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Quantas vezes você já disse essa frase sem perceber o peso dela?Como pode uma cultura que tem tanto medo da morte também usá-la como jargão pra tudo? Nesse episódio do Tudo de Propósito, Gabriel Hatt e Luana Curti batem um papo sobre o que essa incoerência entre medo e vontade de morrer revela sobre a nossa mentalidade.Do que, na verdade, a gente tem medo de perder?E o que é que a gente realmente quer?Talvez esse papo te leve a rever tudo o que você pensa sobre si mesmo.Sobre os seus apegos, sobre a sua forma de amar, sobre o que você chama de vida.Tem coisa que tem cara de morte e você nem imagina.
O PAIGC formalizou o apoio ao candidato presidencial independente Fernando Dias da Costa. O acordo surge depois da rejeição da candidatura do presidente do PAIGC às presidenciais e da coligação PAI-Terra Ranka às legislativas. Em entrevista à RFI, Domingos Simões Pereira, presidente do partido PAIGC, explica que “perante a supressão quase total dos direitos fundamentais, não há sacrifício que não possa ser consentido” para “combater esta tentativa de impor tiranias no nosso país”. O Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo verde, PAIGC, formalizou esta segunda-feira, 03 de Novembro, o apoio ao candidato presidencial independente Fernando Dias da Costa, herdeiro do barrete vermelho de Kumba Ialá e dirigente de uma das alas do PRS, Partido da Renovação Social. O acordo surge depois da rejeição da candidatura do presidente do PAIGC, Domingos Simões Pereira, às presidenciais e da coligação PAI-Terra Ranka às legislativas. RFI Português: Em que é que consiste este acordo? Domingos Simões Pereira, presidente PAIGC: Quem acompanha a actualidade política guineense deve saber que através de uma manipulação flagrante e escandalosa da nossa Corte Suprema, o PAIGC, os partidos que constituem a coligação e o seu respectivo candidato às eleições presidenciais, que era eu próprio, foram impedidos de participar nas eleições marcadas para o dia 23 de Novembro. Durante as últimas semanas, demos a conhecer o carácter escandaloso dessa decisão porque, por exemplo, no caso do candidato presidencial, a sua candidatura nem chegou à plenária do Supremo Tribunal de Justiça. Portanto, é este o quadro político actual na Guiné-Bissau. O PAIGC e, mais uma vez, os partidos que constituem a nossa condição compreendem que têm uma missão, têm uma missão de representar o povo guineense, de convocar o povo guineense para resgatar a liberdade, os direitos fundamentais e repor a normalidade constitucional. Para esse efeito, dos cinco candidatos que manifestaram interesse de poder contar com o nosso apoio, a nossa análise conduziu-nos à retenção do Fernando Dias da Costa, como o que está melhor posicionado, o que reúne os critérios que nós estabelecemos para decidir aportar-lhe o nosso apoio. Prefiro precisar da seguinte forma: em vez de dizer que nós estamos a aportar o nosso apoio, nós achamos que o Fernando Dias da Costa é a personalidade que neste momento encaixa melhor na nossa estratégia para continuar esta luta e poder resgatar o Estado de Direito Democrático na Guiné-Bissau. Quais foram os compromissos estabelecidos com esta formalização do apoio do PAIGC ao candidato Fernando Dias da Costa? Há aqui um compromisso para a campanha eleitoral, mas para o pós-eleitoral, em caso de vitória, também há? Sim. No pré-eleitoral nós aportamos o apoio possível, convocamos os nossos apoiantes, militantes, simpatizantes, o povo em geral a se juntar a nós e a votar no candidato Fernando Dias da Costa. E o Fernando Dias da Costa se compromete a repor a normalidade constitucional: a permitir que a Assembleia Nacional Popular possa ser restabelecida e, uma vez estabelecida, os outros órgãos de soberania possam funcionar em estrito respeito da nossa Constituição, o que não tem sido o caso. Portanto, temos todos os órgãos da soberania ameaçados ou condicionados no seu funcionamento. Mas quem é que ganha com este acordo? É o PAIGC ou é Fernando Dias? Espero que seja o povo guineense a quem nós estamos a dar uma opção. Porque não participar seria pedir ao povo guineense que seja o próprio a decidir de que forma enfrentar este quadro ditatorial. Sabemos que estamos perante um quadro difícil de explicar. Sabemos que estamos constrangidos a realidades que não são as normais. Compete a partidos políticos, neste caso com a missão histórica que o PAIGC tem, apresentar um quadro que facilite essa decisão junto do povo. É o que nós tentamos fazer. Portanto, não estamos aqui numa avaliação de quem ganha. Estamos numa lógica de propor ao povo guineense uma solução que possa manter-nos activos na luta política para o restabelecimento da normalidade. É a primeira vez que o PAIGC se vê impedido de participar numas eleições na Guiné-Bissau. Estavam esgotadas todas as diligências na Justiça? E porque não o boicote em vez de apoiarem um candidato? Se estavam esgotadas? Eu estou inclinado em dizer-lhe que não. Até porque até este momento, enquanto falamos, não há nenhuma decisão do Supremo Tribunal de Justiça a dizer por que razão é que eu não sou candidato e a participar das eleições presidenciais. Portanto, nós conhecemos as regras e se há uma entidade que se devia sentir obrigada a respeitar as regras, devia ser o Supremo Tribunal de Justiça. Mas esta é a realidade que nós vivemos na Guiné-Bissau. Uma realidade em que é impossível convencer a plenária do Supremo, uma vez que os dossiers não chegam à plenária do Supremo. Portanto, esta é a realidade. Fala-me em boicote e eu garanto-lhe que nós consideramos essa opção. Mas o fenómeno boicote funciona bem e tem impacto nos países onde há uma prestação de contas, onde há um acompanhamento, onde a ética e a moral acompanham o exercício político. E, portanto, a partir de uma determinada fasquia de abstinência, se consideraria pouco legitimada a decisão popular. Mas nós sabemos o que temos em frente e sabemos que, mesmo que fossem só 10% dos guineenses a votar, Umaro Sissoco Embaló iria se autoproclamar como legítimo, plenamente reconhecido no cargo. Por isso é que depois de analisar todas as opções, os partidos que constituem a nossa coligação entendem manter-se no activo neste processo político e escolher ir ao combate e tentar, por via do Fernando Dias da Costa, que o povo guineense tenha a opção de poder derrotar Umaro Sissoco Embaló nas urnas. Esta decisão não pode, eventualmente, deixar o eleitorado guineense confuso. Como é que o PAIGC vai convencer os seus eleitores a votar em Fernando Dias? Trata-se de uma candidatura independente, mas Fernando Dias é o herdeiro do barrete vermelho de Kumba Ialá e representa uma ala do PRS. Até agora; PRS e PAIGC eram rivais políticos, deixaram de o ser? Obviamente que não. Até porque se estivéssemos a falar de eleições legislativas, estaríamos a falar de outra forma. Mas deixe-me expandir esta minha análise em três grandes momentos. Penso que há uma coisa que não deve surpreender aos guineenses, desde 2014 que eu fui escolhido para dirigir o PAIGC, em três ocasiões vencemos eleições legislativas e eu nunca deixei de convidar outros partidos, nomeadamente o PRS, a nos acompanhar na governação. Tanto em 2014 como em 2018, como em 2023. Portanto, há aqui um princípio estabelecido de juntar a família guineense e propor soluções que sejam nacionais. Por outro lado, é importante que as pessoas conheçam a própria resenha histórica, o PRS sai do PAIGC. No período da luta de libertação, aquele a que nós designávamos por combatente, juntava, de um lado, o político e, do outro, o guerrilheiro. Com o evento da independência e posteriormente com o fenómeno democrático, o PAIGC foi o partido que se sentiu obrigado a separar de novo o político do combatente, aquele que passou a ser membro das Forças Armadas. Essa imposição foi exclusiva ao PAIGC, o que levou a que muitos militantes do PAIGC, por força da sua pertença às Forças Armadas, abandonassem o PAIGC e isso favoreceu a criação do PRS. Portanto, pode ser que até esta circunstância venha a favorecer uma reunificação que poderia ter um impacto político importante. Há ainda um outro elemento que eu não considero menos importante: todo o guineense é obrigado a acompanhar os últimos seis anos, que são os anos do mandato de Umaro Sissoco Embaló. E compreender que, perante aquilo que nós temos vivido, que é a supressão quase total dos direitos fundamentais, não há sacrifício que não possa ser consentido. Nós estamos a convocar a nação guineense para, todos juntos, esquecermos um bocado as nossas diferenças e salvarmos aquilo que é essencial. Ou seja, pôr de lado as diferenças em nome de um bem maior. Absolutamente. Eu penso que não encontro dificuldade nenhuma em sustentar esta tese, porque esta tese corresponde àquilo que eu sempre representei no contexto político da Guiné-Bissau. Enquanto presidente do PAIGC vai participar na campanha eleitoral? Absolutamente. Sou um cidadão livre e militante de um partido que está a aportar o seu apoio a um candidato. E, portanto, obviamente que vou participar da campanha eleitoral. E não é uma campanha com sabor amargo por ter sido excluído da corrida? É muito amargo. Mas, tal como estou a convidar a nação guineense, devemos transformar esse amargo numa determinação para lutar e não o contrário. Devemo-nos mobilizar, devemos compreender que há uma coisa que não nos conseguem tirar, que é o direito ao voto. E esse voto deve servir de arma para, de facto, combater esta tentativa de impor tiranias no nosso país.
O convidado do JR ENTREVISTA desta quarta-feira (29) é o deputado federal Alfredo Gaspar (União-AL). À jornalista Tainá Farfan, ele fala sobre a CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), da qual é relator. Também comenta a Operação Contenção, realizada nessa terça-feira (28) pelas forças de segurança do Rio de Janeiro nos complexos do Alemão e da Penha. A ação resultou em ao menos 119 mortes.Instalada em 20 de agosto, a CPMI do INSS investiga um esquema de descontos ilegais em benefícios de segurados do Instituto. Gaspar afirma que a comissão está na primeira fase dos trabalhos. "Estamos na apuração do roubo bilionário — mais de R$ 6 bilhões de reais, de quase 9 milhões de aposentados e pensionistas. E, quando acabarmos essa etapa, iremos para a segunda linha de investigação, os desvios dos empréstimos consignados que envolvem diretamente instituições financeiras", declara. O relator ressalta que o esquema de desvios não tem cor partidária, pois, segundo ele, há décadas, não há fiscalização sobre a atuação de entidades associativas e financeiras em relação a beneficiários do INSS. "Desde 1993, 1994, quando começou a questão do acordo de cooperação técnica entre o Estado brasileiro e a Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura); e de 2003, quando começou a questão dos descontos e empréstimos consignados, nunca tinha havido fiscalização. Ou seja, eram as entidades e os bancos que diziam o valor e de quem descontar”, detalha o deputado. Na entrevista, Alfredo Gaspar — ex-promotor de Justiça e ex-secretário de Segurança Pública de Alagoas — também defende a megaoperação realizada por agentes de segurança na Zona Norte do RJ. Para ele, “havia a necessidade do embate”. "Não dá para o RJ ser um local para abrigar criminosos. Morreu muita gente envolvida em criminalidade, que já matou também nos tribunais de crime das organizações criminosas milhares de pessoas. Prefiro 1 milhão de bandidos mortos do que um policial de bem tombado pelas mãos assassinas da criminalidade", diz. O JR Entrevista também está disponível na Record News, no R7, nas redes sociais e no RecordPlus.
