Conversas pelo país conduzidas por Bernardo Mendonça com as mais variadas personagens que contam histórias maiores do que a vida. Ou tão simples como ela pode ser
Nesta segunda parte do podcast “A Beleza das Pequenas Coisas”, a psicóloga, terapeuta familiar e sexóloga Marta Crawford reflete sobre as ameaças que o erotismo sofre nestes tempos apressados e dá conta de qual o direito sexual que considera mais importante: o consentimento. A meio deste episódio, Marta relata como, desde 2022, tem criado uma rede de apoio a mulher afegãs em apuros, sob o regime opressivo dos talibãs. Dá-nos assim a conhecer a história da jovem Nasira Haidari, de 33 anos, a precisar que uma instituição de acolhimento a resgate com urgência antes que seja tarde demais. “Tenho salvado várias mulheres e famílias das mãos dos talibãs. Tento com a AIMA resgatar agora uma jornalista afegã em risco de morte.”See omnystudio.com/listener for privacy information.
Foi há vinte anos que a psicóloga e sexóloga Marta Crawford apareceu pela primeira vez na televisão, em horário nobre, a falar de forma desassombrada sobre o prazer sem vergonhas, medos, opressões ou preconceitos num país ainda conservador e machista. Em 2022 foi diagnosticada com cancro da mama e conta como superou o abanão, alterou o ritmo de vida, as prioridades e redescobriu prazeres antigos, como tocar piano. Ouçam-na na primeira parte da conversa com Bernardo MendonçaSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Nesta segunda parte do podcast “A Beleza das Pequenas Coisas”, a médica veterinária Sandra Duarte Cardoso recorda uma das viagens mais especiais da sua vida, ao Quénia, onde conheceu os últimos rinocerontes de uma espécie. E critica a obsessão da sociedade com a imagem, em particular com a pressão feita sobre o corpo das mulheres. “Não há nada mais sexy do que uma mulher confiante e inteligente. A autoestima é um superpoder.” E ainda partilha as músicas que a acompanham, lê um excerto do livro “Ensaio Sobre a Cegueira”, de José Saramago, e deixa várias sugestões culturais. Boas escutas!See omnystudio.com/listener for privacy information.
Sandra Duarte Cardoso fundou há dezoito anos a organização não governamental SOS Animal e, em 2020, criou um santuário em Santarém onde tem mais de uma centena de animais que vivem livres, sem serem alvo de qualquer exploração. Autora e apresentadora do programa “À Descoberta com…”, na SIC, e das curta-metragens “Saudade” e “Profundo”, há quatro anos sofreu um acidente com uma égua que lhe atingiu as costas e o cotovelo. Desde aí, passou a viver com uma dor neuropática crónica. E revela como o tratamento com psicadélicos a fez sair da escuridão. Defensora do uso da IA em todas as profissões, até na medicina, para que a sociedade ganhe mais tempo, afirma-se preocupada com as ameaças à democracia. Ouçam-na na primeira parte da conversa com Bernardo MendonçaSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Nesta segunda parte do podcast “A Beleza das Pequenas Coisas”, o poeta e dramaturgo André Tecedeiro, fala da relação de amor com a sua companheira Laura Falésia, e de como a diferença de 13 anos nunca foi uma questão para eles. “Por dentro, temos a mesma idade. Somos muito parecidos.” Há ainda tempo para André mergulhar nos escritos de outros autores, como Paul Auster ou José Gomes Ferreira, partilhar as músicas que o acompanham, ler mais poesia e revelar todas as novidades sobre si que aí vêm ao longo do ano. Boas escutas!See omnystudio.com/listener for privacy information.
