Podcasts about mo ibrahim foundation

O novo livro de Domingos da Cruz, "Ferramentas para Destruir o Ditador e Evitar Nova Ditadura", foi bloqueado no aeroporto de Luanda, em Angola, pelos serviços de segurança do Estado. Trata-se de uma versão mais radical da obra que levou à detenção dos 15+2 activistas em 2015 e que seria agora apresentada em Angola. Domingos da Cruz defende a desobediência civil como caminho para mudar Angola, critica a censura ao seu livro e denuncia a dependência da oposição ao regime. RFI: Como interpreta este bloqueio do seu livro no aeroporto por parte das autoridades angolanas? Estava à espera que isto acontecesse?Domingos da Cruz: Nunca esperei nada que fosse, digamos, de acordo com a lei, com a ética, com o que é normal numa sociedade onde aqueles que estão no poder agem de acordo com os interesses dos cidadãos. Portanto, eu esperava que isso acontecesse, até porque estamos perante uma atitude que revela coerência: é mais uma vez o regime a afirmar a sua própria natureza. Seria de uma grande ingenuidade esperar o contrário. Imagine que estivéssemos em Cuba ou na Coreia do Norte e se esperasse liberdade de imprensa, direito à manifestação, liberdade de pensamento, liberdade académica e científica, seria uma contradição. E o mesmo se aplica a Angola. Portanto, tudo o que fizeram revela tão somente a natureza do próprio regime. Para mim, é perfeitamente expectável.Gostaria de esclarecer que não falo com a imprensa sobre o assunto com a intenção de me apresentar como vítima ou de fazer qualquer denúncia. Não estou a denunciar absolutamente nada. Estou simplesmente a aproveitar a oportunidade que me é concedida para informar o que sucedeu. Se estivesse a denunciar, seria ingénuo e seria contraproducente, até porque ao longo de mais de três décadas se vão fazendo denúncias e nada melhora. Pelo contrário, o país só piora em quase todos os aspectos. Na realidade, quando se vive numa ditadura, num regime autoritário, a denúncia não funciona. O que se deve fazer é construir um plano estratégico de modo a remover a ditadura. Este é o caminho certo e não o caminho do vitimismo e da denúncia.Vamos falar disso e também do seu livro, mas antes pergunto-lhe: O que pretende ao disponibilizar o livro gratuitamente em PDF do seu livro e como é que esta decisão está a ser recebida pelo público?As pessoas estão satisfeitas pelo facto de eu ter disponibilizado o PDF. A razão que me levou a tomar esta decisão tem única e exclusivamente a ver com a minha pretensão de contribuir para esse processo de libertação, para que possamos sair do cativeiro. Eu acredito na força das ideias, na capacidade criativa e transformadora que as ideias têm. Espero que as pessoas adoptem as ideias e as pratiquem, porque me parece ser o caminho para a nossa libertação. E gostaria, mais uma vez, de aproveitar este momento para dizer que estamos numa sociedade onde, cada vez mais, a situação piora. Não vejo outro caminho que não seja, de facto, a mobilização popular para a transformação de Angola de uma ditadura para uma democracia.Essa mobilização é precisamente o que apresenta no seu livro, que inclui 168 técnicas de desobediência civil, baseadas no trabalho do intelectual e activista norte-americano Gene Sharp, considerado o maior teórico da resistência não violenta. Quais considera mais aplicáveis ao contexto actual de Angola e porquê?No contexto actual, parece-me que as técnicas de subversão do ponto de vista económico são adequadas, porque estamos num momento de grande crise, o que limita o regime financeiramente para comprar o maior número possível de pessoas, como tem sido prática. Se houver, por exemplo, indisponibilidade dos cidadãos para pagar impostos, para fazer depósitos bancários, se forem retirando o dinheiro dos bancos, isso aprofundará a crise e, de alguma maneira, limitará o regime na compra de pessoas. Essa é uma técnica perfeitamente adequada ao contexto actual.Por outro lado, as pessoas podem permanecer em casa, podem fazer abaixo-assinados, podem parar de colaborar com as instituições. Aqueles que trabalham em instituições públicas podem fingir que estão a trabalhar e não trabalharem. Tudo isso viabilizará o colapso das instituições e, perante esse colapso, chegará um momento em que as pessoas se levantarão em grande número, sem dúvida.Aproveito também para dizer que a diferença entre a edição que nos levou à prisão em 2015 e esta é que esta é uma edição crítica. Por edição crítica entende-se um texto comentado por vários pesquisadores. Temos o conteúdo da edição anterior, com algumas ideias novas, mas agora associado a comentários de vários estudiosos do Brasil, de Angola, de Moçambique, da Itália, que tornam o texto muito mais rico. Essa é a grande diferença entre a [edição] anterior e esta.Trata-se de uma reedição que acontece 10 anos depois daquela que talvez tenha sido a sua obra mais falada e conhecida, pelo menos em Angola.Sim, sim. Dez anos depois. Por acaso, não obedeceu a nenhum cálculo. Depois de tudo o que aconteceu, muitos já sabem, eu não tinha qualquer motivação para voltar ao livro. Mas, tendo em conta a