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A campanha foi deprimente? Não se focou nas coisas importantes? Os debates foram para gerar 'sound bites'? O formalismo e a gravitas dos governantes estão fora de moda? A liberdade de expressão não se aplica quando é para falar de Ventura e do seu estado de saúde? Como classificar o discurso racista e xenófobo dos bots nas redes sociais? Quem pagará estes bots? É uma estratégia para lá das fronteiras?
50 anos depois das primeiras eleições livres, os portugueses voltam às urnas no próximo domingo para escolherem quem querem no Parlamento. Nestas eleições legislativas antecipadas os líderes dos oito partidos com assento parlamentar são os mesmos de há um ano atrás mas, apesar da inexistência de mudanças políticas significativas, um facto é que o voto em liberdade continua a ser essencial para que os portugueses se manifestem.O período de campanha eleitoral termina esta sexta-feira e, sendo o voto a arma do povo, será que esta campanha contribuiu para o esclarecimento dos eleitores?A RFI ouviu a opinião de Luzia Moniz. A socióloga, jornalista e ativista angolana considera que a campanha eleitoral foi “decepcionante”, deixou de fora “temas centrais”."Eu tenho um olhar decepcionante. Primeiro, eu esperava mais da campanha e acontece que a campanha está centrada em questões laterais, alguns fait-divers. É verdade que as eleições são convocadas como uma forma de aferir a ética ou não do ainda primeiro-ministro, mas eu pensava, por exemplo, que a educação fosse um tema central nessa campanha. Campanha é pobre e não aborda uma questão essencial que é a educação. No momento em que nós estamos quase no final do ano letivo e há milhares, centenas de milhares, de alunos sem professores, pelo menos a uma disciplina. Agora, como é que perante um drama desse tamanho, que é um drama que atinge toda a sociedade, as famílias, os miúdos, os menos miúdos, porque os miúdos têm pais, os professores têm filhos, atinge toda a sociedade, essa questão não entrou na campanha. A educação está ausente do discurso político, do discurso de campanha.Outra questão também que está ausente é a questão internacional, a questão europeia. Não existe Portugal fora do contexto internacional. Não é possível hoje Portugal equacionar a construção do país, o desenvolvimento de políticas inclusivas num país sem ter em conta o contexto internacional. Nós temos Trump nos Estados Unidos, que declarou uma guerra comercial ao mundo, e em todo o programa, toda a ação de campanha dos partidos, todos, da esquerda à direita, essa questão não é abordada.Outra questão que também devia estar no centro da campanha é a questão que tem a ver com o projeto de defesa comum europeu. Nós vimos que Trump entrou a matar e nessa sua entrada de leão a primeira vítima foi a Europa. A Europa foi, como eu costumo dizer, qualquerizada pelos Estados Unidos. Aquele que tem sido o aliado histórico dos Estados Unidos. De repente, Trump chega à Casa Branca e qualqueriza a Europa. E a Europa ficou, nos primeiros tempos, hesitante porque não tinha um plano, apesar de Trump ter avisado, ao longo da sua campanha, o que ia fazer. Porque o Trump não está a fazer nada que nos surpreenda desse ponto de vista. A Europa é que não tomou as medidas certas para, eu não digo resolver, mas atenuar o efeito do embate. Não fez isso. Esta é uma questão que também está ausente da campanha. E creio, pelas mesmas razões, está ausente a questão da educação, porque os dois partidos do arco da governação, o PSD e o PS, têm as suas responsabilidades nessa questão.Mas há uma questão também ausente nessa campanha, que é a questão da igualdade racial. Isto não é um problema de somenos, nenhum dos partidos, nem a esquerda, nem a direita, aborda essa questão e tinham muitas razões para trazer esse problema. Porque tivemos há bem pouco tempo o assassinato do Odair Muniz, um jovem cabo-verdiano, que