclusivamente afro-descendentes "A ideia de ser um game show pareceu-me fazer bastante sentido, porque é um contexto em que tanto temos uma componente de entretenimento muito forte música, luzes, todo o aparato televisivo, mas ao mesmo tempo também temos uma componente muito forte que é informativa e das curiosidades dos factos, da pesquisa, da partilha de informação. Quis aliar essas duas coisas ao tema da reparação histórica, que era um tema que eu já queria trabalhar há muito tempo", afirmou o encenador. No palco três concorrentes afro-descendentes respondem a perguntas que vão desde a história da colonização, a figuras da escravidão a polémicas actuais como apropriação cultural nas redes sociais. Nos intervalos deste concurso, uma equipa de figuras brancas encoraja o desempenho dos concorrentes, monstrando como as boas intenções estão muitas vezes ligadas ao ganho pessoal. Ao longo do jogo, as personagens vão mostrando as suas convicções, mas também as suas experiências face ao racismo e ao preconceito. "Era muito importante para mim focar-me nas personagens e não torná-las bidimensionais no sentido de pôr as pessoas brancas a pensarem sobre este tema desta maneira e as pessoas negras pensam desta maneira sobre este tema? Não, isso seria pouco verosímil, porque efectivamente as pessoas têm relações muito diferentes com este tema e com tudo o que sejam discriminações nas vivências em Portugal", indicou Marco Mendonça. As reparações históricas das potências colonizadoras aos países africanos foi o mote este ano da reunião da União Africana em Fevereiro, na Etiópia, e tal como os chefes de Estado africanos, Marco Mendonça considera que o reconhecimento público dos séculos de exploração e ocupação é o primeiro passo para o restabelecimento da História dos dois lados do Equador. "Eu acho que a primeira reparação e mais importante reparação neste momento é interna. Eu acho que Portugal, enquanto país, enquanto povo, enquanto cultura, deve olhar para si próprio, ver-se ao espelho e perceber o quão absurdas são todas as desigualdades que se vivem no país e o quanto é preciso assumir uma responsabilidade de forma formal", concluiu Marco Mendonça. Esta peça esteve em cartaz no Teatro Variedades, em Lisboa, durante o mês de Julho tendo tipo apresentações noutras cidades portuguesas. Deverá agora continuar a ser apresentada em diferentes teatros, não havendo para já mais representações previstas.

Coffee Break
136: Marta Silva: cultura, resistência e a nova vida dos Jardins do Bombarda

Coffee Break

Play Episode Listen Later Mar 18, 2025 39:33


A cultura tem o poder de transformar cidades, preservar memórias e dar voz a comunidades muitas vezes esquecidas. No coração de Lisboa, os Jardins do Bombarda tornaram-se um novo polo cultural e comunitário, fruto do trabalho incansável da LARGO Residências. Para falar sobre este projeto, a inauguração da Sala Estúdio Valentim de Barros e os desafios e conquistas ao longo do percurso, conversamos com Marta Silva, Diretora Artística e Executiva da LARGO Residências.Nesta entrevista, a Marta partilha connosco a importância do Tributo a Valentim, a parceria com o Teatro Nacional D. Maria II, e como a arte e a cultura continuam a ser ferramentas essenciais para inclusão, resistência e inovação social.RecursosLARGO ResidênciasMr Bird  (autor da música)Nicolás Fabian (autor do design)Subscreve no SpotifySubscreve na Apple Podcasts

Manhãzitos da 3
A Farsa de Inês Pereira

Manhãzitos da 3

Play Episode Listen Later Feb 7, 2025 8:23


Pedro Penim, que reescreveu o original de Gil Vicente, e Stela, que dá corpo à personagem-título, vieram às Manhãs da 3 desvendar a peça que marca o início à programação do Teatro Nacional D. Maria II para 2025.

Programação - Renascença V+ - Videocast
"Boca Aberta": o Teatro Nacional D.Maria II a estimular a relação entre escolas e meio artístico

Programação - Renascença V+ - Videocast

Play Episode Listen Later Dec 17, 2024 1:35


"Boca Aberta": o Teatro Nacional D.Maria II a estimular a relação entre escolas e meio artístico

Coffee Break
133: Pedro Penim: O palco como espaço de inovação e inclusão cultural

Coffee Break

Play Episode Listen Later Dec 9, 2024 40:35


Hoje temos o gosto de receber no nosso podcast Pedro Penim, uma das figuras influente do teatro contemporâneo português. Fundador do coletivo Teatro Praga e do espaço cultural Rua das Gaivotas 6, o Pedro tem desafiado as convenções das artes performativas ao longo da sua carreira. Desde 2021, está no Teatro Nacional D. Maria II como Diretor Artístico, função na qual tem promovido a diversidade estética, a acessibilidade e o alargamento de públicos.Ao longo desta conversa, exploraremos a sua visão sobre a nova programação do Teatro Nacional, que combina tradição e inovação, e discutiremos a sua abordagem para descentralizar e democratizar o acesso à cultura, como evidenciado no projeto "Odisseia Nacional". Além disso, refletiremos sobre os desafios e oportunidades para o teatro em tempos de transformação tecnológica e social, e sobre a sua perspetiva quanto ao panorama cultural em Portugal.RecursosTeatro Nacional D Maria IIMr Bird  (autor da música)Nicolás Fabian (autor do design)Subscreve no SpotifySubscreve na Apple Podcasts

Programação - Renascença V+ - Videocast
Descubra a programação do Teatro Nacional D. Maria II para 2025

Programação - Renascença V+ - Videocast

Play Episode Listen Later Nov 29, 2024 1:35


Descubra a programação do Teatro Nacional D. Maria II para 2025f27da0e7-65ae-ef11-88cf

Renascença - Ensaio Geral
“Apoiar a cultura e o teatro não tira votos nas eleições”

Renascença - Ensaio Geral

Play Episode Listen Later Sep 21, 2024 26:56


O ator Rui Mendes; Mariana Fonseca, do Lobby Teatro; e Tiago Bartolomeu Costa, comissário da exposição "Quem és tu - um teatro nacional a olhar o país"; são os convidados do Ensaio Geral desta semana, gravado ao vivo no Museu Nacional do Teatro e da Dança, no âmbito da parceria com o Teatro Nacional D. Maria II.

