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Cada vez mais degradado e degradante. Os insultos, gestos e gritos não param na AR e o episódio mais recente é o "envio de beijos" de Filipe Melo. E Montenegro continua a fazer as pazes com os idosos?See omnystudio.com/listener for privacy information.
Esta semana tem estado reunida a Assembleia geral das Nações Unidas, em Nova Iorque. E de tantos temas e discurso importantes o que ficou para as parangonas foram as escadas rolantes e o teleponto. Eis o estado da ONU, 80 anos depois. No Eixo do Mal em podcast, Clara Ferreira Alves, Luís Pedro Nunes, Daniel Oliveira e Pedro Marques Lopes analisam ainda as mudanças na lei da imigração e a campanha rumo às eleições autárquicas. O programa foi emitido na SIC Notícias a 25 de setembro. See omnystudio.com/listener for privacy information.
Neste programa, olhamos para alguns dos temas que marcaram a semana. Na Guiné-Bissau terminou o prazo para a apresentação de candidaturas às eleições de 23 de Novembro, com a candidatura do PAI-Terra Ranka a ser indeferida por parte do Supremo Tribunal. Domingos Simões Pereira exortou o Supremo Tribunal de Justiça a "corrigir o erro cometido”. Em Angola, cinco organizações da sociedade civil instaram as Nações Unidas a liderarem uma investigação internacional sobre as mortes que ocorreram durante a greve dos taxistas. Em Moçambique, o Presidente da República pediu às Forças de Defesa e Segurança “estratégias para incinerar” o terrorismo. Começamos com a Guiné-Bissau, onde quase duas dezenas de candidaturas foram apresentadas às eleições de 23 de Novembro, de acordo com as intenções divulgadas até ao final do prazo, nesta quinta-feira. O histórico PAIGC corre o risco de, pela primeira vez, ser afastado de eleições, depois de o Supremo Tribunal de Justiça ter rejeitado a candidatura da coligação PAI-Terra Ranka às próximas presidenciais e legislativas da coligação que venceu com maioria absoluta em 2023 e foi afastada do poder com a dissolução do parlamento pelo Presidente, Umaro Sissoco Embaló. Esta sexta-feira, em conferência de imprensa, o líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira, exortou o Supremo Tribunal de Justiça a reverter a exclusão da candidatura e a "corrigir o erro cometido”. Na quarta-feira, o candidato presidencial da coligação, Domingos Simões Pereira, falou com a RFI e deixou um aviso: “Ou participamos nestas eleições ou se está a convocar o país para algo de terrível.” Quanto às outras candidaturas, Hugo Correia, em serviço especial para a RFI, fez-nos o resumo. O actual chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló, recandidata-se apoiado pela Plataforma Republicana "Nô Kumpu Guiné", que também viu a candidatura rejeitada, a 16 de Setembro, mas que acabou por ser aprovada depois de corrigidas as irregularidades apontadas pelo Tribunal. O antigo Presidente da Guiné-Bissau José Mário Vaz anunciou que volta a candidatar-se ao cargo, que perdeu para Sissoco Embaló em 2019. José Mário Vaz desvinculou-se do MADEM G-15 e é apoiado pelo COLIDE-GB (Convergência Nacional para a Liberdade e o Desenvolvimento da Guiné-Bissau). Na corrida às eleições, outra coligação, a API Cabas Garandi, que perdeu a maioria dos protagonistas que se tinham juntado em protesto contra o regime do Presidente Embaló. A coligação foi fundada por Braima Camará, depois de o MADEM G-15, que fundou com Sissico Embaló, se ter divido em duas alas, a que apoiava a sua direcção e a que estava com o Presidente da República. O mesmo aconteceu com outro dos fundadores, Fernando Dias, que ficou com uma ala do Partido de Renovação Social (PRS), fiel ao chefe de Estado. Na coligação estava ainda Nuno Gomes Nabiam, antigo primeiro-ministro que, a poucos dias do fim do prazo para a apresentação de candidaturas, deixou a coligação Cabas Garandi e anunciou que volta a concorrer a Presidente da República, apoiado pelo partido que dirige, a Assembleia do Povo Unido - PARTIDO Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB). Braima Camará foi o primeiro a sair da API Cabas Garandi, depois de ter sido nomeado em agosto primeiro-ministro do Governo de iniciativa presidencial. Fernando Dias, do PRS, avança pela coligação e disse publicamente que nada o impedirá de ser candidato a Presidente da República. Outro membro e deputado do PRS, Siga Batista, entregou também no Supremo Tribunal de Justiça a candidatura às eleições presidenciais. João Bernardo Vieira, ex-secretário de Estado dos Transportes e Comunicações e dirigente do PAIGC, também se candidata à presidência. Nas candidaturas às presidenciais, encontra-se também o antigo primeiro-ministro, Baciro Djá, pela Frente Patriótica para a Salvação Nacional (Frepasna), e o presidente do Partido Aliança para República, Mamado Iaia Djaló. No último dia do prazo, entregaram ainda candidaturas o Partido Movimento Social Democrático (MSD), o Partido do Povo (PDP), o Partido Social dos Trabalhadores (PST), o Partido Unido Social Democrático (PUSD) e o candidato Independente Mamadu Embaló.)) Em Moçambique, os grupos armados em Cabo Delgado, no norte do país, continuam a atacar aldeias, raptar civis e saquear comunidades para sustentar a sua máquina de guerra. O Presidente da República, Daniel Chapo, pediu às Forças de Defesa e Segurança “estratégias para incinerar” os grupos insurgentes. Oiça o trabalho de Orfeu Lisboa, o nosso correspondente. Em Angola, cinco organizações da sociedade civil instaram as Nações Unidas a liderarem uma investigação internacional independente sobre as mortes que ocorreram durante a greve dos taxistas. As ONG´s predispõem-se a fornecer documentação para apoiar a busca por justiça. Francisco Paulo, o nosso correspondente, fez-nos o relato. Angola enfrenta, ha nove meses, um surto de sarampo em larga escala, com um registo de mais de 6 mil casos. Luanda, Uíge, Bié e Lunda-Sul são as regiões mais afectadas devido à falta de cobertura vacinal de rotina. A coordenadora do Programa Nacional de Imunização, Alda de Sousa, admitiu que a falta de cobertura vacinal de rotina para travar esta doença tem contribuído para o aumento de casos. Em Cabo Verde, o sector da Justiça melhorou em 2024, mas continua lento, admitiu o Procurador-Geral da República, Luís Landim. No sector da educação, a primeira-dama, Débora Katisa Carvalho, mostrou-se preocupada com a diminuição de rapazes no sistema de ensino e apelou, também, às famílias para promoverem uma educação mais equitativa e inclusiva, como nos contou Odair Santos. Em São Tomé e Príncipe, escolas em várias localidades estão a registar uma diminuição significativa no número de alunos, contou-nos o nosso correspondente Maximino Carlos. Na cultura, o coreógrafo e bailarino moçambicano Ídio Chichava esteve em destaque na Bienal de Dança de Lyon, em França, considerada como o principal evento de dança contemporânea do mundo. Ídio Chichava apresentou um espectáculo participativo feito com o público e também o espectáculo “Vagabundus”. Oiça aqui.
O poder público obteve duas vitórias contra facções criminosas. Em São Paulo, realizou buscas nos endereços de suspeitos de lavar dinheiro do PCC com postos de combustíveis e motéis. Em Minas Gerais, bloqueou bilhões de reais de suspeitos de ligação com o Comando Vermelho. No Ceará, tiros disparados contra uma escola mataram dois adolescentes e feriram três. A Assembleia da ONU exibiu um vídeo do presidente da Autoridade Palestina. Mahmud Abbas repudiou o ataque do Hamas contra civis israelenses e defendeu um Estado Palestino sem participação de grupos armados. O primeiro ex-presidente da República que vai cumprir pena de prisão na história da França é Nicolas Sarkozy, condenado por conspiração criminosa.
Minas Gerais tem mais de 3 milhões de pessoas em situação de pobreza e mais de 700 mil em pobreza crônica, que abrange gerações de famílias vivendo com pouco, segundo o CadÚnico, do governo federal. Que políticas públicas podem mudar esse cenário? Além de governos, o que a sociedade pode fazer para se envolver na solução do problema? O assunto está em discussão num fórum técnico, realizado pela Assembleia Legislativa de Minas e é tema desta edição do Politiza. O episódio tem a participação dos repórteres da Rádio Assembleia, Grazielle Mendes e da TV Assembleia, Heitor Peixoto, que conversam com o convidado Bruno Lazzarotti, doutor em Sociologia e coordenador do Observatório das Desigualdades, da Fundação João Pinheiro. Clique no título ou ouça no seu tocador de podcast favorito.