André Tecedeiro é poeta e dramaturgo, com oito livros de poesia publicados em Portugal, Brasil, Colômbia e Espanha. O último deles é “A Axila de Egon Schiele” (da Porto Editora), uma obra recomendada pelo Plano Nacional de Leitura. Este é um ano forte para André, já que assinará três novas peças de teatro e um livro de poesia para crianças. A par disso, André é consultor e formador em diversidade e inclusão de género. E, nestes tempos em que o ódio colhe votos, o autor tem andado pelo país a falar da importância da linguagem inclusiva e a partilhar a sua experiência como pessoa trans, pela visibilidade e direitos das pessoas LGBTQIA+. Ouçam-no na primeira parte da conversa com Bernardo MendonçaSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Nesta segunda parte do podcast “A Beleza das Pequenas Coisas”, o músico David Santos, mais conhecido por Noiserv, fala do lugar da vulnerabilidade e da insegurança nos seus caminhos da criação, de como tem sido compor temas para o cinema e teatro, e revela como o amigo e realizador Miguel Gonçalves Mendes o levou a ultrapassar uma certa barreira e a dar o passo de começar a compor em português. E ainda toca um pouco do tema “O Palco do Tempo”, que integrou o premiado filme “José e Pilar”, partilha as músicas que o acompanham, deixa algumas sugestões culturais e revela algumas das suas atuais inquietações e sombras. Boas escutas!See omnystudio.com/listener for privacy information.
Noiserv, o nome da banda de um homem só, alter ego de David Santos, a quem também já chamaram “o homem-orquestra”, celebra 20 anos de palcos musicais com um novo disco, que ainda não tem nome, mas no próximo dia 16 de maio será conhecido o novo single deste álbum. O músico revela que quando termina uma música, só acredita no seu fecho se algures no processo chorou com ela. “Só dessa forma sinto que ela chegou ao lugar certo”. Ouçam-no na primeira parte da conversa com Bernardo MendonçaSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Nesta segunda parte do podcast “A Beleza das Pequenas Coisas”, o ator e encenador Nuno Cardoso revela quais as personagens hediondas mais gostava de levar a palco e quais as causas sobre realidades tenebrosas mais importa lutar. No caminho desta conversa, regressa à sua infância, em Canas de Senhorim, faz uma comovente declaração de amor à sua Avó Flora, fala dos pais retornados de Moçambique, com uma mão à frente e outra atrás, e critica a cobardia do país ao não refletir mais sobre as feridas da Guerra Colonial em África. Depois conta como o teatro se atravessou na sua vida quando estudava direito em Coimbra e como foi dirigir durante seis anos uma instituição com muita talha dourada, o Teatro Nacional São João, no Porto. E revela a fase atual 'de luto' depois da sua saída. No final dá-nos música, diz um excerto de Hamlet e partilha algumas sugestões culturais. Boas escutas!See omnystudio.com/listener for privacy information.
Quem são os atuais homens hediondos? Criaturas de mundos distantes dos nossos, como Andrew Tate, Putin, Trump, Bolsonaro, Elon Musk? Ou pessoas comuns, com quem nos relacionamos todos os dias? O ator e encenador Nuno Cardoso, que foi nos últimos seis anos diretor artístico do Teatro Nacional São João, no Porto, regressa a cena, de 2 a 4 de maio, no Teatro Variedades, em Lisboa, com “Homens Hediondos”, onde interpreta um homem com certos comportamentos horrendos, que tendem a ser normalizados e glorificados na sociedade. Alguns destes homens tenebrosos irão agora a votos nestas legislativas? Nuno responde. Ouçam-no na primeira parte da conversa com Bernardo MendonçaSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Nesta segunda parte do podcast “A Beleza das Pequenas Coisas”, o antigo ministro da Economia, António Costa Silva, fala de como o seu último romance “Desconseguiram Angola” é um grito de revolta e uma denúncia dos horrores da guerra, em todas as latitudes e geografias. Depois deixa críticas ao poder angolano e dá conta de como os sonhos roubados na sua juventude podem ser resgatados. E ainda fala de como conheceu o amor da sua vida, a Luísa, partilha músicas e sugestões culturais, revela o que anda a escrever e lê um excerto do livro de ficção científica “Fahrenheit 451”, de Ray Bradbury. E mostra-nos como a literatura é, por vezes, um oráculo sobre os tempos distópicos que vivemos. Boas escutas!See omnystudio.com/listener for privacy information.
