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teria

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Vida Sob Controle com João Zanella
Ela dizia que nunca teria filhos e hoje é mãe de dois: como aconteceu essa mudança? | VSC #28

Vida Sob Controle com João Zanella

Play Episode Listen Later May 14, 2025 33:45


No episódio de hoje, Vanessa compartilha sua jornada de transformação: de alguém que dizia com convicção que não queria ter filhos, até o momento em que decidiu que era hora de ser mãe. Ela fala sobre os medos, as inseguranças e tudo que envolveu essa mudança de perspectiva. Contou como foi conversar com o João sobre essa nova fase, a decisão de tentar engravidar e como viveu a segunda gestação. Um relato sincero e emocionante sobre como a maternidade, que antes parecia distante, hoje é parte essencial da vida dela — e, sem dúvidas, a melhor escolha que já fez.Ter a VIDA SOB CONTROLE é ter liberdade para realizar sonhos, reconhecer que você é o responsável por sua vida e saber que o que aconteceu no seu passado não define o seu futuro.Vanessa: http://instagram.com/vanessalino_João: http://instagram.com/joaogzanella

Mix Tudo
14.05.25 - Você teria um bebê reborn? (part. Trilho Elétrico)

Mix Tudo

Play Episode Listen Later May 14, 2025 35:55


Pregador Nonato Souto
O Silêncio e a Cruz: O Papel dos Papas Pio XI e Pio XII diante do Nazismo: Teria o papa Pio XII sido cúmplice do nazismo?

Pregador Nonato Souto

Play Episode Listen Later May 9, 2025 25:43


O Silêncio e a Cruz: O Papel dos Papas Pio XI e Pio XII diante do Nazismo: Teria o papa Pio XII sido cúmplice do nazismo?

Mundo Freak
O Fim dos Templários e o Tesouro Perdido | MFC 553

Mundo Freak

Play Episode Listen Later May 8, 2025 77:47


Os Cavaleiros Templários foram uma poderosa ordem militar e religiosa da Idade Média. Fundada no início do século XII, sua missão era proteger peregrinos cristãos na Terra Santa. Com o tempo, os Templários se tornaram mais do que guerreiros, passaram a administrar fortificações, acumular terras e desenvolver um sofisticado sistema financeiro que os tornou extremamente ricos e influentes.No entanto, essa ascensão despertou a desconfiança de monarcas e da Igreja. Em 1307, o rei Filipe IV da França ordenou a prisão dos Templários, acusando-os de heresia e outros crimes. A ordem foi dissolvida, seu último Grão-Mestre, Jacques de Molay, foi queimado na fogueira, e seu imenso tesouro... simplesmente desapareceu.No episódio de hoje, os investigadores Andrei Fernandes, Rafael Jacaúna, Tupá Guerra, e Marcos Keller irão debater sobre o destino dessa fortuna que se tornou um dos maiores mistérios da história. Teria sido escondida antes da queda da ordem? Estaria enterrada em algum lugar da Europa ou até mesmo em outro continente?IMERSÃO ALURA GOOGLE GEMINI AQUI: https://www.alura.com.br/imersao-ia-google-gemini-ii?utm_source=influenciadores&utm_medium=mundofreak&utm_campaign=imersao-ia-google-gemini-iiTransforme ideias em projetos reais com a IA do GoogleAs inscrições são por tempo limitado, então garanta agora o seu lugar.Links:Apoia-se Mundo Freak: ⁠https://apoia.se/confidencial⁠⁠Mundo Freak no Youtube⁠

Mundo Freak Confidencial
O Fim dos Templários e o Tesouro Perdido | MFC 553

Mundo Freak Confidencial

Play Episode Listen Later May 8, 2025 77:47


Os Cavaleiros Templários foram uma poderosa ordem militar e religiosa da Idade Média. Fundada no início do século XII, sua missão era proteger peregrinos cristãos na Terra Santa. Com o tempo, os Templários se tornaram mais do que guerreiros, passaram a administrar fortificações, acumular terras e desenvolver um sofisticado sistema financeiro que os tornou extremamente ricos e influentes.No entanto, essa ascensão despertou a desconfiança de monarcas e da Igreja. Em 1307, o rei Filipe IV da França ordenou a prisão dos Templários, acusando-os de heresia e outros crimes. A ordem foi dissolvida, seu último Grão-Mestre, Jacques de Molay, foi queimado na fogueira, e seu imenso tesouro... simplesmente desapareceu.No episódio de hoje, os investigadores Andrei Fernandes, Rafael Jacaúna, Tupá Guerra, e Marcos Keller irão debater sobre o destino dessa fortuna que se tornou um dos maiores mistérios da história. Teria sido escondida antes da queda da ordem? Estaria enterrada em algum lugar da Europa ou até mesmo em outro continente?IMERSÃO ALURA GOOGLE GEMINI AQUI: https://www.alura.com.br/imersao-ia-google-gemini-ii?utm_source=influenciadores&utm_medium=mundofreak&utm_campaign=imersao-ia-google-gemini-iiTransforme ideias em projetos reais com a IA do GoogleAs inscrições são por tempo limitado, então garanta agora o seu lugar.Links:Apoia-se Mundo Freak: ⁠https://apoia.se/confidencial⁠⁠Mundo Freak no Youtube⁠

Bunker X
Apagão na Europa: a Guerra Cibernética começou? | BUNKER X #podcast

Bunker X

Play Episode Listen Later May 7, 2025 59:28


Você já ouviu falar da Operação Nitro Zeus? Teria sido o apagão da Europa um Teste de Colapso Planejado? Neste Bunker X, Affonso Solano e Afonso 3D desvendam tudo sobre este possível ato de ciberterrorismo que os governos estão tentando esconder como fenômenos atmosféricos.Na segunda-feira, 28 de abril de 2025, ocorreu um apagão elétrico sem precedentes que afetou gravemente a Península Ibérica — abrangendo Espanha, Portugal e Andorra — e também partes do sul da França. O evento teve início às 12h33 (hora local), quando uma perda súbita de 15 gigawatts de geração elétrica (aproximadamente 60% da demanda naquele momento) desestabilizou completamente o sistema elétrico da região. Essa queda abrupta levou à desconexão da Península Ibérica da rede elétrica europeia, resultando em interrupções generalizadas no fornecimento de energia.___________Seja membro no YouTube e ganhe benefícios!

Os Sócios Podcast
Os Sócios 241 - AS GERAÇÕES ESTÃO FICANDO MAIS FRACAS? A CRISE DAS GERAÇÕES EXPLICADA (Guilherme Freire)

Os Sócios Podcast

Play Episode Listen Later May 1, 2025 111:59


Bitybank é a corretora do Bruno Perini para comprar Bitcoin - abra sua conta: https://r.vocemaisrico.com/0e566a9fffEntre para a lista de espera do Viver de Renda: https://r.vocemaisrico.com/1dce8c6a9f Certos aspectos da experiência humana são atemporais. No entanto, a cada geração, a forma como as pessoas pensam, sentem e vivem muda profundamente, assim como seus desafios, valores e forma de se comunicar. Enquanto alguns se opõe à mudança, outros demandam mudanças drásticas e todos vivem no mesmo tempo: é assim que surge uma crise geracional. Por isso, observando as últimas gerações, surge o questionamento: o que pode ter provocado tamanha ruptura entre elas? Teria sido a aceleração tecnológica, a crise de identidade, a suavização da realidade? Ou a mudança na educação, o fácil acesso à informação, a relativização da autoridade, do ‘certo e errado'? Pode uma geração ser considerada “superior” à outra - mais madura, mais preparada, mais conectada com a realidade, ou são apenas perspectivas (observando a mesma idade em diferentes gerações)?Para responder estas e mais perguntas, convidamos Guilherme Freire para o episódio 241 do podcast Os Sócios. Falamos sobre tradição, juventude, cultura, propósito e muito mais.Ele será transmitido nesta quinta-feira (01/05), às 12h, no canal Os Sócios Podcast.Hosts: Bruno Perini @bruno_perini e Malu Perini @maluperiniConvidado: Guilherme Freire @guilhermefclfreire

Notícia no Seu Tempo
PF investiga repasses fracionados de entidade que teria fraudado INSS

Notícia no Seu Tempo

Play Episode Listen Later Apr 29, 2025 8:16


No podcast ‘Notícia No Seu Tempo’, confira em áudio as principais notícias da edição impressa do jornal ‘O Estado de S.Paulo’ desta terça-feira (29/04/2025): Investigação da Polícia Federal sobre deduções indevidas em benefícios de aposentados e pensionistas do INSS aponta que a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) é suspeita de ter desviado R$ 2 bilhões entre janeiro de 2019 e março de 2024. Os investigadores agora miram os beneficiários das supostas fraudes. Uma agência de viagens, uma empresa de locação de estruturas para eventos e uma empresa de buffet receberam transferências fracionadas. O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) alertou a PF sobre a saída de R$ 26.457.531,95 das contas da confederação para 15 pessoas físicas e jurídicas. A Contag afirmou que coordena mais de 3,8 mil sindicatos e que “sempre atuou com ética, responsabilidade e tem se empenhado ativamente no aperfeiçoamento da gestão e na fiscalização dos projetos e convênios que administra”. E mais: Política: Alcolumbre prepara projeto para reduzir penas de condenados no 8/1 Economia: Mesmo com pente-fino, governo prevê aumento de 18% no gasto com o BPC Metrópole: Maior conclave da história começa dia 7; novo papa terá série de desafios Internacional: Apagão deixa milhões sem transporte, internet e água em Portugal e EspanhaSee omnystudio.com/listener for privacy information.

Colunistas Eldorado Estadão
Eliane: "Imagino, em época de internet, o que teria sido o Collor"

Colunistas Eldorado Estadão

Play Episode Listen Later Apr 25, 2025 21:24


O ex-presidente da República Fernando Collor foi preso nesta madrugada, em Maceió, quando se preparava para pegar um voo para Brasília. Neste momento, de acordo com sua defesa, ele está custodiado na Superintendência da Polícia Federal na capital alagoana. Marcelo Bessa, advogado do ex-presidente, disse ontem, em nota, que Collor iria realizar o “cumprimento espontâneo da decisão do ministro Alexandre de Moraes”. Collor fora condenado a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção a partir de investigação na Operação Lava Jato. "Primeiro presidente eleito por voto direto, depois de duas décadas de ditadura militar; jovem, bonito, com discurso de outsider - apesar de ser filho de político e sido governador de Alagoas e prefeito de Maceió -, caçador de marajá. Imagina em época de internet o que teria sido o Collor... Ele teve a punição política, mas, não a jurídica, criminal ou penal. A política, que dá cambalhotas e isso fica ainda mais evidente no Brasil", diz Cantanhêde.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Eliane Cantanhêde responde
"Imagino, em época de internet, o que teria sido o Collor"

Eliane Cantanhêde responde

Play Episode Listen Later Apr 25, 2025 21:24


O ex-presidente da República Fernando Collor foi preso nesta madrugada, em Maceió, quando se preparava para pegar um voo para Brasília. Neste momento, de acordo com sua defesa, ele está custodiado na Superintendência da Polícia Federal na capital alagoana. Marcelo Bessa, advogado do ex-presidente, disse ontem, em nota, que Collor iria realizar o “cumprimento espontâneo da decisão do ministro Alexandre de Moraes”. Collor fora condenado a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção a partir de investigação na Operação Lava Jato. "Primeiro presidente eleito por voto direto, depois de duas décadas de ditadura militar; jovem, bonito, com discurso de outsider - apesar de ser filho de político e sido governador de Alagoas e prefeito de Maceió -, caçador de marajá. Imagina em época de internet o que teria sido o Collor... Ele teve a punição política, mas, não a jurídica, criminal ou penal. A política, que dá cambalhotas e isso fica ainda mais evidente no Brasil", diz Cantanhêde.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Decor e Arte
Decor e Arte - Cinco coisas que eu não teria em casa

Decor e Arte

Play Episode Listen Later Apr 23, 2025 1:43


Janina Ester cita cinco itens que ela não usaria em sua casa. E aí, concorda com as escolhas dela? See omnystudio.com/listener for privacy information.

AutoPapo
QUAL CARRO VOCÊ TERIA SE GRANA NÃO FOSSE PROBLEMA? RESENHA AUTOPAPO 11

AutoPapo

Play Episode Listen Later Apr 14, 2025 28:03


Nesta edição da Resenha AutoPapo vamos falar sobre carros que gostaríamos de ter, se grana não fosse um impedimento. Comente aí, qual é a máquina que merecia estar na sua garagem, ou na estante da sua coleção?#autopapo #resenha #hotwheels ** Se o vídeo foi útil, lembre-se de deixar seu like e se inscrever no canal. **Se você tem alguma dúvida sobre este vídeo ou o sobre mundo automotivo, envie um email para : borisresponde@autopapo.com.brInscreva-se no nosso canal e ative o sininho das notificações

PODQUEST ENEM - Como passar em MEDICINA
Eu teria feito o ENEM mais vezes como treineira

PODQUEST ENEM - Como passar em MEDICINA

Play Episode Listen Later Apr 13, 2025 1:40


Eu teria feito o ENEM mais vezes como treineira

Amorosidade Estrela da Manhã
Áudio - ÀS VEZES DEUS NOS FAZ PASSAR PELO MESMO PARA COMPREENDER A UTILIDADE DAS COISAS, POIS SENÃO ATÉ A SUA REPUTAÇÃO COMO SER MAIS SÁBIO QUE EXISTE TERIA QUE SER COLOCADA EM XEQUE, JÁ QUE É ELE...

Amorosidade Estrela da Manhã

Play Episode Listen Later Apr 13, 2025 2:06


Amorosidade Estrela da Manhã
Vídeo - ÀS VEZES DEUS NOS FAZ PASSAR PELO MESMO PARA COMPREENDER A UTILIDADE DAS COISAS, POIS SENÃO ATÉ A SUA REPUTAÇÃO COMO SER MAIS SÁBIO QUE EXISTE TERIA QUE SER COLOCADA EM XEQUE, JÁ QUE É ELE...

Amorosidade Estrela da Manhã

Play Episode Listen Later Apr 13, 2025 2:06


Millionaire University
The Keys to Selling Online: Insights From a Top 1% Etsy Seller With Teria Brooks (MU Classic)

Millionaire University

Play Episode Listen Later Apr 2, 2025 46:21


#316 In this episode, host Kirsten Tyrrel brings on long-time friend and successful online seller Teria Brooks to share her insights on selling products online. Teria, a top 1% Etsy seller, discusses her journey from starting with small nail decals to expanding into a variety of products, including physical items and digital goods. Through her experiences, she underscores the importance of thorough product research, consistent selling over time, appealing product presentation, and optimizing for search engines. She also compares popular platforms like Amazon, Ebay, and Shopify, sharing the unique benefits and challenges each presents. Teria highlights that success is possible for anyone willing to put in the work, remain consistent, and adapt to market trends. (Original Air Date - 12/21/23) What we discuss with Teria: + Introduction to Online Selling + Meet the Expert: Top 1% Etsy Seller + The Journey to Becoming a Top Etsy Seller + The Importance of Finding Your Niche + Understanding the Market and Customer Needs + The Role of Trends in Online Selling + Choosing the Right Platform for Your Products + Understanding Etsy Ads + The Importance of Product Quality and Customer Satisfaction + Is Etsy Too Saturated? Insights and Opinions + Top Tips for Standing Out in a Saturated Market + The Importance of a Cohesive Brand and Niche + Understanding Etsy's Algorithm and the Importance of Consistency + The Journey to Becoming a Top 1% Etsy Seller + Transitioning to a New Product and Expanding Business + The Future of Selling on Etsy and Final Thoughts Resources from this episode: Grab Teria's Design To Sell Guide Here. Etsy 101: How to Become a Top Seller to learn more - check out this blog post for more info. Sign up for our FREE Business Course - over 300+ new business ideas, also includes the 7 Phases of a business, so you know where you are now and where you need to go next. You'll also get 7 of the most popular marketing strategies and 31 stay-on-track hacks that successful millionaires follow to grow and automate their businesses. Go to https://www.millionaireuniversity.com/training. And follow us on: Instagram Facebook Tik Tok Youtube Twitter To get exclusive offers mentioned in this episode and to support the show, visit millionaireuniversity.com/sponsors. Want to hear from more incredible entrepreneurs? Check out all of our interviews here! Learn more about your ad choices. Visit megaphone.fm/adchoices

Vida em França
O que explica a crise diplomática entre a França e a Argélia?

