POPULARITY
“Levantai-vos, vamos! Eis que o traidor se aproxima. Falava ele ainda, e eis que chegou Judas, um dos doze, e, com ele, grande turba com espadas e porretes, vinda da parte dos principais sacerdotes e dos anciãos do povo.” (S. Mateus 26: 45-47).
Desde pequena, Ana Claudia Quintana Arantes @acqa sabia que queria ser médica. Mas crescer em uma família com dificuldades financeiras fazia esse sonho parecer distante. Ainda assim, ela insistiu e conseguiu entrar na USP, um passo que parecia impossível, mas que abriu o caminho para tudo o que viria depois.Foi na faculdade que começou a perceber algo que a maioria dos colegas evitava: a morte. O assunto era tratado como um fracasso, um erro da medicina, algo a ser contornado a qualquer custo. Mas para Ana, essa negação não fazia sentido. Quanto mais ela estudava, mais entendia que a morte não era o oposto da vida, mas parte dela. E foi assim que encontrou sua verdadeira vocação nos cuidados paliativos.Ela começou a trabalhar com pacientes em fase terminal e percebeu algo fundamental. Não era só sobre aliviar dores físicas. Era sobre acolher, ouvir, permitir que as pessoas vivessem seus últimos dias com dignidade. Ana descobriu que a maior parte do sofrimento vinha do medo, do silêncio ao redor do tema, da solidão de não poder falar sobre o próprio fim.Enquanto a maioria dos médicos olhava para a morte como um inimigo, Ana a via como parte do processo. Falava sobre isso com naturalidade, escrevia, dava palestras. Queria quebrar o tabu, ensinar que a morte não precisava ser um momento de desespero, mas sim de significado.A experiência com os pacientes trouxe reflexões profundas sobre a vida. Sobre como gastamos tempo demais preocupados com coisas que não importam e tempo de menos vivendo de verdade. Sobre como postergamos conversas difíceis, como temos medo de dizer “eu te amo” ou pedir perdão. Ela via isso todos os dias, e isso mudou como escolheu viver.Olhando para trás, Ana Claudia não tem dúvidas: escolheu a medicina para salvar vidas, mas aprendeu que, às vezes, salvar alguém significa apenas garantir que seu fim seja tratado com respeito e humanidade.O livro "Cuidar até o fim" da Ana Claudia Quintana Arantes, publicado pela @EditoraSextanteTV , você pode comprar aqui pelo link: https://amzn.to/3ENHubq.
devocional Lucas leitura bíblica No tempo de Herodes, rei da Judeia, havia um sacerdote chamado Zacarias, que fazia parte da turma de Abias. A mulher de Zacarias chamava-se Isabel e era da família sacerdotal de Aarão. Tanto o marido como a esposa levavam uma vida justa perante Deus, cumprindo inteiramente os mandamentos e preceitos do Senhor. Mas não tinham filhos, porque Isabel era estéril, e nessa altura já os dois eram bastante idosos. Um dia, estava Zacarias no templo a cumprir as suas obrigações como sacerdote, porque era a sua vez. Era costume entre os sacerdotes fazer-se um sorteio para ver quem devia entrar no santuário do templo, para oferecer incenso no altar . Dessa vez calhou a Zacarias. No momento em que oferecia o incenso, todo o povo orava do lado de fora. Apareceu então a Zacarias um anjo do Senhor, de pé, à direita do altar do incenso. Mal viu o anjo, assustou-se e ficou cheio de medo. Mas o anjo disse-lhe: «Não tenhas medo, Zacarias! Deus ouviu as tuas orações: Isabel, tua mulher, vai dar-te um filho e lhe darás o nome de João. Terás uma grande alegria e muita gente se vai alegrar também com esse nascimento. O teu filho será grande diante de Deus. Não beberá vinho, nem qualquer bebida alcoólica, e será cheio do Espírito Santo desde o ventre de sua mãe. Fará com que muitos israelitas voltem para o Senhor seu Deus. Ele irá adiante do Senhor com o espírito e o poder de Elias. Há de reconciliar os pais com os filhos e ensinará os rebeldes a seguir a sabedoria dos justos. Assim preparará o povo para receber o Senhor.» Então Zacarias perguntou ao anjo: «Como posso ter a certeza disso, se já estou velho e a minha mulher também?» O anjo respondeu-lhe: «Eu sou Gabriel. Estou ao serviço de Deus e ele mandou-me falar contigo para te dar esta boa nova. Mas como não acreditaste no que te disse, vais ficar mudo, sem poder falar, até ao dia em que isso acontecer, pois tudo se realizará no tempo devido.» O povo, que estava à espera de Zacarias, estranhava a sua demora no santuário. Quando ele saiu não conseguia falar, e eles perceberam que tinha tido uma visão. Falava-lhes por sinais e continuava mudo. Ao acabar os dias de serviço no templo, Zacarias voltou para casa. Algum tempo depois Isabel ficou grávida e não saiu de casa durante cinco meses. «Deus foi bom para mim», dizia ela para consigo. «Agora já não tenho de que me envergonhar diante de ninguém.» Lucas 1.5-25 devocional Deus permanece atento e comunicativo. Os Seus silêncios não significam que esteja distante ou indiferente. São apenas um dos meios que usa para nos pôr a pensar e nos ajudar a concluir o quanto precisamos d'Ele. Por mais certinhos que tentemos ser, a verdade é que somos incapazes pelos nossos próprios meios de produzir vida. Resta-nos, pois, caminhar fielmente, sabendo que a qualquer momento Deus pode operar uma das Suas coincidências. Aquilo que muitos interpretam como tendo acontecido ao calhas, é o Seu toque sobrenatural. Até a nós nos provoca arrepios e hesitações, a ponto de balançarmos, imagine-se, na hora de Ele responder às nossas orações. Se ao duvidar ficarmos sem voz, continuemos a gesticular a Sua graça. Convém, no entanto, sublinhar que os presentes com que nos mima visam o nosso volte-face para Ele. Interiorize-se o Seu amoroso propósito: A reconciliação. Antes de o darmos a saber a outros, digamos para nós mesmos: “Deus foi bom para mim.” - jónatas figueiredo
A Costa do Marfim anunciou a saída do contingente francês a partir desde mês de Janeiro, em resposta ao movimento crescente de novas parcerias como a Rússia e a China em África. "Podemos pensar neste cenário como uma nova Guerra Fria, mas com características económicas e geopolíticas específicas", defende o historiador, antropólogo e investigador permanente do Instituto Nacional de Estudos de Pesquisa da Guiné-Bissau, João Paulo Pinto Có. RFI: Que leitura faz deste anúncio do Presidente Alassane Ouattara, que revelou que o contingente francês vai começar a sair do país ainda este mês de Janeiro?João Paulo Pinto Có: Esta decisão do Presidente Ouattara acompanha o anseio de um movimento muito grande e forte no continente africano, nomeadamente de uma juventude e de novas políticas, também de relações diplomáticas mais horizontais com os antigos colonizadores. Visa, portanto, reclamar a soberania do próprio país. É uma decisão que não me surpreende muito, porque Ouattara já vinha fazendo alguns discursos que apontavam para esse caminho. Não só ele, mas muitas outras lideranças africanas.Neste momento, o que se tem no continente africano são diversos actores que buscam uma relação e uma cooperação internacional para o desenvolvimento, nomeadamente com a China, a Rússia e a Turquia. Esses novos actores oferecem novos moldes de cooperação, países que não foram colonizadores no continente e, portanto, têm interesse em buscar uma nova dinâmica de colaboração. A África tenta, assim, traçar novas metas e quebrar paradigmas para alcançar uma cooperação mais clara e transparente.Há um efeito dominó nesta decisão: Depois do Chade, do Mali e do Níger, de que forma a saída das forças francesas desses países pode afectar a luta contra o jihadismo e outros grupos extremistas, sobretudo no Sahel?A presença militar francesa no continente africano sempre foi um tema controverso. Embora a França procure combater o jihadismo e o terrorismo no continente, para muitos países africanos essa presença também significava algo negativo. Muitos viam essa presença como maligna, acusando a França de, além de combater, financiar o próprio terrorismo.Por exemplo, o actual regime maliano acusou a França de ser a principal patrocinadora do jihadismo, seja através da venda de armas, seja de outras formas. Um agravante disso foi a denúncia feita pelo Mali há alguns anos, numa reunião de emergência no Conselho de Segurança das Nações Unidas, acusando a França de patrocinar operações que desestabilizam o continente africano.A presença francesa é vista nalguns países como um suporte a regimes tirânicos e ditatoriais que querem perpetuar-se no poder. Por outro lado, para outros, a França tem tido um papel que pode, em algumas circunstâncias, dissuadir líderes de violar os valores democráticos e constitucionais. No entanto, a conjuntura actual está a mudar, impulsionada por dinâmicas internacionais, como a guerra no centro da Europa e a perda de hegemonia de potências como a Rússia. Com isso, o cenário africano também está a ser reconfigurado, com novos regimes a emergirem e a França a ser pressionada a sair de certos países.Falava da Rússia, estamos perante uma transição para novas alianças com potências como a Rússia? E de que forma essas novas alianças podem ter um impacto na segurança da região?A Rússia, embora não tenha sido uma potência colonizadora no continente africano, sempre manteve relações com os países africanos, como na comercialização de armamentos. Além disso, a Rússia apoiou muitos movimentos de independência no continente.O que vemos agora é, de certa forma, uma transição de influência: de uma França para uma Rússia, ou até para uma China, que procuram estabelecer novos moldes de cooperação com os países africanos. A Rússia, por exemplo, tem uma pressão muito forte no continente africano. Muitos dos regimes actualmente no poder, como no Mali e em Burkina Faso, têm relações próximas e cordiais com a Rússia.Este é, de facto, um momento de mudanças: tanto no sentido de ruptura com a França quanto na construção de novas parcerias com actores emergentes. Além disso, essas mudanças reflectem lideranças mais jovens e dinâmicas que buscam maior independência e soberania.A Rússia entra nesses países num momento de transição política, como no caso do Níger ou do Burkina Faso. Qual é o interesse da Rússia em África? São as matérias-primas?A Rússia procura expandir a sua influência em África, especialmente perante as perdas hegemónicas que enfrenta no continente europeu e noutros países ocidentais. No entanto, além de tentar ampliar a sua influência, a Rússia também tem interesse em explorar matérias-primas e recursos naturais africanos.Além disso, as acções russas no continente também podem ser vistas como uma retaliação às potências ocidentais que a combatem no contexto da guerra na Ucrânia. Assim, o continente africano torna-se um novo palco estratégico. Podemos até pensar nesse cenário como uma nova Guerra Fria, mas com características económicas e geopolíticas específicas, sendo a África Ocidental um espaço central nesse jogo.O Djibuti e o Gabão continuam a ter bases militares francesas. O Djibuti, em particular, parece ser um caso à parte, já que não prevê, pelo menos para já, cortar relações com a França.O Djibuti, no Corno de África, não tem interesse em cortar relações com a França. A França desempenha um papel estratégico para a manutenção do actual governo, além de actuar no combate à pirataria e a crimes no Oceano Índico.Portanto, o interesse da França em manter a sua base militar no Djibuti é evidente. Isso permite que o país continue a operar na região do Índico e a desempenhar um papel activo na luta contra o terrorismo e outras ameaças.Como é que aFrança prevê redefinir a sua presença e influência no continente africano? Penso, por exemplo, na Guiné-Bissau. Pergunto-lhe, até onde pode ir o reforço de cooperação entre a Guiné-Bissau e a França, uma relação muito valorizada por Emmanuel Macron e Umaro Sissoco Embaló?As relações entre a França e a Guiné-Bissau foram marcadas por altos e baixos, especialmente após o conflito político-militar de 1998. Na época, a França apoiou o regime de Nino Vieira, sem o consentimento da Assembleia Nacional Popular, o que arranhou seriamente as relações bilaterais.No entanto, essas feridas têm sido saradas, especialmente com a aproximação entre Macron e Embaló. As recentes visitas de ambos os líderes mostram uma tentativa de reestruturar essa parceria.Ainda assim, é importante lembrar o histórico conturbado das relações entre a França e muitos países africanos. Os jovens e os líderes africanos estão cada vez mais politizados e conscientes dos valores do pan-africanismo, estão a exigir uma nova dinâmica diplomática. A França, por sua vez, precisa rever as suas políticas e enfrentar o desafio de se adaptar a essa nova realidade, que inclui a procura por relações mais justas e transparentes.