No resumo de notícias de hoje, vamos falar sobre os encontros e desencontros de Lula e Trump na Assembleia da ONU, incluindo a promessa de negociações para reduzir o tarifaço e a rara autocrítica de Lula em evento paralelo; a repercussão da decisão de Macron de reconhecer oficialmente o Estado da Palestina e os bastidores da nomeação de Guilherme Boulos como novo ministro do governo; a derrota da PEC da Blindagem no Senado com pressão das ruas, a crise de Eduardo Bolsonaro isolado até dentro da própria família e os escândalos na CPMI do INSS com prisão em flagrante e gritaria envolvendo o “careca”; além das novas sanções do governo Trump contra a esposa de Alexandre de Moraes, a despedida de Barroso da presidência do STF, os ataques de Trump nos Estados Unidos contra jornalistas e até contra o paracetamol, e ainda os protestos, guerras e conspirações que movimentaram a política internacional.E claro, não poderiam faltar os nossos quadros: Rivo de Ouro, Keeping Up With the Fofoca, Two Dots, Como Vota Deputado, Rapidinhas, Cancelamento da Semana e Realidade Distorcida — sempre com a sua participação aqui com a gente.___Apoie o Rivo! Pix: 54.538.001/0001-13
A 80ª Assembleia Geral da ONU: Um Resumo DetalhadoA 80ª Assembleia Geral das Nações Unidas, realizada em Nova York em setembro de 2025, foi um evento de fortes contrastes e momentos inesperados, refletindo um cenário global de crescente polarização e desordem internacional. Sob o tema "Melhores Juntos: 80 anos e mais pela paz, desenvolvimento e direitos humanos" , a assembleia não apenas debateu as grandes crises mundiais, mas também expôs a fragilidade do próprio multilateralismo, com a ONU completando oito décadas em meio a uma de suas maiores crises existenciais.O Duelo de Visões: Lula e Trump no Palco PrincipalO momento de maior tensão e repercussão foi o contraste entre os discursos do presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e do presidente dos EUA, Donald Trump, seguido por uma surpreendente e breve aproximação.Discursos Opostos: Como manda a tradição, o Brasil abriu os debates. Em sua fala, Lula posicionou o Brasil como um defensor do multilateralismo, da soberania e da democracia. Trump, que falou logo em seguida, apresentou uma visão diametralmente oposta.Multilateralismo: Lula afirmou que a autoridade da ONU está "em xeque" e defendeu a reconstrução do multilateralismo como o "farol para o futuro". Trump, por outro lado, declarou que a ONU "não está resolvendo os problemas que deveria" e por vezes "está criando problemas".Crise Climática: Lula classificou a COP30 em Belém como a "COP da verdade" e alertou que "bombas e armas nucleares não vão nos proteger da crise climática". Trump rechaçou o tema, chamando a mudança climática de "maior golpe já perpetrado no mundo".Israel-Palestina: Lula, embora tenha condenado os ataques do Hamas como "indefensáveis", afirmou que "nada, absolutamente nada, justifica o genocídio em curso em Gaza". Trump argumentou que reconhecer o Estado Palestino seria uma "recompensa muito grande para os terroristas do Hamas".Imigração: Lula criticou o fechamento de fronteiras , enquanto Trump celebrou a repressão à imigração "ilegal" e incentivou outros países a fazerem o mesmo.Para Aprofundar: Sugestões de Filmes, Séries e LeiturasPara explorar os temas de diplomacia, geopolítica e o funcionamento de organismos internacionais discutidos na Assembleia, seguem algumas sugestões:A Intérprete (The Interpreter, 2005): Thriller de Sydney Pollack filmado dentro da sede da ONU em Nova York. A trama oferece um vislumbre fascinante dos corredores, da burocracia e das intrigas de poder que cercam a diplomacia global.Sergio (2020): Cinebiografia sobre o diplomata brasileiro Sérgio Vieira de Mello, estrelada por Wagner Moura. O filme retrata os desafios, sacrifícios e perigos enfrentados por funcionários da ONU em missões de paz em zonas de conflito.No Limite do Amanhã (Edge of Tomorrow, 2014): Embora seja uma ficção científica de ação, o filme aborda a necessidade de uma aliança global (inspirada na OTAN e na ONU) para enfrentar uma ameaça existencial, explorando temas de cooperação e desconfiança internacional.A Diplomata (The Diplomat, Netflix): Série de suspense político que acompanha uma embaixadora americana em meio a uma crise internacional. É excelente para entender a velocidade, a complexidade e as negociações de bastidores que definem as relações entre países, muitas vezes contornando os canais oficiais.Madam Secretary (Prime Video): A série mostra o dia a dia de uma Secretária de Estado dos EUA, lidando com crises que frequentemente acabam no Conselho de Segurança da ONU. Explora a tensão entre o idealismo diplomático e o pragmatismo da política externa.Borgen (Netflix): Esta série dinamarquesa é uma aula sobre negociação política, formação de alianças e a relação entre governo e imprensa. Embora focada na política nacional, seus temas são universais e se aplicam perfeitamente ao ambiente multilateral da ONU.
Minas Gerais tem mais de 3 milhões de pessoas em situação de pobreza e mais de 700 mil em pobreza crônica, que abrange gerações de famílias vivendo com pouco, segundo o CadÚnico, do governo federal. Que políticas públicas podem mudar esse cenário? Além de governos, o que a sociedade pode fazer para se envolver na solução do problema? O assunto está em discussão num fórum técnico, realizado pela Assembleia Legislativa de Minas e é tema desta edição do Politiza. O episódio tem a participação dos repórteres da Rádio Assembleia, Grazielle Mendes e da TV Assembleia, Heitor Peixoto, que conversam com o convidado Bruno Lazzarotti, doutor em Sociologia e coordenador do Observatório das Desigualdades, da Fundação João Pinheiro. Clique no título ou ouça no seu tocador de podcast favorito.
O Governo aprovou, nesta quinta-feira, um novo conjunto de medidas para a área da habitação, confirmando o anúncio que já tinha sido feito pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro. A maioria das medidas é de carácter fiscal, pelo que ainda está dependente de aprovação pela Assembleia da República, mas há também várias alterações ao sector do arrendamento, incluindo a eliminação do conceito de "renda acessível" e a sua substituição pelo conceito de "renda moderada" (que terá como limite os 2300 euros), bem como simplificações nos processos de licenciamento.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Boa terça, angulers! Abrimos o #302 comentando a PEC da Blindagem, que surpreendeu, revoltou e levou a população para a rua na última semana. No segundo bloco, a repercussão no Congresso na política das manifestações do último domingo, que ocorreram em todos os estados do país reunindo artistas, cantores e milhares de pessoas. Por fim, as expectativas para a Assembleia da ONU, que começa nesta terça-feira, e um possível encontro de Lula e Trump já no primeiro dia. Além disso, as dicas culturais da semana: os filmes O Último Azul e A Jeun Bó, a peça O Avesso da Pele, o musical Pérola Negra do Samba e o dia 27 de setembro, dia de Cosme e Damião. Sirva-se! Cortes do episódio em vídeo no @angudegrilo no Instagram e Tiktok! Siga, curta e compartilhe! Edição e mixagem: Tico Pro @ticopro_Redes sociais: Claudio Thorne @claudiothorneCortes em vídeo: Nathália Dias Souza @natdiassouza
Confira os destaques do Jornal da Manhã desta terça-feira (23): O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez nesta terça-feira (23) o discurso de abertura da 80ª Assembleia Geral da ONU, em Nova York, onde líderes mundiais se reúnem para participar da conferência. Reportagem: Igor Damasceno. Comentaristas: Cristiano Beraldo e Thulio Nassa. Durante o discurso, Lula declarou que as sanções do governo Donald Trump contra o Brasil são “injustificáveis”. Ele afirmou que “agressão contra o poder Judiciário é inaceitável” e que a “democracia e a soberania nacional são inegociáveis”. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta terça-feira (23), na ONU, que se reunirá na próxima semana com Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo Trump, o encontro deve tratar das retaliações impostas ao Brasil após o julgamento de Jair Bolsonaro. Ele disse ainda ter tido uma “química excelente” com Lula, a quem chamou de “um cara muito agradável”. Essas e outras notícias você acompanha no Jornal da Manhã. Learn more about your ad choices. Visit megaphone.fm/adchoices
EBD LIÇÕES BÍBLICAS CPAD IEADPE | 3º TRIM 2025 - 13ª LIÇÃO: “ASSEMBLEIA DE JERUSALÉM”
#3em1Agro - confira os destaques desta terça-feira (23/09/25):➡️ Aceno de Trump ao Brasil na Assembleia da ONU mexe com o agro. Confira!➡️ Acordo EUA-China: principal negociador chinês viaja até o Meio-Oeste dos EUA. Entenda efeitos na soja!➡️ Brasil pode atingir novo recorde de exportação de carne bovina em setembro.➡️ Comissão Europeia quer adiar novamente Lei Antidesmatamento que afeta o agro.
Deputados que fogem do partido por "motivos pessoais" e Portugal "o melhor país do mundo" (na cabeça de Marcelo Rebelo de Sousa).See omnystudio.com/listener for privacy information.