Vida em França

Play Episode Listen Later Mar 19, 2025 14:17


Esta semana, acentuou-se a crise diplomática entre Paris e Argel. A Argélia recusou a lista de 60 cidadãos argelinos que a França pretende expulsar e o ministro francês do Interior, Bruno Retailleau, prometeu uma “resposta gradual”. O que explica a degradação das relações entre os dois países nos últimos tempos? “A tensão não é de agora”, sublinha o historiador Victor Pereira, apontando para toda a violência do passado colonial francês na Argélia a que se somam, agora, “motivos eleitoralistas em França e políticos na Argélia”. Esta segunda-feira, a Argélia recusou a lista de 60 cidadãos argelinos que a França pretende expulsar, quase um mês depois de o ministro francês do Interior ter revelado que o autor do ataque que matou uma pessoa em Mulhouse, a 22 de Fevereiro, tinha previamente tido várias ordens de expulsão do território, mas foram todas rejeitadas pelas autoridades argelinas.Agora, o ministro francês do Interior, Bruno Retailleau, promete uma “resposta gradual”, que pode passar pela redução de vistos para os trabalhadores argelinos - segundo a ministra do Trabalho – ou até pelo fim dos “vistos diplomáticos” e pela convocação do embaixador de França na Argélia, na opinião do ministro da Justiça.O braço-de-ferro começou, no fim de Julho de 2024, com o reconhecimento pelo Presidente Emmanuel Macron da soberania marroquina sobre o Sahara Ocidental e teve novo episódio com a detenção do escritor franco-argelino, Boualem Sansal, a 16 de Novembro, em Argel e que continua preso.O que se passa entre Paris e Argel?  Victor Pereira, historiador especialista das migrações, aponta “motivos eleitoralistas em França e políticos na Argélia”, mas relembra que “a tensão não é de agora” e tem como base todo o passado colonial francês na Argélia.RFI: Quais são os motivos que explicam este braço-de-ferro entre Paris e Argel?Victor Pereira, Historiador: "Há vários motivos, tanto em Argel quanto em Paris. Em Paris, temos um governo dirigido por François Bayrou, com ministros muitos deles de direita. O ministro do Interior, Bruno Retailleau, é da direita republicana e sabe que para uma parte do eleitorado dele e do eleitorado do Rassemblement National, o partido de Jean-Marie Le Pen, o tema da Argélia é sempre um tema que funciona, entre aspas, na oposição à Argélia. Há uma parte do Rassemblement National que foi constituído por antigos colonos ou militares que não queriam a independência da Argélia e que acham sempre que a Argélia não respeita a França, que a Argélia devia ter continuado a ser um departamento francês. O Bruno Retailleau era pouco conhecido há seis meses e tornou-se um dos políticos mais conhecidos em França, ele sabe muito bem que temas abordar para ser conhecido e ele aborda isto. Como o governo está pouco seguro de si próprio, conseguiu passar o Orçamento, mas François Bayrou não parece um primeiro-ministro que imponha uma linha, então há já uma posição bastante importante do ministro de Negócios Estrangeiros, que é um macronista histórico, e o Retailleau joga agora a carta dele e já está a fazer ameaças e chantagens de sair. Depois, na Argélia, obviamente que a própria ditadura argelina não está muito segura depois das manifestações e protestar contra a França, a antiga colónia, falar dos crimes que houve durante a guerra e da colonização, é sempre um tema que pode esconder as tensões internas."Esta tensão então não é de agora. Tem a ver com a própria história e as relações entre França e Argélia? "Não, essa tensão não é de agora. Esta tensão vem de 130 anos da presença francesa na Argélia, uma presença colonial com violências, com guerra, com tortura durante a guerra da Argélia, com repressão, com o facto de a população ter sido colocada à parte no próprio país e ter uma situação subalterna. Desde a independência de 1962, as relações nunca foram completamente pacíficas."Houve pedido de desculpas? Houve "reparação"? "Nos últimos anos, o François Hollande e sobretudo o Emmanuel Macron que, no início do seu primeiro mandato, tentou pacificar as relações entre Argélia e França. Por exemplo, Macron disse que os arquivos deveriam ser abertos para se conhecer a história da colonização da guerra da Argélia, coisa que já tinha feito no fim dos anos 90 o Lionel Jospin, o que tinha permitido ter muitas investigações sobre a guerra da Argélia, nomeadamente sobre o uso da tortura durante a guerra da Argélia. Emmanuel Macron tentou, falando da tortura e do caso do desaparecimento do matemático Maurice Audin, admitindo que tinham sido as forças militares francesas que o tinham raptado e que ele tinha sido morto por militares franceses. Então, ele fez vários sinais. Entretanto, na Argélia, a ditadura argelina conheceu uma contestação muito forte há alguns anos. A FLN está no poder desde 1962, usa o combate contra a França como a principal legitimação, quando a própria população argelina, 60 anos depois, quer a liberdade, quer mais repartição das riquezas. O governo ao usar a colonização na Argélia é uma forma de unir a população à volta da memória contra a presença francesa."O ministro do Interior falou em “resposta gradual”, invoca-se a possibilidade de redução de vistos para os trabalhadores argelinos, por exemplo. Quais é que poderão ser as consequências para a população, nomeadamente para os emigrantes argelinos que vivem em França ou que querem ir para França?"Já há vários anos que o tema dos acordos que existem entre a França e a Argélia são um ponto no debate e muitas vezes num debate que é pouco informado e que é um debate político à direita. Há um ponto importante: para acabar com a guerra da Argélia, houve o Tratado de Evian que permitia o fim da guerra e as relações entre os dois países. Em 1962, franceses e argelinos concordam em pôr em funcionamento uma livre circulação entre Argélia e França. Nessa altura, a França tinha um pouco menos de um milhão de europeus na Argélia. A ideia, quando foi negociado o tratado, é que os europeus na Argélia iriam ficar - ou grande parte deles iriam ficar - na Argélia. O que não aconteceu. Logo em Julho de 1962 houve o regresso maciço de europeus para França e essa livre circulação ficou, mas ficou sobretudo em vantagem dos cidadãos argelinos que continuaram a vir para França. Em 1962, muitos pensavam que como a Argélia se ia tornar independente, a emigração de argelinos para França ia reduzir, mas isso não aconteceu. Então, houve várias tentativas, da parte francesa, de reduzir a emigração argelina para França. Houve um novo acordo em 1965, em 1968 houve limites quantitativos, por isso, os argelinos, que antes de 1962 eram franceses e podiam circular livremente entre a Argélia e a França, desde então, houve vários entraves à livre circulação dos argelinos em França."Quantos cidadãos argelinos vivem em França actualmente?"Teria de verificar, mas imagino que seja por volta de 500 mil, um pouco mais que os portugueses, mas por volta dos 500 mil."O que é que representa em termos de comunidade estrangeiras em França? "É uma das mais antigas. Mas só se conta as pessoas que têm a nacionalidade argelina, não conta as pessoas que também são francesas e os filhos de argelinos em França que tinham nacionalidade francesa porque os pais eram franceses porque a Argélia era francesa até 1962. Se incluirmos os argelinos e os franceses de origem argelina, o número é mais importante. O debate sobre os vistos é um debate antigo que a extrema-direita usa muito com esse discurso de ter um certo controlo sobre a imigração argelina em França, usando o medo que venham demasiados argelinos para França - há pessoas que poderiam vir porque têm tios, pais, primos, amigos. Isso é uma coisa que as autoridades francesas sempre quiseram tentar restringir."Como é que os governos de Paris e Argel estão a lidar com esta crise diplomática e como é que isso pode acicatar a xenofobia contra os argelinos que vivem em França?"Como eu disse no início, estamos num período em que em ambos os países há pessoas que têm interesse em acicatar o conflito. É o caso em França do ministro do Interior e mesmo do próprio Gérald Darmanin [ministro da Justiça]. Então, há uma ala à direita vinda do Partido Les Républicains que acha que é preciso ter uma posição dura contra a Argélia, sabendo que isso é um ponto popular, entre aspas, junto da extrema-direita. E há essa vontade de estar à frente do debate público, de serem conhecidos, como é o caso de Bruno Retailleau e de Gérald Darmanin, com essa ideia de que vão tirar votos ao Rassemblement National, com uma posição muito dura sobre a Argélia, devido a essa posição da Argélia no imaginário da extrema-direita francesa.Na Argélia, há um interesse do governo em mostrar uma dureza perante a França e mostrar que a Argélia é um país autónomo, que a Argélia não vai ter uma posição subalterna perante Paris. Então temos agora todos os ingredientes porque podemos pensar que se Emmanuel Macron tivesse um governo no qual poderia ter mais influência, talvez as tensões seriam mínimas ou menos importantes, mas a configuração actual pode fazer que isso se torne um tema candente nas próximas semanas e nos próximos meses por motivos eleitoralistas em França e políticos na Argélia."Na sexta-feira, no jornal Le Monde, um colectivo de cidadãos franco argelinos, entre os quais o reitor da Grande Mesquita de Paris, lamentou que se tenha “normalizado a ideia que alguns franceses tenham constantemente de provar que pertencem à nação”. Quer comentar?"A população argelina, os filhos de argelinos, os netos e bisnetos têm que provar que são franceses, mas são franceses hávárias décadas. Há um racismo anti-argelino, anti-muçulmano. Os argelinos concentram vários dos ódios que existem na extrema-direita francesa ou em parte da sociedade francesa devido à guerra e ao facto de serem muçulmanos ou vistos como muçulmanos. Essas tensões vêm alimentar esse ódio anti-argelino que existe em França e, obviamente, isso torna a vida de muitos compatriotas franceses muito mais difícil porque há sempre uma suspeição sobre a lealdade deles, a lealdade como franceses, mas também lealdade quando há casos de ataques ou de actos terroristas que envolvam pessoas com família ligada à Argélia. Essas declarações mostram bem a situação muito difícil que vivem pessoas que apenas querem viver pacificamente e trabalhar em França, onde nasceram ou os próprios avós nasceram."A 27 de Fevereiro, o primeiro-ministro falou na necessidade de um largo debate sobre “o que é ser francês” [com o lançamento de “convenções cidadãs descentralizadas”]. Este debate é sensato no contexto político actual? "Essa declaração do primeiro-ministro François Bayrou parece uma repetição do que já aconteceu durante o mandato de Nicolas Sarkozy, quando Nicolas Sarkozy promoveu um debate sobre a identidade nacional e até criou um Ministério da Identidade Nacional. Esse debate não serviu para grande coisa, a não ser alimentar uma certa xenofobia. Muitas vezes, o tema da imigração parece ser o tema usado por políticos em dificuldade. François Bayrou estava em grande dificuldade devido ao caso de Notre-Dame de Bétharram, que é um caso de uma instituição católica onde durante décadas crianças tiveram maus tratos..."E foram vítimas de pedofilia. "Exactamente. E com alegado conhecimento de várias entidades políticas, incluindo o próprio François Bayrou. Quando as situações internas são complicadas, o tema da imigração sempre permite tentar criar uma forma de fugir alguns problemas. Por isso, não sei se esse debate vai avançar e podemos duvidar muito da utilidade deste debate, a não ser o ser uma nova forma de expressão de uma xenofobia."Enquanto historiador, o que é ser francês? "Para um historiador, “o que é ser francês?” não é uma pergunta fácil porque há vários livros de história sobre este tema. Alguns historiadores dizem que é uma coisa muito simples: são pessoas que obtiveram a nacionalidade francesa e há várias formas de obter a nacionalidade francesa - ter nascido em França de pais franceses; ter nascido em França de pais estrangeiros, mas ter pedido a nacionalidade francesa. Isto é, muitas vezes é um falso debate porque há muitos actos feitos por pessoas francesas, netas e bisnetas de franceses, que são contra os valores que a própria República Francesa defende. Há franceses que defendem a monarquia. São menos franceses por isso? Não parece. Em França, há sempre um grande debate sobre a laicidade. Os homens políticos franceses muitas vezes confundem o que é a definição da laicidade e viu-se há pouco tempo com um caso sobre futebol e o Ramadão. Por isso, este não é um debate fácil, é um debate jurídico, mas, muitas vezes, os homens públicos falam de valores e eles próprios não são muito respeitadores e coerentes com esses valores. Por isso, acho que é, em grande parte, um falso debate para tentar não falar de outros problemas."

Trip FM
Regina Casé, 71 e acelerando!

