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Disputa fiscal entre GALP e Moçambique testa soberania económica do país. Governador de Nampula anuncia reforço de segurança na sequência de novos ataques terroristas. Vice-presidente norte-americano garante, em Israel, que Washington não enviará tropas para a Faixa de Gaza.
José Mário Vaz lidera boletim das presidenciais na Guiné-Bissau. Domingos Simões Pereira fica fora. Tribunal Provincial de Luanda condenou a três anos e seis meses de prisão Gelson Quintas, conhecido como "Man Genas". Na Assembleia da República de Moçambique, o ministro da Defesa garante que Cabo Delgado é "viável".
Milhares de manifestantes protestam contra Donald Trump nos Estados Unidos. Ladrões invadem Museu do Louvre à luz do dia, levam joias em minutos e fogem.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Um caminho para a paz ou uma ilusão criada pela pressão dos EUA.
Neste episódio, a conversa será sobre a grande vitória de Trump, ao conseguir mediar um acordo entre Israel e o Hamas, colocando fim ao conflito que durou dois anos. A pergunta é: essa trégua se transformará em uma paz duradoura? Além disso, vamos conversar sobre mais um ataque dos EUA a uma lancha com drogas na costa venezuelana e sobre possíveis ações dos EUA contra o território venezuelano. A nova crise entre EUA e China em torno das terras raras, a guerra na Ucrânia, a crise política na França e os mais relevantes assuntos estratégicos desta semana também estarão na pauta!Conheça os livros que indico na minha lista de desejos da Amazon - https://amzn.to/351TTGKSe você acha nosso trabalho relevante e reconhece as horas dedicadas à pesquisa e formulação de todo o conteúdo, você pode se tornar apoiador do blog. Veja como em https://paulofilho.net.br/apoieoblog/Não deixe acompanhar o Blog do Paulo Filho, em http://www.paulofilho.net.br e de nos seguir nas redes sociais:Receba notificações diárias sobre assuntos estratégicos e geopolíticos no Telegram - https://t.me/+IXY-lux3x3A1ZGNhSiga-nos no Twitter - / paulofilho_90 Siga-nos no Linkedin - / paulo-filho-a5122218 Siga-nos no Instagram - / blogdopaulofilho Inscreva-se no canal do Youtube - / paulofil Conheça os livros que indico na minha lista de desejos da Amazon - https://amzn.to/351TTGK
ANAPRO denuncia ameaças da ministra da Educação contra professores em greve. Hamas entregou ontem 20 reféns israelitas vivos e mais quatro corpos dos 28 não sobreviventes. O que muda na nova Lei de migração em Portugal?
O Hamas libertou esta segunda-feira, 13 de Outubro, todos os reféns israelitas vivos da Faixa de Gaza. Em contrapartida, Israel compromete-se a libertar cerca de 2 mil prisioneiros palestinianos. A operação resulta de um acordo que pretende acabar com dois anos de guerra na Faixa de Gaza e acontece no mesmo dia em que decorre, em Charm el-Cheikh, no Egipto, a cimeira internacional dedicada ao futuro de Gaza, co-presidida pelo chefe de Estado egípcio, Abdel Fattah al-Sissi, e o homólogo norte-americano, Donald Trump. Em entrevista à RFI, Vítor Gabriel Oliveira, analista político e secretário-geral da Associação para o Desenvolvimento Económico e Social da Europa, admite que se trata de um dia importante para ambos os lados, defendendo que a paz continua a ser um grande desafio. O que representa esta troca de reféns e prisioneiros para a paz entre Israel e Gaza? É enorme, porque era um dia esperado há bastante tempo. Neste momento, o que temos de perceber é o que será um Estado palestiniano nos próximos meses e, depois, nos próximos anos. Qual é a perspectiva que o Estado palestiniano quer realizar? E as relações que irá ter com Israel? Mas também perceber qual é a perspectiva e qual é a expectativa de Israel, nomeadamente em relação ao Hamas. Israel veio dizer que os prisioneiros palestinianos seriam libertados a partir do momento em que todos os reféns estivessem em território israelita. É quase como se a vida dos israelitas tivesse mais importância do que a vida dos palestinianos? Trata-se de uma questão de grau de confiabilidade. Aliás, o Hamas disse várias vezes que cumpriria o acordo e depois acabou por não libertar a totalidade dos reféns. E Israel continua a atacar Gaza… Sim, continua a atacar Gaza. Esta troca resulta de um plano de Donald Trump para Gaza. A seu ver, este plano tem condições para continuar? Temos de perceber aquilo que foram as pressões diplomáticas a nível internacional, nomeadamente no reconhecimento do Estado da Palestina. Uma das premissas era que o Hamas, reconhecido como um grupo terrorista, não faria parte do futuro do Estado da Palestina. Porém, o Hamas quer participar nesse futuro e não se conhece um calendário sobre a questão da entrega de armas, se isso acontecerá na totalidade ou não. Há também, dentro do Hamas, líderes que não vêem isso com bons olhos. O Hamas disse este fim-de-semana que está fora de questão depor as armas. O que isto implica concretamente? Numa negociação diplomática, tem de haver elementos de intercessão. Esses elementos de intercessão passam por haver mais fiabilidade de forma a permitir que um acordo favorável possa vir a ser respeitado. Se os Estados Unidos e os parceiros internacionais para o reconhecimento do Estado palestiniano puseram como condição que o Hamas não participe no futuro do Estado da Palestina, mas o Hamas não depõe as armas, então voltamos a Israel, que diz: "Nós só entregamos os reféns palestinianos quando nos entregarem a totalidade", ou seja, um grau de desconfiança de parte a parte. Primeiro, porque o Hamas, no dia 7 de Outubro, fez o atentado terrorista dentro de Israel. Depois, porque Israel defende-se, perante o direito internacional, numa primeira fase, e depois ultrapassa largamente as linhas vermelhas. Benjamin Netanyahu ultrapassou várias linhas vermelhas. Isso, claro, para todos. Talvez pela pressão que teve dentro do governo, apoiado por partidos de extrema-direita. Aqui, o elemento diferenciador é o Presidente dos EUA, Donald Trump, que é realmente a pessoa com mais proximidade de Netanyahu e com mais poder sobre o primeiro-ministro israelita. O Hamas diz que está fora de questão desarmar-se e Israel diz que, se isso não acontecer, voltará a atacar Gaza. É real a possibilidade de Israel voltar a atacar Gaza? Com aquilo que me está a dizer, acho que é fácil de prever que sim. Se me pergunta se é justa ou não, numa guerra perde-se o significado de parte a parte, quando se passam todas as linhas vermelhas, tanto de um lado como do outro. Se uma parte dos países que reconheceram o Estado da Palestina colocou como condição a não interferência do Hamas e a deposição das armas e o Hamas diz que não, o Estado de Israel não pode conviver ao lado de uma organização terrorista que o pode atacar a qualquer momento. Quando se fala da governação de Gaza, fala-se da Autoridade Palestiniana. Que legitimidade tem esta entidade para governar Gaza, quando se sabe que há muitos palestinianos que continuam do lado do Hamas? Temos de começar por algum lado. Isso é a primeira questão. Neste momento, fala-se de uma força de paz internacional, com alguns países da região e com outros fora do Médio Oriente, que possam ter forças de paz nessa região. Não se sabe ainda, está-se a construir a solução de governo, de liderança. Falava-se que essa força poderia contar com Tony Blair [antigo primeiro-ministro britânico]. Um nome que