A Assembleia da República vai ter duas comissões sobre incêndios. Quais são os contributos que podem dar para melhorar a gestão do território e o lançamento de medidas estruturais? O que é preciso fazer?
Começa nesta terça-feira (23), em Nova Iorque, a 80ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, que começa com clima de tensão entre Brasil e Estados Unidos. O discurso de abertura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve tratar de democracia, multilateralismo, mudanças climáticas e compromissos ambientais do Brasil. O jornalista Ivan Godoy analisou as expectativas para o evento e o papel do país no cenário internacional, destacando ainda que devem ganhar atenção a guerra na Ucrânia, o conflito em Gaza e o reconhecimento do Estado Palestino por mais de 140 países.
A líder do Bloco de Esquerda fez um “ano sabático” da Assembleia, mas será um adeus permanente? E ainda, Mithá Ribeiro está a fugir ou a “safar-se”?See omnystudio.com/listener for privacy information.
O Aos Fatos desta terça-feira (23) destaca o discurso do presidente Lula na 80ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York. No pronunciamento, Lula defendeu o multilateralismo, destacou a importância da soberania nacional e comentou os conflitos entre Israel e Hamas e Rússia e Ucrânia.
O programa Meio-Dia em Brasília desta segunda-feira, 22, fala sobre os atos contra a PEC da Blindagem que ocorreram no final de semana e como isso pode repercutir na tramitação do Projeto de Lei da Anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro.Além disso, o jornal também aborda a aplicação das sanções pela Lei Magnistky à esposa do ministro Alexandre de Moraes, Viviane Barci. A inclusão foi feita durante viagem do presidente Lula a Nova York para participar da Assembleia Geral da ONU. A Assembleia será outro assunto do programa.Meio-Dia em Brasília traz as principais notícias e análises da política nacional direto de Brasília. Com apresentação de José Inácio Pilar e Wilson Lima, o programa aborda os temas mais quentes do cenário político e econômico do Brasil. Com um olhar atento sobre política, notícias e economia, mantém o público bem informado. Transmissão ao vivo de segunda a sexta-feira às 12h. Apoie o jornalismo Vigilante: 10% de desconto para audiência do Meio-Dia em Brasília https://bit.ly/meiodiaoa Siga O Antagonista no X: https://x.com/o_antagonista Acompanhe O Antagonista no canal do WhatsApp. Boletins diários, conteúdos exclusivos em vídeo e muito mais. https://whatsapp.com/channel/0029Va2SurQHLHQbI5yJN344 Leia mais em www.oantagonista.com.br | www.crusoe.com.br
Confira os destaques do Jornal da Manhã desta segunda-feira (22): O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desembarcou em Nova York neste domingo (21) para participar da Assembleia Geral da ONU. Como manda a tradição, o Brasil abrirá os discursos na terça-feira (23). Já na quarta (24), Lula participa da segunda edição do evento Em Defesa da Democracia e Contra o Extremismo, ao lado de líderes de cerca de 30 países, incluindo Gabriel Boric e Pedro Sánchez. Reportagem: Igor Damasceno. A 80ª sessão da Assembleia Geral da ONU começa nesta terça-feira (23), em Nova York, reunindo chefes de Estado de todo o mundo. Entre os principais temas estão o reconhecimento do Estado da Palestina, a busca por um cessar-fogo em Gaza, os esforços pelo fim da guerra na Ucrânia, além de debates sobre paz e segurança internacional.Reportagem: Luca Bassani | Comentarista: Thulio Nassa. O presidente da Argentina, Javier Milei, se encontrará com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nesta terça-feira (23), em Nova York. O encontro ocorre em meio a turbulências no mercado financeiro argentino após derrota em eleição local. Reportagem: Eliseu Caetano. Essas e outras notícias você acompanha no Jornal da Manhã. Learn more about your ad choices. Visit megaphone.fm/adchoices
Em França reina o caos, as manifestações contra os cortes orçamentais agravam as várias crises em que o país se encontra. Por cá, junto à Assembleia da República, André Ventura provocou os participantes de uma manifestação de imigrantes. Ouça a análise de Pedro Delgado Alves e José Eduardo Martins no Antes Pelo Contrário em podcast, emitido na SIC Notícias a 18 de setembro. Para ver a versão vídeo deste episódio, clique aquiSee omnystudio.com/listener for privacy information.
No resumo de notícias de hoje, vamos falar sobre a aprovação da PEC da Blindagem no Congresso que cria um verdadeiro passe-livre para parlamentares e presidentes de partidos cometerem crimes; a articulação do Centrão envolvendo a anistia; a escolha de Eduardo Bolsonaro como líder da minoria mesmo morando nos EUA; os novos capítulos da CPMI do INSS e das investigações sobre emendas parlamentares; as polêmicas envolvendo Lula no artigo publicado no New York Times e as restrições impostas a ministros brasileiros na Assembleia da ONU; além da crise da guerra em Gaza com relatório da ONU acusando Israel de genocídio, as tensões nos Estados Unidos com suspensão do programa de Jimmy Kimmel, sem esquecer de atualizar sobre os protestos no Nepal e outros destaques internacionais.E claro, não poderiam faltar os nossos quadros: Rivo de Ouro, Keeping Up With the Fofoca, Two Dots, Como Vota Deputado, Rapidinhas, Cancelamento da Semana e Realidade Distorcida — sempre com a sua participação aqui com a gente.___Apoie o Rivo! Pix: 54.538.001/0001-13
Fachada da Assembleia ganha iluminação especial verde para destacar a campanha em prol dos direitos dessa população.
A novidade deste ano é a modalidade de caminhada recreativa. Continuam a valer as categorias competitivas de 5 km e 10 km. A prova será neste domingo (21/9).
Reportagem e Edição de Nuno Grave- Milhares de imigrantes realizam manifestação à frente da Assembleia da República;- Jimmy Kemmel foi suspenso da ABC depois de comentários acerca da morte de Charlie Kirk;- Benfica está em negociações com José Mourinho (notícia dada às 13:00).
A Quinta República foi desenhada por De Gaulle para ser estável, mas o esgarçamento das prerrogativas presidenciais por Macron ajudou a pôr o país num ciclo contínuo de crise. Thomás Zicman de Barros, analista político Em meio à convulsão social e à crise política que têm marcado a França, vale tomar recuo. É fácil perder o foco nas intrigas palacianas, nas disputas no Parlamento, nos cálculos eleitorais e no jogo de culpas sobre quem acendeu o estopim de confrontos entre polícia e manifestantes. Quando afastamos a câmera, no entanto, a imagem fica nítida: Emmanuel Macron tem grande responsabilidade na instabilidade de um regime desenhado para ser estável. Como adiantei há duas semanas, na segunda-feira, 8 de setembro, a Assembleia Nacional derrubou o então primeiro-ministro François Bayrou: a confiança no governo foi rejeitada por 364 votos a 194. No dia seguinte, sem surpreender ninguém, Macron nomeou Sébastien Lecornu — um de seus aliados mais próximos — para o cargo. Ainda assim, a cena é espantosa: Lecornu é o quinto primeiro-ministro desde a reeleição de Macron, em 2022. Sim, o quinto — depois de Élisabeth Borne, Gabriel Attal, Michel Barnier e o próprio Bayrou. E os quatro últimos se revezaram só no último ano. Por que isso chama a atenção? Porque a Quinta República foi desenhada por Charles de Gaulle para estabilizar a política francesa, marcada, no pós-guerra, por crises sucessivas. O arranjo institucional levou ao limite o poder presidencial. Antes de chegar ao Palácio do Élysée, François Mitterrand descreveu esse desenho como um “golpe de Estado permanente”, por permitir que presidentes carismáticos tutelassem o Parlamento e contornassem o Legislativo por meio de referendos. Em 2000, a redução do mandato presidencial para cinco anos e a sincronização do calendário com as legislativas reforçaram ainda mais a estabilidade, praticamente eliminando a coabitação — quando o presidente perde a maioria e precisa nomear um primeiro-ministro da oposição. À luz disso, a crise quase permanente dos últimos anos salta aos olhos. É verdade que a turbulência é global. Mas Macron tem contribuído para agravá-la. Desde 2017, ele usa mal a poderosa caixa de ferramentas do presidencialismo francês — a ponto de desgastá-la. Seus predecessores, mesmo fortes, procuravam exercer prerrogativas dialogando com as forças sociais e políticas, os chamados “corpos intermediários”. Macron, jovem, ousado e estreante que por um capricho da história chegou ao topo, escolheu a via oposta. Chegou a descrever os franceses como “gauleses refratários à mudança”, dependentes do Estado, e defendia transformar o país numa “start-up nation” de cima para baixo — o que implicava pouco ou nenhum diálogo com sindicatos, prefeitos e partidos. Esse voluntarismo sem lastro levou à crise dos Gilets jaunes (Coletes amarelos), que incendiou o país entre o fim de 2018 e o início de 2019. Em 2022, veio a façanha: garantir a própria reeleição e, ao mesmo tempo, perder a maioria parlamentar — algo que poucos julgavam possível. Em 2024, ao tentar reverter o quadro com uma dissolução surpresa da Assembleia, reduziu ainda mais a bancada presidencial e agravou a crise de legitimidade. Ao longo de todo esse período, Macron — que em 2019 chegou a evocar De Gaulle para sustentar que um presidente sem apoio popular deveria renunciar, como o próprio fez em 1969 após perder um referendo — recusou-se a mudar de rumo. Preferiu explorar uma Assembleia fragmentada para fazer avançar políticas sem apoio majoritário. O resultado está à vista: em vez de “virar a página” da extrema direita, como havia prometido, os anos de Macron no poder assistiram à normalização e ao fortalecimento desse campo. Enquanto isso, a insatisfação que não encontra saída no Parlamento transborda novamente para as ruas. Lecornu tomou posse em 9 de setembro, na véspera do primeiro ato do movimento “Bloquons tout” (“Vamos bloquear tudo”). E, nesta quinta, 18 de setembro, está previsto o segundo momento da mobilização social, com as principais centrais convocando uma greve nacional. Em resumo: Macron conseguiu pôr uma República desenhada para a estabilidade no centro de um redemoinho. E não importa quantos primeiros-ministros se sucedam: a crise não se resolverá sem conversa, compromisso, concessões — e uma mudança de rumo capaz de reconstruir maiorias populares.