foi assassinado pela polícia sem nenhuma razão e justificação. Aliás, os autores do crime ainda não foram constituídos arguidos, mas já há um inquérito que os responsabiliza. Perante isto, é preciso que os partidos que não estão na extrema-direita, por exemplo, coloquem freio a isto. Porque uma sociedade com desigualdade racial é uma sociedade com dificuldade de cumprir a democracia. Não há democracia com desigualdade, seja ela qual for, e a desigualdade racial é isso, é um empecilho ao cumprimento da democracia. É verdade que nós vamos notando, por exemplo, a forma como a questão da imigração está a ser discutida nessa campanha, tem por mote o posicionamento da extrema-direita.Eu tenho mesmo muita pena que até a esquerda, não toda a esquerda, mas estou a pensar numa esquerda como Partido Socialista, de certa forma, vai atrás daquilo que é a agenda da extrema-direita, o posicionamento da extrema-direita em relação à questão da imigração. E o PSD, já não se fala, claramente aproveitou o tema para ganhar votos, para retirar votos à extrema-direita".RFI: Há uma verdadeira preocupação da sociedade portuguesa ou está a ser exacerbado o peso dos imigrantes?Lúzia Moniz: "Eu acho que está a ser exacerbado. Porque nós temos que olhar o que é que a extrema-direita em Portugal representa em termos de votos. Nas últimas eleições teve 18%. Quer dizer que há mais de 80% do eleitorado português que não quer aquela linha política. Então, o que era preciso é que os partidos que não são do extremo, mas hoje é muito difícil olhar para o PSD, para o partido com o título de social-democrático, e não ver ali um extremismo ou uma tendência para aderir à agenda da extrema-direita. É visível, sobretudo nessa questão dos imigrantes, mas também nas questões económicas. Também há ali um radicalismo, que me faz lembrar um pouco o Milei da Argentina. Eu estou com algum medo que depois das eleições nós não tenhamos aqui em Portugal um Milei dois. Já nos basta ter um Milei e um Trump daquele lado da América, e já temos um Orbán aqui na Hungria.Termos um Milei dois aqui em Portugal será uma catástrofe do ponto de vista social, até porque nós estamos a falar de um país que na Europa é um país considerado pobre. Portugal não faz parte das grandes economias europeias e, como tal, um país desta natureza tem de ter um Estado Social forte.Portugal hoje tem, mais ou menos, dois milhões de pobres. Se não fosse esse Estado Social, nós teríamos uma população com quase 50% de pobres. É preciso olhar para estas questões do ponto de vista da justiça social. E eu não sinto isso nos programas. Eu li os programas. Eu não vejo esta preocupação do ponto de vista da justiça social de priorizar e priorizar e priorizar aqueles que estão na base da pirâmide social. Porque só assim é que se constrói uma sociedade de igualdade".RFI: Como mulher africana, sentiu-se representada durante esta campanha?Luzia Moniz: "Não! Nem nessa campanha, nem nos espaços de poder.Nós vivemos numa sociedade que é estruturalmente racista. Esse racismo estrutural nós temos, inclusive, dentro dos partidos. Provavelmente como está naturalizado isso, eles nem sequer se apercebem, dentro do partido, esse racismo estrutural. Nós não encontramos, por exemplo, em nenhum desses partidos do poder, estou a falar do PSD ou do PS, e dos outros partidos também, nas suas lideranças, não há negros. Não é porque não haja negros, porque eu conheço muitos negros (dentro dos partidos).Eu não sou militante de coisa nenhuma, eu sou militante das causas em que acredito e não de partidos e instituições como tal. Mas eu tenho amigos, tenho pessoas das minhas relações que fazem parte desses partidos, pessoas com bons currículos políticos, mas eles não têm a visibilidade. Não têm nos seus partidos, o que lhes impede de ter visibilidade nos grandes mídias. Estou a falar, por exemplo, da televisão. O que é política? Essencialmente é comunicação