degradação em que o regime se encontra e a situação geral do país, do ponto de vista económico e social, levou-me a pensar que é oportuno reeditar a obra. Ela afirma uma convicção profunda que tenho: acho que o caminho da luta não violenta, da desobediência civil, que sintetiza todas as técnicas que acabou de referir, parece-me ser efectivamente o caminho mais adequado para Angola.Se optássemos pela violência, de alguma forma estaríamos a contradizer a ética, por um lado, e a democracia que desejamos construir, por outro. Além disso, colocar-nos-íamos na mesma posição daqueles que estão no poder: seríamos todos violentos, do mesmo nível moral. Quem luta por uma democracia deve colocar-se numa posição de diferença, não só do ponto de vista ético, mas também discursivo. É óbvio que existem vários caminhos para a libertação, mas a violência colocar-nos-ia numa posição de grande desvantagem e haveria pouca possibilidade de vitória. Acho que a luta não violenta é o caminho mais adequado. Continuo a acreditar profundamente nisso, embora reconheça outras possibilidades.Domingos da Cruz, decorreram 10 anos desde o caso que levou à prisão dos 15+2 activistas, de que fez parte. Este julgamento terá sido provavelmente o mais mediático, ou um dos mais mediáticos, em Angola. O que mudou no país desde então? Considera que o actual regime de João Lourenço representa uma continuidade ou houve mudança em relação à repressão do tempo de José Eduardo dos Santos?Relativamente à repressão, houve continuidade, claramente. Não há dúvidas quanto a isso. Gostava de apresentar alguns exemplos simples. Tal como José Eduardo dos Santos fazia, qualquer tentativa de protesto é hoje reprimida pelo seu sucessor. E quando digo “seu sucessor”, baseio-me no que diz o nosso quadro legal. De acordo com a Constituição da República de Angola, o responsável pelos serviços de defesa e segurança é o Presidente da República. O ministro do Interior, da Defesa, os serviços secretos, todos agem a mando do Presidente. Aliás, temos uma das constituições que confere poderes excessivos ao Presidente.E não se trata apenas de reprimir. No caso de João Lourenço, ele aprofundou algo inédito: matar à luz do dia. Tivemos a morte de um activista numa manifestação em Luanda, por exemplo. E depois houve o caso das Lundas, onde foram assassinadas mais de 100 pessoas. Há um relatório publicado por organizações da sociedade civil angolana que descreve claramente esse drama.Falando de outros direitos; políticos, económicos e sociais, os indicadores mostram que a situação do país se degrada a cada dia. Houve também oportunidade para a sociedade civil fazer uma autocrítica e perceber que o método da denúncia é um erro, até mesmo do ponto de vista histórico. Imagine, na época colonial, se os nossos antepassados se limitassem a denunciar, provavelmente ainda estaríamos sob colonização. O que se deve fazer, na verdade, é tomar uma posição para pôr fim ao regime. E as técnicas de luta não violenta adequam-se perfeitamente para pôr fim ao nosso cativeiro. Mais de três décadas de denúncias não resolveram absolutamente nada. Os indicadores estão ali, quando se olha para os relatórios de instituições como as Nações Unidas, a Freedom House, Repórteres Sem Fronteiras, Mo Ibrahim Foundation, entre outras, todos demonstram que não saímos do mesmo lugar.Fala da sociedade civil e da oposição. Qual deve ser, a seu ver, o papel da oposição política, da sociedade civil e da juventude angolana na luta contra a repressão e na construção de uma democracia real?É preciso estabelecer uma diferença clara entre a oposição partidária e a luta cívica feita pela sociedade civil e pela juventude, como acaba de referir. A minha única esperança sincera está no povo. Primeiro, o povo deve tomar consciência de que está sozinho no mundo, literalmente abandonado. Vivemos num país com uma elite conectada ao capitalismo internacional, às grandes corporações, às potências ocidentais. É um regime que viabiliza a extração de recursos e beneficia o Ocidente.Internamente, o regime também beneficia a oposição partidária, o que significa que o povo é a única vítima disto tudo. A sociedade é que deve levantar-se. Não vejo um milímetro, não vejo um centímetro de esperança vindo da política partidária. Dou-lhe um exemplo simples: não conheço parte alguma do mundo onde se possa fazer oposição dependendo financeiramente do regime contra o qual se luta. A nossa lei dos partidos políticos confere financiamento vindo do Orçamento Geral do Estado aos partidos da oposição. E como, em Angola, o MPLA se confunde com o Estado, porque o capturou, significa que os partidos da oposição dependem literalmente do MPLA para sobreviverem. Para terem arroz e feijão na mesa, para cuidarem da sua saúde, para mandarem os filhos à escola ou comprarem um bilhete de avião, dependem do regime. Não é possível fazer oposição assim.Como dizia Thomas Sankara: quem te alimenta, controla-te, manipula-te. Por outro lado, temos uma oposição viciada, corrupta e envelhecida. Psicologicamente, não se pode esperar muito de velhos. Não é dos velhos que virá a revolução.