O Panorama podcast dessa semana te convida a sair do sofá e entrar em movimento. O programa vai falar sobre os benefícios das corridas para a saúde física e mental. Atualmente, calcula-se que treze milhões de brasileiros pratiquem a corrida, que já é um dos quatro esportes mais populares do país. O jornalista Fernando Gomes conversa com o fisioterapeuta Ricardo Luiz Carneiro, professor da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional da UFMG (EEFFTO/UFMG) e com o educador físico e maratonista Heleno Fortes, treinador da HF Treinamento Esportivo. Eles explicam quais devem ser os primeiros passos para quem quer iniciar nas corridas e também dão dicas de como manter a motivação e a disciplina para ir sempre melhorando a performance. E você vai conhecer também um pouco da trajetória da taquígrafa Patrícia da Costa Ferreira, uma servidora da Assembleia de Minas que já correu 14 maratonas, entre elas as seis mais famosas do mundo.
Dino suspende emendas Pix de R$ 671 milhões e pede investigação da PF sobre suspeitas. E ‘O Agente Secreto’ é escolhido para representar o Brasil na disputa pelo Oscar.See omnystudio.com/listener for privacy information.
A uma semana da Assembleia Geral da ONU, os ministros Lewandowski e Padilha ainda não têm o visto americano. A concessão da autorização de viagem para brasileiros despencou desde janeiro. O tarifaço de Trump afetou duplamente a indústria de calçados do Brasil. Aumentaram as tensões entre Estados Unidos e Venezuela: os americanos anunciaram o ataque a mais uma embarcação supostamente com drogas. Em cidades do Brasil, carros adaptados são usados como armadilhas para flagrar fraude de combustíveis. Bandidos executaram um delegado que comandou prisões de integrantes do PCC.
*) Esse episódio do Podcast 15 Minutos, apresenta uma discussão sobre as tensões diplomáticas entre o Brasil e os Estados Unidos, focando na política de vistos como instrumento de pressão. A conversa aborda o caso da delegação brasileira à Assembleia Geral da ONU, que enfrentou dificuldades para obter vistos, e o histórico de cancelamentos de vistos para autoridades brasileiras, como o ministro Alexandre Padilha e ministros do STF.
Veja também em youtube.com/@45_graus Patrícia Fernandes é doutorada em Filosofia Social e Política pela Universidade do Minho em 2017, onde é actualmente Professora Auxiliar Convidada. Os seus principais interesses de investigação têm sido Teorias da Democracia, Políticas de Identidade, teorias críticas, História das Ideias Políticas. Tem tomado posição nestes temas nos últimos anos, sobretudo em artigos de opinião no jornal Observador, onde é muito crítica das ideias e das mudanças sociais propostas por esta nova visão política. Miguel Vale de Almeida é professor catedrático de Antropologia no ISCTE. Tem pesquisado questões de género e sexualidade, etnicidade, «raça» e pós-colonialismo, com vários livros publicados em Portugal e no estrangeiro. Além de cronista e escritor, tem sido ativista dos direitos LGBT e foi eleito Deputado à Assembleia da República em 2009, tendo estado envolvido na aprovação do casamento igualitário. _______________ Índice: (3:16) Redes sociais | Antonio Gramsci | Dificuldade do compromisso nestes temas (19:36) Devemos implementar quotas de género ou raciais? (30:02) Direita populista radical (33:54) O aumento da imigração em Portugal (44:02) O que é “ideologia de género”? Construtivismo social Livros recomendados pela Patrícia: White Fragility, de Robin DiAngelo | De Esquerda, Agora e Sempre, de Mark Lilla | Teorias Cínicas de Helen Pluckrose e James Lindsay | A Religião Woke de Jean-François Braunstein | Livro: A Mente Justa de Jonathan Haidt | A Geração Ansiosa de Jonathan Haidt | A Infantilização da Mente Moderna, de Greg Lukianoff e Jonathan Haidt | Memórias da Plantação de Grada KilombaSee omnystudio.com/listener for privacy information.
A França viveu uma semana agitada com a demissão de François Bayrou do cargo de primeiro-ministro depois de não ter obtido o voto de confiança por parte da Assembleia Nacional. No mesmo dia, Emmanuel Macron nomeou um novo chefe do Governo, Sébastien Lecornu, aliado da primeira hora do presidente francês. Nathalie de Oliveira, antiga deputada, do Partido Socialista, à Assembleia da República portuguesa pelo círculo da Europa respondeu às perguntas da RFI sobre o que está a acontecer em França. Após falhar o voto de confiança, François Bayrou demitiu-se do cargo de primeiro-ministro e Emmanuel Macron nomeou Sébastien Lecornu para o substituir. A escolha levanta críticas pela sua excessiva proximidade do presidente da República, segundo a ex-deputada portuguesa Nathalie De Oliveira. “Fiquei preocupada, não acho ser a melhor novidade ou a melhor opção esta nomeação do primeiro-ministro. Sébastien Lecornu, de certeza, de forma pessoal é uma pessoa interessante com percurso muito apegado à eleição do presidente da República e à militância do Emmanuel Macron e à construção do que nós chamamos aqui em França a Macronie. Mas numa altura em que o povo, quem mais ordena, entregou uma mensagem claríssima e em muito particular desde Julho de 2024, quando o presidente da República decidiu eleições antecipadas, o povo não deu maioria a ninguém, deixou claro que não queria, recusava continuar a apoiar as políticas públicas e a forma de governação de Emmanuel Macron. Ficou claríssimo, porque desde a reeleição em 2022 já só vários ministros, primeiros ministros e governos a obedecerem às decisões do presidente da República, que teve maioria em 2017 e a continuar a insistir com decisões que que o povo recusa, reprova e condena. Não é uma boa novidade. Devia ter sido uma pessoa, se não fosse oriunda do movimento Novo Frente Popular. Devia ter sido, de certeza, e temos ainda isso no país, uma oportunidade com curso muito mais neutro, não posso dizer isso, mas que que estivesse em situação de não pertencer tanto à história, à evolução e ao projecto de Emmanuel Macron, isso agora nos próximos 15 dias. Claro que o primeiro-ministro tem uma tarefa dificilíssima de negociação e de tentativa de concórdia nacional a tentar nomear um governo que seja equilibrado e que vá no sentido daquilo que o povo disse.” Com esta situação, construir um governo com personalidades de partidos de esquerda vai ser difícil par o novo primeiro-ministro que representa uma maneira de governar e um projecto que não coincide com a ala esquerda da Assembleia francesa. “A declaração do Olivier Faure (primeiro secretário do Partido Socialista) é límpida. Nenhum socialista participaria num governo que não aplicasse a questão do IRS (Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares) aliviado para quem está a pagar cada vez mais e com ordenados médios. A aplicação da taxa Zucman, a questão de desistir de apoiar empresas que são quase multinacionais nem que tenham sede em França, porque foi apoio da ordem de 210.000 mil milhões de euros a empresas que afinal não recrutaram, não melhoram as condições de trabalho das pessoas, não aumentam ordenados e afinal de contas estão a crescer