Trip FM

Play Episode Listen Later Mar 14, 2025


A atriz e apresentadora fala sobre família, religião, casamento e conta pra qual de seus tantos amigos ligaria de uma ilha deserta Regina Casé bem que tentou não comemorar seu aniversário de 71 anos, celebrado no dia 25 de fevereiro. Mas o que seria um açaí com pôr do sol na varanda do Hotel Arpoador se transformou em um samba que só terminou às 11 horas da noite em respeito à lei do silêncio. "Eu não ia fazer nada, nada, nada mesmo. Mas é meio impossível, porque todo mundo fala: vou passar aí, vou te dar um beijo", contou em um papo com Paulo Lima. A atriz e apresentadora tem esse talento extraordinário pra reunir as pessoas mais interessantes à sua volta. E isso vale para seu círculo de amigos, que inclui personalidades ilustres como Caetano Veloso e Fernanda Torres, e também para os projetos que inventa na televisão, no teatro e no cinema.  Inventar tanta coisa nova é uma vocação que ela herdou do pai e do avô, pioneiros no rádio e na televisão, mas também uma necessidade. “Nunca consegui pensar individualmente, e isso até hoje me atrapalha. Mas, ao mesmo tempo, eu tive que ser tão autoral. Eu não ia ser a mocinha na novela, então inventei um mundo para mim. Quase tudo que fiz fui eu que tive a ideia, juntei um grupo, a gente escreveu junto”, afirma. No teatro, ao lado de artistas como o diretor Hamilton Vaz Pereira e os atores Luiz Fernando Guimarães e Patrícia Travassos, ela inventou o grupo Asdrúbal Trouxe o Trombone, que revolucionou a cena carioca nos anos 1970. Na televisão, fez programas como TV Pirata, Programa Legal e Brasil Legal. "Aquilo tudo não existia, mas eu tive que primeiro inventar para poder me jogar ali”, conta. LEIA TAMBÉM: Em 1999, Regina Casé estampou as Páginas Negras da Trip De volta aos cinemas brasileiros no fim de março com Dona Lurdes: O Filme, produção inspirada em sua personagem na novela Amor de Mãe (2019), Regina bateu um papo com Paulo Lima no Trip FM. Na conversa, ela fala do orgulho de ter vindo de uma família que, com poucos recursos e sem faculdade, foi pioneira em profissões que ainda nem tinham nome, do título de “brega” que recebeu quando sua originalidade ainda não era compreendida pelas colunas sociais, de sua relação com a religião, da dificuldade de ficar sozinha – afinal, “a sua maior qualidade é sempre o seu maior defeito” –, do casamento de 28 anos com o cineasta Estêvão Ciavatta, das intempéries e milagres que experimentou e de tudo o que leva consigo. “Eu acho que você tem que ir pegando da vida, que nem a Dona Darlene do Eu Tu Eles, que ficou com os três maridos”, afirma. “A vida vai passando e você vai guardando as coisas que foram boas e tentando se livrar das ruins”. Uma das figuras mais admiradas e admiráveis do país, ela ainda revela para quem ligaria de uma ilha deserta e mostra o presente de aniversário que ganhou da amiga Fernanda Montenegro. Você pode conferir esse papo a seguir ou ouvir no Spotify do Trip FM.  [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d446165a3ce/header-regina-interna.jpg; CREDITS=João Pedro Januário; LEGEND=; ALT_TEXT=] Trip. Além de atriz, você é apresentadora, humorista, escritora, pensadora, criadora, diretora… Acho que tem a ver com uma certa modernidade que você carrega, essa coisa de transitar por 57 planetas diferentes. Como é que você se apresentaria se tivesse que preencher aquelas fichas antigas de hotel? Regina Casé. Até hoje ponho atriz em qualquer coisa que tenho que preencher, porque acho a palavra bonita. E é como eu, vamos dizer, vim ao mundo. As outras coisas todas vieram depois. Mesmo quando eu estava há muito tempo sem atuar, eu era primeiramente uma atriz. E até hoje me sinto uma atriz que apresenta programas, uma atriz que dirige, uma atriz que escreve, mas uma atriz. Você falou numa entrevista que, se for ver, você continua fazendo o mesmo trabalho. De alguma maneira, o programa Brasil Legal, a Val de "Que Horas Ela Volta", o grupo de teatro "Asdrúbal Trouxe o Trombone" ou agora esse programa humorístico tem a mesma essência, um eixo que une tudo isso. Encontrei entrevistas e vídeos maravilhosos seus, um lá no Asdrúbal, todo mundo com cara de quem acabou de sair da praia, falando umas coisas muito descontraídas e até mais, digamos assim, sóbrias. E tem um Roda Viva seu incrível, de 1998. Eu morro de pena, porque também o teatro que a gente fazia, a linguagem que a gente usava no Asdrúbal, era tão nova que não conseguiu ser decodificada naquela época. Porque deveria estar sendo propagada pela internet, só que não havia internet. A gente não tem registros, não filmava, só fotografava. Comprava filme, máquina, pagava pro irmão do amigo fazer aquilo no quarto de serviço da casa dele, pequenininho, com uma luz vermelha. Só que ele não tinha grana, então comprava pouco fixador, pouco revelador, e dali a meses aquilo estava apagado. Então, os documentos que a gente tem no Asdrúbal são péssimos. Fico vendo as pouquíssimas coisas guardadas e que foram para o YouTube, como essa entrevista do Roda Viva. Acho que não passa quatro dias sem que alguém me mande um corte. "Ah, você viu isso? Adorei!". Ontem o DJ Zé Pedro me mandou um TED que eu fiz, talvez o primeiro. E eu pensei: "Puxa, eu falei isso, que ótimo, concordo com tudo". Quanta coisa já mudou no Brasil, isso é anterior a tudo, dois mil e pouquinho. E eu fiquei encantada com o Roda Viva, eu era tão novinha. Acho que não mudei nada. Quando penso em mim com cinco anos de idade, andando com a minha avó na rua, a maneira como eu olhava as pessoas, como eu olhava o mundo, é muito semelhante, se não igual, a hoje em dia.  [VIDEO=https://www.youtube.com/embed/rLoqGPGmVdo; CREDITS=; LEGEND=Em 1998, aos 34 anos, Regina Casé foi entrevistada pelo programa Roda Viva, da TV Cultura; IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d49b0ede6d3/1057x749x960x540x52x40/screen-shot-2025-03-14-at-180926.png] O Boni, que foi entrevistado recentemente no Trip FM, fala sobre seu pai em seu último livro, “Lado B do Boni”, como uma das pessoas que compuseram o que ele é, uma figura que teve uma relevância muito grande, inclusive na TV Globo. Conta um pouco quem foi o seu pai, Regina. Acho que não há Wikipedia que possa resgatar o tamanho do meu pai e do meu avô. Meu avô é pioneiríssimo do rádio, teve um dos primeiros programas de rádio, se não o primeiro. Ele nasceu em Belo Jardim, uma cidadezinha do agreste pernambucano, do sertão mesmo. E era brabo, criativo demais, inteligente demais, e, talvez por isso tudo, impaciente demais, não aguentava esperar ninguém terminar uma frase. Ele veio daquele clássico, com uma mão na frente e outra atrás, sem nada, e trabalhou na estiva, dormiu na rua até começar a carregar rádios. Só que, nos anos 20, 30, rádios eram um armário de madeira bem grandão. Daí o cara viu que ele era esperto e botou ele para instalar os rádios na casa das pessoas. Quando meu avô descobriu que ninguém sabia sintonizar, que era difícil, ele aprendeu. E aí ele deixava os rádios em consignação, botava um paninho com um vasinho em cima, sintonizado, funcionando. Quando ele ia buscar uma semana depois, qualquer um comprava. Aí ele disparou como vendedor dos rádios desse cara que comprava na gringa e começou a ficar meio sócio do negócio. [QUOTE=1218] Mas a programação toda era gringa, em outras línguas. Ele ficava fascinado, mas não entendia nada do que estava rolando ali. Nessa ele descobriu que tinha que botar um conteúdo ali dentro, porque aquele da gringa não estava suprindo a necessidade. Olha como é parecido com a internet hoje em dia. E aí ele foi sozinho, aquele nordestino, bateu na Philips e falou que queria comprar ondas curtas, não sei que ondas, e comprou. Aí ele ia na farmácia Granado e falava: "Se eu fizer um reclame do seu sabão, você me dá um dinheiro para pagar o pianista?". Sabe quem foram os dois primeiros contratados dele? O contrarregra era o Noel Rosa, e a única cantora que ele botou de exclusividade era a Carmen Miranda. Foram os primeiros empregos de carteira assinada. E aí o programa cresceu. Começava de manhã, tipo programa do Silvio, e ia até de noite. Chamava Programa Casé.  E o seu pai? Meu avô viveu aquela era de ouro do rádio. Quando sentiu que o negócio estava ficando estranho, ele, um cara com pouquíssimos recursos de educação formal, pegou meu pai e falou: "vai para os Estados Unidos porque o negócio agora vai ser televisão". Ele fez um curso, incipiente, para entender do que se tratava. Voltou e montou o primeiro programa de televisão feito aqui no Rio de Janeiro, Noite de Gala. Então, tem uma coisa de pioneirismo tanto no rádio quanto na televisão. E meu pai sempre teve um interesse gigante na educação, como eu. Esse interesse veio de onde? Uma das coisas que constituem o DNA de tudo o que fiz, dos meus programas, é a educação. Um Pé de Quê, no Futura, o Brasil Legal e o Programa Legal, na TV Globo… Eu sou uma professora, fico tentando viver as duas coisas juntas. O meu pai tinha isso porque esse meu avô Casé era casado com a Graziela Casé, uma professora muito, mas muito idealista, vocacionada e apaixonada. Ela trabalhou com Anísio Teixeira, Cecília Meireles, fizeram a primeira biblioteca infantil. Meu pai fez o Sítio do Picapau Amarelo acho que querendo honrar essa professora, a mãe dele. Quando eu era menina, as pessoas vinham de uma situação rural trabalhar como domésticas, e quase todas, se não todas, eram analfabetas. A minha avó as ensinava a ler e escrever. Ela dizia: "Se você conhece uma pessoa que não sabe ler e escrever e não ensina para ela, é um crime". Eu ficava até apavorada, porque ela falava muito duramente. Eu acho que sou feita desse pessoal. Tenho muito orgulho de ter vindo de uma família que, sem recursos, sem universidade, foi pioneira na cidade, no país e em suas respectivas... Não digo “profissões” porque ainda nem existiam suas profissões. Eu tento honrar.  [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d49d1e03df5/header-regina-interna6.jpg; CREDITS=Christian Gaul; LEGEND=Em 1999, a atriz e apresentadora estampou as Páginas Negras da Trip; ALT_TEXT=] Você tem uma postura de liderança muito forte. Além de ter preparo e talento, você tem uma vocação para aglutinar, juntar a galera, fazer time. Por outro lado, tem essa coisa da atriz, que é diferente, talvez um pouco mais para dentro. Você funciona melhor sozinha ou como uma espécie de capitã, técnica e jogadora do time? Eu nasci atriz dentro de um grupo. E o Asdrúbal trouxe o Trombone não era só um grupo. Apesar do Hamilton Vaz Pereira ter sido sempre um autor e um diretor, a gente criava coletivamente, escrevia coletivamente, improvisava. Nunca consegui pensar individualmente, e isso até hoje é uma coisa que me atrapalha. Todo mundo fala: "escreve um livro". Eu tenho vontade, mas falo que para escrever um livro preciso de umas 10 pessoas de público, todo mundo junto. Sou tão grupal que é difícil. Ao mesmo tempo, eu tive que ser muito autoral. Eu, Tu, Eles foi a primeira vez que alguém me tirou para dançar. Antes eu fiz participações em muitos filmes, mas foi a primeira protagonista. Quase tudo que fiz fui eu que tive a ideia, juntei um grupo, a gente escreveu junto. Então, eu sempre inventei um mundo para mim. No teatro eu não achava lugar para mim, então tive que inventar um, que era o Asdrúbal. Quando eu era novinha e fui para a televisão, eu não ia ser a mocinha na novela. Então fiz a TV Pirata, o Programa Legal, o Brasil Legal. Aquilo tudo não existia na televisão, mas eu tive que primeiro inventar para poder me jogar ali. Eu sempre me acostumei não a mandar, mas a ter total confiança de me jogar.  E nos trabalhos de atriz, como é? No Asdrúbal eu me lembro que uma vez eu virei umas três noites fazendo roupa de foca, que era de pelúcia, e entupia o gabinete na máquina. Eu distribuía filipeta, colava cartaz, pregava cenário na parede. Tudo, todo mundo fazia tudo. É difícil quando eu vou para uma novela e não posso falar que aquele figurino não tem a ver com a minha personagem, que essa casa está muito chique para ela ou acho que aqui no texto, se eu falasse mais normalzão, ia ficar mais legal. Mas eu aprendi. Porque também tem autores e autores. Eu fiz três novelas com papéis de maior relevância. Cambalacho, em que fiz a Tina Pepper, um personagem coadjuvante que ganhou a novela. Foi ao ar em 1986 e até hoje tem gente botando a dancinha e a música no YouTube, cantando. Isso também, tá vendo? É pré-internet e recebo cortes toda hora, porque aquilo já tinha cara de internet. Depois a Dona Lurdes, de Amor de Mãe, e a Zoé, de Todas as Flores. Uma é uma menina preta da periferia de São Paulo. A outra uma mulher nordestina do sertão, com cinco filhos. A terceira é uma truqueira carioca rica que morava na Barra. São três universos, mas as três foram muito fortes. Tenho muito orgulho dessas novelas. Mas quando comecei, pensei: "Gente, como é que vai ser?". Não é o meu programa. Não posso falar que a edição está lenta, que devia apertar. O começo foi difícil, mas depois que peguei a manha de ser funcionária, fazer o meu e saber que não vou ligar para o cenário, para o figurino, para a comida e não sei o quê, falei: "Isso aqui, perto de fazer um programa como o Esquenta ou o Programa Legal, é como férias no Havaí".  Você é do tipo que não aguenta ficar sozinha ou você gosta da sua companhia? Essa é uma coisa que venho perseguindo há alguns anos. Ainda estou assim: sozinha, sabendo que, se quiser, tem alguém ali. Mas ainda apanho muito para ficar sozinha porque, justamente, a sua maior qualidade é sempre o seu maior defeito. Fui criada assim, em uma família que eram três filhas, uma mãe e uma tia. Cinco mulheres num apartamento relativamente pequeno, um banheiro, então uma está escovando os dentes, outra está fazendo xixi, outra está tomando banho, todas no mesmo horário para ir para a escola. Então é muito difícil para mim ficar sozinha, mas tenho buscado muito. Quando falam "você pode fazer um pedido", eu peço para ter mais paciência e para aprender a ficar sozinha.  Você contou agora há pouco que fazia figurinos lá no Asdrúbal e também já vi você falando que sempre aparecia na lista das mais mal vestidas do Brasil. Como é ser julgada permanentemente? Agora já melhorou, mas esse é um aspecto que aparece mais porque existe uma lista de “mais mal vestidas". Se existisse lista para outras transgressões, eu estaria em todas elas. Não só porque sou transgressora, mas porque há uma demanda que eu seja. Quando não sou, o pessoal até estranha. Eu sempre gostei muito de moda, mais que isso, de me expressar através das roupas. E isso saía muito do padrão, principalmente na televisão, do blazer salmão, do nude, da unha com misturinha, do cabelo com escova. Volta e meia vinha, nos primórdios das redes sociais: "Ela não tem dinheiro para fazer uma escova naquele cabelo?". "Não tem ninguém para botar uma roupa normal nela?".  [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d49c62141c1/header-regina-interna4.jpg; CREDITS=Christian Gaul; LEGEND=Regina Casé falou à Trip em 1999, quando estampou as Páginas Negras; ALT_TEXT=] Antes da internet, existiam muitas colunas sociais em jornal. Tinha um jornalista no O Globo que me detonava uma semana sim e outra não. Eu nunca vou me esquecer. Ele falava de uma bolsa que eu tinha da Vivienne Westwood, que inclusive juntei muito para poder comprar. Eu era apaixonada por ela, que além de tudo era uma ativista, uma mulher importantíssima na gênese do Sex Pistols e do movimento punk. Ele falava o tempo todo: "Estava não sei onde e veio a Regina com aquela bolsa horrorosa que comprou no Saara". O Saara no Rio corresponde à 25 de março em São Paulo, e são lugares que sempre frequentei, que amo e que compro bolsas também. Eu usava muito torço no cabelo, e ele escrevia: "Lá vem a lavadeira do Abaeté". Mais uma vez, não só sendo preconceituoso, mas achando que estava me xingando de alguma coisa que eu acharia ruim. Eu pensava: nossa, que maravilha, estou parecendo uma lavadeira do Abaeté e não alguém com um blazer salmão, com uma blusa bege, uma bolsa arrumadinha de marca. Pra mim era elogio, mas era chato, porque cria um estigma. E aí um monte de gente, muito burra, vai no rodo e fala: "Ela é cafona, ela é horrorosa". Por isso que acho que fiquei muito tempo nessas listas.  