Co aplauso da plana maior do BNG comarcal, Olaia Ledo anunciou esta mañá oficialmente a súa renuncia a ser candidata nacionalista en Narón. Non se presentará á alcaldía nas vindeiras municipais de 2027 pero de momento manterá a súa acta de concelleira e o seu cargo de voceira do grupo na corporación. «Non vimos a vivir da política, temos claro que as persoas van e veñen pero os proxectos permanecen», asegurou, acompañada da responsable local Marta Grandal e da comarcal Pilar Lozano. A decisión de Olaia Ledo, despois de sete anos como concelleira, é «persoal e moi reflexionada, xa a puxen en coñecemento do Bloque hai tempo e ao longo prazo será o mellor para o partido en Narón». Iniciarase agora un proceso para nos vindeiros meses elixir a unha nova candidata ou candidato, «cando o BNG local está no mellor momento da súa historia a nivel de resultados, insisto en que non vimos a vivir da política senón a transformar a realidade; por iso é mellor marcharse cando as cousas van ben». Esta produtora audiovisual (Corcubión, 1981), que traballou en proxectos como o filme Prefiro condenarme de Margarita Ledo, asegura de todos modos que seguirá na política a nivel local e nacional: «Sabemos que no futuro Narón será un concello BNG», citando os casos de Fene ou San Sadurniño. Olaia Ledo, acompañada pola plana maior do BNG comarcal Torrente Con Ledo estiveron hoxe precisamente os alcaldes destas dúas localidades, Sandra Permuy e Secundino García Casal. Permuy tomou posesión como alcaldesa a metade do actual mandato, nun traspaso de poderes por parte do anterior rexedor Juventino Trigo. A responsable comarcal do partido, Pilar Lozano, recoñece que «a nivel nacional estamos traballando nas novas candidaturas e na comarca intentamos sacar o maior número de listas mesmo cun traballo de formación de candidatos desde hai xa dous anos; o BNG non ten teito e quere dar un paso de xigante». E sobre o actual mandato, Olaia Ledo recalca que «o goberno local de Terra Galega non ten ideas e perdeu investimentos, pero a oposición do PP e PSOE practica o canto peor para Narón mellor para eles... e nós apostamos por unha oposición construtiva que beneficie á veciñanza». Hoxe, tras falar con ela, Ledo insistiu en que o BNG local está “no mellor momento da súa historia” e que é tempo de abrir paso a novas lideranzas sen perder o rumbo político nin o compromiso coa veciñanza. Produtora audiovisual e militante de fondo, seguirá implicada na política local e nacional: “Narón será un concello BNG”.
Fez esta semana um ano que Odair Moniz, cidadão luso cabo-verdiano de 43 anos foi morto a tiro por um agente da Polícia de Segurança Pública na noite de 21 de Outubro de 2024 na Cova da Moura, na Amadora, nas imediações da capital portuguesa. Este acontecimento provocou na altura, vários dias de incidentes na zona de Lisboa, com os habitantes dos subúrbios a expressarem o seu descontentamento com o tratamento que lhes era reservado pelas autoridades. Um ano depois, são várias as organizações da sociedade civil que acusam o governo de nada ter feito para restabelecer a confiança entre os habitantes das periferias e as forças da ordem. A crispação é tanto mais palpável que o país tem estado a debater nestes últimos meses uma série de restrições a serem introduzidas tanto na lei de imigração como na lei de nacionalidade. É neste contexto particular que começou na quarta-feira o julgamento dos agentes policiais envolvidos na morte de Odair Moniz, um processo que cristaliza expectativas mas também questionamentos, com o réu principal a invocar que a vitima tinha na sua posse uma lâmina e que ele se sentiu ameaçado. Um dado que até agora não tinha vindo ao de cima e que na óptica de Rui Pena Pires, investigador ligado ao Observatório da Imigração em Portugal, é o prenúncio de que nunca se saberá ao certo o que aconteceu. RFI: O que se pode esperar do julgamento do caso Odair Moniz? Rui Pena Pires: Eu espero que o julgamento esclareça o que se passou. Prefiro sempre pronunciar-me sobre os resultados do julgamento e não a priori, e não fazer um incidente de suspeição antes do julgamento começar. Espero que esclareça bem o que se passou e que explique porque é que foi necessário recorrer a uma arma de fogo para resolver um problema que aparentemente não exigia nenhuma intervenção desse tipo. O Estado, nas sociedades democráticas, é a única entidade que tem poder de vida ou de morte, mas tem que usar com muita, muita parcimónia. Quando algum agente está envolvido na morte de alguém, essa morte tem que ser muito, muito bem explicada. Nós somos um país em que todas as polícias andam armadas com armas de fogo. Nem em todo o lado é assim. E essa é mais uma razão para que se exijam responsabilidades pelo uso das armas que são usadas no exercício das funções policiais. RFI: Durante o primeiro dia de julgamento, surgiu um dado novo: um dos réus afirmou que Odair Moniz tinha consigo uma lâmina e que ele considerou que ele representava uma ameaça à segurança dos agentes presentes. Rui Pena Pires: As versões que têm vindo a público sobre o que aconteceu têm mudado muito. E isso, por si só, não é uma boa notícia. Significa que nunca saberemos bem qual é o valor dessas declarações. Mas para isso existe o julgamento. Agora, há várias coisas que o julgamento não poderá fazer. Não faz parte do âmbito do julgamento. Não será no julgamento que se irá avaliar o treino e a formação que são dados aos agentes policiais para saberem reagir em situações em que haja alguma tensão, mesmo que resulte mais de percepções do que de perigos reais. Como sabemos, não será no julgamento que será discutido o uso sistemático de armas de fogo em todos os contextos, pelas forças de segurança e por aí adiante. E esses assuntos mereciam uma discussão, para além de se saber o que é que aconteceu naquele caso. Importava evitar que aqueles casos se repetissem. E para isso, se envolve outro tipo de discussões sobre o modelo de policiamento, sobre a formação dos agentes policiais, etc. etc. RFI: Na altura deste acontecimento houve uma série de manifestações e movimentos, inclusivamente, de revolta, nas imediações de Lisboa. Perante esta situação, o Governo prometeu ter mais atenção à situação dos habitantes dos subúrbios das grandes cidades, nomeadamente de Lisboa. Um ano depois, qual é o balanço que se pode fazer? Rui Pena Pires: Infelizmente, um ano depois, continuamos na mesma. Ou seja, houve um conjunto de revoltas que evidenciaram uma coisa, evidenciaram que as populações não têm confiança na actuação das forças policiais. E para ganhar essa confiança, eu não vi nenhuma iniciativa. Pelo contrário, o que se viram foram muitas vezes intervenções com transmissão em directo para as televisões e acções muito musculadas das forças policiais em contextos que não o justificavam e que estão a criar uma percepção de insegurança não só sobre a vida na cidade, mas sobretudo sobre a vida nos subúrbios, que não corresponde à realidade e que, no contexto de um aumento do discurso de ódio que caracteriza a ascensão da extrema-direita em Portugal, como noutros países da Europa, só irá agravar o mal-estar que existe na relação com a polícia. RFI: Um ano depois, Portugal está em pleno debate sobre a Lei de Imigração, a Lei de nacionalidade e há poucos dias ainda, foi adoptada na generalidade uma lei proibindo o uso da burca em locais públicos. O que é que se pode dizer sobre esta crescente crispação a nível político? Rui Pena Pires: Esta foi uma crispação que foi introduzida pelo crescimento da extrema-direita em Portugal. A extrema-direita em Portugal, como noutros sítios da Europa, encontrou na emigração bodes expiatórios para os problemas de mal-estar social que existem em qualquer sociedade mais ou menos desenvolvida. É um pouco irrelevante e tem vindo a produzir sobre a emigração um discurso de responsabilização dos emigrantes por tudo o que de mal acontece na sociedade portuguesa. As revisões das leis a que estamos a assistir são sobretudo o reflexo da adesão que este discurso de extrema-direita tem conseguido suscitar em importantes sectores do eleitorado. Primeiro, uma pequena minoria do eleitorado, mas hoje já numa fatia bastante maior do eleitorado nacional. Infelizmente, o centro-direita tem vindo a adoptar parcialmente como suas estas formas de actuação da extrema-direita. Um bom exemplo é o que aconteceu com a Lei da burca, aprovada na generalidade. O problema da burca não tem em Portugal qualquer dimensão social que justifique sequer que seja tratado. Já nem estou a falar sobre a forma como foi tratado. Não justifica pura e simplesmente ser tratado. Se o Estado intervém e produz leis, quando há, sobretudo todo e qualquer tipo de processo social microscópico, como é o caso burca em Portugal, rapidamente teríamos um Estado completamente totalitário no país. Portanto, esta utilização do discurso sobre a imigração para criar bodes expiatórios, para criar distracções, nós não estamos a discutir problemas complicados que existem em Portugal, como por exemplo, o problema do alojamento, que é um dos problemas mais importantes. Andamos entretidos com a agenda da extrema-direita que tem marcado a agenda política. Não havia nada que justificasse a alteração da lei da nacionalidade. A lei da nacionalidade pode ser mais perfeita, menos perfeita. Mas não há nada que vá melhorar com as mudanças que se estão a fazer ou discutir sobre a lei da Nacionalidade. Não é por as pessoas terem nacionalidade mais um ano depois ou um ano antes, que vai mudar qualquer coisa na integração dos imigrantes. Quer dizer, quando muito, aquelas mudanças que estão a fazer à lei da nacionalidade, o que evidencia é uma má vontade do Estado em relação à imigração e aos imigrantes, que terá consequências nos processos de integração dos imigrantes, que se sentirão mais afectados em relação à coesão nacional quando enfrentam este tipo de discurso negativo sobre si próprios. A lei da imigração precisaria de pequenos ajustes cirúrgicos, mas não de grandes alterações. E as alterações estão a ser feitas todas num clima emocional crispado, que era completamente desnecessário para resolver os problemas que existem na imigração, porque no caso, a imigração, a maior parte dos problemas têm pouco a ver até com a lei. Têm muito mais a ver com as políticas públicas de imigração. Há uma grande imigração irregular em Portugal. Porquê? Basicamente porque o sistema de vistos em Portugal nunca funcionou. Porque a regulação do mercado de trabalho em Portugal é fraca. E nenhum desses problemas encontra resposta nas alterações feitas à lei da nacionalidade. Aliás, não se resolve através da lei. Resolve-se através dos modos de funcionamento da administração pública. São leis que entraram no debate por esta capacidade que extrema-direita tem demonstrado em Portugal, infelizmente, de comandar a construção de uma agenda política. RFI: E lá está, o facto de a direita conservadora ter vindo a colar-se cada vez mais à agenda da extrema-direita é uma questão de convicção ou é um cálculo político? Rui Pena Pires: Às vezes não sei. Eu penso que, nalguns casos, nalguns agentes da direita conservadora, é uma questão de cálculo. Mas às vezes, não sei se noutros casos, para alguns outros dirigentes da direita clássica, não é mesmo uma mudança de convicções. E isso é algo que, apesar de tudo, me assusta mais do que a primeira alternativa. Acho que a primeira alternativa é um erro de cálculo. Acho que a segunda é mais grave, porque significa que começam a ser mais generalizadas as ideias que ainda há pouco tempo eram de uma minoria, mesmo muito pequena, dos actores políticos. RFI: Qual é o papel que têm desempenhado os contrapoderes, nomeadamente não só as associações, como também, e sobretudo, os órgãos de comunicação social em Portugal? Rui Pena Pires: O movimento associativo em Portugal é fraco e, portanto, tem procurado responder, mas não tem tido grande poder para construir uma resposta mais robusta. O papel dos órgãos de comunicação social é muito variado. Agora, aquilo que são alguns dos órgãos de comunicação social com maiores audiências, quer ao nível de imprensa, quer ao nível televisivo, para falar apenas dos media tradicionais, tem facilitado o desenvolvimento da extrema-direita e a extrema-direita procura sempre criar situações de grande tensão emocional que dão um bom espectáculo e muitos órgãos de comunicação social têm andado atrás desse espectáculo. E isso de uma forma completamente desequilibrada. Há uma jornalista no Público que faz o levantamento de vários modos de operação de outros jornais e de outros órgãos de comunicação social e que está farta de chamar a atenção para o peso completamente desproporcionado, por exemplo, que tem a exposição mediática do André Ventura, líder do Chega, quando comparada com a intervenção dos outros líderes partidários, mesmo quando esses líderes partidários lideram movimentos mais fortes que aqueles que são liderados pelo André Ventura. E, portanto, eu espero que os media no futuro não sejam apontados ou pelo menos uma parte dos média, para ser rigoroso, não venha a ser apontada como tendo contribuído para a erosão da democracia que é provocada por este crescimento da extrema-direita.