Ao encontro de Jesus neste Natal Antes de Jesus nascer, a sua tia ia ter um bebé, mesmo sendo demasiado velha para isso acontecer (exceto que Deus faz coisas surpreendentes o tempo todo!). Quando Isabel (a tia de Jesus) soube do bebé que ia ter, soube imediatamente que era obra de Deus. Quando o tio de Jesus, Zacarias, soube, ele teve dificuldade em acreditar que Deus era capaz de fazer algo tão surpreendente. Não devemos julgar Zacarias, provavelmente teríamos feito o mesmo! Mas quando Zacarias teve as suas dúvidas, Deus fez OUTRA coisa surpreendente: Ele colocou a voz de Zacarias em "modo pausa"! O QUÊ?!? Isso é possível? Podes ser tentado a imaginar Deus desapontado e a usar isso como um castigo para Zacarias. Mas, aparentemente, não foi assim que Zacarias encarou esta situação. Tenho a certeza de que não foi fácil ficar sem falar durante tantos meses, mas, embora não saibamos como Zacarias se sentiu durante esses meses, sabemos que a primeira coisa que ele fez quando Deus lhe devolveu a voz foi AGRADECER A DEUS! Hmmm, quem diria?!? Aqui está uma parte interessante da história: Zacarias recuperou a voz depois do nascimento do seu filho e concordou com Deus e Isabel sobre o nome do bebé: João (o que era uma escolha estranha na época, porque a maioria das famílias nomeava os filhos em homenagem a alguém da família e não havia nenhum João por perto). Este bebé acabou por ser um pregador incrível, ensinou MUITA gente sobre Jesus, deu esperança às pessoas e ajudou-as a seguir os planos de Deus para as suas vidas. E a “estranheza” não ficou só pela escolha do nome, as escolhas alimentares e de vestuário de João foram estranhas durante toda a sua vida. Mas o estranho (João) e o surpreendente (Deus) estavam meio relacionados; Deus amava a estranheza de João e adorava trabalhar com ele. Zacarias não sabia nada disto quando João ainda era bebé! Mas Deus sabia. Zacarias teve dificuldade em acompanhar os planos surpreendentes de Deus, e às vezes nós também temos. Porque não podemos saber como a história termina quando estamos apenas no começo. Vamos então exercitar os músculos mentais que nos ajudam a confiar em Deus, mesmo quando acontecem coisas que não fazem sentido. Por exemplo, vamos dizer que uma viagem de férias que tinhas planeado para o próximo mês acabou de ser cancelada… consegues pensar numa maneira (ou duas) de como isso poderia ser uma obra surpreendente de Deus? E quanto ao teu professor te atribuir um projeto em grupo com alguém da tua turma de quem não gostas… consegues pensar numa maneira (ou duas) de que isso poderia ser uma obra surpreendente de Deus? E se descobrisses que a tua mãe arranjou um novo emprego noutra cidade e que vais mudar-te dentro de alguns meses… consegues pensar numa maneira (ou duas, ou dez) de como isso poderia ser uma obra surpreendente de Deus? Mesmo que esses cenários não sejam verdadeiros - ou mesmo que não tenha sido Deus a dizer ao teu professor para colocar o fulano no teu grupo de trabalho no projeto - praticar a habilidade de procurar o surpreendente trabalho de Deus fortalece os "músculos mentais" que nos ajudam a estar alinhados com o surpreendente trabalho de Deus, quando ele aparece nas nossas vidas. Há alguma situação na tua vida neste momento em que Deus possa estar a fazer uma obra surpreendente? Consegues imaginar uma maneira de Deus fazer uma obra surpreendente na tua "história" de Natal este ano? Experimenta o "modo pausa" de Zacarias. Tenta ficar em silêncio com a tua família ou amigos durante 1 minuto inteiro… foi difícil? Porquê? Um dia, estava Zacarias no templo a cumprir as suas obrigações como sacerdote, porque era a sua vez . Era costume entre os sacerdotes fazer-se um sorteio para ver quem devia entrar no santuário do templo, para oferecer incenso no altar . Dessa vez calhou a Zacarias. No momento em que oferecia o incenso, todo o povo orava do lado de fora. Apareceu então a Zacarias um anjo do Senhor, de pé, à direita do altar do incenso. Mal viu o anjo, assustou-se e ficou cheio de medo. Mas o anjo disse-lhe: «Não tenhas medo, Zacarias! Deus ouviu as tuas orações: Isabel, tua mulher, vai dar-te um filho e lhe darás o nome de João . Terás uma grande alegria e muita gente se vai alegrar também com esse nascimento. O teu filho será grande diante de Deus. Não beberá vinho, nem qualquer bebida alcoólica, e será cheio do Espírito Santo desde o ventre de sua mãe. Fará com que muitos israelitas voltem para o Senhor seu Deus. Ele irá adiante do Senhor com o espírito e o poder de Elias. Há de reconciliar os pais com os filhos e ensinará os rebeldes a seguir a sabedoria dos justos . Assim preparará o povo para receber o Senhor.» Então Zacarias perguntou ao anjo: «Como posso ter a certeza disso, se já estou velho e a minha mulher também?» O anjo respondeu-lhe: «Eu sou Gabriel . Estou ao serviço de Deus e ele mandou-me falar contigo para te dar esta boa nova . Mas como não acreditaste no que te disse, vais ficar mudo, sem poder falar, até ao dia em que isso acontecer, pois tudo se realizará no tempo devido.» O povo, que estava à espera de Zacarias, estranhava a sua demora no santuário. Quando ele saiu não conseguia falar, e eles perceberam que tinha tido uma visão. Falava-lhes por sinais e continuava mudo. Ao acabar os dias de serviço no templo, Zacarias voltou para casa. Algum tempo depois Isabel ficou grávida e não saiu de casa durante cinco meses. «Deus foi bom para mim», dizia ela para consigo. «Agora já não tenho de que me envergonhar diante de ninguém.» Lucas 1.8-25 "Ao encontro de Jesus neste Natal" é um original de Infinitum Life tradução: andré silva, sara santos curado locução: sara santos curado os direitos de tradução para o português foram gentilmente cedidos pela Infinitum Life www.infinitumlife.com
A exposição "Marias de Abril: o cravo no feminino" é inaugurada esta quarta-feira, 4 de Dezembro, na Casa de Portugal André de Gouveia, na cidade universitária de Paris. O vernissage junta a artista plástica Melanie Alves e a cantora A Garota Não, nome artístico de Cátia Oliveira. A exposição homenageia mulheres que resistiram à ditadura do Estado Novo, muitas vezes esquecidas pela história, incluindo pintura, instalações, bordados ou ainda cerâmicas. RFI: Como é que surge este encontro entre os vossos trabalhos?Melanie Alves: Eu acho que é quase o destino. Quando começámos a falar com a Maison du Portugal acerca de fazer uma exposição, e com o aniversário dos 50 anos do 25 de Abril, comecei a ver que não havia vozes de mulheres. A história era sempre contada no masculino. Eram sempre generais, políticos, polícias, o ditador. Quando comecei a procurar, achei que fazia todo o sentido fazer esta homenagem a mulheres e retirá-las da sombra. Dizem que atrás de um grande homem está sempre uma grande mulher. Comecei a questionar onde é que estavam as grandes mulheres. Sinto que há uma grande ligação com a Cátia, admiro imenso o trabalho dela - ela sabe-o e para mim é importante contar histórias, tentar mexer com as pessoas, tentar mostrar a importância e a valorização da vida humana e neste caso das mulheres, fazer realmente com que haja outras perspectivas, outros pensamentos ou unir comunidades. E sinto que a Cátia fala disto muito bem nas suas canções.Cátia, como recebeu este convite por parte da Melanie?Cátia Oliveira: Tenho de confessar logo à partida que não conhecia de todo a obra da Melanie, muito infelizmente, mas cheguei, como se diz; tarde, mas com muita vontade. Este e-mail da Melanie e da sua produtora fez-me sentir muito lisonjeada. Não é a minha primeira vez em Paris, mas é a primeira vez em Paris no sentido em que vim convidada para trabalhar. Depois lisonjeou-me sobretudo a ideia de poder fazer parte de um encontro que também a mim me significava muito. Não era a ideia de só vir dar um pequeno concerto em Paris. Não era esse o deslumbre, mas era a ideia de vir participar num encontro onde as peças, a ideologia por detrás das peças, a preocupação ambiental, a preocupação activista com o papel da mulher no que é que foi e no que é agora e no que nós queremos que seja agora o papel da mulher.Depois de perceber o percurso da Melanie porque eu também sou um bocadinho exigente com as parcerias que faço, e não tem nada a ver com vaidade, mas com a ideia de precisar de perceber se o nosso encontro vai ser um encontro de almas. Não tem a ver com estatuto ou não ter estatuto. Pode ter começado agora, mas se tem a ideia, se tem a beleza do que quer passar, se me faz sentido, se tem intenção, para mim está tudo bem. Quando fui um bocadinho ao passado da caminhada artística que a Mélanie tem feito, percebi que ela também tem este trabalho muito envolvido com o trabalho social, com esta matriz transformadora do tempo. Um dos projetos que me tocou, que ela tinha feito anteriormente, foi um trabalho grande com mulheres reformadas, com um projecto sobre a terceira idade.Melanie: O projecto As vozes da Avó.Cátia: Esta consciência e este desejo de fazer um trabalho artístico e consequente. Esta parte para mim é que é a ponte que nos faz trabalhar em conjunto aqui em Paris. Depois há uma coisa muito curiosa: num mundo tão imenso e a Melanie é misturada, todos somos, mas ela poderá falar disso melhor, mas viveu muito tempo fora de Portugal, mas somos curiosamente da mesma cidade, Setúbal, que é a coisa curiosa. Temos a mesma idade....Melanie: Temos a mesma idade, somos da mesma cidade, provavelmente até temos as mesmas referências de crescer lá da zona. Dou por mim a pensar que nos cruzamos nos sítios sociais, não no Liceu, mas se calhar nos sítios de convívio. É muito interessante. O destino tem destas coisas.Parte destas oito mulheres que tomaram a palavra a dada altura na História. Estas mulheres representam aquelas que não puderam fazê-lo?Melanie: Com a escolha destas mulheres, tentei demonstrar que no mundo de hoje estamos todos em correria, estamos todos demasiado estimulados pela tecnologia, pelos media, pelas redes sociais e tudo mais, estamos cada vez mais individualistas e estamos a perder o toque humano. Estamos a desvalorizar a vida humana.Acho que ainda há muitas grandes mulheres para saírem da sombra do Estado Novo. Estas foram as que mais tocaram, que mais me intrigaram por certos detalhes, mas o que acho que é importante realçar é que, cada uma à sua maneira, directa ou indirectamente, mais ou menos conhecida, cada uma tem a sua história com valor e importância. Não é só a escritora mais conhecida ou a poeta mais impactante, que realmente tem uma história importante para ser contada.Temos o caso de, por exemplo, da Conceição Ramos, cuja história é pouco conhecida. Ela foi praticamente a vida toda criada de serviço, antes disso trabalhou no campo, desde os 14 anos. No entanto, foi tentando perceber como ajudar, foi encontrando a sua comunidade até na sua paróquia, na igreja e fundou o Sindicato do Trabalho Doméstico. Não estamos a falar de uma pessoa que foi à faculdade, que estudou, que tinha influências a nível familiares, ou seja o que for, não: ela disse basta! E defendeu que ser criada de serviço é um trabalho que decidiu fazer, um trabalho digno...Cátia: Um trabalho com horários e que não implica extras sexuais.Mélanie: Exactamente! Com direitos, defendendo que tinha de haver regras e respeito. Hoje em dia ainda se vê muito isto, infelizmente. Mas é preciso perceber, para o motor gigante do mundo consiga rodar a 24 horas, que todos os trabalhos são importantes; desde a empregada doméstica até ao Presidente da República.No vosso trabalho vocês também dizem basta?Cátia: Dizemos todos os dias. Posso falar com mais propriedade sobre a música e menos das artes plásticas ou de outro sector das artes. Sinto que enquanto música, para ser a música que quero ser, abdico de muita coisa. Também digo que não a muita coisa e isso faz com que as consequências a seguir sejam que haja menos disponibilidade para nos receber, menos visibilidade dada ao trabalho. Fala-se do assédio sexual no cinema, por exemplo, mas também na música. Isto é muitíssimo sentido.Começa a falar-se e, mais recentemente, no jazz português...E o jazz português é um exemplo tristíssimo porque é uma coisa muito mais transversal a qualquer género porque aquilo não é só na casa do jazz. Nós vamo-nos conhecendo enquanto artistas, vamos marcando uma espécie de identidade. É o que tenho de fazer. Muitas vezes é preciso perceber que não quero tocar no Festival X porque aquele festival, para mim, não cumpre nenhum papel cívico, consciente, constructivo, transformador, alargador de consciência.As ligações de que falava no início da entrevista?Sim, claro. Porque determinado evento é patrocinado por pelo banco Y ou pela gasolineira tal. Eu até posso ir a esse festival, mas