Já o chamaram de “senhor PRR”, por ser o autor do plano estratégico de recuperação económica para Portugal, e foi ministro da Economia no último governo de Costa. António Costa Silva fala dos vários desafios deste ano forte em eleições e do risco da Europa se fossilizar e se transformar num museu. Crítico da corrupção que se perpetua em Angola, a terra onde nasceu, recorda os três anos em que foi preso político e cruelmente torturado pelo MPLA. “O homem é o lobo do homem. Sem democracia vem o instinto predador.” Ouçam-no na primeira parte da conversa com Bernardo MendonçaSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Nesta segunda parte do podcast “A Beleza das Pequenas Coisas”, a atriz Inês Castel-Branco critica uma certa obsessão e paranóia com a juventude e perfeição que penaliza mais as mulheres e em particular as atrizes. Inês afirma rejeitar as pressões da indústria e dos pares para ser mais magra, usar botox ou submeter-se a outras intervenções estéticas. Dá-nos música, lê um poema de Adília Lopes, um excerto do romance “As Malditas”, de Camila Sosa Villada e partilha algumas sugestões culturais. Boas escutas!See omnystudio.com/listener for privacy information.
No cinema foi uma elegante, assertiva e convincente Snu Abecassis, no filme “Snu”, de Patrícia Sequeira e, em breve, na mini-série “Cara a Cara”, de Fernando Vendrell, interpreta uma candidata a deputada de extrema direita. A atriz Inês Castel-Branco recorda o longo caminho na televisão, na moda, e as várias resistências que teve de superar: “Agora já começo a dizer que ‘não’ e a escolher o que prefiro fazer”. Ouçam-na na primeira parte desta conversa com Bernardo MendonçaSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Nesta segunda parte do podcast “A Beleza das Pequenas Coisas”, Eduardo Ferro Rodrigues, considera “inadmissível" que a direita use a expressão ’woke' para atacar a defesa de direitos humanos e de minorias. O socialista assume-se aqui um “feminista convicto", e o caminho que revela ter feito nessa matéria com a sua filha, Rita Ferro Rodrigues.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Foi ministro de vários governos socialistas e esteve na cadeira da presidência da Assembleia da República. Eduardo Ferro Rodrigues afirma temer que “a única solução” governativa seja um bloco central dirigido pelo PS ou PSD. Sobre o primeiro-ministro Montenegro, considera que tem uma “cultura de chico-espertismo” e garante que não voltará à política. Ouçam-no na primeira parte da conversa com Bernardo MendonçaSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Nesta segunda parte, o apresentador João Manzarra revela as razões por se ter encantado tanto pela Argentina e pelo seu povo, nas várias viagens que fez por lá. E, nesse caminho, conta algumas peripécias por que passou na estrada, num carro com atrelado, e explica o que o faz gostar tanto de viajar sozinho, para viver o que chama de “liberdade total”. O apresentador fala ainda do novo videocast sobre caminhadas que se prepara para lançar, depois lê um excerto de “Gente Independente”, de Halldór Laxness, um dos seus livros preferidos, revela algumas das músicas que o acompanham e partilha várias sugestões culturais. Isto e outras surpresas pelo caminho. Boas escutas!See omnystudio.com/listener for privacy information.
