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Os candidatos à presidência dos Estados Unidos fazem seus últimos discursos antes das eleições de 5 de novembro. O Partido Trabalhista promete reduzir a dívida dos estudantes australianos (HECS), mas torna mais difícil a obtenção de visto para estudantes internacionais. No Brasil, uma nova pesquisa do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) revela que os milionários pagam proporcionalmente menos impostos do que a classe média.
A população em situação de rua no Brasil aumentou 935,31% nos últimos dez anos, segundo levantamento do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) com base em dados do CadÚnico (Cadastro Único) do governo federal. O número saltou de 21.934 em 2013 para 227.087 até agosto de 2023. --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/jovempanmaringa/message
AGRONEGÓCIO: BRASIL ESTÁ CONDENADO AO SEU DOMÍNIO? O 20 MINUTOS desta quinta-feira (08/06) recebe o economista e pesquisador Marcio Pochmann para uma entrevista com o jornalista Breno Altman. O crescimento do PIB no primeiro trimestre veio bem acima do esperado: cravou em 1,9% se comparado com o último trimestre de 2022, já feito o ajuste sazonal. As previsões mais otimistas esperavam um avanço de apenas 1,3%.O governo celebrou o resultado e divulgou aos quatro ventos: no primeiro trimestre de 2023, o Brasil teve o quarto maior crescimento mundial.Mas nem tudo são flores. Quase 90% desse salto se deve à agropecuária, embora o setor represente, da porteira para dentro das fazendas, apenas 8% da economia brasileira. No entanto, o segmento cresceu, nesse primeiro trimestre de 2023, impressionantes 21,6%. A indústria, que atualmente não passa de 10% da produção nacional, caiu 0,1%. Serviços, consumo das famílias e consumo do governo ficaram, respectivamente, com resultados positivos modestos: 0,6%, 0,2% e 0,3%. A formação brutal de capital fixo, que indica a evolução dos investimentos públicos e privados, teve uma queda de 3,4%. Para além da disputa política, estudiosos se debruçam sobre esses e outros números para entender as tendências da economia, em um cenário no qual persiste a tendência de desindustrialização do Brasil, com serviços, agropecuário e indústria extrativista funcionando como os principais motores da economia.Para debatermos essa situação, nosso entrevistado será Marcio Pochmann. Um dos principais economistas do país, historicamente vinculado ao Partido dos Trabalhadores, graduou-se pela UFRGS, (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), com mestrado e doutorado pela Unicamp, onde é atualmente professor titular. Foi presidente do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) nos governos Lula e Dilma, entre 2007 e 2012, e presidente da Fundação Perseu Abramo de 2012 a 2020.----Quer contribuir com Opera Mundi via PIX? Nossa chave é apoie@operamundi.com.br (Razão Social: Última Instancia Editorial Ltda.). Desde já agradecemos!Assinatura solidária: www.operamundi.com.br/apoioSiga Opera Mundi no Twitter: https://twitter.com/operamundi ★ Support this podcast ★
Dados mais recentes do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) trazem que, no Brasil, são mais de 1,7 milhão de trabalhadores e trabalhadoras por aplicativo. Para a pesquisadora Ludmila Abílio, do Instituto de Estudos Avançados da USP e do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho, são profissionais submetidos a um novo regime […] O post Uberização transforma “pessoas em trabalhadores sob demanda”, define pesquisadora apareceu primeiro em Rádio Brasil de Fato.
PAULO GALO: QUAL A LUTA DOS ENTREGADORES? - 20 Minutos EntrevistaPaulo Galo, um dos líderes dos entregadores de plataformas. Nascido Paulo Roberto da Silva Lima, trabalha desde 2019 em diversos aplicativos. Já foi pintor, estoquista e instalador de internet. É fundador do Movimento dos Entregadores Antifascistas. Segundo o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), os motoristas e entregadores de aplicativos somam 1,4 milhão de trabalhadores – cerca de 31% dos trabalhadores no setor de transporte, armazenagem e correios. De 2016 a 2021, a categoria cresceu aproximadamente 60%: eram 840 mil trabalhadores há pouco mais de cinco anos.O número de entregadores de mercadoria por plataformas – subcategoria que inclui empresas como Ifood, Rappi e Uber Eats – cresceu 980% nesse mesmo período, de 30 mil para 278 mil pessoas. São brasileiros e brasileiras que atuam como autônomos, muitos se consideram empreendedores, sem direitos trabalhistas ou mecanismos de proteção social, com extensas jornadas de trabalho e renda média abaixo de três salários mínimos.Nos últimos tempo, no entanto, parte desses trabalhadores começou a se organizar para lutar por melhorias e soluções legais que amenizem a brutal exploração da qual são vítimas.Essa situação é o tema com o entrevistado: qual a luta dos entregadores?----Quer contribuir com Opera Mundi via PIX? Nossa chave é apoie@operamundi.com.br (Razão Social: Última Instancia Editorial Ltda.). Desde já agradecemos!Assinatura solidária: www.operamundi.com.br/apoio ★ Support this podcast ★
O ano de 2022 começou com a perspectiva de fim da pandemia de Covid-19, mas logo esbarrou na guerra da Ucrânia, afundando o mundo em um novo período de incertezas. A economia mundial retomou sob o fantasma da inflação e do aumento da pobreza na maioria dos países do mundo. Tudo começou com a alta progressiva dos juros nos Estados Unidos, uma consequência da regressão do coronavírus e a retomada das atividades. A medida trouxe consigo a certeza de que os investidores migrariam das economias menos confiáveis, como as em desenvolvimento, para se confortar na segurança do dólar. E dólar caro significa o Brasil pagar mais pelas importações de insumos e petróleo, com impacto em toda a cadeia produtiva e, consequentemente, nos preços. "O lado ruim disso tudo é que a população nacional e internacional, que já empobreceu, vai empobrecer um pouco mais. Vai ter mais inflação, mais recessão e desemprego. E mais inflação vai significar taxas de