foi, desde logo, criticado… É preciso ir ajustando. A administração americana tem estado a fazer o trabalho possível. Não é fácil para quem defende Israel ou quem defende o lado palestiniano. Aqui são fundamentais as intercessões e as cedências de parte a parte. Só assim se poderá resolver uma questão destas. É impossível, e tem de haver bons intermediários. Sabemos que o Egipto, o Qatar e outros intermediários estão a fazer o seu trabalho. E a Turquia… E a Turquia também teve um grande papel. Mas é importante perceber que isso leva a um aumento da confiança. Se realmente Donald Trump conseguir a pacificação naquela região, leva a um aumento da confiança entre o mundo ocidental, liderado pelos Estados Unidos, e o mundo árabe. Isso é importante para a paz a nível mundial e para a paz naquela região. É isso que está em cima da mesa na cimeira internacional dedicada ao futuro de Gaza, que decorre em Charm el-Cheikh, no Egipto, e que conta com a presença de Donald Trump e com uma série de líderes mundiais. Acredita que a paz está hoje mais próxima? Neste momento existem várias desconfianças. O Hamas diz que não vai depor as armas e Israel garante que, nesse cenário, voltará a atacar Gaza. Isto é um choque directo e leva-nos a antever que, assim que os reféns israelitas forem entregues e depois forem cumpridas as entregas dos palestinianos, poderemos partir para um novo conflito. Nesta cimeira, Donald Trump terá que conseguir evitar esse cenário. Muitos dos países que estão à volta de Israel não reconhecem o Estado de Israel. E uma das condições do plano de Gaza passa também pelo reconhecimento, por parte desses países, e o Estado palestiniano tem que reconhecer o Estado de Israel. Mas para isso precisa de haver um Estado da Palestina… A Turquia não classifica o Hamas como um grupo terrorista. Este posicionamento pode trazer implicações para estas negociações? Numa negociação, quando há intermediários, tem de haver intermediários que estão mais próximos ou menos próximos. A Turquia, ao não classificar o Hamas como um grupo terrorista, consegue mais facilmente estar do lado do Hamas e criar condições para abrir canais comunicantes, conseguindo negociar com os líderes do Hamas. Alguns deles não estão sequer em Gaza. Estão nos outros países à volta, como o Qatar. A ausência de Israel e do Hamas nesta reunião pode ser visto como um sinal negativo para o sucesso desta cimeira? Não acredito que o Hamas e Israel não tenham, pelo menos, representantes indirectos. Não é possível ter a certeza de que o acordo vai resultar. Portanto, é preciso fazer um jogo de parte a parte até chegar ao caminho final de intercessão.
Barroso anuncia aposentadoria do STF. E Censo mostra que mulheres são mais escolarizadas, mas ganham 20% menos que homens no Brasil.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Confira nesta edição do JR 24 Horas: O grupo terrorista Hamas anunciou, nesta quinta-feira (9), o fim da guerra na Faixa de Gaza. A declaração acontece um dia depois do presidente americano, Donald Trump, afirmar que Hamas e Israel assinaram um plano de paz proposto pelos Estados Unidos. Trump afirmou que os reféns israelenses devem ser libertados até terça-feira (14) e que o grupo terrorista também entregará suas armas. Em troca dos 48 reféns, Israel vai libertar dois mil prisioneiros palestinos. E ainda: PF deflagra nova fase de operação contra fraudes no INSS que desviaram R$ 6,3 bilhões.
Após dois anos de conflito, Israel e o Hamas anunciaram esta quinta-feira, 09 de Outubro, um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, inserido no plano de Donald Trump para o Médio Oriente. O acordo prevê a troca de reféns israelitas por prisioneiros palestinianos. Marcos Farias Ferreira, especialista em relações internacionais, sublinha que o acordo pode vir a permitir a entrega de ajuda humanitária à população de Gaza, todavia ressalva a necessidade de olhar para este documento com cautela. Após dois anos de conflito, Israel e o Hamas anunciaram esta quinta-feira, 09 de Outubro, um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, inserido no plano de Donald Trump para o Médio Oriente. O acordo, considerado a primeira fase do plano, prevê a troca de reféns israelitas por prisioneiros palestinianos. Marcos Farias Ferreira, especialista em relações internacionais, sublinha a necessidade de olhar para este documento com cautela. "O que foi anunciado é a implementação da primeira fase do plano apresentado por Trump na semana passada. Existe um acordo para trocar reféns israelitas por prisioneiros palestinianos, sendo que actualmente há mais de 10.000 prisioneiros palestinianos nas prisões israelitas, o número mais alto em décadas. Este é um ponto importante porque, também, permite uma desescalada das pressões de Israel, traduzindo-se em algum alívio para a população palestiniana. É limitado, mas é o que as partes conseguiram acordar até agora". Para o especialista, a libertação dos reféns israelitas não implica necessariamente uma perda de influência do Hamas, uma vez que considera que o grupo tem agora pouco a ganhar em prolongar a situação, após a ofensiva militar israelita intensa que debilitou as capacidades do grupo. "As pressões internas da população palestiniana e externas, especialmente do Qatar e outros Estados árabes, fazem com que o Hamas perceba que pouco ganha em prolongar essa estratégia, abrindo espaço para negociações políticas futuras". Marcos Farias Ferreira alerta, contudo, que permanece a incógnita sobre se Israel, com este acordo, procura única e exclusivamente a libertação dos reféns, sem cumprir os restantes compromissos do plano. "Netanyahu provavelmente quer apresentar a libertação dos reféns como uma vitória e manter o apoio político interno. A questão é se haverá pressão externa suficiente para que Israel avance nas demais fases do plano. Historicamente, os Estados Unidos, seja sob Trump ou Biden, não sancionaram Israel quando acordos anteriores foram torpedeados". Apesar de Israel continuar a contar com o apoio dos Estados Unidos, Farias Ferreira aponta mudanças na dinâmica regional: "Os ataques israelitas ao Qatar foram um desastre diplomático, forçando Trump a equilibrar a influência entre Israel e os Estados árabes. Essa pressão externa aumentou a possibilidade de que futuras fases do plano avancem, incluindo a retirada de Israel, o desarmamento do Hamas e a entrada de ajuda humanitária". O impacto humanitário do cessar-fogo também é destacado, uma vez que "o acordo representa um alívio para os palestinianos, podendo facilitar corredores humanitários e entrada de ajuda. Porém, a ajuda humanitária não deveria jamais ser usada como moeda de troca. Israel tem controlado água, alimentos e infra-estruturas civil em Gaza como ferramenta de pressão, o que, segundo o Direito Internacional Humanitário, é uma violação de regras básicas", adverte Marcos Farias Ferreira. Uma das críticas apontadas ao plano de Trump é a ausência dos palestinianos na equação, "o plano não coloca os palestinianos ao volante das decisões e cria um comité internacional para supervisionar a implementação, controlando investimentos e reconstrução. Isso viola a ideia de autodeterminação e democracia". A isto acrescenta-se a Cisjordânia, muitas vezes esquecida nos acordos de Gaza: "A ocupação israelita e os colonatos comprometem a viabilidade de um futuro Estado palestiniano".