LEITURA BÍBLICA DO DIA: 2 CORÍNTIOS 3:1-6 PLANO DE LEITURA ANUAL: SALMOS 140–142; 1 CORÍNTIOS 14:1-20 Já fez seu devocional hoje? Aproveite e marque um amigo para fazer junto com você! Confira
Nesta segunda parte da conversa do podcast “A Beleza das Pequenas Coisas”, a escritora e cronista Madalena Sá Fernandes fala dos seus próximos livros, do que lá vai dentro e de como escreve contra o relógio, contra o ruído, contra a dispersão, e como cada parágrafo exige uma negociação com a vida prática. Discorre também sobre a importância do silêncio, da solidão e dos retiros de escrita, momentos raros de fuga às rotinas da maternidade e outros compromissos que lhe devoram o tempo. E dá conta de como ninguém está a salvo de repetir padrões familiares, como chegou a acontecer consigo numa relação amorosa abusiva que viveu há uns anos, já na idade adulta. Um tema sobre o qual Madalena promete refletir mais na sua literatura. A escritora revela estar a viver uma fase mais luminosa e assume vivenciar a alegria como um ato de resistência. A autora desvela como vive a angústia da crónica em branco e como a tragédia dos fogos no país chegou a atingir uma parte da família, que viu o seu ganha pão destruído. No final, Madalena partilha as músicas que a acompanham e lê um excerto de um dos seus autores preferidos. Boas escutas!See omnystudio.com/listener for privacy information.
Landwirte leiden unter steigenden Erntekosten: Prefiro will die Ernte durch Automatisierung vergünstigen. Das Startup hat sich auf grünen Spargel spezialisiert. Der ist laut dem Mitgründer und CEO von Prefiro, Lorenzo Di Leo, ein Wachstumsmarkt. Wie die Technologie der Gewinner des t3n Startup Awards bei data:unplugged 2025 funktioniert und welche Ziele sie haben, erzählt Di Leo im Gespräch mit t3n-Interview-Host Stella-Sophie Wojtczak. _Hinweis: Dieser Podcast wird von einem Sponsor unterstützt. Alle Infos zu unseren Werbepartnern findest du [hier](https://linktr.ee/t3npodcast)_.
Dar Voz a esQrever: Pluralidade, Diversidade e Inclusão LGBTI
O DUCENTÉSIMO TRIGÉSIMO OITAVO EPISÓDIO do Podcast Dar Voz A esQrever
Ministração realizada no dia 21 de Junho de 2025
"Deixa acontecer, naturalmente"Poucos sabem, mas esse trecho da música foi inspirado numa formação de pauta do DNL.E nesse não foi diferente.Filmografia de Nicolas Cage, Calabreso alcoólico, Black Mirror, açougueiro de peixe e até o famoso Matigão.Tá bom ou quer mais?Apoie o DNL e obtenha benefícios - https://www.apoia.se/doisnalonaContribua de forma livre com qualquer valor para ajudar a manter o DNL, através da chave pix:doisnalona@gmail.comVista o Dois na Lona - https://www.royalbrandstore.com.br/dois-na-lonaPara apoiar o DNL, adquirir nossas camisas e nos seguir nas outras redes sociais, acesse o link da bio no IG!ANUNCIE no DNL ou mande seu email para o Fala que eu te chuto:doisnalona@gmail.comEdição por Adonias Marques @marques_editorLista dos apoiadores mais porradeiros: Adriano Belaguarda de Aquino, Antonio Ochôa, Colombo Dionatan, Eraldo Luiz Lehmann, Roberto Higino Leite, Estênio da Silva Leite, Paulo Henrique Dizioli Novelletto, Thiago Ferenz Martins, Guilherme Loures Martins, José Carlos Cazarin Filho, Michele dos Santos, Ricardo Rocha, Jaqueline de Souza Oliveira, Eduardo Rufino de Sena Gastal, Rubens Chagas Júnior, Jaime de Lima Geraldo Junior, Diego Vasconcelos Belmont, Elian de Oliveira Duarte.
Há vozes que não se apagam com o silêncio.Há presenças que permanecem, mesmo depois da partida.E há palavras que não foram feitas apenas para serem ouvidas… mas para serem vividas.Hoje, a mensagem do dia é um tributo à sabedoria deixada por um homem que marcou o mundo com gestos de humildade, compaixão e coragem: Papa Francisco. 1. “Não deixem que vos roubem a esperança.” 2. “A verdadeira fé em Jesus leva a sair de si mesmo, para ir ao encontro do outro.” 3. “Prefiro uma Igreja acidentada, ferida e enlameada por ter saído pelas estradas, do que uma Igreja doente pelo fechamento e pela comodidade de se agarrar às próprias seguranças.” 4. “Cuidar da Terra é cuidar da humanidade.” 5. “Ser pobre no espírito é ter um coração livre de apegos, disponível para Deus e para os irmãos.”Palavras que não envelhecem.Que seguem, como luz em estrada escura.Se há um legado que vale ser lembrado, é aquele que nos convida a amar mais, julgar menos, e viver com propósito.Papa Francisco partiu. Mas o que ele disse… fica.
Há vozes que não se apagam com o silêncio.Há presenças que permanecem, mesmo depois da partida.E há palavras que não foram feitas apenas para serem ouvidas… mas para serem vividas.Hoje, a mensagem do dia é um tributo à sabedoria deixada por um homem que marcou o mundo com gestos de humildade, compaixão e coragem: Papa Francisco. 1. “Não deixem que vos roubem a esperança.” 2. “A verdadeira fé em Jesus leva a sair de si mesmo, para ir ao encontro do outro.” 3. “Prefiro uma Igreja acidentada, ferida e enlameada por ter saído pelas estradas, do que uma Igreja doente pelo fechamento e pela comodidade de se agarrar às próprias seguranças.” 4. “Cuidar da Terra é cuidar da humanidade.” 5. “Ser pobre no espírito é ter um coração livre de apegos, disponível para Deus e para os irmãos.”Palavras que não envelhecem.Que seguem, como luz em estrada escura.Se há um legado que vale ser lembrado, é aquele que nos convida a amar mais, julgar menos, e viver com propósito.Papa Francisco partiu. Mas o que ele disse… fica.
Culto de Celebração 19h15
El Concello de Ferrol, a través de la concellería de Igualdade e Muller, ha organizado una serie de actividades para conmemorar el Día Internacional de la Mujer, 8 de marzo. Las actividades comenzarán el viernes 7 de marzo con la lectura de la declaración institucional a las 12:00 horas, bajo el lema "Derechos, igualdad y empoderamiento: Para todas las mujeres y niñas". A lo largo del día, se llevará a cabo la actividad "Rompendo teitos de cristal" en el rocódromo de A Malata (18:00-20:00) y, a las 19:00 horas, se celebrará la entrega del XVII Galardón 8M al arquitecta y artista visual Ana Amado en el teatro Jofre. También habrá un espectáculo itinerante de microteatro en locales de hostelería el viernes 7 (21:00-23:45) y sábado 8 (12:00-15:00), y el 12 de marzo se representará la performance "VidAs AsomadAs" en el centro cultural Torrente Ballester. El jueves 13 de marzo, se proyectará el cortometraje "Lola, Lolita, Lolaza" en el Hospital Naval, seguido de un coloquio con su directora, Mabel Lozano. El mismo día, en el teatro Jofre, se podrán ver los cortometrajes "Ava" y "Biografía del cadáver de una mujer", ambos ganadores de los premios Goya. El 21 de marzo, la programación llegará al rural de Ferrol con la proyección del documental Prefiro condenarme en la asociación vecinal de Pazos. Además, hasta el 27 de marzo, se realizarán los roteiros Ferrol en Feminino dirigidos a centros educativos. Finalmente, los puntos violeta estarán activos el 8 de marzo en el Parque Ferrol y el 15 de marzo en la plaza de Armas. También se exhibirán pancartas conmemorativas en el Concello de Ferrol y el teatro Jofre, y varios equipos deportivos locales mostrarán su apoyo al 8M.
Devocional do dia 01/03/2025 com o Tema: "No escuro" Não gosto de escuridão. Prefiro sempre que tenha alguma luz, mesmo que bem fraquinha, iluminando o ambiente. Nos dias mais tristes e angustiantes do luto e da pandemia, uma das coisas que mais me lembro era do escuro. Leitura bíblica: Salmo 31.7-16 Versículo Chave: Tu, SENHOR, manténs acesa a minha lâmpada; o meu Deus transforma em luz as minhas trevas (Sl 18.28).See omnystudio.com/listener for privacy information.
A análise da actualidade do mundo da F1. Com Inês de Oliveira Martins, Guilherme Nunes e João Salviano. Onde falamos apaixonadamente de F1! Podcast: https://linktr.ee/VFF1 Patreon: https://www.patreon.com/vff1 Bola: https://www.abola.pt/search?q=Vamos%20Falar%20de%20FUm Twitter: https://twitter.com/VamosFalardeFum Instagram: https://www.instagram.com/vamosfalardefum Canal de WhatsApp: https://whatsapp.com/channel/0029VaDuq7KId7nTEUhbWq3R Grupo de WhatsApp: https://chat.whatsapp.com/J3HKVX5qXYBILlQCtdjTDo
Nos últimos anos, a interseccionalidade se popularizou. A palavra aparece no título de vários livros, em documentos oficiais de governos e até em artigos de opinião analisando o Big Brother, publicados em revistas de grande circulação, mas afinal o que é a interseccionalidade? Qual a origem dessa ideia? E como aplicá-la? Esse episódio, que inaugura nossa linha de breves introduções incendiadas, buscará responder essas questões. O objetivo não é esgotar o assunto, mas oferecer uma introdução rápida, porém de qualidade, além de indicar uma trilha de leitura. Para aprofundar o estudo: AKOTIRENE, Carla. Interseccionalidade. São Paulo: Pólen, 2019.BILGE, Sirma. Intersectionality Undone: Saving Intersectionality from Feminist Intersectionality Studies. Du Bois Review: Social Science Research on Race, v. 10, n. 2, p. 405–424, ed 2013. COLLINS, Patricia Hill. Intersectionality as critical social theory. Durham: Duke University Press, 2019. COLLINS, Patricia Hill; BILGE, Sirma. Interseccionalidade. São Paulo: Boitempo Editorial, 2021. CRENSHAW, Kimberlé. Demarginalizing the Intersection of Race and Sex: A Black Feminist Critique of Antidiscrimination Doctrine, Feminist Theory and Antiracist Politics. University of Chicago Legal Forum, v. 1989, n. 1, p. 139–167, 1989. CRENSHAW, Kimberlé. Documento para o encontro de especialistas em aspectos da discriminação racial relativos ao gênero. Estudos feministas, Florianópolis, v. 1, 2002. CRENSHAW, Kimberlé. Mapping the Margins: Intersectionality, Identity Politics, and Violence against Women of Color. Stanford Law Review, v. 43, n. 6, p. 1241–1299, 1991. HANCOCK, Ange-Marie. Intersectionality: an intellectual history. New York, NY: Oxford University Press, 2016 HIRATA, Helena. Gênero, classe e raça Interseccionalidade e consubstancialidade das relações sociais. Tempo Social, v. 26, p. 61–73, jun. 2014. KERGOAT, Danièle. Dinâmica e consubstancialidade das relações sociais. Novos estudos CEBRAP, p. 93–103, mar. 2010. PUAR, Jasbir. “Prefiro ser um ciborgue a ser uma deusa”: interseccionalidade, agenciamento e política afetiva. Meritum, Revista de Direito da Universidade FUMEC, 2013. YUVAL-DAVIS, Nira. Intersectionality and Feminist Politics. European Journal of Women's Studies, v. 13, n. 3, p. 193–209, 1 ago. 2006.