Programação - Renascença V+ - Videocast
Quem és tu? 100 anos de história do Teatro Nacional D. Maria II em exposição

Programação - Renascença V+ - Videocast

Play Episode Listen Later Jul 19, 2024 1:35


Quem és tu? 100 anos de história do Teatro Nacional D. Maria II em exposiçãob49a9973

TEATRA
Filipe Sambado | #108

TEATRA

Play Episode Listen Later Jul 2, 2024 53:34


Filipe Sambado | #108 by Teatro Nacional D. Maria II

Isto faz-se por cá
Quem és tu? - Um teatro nacional a olhar para o país

Isto faz-se por cá

Play Episode Listen Later Jun 21, 2024 14:47


Uma exposição de objetos ligados à história do Teatro Nacional D. Maria II e à história de Portugal, entre 1926 e 2022. A curadoria é do Tiago Bartolomeu Costa.

Convidado
Zia Soares: Pérola Sem Rapariga "é um dos melhores espectáculos que fiz"

Convidado

Play Episode Listen Later May 26, 2024 13:07


Pérola Sem Rapariga é a primeira de duas criações que formam o díptico que resulta do encontro entre a encenadora Zia Soares e a escritora Djaimilia Pereira de Almeida. Pérola Sem Rapariga inspira-se na leitura de "Voyage of the Sable Venus and Other Poems", de Robin Coste Lewis, e no arquivo fotográfico de Alberto Hensche, que fotografou várias pessoas escravizadas no Brasil.Uma das condições acordadas entre Zia Soares e Djaimilia Pereira de Almeida para a criação do espectáculo foi que "não haveria texto pré-escrito".Depois de um périplo por diferentes cidades portuguesas, Pérola Sem Rapariga tem a última das apresentações no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, este domingo.Nos bastidores do CCB, a RFI falou com Zia Soares. O processo criativo de Pérola Sem Rapariga, o papel dos diferentes intervenientes na criação da peça e da actualidade desta, os projectos futuros com a Companhia Teatro Griot, ou que envolvem a Guiné Bissau, foram alguns dos temas da conversa com a encenadora.Pérola Sem Rapariga integra o Ciclo Abril Abriu, uma iniciativa do Teatro Nacional D. Maria II.O espectáculo está integrado na programação comemorativa dos 50 anos do 25 Abril.Ficha TécnicaTexto: Djaimilia Pereira de AlmeidaDirecção e encenação: Zia SoaresInterpretação: Filipa Bossuet, Sara Fonseca da GraçaArtista visual: Kiluanji Kia HendaInstalação e figurinos: Neusa TrovoadaDesign de iluminação: Carolina CarameloMúsica e design de som: XullajiAssistência à encenação de movimento: Lucília RaimundoVídeo promocional: António CasteloAssistência geral: Aoaní d'AlvaCo-produção Sowing_arts, Teatro Nacional D. Maria II, no contexto da apap - FEMINIST FUTURES (projecto co-financiado pelo programa Europa Criativa da União Europeia)Parceria Abril Abriu Centro Cultural de BelémApoio Casa da Dança, Polo Cultural Gaivotas Boavista.

Vale a pena com Mariana Alvim
T3 #7 Diogo Infante

Vale a pena com Mariana Alvim

Play Episode Listen Later May 21, 2024 32:39


Fã assumida desde sempre do Diogo Infante, acabei ainda mais. O seu talento como actor e encenador é (re)conhecido. Quem conhece a sua faceta de leitor e como os livros o ajudaram? Sou suspeita mas... vale a pena. Os livros que o actor escolheu: - Fernão Capelo Gaivota, Richard Bach; - ⁠O Perfume, Patrick Suskind; - ⁠Salto Mortal, Marion Zimmer Bradley; - ⁠Cyrano de Bergerac, Edmond Rostand. Livro que o Diogo referiu no fim da conversa: As terças com Morrie, Mitch Albom. A peça que disse que vão repor: A noite de Reis, do Shakespeare. A peça Cyrano de Bergerac teve a tradução do Nuno Judice no Teatro Nacional D.Maria II. O que ofereci: Caro Professor Germain, Albert Camus. PLANO B: Manual de Prestidigitação, Mário Cesariny. Os livros aqui: https://www.wook.pt/

Expresso - A Beleza das Pequenas Coisas
Pedro Penim (parte 2): “Mudei-me para Istambul quando o meu marido era lá correspondente da BBC. O amor precisa de investimento”

Expresso - A Beleza das Pequenas Coisas

Play Episode Listen Later May 18, 2024 42:30


Ouça aqui a segunda parte da conversa com o ator, encenador, dramaturgo e diretor artístico do Teatro Nacional D. Maria II, que fala sobre como os seus espetáculos põem a nu as suas maiores inquietações, com as respetivas nuances. Pedro Penim revela os desafios da paternidade e do processo longo e difícil que viveu com o marido recorrendo a uma mãe de substituição. E conta também a história de amor que o levou a colocar o trabalho em suspenso para ir viver junto com o companheiro durante uns tempos em Istambul e Roma. Por fim dá-nos música e lê brilhantemente um excerto de “O amor dos homens avulsos”, de Victor Heringer. Boas escutas!See omnystudio.com/listener for privacy information.