Em Angola, pré-candidatura de Rafael Massanga Savimbi está a entusiasmar os membros da UNITA. Presidente da Associação dos Ruandeses Refugiados em Moçambique destaca o trabalho da comunidade em diminuir o medo de perseguições do regime de Paul Kagame. Analisamos ainda o impacto social da guerra do Médio Oriente na Alemanha. No futebol, pode ser um dia histórico para a lusofonia.
Vamos falar dos dois anos de guerra na Faixa de Gaza, que se completam hoje, com alguma esperança de finalmente haver um acordo de paz. Também vamos tratar de outros assuntos estratégicos e geopolíticos importantes, como a guerra na Ucrânia, a crise política na França, o telefonema entre Trump e Lula e muito mais!Conheça os livros que indico na minha lista de desejos da Amazon - https://amzn.to/351TTGKSe você acha nosso trabalho relevante e reconhece as horas dedicadas à pesquisa e formulação de todo o conteúdo, você pode se tornar apoiador do blog. Veja como em https://paulofilho.net.br/apoieoblog/Não deixe acompanhar o Blog do Paulo Filho, em http://www.paulofilho.net.br e de nos seguir nas redes sociais:Receba notificações diárias sobre assuntos estratégicos e geopolíticos no Telegram - https://t.me/+IXY-lux3x3A1ZGNhSiga-nos no Twitter - / paulofilho_90 Siga-nos no Linkedin - / paulo-filho-a5122218 Siga-nos no Instagram - / blogdopaulofilho Inscreva-se no canal do Youtube - / paulofil Conheça os livros que indico na minha lista de desejos da Amazon - https://amzn.to/351TTGK
Assinalam-se dois anos do ataque do Hamas no sul de Israel, que causou mais de 1.000 mortos e cerca de 200 reféns - hoje reduzidos a 48. A resposta de Israel na Faixa de Gaza provocou, segundo o Ministério da Saúde - controlado pelo Hamas — mais de 67.000 mortos, muitos deles crianças, e deixou a população confrontada com a fome e a destruição. Esta terça-feira, 7 de Outubro, os familiares dos reféns israelitas pedem o fim da ofensiva, para que estes possam regressar a casa. O escritor e jornalista Rui Neumann fala de um grande cansaço dos israelitas face a esta guerra, sublinhando que a paz parece estar mais difícil de se reconstruir. Dois anos depois, o que pensam os israelitas desta guerra? Há um grande cansaço por parte dos israelitas relativamente à guerra. Mas a primeira preocupação geral é que este é um sentimento, independentemente do quadrante político, ou seja, seja da direita ou da esquerda. A prioridade é, antes de mais, o regresso e a libertação dos 48 reféns restantes do massacre de 7 de Outubro. Mas há um trauma muito profundo na sociedade israelita. Relativamente à tragédia humanitária que se vive em Gaza, qual é o sentimento dos israelitas? Há uma certa sensibilidade relativamente à tragédia humanitária. No entanto, para Israel, o primeiro ponto é a sua própria segurança. O que aconteceu há dois anos não pode repetir-se. Porquê? Porque as primeiras vítimas do 7 de Outubro foram a jovens israelita de tendência esquerda, que até defendia a causa palestiniana. E esses foram os primeiros alvos que estavam no famoso e dramático concerto Nova. Isto moldou-se. Podemos dizer que a população israelita se tornou muito desconfiada em relação à população palestiniana. O sentimento de ódio aumentou dos dois lados? Não podemos dizer que há um sentimento de ódio, mas sim de uma desconfiança muito, muito grande. E sim, isso está muito patente. Quebrou-se o sentimento que existia de que seria possível estabelecer um caminho para a paz com os palestinianos, que neste momento está muito fragilizado. Estão muito céticos. Os israelitas, relativamente a se é possível construir esse caminho. A paz parece mais longe? Verdadeiramente, a paz parece estar mais difícil de se reconstruir. Sim, de um ponto de vista realista, é preciso criar mecanismos quase mais tecnocráticos para uma coexistência pacífica, mais do que para a paz. A paz é algo muito utópico. Os israelitas esperam, neste momento, uma situação de não conflito, o que é completamente diferente. Muitos israelitas deixaram o país e com o aumento dos actos anti-semitas, outros acusam o primeiro-ministro de Israel de colocar em risco a vida dos israelitas. Benjamin Netanyahu, acusado de crimes de guerra, de usar a fome como método de guerra e que, de certa forma, está actualmente refém da extrema-direita, deixou de representar os interesses dos israelitas? E faço esta pergunta quando estamos a um ano de eleições e é provável que Netanyahu continue com ambições políticas… Benjamin Netanyahu continua a ter ambições políticas, mas o 7 de Outubro foi um grande trauma, não só para além das fronteiras israelitas, mas também nas comunidades judaicas no mundo. Houve uma multiplicação de erros e indiferença, face aos alertas que foram lançados pelo Shin Bet, os serviços de informação interior, até mesmo pela inteligência militar – AMAN. Essa multiplicação de erros resultou nas proporções do massacre do Hamas, quase dando o sentimento aos judeus de que, afinal, Israel não é uma terra que protege os judeus. Por outro lado, com a ofensiva levada a cabo em Gaza e a determinação de Benjamin Netanyahu de eliminar completamente o Hamas multiplicou um militantismo fora de Israel, contra Israel e contra o chamado anti-sionismo, que entra muito na esfera do anti-semitismo. E aí, sim, muitas populações judaicas e muitas comunidades judaicas responsabilizam Benjamin Netanyahu. Quanto às suas ambições para 2026, no caso de não haver eleições antecipadas, ainda não estão garantidas. Benjamin Netanyahu poderá vir a ser julgado no futuro pelos crimes de que é acusado? Poderá vir a ser julgado em Israel, isso sim, acredito. Israel já deu provas, noutros casos, de julgar os seus próprios líderes políticos. As responsabilidades e os erros cometidos a 7 de Outubro. Começaram no Egipto as negociações entre as delegações de Israel e o Hamas, que afirmou estar disponível para iniciar a troca de reféns se Israel terminar a ofensiva em Gaza. Israel está disposto a dar este passo? Israel está disposto porque o Hamas não tem grandes vias. Em termos da ala militar, o Hamas está em praticamente derrotado. O que subsiste ainda é a ala política. E no Egipto, quem está a negociar é exactamente essa ala política que tenta, de certa forma, manter a organização à tona, embora esteja muito fragilizada. Israel está disposto a dar o passo no chamado plano Trump. É preciso dizer que o plano de Donald Trump para Gaza não é uma garantia de estabilidade para Gaza, nem para Israel e nem para a própria Cisjordânia, onde as organizações palestinianas quase que não participam nesse plano. O problema aqui é que o Hamas é, de facto, a principal organização política palestiniana em Gaza, mas não é quem detém a maior parte dos 48 reféns. Existem organizações mais radicais, como o Jihad Islâmico, que não estão dispostas a ter qualquer acordo com Israel, nem a reconhecer Israel. E, de forma quase insignificante, o FLP, que também detém reféns. O Hamas, para fazer um acordo global de rendição, que é a condição que lhe é imposta, tem que ter o alinhamento destas duas pequenas organizações. O plano de Donald Trump tem 20 pressupostos. O 19.