O filme “Ainda Estou Aqui” está sendo um alento para o Brasil, uma coisa bem gostosa de ver, uma obra iluminada. A Fernanda Torres virou uma espécie de embaixadora do Brasil, falando de uma forma muito legal sobre o país, sobre a cultura. Imagino que pra você, que vivenciou essa época no Rio de Janeiro, seja ainda mais especial. Eu vivi aquela época toda e o filme, mesmo sem mostrar a tortura e as barbaridades que aconteceram, reproduz a angústia. Na parte em que as coisas não estão explicitadas, você só percebe que algo está acontecendo, e a angústia que vem dali. Mesmo depois, quando alguma coisa concreta aconteceu, você não sabe exatamente do que está com medo, o que pode acontecer a qualquer momento, porque tudo era tão aleatório, sem justificativa, ninguém era processado, julgado e preso. O filme reproduz essa sensação, mesmo para quem não viveu. É maravilhoso, maravilhoso.  [QUOTE=1219] Não vou dizer que por sorte porque ele tem todos os méritos, mas o filme caiu num momento em que a gente estava muito sofrido culturalmente. Nós, artistas, tínhamos virado bandidos, pessoas que se aproveitam. Eu nunca usei a lei Rouanet, ainda que ache ela muito boa, mas passou-se a usar isso quase como um xingamento, de uma maneira horrível. E todos os artistas muito desrespeitados, inclusive a própria Fernanda, Fernandona, a pessoa que a gente mais tem que respeitar na cultura do país. O filme veio não como uma revanche. Ele veio doce, suave e brilhantemente cuidar dessa ferida. Na equipe tenho muitos amigos, praticamente família, o Walter, a Nanda, a Fernanda. Sou tão amiga da Fernanda quanto da Nanda, sou meio mãe da Nanda, mas sou meio filha da Fernanda, sou meio irmã da Nanda e também da Fernanda. É bem misturado, e convivo muito com as duas. Por acaso, recebi ontem um presente e um cartão de aniversário da Fernandona que é muito impressionante. Tão bonitinho, acho que ela não vai ficar brava se eu mostrar para vocês. O que o cartão diz? Ela diz assim: "Regina, querida, primeiro: meu útero sabe que a Nanda já está com esse Oscar”. Adorei essa frase. "Segundo, estou trabalhando demais, está me esgotando. Teria uma leitura de 14 trechos magníficos, de acadêmicos, que estou preparando essa apresentação para a abertura da Academia [Brasileira de Letras], que está em recesso. O esgotamento acho que é por conta dos quase 100 anos que tenho". Imagina... Com esse trabalho todo. Aí ela faz um desenho lindo de flores com o coração: "Regina da nossa vida, feliz aniversário, feliz sempre da Fernanda". E me manda uma toalhinha bordada lindíssima com um PS: "Fernando [Torres] e eu compramos essa toalhinha de mão no Nordeste numa das temporadas de nossa vida pelo Brasil afora. Aliás, nós comprávamos muito lembranças como essa. Essa que eu lhe envio está até manchadinha, mas ela está feliz porque está indo para a pessoa certa. Está manchadinha porque está guardadinha faz muitos anos". Olha que coisa. Como é que essa mulher com quase 100 anos, com a filha indicada ao Oscar, trabalhando desse jeito, decorando 14 textos, tem tempo de ser tão amorosa, gentil, generosa e me fazer chorar? Não existe. Ela é maravilhosa demais. [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d49b9f0f548/header-regina-interna3.jpg; CREDITS=João Pedro Januário; LEGEND=; ALT_TEXT=] Eu queria te ouvir sobre outro assunto. Há alguns anos a menopausa era um tema absolutamente proibido. As mulheres se sentiam mal, os homens, então, saíam correndo. Os médicos não falavam, as famílias não falavam. E é engraçado essa coisa do pêndulo. De repente vira uma onda, artistas falando, saem dezenas de livros sobre o assunto. Como foi para você? Você acha que estamos melhorando na maneira de lidar com as nossas questões enquanto humanidade? É bem complexo. Tem aspectos que acho que estão melhorando muito. Qualquer família que tinha uma pessoa com deficiência antigamente escondia essa pessoa, ela era quase trancada num quarto, onde nem as visitas da casa iam. E hoje em dia todas essas pessoas estão expostas, inclusive ao preconceito e ao sofrimento, mas estão na vida, na rua. Há um tempo não só não podia ter um casal gay casado como não existia nem a expressão "casal gay", porque as pessoas no máximo tinham um caso escondido com outra pessoa. Então em muitos aspectos a gente avançou bastante. Não sei se é porque agora estou ficando bem mais velha, mas acho que esse assunto do etarismo está chegando ainda de uma maneira muito nichada. Se você for assistir a esse meu primeiro TED, eu falo que a gente não pode pegar e repetir, macaquear as coisas dos Estados Unidos. Essa ideia de grupo de apoio. Sinto que essa coisa da menopausa, do etarismo, fica muito de mulher para mulher, um grupo de mulheres daquela idade. Mas não acho que isso faz um garoto de 16 anos entender que eu, uma mulher de 70 anos, posso gostar de basquete, de funk, de sambar, de namorar, de dançar. Isso tudo fica numa bolha bem impermeável. E não acho que a comunicação está indo para outros lados. É mais você, minha amiga, que também está sentindo calores. [QUOTE=1220] Tem uma coisa americana que inventaram que é muito chata. Por exemplo, a terceira idade. Aí vai ter um baile, um monte de velhinhos e velhinhas dançando todos juntos. Claro que é melhor do que ficar em casa deprimido, mas é chato. Acho que essa festa tem que ter todo mundo. Tem que ter os gays, as crianças, todo mundo nessa mesma pista com um DJ bom, com uma batucada boa. Senão você vai numa festa e todas as pessoas são idênticas. Você vai em um restaurante e tem um aquário onde põem as crianças dentro de um vidro enquanto você come. Mas a criança tem que estar na mesa ouvindo o que você está falando, comendo um troço que ela não come normalmente. O menu kids é uma aberração. Os meus filhos comem tudo, qualquer coisa que estiver na mesa, do jeito que for. Mas é tudo separado. Essa coisa de imitar americano, entendeu? Então, acho que essa coisa da menopausa está um pouco ali. Tem que abrir para a gente conversar, tem que falar sobre menopausa com o MC Cabelinho. Eu passei meio batida, porque, por sorte, não tive sintomas físicos mais fortes. Senti um pouco mais de calor, mas como aqui é tão calor e eu sou tão agitada, eu nunca soube que aquilo era específico da menopausa.  Vou mudar um pouco de assunto porque não dá para deixar de falar sobre isso. Uma das melhores entrevistas do Trip FM no ano passado foi com seu marido, o cineasta Estêvão Ciavatta. Ele contou do acidente num passeio a cavalo que o deixou paralisado do pescoço para baixo e com chances de não voltar a andar. E fez uma declaração muito forte sobre o que você representou nessa recuperação surpreendente dele. A expressão "estamos juntos" virou meio banal, mas, de fato, você estava junto ali. Voltando a falar do etarismo, o Estêvão foi muito corajoso de casar com uma mulher que era quase 15 anos mais velha, totalmente estabelecida profissionalmente, conhecida em qualquer lugar, que tinha sido casada com um cara maravilhoso, o Luiz Zerbini, que tinha uma filha, uma roda de amigos muito grande, um símbolo muito sólido, tudo isso. Ele propôs casar comigo, na igreja, com 45 anos. Eu, hippie, do Asdrúbal e tudo, levei um susto, nunca pensei que eu casar. O que aconteceu? Eu levei esse compromisso muito a sério, e não é o compromisso de ficar com a pessoa na saúde, na doença, na alegria, na tristeza. É também, mas é o compromisso de, bom, vamos entrar nessa? Então eu vou aprender como faz isso, como é esse amor, como é essa pessoa, eu vou aprender a te amar do jeito que você é. Acho que o pessoal casa meio de brincadeira, mas eu casei a sério mesmo, e estamos casados há 28 anos. Então, quando aconteceu aquilo, eu falei: ué, a gente resolveu ficar junto e viver o que a vida trouxesse pra gente, então vamos embora. O que der disso, vamos arrumar um jeito, mas estamos juntos. E acho que teve uma coisa que me ajudou muito. O quê? Aqui em casa é tipo pátio dos milagres. Teve isso que aconteceu com o Estêvão, e também a gente ter encontrado o Roque no momento que encontrou [seu filho caçula, hoje com 11 anos, foi adotado pelo casal quando bebê]. A vida que a gente tem hoje é inacreditável. Parece realmente que levou oito anos, o tempo que demorou para encontrar o filho da gente, porque estava perdido em algum lugar, igual a Dona Lurdes, de Amor de Mãe. Essa é a sensação. E a Benedita, quando nasceu, quase morreu, e eu também. Ela teve Apgar [escala que avalia os recém-nascidos] zero, praticamente morreu e viveu. Nasceu superforte, ouvinte, gorda, forte, cabeluda, mas eu tive um descolamento de placenta, e com isso ela aspirou líquido. Ela ficou surda porque a entupiram de garamicina, um antibiótico autotóxico. Foi na melhor das intenções, pra evitar uma pneumonia pelo líquido que tinha aspirado, mas ninguém conhecia muito, eram os primórdios da UTI Neonatal. O que foi para a gente uma tragédia, porque ela nasceu bem. Só que ali aprendi um negócio que ajudou muito nessa história do Estêvão: a lidar com médico. E aprendi a não aceitar os "não". Então quando o cara dizia "você tem que reformar a sua casa, tira a banheira e bota só o chuveiro largo para poder entrar a cadeira de rodas", eu falava: "Como eu vou saber se ele vai ficar pra sempre na cadeira de rodas?".  [QUOTE=1221] Quando a Benedita fala "oi, tudo bem?", ela tem um leve sotaque, anasalado e grave, porque ela só tem os graves, não tem nem médio, nem agudo. Mas ela fala, canta, já ganhou concurso de karaokê. Quando alguém vê a audiometria da Benedita, a perda dela é tão severa, tão profunda, que falam: "Esse exame não é dessa pessoa". É o caso do Estêvão. Quando olham a lesão medular dele e veem ele andando de bicicleta com o Roque, falam: "Não é possível". Por isso eu digo que aqui em casa é o pátio dos milagres. A gente desconfia de tudo que é “não”. É claro que existem coisas que são limitações estruturais, e não adianta a gente querer que seja de outro jeito, mas ajuda muito duvidar e ir avançando a cada "não" até que ele realmente seja intransponível. No caso do Estêvão, acho que ele ficou feliz porque teve perto por perto não só uma onça cuidando e amando, mas uma onça que já tinha entendido isso. Porque se a gente tivesse se acomodado a cada “não”, talvez ele não estivesse do jeito que está hoje. [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d49af631476/header-regina-interna2.jpg; CREDITS=João Pedro Januário; LEGEND=; ALT_TEXT=] Eu já vi você falar que essa coisa da onça é um pouco fruto do machismo, que você teve que virar braba para se colocar no meio de grupos que eram majoritariamente de homens, numa época que esse papo do machismo era bem menos entendido. Isso acabou forjando o seu jeito de ser? Com certeza. Eu queria ser homem. Achava que tudo seria mais fácil, melhor. Achava maravilhoso até a minha filha ser mulher. Fiquei assustadíssima. Falei: "Não vou ser capaz, não vou acertar". Aí botei a Benedita no futebol, foi artilheira e tudo, e fui cercando com uma ideia nem feminista, nem machista, mas de que o masculino ia ser melhor pra ela, mais fácil. Mas aí aprendi com a Benedita não só a amar as mulheres, mas a me amar como mulher, grávida, dando de mamar, criando outra mulher, me relacionando com amigas, com outras mulheres. Isso tudo veio depois da Benedita. Mas se você falar "antigamente o machismo"... Vou te dizer uma coisa. Se eu estou no carro e falo para o motorista “é ali, eu já vim aqui, você pode dobrar à direita”, ele pergunta assim: “Seu Estêvão, você sabe onde é para dobrar?”. Aí eu falo: “Vem cá, você quer que compre um pau para dizer pra você para dobrar à direita? Vou ter que botar toda vez que eu sentar aqui? Porque não é possível, estou te dizendo que eu já vim ali”. É muito impressionante, porque não é em grandes discussões, é o tempo todo. É porque a gente não repara, sabe? Quer dizer, eu reparo, você que é homem talvez não repare. Nesses momentos mais difíceis, na hora de lidar com os problemas de saúde da Benedita ou com o acidente punk do Estêvão, o que você acha que te ajudou mais: os anos de terapia ou o Terreiro de Gantois, casa de Candomblé que você frequenta em Salvador? As duas coisas, porque a minha terapia também foi muito aberta. E não só o Gantois como o Sacré-Coeur de Marie. Eu tenho uma formação católica. Outro dia eu ri muito porque a Mãe Menininha se declarava católica em sua biografia, e perguntaram: "E o Candomblé"? Ela falava: “Candomblé é outra coisa”. E eu vejo mais ou menos assim. Não é que são duas religiões, eu não posso pegar e jogar a criança junto com a água da bacia. É claro que eu tenho todas as críticas que você quiser à Igreja Católica, mas eu fui criada por essa avó Graziela, que era professora, uma mulher genial, e tão católica que, te juro, ela conversava com Nossa Senhora como eu estou conversando com você. Quando ela recebia uma graça muito grande, ligava para mim e para minhas irmãs e falava: "Venham aqui, porque eu recebi uma graça tão grande que preciso de vocês para agradecer comigo, sozinha não vou dar conta." Estudei em colégio de freiras a minha vida inteira, zero trauma de me sentir reprimida, me dava bem, gosto do universo, da igreja. [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d49cbe34551/header-regina-interna5.jpg; CREDITS=Christian Gaul; LEGEND=Em 1999, Regina Casé foi a entrevistada das Páginas Negras da Trip; ALT_TEXT=] Aí eu tenho um encontro com o Candomblé, lindíssimo, através da Mãe Menininha. Essa história é maravilhosa. O Caetano [Veloso] disse: "Mãe Menininha quer que você vá lá". Eu fiquei apavorada, porque achei que ela ia fazer uma revelação, tinha medo que fosse um vaticínio... Até que tomei coragem e fui. Cheguei lá com o olho arregalado, entrei no quarto, aquela coisa maravilhosa, aquela presença.. Aí eu pedi a benção e perguntei o que ela queria. Ela falou: "Nada não, queria conhecer a Tina Pepper". Então, não só o Gantuar, o Candomblé como um todo, só me trouxe coisas boas e acolhida. A minha relação com a Bahia vem desde os 12 anos de idade, depois eu acabei recebendo até a cidadania de tamanha paixão e dedicação. É incrível porque eu nunca procurei. No episódio da Benedita, no dia seguinte já recebi de várias pessoas orientações do que eu devia fazer. No episódio do Estêvão também, não só do Gantuar, mas da [Maria] Bethânia, e falavam: "Olha, você tem que fazer isso, você tem que cuidar daquilo". Então, como é que eu vou negar isso? Porque isso tudo está aqui dentro. Então, acho que você tem que ir pegando da vida, que nem a Dona Darlene do “Eu Tu Eles”, que ficou com os três maridos. A vida vai passando por você e você vai guardando as coisas que foram boas e tentando se livrar das ruins. A gente sabe que você tem uma rede de amizades absurda, é muito íntima de meio mundo. Eu queria brincar daquela história de te deixar sozinha numa ilha, sem internet, com todos os confortos, livros, música. Você pode ligar à vontade para os seus filhos, pro seu marido, mas só tem uma pessoa de fora do seu círculo familiar para quem você pode ligar duas vezes por semana. Quem seria o escolhido para você manter contato com a civilização? É curioso que meus grandes amigos não têm celular. Hermano [Vianna] não fala no celular, Caetano só fala por e-mail, é uma loucura, não é nem WhatsApp. Acho que escolheria o Caetano, porque numa ilha você precisa de um farol. Tenho outros faróis, mas o Caetano foi, durante toda a minha vida, o meu farol mais alto, meu norte. E acho que não suportaria ficar sem falar com ele. 

