Podcasts about iraque

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Esportes
Ancelotti analisa estreia do Brasil contra o Marrocos e alerta para grupo desafiador na Copa de 2026

Esportes

Play Episode Listen Later Dec 7, 2025 6:44


O caminho do Brasil na fase de grupos da Copa de 2026 já está traçado. O sorteio realizado pela Fifa em Washington, nos Estados Unidos, colocou a seleção brasileira no grupo C para enfrentar Marrocos, Escócia e Haiti. Marcio Arruda, da RFI em Paris A federação internacional de futebol também definiu que o Brasil vai estrear na Copa do ano que vem contra o Marrocos no dia 13 de junho, às 19h (horário de Brasília), em Nova York. No dia 19, a seleção encara o Haiti, às 22h, na Filadélfia. O último duelo da fase de grupos será diante da Escócia, em Miami, às 19h do dia 24 de junho. Na última sexta-feira (5), a Fifa realizou o sorteio que definiu os 12 grupos da próxima Copa do Mundo. Após esta definição, o técnico da seleção, Carlo Ancelotti, falou sobre os adversários que o Brasil vai enfrentar na Copa. O treinador destacou a boa fase do Marrocos. “É um grupo muito difícil porque o Marrocos tem jogado muito bem. No mundial, a seleção marroquina melhorou e tem mais conhecimento e experiência do torneio. No futebol, tem obtido ótimos resultados. É uma equipe muito sólida, com diferentes características. O Marrocos tem uma organização defensiva muito boa”, alertou Ancelotti. Brasil e Marrocos já se enfrentaram em Copas do Mundo. Na única vez, em 1998, o Brasil venceu por três a zero, no jogo que Ronaldo Nazário marcou o primeiro de seus 14 gols em mundiais. Mas aquela seleção de Marrocos era bem diferente da atual equipe africana, que foi semifinalista na Copa de 2022, tendo conquistado o melhor resultado de uma seleção africana na história do torneio. O jornalista do Grupo Globo e apresentador do programa Seleção SporTV, André Rizek, também elogiou a seleção africana. Respeitando, mas sem medo “Inegavelmente, o Marrocos é a seleção que desperta um cuidado maior para o Brasil no grupo C. É semifinalista de Copa do Mundo; foi a primeira vez que uma seleção africana chegou a uma semifinal de Copa. E eles mantiveram o bom momento depois do mundial. O Marrocos enfrentou o Brasil num amistoso, que foi o primeiro jogo das duas seleções depois da Copa de 2022, e venceu por dois a um. Na última Copa, o país tinha 23 dos 26 jogadores atuando na Europa. E a base foi mantida. O Marrocos tem laterais melhores do que o Brasil, tem um baita goleiro, que é o Yassine Bounou, e trouxe o Brahim Díaz, que faltava para o ataque daquele time. É, sem dúvida, o grande desafiante do Brasil. Eu não digo que é para o Brasil ter medo, mas, com certeza, é para entrar em campo com respeito para enfrentar a seleção marroquina”, afirmou Rizek. Depois da partida contra os marroquinos, o Brasil volta a campo para o jogo diante do Haiti. Será a primeira vez que os dois países vão se enfrentar em uma Copa. “Honestamente, eu não conheço muito o Haiti. Sei que é a segunda vez que joga uma Copa do Mundo, depois de 1974, quando jogou contra a Itália e perdeu de três a um. Teremos tempo para estudarmos e nos prepararmos para essa partida”, disse o treinador italiano da seleção brasileira. O jornalista André Rizek, que tem grande experiência na cobertura de Copas do Mundo desde 1998, foi além. Saco de pancadas “Seleções como Haiti, Cabo Verde, Curaçao e Uzbequistão vão disputar a Copa do Mundo para ganhar experiência. Talvez até sofram grandes goleadas e vão comemorar demais se conseguirem fazer um gol. Então, o Haiti vai ser o saco de pancadas do grupo, sem dúvida alguma. Esse jogo não é para o Brasil se preocupar esportivamente porque todo mundo no grupo vai somar três pontos”, disse o jornalista do grupo Globo. Ancelotti afirmou que está “contente de jogar contra o Haiti porque o Brasil fez o Jogo da Paz, em 2004, que foi organizado pela ONU. Então, estamos contentes de enfrentar o Haiti”. Cenário diferente, mas nada assustador em relação ao adversário europeu. Essa é a opinião de Rizek. Invicto contra escoceses “A Escócia é uma velha conhecida do Brasil em Copas do Mundo. O Brasil encarou os escoceses na fase de grupos em 1974 e foi zero a zero. Em 1982, foi quatro a um de virada. Aí voltamos a nos enfrentar em 1990 com aquela vitória por um a zero com gol do Muller. E, em 1998, na estreia da Copa da França, deu Brasil com placar de dois a um. Eu cito o histórico porque é o que deve acontecer nesse mundial de 2026. Não vejo como a Escócia possa complicar muito a seleção brasileira. A gente, aqui no Brasil, adora a torcida escocesa, que é animada e admira o futebol brasileiro. Mas é muito difícil imaginar qualquer desfecho que não seja uma boa vitória do Brasil contra os escoceses”, concluiu o jornalista. Já o técnico Ancelotti prega cautela em relação à seleção escocesa. “A Escócia fez boas apresentações em seus últimos jogos e se classificou diretamente para o mundial, sem passar pela repescagem da Europa, o que é sempre muito complicado. Habitualmente, as equipes escocesas trabalham muito bem o aspecto físico”, opinou Ancelotti. “Não tenho dívida com ninguém” O treinador falou que o grupo de 26 jogadores não está fechado e que só vai definir a lista final perto da data da convocação para a Copa, em maio. “Eu entendo que todos estão muito interessados em Neymar, mas eu quero esclarecer que estamos em dezembro e a Copa é em junho. Eu só vou escolher a equipe que vai ao mundial em maio. Se Neymar merecer estar na lista, se ele estiver bem, melhor do que outros, ele vai jogar a Copa do Mundo e ponto. Não tenho dívida com ninguém”, garantiu Carlo Ancelotti. A Copa do Mundo de 2026 vai ser disputada pela primeira vez em três nações: Estados Unidos, México e Canadá. Aliás, o México será o primeiro país a sediar três Copas; os mexicanos organizaram os torneios de 1970 e de 1986. E será justamente o México que fará o jogo de abertura. No dia 11 de junho, a seleção mexicana entrará no gramado do estádio Azteca para medir forças com a África do Sul. A partida será uma reedição do jogo de estreia da Copa de 2010, que foi disputada em solo sul-africano. Depois deste jogo, haverá outros 103. A grande final será disputada no MetLife Stadium, em Nova Jersey, no dia 19 de julho. Novo formato A primeira Copa do Mundo com 48 países terá 12 chaves, sendo que os dois primeiros de cada grupo avançam para a segunda fase, além dos oito melhores terceiros. Se avançar em primeiro no grupo C, o Brasil vai enfrentar o segundo colocado do F, que tem Holanda, Japão, Tunísia e uma seleção da repescagem europeia. Ucrânia, Suécia, Polônia e Albânia disputam esta vaga. As seleções que passarem pela segunda fase terão, na sequência, as oitavas, quartas, semis e a grande final. Assim, a seleção que for campeã terá jogado oito partidas, uma a mais do que os finalistas das últimas sete Copas, que reuniram, em cada uma dessas edições, 32 seleções. O zagueiro Marquinhos, que disputou as duas últimas Copas do Mundo, disse que só o tempo mostrará se o aumento para 48 seleções terá sido bom para as próximas Copas. “A gente ainda vai descobrir como vai ser essa Copa [com 48 seleções]. A Champions League, por exemplo, mudou e eu e meus companheiros do Paris Saint-Germain fomos campeões. Então, às vezes, algumas mudanças podem fazer bem para uma determinada competição. Eu acho que é justamente isso que eles [Fifa] querem: ter mais países participando de uma Copa do Mundo. E, além disso, dar oportunidade para atletas de outros países viverem essa emoção e esse mundo da Copa, que é maravilhoso”, afirmou o zagueiro do Brasil, que já disputou jogos nas Copas de 2018 e 2022. Nome certo na lista dos 26 jogadores que vão disputar a próxima Copa, Marquinhos afirmou que confia que a seleção fará uma grande Copa do Mundo. “A gente sabe que a seleção tem muita coisa para melhorar, mas é verdade que melhoramos nas últimas partidas. Então, não importa o nosso momento hoje. Quando a Copa do Mundo começar, tudo muda.  E eu tenho certeza de que o Brasil vai dar o seu melhor”, explicou Marquinhos. Precisa ser muito bom para eliminar o Brasil; é assim desde 1938 Apesar das últimas frustrações em Copas do Mundo, o Brasil tem um retrospecto invejável. O país é o único a ter cinco títulos de Copas. Um recorde! E nesse embalo da seleção em Copas, vale lembrar uma curiosidade: desde a terceira edição, em 1938, o Brasil ou conquistou uma Copa do Mundo ou foi eliminado por uma seleção que terminou, pelo menos, em terceiro lugar. Ou seja, das 20 últimas Copas, ou o Brasil foi campeão ou perdeu para uma seleção que, se não foi campeã, foi quase. Para os supersticiosos de plantão, o Brasil volta a figurar no grupo C de uma Copa depois de 24 anos. A última vez foi em 2002, quando a seleção conquistou o pentacampeonato. Será que o jejum brasileiro vai acabar no ano que vem e o Brasil finalmente conquistará o tão sonhado hexa? Até lá, o Brasil vai precisar superar grandes seleções, que também já conhecem seus adversários na fase de grupos da Copa de 2026. Grupo A México, África do Sul, Coreia do Sul e repescagem (Dinamarca, Macedônia do Norte, Rep. Tcheca ou Irlanda) Grupo B Canadá, Catar, Suíça e repescagem (Itália, Irlanda do Norte, País de Gales ou Bósnia) Grupo C Brasil, Escócia, Haiti e Marrocos Grupo D Estados Unidos, Austrália, Paraguai e repescagem (Turquia, Romênia, Eslováquia ou Kosovo) Grupo E Alemanha, Costa do Marfim, Curaçao e Equador Grupo F Holanda, Japão, Tunísia e repescagem (Ucrânia, Suécia, Polônia ou Albânia) Grupo G Bélgica, Egito, Irã e Nova Zelândia Grupo H Espanha, Arábia Saudita, Cabo Verde e Uruguai Grupo I França, Noruega, Senegal e repescagem (Iraque, Bolívia ou Suriname) Grupo J Argentina, Argélia, Áustria e Jordânia Grupo K Portugal, Colômbia, Uzbequistão e repescagem (Nova Caledônia, RD Congo ou Jamaica) Grupo L Inglaterra, Croácia, Gana e Panamá As repescagens, que definirão os últimos seis classificados para a Copa, serão jogadas em março de 2026. No mesmo mês, o Brasil vai fazer dois amistosos, ambos nos Estados Unidos: o primeiro contra a França e o segundo contra a Croácia.

Gabinete de Guerra
Venezuela. "Objetivo é fazer pressão militar sobre regime."

Gabinete de Guerra

Play Episode Listen Later Nov 13, 2025 9:50


Bruno Cardoso Reis, historiador, admite que a Venezuela é um país muito grande, com muitos meios militares e que pode vir a ser um cenário semelhante ao do Iraque.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Reportagem
Cerimônia em Paris marca os 10 anos dos ataques terroristas mais violentos da história da França