º diz o seguinte: À medida que o processo de reconstrução de Gaza avança e o programa de reformas da Autoridade Palestiniana é fielmente executado, as condições poderão finalmente estar reunidas para o caminho credível rumo à autodeterminação e à criação de um Estado da Palestina. Benjamin Netanyahu já se veio a pôr essa possibilidade. Neste contexto actual, um Estado da Palestina é possível? Neste momento, Israel, na cena política internacional, já está muito isolado. Há vários países que ainda apoiam Israel, o primeiro, sem dúvida, os Estados Unidos. Há outros países com uma posição ambígua, como vários países europeus, que, por um lado, reconhecem o Estado da Palestina e, por outro, apoiam Israel, mas não quer isto dizer que apoiam as políticas de Benjamin Netanyahu. Mas a criação de um Estado palestiniano, neste momento, é extremamente complexa, porque antes da criação do Estado, é preciso definir que fronteira vai ter esse Estado, que governo vai ter esse Estado e quem será a autoridade. Qual é o organismo palestiniano que vai assumir essa chefia de Estado? A Autoridade Palestiniana não tem legitimidade? A Autoridade Palestiniana, neste momento, tem que se reformar completamente. Quando houve o reconhecimento do Estado da Palestina, não houve a imposição de se definir as regras do jogo para que um Estado tenha que existir, porque, senão, o que podemos estar a antecipar é a criação de um Estado quando que não tem condições para existir, e isso pode levar a uma guerra civil palestiniana. Todavia, há uma camada da população israelita que defende e considera quase inevitável a criação de um Estado palestiniano. Agora, o que ninguém compreende é quais vão ser essas regras, quais vão ser as fronteiras, a política do próprio Estado. E é aqui que também precisa de ser ouvida a população palestiniana. Principalmente a população palestiniana. Para criar um Estado palestiniano, eles têm que ter a primeira voz. São os palestinianos.
O plano articulado entre EUA e Israel já envolve indicações dos Estados Árabes e uma "administração de transição" chefiada por Trump. Ainda o "muro de drones" da Europa contra as ameaças russas.See omnystudio.com/listener for privacy information.
No episódio de hoje, vamos conversar sobre a proposta de paz para a Faixa de Gaza, de 22 pontos, proposta por Trump. Será que será aceita pelo Hamas? Falaremos também sobre os drones que interromperam o funcionamento de vários aeroportos europeus: trata-se de guerra híbrida russa? Também haverá espaço para discutirmos a reunião de todos os generais americanos com o Secretário da Guerra. Esses assuntos e muito mais!Conheça os livros que indico na minha lista de desejos da Amazon - https://amzn.to/351TTGKSe você acha nosso trabalho relevante e reconhece as horas dedicadas à pesquisa e formulação de todo o conteúdo, você pode se tornar apoiador do blog. Veja como em https://paulofilho.net.br/apoieoblog/Não deixe acompanhar o Blog do Paulo Filho, em http://www.paulofilho.net.br e de nos seguir nas redes sociais:Receba notificações diárias sobre assuntos estratégicos e geopolíticos no Telegram - https://t.me/+IXY-lux3x3A1ZGNhSiga-nos no Twitter - / paulofilho_90 Siga-nos no Linkedin - / paulo-filho-a5122218 Siga-nos no Instagram - / blogdopaulofilho Inscreva-se no canal do Youtube - / paulofil Conheça os livros que indico na minha lista de desejos da Amazon - https://amzn.to/351TTGK
Miguel Baumgartner afirma que plano de paz de Trump deixa Hamas "completamente isolado". O especialista em Relações Internacionais garante que a Europa está ciente dos perigos que russos representam.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Miguel Baumgartner afirma que plano de paz de Trump deixa Hamas "completamente isolado". O especialista em Relações Internacionais garante que a Europa está ciente dos perigos que russos representam.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Miguel Baumgartner afirma que plano de paz de Trump deixa Hamas "completamente isolado". O especialista em Relações Internacionais garante que a Europa está ciente dos perigos que russos representam.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Guiné-Bissau: Corrida eleitoral traz velhos nomes a ribalta e riscos de exclusão para alguns. Moçambique: Celebra-se hoje o Dia das Forças Armadas, mas em Cabo Delgado o Exército não tem merecido a confianca da população. Líderes africanos voltam pressionar a ONU, querem, por exemplo, dois assentos permanentes no Conselho de Segurança.
Em Moçambique, a sinistralidade rodoviária continua a ceifar vidas. As autoridades culpam o excesso de velocidade, o álcool e a fadiga dos motoristas, mas quem anda na estrada tem outra opinião. Yoweri Museveni, Presidente do Uganda há quase 40 anos, lidera a corrida às presidenciais de fevereiro de 2026. Os Maasai acusam o governo da Tanzânia de atacar os seus direitos.
O Estado da Palestina foi reconhecido por Reino Unido, França e vários outros países, entre os quais Portugal. Numa altura em que a guerra parece não ter fim, que impacto real tem esta decisão? Ouça a análise de Nuno Rogeiro no Jogos de Poder em podcast. O programa foi emitido na SIC a 23 de setembro. Para ver a versão vídeo deste episódio clique aquiSee omnystudio.com/listener for privacy information.
80% dos Estados-membros da ONU reconhecem formalmente o Estado da Palestina e pedem o cessar-fogo. Em Moçambique, a secretária executiva do Observatório da Mulher lamenta que o feminicídio se transforme em números sem consequências práticas. Em Nampula, alfabetizadores protestam após quatro anos sem receber subsídios. No futebol, Ousmane Dembélé é o Bola de Ouro 2025.
Tenho certeza que você já deve ter cruzado com a acusação de que Israel comete genocídio na Faixa de Gaza. Essa é uma afirmação que além de grave, carrega um peso político e diversas implicações jurídicas. Mas será que genocídio é o termo correto para descrever a desgraça que acontece em Gaza?Olhando para a história, para outros conflitos e para a legislação que define o que é um genocídio vou tentar responder essa pergunta no vídeo de hoje!