O novo livro de Domingos da Cruz, "Ferramentas para Destruir o Ditador e Evitar Nova Ditadura", foi bloqueado no aeroporto de Luanda, em Angola, pelos serviços de segurança do Estado. Trata-se de uma versão mais radical da obra que levou à detenção dos 15+2 activistas em 2015 e que seria agora apresentada em Angola. Domingos da Cruz defende a desobediência civil como caminho para mudar Angola, critica a censura ao seu livro e denuncia a dependência da oposição ao regime. RFI: Como interpreta este bloqueio do seu livro no aeroporto por parte das autoridades angolanas? Estava à espera que isto acontecesse?Domingos da Cruz: Nunca esperei nada que fosse, digamos, de acordo com a lei, com a ética, com o que é normal numa sociedade onde aqueles que estão no poder agem de acordo com os interesses dos cidadãos. Portanto, eu esperava que isso acontecesse, até porque estamos perante uma atitude que revela coerência: é mais uma vez o regime a afirmar a sua própria natureza. Seria de uma grande ingenuidade esperar o contrário. Imagine que estivéssemos em Cuba ou na Coreia do Norte e se esperasse liberdade de imprensa, direito à manifestação, liberdade de pensamento, liberdade académica e científica, seria uma contradição. E o mesmo se aplica a Angola. Portanto, tudo o que fizeram revela tão somente a natureza do próprio regime. Para mim, é perfeitamente expectável.Gostaria de esclarecer que não falo com a imprensa sobre o assunto com a intenção de me apresentar como vítima ou de fazer qualquer denúncia. Não estou a denunciar absolutamente nada. Estou simplesmente a aproveitar a oportunidade que me é concedida para informar o que sucedeu. Se estivesse a denunciar, seria ingénuo e seria contraproducente, até porque ao longo de mais de três décadas se vão fazendo denúncias e nada melhora. Pelo contrário, o país só piora em quase todos os aspectos. Na realidade, quando se vive numa ditadura, num regime autoritário, a denúncia não funciona. O que se deve fazer é construir um plano estratégico de modo a remover a ditadura. Este é o caminho certo e não o caminho do vitimismo e da denúncia.Vamos falar disso e também do seu livro, mas antes pergunto-lhe: O que pretende ao disponibilizar o livro gratuitamente em PDF do seu livro e como é que esta decisão está a ser recebida pelo público?As pessoas estão satisfeitas pelo facto de eu ter disponibilizado o PDF. A razão que me levou a tomar esta decisão tem única e exclusivamente a ver com a minha pretensão de contribuir para esse processo de libertação, para que possamos sair do cativeiro. Eu acredito na força das ideias, na capacidade criativa e transformadora que as ideias têm. Espero que as pessoas adoptem as ideias e as pratiquem, porque me parece ser o caminho para a nossa libertação. E gostaria, mais uma vez, de aproveitar este momento para dizer que estamos numa sociedade onde, cada vez mais, a situação piora. Não vejo outro caminho que não seja, de facto, a mobilização popular para a transformação de Angola de uma ditadura para uma democracia.Essa mobilização é precisamente o que apresenta no seu livro, que inclui 168 técnicas de desobediência civil, baseadas no trabalho do intelectual e activista norte-americano Gene Sharp, considerado o maior teórico da resistência não violenta. Quais considera mais aplicáveis ao contexto actual de Angola e porquê?No contexto actual, parece-me que as técnicas de subversão do ponto de vista económico são adequadas, porque estamos num momento de grande crise, o que limita o regime financeiramente para comprar o maior número possível de pessoas, como tem sido prática. Se houver, por exemplo, indisponibilidade dos cidadãos para pagar impostos, para fazer depósitos bancários, se forem retirando o dinheiro dos bancos, isso aprofundará a crise e, de alguma maneira, limitará o regime na compra de pessoas. Essa é uma técnica perfeitamente adequada ao contexto actual.Por outro lado, as pessoas podem permanecer em casa, podem fazer abaixo-assinados, podem parar de colaborar com as instituições. Aqueles que trabalham em instituições públicas podem fingir que estão a trabalhar e não trabalharem. Tudo isso viabilizará o colapso das instituições e, perante esse colapso, chegará um momento em que as pessoas se levantarão em grande número, sem dúvida.Aproveito também para dizer que a diferença entre a edição que nos levou à prisão em 2015 e esta é que esta é uma edição crítica. Por edição crítica entende-se um texto comentado por vários pesquisadores. Temos o conteúdo da edição anterior, com algumas ideias novas, mas agora associado a comentários de vários estudiosos do Brasil, de Angola, de Moçambique, da Itália, que tornam o texto muito mais rico. Essa é a grande diferença entre a [edição] anterior e esta.Trata-se de uma reedição que acontece 10 anos depois daquela que talvez tenha sido a sua obra mais falada e conhecida, pelo menos em Angola.Sim, sim. Dez anos depois. Por acaso, não obedeceu a nenhum cálculo. Depois de tudo o que aconteceu, muitos já sabem, eu não tinha qualquer motivação para voltar ao livro. Mas, tendo em conta a degradação em que o regime se encontra e a situação geral do país, do ponto de vista económico e social, levou-me a pensar que é oportuno reeditar a obra. Ela afirma uma convicção profunda que tenho: acho que o caminho da luta não violenta, da desobediência civil, que sintetiza todas as técnicas que acabou de referir, parece-me ser efectivamente o caminho mais adequado para Angola.Se optássemos pela violência, de alguma forma estaríamos a contradizer a ética, por um lado, e a democracia que desejamos construir, por outro. Além disso, colocar-nos-íamos na mesma posição daqueles que estão no poder: seríamos todos violentos, do mesmo nível moral. Quem luta por uma democracia deve colocar-se numa posição de diferença, não só do ponto de vista ético, mas também discursivo. É óbvio que existem vários caminhos para a libertação, mas a violência colocar-nos-ia numa posição de grande desvantagem e haveria pouca possibilidade de vitória. Acho que a luta não violenta é o caminho mais adequado. Continuo a acreditar profundamente nisso, embora reconheça outras possibilidades.Domingos da Cruz, decorreram 10 anos desde o caso que levou à prisão dos 15+2 activistas, de que fez parte. Este julgamento terá sido provavelmente o mais mediático, ou um dos mais mediáticos, em Angola. O que mudou no país desde então? Considera que o actual regime de João Lourenço representa uma continuidade ou houve mudança em relação à repressão do tempo de José Eduardo dos Santos?Relativamente à repressão, houve continuidade, claramente. Não há dúvidas quanto a isso. Gostava de apresentar alguns exemplos simples. Tal como José Eduardo dos Santos fazia, qualquer tentativa de protesto é hoje reprimida pelo seu sucessor. E quando digo “seu sucessor”, baseio-me no que diz o nosso quadro legal. De acordo com a Constituição da República de Angola, o responsável pelos serviços de defesa e segurança é o Presidente da República. O ministro do Interior, da Defesa, os serviços secretos, todos agem a mando do Presidente. Aliás, temos uma das constituições que confere poderes excessivos ao Presidente.E não se trata apenas de reprimir. No caso de João Lourenço, ele aprofundou algo inédito: matar à luz do dia. Tivemos a morte de um activista numa manifestação em Luanda, por exemplo. E depois houve o caso das Lundas, onde foram assassinadas mais de 100 pessoas. Há um relatório publicado por organizações da sociedade civil angolana que descreve claramente esse drama.Falando de outros direitos; políticos, económicos e sociais, os indicadores mostram que a situação do país se degrada a cada dia. Houve também oportunidade para a sociedade civil fazer uma autocrítica e perceber que o método da denúncia é um erro, até mesmo do ponto de vista histórico. Imagine, na época colonial, se os nossos antepassados se limitassem a denunciar, provavelmente ainda estaríamos sob colonização. O que se deve fazer, na verdade, é tomar uma posição para pôr fim ao regime. E as técnicas de luta não violenta adequam-se perfeitamente para pôr fim ao nosso cativeiro. Mais de três décadas de denúncias não resolveram absolutamente nada. Os indicadores estão ali, quando se olha para os relatórios de instituições como as Nações Unidas, a Freedom House, Repórteres Sem Fronteiras, Mo Ibrahim Foundation, entre outras, todos demonstram que não saímos do mesmo lugar.Fala da sociedade civil e da oposição. Qual deve ser, a seu ver, o papel da oposição política, da sociedade civil e da juventude angolana na luta contra a repressão e na construção de uma democracia real?É preciso estabelecer uma diferença clara entre a oposição partidária e a luta cívica feita pela sociedade civil e pela juventude, como acaba de referir. A minha única esperança sincera está no povo. Primeiro, o povo deve tomar consciência de que está sozinho no mundo, literalmente abandonado. Vivemos num país com uma elite conectada ao capitalismo internacional, às grandes corporações, às potências ocidentais. É um regime que viabiliza a extração de recursos e beneficia o Ocidente.Internamente, o regime também beneficia a oposição partidária, o que significa que o povo é a única vítima disto tudo. A sociedade é que deve levantar-se. Não vejo um milímetro, não vejo um centímetro de esperança vindo da política partidária. Dou-lhe um exemplo simples: não conheço parte alguma do mundo onde se possa fazer oposição dependendo financeiramente do regime contra o qual se luta. A nossa lei dos partidos políticos confere financiamento vindo do Orçamento Geral do Estado aos partidos da oposição. E como, em Angola, o MPLA se confunde com o Estado, porque o capturou, significa que os partidos da oposição dependem literalmente do MPLA para sobreviverem. Para terem arroz e feijão na mesa, para cuidarem da sua saúde, para mandarem os filhos à escola ou comprarem um bilhete de avião, dependem do regime. Não é possível fazer oposição assim.Como dizia Thomas Sankara: quem te alimenta, controla-te, manipula-te. Por outro lado, temos uma oposição viciada, corrupta e envelhecida. Psicologicamente, não se pode esperar muito de velhos. Não é dos velhos que virá a revolução.