Reportagem

Play Episode Listen Later Nov 13, 2025 14:06


A França presta homenagem nesta quinta-feira (13) às vítimas dos ataques de 13 de novembro de 2015 em Paris. Os dez anos dos atentados mais violentos da história recente do país serão marcados pela inauguração de um jardim memorial na praça Saint-Gervais, no centro da capital, com presença da prefeita Anne Hidalgo e do presidente Emmanuel Macron. A cerimônia laica será transmitida pela televisão.  Maria Paula Carvalho, da RFI em Paris  O jardim, projetado pelo paisagista Gilles Clément, é composto por vários blocos de granito azul esculpidos, que representam os locais dos ataques terroristas e onde estão inscritos os nomes das vítimas.   O evento, com música e momentos de reflexão, tem direção artística de Thierry Reboul, conhecido por ter coordenado as cerimônias dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Paris 2024.   O público poderá acompanhar a cerimônia em telões instalados em frente à Prefeitura e na Praça da República, onde foi montada uma exposição fotográfica, e os parisienses poderão depositar flores ou velas em homenagem às vítimas da tragédia.   Há exatos dez anos, a reportagem da RFI relatava ao vivo o que ninguém poderia imaginar: ataques coordenados em diversos pontos de Paris deixaram, no total, 130 mortos e cerca de 400 feridos.  O primeiro local atacado foi o Stade de France, onde 80 mil pessoas assistiam ao jogo de futebol entre França e Alemanha. O jornalista que cobria o duelo em campo passou imediatamente a relatar o susto dos torcedores que ouviram explosões. “Os espectadores ouviram, durante o primeiro tempo da partida, três grandes explosões, com intervalo entre cada uma, mas ninguém sabia exatamente o que estava acontecendo", relatou. A polícia e os socorristas se mobilizaram para chegar a outros locais atingidos por comandos terroristas armados: bares, restaurantes e a casa de shows Bataclan, lotada com fãs do grupo Eagles of Death Metal.  A contagem das vítimas parecia impressionar mesmo as forças de segurança. O depoimento de um policial, o primeiro a entrar no Bataclan, apontava dezenas de mortos.  O presidente François Hollande, que governava o país na época, correu para estar junto dos franceses. “Nós quisemos estar perto de todos os que viram essas atrocidades para dizer que iremos travar uma batalha impiedosa,” disse o chefe de Estado aos jornalistas, no local da tragédia.  Após uma reunião de crise, o governo declarou estado de emergência no país, convocou todas as forças de ordem e determinou o fechamento do espaço aéreo francês.  Ao ser citado como testemunha no julgamento do caso, em 2021, François Hollande falou sobre a sua função como chefe de Estado naquela noite fatídica de 13 de novembro de 2015. “Este grupo nos atingiu não pelo nosso modo de atuação no exterior, mas sim pelo nosso modo de vida aqui”, sublinhou  Hollande. “A democracia será sempre mais forte do que barbárie", acrescentou. "Carnificina" No Bataclan, casa de shows invadida pelos terroristas, os sobreviventes estavam em choque diante dos corpos das vítimas.  Um dos primeiros a chegar ao local foi o jornalista da RFI, Pierre Olivier. “Eu fui até lá tomando muito cuidado, porque não sabíamos naquele momento o que realmente estava acontecendo", disse em entrevista para marcar os dez anos do caso. "Saí de casa, andei por uns cinco minutos e cheguei em frente ao Bataclan, onde a polícia estava chegando quase ao mesmo tempo que eu. Não havia nenhuma faixa de sinalização impedindo o acesso", continua.  "E gradualmente, a polícia e os bombeiros chegaram. Cada vez nos pediam para recuar mais. Mas quando cheguei, eu estava bem em frente ao Bataclan, e foi aí que comecei a ligar para a redação do meu celular e a reportar ao vivo. E fiz isso por quase três horas, a noite toda," relata.   "Uma mulher me disse que tinha sido uma carnificina, foi horrível. Todos estavam em choque e não queriam conversar. Isso é normal. Naquele momento, não sabíamos realmente o que estava acontecendo lá dentro, mas tínhamos pistas de que era muito sério e que havia mortes, muitas mortes," completa o jornalista.   Dez anos depois, as lembranças permanecem vivas em sua memória.  "Ainda há coisas que permanecem. Quando passo pelo Bataclan, revejo certas cenas. Já se passaram dez anos. E cada vez que passo por ali, lembro daquela noite, revejo pessoas, uma parede, uma vitrine, onde vi uma mulher em seu cobertor de emergência, coisas assim."  Depois de ouvir todos esses depoimentos e de entrevistar sobreviventes, o jornalista desenvolveu uma forma de estresse. "Quando eu entrava em um restaurante, em um bar, em uma casa de espetáculos, ou onde quer que fosse, eu sempre olhava para ver se havia janelas, uma porta de saída e como me sentar, para acessar facilmente a porta. Afinal, nunca se sabe, e se fosse como no Bataclan e um grupo de terroristas chegasse?", ele questiona.  A RFI também conversou com Elsa, uma francesa que assistia ao show na casa noturna Bataclan, quando foi ferida. "Quando fui atingida pela bala, me lembro muito bem da sensação no corpo. Foi tão irreal que ri, pensando: 'Ah, é mesmo como nos filmes'. Mas, falando sério, doeu."  "Eu me agachei e pensei: 'Não vou conseguir correr'. E racionalizei absolutamente tudo o que estava acontecendo. Disse a mim mesma: não posso sentir dor," lembra.   "Na hora você esquece a dor. Eu procurei me colocar em uma posição segura, apesar da multidão passando em cima de mim," relata a sobrevivente.  Passada uma década, Elsa pretende contar sua experiência em um espetáculo. "Eu queria fazer um projeto em torno da dança, não apenas para contar a minha história, mas através da dança, e não apenas em um testemunho que eu poderia ter escrito em um livro ou algo assim. Mas isso me toca menos, pareceu menos relevante para a minha relação com o corpo que eu tinha antes de tudo isso", explica.   Brasileiros entre as vítimas Entre os sobreviventes dos ataques de 13 de novembro de 2015 também há brasileiros. A RFI conversou com Diego Mauro Muniz Ribeiro, arquiteto que, naquela noite, celebrava com amigos no restaurante Le Petit Cambodge, no 10º distrito de Paris.   “A minha recordação foi de ouvir uns barulhos, mas que eu não entendia muito bem. E quando olhei à direita, vi luzes. Não estava entendendo que aquilo eram tiros vindo na minha direção. Minha reação foi me jogar no chão. Me levantei na sequência e saí correndo. A lembrança que eu tenho é de que corri por muito tempo até entrar num supermercado,” lembra o arquiteto.  Diego passou por acompanhamento com psiquiatra e psicanalista para seguir em frente. Ele voltou a Paris três vezes para compromissos relacionados aos atentados, seja para dar depoimentos ou participar de solenidades públicas.   “Na França, existe uma solenidade em homenagem às vítimas, e foi muito impactante para mim. É uma cerimônia extremamente sóbria, silenciosa, e isso é muito respeitoso. Então, fiquei muito emocionado na primeira vez que fui", conta o arquiteto que hoje vive em São Paulo. "Estamos, dentro do possível, bem, mas ainda é um processo de elaborar essas questões, essa violência que, para mim, soa como gratuita”, analisa.  Naquela noite, Diego estava acompanhado de outro arquiteto brasileiro, Guilherme Pianca, com quem a RFI também conversou. Ele visitava Paris pela primeira vez, graças a uma bolsa de estudos, e conta que hoje em dia tem sentimentos ambíguos em relação à cidade.   “Tive alguns momentos de retorno pelo próprio processo e avaliação psiquiátrica que o governo francês fez. Acho que eles foram bem atentos e lidaram com muito cuidado nesse assunto. Esse trauma está sendo constantemente elaborado. Acho que é uma coisa que se dá no longo prazo. São várias camadas que um evento desses significa. Este ano vão inaugurar um jardim em homenagem às vítimas. Acho que existe um esforço bem grande da prefeitura e do próprio Estado francês para lidar com esse assunto.”       O julgamento  Os ataques terroristas de 13 de novembro de 2015 em Paris foram reivindicados pelo grupo Estado Islâmico.  O processo dos terroristas na Justiça francesa durou dez meses. Nenhum dos 20 acusados recorreu da decisão, e o julgamento foi encerrado oficialmente em 12 de julho de 2022.  O único participante ainda vivo do comando jihadista que organizou os ataques em diferentes locais de Paris e arredores, Salah Abdeslam, foi condenado à prisão perpétua. Ele "acatou o resultado", explicaram, à época, seus advogados.  Salah Abdeslam foi o terrorista que não levou seus atos até o fim. Ele afirmou no julgamento ter "desistido" de acionar os explosivos em um bar parisiense por "humanidade". Em outro momento, declarou: “Eu apoio o grupo Estado Islâmico e os amo, porque eles estão presentes no cotidiano, combatem e se sacrificam”. O depoimento chocou familiares das vítimas.  O dispositivo com explosivos foi encontrado dentro de uma lata de lixo. No entanto, em sua deliberação final, os juízes concluíram que o colete explosivo que Abdeslam carregava "não era funcional", colocando seriamente em questão suas declarações sobre a sua suposta "desistência".  A Justiça determinou que o francês, de 32 anos à época, era culpado de ser o "coautor" de uma "única cena de crime": o Stade de France, os terraços parisienses metralhados e a sala de concertos Bataclan.  Os outros 19 corréus, alguns presumivelmente mortos, foram julgados e condenados a penas que variam de dois anos à prisão perpétua.    Os atentados em Paris foram considerados uma retaliação à participação da França na coalizão internacional contra o Estado Islâmico na Síria e no Iraque.  Ameaça continua presente Atualmente, a organização terrorista continua representando uma ameaça à segurança do país, embora sua presença não se configure como uma estrutura organizada e visível como nos anos de seu auge (2014–2017). A atuação atual se dá principalmente por meio de células descentralizadas, recrutamento online e influência ideológica, como explicou à RFI Victor Mendes, professor de Relações Internacionais do Ibmec e especialista formado no Instituto Superior de Guerra do Ministério da Defesa do Brasil.  “Hoje, especialmente após a perda de territórios e de combatentes do Estado Islâmico, depois das operações militares ocidentais contra o grupo no Iraque e na Síria, que resultaram no fim declarado do Estado Islâmico em 2019, o grupo atua de forma mais descentralizada do que já atuava anteriormente", diz.  De acordo com o especialista, o Estado Islâmico continua sendo um dos principais grupos terroristas a atuar na Europa, apesar do número reduzido de ataques.   “Na Europa especificamente, uma das tendências, resultado do avanço tecnológico e da comunicação, é que o grupo hoje recruta muitos combatentes principalmente através de redes sociais e plataformas digitais, especialmente menores de idade", diz Victor Mendes.   O especialista alerta para os riscos ainda presentes. “O risco sempre vai existir, principalmente pelo fato de a França ainda ter muitos combatentes que se aliam a esses grupos e pelo fato de, muitas vezes, eles serem cidadãos franceses. Então, não é necessariamente uma questão de imigração”, conclui.     Só em 2024, o terrorismo jihadista foi responsável por 24 ataques na União Europeia, sendo cinco deles com vítimas fatais. A Europol confirma o envolvimento crescente de jovens radicalizados online, inclusive menores de idade, e o uso do conflito na Faixa de Gaza como instrumento de mobilização por grupos como o Estado Islâmico, que denuncia os bombardeios israelenses, descrevendo a população palestina como “mártir”. 

Diplomatas
Vitória de Mamdani em Nova Iorque vai criar discussão “sobre o destino e a natureza do Partido Democrata”

Diplomatas

Play Episode Listen Later Nov 6, 2025 43:43


O episódio desta semana do podcast Diplomatas foi exclusivamente dedicado aos Estados Unidos. Cumprido nesta quarta-feira o primeiro aniversário da vitória de Donald Trump sobre Kamala Harris nas últimas presidenciais, Carlos Gaspar (IPRI-NOVA) e Teresa de Sousa fazem um balanço dos primeiros nove meses da segunda Administração Trump nos planos interno e internacional. Na discussão sobre orientação estratégica da política externa de Trump, houve tempo para uma reflexão sobre o que saiu do encontro da semana passada entre o Presidente norte-americano e Xi Jinping, seu homólogo chinês, na Coreia do Sul. O estado da política interna nos EUA ofereceu o contexto para a análise aos resultados das eleições de terça-feira, incluindo a vitória do socialista Zohran Mamdani nas autárquicas de Nova Iorque, o triunfo dos candidatos democratas nas eleições para a governação dos estados da Virgínia e de Nova Jérsia, e a aprovação da Proposta 50, na Califórnia, que abre caminho para o desenho de um novo mapa eleitoral tendo em vista as próximas votações para o Congresso dos EUA. No final do episódio, o investigador e a jornalista falaram ainda sobre o percurso e o legado político de Dick Cheney, antigo vice-presidente republicano dos EUA e um dos arquitectos da invasão do Iraque (2003), que morreu na segunda-feira, aos 84 anos. Texto de António Saraiva LimaSee omnystudio.com/listener for privacy information.

Trip FM
O diplomata que confrontou o projeto de poder dos EUA

Trip FM

Play Episode Listen Later Oct 31, 2025


José Maurício Bustani, primeiro diretor da OPAQ, desafiou o governo Bush ao negociar o desarmamento do Iraque – e pagou o preço por acreditar no diálogo e colocar a paz acima do poder

O Mundo Agora
Por que uma invasão dos EUA à Venezuela seria um desastre anunciado

O Mundo Agora

Play Episode Listen Later Oct 20, 2025 4:22


A ideia de uma intervenção militar dos EUA na Venezuela parece simples: derrubar Maduro e garantir petróleo. Mas o país é um labirinto geográfico e político, com características que poderiam arrastar o conflito por meses, talvez anos, como explica o cientista político Thiago de Aragão. Thiago de Aragão, analista político De tempos em tempos, volta à mesa de alguns estrategistas em Washington a ideia de uma intervenção militar na Venezuela. O raciocínio, à primeira vista, parece simples: derrubar Maduro, instalar a democracia e garantir o fluxo de petróleo. Mas basta olhar um pouco mais de perto para perceber que isso seria tudo, menos simples. Na prática, uma invasão americana à Venezuela seria um pesadelo militar, político e humanitário. Um erro que começaria fácil e terminaria impossível. O primeiro grande inimigo seria o próprio território. A Venezuela é um labirinto natural: selvas úmidas, montanhas que rasgam o horizonte, planícies que viram pântanos e cidades caóticas à beira do Caribe. Tentar mover tropas por esse terreno seria como marchar contra a natureza. O calor e as doenças tropicais fariam parte do combate, e cidades como Caracas e Maracaibo se transformariam em campos de batalha urbanos, onde cada esquina pode virar uma emboscada. Os Estados Unidos já aprenderam (e de forma dolorosa) que dominar o mapa não é o mesmo que dominar o país. Mas o terreno é apenas parte do problema. A Venezuela construiu, ao longo dos anos, uma estrutura militar que vive mais de lealdade política do que de hierarquia formal. Além do exército, existem milhares de milicianos e “coletivos” espalhados por bairros e cidades, armados e organizados em rede. Eles conhecem o terreno, têm base social e não enfrentariam os invasores de frente. Sumiriam nas comunidades, atacariam de surpresa, arrastando o conflito por meses, talvez anos. Seria uma guerra de desgaste, e ninguém aguenta um pântano desses por muito tempo. Logística A logística também seria um pesadelo. Apesar da proximidade geográfica, a Venezuela é de difícil acesso. Poucos portos, estradas precárias e infraestrutura mínima. Sustentar tropas em um país quase duas vezes maior que o Iraque exigiria um esforço gigantesco e caro. Cada avião, cada navio, cada caminhão de suprimentos seria um alvo em potencial. E sem aliados regionais dispostos a ceder bases, os EUA teriam de bancar sozinhos uma operação longa, vulnerável e impopular. O petróleo, que à distância parece o grande prêmio, na verdade seria o estopim de novos problemas. As principais reservas estão em áreas frágeis, tanto do ponto de vista ambiental quanto político. Combates na região do Lago de Maracaibo ou na Faixa do Orinoco poderiam gerar desastres ambientais catastróficos e destruir boa parte da infraestrutura petrolífera. E mesmo que os poços fossem “tomados”, retomar a produção levaria anos. Em vez de financiar a reconstrução, o petróleo viraria uma fonte de corrupção, sabotagem e instabilidade. E, se por um golpe de sorte, Maduro caísse rápido, o verdadeiro caos começaria no dia seguinte. O país não tem instituições sólidas, a economia está arruinada e as divisões políticas e sociais são profundas. Sem um governo legítimo e funcional para assumir o controle, a Venezuela se fragmentaria em pedaços, entre facções chavistas, grupos criminosos e líderes locais disputando território. Os Estados Unidos se veriam presos em um tipo de ocupação que já conhecem bem: longa, cara e sem final feliz. Invadir a Venezuela não seria um ato de força, mas de ingenuidade. O país é uma armadilha disfarçada de solução: um território difícil, com redes armadas entranhadas e uma crise estrutural que não se resolve com tanques. Em vez de um troféu, seria um abismo político e moral. E talvez a maior lição de tudo isso seja justamente essa: algumas guerras são tão complexas que o verdadeiro gesto de poder é não começá-las.