é importante que eu diga nesse festival que a gasolineira tal me envergonha enquanto cidadã, pelos lucros multimilionários que têm anualmente num país que está a viver com tantas dificuldades e tantas misérias. Depois percebo que isto há de ter consequências.Tem consequências?Sim. Esse festival, por exemplo, a que me refiro, duvido que mais algum dia me convidem para fazer um concerto, mas fico muito mais tranquila se pensar que cumpri o meu papel de artista. Para mim, ser artista tem que ter algum papel de transformação e de provocação.Neste ano em que se assinalam 50 anos de liberdade em Portugal, o que significa para vocês a palavra a liberdade?Melanie: Tenho assim, como se diz em inglês mixed feelings, por um lado, dou graças às mulheres e homens que lutaram, que foram oprimidos, que foram agredidos, que lutaram por nós para pavimentar o nosso caminho, para nós podermos sentir que somos livres hoje. Por outro lado, às vezes sinto-me um bocado desiludida. Sinto-me desiludida de termos que continuar a falar sobre igualdades. Sinto-me um bocado desiludida de sentir que quando estamos a falar de igualdade de direitos estamos a falar de igualdade de direitos perante homem e mulher. Mas eu estou a falar de igualdade perante; empregada doméstica e político. Percebemos que as coisas são diferentes e que isto é tudo muito complexo. Tudo bem que as coisas têm hierarquias diferentes, mas eu acho que há um grande basta: Como é que falamos sobre liberdade e, no entanto, vemos situações no nosso país, em Portugal, de pessoas por causa de taxas, por causa de inflação, seja por que razão, perdem empregos, não podem pagar rendas. Ainda há uma situação muito complexa e sinto-me desiludida por não estar resolvida, passados 50 anos.Cátia, sente que ainda hoje, o impacto da censura e das desigualdades do Estado Novo se refletem nas nossas gerações, 50 anos depois?Cátia: É que nem consigo comparar. Se eu pensar na música e pensar no percurso como o do Zeca Afonso, do Sérgio Godinho, doJosé Mário Branco que tiveram que sair do país porque ali a palavra deles era terminantemente proibida. Acho que não estou num momento em Portugal em que possa sequer comparar. Daí que eu até tenho aqui um problema quando me apresentam como cantora de intervenção, fico com um bocadinho de desconforto porque cantor de intervenção, para mim tem este período cronológico muito marcado e está muito associado àquela pré 25 de Abril, toda aquela fase final da ditadura pela qual contra a qual esta gente lutou muito.Para preparar esta entrevista e ao descobrir este trabalho da Melanie Alves foi impossível não pensar no trabalho do livro pioneiro As mulheres do meu país de Maria Lamas e mais recentemente no filme de Marta Pessoa Um nome para o que sou e no livro da Susana Moreira Marques Lenços Pretos, Chapéus de Palha e Brincos de Ouro. São mulheres que viajaram com um livro para perceber a própria história. É isso que também procura fazer? Mélanie: A certa altura da minha vida não fazia sentido continuar a fazer arte que fosse o eu e eu e o que me acontece a mim mesmo, sentia que faltava qualquer coisa e foi aí que comecei a virar-me para os problemas sociais e para o que acontece em tanto sítios onde estou, como no mundo. Começo logo a sorrir, a pensar nas mulheres do meu país, porque eu sinto uma grande proximidade, relativamente ao facto de Maria Lamas ter dito um basta. Foi um basta também porque estava a ser censurada, simplesmente por estar a demonstrar que a mulher portuguesa era maioritariamente analfabeta camponesa, vivia em situações precárias e trabalhava imenso. Foi censurada por isso e decidiu durante dois anos viajar de norte a sul e descrever essa realidade.Até me arrepio porque quando eu acabei as vozes da avó, essa era a minha ideia; fazer dois anos e provavelmente ainda vai acontecer, mas como eu sentia que os avós e os senhores estavam tão isolados, queria ir de norte a sul as aldeias assim mais remotas, falar e entrevistar e dar a conhecer a história.A exposição para mim não é para ter simplesmente a minha perspectiva ou a minha retórica. É para intrigar e para fazer as pessoas pensar, para terem curiosidade. Porque quando decidi fazer esta exposição sobre as mulheres conhecia muito poucas mulheres que tinham lutado contra a opressão da ditadura. Dei por mim a achar que era ignorância minha de realmente conhecer tão poucas. Mas quanto mais pesquisei, estudei e mais comecei a falar com o meu núcleo de pessoas, notei que não era só minha ignorância. Há uma ignorância geral, muita gente não conhece até os nomes mais mediáticos.Cátia: A Maria Barroso, por exemplo.Mélanie:A Maria Barroso é completamente uma mulher sombra. Ainda hoje, a maioria de nós ainda pensa nela como a primeira-dama, mulher de Mário Soares, mãe de João Isabel. Não fazia ideia que ela foi a única mulher e co-fundadora do Partido Socialista na Alemanha. Pensava que era erro meu, ignorância minha, mas afinal não. É somente isso que eu quero com esta exposição: apreciarmos, ouvirmos, haver mais união, haver mais conversa e intrigar as pessoas para que tenham realmente vontade de saber. Levar as pessoas a querer pesquisa mais acerca da Conceição, da Celeste ou da Maria Barroso. Até posso lançar aqui um desafio para quem nos estiver a ouvir: pesquisar ainda mais, mais mulheres de Abril, mais Marias de Abril. Porque decerto e eu acredito piamente nisto, que todos temos uma história importante para ser contada. Há aí mais mulheres à espera para serem reveladas.Canta como se nos estivesse a fazer uma confidência, com uma entoação que revela tanto vulnerabilidade como uma força ou uma impulsão. De onde é que vêm?Cátia: Eu acho que até a maior parte das canções que escrevo vêm exactamente desse lugar de vulnerabilidade. Acho muitas vezes que a música salva-me de lugares muito angustiados. Falava há pouco de uma certa desilusão e às vezes a desilusão também me angustia muito. Acho que sou um bocadinho fantasiosa sobre o poder popular e o poder do colectivo. E depois também me desiludo com alguma frequência. Acho que a maneira de transformar isto é fazer canções que possam ser um reflexo ou que possam ter um reflexo disto, mas que sejam as canções que contenham uma certa dose de esperança para não cantar só a angústia e o desespero e o mal-estar, acho que o activismo na música também não passa por aí e eu não penso nada em mim como uma activista, mas estou a pegar mais nisto, até porque é uma palavra que a Mel usa bastante e estou a pregar por aí. Sinto que sim, que a música acaba por reflectir a forma como eu apreendo o mundo e como movimento no mundo. Há muita vulnerabilidade e, às vezes, instabilidade, mas também há uma grande vontade de que isto possa ser sempre um dia melhor.A Cátia Oliveira é hoje uma das cantoras mais ouvidas em Portugal. Ganhou o prémio de Melhor Trabalho Popular em 2024 da Sociedade Portuguesa de Autores. O último trabalho de 2 de Abril foi considerado um dos melhores discos do ano. O que é que este reconhecimento, o que é que estes prémios acrescentam, mudam alguma coisa?Não mudam nada. Não vou dizer que também não sabem nada porque todos nós precisamos de alguma espécie de validação e aquela validação que nos chega no mais imediato. Comigo funciona em mandar música ao meu pai, eu mando um texto que escrevi ao meu pai e ele é um barómetro muito interessante e muito curioso. A validação dele importa. Às vezes não é validação, é opinião dele. O que é que ele sente sobre aquilo porque ele sente bem a coisa, percebe quando a música tem alguma coisa que possa ser interessante.A música chega a si pelo seu pai?Não, acho que vem mais da minha mãe. Eu acho que a minha mãe usava muita música para cantar aquele dia a dia difícil.Cantava?Cantava muito, cantava a fazer a lida da casa, trabalhar na costura. Ela teve tantas amarguras, tantas agruras na vida que o canto realmente espanta alguns demónios. E as mulheres da minha família tem muito isso. A minha avó também adora cantar. Às vezes o mundo estava a cair dentro de casa, mas ela ia para o postigo, no bairro de pescadores, lá em Setúbal, abria o postigo e cantava e as vizinhas juntavam se à porta. É muito engraçado porque há vizinhas que ainda me dizem a tua avó cantava tão bem e às vezes lá dentro aquilo estava tudo assim, muito frágil. Acho que também herdei um bocadinho isso, mas pronto. Voltando à questão dos prémios, não mudam nada, mas há sempre um certo sentimento de que eu, na verdade, só tenho 30.000 ouvintes nas plataformas digitais, o que é um número irrisório para uma população como a de Portugal.As plataformas e o número de seguidores dizem muito?Até diz sobre a minha música e sobre aquilo que eu escrevo, o que é que representa para o outro. Se há 30.000 pessoas a ouvir.30.000 pessoas que têm acesso, mas há quem não tenha acesso ou quem use outras formas para ouvir música?Também e eu vendo muitos CDS. Não muda nada, mas acaba por dar uma espécie de conforto de olha, não tens muitos ouvintes, não tens muitos seguidores, mas há sempre alguém que acha que aquilo que tu estás a fazer é importante e pode acrescentar alguma coisa. Eu acho que é isso.
Numa ilha tranquila, ele fala. Falava. Falará. O que acontece depois dos Arquivos? Qual é o resultado de sua criação e divulgação? Suas origens provavelmente transcendem os mares, a fala, e o tempo. Apenas descansem ao terminarem suas histórias! Com a voz de Raul! Arte por @rachelshiroganeoficial
São Tomé e Príncipe participa pela primeira vez nos Jogos Olímpicos, com três atletas em três modalidades. Para o chefe de missão da delegação de São Tomé e Príncipe nos Jogos Olímpicos de Paris, Filipe Neto, se "houver uma surpresa da medalha será uma alegria para São Tomé e Príncipe". RFI: Como correram as provas olímpicas dos atletas são-tomenses até ao momento?Filipe Neto: Nós trouxemos três atletas, uma em atletismo, um atleta em canoagem e um atleta no judo. Todos eles, pela primeira vez, nunca estiveram numa Olimpíada. Já competimos em judo e o nosso atleta de judo não conseguiu passar porque ele encontrou um adversário bastante forte em relação a ele. Em termos de ranking, o outro estava em 25.ª posição e ele na 324.ª - é uma diferença muito grande em relação à experiência técnica e ele não não conseguia ganhar. Depois, no dia 2 de Agosto tivemos a participação da Gorete Semedo nas provas de 100 metros, que para foi bastante gratificante porque ela passou a fase preliminar e ganhou. Talvez tenha feito muito esforço, o que não devia ser, mas isso é uma questão de mesmo da experiência.E competiu logo a seguir, numa segunda prova, com um espaço de tempo muito reduzido.Muito reduzido. Nós até pensávamos que ela iria ter pelo menos ou duas horas de descanso, mas só teve 30 minutos de descanso e não estava preparada para isso. A segunda prova, que era eliminatória, teve adversárias mais fortes e também um pouco de azar porque foi única a correr contra o vento. A Gorete tinha vento não a favor e as outras tiveram menos a favor. Mas ela teve uma boa prestação, deu tudo que tinha e nós agradecemos muito a ela, o treinador, o João Abrantes. A nível do Comité Olímpico, nós vamos continuar o projecto. Nós temos o próximo jogo de Los Angeles. Se ela estiver disposta para que nos próximos jogos ela tem a melhor prestação.Falámos com a Gorete depois da prova. Ela já disse naquele dia, portanto, na sexta-feira, no dia 2 de Agosto, que já estava a pensar em Los Angeles.Sim, nós também pensámos porque nós entendemos que ter bons resultados a nível do das Olimpíadas e dos Campeonatos do Mundo não são coisa que se faz num ou dois anos porque são projectos de quatro ou oito anos, até mesmo 12 anos, dependendo da idade do atleta. O que ela fez nos mostra que podemos confiar nela e basta ela aplicar-se um pouco mais e ela vai, vai melhorando e pensamos que com ela vamos continuar o projecto e também com os outros. Temos a canoagem que também é uma modalidade bastante plural a nível de São Tomé e Príncipe. Temos um projecto também a canoagem bastante boa e pensamos que com o mesmo, com a canoagem, o judo e as outras modalidades que são individuais para nós, pode entrar no projecto dos próximos jogos.São Tomé e Príncipe compete na sexta-feira, dia 8 de Agosto, na prova de canoagem. O que é que se espera?Como disse a Hermínia é uma atleta a este nível, também experiente, mas ela vai fazer o que estiver ao seu alcance. Vai dar tudo por tudo. Já está a adaptar ao rio e ao clima e vai tentar fazer o melhor que pode para que haja uma boa prestação. O importante é que nós conhecemos o nosso nível e sabemos que estar nos Jogos Olímpicos, dizer que viemos aqui para ganhar medalhas e às vezes é um sonho de loucos. Mas o desporto às vezes traz surpresas e a gente pode