menos o nível de recrutamento e de condições de vida das pessoas. Uma apresentação de outra forma também de gerir a segurança social, enfim, uma forma de aplicarem mais e melhor redistribuição. As pessoas estão a pagar cada vez mais e não tem retribuição em termos de qualidade de serviço público e de conquista de igualdade, de conquista de melhores condições de vida. Antes pelo contrário, estamos a regredir desde do primeiro e agora do segundo mandado do Emmanuel Macron. Pode haver alguma condição par que o Partido Socialista e outros partidos de esquerda coligarem no novo governo? Eu não acredito muito que aconteça, mas o Sébastien Lecornu pode conseguir convencer e vai ficar logo à prova na questão do orçamento de Estado que tem agora pela frente. A condição é de aplicar uma governação de esquerda. Se não acontecer, a prova de fogo do orçamento de Estado, dos debates e da votação antes do final do ano pode correr muito mal e fazer cair outra vez em tempo recorde, menos três meses, outra vez este primeiro-ministro recentemente nomeado.” No mesmo dia (10 de Setembro) da tomada de posso do novo primeiro-ministro, a França viveu um dia de manifestação por parte do movimento “Bloquons Tout” que tinha como objectivo bloquear economicamente o país. Cerca de 175.000 pessoas manifestaram-se e dentro de uma semana, os sindicatos apelam a uma greve. Segundo Nathalie de Oliveira a maioria dos franceses já não consegue viver neste contexto político e sobretudo económico “É sofrimento, é uma manifestação da angústia, do medo de chegar à última semana do mês e de não ter dinheiro na conta para pagar a gasolina, porque são muitas pessoas a ganhar o ordenado mínimo ou pouco mais do que ordenado mínimo, que estão a viver a 40 km do local de trabalho, talvez um bocadinho.. Pior do que isso, é de não conseguir ter 20 € que sobram para comprar um livro para os filhos ou de não poder os fazer participar numa visita ou numa viagem de escola como qualquer outra criança, que seja a nível primário ou depois no secundário. Em França, uma percentagem muito pequena ganha mais de entre 3 e 4.000 €. Pensamos também que o povo francês é riquíssimo mas o ordenado médio é de 1985 €. Viver com este ordenado é difícil com o aumento do custo do nível de vida, alugueres, créditos, juros, seguros e seguros de saúde, porque há 20 anos tínhamos uma cobertura social muito mais protetora. Não é o caso hoje É um grito. Porque este país também tem riquezas, tem capacidade e potencialidade de voltar a ter uma maior economia.” Este caos político que leva os franceses para a rua para manifestar, é, segunda a antiga deputada, uma consequência da forma de governar de Emmanuel Macron que pensou que um país se podia governar como uma empresa privada. “Emmanuel Macron pensou que o país podia ser gerido como uma startup-nation e não foi, não é o caso, não conseguiu. De facto, pode-se pensar que se gere França com uma startup, uma startup-nation e que que é como uma empresa privada. Não é bem assim, não é bem assim. E é esse grito, essa capacidade de manifestação também tem séculos e deu resultados, em termos de conquista de igualdade de direitos e de proteção de direitos fundamentais adquiridos e de conquista de mais direitos. O direito fundamental de manifestar é constitucional sem defender a violência, acho que não se consegue nada com violência. Isso diz um grande sofrimento, angústia. Para a semana (18 de Setembro) as manifestações são intersindicais e muita gente vai manifestar na rua. Naquele dia o país pode ficar mesmo bloqueado e pode não ser a última vez.”
Veja também em youtube.com/@45_graus Patrícia Fernandes é doutorada em Filosofia Social e Política pela Universidade do Minho em 2017, onde é actualmente Professora Auxiliar Convidada. Os seus principais interesses de investigação têm sido Teorias da Democracia, Políticas de Identidade, teorias críticas, História das Ideias Políticas. Tem tomado posição nestes temas nos últimos anos, sobretudo em artigos de opinião no jornal Observador, onde é muito crítica das ideias e das mudanças sociais propostas por esta nova visão política. Miguel Vale de Almeida é professor catedrático de Antropologia no ISCTE. Tem pesquisado questões de género e sexualidade, etnicidade, «raça» e pós-colonialismo, com vários livros publicados em Portugal e no estrangeiro. Além de cronista e escritor, tem sido ativista dos direitos LGBT e foi eleito Deputado à Assembleia da República em 2009, tendo estado envolvido na aprovação do casamento igualitário. _______________ Índice: (0:00) Introdução (6:42) Quais são as principais ideias desta nova visão de justiça social? E como compara com a esquerda clássica? | Política identitária | Autoridade epistémica | A importância do compromisso. (40:39) Interseccionalidade (44:46) Há uma ideologia “woke”? Cultura e linguagem (1:04:20) A visão conservadora também não é importante? See omnystudio.com/listener for privacy information.
ONU News foi às ruas para saber como uma mulher à frente do maior órgão das Nações Unidas pode ajudar a mitigar crise global; alemã é primeira europeia no posto; última mulher a presidir Assembleia deixou cargo em 2019; tema deste ano é: “Melhor juntos: 80 anos e mais pela paz, desenvolvimento e direitos humanos”.
O presidente da Assembleia, deputado Tadeu Leite, anunciou que a pauta prioritária da Casa está dedicada à discussão de quatro projetos e da PEC do referendo, que põe fim à consulta popular e abre caminho para a privatização da Copasa e da Cemig. Mas, acrescentou que se o referendo for desmembrado, apenas a Copasa pode ser vendida. Em entrevista a Marco Antonio Soalheiro, o jornalista e colunista político, Orion Teixeira, acredita que esse arranjo é parte de uma negociação, porque a “Copasa não tem padrinho”. Orion avalia que o governador Romeu Zema esteve à reboque da construção do Propag, uma iniciativa da Assembleia, abraçada pelo senador Rodrigo Pacheco - e segue agora preocupado com as eleições do próximo ano e a sobrevivência do partido dele, o Novo. O jornalista ainda faz uma leitura das chances e desafios das candidaturas ao governo de Minas, já colocadas: Rodrigo Pacheco, Mateus Simões, Cleitinho e Alexandre Kalil, que ele acha, pode surpreender na disputa.
O diretor do luso jornal em Paris, Carlos Pereira, explica que Macron pode nomear um novo primeiro-ministro ou dissolver a Assembleia.See omnystudio.com/listener for privacy information.
No Comentário Final de hoje, Ricardo Spinosa falou sobre a tão aguardada duplicação da PR-445, que finalmente será concluída até Mauá da Serra. Ele destacou as declarações do deputado estadual Tercílio Turini, que ressaltou os benefícios da obra para a segurança, o escoamento da produção e o desenvolvimento econômico da região, com apoio do governador Ratinho Junior e do presidente da Assembleia, Alexandre Curi.#ComentarioFinal #RicardoSpinosa #PR445 #Duplicacao #Londrina #Tamarana #MauaDaSerra #TercilioTurini #RatinhoJunior #AlexandreCuri
*Fique bem-informado com as notícias do Programa Informativo Agropecuário Semanal de 05 A 10/09/2025*.