A guerra entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza já matou mais de 200 jornalistas desde que começou, há cerca de dois anos. Motivadas por esse dado alarmante, as ONGs Repórteres Sem Fronteiras (RSF) e Avaaz, que dá voz a ações da sociedade civil na internet, lançaram neste mês de setembro uma campanha de apoio aos jornalistas palestinos no território, com a participação de mais de 150 veículos de comunicação de todo o mundo. As organizações pedem proteção para os profissionais e o acesso da imprensa internacional ao enclave. Correspondente da RFI em Gaza, Rami El Meghari, elogia a iniciativa e alerta para o risco de vida que os profissionais de imprensa encaram neste momento naquela região para levar informações ao mundo sobre o dia a dia do conflito. “A meu ver, a campanha da Repórteres Sem Fronteiras é muito importante. Para mim, El Meghari, jornalista de longa data da Rádio França Internacional, é realmente muito importante. Especialmente neste momento crucial em que profissionais de imprensa estão sendo alvos, de uma forma ou de outra, por ações militares israelenses. Então, agradeço de verdade por essa iniciativa”, comenta o correspondente. Leia tambémGaza: ONGs lançam campanha em solidariedade a jornalistas palestinos e pretendem criar redação flutuante Em meio à guerra entre Israel e Hamas, a Faixa de Gaza vive sob um quase blackout midiático. Os jornalistas palestinos são alvos de ataques e os estrangeiros não são autorizados a entrar. El Meghari, que trabalha há 14 anos para a RFI, é um dos que resistem. Neste cenário catastrófico, seu dia a dia se resume a duas palavras: sobreviver e trabalhar. “Um dia típico para jornalistas em Gaza começa com a busca por necessidades básicas como a água. Você precisa garantir que haja água disponível o tempo todo, onde quer que esteja. Precisa garantir que sua família tenha o suficiente para comer, no café da manhã, no almoço. Você precisa garantir energia elétrica para carregar seu telefone, para recarregar suas luzes de LED. O dia de um jornalista [em Gaza] é, portanto, bastante intenso. Você se divide entre suas responsabilidades profissionais e suas responsabilidades como chefe de família”, explica. Apesar dos riscos, o correspondente continua trabalhando e indo ao campo de refugiados de Meghazi, no centro de Gaza, movido pelo sentimento de obrigações com sua família e com a sociedade. “Para mim, como repórter há 25 anos, sempre me pareceu um dever fazer todo o possível para contar essa história ao mundo. Principalmente porque, hoje, não há jornalistas estrangeiros em Gaza. Então, é minha responsabilidade fazer o meu trabalho”, diz El Meghari. “Outro motivo, é a obrigação comigo mesmo e com a minha família. Porque essa é a própria natureza do meu trabalho como jornalista independente. Se eu não trabalhasse, isso significaria que eu morreria de fome, não teria o que comer e não conseguiria alimentar minha família. Se eu trabalho, eu posso sobreviver. Sem isso, minha família e eu não conseguiríamos aguentar”, pondera. “Sonho deixar esta parte do mundo” Para El Meghari, a Faixa de Gaza é o lugar mais “mortal do mundo”. Sentimento reforçado pelos números do conflito. Desde o início da guerra, mais de 63 mil pessoas foram mortas no território palestino, a maioria civis, segundo o Ministério da Saúde controlado pelo governo do Hamas. Por conta disso, além de trabalhar diariamente, neste momento o repórter também luta para ser removido do território palestino junto com sua família. Um sonho, em suas palavras, que ele tenta realizar há mais de um ano: “Em fevereiro de 2024 foi minha primeira tentativa de sair. Porque sempre senti que a situação estava se tornando cada vez mais perigosa. Não é mais um lugar habitável. Não apenas para mim como jornalista, mas também como pai, cuidando dos filhos, que precisam de um presente e de um futuro melhor. Mas tanto o presente quanto o futuro estão faltando em Gaza no momento. Não é mais seguro, não é mais habitável. Sonho em deixar esta parte do mundo”, conta. O correspondente conclui fazendo um apelo para que o governo francês retome a evacuação de jornalistas em Gaza. “Assim, eu e outros poderemos deixar Gaza muito em breve”, diz esperançoso. Também por isso é atual e necessária a campanha lançada pela RSF em solidariedade aos jornalistas palestinos em Gaza. Para preservar a vida daqueles que, assim como Meghari, arriscam sua própria segurança para levar ao mundo todos os fatos do conflito.
Entrevista com o professor Diego Rabelo do departamento de museologia, conservação e restauro. 'Palestina e faixa de Gaza".Ao vivo todas quartas 15h às 16h, pelos canais digitais e pelo FM !
Confira na edição do Jornal da Record News desta quarta-feira (27): Trump faz reunião para debater futuro da Faixa de Gaza. Tiroteio em igreja termina com dois mortos e 17 feridos nos Estados Unidos. E mais: Javier Milei é retirado de carreata após ataques de opositores na Argentina.