Expresso - A Beleza das Pequenas Coisas
Pedro Penim (parte 1): “O que me move no teatro são os aplausos e o terreno de experimentação sobre o agora, fértil e perigoso, em forma de arte”

Expresso - A Beleza das Pequenas Coisas

Play Episode Listen Later May 17, 2024 72:48


É o atual diretor artístico do Teatro Nacional D. Maria II e acaba de repor o espetáculo “Casa Portuguesa”, em cena até 7 de julho, no Maria Matos, em Lisboa. Uma peça escrita e encenada por si após as duras críticas por se afirmar gay quando ocupou o atual cargo. Em cena pôs em discussão os ideais tradicionais de casa, de família, de género, tendo como pano de fundo os acontecimentos recentes da nossa democracia e a mais dolorosa ferida da nossa História, a guerra em África. Sobre a discussão levantada pelo Presidente de uma reparação histórica às  antigas colónias, afirma: “É um assunto importante e espinhoso, porque estamos a falar de massacres cometidos em nome do nosso país e dos quais continuamos a beneficiar. A riqueza deste país fez-se dessa exploração e matança”. Oiça aqui a primeira parte da entrevista.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Renascença - Ensaio Geral
Como as artes do palco pensam a política

Renascença - Ensaio Geral

Play Episode Listen Later May 10, 2024 29:32


Neste programa em parceria com o Teatro Nacional D. Maria II, o Ensaio Geral fala de três peças que pensam o atual estado do país e do mundo. São convidados os atores Sara Barros Leitão, que fala sobre a peça “Guião Para Um País Possível”, Miguel Fragata, um dos protagonistas de "Terminal - o Estado do Mundo" e Fernando Giesta da companhia Amarelo Silvestre que vai levar à cena "Diário de uma República II" .

A Descoberta do Som
Tiago Rodrigues

A Descoberta do Som

Play Episode Listen Later May 2, 2024 72:14


O encenador Tiago Rodrigues, atual diretor do Festival de Avignon e antigo diretor do Teatro Nacional D. Maria II, é o convidado de Filipe Melo no penúltimo episódio da primeira temporada do podcast “A Descoberta do Som". Hosted on Acast. See acast.com/privacy for more information.

Programação - Renascença V+ - Videocast
Tita Maravilha é o Prémio Revelação Ageas Teatro Nacional D. Maria II 2023

Programação - Renascença V+ - Videocast

Play Episode Listen Later May 2, 2024 1:35


Tita Maravilha é o Prémio Revelação Ageas Teatro Nacional D. Maria II 2023dadc6107-7