Debate 93
21/08/2025: Primícias, com Pr Iury Rangel, Pr Antônio Orestes, Pra Jaqueline Merath e Pr João Boechat

Debate 93

Play Episode Listen Later Aug 28, 2025


Primícias e dízimos são os temas tratados neste Debate 93, que ainda fala sobre o trabalho missionário no Iraque. Não deixe de ouvir!!!

ONU News
Guterres ressalta um dos anos mais letais para trabalhadores humanitários

ONU News

Play Episode Listen Later Aug 18, 2025 1:18


ONU quer mais vontade política e coragem moral para proteger funcionários; data marca ataque terrorista que matou 22 integrantes da Missão no Iraque, incluindo o brasileiro Sergio Vieira de Mello.

Jorge Kadowaki
BRUNO LAPA agora joga pelo ANSAN GREENERS, da COREIA DO SUL

Jorge Kadowaki

Play Episode Listen Later Jul 22, 2025 47:10


Bruno Lapa fez High School nos EUA, depois jogou futebol universitário pela Wake Forest e se tornou jogador profissional na USL Championship, jogando tanto pelo Birmingham Legion quanto pelo Memphis 901.Com uma vida praticamente feita em solo americano, um fim súbito da equipe do Tennessee fez com que os atletas buscassem novos rumos. Muitos foram para outros clubes nos EUA, dois brasileiros (já entrevistados aqui, por sinal) foram para o futebol do Iraque... e Bruno Lapa agora está no futebol da Coreia do Sul.Atuando pelo Ansan Greeners FC, da K League 2, Bruno é presença constante no time titular e vem se adaptando muito bem a um futebol e uma cultura muito diferente do que tinha visto até então.Em sua terceira entrevista, sendo a segunda em português, Bruno gentilmente concedeu um pouco de seu tempo para bater um agradável papo comigo.#brunolapa #ansangreeners #kleague2

Professor HOC
O IRÃ AINDA PODE TER A BOMBA: LIÇÕES DA HISTÓRIA E O EXEMPLO IRAQUIANO

Professor HOC

Play Episode Listen Later Jul 20, 2025 17:04


Após a campanha de bombardeios liderada por Israel e EUA contra instalações nucleares iranianas, surge uma pergunta perturbadora: será que os ataques enfraqueceram o programa ou apenas o empurraram para a clandestinidade? Este vídeo mergulha nos paralelos entre o Irã de hoje e o Iraque pós-Osirak, em 1981 — quando uma ofensiva semelhante teve o efeito oposto ao desejado. Analisamos como ações militares podem redefinir doutrinas de segurança, fortalecer radicais e acelerar projetos atômicos, em vez de detê-los. O Irã pode estar repetindo a história — e o mundo pode estar cometendo o mesmo erro, outra vez.

Noticiário Nacional
17h Reaberto espaço aéreo do Iraque e do Irão

Noticiário Nacional

Play Episode Listen Later Jun 24, 2025 6:59


Painel Alvorada
Painel Alvorada - Resumo das notícias - 23/06

Painel Alvorada

Play Episode Listen Later Jun 24, 2025 3:03


A Agência Nacional de Saúde Suplementar autorizou um reajuste de até 6,06% nos planos de saúde individuais e familiares; Entraram em vigor as restrições para a venda de canetas emagrecedoras; O Irã bombardeou duas bases militares dos Estados Unidos no Catar e no Iraque. See omnystudio.com/listener for privacy information.

ONU News
Guterres condena ataque terrorista que matou 25 fiéis em templo cristão na Síria

ONU News

Play Episode Listen Later Jun 23, 2025 1:12


Mais de 60 pessoas ficaram feridas no atentado à igreja de Santo Elias, na capital Damasco; investigação preliminar de autoridades atribui autoria ao grupo Estado Islâmico do Iraque e do Levante, Isil, também conhecido como Daesh.

JORNAL DA RECORD
23/06/2025 | 2ª Edição: Irã responde a ataque dos EUA com bombardeios em bases militares americanas no Oriente Médio

JORNAL DA RECORD

Play Episode Listen Later Jun 23, 2025 3:40


Confira nesta edição do JR 24 Horas: O irã respondeu, nesta segunda-feira (23), ao ataque dos Estados Unidos e lançou mísseis contra bases militares americanas no Oriente Médio. No Catar, as defesas aéreas interceptaram os foguetes. O Irã afirmou que seis mísseis atingiram a base americana. Também há relatos de ataques contra a base militar dos Estados Unidos no Iraque. Os militares foram instruídos a permanecer em abrigos. Por segurança, diversos países da região fecharam o espaço aéreo. E ainda: Trump monitora possível bloqueio do Estreito de Ormuz.

Rádio Gazeta Online - Podcasts
Boletim Rádio Gazeta Online - 1ª edição (23 de junho de 2025)

Rádio Gazeta Online - Podcasts

Play Episode Listen Later Jun 23, 2025 3:53


Na primeira edição deste boletim você confere:- Putin opina sobre ataques norte-americanos e reitera apoio ao Irã;- Governo iraniano confirma ataque às bases estadunidenses no Iraque e Catar;- Carla Zambelli recebe permissão para apresentar defesa em processo do STF.O Boletim Rádio Gazeta Online é um conteúdo produzido diariamente com as principais notícias do Brasil e do mundo. Esta edição contou com a apresentação da monitora Beatriz Martins, do curso de JornalismoEscute agora!

Expresso - Expresso da Meia-Noite
A guerra que irá mudar o Médio Oriente (e o resto do mundo)

Expresso - Expresso da Meia-Noite

Play Episode Listen Later Jun 21, 2025 48:29


A guerra entre Israel e o Irão não parece nada de novo, devido à histórica instabilidade daquela zona do globo, mas a verdade é que após o massacre de 7 de outubro que há uma guerra permanente na faixa de Gaza que Israel já levou a muitas outras zonas do Médio Oriente: ao Líbano, à Síria, ao Iémen, ao Iraque e agora ao Irão. Este é um acontecimento sem precedentes que vai seguramente mudar o mapa daquela região para sempre e poderá mesmo alastrar a outros pontos do globo. Sabemos como começou, não sabemos como vai continuar e ninguém tem a mínima ideia de como irá terminar. Vasco Becker-Weinberg, Daniel Pinéu, Catarina Maldonado Vasconcelos e Bruno Cardoso Reis foram os convidados deste programa exibido na SIC Notícias a 21 de junho e moderado por Ricardo Costa.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Convidado
Israel e Irão entram em confronto directo e violam o direito internacional