e é visibilidade. É muito difícil alguém ter uma ascensão política se não passa nos mídias de referência como as televisões. E se não tem visibilidade, não existe. E esta naturalização desse racismo, que muitas vezes é de forma subreptícia, é que leva que não nos sintamos, nós os negros e afrodescendentes, não nos sintamos representados por esses e nesses partidos. Aliás, nós vimos agora, quando foi da constituição das listas dos partidos, neste caso do PS, como a inclusão de uma jovem negra, que é do rap, uma miúda até muito bonita e muito inteligente, a Eva, foi notícia. O facto disto ser notícia mostra o tipo de sociedade que nós temos. Isto não devia ser notícia. Nos outros países, estou a pensar numa Inglaterra, estou a pensar de França, por exemplo, ou mesmo dos Estados Unidos, que só tem 13% de negros, a inclusão de negros no Partido Republicano ou no Partido Democrático Americano não é notícia. Aliás, a não inclusão é que é notícia. Mas aqui não existe e ainda é notícia. E isto eu não vejo nenhum partido, nenhum, da extrema-esquerda, da extrema-direita, a olhar para este problema e dizer, nós temos aqui um segmento da nossa população para qual o Estado investiu formando essas pessoas. Porque nós estamos a falar de gente muito bem formada e eu conheço muito dessa gente. O Estado investiu, mas nós não estamos a retirar o retorno daquilo que foi o investimento do Estado. E ninguém ainda se lembrou, e era muito interessante que os investigadores fizessem isso, quanto custa em termos económicos o desaproveitamento de um segmento da população portuguesa que são os negros e os afrodescendentes. Porque isso tem um custo. Se eu tenho uma formação para ser bióloga e se em vez de ser bióloga ando a lavar escadas, em termos económicos há aqui uma perda para o Estado. Era interessante ter esse trabalho. Talvez isso assustasse um pouco os políticos e mudem a sua atitude e pensem em encontrar formas políticas. Porque o racismo estrutural é um problema político. Os problemas políticos têm que ter soluções políticas, não há outra forma de resolver isso".
Noite adentro, as informações foram de estabilização clínica de André Ventura, em observação na urgência do Hospital de Faro, no Algarve, após uma situação de emergência cardiovascular. Durante uma hora, a campanha para as eleições gerais antecipadas a realizar em Portugal no próximo domingo, até aqui sem incidentes, tomou intensidade dramática de incerteza.
A má disposição de André Ventura deixa-nos a questão: afinal, os políticos têm, necessariamente, de andar na estrada para ganhar o apoio dos eleitores? É certo: provavelmente nunca saberemos.See omnystudio.com/listener for privacy information.
A Igreja escolheu o novo papa e há um derby que pode decidir o campeonato. Sobra alguma atenção para os partidos? O balanço da primeira semana de campanha com o editor de política Rui Pedro Antunes.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Terminados os debates e já com a campanha eleitoral a decorrer oficialmente, que soluções de governabilidade estão em cima da mesa a esta altura? PS quer a desforra, AD quer uma “maioria maior”. O que esperar das próximas duas semanas? Ouça a análise de Catarina Martins e de Cecília Meireles na versão podcast do programa Linhas Vermelhas, emitido na SIC Notícias a 5 de maio. Para ver a versão vídeo deste episódio, clique aquiSee omnystudio.com/listener for privacy information.
O debate mais importante foi na véspera de uma “ponte” numa semana submersa pelo apagão. Antes disso morreu o Papa, depois disso teremos sucessor. No meio de tudo, sobrará tempo para a campanha?See omnystudio.com/listener for privacy information.
Uma campanha eleitoral cheia de distrações que tão cedo não verá a calmaria da atualidade. A dias do novo conclave, fica a questão: como irá o foco, realmente, estar no futuro de Portugal?See omnystudio.com/listener for privacy information.