Convidado
Angélica Liddell vai abrir Festival de Avignon

Convidado

Play Episode Listen Later Apr 5, 2024 7:42


Desvendado o programa da 78°edição do Festival de Avignon, que vai decorrer de 29 de Junho a 21 de Julho. Destaque para o regresso da Comédie-Française ao sudeste de França, com Tiago Rodrigues a apresentar a sua primeira criação depois de ter assumido o cargo de director do Festival, “Hécube, pas Hécube”, numa escrita livre entre realidade e ficção a partir da Hécuba de Eurípides. Foi desvendado esta semana o programa da 78°edição do Festival de Avignon, que vai decorrer de 29 de Junho a 21 de Julho, uma semana mais cedo do habitual devido à realização dos Jogos Olímpicos de Paris.Em 2024, a língua convidada  é o espanhol, com Angélica Liddell a ter honras de abertura. Destaque para o regresso da Comédie-Française ao sudeste de França, com Tiago Rodrigues a apresentar a sua primeira criação depois de ter assumido o cargo de director do Festival, “Hécube, pas Hécube”, numa escrita livre entre realidade e ficção a partir da Hécuba de Eurípides.Este ano, o evento conta com um “artista cúmplice”: o bailarino e coreógrafo francês Boris Charmatz, atualmente director da companhia alemã Tanztheater Wuppertal, a histórica companhia de Pina Bausch.Inês Barahona e Miguel Fragata regressam a Avignon, agora com "Terminal (O estado do mundo)", um espetáculo em torno da crise climática, que questiona se a crise climática não é também uma crise da imaginação.RFI: Porquê o espanhol como língua convidada?Tiago Rodrigues, director do Festival de Avignon: O primeiro critério que nos leva a escolher línguas e convidar línguas é uma forma de olhar o mundo organizado, ligado ou desorganizado por línguas, em vez de o ver dividido por fronteiras e nacionalidades. Há demasiadas instituições, manifestações e organizações no mundo que veem o mundo dividido e separado. A nós interessa-nos ver essa cola que são as línguas carregadas de história, de imaginação e de futuro também. Depois o critério para convidarmos uma língua é que haja uma grande vitalidade, qualidade e diversidade nos países que falam essa língua, no que toca a artes performativas, teatro, dança, performance, circo, música. É o caso da língua espanhola, entre Espanha e América do Sul há uma enorme diversidade e qualidade de criação teatral e coreográfica. Há também, depois, a riqueza patrimonial. Penso, por exemplo, em Cervantes, que vai marcar com o seu Dom Quixote esta edição do Festival de Avignon. Temos encenações em francês de Dom Quixote, o escritor Enrique Vila-Matas que vem falar sobre literatura espanhola e, certamente, também sobre Dom Quixote, que é uma das suas paixões. Temos uma manhã com artistas que vão falar só sobre Dom Quixote e encomendas de novos textos novos de Dom Quixote por autores franceses. Temos também a diversidade e a riqueza contemporânea desta língua, com novos autores como o uruguaio Gabriel Calderón, a dimensão de uma escrita que se impôs radical no teatro europeu, que é a de Angélica Liddell, que abre este festival [com a peça “Dämon, el funeral de Bergman”] na Cour d'honneur du Palais des Papes (Pátio de honra do Palácio dos Papas).É uma escolha radical?É uma escolha radical porque, no tempo em que vivemos, é absolutamente necessário sabermos encontrar equilíbrios numa programação, mas nesses equilíbrios continuarmos de uma forma feroz e intransigente a defender a liberdade artística. Angélica Liddell apresentada no maior palco do Festival de Avignon, um dos maiores palcos do mundo, é também um reconhecimento, obviamente, do seu génio - julgo que é uma das grandes escritoras de espectáculos do nosso tempo - mas, também, uma radical intransigente defesa da liberdade artística e da liberdade de expressão. Há também a polaca Marta Górnicka, com “Mothers. A song for wartime”, com mulheres ucranianas, polacas e bielorrussas, sobre exílio e a guerra. É uma forma de o teatro fazer pensar o mundo de hoje e aquilo que se está efectivamente a passar? Para não se esquecer esta guerra na Ucrânia que pode cair no esquecimento por se prolongar no tempo?Os grandes artistas são sempre criadores que conseguem aliar a sofisticação e a exigência artística a um olhar do mundo que não tenta apagar as injustiças. Marta Górnicka, parece-me - eu acredito - uma grande artista do nosso tempo, relativamente jovem ainda, mas uma polaca que vai marcar, continuar a marcar o teatro europeu. Com este espectáculo ela decidiu regressar à sua Polónia Natal, onde já não vivia há alguns anos e dedicar se a trabalhar com mulheres, na sua maioria no exílio, ucranianas que fugiram à guerra, mas também bielorrússias, polacas e formar um coro que se inspira de canções tradicionais ucranianas e das suas histórias de resistência e de sobrevivência para nos oferecer um espectáculo que tem tanto de difícil, duro - porque nos devolve à realidade da guerra - como de humano e capaz de reconstruir a nossa confiança na humanidade.A Comédie-Française regressa ao festival. Apresenta a sua primeira criação depois de ter assumido o cargo de director do Festival, “Hécube, pas Hécube”, numa escrita livre entre realidade e ficção a partir da Hécuba de Eurípides. É uma escolha arriscada esta de mexer em dois lugares “sacrossantos” da cultura francesa: Avignon e Comédie-Française?O risco é quase o nome do meio do Festival de Avignon. Podia chamar-se Festival de risco de Avignon, porque é um festival de criação e um festival que aposta sempre em criar e acompanhar os artistas quando eles só têm uma ideia. A hipótese de trabalhar com a Comédie-Française nasce de um convite da parte da Comédie-Française, mesmo antes de eu me tornar director do Festival de Avignon. O projecto, aliás, teve que ser adiado porque eu me tornei director do Festival de Avignon. Mas é com um grande prazer, com uma grande honra, obviamente, que faço a minha primeira criação enquanto director do Festival de Avignon, em Avignon, com a Comédie-Française. De alguma forma, é estar a tocar de forma efémera, com toda a humildade, em dois dos grandes símbolos da cultura francesa.Obviamente, para um filho de um exilado político que estava no final dos anos 1960 em França, em Paris, em condições muito precárias, fugido à ditadura, para um sobrinho de pessoas que emigraram de Portugal nos anos 50 e 60 por razões económicas e ainda vivem em França, saber que uma geração depois tenho o privilégio, a sorte de poder estar a dirigir um dos grandes símbolos culturais deste país e estar a trabalhar com outro dos grandes símbolos culturais não só deste país, como da Europa e do mundo, conta qualquer coisa sobre a história das nossas democracias. Eu tenho muita sorte de pertencer a esta geração e não à geração do meu pai. A participar neste festival estarão também Inês Barahona e Miguel Fragata, com o espectáculo "Terminal (O estado do mundo) ". Porquê esta escolha?Miguel Fragata e Inês Barahona são dois grandes artistas do teatro português e esta peça é uma pesquisa feita sobre paisagens desaparecidas, urgência climática, mas também uma crise da imaginação que eles acreditam existir, associada à crise climática. Foi feita entre França e Portugal. Enquanto director do Teatro Nacional D. Maria II, tive a sorte de poder acompanhar, apresentar e apoiar o trabalho da Inês Barahona e do Miguel Fragata e, obviamente, não é o facto de eu ter a nacionalidade portuguesa e dirigir o Festival de Avignon que por uma questão de pudor, impedir que grandes artistas portugueses possam ser visíveis e estar presentes e ser apoiados também pelo Festival de Avignon. Portanto, é o mérito e a qualidade de Inês Barahona e de Miguel Fragata que lhes dão o espaço que eles merecem no Festival de Avignon. 

Renascença - Ensaio Geral
"Fazer teatro é fazer liberdade". Conheça a programação especial do Teatro Nacional D. Maria II

Renascença - Ensaio Geral

Play Episode Listen Later Mar 23, 2024 24:13


A programação do Teatro Nacional D. Maria II (TNDM) está em destaque no Ensaio Geral desta semana. Antecipando o Dia Mundial do Teatro e assinalando o início do ciclo “Abril Abriu” com que o D. Maria comemora os 50 anos do 25 de Abril, conversamos com o presidente do conselho de administração do TNDM, Rui Catarino. Os atores Manuel Coelho e Joana Brito Silva apresentam a peça "Quis Saber Quem Sou", que estreia no São Luiz a 20 de abril; e André Amálio, do Hotel Europa, desvenda a peça “Luta Armada”, que estreia a 4 de abril.

Actualidade - Renascença V+ - Videocast
"Fazer teatro é fazer liberdade". Conheça a programação especial do Teatro Nacional D. Maria II

Actualidade - Renascença V+ - Videocast

Play Episode Listen Later Mar 22, 2024 1:35


"Fazer teatro é fazer liberdade". Conheça a programação especial do Teatro Nacional D. Maria II

Convidado
Desafio entre Portugal e Moçambique numa "Viagem por mim terra" com Venâncio Calisto

Convidado

Play Episode Listen Later Dec 30, 2023 12:04


"Viagem por mim terra" é uma peça de teatro que surge do desafio para Venâncio Calisto construir uma dramaturgia a partir da experiência enquanto encenador e autor que percorre o território português. O desafio lançado pelo director do Teatro Nacional D.Maria II (TNDM II), Pedro Penim, levou o dramaturgo moçambicano a viajar por Portugal, realizar trabalho com diferentes estruturas teatrais, actrizes e actores.Mas o percurso para a construção da peça é também íntimo e vai além do território e das imagens aí construídas. As relações que no passado se estabeleceram entre sociedades, entre pessoas, fazem parte do caudal que forma o rio presente, e "Viagem por mim terra" é o pontão de onde se observa o fluir das águas.Recentemente, em Loulé, integrada na programação de Cenários Futuros, evento desenvolvido pelo TNDM II no âmbito da Odisseia Nacional, aconteceu uma leitura encenada de "Viagem por mim terra".Na entrevista à RFI, concedida após a apresentação feita por Venâncio Calisto e pelas actrizes Sara Vicente e Tânia Silva no espaço Mákina de Cena, foram abordados temas como colonialismo, emigração, processo criativo, o Portugal de hoje e o espaço da história pessoal do dramaturgo na peça de teatro.