juros altas por mais tempo”, antecipava o economista Ernesto Lozardo, ex-presidente do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e professor da FGV (Fundação Getúlio Vargas), em entrevista à RFI em janeiro de 2022. “Se a nossa inflação já está apontando para dois dígitos, nesse ano vai passar de dois dígitos. Não tem como evitar.” Volta da guerra e da inflação na Europa A guerra na Ucrânia só piorou esse cenário. As sanções dos países ocidentais contra a Rússia, grande exportadora de gás, petróleo e cereais, geraram consequências imediatas, como a disparada dos preços de commodities e da energia. Em março, na França, o tom do presidente Emmanuel Macron era de gravidade. “Nossa agricultura, nossa indústria, muitos setores econômicos estão sofrendo e sofrerão, seja porque dependem da importação de matérias-primas da Rússia ou da Ucrânia, seja porque exportam para esses países. Nosso crescimento, que está atualmente no auge, será inevitavelmente afetado", advertiu o líder francês. “O aumento do preço do petróleo, gás e matérias-primas tem e terá consequências para o nosso poder aquisitivo”, disse o presidente. A maioria dos países do mundo voltou a conviver com a inflação de até dois dígitos, inclusive os europeus. Na União Europeia, em novembro o índice passou de 4% para 11,5% no período de um ano, algo inédito em 20 anos. Reino Unido afunda na recessão No Reino Unido, a crise econômica gerou forte instabilidade financeira e se transformou também crise política. Em plena tempestade inflacionária, a sucessora do premier Boris Johnson, Liz Truss, se transformou na primeira-ministra a ficar menos tempo no cargo, por apenas 44 dias. “Inflação derruba governo, ainda mais quando você tem o parlamentarismo e o gabinete pode cair a qualquer momento. São países que não estavam acostumados a viver com inflação desde a Segunda Guerra”, comentou José Luiz Niemeyer, especialista em Relações Internacionais. Em uma economia enfraquecida pela pandemia e a crise energética, a saída da União Europeia agravou a escassez de mão de obra no Reino Unido, sem reverter o declínio da produtividade que, pelo contrário, foi ampliado. Desde 2016, ano do referendo do Brexit, os investimentos, o crescimento e o consumo progrediram mais lentamente no Reino Unido do que em países comparáveis. “Na hora em que você está fora de um serviço preferencial de tarifas, fora da UE, fica mais caro conseguir atingir o preço que se pratica dentro do bloco. Só se você subsidiar os produtos, mas aí você tem um problema grave de mais inflação a partir de gasto público”, contextualizou. O atual primeiro-ministro Rishi Sunak, que assumiu em outubro, não conseguiu evitar a recessão, e a economia britânica deve continuar em retração em 2023, com perspectiva de redução do PIB de 1,4%, segundo o próprio governo. Fuga de capitais Enquanto isso, na zona do euro, as incertezas levaram a moeda única europeia a ser cotada abaixo do dólar pela primeira vez desde a criação do euro, há duas décadas. O conflito ucraniano exacerbou fraquezas estruturais da economia alemã, motor do bloco e altamente dependente das importações de gás e petróleo russos. “Com certeza, é preocupante para a Europa. Os mercados financeiros desconfiam da situação econômica na zona do euro, consideram que os salários não estão acompanhando os aumentos dos preços”, analisou o economista Henri Sterdyniak, do Observatório Francês de Conjuntura Econômica (OFCE). “Os mercados também avaliam que o Banco Central Europeu (BCE) permanecerá extremamente prudente e que as taxas de juros americanos ficarão clara e perenemente maiores, portanto será melhor comprar dólares do que euros – ainda mais com o dólar subindo. Esse movimento será difícil de parar.” Para controlar a inflação e concorrer com a moeda americana, o Banco Central Europeu (BCE) subiu a taxa básica no bloco – mas com muito mais cautela, já que qualquer impulso significativo poderia levar a zona do euro para uma nova crise de dívidas. Essa mexida nos juros nos países desenvolvidos repercutiu nas economias em desenvolvimento, menos estáveis. O Sri Lanka chegou a decretar calote de pagamentos aos credores externos, e sintetiza os riscos que pairaram sobre os países mais vulneráveis ao longo de todo o ano. Em julho, o banco Goldman Sachs já apontava que US$ 50 bilhões tinham saído das economias emergentes desde o início de 2022 – a pior sangria em 17 anos. Em novembro, o J.P. Morgan atualizou esse valor para US$ 80 bilhões. Egito, Tunísia, Paquistão e Turquia são alguns dos países mais expostos. Na América Latina, a situação no Chile e na Argentina foram as mais preocupantes, num contexto em que a saída de dólares leva à alta do câmbio e a um aumento ainda maior da inflação. “A América Latina já estava meio jogada para escanteio, por seus problemas econômicos e por crescer muito pouco. O Brasil, na última década, não cresceu. Foi pífio. Enquanto isso, o mundo desenvolvido cresceu e o continente asiático, cresceu muito”, disse Wilber Colmeräuer, fundador da consultoria financeira EM Funding, de Londres, especialista em mercados emergentes. “Ou seja, o nosso problema é que a gente já não era muito relevante e esta ficando mais irrelevante ainda”, resumiu, em julho. Ameaça de descontrole fiscal No Brasil, a inflação atingiu mais de 12%, com os brasileiros mais pobres chegando a buscar comida no lixo para poder se alimentar. A economia se tornou tema-chave da campanha eleitoral para a sucessão presidencial. A vitória de Luiz Inácio Lula da Silva, em outubro, trouxe a perspectiva de melhora das condições sociais no país, mas também a ameaça de descontrole nas contas públicas, que podem resultar em uma bola de neve na economia. “A gente está falando de uma situação na qual a economia mundial está entrando em recessão, a taxa de juros internacional está muito alta para controlar a inflação da saída da crise da Covid, a China está crescendo abaixo de 3%. O cenário internacional é completamente adverso”, avaliou o economista Reginaldo Nogueira, diretor-geral do Ibmec São Paulo e Brasília. “Se a gente ainda coloca irresponsabilidade fiscal na equação, a gente passa a ter uma pressão sobre a nossa taxa de câmbio que vai obrigar o Banco Central brasileiro a aumentar muito mais a taxa de juros, e aí a gente vai entrar de novo naquela situação na qual o governo não só tem geração de déficits primários, como a gente paga muitos juros e o déficit nominal fica mais alto ainda. A dívida cresce cada vez mais e rapidamente a gente volta àquele cenário de dívida na casa de 100% do PIB”, complementou Nogueira. O ano de 2023 se anuncia difícil para a economia global. A guerra na Ucrânia, sem data para acabar, e a desaceleração prolongada da China fazem com que o FMI projete um crescimento de 2% ou até menos. Seria a primeira vez desde a crise financeira de 2008 que o mundo estaria num ritmo tão lento, à exceção do tombo de 2020 devido à pandemia.