Convidado

Play Episode Listen Later Jun 16, 2025 14:01


O confronto directo entre Israel e o Irão marca uma viragem na longa guerra na sombra entre os dois países. Segundo o investigador do IPRI-Instituto Português de Relações Internacionais e professor do ISCET-Instituto Superior de Ciências Empresariais e do Turismo, José Pedro Teixeira Fernandes, Israel procura travar o programa nuclear iraniano, enquanto os dois países violam o direito internacional. O conflito reflecte rivalidades estratégicas profundas e agrava a instabilidade na região. RFI: Como é que chegámos a este conflito militar directo entre Israel e o Irão? José Pedro Teixeira Fernandes: É um processo que, no fundo, se tem agravado nos últimos meses ou anos. Contextualizando a conflitualidade que hoje estamos a ver importa referir o seguinte. Até há cerca de um ano, ou um ano e meio, ou até um pouco menos, o que existia era o que se chamava uma guerra na sombra. Tratava-se de confrontos não assumidos abertamente entre o Irão e Israel, ligados fundamentalmente à enorme inimizade entre os dois Estados. Esta resultava de acções e também declarações, muitas vezes bastante agressivas dos dirigentes iranianos e da reacção de Israel. Nesse contexto, houve todo um conjunto de operações, desde sabotagens a atentados. No entanto, raramente víamos ali pistas que nos permitissem afirmar abertamente a autoria. Até aí sabia-se que havia uma guerra travada na sombra, mas ambos os lados não pareciam querer subir esse patamar. Tudo se começou a alterar gradualmente a partir do ataque a Israel em 7 de Outubro, que é um ponto de viragem óbvio quando vemos o que está agora a acontecer no Médio Oriente. O Irão, com os seus aliados (desde logo o Hamas, o Hezbollah, os Houthis e grupos e milícias pró-iranianas na Síria), julgou que tinha encontrado uma situação ideal para pressionar ao máximo Israel e causar o máximo dano a Israel. E, realmente, a convicção existente início do conflito, quando recuamos a finais de 2023, era largamente, a nível internacional, de que o Irão tinha sido um dos grandes ganhadores do ataque do Hamas de 7 de Outubro e que estava numa posição de força. Os acontecimentos do ano passado vieram gradualmente a alterar essa realidade e a percepção sobre ela. Há um primeiro momento de um confronto indirecto, em Abril de 2024, na sequência de um bombardeamento feito na Síria, em Damasco, que atingiu anexos consulares iranianos. Apesar de tudo, esse primeiro bombardeamento feito directamente, que quebrou as regras anteriores porque foi assumido, foi de certa forma um prenúncio. Mas a retaliação iraniana foi pré-anunciada, o que permitiu, também, uma preparação defensiva de Israel e dos seus aliados. Houve uma acção liderada pelos Estados Unidos que ajudou à intercepção dos mísseis e drones iranianos pela primeira vez, de forma assumida,  disparados sobre Israel. A partir daí a situação continuou a agravar-se. Tivemos em Outubro de 2024 novamente um confronto directo entre os dois Estados, muito mais violento do que o primeiro. E a situação deteriorou-se ainda mais, o que nos leva até hoje. Parte disto está relacionada, certamente - e provavelmente a parte mais importante -, com a forma como Israel conseguiu largamente anular os grupos pró-iranianos na sua envolvente regional. O Hezbollah é um caso muito claro. Também a Síria, com a queda de Assad, trouxe outra transformação muito significativa. Quanto ao Hamas, provavelmente neste momento apenas tem capacidades militares residuais e não poderá montar qualquer ataque de envergadura contra Israel. Aliás, a questão em Gaza é agora fundamentalmente um drama humanitário imenso da população palestiniana, não um problema de ameaça militar a Israel. Mas, neste ambiente estratégico, onde o Irão tem um programa nuclear avançado que não só para fins pacíficos - isso parece-me  claro, apesar  do  Irão fazer um jogo ambíguo à volta do respeito pelo direito internacional -, a questão palestiniana fica, mais um vez, na sombra. Isto levou Netanyahu a ver aqui uma oportunidade estratégica para avançar com a possibilidade de eliminar ou tentar eliminar o programa nuclear do Irão. O que nos leva até hoje e esta situação crítica que estamos a ver. É evidente que esta actuação de Israel é censurável do ponto de vista do direito internacional. Mas também é censurável a posição do Irão de, no fundo, estar na teoria a respeitar a legalidade internacional mas na prática a violá-la, infringindo, desde logo, as regras do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TPI), embora de uma forma mais dissimulada. Indubitavelmente que um programa como o do Irão, com instalações nucleares subterrâneas defendidas militarmente - e outras mantidas secretas -, não é apenas para fins pacíficos. Assim, temos todo este cenário extraordinariamente crítico no Médio Oriente. Esta é uma guerra na sombra que existe há décadas, não começou na semana passada. O 7 de Outubro foi um ponto de viragem e talvez um pretexto para uma estratégia que Israel já tinha pensada, pergunto-lhe. Por que razão é que Israel vê o Irão como uma ameaça existencial? Qual é o projecto político de Benjamin Netanyahu? Porquê uma vitória não se limita ao campo de batalha? Claro, é um conflito - agora guerra aberta - com um longo e complexo historial. Penso temos aqui uma situação estratégica, como referia, estranha e curiosa ao mesmo tempo. Até 7 de Outubro e nos desenvolvimentos pelo menos imediatos, e utilizando aqui uma analogia com o xadrez, era o Irão que tinha uma estratégia de avanços no Médio Oriente e era o Irão que provavelmente imaginava poder dar, de alguma forma, uma espécie de xeque-mate a Israel, ou, pelo menos, colocar Israel numa situação particularmente aflitiva em termos de segurança e numa debilidade óbvia. Para isso, o Irão apostou numa estratégia, montada ao longo de vários anos, décadas até, de criar guardas avançadas no Líbano, no Iémen, em Gaza, na Síria e no Iraque. O que acontece é que a resposta de Israel, que também já estaria preparada, sobretudo no caso do Hezbollah, como vimos no ano passado, alterou a relação de forças existente. O que aconteceu com o Hezbollah e a forma como Israel conseguiu realmente eliminar militarmente as lideranças políticas do Hezbollah, certamente denota um plano que já existia há anos. Aí percebemos que Israel tinha feito uma preparação estratégica para esse cenário. O que parece também foi que as próprias contingências da guerra e os seus desenvolvimentos, tornaram, sobretudo o Primeiro-Ministro israelita Benjamin Netanyahu - um político que era relativamente prudente na prática, apesar de fazer sempre declarações muito contundentes e também agressivas - a assumir cada vez mais riscos. E isto também se liga, certamente, com a situação interna de Israel, porque a guerra também é uma forma de o governo de Netanyahu, que assenta numa coligação com partidos radicais de direita, se manter no poder. Há uma situação permanente de emergência. O próprio Netanyahu tem casos pendentes internamente e também no Tribunal Penal Internacional, que ajudam eventualmente a tomar este tipo de medidas mais arriscadas. Quanto à inimizade dos dois Estados tem um ponto de nascimento tão antigo quanto a actual República Islâmica do Irão. Até 1979, quando o Xá estava no poder, ambos eram aliados dos Estados Unidos. As relações eram normais e até de alguma proximidade estratégica. A partir daí, a revolução islâmica no Irão, que levou o Ayatollah Khomeini ao poder, assumiu uma dimensão religiosa e ideológica, passando o Irão a ver quer os Estados Unidos, quer Israel, como os seus maiores inimigos. O Irão, tal como o conhecemos nesta versão da República Islâmica, sempre olhou para Israel como o inimigo maior no Médio Oriente. Na terminologia da sua propaganda político-religiosa, é o pequeno Satã, sendo os Estados Unidos o grande Satã. Portanto, trata-se de uma hostilidade enraizada, de tonalidades religioso-políticas, que nunca se dissipou. Pelo contrário, teve até momentos de grande acentuação, como emergir da ambição nuclear do Irão, em especial durante a presidência de Ahmadinejad.   Quanto a tentar obter armamento nuclear, até se pode compreender que, do ponto de vista de um Estado como o Irão, que é xiita e mal aceite no Médio Oriente, maioritariamente árabe e sunita, se possa sentir ameaçado na sua segurança. Há também outros Estados - estou a pensar na Índia e no Paquistão -, que seguiram o caminho nuclear à margem do TPI. Israel é um outro caso, tudo indica, de um Estado com armas nucleares, precisamente por  se sentir num ambiente hostil e rodeado de inimigos. Mas o facto do Irão construir o programa nuclear sempre com ameaças dirigidas a Israel, as quais sobretudo durante a presidência Ahmadinejad (2005-2013), eram muito explícitas agressivas, toda essa retórica constante anti-Israel,  alimentou uma ideia, correcta ou incorrecta - estamos no domínio de percepções sobre intenções, mas num ambiente de desconfiança máxima - de que um Irão nuclear seria uma ameaça existencial e de que Israel se arriscaria ao desaparecimento com um Irão com armas nucleares.  Tudo isso leva-nos também ao ponto onde estamos hoje. Segundo alguns analistas, Israel leva a cabo uma limpeza étnica em Gaza, acelera a colonização na Cisjordânia, bombardeia o Líbano e a Síria com total impunidade, e quer redesenhar as fronteiras da região. Estamos perante uma mudança de era geopolítica no Médio Oriente. E pergunto-lhe: há risco de uma guerra regional ou as potências regionais e internacionais ainda procuram evitar uma conflagração total? O risco existe, e agora acentuou-se, mas apesar de tudo até agora tem sido gerido. Mas em relação à questão que me coloca, acho nós temos de distinguir as diversas situações onde Israel está envolvido. Há casos de conflitos mais convencionais, a intervenção militar de Israel na Síria ou no Líbano, apesar de o Hezbollah não ser propriamente o Estado libanês e já ser um produto da anomalia do Líbano - um Estado que, na realidade, teoricamente tem um governo e um exército, mas, na prática, quem detinha o maior poder era o Hezbollah. Quanto à Síria, estava em guerra civil, mas Assad parecia ter reconquistado o controlo do poder no país, embora se soubesse, também que continuava uma luta interna de facções e não controlava todo o território. No final de 2024, acabou por ocorrer a queda Assad, muito pelo enfraquecimento do Hezbollah (e do Irão) e também pela diminuição da presença da Rússia no país devido à guerra na Ucrânia - aqui vê-se a interligação dos assuntos. Outra questão é Gaza. Obviamente que Gaza é um problema  maior, envolvendo o crónico conflito de Israel com os palestinianos, tendo ainda conexões com os conflitos anteriormente referidos. Gaza mistura razões objectivas de necessidades de segurança israelitas - como o ataque do Hamas de  7 de Outubro mostrou - com  ambições territoriais, nada compreensíveis ou aceitáveis. Ou seja, aí fica claramente a ideia de que Israel acabou por ir longe demais, em termos de uma operação que já nem se percebe muito bem qual é o  objectivo e valor militar, e que está a provoca uma imensa catástrofe humanitária e sofrimento dos palestinianos. É verdade, como referido, que todas estas situações têm ligação entre si, não são peças soltas ou isoladas. Mas, ao mesmo tempo, para uma adequada análise, não podemos, eu diria, “meter tudo no mesmo saco”, como se estivéssemos no mesmo plano de confrontação militar. Agora, tudo isto levou Israel e em particular Netanyahu, o governo de Netanyahu, a ver aqui uma oportunidade de reconfigurar as relações de força no Médio Oriente a seu favor. Isso parece-me claro. Libertou-se da ameaça do Hezbollah, pelo menos temporariamente, no Líbano. Quanto à Síria, está a tentar recuperar da guerra civil e tem outras preocupações maiores que não são o Estado de Israel. Além disso, Israel também eliminou grande parte das capacidades militares do exército sírio. O Hamas em Gaza está numa posição também militarmente muito fraca. Os Houthis no Iémen vão mantendo alguma capacidade de causar alguns danos e perturbação, mas também não têm o poder de infligir danos militares de envergadura a Israel. Tudo isto, conjugado com a presença de um Presidente nos Estados Unidos que é um apoiante forte do Estado de Israel, como é Donald Trump, embora se perceba, também, que não há propriamente um encaixe perfeito nas linhas de actuação de ambos no Médio Oriente, cada um tem a sua agenda própria. Mas isto levou Netanyahu, conjugando também as circunstâncias internas que referi, a assumir riscos muito mais elevados e a convencer-se de que pode reconfigurar as relações de poder no Médio Oriente à sua maneira. Esta escalada de conflito vai enfraquecer ainda mais o Hamas? O Hezbollah está mais enfraquecido. Este pode ser o golpe de misericórdia no Hamas? Pode, mas, sobretudo, mais do que enfraquecer o Hamas, eu diria que, mais uma vez, os palestinianos ficam completamente perdidos nesta conflitualidade do Médio Oriente. Um dos efeitos laterais desta guerra aberta entre o Irão e Israel foi secundarizar o problema de Gaza, bem com o as conversações que existiam ao nível internacional para levar à criação de um Estado palestiniano. Portanto, existindo um conflito militar aberto entre Israel e o Irão, ainda por cima envolvendo um programa nuclear, o problema de Gaza passa para segundo plano. Não é a primeira prioridade política da diplomacia no Médio Oriente.  O Hamas também é um perdedor, mas tudo dependerá do resultado final deste conflito entre Israel e o Irão, que ainda é incerto. Quanto Irão - apesar dos elevados danos que sofreu provocados pelos ataques israelitas -, devo aqui também dizer, está a mostrar, provavelmente, capacidades de retaliação que eventualmente terão também surpreendido os israelitas. Embora, indiscutivelmente, o audacioso ataque israelita da passada semana tenha surpreendido, e de que maneira, o Irão, pelo menos no dia inicial, pelos efeitos devastadores que teve. Mas o resultado desta guerra também é ainda incerto, não é? A ser assim, diria que, mais do que o Hamas, os palestinianos serão, mais uma vez, perdedores maiores nisto.

Geografia em Meia Hora
Israel ataca o Irã

Geografia em Meia Hora

Play Episode Listen Later Jun 13, 2025 27:48


Na madrugada de sexta-feira, Israel lançou ataques aéreos sem precedentes contra o Irã, visando instalações nucleares em Natans, quartéis da Guarda Revolucionária e bases de mísseis. A operação, que usou caças F-35 com reabastecimento aéreo dos EUA (via Catar), eliminou figuras-chave:Hussein Salami (comandante da Guarda Revolucionária);Cientistas nucleares (Mohammed Mahdi Terani e Ferdun Abbasi);General Muhammad Bagheri (chefe do Estado-Maior).O Irã retaliou com 100+ drones, interceptados por EUA, Jordânia e Reino Unido. Netanyahu declarou a operação "contínua pelos dias necessários", enquanto o Irã pediu reunião de emergência na ONU.Contexto Crítico:Fragilidade de Netanyahu: Ataque aprovado pelo parlamento (61/120 votos) para garantir apoio ultraortodoxo, em troca de serviço militar obrigatório.Janela oportunista:Irã isolado regionalmente (Hezbollah e Hamas enfraquecidos);Negociações nucleares EUA-Irã em Omã foram abortadas.Capacidade nuclear iraniana: IAEA confirmou urânio suficiente para 10-15 ogivas, mas sem dispositivo operacional. Danos em Natans não causaram vazamento radioativo.Riscos Imediatos:Escalada: Fechamento do Estreito de Ormuz (20% do petróleo global) e ataques a bases dos EUA no Iraque.Impacto global: Petróleo Brent subiu 11%; bolsas asiáticas em queda livre.Mediação: China e Rússia pressionam por contenção, mas EUA preparam defesa antimísseis para Israel.Fontes: Times Brasil/CNN/Al Jazeera/Reuters/BBC/DW.Hashtags:#ConflitoIsraelIrã #CriseNuclear #OrienteMédio #Netanyahu #GuardasRevolucionárias #Geopolítica #Petróleo #ONU #DefesaMilitar #AnáliseGeopolítica

Notícia no Seu Tempo
STF tem maioria para ampliar responsabilidade de big techs por publicações

Notícia no Seu Tempo

Play Episode Listen Later Jun 12, 2025 9:06


No podcast ‘Notícia No Seu Tempo’, confira em áudio as principais notícias da edição impressa do jornal ‘O Estado de S.Paulo’ desta quinta-feira (12/06/2025): Em julgamento no STF, sete dos 11 ministros da Corte já decidiram pela ampliação das obrigações de provedores e plataformas de redes sociais na moderação de conteúdo de usuários. Seis ministros defendem que é dever das plataformas impedir espontaneamente a circulação de publicações criminosas. O único voto divergente até ontem foi o de André Mendonça. O STF ainda vai definir critérios para responsabilização das empresas. Os ministros apresentaram propostas distintas e o plenário terá de equilibrá-las. O julgamento gira em torno da constitucionalidade do artigo 19 do Marco Civil da Internet, que proíbe a responsabilização das plataformas por conteúdos publicados pelos usuários, exceto se houver descumprimento de decisões judiciais para remover publicações. E mais: Economia: Na Câmara para falar sobre contas públicas, Haddad discute com opositores Internacional: EUA já têm mais tropas nas ruas de Los Angeles que na Síria e no Iraque juntos Metrópole: Postagens com ameaças a escolas se multiplicam entre 2021 e 2025 Caderno 2: Morre Brian Wilson, cantor e compositor que criou a banda Beach BoysSee omnystudio.com/listener for privacy information.

Momento Investidor
Mercados reagem a evacuação em embaixada do Iraque

Momento Investidor

Play Episode Listen Later Jun 12, 2025 4:00


Todas as manhãs, acompanhe o Momento Mercado e comece o dia muito bem informado. É um conteúdo rico, com linguagem leve, que traz o fechamento de mercado do dia anterior e os principais destaques do dia atual. Siga nosso canal e acompanhe nossos conteúdos diários! #MomentoMercado #MorningCall #Bradesco #Investimentos #MercadoFinanceiro #Economia #RendaVariavel #Acoes #Ibovespa #Cambio #DolarSee omnystudio.com/listener for privacy information.

Pensando em Cinema | Com Mário Abbade

Mário Abbade fala sobre o drama Tempo de Guerra, que traz um retrato visceral da Batalha de Ramadi, um episódio da Guerra do Iraque.