Resposta Pronta
"Carlos Avilez combina modernidade com tradição"

Resposta Pronta

Play Episode Listen Later Nov 22, 2023 3:55


Diretor do Teatro Nacional D. Maria II recorda "a excitação" de uma geração de jovens que tinham a possibilidade de trabalhar com Carlos Avilez. Pedro Penim lembra o contributo para o teatro portuguêsSee omnystudio.com/listener for privacy information.

TEATRA
Alice Azevedo

TEATRA

Play Episode Listen Later Mar 28, 2023 55:37


No septuagésimo quinto episódio do TEATRA, Mariana Oliveira recebe a atriz e encenadora Alice Azevedo. Responsável pela criação e encenação de 'Nau Nau Maria', no âmbito do projeto Próxima Cena, uma iniciativa Teatro Nacional D. Maria II, do BPI e da Fundação ”la Caixa”.

Manhãzitos da 3
Dia do Teatro -Pedro Penim, Odisseia Nacional

Manhãzitos da 3

Play Episode Listen Later Mar 27, 2023 3:10


Neste Dia do Teatro ouvimos o diretor do Teatro Nacional D. Maria II Pedro Penim, sobre a Odisseia Nacional que leva teatro, exposições e formações a todo o país.

Isto faz-se por cá
Odisseia Nacional

Isto faz-se por cá

Play Episode Listen Later Feb 24, 2023 15:09


Durante todo o ano de 2023, este projeto de circulação do Teatro Nacional D. Maria II espalha a sua atividade artística por todo o país.

Expresso - A Beleza das Pequenas Coisas
Manuel Moreira: “Todas as revoluções são recebidas com resistência. Às vezes, tem de se gritar, invadir, reclamar espaços vedados a grupos”

Expresso - A Beleza das Pequenas Coisas

Play Episode Listen Later Feb 10, 2023 96:18


É ator e uma das vozes críticas no espaço de debate “Malditas Segundas-Feiras”, na SIC Notícias, a ocupar um lugar até agora pouco habitado. Rosto conhecido de várias séries e novelas, e com larga experiência no teatro, Manuel Moreira integra o elenco da peça “O Misantropo – por Hugo van der Ding e Martim Sousa Tavares a partir Molière” que fará parte da digressão “Odisseia Nacional”, do Teatro Nacional D. Maria II. Neste episódio, o ator faz reparos ao Governo sobre a forma como tem gerido a crise na Habitação ou na Cultura, e estranha que o chamem de ‘ativista'. Ouçam-no no podcast “A Beleza das Pequenas Coisas”, com Bernardo MendonçaSee omnystudio.com/listener for privacy information.

TSF - Fila J - Podcast
A Grande Odisseia do Teatro Nacional D.Maria II, começa no Porto, no Teatro Nacional S. João com A Casa Portuguesa

TSF - Fila J - Podcast

Play Episode Listen Later Jan 12, 2023


CLIP DE TEATRE
«Catarina e a beleza de matar facistas»

CLIP DE TEATRE

Play Episode Listen Later Dec 22, 2022 6:45


¿La família que mata unida es manté unida? Crítica teatral de l'obra «Catarina e a beleza de matar fascistas». Creació de Tiago Rodrigues. Intèrprets: Isabel Abreu, Romeu Costa, António Fonseca, Beatriz Maia, Marco Mendonça, Antonio Afonso Parra, Carolina Passos Sousa i Rui M. Silva. Veus en off: Cláudio Castro, Nadezhda Bocharova, Pedro Moldão i Paula Mora. Espai escènic: Fernando Ribeiro. Vestuari: José António Tenente. Il·luminació: Nuno Meira. Espai sonor i música original: Pedro Costa. Arranjaments vocals i corals: João Henriques. Suport de moviment: Sofia Dias i Vítor Roriz. Suport de lluita i armes: David Chan Cordeiro. Col·laboració artística: Magda Bizarro. Director tècnic: Rui Simão. Regidor: Carlos Freitas. Maquinista: Paulo Brito. Tècnic de llums: Feliciano Branco. Tècnic de so: João Pratas. Apuntadora: Cristina Vidal. Subtítols: Patrícia Pimentel. Producció executiva: Pedro Pestana i Rita Forjaz. Agraïments: Mariana Gomes, Pedro Gil, Rui Pina Coelho i Sara Barros Leitão. Mencions: Aquest espectacle compta amb músiques de Hania Rani (Biesy i Now, Run), Joanna Brouk (The Nymph Rising, Calling the Sailor), Laurel Halo (Rome Theme III i Hyphae) i Rosalía (De Plata, feat. Raül Refree). Producció: Teatro Nacional D. Maria II. En coproducció amb Teatre Lliure (Barcelona), Wiener Festwochen, Emilia Romagna Teatro Fondazione (Modena), ThéâtredelaCité - CDN Toulouse Occitanie & Théâtre Garonne Scène européenne Toulouse, Festival d’Automne à Paris & Théâtre des Bouffes du Nord, Teatro di Roma – Teatro Nazionale, Comédie de Caen, Théâtre de Liège, Maison de la Culture d’Amiens, BIT Teatergarasjen (Bergen), Le Trident - Scène- nationale de Cherbourg-en-Cotentin, Centro Cultural Vila Flor (Guimarães) i O Espaço do Tempo (Montemor-o-Novo). Amb el suport d'Almeida Garrett Wines, Cano Amarelo, Culturgest i Zouri Shoes. Companyia Teatro Nacional Doña Maria II (Lisboa). Ajudant de direcció: Margarida Bak Gordon. Direcció: Tiago Rodrigues. Sala Fabià Puigserver, Teatre Lliure Montjuïc, Barcelona, 21/22desembre 2022. Veu: Andreu Sotorra. Música: Now, Run. Intèrpret: Hania Runi. Composició: Hania Runi. Àlbum: Esja, 2019.