A França vive, neste momento, algo que o Brasil conhece: a falta de confiança na política. O país tem enfrentado sucessivas crises nos últimos anos, e o desgaste é visível. Maria Paula Carvalho, da RFI em Paris Ao pedir um voto de confiança no Parlamento na segunda-feira (8), o primeiro-ministro François Bayrou não apenas tenta garantir a governabilidade, mas também convoca a sociedade a um esforço coletivo: cortar € 44 bilhões no orçamento de 2026, num momento em que os franceses já sentem uma queda na qualidade dos serviços públicos. A oposição já disse que não irá renovar a confiança no primeiro-ministro francês, abrindo uma nova etapa excessivamente delicada para o presidente Emmanuel Macron, que já teve seis chefes de governo em oito anos. Com essa instabilidade, somada à insatisfação que vinha desde o movimento dos "coletes amarelos", em 2018, os franceses perderam a confiança em relação à capacidade dos políticos de resolver os problemas. A cólera dos "coletes amarelos" — que surgiu em 2018 como expressão da insatisfação de muitos franceses — continua presente no imaginário coletivo. Eles denunciam uma desconexão entre o sistema político da vida cotidiana dos cidadãos. O que só piora em um ambiente de desinformação e fake news. Recentemente, por exemplo, circularam boatos sobre um possível confisco da poupança, após a divulgação de projetos de investimento em defesa. Alguns usuários nas redes sociais chegaram a comparar ao confisco da poupança no Brasil, em 1990. As autoridades francesas desmentiram categoricamente essa possibilidade. Diante desse clima de insegurança, sem visão sobre o futuro, os franceses decidiram guardar dinheiro no banco, pararam de consumir supérfluos. Segundo balanço oficial do Banco da França, no final de junho, os franceses tinham cerca de € 5,4 bilhões em poupança e outros tipos de aplicação financeira tradicionais. Por terem medo de uma nova crise financeira, também parecem menos dispostos a colaborar para um plano de ajuste fiscal. Eles denunciam uma desconexão entre o sistema político e a vida cotidiana. Aos olhos de muitos, o Parlamento e o governo francês perderam a capacidade de representar os interesses reais da população. O discurso político parece cada vez mais distante da realidade. Um ano após a dissolução da Assembleia Nacional pelo presidente Emmanuel Macron, e a formação de sucessivos governos de coalizão que frustraram parte do eleitorado — tanto da direita, quanto a esquerda — a população demonstra crescente descrédito. Manifestações marcadas Um dia de paralisação nacional está marcado para quarta-feira (10), e os sindicatos já convocaram outro dia de mobilização para 18 de setembro. O objetivo é expor a decepção e a contrariedade diante de uma classe política que, aos olhos de muitos, perdeu a capacidade de representar os interesses reais da população. Segundo o Barômetro de Confiança Política, publicado em fevereiro de 2025, apenas 26% dos franceses confiam na política — um dos índices mais baixos da Europa. Atrás da Alemanha (47%) e da Itália (39%). Apenas 23% confiam no presidente da República, e 27% no primeiro-ministro. A Assembleia de Deputados tem apenas 24% de aprovação e a população tem a impressão de ser sacrificada há anos. A proposta do governo de eliminar dois feriados, a Páscoa e o 8 de maio (data que marca a vitória dos Aliados contra a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial), foi considerada como a "gota d'água”, depois de cortes no funcionalismo público, das reformas do seguro-desemprego e das aposentadorias. O governo também sinalizou com o aumentando da jornada de trabalho para 36 horas semanais, o que piorou o descontentamento. Ninguém parece disposto a trabalhar mais, sem ser pago, como propôs o primeiro-ministro. O endividamento francês e a credibilidade do país A meta é reduzir o déficit público para 4,6% do PIB em 2026 — uma queda em relação aos 5,4% previstos para 2025. Reequilibrar as contas públicas é mais do que uma questão contábil: tem impacto direto na soberania nacional. O elevado nível de endividamento levanta dúvidas sobre a credibilidade da economia francesa no cenário internacional. Atualmente, a dívida pública representa cerca de 114% do PIB, o que coloca a França como a terceira mais endividada da zona do euro, atrás apenas da Grécia e da Itália. Quem pagará a conta? Entre as pistas apresentadas para conter o que o governo chama de "maldição do superendividamento", está o congelamento das despesas públicas por um ano. No entanto, ainda não está claro qual será a abrangência dessa medida e quais setores serão afetados. Com a inflação estabilizada em torno de 1%, o governo apresenta o congelamento como uma forma de mobilizar todos os franceses em um esforço coletivo para reequilibrar as contas públicas. A oposição insiste na necessidade de uma cobrança mais incisiva sobre os mais ricos. Ao apresentar as linhas de seu projeto em 15 de julho, o primeiro-ministro François Bayrou mencionou brevemente o tema, propondo uma contribuição excepcional voltada aos mais afortunados: um “imposto de solidariedade” para essa faixa da população. No entanto, nenhuma estratégia concreta foi detalhada, o que gerou críticas sobre a falta de transparência e profundidade da proposta. Mas o equilíbrio das contas fica mais difícil quando o orçamento da Defesa precisa aumentar porque a conjuntura internacional mudou. O presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou um aumento do orçamento para Defesa: serão € 3,5 bilhões adicionais em 2025 e mais e 3 bilhões em 2027, com o objetivo de atingir um total de € 64 bilhões por ano. A medida busca fortalecer a capacidade militar da França diante de ameaças externas, incluindo a representada pela Rússia. Os europeus estão com medo com perspectiva de os Estados Unidos reduzirem a proteção que dão à Europa desde o fim da Segunda Guerra. E o conflito na Ucrânia, sem solução a curto prazo, exige investimentos do bloco. Estabilidade política Todas essas propostas têm impacto no campo financeiro, mas também na estabilidade política. Antes de François Bayrou, em dezembro do ano passado, Michel Barnier renunciou ao cargo após a aprovação de uma moção de censura pela Assembleia Nacional. Sua proposta de orçamento havia sido rejeitada, evidenciando a fragilidade política do momento. Agora é a vez de Bayrou tentar mostrar que tem margem de manobra. Mas o cenário é desfavorável: os principais partidos — da extrema direita à esquerda radical — já anunciaram que não pretendem apoiá-lo. A governabilidade depende de negociações delicadas e de uma capacidade de articulação que será posta à prova nos próximos dias. Alguns analistas chegaram a classificar a proposta como um “suicídio político” do primeiro-ministro. Bayrou, que passou boa parte de sua carreira alertando os franceses sobre os riscos da dívida pública, completa oito meses à frente do governo apostando todas as fichas em um plano de ajuste fiscal. Mesmo que isso lhe custe o cargo, ele parece determinado a enfrentar o desafio — convencido de que o país precisa de uma virada estrutural. Parlamento dividido O primeiro-ministro francês vai à Assembleia Nacional defender sua proposta, na tentativa de convencer um Parlamento profundamente dividido. Ao contrário do que acontece no Parlamento Europeu, onde as oposições conseguem formar consensos, o cenário francês é marcado por fragmentação e embates ideológicos. A estratégia política tem sido marcada mais por confrontos e apego a posições individuais do que articulações entre os diferentes partidos. É por isso que muitos analistas já preveem a queda do primeiro-ministro, caso o cenário não mude. A falta de diálogo e de apoio parlamentar pode comprometer a viabilidade do projeto — e, com ele, a permanência de Bayrou no cargo. O mandato do presidente Emmanuel Macron termina em 2027 e ele pode convocar novas eleições. Muitas vozes nesse momento defendem a renúncia do presidente. Macron descarta deixar o cargo antes do prazo e a Constituição garante que ele permaneça até o fim de seu mandato.
O pastor Cláudio Gama, da Assembleia de Deus Cristo em Vós a Esperança da Glória (ADCEVEG), traz uma palavra baseada em Provérbios 3: 5-6. Deus nos ensina a confiar n'Ele de todo o coração e a não nos apoiarmos em nosso próprio entendimento. Quando entregamos os nossos caminhos ao Senhor, Ele dirige cada passo e nos conduz em segurança pela Sua vontade perfeita. Curta e compartilhe este podcast.
É pelo peso simbólico do estatuto de deputada à Assembleia da República que Mariana Mortágua vai integrar uma flotilha humanitária internacional com destino a Gaza. A deputada única do Bloco de Esquerda segue numa delegação portuguesa que inclui a actriz Sofia Aparício e o activista Miguel Duarte numa jornada que se prolongará por duas semanas e faz questão de dizer que a “viagem é sobre Gaza” e não sobre quem nela participa.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Ao repetir que não renunciará, Emmanuel Macron reforça exatamente a hipótese que tenta afastar. Entre a queda anunciada de François Bayrou, a pressão das ruas e a ausência de maioria parlamentar, o presidente francês se vê cada vez mais isolado. Thomás Zicman de Barros, analista político Poucas frases são tão perigosas na boca de um governante quanto “não vou renunciar”. Quando precisa pronunciá-la, é porque a ideia já circula no ar. Afinal, se a renúncia fosse impensável, por que mencioná-la em voz alta? A política, como a psicanálise, tem esse paradoxo: quanto mais se tenta negar, mais a hipótese ganha corpo. Na semana passada, diante da crise política que se agrava na França, Emmanuel Macron repetiu que cumprirá até o fim o mandato que lhe foi confiado. Mas, ao insistir nisso, deixa entrever que o contrário — sua queda antecipada — ronda os bastidores da Quinta República. O desmentido de Macron vem em meio à crise que ameaça derrubar seu premiê, François Bayrou. O primeiro-ministro se vê acuado tanto no Parlamento quanto nas ruas. A crise parlamentar tem data marcada: Bayrou pediu que a Assembleia Nacional lhe dê um voto de confiança no dia 8 de setembro diante das dificuldades pressentidas em aprovar um orçamento austero — cortes de gastos, supressão de feriados, medidas justificadas em nome de uma crise fiscal. Ele sabe, porém, que a chance de conseguir esse apoio é quase nula — não menos porque a crise fiscal é responsabilidade dos próprios macronistas, que governam o país faz oito anos —, e que será levado a entregar o cargo. É curioso notar que o dia da iminente queda de Bayrou foi escolhido para reduzir danos: em 10 de setembro está agendado o grande movimento de protesto Bloquons tout (Bloqueemos tudo), comparado aos Gilets jaunes (Coletes amarelos), que, com apoio sindical, promete parar o país. A aposta do governo é que a saída do premiê na véspera esvazie a mobilização. Apenas a saída de Bayrou, porém, não reduz as dificuldades de Macron. Talvez apenas as acelere num ritmo mais contido. O problema é mais profundo. Desde sua reeleição em 2022, ele nunca contou com maioria sólida, nem parlamentar, nem social. A dissolução surpresa do parlamento, em 2024, que pretendia virar o jogo, apenas agravou a fragilidade, reduzindo ainda mais sua base e produzindo um legislativo fragmentado. Apesar da instabilidade, o presidente não aceitou rever sua linha programática, insistindo em reformas e austeridade que parecem cada vez mais em descompasso com os anseios dos cidadãos. Macron insiste que não deseja nova dissolução, porque o país precisa de estabilidade. Mas ele e seus partidários temem, acima de tudo, repetir uma dissolução que apenas reduza ainda mais seus assentos, intensificando a paralisia do país e a impopularidade do presidente. Com a queda do governo Bayrou — o quarto desde 2022, um recorde na Quinta República, concebida justamente para garantir estabilidade política —, Macron provavelmente buscará nomear outro premiê do seu campo capaz de costurar alianças mais amplas. É provável que, em troca de apoio, ofereça concessões cosméticas, celebradas como grandes vitórias pela direita e pelos socialistas – e descumpridas tão logo a crise imediata esteja contida. Mas sem inflexões na sua política, e diante da pressão das ruas, a equação pode não fechar. E, caso mais um governo caia ou o orçamento não seja aprovado, o presidente poderá ser empurrado a dissolver novamente a Assembleia e convocar eleições antecipadas. A extrema direita e a esquerda radical, que lideram as forças de oposição, parecem as mais interessadas em colocar o presidente contra a parede. Não querem, sobretudo, parecer em descompasso com a onda de protestos que prometia eclodir. Mas a verdade é que os cálculos políticos de todos os lados são arriscados, e nenhum campo está em posição confortável. Todos os partidos já estavam com as energias voltadas para as eleições municipais do próximo ano e se veem pouco preparados para legislativas antecipadas. A extrema-direita veria vantagem em ampliar sua bancada, mas não tem resposta para a inelegibilidade de Marine Le Pen, sua líder incontornável. A esquerda radical, por sua vez, aposta no cenário inverso: busca agravar a crise para precipitar a queda de Macron e abrir caminho a uma eleição presidencial, na qual Jean-Luc Mélenchon, em campanha permanente, poderia enfim se impor. No curto prazo, porém, legislativas antecipadas tenderiam a resultar em incerteza, já que a esquerda segue marcada por suas fraturas expostas — sobretudo entre a França Insubmissa e os socialistas — e, se disputar desunida, corre o risco de perder assentos. As crises políticas constantes na França, no Parlamento e nas ruas, revelam um presidente em descompasso com o país. Mais do que isso, expõem uma crise de regime: um sistema que permite a governantes insistirem em sua linha política mesmo contra amplas parcelas da população. De fato, a Constituição francesa protege Macron. Não há mecanismos que o obriguem a renunciar, e é improvável que ele o faça. O cenário mais plausível é o de um presidente administrando a ingovernabilidade como pato manco até o fim do mandato, daqui a um ano e meio. Mas o simples fato de ter que negar a renúncia já é, em si, sinal de que seu poder vacila.