Se há algo que não falta durante uma campanha eleitoral… são sondagens. Diariamente somos bombardeados com gráficos, percentagens, setas para cima, setas para baixo, empates técnicos, surpresas, coligações imaginadas e quedas espetaculares. A cada novo estudo, há quem se entusiasme e quem duvide. Quem diga “isto confirma o que eu já sabia” e quem desconfie: “isto tem dedo de alguém”. Mas afinal… como se fazem as sondagens? Como se escolhe quem é ouvido? Como se garante que aquilo que nos mostram é mesmo o que o país pensa? E, mais importante ainda: o que as pessoas respondem… quando alguém lhes pergunta? Neste episódio do Pergunta Simples, vou procurar respostas com quem sabe. António Gomes, diretor-geral da GfK Metris e uma das pessoas que melhor conhece os bastidores da opinião pública em Portugal. Há mais de 30 anos que António lidera equipas que estudam o que pensamos, o que desejamos, do que temos medo. Faz sondagens eleitorais, estudos de mercado, inquéritos qualitativos e quantitativos. E já viu de tudo: vitórias inesperadas, derrotas mal digeridas, candidatos ofendidos com os dados, e eleitores a esconder aquilo que verdadeiramente pensam. Nesta conversa falámos de tudo isso — com a calma de quem já passou por muitas campanhas e com o humor de quem sabe que, na política, nem sempre a lógica vence. Começámos pelo princípio: como se faz uma sondagem séria? António explicou-nos os diferentes métodos de recolha — por telefone, presencial, ‘online' — e a ciência por detrás da construção de uma amostra representativa. Falámos de margens de erro, de amostras estratificadas, de critérios técnicos que, para o público, são muitas vezes invisíveis. E falámos do que acontece quando, apesar de tudo isso, a sondagem falha. Falámos de erros estatísticos. Mas falámos, sobretudo, de erros humanos. Das recusas. Das portas que não se abrem. Dos estratos difíceis de preencher. E das situações em que, por mais que se controle sexo, idade e região, saindo da amostra é… uma surpresa. Uma dessas histórias inclui um ‘fax', uma jornalista célebre de televisão, um resultado inesperado e um telefonema a dizer: “Isto só pode estar errado”. Mas estava certo. Ou, pelo menos, era aquilo que os dados evidenciavam naquela semana. António também nos explicou o que é o fenómeno do votante envergonhado. Aquela pessoa que vota num partido, mas tem vergonha de o assumir. Que diz uma coisa ao entrevistador… e faz outra na urna. Já aconteceu um par de vezes em Portugal e voltar a acontecer com qualquer partido que, num dado momento, esteja no centro da polémica ou do julgamento social. Mas será que as pessoas mentem mesmo? “Não mentem por maldade”, diz António Gomes. Muitas vezes, mentem a si próprias. Porque o tempo passou, porque se arrependem, porque querem parecer coerentes. Às vezes, quando lhes perguntamos como votaram há cinco anos, respondem com base no que gostariam de ter feito. Não no que fizeram. Este episódio é também uma lição de psicologia eleitoral. Falámos do uso das sondagens pelos partidos. Não somente para medir intenções de voto, mas para testar ideias, frases, cartazes. Há uma parte do que vemos nas campanhas que vem diretamente dos dados. Desde o tipo de fotografia que se escolhe para um cartaz gigante na rua, até à linguagem usada num debate. Não é manipulação, é estratégia — é afinação estratégica com base em evidência. E sim, falámos dos políticos. António contou como, muitas vezes, é preciso preparar os líderes para ouvir o que não querem ouvir. Como alguns usam a intuição (“sinto a rua”) para negar a realidade dos números. E como há um equilíbrio delicado entre respeitar essa intuição… e mostrar que a ciência também sente — de forma diferente, mas não menos certeira. “Eu não digo o que eu acho. Digo o que os eleitores disseram”, explica. Este episódio não é somente sobre sondagens. É sobre como pensamos, como escolhemos,
O hino da AD pede que “deixem o Luís trabalhar”, e Luís -- Montenegro – fez isso mesmo: apresentou o seu programa, prometendo não poupar nem voltar aos défices. Nesta Comissão Política não deixamos escapar nada, nem as notícias que incomodam. Ouça aqui o novo episódio do podcast. See omnystudio.com/listener for privacy information.