Programa emitido o sábado 30 de novembro, contamos coas Nova da semana, Movendo Marcos, O Deporte Galego. Tamén tivemos unha entrevista con Margarita Ledo Andión co gallo do estreno do seu novo filme "Prefiro condenarme".
A vida recompensa quem se movimenta, quem erra tentando, quem sonha alto e age com intensidade. É melhor ter que moderar alguém cheio de energia, paixão e iniciativa do que empurrar alguém que não tem coragem de sair do lugar. Os "loucos" podem errar, mas ao menos estão na arena, lutando por algo. Já os "sonsos" ficam parados, esperando que algo aconteça. No fim, quem faz a diferença não é o mais perfeito, mas o mais disposto. Então, escolha ser intenso, correr riscos, ousar. Porque o mundo não muda com quem assiste, mas com quem age. Se for pra errar, que seja por excesso de vontade! Entra pra RACHAR!
Senhor, sei que, se tiver paciência, serei mais completo. Sei que a ira destrói minha vida. Prefiro ter paciência em todas as coisas para que consiga […]
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Cada xoves falamos de igualdade, rural, empoderamento, emprendemento e cultura. Hoxe visítanos Luis Rivadulla para falarnos de CINENCONTROS 25N 🔊"É unha película moi interesante para ver e moi propia para o 25N". 🔊"Neste Cinencontros poderemos contar coa directora da película. Todo o mundo ten moito interese en vir á Estrada, polo trato que lle damos ao cine galego". 🔊"Unha semana despois deste cinencontros teremos outra sesión neurodiversa". 🎞Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=Zq7dI6Q-uOU A historia de mil caras de Sagrario, mariscadora na ría de Ferrol, confróntanos cunha nai díscola, unha órbita familiar en perpetuo desasosego e un xuízo por adúltera aos 33 anos, en 1972, por mor dunha filla que ten co seu amante, un carpinteiro “digno de querer”. Tal unha nova Antígona, Sagrario colócase fóra da regra e ao desobedecer reivindica, canda a lei non escrita, o desexo. No fondo, a igualdade coas de “arriba” que ninguén critica. 👉 Máis Información de MINICINES CENTRAL: ✔️ Páxina Web: http://www.rutadecomunicaciones.com/minicines/ ✔️ Facebook: https://www.facebook.com/Minicines-Central-396861087069516/ ✔️Instagram: https://www.instagram.com/minicinescentral/ ✔️ Teléfono: (+34) 616165713 👉 Máis Información da ASOCIACIÓN DE IGUALDADE E MULLERES DA ESTRADA: ✔️Facebook: https://www.facebook.com/profile.php?id=100057569194703 👉 Máis Información de MULLERES QUE PODEN ✔️Facebook: https://www.facebook.com/profile.php?id=100057202191221 🎙️ "SUSCRÍBETE" ao podcast👍 📢 MÁIS ENTREVISTAS: https://www.ivoox.com/podcast-salta-da-cama_sq_f1323089_1.html 👉Máis Información e outros contidos: ✔️Facebook: https://www.facebook.com/PabloChichas ✔️Twitter: https://twitter.com/pablochichas ✔️Instagram: https://www.instagram.com/pablochichas/ ✔️Clubhouse: @pablochichas ✔️Twich: https://www.twitch.tv/pablochichas
Empezamos con Cultura Rápida y las últimas noticias de hoy. Margarita Ledo Andión nos ha presentado su película documental 'Prefiro condenarme', que nos cuenta la historia de Sagrario Ribela Fra. Una mariscadora que es llevada ante el juzgado por adulterio y contra todo pronóstico es absuelta, algo que condicionará su vida a partir de ese momento. Ha estado con nosotros Ramon Lluís Bande, que nos presenta un montaje audiovisual de no ficción titulado 'Retaguardia' que nos traslada hasta la guerra civil en Asturias en el año 1937. Una reconstrucción de películas que pudieron rodarse en aquella época y que se acerca al cine de propaganda que pudo desarrollar el equipo periodístico del diario socialista Avanza. Y en Barra Libre de Aloma Rodríguez exploramos 'Spain' de Care Beilin, un libro en el que la narradora acude a una residencia literaria en Andalucia huyendo de una relación, de pensamientos intrusivos con su padre y de Estados Unidos. Escuchar audio
Margarita Ledo Andión nos ha presentado su película documental 'Prefiro condenarme', que nos cuenta la historia de Sagrario Ribela Fra. Una mariscadora que es llevada ante el juzgado por adulterio y contra todo pronóstico es absuelta, algo que condicionará su vida a partir de ese momento. Escuchar audio
Todas as vivências e pensamentos em 40min de podcast? Sim. Prefiro ser convidado para festivais do que para discotecas, tive uma semana de muito azar, não tenho acompanhado tanto a pré época como gostava, entre outros bons temas tais como HAT-TRICK DE FESTIVAIS. Espero que ao ouvirem me tragam sorte cuz i need it. Espero que gostem!
Pai, sei que, se tiver paciência, serei mais completo. Sei que a ira destrói minha vida. Prefiro ter paciência em todas as coisas para que consiga […]
Para fechar lacunas vou meter essa! Um poema muito bonito e muito importante para minha pessoa e não é do Pessoa, como muitas pessoas acham. Sua vinda aqui já é de grande importância pra mim, mas se vc puder pingar um PIX, para pix@oraposofalante.com.br, fique muitíssimo (a) à vontade. A seguir o poema de José Régio; Cântico Negro Vem por aqui" — dizem-me alguns com os olhos docesEstendendo-me os braços, e segurosDe que seria bom que eu os ouvisseQuando me dizem: "vem por aqui!Eu olho-os com olhos lassos,(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)E cruzo os braços,E nunca vou por ali... A minha glória é esta:Criar desumanidades!Não acompanhar ninguém.— Que eu vivo com o mesmo sem-vontadeCom que rasguei o ventre à minha mãe Não, não vou por aí! Só vou por ondeMe levam meus próprios passos...Se ao que busco saber nenhum de vós respondePor que me repetis: "vem por aqui!"?Prefiro escorregar nos becos lamacentos,Redemoinhar aos ventos,Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,A ir por aí... Se vim ao mundo, foiSó para desflorar florestas virgens,E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!O mais que faço não vale nada. Como, pois, sereis vósQue me dareis impulsos, ferramentas e coragemPara eu derrubar os meus obstáculos?...Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,E vós amais o que é fácil!Eu amo o Longe e a Miragem,Amo os abismos, as torrentes, os desertos... Ide! Tendes estradas,Tendes jardins, tendes canteiros,Tendes pátria, tendes tetos,E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...Eu tenho a minha Loucura!Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém!Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;Mas eu, que nunca principio nem acabo,Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo. Ah, que ninguém me dê piedosas intenções,Ninguém me peça definições!Ninguém me diga: "vem por aqui"!A minha vida é um vendaval que se soltou,É uma onda que se alevantou,É um átomo a mais que se animou...Não sei por onde vou,Não sei para onde vouSei que não vou por aí!
Decorre esta semana o evento “Mulheres, Literatura e Natureza”, um encontro promovido pela Business as Nature e a editora Exclamação. O colóquio insere-se no Movimento das Mulheres pelo Clima da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa e tem como objectivo destacar o papel das mulheres na construção de uma sociedade mais inclusiva e sustentável. Decorre esta semana o evento “Mulheres, Literatura e Natureza”, um encontro promovido pela Business as Nature e a editora Exclamação. O colóquio insere-se no Movimento das Mulheres pelo Clima da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa e tem como objectivo destacar o papel das mulheres na construção de uma sociedade mais inclusiva e sustentável. Susana Viseu, presidente da organização não-governamental Business as Nature, defende que este evento serve para trazer para a linha da frente “a intervenção das mulheres nas diferentes áreas da sociedade e aqui também nas causas de conservação da natureza". RFI: “Mulheres, Literatura e Natureza”, que evento é este?Susana Viseu, presidente da Business as Nature:Este é um evento que vamos realizar no dia 05 de Junho, Dia Mundial do Ambiente, em Lisboa e, depois, vamos repetir no Porto, no dia 07 de Junho.Em Lisboa, vamos realizá-lo na Biblioteca do Palácio das Galveias e o objectivo é envolver mulheres que têm diferentes actividades, quer seja na literatura e na importância da literatura e dos movimentos artísticos naquilo que é a conservação da natureza e nas questões do activismo ambiental e climático e, também, as questões do empoderamento feminino e da importância das mulheres na liderança.Daí, termos um painel em que vai ser lançado um livro de uma mulher indígena, Eva Potiguara, da tribo das Potiguara, mulheres indígenas da Amazónia, que reflecte a luta na autodeterminação da mulher indígena e, portanto, também aquilo que foi a luta deste grupo de activistas na floresta amazónica contra a exploração do petróleo e a sobreexploração da floresta. Depois, vamos ter um painel dedicado à Rede das Guardiãs da Natureza, um projecto que a Business as Nature lançou no ano passado, em parceria com o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas e com o apoio do Fundo Ambiental, e que se desenrolou de norte a sul do país, em várias áreas protegidas. Vamos trazer mulheres-guardiãs de diferentes áreas protegidas em Portugal, desde o litoral norte de Esposende, a Ria Formosa, o Estuário do Sado, o Vale do Guadiana, a Serra da Estrela pelo Brasil, Dunas de São Jacinto e Montesinho. Portanto, umas mulheres vão intervir no evento na região norte e outras vão intervir no evento em Lisboa.Teremos também um painel ligado à literatura. A literatura como cimento cultural das minorias, em que pretendemos trazer a importância da escrita nesta defesa do património cultural. Neste caso, por exemplo, na região norte, vamos trazer a língua e a cultura mirandesa, mas também a cultura de minorias, como uma advogada de cultura e etnia cigana, como vários representantes de minorias, que também através da manifestação cultural e em especial da literatura, trazem para a praça pública aquilo que são as preocupações e o respeito pelos seus valores culturais. Temos também um painel de mulheres na liderança de empresas e dos desafios que estão relacionados com os indicadores de sustentabilidade (Environmental, Social and Governance). Que cada vez mais são uma exigência europeia dos balanços não financeiros por parte das empresas. Vamos também ter um painel de mulheres líderes empresariais para discutir este tema. Por fim, vamos ter uma tertúlia, uma conversa descomprometida sobre os desafios das políticas ambientais para a próxima década, trazendo diferentes gerações, diferentes visões sobre aquilo que são as políticas ambientais, para podermos projectar os próximos tempos em termos das questões de ambiente, alterações climáticas, conservação da natureza, etc. Terminamos em beleza, com o momento musical, com uma banda relacionada com o Brasil, com as comunidades indígenas e com a possibilidade de visionar o filme “A Flor do Buriti” de João Salaviza, que traz de uma forma muito expressiva e muito sentida daquilo que são as lutas das comunidades indígenas na Amazónia. Como é que se chega a este encontro? Mulheres e natureza é uma relação óbvia. Cada vez se fala mais do próprio papel da mulher no combate às alterações climáticas, mas também do facto de ser a mulher e a menina as que mais sofrem com as alterações climáticas. Como é que se junta aqui a questão da literatura?Desde sempre, até descobertas recentes o concluíram, até nas pinturas rupestres foram as mulheres que primeiro começaram a fazer a representação artística daquilo que eram as caçadas e as vivências do quotidiano na altura do Neolítico.De facto, as mulheres têm sempre