Meio Ambiente
Fluxos de marés na Amazônia dariam dimensão “gigantesca" a acidente com petróleo, diz renomado cientista

Meio Ambiente

Play Episode Listen Later Mar 13, 2025 41:29


Faz mais de 30 anos que o antropólogo Eduardo Bronzidio pesquisa as interações entre os humanos e o ambiente na Amazônia. Seus estudos junto a comunidades indígenas e ribeirinhas, mas também urbanas, nas cidades amazônicas, acabam de ser reconhecidos pelo mais importante prêmio internacional para as ciências ambientais, o Tyler Prize. Lúcia Müzell, da RFI em ParisPela primeira vez desde a sua criação, em 1973, o "Nobel ambiental” é atribuído a cientistas latino-americanos – Bronzidio dividiu a premiação com a ecóloga argentina Sandra Días. "A gente tenta trazer a realidade que é vivida no chão por essas populações. Não só suas contribuições, mostrando o valor dos seus conhecimentos, o valor das suas atividades e tecnologias para a economia regional e a conservação da região. Mas também trazer os problemas que enfrentam, suas carências, as pressões que sofrem”, salienta o brasileiro.E é com preocupação que o cientista, professor da Unicamp e da Universidade de Indiana, nos Estados Unidos, vê o andamento do projeto do governo federal de abrir uma nova frente de exploração de petróleo na Bacia da Foz do Amazonas. Em entrevista à RFI, Bronzidio constata que, assim como em Brasília, o plano desperta paixões contraditórias na região. "A reação das pessoas é aquela que a gente encontra em muitas situações parecidas, onde se cria uma polarização entre, por exemplo, meio ambiente e emprego. Acaba criando divisões e simplificações do problema. É uma tática muito antiga de avançar esse tipo de agenda, na qual se colocam dicotomias que na verdade são simplificações de um problema maior, pela carência da região e a insolvência, na verdade, dos municípios”, afirma. Como antropólogo, entretanto, é a configuração natural da Amazônia que mais o preocupa, frente à possibilidade de um acidente que leve a derramamento de óleo no Delta do Amazonas. Ele explica que a pluma do rio alcança a costa do Pará, Maranhão e Amapá e sobe para as Guianas, com um forte sistema de marés que invade, diariamente, territórios adentro. “A vida nessa região é regrada por maré. É um esquema de pulsação ali onde eu fico imaginando que a escala de um desastre de derramamento de óleo de explosão da exploração, como aconteceu no Golfo do México”, afirma. “Ela pode ter uma distribuição numa escala gigantesca por causa desse fluxo de maré. Então, eu tenho a preocupação em particular pelo tipo de risco, que é muito diferente dos tipos de risco que se tem em outras plataformas costeiras isoladas”, indica.Eduardo Bronzidio foi copresidente do relatório de Avaliação Global sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos do IPBES, da ONU. O documento foi um dos que embasou o acordo de Kunming-Montreal de preservação da Biodiversidade, com metas para 2030.Leia abaixo os principais trechos da entrevista. A sua vitória a este prêmio ilustra uma mudança de paradigma: dois pesquisadores latino americanos vencem pela primeira vez o Tyler Prize. Você fez carreira compreendendo e interpretando os conhecimentos dos povos tradicionais da Amazônia. Indiretamente, ribeirinhos e os indígenas são também vencedores? Os conhecimentos deles são de fato mais reconhecidos pela ciência mundial?Eu espero que todos se sintam reconhecidos, porque o que a gente tenta fazer, ao longo de 30 e poucos anos, é trazer a realidade vivida no chão por essas populações. Não só suas contribuições para uma região como a Amazônia, e também a nível global, mas os problemas que enfrentam, suas carências, as pressões que sofrem. Então, eu espero que isso se reflita também e que muitos se sintam agraciados com parte desse prêmio, porque muito do que aprendi vem deles. Uma das suas áreas de estudo é como os povos tradicionais cuidam, produzem, vivem na Amazônia sem destruí-la. O desenvolvimento de uma bioeconomia amazônica é central, inclusive para ajudar a preservar esse imenso território, e será levada pelo Brasil na COP30 em Belém. É possível e é desejável dar escala às produções locais?Eu acho que, por um lado, já existe uma escala dessa sociobioeconomia, porém ela é estatisticamente invisível. Nós temos um problema de contabilidade, de realmente compreender quem faz a economia da região, quem produz alimentos, dá emprego, maneja e protege as florestas. Quem está produzindo uma infinidade, trazendo uma infinidade da biodiversidade regional para populações da região, nacional e internacionalmente. A gente precisa reconhecer essas escalas, dar apoio para que elas se mantenham. A maneira que eu vejo isso é como que a gente pode ajudar a consolidar e avançar o que já é feito, nos lugares onde acontecem, e fazer com que eles tenham também uma sustentabilidade econômica. Hoje, um dos maiores problemas das economias, mesmo as mais bem sucedidas – seja no açaí e de outros frutos como cacau, seja no manejo pesqueiro ou manejo sustentável de florestas – é que elas geram produtos que têm imenso valor, porém, elas têm a menor fatia do rendimento econômico. Conseguir abrir caminhos de mercados na região e fora da região, onde o rendimento se torne mais para onde está sendo produzido, para as comunidades, para os municípios, é tão importante quanto a escala que ela pode ganhar, do ponto de vista de extensão.O que torna essa economia local invisível? São as camadas que existem entre esses produtores e onde vão parar as produções deles? Eu acho que tem várias questões históricas, sociais, culturais e econômicas que constroem essa invisibilidade. Uma é no reconhecimento dessas populações ribeirinhas, quilombolas, indígenas e produtores de pequena escala como agentes ativos da economia regional.Muitas vezes, a gente fala e pensa como se fossem anacrônicos, como se fossem tecnologias que estão aí ainda resistindo, mas que deveriam ter ficado para trás. A gente tem uma visão de inclusão e de transformação social que, na verdade, exclui essas populações dessa trajetória do desenvolvimento, que é tão arraigada na maneira que a gente pensa na economia e no desenvolvimento nacional. Elas são populações ativas, estão contribuindo, produzindo alimentos e todo tipo de recurso para exportação, mas não necessariamente são vistas como esses atores ativos que são.O outro aspecto é a invisibilidade estatística. Nós não temos nem bons dados, nem categorias apropriadas para realmente saber entender a escala dessas economias. Eu digo escala em termos de manejo, do produto que geram e em termos dos empregos. Essa deficiência acaba invisibilizando muito dessa economia que está acontecendo na floresta. A gente não sabe realmente o peso dela e isso acaba tendo outras implicações. Ao visibilizar, não se pensa em políticas públicas que realmente possam alavancar essa economia já existente. Também se tem carência de extensão rural, carência logística, dependência de intermediários. Você tem uma série de problemas que tira a riqueza que elas produzem das áreas, das pessoas e das localidades onde são produzidas.Essas economias geram economias bilionárias, porém, elas passam em uma outra parte da invisibilidade. Elas passam por cadeias informais fragmentadas, entre mãos de produtores, intermediários, corporações, uma série de condições subjacentes a essa não-visibilidade. Sobre esse aspecto que você mencionou da carência logística, muitas organizações ambientalistas buscam combater projetos nesse sentido, porque alegam que redes criminosas que atuam por ali também vão acabar se beneficiando – talvez até mais do que as comunidades locais. Você concorda? Logística é um tema difícil, porque já motiva visões e emoções na cabeça das pessoas que estão geralmente ligados a obras grandes, de impacto, ou a grandes setores. Essa é uma maneira de logística, mas a gente não precisa de logística só dessa maneira. Se a gente pega os últimos 30 anos, você vê um avanço muito grande numa série de passos: o reconhecimento territorial de populações indígenas, áreas de uso sustentável de reservas extrativistas, reforma agrária. Você tem um grande avanço no sentido de consolidar áreas com direitos onde se manejam, se constroem essas economias.Se teve, num primeiro momento, muito investimento nos sistemas produtivos, como um modelo de desenvolvimento. Isso avançou bastante. Porém, com o tempo, foi se vendo que esses avanços acabam sendo limitados por questão de gestão e de acesso a mercado. A gente conseguiu muitos avanços na área de produção, de manejo sustentável, de restauração. Conseguiu bastante avanço na parte de organização social, de formação de associações de cooperativas, e progressivamente avanços na área de acesso ao mercado.Hoje, o que a gente tem notado trabalhando em várias partes da região, com comunidades que estão baseadas na produção de frutos ou produtos essenciais à floresta, como óleos, madeira, produtos da pesca, é que a conta não fecha. Você tem um produto valiosíssimo, que tem um mercado que paga muito e é um produto inclusivo, onde populações locais, mulheres, homens, associações, cooperativas estão produzindo, mas você tem entre esses dois uma deficiência muito grande.Todos esses esforços de sustentar esses territórios, que têm sido tão importantes na região para bloquear o desmatamento, manter a saúde dos rios e da floresta, acabam, sim, sendo desafiados nesse momento. O custo de produção acaba sendo alto pelas questões de contexto local. O custo de comercialização acaba sendo altíssimo e, dependendo de intermediário, também por essas carências.E aí você também tem uma falta de outras logísticas que permitem alcançar mercados intermediários, por exemplo, de armazenamento, câmara fria. Então, eu acho que é realmente uma área onde precisa se colocar esforço.Nós documentamos centenas de milhares de iniciativas locais nos últimos anos, e isso só foi a ponta do iceberg. Tem milhares de iniciativas na região que estão ali, avançando, mas precisam de um apoio mais consolidado na parte de acesso ao mercado, na parte de crédito, na parte de extensão rural também.Na Europa, mas não só, existe a ideia de que a Amazônia deveria ser um santuário do mundo, pela sua floresta abundante, sua riqueza biodiversa. Mas a gente sabe que isso não vai acontecer – pelo contrário, sem um plano de desenvolvimento, atividades ilegais e predadoras da floresta proliferam. A visão da região como um santuário não é só europeia. No Brasil também é parte das ideias. Eu acho que a gente tem um legado histórico de imaginários da Amazônia e eles continuam sendo muito mais fortes do que a realidade da Amazônia. Você tem vários imaginários que vêm desde o Eldorado ao imaginário do pulmão do mundo. O imaginário da cesta de commodities que vai alavancar o desenvolvimento nacional, o do agro tecnológico, de uma grande monocultura regional exportando commodities para o mundo.A região tem vários imaginários que são ainda predominantes, de como a gente vê a região e a sua população. Eles escondem uma realidade e, ao escondê-la, fica muito difícil você pensar em caminhos de desenvolvimento, porque é uma ideia de desenvolvimento regional que é feita distante da realidade. É uma ideia que não vai nem refletir os ensejos da população local, nem lidar com os problemas de lá.Leia tambémFloresta desmatada para abrir avenida: obras em Belém para a COP30 falham na sustentabilidadeO problema, por exemplo, do imaginário do santuário, da floresta intocável, é que nem leva em consideração os milênios de manejo e domesticação daquela floresta por populações, que hoje transferem essa floresta rica para a gente. Rica em muitas espécies domesticadas que geram riqueza no mundo inteiro, mas esse imaginário desconsidera a cultura da floresta amazônica, e também desconsidera a escala de degradação que se atingiu na Amazônia e que, dependendo de onde você olha, você vai achar até 50% da região numa escala degradada.Eu acho que a gente precisa repensar o que é um santuário, no sentido de valorizar a floresta que está lá: manter a saúde do ecossistema de rios saudáveis, florestas saudáveis e populações saudáveis.Que caminhos você vê para um desenvolvimento sustentável da região amazônica, inclusive das áreas urbanas que, em sua maioria, são marcadas por uma pobreza grande, déficits importantes de infraestruturas mínimas para as populações? A primeira questão para a gente ver o futuro da Amazônia é encarar a realidade dela. É encarar que os nossos imaginários não representam essa realidade. Só assim a gente pode pensar num desenvolvimento sustentado que começa a lidar com os problemas da região.A outra é que para pensar o futuro da região, a gente primeiro tem que encarar a coevolução das várias frentes de desenvolvimento que hoje estão criando fricções umas com as outras, e a realidade urbana que se evoluiu nesses últimos 30 anos. Não dá para pensar em desenvolvimento regional isolando da transformação da paisagem rural, indígena e da paisagem urbana.Desde os anos 1990, você tem um enorme avanço na região, que é reconhecimento de direitos territoriais, de populações indígenas, populações rurais tradicionais e rurais em geral, em áreas indígenas, reservas extrativistas, áreas de uso sustentável e algumas áreas protegidas. Só no Brasil são mais ou menos 45% da região que estão nessas áreas. Foi um avanço gigante, que serviu para controlar o desmatamento e para garantir o direito das populações da região.Esse modelo, que eu chamo modelo de nível único, de nível territorial, chegou num limite para partes da região, porque essas áreas que são muito bem governadas por dentro, pelas comunidades que estão lá, estão sendo erodidas por fora. Hoje você tem toda a parte sul da bacia, uma situação de formação de ilhas de biodiversidade, de diversidade cultural, onde o sistema bem sucedido de governança interna não pode lidar com os problemas externos.Em todas aquelas ótimas florestas protegidas, aquele limite bem claro onde o desmatamento começa, você tem ilhas protegidas que estão recebendo de fora poluição de pesticida, rios sedimentados, mercúrio, fumaça, fogo que escapa e entra nessas áreas, além do crime organizado e da economia ilegal, que saiu do controle na região nos últimos anos.Então, para pensar o desenvolvimento regional, temos que pensar no desenvolvimento para conectividade, onde a saúde ambiental da região está dependendo muito mais de atores dentro de uma reserva do que uma ponte social, que se cria entre diferentes atores para que se mantenha a conectividade da paisagem e dos rios, e se controle a distribuição dos impactos da região.Teria que pensar um desenvolvimento que encara essa realidade e tenta criar um contrato comum, que hoje nós não temos. Você tem a polarização de populações indígenas tradicionais, do agro e outras populações, e do outro lado, toda a questão urbana.Que tipo de cidades precisamos visar na Amazônia para preservá-la? A região, do ponto de vista urbano, hoje é completamente diferente do que era há 20 ou 30 anos. Não só você tem uma grande expansão de novas áreas urbanas a partir da Constituição de 1988, mas teve uma transformação na maneira de articulação dessas áreas.Nós fizemos uma análise publicada há muitos anos sobre a articulação urbana da região nos anos 2000, na qual a gente mostra que era uma urbanização desarticulada: você tinha centros urbanos regionais que tinham suas áreas satélites e formam uma rede urbana de um centro maior até as vilas rurais. Hoje em dia, já tem uma articulação em boa parte da bacia entre esses grupos de centros urbanos. Criou-se uma conexão por estradas e outros mecanismos, e essa rede continua se expandindo. Ela está articulando toda a ocupação regional e a distribuição dos impactos na região. Então, temos que pensar de uma maneira conjunta entre as áreas mais protegidas, diferentes tipos de áreas com diferentes grupos indígenas.Essas áreas agrárias e as áreas urbanas estão conectadas. O impacto que sai de uma está indo para outra. E dentro de todos esses imaginários que a gente está falando da Amazônia, um que não cabe em lugar nenhum é o urbano. Ele acaba sendo o mais invisível e é onde os maiores problemas, de certa maneira, estão.Você já trabalhou a questão da possibilidade de exploração de petróleo na Foz do Amazonas? Como as comunidades locais e urbanas percebem esse projeto? Com medo ou entusiasmo? É visto como uma ameaça ou uma oportunidade?Eu nunca trabalhei diretamente com a questão de óleo na região. Acompanhei por um tempo que eu tive alunos trabalhando no Equador, inclusive em comunidade indígena. Lá tem uma história muito impactante do óleo. Eu acho que a gente precisa lembrar dessas histórias de outras regiões que foram impactadas pelo mesmo processo que está acontecendo agora, para a gente pensar nas implicações de óleo para Amazônia.A reação das pessoas que eu tenho acesso é aquela que a gente encontra em muitas situações parecidas, onde se cria uma polarização entre, por exemplo, meio ambiente e emprego, ou as necessidades básicas de um município. É uma maneira de levar essas questões que acaba criando divisões e simplificações do problema. Eu acho que isso tem acontecido bastante na região. É uma tática muito antiga de avançar esse tipo de agenda, na qual se colocam dicotomias que na verdade são simplificações de um problema maior, pela carência da região e pela insolvência dos municípios.Tem muitas dúvidas também. As pessoas estão vendo projetos de milagres e desenvolvimento há 50 anos. As pessoas não são tão inocentes de que essas grandes ideias farão um milagre, resolvam problemas que são estruturais na região. Então, é um momento difícil. Eu me sinto bastante preocupado com esse tipo de investimento, porque é uma energia enorme para investir em mais emissões, para investir em exploração de óleo, quando a gente tem a oportunidade de pensar em alternativas e outros caminhos e realmente enfrentar a mudança climática com o corte de emissões. Sobretudo para alguém como você, que conhece tão bem os outros potenciais invisíveis da Amazônia, como você mencionava. Exatamente, toda a economia que tem e que pode ser alavancada para gerar uma grande economia, que não é gerada. Hoje, as riquezas bilionárias das regiões passam por cima dos municípios. Não se consegue captar imposto, não se consegue processar e agregar valor nos lugares onde elas são produzidas.Agora, o que me preocupa são os riscos potenciais associados a vazamento e outros problemas, que a gente vê tão frequentemente em tanto lugares. Nesse tipo de contexto, como é aquela região do Delta do Amazonas e aquela plataforma costeira, é uma região muito particular por causa da pluma do rio e do alcance que ela tem. Ela pega todo o Salgado, da costa paraense para costa maranhense, pega toda a região costeira do Amapá e sobe para as Guianas. Ela é uma pluma de uma influência gigantesca no contexto regional continental.Nessa pluma você também tem um sistema de maré dos mais fortes que existem. A vida nessa região é regrada por maré. É uma vida onde, duas vezes por dia, a maré entra e sobe dois metros, senão três metros. A maré entra na região tanto pelo Canal Norte como pelo Canal Sul, embaixo do Marajó, o Tocantins e outros rios, e adentra até atrás do Marajó.É um esquema de pulsação que eu fico imaginando que a escala de um desastre de derramamento de óleo, de explosão da exploração, como aconteceu no Golfo do México, pode ter uma distribuição gigantesca por causa desse fluxo de maré. Ela vai impactar não só grandes regiões de manguezais na costa do Amapá e na costa do Salgado, que são viveiros da ecologia pesqueira da região, como vai se penetrar ali por todas as cidades, igarapés e rios, onde as pessoas dependem da água para tudo e onde toda a economia funciona em torno da água.Eu tenho a preocupação em particular pelo tipo de risco, que é muito diferente dos tipos de risco que se tem em outras plataformas costeiras isoladas, por exemplo. Eu acho que ali na região você tem esse risco acentuado.Você, como antropólogo, tem acompanhado o aumento dessas pressões humanas sobre a Amazônia e os seus recursos nas últimas décadas. Em paralelo, as pesquisas climáticas sobre o ponto de não retorno da floresta alertam sobre o grande risco que ela já corre. Que futuro você visualiza para a Amazônia? Consegue olhar para frente com otimismo?Eu tento ter pelo menos o que eu chamo de otimismo crítico. Eu tenho um olhar otimista na floresta porque eu trabalho no chão, com comunidades, com associações, com cooperativas e com organizações que estão lá lutando e fazendo a diferença, e conseguindo resultados no dia a dia. Eu nem me sinto numa posição de não ter esperança.Quando pessoas que estão enfrentando situações muito difíceis, muito mais carentes, estão lá buscando soluções e buscando caminhos para a região, eu me sinto privilegiado de poder ver, acompanhar e participar. E isso me dá essa energia, me dá um encorajamento de que, sim, nós temos soluções para Amazônia.As soluções já estão lá. Em muitos casos, a gente precisa abrir a copa da floresta, ver essas soluções e dar força para que elas ganhem mais escala, que saiam daqueles, em muitos casos, nichos isolados, numa paisagem cercada de tudo que é contrário, para ser parte dominante dessas paisagens.Sobre o ponto biofísico de inflexão, é uma realidade que está se aproximando muito rapidamente da região, que vem dessa coevolução de forças ocupando a paisagem e que hoje estão tendo fricções umas com as outras. Acontece que esse processo de ocupação foi não só criando áreas abertas imensas, quebrando a chamada bomba d'água da floresta e do clima da Amazônia. Isso volta ao ponto que eu estava falando, da importância de a gente pensar numa Amazônia pela conectividade. É restaurando áreas, e eu acho que a gente tem que privilegiar a conectividade dos rios e a saúde deles, que conectam esses vários sistemas de uso e governança da terra, buscando restaurar a fragmentação da floresta também.Tem oportunidades de se buscar uma restauração mais produtiva. A improdutividade da maioria dos pastos da região é o dominante na região. Boa parte dos 60% de áreas desmatadas que estão em pasto são extremamente improdutivas. A gente recentemente fez uma análise desses pastos, onde a produtividade por hectare chega a ser uma cabeça por hectare, às vezes menos. As melhores estão em 1,4 ou 1,5 por hectare. São terras extremamente improdutivas que têm valor como terra, e que também podem ser sujeitos a transições que a levem a ser mais produtivas.Também precisa que se regenere áreas, que se cumpra a lei de áreas de preservação permanente. Tem muitos caminhos que podem reconciliar esses esforços, mas eu acho que antes de tudo, a gente precisa garantir os avanços que foram feitos: garantir a integridade das áreas indígenas, das reservas extrativistas, das áreas protegidas, das áreas de usos sustentáveis, que hoje estão extremamente ameaçadas.