Esta semana, vai partir para a Faixa de Gaza uma Flotilha Humanitária com ajuda para a população palestiniana, transportada em dezenas de barcos que vão tentar quebrar o cerco israelita. Delegações de mais de 40 países integram a missão e há três portugueses. O activista Miguel Duarte é um deles e explica que esta é uma “mobilização sem precedentes” e “a maior tentativa de sempre para desafiar o bloqueio ilegal sobre o povo palestiniano em Gaza”. Apesar dos riscos, Miguel Duarte tem esperança que a ajuda humanitária chegue ao destino e defende que “é preciso que a sociedade civil se levante”, senão “ninguém o fará”. Esta é uma missão que junta dezenas de embarcações e delegações de mais de 40 países. O objectivo é levar ajuda humanitária para a Faixa de Gaza e tentar quebrar o cerco israelita que impede a chegada de alimentação e medicamentos. A ONU alertou, na semana passada, que mais de meio milhão de pessoas em Gaza estão a passar fome. Três portugueses integram a Flotilha Humanitária: o activista Miguel Duarte, experiente em missões de resgate de pessoas no Mar Mediterrâneo, a deputada do Bloco de Esquerda Mariana Mortágua e a actriz Sofia Aparício. Em entrevista à RFI, Miguel Duarte disse que se está num “momento histórico”, que esta “é uma mobilização sem precedentes” e “a maior tentativa de sempre para desafiar o bloqueio ilegal sobre o povo palestiniano em Gaza”. Já houve outras frotas rumo a Gaza, mas a maior parte foi interceptada pelo exército israelita. Foi o caso, a 8 de Junho, com o navio Madleen, mas também com o navio Handala, a 27 de Julho. Por outro lado, no início de Maio, activistas que transportavam ajuda humanitária para Gaza foram atacados ao largo de Malta, em águas internacionais, e acusaram Israel. Graças à escala da missão, com delegações de mais de 40 países e dezenas de barcos que levam medicamentos e comida, o activista acredita que a atenção internacional possa impedir que o exército israelita trave a flotilha humanitária, pelo que tem esperança que a ajuda chegue realmente a Gaza. Miguel Duarte acrescenta que informou o Ministério dos Negócios Estrangeiros e que este tem “a responsabilidade moral de garantir a segurança” da tripulação e da ajuda humanitária. Por outro lado, o activista considera que Portugal deveria avançar com um corte de relações diplomáticas e comerciais com Israel, aplicar sanções e acabar com contratos com empresas de armamento israelitas. Experiente em missões de resgate de migrantes no mar Mediterrâneo, Miguel Duarte diz que o que o leva a Gaza é o mesmo que o levou ao Mediterrâneo: a necessidade das pessoas. Nesse sentido, acredita que “é preciso que a sociedade civil se levante”, senão “ninguém o fará”. Miguel Duarte: “É a maior tentativa de sempre para desafiar bloqueio ilegal sobre o povo palestiniano em Gaza” RFI: Qual é o objectivo desta missão? Miguel Duarte, activista: “O objectivo desta missão é trazer ajuda humanitária para Gaza. Neste momento, há um bloqueio ilegal por parte das forças israelitas imposto sobre o povo de Gaza. Sabemos todos que está a decorrer um genocídio e uma fome imposta pelas forças israelitas ao povo de Gaza. O objectivo desta missão, como de tantas outras anteriores, é o de desafiar este bloqueio ilegal e trazer esta ajuda humanitária que é tão necessária e tão urgente para estas pessoas.” O que é que diferencia esta missão das anteriores? “A principal diferença é a escala. Ou seja, já existem missões deste género desde 2008, se não estou em erro. Já muitos barcos e navios tentaram desafiar este cerco. Algumas conseguiram, mas a maior parte, a esmagadora maioria das flotilhas foram bloqueadas e ilegalmente capturadas pelo exército israelita. O que diferencia esta é a escala. Neste momento, estão a ser organizadas delegações de mais de 40 países em dezenas de barcos, portanto, certamente, pelo menos centenas de pessoas vão estar envolvidas. Vão partir barcos de vários pontos da Europa. Eu, neste momento, estou em Barcelona e a minha delegação vai partir daqui. Só de Barcelona vão partir mais de 30 barcos e, portanto, a atenção sobre esta missão espera-se que seja a maior de sempre e é a maior tentativa de sempre para desafiar este bloqueio ilegal sobre o povo palestiniano em Gaza.” Houve várias frotas que até agora falharam, que não conseguiram chegar a Gaza e levar a ajuda. A última delas, por exemplo, foi interceptada pelo exército israelita a 27 de julho. Quais são as perspectivas que tem para esta missão e como é que a encara? Não tem medo de ser detido e deportado? “Medo tenho, acho que todos temos, na verdade, porque basta olhar para a história recente deste movimento e vemos rapidamente várias intercepções por parte das forças israelitas que foram extremamente violentas. Em 2008, um barco das forças israelitas foi arremessado contra uma das flotilhas. Em 2010, dez membros da tripulação foram assassinados pelas forças israelitas e, ainda este ano, dois drones bombardearam um dos navios. Portanto, os riscos são altos. Ou seja, nós estamos aqui não é porque não temos medo, porque certamente temos e os riscos existem, estamos aqui porque é necessário e porque é absolutamente fundamental que a sociedade civil esteja em solidariedade, a sociedade civil global, em solidariedade com o povo da Palestina. No entanto, tenho esperança que esta missão tenha sucesso precisamente porque é uma mobilização sem precedentes. Ou seja, eu diria que estamos num momento histórico no que toca a este movimento e as centenas de pessoas que estão envolvidas directamente - que estão aqui neste momento ou que estão a embarcar noutros sítios da Europa e do Norte de África - estão longe de ser o movimento, ou seja, o movimento consiste em milhares e milhares e milhares de pessoas pelo mundo inteiro que se estão a mobilizar não só para organizar a partida destes barcos específicos, mas a organizar-se para mobilizar manifestações, boicotes e outros tipos de acções que ponham tanta pressão quanto possível sobre as forças israelitas. Portanto, tenho esperança que isto tenha sucesso.” É com essa mobilização mundial e a força do número de participantes que pretendem quebrar o cerco de Israel sobre Gaza? Como é que tencionam quebrar esse cerco? “A tentativa ou o que vamos tentar fazer é levar dezenas e dezenas de barcos e trazer muita atenção sobre estes barcos, portanto, quanto mais olhos melhor, pelo mundo fora, para que seja tão difícil quanto possível para as forças israelitas fazerem uma intercepção ilegal e violenta destes tripulantes. É isso que vamos tentar. Tenho a sensação que vamos conseguir, havemos de chegar a Gaza e havemos de entregar esta ajuda humanitária.” Que ajuda levam nas dezenas de barcos? “São bens de primeira necessidade que consideramos serem as coisas mais urgentes. Certamente o povo palestiniano de Gaza precisa de muito mais do que aquilo que nós conseguimos trazer, mas aquilo que consideramos mais urgente são essencialmente medicamentos e comida. Todas estas coisas não conseguem entrar em Gaza neste momento, portanto, as necessidades são absolutas e é isso que vamos trazer essencialmente.” Mais a