É um dos apresentadores mais populares da televisão, mas viveu uma fase em que se afastou dos holofotes por desentusiasmo com o entretenimento e busca de sentido para a vida. É quando passa a dar voz a várias causas humanitárias e de sustentabilidade ambiental. João Manzarra afirma ter passado por um dos momentos mais belos de sempre quando acompanhou de perto o pai durante o seu último ano de vida. E atribui ao progenitor o facto de ter feito as pazes com o seu papel televisivo, como forma de trazer alegria às pessoas. Amante de grandes viagens, tem agora um canal no Youtube onde relata as aventuras pelo mundo e estreia em breve um videocast sobre caminhadas com figuras públicas. Ouçam-no na primeira parte da conversa com Bernardo MendonçaSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Nesta segunda parte, a cantora, poeta, performer e ativista trans Lila Tiago fala da beleza como resistência queer, deixa uma crítica à falta de diversidade em muitos palcos musicais no país, recorda a invasão de palco da performer trans Keyla Brasil a meio da peça “Tudo Sobre a Minha Mãe”, que esteve em cena no Teatro Municipal São Luiz, em Lisboa, considerado por si um momento histórico de discussão cultural no país. Mais à frente fala da zanga e grande preocupação pela repetição de certos ciclos políticos no mundo. Depois, comenta o conflito de estar presente em redes sociais controladas por quem está a destruir as democracias e a restringir liberdades e direitos. No final, ainda partilha algumas das músicas que a acompanham, várias sugestões culturais e lê um texto especial de João Caçador. Boas escutas!See omnystudio.com/listener for privacy information.
Lila Tiago é a voz das “Fado Bicha”. E, desde 2017, acompanhada pelo guitarrista João Caçador, ocupa um novo lugar queer no fado. Esta artista trans bicha, como a própria se descreve, é toda audácia e revolução e não se furta ao desconforto que a sua banda provoca por trazer para a canção mais popular e portuguesa do país outras formas de amar, de existir e de olhar para o passado. “Não surgimos para incomodar. Mas sabemos que incomodamos um entendimento que abafava artistas como nós no fado.” Contas feitas as “Fado Bicha” fizeram mais de 250 concertos, em Portugal e não só, participaram no Festival da Canção e lançaram o disco de estreia, "OCUPAÇÃO", em 2022. E, já no próximo dia 17 de abril, estreia o documentário “As Fado Bicha”, realizado por Justine Lemahieu, que conta este caminho de resistência musical. Ouçam-na na primeira parte da conversa com Bernardo Mendonça.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Nesta segunda parte da conversa com Rita Blanco, ficamos a saber de que forma a atriz de “A Gaiola Dourada”, “Sangue do Meu Sangue” e “Mal Viver/Viver Mal” se envolve com as personagens que representa e como confronta as pessoas em seu redor com a dureza e as feridas dessas mulheres da ficção. Rita dá-nos também a conhecer a sua vertente de co-autora nos projetos em que se envolve e dos seus eternos desejos e medos de se lançar na realização para cinema. Mas revela outros desejos no horizonte como fazer teatro para crianças ou ter um grande terreno para resgatar animais de todas as espécies. Rita revela depois algumas das músicas que a acompanham - uma delas que celebra a amizade e outras duas que ouve e dança com a filha Alice - e lê um poema de Adília Lopes sobre a importância da alegria. E ainda partilha sugestões culturais de livros e séries que mexeram consigo nos últimos tempos. Boas escutas!See omnystudio.com/listener for privacy information.
É uma das atrizes portuguesas mais aplaudidas e premiadas. Rita Blanco já foi muitas mulheres na televisão, no teatro e no cinema. Só no grande ecrã já entrou em 59 filmes, muitos deles com a assinatura do realizador João Canijo, com quem prepara novo filme e nova peça de teatro, com uma história que se entrecruza. A atriz revela que a terapia recente a ajudou a arrumar o passado e a aceitar-se melhor a si e aos outros e conta como as filmagens do díptico “Mal Viver/Viver Mal” foram “muito duras”, que a deixaram zangada, mas que a levaram a superar-se como nunca antes. No futuro, Rita Blanco deseja estrear-se na realização, fazer teatro para crianças e ter um grande terreno para resgatar mais animais. Ouçam-na na primeira parte da conversa com Bernardo Mendonça.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Nesta segunda parte da conversa com a investigadora, curadora e poeta Shahd Wadi, ficamos a saber qual a vila na Palestina com que sonha regressar, até que ir para casa seja possível. E até fala do cheiro específico do lugar onde nunca esteve, mas que sente conhecer bem. Refere os pais, e de como a têm inspirado na vida e na poesia. Depois analisa o estado do mundo e o papel da Europa perante a América de Trump. Pelo caminho, desmonta certos preconceitos sobre as mulheres árabes, opressões de patriarcado aparte, e dá-nos conta da profunda resistência de um povo que não desiste de viver com esperança e arte. E ainda nos dá música, poesia e revela como uma picardia com o atual namorado resultou numa história de amor de uma década. Boas escutas!See omnystudio.com/listener for privacy information.