Até 18 de maio, e nas semanas seguintes, até tudo estabilizar, veremos a dança de vários tipos de comunicação: a política, a do ‘marketing' e a institucional. Todas a rodar no palco mediático. Media que ora fazem o papel de observadores, ora de criadores de agendas públicas. É neste contexto que convido Nuno Santos, jornalista e diretor do canal de notícias mais visto da televisão por cabo, a CNN Portugal. Nuno Santos passou pela RTP, pela rádio pública, onde coincidimos, pela SIC e pela TVI. Ora no lado das notícias, ora no lado do entretenimento. Na dupla função de diretor de informação da TVI e do canal CNN Portugal, montar a gigantesca operação de cobertura eleitoral. Antes, durante e depois. Esta edição contém boas pistas de como se organizam os debates entre os candidatos ao lugar de Primeiro-ministro. Como se escolhem os temas, como se negoceiam as regras comuns. Quais os interesses dos jornalistas mas também dos candidatos. Os debates já começaram, as equipas de reportagem estão na rua e as caravanas políticas também. As mensagens já enchem as redes sociais. Estão aí as eleições. Mais uma vez, o país vai escolher um governo e, como sempre, a imprensa é chamada a cumprir o seu papel de relatar, explicar, analisar. Nada de novo, certo? Talvez não seja bem assim. Porque se há coisa que muda mais depressa do que as vontades do eleitorado, é a maneira como recebemos e consumimos informação. E é aqui que as coisas se complicam. Porque a verdade, aquela verdade sólida, bem fundamentada e confirmada, tem hoje uma concorrência feroz. As redes sociais tomaram de assalto o espaço público. Opiniões, factos mal digeridos, "soundbites", teorias da conspiração… está tudo ali, à distância de um gesto de dedos. O jornalista deixou de competir com o seu camarada da estação concorrente e passou a competir com o mundo inteiro. Gente que publica o que quer, quando quer, como quer. Sem editores, sem filtros, sem regras. Tantas vezes sem ética. Muitas outras de forma mal intencionada. E depois há outra coisa: o público que mais cresce nas redes, e que já olha com desconfiança para o jornalismo tradicional, é publico o mais jovem. Aqueles que preferem ouvir uma notícia no TikTok, em 20 segundos, do que assistir a um telejornal completo. São milhões que consomem informação em pedaços soltos, descontextualizada, sem critérios claros. O ‘sexy', panfletário ou incendiário é escolha do algoritmo para servir constantemente. E o que fazem os jornalistas perante isto? Tentam adaptar-se. Tentam perceber como se faz jornalismo relevante e apelativo num mundo que está sempre a correr para a próxima coisa. E é aqui que entram projetos como a CNN Portugal. Os outros meios onde se faz informação a sério. Confiável, credível, escrutinada. A CNN Portugal nasceu com a promessa de trazer um jornalismo sério, factual, com um selo de qualidade que carrega décadas de história da marca-mãe, dos Estados Unidos. Mas será que isso é suficiente num país onde a informação já não é recebida, é disputada? Porque hoje não basta fazer bem. É preciso que alguém, do outro lado, queira ver e ouvir. A campanha eleitoral que agora começa vai ser um teste real a este modelo. Porque cobrir uma eleição em 2025 não é o mesmo que em 2015 ou em 2005. Agora, cada acontecimento é imediatamente esmiuçado, comentado, até distorcido, e partilhado por milhões de pessoas, muitas vezes antes mesmo de chegar aos canais oficiais. E então? Como se trabalha assim? Como se garante que o jornalismo de qualidade sobrevive e se faz ouvir num mundo onde a gritaria é mais audível do que a conversa sensata? Há outra questão que também se impõe: a da credibilidade. Porque, se o jornalismo perdeu a sua aura de autoridade intocável, isso não aconteceu por acaso. Os erros existiram e continuam a existir. Os enviesamentos, intencionais ou não, acontecem. E a verdade é que o público,