Foresight Africa host Landry Signé discusses the findings of the Mo Ibrahim Foundation's newest governance index with Nathalie Delapalme, the Foundation's CEO. Countries that have continued to make progress, she says, have done so by putting equal emphasis on all four dimensions of governance: human development, sustainable economic opportunity, security and rule of law, and participation and rights. Show notes and transcript Foresight Africa podcast is part of the Brookings Podcast Network. Subscribe and listen on Apple, Spotify, Afripods, and wherever you listen to podcasts. Send feedback email to podcasts@brookings.edu.

According to top business leader and philanthropist Dr. Mo Ibrahim, “You have to be profitable in your business, but you also have to try to do good as well.” Dr. Ibrahim implemented this belief by making all his employees business partners or shareholders within the companies he ran. As he would say, “Either we succeed together or we fail together!” Ilham sits down with Dr. Ibrahim for a fascinating discussion about what it means to be sustainable AND profitable in business, the importance of inclusive capitalism, the fight against climate change and the role Africa plays, the important work of the Mo Ibrahim Foundation and so much more. Timestamps1:37 - Upbringing and the making of a leader3:59 - An accidental businessman6:08 - The important work of the Mo Ibrahim Foundation10:47 - Africa and the fight against climate change13:31 - Sustainability AND profitability19:21 - The importance of inclusive capitalism29:05 - Leadership advice30:35 - Recharging the batteriesDr. Mo Ibrahim is a great businessman, philanthropist, and climate justice advocate. He is the founder and chair of the Mo Ibrahim Foundation, which improves lives by advocating for good governance and exceptional leadership in Africa. He founded two major companies, Mobile Systems International, a world leading cellular consulting and software provider, and CellTel International, one of Africa's leading mobile telephone companies. As a business leader, who does so much good in the world, he is a perfect example of the power of AND. For additional details about the podcast, show notes, and access to resources mentioned during the show, please visit https://www.syensqo.com/en/podcast

This week, the Mo Ibrahim Foundation released its 2024 Ibrahim Index of African Governance which assesses governance performance in Africa. The report, which covers the decade 2014-2023, says governance progress in Africa was halted with the deterioration of security and democracy on the continent. On the brighter side, the Index says 13 countries managed to follow a successful course of overall progress in governance over the decade. Joseph Asunka, an expert panel member of the Mo Ibrahim Index of African Governance and the CEO of the Afrobarometer, tells VOA's James Butty, the 2024 report is a sobering reminder of the threat that security crises and a shrinking environment for democracy poses for Africa's progress

"It's time to bring the decent story about Africa forward."It's not every day you get to chat to a billionaire. But for today's episode Alan Kasujja speaks with Mo Ibrahim - the Sudanese born businessman who's made it his life's mission to counter corruption. His charitable organisation ‘The Mo Ibrahim Foundation' rewards African leaders for good governance with awards of $5 million. He made his wealth by building a telecommunications company called Celtel which he sold in 2005 for $3.4 billion.In a lively conversation, Alan talks to him about celebrating Africa's heroes, corruption – and how much cash a billionaire carries in his wallet…

According to a 2022 report by the Mo Ibrahim Foundation over the last 12 years, South Africa has endured the most extreme weather events out of all African countries, with 33 disaster events between 2010 and 2022. Meanwhile, the Summer season is historically hail season in the northern parts of South Africa, with an average of six to eight hail days recorded each year in parts of Gauteng and Lesotho, the eastern Free State, KwaZulu-Natal and Mpumalanga. Insurance companies say hailstroms are an extremely destructive natural weather pattern and can cause a damage worth millions of rands. For more on this we are joined on the line by Thabo Mabaso, Head of Corporate Communications at Santam Insurance... 

With over a decade of existence, the Blavatnik School of Government at the University of Oxford is championing a world that is better led, better served, and better governed through its programs and centers that educate experts in public policy and governance to tackle the world's most pressing issues. In ten years, the institution has grown from a vision to a cutting-edge institution that advances practical skills and hands-on experience for its students through the incorporation of simulations, internships, and experiential learning. Students leave the school with the tools and knowledge to enact change in policy and governance.In this episode of Oxford Policy Pod, host Wantoe T Wantoe speaks with Professor Ngaire Woods, the founding Dean of the Blavatnik School of Government at Oxford University and a Professor of Global Economic Governance. Together, they discuss the Blavatnik School's achievements over the past decade and its impact on shaping global leaders.Professor Ngaire Woods is renowned for her research on enhancing the governance of organizations, grappling with the challenges of globalization and global development, and the role of international institutions and global economic governance. She established the Global Economic Governance Programme at Oxford University and co-founded the Oxford-Princeton Global Leaders Fellowship program with Robert O. Keohane. Professor Woods also played a key role in the creation of the Blavatnik School of Government.In addition to her academic work, Professor Woods serves as a member of the International Advisory Panel of the Asian Infrastructure Investment Bank, a Non-Executive Director at Rio Tinto, and a trustee for the Mo Ibrahim Foundation and the Stephen A. Schwarzman Education Foundation.This episode was created by Wantoe T. Wantoe a current master of public policy student and supported by the Oxford Policy Pod Team.