Quando assumiu o Planalto, em 2019, o presidente Jair Bolsonaro era celebrado por grupos econômicos e financeiros do país por ter colocado à frente do “superministério” da Economia o liberal Paulo Guedes, que prometia colocar as contas públicas em dia e encurtar as garras do Estado. Quatro anos depois, o governo entrega parcialmente as promessas – mas deixa para trás um rastro de desigualdades sociais e serviços públicos fragilizados. O presidente lega ao país um superávit primário (arrecadação menos gastos, à exceção dos juros da dívida) de R$ 23,4 bilhões, um resultado inédito desde 2013. De acordo com dados do Ministério da Economia, a dívida bruta do governo caiu para 74% do PIB (Produto Interno Bruto) e o total de compromissos devido pelo Brasil a organismos financeiros baixou 20% em relação a 2016. Mas, ao contrário do que possa parecer à primeira vista, o balanço final não é de ordem, mas de desordem fiscal, na avaliação de economistas como Ernesto Lozardo, ex-presidente do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). "Entenda ordem fiscal como sendo o custo da dívida menor do que a taxa de crescimento do país. Nós estamos exatamente na situação contrária. A taxa de juros do país cresce a um índice muito elevado, está em 13,75% ao ano, em um país que está crescendo, no máximo, 3%. Isso é inviável”, explica Lozardo. "Portanto, há uma desordem fiscal, e não para atender projetos econômicos e sociais importantes, mas para atender demandas políticas de cada parlamentar e, em troca, o governo ter aprovação das suas emendas, com orçamentos secretos”, aponta. O professor da FGV-SP, defensor da agenda de reformas de Paulo Guedes, ressalta que a atual gestão modernizou a economia brasileira, ao promover privatizações importantes, novos marcos legais para setores como saneamento e gás e inovações como a criação do PIX. Os resultados no combate ao desemprego também são flagrantes, com uma queda de 14% para 8% do índice em quatro anos. Pandemia não explica tudo A seu favor, Bolsonaro sempre terá a pandemia de coronavírus como desculpa por não ter entregue a economia em melhores condições. Críticos, porém, relembram que, no começo do mandato – portanto antes do surgimento da Covid-19 –, o presidente criava polêmicas institucionais e atritos com parceiros comerciais importantes do Brasil, a exemplo da China. As movimentações criaram um clima de incertezas que afugentou investidores e prejudicou o desempenho econômico do país. Na sequência, a promessa de crescimento econômico robusto jamais se concretizou. Dados do Ibre (Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas) indicam que a alta média do PIB nos anos Bolsonaro foi de 1,5%, um dos piores desde os anos 1990. O economista e consultor Raul Velloso, um dos maiores especialistas em contas públicas do país e também adepto do viés liberal, aponta que a queda histórica do nível de investimentos prejudicou o crescimento e a distribuição de renda. "A taxa de investimento público e privado só caiu desde os anos 1980. O privado é uma linha reta, de em torno de 1,1% do PIB, e o público cai nove vezes, de cerca de 5% do PIB a 0,6%, no último ano. É um negócio chocante. Como é que o país vai crescer se o total dá 1,7% do PIB?”, questiona Velloso, ao relatar uma reunião que teve com Guedes sobre o tema. "Se eu coloco no mesmo gráfico essa taxa e a taxa de crescimento econômico, os dois gráficos andam grudados: cai um, cai outro. E agora ainda tem o teto, que quando eles entraram, estava em vigor. O Paulo Guedes nunca conseguiu se posicionar de forma positiva contra o teto. O que ele fez foi ficar correndo atrás”, diz o especialista do Instituto Nacional de Altos Estudos. Legado social desastroso Em nome do respeito ao teto de gastos, o governo promoveu cortes generalizados em serviços públicos, inclusive essenciais como saúde e educação, conforme denuncia a equipe de transição do futuro governo Luiz Inácio Lula da Silva. O país também sentiu o impacto da alta mundial da inflação, em reflexo à retomada acelerada da atividade e à retirada dos estímulos à economia pelos países, com o enfraquecimento da pandemia, e à guerra da Ucrânia. Acusado de demorar a reagir, o governo viu o índice passar de 12%, um recorde desde 2003. Neste contexto, os números da desigualdades e pobreza atingiram os maiores picos desde 2012. Enquanto o número de milionários cresceu, o da pobreza disparou, atingindo 29,4% da população brasileira, segundo o IBGE. "Eu acho que um governo tem que ser medido por aquilo que deixou socialmente – se houve um progresso social ou não. E do ponto de vista de quatro áreas, educação, ciência e tecnologia, saúde e cultura, o Brasil ficou muito atrasado – já era atrasado e ficou ainda muito mais”, avalia Lozardo. "Um país não cresce simplesmente pelo investimento: ele cresce pela produtividade, e produtividade significa ter mão de obra qualificada. Mas nós temos quase metade da população brasileira pobre e 14% faminta”, destaca o professor da FGV. A política monetária restritiva adotada para conter a inflação continuará a ter impacto em 2023: o Boletim Focus, que traz as perspectivas do mercado para a economia, antecipa um crescimento econômico de apenas 0,75%, problemático para um país emergente.