Tu Podes Mudar a tua Vida
Temp 2 #Episodio 34 Se a Tua Vida Acabasse Hoje? O Que Teria Ficado Por Viver?

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Play Episode Listen Later Mar 4, 2025 6:26


Rádio Comercial - O Homem que Mordeu o Cão, Temporada 3
O meu fim-de-semana teria sido melhor se eu fosse um elfo?

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Play Episode Listen Later Feb 24, 2025 9:05


Uma elfa profissional, uma confissão num podcast e trampa pela madrugada!

Comentários do Prof. José Urbano
Como Bolsonaro Teria Liderado Tentativa de Golpe, Segundo PGR

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Play Episode Listen Later Feb 19, 2025 7:21


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Cultura Pop
CP #144 - Estreia e dedo podre

Cultura Pop

Play Episode Listen Later Feb 14, 2025 94:09


O Cultura Pop chega ao episódio #144 para analisar a estreia de De'Aaron Fox com a camisa do Spurs. Destrinchamos os cinco primeiros jogos da raposa em San Antonio, sua química com o elenco, principais pontos positivos e as oportunidades de melhora. Outro assunto quente do episódio foi Mitch Johnson. Depois de um começo promissor, onde chegamos a sentir o dedo do treinador (LÁ ELE!), a era MJ vai ganhando contornos pouco auspiciosos. Teria o dedo do técnico ficado podre? Onde ele está errando? Por fim, falamos sobre as perspectivas do Spurs de agora até o final da temporada, de Stephon Castle pedindo passagem, de final de semana das estrelas, e muito mais. É isso, vem com a gente! Índice do episódio: De'Aaron Fox estreia: análise dos 5 primeiros jogos (bônus: recaída de Wembanyama) (3:24) Mitch Johnson e a má fase do Spurs: culpado ou inocente? (20:19) Biyombo chega, mas elenco continua sendo cobertor curto (30:38) Termômetro Spurs: estamos acima, abaixo ou dentro da expectativa depois de 52 jogos? (34:37) Giro pela liga: a polêmica troca de Luka Doncic (41:40) Stephon Castle se consolida: pode ser estrela? (44:59) Expectativa do Spurs para o final de semana das estrelas (54:57) CoyODDs (1:01:16) Cê picka com a minha pick? (1:03:01) Coyote Talk (1:08:30)Cultura Pop nas redes sociais: twitter.com/culturapoppod twitch.tv/culturapoppod instagram.com/culturapoppod tiktok.com/@culturapoppod

Relatos do Além
Refúgio Creepy #6 - Apenas Seguindo Ordens

Relatos do Além

Play Episode Listen Later Feb 11, 2025 13:31


Clique aqui e conheça o Podcast Refúgio das Sombras⁠Instagram: ⁠@refugiodassombras.cast⁠-----Teria coragem de ouvir o que ele tinha a dizer?

Evangelho no Lar
Estudo 080 do Evangelho segundo o Espiritismo: CAPITULO V - Se fosse um homem de Bem, teria morrido

Evangelho no Lar

Play Episode Listen Later Feb 8, 2025 92:12


Em nosso evangelho de hoje, prosseguindo o estudo sequencial do livro "O Evangelho segundo o Espiritismo"; iniciamos a leitura do CAPÍTULO V (Bem-Aventurados os aflitos), com a leitura do item "Se fosse um homem de Bem, teria morrido".

Notícias Agrícolas - Podcasts
Preço da vaca teria que subir ao patamar de R$300@ para melhorar valor da arroba do boi

Notícias Agrícolas - Podcasts

Play Episode Listen Later Feb 4, 2025 41:02


Especialista aponta que escalas de abate ao redor do Brasil estão bastante heterogêneas

Palavra Amiga do Bispo Macedo
R E V E L A Ç Ã O - Meditação Matinal 01/02/25

Palavra Amiga do Bispo Macedo

Play Episode Listen Later Feb 1, 2025 37:15


"...o SENHOR disse a Moisés: Teria sido encurtada a Mão do SENHOR? Agora verás se a Minha Palavra se há de cumprir ou não." Números 11:23 "Eis que a mão do SENHOR não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o Seu ouvido, para não poder ouvir." Isaías 59:1 JESUS DISSE: "Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei." Mateus 11:28

Palavra Amiga do Bispo Macedo
Neste domingo, revolta da fé na Palavra de Deus contra o inferno vivido neste mundo - Meditação Matinal 31/01/25

Palavra Amiga do Bispo Macedo

Play Episode Listen Later Jan 31, 2025 41:58


"Porém, o Senhor disse a Moisés: Teria sido encurtada a Mão do Senhor? AGORA VERÁS SE A MINHA PALAVRA SE HÁ DE CUMPRIR OU NÃO." Números 11:23 "EXAMINAI-VOS A VÓS MESMOS, SE PERMANECEIS NA FÉ; PROVAI-VOS A VÓS MESMOS. Ou não sabeis quanto a vós mesmos, que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados." II Coríntios 13:5 "Provai, e vede que o Senhor é bom; bem-aventurado o homem que nEle confia." Salmos 34:8 "Amados, não creiais a todo o espírito, mas PROVAI SE OS ESPÍRITOS SÃO DE DEUS, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo." I João 4:1

Amorosidade Estrela da Manhã
VIDAS; ESPÍRITOS; TEMPO; ETERNIDADE; UNIVERSOS... E SE DE UMA HORA PRA OUTRA DEUS QUISER BRINCAR DE OUTRA COISA, DIGO, IMAGINAR TUDO DIFERENTE, TEM ALGUMA COISA DESSAS QUE OBRIGATORIAMENTE TERIA QUE..

Amorosidade Estrela da Manhã

Play Episode Listen Later Jan 28, 2025 18:27


Nova Acrópole Palestras Filosóficas
#570 - Cidade moderna tem alma Lucia Helena Galvão TED x Lencois Paulista

Nova Acrópole Palestras Filosóficas

Play Episode Listen Later Dec 23, 2024 18:30


Repost Cidade moderna tem alma? | Lucia Helena Galvão | TEDxLencois Paulista - YouTube Como seria a cidade do futuro? Teria alma?  Philosopher, teacher, writer, poet, speaker, and volunteer for 33 years at the organization Nova Acropole do Brasil, where he works giving classes and lectures on various topics related to Philosophy in the Classical way. The themes it deals with take philosophical studies to practical and applicable levels, creating bridges between ancient knowledge and current knowledge. Your consistent work makes that thousands of people around the world follow her by reading or listening to her he speaks. His creative and philosophical productions share knowledge gained with a lot of study and dedication to help people grow and become human beings best. This talk was given at a TEDx event using the TED conference format but independently organized by a local community. Learn more at https://www.ted.com/tedx

ONU News
ONU: Israel teria negado mais de 100 pedidos de ajuda para Gaza desde outubro

ONU News

Play Episode Listen Later Dec 23, 2024 0:58


Chefe de Assistência Humanitária visitou territórios palestinos e viu gangues armadas saqueando estoques de auxílio; Tom Fletcher alerta que Faixa de Gaza é o lugar mais mortal e perigoso para trabalhadores de auxílio

JORNAL DA RECORD
20/12/2024 | Edição Exclusiva: Enfermeira de Schumacher teria roubado mais de 1.500 arquivos para extorquir família do ex-piloto

JORNAL DA RECORD

Play Episode Listen Later Dec 20, 2024 5:49


Uma enfermeira é suspeita de roubar mais de 1.500 arquivos pessoais de Michael Schumacher, ex-piloto de Fórmula 1 que sofreu um acidente de esqui em 2013. Os documentos teriam sido usados para tentar chantagear a família do alemão. A mulher era uma das profissionais que cuidava de Schumacher e, segundo a empresária dele, foi demitida em 2020 por desempenho insatisfatório. E ainda: Prefeito de Belo Horizonte (MG) volta a ser internado quatro dias após receber alta.

Devocionais Pão Diário
Devocional Pão Diário | Apenas o suficiente

Devocionais Pão Diário

Play Episode Listen Later Dec 17, 2024 2:21


Leitura bíblica do dia: Provérbios 30:7-9 Plano de leitura anual: Amós 7-9, Apocalipse 8 Já fez seu devocional hoje? Aproveite e marque um amigo para fazer junto com você! Confira: No filme Um Violinista no Telhado (1071), o personagem Tevye fala com Deus sobre as suas finanças: “Tu fizeste muitos pobres. Sei que não é vergonha ser pobre, mas também não é uma grande honra! Então, seria terrível demais se eu tivesse uma pequena fortuna? Teria estragado algum plano eterno, se eu fosse um homem rico?”. Séculos antes do escritor Sholem Aleichem colocar essas palavras sinceras na boca de Tevye, Agur fez uma oração igualmente honesta, pedindo a Deus para não lhe dar nem pobreza nem riqueza, apenas o necessário (Provérbios 30:8). Agur sabia que ter “demais” poderia deixá-lo orgulhoso e torná-lo ateu, negando o caráter de Deus. Além disso, Agur pediu a Deus para não o deixar ficar pobre demais porque isso poderia fazê-lo desonrar o nome de Deus se ele viesse a roubar (v.9). Reconheceu Deus como seu único provedor, e pediu-lhe “apenas o que for necessário” para suprir as necessidades diárias. A oração dele revelou sua busca por Deus e o contentamento que é encontrado apenas nele. Que tenhamos a mesma atitude de Agur, reconhecendo Deus como o provedor de tudo o que temos. E à medida que buscamos a administração financeira que honre o nome do Senhor, vivamos com satisfação diante dele — Aquele que não apenas concede o básico, mas mais do que o necessário. Por: Marvin Williams

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Podcast This Escape - The Gulf of Captain-teria

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Play Episode Listen Later Dec 11, 2024 45:41


Neil and Vic talk about their performance, and designing time-warping cabaret   Support the Trans Lifeline: https://give.translifeline.org/give/461718/#!/donation/checkout  Check out VIP on Dropout: https://signup.dropout.tv/  Visit the Telelibrary: https://www.yannickto.com/telelibrary  Grab Box Two: https://www.theory11.com/    Check out the images and write up for this Escape Room below to follow along, or play yourself! https://www.consumethismedia.com/oceananigans    For everything Escape This Podcast, head to https://www.consumethismedia.com/escape-this-podcast To hang out with us and other fans, join our discord here: https://discord.gg/AH9MZqM  Check out our second podcast, Solve This Murder! Website || iTunes || Twitter || Instagram || Facebook || RSS Follow us on Twitch! We have bonus episodes and playtests up on our Patreon! So if you have the ability to support the show, we would love to see you there. And in return we have blog posts, bonus audio, a vlog, trivia, and more! Plus all our patrons have the chance to appear in our rooms as NPC's. Have questions, comments, puzzles, or anything else? Send us an email, and follow us on Facebook and Twitter

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Escape This Podcast

Play Episode Listen Later Dec 4, 2024 63:04


Vic Michaelis and Neil Patrick Harris join us to save a cruise ship from imminent destruction!   Support the Trans Lifeline: https://give.translifeline.org/give/461718/#!/donation/checkout  Check out VIP on Dropout: https://signup.dropout.tv/  Visit the Telelibrary: https://www.yannickto.com/telelibrary  Grab Box Two: https://www.theory11.com/    Check out the images and write up for this Escape Room below to follow along, or play yourself! https://www.consumethismedia.com/oceananigans    For everything Escape This Podcast, head to https://www.consumethismedia.com/escape-this-podcast To hang out with us and other fans, join our discord here: https://discord.gg/AH9MZqM  Check out our second podcast, Solve This Murder! Website || iTunes || Twitter || Instagram || Facebook || RSS Follow us on Twitch! We have bonus episodes and playtests up on our Patreon! So if you have the ability to support the show, we would love to see you there. And in return we have blog posts, bonus audio, a vlog, trivia, and more! Plus all our patrons have the chance to appear in our rooms as NPC's. Have questions, comments, puzzles, or anything else? Send us an email, and follow us on Facebook and Twitter

TechTalk Cast
25/11/2024 - Apple não teria planos para novos AirPods Max, Rumor: Google cancelou Pixel Tablet 2!