Brasil-Mundo
Henrique Zaga: de Brasília ao campo de batalha em Hollywood

Brasil-Mundo

Play Episode Listen Later Apr 19, 2025 4:58


Ator brasileiro está no elenco de Tempo de Guerra, uma produção baseada nas memórias traumáticas de quem esteve no front. O diretor Ray Mendoza, um ex-combatente americano, transformou em filme as lembranças de uma missão no Iraque, ocorrida há quase 20 anos. Cleide Klock, correspondente da RFI em Los AngelesEm parceria com o cineasta Alex Garland (Guerra Civil), Ray Mendoza codirige Tempo de Guerra (Warfare), um drama impactante e realista sobre um grupo de soldados encurralados em território inimigo. No elenco, uma seleção de jovens astros que vêm despontando em Hollywood: Will Poulter (O Urso), Kit Connor (Heartstopper), Joseph Quinn (Stranger Things), Charles Melton (Segredos de um Escândalo) e o brasiliense Henrique Zaga.Os atores dão vida a combatentes mergulhados em missões muitas vezes suicidas, num retrato cru e coletivo da guerra. Para alcançar a autenticidade desejada, o elenco passou por um treinamento inspirado no rigoroso programa da Marinha dos EUA, o BUD/S (curso de demolições subaquáticas dos Navy SEALs, as forças especiais da Marinha) conhecido como um dos mais extremos das Forças Armadas americanas.“Antes de Los Angeles e de ir para Londres filmar, fui até San Diego com meu amigo Mark James, um Navy SEAL, e ele me levou para o circuito de obstáculos militar, para mostrar quais são os treinamentos que eles têm que fazer antes da semana chamada Hell Week, para você realmente virar um SEAL ”, conta Zaga."Depois disso, já em Londres, tivemos três semanas intensas de bootcamp, acordando às 4 da manhã, sem café, aprendendo a trocar munição, etiqueta militar, comunicação por rádio. Três semanas depois, já estávamos filmando”, disse o brasileiro.Tempo de GuerraA trama se passa quase inteiramente dentro de uma única casa, ocupada por soldados americanos e, logo depois, sitiada por forças da Al-Qaeda. O diretor Ray Mendoza viveu esse combate na pele e quis eternizá-lo no filme, após descobrir que um de seus companheiros de pelotão, Elliot Miller, havia perdido a memória daquele dia.Sem heróis ou protagonistas definidos, Tempo de Guerra opta por uma abordagem quase documental: a lente se volta para o grupo e para o terror psicológico vivido coletivamente, em uma tarde de 2006 no Iraque.“Para mim foi uma experiência única, um dos projetos mais sensacionais que já vivi, não só como ator, mas como ser humano. Os Navy SEALS, no set com a gente, foram muito generosos para que nos sentíssemos dentro da missão”, diz Henrique Zaga, que vive um momento importante na carreira internacional.Aos 31 anos, o ator — que nasceu em Brasília e vive em Los Angeles desde os 18 — já acumula participações em grandes produções. Em 2024, atuou em Queer contracenando com Daniel Craig, dirigido por Luca Guadagnino e exibido no Festival de Veneza. No ano passado, também esteve em Guerra Sem Regras, de Guy Ritchie. Antes disso, ficou conhecido em séries adolescentes como Teen Wolf, 13 Reasons Why, e deu vida ao mutante Mancha Solar em Os Novos Mutantes (2020). Em 2022, estrelou Depois do Universo, seu primeiro longa brasileiro, sucesso na Netflix.Zaga faz suspense sobre as cenas dos próximos capítulos na sua trajetória internacional, mas conecta sua ascensão em Hollywood ao orgulho de suas raízes, celebrando o reconhecimento global do cinema brasileiro e o novo espaço que artistas estrangeiros vêm conquistando.“Brasil em Hollywood, para mim, é algo muito pessoal. Três dos meus filmes favoritos são brasileiros. Ver nosso cinema sendo reconhecido tão lindamente, o Walter [Salles] recebendo aquele Oscar, me emociona. Eu sempre disse: nunca foi tão bom ser estrangeiro. Estamos abrindo fronteiras, e as plataformas estão levando filmes brasileiros para lugares onde nunca chegaram antes. É um outro tipo de apreciação — e isso me enche de orgulho,”, conclui.

Brasil-Mundo
Henrique Zaga: de Brasília ao campo de batalha em Hollywood

Brasil-Mundo

Play Episode Listen Later Apr 19, 2025 4:58


Ator brasileiro está no elenco de Tempo de Guerra, uma produção baseada nas memórias traumáticas de quem esteve no front. O diretor Ray Mendoza, um ex-combatente americano, transformou em filme as lembranças de uma missão no Iraque, ocorrida há quase 20 anos. Cleide Klock, correspondente da RFI em Los AngelesEm parceria com o cineasta Alex Garland (Guerra Civil), Ray Mendoza codirige Tempo de Guerra (Warfare), um drama impactante e realista sobre um grupo de soldados encurralados em território inimigo. No elenco, uma seleção de jovens astros que vêm despontando em Hollywood: Will Poulter (O Urso), Kit Connor (Heartstopper), Joseph Quinn (Stranger Things), Charles Melton (Segredos de um Escândalo) e o brasiliense Henrique Zaga.Os atores dão vida a combatentes mergulhados em missões muitas vezes suicidas, num retrato cru e coletivo da guerra. Para alcançar a autenticidade desejada, o elenco passou por um treinamento inspirado no rigoroso programa da Marinha dos EUA, o BUD/S (curso de demolições subaquáticas dos Navy SEALs, as forças especiais da Marinha) conhecido como um dos mais extremos das Forças Armadas americanas.“Antes de Los Angeles e de ir para Londres filmar, fui até San Diego com meu amigo Mark James, um Navy SEAL, e ele me levou para o circuito de obstáculos militar, para mostrar quais são os treinamentos que eles têm que fazer antes da semana chamada Hell Week, para você realmente virar um SEAL ”, conta Zaga."Depois disso, já em Londres, tivemos três semanas intensas de bootcamp, acordando às 4 da manhã, sem café, aprendendo a trocar munição, etiqueta militar, comunicação por rádio. Três semanas depois, já estávamos filmando”, disse o brasileiro.Tempo de GuerraA trama se passa quase inteiramente dentro de uma única casa, ocupada por soldados americanos e, logo depois, sitiada por forças da Al-Qaeda. O diretor Ray Mendoza viveu esse combate na pele e quis eternizá-lo no filme, após descobrir que um de seus companheiros de pelotão, Elliot Miller, havia perdido a memória daquele dia.Sem heróis ou protagonistas definidos, Tempo de Guerra opta por uma abordagem quase documental: a lente se volta para o grupo e para o terror psicológico vivido coletivamente, em uma tarde de 2006 no Iraque.“Para mim foi uma experiência única, um dos projetos mais sensacionais que já vivi, não só como ator, mas como ser humano. Os Navy SEALS, no set com a gente, foram muito generosos para que nos sentíssemos dentro da missão”, diz Henrique Zaga, que vive um momento importante na carreira internacional.Aos 31 anos, o ator — que nasceu em Brasília e vive em Los Angeles desde os 18 — já acumula participações em grandes produções. Em 2024, atuou em Queer contracenando com Daniel Craig, dirigido por Luca Guadagnino e exibido no Festival de Veneza. No ano passado, também esteve em Guerra Sem Regras, de Guy Ritchie. Antes disso, ficou conhecido em séries adolescentes como Teen Wolf, 13 Reasons Why, e deu vida ao mutante Mancha Solar em Os Novos Mutantes (2020). Em 2022, estrelou Depois do Universo, seu primeiro longa brasileiro, sucesso na Netflix.Zaga faz suspense sobre as cenas dos próximos capítulos na sua trajetória internacional, mas conecta sua ascensão em Hollywood ao orgulho de suas raízes, celebrando o reconhecimento global do cinema brasileiro e o novo espaço que artistas estrangeiros vêm conquistando.“Brasil em Hollywood, para mim, é algo muito pessoal. Três dos meus filmes favoritos são brasileiros. Ver nosso cinema sendo reconhecido tão lindamente, o Walter [Salles] recebendo aquele Oscar, me emociona. Eu sempre disse: nunca foi tão bom ser estrangeiro. Estamos abrindo fronteiras, e as plataformas estão levando filmes brasileiros para lugares onde nunca chegaram antes. É um outro tipo de apreciação — e isso me enche de orgulho,”, conclui.

Rádio Gazeta Online - Podcasts
Boletim Rádio Gazeta Online - 1ª edição (15 de abril de 2025)

Rádio Gazeta Online - Podcasts

Play Episode Listen Later Apr 15, 2025 4:10


Na primeira edição deste boletim você confere:- Justiça americana impede Trump de revogar status legal de imigrantes latino-americanos; - Ataques ucranianos à Rússia deixa uma idosa morta e nove feridos; - Tempestade de areia gera caos em hospitais do Iraque. O Boletim Rádio Gazeta Online é um conteúdo produzido diariamente com as principais notícias do Brasil e do mundo. Esta edição contou com a apresentação da monitora Beatriz Martins, do curso de Jornalismo.Escute agora!

Convidado
“A pena de morte é usada sob o falso pretexto de que melhora a segurança pública”

Convidado

Play Episode Listen Later Apr 8, 2025 8:54


O relatório Pena de Morte 2024, da Amnistia Internacional, constata que as execuções a nível mundial atingiram, no ano passado, o valor mais elevado desde 2015, com mais de 1500 pessoas a serem executadas. A China, o Irão, a Arábia Saudita, o Iraque e o Iémen foram os países com maior número de execuções. O director de comunicação da secção portuguesa da Amnistia Internacional, Miguel Marujo, mostra-se preocupado com este aumento, sublinhando que há líderes a usarem a pena de morte com o falso pretexto de que melhora a segurança pública. As execuções a nível mundial atingiram, em 2024, o valor mais elevado desde 2015, com mais de 1500 pessoas a serem executadas. A seu ver, quais são as causas deste aumento?Este aumento parte de um grupo, apesar de tudo minoritário, de países que entende que a pena de morte é a solução. Aquilo que a Amnistia Internacional tem testemunhado são líderes a usarem a pena de morte sob o falso pretexto de que melhora a segurança pública ou incute medo na população. Podemos avaliar dois casos. Por um lado, os Estados Unidos, que têm registado uma tendência constante de aumento das execuções, desde o fim da pandemia da COP 19, invocando repetidamente a pena de morte como ferramenta para proteger as pessoas da criminalidade violenta. Donald Trump, por exemplo, tem feito esse discurso nas últimas semanas. Mas a questão é que isto é uma falsa narrativa, porque a pena de morte não tem um efeito dissuasor único sobre o crime. Por outro lado, em alguns países da região do Médio Oriente, verificamos que as sentenças de morte foram utilizadas para silenciar os defensores dos direitos humanos.Quais são os países onde foram executadas mais pessoas?O conjunto de países que executaram mais pessoas são a China, o Irão, a Arábia Saudita, o Iraque e o Iémen. À excepção da China, de facto, vemos aqui uma prevalência de países do Médio Oriente. Neste número de execuções, é também na China, na Coreia do Norte e no Vietname onde existe uma maior dificuldade para se conhecerem os números exactos. Aquilo que a Amnistia estima é que a China continua a ser o principal país do mundo a executar pessoas; Também na Coreia do Norte e no Vietname há o recurso extensivo à pena de morte, sem que haja dados fidedignos que possam apontar para um número de mortos que foram condenados à pena de morte.Este relatório concluiu ainda que as crises em curso na Palestina e na Síria impediram a Amnistia Internacional de confirmar um número de execuções...Sim, no fundo, os conflitos impediram que fosse possível atestar e confirmar a prática da pena de morte, quer na Palestina quer na Síria. Não há, de facto, dados seguros que possam levar a Amnistia a dizer que o número eventualmente apresentado de casos de pena de morte, de condenações à morte, quer na Palestina, quer na Síria.No entanto, pelo segundo ano consecutivo, os países que fazem execuções mantiveram o número no ponto mais baixo de que há registo. Como é que se explica esta redução?Esta redução deve-se ao facto de existir um movimento, em todo o mundo, favorável à abolição da pena de morte, de tornar as execuções um elemento fora da equação da justiça dos países. Este é o segundo ano consecutivo em que se regista o número mais baixo de que há memória, assinalando um afastamento de uma punição cruel, desumana e degradante. O que vemos é uma minoria de países a praticar a pena de morte e o dado preocupante é que estes 15 países, que praticam a pena de morte, fizeram-no mais. Ou seja, há menos países a executar a pena de morte, mas aqueles que aplicam estão a matar mais.Os países “armam-se com a pena de morte”. É o caso do recém-eleito Presidente Donald Trump, que invocou, repetidamente, que a pena de morte é uma ferramenta para proteger as pessoas. Trata-se de uma afirmação que pode ter consequências graves?Sim, é grave! É uma afirmação desumana e promove uma falsa narrativa de que a pena de morte tem um efeito dissuasor sobre o crime. Os estudos mostram que não é assim e que a pena de morte é usada sob esse falso pretexto de que melhora a segurança pública. Os Estados Unidos são, pelo 16.º ano consecutivo, o único país das Américas, considerando a América do Norte, Central e do Sul, a executar pessoas. O número total de execuções nos Estados Unidos representa o segundo valor anual mais elevado desde 2015. Por isso, aquilo que se verifica é uma tendência crescente, claramente em contra-ciclo com aquilo que tem sido a prática de muitos países, sobretudo de países que dizem defender valores de liberdade e da democracia, como muitos países ditos ocidentais.O relatório da Amnistia Internacional mostra que, nos países da região do Médio Oriente, as sentenças de morte foram utilizadas para silenciar os defensores dos direitos humanos e dissidentes. A pena de morte tenta calar aqueles que desafiam as autoridades?Sim, aqueles que se atrevem a desafiar as autoridades enfrentam esse castigo. É um castigo cruel, especialmente no Irão e na Arábia Saudita. É bom que se registem estes dois países onde a pena de morte é utilizada para silenciar quem tem a coragem de se manifestar. Há também um aspecto relacionado com este aumento do número de execuções na região do Médio Oriente e o uso da pena de morte em crimes relacionados com a droga.Nma clara violação dos direitos humanos...Sim, porque a legislação e as normas internacionais, em matéria de direitos humanos, estabelecem que a aplicação de pena de morte deve ser limitada a crimes mais graves. Embora a Amnistia Internacional defenda que a pena de morte deve ser eliminada totalmente, neste caso, regista que condenar pessoas à morte por crimes relacionados com droga não cumpre este limiar e é imoral. Condenar à morte pessoas por delitos relacionados com droga tem também um impacto desproporcionado sobre as pessoas de meios desfavorecidos e não tem qualquer efeito comprovado na redução do tráfico de droga.O relatório demonstra o poder das campanhas contra a pena de morte e dá o exemplo da Zâmbia e do Zimbabué, Que passos significativos deram estes países? São boas notícias. Em 2024, o Zimbábue avançou com uma lei que aboliu a pena de morte para os crimes comuns, e outros países também anunciaram a intenção de avançar com a abolição da pena de morte. Há também o registo, por exemplo, na Assembleia Geral das Nações Unidas, em que 2/3 de todos os Estados membros da ONU votaram a favor de uma moratória de aplicação à pena de morte. Isto significa que há um movimento que, apesar de tudo, está a tornar a pena de morte obsoleta, que não quer a pena de morte como um instrumento de justiça nesses países.Menos boas são as notícias de Burkina Faso, República Democrática do Congo, Nigéria, que tomaram medidas susceptíveis a alargar a aplicação da pena de morte...Sim, é aquilo que a Amnistia teme e que, apesar de tudo, esses países sejam levados por um discurso que não tem adesão à realidade. Mais uma vez, esses países estão a pensar em introduzir a pena de morte em questões de criminalidade, onde já se percebeu que não tem impacto significativo na redução da criminalidade.É esta a mensagem que a Amnistia Internacional quer denunciar?Este relatório, obviamente, denuncia toda a situação de países que mantêm este instrumento cruel e desumano. Mas também aponta esse caminho, que é o de que a pena de morte não deve ser aplicada em circunstância alguma. É importante transformar a pena de morte em algo obsoleto, eliminando-a completamente da justiça de todos os países.Num mundo polarizado, esta missão não se torna mais difícil?É uma missão sempre complicada, mas a Amnistia Internacional também tem esperança, porque há casos concretos onde percebemos que as coisas vão mudando. Por exemplo, um cidadão do Japão que esteve mais de cinco décadas no corredor da morte, acabou por ser absolvido finalmente, em Setembro de 2024, de um crime que nunca cometeu.E houve também o caso do cidadão do Alabama…Sim, um homem negro que foi condenado à morte no Alabama e que, apesar de graves falhas no processo, acabou por obter clemência na sequência de apelos da família, de juristas, activistas locais e da comunidade internacional. Mais uma vez, o empenho de milhões de pessoas que se envolveram no caso pela Amnistia Internacional.E que mostra também a importância de as pessoas se envolverrem nestas causas...Sim, podem parecer pequenos gestos, mas são gestos significativos e que têm depois resultado, nem que seja na vida concreta de uma pessoa,mas que altera a vida dessa pessoa. Portanto, não desistimos de insistir com campanhas individuais de libertação de pessoas que foram condenadas à morte.