Mo Ibrahim, a Sudanese-British entrepreneur, founded one of the largest mobile phone companies that operated on the African continent. In 2006, he established the Mo Ibrahim Foundation with the goal of fostering improved governance. The foundation publishes The Ibrahim Index of African Governance, which assesses governance performance in 54 African countries. It also awards the Ibrahim Prize for Achievement in African Leadership (worth $5 million) to African leaders who have successfully delivered security, health, education, and economic development to their constituents and have democratically transferred power to their successors.Resources:The Road to COP27 Making Africa's Case in the Global  Climate Debate(July 2022)"Billionaire Mo Ibrahim attacks ‘hypocrisy' over Africa's gas", The Guardian, 17 October 2022 

Mohammed "Mo" Ibrahim is a Sudanese-British billionaire businessman. He gained the majority of his wealth in the telecommunications industry after selling his company, Celtel. After selling Celtel in 2005 for $3.4 billion, he set up The Mo Ibrahim Foundation to encourage better governance in Africa. On today's episode we study exactly what a Billionaire can do with their wealth when put to good use.  Reference Materials: - The Mo Ibrahim Foundation is an African foundation, established in 2006 with one focus: the critical importance of governance and leadership for Africa. It is our conviction that governance and leadership lie at the heart of any tangible and shared improvement in the quality of life of African citizens. - https://mo.ibrahim.foundation - Mo Ibrahim: Creating a Governance Index for Africa - https://www.youtube.com/watch?v=kN7Ys98kWw8 - Africa: The next frontier for investors - Mo Ibrahim - https://www.youtube.com/watch?v=rzZyuzn_NfA --- This episode is sponsored by · Anchor: The easiest way to make a podcast. https://anchor.fm/app --- Send in a voice message: https://anchor.fm/acquisitions-network/message

19 May 2022: In Episode 13 of Friends of Europe's Frankly Speaking Podcast special on the war in Ukraine host, Tracey D'Afters is joined by Paul Taylor, Senior Fellow from Peace, Defence and Security and guest speaker Camilla Toulmin who is a British economist and former Director of the International Institute for Environment and Development (IIED) and our senior fellow in sustainable energy. Camilla joins live from the Sustainable Energy for All Forum in Kigali, Rwanda, where she is representing the Africa Europe Foundation (AEF). Note about the AEF The Africa-Europe Foundation is co-founded by Friends of Europe and the Mo Ibrahim Foundation, in partnership with the African Climate Foundation and the ONE Campaign and with a multitude of stakeholders from civil society, business, policymaking and the youth sector across Africa and Europe. The purpose of the Africa-Europe Foundation is to facilitate multi-stakeholder dialogue, catalyse partnerships and unlock new opportunities that can transform Africa-Europe relations into action. Tune in to find out the impact of the Ukraine war on Africa.

“Apartheid used racial discrimination as an instrument to maintain the cheap labor system. So the core of apartheid was a cheap labor system, based on black exploitation.” Jay Naidoo is a South African anti-apartheid activist, trade unionist, and author. Jay served as the first general secretary of the Congress of South African Trade Unions from 1985 to 1993. Following South Africa's transition to democracy in the early 1990s, Jay served as a cabinet minister under the late President Nelson Mandela, from 1994 to 1999. Following his tenure in public office, Jay also served as chairperson of the Development Bank of Southern Africa. Jay is a respected elder who continues to mentor young leaders in South Africa and the rest of the African continent. Since leaving government, Jay has worked in various capacities for the United Nations and other international organizations. He currently is a member of the board of the Mo Ibrahim Foundation, which works to improve good governance and leadership in Africa. He also serves as a trustee of the Earthrise Trust, dedicated to rural development Naidoo's autobiography, Fighting for Justice: A Lifetime of Political and Social Activism, was published in 2010. You can learn more about Jay's thinking by reading his book, Change: Organising Tomorrow, Today About the Labor Solidarity Podcast The Labor Solidarity Podcast highlights the work of labor leaders while discussing historic struggles and the importance of organizing with the goal of building international labor solidarity. The Labor Podcast is hosted by Elise Bryant and Evan Papp.  Learn more at: https://www.empathymedialab.com/laborsolidarity The Labor Solidarity Podcast is an Empathy Media Lab production and we are a proud member of The Labor Radio Podcast Network. Learn more:  https://wlo.link/@empathymedialab  #LaborRadioPod #1U #UnionStrong

In August 2021, the ATLANTIC INSTITUTE appointed DR AMARA ENYIA and Atlantic Fellow TRACY JOOSTE as Leaders-in- Residence. One of their tasks was to assess the landscape of policy and policy change across the global Atlantic Fellows community. In this podcast, moderated by Atlantic Fellow KAREN MEENAN, they discuss their findings in conversation with Elder and social activist JAY NAIDOO. MODERATOR | Karen MEENAN, Atlantic Fellow for Equity in Brain Health SPEAKERS (1) Tracy JOOSTE, Head of Special Projects, International Budget Partnership (IBP), South Africa & Atlantic Fellow for Social and Economic Equity. (2) Dr Amara ENYIA, Managing Director, Global Black & Policy & Research Manager, Movement for Black Lives. (3) Jay NAIDOO, Elder, social activist & founding General Secretary, Congress of South African Trade Unions & Board Member, Mo Ibrahim Foundation. The ATLANTIC INSTITUTE is based in Oxford, England and works to promote connection and collaboration among Fellows from the seven Atlantic equity-focused programmes around the world in the pursuit of fairer, healthier, more inclusive societies.

On this edition of Straight Talk Africa, host Haydé Adams brings you a special town hall program on the current state of affairs in the fight against COVID-19 and what is needed for African nations to respond, recover and rebuild. Guests include Mo Ibrahim, founder and chair of the Mo Ibrahim Foundation, Phionah Atuhebwe, vaccines introduction medical officer at WHO Africa, Dr. Ahmed Ogwell Ouma, deputy director of Africa CDC, Shabir Madhi, dean of the health sciences faculty at University of of Witwatersrand, Dr. Tsion Firew, assistant professor of Emergency Medicine at the Columbia University Medical Center and Aloysius Uche Ordu, director of Africa Growth Initiative at Brookings Institution.

On this edition of Straight Talk Africa, host Haydé Adams brings you a special town hall program on the current state of affairs in the fight against COVID-19 and what is needed for African nations to respond, recover and rebuild. Guests include Mo Ibrahim, founder and chair of the Mo Ibrahim Foundation, Phionah Atuhebwe, vaccines introduction medical officer at WHO Africa, Dr. Ahmed Ogwell Ouma, deputy director of Africa CDC, Shabir Madhi, dean of the health sciences faculty at University of of Witwatersrand, Dr. Tsion Firew, assistant professor of Emergency Medicine at the Columbia University Medical Center and Aloysius Uche Ordu, director of Africa Growth Initiative at Brookings Institution.