muito presente esta questão da sensibilidade artística, embora tenha sido pouco revelada ao longo da história. Sabemos que no século XIX e meados do século XX, muitas vezes, as mulheres escreviam sobre um pseudónimo masculino porque se achava que as mulheres não tinham a capacidade para serem escritoras e para viverem da escrita.Nós queremos trazer para a linha da frente, cada vez mais, aquilo que é a intervenção das mulheres nas diferentes áreas da sociedade, da economia, das artes, na literatura… Também porque a literatura sempre foi, nos movimentos e nas correntes transformadoras da sociedade, uma forma fundamental de transmitir as ideias, de fazer com que mais movimentos se juntassem em torno dessas causas. E aqui também nas causas da conservação da natureza, da protecção do ambiente. A escrita das mulheres que escrevem sobre a natureza e com a natureza são fundamentais para aumentar a ligação a estas causas. Quais são os desafios das políticas ambientais para a próxima década? Um dos grandes desafios prende-se mesmo com a necessidade de envolver as populações naquilo que são as causas ambientais. E nós estamos a sentir, a nível da Europa, que é o líder, digamos assim, mundial em termos das políticas ambientais, um risco de algum retrocesso dos avanços que foram desenvolvidos, até devido daquilo que são os processos de negacionismo, de subida dos extremismos, seja de extrema-direita, seja de extrema-esquerda, que têm visões muito negacionistas da própria ciência e que podem levar a esses retrocessos.A mim preocupa-me que o norte global não estabeleça a necessária cooperação multilateral com os países em desenvolvimento, o chamado sul global. Porque sendo estes problemas transnacionais, que não se resolvem só com políticas de um determinado bloco, seja o europeu, sejam outros, é fundamental esta cooperação. Sem ela não conseguimos realmente implementar os avanços necessários para esta transição. E, depois, temos de compreender também as necessidades destes povos, não olhar para as necessidades destes povos à luz daquilo que é a nossa realidade de países desenvolvidos europeus. Mas com os óculos deles, não com as nossas lentes. É isso, o que às vezes é muito difícil. E é muito difícil nós, às vezes, compreendermos as necessidades dos diferentes grupos e os interesses dos diferentes grupos, que são muitas vezes legítimas.O desafio é tentar compatibilizar todas estas visões e todos estes interesses, de forma a encontrar soluções que sejam equilibradas, não só para a preservação ambiental, mas também para as pessoas. Não podemos esquecer aqui este elemento para as sociedades, para o combate à pobreza, para evitar a exclusão social de mais pessoas neste processo de transição. Portanto, isto para mim é um grande desafio e todas estas temáticas espero que sejam trazidas neste neste painel. Estamos a menos de meio ano da COP29, que vai ser realizada em Novembro, em Baku, no Azerbaijão. Qual é o ponto da situação? O que é que já está a ser preparado e o que é que se pode esperar desta COP, realizada novamente num país produtor de petróleo? Sim, este até bastante mais do que no caso do Dubai, Emirados Árabes Unidos. No Azerbaijão, cerca de 70% do PIB do país é efectivamente baseado no petróleo e gás. Acho importante trazer os diferentes interesses, nomeadamente os interesses do petróleo e gás para cima da mesa. Prefiro que eles estejam na mesa a debater de forma aberta os seus interesses e a tentar encontrar compromissos, do que, como no passado, estarem a tentar influenciar por detrás, mas sem qualquer transparência. Dissimulados?Dissimulados. Prefiro que seja transparente, que seja assumido. Que cada um diga ao que vem, que sejam conhecidos os interesses de cada um, até para que depois nós, nas soluções que resultam da negociação, podermos ter uma visão mais clara de como é que se equilibram as diferentes partes.Neste momento, vão decorrer as reuniões preparatórias da COP29 em Bona, na Alemanha, onde estaremos presentes para participar nestas sessões preparatórias, em especial nas sessões dedicadas à revisão do Plano de Acção de Lima.Esta COP29 vai ter um foco muito importante nesta questão do nexo Gender and Climate [Género e Clima]. O Plano de Acção de Lima, que foi estabelecido na COP de Lima [COP20, Dezembro de 2014 ]vai ser revisto este ano em Baku e, portanto, os Estados que assumiram o compromisso têm que agora mostrar o que é que fizeram entretanto e como é que vão assumir de uma forma efectiva o envolvimento das mulheres e das meninas na acção climática; como é que vão proteger estes grupos que são, de facto, os mais vulneráveis às alterações climáticas. Portanto, este vai ser um ponto forte no qual nós esperamos que possam haver avanços e que possam haver compromissos mais efectivos por parte dos diferentes Estados.Espera-se, também, avanços relativamente ao Fundo das Perdas e Danos, e que é importante perceber o que é que tem vindo a ser feito para operacionalizar esse instrumento e também haver mais contribuições para esse fundo, para que ele possa realmente permitir aos Estados que já estão a ser afectados pelas alterações climáticas, ter a devida compensação e as medidas que permitem a adaptação. Esta questão da adaptação é um foco relevante.Depois estamos a meio caminho para 2030 e nesse sentido, é muito relevante perceber os avanços que podem ser estabelecidos ao nível dos compromissos dos países. Seguramente não iremos conseguir cumprir a meta de 1,5, mas ver se se consegue, pelo menos, atingir compromissos que não excedam o ponto de não retorno naquilo que são as alterações do sistema climático.
Em comunicado emitido nesta quarta-feira, a Human Right Watch afirmou que o grupo armado que atacou na sexta e sábado passados a vila de Macomia em Cabo Delgado, no norte de Moçambique, usou crianças soldado para invadir e pilhar a localidade. A ONG de defesa dos Direitos Humanos que se baseia em testemunhos locais, estima que pelo menos 20 crianças participaram na ofensiva, não sendo contudo claro se também estiveram envolvidas nos próprios combates contra as forças governamentais no terreno. Ao recordar que "usar crianças com menos de 15 anos em conflitos, por si, é um crime de guerra", Zenaida Machado, investigadora sénior da Human Rights Watch e autora da pesquisa, sublinha que "o Estado moçambicano tem a responsabilidade de proteger estas crianças".Questionada sobre o facto de este novo ataque ter acontecido numa altura em que começam a sair gradualmente do terreno as forças da SADC que estão envolvidas desde Julho de 2021 no combate ao terrorismo juntamente com as forças governamentais, a investigadora relembra que é o Estado moçambicano que "tem competência e autonomia para decidir a quem deve solicitar ajuda para garantir que os moçambicanos e todos os outros residentes no território possam usufruir do direito à segurança".Neste sentido, a investigadora e activista dos Direitos Humanos apela para que o governo tome as suas decisões nesta matéria "tendo em conta as condições no terreno, depois de também fazer consultas com as comunidades e acima de tudo, quando tiver controlo total da situação".RFI: A Human Rights Watch contactou diversos moradores de Macomia durante o ataque. Que cenário lhe descreveram?Zenaida Machado: É um cenário com muitas nuances. Primeiro, porque as pessoas descrevem que o grupo quando entrou na vila, conversava com a população e explicou-lhes que não tinha intenção de atacar as pessoas. A intenção deles era irem buscar comida. Temos o caso de residentes que decidiram, mesmo assim, fugir porque já tinham experimentado as mesmas situações em ocasiões anteriores e, por questão de segurança, preferiram retirar-se da zona e irem esconder-se nas matas. Mas também conversamos com pessoas, por exemplo, que decidiram ficar e assistir ao decorrer dos eventos. Uma coisa é certa: independentemente do que os insurgentes tenham dito às pessoas, a sua chegada a Macomia tornou-se, em algum ponto, uma acção violenta e com sérios riscos para a vida humana, porque eles atacaram posições das forças de defesa e segurança. Estavam numa acção de pilhagem em que estavam a retirar produtos e mantimentos que pertencem aos residentes. Isto por si já é um crime, um abuso de Direitos Humanos. Estavam também a levar mantimentos que estão guardados em armazéns de agências humanitárias. Portanto, estes produtos estão ali para ajudar as pessoas deslocadas e pessoas necessitadas. Para quem não sabe, estas são zonas de difícil acesso por causa do conflito e o que está nos armazéns deve durar algum tempo para permitir ajudar a quem precisa. Se os insurgentes vão para lá para retirar estes mantimentos, torna o processo de trabalho das agências humanitárias um pouco difícil. Então, é uma mistura de sentimentos. Há os que se sentiram mais confiantes e ficaram a assistir ao que se estava a passar, mas a maior parte da população e residentes daquela zona decidiu fugir e esconder-se na mata durante 24 horas até sábado, quando regressaram às suas casas, porque os insurgentes já se tinham retirado da aldeia. O que nós sabemos, nesta fase, é que há pessoas mortas. Há pelo menos 10 pessoas mortas. Na sua maioria são soldados, mas também há civis entre os mortos, o que demonstra que as 24 horas em que os insurgentes estiveram em Macomia, apesar de terem dito que não iam atacar os residentes, foram efectivamente 24 horas de violência. RFI: Tem-se noção de quantas crianças poderão ter participado nas acções de pilhagem ou eventualmente até nas acções armadas durante o ataque a Macomia?Zenaida Machado: A informação que nós temos, nesta fase, é que o grupo que foi invadir Macomia dividiu-se em três: um que estava a combater as posições das forças de defesa e segurança, outro que bloqueou os principais acessos e, depois, tivemos relatos de que surpreenderam violentamente as forças que foram enviadas para ajuda de reforço. Entretanto, houve outro grupo que esteve dentro da cidade a fazer as pilhagens. Nós não temos, nessa fase, como verificar se o grupo que esteve a confrontar-se com as Forças de Defesa e Segurança ou esteve, por exemplo, a tentar distrair as forças de apoio que se aproximavam de Macomia, se continha crianças. Podemos confirmar que o grupo que esteve em acções de pilhagem dentro do posto administrativo continha pelo menos 20 crianças, que foram os números que as pessoas puderam dizer. Mas nós acreditamos que sejam muito mais. Pelo menos uma das crianças foi reconhecida e é uma criança que tem 13 anos. A legislação internacional diz que usar crianças com menos de 15 anos em conflitos, por si, é um crime de guerra. Mas também é preciso dizer que, para efeitos de Direitos Humanos, não faz muita diferença se essas crianças tiveram ou não engajadas em troca de tiros com as forças de defesa e segurança. O facto de elas estarem armadas em acções de conflito armado, quer sejam pilhagens, organização ou mobilização em si, transformam elas em crianças-soldados. O que é um crime grave contra os Direitos Humanos. É efectivamente aquilo que se considera um crime de guerra. RFI: Tem havido múltiplos apelos das autoridades moçambicanas a prevenir precisamente a população local, os jovens, os menores, para não entrarem nesses grupos. A seu ver, o que é que faz com que esses jovens acabem por ser forçados ou aliciados? Zenaida Machado: Eu gostaria de distinguir aqui a diferença entre a criança e o jovem. O jovem tem a sua própria opção de escolha, se quer ou não juntar-se ao grupo. Claro, se não