TechTalk Cast

Play Episode Listen Later Nov 25, 2024 8:25


Bom dia Tech, tudo bem? Hoje trago notícias sobre: Apple não teria planos para novos AirPods Max e é acusada de sufocar inovação com o Safari no iOS, Rumor: Google teria cancelado o Pixel Tablet 2, Samsung é condenada a pagar US$ 118 milhões por violação de patente, Anthopic fecha parceria com a Amazon e utilizará serviços da AWS e Zeenix Lite, da Tectoy, entra em pré venda!Quer patrocinar ou fazer uma parceria com o Bom dia Tech? Mande um e-mail para contato@bomdia.tech e vamos conversar!ParticipaçõesNa última semana, participei do episódio 405: Ministério do Browser do área de transferencia, e pude bater um papo bem legal como coca tech e o Guilherme Rambo sobre a chance do Google ter que vender o Chrome, e se o que o ChatGPT sabe sobre nós é suficiente para imaginar nossas mesas de trabalho!Promoções da AmazonEcho PopEcho Dot 5ª geraçãoNovo Echo Show 8 (3ª geração)Notícias00:00: Bom dia Tech! 01:10: Zeenix Lite entra em pré venda02:18: Anthopic fecha parceria com a Amazon e utilizará serviços da AWS03:16: Samsung é condenada a pagar US$ 118 milhões por violação de patente04:02: Esquenta Black Friday Amazon04:36: Rumor: Google teria cancelado o Pixel Tablet 205:28: Apple é acusada de sufocar inovação com o Safari no iOS06:34: Apple não teria planos para novos AirPods Max07:35: Inté a próxima! Produtos do EpisódioMicrofone Fifine utilizado na gravação do podcastEcho Show 15PlayStation 5 SlimPlayStation DualSenseThe Last Of Us Part I - PlayStation 5Comprando qualquer produto com esses links, ou conferindo as promoções em destaque, o Bom dia Tech receberá uma pequena comissão e assim, você ajuda no crescimento do podcast.Redes sociais:InstagramThreadsMastodonImagem da capa:AppleMúsica:Music from #Uppbeat (free for Creators!): https://uppbeat.io/t/sensho/coffee-break

Bobagens Imperdíveis
4.7: A Baronesa dadaísta

Bobagens Imperdíveis

Play Episode Listen Later Oct 18, 2024 43:14


Teria sido o famoso urinol de Marcel Duchamp criado por uma mulher? Vou atrás de respostas na história cheia de escândalos e lacunas de uma artista que foi o Dadaísmo em pessoa: Elsa von Freytag-Loringhoven. Como apoiar este podcast: apoia.se/alinevalek Para assinar grátis minha newsletter: alinevalek.substack.com Converse comigo: escreva@alinevalek.com.br Links relacionados: Site com os poemas de Elsa Von Freytag-Loringhoven (em inglês) https://digital.lib.umd.edu/transition/ Uma introdução ao dadaísmo: https://www.youtube.com/watch?v=H_ltPg4ysuE Livro de Irene Gammel: “Baroness Elsa: Gender, Dada and Everyday Modernity - a cultural biography” https://mitpress.mit.edu/9780262572156/baroness-elsa/ Artigo no The Guardian: “A woman in the men's room: when will the art world recognise the real artist behind Duchamp's Fountain?” https://www.theguardian.com/books/2019/mar/29/marcel-duchamp-fountain-women-art-history “Só faz sua parada", primeiro texto que escrevi sobre Elsa: https://alinevalek.substack.com/p/so-faz-a-sua-parada Dossiê completo de pesquisa sobre a Baronesa: https://bit.ly/4f0ZQlX Episódios relacionados: O tarô de Pâmela https://open.spotify.com/episode/1O3vEpiBxRzxly41k73Nf9?si=bee82730049442bd Viciadas em Retratos https://open.spotify.com/episode/5K7zQY3wRFRs0npMgfOYOq?si=3f57f3af852843d1 Estética viral https://open.spotify.com/episode/7fnWGJ99rLUBvLrmOSDXvV?si=a995b4d452544834 Trilha sonora: “Spying in the 60s", Sir Clubworth • “Avant Jazz - Disco Ultralounge”, Kevin MacLeod • “Argentina Jazz”, Droidvar • “This is not jazz”, True Cuckoo • “Gipsy Stroll”, Aaron Lieberman • “Minor Lament for Solo Jazz”, John Patitucci • “Allégro", Emitt Fenn • “Allegations of Investigations”, Jesse Gallagher • “Slow Tonk”, Big Vegie

JESUSgirl.ENT
I Conquered It Featuring Sis. ISpeak Lyfe

JESUSgirl.ENT

Play Episode Listen Later Oct 9, 2024 95:11


JESUSgirl.ENT Podcast presents Season: “I Conquered It!” featuring Sis. Teria better known as Sis. ISpeak Life! This episode is given as a S.O.S. for some mother on the edge of giving up! Hold on just a little while longer! GOD has not forgotten about you or your children! HE covers those who trust in HIM. Airing tomorrow at 7pm CST! Streaming on Apple Podcasts, Spotify, Spotify for Podcasters, Amazon Music, iHeart radio, YouTube, YouTube music, podcast app, and many others!!! #GoForth

JORNAL DA RECORD
02/10/2024 | 2ª Edição: Polícia procura mulher que teria envenenado criança no Rio

JORNAL DA RECORD

Play Episode Listen Later Oct 2, 2024 4:04


Confira nesta edição do JR 24 Horas: Ythalo, de 6 anos, morreu depois de comer um bombom no Rio de Janeiro. A suspeita é de envenenamento. Nesta quarta (2) familiares e amigos se despediram do garotinho. A polícia aguarda o resultado de um laudo complementar para confirmar o envenenamento, já que no organismo da criança, os peritos encontraram um material semelhante a veneno para rato. E ainda: Sem condenação inequívoca a ataque iraniano, Israel torna secretário-geral da ONU persona non grata.

Tapa na Cara com Ricardo Jordão
Episodio 922 - Se não fosse pelos vendedores, ninguém teria emprego

Tapa na Cara com Ricardo Jordão

Play Episode Listen Later Oct 1, 2024 4:51 Transcription Available


Transforme Suas Vendas com Jordão, Diretor Comercial Terceirizado. Venda mais, bata todas as metas e leve sua equipe ao próximo nível com a expertise de um Diretor Comercial experiente. Saiba mais: https://vendascuratudo.mykajabi.com/jordaodiretorcomercial COMPRE AGORA o e-book MESTRE DAS MENSAGENS do Jordão. O Guia Definitivo para Mensagens que Fecham Vendas. Mais de 100 Templates Prontos para Transformar Seu Processo de Vendas – Da Prospecção ao Pós-venda. Para comprar vai aqui :https://www.vendascuratudo.com.br/mestre-das-mensagens O Vendedor Rainmaker é o curso que vai ensinar você a Transformar as Vendas em Veículos para o Bem. O VENDEDOR RAINMAKER, 3 dias de imersão de vendas, CURSO PRESENCIAL: https://www.ovendedorrainmaker.com.br/ VENDAS CURA TUDO: Transforme suas Vendas, Transforme sua Vida. CURSOS ON-LINE. Aulas AO VIVO e GRAVADAS. Vai aqui: https://www.vendascuratudo.com.br Para contratar o Jordão para palestrar no seu evento vai aqui: https://www.ricardojordao.com

Bunker X
REPTILIANOS e o Controle Global: Mito ou Realidade? | BUNKER X #069

Bunker X

Play Episode Listen Later Sep 11, 2024 100:41


No ano de 1991, durante o programa de televisão de Terry Wogan, o convidado David Icke, ex comunicador da tv esportiva, chocou a audiência britânica anunciando que havia sido iluminado com uma importante mensagem: o mundo estaria sendo controlado por uma espécie extraterrestre reptiliana através de uma demoníaca sociedade secreta enraizada nos maiores escalões da sociedade humana. Teria a personalidade inglesa tido um surto psicótico ao vivo ou de fato sido usada por um poder maior com o intuito de alertar o planeta Terra de uma ameaça fantasma? Venha debater com os agentes do paranormal Affonso Solano e Afonso3d sobre este tema misterioso e assustador! ___________ Seja membro no YouTube e ganhe benefícios!

Bom dia, Obvious
#258/aquilo que teria salvo meus 20 e poucos anos, com Camila Fremder

Bom dia, Obvious

Play Episode Listen Later Sep 9, 2024 69:35


Tem Marcela Ceribelli e Camila Fremder falando sobre as delícias dos 30 e dos 40 (e sobre as expectativas pros 60) no novo episódio de Bom dia, Obvious! Vem de play

TechTalk Cast
20/08/2024 - Apple já teria fabricante para seu robô doméstico, Apple Podcasts ganha versão web!

TechTalk Cast

Play Episode Listen Later Aug 20, 2024 7:59


Bom dia Tech, tudo bem? Hoje trago pra você: Apple Podcasts ganha site completo, Apple já teria fabricante para seu robô doméstico, AMD adquire fabricante de equipamentos de IA, Google Play não pagará mais por vulnerabilidades encontradas, Procreate declara que não usará IA generativa em seu app, Globo encerra sinal analógico por parabólica!Quer patrocinar o Bom dia Tech? Mande um e-mail para patrocinio@bomdia.tech e vamos conversar!PromoçõesAmazon Prime com 30 dias graçaNotícias00:00: Bom dia Tech! 00:21: Globo encerra sinal analógico por parabólica | Siga Antenado 01:15: Procreate declara que não usará IA generativa em seu app 02:19: Google Play não pagará mais por vulnerabilidades encontradas 03:42: Promoções da Amazon 04:36: AMD adquire fabricante de equipamentos de IA 05:30: Apple já teria fabricante para seu robô doméstico 06:19: Apple Podcasts ganha site completo 07:14: Inté a próxima! Produtos do EpisódioMicrofone Fifine utilizado na gravação do podcastiPhone 15 Pro MaxiPhone 15 ProNintendo Switch OLEDNintendo SwitchComprando qualquer produto com esses links, ou conferindo as promoções em destaque, o Bom dia Tech receberá uma pequena comissão e assim, você ajuda no crescimento do podcast.Redes sociais:InstagramThreadsMastodonMúsica:Music from #Uppbeat (free for Creators!): https://uppbeat.io/t/sensho/coffee-break

Expresso - A Beleza das Pequenas Coisas
Maria João Pires (parte 2): “A minha vida sem o piano teria sido bem melhor. Fui muito condicionada pelo piano. Mas, como estou viva, ainda posso mudar”

Expresso - A Beleza das Pequenas Coisas

Play Episode Listen Later Aug 3, 2024 55:03


Ouça aqui a segunda parte da conversa com a pianista Maria João Pires que fala do triunfo em relação ao corpo por nunca parar de caminhar, apesar dos seus 80 anos. A pianista revela a sua paixão pela arte da fermentação e o prazer que tem em amassar o pão de massa mãe na sua casa, para descansar as mãos do piano. Explica também porque é que a sua vida teria sido bem melhor sem o piano, e ainda fala da sua relação com os amores e os sonhos. No final, dá-nos música e deixa-nos as suas sugestões culturais para este verão. Boas escutas!See omnystudio.com/listener for privacy information.

JORNAL DA RECORD
01/08/2024 | Edição Exclusiva: Israel confirma morte de comandante que teria planejado invasão terrorista em outubro do ano passado

JORNAL DA RECORD

Play Episode Listen Later Aug 1, 2024 4:36


O exército de Israel confirmou a morte de Mohammed Deif durante uma ação militar. Ele é apontado como um dos idealizadores do atentado contra Israel em 7 de outubro do ano passado. A confirmação ocorre após a morte do chefe do grupo terrorista Ismail Haniyeh em um ataque aéreo no Irã.

Ilustríssima Conversa
Natalia Viana: Sem Assange e WikiLeaks, não teria havido Vaza Jato e Lula 3

Ilustríssima Conversa

Play Episode Listen Later Jul 6, 2024 44:14


Natalia Viana tinha acabado de conhecer Julian Assange, em novembro de 2010, quando recebeu dele o recado em um papel: "Não fale uma palavra". A jornalista brasileira viajou para Londres sem saber quase nada sobre o projeto em que acabaria se envolvendo, mas logo se deu conta do alcance e dos riscos do que Assange e o WikiLeaks estavam planejando: a divulgação de 250 mil telegramas de embaixadas dos Estados Unidos. No recém-lançado "O Vazamento", a autora apresenta um balanço dessa experiência, que marcou a sua trajetória e mudou os rumos da sua carreira —bem como transformou o jornalismo nos anos 2010 e influenciou negociações diplomáticas e protestos populares ao redor do mundo. O livro transporta os leitores para o casarão, no interior da Inglaterra, em que a equipe se isolou antes da divulgação dos documentos e retrata a personalidade de Assange, registrando atitudes machistas e sua postura controladora, ao mesmo tempo que reconhece sua grandeza como figura histórica. O fundador do WikiLeaks passou os últimos 12 anos privado de liberdade. No fim de junho, ele se declarou culpado, como parte de um acordo para ser libertado, de uma acusação baseada na Lei de Espionagem dos EUA. Neste episódio, a jornalista diz que esse desfecho cria um precedente que ameaça o trabalho de jornalistas investigativos em todo o mundo e critica o uso, nos EUA, da ideia de segurança nacional para deslegitimar a publicação de documentos confidenciais de interesse público e apagar da história iniciativas como o WikiLeaks. Produção e apresentação: Eduardo Sombini Edição de som: Raphael Concli See omnystudio.com/listener for privacy information.

Rádiofobia Podcast Network
Pod Notícias 020 – Pod Notícias evolui e inaugura sua nova fase!