No podcast ‘Notícia No Seu Tempo’, confira em áudio as principais notícias da edição impressa do jornal ‘O Estado de S.Paulo’ desta terça-feira (08/04/2025): O presidente Donald Trump ameaçou impor tarifas ainda mais altas a produtos da China após retaliação do governo chinês à taxação de 34% imposta pelos EUA. A disputa entre as duas maiores economias do mundo novamente abalou as Bolsas. No Brasil, o Ibovespa caiu 1,31%, aos 125,5 mil pontos – segundo operadores, os negócios também foram afetados pelo desempenho das ações da Petrobras. O dólar teve alta de 1,30% e foi a R$ 5,91. No exterior, o mercado acionário foi fortemente afetado, em especial na Ásia e na Europa. O temor dos investidores é de que o tarifaço de Trump leve a uma recessão global, com efeitos que também poderiam chegar ao Brasil. Em entrevista no fim do dia na Casa Branca, Trump rechaçou a hipótese de recuo em sua estratégia e indicou que parte das medidas pode se tornar permanente. E mais: Política: Decretos de Lula ampliam poder e ganhos de organização internacional com R$ 710 milhões em contratos Metrópole: Quase 11 milhões no Brasil usam apostas de forma perigosa Internacional: EUA e Irã devem negociar acordo nuclear pela 1ª vez em 10 anos Caderno 2: 600 obras de Andy Warhol em São PauloSee omnystudio.com/listener for privacy information.
O primeiro-ministro esteve internado no hospital Santa Maria devido a uma arritmia cardíaca, mas já recebeu alta. Estará de volta à campanha na segunda-feira, depois de um fim-de-semana de repouso. A caminho das eleições legislativas antecipadas, os dias têm sido marcados por sondagens, notícias sobre Luís Montenegro e polémicas quanto aos debates. Enquanto governo e oposição tentam marcar os seus caminhos, que campanha irá resultar deste ambiente político? No Expresso da Meia-Noite em podcast, com moderação de Ângela Silva e Ricardo Costa, debatem António Cunha Vaz, consultor de comunicação que tem trabalhado com o PSD e o governo; João Gabriel, consultor de comunicação que está a trabalhar com o líder do PS; José Manuel Mestre, jornalista da SIC que acompanhou muitas campanhas do PS; e Rita Dinis, jornalista do Expresso que acompanhou muitas campanhas do PSD. O programa foi emitido na SIC Notícias a 28 de março. Para ver o programa em vídeo clique aquiSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Neste episódio de Linhas Vermelhas, Miguel Morgado e António Mendonça Mendes discutem a estratégia de debates eleitorais de Luís Montenegro, líder do PSD, que optou por debater apenas com uma parcela dos partidos. Abordam as dinâmica das coligações políticas, a importância dos debates eleitorais e a responsabilidade dos partidos em manter a confiança do eleitorado, destacando a incoerência nas ações dos políticos e a necessidade de um debate civilizado durante a campanha eleitoral. O programa foi emitido na SIC Notícias a 26 de março. Para a versão vídeo deste episódio clique aqui.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Na semana em que a sondagem SIC e Expresso trouxe ânimo extra à coligação, Luís Montenegro diz-se mais encorajado e a mesma AD apostou num contra-ataque comunicacional. Mas a documentação revelada ao Jornal Observador sobre a Spinumviva foi criticada pelo líder do PS por ser uma "espécie de comissão privada de inquérito" que não mata o tema. Também Pedro Nuno não terá ficado indiferente à sondagem e diz que o Governo e a oposição, metade-metade, são culpados pela crise. Que caminho vai então seguir a campanha? Para refletir o Expresso da Meia-Noite convidou Miguel Pinto Luz, ministro das Infraestruturas e da Habitação, Marina Gonçalves, deputada do Partido Socialista e ex-ministra da Habitação, Sebastião Bugalho, eurodeputado do PSD, e o Bruno Gonçalves, eurodeputado do Partido Socialista. Ouça aqui o programa emitido a 21 de março na SIC Notícias. See omnystudio.com/listener for privacy information.