tiver sido forçado a fazê-lo. Jovens que se juntam voluntariamente a este grupo, se não estiverem na idade de menoridade, devem, como qualquer outro adulto, enfrentar a justiça pelos crimes que vão cometer enquanto fizerem parte do grupo. No nosso trabalho, damos especial atenção às crianças, porque uma criança dificilmente tem capacidade de escolha ou de decisão ou de interpretação do que é o certo ou do que é errado. Então, o Estado não deve se limitar apenas a fazer apelos às crianças para não se juntarem ao grupo. O Estado moçambicano tem a responsabilidade de proteger estas crianças. Recentemente, o ISIS divulgou nos seus canais de publicidade um vídeo em que apareciam os insurgentes a ter reuniões com crianças. Isto é alarmante e preocupante. Mostra que, de alguma forma, o Estado moçambicano perdeu o controlo do paradeiro de muitas crianças e não está a saber ou não está a conseguir cumprir o seu papel de protector destas crianças. O lugar de uma criança é em casa, na escola, a brincar nas ruas. Não é no campo de batalha, nem num treino de como usar uma arma para matar o seu vizinho ou o seu familiar. O Estado deve, com os seus parceiros, melhorar os seus esforços para garantir que estas crianças não se juntem a estes grupos. Deve garantir formas de que os lugares onde estão essas crianças são devidamente protegidos e que existam políticas para manter as crianças afastadas de um ambiente de guerra. Mas também é uma mensagem clara que devemos deixar para o grupo Al-Shabab de Moçambique e que eles devem parar de recrutar crianças e devem parar de usar crianças em ambiente de guerra. Os crimes de guerra são aplicáveis aos Estados e aos actores não-estatais. Estes crimes que está a cometer hoje estão a ser documentados e efectivamente, em algum momento, a gente espera poder levar a liderança deste grupo também às barras da justiça pelos crimes que está a cometer. Também apelamos ao bom senso deles, se é que ainda tem algum, de se recordarem que uma criança é o futuro de um país. Crianças que aprenderam a matar dificilmente terão um futuro saudável e é preciso permitir que as crianças de Moçambique sejam crianças, não pequenos soldados. RFI: Isto acontece numa altura em que precisamente estão a sair gradualmente as forças que se juntaram ao dispositivo da SADC em Cabo Delgado. Está prevista uma retirada progressiva dessas forças nestas próximas semanas. Como é que vê esta situação à luz dos abusos e das violações dos Direitos Humanos que acaba de descrever?Zenaida Machado: A função de proteger ou de providenciar o direito à segurança dos residentes no território moçambicano é do Estado moçambicano. O Estado moçambicano tem competência e autonomia para decidir a quem deve solicitar ajuda para garantir que os moçambicanos e todos os outros residentes no território possam usufruir do direito à segurança, neste caso, de Cabo Delgado. O Estado moçambicano solicitou ajuda às forças regionais e ao Ruanda. Nós, como Human Rights Watch, em algum momento, também solicitamos várias vezes as forças regionais, em particular, a terem uma missão que se foca principalmente na defesa dos Direitos Humanos e a garantir que as condições humanitárias no terreno sejam melhoradas. Mantemos esse apelo a todas as forças que estejam a trabalhar em conjunto com as forças governamentais, que a prioridade no terreno deve ser permitir que as populações vivam em segurança, mas também que recebam ajuda humanitária adequada sempre que assim necessitarem. Prefiro não comentar, nesta fase, as decisões do Estado moçambicano sobre quando ou como essa chegada ou partida dos parceiros internacionais deve ser feita. O que nós também podemos apelar, nesta fase, ao governo moçambicano é que tome as suas decisões de convidar ou despedir as forças parceiras de forma informada, tendo em conta as condições no terreno, depois de também fazerem consultas com as comunidades e, acima de tudo, quando tiverem controlo total da situação e possam, como Estado individualmente, sem ajuda, garantir que os cidadãos possam usufruir desse direito. Caso contrário, se não fizerem isso, estarão a incorrer num grande erro de voltarem ao estado em que não podiam garantir às populações um nível de segurança adequado.
Meu Amável Jesus, permiti que eu me dirija a Vós, para Vos testemunhar o reconhecimento pela graça que me tendes feito, dando-me a vossa Santa Mãe pela devoção da escravidão, para ser minha advogada junto à vossa majestade e o complemento universal da minha grande miséria. Infeliz de mim, Senhor, que sou tão miserável que, sem esta boa Mãe, estaria infalivelmente perdido. Sim, em tudo Maria me é necessária junto de Vós: necessária para Vos aplacar em vossa justa cólera, pois vos tenho ofendido tanto, todos os dias; necessária, para sustar os castigos eternos de vossa justiça, que mereço; necessária, para Vos olhar, para Vos falar, Vos pedir, Vos tornar propício e Vos agradar; necessária, para salvar a minha alma e as dos outros; necessária, em uma palavra, para fazer sempre a vossa santa vontade e buscar em tudo a vossa maior glória.Ah! Se eu pudesse publicar pelo universo esta misericórdia que tivestes comigo; se todo o mundo soubesse que, sem Maria, eu já estaria condenado; se eu pudesse dar dignas ações de graças por tão grande benefício! Maria está em mim, haec facta est mihi. Oh! Que tesouro! Que consolação! E, depois disto, não me entregaria eu todo a Ela? Oh! Que ingratidão, meu caro Salvador! Antes morrer do que esta desgraça! Prefiro morrer a viver sem ser todo de Maria.Mil e mil vezes A tomei por todo o meu bem, como São João Evangelista ao pé da cruz, e outras tantas vezes me entreguei a Ela. Mas, meu bom Jesus, se ainda não o fiz conforme os vossos desejos, faço-o agora como quereis que o faça. Se vedes alguma coisa em minha alma e meu corpo que não pertença a esta augusta Princesa, peço-Vos arrancá-la e jogá-la longe, porque tudo que não pertence a Maria é indigno de Vós.Ó Espírito Santo, concedei-me todas estas graças; e plantai, orvalhai e cultivai em minha alma a amável Maria, que é a árvore de vida verdadeira, a fim de que cresça, floresça e dê fruto de vida em abundância. Ó Espírito Santo, dai-me uma grande devoção e uma grande predileção por vossa Esposa divina, um grande apoio em seu seio de mãe e um recurso contínuo em sua misericórdia, para que nela formeis em mim Jesus Cristo ao vivo, grande e poderoso, até a plenitude de sua idade perfeita.Assim seja. Fonte: Pocket Terço
Eu prefiro tirar minhas dúvidas com o teólogo Dom estêvão Bitencourt, que parece-me mais sensato. Até pelo fato de ele ser teólogo e o senhor, não. (ou é?) Já verifiquei que o site é contra algumas decisões tomadas pelo Vaticano II e isso bastou para que eu duvide de muitas questões abordadas aqui. Quando navego não sinto paz.
O historiador de arte e museólogo José António Falcão traz uma nova tradução e estudo histórico das “Cartas Portuguesas” da nossa mais famosa religiosa escritora, Soror Mariana AlcoforadoSee omnystudio.com/listener for privacy information.
A cantora Aurea é a grande entrevistada de Daniel Oliveira no primeiro Alta Definição de 2024 em podcast. Numa conversa franca sobre o rumo da sua vida pessoal e profissional, a nova jurada do programa 'A Máscara' reflete sobre o papel da família e do amor no seu desenvolvimento. "Acredito que quando amas ou és amado por alguém, é impossível perderes esse amor inteiramente. Sinto que ele se transforma em algo diferente, mas que permanece sempre dentro de nós. Acredito que já fui amada à medida do precisava", afirma a cantora. O Alta Definição foi emitido a 06 de janeiro na SIC.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Atriz não esquiva do debate sobre envelhecimento, mas recusa rótulo de porta-estandarte contra o etarismo e tem muito a dizer Andréa Beltrão não tem medo de se posicionar quando o assunto é envelhecimento. Desde que deu vida à Rebeca, uma mulher de 50 anos que recusava qualquer caixinha que a limitasse na novela “Um Lugar ao Sol” (2021), na Globo, a atriz assumiu um lugar de destaque nesse debate. Mas ela tem muito mais a dizer. “Todo mundo começou a me chamar para falar de menopausa. Pera aí! É crucial discutir esse tema, mas não é legal designar uma pessoa para falar sobre isso apenas por causa de uma novela, que, embora tenha sido incrível, não me torna a embaixadora. Somos muitas, somos todas. Prefiro ser reconhecida como a ‘mulher que não sai da praia'. É assim que quero ser chamada", diz. E não sai mesmo. Entre a natação no mar de Copacabana e a altinha, seu novo vício, ela nem mais se incomoda com a presença dos paparazzi atrás de uma foto de biquíni. "Não me afeta, afinal, estou lá todos os dias; essa foto vai enjoar. Se começou valendo duzentos reais, hoje nem paga mais o Chicabon". Em uma conversa descontraída com o Trip FM, Andréa falou sobre maternidade, vida e morte, fama, empreendedorismo e seu novo trabalho, "Lady Tempestade". Com estreia marcada para janeiro, a peça conta a história da advogada Mércia Albuquerque, que lutou para defender presos políticos durante a ditadura e apoiar suas famílias. Você pode ouvir a conversa na íntegra no play aqui em cima ou no Spotify. [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2023/12/65835e5c89187/andreia-beltrao-atriz-novela-natura-tpm-mh.jpg; CREDITS=Lucas Seixas (@retratoslucas); LEGEND=Andrea Beltrão; ALT_TEXT=Andrea Beltrão] Trip FM. Vamos falar sobre o assunto mais importante: a natação. A natação é uma parte muito importante da minha vida ordinária, é um lugar só meu. Não é um lugar do bem-estar, porque eu acho que na civilização não há esse lugar do bem-estar absoluto, é um lugar de entrega. Eu gosto muito de um certo anonimato possível que eu até consigo nas minhas idas à praia. Pode ter até alguém me fotografando, mas não me afeta, até porque eu tô todo o dia lá, essa foto vai enjoar, se começou valendo duzentos reias, hoje já não paga nem mais um Chicabon. Essa vidinha ordinária de nadar, ler um livro, jogar uma altinha que agora é a minha nova mania, é vital. Eu me sinto muito atraída pelo fazer, correr, subir em árvore. O tempo vai passando e os limite vão aparecendo. Tudo bem, mas a praia tem a ver com essa força, essa paixão pela vida. Como você avalia hoje o seu papel como mãe? Os filhos geralmente vêm em uma época em que você está com muita garra de trabalhar, coisas para fazer, desejos, impulsos. Então os pais ficam muito mais ausentes do que gostariam de estar. Mas eu gosto de trabalhar, do convívio, de estar com outras pessoas, do reconhecimento financeiro. É um equilíbrio delicado. Eu acho que me saí razoavelmente bem: meu filhos são pessoas legais. Mas precisa ter atenção, o chamado de fora é muito forte. Essa coisa tão prosaica de desenhar, fazer o carrinho andar, vestir a boneca, pode parecer quase nada, mas é muito grande. A gente nem sabe quando isso vai se transformar em uma explosão maravilhosa lá na frente. O afeto faz um caminho muito forte. Como você tem lidado com esse papel de ser a voz da mulher de 50/60 anos? Depois de “Um Lugar ao Sol” começaram a me chamar pra fazer matéria de capa para falar de menopausa. Pera aí. Eu não vou virar porta-estandarte para falar de menopausa e seus efeitos. Esse assunto tem que ser muito discutido, mas não é legal eleger uma pessoa para falar disso por conta de uma novela, que foi legal à beça, mas não me faz a embaixadora. Somos muitas, somos todas. Eu prefiro o posto da mulher que não sai da praia. Eu quero que me chamem assim.