ver que durante essas Olimpíadas vimos campeãs do mundo a caírem logo na primeira, campeão olímpico a caírem e outros que não tinham experiência a ganhar. Portanto, há surpresas no desporto e se houver surpresa desses para nós, olha uma alegria bastante grande para São Tomé e Príncipe.Como é que se formam atletas olímpicos? Como é que se preparam atletas para estarem pela primeira vez, como é o caso de São Tomé e Príncipe, a participar aqui nos Jogos Olímpicos de Paris?Primeiramente nós conversamos com as federações, entregamos as federações os programas olímpicos e elas concorrem. Quando concorrem, nós enviamos os resultados para as federações internacionais e as federações internacionais analisam os resultados e atribuem uma bolsa olímpica. É a partir desta bolsa olímpica, nós enviamos os nossos atletas para diversos países para que eles possam ser preparados para esta estas competições.Sem essas bolsas olímpicas seria difícil para São Tomé ter atletas aqui presentes em Paris?Muito, mas muito difícil mesmo. Muito difícil, porque nós entendemos que preparar atletas para alta competição é algo que requer muito investimento. A preparação e o cuidado das federações, o investimento do comité e também o investimento do próprio Estado são-tomense. Todos nós devemos estar envolvidos numa só causa, porque a representação é única e de São Tomé e Príncipe. Nós viemos para aqui representar São Tomé e Príncipe e por isso é sempre que se o Estado, o Comité e as Federações e também alguns empresários estejam de mãos dadas para que essa representação seja a melhor possível.Como professor de Educação Física é possível reconhecer nas crianças, nos jovens, um futuro campeão olímpico, um futuro atleta promissor?Sim, é fácil conhecer. Nós, enquanto professor de Educação Física atentos, rapidamente detectamos o talento do do aluno. Mas só que realmente direccionamos esses alunos quando a federação também está bem organizada porque se a federação não estiver organizada, o aluno vai para ir dois ou três dias, volta a sair e perde-se. Por isso é que nós devemos fazer um trabalho também logo na escola, a nível de educação física, através do desporto escolar, nós detectamos os alunos, enviamos as federações e as federações trabalham com os alunos para que realmente o governo, o Comité Olímpico possa apostar nesses atletas. Uma das coisas que nós não não fazemos, em que nós pecamos é essa tenra idade que nós não trabalhamos muitas vezes com o aluno, porque é ali onde eles aprendem a técnica e a técnica tem muita influência no resultado desportivo.Essa falta de investimento acontece por falta de meios?Eu diria que o pouco que existe deveria ser aplicado. São Tomé e Príncipe é um país pequeno não tem grandes recursos financeiros, mas do pouco que existe, se nós o direccionarmos também para a parte social, sobretudo para o desporto, que de forma indirecta, tem muito a ver com o crescimento mental da população. Olha, nós conseguiríamos ter um melhor desporto e melhor resultado a nível nacional e internacional porque nós preferiríamos atletas e também preferiríamos homens para o futuro e a nossa sociedade seria um pouco melhor. Por isso é que o desporto, de uma forma ou de outra, é como se fosse um catalisador bastante bom para o desenvolvimento de qualquer sociedade.Essa energia desportiva sente-se ao longo desta semana que passou dos Jogos Olímpicos aqui na Aldeia Olímpica, na própria cidade de Paris, durante as provas, nos complexos desportivos. Existe uma energia de união, de igualdade?Sim, existe porque o desporto é mesmo para isso. Se nós encontramos a essência mesmo do desporto, eu até diria um pouco com orgulho - é a única parte social que une as pessoas, independentemente de haver embates de defesas contraditórias. Cada um defende o seu país no momento da actividade desportiva, Mas estão todos unidos. Ele envolve toda a gente. Depois de terminadas as competições, somos amigos, independentemente daquilo que tenha acontecido. Nós conhecemos pessoas de diferentes países e há outra coisa que nós sentimos aqui em Paris, é que o povo parisiense está todo em volta da sua selecção e isso é muito bonito. É muito bonito quando, quando toda a gente vibra pela sua cor, a sua bandeira, a sua selecção e mostrar também a sua terra aos outros que vêem a sua cidade, fazer com que as pessoas se sintam bem.Imagino que em São Tomé e Príncipe, durante as competições e as provas dos atletas são-tomenses também houve esta união e imagino que tenham recebido inúmeras mensagens depois das prestações dos atletas são-tomenses?Sim, sim, nós recebemos sobretudo na primeira actuação de Judo, enviamos os resultados para São Tomé e recebemos essa mensagem de apoio a dizer para que continue tudo bem para nós. Vamos continuar, vamos apoiar. Quando da Gorete correu, melhorou um pouco e sentimos também que eles lá em São Tomé também estão a pensar em nós e querem que nós tenhamos um bom resultado. É isso que estamos aqui a fazer e queremos dar alegrias.Falava há pouco da questão das fugas de atletas. De que forma é que olha para estas fugas às vezes de atletas de são-tomenses para Portugal, como é o caso, por exemplo, de Agate de Sousa?Bem, essa é uma situação em que, honestamente, sinto-me muito revoltado, não porque ela tenha ido, mas pela forma como é que ela foi e a forma como a entidade portuguesa desportiva lidou com isto. Para mim foi um acto de, eu até diria, traição. Honestamente, sinto-me muito magoado, inclusive com pessoas que estiveram envolvidos neste processo. Eu atrevo a dizer do presidente da Federação de Atletismo, que foi meu professor e para mim foi uma mágoa bastante grande, ela estava no nosso projecto de representação São Tomé e Príncipe nestes Jogos Olímpicos. Ela estava com uma bolsa olímpica. Às vezes este tipo de coisas mina a boa relação que a gente tem com determinadas pessoas.Portanto, há toda uma organização que está por detrás, entre países, uma organização geopolítica para tentar conquistar mais medalhas?Sim, isso é verdade. Não quero dizer que isto seja só a nível do desporto porque é mesmo a todos os níveis. A gente sente que, se nós que somos africanos, se não nos sentirmos verdadeiramente africanos, é que devemos representar o nosso continente, o nosso país, dar orgulho ao nosso país. A Europa não quer o desenvolvimento de África. Eu digo isso com toda a certeza, apesar de um ou outro levar alguns apoios, mas no fundo eles não querem desenvolvimento porque se quisessem o desenvolvimento, porque o próprio presidente da Federação, em momento em que estive em Portugal na formação de atletismo, ele disse-me 'olha, se eu tivesse a hipótese, eu iria buscar muitos, muitos atletas a São Tomé', e eu disse: 'claro, lá existem bastante, mas se vocês quisessem ir buscar vocês punham lá algumas condições para nós. Trabalharíamos atleta, vocês ficariam com uma parte, nós ficaríamos como contraparte'. Mas eles não dão nada, não fazem nada. Não falamos com o Comité Olímpico Internacional, falamos com solidariedade olímpica, mas notamos que mesma federação internacional são lobbys, são coisas que existem. Quando puder desaparecer com o outro para ser mais fraco, eles conseguem fazer isso.
Ana Marta Ferreira é a mais nova de 4 irmãos, começou desde cedo a representar e sofreu bullying por isso. É uma mãe aventureira e uma futura ceramista, numa frase podemos dizer que ela "é épica"!See omnystudio.com/listener for privacy information.
Conversas com as Entidades sobre temas diversos
Depois da dissolução da Assembleia Nacional anunciada por Emmanuel Macron na noite das eleições europeias, os franceses são chamados às urnas este domingo, 30 de Junho, para eleger os 577 deputados. O professor auxiliar na Universidade de Paris-Nanterre, Christophe Araújo, afirma que "a França vive um grande momento de incerteza política". RFI: O que reteve desta curta campanha eleitoral?Christophe Araújo: Esta campanha eleitoral, como referenciou, foi muito curta. Não era nada prevista. Como já deve saber, não estávamos assim com tanta expectativa de haver novas eleições. E foi uma campanha muito rápida, com muitos confrontos. Sabemos muito bem que a reforma nacional está a ganhar cada vez mais peso e houve muitos confrontos ideológicos. Uma defesa muito forte também da parte do actual governo, que está a tentar ver se consegue limitar a fuga dos votos. Foi algo surpreendente, direi, e intenso. Muita incerteza a nível nacional, como a nível internacional, creio eu. Houve tempo em duas semanas para conhecer as propostas e o que defende cada candidato dos principais partidos?Vemos muito bem com estas eleições legislativas antecipadas, que foi um pouco uma continuação das eleições europeias e vemos também que essas eleições europeias foram muito nacionalizadas. As temáticas dos principais candidatos, nas eleições de 9 de Junho, tinham como principal enfoque uma dimensão nacional.Ou seja, em vez de ter um programa que fosse europeu, era muito focado no contexto francês. Acho que as pessoas pouco lidaram com o projecto a nível nacional, porque já havia as principais temáticas, a questão da imigração, as questões económicas já estavam no espaço público e creio que houve uma continuação.E houve muito poucos partidos,de esquerda, do centro e da extrema-direita, que tivessem uma dimensão mais europeia, exlcuindo o candidato do PS, Raphaël Glucksmann. Os Verdes também, talvez, mas não tiveram muita audiência nesta campanha. É uma sequência quase lógica destas eleições europeias. As pessoas não estão muito focadas nos programas dos candidatos de cada círculo eleitoral.Quando vemos os panfletos dos partidos distribuídos esta semana, as pessões que aparecem, por na União Nacional, são o Jordan Bardella e a Marine Le Pen. E os nomes aparecem muito pequenos. Ou seja, esta dimensão local que podia haver nas legislativas está muito atrás. Aliás, acho que estas eleições aparecem como um referendo, "sim ou não", contra ou a favor de Macron. As pessoas já conhecem as temáticas porque já tinham sido muito referenciadas durante as eleições europeias. Portanto, acho que as pessoas não ligam tanto ao programa, apesar de haver também, claro, estas propostas que foram lançadas com a nova Frente Popular, coligação que conseguiu realizar um programa em escassos dias, mas que tiveram tendência para aglomerar um pouco as propostas feitas nas eleições presidenciais de 2022.Estão a tentar reactualizar o debate sobre a pensão das reformas, muito contestada pela esquerda, e lembrar quais foram as principais medidas que foram criticadas nesta legislatura e presidencial desde 2022. A França é hoje um país fragmentado?Por um lado há divisões, há divisões, como sempre houve em todos os países. Penso também que o presidente possa estar a incentivar esta dimensão de fragmentação e insistindo até numa ideia de uma possível guerra civil para tentar aparecer com a força política mais moderada.De facto, há umas fragmentações que estão cada vez mais fortes. Muito acerca da questão da imigração, da preferência nacional, do facto de dar prioridade aos franceses "de raíz", como eles dizem. A questão também da mundialização, da europeização. Há muitas tensões que estão a aparecer.Penso também no conflito que está a ocorrer entre Israel e Palestina. É também claro que há uma fragmentação que é incentivada, quer pela extrema-esquerda, quer também pela extrema-direita. Acho que todos os partidos estão um pouco a incentivar esta fragmentação e de facto perde-se a ligação entre os cidadãos franceses. A situação está a ficar cada vez mais tensa. Vamos ver qual será o resultado, mas acho que vai ser um pouco tenso. Há motivos para apreensão quanto ao desfecho destas eleições? Falava em tensão e falava na incógnita do que pode vir a acontecer depois destas eleições legislativas antecipadas. O autarca de Lyon, por exemplo, pediu reforços policiais, Grégory Doucet mostrou-se preocupado com uma crescente instabilidade ?De facto, há uma tendência em haver uma contestação muito forte. Os resultados serão logicamente democráticos, não duvido disto, mas as tensões estão cada vez mais fortes e se o país se vir dominado pela extrema direita, vai haver uma reação, creio eu.Não sei se vai haver barricadas, não sei em que medida as coisas vão correr bem ou mal, espero eu que não vamos ter uma situação de pré-guerra civil. Creio que não, também porque as pessoas já estão um pouco conformadas com a ideia de um papel crescente da extrema-direita em França e de uma vitória dessas ideias. Poedrá haver epsaço para uma resposta republicana, mas sem o uso da violência.
Ralf revela no velório de Chrystian que não falava com o irmão há quatro anos. Motorista morre atropelado pelo ônibus que ele mesmo dirigia no Rio. E mais.