Presidente Lula leva para a cozinha do Palácio do Planalto a ala mais radical do PT.Meio-Dia em Brasília traz as principais notícias e análises da política nacional direto de Brasília. Com apresentação de José Inácio Pilar e Wilson Lima, o programa aborda os temas mais quentes do cenário político e econômico do Brasil. Com um olhar atento sobre política, notícias e economia, mantém o público bem informado. Transmissão ao vivo de segunda a sexta-feira às 12h. Chegou o plano para quem é Antagonista de carteirinha. 2 anos de assinatura do combo O Antagonista e Crusoé com um super desconto de 30% adicional* utilizando o voucher 10A-PROMO30. Use o cupom 10A-PROMO30 e assine agora: meio-dia ( https://bit.ly/promo-2anos-papo) (*) desconto de 30% aplicado sobre os valores promocionais vigentes do Combo anual. Promoções não cumulativas com outras campanhas vigentes. Promoção limitada às primeiras 500 assinaturas.
Angola: Nomeação da filha do Presidente para liderar a BODIVA divide opiniões. CPLP: Índice de Perceção da Corrupção de 2024 e as más posições: "Não há direito capacitado para combater a corrupção". Alemanha: Conferência de Segurança de Munique acontece em momento de tensões entre os EUA e os seus aliados. Divergências nas políticas migratórias marcam caça ao voto na Alemanha.
O debate carregou-se de emoção.
Presidente do Tribunal Supremo de Moçambique diz que não há ordem de prisão contra Venâncio Mondlane. À DW, analista diz que esta parece ser uma "questão política" com capa jurídica. Liga Guineense dos Direitos Humanos denuncia perseguição ao jurista Luís Vaz Martins e diz que este corre risco de vida. Orçamento Geral do Estado 2025 foi aprovado hoje em Angola. A UNITA votou contra.
Em Moçambique, está tudo a postos para as eleições gerais, garante STAE. Ainda neste jornal, um ponto de situação com a nossa enviada especial à Moçambique, Nádia Issufo. No sul do Líbano, cinco hospitais fecharam devido ao aumento de ataques israelitas. E no Gana, milhões de pessoas enfrentam as consequências perigosas da extração ilegal de ouro.
Conflitos e otimismo marcam campanha eleitoral em Manica, onde Venâncio Mondlane está a ser acusado pela polícia de incentivo à violência. Lutero Simango, do MDM, diz que tem as mãos limpas. FRELIMO organiza fogueiras noturnas para jovens que vão votar pela primeira vez. Em Nampula, sete anos depois do assassinato de Mahamudo Amurane, a família ainda aguarda justiça. Conflito entre Irão e Israel.
Com a campanha eleitoral em Moçambique na reta final, politólogo diz que faltaram propostas inovadoras dos candidatos. Falta de fundos e de transparência mancham processo eleitoral moçambicano, considera analista. Em Angola, decorre o Censo Geral, mas muitos ainda não avistaram os recenseadores
Liga Guineense dos Direitos Humanos denuncia detenção de ex-ministro das Finanças. FRELIMO confiante na vitória na diáspora, nomeadamente na Alemanha. PODEMOS desmente proposta de pena de morte para corruptos. E em Portugal, discurso anti-imigração de André Ventura, é demagogo, diz ativista guineense.
Faltam 9 dias para Moçambique eleger o novo Presidente da República. Na Beira, o MDM promete transformar a gestão dos serviços de saúde e ensino. Em Nampula, o PODEMOS promete ensino primário e secundário gratuito a nivel nacional. Em Cabo Delgado, a FRELIMO quer alcançar a tão desejada paz. A RENAMO anunciou o apoio de 12 partidos extraparlamentares. E conflito entre Israel e o Hezbollah.
Caso de alegado ilícito eleitoral começou a ser julgado em Manica, Moçambique. Primeiro-ministro israelita discursa hoje na Assembleia das Nações Unidas. Partido no poder no Uganda quer que Presidente do país passe a ser eleito pelo Parlamento e não por voto direto.