On this edition of Straight Talk Africa, host Haydé Adams brings you a special town hall program on the current state of affairs in the fight against COVID-19 and what is needed for African nations to respond, recover and rebuild. Guests include Mo Ibrahim, founder and chair of the Mo Ibrahim Foundation, Phionah Atuhebwe, vaccines introduction medical officer at WHO Africa, Dr. Ahmed Ogwell Ouma, deputy director of Africa CDC, Shabir Madhi, dean of the health sciences faculty at University of of Witwatersrand, Dr. Tsion Firew, assistant professor of Emergency Medicine at the Columbia University Medical Center and Aloysius Uche Ordu, director of Africa Growth Initiative at Brookings Institution.

Equity, justice, and transparency are needed to enable meaningful conversations around the the debate on solar radiation modification, because Africa has to be very careful about climate-altering technologies, especially when we do not understand their consequences, says Vera Songwe, executive secretary of the United Nations Economic Commission for Africa (ECA) during a C2GTalk interview. Africa can only sustainably and justly have the conversation on carbon emissions if it sees that this road leads to a more prosperous life, better livelihoods, and that this road will help the continent meet the Sustainable Development Goals (SDGs). Vera Songwe is the United Nations under-secretary-general and the ninth serving executive secretary of the Economic Commission for Africa (ECA). As executive secretary focusing on "ideas for a prosperous Africa," her organizational reforms have brought to the fore critical issues of macroeconomic stability; development finance, growth and private sector; poverty and inequality; the digital transformation and data; and trade and competitiveness. She is acknowledged for her long-standing track record of providing policy advice on development and her wealth of experience in delivering development results for Africa. A strong advocate of the private sector, Songwe launched a business forum debate at ECA and created, for the first time, a private sector division with a number of significant initiatives. Before joining the ECA, Songwe held a number of leading roles at the World Bank and International Finance Corporation (IFC). Songwe serves as a non-resident senior Ffllow at the Brookings Institution. She is also a member of the African Union institutional reform team under the direction of the president of Rwanda, Paul Kagame, and an advisory board member of the African Leadership Network and the Mo Ibrahim Foundation. This interview was recorded on October 19, 2021 and is available with interpretation into 中文, Español, and Français. For an edited transcript, please go to C2G's website.

Dr. Mo Ibrahim, Founder and Chair of the Mo Ibrahim Foundation, and Badr Jafar, Founding Patron of the Centre for Strategic Philanthropy, speak about the governance of philanthropy, the intersection of technology and philanthropy, and how private philanthropy can help alleviate global challenges.Also available on YouTube. Follow the link below:https://youtu.be/U3z0VyL6aGo

TORCH Goes Digital! presents a series of weekly live events Big Tent - Live Events! Humanities and Policy Week Part of the Humanities Cultural Programme, one of the founding stones for the future Stephen A. Schwarzman Centre for the Humanities. The World After COVID: In conversation with Professor Peter Frankopan (Stavros Niarchos Foundation Director of the Oxford Centre for Byzantine Research) and Professor Ngaire Woods (Dean of Blavatnik School of Government). Biographies: Professor Peter Frankopan Peter Frankopan is Professor of Global History, Stavros Niarchos Foundation Director of the Oxford Centre for Byzantine Research, and Senior Research Fellow at Worcester College. Peter works on the history of the Mediterranean, Russia, the Middle East, Persia, Central and Southern Asia, and on relations between Christianity and Islam. He is particularly interested in exchanges and connections between regions and peoples. Peter specialises in the history of the Byzantine Empire in the 11th Century, and in the history of Asia Minor, Russia and the Balkans. Peter works on medieval Greek literature and rhetoric, and on diplomatic and cultrual exchange between Constantinople and the islamic world, western Europe and the principalities of southern Russia. Professor Ngaire Woods Professor Ngaire Woods is the founding Dean of the Blavatnik School of Government and Professor of Global Economic Governance at Oxford University. Her research focuses on how to enhance the governance of organizations, the challenges of globalization, global development, and the role of international institutions and global economic governance. She founded the Global Economic Governance Programme at Oxford University, and co-founded (with Robert O. Keohane) the Oxford-Princeton Global Leaders Fellowship programme. She led the creation of the Blavatnik School of Government. Ngaire Woods serves as a member of the Asian Infrastructure Investment Bank’s International Advisory Panel, and on the Boards of the Mo Ibrahim Foundation and the Stephen A. Schwarzman Education Foundation. She is an Independent Non-Executive Director at Rio Tinto (effective September 2020). She sits on the advisory boards of the Centre for Global Development, the African Leadership Institute, the School of Management and Public Policy at Tsinghua University, and the Nelson Mandela School of Public Policy at Cape Town University. She is Chair of the Harvard University Visiting Committee on International Engagement and sits on the Harvard Kennedy School Visiting Committee. She is a member of the UK Government National Leadership Centre's Expert Advisory Panel, and of the Department for International Trade’s Trade and Economy Panel. She is an honorary governor of the Ditchley Foundation. Previously, she served as a Non-Executive Director on the Arup Global Group Board and on the Board of the Center for International Governance Innovation. From 2016-2018, she was Co-Chair of the World Economic Forum’s Global Future Council on Values, Technology and Governance.She has also served as a member of the IMF European Regional Advisory Group, and as an Advisor to the IMF Board, to the Government of Oman’s Vision 2040, to the African Development Bank, to the UNDP’s Human Development Report, and to the Commonwealth Heads of Government. Ngaire Woods has published extensively on international institutions, the global economy, globalization, and governance, including the following books: The Politics of Global Regulation (with Walter Mattli, Oxford University Press, 2009), Networks of Influence? Developing Countries in a Networked Global Order (with Leonardo Martinez-Diaz, Oxford University Press, 2009), The Globalizers: the IMF, the World Bank and their Borrowers (Cornell University Press, 2006), Exporting Good Governance: Temptations and Challenges in Canada’s Aid Program (with Jennifer Welsh, Laurier University Press, 2007), and Making Self-Regulation Effective in Developing Countries (with Dana Brown, Oxford University Press, 2007). She has previously published The Political Economy of Globalization (Macmillan, 2000), Inequality, Globalization and World Politics (with Andrew Hurrell: Oxford University Press, 1999), Explaining International Relations since 1945 (Oxford University Press, 1986). She has published numerous articles on international institutions, globalization, and governance. She has also presented numerous documentaries for BBC Radio 4 and BBC TV2. She was educated at Auckland University (BA in economics, LLB Hons in law). She studied at Balliol College, Oxford as a New Zealand Rhodes Scholar, completing an MPhil (with Distinction) and then DPhil (in 1992) in International Relations. She won a Junior Research Fellowship at New College, Oxford (1990-1992) and subsequently taught at Harvard University (Government Department) before taking up her Fellowship at University College, Oxford and academic roles at Oxford University. Ngaire Woods was appointed Commander of the Most Excellent Order of the British Empire (CBE) in the 2018 New Year's Honours for services to Higher Education and Public Policy. She is a Fellow of the Academy of Social Sciences and an International Honorary Member of the American Academy of Arts and Sciences.