ONU News
OIM diz que quase 750 mil sírios retornaram à casa desde o fim de 2024

ONU News

Play Episode Listen Later Mar 7, 2025 1:30


Novo relatório da agência da ONU diz que 7 milhões de pessoas continuam deslocadas dentro do país, que se recupera de uma guerra que durou 14 anos; maioria dos que regressam vem do Líbano, Síria e Iraque.

Liga dos Leigos
HyperNormalisation - A narrativa colocada diante de seus olhos

Liga dos Leigos

Play Episode Listen Later Mar 3, 2025 98:23


Nesse episódio discutimos o documentário de 2016 "HyperNormalisation", dirigido por Adam Curtis.   Conheça os motivos por que as elites globais parecem se interessar mais em criar narrativas com heróis e vilões do que em resolver problemas reais.   Descubra a conexão entre o filme de ação "A Rocha" e a invasão do Iraque em 2003.   E entenda a relação entre UFOs, Bashar al-Assad e Muammar Gaddafi.   Episódio gravado em Março de 2024.   Acesse o site da Liga dos Leigos para a bibliografia completa do episódio e mais informações sobre os diletos membros da liga: https://ligadosleigos.com/   Entre em contato com a Liga em: contato@ligadosleigos.com   Siga-nos no Twitter em: @ligadosleigos

ONU News
Apoio ao contraterrorismo é prioridade na África Subsaariana após escalada de violência

ONU News

Play Episode Listen Later Feb 10, 2025 1:25


Assistência dada pela ONU à região aumentou 16% num ano; área geográfica é agora o epicentro do terrorismo global; antigo Isil, grupo Daesh, pode ter cerca de US$ 10 milhões em reservas somente no Iraque e na Síria.

Um Passeio pela História | Com Milton Teixeira

Na coluna deste domingo (19), o professor Milton Teixeira fala sobre o início da Guerra do Golfo, em 17 de janeiro de 1991, quando os Estados Unidos, liderando uma coalizão de 19 países, invadiram o Iraque.

Futebol no Mundo
Futebol No Mundo #400 AO VIVO com Gian Oddi, Ubiratan Leal, Alex Tseng, Bertozzi e Gustavo Hofman

Futebol no Mundo

Play Episode Listen Later Nov 21, 2024 91:10


A 400ª edição do podcast Futebol no Mundo é AO VIVO com a participação de Gian Oddi, Ubiratan Leal, Alex Tseng, Leonardo Bertozzi e Gustavo Hofman. Nessa edição falamos de: - 2024 da seleção brasileira; - Balanço das eliminatórias sul-americanas; - Façanha de San Marino; - Definições na Nations League; - ⁠Renovação de Pep Guardiola; - ⁠Patrick Vieira no Genoa; - Tata Martino fora do Inter Miami; - ⁠Registros de Concacaf e CAN; - ⁠Japão com um pé na Copa, Uzbequistão e Iraque perto; - Alajuelense vs Fifa. #FutebolNoMundo #futebol #podcast Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

O Antagonista
Cortes do Papo - A incrível história da refém yazidi

O Antagonista

Play Episode Listen Later Oct 4, 2024 6:47


A jovem iraquiana yazidi Fawzia Amin Sido, de 21 anos, voltou a se encontrar com sua família no Iraque após ser resgatada na Faixa de Gaza pelas Forças de Defesa de Israel (FDI).Ela foi sequestrada de sua casa em 2014 quando tinha apenas 11 anos por terroristas do Estado Islâmico. Nesse período, ela foi levada para a Síria, onde foi comprada por um palestino apoiador do Estado Islâmico.Em seguida, foi levada para a Faixa de Gaza e obrigada a cuidar dos filhos do palestino.Felipe Moura Brasil e Duda Teixeira comentam:Você também pode assistir ao Papo Antagonista na BM&C, nos  canais de TV 579 da Vivo, ou 563 da Claro, além do SKY+.  Apoie o jornalismo Vigilante: 10% de desconto para audiência do Papo Antagonista  https://bit.ly/papoantagonista  Acompanhe O Antagonista no canal do WhatsApp.  Boletins diários, conteúdos exclusivos em vídeo e muito mais.   https://whatsapp.com/channel/0029Va2S...   Ouça O Antagonista | Crusoé quando quiser nos principais aplicativos de podcast.  Leia mais em www.oantagonista.com.br | www.crusoe.com.br 

DW em Português para África | Deutsche Welle
1 de Outubro de 2024 - Jornal da Manhã

DW em Português para África | Deutsche Welle

Play Episode Listen Later Oct 1, 2024 20:12


Faltam 9 dias para Moçambique eleger o novo Presidente da República. Na Beira, o MDM promete transformar a gestão dos serviços de saúde e ensino. Em Nampula, o PODEMOS promete ensino primário e secundário gratuito a nivel nacional. Em Cabo Delgado, a FRELIMO quer alcançar a tão desejada paz. A RENAMO anunciou o apoio de 12 partidos extraparlamentares. E conflito entre Israel e o Hezbollah.

O Assunto
Direto do Líbano: um repórter no meio do conflito

O Assunto

Play Episode Listen Later Sep 26, 2024 35:44


"Não é um conflito qualquer. Já é guerra total”, afirma Gabriel Chaim, fotógrafo e documentarista que fala direto de Beirute. Nesta entrevista a Julia Duailibi, Chaim revive a viagem que fez por terra entre o sul do Líbano e a capital durante as horas nas quais as Forças Armadas de Israel bombardeavam o país tendo como alvo o Hezbollah – quase 600 pessoas morreram, entre elas um brasileiro de 15 anos: “Um trajeto de 25 minutos durou uma eternidade absoluta. O risco, de zero a dez, era dez”. O mesmo deslocamento, de acordo com a ONU, já foi feito por cerca de 100 mil libaneses – o governo local diz que quase meio milhão de pessoas já deixaram suas casas. Chaim, que cobre guerras há mais de 10 anos e esteve na Ucrânia, na Síria, no Iraque e no Iêmen, relata que “sentiu muito medo” nos últimos dias, quando conviveu com “foguetes passando por nossas cabeças” e viu um “bombardeio muito próximo, a menos de 300 metros”. Em Beirute, o repórter comenta o “clima pré-guerra” entre os moradores e elogia as belezas naturais da capital libanesa. “Um brasileiro aqui se sente em casa”.

Brasil-Mundo
Livro de jornalista brasileira lançado nos EUA revela expansão do movimento evangélico no Sul Global

Brasil-Mundo

Play Episode Listen Later Sep 21, 2024 4:28


O movimento religioso pentecostal, surgido nos Estados Unidos no começo do século 20, espalhou-se rapidamente pelo Sul Global, desafiando o Vaticano a intensificar seus esforços de evangelização entre muçulmanos, principalmente depois dos atentados extremistas de 11 de setembro de 2001. Com as guerras no Afeganistão e no Iraque tornando perigosa a presença de missionários americanos, cristãos latino-americanos foram mobilizados para dar continuidade a essa missão global. Luciana Rosa, correspondente da RFI em Nova YorkNo livro Soul by Soul (Columbia Global Reports, 2023), a jornalista Adriana Carranca aborda a expansão do cristianismo evangélico pentecostal usando como fio condutor a experiência de uma família missionária brasileira que se muda para o Afeganistão. Carranca é uma jornalista conhecida por seu trabalho como correspondente de guerra, tendo coberto conflitos no Oriente Médio, na Ásia e na África, além de temas como direitos humanos, questões de gênero e política internacional.A Rádio França Internacional conversou com a autora durante o lançamento de sua primeira obra em inglês no teatro Martin E. Segal, na Universidade da Cidade de Nova York, na última terça-feira (17). Ela falou sobre as razões para o crescimento exponencial do número de missionários brasileiros no Brasil e no exterior.Segundo ela, um movimento pouco conhecido vem ganhando força nos últimos anos: famílias brasileiras estão indo, de forma clandestina, para países de maioria muçulmana, como Afeganistão, Iraque e Síria, com o objetivo de evangelizar esses povos. Por isso, o encontro com um casal brasileiro, dono de uma pizzaria em Cabul, levantou as suspeitas da experiente repórter: "Na época, pensei que eles poderiam ser mercenários, pessoas independentes que vão lutar nesses países por contrato, ou então traficantes, porque o Afeganistão tem muito ópio", relembra. No entanto, logo ficou claro que essa família tinha outro propósito: disseminar a fé cristã em regiões de difícil acesso.O Brasil, embora tenha uma forte tradição católica, desponta como o segundo país que mais envia missionários evangélicos ao exterior. "É um número absurdo de pessoas", comenta Adriana. Esse crescimento tem suas raízes no movimento pentecostal, que, no início, se espalhou pela América Latina com a premissa de que a palavra de Deus estava sendo distorcida pela Igreja Católica. "Eles começaram a traduzir a Bíblia para várias línguas, com a ideia de que precisavam espalhar a palavra de Deus, pois acreditavam que a Igreja Católica estava distorcendo essa mensagem", explica.O pentecostalismo encontrou terreno fértil na América Latina, em parte devido à mistura de influências culturais e religiosas. "Foi facilmente aceito, também pela influência africana na região. O pentecostalismo prega que não há hierarquia na igreja, que todos são filhos de Deus e qualquer pessoa pode receber o Espírito Santo", aponta a autora. Esse modelo igualitário atraiu muitas pessoas, especialmente nas comunidades mais pobres. "No Brasil, a mensagem era: 'Você pode se tornar pastor, mesmo que não saiba ler ou escrever, porque o poder do Espírito Santo vai te guiar'", conta.Reserva de missionários na América LatinaA expansão desse movimento foi significativa, e, em 2002 e 2003, líderes começaram a ver os perigos de enviar missionários americanos para regiões de conflito, como o Afeganistão. "Houve muitos casos de assassinatos, e os líderes se perguntavam o que fazer. Foi quando perceberam que tinham um 'exército' não utilizado na América Latina. Decidiram enviar latino-americanos, pois eles não eram alvos de ataques como os americanos", explica Adriana.Após o atentado de 11 de setembro de 2001, o cenário se tornou ainda mais arriscado para os americanos. "O campo ficou muito perigoso, e então começaram a enviar latino-americanos em massa para o Oriente Médio e a Ásia", acrescenta. Os missionários latino-americanos, sem depender de grandes recursos, encontravam maneiras de se sustentar. "Eles não precisavam do dinheiro das igrejas americanas para sobreviver. Arranjavam o que fazer por lá", comenta.O trabalho missionário, no entanto, é cercado de complexidades. No Afeganistão, por exemplo, a maioria dos convertidos eram hazaras, uma minoria étnica e religiosa historicamente perseguida pelos talibãs. "Os talibãs são de etnia pashtun, enquanto os hazaras são uma minoria xiita. Eles são historicamente massacrados e perseguidos", diz Adriana. Ela não tem dúvidas de que parte das conversões acontece por necessidade de segurança, ajuda humanitária e pelo sentimento de estarem sendo abandonados por seus próprios irmãos de fé. "Os irmãos muçulmanos estão me matando, estão me perseguindo", relata.Pobreza no Afeganistão não assusta brasileirosUm outro fator curioso quanto à facilidade de adaptação dos missionários brasileiros em zonas de conflito é que a realidade de violência e pobreza no Afeganistão não choca tanto os missionários brasileiros quanto os americanos. "A pobreza no Afeganistão não é tão chocante para o brasileiro como é para os americanos. A própria violência também não assusta tanto. O Brasil, em termos de assassinatos, é o país com o maior número", ressalta Adriana. Em comparação, segundo ela, o Afeganistão, em números, é mais seguro do que o Brasil.Além do Oriente Médio, muitos missionários brasileiros tais como os que compõem a família central do livro de Carranca passam a ver a crise dos refugiados como uma oportunidade para evangelizar na Europa. "Viram isso como uma bênção", explica a jornalista. Para esses missionários, tudo faz parte de um plano maior. "Para eles, tudo era um plano de Deus desde o começo", conclui Carranca.