Em Moçambique, aumentam denúncias de intolerância política na campanha eleitoral. ONG processa governador da província moçambicana da Zambézia e a filha por alegado nepotismo, peculato e fraude. Neste jornal olhamos ainda para o impacto dos resultados das eleições no Estado de Brandemburgo na política federal alemã.
Intimação de Venâncio Mondlane pelo Ministério Público é mais um expediente da FRELIMO, defende jurista. São Tomé e Príncipe celebra o Dia da Mulher com apelos para a igualdade de género. Em África, preocupa o aumento do tráfico de órgãos.
Afinal onde anda a maioria dos partidos concorrentes às eleições de outubro, em Moçambique? Sete meses depois, Domingos Simões Pereira volta à Guiné-Bissau. E lamenta a falta de segurança no país. Learning By Ear – Aprender de Ouvido
Governo da Venezuela nega que o avião apreendido em Bissau com drogas tenha saído do seu país. Domingos Simões Pereira regressa à Guiné-Bissau este sábado.Em Moçambique, especialista dá nota positiva a campanha eleitoral que está na sua terceira semana. Alemanha e Quénia firmam pacto para migração e emprego.
CIP diz que há dois pesos e duas medidas na observação eleitoral ocidental. Crise em Angola força trabalhadores a pedir dinheiro emprestado a terceiros. Denunciantes estão em risco em África.
Angola: Presidente João Lourenço não pôs fim à política da bajulação no MPLA – está a se beneficiar dela? Em Moçambique, violência mancha as duas primeiras semanas da campanha eleitoral. E, na Tunísia, repressão a candidatos e migrantes ofusca a corrida eleitoral.
Jato privado com droga apreendido na Guiné-Bissau. João Bernardo Vieira pede responsabilização. Oposição moçambicana na província de Nampula acusa FRELIMO de perseguição política. Programa de Alfabetização e Educação de Adultos tem impacto positivo na província de Manica.
Moçambique: Pertença do símbolo nacional Eduardo Mondlane está em debate acesso. RENAMO pode ter uma missão espinhosa de reconquistar o eleitorado moçambicano. Alemanha: Ascensão da extrema-direita nas eleições estaduais faz tremer coligação governamental.
Guiné-Bissau e Timor-Leste em rota de colisão, CPLP remete-se ao silêncio. Angola: O denominado “movimento cívico” prepara-se para uma manifestação contra a Lei dos Crimes de Vandalismo, recentemente aprovada. Quase uma semana após o início da caça ao voto em Moçambique, a tranquilidade e harmonia caracterizam as atividades partidárias, afirma investigador do CIP.
Moçambique: Partidos estão a ter dificuldades em conseguir recursos financeiros e materiais para as suas campanhas eleitorais. Todos os partidos em Moçambique prometem reformas das políticas de saúde, educação e emprego. República Democrática do Congo: Combates prosseguem no leste da, apesar de o governo ter acordado, em julho, um cessar-fogo com os rebeldes do M23.
Moçambique: Reformas saltam à vista nos manifestos eleitorais das principais formações políticas. Na Zambézia ainda não se sabe quem incendiou a viatura da CNE dentro de uma instituição do Estado moçambicano. Decorrem a partir hoje e até 8 de setembro os Jogos Paralímpicos em Paris, com mais de 400 atletas participantes.
Boa terça, angulers! Um #249 de muita política nacional! Abrimos falando a troca de mensagens informais entre assessores do ministro Alexandre de Moraes e o TSE pedindo relatórios e informações para o inquérito das fake news. Ainda no primeiro bloco, comentamos a tensão entre Congresso e Judiciário com a decisão do ministro Flávio Dino de suspender o pagamento de emendas parlamentares. No segundo bloco, o ponta-pé da corrida eleitoral e um panorama geral do primeiro debate e primeiros dias de campanha. Por fim, a morte de Silvio Santos, aos 93 anos. Sirva-se! Edição e mixagem: Tico Pro