Shahd Wadi é uma mulher palestiniana doutorada em estudos feministas, na Universidade de Coimbra, que divide o tempo entre a escrita, curadoria, tradução, investigação e performance. Veio para Lisboa em 2006 por amor e acabou por ficar na cidade colorida dos seus sonhos, na terra do ‘vai-se andando’, do bacalhau e do medronho. Acaba de publicar o livro de poesia “Chuva de Jasmim”, pela editora Caminho, como arma de resistência para reclamar a vida e a liberdade na sua terra. Enquanto a Palestina estiver ocupada, a sua pátria é a fronteira entre cá e lá. Ouçam-na na primeira parte da conversa com Bernardo Mendonça.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Nesta segunda parte da conversa em podcast o curador e diretor artístico Sandro Resende, co-fundador da P28 e da galeria de arte bruta “Manicómio”, revela quais são os seus heróis e o que o levou a trocar cartas manuscritas com Yoko Ono durante meses. Conta também a razão de gostar de política, mas não de políticos, para fazer o que chama de “lobby positivo” e o que habita na sua colecção de livros proibidos e censurados que será exposta no início de abril, em Cascais. Por fim, fala mais a fundo do projeto internacional “Misfit”, dá-nos música, lê um poema de um dos artistas do "Manicómio" e deixa vários sugestões culturais. Boas escutas!See omnystudio.com/listener for privacy information.
Sandro Resende é um dos pioneiros a usar a arte como ferramenta para libertar as pessoas do rótulo da doença mental. Há 14 anos inaugurou a associação P28, distinguida com o prémio de mérito do SNS, e que deu que falar com exposições revolucionárias que misturavam obras de nomes consagrados da arte contemporânea com as de artistas residentes do Júlio de Matos. Depois, em 2019, fundou o espaço de criação de arte bruta “Manicómio”, o primeiro a representar artistas com alguma doença psicológica. Em breve, Sandro lançará a plataforma internacional “Misfit”, onde poderão encontrar criações inspiradoras de pessoas 'desajustadas', que procuram o prazer da criação, sem terem o lucro como objetivo. Ouçam-no na primeira parte da conversa com Bernardo MendonçaSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Nesta segunda parte da conversa em podcast o realizador, documentarista e visualista Tiago Pereira fala da sua relação intensa com o trabalho e desta longa viagem de 14 anos com o projeto “A Música Portuguesa a Gostar Dela Própria”. Um sonho de amigos que passou a projeto liderado por um homem só, que tomou para si uma missão social que o salvou emocionalmente e o ensinou a escutar e a respeitar o tempo dos mais velhos, a descobrir mais profundamente o país e a dar cabo de muitos preconceitos e elitismos. Tiago Pereira conta ainda como vive com a companheira na pequena vila de Serpins, na Lousã, fala da relação com os dois filhos, dá pistas sobre um futuro filme de ficção e a possibilidade de erguer uma “faculdade dos saberes”. E ainda nos dá música e conta quais são os seus maiores prazeres diários. Boas escutas!See omnystudio.com/listener for privacy information.