Nesta segunda-feira, o Primeiro-Ministro francês, François Bayrou, anunciou a intenção de se submeter à votação de uma moção de confiança no Parlamento a 8 de Setembro, no âmbito da discussão do seu plano de rigor prevendo poupanças de 44 mil milhões de Euros. Este plano cujo intuito declarado é lutar contra o défice Record do Estado francês tem levantado objecções não só por parte da oposição, como dos sindicatos que apelam a uma greve geral a 10 de Setembro. Com um défice de 5,8% do seu Produto Interno Bruto, ou seja praticamente o dobro dos 3% autorizados ao nível da União Europeia, a França tem actualmente a terceira dívida pública mais importante, a seguir à Itália e à Grécia, ao nível da Zona Euro. Para remediar a esta situação, no seu projecto de lei de finanças para 2026, Bayrou propôs nomeadamente congelar as prestações sociais, bem como os escalões dos impostos, sem ajustamento à inflação, ou ainda suprimir dois dias feriados, o que desde logo encontrou uma forte oposição. Perante uma quase inevitável moção de censura e uma sanção da rua, com sondagens a indicar que 84% da população é contra o seu plano, Bayrou apostou ontem numa moção através da qual pretende que fique assente a necessidade de uma reforma ao nível da gestão das contas públicas. Mas a aposta, para já, fracassou, com os partidos de esquerda e também a extrema-direita a dizerem de antemão que vão rejeitar a moção de confiança. Todos os cenários estão, por conseguinte em aberto, diz o professor de economia na universidade de Paris Dauphine, Carlos Vinhas Pereira, ao dar conta de um contexto económico difícil. RFI: Como está a economia da França neste momento? Carlos Vinhas Pereira: Em termos de endividamento não pode haver pior. Ou seja, estamos com quase 6% do PIB. Em termos de endividamento, houve um aumento enorme por vários factores, o covid e as medidas sociais que foram tomadas pela França. E hoje em dia estamos com 3.300 mil milhões Euros de endividamento e estamos neste momento simplesmente a pagar os juros. Estamos com 50 mil milhões, que é o segundo orçamento do Estado francês. Ou seja, em termos de pagamento da dívida, só unicamente os juros. Portanto, podemos dizer que esta situação, efectivamente, começa a ser alarmante. Mesmo em termos de poder continuar a pedir créditos, porque os actores internacionais, claro, que vêem esta situação e que os dados económicos, o crescimento da economia francesa e o orçamento não estão em adequação. Ou seja, continuamos a ter défices orçamentais. O Governo exprimiu o facto de que precisa de 40 bilhões e o objecto do próximo orçamento que ele queria apresentar e que afinal já sabia que seria com certeza chumbado, porque não tem a maioria, simplesmente por isso. E antes de ter um voto negativo durante o orçamento, decidiu pedir a confiança dos deputados numa audiência extraordinária. E assim seria "ou fazem confiança e continua, ou não fazem confiança e nem vai apresentar o orçamento." RFI: As opções que ele apresentou nestas últimas semanas de, por exemplo, congelar as prestações sociais, de desistir de dois dias feriados e de eventualmente também haver a possibilidade de "comprar" a quinta semana de férias anuais, isto suscita a oposição não só dos sindicatos como da própria população. Isto era uma opção acertada para combater este défice orçamental? Ou havia outras hipóteses? Carlos Vinhas Pereira: Havia outras hipóteses, claro. A opção que ele tomou, foi uma opção para ver se conseguia ir recuperar dinheiro, tentar reformar o Orçamento do Estado. Ou seja, neste tipo de orçamento não há nenhuma poupança. Não há poupança no funcionamento do Estado. Não há poupanças em termos sociais. Só podemos dizer impostos. Ou seja, de uma certa maneira, quando se faz este tipo de propostas é simplesmente para não estar a fazer as reformas que são necessárias ao nível do governo francês, porque senão não resolvemos a situação da França, ou seja, o facto de ter um défice estrutural. Não haverá maneira de resolver nem o problema do endividamento, nem o problema da economia francesa. Portanto, podemos dizer que são medidas que não têm uma certa lógica, que são tomadas para não ferir tanta gente. Mas mesmo assim, consegue ferir, por exemplo, as pessoas que vão dar dois dias de férias. Obviamente, os franceses, dar dois dias sem ter a remuneração, ele podia já prever o descontentamento da maioria das pessoas. Agora ele não tem também soluções que lhe permitem poder avançar sem estar a pôr em causa toda a estrutura do orçamento e, sobretudo, o orçamento social. O Orçamento, em termos de impostos, já não pode ir mais longe porque já estamos a atingir níveis completamente fora. A França é o país que tem a taxa de imposição mais elevada do mundo. Portanto, nem pode subir os impostos. Não quer ou não pode? Difícil responder a esta pergunta. Há medidas de poupança a nível do custo da gestão do Estado e do custo social que o Estado francês tem neste momento. Portanto, podemos dizer que estamos num impasse e que se não houver uma maioria na Assembleia que lhe dê as possibilidades de poder realmente fazer uma reforma de fundo do orçamento francês, não haverá soluções ou haverá remendos que ele vai pôr de vez em quando, ou outro, pode ser outro também que faça a mesma coisa. Mas que venha outro, será a mesma coisa. A Assembleia da República Francesa está dividida de uma tal forma, que não há possibilidade de haver um consenso sobre uma verdadeira reforma do Estado francês. RFI: Relativamente ao anúncio que ele fez ontem de se submeter a um voto de confiança a 8 de Setembro, isto pode ser interpretado de alguma forma como uma espécie de "suicídio político", porque ele com certeza calculou que nem o Partido Socialista, que até agora o tem apoiado implicitamente, iria votar a moção de confiança. Carlos Vinhas Pereira: Sim, há dois dados que ele sabe. Portanto, ele viu quando ele anunciou as medidas que toda a esquerda estava à espera. Mas agora, já houve oficialmente a resposta. Toda a esquerda vai dizer "não". A extrema-direita também não concordava pelo facto de haver mais impostos. Portanto, ele já sabia que o orçamento seria chumbado. Também sabia que no dia 10 de Setembro há a preparação de uma manifestação, uma greve geral em França que também não o vai ajudar a poder depois validar o orçamento. Eu não vou chamar a isto um "suicídio", mas é uma maneira de sair mais nobre. Ele é que perde a confiança, não a tem. Portanto, vai-se embora em vez de ser chumbado numa proposta que ele fez ao Parlamento. RFI: Relativamente aos cenários possíveis, até no próprio governo há vozes que já pensam no pós-Bayrou. Quais são os cenários possíveis? Uma dissolução do Parlamento ou a nomeação de um novo Primeiro-Ministro? Carlos Vinhas Pereira: Há três soluções, a dissolução. Só o Presidente pode decidir fazer esta dissolução. O Presidente também pode nomear outra pessoa. Depois estão a pensar no Sébastien Lecornu (actual ministro da defesa) que estava também citado ao mesmo tempo que Bayrou quando foi nomeado Primeiro-Ministro. Será a mesma coisa, porque vão ter que se pronunciar sobre o orçamento e o orçamento, se não houver medidas estruturais, também será difícil de passar. E também não vão ter mais maioria do que se tinha. Portanto, vamos nos encontrar também no mesmo impasse. Terceira solução também está nas mãos do Presidente, que é de sair e de passarmos directamente às eleições presidenciais para resolver uma vez por todas este impasse. Agora tudo depende do Presidente Macron nas três possibilidades, nos três cenários. Só ele é que vai decidir. E ele aparentemente anunciou que não queria sair, que queria ir até 2027. Portanto, eu acho que pronunciando a dissolução, vai ter o risco de ter outra maioria que não seja a dele, porque neste momento está a pôr Primeiros-Ministros