Professor HOC
ISRAEL ENFRENTA O GRUPO TERRORISTA MAIS PODEROSO DO MUNDO | Professor HOC

Professor HOC

Play Episode Listen Later Aug 27, 2024 29:54


No vídeo de hoje, vou falar sobre os últimos desenvolvimentos do conflito entre Israel e o Hezbollah, um dos principais aliados do Irã no Líbano. Vou explorar como o recente ataque preventivo de Israel contra supostos lançadores de mísseis do Hezbollah gerou uma resposta intensa da milícia, com o lançamento de centenas de mísseis e drones. Também vou analisar o contexto maior deste confronto, que faz parte de uma disputa regional complexa envolvendo diversos atores, como o Irã, Hamas, e outras milícias na Síria e no Iraque. Este vídeo é uma continuação da minha cobertura sobre as tensões no Oriente Médio, destacando a importância da presença militar americana na região para manter o equilíbrio de poder. Além de discutir os detalhes táticos dos ataques e defesas, vou examinar a estratégia de guerra assimétrica do Hezbollah e o impacto potencial de uma saturação dos sistemas de defesa de Israel. Vou mostrar como a geografia, a capacidade militar e os interesses internacionais se entrelaçam nesse conflito que continua a evoluir. Não deixe de conferir meus outros vídeos para obter uma visão mais ampla do cenário e das implicações geopolíticas deste embate contínuo.

Jornal da Manhã
Jornal da Manhã - 06/08/2024

Jornal da Manhã

Play Episode Listen Later Aug 6, 2024 240:04


Alguns destaques do Jornal da Manhã dessa terça-feira (06): Em carta, 30 ex-presidentes da América Latina e da Espanha pressionam Lula a reafirmar compromisso com a democracia na Venezuela. O grupo, integrado por nomes como o argentino Mauricio Macri, o paraguaio Mario Abdo e o mexicano Felipe Calderón, afirma que reeleição de Maduro é ilegítima e cobra o brasileiro a assumir postura mais enfática em relação à crise. Opositor se proclama presidente eleito na Venezuela e pede ajuda militar. Edmundo González divulgou carta com María Corina Machado pedindo que a transição se inicie e que Forças Armadas impeçam a repressão, enquanto o Ministério Público anunciava investigação contra ambos por provocar insurreição. Autoridade Eleitoral da Venezuela afirma ter entregue atas da eleição à Justiça. A Suprema Corte do país voltou a convocar Edmundo González para responder a perguntas, mas a oposição acusa a Corte e o órgão eleitoral de servir a Nicolás Maduro. No Chile, Lula afirma a empresários, ao lado de Gabriel Boric, que o Brasil caminha para se tornar a 8ª economia do mundo nesse ano. O brasileiro foi questionado sobre a decisão de Edmundo González ao se autoproclamar presidente eleito da Venezuela, mas se recusou a comentar afirmando que ele ainda não tomou posse. Lucro bilionário do FGTS será distribuído pela Caixa até o fim do mês. No ano passado, o Fundo de Garantia teve lucro recorde de R$ 23,4 bilhões e o percentual a ser distribuído será definido nessa semana pelo Conselho Curador. Bolsa de Tóquio sobe acima de 10%, após queda recorde ontem por temores de recessão nos Estados Unidos. O principal indicador da Bolsa japonesa caiu mais de 12%, movimento que antecedeu fortes desvalorizações nos mercados globais e alta do dólar, que terminou o dia valendo R{{%%ltplaceholder%%}}nbsp;5,74. Ataque de grupo ligado ao Irã deixa ao menos 5 feridos em base militar dos Estados Unidos no Iraque. O movimento Resistência Islâmica assumiu a autoria do bombardeio e disse em comunicado que vai continuar com os ataques até que o último soldado americano deixe o país. Primeira-ministra de Bangladesh renuncia e foge em meio a protestos com mais de 300 mortos. Ela estava no poder desde 2009, mas abandonou o país enquanto manifestantes invadiam o Palácio Presidencial e as Forças Armadas anunciaram a formação de um governo interino, após libertar líder da oposição. Homem é preso nos Estados Unidos após ameaçar matar Kamala Harris em posts em rede social. O FBI também citou milhares de publicações feitas por Frank Lucio Carillo, direcionadas a funcionários públicos muçulmanos e imigrantes ilegais. ONU diz que nove funcionários da agência para refugiados palestinos podem estar envolvidos no ataque do Hamas em 07 de outubro. Em comunicado, o porta-voz da organização disse que investigações apontaram evidências da participação e anunciou que os trabalhadores foram demitidos. Essas notícias e muito mais você confere nessa edição do Jornal da Manhã.

Bunker X
Existem conspirações comprovadas? | BUNKER X #047

Bunker X

Play Episode Listen Later Apr 3, 2024 57:36


Você sabia que a CIA realizou experimentos secretos de sífilis na população da Guatemala nos anos 40? O que foi o MK Ultra? É verdade que as fabricantes de cigarro manipularam pesquisas para ocultar que os cigarros causavam câncer? Você conhece as provas de que a Guerra do Iraque foi justificada sob uma falsa justificativa? Já ouviu falar que o governo dos EUA envenenou o álcool do povo norte-americano Durante a Lei Seca? Pois neste Bunker X especial de 1º de Abril, Affonso Solano, Afonso 3D e Rafael "Rafallout" Pinho listam as maiores mentiras contadas pelos governos – consideradas "teorias da conspiração" por décadas – até que fossem comprovadas. ___________ Seja membro no YouTube e ganhe benefícios!

Fumaça
[Inglês] Saleem Haddad sobre ajuda humanitária e neutralidade (Entrevista)

Fumaça

Play Episode Listen Later Mar 28, 2024 26:01


Saleem Haddad trabalhou como investigador e mediador para organizações internacionais em países de maioria muçulmana, no pós-11 de Setembro. Esteve no Iraque, Síria e Iémen. Trabalhou sobre os contextos da Somália, Afeganistão e Paquistão. Até que começou a questionar o princípio da neutralidade que norteava esse trabalho: “Não é um ato neutro quando se vê de onde vem o dinheiro e quem toma as decisões”. Com a jornalista Rafaela Cortez, estamos a escrever uma série de três episódios sobre a indústria de apoio internacional na Palestina que entrará em detalhe em muito do que aqui vais ouvir. Se quiseres acompanhar o progresso desse trabalho, clica aqui.   [English] Saleem Haddad worked as a researcher and mediator for international organizations in Muslim-majority countries after September 11. He was in Iraq, Syria and Yemen. He worked on the contexts of Somalia, Afghanistan and Pakistan. Until he began to question the principle of neutrality that guided that action: "It's not a neutral act when you see where the money comes from and who makes the decisions." This interview is in English, but the introduction is in Portuguese. With journalist Rafaela Cortez, we're writing a three-part series on the international aid industry in Palestine that will go into detail on much of what you'll hear here. If you want to follow the progress of this work, click here.Ajuda-nos a ser a primeira redação profissional de jornalismo em Portugal totalmente financiado pelas pessoas: https://fumaca.pt/contribuir/?utm_source=podcast+appSee omnystudio.com/listener for privacy information.

Levante Ideias de Investimento
Fechamento de Mercado - 16/02/24

Levante Ideias de Investimento

Play Episode Listen Later Feb 16, 2024 21:41


Conheça o Levante Sala VIP! Você terá a sua Carteira analisada por Flávio Conde e Ricardo Afonso. Clique no link e saiba mais: https://lvnt.app/gqa524 16/02: BOLSA SOBE com VALE, PETRO, BRASKEM e ITAÚ Olá, seja bem-vindo ao Fechamento de Mercado da Levante comigo Flávio Conde, hoje é 6ª. feira, graças a Deus, dia 16 de fevereiro, e o programa de hoje é dedicado ao pessoal de vendas da LVNT que é muito bom e gosto de todos. Para assinar no Sala VIP ligue ou escreva para 11984353455. A Bolsa sobe, de novo, e hoje 0,75% e 128,765 mil pontos com volume bom de R$ 23 bi, R$ 2 bi abaixo da média dos R$ 25 bi das sextas de dezembro. Por que a bolsa performou assim? 1º. A bolsa abre em alta influenciada positivamente por Vale, negativa às 10h45, por conta do índice de preço ao produtor (PPI) dos EUA que veio mais alto que esperado e derrubou as bolsas americanas. Porém, a alta de Vale até +3% e Petrobras subindo com petróleo fizeram a Bolsa subir. Bancos, siderúrgicas e Sabesp também avançaram. 2º. Entre as 15 mais negociadas apenas 4 subiram lideradas por: PETR4 1,0% R$ 42,74, VALE3 3,3% R$ 67,67, ITUB4 0,20% R$ 34,65, BBDC4 0,45% R$ 13,49, PETR3 1,70%, B3 0,30%%, SBSP3 1,50% R$ 81,87; PRIO3 2% R$ 45,46; GGBR4 2,4%, MGLU3 1% e USIM5 1,4%. 3º. Quatro caíram entre as 15 mais negociadas: BBAS3 -0,90% R$ 57,80; BBSE3 -0,70% R$ 32,75 e ABEV3 -0,20% R$ 12,82. 4º. O petróleo subiu 0,50% a US$ 83,3 versus US$ 82,7, ontem, dentro da volatilidade diária de +/-1% ou +/-US$ 1, com a menor produção de petróleo em fevereiro e a demora da região do Curdistão, no Iraque, me voltar a exportar petróleo. 5º. O minério de ferro não negocia desde o dia 10 e voltará na segunda-feira com expectativa de alta de boa parte do mercado. 6º. As bolsas americanas caíram depois das 10h30 quando foi divulgado que o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) nos Estados Unidos subiu 0,3% em janeiro ante dezembro, quando era esperado 0,20%. Depois disso, os juros dos títulos de 10 anos subiram de 4,22% para 4,30% com mais esse sinal que a inflação americana não está cedendo e a perspectiva de corte de juros passou a ser junho e não mais maio. 7º. O dólar estável a R$ 4,97 pelo terceiro dia consecutivo. 8º. Os investidores estrangeiros sacaram R$ 1,02 bilhão em recursos no segmento secundário da B3 (ações já listadas) na quarta-feira, 14 de fevereiro, dia que o Ibovespa caiu 0,79%. Na sessão anterior, de sexta-feira, 9 de fevereiro, o grupo sacou R$ 894,3 milhões. Assim, a categoria passou a ter déficit de R$ 6,13 bilhões no mês, enquanto o déficit do ano foi para R$ 14,02 bilhões. Já é quase um terço dos R$ 45 bilhões de saldo positivo registrado em 2023. No ano passado, principalmente entre novembro e dezembro, entraram dezenas de bilhões contando com uma queda de juros nos Estados Unidos já em março. Com essa aposta sendo postergada agora para junho, os recursos vão saindo quase que diariamente desde meados de janeiro. Já o investidor institucional aportou R$ 680,9 milhões na quarta-feira e R$ 567,5 milhões na sexta-feira anterior. Com isso, o superávit mensal do grupo foi para R$ 2,80 bilhões, e o superávit anual totaliza R$ 2,24 bilhões. E o investidor individual aportou R$ 232,6 milhões no dia 14 de fevereiro e 182,7 milhões no dia 9, levando o superávit do mês para R$ 2,27 bilhões e o superávit em 2024 para R$ 6,27 bilhões. As informações foram divulgadas pela B3. Destaques de alta: BRKM5 +10.6% R$ 19,31 BHIA3 +5.28% R$ 8,38 SLCE3 +4.38% R$ 19,54 HYPE3 +4.14% R$ 33,22 RECV3 +3.99% R$ 23,44 Destaques de baixa: TIMS3 -3.43% R$ 17,47 CCRO3 -2.13% R$ 13,30 VIVT3 -2.09% R$ 52,90 RAIL3 -1.63% R$ 23,50 BBSE3 -1.06% R$ 32,66 Agora, você terá uma mensagem especial de 2 minutos que fiz explicando sobre o Sala VIP