Programação - Renascença V+ - Videocast
O que vai mudar no Teatro Nacional D. Maria II?

Programação - Renascença V+ - Videocast

Play Episode Listen Later Dec 22, 2022 1:35


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TSF - Fila J - Podcast
"Espelhos e Monstros", de Paula Diogo, na Sala Estudio do Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa

TSF - Fila J - Podcast

Play Episode Listen Later Dec 6, 2022


Renascença - Ensaio Geral
As "Novas Criações" no Teatro Nacional D. Maria II

Renascença - Ensaio Geral

Play Episode Listen Later Oct 14, 2022 24:58


Renascença - Ensaio Geral
As "Novas Criações" no Teatro Nacional D. Maria II

Renascença - Ensaio Geral

Play Episode Listen Later Oct 14, 2022 24:58


Descobrimos com Marco Paiva tudo sobre "Zoo Story", uma peça em língua gestual a que dão corpo dois atores surdos e que fala da incomunicação entre seres humanos. Com Raquel S. abrimos os "Cadernos de", uma peça que estreia em novembro e que tem por base uma caixa de 40 cadernos de 21 anos de vida de uma pessoa e com David Cabecinha, ficamos a saber que dois espetáculos leva o Festival Alkantara este ano ao palco do D.Maria em novembro. A condução da conversa é de Maria João Costa, temos perguntas de Guilherme d'Oliveira Martins do Centro Nacional de Cultura e a assistência técnica é de Diogo Rosa.

Programação - Renascença V+ - Videocast
Carin Geada vence Prémio Revelação Ageas Teatro Nacional D. Maria II

Programação - Renascença V+ - Videocast

Play Episode Listen Later Oct 13, 2022 1:35


Carin Geada vence Prémio Revelação Ageas Teatro Nacional D. Maria IIcd885931-d24a-ed1

TSF - Fila J - Podcast
"Zoo Story", na Sala Estúdio do Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa

TSF - Fila J - Podcast

Play Episode Listen Later Oct 11, 2022


Convidado
"Quero que Avignon seja um lugar onde as pessoas possam participar do mundo"

Convidado

Play Episode Listen Later Oct 9, 2022 13:02


O encenador e dramaturgo português, Tiago Rodrigues, assumiu a direcção do festival de Avignon no passado dia 1 de Setembro.  Em entrevista à RFI, Tiago Rodrigues, defende que quer tornar o festival de Avignon "um lugar onde um miúdo ou uma miúda de catorze anos diz assim: 'vou ali para participar do mundo e não estar sozinha". RFI: O que é que se sente quando se pisa o palco do teatro des Bouffes du Nord, com aquela parede despida, vermelha, com história e que fala por si? Tiago Rodrigues: É uma grande emoção porque o théâtre des Bouffes du Nord é quase como um sítio mitológico, esse sítio onde trabalha o Peter Brook, que influenciou gerações de artistas portugueses, que por sua vez me influenciaram a mim.  Ouço falar de Peter Brook desde as minhas primeiras aulas com João Mota, no conservatório de teatro de Lisboa. João Mota foi discípulo de Peter Brook e trabalhou com ele aqui no Bouffes du Nord, em Paris. Depois há a dimensão do espectador: fui espectador de espectáculos do Bouffes du Nord. Vi espectáculos do Peter Brook e de outros que me emocionaram. De repente, ter a possibilidade de estar a trabalhar neste sítio histórico e num teatro tão presente, vibrante tem uma dimensão muito emocionante.  Na peça "Na medida do impossível" joga com fronteiras. As fronteiras que também estão muito presentes no trabalho da encenadora Christiane Jatahy. A Christiane Jatahy é uma artista que admiro. É alguém que tive a oportunidade de apresentar nas programações do teatro Nacional D.Maria II durante sete temporadas, das quais tive o privilégio de ser director artístico. Ao longo dos anos tornou-se uma amiga muito próxima, com quem discuto muito de teatro, com quem discuto muito o mundo e com quem vou, por exemplo, nestes dias, trocando mensagens de preocupação em relação ao futuro do Brasil, esperando que este período particularmente difícil para os brasileiros e para a democracia brasileira, na esperança que a democracia prevaleça. Uma das minhas amigas brasileiras com quem vou trocando mesagens sobre o futuro do mundo é a Christiane Jatahy, que tive a sorte de ver na plateia na estreia de "Na medida do impossível", no Odéon e com quem discuti muito esta questão do trabalho humanitário, das fronteiras. É uma artista que sigo com muito interesse. Há um nome que surge em todas, ou quase todas as peças na equipa artística, a sua esposa, Magda Bizarro. É um elemento fundamental no seu trabalho? A Magda Bizarro é alguém que acompanha o meu trabalho artístico há cerca de vinte anos, com quem fundei uma companhia, que foi minha cúmplice na direcção do Teatro Nacional D. Maria II. A Magda foi, nomeadamente, responsável pela programação internacional, pela programação de jovens artistas. É uma pessoa com um percurso no teatro que fala por si e é uma pessoa com quem tenho a sorte de partilhar a vida, fora do trabalho. Tratamos o assunto sempre com enorme transparência e isso permitiu que, desde a primeira hora, quando começou a haver algum diálogo com o governo francês e com a cidade de Avignon, sobre a possibilidade de dirigir o festival de Avignon, eu tenha dito que o meu trabalho depende de cumplicidades, e que a primeira das cumplicidades é com a Magda Bizarro. E disse-lhe que caso a eventualidade de sermos casados colocasse algum problema, desejava a maior sorte ao festival de Avignon, e que, obviamente, retiraria a minha candidatura porque é uma equipa de trabalho. Tenho a felicidade, da circunstancia, de ser casado e de trabalhar com a Magda. Tem sido uma relação frutuosa não só para nós, mas para as pessoas que beneficiam da nossa felicidade de trabalharmos juntos. Herdou a partitura de Jean Vilar. Quais vão ser os desafios que tem pela frente: a exigência e a proximidade com o público. Uma das ideias que está no código genético do festival de Avignon, e que deve ser interpretada pela direcção com a máxima liberdade, é o casamento entre a proposta de surpresas e as descobertas artísticas, espectáculos inesquecíveis, de exigência, de complexidade com um serviço público. Este é um projecto utópico de teatro popular, que quer que toda a gente sinta que pode pertencer aquele festival, que pode ir ver aqueles espectáculos, que tem o seu lugar e que é proprietário desse espírito de teatro popular e de acesso ao teatro. Uma das coisas que é particularmente importante para nós é aproveitar o facto do festival ter um público muito militante, muito presente, que transmite de geração em geração o seu amor do festival de Avignon. Queremos basear-nos na ajuda que esse público nos pode dar para fazer chegar um outro público, nomeadamente, à juventude, que vem pela primeira vez descobrir o festival de Avignon. O renovamento do festival de Avignon não significa abandonar os que lá estão, mas usá-los, como embaixadores, como anfitriões desses outros que nunca tiveram a oportunidade e que, no caso dos jovens, estão em idade de forjar os seus hábitos culturais, as suas paixões artísticas. Quero que o festival de Avignon seja esse lugar que foi para mim o grupo amador no liceu da Amadora. Um lugar onde um miúdo ou uma miúda de catorze anos diz assim: 'vou ali para participar do mundo e não estar sozinha.