Estreia na próxima quarta-feira, 29 de Novembro, nas salas de cinema francesas, o filme “Cesária Évora, a diva dos pés descalços” realizado por Ana Sofia Fonseca. Uma viagem à intimidade da cantora cabo-verdiana que conta com imagens inéditas e testemunhos dos que conheceram a “diva dos pés descalços” no dia-a-dia. Em entrevista à RFI, Ana Sofia Fonseca sublinha a importância de “conhecer a mulher para melhor perceber a voz”. Cesária aparece aqui enquanto “mulher completa”, sem esconder questões como alcoolismo ou depressão, que nas palavras da realizadora “não definem a Cesária. São apenas mais duas características dela.” Sobre a estreia do filme em França, Ana Sofia Fonseca fala numa “mistura de sentimentos” na medida em que a França “era a segunda casa” de Cesária Évora.Estrear este filme nas salas francesas. É caso para dizer que é uma grande responsabilidade. Qual é o sentimento?Uma mistura de sentimentos, por um lado, é óbvio que é uma grande responsabilidade e é muito especial partilhar aqui o filme. É muito especial partilhar o filme em França, com o público francês, porque para a Cesária isto era muito mais do que só um país, isto era a sua segunda casa. Aliás, a Cesária costumava dizer que se não fossem os franceses, ela nunca teria tido o sucesso que teve. A Cesária tinha uma casa de ‘porta aberta', sempre aberta para toda a gente. Adorava receber os amigos e mesmo os desconhecidos, mas sempre que chegavam franceses à sua porta, ela ficava ainda mais contente porque tinha esta noção de que França tinha sido o começo de tudo.Esta é uma viagem à intimidade de Cesária Évora. Cesária que preenche todos os estereótipos de quem não poderia singrar neste caminho: mulher, negra, pobre, colonizada, feia para os estereótipos da música. Ainda para mais, nos anos 90. Foi este, desde sempre, o objectivo final do filme?Este filme fala da mulher e da artista, porque eu acredito que é realmente importante conhecer a mulher para melhor perceber a voz. E foi a voz que levou a Cesária ao mundo inteiro. A mim interessa-me bastante a complexidade humana da Cesária. Nós falamos de uma mulher com todas as fragilidades e as fortalezas que caracterizam a complexidade humana, a natureza humana. A Cesária tem todos esses preconceitos colados à pele, mas, ainda assim, conseguiu singrar. Isto pode ser uma história inspiradora, no sentido em que nos mostra que a vida de qualquer um pode mudar a qualquer instante, mas sobretudo inspiradora, porque nos faz pensar no mundo em que vivemos e no papel que cada um de nós pode ter neste mundo, na necessidade de empatia. Acho que nestes tempos conturbados que vivemos, isso é muito importante. Empatia para com o outro, a curiosidade para com o outro. E a Cesária teve a sorte de chegar a França numa altura em que havia realmente um interesse pela World Music.Não esconde questões como a depressão ou o álcool. Em entrevista a Janete Évora (neta da Cesária Évora) e a José da Silva (agente), ambos disseram que foi duro ver esta parte da intimidade dela exposta. Porquê mostrar?Nós mostramos uma mulher completa. Uma mulher que tem em si toda a complexidade humana. Não seria, talvez, correcto esconder essas partes. São abordadas com muita subtileza e de uma forma muito cuidada. Isso era uma preocupação. Há intimidade no filme, mas não há voyeurismo. Isso para mim é um ponto de honra.Esses aspectos são mencionados no sentido em que são mais uma das características da Cesária e que nos podem fazer entender melhor a sua voz. Mas como disse, de uma forma subtil e tendo a preocupação de mostrar que esses aspectos não a definem, são apenas mais duas características e isso faz também de Cesária uma diva de carne e osso, e uma diva de carne e osso, é muito mais interessante, apelativa, cria empatia com os outros, connosco. Quem é que não tem pontos mais fortes? Pontos mais fracos? As suas dificuldades, as suas grandezas?Mas neste mundo de redes sociais, onde só se apresenta o lado solar da vida, acaba por ser aqui uma bofetada na realidade.A Cesária não é uma personagem de redes sociais, ela é uma mulher que conquistou o mundo inteiro, sendo ela própria.Vê-se neste documentário que há aqui um grande trabalho de pesquisa. Quanto tempo é que levou para montar este puzzle?Foram cinco longos e intensos anos. Eu devo dizer que é um trabalho de equipa, porque o cinema é sempre um trabalho de equipa e nós investigamos imenso. Falamos com centenas de pessoas em vários pontos do mundo, sempre à procura de imagens de arquivo. E porquê? Porque quero muito que as pessoas saiam da sala de cinema com o sentimento de que estiveram durante 1h34m com a Cesária, que foram a casa da Cesária, que embarcaram com ela nas digressões e, para isso, é preciso que as pessoas vejam a Cesária, que estejam com ela.Nós procuramos imagens, sons, recortes de jornais, fotografias um pouco por todo o lado. Há imagens inéditas. Há imagens mais conhecidas, outras menos conhecidas. Há imagens de José da Silva [agente de Cesária Évora], há imagens de músicos, amigos, família, jornalistas e antigos militares portugueses. Temos imagens de diferentes fontes.Eu editei o filme com a Cláudia Rita Oliveira, que é a montadora, e nós discutimos imenso e foi um processo realmente duro, mas ao mesmo tempo muito feliz, porque é um privilégio enorme poder contar a história de alguém como a Cesária Évora e eu só lhe posso agradecer.Não a conheceu pessoalmente?Não.Mas acaba por sentir que, de alguma forma, a conheceu? Mostra-nos 1h34m de imagens da Cesária, mas viu muitas mais ao longo destes cinco anos.Eu vi dezenas, centenas… foram meses a ver imagens da Cesária…Hoje em dia, depois de ter passado tanto tempo com a Cesária e a ver imagens que foram feitas sem o objectivo de serem mostradas e que, por isso, nos trazem a verdadeira Cesária, dá-me a sensação de que ela é uma pessoa de família, eu sei que isto é um pouco estranho e não sei explicar, mas é a verdade.No seu documentário não há planos de entrevista. Aparecem as pessoas, aparecem as fotografias, as imagens que mostram essas pessoas. Mas o testemunho é feito pela voz. Isto foi uma escolha propositada.Foi uma escolha, foi uma opção muito mais narrativa do que estética por algumas razões, por um lado, porque o objectivo é que as pessoas, que o público esteja com a Cesária. Se eu tivesse planos de entrevista, as pessoas teriam de sair do universo da Cesária para depois voltar a entrar. Por outro lado, todas as pessoas que aparecem no filme aparecem no sentido em que nos acrescentam algo sobre a vida da Cesária ou sobre o contexto. São, na sua maioria, pessoas muito próximas da Cesária Évora. Foram muito importantes num determinado espaço de tempo, no passado. Não me faria muito sentido estar a ver essas pessoas hoje. Prefiro que as possamos descobrir nos arquivos. A Cesária é uma história de voz, foi a voz que a levou ao mundo inteiro e este é também um filme que pretendemos que seja um filme de voz, um filme que nos traz a Cesária pela sua própria voz, na primeira pessoa, e pela voz daqueles que a conheceram melhor. Portanto, acabamos por ter aqui esta unidade que é a voz.Há também a opção de não dobrarem as músicas que são cantadas em crioulo. Porquê? O facto dela cantar em crioulo acaba por transmitir um sentimento e não a mensagem. O maior sucesso da Cesária, o ‘Sodade' fala sobre escravatura, fala sobre trabalho forçado, sobre os cabo-verdianos que iam para as roças de São Tomé e Príncipe. A mensagem dela não fica pelo caminho pela não-dobragem das letras?Em relação à música ‘Sodade', o objectivo foi mesmo que as pessoas que vão ver o filme, que provavelmente muitas delas conhecem bem a música, que a oiçam como se fosse a primeira vez, que o filme tenta trazer uma nova leitura sobre a música. Por outro lado, porque é que nós não legendámos as canções porque eu tentei que o filme fosse feito um bocadinho à imagem da Cesária. O arquivo não é extremamente bem tratado. Há aqui uma simplicidade, pelo menos aparente, no filme que eu acho que corresponde com a alma da Cesária.A Cesária cantou a vida inteira em crioulo, uma língua que quase ninguém entende. Mas, mesmo assim, ela conseguiu emocionar o mundo inteiro. Ora, isto é só um ponto de vista, mas eu não me sentiria confortável a legendar, quando ela sempre cantou em crioulo e as músicas não foram legendadas. Vamos deixar a magia, a arte, a música também vive muito desta magia do fazer sentir, das emoções, e eu não poderia ir contra o que foi a carreira da Cesária, num filme que pretende ter um bocadinho da sua alma.Apesar de ser um filme sobre a Cesária, não se esquece do contexto, da questão do colonialismo, da questão feminismo. É preciso contextualizar sempre para compreender?Eu acho que é impossível contar a história de alguém se não conhecermos o contexto dessa pessoa, de onde é que ela vem, o contexto social, o contexto político, o contexto económico. Há temas que me fascinam e que têm todo o meu respeito e atenção, como é o caso do racismo, como é o caso do colonialismo. Já trabalhei bastante essas questões. Acho que isso também marca a personalidade da Cesária.Seria impossível mostrar a dimensão, os paradoxos desta mulher, sem mostrar o seu contexto. E nós falamos de uma mulher que, com uma generosidade sem fim, com uma consciência social enorme, não conhecia expressões como empoderamento feminino, mas vivia essas lutas no seu dia-a-dia. Ela não fazia discursos, ela agia e eu acho isso muito interessante.Na verdade, ela vivia essas questões e, isso, acho que se vê no filme, não é dito. Não penso que os temas tenham que ser postos totalmente à frente das pessoas, até porque a Cesária não usava rótulos nem discursos, mas estão lá porque estavam na sua vida e na sua forma de ser.Que projectos que tem em mãos neste momento?Contar histórias. Eu gosto muito de contar histórias. Gosto muito de cinema e estou a trabalhar em dois outros projectos documentais. Um que será filmado entre Portugal e Moçambique e outro que será filmado totalmente em Cabo Verde.Pode desvendar um bocadinho desse Portugal-Moçambique?A história de um homem que aos 61 anos e à beira de uma cirurgia ao coração, decide embarcar para Moçambique, para o norte de Moçambique, uma região hoje à mercê de ataques terroristas relacionados com o extremismo islâmico, à procura do irmão, porque na verdade, essa é a única forma que ele tem de tentar descobrir a sua própria identidade.Como é que tem uma paixão tão grande pela questão do colonialismo?Se nós não conhecermos bem o passado, dificilmente conseguiremos construir um futuro melhor. As questões do colonialismo são passado, mas continuam muito presentes na nossa sociedade, no nosso dia-a-dia. Por outro lado, tem também a ver com a minha própria experiência pessoal que me leva a querer saber mais, e acho que é importante continuarmos a falar destes assuntos numa perspectiva de construção, ou seja, numa perspectiva de futuro, de tentar que realmente o conhecimento do passado sirva para alavancar os tempos futuros. E nestes tempos conturbados que nós vivemos, acho que é muito importante não nos esquecermos de questões como o racismo, como a necessidade de empatia para com o outro.