In episode 5, Michael Warren and Professor Mari Sako explore how far the Covid-19 crisis has blurred the boundary between business and government.We also hear from Dr Mo Ibrahim and Professor Wale Adebanwi on the need to put governance at the centre of Africa's development. Featuring:Michael Warren, Global Managing Director, Albright Stonebridge Group.Mari Sako, Professor of Management Studies, Saïd Business School, University of Oxford.Mo Ibrahim, Founder and Chair, Mo Ibrahim Foundation.Wale Adebanwi, Rhodes Professor of Race Relations; Director of the African Studies Centre, University of Oxford.https://www.sbs.ox.ac.uk/ For more Business Insights head to Oxford AnswersCredits:Producer/editor – Eve Streeter for Stabl

African governments have failed to translate economic growth into improved sustainable economic opportunity for their citizens.That's what the Mo Ibrahim Foundation's latest report says; and we quiz their executive director Abdoulie Janneh, who remains optimistic despite the data. Visit @Mo_IbrahimFdn for more.For a 20% discount on a 6-month subscription, please head to bit.ly/2JaIsxw and enter the offer code: PODCASTAnd for the latest news and analysis, try out our daily newsletter: head to www.theafricareport.com and enter your email address to receive it every weekday afternoon.

Our guest today is Dr. Monde Muyangwa, an expert on conflict resolution and peacebuilding in Africa, democracy and governance, gender, US foreign policy, and the African Union. She currently serves as the director of the Africa Program at the Woodrow Wilson Center where she leads programs designed to analyze and offer effective, practical solutions to Africa’s most pressing current and future issues. Among these initiatives is the Southern Voices Network for Peacebuilding, a consortium of research and policy organizations from across Africa. The network seeks to foster local knowledge production and dialogue, and to increase the visibility of African perspectives on peacebuilding within the U.S. policy arena. Prior to joining the Wilson Center, she served as Academic Dean at the Africa Center for Strategic Studies at the National Defense University for 11 years. She also worked as the Director of Research and then Vice President for Research and Policy at the National Summit of Africa as well as Director of International Education Programs at New Mexico Highlands University. She currently serves on the Board of Trustees at Freedom House and previously served on the Advisory Council of the Ibrahim Index of African Governance, a project of the Mo Ibrahim Foundation.  

Muchiri Nyaggah speaks with Eric Chinje, the former Chief Executive Officer of the African Media Initiative and now currently serving as a Senior Advisor to the current CEO of AMI. He is a Cameroonian, journalist a former head of communications at the World Bank and held similar roles at the African Development Bank and the Mo Ibrahim Foundation. Muchiri speaks with him about the African story; how we can we make sure Africa tells it's own story and doesn't leave it to others.

Friends of Europe’s ‘Africa Summit’, held in Brussels on the 4 June 2018, looked at the evaluation and re-setting of Africa-Europe relations. Speakers included Mo Ibrahim (Chairman and Founder, Mo Ibrahim Foundation); Elisabeth Guigou (President of the Anna Lindh Foundation Mediterranean Foundation for Dialogue); Esther Nakajjigo (Uganda’s Ambassador for Women and Girls); Günther Nooke (Commissioner for Africa and the German Chancellor's Personal Representative for Africa at the German Federal Ministry for Economic Cooperation and Development (BMZ)); and Lapo Pistelli (Executive Vice President for International Affairs, Eni; Deputy Minister of Foreign Affairs and International Cooperation, Italy (2013-2015)). This debate was moderated by Shada Islam, Director for Europe and Geopolitics at Friends of Europe.

Africa's overall governance methods remain positive on average, but in recent years has moved at a slower pace. This is according to the Mo Ibrahim Foundation which released its 2017 Ibrahim Index of African Governance this week. South Africa retained its 6th position scoring 70% in overall governance out of the all the 54 African countries assessed but there is still room for improvement. Tsepiso Makwetla spoke to Mo Ibrahim Foundation board member Jay Naidoo

The Ibrahim Index of African Governance, launched today, indicates that over the last four years, governance progress in Africa has stalled, and reveals a shifting landscape. During the period 2011-14, the African average overall governance score in the IIAG increased only slightly by +0.2 points to 50.1 with considerable changes in performance during the last four years at all levels of the Index, both at country and at category level. Mo Ibrahim, Chair of the Mo Ibrahim Foundation, says: "While Africans overall are certainly healthier and live in more democratic societies than 15 years ago, the 2015 IIAG shows that recent progress in other key areas on the continent has either stalled or reversed, and that some key countries seem to be faltering. This is a warning sign for all of us. Only shared and sustained improvements across all areas of governance will deliver the future that Africans deserve and demand."