O convidado desta semana no BDF Entrevista é Marcio Pochmann, ex-presidente do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e da Fundação Perseu Abramo. Na conversa com o jornalista José Bernardes, ele fala sobre a crise econômica do país e faz uma análise sobre as possibilidades de um “desenvolvimentismo sustentável”, a precarização cada vez mais latente […] O post #121 Para Marcio Pochmann, Brasil precisa de novas leis trabalhistas para lidar com “uberização” apareceu primeiro em Rádio Brasil de Fato.
De acordo com uma estimativa do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), existem no Brasil entre 400 mil e 600 mil catadores de materiais recicláveis. Esses trabalhadores realizam um serviço de utilidade pública, pois eles são os responsáveis por coletar, separar, transportar, acondicionar e, às vezes, até beneficiar os resíduos sólidos, transformando o que antes era visto como lixo em mercadoria, com valor de uso e de troca. Por isso, quando for descartar algo, procure não misturar os materiais, limpe os resíduos que estiverem com resíduos de alimentos e nunca coloque copos ou outros vidros quebrados sem proteção. Coloque os cacos em um recipiente bem fechado e escreva um aviso explícito, assim contribuímos para diminuir a chance do gestor daquele resíduo se machucar. Como Salvar o Planeta em 60 Segundos é um Podcast do Pensamento Verde. Para mais informações acesse nosso portal: pensamentoverde.com.br Locução: Fernanda Correia Trabalhos técnicos: Vinícius Correia --- Send in a voice message: https://anchor.fm/pensamento-verde/message
A alta da inflação já corroeu o poder aquisitivo das famílias brasileiras em 2021 e tem tudo para se tornar uma bola de neve em 2022, em reflexo à conjuntura internacional. O Banco Central americano dá nesta semana mais um passo para subir progressivamente a taxa de juros historicamente baixa do país, com consequências para a economia do planeta. Ao mesmo tempo, os Estados Unidos também continuam a retirar os estímulos massivos à economia americana, que impulsionaram o crescimento do país nos últimos anos. O resultado é que o dólar vai se valorizar, tornando o câmbio no Brasil ainda mais desvantajoso para o país. "O aumento dos juros vai ter que ser gradual, mas constante, para não criar um precipício econômico. Eu tenho certeza que o Banco Central americano vai agir com muita prudência para não colocar o mundo numa situação de recessão. Isso não interessa a ninguém”, explica o economista Ernesto Lozardo, ex-presidente do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e professor da FGV (Fundação Getúlio Vargas). Dólar caro significa o Brasil pagar mais pelas importações de insumos e petróleo, com impacto em toda a cadeia produtiva e, consequentemente, nos preços. "O lado ruim disso tudo é que a população nacional e internacional, que já empobreceu, vai empobrecer um pouco mais. Vai ter mais inflação, mais recessão e desemprego. E mais inflação vai significar taxas de juros altas por mais tempo”, aponta. "Se a nossa inflação já está apontando para dois dígitos, nesse ano vai passar de dois dígitos. Não tem como evitar.” Amortecer o choque O problema, portanto, é conhecido e previsível. Nos países desenvolvidos, os governos têm se mobilizado para minimizar os danos, com foco na mitigação dos custos da energia – que pressionam a inflação – para as empresas e camadas mais vulneráveis da sociedade. O entendimento é de que a subida de preços é conjuntural, um efeito colateral da retomada econômica acelerada em 2021, graças ao enfraquecimento da pandemia de coronavírus. "Podemos nos esforçar para espalhar esse choque, evitar que as famílias mais modestas sejam penalizadas pelos preços tão altos da energia, por exemplo. Na Europa, a metade da alta de 5% da inflação é causada pelos preços da energia e é por isso que os países estão intervindo, afinal a perspectiva é de que a produção volte ao normal ao longo do ano, até o último trimestre do ano, e então a inflação recue a um nível razoável”, sublinha a economista francesa Emmanuel Auriol, membro do Conselho de Análise Econômica e professora da Toulouse School of Economics. No Brasil, porém, o Planalto parece observar à distância o furacão se aproximar. O professor de Economia André Moreira Cunha, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), afirma que, apesar de ser uma potência agrícola e autossuficiente em petróleo bruto, o abastecimento nacional do país depende de importações. Ele ressalta ainda que pouco foi feito para conter o aumento dos preços dos alimentos, combustíveis e luz, que pesam cada vez mais pesado no bolso dos consumidores. “Eu acho que não há uma estratégia nesse governo. Existe um presidente que quer manter as suas chances de chegar no segundo turno nas eleições e que mantém uma base mobilizada. Na área econômica, o ministro da Economia faz um trabalho que não está à altura dos desafios que o Brasil tem. No que tange especificamente às pressões pelo lado da oferta, das políticas que geram um efeito sobre a inflação, ele atuou no sentido contrário, de reforçar os desequilíbrios. Foi uma política de produzir dividendos para os acionistas, sem olhar estrategicamente para o país", afirma. Risco de crise financeira Para além da movimentação americana, os Bancos Centrais do mundo estão de olho nas expectativas dos agentes econômicos sobre o futuro e na expansão dos salários, que poderia levar a inflação ao descontrole. No caso brasileiro, a perda do controle fiscal também acentua a fragilidade diante da avalanche. "Eu acho que vai ficar mais claro o cenário a partir de março, sobre se essa alta está ganhando força e vida própria, a se retroalimentar, ou