Rádiofobia Podcast Network

Play Episode Listen Later Jul 1, 2024 22:15


Olá, eu sou Leo Lopes e está no ar o POD NOTÍCIAS, a sua dose semanal de informação sobre o mercado de podcasts no Brasil e no mundo! Hoje é segunda-feira, dia 1º de julho de 2024 e esta é a nossa vigésima edição! 1 - A edição de hoje começa de uma forma muito especial para mim e pra todos os meus colegas e amigos, que estão por trás da produção desse podcast semanal que a gente faz com muito carinho pra você. Nos últimos 6 meses, o Pod Notícias tem sido um podcast que compila semanalmente todas as principais notícias sobre podcast no Brasil e no mundo, trazendo essas informações com muita clareza, transparência e profissionalismo. O resultado tem sido tão bacana, e a resposta do nosso público tão boa, que a gente decidiu dar um passo adiante e levar as notícias mais à sério ainda. Então hoje, dia 1º de julho de 2024, a gente inaugura o novo site do Pod Notícias. Agora você não precisa mais ler a íntegra das notícias do nosso LinkedIn, não vai mais ter link externo pra sites internacionais e notícias em outros idiomas. Tudo vai estar mais acessível no nosso site, já traduzido pra você. E como se isso já não fosse muito legal, o site passa a contar a partir de agora com uma equipe de colunistas, que eu não poderia descrever de outra forma senão fantástica: Aline Hack, Carlinhos Vilaronga, Danilo Battistini, Domenica Mendes e Guilherme Baldi se juntam a mim e à Lana Távora, que faz o roteiro desse programa, pra escrever periodicamente no Pod Notícias com todo o peso de suas experiências produzindo podcast com extremo profissionalismo há vários anos! A partir de agora você que tem a sua marca, produto ou serviço, pode anunciar tanto no site como aqui no podcast do Pod Notícias e atingir o público mais qualificado que se interessa pelo podcast aqui no Brasil! Pra isso é só mandar um e-mail através do contato@podnoticias.com.br, que nós vamos responder pra você com muito carinho e atenção. E caso você queira colaborar com a gente enviado textos, sugestões de pauta ou notícias, pode fazer isso também através do mesmo e-mail. É claro que esse anúncio vem acompanhado de um grande muito obrigado a você, nosso ouvinte, por ter dado pra gente esse voto de confiança compartilhando as notícias, comentando no nosso Instagram, seguindo no LinkedIn, sugerido colunistas, enfim. Em nome de toda a equipe do Pod Notícias, MUITO OBRIGADO. Link 2 - E falando em colunistas, o Gui Baldi e o Danilo Battistini não só já publicaram seus primeiros artigos no Pod Notícias, como já chegaram com tudo, dando dicas de produção pra você tirar o seu podcast do papel, ou pra você entender tudo o que precisa fazer para criar o seu próprio audiodrama. Então é claro que a primeira colaboração deles já foi com as dicas de produção deste episódio. Os links para os textos (matadores, hein?) do Danilo e do Gui vão estar como sempre aqui na descrição desse episódio. A integra dos artigos, você lê lá no nosso site, onde também vão estar todas as novidades sobre a podosfera, comunidade e plataformas. Artigo do Danilo / Artigo do Guilherme 3 - Falando em novidade em plataformas, o YouTube agora criou a área "Meus Podcasts" (ou "Seus Podcasts", dependendo do dispositivo), disponível na guia "Você" para Android e iOS. A atualização permite que os usuários naveguem e gerenciem seus podcasts dentro da própria plataforma, sem depender mais do YouTube Music. A nova página também já está integrada no menu do site, com os podcasts sendo exibidos em grade pra facilitar a navegação. O lançamento da área Meus Podcasts foi gradual, mas já está disponível para todos os usuários do YouTube. Se você ainda não teve acesso, atualiza o seu aplicativo pra última versão e tenta que novo, que provavelmente o problema vai estar resolvido. Link AINDA EM NOTÍCIAS DA SEMANA: 4 - Segundo alguns especialistas de marketing, o setor de audiobooks no Brasil está crescendo. Entre 2021 e 2022, o consumo dos livros em áudio teve um aumento de 15%, e a expectativa do mercado é que esse número dobre até o ano que vem. Esse crescimento aqui no Brasil não é surpresa, porque o áudio é muito forte - a gente não pode esquecer que 90% dos brasileiros consomem o áudio de alguma forma. Algumas produtoras já estão investindo nesse aumento do mercado de audiolivros. A Tocalivros, Supersônica e Audible, por exemplo, estão focando em produzir livros gravados com narração humana, que é pra já serem diferenciados nesse mar de conteúdo criado e narrado por inteligência artificial. É uma boa aposta, na minha opinião, porque as pessoas tendem a se engajar mais com outras pessoas. As IA's, quando eram novidade, podem ter sido populares por um tempo, mas agora já tá tão saturado, que é quase uma brisa de ar fresco ver pessoas fazendo as coisas de forma humana. Enfim. Apesar do público brasileiro ainda ter que ser apresentado aos audiolivros, o potencial de crescimento do formato aqui no Brasil é enorme - já que, historicamente, o brasileiro adota novos formatos mais rápido que ninguém. Link 5 - E por falar em livros, o Spotify anunciou nos Estados Unidos um novo plano, no valor de U$10,99 por mês, que não inclui acesso aos audiobooks. O novo plano tá disponível apenas como downgrade para assinantes premium, ou seja, pra quem já era assinante premium antes. Aí você pode me perguntar: Beleza Leo, mas pra quê? Bom, algumas semanas atrás o Spotify aumentou todos os preços de assinatura em solo americano. O valor desse novo plano que exclui os audiobooks, é o valor do antigo plano de assinatura básico. Como muita gente não gostou, essa foi a "concessão" que a empresa conseguiu fazer pra manter a moral. Aí eles foram lá e lançaram também a assinatura de audiolivros por U$9,99, de forma avulsa. É, o Seu Spotify é espertinho ou não? A mudança de preços nos planos do Spotify ainda não chegou aqui no Brasil, mas se tratando deles, deve chegar logo. Link 6 - De acordo com o relatório The UK Podcaster Consumer de 2024 da Edison Research, a escuta de podcasts alcançou número recorde entre os jovens adultos do Reino Unido. Segundo o estudo, mais de dois terços dos adultos britânicos já são ouvintes de podcasts. 42% desse público ouve podcasts todo mês, e 30% ouve toda semana. Adultos que tem de 18 a 34 anos são os mais engajados, e a Geração Z representa 38% dos novos ouvintes semanais. Quando se fala de ouvintes regulares, essa mesma faixa etária corresponde a 14%. O podcast também tem sido cada vez mais popular com as mulheres britânicas: 39% são ouvintes mensais e 26% são ouvintes semanais. Outro dado importante, é que os 10 podcasts mais populares do Reino Unido alcançam mais de 30% de todos os ouvintes semanais de podcasts com 15 anos ou mais. Eles não são chamados de "populares" sem motivo. Para colher essas e outras informações, a pesquisa contou com a participação de mais de 8 mil pessoas. Link E MAIS: 7 - Você sabia que anúncios em podcasts esportivos podem ser uma oportunidade de ouro para fortalecimento de marcas? De acordo com um novo relatório da Global, o Medals, Mics & Marketing, 65% da audiência esportiva presta mais atenção em um anúncio em podcast, do que na TV ou outras mídias digitais. 61% desse público também disse que confia mais na publicidade feita em podcasts. E os números não mentem: anúncios em podcasts esportivos realmente geram mais compras e cliques, porque esse público tende a ser mais curioso sobre novas marcas, e a cumprir o call to action. Parte disso, porque 92% dos entrevistados declara que acompanhar esportes é uma experiência emocional. Com eventos como Eurocopa, as Olimpíadas e os Jogos Paralímpicos de Paris chegando, esse é o melhor momento pras marcas se envolverem com podcasts de esporte, se alinhando com aqueles apresentadores que tem os mesmos valores da marca. Fica aqui a dica. Link 8 - A companhia aérea alemã Lufthansa aumentou a sua gama de entretenimento de bordo, adicionando 45 revistas digitais, atualizações ao vivo do Campeonato Europeu de Futebol Masculino e... Podcasts. A nova gama de podcasts oferecidos pela empresa, está disponível em voos europeus através do portal FlyNet, e são oferecidos podcasts de vários temas, como negócios, viagens, ciência e entretenimento. Todos eles disponíveis em alemão e inglês. Agora, a gente já sabe que a Lufthansa não foi a primeira companhia aérea a fazer isso, mas também não deve ser a última, porque desde o ano passado a gente têm visto empresas de entretenimento de bordo fechando parcerias com plataformas e produtoras de podcast. Então vamos ver se essa prática se populariza ainda mais ao longo de 2024. Link 9 - E na última semana, o Google Podcasts foi oficialmente desativado no mundo todo. Pelo menos em tese, já que saiu no Podnews e outros veículos, que no terceiro dia ele ressuscitou e voltou a funcionar como se nada tivesse acontecido, mesmo não estando mais disponível nas lojas de aplicativos. Teria sido um erro? Um glitch? A promessa de uma volta triunfal? A gente não tem a menor ideia. O que a gente sabe é que as estatísticas dos podcasts armazenados no Google Podcasts vão estar disponíveis até o dia 30 desse mês. Então se você ainda não baixou os dados, corre, porque não tem muito mais tempo pra isso, não. Esse também é o momento de fazer aquele pente-fino nas redes sociais do seu podcasts, fazer uma varredura mesmo, e retirar todos os links que levam pro Google Podcasts. Fazendo isso, você evita perder ouvintes pra um link que não funciona mais. Link HOJE NO GIRO SOBRE PESSOAS QUE FAZEM A MÍDIA: 10 - Na terça-feira passada, dia 25 de junho, o Instituto Vovô Chiquinho, da cidade de Serra, no Espírito Santo, promoveu uma oficina de rádio e podcast para jovens da instituição A oficina foi organizada em parceria com a Secretaria da Assistência Social e o Conselho Municipal da Criança e do Adolescente de Serra, e financiada pelo Fundo da Infância e do Adolescente de Serra. O principal objetivo do projeto é explorar o universo das ondas do rádio e do som, dando aos alunos a oportunidade de aprender brincando e criando seus próprios programas de áudio. A oficina é parte de uma série de ações que buscam melhorar o bem-estar e a qualidade de vida das crianças e adolescentes atendidos pelo Instituto Vovô Chiquinho. Uma iniciativa muito legal, que as crianças com certeza devem ter se divertido muito fazendo, e que vão lembrar com muito carinho no futuro. Link 11 - O podcast Me Conte Uma Fofoca, apresentado por Duda Dello Russo e Thiago Theodoro, já conta com mais de 11 milhões de plays no Spotify (o povo gosta de uma fofoca, né?). A dupla conversou com a revista Metrópoles sobre esse sucesso - e como um podcast de fofoca acabou virando um espetáculo no teatro. Na entrevista, o Duda e o Thiago disseram que atribuem o sucesso do podcast ao prazer que as pessoas tem de ouvir o drama da vida de outras pessoas. E esse foi, inclusive, o motivo que levou os dois a criarem esse podcast; eles queriam fazer um projeto juntos que não fosse focado nas próprias vidas. Agora, na mão deles, fofoca nenhuma vai ficar contada pela metade e mais nenhum fofoqueiro vai acabar tendo um colapso por causa disso. A próxima sessão do Me Conte Uma Fofoca no teatro vai ser no dia 20 de julho, no Teatro Gamaro, em São Paulo. E se você quiser ver a entrevista deles na íntegra, ela está disponível no portal Metrópoles. Link 12 - E depois de uma semana sem a nossa Caixinha de Perguntas no Instagram, afinal de contas a gente estava preparando aqui site novo e tudo mais, hoje ela tá de volta, e a gente quer saber: Quais são seus principais objetivos como produtor de podcast? Pode ser a curto prazo, a longo prazo, metas pessoais... Quer ficar milionário? Quer ficar conhecido, famoso? É só um hobbie? Quer ter algo que tire o seu estresse? Quer fugir do dia-a-dia? O quanto o podcast é importante pra você atingir seus objetivos? A gente quer saber de tudo. A caixinha de perguntas vai ficar aberta nos stories do Instagram do Pod Notícias por 24 horas, então não deixe de acessar lá ainda hoje pra deixar a sua contribuição, e também não deixa de seguir a gente lá em @pod.noticias pra interagir com a gente toda semana e também receber as nossas atualizações. Instagram do Pod Notícias SOBRE LANÇAMENTOS: 13 - Na última sexta-feira, o UOL lançou o podcast A Hora, comandado pelos jornalistas Thais Bilenky e José Roberto de Toledo. Se você já acompanha podcast há algum tempo aqui no Brasil, com certeza já conhece essa dupla, que faziam um trabalho ímpar no podcast Foro de Teresina. No novo podcast, os dois apresentadores fazem apurações e análises dos principais destaques da semana. O programa vai levar em conta o histórico de cada um, com a leveza da Thais pra fazer os informativos sobre política, e a experiência do Toledo com jornalismo guiado por dados. O podcast A Hora já está disponível nas principais plataformas de áudio, e vai ao ar toda sexta-feira pela manhã nos agregadores, e à tarde como vídeo no YouTube. Link 14 - E a Marvel lançou na semana passada o The Official Marvel Podcast, um novo podcast semanal dedicado aos fãs que desejam explorar tudo sobre o universo Marvel. Os episódios vão apresentar entrevistas com figuras importantes da Marvel, como o Editor-Chefe dos quadrinhos C.B. Cebulski e os produtores e estrelas do Universo Cinematográfico da Marvel. Tudo isso incluindo muitas notícias, entrevistas exclusivas e surpresas dos bastidores. O segundo episódio, que vai ser lançado depois de amanhã, vai dar foco às séries de TV da Marvel, com novidades sobre 'Your Friendly Neighborhood Spider-Man' e 'Marvel Zombies'. O podcast é em inglês, é claro, mas já está disponível em todas as principais plataformas. Se você fala ou entende inglês e gosta do universo da Marvel, não deixa de conferir. Link 15 - Agora sobre equipamentos, a RØDE lançou uma nova edição da mesa RØDECaster Pro II, agora na cor branca. A ideia é oferecer uma visual mais limpo e moderno pra criadores de conteúdo, e também combinar melhor com set-ups de cores claras. O dispositivo, que é o que eu uso aqui no meu estúdio, é projetado para streamers, podcasters e músicos, e dá aos usuários controle de áudio em alta definição. Se você quiser saber todas as especificações técnicas da RØDECaster Pro II, acesse o nosso site e confere a matéria na íntegra, porque tá tudo lá já traduzido e bonitinho pra você. Link RECOMENDAÇÃO NACIONAL: 16 - E na nossa recomendação nacional dessa semana, a indicação vai especialmente pra quem gosta de música e de curiosidades sobre a cultura pop: é o Pop Fantasma Documento, o podcast do portal Pop Fantasma. Sob a batuta do apresentador Ricardo Schott, cada episódio traz histórias fascinantes e, às vezes, até pouco conhecidas sobre ícones da música, TV, e muito mais. O podcast fala sobre curiosidades que vão desde discos obscuros, faixas esquecidas, até detalhes surpreendentes de artistas grandes. Quer um exemplo? Você lembra da fase punk da Madonna? Pois então. Muita gente nem sabe que ela existiu - eu, por exemplo, não sabia. A trilha do programa fica por conta do Leandro Souto Maior, e a arte visual é feita pela Aline Haluch. Para quem ama a cultura pop e música, o Pop Fantasma Documento acaba sendo um tesouro de descobertas e lembranças. Podcast obrigatório. O programa está disponível nas principais plataformas de áudio, e tem episódios novos indo ao ar todas as sextas-feiras. Então não deixa de conhecer e de assinar no seu agregador de podcast preferido. Link E assim a gente fecha esta vigésima edição do Pod Notícias. Agora, mais do que nunca, acesse podnoticias.com.br para ter acesso à íntegra das notícias com todas as fontes e a transcrição completa do episódio, além dos artigos dos nossos colunistas e todos os links relacionados. Acompanhe o Pod Notícias diariamente:- Canal público do Telegram- Instagram- Page do Linkedin Ouça o Pod Notícias nos principais agregadores:- Spotify- Apple Podcasts- Deezer- Amazon Music- PocketCasts O Pod Notícias é uma produção original da Rádiofobia Podcast e Multimídia e publicado pela Rádiofobia Podcast Network, e conta com as colaborações de:- Camila Nogueira - arte- Eduardo Sierra - edição- Lana Távora - pesquisa, pauta e redação final- Leo Lopes - direção geral e apresentação- Thiago Miro - pesquisa Publicidade:Entre em contato e saiba como anunciar sua marca, produto ou serviço no Pod Notícias.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Podcast - Viviane Freitas
154 – Se não falasse não teria pecado

Podcast - Viviane Freitas

Play Episode Listen Later May 21, 2024 12:47


Depois que sabemos da verdade, não temos desculpas, porque temos conhecimento, e é isso que Jesus fala: “Se Eu não viera, nem lhes houvera falado, não teriam pecado, mas agora não têm desculpa do seu pecado.” João 15:22 Se você tem seguido Jesus, e não sofre perseguição por causa de Jesus, em nenhum momento da sua vida não houve isso, então, você deve se questionar a respeito do seu cristianismo. Neste episódio vamos meditar sobre qual o seu tipo de cristianismo, afinal, se você sabe da verdade e você tem amizade com o mundo, então tem alguma coisa errada. Todos os episódios da Série “Quem é Deus? Quem é você?” estão disponíveis em nossos canais oficiais. #BlogVivianeFreitas #ProgramaTardeMusical #QueméDeus #Quemévocê #Jesus #Perseguição #Cristianismo #Verdade

Os Pingos nos Is
Os Pingos nos Is - 06/05/2024 - Madonna teria destinado 10 milhões para auxiliar vítimas no Rio Grande do Sul

Os Pingos nos Is

Play Episode Listen Later May 7, 2024 114:09


8 Minute Millionaire: Learn the Secrets of Millionaire Entrepreneurs
260. The Keys To Selling Online: Insights from a Top 1% Etsy Seller

8 Minute Millionaire: Learn the Secrets of Millionaire Entrepreneurs

Play Episode Listen Later Dec 28, 2023 39:21


In this episode, host Kirsten Tyrrel brings on long-time friend and successful online seller Teria Brooks to share her insights on selling products online. Teria, a top 1% Etsy seller, discusses her journey from starting with small nail decals to expanding into a variety of products, including physical items and digital goods. Through her experiences, she underscores the importance of thorough product research, consistent selling over time, appealing product presentation, and optimizing for search engines. She also compares popular platforms like Amazon, Ebay, and Shopify, sharing the unique benefits and challenges each presents. Teria highlights that success is possible for anyone willing to put in the work, remain consistent, and adapt to market trends.   00:00 Introduction to Online Selling 00:14 Meet the Expert: Top 1% Etsy Seller 02:03 The Journey to Becoming a Top Etsy Seller 05:15 The Importance of Finding Your Niche 06:44 Understanding the Market and Customer Needs 13:17 The Role of Trends in Online Selling 15:46 Choosing the Right Platform for Your Products 20:29 Understanding Etsy Ads 21:41 The Importance of Product Quality and Customer Satisfaction 22:14 Is Etsy Too Saturated? Insights and Opinions 23:42 Top Tips for Standing Out in a Saturated Market 26:18 The Importance of a Cohesive Brand and Niche 27:01 Understanding Etsy's Algorithm and the Importance of Consistency 31:23 The Journey to Becoming a Top 1% Etsy Seller 33:14 Transitioning to a New Product and Expanding Business 36:02 The Future of Selling on Etsy and Final Thoughts   Grab Teria's Design To Sell Guide Here: https://athomepixels.com/