O realizador Tiago Pereira anda há 14 anos a palmilhar o país de norte a sul para gravar o cancioneiro nacional que os mais velhos não esqueceram e as suas histórias e ofícios. Deem-lhe uma velhinha que cante que Tiago Pereira dá-nos o mundo e uma alfabetização da memória. Desde que começou na odisseia do projeto “A Música Portuguesa a Gostar Dela Própria”, primeiro com amigos, depois a solo, já gravou 8100 vídeos, disponíveis num mapa interativo, para humanizar a música tradicional e a geografia do país. Há dois anos a residir na vila de Serpins, deu o nome “Cura” à sede da sua associação e tem um cão chamado “Tradição”. E aqui recorda um dos momentos mais marcantes nesta sua caminhada: “Uma senhora teve um aneurisma enquanto a gravava a cantar e mais tarde morreu. Gravo o fim das coisas, mas também a esperança, a superação e a cura”. Ouçam-no na primeira parte da conversa com Bernardo MendonçaSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Nesta segunda parte da conversa em podcast, a radialista, autora e apresentadora Ana Markl fala de como lida com a síndrome do impostor, e de como aprendeu com a terapeuta que esse sentimento até pode ser um aliado para não se deixar levar pela fogueira das vaidades. E revela aqui os desafios da perimenopausa, algo que não esperava tão cedo, e como pode ser libertadora. Conta ainda de como a maternidade a levou à terapia há 5 anos, um lugar de escuta e autoanálise que passou a ser para si fundamental. Ana fala ainda de como a sexualidade pode melhorar com a idade e ainda nos dá música e lê um excerto do livro “Outra Autobiografia”, de Rita Lee. Boas escutas!See omnystudio.com/listener for privacy information.
Durante 8 anos, Ana Markl foi uma das vozes das manhãs da Antena 3, mas saiu do ar por vontade própria, para ser dona do seu tempo e dedicar-se mais à escrita e ao filho. Atualmente podem ouvi-la a falar de sexualidade, amores e desamores no podcast “Voz de Cama”, ao lado da sexóloga Tânia Graça. Em breve irá publicar um livro que parte dos diários de adolescente e lançar-se à escrita de uma peça de teatro para o público mais jovem. Mas apesar do malabarismo de ser agora freelancer, deixa claro que não quer seguir o exemplo do pai, que vivia obcecado com o trabalho. Ana quer ‘matar-se a viver’, com qualidade e prazer. Ouçam-na na primeira parte da conversa com Bernardo Mendonça.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Nesta segunda parte da conversa em podcast, o antigo ministro da Educação e atual diretor da Agência Europeia para as Necessidades Especiais e a Educação Inclusiva, João Costa, aponta os possíveis antídotos para acabar com os populismos num mundo que por vezes parece virado contra as pessoas, comenta o risco da polarização política influenciar os currículos escolares e universidades, em temas como a História, Direitos Humanos e a Ciência. Depois dá conta da importância do humor na relação com os outros e até consigo, do talento para a cozinha, em especial para fazer doces conventuais e para ler na praia nas posições mais inesperadas. E ainda nos dá música, lê um poema de Nuno Júdice e partilha outras sugestões literárias e culturais. Boas escutas!See omnystudio.com/listener for privacy information.
Linguista e antigo diretor da Universidade Nova de Lisboa, foi ministro da Educação no último governo de Costa. Uma fase “dura”, a enfrentar muitas greves dos professores, que não deixou saudades. “Nunca pus em causa a legitimidade do que os professores pediam. O pior dia enquanto ministro terá sido quando a minha mãe foi insultada por ser filho dela. Aí pensei bater com a porta.” No final do ano passado publicou o livro “Manifesto pelas Identidades e Famílias - Portugal Plural”, como um desabafo para desmontar as “falácias” dos supostos ataques à “família tradicional”. Quanto a isso, o atual diretor da Agência Europeia para as Necessidades Especiais e a Educação Inclusiva, fala do poder da educação e da arte, como defesa da liberdade, da diversidade e dos direitos fundamentais. E revela pela primeira vez a depressão crónica que sofre desde cedo, invisível aos outros, diagnosticada há 7 anos, e a resistência interna que teve de vencer até pedir ajuda. “É um quadro solitário, porque há estigma, não se fala.” Ouçam-no na primeira parte da conversa com Bernardo MendonçaSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Nesta segunda parte da conversa em podcast, o músico, cantor e compositor Samuel Úria fala da sua relação com a falha, a forma como isso o aproxima dos outros e conta como a religião e a fé o têm ajudado na música e na vida, como um super poder. Úria partilha ainda as músicas que o acompanham, lê maravilhosamente bem o poema “Um adeus português”, de Alexandre O´Neill (título tomado para uma das canções do seu último disco) e junta algumas sugestões culturais. E, lá para o final, dá conta de como para si não há prazeres culpados na música, e trauteia Juan Luís Guerra a revelar um pouco do projeto futuro que irá lançar com B. Fachada. Boas escutas!See omnystudio.com/listener for privacy information.