Prova Oral
"Antecipar o Futuro" Fernando Alvim em Direto do D.Maria II

Prova Oral

Play Episode Listen Later Sep 23, 2022 51:43


Invadimos o Teatro Nacional D. Maria II para falar de como poderá ser o futuro do entretenimento.

Prova Oral
"Antecipar o Futuro" Fernando Alvim em Direto do D.Maria II

Prova Oral

Play Episode Listen Later Sep 23, 2022 50:42


Invadimos o Teatro Nacional D. Maria II para falar de como poderá ser o futuro do entretenimento.

Domínio Público (Rubrica)
15h: Mucho Flow, Iminente, Casa Portuguesa

Domínio Público (Rubrica)

Play Episode Listen Later Sep 22, 2022 3:37


Fechado o cartaz da 9ª edição do Mucho Flow; começa hoje o Iminente; início da temporada no Teatro Nacional D. Maria II.

Renascença - Ensaio Geral
Ensaio Geral ao vivo no Teatro Nacional D.Maria II

Renascença - Ensaio Geral

Play Episode Listen Later Sep 16, 2022 25:05


O Ensaio Geral regressa como uma edição gravada ao vivo no Teatro Nacional D.Maria II. É um novo ciclo do Ensaio Geral e é também um novo ciclo do Teatro de que falamos, olhando para as peças que vão estrear. Participam a atriz Carla Maciel, uma das protagonistas de Casa Portuguesa que estreia dia 22, na sala Garrett, e os criadores João Estevens da peça Cosmic Phase/Stage e Odete da peça Atlântida criadas no âmbito do ciclo Antecipar o Futuro e que estreiam na próxima semana na sala Estúdio. Contamos ainda com a colaboração de Guilherme d'Oliveira Martins.

Renascença - Ensaio Geral
Ensaio Geral ao vivo no Teatro Nacional DMaria II

Renascença - Ensaio Geral

Play Episode Listen Later Sep 16, 2022 25:05


O Ensaio Geral regressa como uma edição gravada ao vivo no Teatro Nacional D.Maria II. É um novo ciclo do Ensaio Geral e é também um novo ciclo do Teatro de que falamos, olhando para as peças que vão estrear. Participam a atriz Carla Maciel, uma das protagonistas de Casa Portuguesa que estreia dia 22, na sala Garrett, e os criadores João Estevens da peça Cosmic Phase/Stage e Odete da peça Atlântida criadas no âmbito do ciclo Antecipar o Futuro e que estreiam na próxima semana na sala Estúdio. Contamos ainda com a colaboração de Guilherme d'Oliveira Martins.

Renascença - Ensaio Geral
Ensaio Geral ao vivo no Teatro Nacional DMaria II

Renascença - Ensaio Geral

Play Episode Listen Later Sep 16, 2022 25:05


O Ensaio Geral regressa como uma edição gravada ao vivo no Teatro Nacional D.Maria II. É um novo ciclo do Ensaio Geral e é também um novo ciclo do Teatro de que falamos, olhando para as peças que vão estrear.

Renascença - Ensaio Geral
O Ensaio regressa ao Teatro para falar dos novos criadores

Renascença - Ensaio Geral

Play Episode Listen Later Jun 25, 2022 24:28


Nesta parceria entre o Teatro Nacional D. Maria II e a Renascença, conversamos com a encenadora Sofia Santos Silva, a vencedora da quarta edição da Bolsa Amélia Rey Colaço e que apresenta no palco da Sala Estúdio o espetáculo "Another Rose", a partir de dia 30 de junho. Para falar do sangue novo no teatro, conversamos também com Laura Mendonça, aluna finalista da Escola Superior de Teatro e Cinema e vai subir ao palco do D. Maria com a peça “Insulto ao Público”, um texto do Nobel Peter Handke, com encenação de Jorge Andrade. Para falar sobre o ensino da arte temos também Miguel Cruz, o diretor do ramo de Produção da Licenciatura em Teatro da Escola Superior de Teatro e Cinema. E, como habitualmente, escutamos as sugestões culturais de Guilherme D' Oliveira Martins.