Em setembro de 1974, o jornal Última Hora de Samuel Wainer apresentou uma entrevista exclusiva com Julinho da Adelaide. Conduzida por Mário Prata e Melchiades Cunha Jr., a conversa foi gravada e hoje é um dos mais interessantes registros daqueles anos de chumbo. Para você entender um pouco melhor do que estamos falando, acompanhe o depoimento do jornalista e escritor Mário Prata publicado em 1998 no site oficial de Chico Buarque: “Eu me lembro até da cara do Samuel Wainer quando eu disse que estava pensando em entrevistar o Julinho da Adelaide para o jornal dele. Ia ser um furo. Julinho da Adelaide, até então, não havia dado nenhuma entrevista. Poucas pessoas tinham acesso a ele. Nenhuma foto. Pouco se sabia de Adelaide. Setembro de 74. - Ele topa? - Quem, o Julinho? - Não, o Chico.O Chico já havia topado e marcado para aquela noite na casa dos pais dele, na rua Buri. Demorou muitos uísques e alguns tapas para começar. Quando eu achava que estava tudo pronto o Chico disse que ia dar uma deitadinha. Subiu. Voltou uma hora depois.Lá em cima, na cama de solteiro que tinha sido dele, criou o que restava do personagem. Quando desceu, não era mais o Chico. Era o Julinho. A mãe dele não era mais a dona Maria Amélia que balançava o gelo no copo de uísque. Adelaide era mais de balançar os quadris. Julinho, ao contrário do Chico, não era tímido. Mas, como o criador, a criatura também bebia e fumava. Falava pelos cotovelos. Era metido a entender de tudo. Falou até de meningite nessa sua única entrevista a um jornalista brasileiro. Sim, diz a lenda que Julinho, depois, já no ostracismo, teria dado um depoimento ao brasilianista de Berkely, Matthew Shirts. Mas nunca ninguém teve acesso a esse material. Há também boatos que a Rádio Club de Uchôa, interior de São Paulo, teria uma gravação inédita. Adelaide, pouco antes de morrer, ainda criando palavras cruzadas para o Jornal do Brasil, afirmava que o único depoimento gravado do filho havia sido este, em setembro de 1974, na rua Buri, para o jornal Última Hora. Como sempre, a casa estava cheia. De livros, de idéias, de amigos. Além do professor Sérgio Buarque de Hollanda e dona Maria Amélia, me lembro da Cristina (irmã do Julinho, digo, Chico) e do Homerinho, da Miucha e do capitão Melchiades, então no Jornal da Tarde. Tinha mais irmãos (do Chico). Tenho quase certeza que o Álvaro e o Sergito (meu companheiro de faculdade de Economia) também estavam.Quem já ouviu a fita percebeu que o nível etílico foi subindo pergunta a resposta. O pai Sérgio, compenetrado e cordial, andava em volta da mesa folheando uma enorme enciclopédia. De repente, ele a coloca na minha frente, aberta. Era em alemão e tinha a foto de uma negra. Para não interromper a gravação, foi lacônico, apontando com o dedo:- Adelaide.Essa foto, de uma desconhecida africana, depois de alguns dias, estaria estampada na Última Hora com a legenda: arquivo SBH. Julinho não se deixaria fotografar. Tinha uma enorme e deselegante cicatriz muito mal explicada no rosto. Naquelas duas horas e pouco que durou a entrevista e o porre, Chico inventava, a cada pergunta, na hora, facetas, passado e presente do Julinho. As informações jorravam. Foi ali que surgiu o irmão dele, o Leonel (nome do meu irmão), foi ali que descobrimos que a Adelaide tinha dado até para o Niemeyer, foi ali que descobrimos que o Julinho estava puto com o Chico:- O Chico Buarque quer aparecer às minhas custas.Para mim, o que ficou, depois de quase 25 anos, foi o privilégio de ver o Chico em um total e super empolgado momento de criação. Até então, o Julinho era apenas um pseudônimo pra driblar a censura. Ali, naquela sala, criou vida. Baixou o santo mesmo. Não tínhamos nem trinta anos, a idade confessa, na época, do Julinho.Hoje, se vivo fosse, Julinho teria 55 anos (em 1998, quando o texto foi escrito). Infelizmente morreu. Vítima da ditadura que o criou. --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/pecasraras/message
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e o Presidente francês, Emmanuel Macron, vão assinar um acordo de segurança entre os dois países esta sexta-feira, 16 de Fevereiro, no palácio do Eliseu. Segundo a investigadora de Relações Internacionais do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, Maria Ferreira, "estes acordos pretendem sinalizar que, para os europeus, a Ucrânia não está sozinha". RFI: O acordo surge poucos dias depois das declarações do novo chefe de Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia que descreve a situação militar da Ucrânia como "extremamente preocupante". Como é que interpreta esta declaração?Maria Ferreira: A Ucrânia está numa situação particularmente sensível devido à falta de artilharia e à falta de munições e às grandes linhas de frente, sobretudo ao nível da defesa aérea. Este acordo, que vai ser assinado entre a França e a Ucrânia, na presença do Presidente Volodymyr Zelensky, segue-se à necessidade que o Presidente ucraniano sente em recentrar a atenção na Ucrânia após, desde Outubro de 2023, depois da atenção mediática se ter-se centrado sobretudo no Médio Oriente. Este acordo cumpre os acordos prévios estabelecidos no contexto do G7 e da Cimeira da NATO, em Julho de 2023.Nessa altura, no verão de 2023, os membros do G7 não se comprometendo com a possível adesão da Ucrânia ao bloco, manifestaram o seu empenho em providenciar segurança à Ucrânia a longo prazo e que, no longo prazo, significa no mínimo de dez anos. Sendo que quer a França, quer o Reino Unido assinaram acordos bilaterais ou prometeram assinar acordos bilaterais com a Ucrânia no sentido de providenciar um pacote de ajuda que, no caso do Reino Unido, foi um pacote de 2,5 bilhões de libras a serem transferidas durante o próximo ano. Este é o maior pacote de ajuda britânica à Ucrânia desde o início da guerra, tratando sobretudo de ajuda militar com mísseis de longo alcance, drones, munições e segurança marítima e algo que para a Ucrânia fundamental, que é a segurança aérea. Estes acordos prevêem o fornecimento de equipamento militar moderno, bem como o treino de efectivos militares ucranianos, o que é particularmente importante numa altura em que se espera que a Rússia, agora com a primavera, desenvolva ofensivas de larga escala no território ucraniano.O Reino Unido foi o primeiro país a chegar a um acordo, durante a visita do primeiro-ministro britânico a Kiev em Janeiro. Até agora, os países da União Europeia não tinham dado esse passo. A França pode fazê-lo. A União Europeia está preocupada com a segurança dos países europeus?A União Europeia está preocupada porque está a chegar à conclusão que, do outro lado do Atlântico, nos Estados Unidos, a tradicional aliança europeia e norte-americana na gestão da segurança europeia que vem de 1949, que é a NATO, pode estar comprometida. A França tem sido um aliado da Ucrânia. Estava, aliás, previsto que Macron visitasse a Ucrânia ainda neste mês de Fevereiro. É muito importante dizer que Rishi Sunak visitou a Ucrânia em Janeiro e foi a sua primeira visita de Estado de 2024, o que é de assinalar. Estes acordos que a Ucrânia está a tentar assegurar assumem especial relevância quando as políticas e o avançar do caminho de Donald Trump para Washington está claramente a ser um entrave no empenho norte-americano em continuar a auxiliar a Ucrânia, tendo Donald Trump inclusive ameaçado a própria existência da Aliança Atlântica e, com as suas declarações, assumido aquilo que pode ser um futuro apoio inequívoco e um pouco paradoxal de Washington sob uma presidência de Trump a Moscovo.Quer a França, quer o Reino Unido têm pressionado os aliados europeus para a manutenção da ajuda à Ucrânia e têm preparado a indústria de defesa europeia para uma espécie de economia de guerra, ou seja, para o prolongamento da guerra. O que também vai, diga-se, aliás, estimular a produção de armamento que a Ucrânia precisa, desesperadamente, para conseguir segurar a sua frente leste. Portanto, estes acordos pretendem sinalizar que, para os europeus, a Ucrânia não está sozinha. E aqui, quando digo para os europeus, estou também a incluir o Reino Unido. Será interessante avaliar a posição britânica, se Donald Trump chegar ao poder. É preciso relembrar que estes acordos, sendo acordos a dez anos, pretendem assegurar a assistência militar à Ucrânia até uma possível adesão da NATO. Portanto, quer a França, quer o Reino Unido estão a pressupor que a Ucrânia não vai aderir à NATO no médio prazo e, portanto, até que a Ucrânia adira à NATO, estes dois países - e possivelmente a Alemanha, também - estão a querer cobrir esse período de transição até uma possível adesão da Ucrânia à NATO, com ajuda militar. A ajuda militar que tem sido prometida pelos países bálticos, que têm sido os grandes apoios de Volodymyr Zelensky.Falta armamento, falta financiamento à Ucrânia. Nos Estados Unidos, os parlamentares não conseguem acordo para prestar apoio à Ucrânia. Falava há pouco das declarações de Donald Trump, que ameaçou os aliados da NATO a não os defender, se for o caso disso, se forem atacados por Vladimir Putin. Existe uma conivência entre a Rússia e Donald Trump. Esta é, a seu ver, uma ameaça que se pode levar a sério ou são afirmações de campanha?Eu penso que é uma ameaça que se tem que levar muito a sério. Aliás, já no primeiro mandato, Donald Trump, o então presidente norte-americano, agitou a bandeira das responsabilidades financeiras dos membros da Aliança Europeus em relação à NATO. Estas acusações são fortemente políticas. Nunca o empenho militar dos membros da NATO, dos membros europeus da NATO foi tão elevado e, portanto, estas afirmações só podem ser interpretadas como a necessidade que Donald Trump sinta de prestar apoio e solidariedade a Vladimir Putin, que é um aliado ideológico de Donald Trump. Isto é preocupante porque está aqui claramente a definir uma aliança de autocracias contra uma aliança das democracias.É por isso que o Reino Unido, neste contexto tem que ser menos atlântico, caso Donald Trump venha a vencer, como se espera, as eleições de Novembro dos 24, e mais europeu do que Donald Trump vai alinhar a política norte americana com as autocracias, com a autocracia russa, nomeadamente. Vai distanciar-se da aliança europeia, vai possivelmente colocar em causa a própria viabilidade da NATO. E isto deve fazer os parceiros europeus acordarem para a necessidade de, autonomamente, repensarem a segurança e a defesa europeias.
Chico é um dos mais importantes e respeitados expoentes do Espiritismo no Brasil e no mundo. Sua vida foi marcada por uma dedicação excepcional ao serviço espiritual e a caridade. Ficou conhecido por sua mediunidade psicográfica, ele psicografou mais de 10 mil cartas e 450 livros inteiros ditados por espíritos, muitos deles escritores já falecidos. Esses livros abordavam diversos temas, desde espiritualidade até filosofia, sempre com o objetivo de elevar o espirito humano e oferecer conforto aos que sofrem. Os livros psicografados por Chico foram traduzidos para vários idiomas e venderam mais de 50 milhões de exemplares. Ele podia ter ficado rico, mas cedeu os direitos autorais de todos os livros que psicografou, em cartório, para instituições de caridade. Fundou varias instituições espiritas que continuam seu trabalho de assistência social e espiritual ate hoje. Apesar da fama, Chico Xavier sempre evitou os holofotes. Levou uma vida modesta e reservada. Vivia numa casinha minúscula de apenas um quarto, uma cozinha pequena e uma sala repleta de livros e nunca teve carro. Pagava as contas com sua modesta aposentadoria de escriturário. Além de seu trabalho como médium, Chico Xavier era conhecido por sua humildade, generosidade e dedicação ao próximo, chegando a ser indicado para receber o premio Nobel da paz por 2 vezes. Mesmo sendo uma pessoa ligada ao espiritismo, Chico Xavier é respeitado por pessoas de diversas religiões e crenças ao redor do mundo. Mais um brasileiro que vale a pena conhecermos a história! Referencias Áudio livro – O Homem que Falava com Espíritos (Chico Xavier) - Data Limite - Programa Paranormal Experience - entrevista com Juliano Pozati - Programa Paranormal Experience - Entrevista Geraldo Lemos Filme – “As vidas de Chico”. - Wikipédia - Saindo da Matrix O Canal Loucos por Biografias trás novas histórias todos os sábados as 14hs. Até a próxima história! (Tânia Barros) Apoie esse Canal com R$5,00 mensais - https://www.catarse.me/loucosporbiografias contato: e-mail – loucosporbiografias@gmail.com --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/loucosporbiografias/message Support this podcast: https://podcasters.spotify.com/pod/show/loucosporbiografias/support
O Presidente guineense anunciou esta segunda-feira, 4 de Dezembro, a dissolução do Parlamente e a convocação de eleições legislativas antecipadas. Passados seis meses das últimas eleições legislativas, a Guiné-Bissau "está sem Parlamento e sem governo. José Mário Vaz foi o único Presidente que conseguiu concluir o seu mandato, contrariamente aos governos. Nunca houve um governo que chegou ao fim do seu mandato", lembra o analista político, Diamantino Lopes. O Presidente guineense anunciou esta segunda-feira a dissolução do Parlamente e a convocação de eleições legislativas antecipadas, na sequência dos confrontos de quinta e sexta-feira entre forças de segurança, que Umaro Sissoco Embaló considerou tratar-se de um "golpe de Estado". "A Guiné-Bissau volta a mergulhar numa crise política e militar, considerando estes eventos de quinta para sexta-feira e depois da decisão do Presidente, que culminou com a dissolução da Assembleia Nacional Popular e do governo", afirma o analista político guineense, Diamantino Lopes.A Guiné-Bissau teve eleições legislativas a 4 de Junho, passados seis meses o país "está sem Parlamento e sem governo. Vivemos ciclos viciosos de crises políticas que interrompem o curso dos círculos eleitorais. José Mário Vaz foi o único Presidente que conseguiu concluir o seu mandato, contrariamente aos governos. Nunca houve um governo que chegou ao fim do seu mandato", aponta.O analista descreve "a incapacidade dos actores políticos lidarem com orientações democráticas como prevê a lei". Diamantino Lopes recorda que existem muitos problemas geopolíticos: "A Guiné-Bissau parece ser um espaço de experimentação de tudo. É um país cuja influência sub-regional está muito presente, sobretudo por parte do Senegal. Parece que a Guiné-Bissau é uma província do Senegal", compara o analista.A Guiné-Bissau vive uma "crescente violação da Constituição, que se verificou ao longo do tempo, e a dissolução do Parlamento é um exemplo claro", aponta o investigador recordando que "o artigo 94 da Constituição guineense é claro": A Assembleia Nacional Popular não pode ser dissolvida nos 12 meses posteriores à eleição, no último semestre do mandato do Presidente da Republica ou durante a vigência do estado do sítio ou de emergência."Esta não é a primeira vez que se regista uma violação da Constituição", lembra Diamantino Lopes, defendendo que cabe aos partidos da oposição "serem coerentes e exigir a reposição da legalidade. Esta nova crise pode ser vista como uma oportunidade para que os partidos da oposição possam voltar ao poder, apoiando a ilegalidade para tirar o máximo de proveito".O analista guineense defende, ainda, que o povo deveria ser ouvido, uma vez que "elegeu um Parlamento para quatro anos, deveria haver consideração para com o povo. Governamos para o povo e a democracia é o povo".Desde a tomada de posse do governo "havia expectativas negativas quanto ao futuro [do país]. Falava-se constantemente da queda do Parlamento, do governo. A sociedade sabia que isto poderia acontecer porque vencer eleições e não governar tornou-se uma moda [na Guiné-Bissau]", concluiu.