se vai mesmo se reduzir. Eu acho que o grande problema para o Brasil seria uma crise financeira”, averte Cunha. Elas não mandam um tuíte avisando: elas acontecem quando há grandes desequilíbrios – que existem – e mudanças abruptas de percepção sobre o futuro”, afirma Cunha, citando o exemplo de um conflito entre Rússia e Estados Unidos sobre a Ucrânia como um fator desencadeador de uma grave crise. Ernesto Lozardo, da FGV, não acredita em uma crise financeira ou fiscal, apesar das omissões de Jair Bolsonaro, focado no calendário eleitoral. Para ele, a área econômica está atenta ao problema, mas não tem poder para tomar medidas mais contundentes. "Nós temos uma situação de um equilibrista de pratos: você não sabe que pratos você vai conseguir segurar. O Banco Central está numa situação muito delicada”, diz. "O que pode melhorar seria o Banco Central brasileiro agir em conjunto com os demais Bancos Centrais o mundo, e acho que isso vai acontecer, para criar uma expectativa de coordenação monetária internacional.”
De um lado, 42 novos bilionários, em plena pandemia. De outro, a pobreza extrema não para de subir. A divulgação da nova lista da revista Forbes, com alta no número de bilionários no Brasil, acontece semanas depois de cenas de pessoas comprando ossos para fazer sopa gerarem comoção no país. O que explica tanta desigualdade? Lúcia Müzell, da RFI "É um país que já é muito desigual, integra sempre os primeiros lugares nos rankings de organizações multilaterais em termos de desigualdades, como um dos mais desiguais do mundo. Quando vem um choque totalmente adverso como esse, na economia, acaba por exacerbar ainda mais esse problema pré-existente”, resume o economista Gedeão Locks, pesquisador sobre o tema no Centre d'Économie de la Sorbonne (CES), em Paris. A maioria desses novos bilionários ascendeu ao posto graças à abertura de capital das suas empresas na bolsa – no chamado “boom" dos IPOs, na sigla em inglês para a operação. Eles se beneficiaram de uma conjuntura mundial favorável, com a abundância de liquidez nos mercados financeiros – especialmente os que se posicionam na área de tecnologia e saúde. "Essa notícia dos bilionários em plena crise diz muito sobre o novo perfil dos ricos. A riqueza hoje está concentrada principalmente nos frutos das atividades no mercado financeiro. E isso, no Brasil, representa de fato muito da nossa concentração de riquezas”, afirma Débora Freire, também especialista no tema e professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). "Isso exacerba ainda mais o fato de que são os ricos que detêm ações no mercado financeiro e, se elas se valorizaram, eles ficam mais ricos durante a pandemia”, complementa Locks. Economia real O problema é que, ao se tornarem bilionários pela valorização de ações, a maior riqueza dessa parcela da população não significa ganhos para a economia como um todo – não gerou mais empregos, tampouco mais distribuição de renda pela arrecadação de impostos. "Enquanto o setor financeiro se beneficiou, a economia real foi impactada fortemente. A produção, os investimentos, que de fato ampliam a capacidade produtiva da economia, os empregos, a renda gerada no trabalho, foram fortemente impactados”, indica Freire. "E esses setores – comércio, serviços – são os que empregam a mão de obra menos qualificada. Então a maior parte da população, e mais vulnerável, que trabalha sem carteira assinada, para ganhar um salário mínimo, foi tremendamente abalada." Reforma tributária não corrige distorções Um instrumento de correção dessas distorções seria uma tabela de Imposto de Renda mais progressiva. A alíquota máxima no Brasil é de 27,5% e atinge todos os que ganham mais de R$ 5,3 mil por mês – uma situação que a reforma tributária apresentada pelo governo não alterou. "A alíquota marginal efetiva, ou seja, o quanto que é efetivamente o imposto dos mais ricos do Brasil, é insignificante. Especialistas do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) calcularam entre 7 e 8%, enquanto que uma pessoa que ganha um salário mínimo paga quase um terço da renda em impostos diretos e indiretos. É algo que não faz sentido algum”, aponta Locks. A reforma pautada pelo Ministério da Economia também propõe a isenção de impostos de pessoas jurídicas e autônomos cujas empresas faturam até R$ 4,8 milhões. Trabalhadores com renda até R$ 2,5 mil também ficam isentos, mas a medida se revela pouco efetiva, num país em que 41% dos trabalhadores estão na informalidade, segundo o IBGE. Por outro lado, a tributação dos dividendos finalmente entrou na pauta – embora de maneira limitada, ao atingir apenas os ganhos superiores a R$ 2,8 milhões. "Por mais que a reforma seja um pouco bagunçada, é um avanço institucional que haja a cobrança de impostos sobre dividendos. Apesar de não ser uma grande arrecadação, isso é um passo na direção correta da progressividade tributária no Brasil”, observa o pesquisador da Sorbonne. Recuperação desigual Da mesma forma em que a crise atingiu os brasileiros de maneira desigual, a recuperação econômica também será mais demorada para a base da pirâmide, que naturalmente fica mais exposta a uma depressão. A reabertura de postos de trabalho ainda é lenta, ressalta Freire. "A recuperação foi para poucos. Recuperar o tecido social perdido, pessoas que estavam num emprego formal que foi perdido ou que, mesmo na informalidade, tinham rendimentos menos voláteis, é muito mais difícil e demorado", ressalta a professora da UFMG. "Quanto mais a gente aprofunda a pobreza – voltamos para o mapa da fome, por exemplo, e temos visto um aumento muito significativo da pobreza extrema –, mais difícil é de recuperar."