Renascença - Ensaio Geral
O Ensaio regressa ao Teatro para falar dos novos criadores

Renascença - Ensaio Geral

Play Episode Listen Later Jun 25, 2022 24:28


Nesta parceria entre o Teatro Nacional D. Maria II e a Renascença, conversamos com a encenadora Sofia Santos Silva, a vencedora da quarta edição da Bolsa Amélia Rey Colaço e que apresenta no palco da Sala Estúdio o espetáculo "Another Rose", a partir de dia 30 de junho. Para falar do sangue novo no teatro, conversamos também com Laura Mendonça, aluna finalista da Escola Superior de Teatro e Cinema e vai subir ao palco do D. Maria com a peça “Insulto ao Público”, um texto do Nobel Peter Handke, com encenação de Jorge Andrade. Para falar sobre o ensino da arte temos também Miguel Cruz, o diretor do ramo de Produção da Licenciatura em Teatro da Escola Superior de Teatro e Cinema. E, como habitualmente, escutamos as sugestões culturais de Guilherme D' Oliveira Martins.

Renascença - Ensaio Geral
O Ensaio regressa ao Teatro para falar dos novos criadores

Renascença - Ensaio Geral

Play Episode Listen Later Jun 25, 2022 24:28


Nesta parceria entre o Teatro Nacional D. Maria II e a Renascença, conversamos com a encenadora Sofia Santos Silva, a vencedora da quarta edição da Bolsa Amélia Rey Colaço e que apresenta no palco da Sala Estúdio o espetáculo "Another Rose", a partir de dia 30 de junho. Para falar do sangue novo no teatro, conversamos também com Laura Mendonça, aluna finalista da Escola Superior de Teatro e Cinema e vai subir ao palco do D. Maria com a peça “Insulto ao Público”, um texto do Nobel Peter Handke, com encenação de Jorge Andrade. Para falar sobre o ensino da arte temos também Miguel Cruz, o diretor do ramo de Produção da Licenciatura em Teatro da Escola Superior de Teatro e Cinema. E, como habitualmente, escutamos as sugestões culturais de Guilherme D' Oliveira Martins.

Renascença - Ensaio Geral
O Ensaio regressa ao Teatro para falar dos novos criadores

Renascença - Ensaio Geral

Play Episode Listen Later Jun 25, 2022 24:28


Nesta parceria entre o Teatro Nacional D. Maria II e a Renascença, conversamos com a encenadora Sofia Santos Silva, a vencedora da quarta edição da Bolsa Amélia Rey Colaço e que apresenta no palco da Sala Estúdio o espetáculo "Another Rose", a partir de dia 30 de junho. Para falar do sangue novo no teatro, conversamos também com Laura Mendonça, aluna finalista da Escola Superior de Teatro e Cinema e vai subir ao palco do D. Maria com a peça “Insulto ao Público”, um texto do Nobel Peter Handke, com encenação de Jorge Andrade. Para falar sobre o ensino da arte temos também Miguel Cruz, o diretor do ramo de Produção da Licenciatura em Teatro da Escola Superior de Teatro e Cinema. E, como habitualmente, escutamos as sugestões culturais de Guilherme De Oliveira Martins.

TSF - Fila J - Podcast
"Tartufo", de Moliére, com encenação de Tonan Quito, no Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa

TSF - Fila J - Podcast

Play Episode Listen Later Jun 22, 2022


Artes
Projecto internacional revisita Molière em Lisboa

Artes

Play Episode Listen Later Jun 22, 2022 14:16


Uma das peças mais conhecidas de Molière, Tartufo, sobe ao palco, esta quarta-feira, no Teatro Nacional D. Maria II, numa encenação do português Tónan Quito. O espectáculo junta actores e técnicos portugueses, franceses e galegos, numa versão revista à luz dos dias de hoje.  Esta é a história de um homem que vai impor a sua autoridade através de uma fingida devoção. Tartufo é acolhido por Orgon que fica cego perante tanta beatice e coloca-o à frente de toda a sua família, a ponto de lhe querer dar a sua filha em casamento quando ela já estava comprometida. Na versão de 1664 era com Valério. Na versão de 2022, é com Valéria. Uma história de amor que salta para primeiro plano neste clássico revisitado de forma contemporânea. O texto de Molière data de 1664, mas atravessou o tempo e ecoa com o presente. A hipocrisia, os jogos de poder, a manipulação e a beatice continuam de pedra e cal. Tartufo é o falso devoto que também aspira à subida social e que faz tremer uma família conservadora que não quer perder o seu estatuto e poderes. No ano em que se celebram os 400 anos de Molière, este é um Tartufo original. A peça é interpretada em português, francês e galego por estudantes finalistas de quatro escolas superiores de arte dramática de Portugal, Espanha e França, em parceria com quatro teatros destes países. A encenação é do português Tónan Quito. Depois de Lisboa, onde ficará até ao dia 26 de Junho, a peça vai ser apresentada no Porto, em Santiago de Compostela e em Lyon. (Imagem e som de Romain Ferré e Richard Riffoneau)

Expresso - A Beleza das Pequenas Coisas
Cláudia Lucas Chéu: "Gosto de ser uma lanterna que ilumina os sítios mais escuros e desagradáveis"

Expresso - A Beleza das Pequenas Coisas

Play Episode Listen Later Apr 1, 2022 94:55


A escritora, poeta, dramaturga, argumentista e atriz Cláudia Lucas Chéu, autora de títulos como “Beber pela Garrafa”, “Mulher Sapiens” e “Ode Triumphal à Cona”, sobe agora ao palco do Teatro Nacional D. Maria II para protagonizar “Orlando”, a peça que escreveu a partir do texto de Virgínia Woolf com encenação de Albano Jerónimo, em cena de 5 a 10 de abril, na sala Garrett. Uma obra que é uma travessia até à verdade, uma celebração e um grito de revolta da comunidade LGBTQIA+. Uma peça que ganha outro peso e significado em tempos de guerra: “Não conheço emoção mais potente do que o amor. É mais poderosa do que o ódio.”  See omnystudio.com/listener for privacy information.