Lives Amorosidade
Apoie esse Canal com R$5,00 mensais - https://www.catarse.me/loucosporbiografias José Bonifácio era um homem pequeno, pálido, mas impressionava por seu vasto conhecimento em várias áreas. Falava fluentemente 6 idiomas, entendia outros cinco. Foi vice-presidente da província de São Paulo, Ministro do Príncipe Regente D. Pedro e claro se tornou muito conhecido por sua excepcional atuação politica no processo da Independência do Brasil de Portugal ao lado da Princesa Leopoldina. Na Europa lutou contra as tropas de Napoleão Bonaparte e era muito respeitado como um excelente naturalista especialmente em mineralogia, ao descobrir e descrever quatro minerais, incluindo a petalita, que mais tarde permitiria a descoberta do elemento lítio. Bonifácio sonhava com um Brasil moderno, progressista e educado. Defendia a criação de instituições de ensino superior, laboratórios de pesquisa e bibliotecas para promover o progresso científico e cultural do nosso país. Ele não usava mão de obra escrava e defendia a abolição gradual da escravidão no Brasil, além da reforma agraria, a inclusão dos índios a sociedade e a miscigenação do povo brasileiro. Mais um brasileiro(a) que vale a pena conhecermos a história! O Canal Loucos por Biografias trás novas histórias todos os sábados as 14hs. Até a próxima história! (Tânia Barros) e-mail - taniabarros339@gmail.com --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/loucosporbiografias/message Support this podcast: https://podcasters.spotify.com/pod/show/loucosporbiografias/support
"O Espírito de Verdade, que o mundo não pode receber, porque não O vê nem O conhece; mas vós O conheceis, porque HABITA CONVOSCO, E ESTARÁ EM VÓS. Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós." João 14:17-18
O Presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou este fim-de-semana que vai enviar para o Conselho de Estado uma proposta de lei para gravar na Constituição francesa a liberdade das mulheres recorrerem ao aborto, uma promessa que pode entrar em vigor em 2024. Em entrevista à RFI, Luísa Semedo, conselheira das Comunidades portuguesas, reconhece que o anúncio de Presidente francês representa uma vitória para as feministas. Em França, o direito à interrupção voluntária da gravidez está actualmente consagrado numa lei ordinária que data de 1975, e a sua consagração no direito constitucional dificultaria qualquer tentativa futura do legislador de o abolir ou de o limitar fortemente.Este fim-de semana, o Presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou este fim-de-semana que vai enviar para o Conselho de Estado uma proposta de lei para gravar na Constituição francesa a liberdade das mulheres recorrerem ao aborto, uma promessa que pode entrar em vigor em 2024.Em entrevista à RFI, Luísa Semedo, conselheira das Comunidades portuguesas, reconhece que o anuncio de Presidente francês será um marco no mandato de Emmanuel Macron e representa uma vitória para as feministas.RFI: Como é que interpreta a decisão do Presidente francês?Luísa Semedo, conselheira das Comunidades portuguesas: Inicialmente, o texto não era este. Falava-se no direito das mulheres e não na liberdade das mulheres recorrem ao aborto. Entretanto, o texto foi alterado por causa da pressão dos partidos de direita e extrema direita.Depois, os partidos de esquerda acabaram por fazer alguma pressão ao se mostrarem favoráveis a um referendo e o chefe de Estado acabou por anunciar esta proposta de lei.Emmanuel pretendeu evitar um referendo? O que é que ele temia? Temia que esta alteração da elei não fosse da sua autoria. Isto porque os últimos chefes de Estado têm deixado uma medida “simbólica” no fim do mandato. No caso de François Mitterrand foi a pena de morte, o casamento LGBT para François Hollande ou Giscard d'Estaing com o aborto. Cada um tem a sua vitória progressista. Esta lei [que ainda terá que ser votada] será um marco no mandato de Emmanuel Macron.Podemos falar numa decisão simbólica? É uma decisão simbólica, mas também é uma decisão muito importante. É uma vitória das feministas. É a prova de que nada cai do céu quando se trata de direitos das mulheres. Há muitos anos que existe esta pressão para que o direito ao aborto esteja o mais garantido possível e evitarmos um retrocesso, nomeadamente com os partidos de direita e extrema direita. Desta forma, Emmanuel Macron segue o caminho que foi defendido pelas feministas para evitar retrocessos nesta liberdade que as mulheres têm de recorrer ao aborto. Esta inscrição do aborto na Constituição pretende evitar um retrocesso? Sim. Para que as mulheres possam estar confiantes de que não se passará o que se tem passado em alguns países, por exemplo nos Estados Unidos. E quais são as grandes mudanças? Para voltar atrás é muito mais complicado. Passa ser um direito fundamental e precisa de muitas etapas para voltar atrás. Não basta só mudar de governo. Imaginemos que agora a extrema direita era governo. Ela não pode, sozinha, voltar atrás. Esta já é uma garantia muito importante. Depois, também há a questão do acesso [ao aborto], que continua a ter alguns obstáculos, e o facto de estar na Constituição dá mais força a que o acesso seja garantindo. Este era um dos pedidos das feministas. A deputada da França Insubmissa, Mathilde Panot, propôs em Novembro de 2022, na Assembleia uma proposta de lei que garantisse o direito e não apenas a liberdade das mulheres recorreram ao aborto. O texto acabou por ter de ser alterado por pressões, nomeadamente da direita. Qual é, a seu ver, a diferença entre a nomenclatura dos termos direito e liberdade de poder recorrer ao aborto? Se está escrito direito significa que o Estado tem que se responsabilizar para que as condições de acesso estejam garantidas. Enquanto, se estiver escrito liberdade, estamos no âmbito de que a mulher tem a liberdade de o fazer, mas o Estado não tem mesma obrigação de garantir as mesmas condições. Para nós, o mais importante teria sido o direito fundamental ao direito e a partir dessa formulação isso faria com que o Estado tivesse a obrigação de proporcionar o acesso ao aborto. Actualmente, em França as mulheres podem recorrer ao aborto ate às 14 semanas. Esta inscrição na Constituição pode permitir, por exemplo, um alargamento do tempo em que as mulheres poderem recorrer ao aborto? A questão do aborto é uma questão multifactorial. Não se trata apenas de uma questão política, também é uma questão de comissões de ética, de médicos. Portanto, há aqui muitas questões em jogo. Ou seja, a data em si não é só uma questão de vontade política.Com esta decisão, a França quer impedir um recuo dos direitos das mulheres, evitando um cenário que se tem vivido em alguns países, nomeadamente, nos Estados Unidos, na Eslováquia e na Roménia? Que não haja este retrocesso que acabamos por ver em outros países. A extrema direita veio dizer que não é preciso entrar na Constituição, uma vez que esse direito não estava posto em risco. Todavia, não é isso que constatamos cada vez que a extrema-direita chega ao poder. Não podemos confiar nas palavras da extrema direita em relação a isto.
Apoie esse Canal com R$5,00 mensais - https://www.catarse.me/loucosporbiografias O escritor e editor brasileiro MONTEIRO LOBATO foi um dos primeiros autores de literatura infantil do Brasil e de toda América Latina. "O Sítio do Pica-pau Amarelo" é sua obra de maior destaque na literatura infantil. Foi também caricaturista, tradutor, editor, advogado, promotor público, adido comercial, empresário, fundou a Companhia Petróleo do Brasil, à qual se dedicou por dez anos e criou a "Editora Monteiro Lobato" e mais tarde a "Companhia Editora Nacional". Falava vários idiomas e muitas das obras editadas por ele foram traduzidas por ele mesmo. Apesar de ser mais conhecido por suas obras infantis, Monteiro Lobato também deixou extensa obra voltada para o público adulto. Retratou os vilarejos decadentes e a população do Vale do Paraíba, quando da crise do café se instalou. Monteiro Lobato situa-se entre os autores do Pré-Modernismo, período que precedeu a Semana de Arte Moderna de 1922. Mais um brasileiro que vale a pena conhecermos a história! O Canal Loucos por Biografias trás novas histórias todos os sábados as 14hs. Até a próxima história! (Tânia Barros) e-mail - taniabarros339@gmail.com --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/loucosporbiografias/message Support this podcast: https://podcasters.spotify.com/pod/show/loucosporbiografias/support
Leitura bíblica do dia: Números 21:4-9; 2 Reis 18:4-7 Plano de leitura anual: Salmos 120–122; 1 Coríntios 9; O tratamento médico trouxe alívio para as severas alergias alimentares de um familiar. Fiquei tão animada que falava sobre isso o tempo todo. Falava sobre o processo em detalhes e enaltecia o médico que havia criado o programa. Finalmente, alguns amigos comentaram: “Cremos que Deus é quem deve receber o crédito pela cura”. Isso me fez parar e pensar se eu havia desviado o meu olhar do Supremo Médico e transformado tal cura em um ídolo. A nação de Israel caiu numa armadilha semelhante quando começou a queimar incenso a uma serpente de bronze que Deus havia usado para curá-los. Eles a adoravam até que Ezequias identificou isso como idolatria e “despedaçou a serpente de bronze que Moisés havia feito” (2 Reis 18:4). Séculos antes, “o Senhor enviou serpentes venenosas que morderam o povo, e muitos morreram” (Números 21:6). Embora a rebelião espiritual de Israel tivesse causado o problema, o povo clamou pela ajuda divina. Com misericórdia, Deus orientou Moisés: “Faça a réplica de uma serpente venenosa e coloque-a no alto de um poste” para que todos a vejam. Quem olhasse para essa réplica seria curado (vv.4-9). Alguma dádiva de Deus se tornou objeto de louvor, em vez da evidência de Sua misericórdia e graça? Apenas o nosso Santo Deus, a Fonte de toda dádiva (Tiago 1:17), é digno de adoração. Por: Jennifer Benson Schuldt
Pergunte ao Vampeta! Por que de fato Rivaldo odeia e falava mal do Corinthians? O Velho Vamp foi questionado sobre o assunto e também respondeu outras dúvidas dos internautas. Ouça o 150º programa da série na Jovem Pan Esportes. See omnystudio.com/listener for privacy information.
Sejam bem-vindos a mais um episódio, você sabe qual era a língua falada na época de Jesus? Hoje te mostrarei que Jesus poderia ter sido bilíngue! Quer saber mais? Vem com a gente pra mais um episódio. Curso para pregadores por menos de R$50 REAIS: https://pay.kiwify.com.br/uDdssFg --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/teologiacomcafe/message Support this podcast: https://podcasters.spotify.com/pod/show/teologiacomcafe/support
Em escola na Cidade do México, crianças são reunidas em turmas não por sua idade (variando de 2,5 a 17 anos), mas por capacidade e desenvolvimento intelectual.
Em escola na Cidade do México, crianças são reunidas em turmas não por sua idade (variando de 2,5 a 17 anos), mas por capacidade e desenvolvimento intelectual.
Publicado primeiro nos podcasts: shows.acast.com/comentario - GooglePodcast ApplePodcasts Deezer iHeartRadio Stitcher ListenNotes Player.fm Podtail Podbean MyTuner-Radio Castbox iVoox Chartable HubHopper Spotify Hosted on Acast. See acast.com/privacy for more information.
Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 24,13-35 Naquele mesmo dia, o primeiro da semana, dois dos discípulos de Jesus iam para um povoado, chamado Emaús, distante onze quilômetros de Jerusalém. Conversavam sobre todas as coisas que tinham acontecido. Enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e começou a caminhar com eles. Os discípulos, porém, estavam como que cegos, e não o reconheceram. Então Jesus perguntou: 'O que ides conversando pelo caminho?' Eles pararam, com o rosto triste, e um deles, chamado Cléofas, lhe disse: 'Tu és o único peregrino em Jerusalém que não sabe o que lá aconteceu nestes últimos dias?' Ele perguntou: 'O que foi?' Os discípulos responderam: 'O que aconteceu com Jesus, o Nazareno, que foi um profeta poderoso em obras e palavras, diante de Deus e diante de todo o povo. Nossos sumos sacerdotes e nossos chefes o entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram. Nós esperávamos que ele fosse libertar Israel, mas, apesar de tudo isso, já faz três dias que todas essas coisas aconteceram! É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos deram um susto. Elas foram de madrugada ao túmulo e não encontraram o corpo dele. Então voltaram, dizendo que tinham visto anjos e que estes afirmaram que Jesus está vivo. Alguns dos nossos foram ao túmulo e encontraram as coisas como as mulheres tinham dito. A ele, porém, ninguém o viu.' Então Jesus lhes disse: 'Como sois sem inteligência e lentos para crer em tudo o que os profetas falaram! Será que o Cristo não devia sofrer tudo isso para entrar na sua glória?' E, começando por Moisés e passando pelos Profetas, explicava aos discípulos todas as passagens da Escritura que falavam a respeito dele. Quando chegaram perto do povoado para onde iam, Jesus fez de conta que ia mais adiante. Eles, porém, insistiram com Jesus, dizendo: 'Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando!' Jesus entrou para ficar com eles. Quando se sentou à mesa com eles, tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e lhes distribuía. Nisso os olhos dos discípulos se abriram e eles reconheceram Jesus. Jesus, porém, desapareceu da frente deles. Então um disse ao outro: 'Não estava ardendo o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho, e nos explicava as Escrituras?' Naquela mesma hora, eles se levantaram e voltaram para Jerusalém onde encontraram os Onze reunidos com os outros. E estes confirmaram: 'Realmente, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão!' Então os dois contaram o que tinha acontecido no caminho, e como tinham reconhecido Jesus ao partir o pão. Palavra da Salvação
23ABR2023 COR LITÚRGICA: BRANCO 3º Domingo da Páscoa Anúncio do Evangelho (Lc 24,13-35) — Aleluia! Aleluia! Aleluia! — Senhor Jesus, revelai-nos o sentido da Escritura; fazei o nosso coração arder, quando falardes. — PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas. — Glória a vós, Senhor. 13Naquele mesmo dia, o primeiro da semana, dois dos discípulos de Jesus iam para um povoado, chamado Emaús, distante onze quilômetros de Jerusalém. 14Conversavam sobre todas as coisas que tinham acontecido. 15Enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e começou a caminhar com eles. 16Os discípulos, porém, estavam como que cegos, e não o reconheceram. 17Então Jesus perguntou: “O que ides conversando pelo caminho?” Eles pararam, com o rosto triste, 18e um deles, chamado Cléofas, lhe disse: “Tu és o único peregrino em Jerusalém que não sabe o que lá aconteceu nestes últimos dias?” 19Ele perguntou: “O que foi?” Os discípulos responderam: “O que aconteceu com Jesus, o Nazareno, que foi um profeta poderoso em obras e palavras, diante de Deus e diante de todo o povo. 20Nossos sumos sacerdotes e nossos chefes o entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram. 21Nós esperávamos que ele fosse libertar Israel, mas, apesar de tudo isso, já faz três dias que todas essas coisas aconteceram! 22É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos deram um susto. Elas foram de madrugada ao túmulo 23e não encontraram o corpo dele. Então voltaram, dizendo que tinham visto anjos e que estes afirmaram que Jesus está vivo. 24Alguns dos nossos foram ao túmulo e encontraram as coisas como as mulheres tinham dito. A ele, porém, ninguém o viu”. 25Então Jesus lhes disse: “Como sois sem inteligência e lentos para crer em tudo o que os profetas falaram! 26Será que o Cristo não devia sofrer tudo isso para entrar na sua glória?” 27E, começando por Moisés e passando pelos Profetas, explicava aos discípulos todas as passagens da Escritura que falavam a respeito dele. 28Quando chegaram perto do povoado para onde iam, Jesus fez de conta que ia mais adiante. 29Eles, porém, insistiram com Jesus, dizendo: “Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando!” Jesus entrou para ficar com eles. 30Quando se sentou à mesa com eles, tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e lhes distribuía. 31Nisso os olhos dos discípulos se abriram e eles reconheceram Jesus. Jesus, porém, desapareceu da frente deles. 32Então um disse ao outro: “Não estava ardendo o nosso coração, quando ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?” 33Naquela mesma hora, eles se levantaram e voltaram para Jerusalém onde encontraram os Onze reunidos com os outros. 34E estes confirmaram: “Realmente, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão!” 35Então os dois contaram o que tinha acontecido no caminho, e como tinham reconhecido Jesus ao partir o pão. — Palavra da Salvação. — Glória a vós, Senhor. --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/pe-jose-vicente/message
Produzido pelo vencedor do Grammy Latino, Swami Jr., “Gotas de oceano” reverencia a liberdade feminina com poesia e filosofia. A capa do quarto EP de Camilla Inês entrega o clima do disco que nasceu durante o período de isolamento social. Poético, plural, sensível e espontâneo, “Gotas de oceano” aproxima a artista da MPB sem perder a essência do Jazz, gênero brilhantemente explorado por ela no bem-sucedido Jazzmine de 2011. Com sete faixas autorais produzidas pelo vencedor do Grammy Latino, Swami Jr., “Gotas de oceano” traz no seu DNA vestígios dos momentos de introspecção, decorrentes da pandemia e tão fortemente vivenciados pela artista. Dividida entre Brasil e Portugal, Camilla compôs parte do repertório em Leiria, cidade portuguesa localizada na província da Beira Litoral, a experiência rendeu uma emocionada homenagem da artista ao local que a acolheu até o final de janeiro de 2020. O EP abre com a faixa Contra-o-Ponto, uma música dançante que convida o público para refletir sobre os rótulos sociais. Com um elegante naipe de metais, ela é também uma evocação de coragem contra uma sociedade formatada por padrões deturpados por uma massa, muitas vezes xenofóbica, homofobia ou racista. O refrão diz bem: “a força, a fórmula, a vírgula, é?” Nessa parte a artista convida o público a refletir sobre o que ele é. Morena é um autorretrato, uma canção que relembra a linguagem do saudoso Dominguinhos. A faixa recebeu a luxuosa interpretação do talentoso Mestrinho do Arcodeon – Esta canção tem sonoridade nordestina e vem da mulher nordestina que existe em mim; da mulher resiliente, valente, determinada, aquela que não desiste – Explica Camilla Inês, que é pernambucana e mora atualmente em Brasília – Essa valentia existe em todos nós brasileiros e isso é notório, faz parte da alma brasileira, somos trabalhadores, destemidos e ao mesmo tempo somos um povo alegre, acolhedor diante das adversidades da vida. Em Vã filosofia Camilla confirma a afinidade musical com Swami Jr., a voz do produtor evolui com delicadeza na faixa. A música surgiu durante um desabafo nas redes sociais - Eu sentia muita falta da minha família, mesmo estando a poucos quilômetros de distância. Falava muitas vezes ao telefone com minha amiga em Portugal e ela sentia o mesmo. Percebi que muitos estavam perto de suas famílias, mas isolados ao mesmo tempo. Foi quando escrevi os versos dizendo - Que vã filosofia/ que ironia/ te querer e não te ter – Pontua Camilla. Gotas de oceano, faixa título do disco, mistura sentimentos e emoções numa mensagem íntima da artista para tempos tão difíceis. Com voz macia e se debruçando na realidade dos dias atuais, lembra com leveza que juntos somos mais fortes. – Somos Gotas de Oceano / Mergulha nos braços meus / Me revela quais teus planos / Entre beijos, risos insanos / Cola o corpo com o meu. A poética delicada da canção expõe o estilo afiado da artista para compor – Componho muito rápido, sou uma observadora, uma fotógrafa dos gestos, movimentos e comportamento social, tudo me inspira. Esse processo é imediato. Muitas vezes nem preciso do instrumento musical, deixo a intuição falar mais alto – Finaliza Camilla Inês. Gostas de oceano chega nas principais plataformas digitais no próximo dia 9 de abril. Carregado de expectativas, esse é o primeiro trabalho autoral da artista que conta com 2 CDs lançados, Jazzmine (2011) e The Rhythm of Samba (2015), 1 EP – Influências do Jazz (2008) e 1 single – Vamos dançar um bolero (2018).
27JAN2023 COR LITÚRGICA: VERDE 3ª Semana do Tempo Comum | Sexta-feira Evangelho (Mc 4,26-34) — Aleluia, aleluia, aleluia. — Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, pois revelaste os mistérios do teu Reino aos pequeninos, escondendo-os, aos doutores! Cf. Mt 11,25 — Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos. — Glória a vós, Senhor. Naquele tempo, 26Jesus disse à multidão: “O Reino de Deus é como quando alguém espalha a semente na terra. 27Ele vai dormir e acorda, noite e dia, e a semente vai germinando e crescendo, mas ele não sabe como isso acontece. 28A terra, por si mesma, produz o fruto: primeiro aparecem as folhas, depois vem a espiga e, por fim, os grãos que enchem a espiga. 29Quando as espigas estão maduras, o homem mete logo a foice, porque o tempo da colheita chegou”. 30E Jesus continuou: “Com que mais poderemos comparar o Reino de Deus? Que parábola usaremos para representá-lo? 31O Reino de Deus é como um grão de mostarda que, ao ser semeado na terra, é a menor de todas as sementes da terra. 32Quando é semeado, cresce e se torna maior do que todas as hortaliças, e estende ramos tão grandes, que os pássaros do céu podem abrigar-se à sua sombra”. 33Jesus anunciava a Palavra usando muitas parábolas como estas, conforme eles podiam compreender. 34E só lhes falava por meio de parábolas, mas, quando estava sozinho com os discípulos, explicava tudo. — Palavra da Salvação. — Glória a vós, Senhor. --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/pe-jose-vicente/message
Mas que relação tinha o ministro com Hugo Mendes? Alexandra Reis foi escolhida sem os ministros falarem? E afinal o que a levou a desistir de um milhão de euros? Foi por ir para a NAV a seguir? Comentários de Luís Aguiar-Conraria, Paulo Ferreira e Pedro Jorge Castro sobre as mais recentes demissões, com muitas perguntas ainda sem resposta.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Gabriel Alves lembra que começou a ver Pelé jogar na TV a preto e branco e recorda entrevista feita em 1994: "Falava fácil, era uma pessoa simples".See omnystudio.com/listener for privacy information.