Uma forma de combater o desequilíbrio na contribuição fiscal entre ricos e pobres pode estar no maior uso de alíquotas progressivas. Conclusão é de um estudo desenvolvido no IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).
Confira o novo podcast do Núcleo de saúde mental, cognição e comportamento (NEPSI), do curso de Psicologia UFPel. A idealização e locução deste episódio foi realizada pela graduanda em psicologia Larissa Soares em conjunto com os demais extensionistas. Esta ação faz parte do Projeto de Extensão do NEPSI, sob a coordenação geral dos professores Tiago Munhoz e Mateus Levandowski e coordenação acadêmica de Vanessa Marques. Se você gostou desse conteúdo, não se esqueça de compartilhar. Para acompanhar as próximas atividades do NEPSI, acesse nosso site e curta nossa página no Facebook e Instagram. Até o próximo episódio! REFERÊNCIAS: RIBEIRO, Djamila. Pequeno manual antirracista. Companhia das Letras, 2019. ALMEIDA, Silvio. Racismo estrutural. Produção Editorial LTDA, 2019. SANTOS, Neusa de Souza. Tornar-se negro: as vicissitudes da identidade do negro brasileiro em ascensão social. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1983. ENGEL, C. L. A violência contra a mulher. Ipea – Instituto de economia aplicada. Brasília. 2019. Acessado em:19 set. 2020. Disponível em: https://www.ipea.gov.br/retrato/pdf/190215_tema_d_a_violenca_contra_mulher.pdf WILLIAMS, David R. Stress and the mental health of populations of color: Advancing our understanding of race-related stressors. Journal of health and social behavior, v. 59, n. 4, p. 466-485, 2018. Disponível em:https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30484715/Pesquisa - https://www.poder360.com.br/poderdata/81-veem-racismo-no-brasil-mas-so-34-admi tem-preconceito-contra-negros/Atlas da Violência 2020 - IPEA - https://www.ipea.gov.br/atlasviolencia/download/24/atlas-da-violencia-2020 --- Send in a voice message: https://anchor.fm/nepsi-ufpel/message
A eleição do democrata Joe Biden nos Estados Unidos foi esnobada pelo governo brasileiro, mas celebrada no meio empresarial do Brasil. Se, num primeiro momento, o fim do governo de Donald Trump traz incertezas e acentua o isolamento internacional do Brasil, a médio e longo prazo a gestão Biden pode resultar em benefícios econômicos para o país. Para analistas ouvidos pela RFI, a ascensão do democrata, um liberal centrista de perfil conciliador, tende a restabelecer uma relação mais pragmática com países como o Brasil, apesar das divergências ideológicas entre os governos a partir de agora. "Agora, é pior para o Brasil, mas existe muito exagero sobre o grau em que a vitória do Biden pode repercutir mal para o Brasil. Eu não acredito que o Brasil vai entrar numa fase de ostracismo internacional pela proximidade do presidente Jair Bolsonaro com o atual presidente, Trump”, afirma Christopher da Cunha Bueno Garman, diretor de América Latina da consultoria Eurasia Group, em Nova York. "O presidente eleito tem muita experiência na política externa e entende o papel estratégico do Brasil na América do Sul. Ele não vai virar as costas ao Brasil devido à uma birra ideológica com Bolsonaro." “Diplomacia de conchavo” com Trump trouxe poucos resultados Na prática, a aproximação política entre Bolsonaro e Trump resultou em poucos resultados concretos. Em outubro, os dois países fecharam um minipacote para facilitar as transações comerciais bilaterais, uma iniciativa que deve permanecer e pode até avançar, mediante novas condições, como a ambiental. Trump também apoiou a entrada do Brasil na OCDE, mas não promoveu nenhum esforço significativo nesse sentido. Por outro lado, o Brasil não foi poupado da política de America First do republicano, que aumentou as taxas de importação ao aço e ao alumínio brasileiros. Sob ameaças de retaliação do republicano, Brasília ainda prorrogou a isenção do imposto sobre a importação do etanol americano, que gerou prejuízos à produção nacional. Ou seja, a pretendida parceria não trouxe maiores benefícios ao Brasil, na opinião do ex-presidente do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e consultor Ernesto Lozardo, que também leciona economia internacional na FGV-SP. "Houve uma confusão entre o que é simpatia pessoal com o papel do Estado. Na relação de Estados, essa amizade nunca aconteceu”, resume Lozardo. O economista José Niemeyer, coordenador do curso de Relações Internacionais do Ibmec-RJ, avalia que quem mais perde com a eleição de Biden é Bolsonaro – e não o Brasil. "Não tem nenhuma dúvida quanto a isso: quem perde é o Bolsonaro, que fez uma diplomacia presidencial quase de conchavo. Eu acho que nós tivemos uma intenção de parceria entre o governo Bolsonaro e o governo Trump, mas pouco foi realizado ou construído”, complementa Niemeyer. "A relação entre Brasil e Estados Unidos é uma relação entre Estados. Agora, Bolsonaro