mensagem, não é? “Mais a mensagem, absolutamente, sim. Precisamos de mobilizações pelo mundo inteiro. Precisamos de apoio não só para a nossa própria protecção e para a protecção da ajuda humanitária, mas porque o objectivo desta missão desafiar o cerco, é acabar com o cerco, é acabar com o genocídio, acabar com a fome, acabar com a ocupação e libertar o povo de Gaza.” O facto de ser uma missão tão falada, com uma tão grande dimensão, por outro lado, não poderá criar expectativas na população de Gaza que possam sair goradas? De certa forma, não poderá ainda ser mais doloroso para os palestinianos que estão à vossa espera, se vocês não conseguirem? “Eu não excluo essa hipótese, mas nós e os palestinianos não somos simplesmente grupos separados. Existem muitos palestinianos envolvidos nesta acção. Isto é feito em solidariedade e em conjunto com o movimento de pessoas palestinianas que lutam todos os dias, há muitos anos, pela libertação do povo palestiniano. Acho que as pessoas na Palestina compreendem certamente que isto é mais uma demonstração de solidariedade e que é uma luta contra uma força que é muito maior do que nós, que é um poder colonial e que tem por trás de si o maior exército da história da humanidade, que é o exército dos Estados Unidos. Portanto, as dificuldades são muitas e acho que todas as pessoas palestinianas compreendem isso. Mas se as nossas acções contribuírem para restaurar algum tipo de esperança, nem que seja um bocadinho, ao povo palestiniano, então penso que isso seja uma coisa boa.” Informaram o Governo português sobre a vossa missão? Se sim, o que é que esperam que ele faça? “Informámos sim. Informámos o Ministério dos Negócios Estrangeiros e ainda não obtive uma resposta. O que é que esperamos? Acho que vou responder a essa pergunta em dois níveis: um imediato e pessoal. Acho que o Ministério dos Negócios Estrangeiros e, mais em geral, o Estado português tem a responsabilidade moral de garantir a nossa segurança, dos tripulantes, bem como a segurança da ajuda humanitária que é absolutamente urgente que chegue a Gaza. De uma forma mais abrangente, era preciso que o Estado português fizesse aquilo que já devia ter feito há muito tempo. É preciso frisar que não é um problema deste Governo, é um problema de sucessivos governos portugueses. É absolutamente urgente fazer um corte de relações diplomáticas e comerciais com Israel, é preciso aplicar sanções e é preciso acabar absolutamente com contratos vergonhosos que as Forças Armadas portuguesas têm com empresas de armamento israelitas que estão neste momento a conduzir o genocídio em Gaza. Tudo isto se fosse ontem, já era tarde.” O Miguel Duarte já tem um histórico de participação em navios de missões humanitárias, nomeadamente no resgate de migrantes no Mediterrâneo. Chegou a ser indiciado pelo crime de auxílio à emigração ilegal por tentar salvar vidas. Agora arrisca-se numa nova missão. O que é que o move e como é que olha para a forma como a comunidade internacional, nomeadamente a parte política, está a lidar com o que se passa em Gaza? “O que me traz a Gaza ou que me traz a esta missão foi o que me trouxe ao Mediterrâneo tantas vezes. A necessidade é enorme. Os nossos Estados não nos representam, portanto, aquilo que está a acontecer no Mediterrâneo hoje em dia é da mesma escala do que está a acontecer em Gaza. Já morreram mais de 30.000 pessoas no Mediterrâneo nos últimos dez anos. Já morreram outras dezenas de milhares de pessoas em Gaza ao longo dos últimos anos. E os Estados são os mesmos, as forças politicas são as mesmas e é preciso, por causa desta absoluta violência por parte dos Estados, nomeadamente ocidentais, europeus, Israel e os Estados Unidos, é preciso que a sociedade civil se levante, porque se nós não o fizermos, ninguém o fará. Eu, em particular, tenho experiência no mar e, portanto, sei estar num navio e tenho algum conhecimento sobre este tipo de missão. Pensei que estava numa posição privilegiada para fazer alguma coisa e aceitei o convite de me juntar a esta flotilha. É por isso que sinto que este é o meu lugar aqui. Mais uma vez, não é porque não existam riscos ou porque não acredito neles. É porque a necessidade é enorme."
Em Moçambique, investigador afirma que ministro da Defesa está a tentar esconder as lacunas das forças de segurança de Moçambique em defender Cabo Delgado. "MC Bandeira" acredita que Nampula será o bastião do partido político ANAMOLA. A famosa banda musical são-tomense dos irmãos CALEMA foi distinguida como "embaixadores da CPLP". Zelensky discute sanções a Moscovo com enviado de Trump.
Moçambique: ANAMOLA conta com a "boa vontade" do poder do dia para integrar o diálogo de paz? Há expetativas de que Nampula seja o bastião do partido de Vênancio Mondlane. Vários países africanos assinalam este ano 65 anos de independência da França, mas as suas relações andam tensas e fatores endógenos atrasam as ex-colónias.
Manifestações contra a guerra na Faixa de Gaza bloqueiam autoestradas em Israel381db4f2-7
LAM multada por lesar os clientes na venda de bilhetes. Cabo Verde está em luto nacional após uma tempestade que matou pelo menos oito pessoas e causou estragos nas ilhas de São Vicente e Santo Antão. Como é que os israelitas percebem os palestinianos e os últimos acontecimentos na guerra em Gaza?
Confira nesta edição do JR 24 Horas: O gabinete de segurança de Israel aprovou a tomada completa do controle militar da maior cidade da Faixa de Gaza. A operação será dividida em duas fases. A primeira deve ser concluída até o dia 7 de outubro com a saída temporária de cerca de 1 milhão de pessoas. A proposta inclui a desmilitarização da área, resgate de reféns e a criação de uma nova administração civil sem participação do Hamas ou da autoridade palestina. E ainda: Quinta onda de frio avança pelo país nesta sexta-feira e derruba as temperaturas.
No podcast ‘Notícia No Seu Tempo’, confira em áudio as principais notícias da edição impressa do jornal ‘O Estado de S.Paulo’ desta sexta-feira (08/08/2025): A “PEC da Blindagem” – proposta de emenda à Constituição que impõe barreiras à possibilidade de prisão em flagrante e aplicação de medidas cautelares a parlamentares, como uso de tornozeleira eletrônica – entrou no acordo para pôr fim ao motim de deputados oposicionistas que paralisou por mais de 30 horas as votações na Câmara. Na terça-feira, um dia após a decretação da prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, oposicionistas ocuparam a Mesa Diretora e travaram as atividades da Casa. A PEC pode ser pautada na próxima semana e se junta a outras duas propostas, a da anistia a implicados no 8 de Janeiro e a que altera o foro privilegiado. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), negou haver acordo. E mais: Economia: Medo de sanções leva importadores de diesel russo a buscar alternativa Internacional: Netanyahu diz que vai ocupar Gaza para entregá-la a uma ‘força árabe’ Metrópole: Desmate cresce na Amazônia e cai no Cerrado e no Pantanal Esportes: Vini Jr., Raphinha e Marta concorrem ao prêmio Bola de OuroSee omnystudio.com/listener for privacy information.