4. Nas grandes calamidades, a caridade se emociona e observam-se impulsos generosos, no sentido de reparar os desastres. Mas, a par desses desastres gerais, há milhares de desastres particulares, que passam despercebidos: os dos que jazem sobre um grabato sem se queixarem. Esses infortúnios discretos e ocultos são os que a verdadeira generosidade sabe descobrir, sem esperar que peçam assistência. Quem é esta mulher de ar distinto, de traje tão simples, embora bem cuidado, e que traz em sua companhia uma mocinha tão modestamente vestida? Entra numa casa de sórdida aparência, onde sem dúvida é conhecida, pois que à entrada a saúdam respeitosamente. Aonde vai ela? Sobe até a mansarda, onde jaz uma mãe de família cercada de crianças. À sua chegada, refulge a alegria naqueles rostos emagrecidos. É que ela vai acalmar ali todas as dores. Traz o de que necessitam, condimentado de meigas e consoladoras palavras, que fazem que os seus protegidos, que não são profissionais da mendicância, aceitem o benefício, sem corar. O pai está no hospital e, enquanto lá permanece, a mãe não consegue com o seu trabalho prover as necessidades da família. Graças à boa senhora, aquelas pobres crianças não mais sentirão frio, nem fome; irão à escola agasalhadas e, para as menorzinhas, o leite não secará no seio que as amamenta. Se entre elas alguma adoece, não lhe repugnarão a ela, à boa dama, os cuidados materiais de que essa necessite. Dali vai ao hospital levar ao pai algum reconforto e tranquilizá-lo sobre a sorte da família. No canto da rua, uma carruagem a espera, verdadeiro armazém de tudo o que destina aos seus protegidos, que todos lhe recebem sucessivamente a visita. Não lhes pergunta qual a crença que professam, nem quais suas opiniões, pois considera como seus irmãos e filhos de Deus todos os homens. Terminado o seu giro, diz de si para consigo: Comecei bem o meu dia. Qual o seu nome? Onde mora? Ninguém o sabe. Para os infelizes, é um nome que nada indica; mas é o anjo da consolação. À noite, um concerto de bênçãos se eleva em seu favor ao Pai celestial: católicos, judeus, protestantes, todos a bendizem. Por que tão singelo traje? Para não insultar a miséria com o seu luxo. Por que se faz acompanhar da filha? Para que aprenda como se deve praticar a beneficência. A mocinha também quer fazer a caridade. A mãe, porém, lhe diz: “Que podes dar, minha filha, quando nada tens de teu? Se eu te passar às mãos alguma coisa para que dês a outrem, qual será o teu mérito? Nesse caso, em realidade, serei eu quem faz a caridade; que merecimento terias nisso? Não é justo. Quando visitamos os doentes, tu me ajudas a tratá-los. Ora, dispensar cuidados é dar alguma coisa. Não te parece bastante isso? Nada mais simples. Aprende a fazer obras úteis e confeccionarás roupas para essas criancinhas. Desse modo, darás alguma coisa que vem de ti.” É assim que aquela mãe verdadeiramente cristã prepara a filha para a prática das virtudes que o Cristo ensinou. É espírita ela? Que importa! Em casa, é a mulher do mundo, porque a sua posição o exige. Ignoram, porém, o que faz, porque ela não deseja outra aprovação, além da de Deus e da sua consciência. Certo dia, no entanto, imprevista circunstância leva-lhe a casa uma de suas protegidas, que andava a vender trabalhos executados por suas mãos. Esta última, ao vê-la, reconheceu nela a sua benfeitora. “Silêncio! ordena-lhe a senhora. Não o digas a ninguém.” Falava assim Jesus.
[Ficção] Resenha do livro “The man who spoke snakish” (tradução livre: “O homem que falava serpentês — ou a língua das cobras”), do estoniano Andrus Kivirähk. A resenha escrita está nesse link. Esse livro foi um dos maiores tesouros que descobri nesse ano. Uma história belíssima contada como se fosse uma fábula que mistura história, cultura e conhecimentos ancestrais. A saga de um rapaz que experimenta um momento de mudança para toda a humanidade, e sozinho. Bela e triste, como as melhores histórias são. Aqui uma história na mesma linha (uma fábula ancestral) para quem gosta do tema: O Gigante enterrado, de Kazuo Ishiguro. Lembrando que você pode ouvir todos os episódios, fazer comentários e comprar o livro nesse link: www.minhaestantecolorida.com
Quando Afonso Henriques se tornou rei de Portugal, que língua ouvíamos nas ruas de Guimarães? Seria latim? Seria português? [Retransmissão de episódio de 2021.]
Em 1999, Isabel II visitou Moçambique. Uma deslocação curta da monarca ao país que, na altura, era membro recém chegado à Commonwealth. Com o país em plena campanha eleitoral [eleições de 3 e 4 de Dezembro de 1999], a Rainha foi recebida pelo Presidente Joaquim Chissano no Palácio da Ponta Vermelha em Maputo e encontrou-se igualmente com Afonso Dhlakama, à data, líder da Renamo, o maior partido da oposição [falecido em Maio de 2018]. Ao microfone da RFI, o ex-Presidente de Moçambique, Joaquim Chissano lembrou os diferentes encontros que manteve com a monarca britânica e sublinhou a simplicidade e gentileza de Isabel II. “A Rainha Isabel II, conheci-a em várias fases, primeiro na companhia do Presidente Samora Machel numa visita oficial a Inglaterra, em que ela nos recebeu com carinho, com ternura. Era numa altura em que havia negociações sobre o Zimbabué, depois ele foi condecorado pela Rainha por causa da participação de Moçambique no processo de paz e de independência do Zimbabwe.” Voltou a encontrar Isabel II “depois da morte do Presidente Samora, cumprindo a regra de devolver o cordão quando morre o laureado e, nessa altura, também recebi um cordão igual.” Pela terceira vez encontrou a monarca “quando fui ao aniversário da mãe dela, o centenário”. O ex-Presidente moçambicano lembra que “foram conversas fáceis de ocasião”, além de a ter cruzado também em várias cimeiras da Commonwealth. Um encontro mais prolongado foi quando, em 1999, Joaquim Chissano, na altura Presidente de Moçambique, recebeu, no Palácio da Ponta Vermelha, a Rainha Isabel II, onde se deslocou para “se inteirar da situação, das mudanças todas que tiveram lugar em Moçambique. Em 1999, já estávamos a preparar as segundas eleições. Posso dizer que foi sempre gentil. Falava com simplicidade e nunca me senti constrangido.”
Jô Soares sempre quis ser uma estrela. Ele mesmo dizia que já nasceu querendo seduzir o mundo. Morto na semana passada, aos 84 anos, o humorista passou décadas exibindo muitos talentos. Falava seis línguas, interpretou dezenas de personagens e comandou o programa de entrevista mais famoso da televisão brasileira, onde reuniu nomes como Nair Bello, Lolita Rodrigues e Hebe Camargo. Antes de recriar um formato de talk show americano que não era feito no Brasil, Jô marcou a TV nacional com personagens do programa "Faça Humor, Não Faça Guerra", na TV Globo. Ele já tinha passado pelos canais Continental, Rio, Tupi, Excelsior e Record, em que fez o clássico programa de humor "Família Trapo". Fora das telas, Jô ainda trabalhou como dramaturgo, escritor, diretor e ator de cinema e de teatro, e artista plástico. O Expresso Ilustrada desta semana relembra a vida e a carreira do carioca. Para isso, os jornalistas Matinas Suzuki Jr., que é diretor da Companhia das Letras e escreveu uma biografia do Jô ao lado dele, e Cristina Padiglione, que escreve sobre TV na Folha, comentam a importância do humorista para a cultura brasileira e explicam o por que ele se tornou uma figura única que não será repetida. Com novos episódios todas as quintas, às 16h, o Expresso Ilustrada discute música, cinema, literatura, moda, teatro, artes plásticas e televisão. A edição de som é de Raphael Concli. A apresentação é de Carolina Moraes e Marina Lourenço, que assinam o roteiro.See omnystudio.com/listener for privacy information.
No programa de hoje, Ken-oh decide fazer uma viagem para escrever um mangá, quando nosso jovem insurgente volta, ele conta várias histórias de horror para Bigode e Pato. Venham descobrir como Assim Falava Kishibe Rohan, influenciou o jovem Ken a ser um mangaka.
Jair Bolsonaro (foto) fez piadas com Michelle Bolsonaro, sua esposa, durante conversa com apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada nesta quarta (27). Segundo o presidente, a primeira-dama só se especializou em libras por ordem dele. "Como ela [Michelle] falava muito alto comigo em casa, eu disse pra ela aprender libras e ela aprendeu", afirmou Bolsonaro. O presidente também fez piada com Michelle ao falar sobre seu salário. "Ganho R$ 33 mil, mas não gasto quase nada, quem gasta é a mulher [Michelle]. Inclusive, todo dia quando levanto, ela me pede R$ 5 mil", disse. Em seguida, uma das pessoas presentes no local perguntou ao presidente "para quê?" e ele respondeu, em tom de brincadeira: "Não sei, nunca dei!". Ainda na conversa com apoiadores, Bolsonaro elogiou a participação de Michelle na convenção do PL, que ocorreu no último fim de semana e afirmou que "ela falou muito bem" no evento. Cadastre-se para receber nossa newsletter: https://bit.ly/2Gl9AdL Confira mais notícias em nosso site: https://www.oantagonista.com Acompanhe nossas redes sociais: https://www.fb.com/oantagonista https://www.twitter.com/o_antagonista https://www.instagram.com/o_antagonista No Youtube deixe seu like e se inscreva no canal: https://www.youtube.com/c/OAntagonista
Em 2009, menina ficou grávida de gêmeos após ser estuprada pelo padrasto; seu aborto sofreu forte resistência da Igreja, que excomungou a mãe e a equipe médica.
Em 2009, menina ficou grávida de gêmeos após ser estuprada pelo padrasto; seu aborto sofreu forte resistência da Igreja, que excomungou a mãe e a equipe médica.
Devocional Evangelho de João Leitura Bíblica Entretanto, depois dos seus irmãos terem partido para a festa, ele decidiu ir também, mas sem dar nas vistas. Durante a festa, as autoridades judaicas andavam à sua procura e perguntavam: «Onde é que ele estará?» Falava-se muito dele entre o povo. Uns diziam: «É um homem bom!» Outros afirmavam: «Não, ele anda mas é a enganar o povo!» E ninguém falava abertamente a respeito dele, porque tinham medo das ameaças das autoridades judaicas.João 7.10-13 in Bíblia para Todos Devocional Jesus elege o Seu próprio tempo de acção. Tire o cavalinho da chuva quem julgue poder apressá-Lo. Sim, há para aí muito boa gente que não crendo Nele gosta de O desafiar a torto e a direito. Mais, fazem-se à sua vidinha religiosa e deixam-No para trás. De tão obecados estarem em cumprir com as tradições de longa data, nem se dão conta que dispensam a companhia Daquele que, por Si mesmo, é o centro da adoração. A despeito de tudo isto, Ele marca sempre presença, “mas sem dar nas vistas.” Ainda assim, há quem tente imaginar o Seu paradeiro com o mero intuito de O tentar entalar. É a famigerada polícia eclesiástica que não suporta os excessos da lei do amor. Aliás, incute o temor por via das ameaças. Façamos frente a essa muralha de medo falando “abertamente a respeito Dele.” Digamos à boca cheia que, mais do “um homem bom” ou um fabuloso orador, Jesus é o Amigo chegado que, na plenitude do tempo, Se deu por nós. – Jónatas Figueiredo
Falava e ensinava com exatidão acerca de Jesus (Atos 18-25).
Falava e ensinava com exatidão acerca de Jesus (Atos 18-25).
A Diretoria mais Jim Carrey do Sul do Mundo está de volta para discutir os acontecimentos a final de conferência, como o impechment de Jimmy G, a consagração de Burrow e a bola de cristal do Lucca.
Histórias para ouvir. --- Send in a voice message: https://anchor.fm/filhologico/message
Uma criança que conversava com Espíritos. Visto como louco, passou por sofrimentos e padeceu pela incompreensão. Quando jovem, aprendeu a dominar seu dom e começou a se comunicar com os Espíritos. Foi designado por eles para uma missão: trazer mensagens do outro plano por meio da psicografia. Mais de quatrocentos livros resultaram desse trabalho de uma vida. Milhares de mensagens de consolo foram trazidas a pessoas que perderam seus entes queridos. Os Espíritos lhe ensinaram desde cedo a necessidade do desapego. A obra não seria dele. Doou tudo o que recebeu. Inspirou milhões de pessoas a se tornarem espíritas. Fenômeno é um adjetivo constantemente usado para qualificá-lo. Podia ver, sentir e escrever assuntos de que jamais ouvira falar. Nomes como Humberto de Campos, Casimiro de Abreu e Castro Alves ressurgiram da morte por meio de sua escrita. Foi simples e sábio. Deixou como legado ensinamentos e exemplo de vida. Após a morte, tornou-se um mito. Obra de Luiz Eduardo de Souza, na voz de Hélio Vaccari / Editora: Universo dos Livros
O Menino que Carregava Água na Peneira por Ludmila Guimarães. "Tenho um livro sobre águas e meninos Gostei mais de um menino que carregava água na peneira. A mãe disse que carregar água na peneira Era o mesmo que roubar um vento e sair correndo com ele para mostrar aos irmãos. A mãe disse que era o mesmo que catar espinhos na água O mesmo que criar peixes no bolso. O menino era ligado em despropósitos. Quis montar os alicerces de uma casa sobre orvalhos. A mãe reparou que o menino gostava mais do vazio do que do cheio. Falava que os vazios são maiores e até infinitos. Com o tempo aquele menino que era cismado e esquisito Porque gostava de carregar água na peneira Com o tempo descobriu que escrever seria o mesmo que carregar água na peneira. No escrever o menino viu que era capaz de ser noviça, monge ou mendigo ao mesmo tempo. O menino aprendeu a usar as palavras. Viu que podia fazer peraltagens com as palavras. E começou a fazer peraltagens. Foi capaz de interromper o voo de um pássaro botando ponto no final da frase. Foi capaz de modificar a tarde botando uma chuva nela. O menino fazia prodígios. Até fez uma pedra dar flor! A mãe reparava o menino com ternura. A mãe falou: Meu filho, você vai ser poeta. Você vai carregar água na peneira a vida toda. Você vai encher os vazios com as suas peraltagens. E algumas pessoas vão te amar por seus despropósitos." Autor: Manoel de Barros Livro: Exercícios de ser criança, publicado em 1999.