Ele é um dos grandes trovadores do nosso país. As suas letras são tão preciosas que deveriam ser ensinadas nas escolas como, noutra geração, as de Sérgio Godinho, José Mário Branco ou Zeca Afonso. Samuel Úria reflete sobre o mundo e sobre si próprio num balanço entre o sagrado e o profano, com o coração na boca e na guitarra, a anca bem colocada na pop e a prosa muito afiada com reflexão, crítica, protesto, mas também fé, amor e esperança. No final de 2024, o cantautor das patilhas lançou o disco 2000 A.D., um álbum que foi beber à sua própria inquietação e que é um espelho dos tempos nebulosos e turbulentos que vivemos. No próximo dia 12 de fevereiro, formará dupla com Manel Cruz em mais uma edição do “Conta-me uma Canção” e em Outubro irá lançar-se à prova de fogo dos Coliseus. Ouçam-no na primeira parte da conversa com Bernardo MendonçaSee omnystudio.com/listener for privacy information.
No dia da morte da escritora Maria Teresa Horta voltamos a republicar uma das conversas mais marcantes do podcast “A Beleza das Pequenas Coisas”, gravada em novembro de 2019, na sala da sua casa. Feminista e insubmissa, Maria Teresa Horta tornou-se um símbolo da emancipação das mulheres portugueses, por ter lutado sempre pela igualdade de direitos e pela liberdade. Recorde aqui a conversa com Bernardo MendonçaSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Nesta segunda parte da conversa em podcast, a atriz Sofia Aparício revela a surpresa e fúria quando, há poucos anos, se deu conta que tinha pessoas próximas a votar na extrema direita, por ‘estupidez e ignorância’. E deixa o alerta: “A estupidez é mais perigosa que a maldade. Pode levar boas pessoas a fazer coisas muito más.” Sofia conta ainda a batalha longa que travou para superar uma depressão, invisível aos outros porque Sofia confessa ter disfarçado a doença até não aguentar mais e pedir ajuda a um profissional da área da saúde mental. Sofia lê um texto que mexeu consigo em particular, partilha algumas das músicas que a acompanham e deixa uma série de sugestões culturais. Boas escutas!See omnystudio.com/listener for privacy information.
Sofia Aparício foi a manequim portuguesa mais icónica dos anos 90. Já a chamaram ‘mulher camaleão’ pela forma arrojada e carismática com que vestia muitas peles. Depois reinventou-se como atriz. E tem feito caminho no teatro, na televisão e no cinema. Acaba de ser distinguida com o prémio de melhor atriz pela curta-metragem “Sisyphus”, no Berlin Short Film Awards, mas revela que o passado na moda é uma sombra e que lhe colam ainda ao corpo o papel de ‘sedutora’. Porém, diz-se em paz com isso e vive a amealhar para viajar durante meses para os lugares mais remotos e improváveis do mundo. Atualmente é a imagem da campanha “The World Is Not Fucking Pink”, a despertar consciências para temas que vão do problema humanitário dos refugiados, ao genocídio em Gaza, aos abusos na Igreja, o machismo, o racismo, a desigualdade de género ou a mutilação genital feminina. Ouçam-na na primeira parte da conversa com Bernardo MendonçaSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Nesta segunda parte da conversa em podcast, o historiador e professor Fernando Rosas vai mais a fundo sobre a natureza do fascismo e o que é que transforma uma certa emoção e pulsão destrutiva numa forma de política. E explica a razão de uma certa burguesia e população descontente começar a financiar, a impulsionar e aceitar e promover este novo fascismo. O académico e antigo deputado recorda os tempos de luta anti fascista, os vários caminhos na política, que o levaram a estar preso mais de dois anos, a tortura de sono e relata como escapou da última vez que a PIDE tentou prendê-lo. E ainda partilha os prazeres e lutas de hoje, as músicas que o acompanham, lê um excerto do livro “A Ordem do dia”, de Eric Vuillard, e deixa várias sugestões culturais. Boas escutas!See omnystudio.com/listener for privacy information.