exagera: não cumprimentar o presidente eleito mostra que ele está precisando vestir calça de adulto." Exportadores veem oportunidades Para o presidente da Associação do Comércio Exterior do Brasil, José Augusto de Castro, a vitória de Biden força o país a reavaliar a sua diplomacia e aprimorar o seu modelo de desenvolvimento e crescimento, incluindo maior controle ambiental da produção. "Antes, nós víamos que o Brasil estava fora das cadeias globais de valor. Agora, se nós não fizermos nada, estaremos fora do mundo comercial. Então, teremos de fazer uma adaptação”, sublinha Castro. "Não vou dizer se tem que mudar ministro ou não. Temos é que nos inserir no cenário internacional e, até agora, estamos fora. Eu acho que é importante o Brasil se adaptar a uma realidade mundial. Quando? Não sei, mas vai ter que chegar esse dia porque ou nos adaptamos, ou estaremos fora do jogo.” O foco do governo Biden na questão ambiental acentuaria uma pressão que já é forte da Europa em relação ao Brasil. Um maior controle do desmatamento poderia acelerar a ratificação do tratado de livre comércio com a União Europeia, bloqueado do lado europeu por pressão de ambientalistas. Entretanto, nesta terça-feira, na primeira declaração sobre Biden desde a eleição, o líder brasileiro parece ter optado pela linha da confrontação – disse que há "malandros" interessados nas riquezas da Amazônia, continuou chamando o presidente eleito de "candidato" e sugeriu que "apenas a diplomacia" não resolveria as pressões externas quanto à preservação das florestas. "Quando acaba a saliva, tem que ter pólvora, senão, não funciona", completou Bolsonaro. Para Christopher Garman, o meio ambiente é o grande tema que pode unir ou separar o governo do Brasil da futura gestão democrata. “Para um governo que está com o compromisso de avançar em temas climáticos e uma transição energética, ter um presidente, Bolsonaro, que é visto como vilão na pauta ambiental pelo desmatamento da Amazônia, a reação belicosa e a retórica do Palácio do Planalto, é um problema. Num cenário de bate e retruca, o custo econômico para o Brasil pode ser maior", analisa o especialista do Eurasia Group. "Mas não significa que Biden vai entrar batendo. Ele vai estender a mão, tentar trabalhar junto com o Brasil, por exemplo, para um acordo nas negociações climáticas de Glasgow, na COP26, de 2021, já que os Estados Unidos vão voltar a fazer parte do Acordo de Paris”, ressalta Garman. José Augusto de Castro ressalta, porém, que a pressão de Biden em relação à Amazônia não ocorrerá por mera preocupação com o planeta e esconde interesses econômicos: Estados Unidos e Brasil são os maiores concorrentes mundiais em commodities. Multilateralismo beneficia comércio mundial Espera-se, ainda, que a derrota de Trump represente o fortalecimento do multilateralismo, que favorece as transações mundiais. "O Partido Democrata americano tem uma visão global desde Clinton, um grande entusiasta da globalização, e Biden vai nessa linha, muito mais de cooperação do que confrontação. O Brasil vai fazer parte de um alinhamento global não dos Estados Unidos, mas dos Estados Unidos, Europa e China”, destaca Lozardo, da FGV. "Nós tiramos da economia mundial o grande risco que era o presidente Trump." O economista ressalta, no entanto, que para se beneficiar do multilateralismo, "o Brasil precisa mostrar ser um país confiável e, até agora, não mostrou". Niemeyer frisa que o fim do alinhamento do Brasil aos Estados Unidos tende a favorecer a ampliação das relações comerciais com outros parceiros da Ásia, além dos países árabes e da África. A guerra comercial entre Washington e Pequim tende a continuar em alguma medida sob Biden, mas o democrata ainda não detalhou suas intenções sobre o tema. "A China não veio ao mundo a passeio. Ela tem interesses cada vez mais claros dentro do sistema”, indica o professor do Ibmec-RJ. "Não dá para menosprezar a intenção da China do ponto de vista do poder." A pandemia fez o comércio bilateral com os americanos encolher em 2020, com maior prejuízo para o Brasil. As exportações brasileiras para os Estados Unidos recuaram 29% nos primeiros 10 meses do ano, enquanto as importações diminuíram 19%, conforme dados do Ministério da Economia.
Entrevista com Marco Antônio Cavalcanti diretor-adjunto do IPEA Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, explica a importância do uso do ICTI Índice de Custo da Tecnologia da Informação nos projetos de TI. Assine Papo Cloud Premium e tenha muito mais conteúdo. papo.cloud/assine Links e materiais citados no programa papo.cloud/080 -------------------------------------------- Instagram / Twitter: @papocloud E-mail: contato@papo.cloud -------------------------------------------- Ficha técnica Produção: Vinicius Perrott Edição: Senhor A - editorsenhor-a.com.br See omnystudio.com/listener for privacy information.