Durma com essa
Extratos da semana das chuvas no Rio de Janeiro

Durma com essa

Play Episode Listen Later Jan 19, 2024 4:50


A tragédia desencadeada por temporais no Rio de Janeiro. As enchentes no Rio Grande do Sul. O deputado bolsonarista alvo da investigação sobre 8 de janeiro. As incursões militares iranianas no Iraque, Síria e Paquistão. E maisLinks para as matérias citadas: Como o clima extremo pressiona as cidades em ano eleitoralMariana Vick - 15 de janeiro de 2024https://www.nexojornal.com.br/expresso/2024/01/15/clima-extremo-pressiona-cidades-eleicoes-municipaisDeputado bolsonarista é alvo de operação sobre 8 de janeiroDa Redação - 18 de janeiro de 2024https://www.nexojornal.com.br/extra/2024/01/18/operacao-policia-federal-carlos-jordyComo o Irã acirra a tensão em uma região conflagradaMarcelo Montanini - 17 de janeiro de 2024https://www.nexojornal.com.br/expresso/2024/01/17/papel-ira-conflito-oriente-medioPor que o comércio marítimo entrou em crise nesta décadaMarcelo Roubicek - 17 de janeiro de 2024https://www.nexojornal.com.br/expresso/2024/01/17/comercio-maritimo-crise-decada-2020Como Iowa confirma o domínio de Trump entre os republicanosSuzana Souza e Letícia Arcoverde - 16 de janeiro de 2024https://www.nexojornal.com.br/podcast/2024/01/16/trump-domina-republicanos-iowa

O Assunto
A influência do Irã nos conflitos do Oriente Médio

O Assunto

Play Episode Listen Later Jan 18, 2024 24:21


O ataque terrorista do Hamas a Israel em 7 de outubro desencadeou a mais sangrenta guerra já promovida em território palestino e abriu uma caixa de Pandora para mais violência no Oriente Médio. Frentes de combate se abriram na fronteira entre Israel e Líbano, onde atua o grupo terrorista Hezbollah, e no Mar Vermelho, onde rebeldes houthis atacam navios e são bombardeados pelos EUA. Ataques a grupos militantes também foram registrados no Iraque, na Síria e no Paquistão. E a ligação entre todos os conflitos é o Irã, país controlado por aiatolás xiitas que investe muito dinheiro em sua máquina de guerra e patrocina grupos armados em sua área de influência. Para explicar como o governo iraniano impõe seus tentáculos por toda a região e os riscos de que esses conflitos ganhem escala global, Natuza Nery entrevista Vitelio Brustolin, professor de relações internacional da UFF e professor adjunto na Universidade de Columbia (EUA), e também pesquisador da faculdade de Direito de Harvard. Neste episódio: Vitelio afirma que a guerra entre Israel e Hamas já se espalhou pela região e repercute até na Europa e nos Estados Unidos, onde foram ativados alertas máximos contra atos terroristas. “A estratégia do Hamas se mostra eficiente se a tática terrorista se espalhar pelo mundo”, avalia; Ele comenta a agenda geopolítica do Irã, que financia partidos e milícias xiitas em países vizinhos – e enfrenta agrupamentos também armados sunitas, como é o caso do Talebã e do Estado Islâmico. E descreve o poder militar das forças armadas iranianas – que está perto de ter tecnologia suficiente para construir uma ogiva nuclear; Vitelo explica como agem os rebeldes houthis, sediados no Iêmen: “Eles controlam a entrada do Mar Vermelho, por onde passa 12% do comércio mundial”. E como os ataques do grupo a navios são usados como moeda de troca pelo Irã. “Mostra o uso de terrorismo internacional como ferramenta de política externa”, sentencia; O professor fala sobre sua preocupação em relação à multiplicação de conflitos, que poderiam “desembocar em uma guerra maior, que daria início a uma 3ª Guerra Mundial”.

Durma com essa
Extratos da semana dos vetos de Lula à LDO

Durma com essa

Play Episode Listen Later Jan 5, 2024 5:11


A sanção com ressalvas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Lei de Diretrizes Orçamentárias. A suspensão da reforma trabalhista de Javier Milei na Argentina. A decisão da Suprema Corte de Israel contra a reforma judicial de Netanyahu. O atentado com mais de 80 mortos no Irã. O ataque de drone dos EUA no Iraque. O terremoto que matou dezenas no Japão. E maisLink para as matérias:Como Lula tenta frear o controle parlamentar do OrçamentoIsadora Rupp 02 de janeiro de 2024https://www.nexojornal.com.br/expresso/2024/01/02/como-lula-tenta-frear-o-controle-parlamentar-do-orcamentoJustiça argentina barra reforma trabalhista decretada por MileiDa Redação 03 de janeiro de 2024https://www.nexojornal.com.br/extra/2024/01/03/justica-argentina-barra-reforma-trabalhista-decretada-por-mileiSuprema Corte de Israel derruba reforma do JudiciárioDa Redação 01 de janeiro de 2024https://www.nexojornal.com.br/extra/2024/01/01/suprema-corte-de-israel-derruba-reforma-do-judiciarioVice-chefe político do Hamas morre em ataque no LíbanoDa Redação 02 de janeiro de 2024https://www.nexojornal.com.br/extra/2024/01/02/vice-chefe-politico-do-hamas-morre-em-ataque-no-libanoEstado Islâmico assume autoria de ataque no IrãDa Redação 04 de janeiro de 2024https://www.nexojornal.com.br/extra/2024/01/04/estado-islamico-assume-autoria-de-ataque-no-iraEm ataque no Iraque, EUA matam chefe de grupo pró-IrãDa Redação 04 de janeiro de 2024https://www.nexojornal.com.br/extra/2024/01/04/em-ataque-no-iraque-eua-matam-chefe-de-grupo-pro-iraColisão entre aviões mata 5 pessoas em aeroporto do JapãoDa Redação 02 de janeiro de 2024https://www.nexojornal.com.br/extra/2024/01/02/colisao-entre-avioes-mata-5-pessoas-em-aeroporto-do-japao

BBC Lê
O rio no Iraque onde nasceu a civilização

BBC Lê

Play Episode Listen Later Dec 23, 2023 13:20


Este outrora poderoso rio, o Tigre, é onde os humanos desenvolveram a agricultura, a escrita e a roda. Mas agora a força vital do mundo antigo está ameaçada.

Viracasacas Podcast
RT Comentado 4 - Adivinha quem tem uma bomba atômica?

Viracasacas Podcast

Play Episode Listen Later Nov 24, 2023 20:22


Essa é uma história sobre um país do Oriente Médio que possui armas de destruição em massa. Em 2003 os Estados Unidos invadiram o Iraque com o apoio do Reino Unido com o objetivo de "desarmar o regime iraquiano, encerrar o apoio de Saddam Hussein a organizações terroristas e libertar o povo iraquiano". Como todos sabem, após o “sucesso” da operação, não foram encontradas as armas de destruição em massa.  De qual país estou falando? Ouve aí para descobrir   Fontes: Livro Israel and the Bomb de Avner Cohen - http://cup.columbia.edu/book/israel-and-the-bomb/9780231104838 https://oglobo.globo.com/blogs/blog-do-acervo/post/2023/10/o-homem-que-delatou-o-programa-de-armas-nucleares-de-israel.ghtml  https://www.theguardian.com/world/2014/jan/15/truth-israels-secret-nuclear-arsenal https://www.tandfonline.com/doi/epdf/10.1080/00963402.2021.2014239?needAccess=true https://archive.md/e8puM https://nsarchive.gwu.edu/briefing-book/nuclear-vault/2016-11-02/numec-affair-did-highly-enriched-uranium-us-aid-israels-nuclear-weapons-program https://www.nonproliferation.org/wp-content/uploads/npr/83cohen.pdf https://foreignpolicy.com/2013/09/10/exclusive-does-israel-have-chemical-weapons-too/ https://www.timesofisrael.com/israels-chemical-arsenal-in-the-spotlight/ https://electronicintifada.net/content/dispersing-demonstrations-or-chemical-warfare/5152 Música de Maksym Dudchyk disponível no Pixabay

O Antagonista
Latitude#51: o Hezbollah e o Líbano na guerra atual

O Antagonista

Play Episode Listen Later Nov 11, 2023 40:50


Um dos principais temores na atual guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas é se o conflito pode envolver o Hezbollah e o Líbano. Para Karina Stange Calandrin, graduada em relações internacionais e autora do livro Bom dia, Líbano, lançado em setembro, o Hezbollah não entrou com tudo na guerra atual porque isso não é do interesse do Irã. Segundo ela, os aiatolás iranianos financiam grupos como o Hezbollah, o Hamas, os houthis no Iêmen e milícias xiitas no Iraque e na Síria justamente para não entrar numa guerra direta. "Esses grupos conseguem enfrentar Israel sem precisar que o Irã entre na guerra. Uma guerra envolve gastos de dinheiro, perdas humanas, e o Irã não está com a economia tão boa assim para entrar numa guerra neste momento contra Israel", diz a pesquisadora. Karina foi a entrevistada no podcast Latitude pelos jornalistas Duda Teixeira e Rogério Ortega. O Antagonista está no top 3 do prêmio IBest na categoria Canal de Política.  Contamos com o seu voto e sua ajuda na divulgação.  https://app.premioibest.com/votacao/canal-de-politica Acompanhe O Antagonista no canal do WhatsApp.  Boletins diários, conteúdos exclusivos em vídeo... e muito mais.  Link do canal:  https://whatsapp.com/channel/0029Va2SurQHLHQbI5yJN344 Assine o combo O Antagonista + Crusoé:  https://assine.oantagonista.com/ Siga O Antagonista nas redes sociais e cadastre-se para receber nossa newsletter:  https://bit.ly/newsletter-oa Leia mais em www.oantagonista.com.br  |  www.crusoe.com.br

Historia Magister
Guerra do Iraque - Episodio 4: Novo Mundo

Historia Magister

Play Episode Listen Later Oct 21, 2023 93:53


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Geopizza
O Filho de Saddam: Uday Hussein #110

Geopizza

Play Episode Listen Later Oct 20, 2023 206:03


Bagdá, Iraque, 1993 O filho de Saddam Hussein tornou-se a pessoa mais odiada do Iraque, mais que seu próprio pai. Por que? Sádico, mimado, violento e explosivo, Uday Hussein tinha acesso a uma riqueza interminável, tornando-o possível de fazer qualquer coisa, em qualquer lugar. Uday Hussein já tinha executado pessoas em festas em Bagdá, abusado sexualmente de meninas menores de 18 anos, torturado atletas olímpicos por perderem partidas e muito mais. Qualquer brincadeira ou desrespeito com Uday poderia significar meses de tortura ou morte. Com dezenas de palácios, milhares de carros de luxo, roupas de marca, animais exóticos contrabandeados e armas folheadas a ouro, Uday Hussein exibia sua riqueza tal como sua violência. Sem amigos e constantemente movido à álcool e cocaína, Uday Hussein tinha até mesmo um dublê com sua aparência e altura, para confundir mercenários que tentassem assassina-lo. ______________________________________________ Para escutar nossos episódios extras, apoie nossa campanha no Apoiase:⁠⁠ https://apoia.se/geopizza⁠⁠ Patreon: ⁠⁠https://patreon.com/geopizza⁠⁠  Orelo: https://orelo.cc/podcast/65051c0ba40f4efe7a9b9cf8/dashboard ______________________________________________ Confira nossa loja, a Geostore

Geopizza
O Iraque da Família Hussein #109

Geopizza

Play Episode Listen Later Oct 3, 2023 149:32


Iraque, 2003. Governado por Saddam Hussein durante 24 anos, o Iraque foi considerado parte de um “eixo do mal” de acordo com o ex-Presidente dos Estados Unidos, George W. Bush. Chamado de o “louco do Oriente Médio” Saddam era acusado de financiar organizações terroristas, invadir países como o Irã e Kuwait, utilizar armas químicas em civis e de perpetuar sua família em posições de poder. Saddam tinha, de fato, feito tudo aquilo que lhes acusavam. De tudo isso, ele só não só não era um louco. Saddam não era impulsivo, agia com critério e era bajulado por vários líderes internacionais. Com um complexo messiânico de poder ilimitado, agressão desenfreada, uma perspectiva paranóica e aspirante à monarca, Hussein se considerava destinado a liderar todos os povos árabes a viver sob uma mesma nação, em uma ideologia conhecida como pan-arabismo. Considerando-se um descendente do rei babilônico Nabucodonosor, do profeta Maomé e do sultão Saladino, Saddam queria ser lembrado como um grande conquistador do mundo árabe. Constantemente rodeado de conselheiros, guarda-costas e dublês, todos tinham medo de contradizê-lo. Junto com seus dois filhos, Udey e Qusay, a família Hussein controlava quase todos os assuntos nacionais do Iraque: política, esporte e a cultura. Em 1991, Saddam Hussein teve em suas mãos o 6º exército mais poderoso do mundo, financiado pelo seu maior parceiro comercial, os Estados Unidos. ______________________________________________ Se curte o conteúdo do Geo, agradecemos quem contribuir com nossa campanha mensal no: Apoiase:⁠ https://apoia.se/geopizza⁠ ou Patreon: ⁠https://patreon.com/geopizza⁠ (se você mora fora do Brasil) ______________________________________________ Confira nossa loja, a Geostore

Chutando a Escada
Para entender o Estado Islâmico

Chutando a Escada

Play Episode Listen Later Aug 15, 2023 82:39


Conversamos com Augusto Leão (UFMG), Flávia Paniz (UEMG), Natália Calfat (USP) sobre o livro "Para começar a entender o Estado Islâmico", grupo terrorista que ocupou partes da Síria e do Iraque entre 2012 e 2019, redefinindo as relações entre povos e países no Oriente Médio e sendo responsável por inovações e táticas de terrorismo, especialmente no uso da Internet. Mesmo após sua derrota territorial em 2019, o EI continua um ator político importante e influencia outros grupos terroristas no mundo inteiro. Aperte o play! The post Para entender o Estado Islâmico appeared first on Chutando a Escada.