This podcast is part of the Governance for Beginners workshop series that was carried out by JT LIVE RADIO, GHANA and The Centre of African Studies in Accra, Ghana in April 2014. The purpose of the workshop series was to engage young people in discussions about good governance in Africa. This podcast captures young people's responses to 'HIV/AIDS in South Africa' and the podcast by Hein Marais (http://soasradio.org/content/governance-africa-conversations-hein-marais). Participants of this workshop came from the Community Based Organisation Act for Change, based in Jamestown Accra. This Governance for Beginners workshop was part of the Governance for Development in Africa Initiative funded by the Mo Ibrahim Foundation in collaboration with the Centre of African Studies, London and JT LIVE RADIO, GHANA. To listen to the Governance In Africa Conversations and for more information on this youth engagement initiative please visit http://www.governanceinafrica.org/youth-engagement/. To find out more about JT LIVE RADIO, GHANA please visit www.jtliveghana.org. Music by Tsotsoobi Band 'Ofetse' (Ghana)

This podcast is part of the Governance for Beginners workshop series that was carried out by JT LIVE RADIO, GHANA and The Centre of African Studies in Accra, Ghana in April 2014. The purpose of the workshop series was to engage young people in discussions about good governance in Africa. This podcast captures young people's responses to the 'West African Political Model' and the podcast by Dr. Jibrin Ibrahim (http://soasradio.org/content/governance-africa-conversations-jibrin-ibrahim). Participants of this workshop came from the The University of Ghana in Legon. This Governance for Beginners workshop was part of the Governance for Development in Africa Initiative funded by the Mo Ibrahim Foundation in collaboration with the Centre of African Studies, London and JT LIVE RADIO, GHANA. To listen to the Governance In Africa Conversations and for more information on this youth engagement initiative please visit http://www.governanceinafrica.org/youth-engagement/. To find out more about JT LIVE RADIO, GHANA please visit www.jtliveghana.org. Music by Tsotsoobi Band 'Ofetse' (Ghana)

This podcast is part of the Governance for Beginners workshop series that was carried out by JT LIVE RADIO, GHANA and The Centre of African Studies in Accra, Ghana in April 2014. The purpose of the workshop series was to engage young people in discussions about good governance in Africa. This podcast captures young people's responses to 'Natural Resources Governance' and the podcast by Silas Siakor (http://soasradio.org/content/governance-africa-conversations-silas-siakor). Participants of this workshop came from the Ghana Youth Environmental Movement. This Governance for Beginners workshop was part of the Governance for Development in Africa Initiative funded by the Mo Ibrahim Foundation in collaboration with the Centre of African Studies, London and JT LIVE RADIO, GHANA. To listen to the Governance In Africa Conversations and for more information on this youth engagement initiative please visit http://www.governanceinafrica.org/youth-engagement/. To find out more about JT LIVE RADIO, GHANA please visit www.jtliveghana.org. Music by Tsotsoobi Band 'Ofetse' (Ghana)

This podcast is part of the Governance for Beginners workshop series that was carried out by JT LIVE RADIO, GHANA and The Centre of African Studies in Accra, Ghana in April 2014. The purpose of the workshop series was to engage young people in discussions about good governance in Africa. This podcast captures young people's responses to 'Governance in Mozambique' and the podcast by Luisa Diogo (http://soasradio.org/content/governance-africa-conversations-luisa-diogo). Participants of this workshop came from the IPMC Training College in Accra. This Governance for Beginners workshop was part of the Governance for Development in Africa Initiative funded by the Mo Ibrahim Foundation in collaboration with the Centre of African Studies, London and JT LIVE RADIO, GHANA. To listen to the Governance In Africa Conversations and for more information on this youth engagement initiative please visit http://www.governanceinafrica.org/youth-engagement/. To find out more about JT LIVE RADIO, GHANA please visit www.jtliveghana.org. Music by Tsotsoobi Band 'Ofetse' (Ghana)

This podcast is part of the Governance for Beginners workshop series that was carried out by JT LIVE RADIO, GHANA and The Centre of African Studies in Accra, Ghana in April 2014. The purpose of the workshop series was to engage young people in discussions about good governance in Africa. This podcast captures young people's responses to 'New Media and Participatory Governance' and the podcast by Simon Kolawale (http://soasradio.org/content/governance-africa-conversations-simon-kolawale). Participants of this workshop came from the YPG Church Youth Group in Accra. This Governance for Beginners workshop was part of the Governance for Development in Africa Initiative funded by the Mo Ibrahim Foundation in collaboration with the Centre of African Studies, London and JT LIVE RADIO, GHANA. To listen to the Governance In Africa Conversations and for more information on this youth engagement initiative please visit http://www.governanceinafrica.org/youth-engagement/. To find out more about JT LIVE RADIO, GHANA please visit www.jtliveghana.org. Music by Tsotsoobi Band 'Ofetse' (Ghana)

This podcast is part of the Governance for Beginners workshop series that was carried out by JT LIVE RADIO, GHANA and The Centre of African Studies in Accra, Ghana in April 2014. The purpose of the workshop series was to engage young people in discussions about good governance in Africa. This podcast captures young people's responses to 'New Media and Participatory Governance' and the podcast by Simon Kolawale (http://soasradio.org/content/governance-africa-conversations-simon-kolawale). Participants of this workshop came from a Senior High School in Accra, Ghana. This Governance for Beginners workshop was part of the Governance for Development in Africa Initiative funded by the Mo Ibrahim Foundation in collaboration with the Centre of African Studies, London and JT LIVE RADIO, GHANA. To listen to the Governance In Africa Conversations and for more information on this youth engagement initiative please visit http://www.governanceinafrica.org/youth-engagement/. To find out more about JT LIVE RADIO, GHANA please visit www.jtliveghana.org. Music by Tsotsoobi Band 'Ofetse' (Ghana)

Shaun Ley speaks to Mo Ibrahim, creator of the Ibrahim Prize for Achievement in African Leadership. His Index of African Governance suggests generally things are getting better. But some worry that China's willingness to lend money "no strings attached" is encouraging politicians to revert to their bad old ways. Is Mo Ibrahim's ambition of better governance being undermined from outside?

Mo Ibrahim, Chariman and Founder, Mo Ibrahim Foundation and Founder of Celtel International, on what we can learn from emerging markets. The Global Leadership Summit is the London Business School's flagship event for its global community. http://www.london.edu

Mo Ibrahim, Chariman and Founder, Mo Ibrahim Foundation and Founder of Celtel International, on what we can learn from emerging markets. The Global Leadership Summit is the London Business School's flagship event for its global community. http://www.london.edu

Mo Ibrahim, discusses his career and his role as Chairman and Founder of Mo Ibrahim Foundation and Founder of Celtel International at London Business School. http://www.london.edu

Mo Ibrahim, discusses his career and his role as Chairman and Founder of Mo Ibrahim Foundation and Founder of Celtel International

Mo Ibrahim, Chairman and Founder, Mo Ibrahim Foundation and Founder of Celtel International, on what we can learn from emerging markets