que são mais da família dele do que outra. Portanto, aí é que ele vai ter que tomar uma decisão difícil. Mas só ele é que vai poder resolver este problema. E a partir do dia 9 de Setembro, vai ter que tomar esta decisão. RFI: E relativamente às consequências imediatas de seja qual for o cenário, governo de gestão ou dissolução do Parlamento ou eleições antecipadas? Todos os cenários estão em aberto. Mas isto, em termos de 'timing' para a adopção desse famoso orçamento, é muito complicado. Carlos Vinhas Pereira: Isto é muito complicado. Agora, a Constituição prevê soluções, ou seja, enquanto se fazem eleições ou enquanto se encontra soluções, pode ser adoptado o orçamento do ano anterior, para continuar a pagar os professores, para continuar a pagar as reformas. Portanto, isto está previsto, mas depois, a partir do prazo máximo do mês de Fevereiro, tem que haver um novo orçamento para o ano de 2026 e este novo orçamento será feito ou com um novo governo que será nomeado pelo Presidente Macron, ou um novo governo que será o resultado de novas eleições legislativas em França. Também vai ter como consequência do adiamento das eleições autárquicas que estavam previstas para Março em França. Portanto, estas eleições municipais vão ser adiadas normalmente para Junho ou Julho. Portanto, vai haver esta consequência também ao nível local. RFI: Tendo em conta tudo o que acabamos de dizer, a seu ver, qual é o cenário mais provável? Carlos Vinhas Pereira: Eu acho que o cenário mais provável vai ser a dissolução a ser anunciada pelo Macron e novas eleições, com certeza. De uma maneira ou de outra, pode haver uma vitória da extrema-direita, se não houver um consenso do lado esquerdo. Nomear, portanto, o Jordan Bardella (líder da União Nacional) como Primeiro-Ministro até às eleições presidenciais. Atenção, pode ser uma vontade do Macron, ou seja, de "queimar" a extrema-direita, pondo as pessoas a governar e ver o resultado. E o resultado, com certeza, que estará também nas ruas. Haverá, com certeza, manifestações todos os dias e eu acho que é uma maneira também de os pôr em confronto com o poder, antes das eleições presidenciais. Isto é um cenário que eu estou a ver agora. Posso enganar-me, mas pode ser também uma estratégia do Macron.
O convidado do programa Pânico dessa segunda-feira (04) é Marcel van Hattem.Marcel van Hattem é cientista político, jornalista, deputado federal, vice-líder da oposição no Congresso Nacional e coordenador da Comissão de Danos Causados pelas Enchentes no Rio Grande do Sul.Nascido 8 de novembro de 1985, Marcel van Hattem possui bacharelado em Relações Internacionais e especialização em Direito, Economia e Democracia Constitucional, ambos pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Obteve o grau de mestre em Ciência Política pela Universidade de Leiden, em Jornalismo, Mídia e Globalização pelas Universidades de Aarhus, na Dinamarca, e de Amsterdã, na Holanda e é egresso do Programa de Liderança Política, Social e Empresarial da Georgetown University em Washington, D.C., Estados Unidos. Iniciou carreira profissional como entregador de jornais e posteriormente tornou-se repórter no Jornal Dois Irmãos. Foi colaborador convidado da Revista Voto e contribuiu com artigos de opinião e matérias para diferentes órgãos da imprensa brasileira, incluindo Zero Hora, Jornal do Comércio e O Estado de S. Paulo. Atuou na divisão internacional do Ministério dos Assuntos Econômicos, Agricultura e Inovação do Reino dos Países Baixos, em Haia e fundou a Argumento – Consultoria para Líderes de Expressão. Foi eleito em 2004, aos 18 anos, vereador de Dois Irmãos. Concorreu a deputado estadual e foi diplomado, em 2014, como primeiro suplente do Partido Progressista (PP), exercendo mandato de fevereiro de 2015 a março de 2018 como o deputado mais novo da Assembleia do Rio Grande do Sul. Notabilizou-se por proferir no Parlamento gaúcho discursos a favor das ideias de liberdade e contra ideologias estatistas e coletivistas.Uma seleção dos seus mais impactantes pronunciamentos, comentados, foi publicada no seu livro “Somos Nós Com Uma Voz: do megafone à tribuna em defesa da Liberdade, do Estado de Direito e da Democracia”, lançado pela LVM Editora. Em março de 2018 filiou-se ao Partido Novo, legenda pela qual se elegeu deputado federal mais votado do Rio Grande do Sul, com 349.855 votos. Desde então, sua atuação no âmbito federal foi pautada no combate à corrupção, diminuição do Estado e maior liberdade aos brasileiros.Seu mandato é marcado por intensa atuação legislativa: extinção do fundo eleitoral, Reforma da Previdência, apoio à Lei de Liberdade Econômica, defesa da prisão em segunda instância, apoio à reforma tributária, fim de honorários de sucumbência dos advogados públicos, defesa do Código de Defesa do Empreendedor, defesa para utilização do FGTS na compra de segundo imóvel, pena dobrada para atos de corrupção durante a pandemia, fim da imunidade parlamentar em casos de prisão em flagrante de parlamentares que cometerem crimes contra administração pública, entre outros. É autor do requerimento de criação da CPI do Abuso de Autoridade do STF e TSE, que já conquistou as 171 assinaturas necessárias e já foi protocolada.Redes Sociais:Instagram: https://www.instagram.com/marcelvanhattemTwitter: https://x.com/marcelvanhattemFacebook: https://www.facebook.com/marcelvhYouTube: https://www.youtube.com/@MarcelvanHattemOficial
O governo aprovou em Conselho de Ministros um anteprojecto para alterar mais de 100 artigos do Código Laboral e já o apresentou na Concertação Social. O processo começou agora e vai terminar na Assembleia da República, onde o executivo tem de garantir apoio maioritário. AD e Chega voltarão a fazer o caminho de mãos dadas? Neste episódio, conversamos com a jornalista Cátia Mateus.See omnystudio.com/listener for privacy information.
O presidente da Assembleia da República diz que temos de ter a “capacidade de ouvir a coisa mais abjecta”. Nomes de crianças do pré-escolar, para as apontar a dedo como indesejáveis, contam? Como classificar a indignação por haver crianças a irem à escola? Entretanto, na câmara de Oeiras, a filha do presidente está ao serviço da autarquia há anos como psicóloga dos funcionários. Que tal estamos de incompatibilidades? E em que momento pode um jornalista tornar-se notícia? Se Sócrates critica a comunicação social, pode a comunicação social dizer que se recusa a “dar-lhe palco”? A capacidade de ouvir certas coisas está muito mal distribuída. See omnystudio.com/listener for privacy information.
Lembram-se do “não é não” do PSD ao Chega? “Habituem-se”. A nova aliança da direita portuguesa, o estado da Saúde e o tenso julgamento de Sócrates em debate no Eixo do Mal em podcast com Daniel Oliveira, Luís Pedro Nunes, Pedro Marques Lopes e Clara Ferreira Alves. O PSD, Chega e CDS garantiram a aprovação, até 16 de julho, de dois diplomas controversos sobre imigração: a nova Unidade de Estrangeiros e Fronteiras e a alteração à lei dos estrangeiros. A votação foi acelerada com apoio da direita e sob protestos da esquerda, que acusou a maioria de “atropelar” o funcionamento parlamentar e de ignorar potenciais inconstitucionalidades, nomeadamente na revisão da lei da nacionalidade, a ser encerrada apenas em setembro. O PS apelou ao presidente da Assembleia para intervir, mas José Pedro Aguiar-Branco limitou-se a admitir que podem existir riscos legais nos textos. PSD e aliados justificaram a urgência com o argumento de que adiar as leis estimularia a imigração descontrolada, o que o CDS classificou como “efeito de chamada”. No auge da tensão, Hugo Soares respondeu com a frase “Habituem-se”, replicando António Vitorino. O Eixo do Mal foi emitido na SIC Notícias a 10 de julho.See omnystudio.com/listener for privacy information.