Preocupado com o que chama de uma contrarrevolução da extrema direita “de natureza fascizante” a chegar ao poder no mundo Ocidental, o historiador Fernando Rosas acaba de lançar o livro “Direitas Velhas, Direitas Novas”. Académico reputado, foi preso político, torturado pela PIDE e viveu durante anos na clandestinidade. É com ceticismo que olha para o cavalgar das direitas mais radicais, herdeiras dos fascismos do passado, potenciadas agora pelos donos dos algoritmos das redes sociais que fazem ganhar eleições. Fernando Rosas alerta para os perigos do “sonambulismo social” e da “banalidade do mal”: “Está a ser criado um novo mundo cão. As forças progressistas e humanistas devem preocupar-se com esta tecnocracia violenta e resistir.” Ouçam-no na primeira da conversa com Bernardo MendonçaSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Nesta segunda parte da conversa, o escritor Rui Cardoso Martins revela qual a crónica que mais lhe custou escrever e explica a razão. Uma história tremenda, chocante, que precisou de poucas palavras e nenhum adjetivo. Rui refere os livros que o salvaram da dor e destaca um que gostaria de ter escrito de outro autor. E aproveita para ler um excerto dele, assim como uma parte muito curiosa do seu último romance “As melhoras da morte”. Uma obra onde se colocou muito lá dentro, através de um alter ego, que Rui recuperou do seu primeiro romance “E se eu gostasse muito de morrer”. O escritor recorda ainda as últimas frases do seu pai e da mãe dos seus filhos mais velhos, a editora Tereza Coelho, e de como ambas o marcaram e o acompanham. E ainda revela algumas das músicas que o acompanham e dá algumas sugestões culturais. Boas escutas!See omnystudio.com/listener for privacy information.
Enquanto mestre da crónica, Rui Cardoso Martins recebeu dois prémios Gazeta por “Levante-se o Réu”, pelos relatos do que se passa nos tribunais portugueses e o seu romance “Deixem Passar o Homem Invisível” foi distinguido pelo Grande Prémio de Literatura da APE, em 2009. No ano passado publicou o seu 5º e último romance, “As melhoras da morte”, onde reflete sobre os contrastes do Alentejo, que canta as florinhas e os passarinhos e esconde debaixo do capote um lado mais sanguinário, solitário e triste. Nesta conversa, Rui recorda os anos de repórter no jornal Público e conta a gota de água que o fez desistir do jornalismo e que envolve uma conferência de imprensa com Marques Mendes. O tal que depois foi transformado no boneco “Marques Pentes”, o “ganda nóia”, no programa de humor “Contra Informação”, na RTP, que Rui co-criou durante 14 anos. Ouçam-no na primeira parte desta conversa com Bernardo MendonçaSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Isabela Figueiredo é a convidada de Bernardo Mendonça neste episódio especial ao vivo no PodFest. No podcast mais antigo do Expresso a autora dos livros ‘A Gorda’ e ‘Um Cão no meio do Caminho’ fala sobre a presença dos imigrantes em Portugal, a vida que agora leva na aldeia e revela os temas do novo romance que anda a preparar: a morte do pai e, mais uma vez, as memórias de África. “Estou-me nas tintas para se sou cancelada. Vou continuar a fazer aquilo que acho que deve ser feito”, garante. Ouça aqui a conversa.See omnystudio.com/listener for privacy information.