No episódio de hoje, vamos conversar sobre a decisão de Netanyahu de ocupar completamente a Faixa de Gaza. Também vamos falar sobre o prazo de Trump para que a Rússia acerte um cessar-fogo com a Ucrânia1️⃣Conheça os livros que indico na minha lista de desejos da Amazon - https://amzn.to/351TTGK2️⃣Se você acha nosso trabalho relevante e reconhece as horas dedicadas à pesquisa e formulação de todo o conteúdo, você pode se tornar apoiador do blog. Veja como em https://paulofilho.net.br/apoieoblog/3️⃣Não deixe acompanhar o Blog do Paulo Filho, em http://www.paulofilho.net.br e de nos seguir nas redes sociais:4️⃣Receba notificações diárias sobre assuntos estratégicos e geopolíticos no Telegram - https://t.me/paulofilho905️⃣Siga-nos no Twitter - https://x.com/PauloFilho_906️⃣Siga-nos no Linkedin - / paulo-filho-a5122218 7️⃣Siga-nos no Instagram - / blogdopaulofilho 8️⃣Conheça os livros que indico na minha lista de desejos da Amazon - https://amzn.to/351TTGK
No episódio desta semana, comentamos os desdobramentos do Jair usando a tornozelinha, a polêmica decisão do Xandão sobre o ex-fungo não poder dar entrevistas, o encontro Democracia Sempre no Chile, a expectativa sobre o tarifaço do Laranjão e o encontro do Grupo de Haia em Bogotá para tratar da questão Palestina.APOIE financeiramente a continuidade do MIDCast:------------------- Apoia.se : https://apoia.se/midcast- Chave PIX : podcastmid@gmail.com------------------# COMPRE a estampa "Tem que Dilapidar as Fortunas": bit.ly/estampamidcast# CANAL do MIDCast Política no WhatsApp: bit.ly/midcast-zap# GRUPO dos ouvintes no Telegram: bit.ly/midcastgrupo# LISTA de paródias do MIDCast: bit.ly/parodiasmidcast PARTICIPANTES:------------------Anna Raissa - https://bsky.app/profile/annarraissa.bsky.socialDiego Squinello - https://bsky.app/profile/diegosquinello.bsky.socialRodrigo Hipólito - https://bsky.app/profile/rodrigohipolito.bsky.socialThais Kisuki - https://bsky.app/profile/thaiskisuki.bsky.socialVictor Sousa - https://bsky.app/profile/vgsousa.bsky.socialCOMENTADO NO EPISÓDIO------------------TORNOZELINHANas redes 59% defendem operação contra Bolsonaro;Bolsonaro desiste de ir à câmara após ameaça de prisão;Moraes dá 24 horas para defesa esclarecer vídeos de falas de Bolsonaro após proibição;Os argumentos de Fux ao votar contra impor tornozeleira a Bolsonaro;Ida de Bolsonaro à Câmara tem Nikolas Ferreira com rosto sangrando e mesa quebrada;Citação Machado de Assis;Músicas e fotos: conteúdo de pen drive achado na casa de Bolsonaro é irrelevante;PF acha na casa de Bolsonaro pen drive em banheiro, dólares e cópia de ação contra Moraes nos EUAVÍDEO: ‘Ô Trump, defende meu pai' viraliza e vira música após Lula debochar Eduardo BolsonaroDEMOCRACIA SEMPRELula participa de evento no ChileArtigo Democracia SempreA CHANTAGEM DO BANANINHA CONTINUAMistério do dólar de 9 de julho;Compra e venda de dólares no dia do anúncio do tarifaço de Trump ao Brasil dá sinais sobre uso de informações privilegiadas;Secretário de Trump anuncia revogação do visto de Alexandre de Moraes;Tarifaço de Trump coloca em risco 77 mil toneladas de frutas brasileiras que aguardam exportação para os EUA;Brasil denuncia na OMC tarifaço de Trump;Eduardo Bolsonaro ameaça PFGENOCÍDIO EM GAZATerminó la Conferencia Ministerial de Emergencia sobre Palestina en BogotáColombia y Sudáfrica convocan en Bogotá Conferencia Ministerial de Emergencia sobre PalestinaPetro anuncia possível saída da OTANRelatora da ONU pede rompimento de relações com Israel
"Trazemos um saco de farinha com um milhão de mortes".Camiões com mantimentos começaram a entrar na Faixa de Gaza
Em Moçambique, os ex-guerrilheiros da RENAMO perderam a paciência com Ossufo Momade e anunciam o fecho de todas as sedes. Críticos do projeto agrícola Sustenta denunciam intimidações e ameaças de morte. Analisamos a situação política na Tunísia, com o Presidente a levar avante uma grande repressão política contra a oposição.
Francisco Pereira Coutinho afirma que fim do conflito em Gaza depende de Israel, mas EUA não estão determinados em forçar israelitas. Trump volta a apoiar Kiev porque não gostou da conversa com Putin.See omnystudio.com/listener for privacy information.
No podcast ‘Notícia No Seu Tempo’, confira em áudio as principais notícias da edição impressa do jornal ‘O Estado de S.Paulo’ desta terça-feira (01/07/2025): Análise do Tribunal de Contas da União (TCU) mostra que a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi ineficiente nos programas em que mais gastou dinheiro em 2024. O governo não alcançou todas as metas em Previdência, saúde e educação superior e teve desempenho ainda pior em educação básica e infraestrutura de rodovias e ferrovias, informa Daniel Weterman. Apenas o Bolsa Família teve 100% dos objetivos atingidos. Os técnicos do TCU analisaram dez programas com metas definidas pelo governo e aprovadas pelo Congresso no primeiro ano de vigência do Plano Plurianual (PPA) 2024-2027. Juntos, eles representam 72,5% do Orçamento da União. Os ministérios dizem que a restrição orçamentária dificulta a execução das políticas públicas e um ano é pouco para cumprir as metas. E mais: Política: Motta afirma que governo Lula quer criar ‘polarização social’ Metrópole: PCC lava dinheiro em 13 setores da economia; lei antimáfia não avança Internacional: Ataque de Israel mata mais de 30 palestinos em café na praia de Gaza Esportes: Fluminense derruba vice europeu e está entre os 8 melhoresSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Vítor Gabriel Oliveira afirma que há bons indícios para uma trégua no Médio Oriente, mas reconhece que com Trump tudo pode acontecer. Na Ucrânia, garante que a Rússia continua a pressionar.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Falar de genocídio na Faixa de Gaza "é uma vergonha", diz embaixador de Israel7769f74d-f2
Angola: Sociedade civil não está surpresa com a existência de crianças angolanas mendigando na Namíbia. Em Cabo Delgado: ONG preocupada com o alastramento da insurgência para regiões antes consideradas estáveis. ONU critica plano de distribuição de ajuda humanitária na Faixa de Gaza usado pela Fundação apoiada pelos EUA.
Guiné-Bissau: Recente digressão do Presidente da República ao interior do país gera polémica. Analista angolano comenta últimas declarações de Isabel dos Santos à DW África. União Europeia vai rever as relações comerciais com Israel por causa do conflito na Faixa de Gaza.
Benjamin Netanyahu anunciou no domingo (18) que Israel tomaria o controle da Faixa de Gaza após semanas de bombardeio no território palestino e meses de bloqueio de ajuda humanitária. Diversos países reagiram à declaração, ameaçando ou aplicando sanções ao Estado judeu. O Durma com Essa desta quarta-feira (21) fala sobre a ofensiva israelense, o atual momento do conflito com o Hamas e a reação internacional aos ataques no enclave palestino. O programa desta semana tem também João Paulo Charleaux falando sobre as suspeitas de abuso sexual envolvendo o procurador-geral afastado do Tribunal Penal Internacional, Karim Khan, Daieese Jaala comentando a importância de mulheres em cargos de liderança no poder público e Lucas Zacari contando sobre o filme “O agente secreto”, de Kleber Mendonça Filho. Learn more about your ad choices. Visit megaphone.fm/adchoices
Em comunicado, a agência da ONU afirmou que que não há lugar seguro para menores da Faixa de Gaza; nos últimos dois meses, 950 crianças perderam a vida no conflito.
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