De 2008 a 2018, a taxa de homicídios de negros no Brasil cresceu 11,5%, enquanto a taxa de homicídios de não negros caiu 12,9%. Os dados são do Atlas da Violência, divulgado nesta quinta-feira (27) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). O “Durma com essa” mostra como a dinâmica dos assassinatos dialoga com o racismo estrutural do país. O programa traz ainda o repórter especial João Paulo Charleaux comentado a ação de supremacistas brancos armados durante manifestações nos EUA e o repórter especial Camilo Rocha falando sobre os efeitos da covid-19 no sistema neurológico dos infectados. Assine o Nexo com planos exclusivos para ouvintes do “Durma com essa": https://www.nexojornal.com.br/durmacomessa
Uma epidemia no rebanho suíno da China fez a exportação de carne brasileira aumentar em 2019 e o preço do produto terminar o ano até 20% mais alto, segundo estimativa da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas). Já o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) prevê que essa tendência vai até fevereiro de 2020 e depois o preço deve se estabilizar, segundo estudo divulgado nesta quinta-feira (19). O alimento foi o principal responsável pela inflação na cesta de Natal. Neste episódio, o “Durma com essa” explica os fatores que contribuem para o aumento e usa gráficos sonoros para ilustrar a trajetória de preços. NOTA DA REDAÇÃO: A partir de segunda-feira (23), o “Durma com essa” vai sair de férias até 3 fevereiro de 2020. Durante o mês de janeiro, o podcast terá edições apenas às sextas-feiras, com um resumo das notícias da semana.
Rádio Vanguarda de Varginha | Jornalismo de Vanguarda é aqui!
Passos é a cidade mais pacífica de Minas Gerais, seguida de Varginha. A informação está no Atlas da Violência, publicado nesta semana pelo IPEA (Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas). Minas Gerais tem três cidades nas 20 primeiras posições: a outra é Araxá, no Alto Paranaíba. O estudo considera o nível de violência nas cidades médias e grandes do país. Foram analisados 310 municípios levando em conta a taxa de homicídio por 100 mil habitantes em 2017. Em entrevista a Carlos Otávio, o comandante do 24º Batalhão da Polícia Militar, sediado em Varginha, Ten. Cel. Serpa, analisou o estudo e disse que, embora o estudo seja de 2017, é possível garantir que atualmente os índices são ainda menores. O oficial falou, também, sobre os tipos de crimes mais comuns na cidade. Fotos: Redes Sociais/24º BPM --- Send in a voice message: https://anchor.fm/jornalismo-de-vanguarda--aqui/message
Para nossa quinta entrevista temos o prazer de receber Rafael Henrique Moraes Pereira. Natural de Brasília, Rafael é pesquisador do Ipea — Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada —, doutor em Geografia pela Transport Studies Unit da Universidade de Oxford, mestre em Demografia pela Unicamp e fundador do blog Urban Demographics. Nesta edição conversamos sobre o uso dos dados nas políticas de mobilidade, o impacto da expansão da infraestrutura de transporte nos tempos de deslocamento, o ciclo vicioso que vem encarecendo as tarifas de ônibus nas cidades brasileiras e o legado da Copa do Mundo e Olimpíadas para o transporte do Rio de Janeiro. Confira os links do episódio no site.
A pesquisa “Millennials na América Latina e no Caribe”, apresentada nesta segunda-feira (3) em Brasília pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), traz informações sobre ocupação formal e educação entre jovens latino-americanos. O levantamento, baseado em entrevistas com mais de 15 mil jovens em nove países, aponta que 23% dos brasileiros entre 15 e 24 anos não trabalham nem estudam. São os chamados “nem-nem”. Mas essa não é uma população satisfeita com a desocupação, segundo a pesquisa. E muitos deles têm que ajudar em afazeres domésticos.
A pesquisa “Millennials na América Latina e no Caribe”, apresentada nesta segunda-feira (3) em Brasília pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), traz informações sobre ocupação formal e educação entre jovens latino-americanos. O levantamento, baseado em entrevistas com mais de 15 mil jovens em nove países, aponta que 23% dos brasileiros entre 15 e 24 anos não trabalham nem estudam. São os chamados “nem-nem”. Mas essa não é uma população satisfeita com a desocupação, segundo a pesquisa. E muitos deles têm que ajudar em afazeres domésticos. Ouça:
Panel 2 - Social Movements and Chico Mendes' Legacy for the Sustainable Development of the Amazon: Mary Allegretti, Antropóloga, Consultora Independente, Curitiba, PR Ane Alencar, Geógrafa, Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia, Brasilia, DF Marianne Schmink, Professor, Director of the Tropical Conservation and Development Program, University of Florida, Gainesville, FL Ricardo Paes de Barros, Economista, Pesquisador do IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, Brasilia, DF Respondent: Mauro Barbosa de Almeida, Antropólogo, Professor da Universidade de Campinas, São Paulo, SP
Panel 2 - Social Movements and Chico Mendes' Legacy for the Sustainable Development of the Amazon: Mary Allegretti, Antropóloga, Consultora Independente, Curitiba, PR Ane Alencar, Geógrafa, Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia, Brasilia, DF Marianne Schmink, Professor, Director of the Tropical Conservation and Development Program, University of Florida, Gainesville, FL Ricardo Paes de Barros, Economista, Pesquisador do IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, Brasilia, DF Respondent: Mauro Barbosa de Almeida, Antropólogo, Professor da Universidade de Campinas, São Paulo, SP