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If you’d like to join us in the conversation club, please visit: https://portuguesewitheli.com/cah for more information. And here is the monologue for your benefit. Minha esposa sempre adorou umas DRs, mas eu fugia disso como o diabo foge da cruz. Sei que a gente tem que discutir a relação de vez em quando para colocar os pingos nos “i”s e passar tudo a limpo, mas eu nunca fui muito de filosofar. Prefiro vivenciar: depois, se eu tiver algo a dizer, digo. Mas minha esposa, não. Com ela, tudo tem que ser minuciosamente analisado. E agora que a gente está dobrando a esquina dos sete anos, ela deu para ficar muito mais ressabiada. Acontece uma coisinha de nada e ela já quer se sentar à mesa, colocar nossas questões em pratos limpos e, se eu dou um passo em falso, ela vai logo ameaçando terminar o relacionamento. Bom, nunca fui o cara mais romântico, mas tentei dar um jeito nisso. Comecei a mandar flores para minha esposa. Comprei o chocolate predileto dela. Até fui deixar o café na bandeja para ela na cama. Ela ficou logo de orelha em pé. “Tá tendo caso?” foi a pergunta dela. “Porque homem para agir assim só quando tem outra.” Eu fiquei pensando: nossa, ela achava que eu podia ser infiel, mas ela era quem tinha fama de namoradeira. Além do mais, sempre fui da opinião de que se for para ter adultério num casamento, melhor é se separar logo. Não vale a pena o desgaste. Depois daquele balde de água fria, pensei que podia fazer algo para reacender a paixão de nossa relação. Quando conheci minha esposa, ela era fogosa e eu não ficava atrás. E uma coisa que a gente tinha era a espontaneidade. Daí, resolvi ser espontâneo e dei um presente para ela em junho, para comemorar o Dia dos Namorados. Sabe o que ela me disse? “Está vendo? Você nunca ligou mesmo para nossa vida conjugal. Nosso aniversário de casamento é só mês que vem!” Não adiantou eu tentar explicar que era presente de Dia dos Namorados. Ela me deixou falando com as paredes. Viu só? Eu tentando aqui fazer média com a patroa e a desgraçada ainda vem com desconfiança para cima de mim. Quer saber de uma coisa? Acho que essa tal crise dos sete anos é verdade mesmo. Antes a gente não estava em crise, mas agora a gente está. --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/portuguesewitheli/message
A Bia faz uma confissão triste, mas ensina um novo hábito para te deixar mais feliz.
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No grande ecrã ele dá vida ao pintor modernista Amadeo de Souza-Cardoso, no filme biográfico “Amadeo”, realizado por Vicente Alves do Ó. Mas Rafael já provou ser camaleão. E se é convincente no corpo de Amadeo, foi igualmente brilhante a interpretar ‘Joca', um pequeno traficante cadastrado, em “Sangue do Meu Sangue”, de João Canijo, ou enquanto irmão apaixonado pela irmã no filme “Como Desenhar Um Círculo Perfeito”, de Marco Martins - que lhe valeram nomeações para os Globos de Ouro. Na Netflix deu que falar nas séries “White Lines” e “Glória”, entra agora em “Rabo de Peixe”, e poderá ser visto nos filmes de João Canijo “Mal Viver” e “Viver Mal”, no filme “Pátria”, de Bruno Gascon; e no filme “A Cup of Coffee and New Shoes On”, de Gentian Koçi, escolhido como candidato oficial da Albânia para os Óscares. O futuro é dele. “Gosto do cinema que vira o espelho, que incomoda, provoca e abana.”See omnystudio.com/listener for privacy information.
To grab a free learning guide, please visit: https://portuguesewitheli.com/school-invitation And here is the monologue for your benefit. Todo fim de ano é de lei: antes do dia 31, vou para a lotérica fazer minha fezinhana Mega da Virada. Compro um bilhete, só um para mim mesmo. Prefiro apostar sozinho que participar do bolão lá da firma. Imagina só, levar uma bolada de trocentosmilhões de reais sozinho, o que eu não faria com esse rio de dinheiro? Eu não aposto no bolão da empresa por dois motivos. Primeiro, não gosto de nenhum dos energúmenos que trabalham comigo. Naquela empresa, é cobra comendo cobra. Meu chefe é um tirano assumido – já disse que manda quem pode, obedece quem tem juízo. E no caso, ele manda, porque está por cima. Eu com dinheiro mandava logo o dono da empresa ir pastar. O segundo motivo é que, quanto menos gente ficar sabendo, melhor. O difícil ia ser esconder a coisa toda dos parentes e aderentes. Tem o Ferreirinha, que vive dando facada em mim. Tem a Miriam, que não ia caber em si se descobrisse que o irmão tirou a sorte grande. E ainda tem o Fernando, que vive chorando de barriga cheia. Assim que a notícia lhe chegasse aos ouvidos ele ia vir para cima de mim com aquela cantilenasobre a penca de filhos que tinha de sustentar e tal... Eu ia renegar todos eles. Ah, se eu ganhasse na loteria... ia estar feito na vida. Ia ser sopa no mel, eu ia poder me aposentar agorinha, ia sumir do mapa, ia mudar de nome e fazer tanta coisa que deixei de fazer... sei que não sou tão sortudoassim, porque nem prêmio de rifa de escola cheguei a ganhar, e nas raspadinhas sempre ficava na mesma – ou melhor, ainda perdia o dinheiro da cartela. O máximo de sorte que tive foi quando ganhei dois bombons de chocolate na empresa, mas aquilo foi brindepara quem participou do treinamento... bom, quem sabe eu não dou uma cagada e levo o grande prêmio? --- Send in a voice message: https://anchor.fm/portuguesewitheli/message
| PARTICIPAÇÕES | Jessica Alves @jessiconha Miguel Horta @hermanitohorta Will Sassano @willmuitonerd Ygor Amendoim @ygoramendoim Nossa loja www.lojaumdois.com.br Nosso Site www.canalumdois.com.br Seja um apoiador! www.apoia.se/umdois Segue a gente também em todas as midias sociais em @canalumdois
]Senhor, sei que, se tiver paciência, serei mais completo. Sei que a ira destrói minha vida. Prefiro ter paciência em todas as coisas para que consiga […]
Enquanto cada vez mais gente começa a correr para emagrecer, neste vídeo vou te contar 5 razões pelas quais eu prefiro caminhar e porque esta é a escolha mais inteligente (e prazerosa) para queimar gordura. Emagrecimento vem primordialmente como resultado da sua alimentação, porém, o tipo correto de exercícios pode te ajudar a acelerar tudo. Vou comparar correr com caminhar em termos de estresse, metabolismo e ajuda para queimar gordura. Correr pode ser divertido pra muita gente que faz como esporte, porém, pode ser um problema para quem busca emagrecer com saúde e manter a boa forma depois. Se você quer saber qual atividade é mais proveitosa para queimar gordura e emagrecer naturalmente, sejam os benefícios de caminhar ou malefícios de correr, veja as 5 razões listadas neste vídeo! Forte abraço, Rodrigo Referência: https://bjsm.bmj.com/content/49/15/967 Vídeos recomendados: -Como o Estresse Engorda e Causa Resistência à Insulina https://www.youtube.com/watch?v=1XOw9... - 11 Dicas PORRETAS para Turbinar a Saúde (SEM DIETA!) https://www.youtube.com/watch?v=k38Z6... Quer emagrecer de vez com a ajuda do Rodrigo? Responda a 5 perguntas e saiba qual o programa mais recomendado pra você. Faça isso aqui: https://emagrecerdevez.com/meajude/ ✅ Meu programa de emagrecimento CÓDIGO EMAGRECER DE VEZ: Veja gratuitamente a apresentação dele aqui: http://codigoemagrecerdevez.com.br
Santo do Dia - São Felipe Neri, eu prefiro o paraíso (26/05) - Pe. Luiz Carlos --- Send in a voice message: https://anchor.fm/jlio4/message
Para Aires Mateus “a arquitetura é sempre percebida através do vazio”. E o que constrói “é o limite do vazio.” “A arquitetura só acaba quando a vida se desenrola sobre ela.” Apesar da excelência, relevância e prestígio da sua obra, o arquiteto afirma neste episódio que tem gosto em assinar projetos de habitação para clientes da classe média, com orçamentos reduzidos, desde que haja paixão e entusiasmo por parte de quem lhe encomenda a obra. “Prefiro desenhar na escassez do dinheiro do que na abundância. A arquitetura faz-se desses limites e racionalidade.” See omnystudio.com/listener for privacy information.
Grab one free learning guide + free report to improve your vocabulary retention: https://portuguesewitheli.com/school >>> Shall we meet? Follow this link: https://social.portuguesewitheli.com/meetngreet >>> Hey, wise person! Not everybody wants to read the whole description up to this point. And since you have, I've got a small gift for you to show my appreciation. It's a special report that will help you get rid of all frustrations you might have related to the Portuguese verb tenses. To grab it today, follow this link: https://social.portuguesewitheli.com/confianca But do it soon. One day without that is one day you'll still get angry at yourself because you don't know how to use the verb tenses in Portuguese. And here is the monologue for your benefit. O que começou com um simples “Vambora, amor, porque a gente já vai se atrasar” terminou feio. Trabalho sobextrema pressão – nós temos que cumprir prazos apertadíssimosna nossa empresa. Se o produto não sai no dia porque algum empregado lerdodemorou demais ou alguma lesma da administração não se lembrou de emitir a nota fiscal na hora, milhares de clientes ficam na mão. E o pior: a responsabilidade desse atraso recai em mim! Imagine eu, sempre tão caxias, levar a culpa pela vagarezados outros! E minha vida sempre andou num ritmo mais acelerado que a dos outros. No trânsito, gosto de dirigir a uma velocidade vertiginosa. Claro que não piso fundo quando estou numa rua cheia de gente, mas, de vez em quando, é gostoso sentir aquela injeção de adrenalinaquando a gente sai em disparada avenida abaixo. Quando vou ao shopping com minha esposa, sempre preciso pedir que ela apresse o passo. Ela nunca faz o que peço. Anda sem pressa, se demora na frente de uma loja ou outra... naquele passo de boia gente não chega a lugar nenhum nunca! Fico me perguntando se tenho tempo para jogar fora, para ficar vadiandopor aí. Claro que nunca digo isso alto e bom som, porque não quero botar tudo a perder. Prefiro me atrasar um pouquinho passeandocom minha esposa que andar desembestado pelo shopping e divorciado. No fim, não foi meu hábito de estar sempre esbaforido nem o de avançar o sinal vermelho que foram a gota d'água. Foi eu querer apressá-la, porque não queria me atrasar, e ela ficou assim. Antes que eu dissesse mais alguma coisa para irritá-la, chispei dali. E não volto tão cedo. --- Send in a voice message: https://anchor.fm/portuguesewitheli/message
Ouvi de um gestor uma vez: “Prefiro ser demitido pelo que fiz do que pelo que não fiz” Sabe que as vezes isso pode dar certo mesmo, mas nem sempre, já que há uma implicação: poder gerar retrabalho, insatisfação, horas extras, estresse desnecessário e por consequência burnout. Fazer é bom, feito ou perfeito, já não fazer implica no que não se pode sair do papel, e por isso não ser feito de acordo com o que deveria, ou seja, não atingir expectativas. Já, tem gente que prefere não fazer justamente para não ter que lidar com a decepção de não dar certo e ainda não quer verificar onde poderia melhorar, isto é, poderia fazer um processo, mas desiste na primeira pedra. Vamos juntos! Paulinho Siqueira PESQUISA COACHCAST BRASIL Pra entrar nos nossos grupos de Ouvintes, clique abaixo: Whatsapp Telegram Seja um Partner do Coachcast Brasil Entre em contato conosco pelo email: contato@coachcast.com.br Instale o iTunes aqui Acesse o Canal Homens de Valor no Telegram