POPULARITY
Categories
Ator brasileiro está no elenco de Tempo de Guerra, uma produção baseada nas memórias traumáticas de quem esteve no front. O diretor Ray Mendoza, um ex-combatente americano, transformou em filme as lembranças de uma missão no Iraque, ocorrida há quase 20 anos. Cleide Klock, correspondente da RFI em Los AngelesEm parceria com o cineasta Alex Garland (Guerra Civil), Ray Mendoza codirige Tempo de Guerra (Warfare), um drama impactante e realista sobre um grupo de soldados encurralados em território inimigo. No elenco, uma seleção de jovens astros que vêm despontando em Hollywood: Will Poulter (O Urso), Kit Connor (Heartstopper), Joseph Quinn (Stranger Things), Charles Melton (Segredos de um Escândalo) e o brasiliense Henrique Zaga.Os atores dão vida a combatentes mergulhados em missões muitas vezes suicidas, num retrato cru e coletivo da guerra. Para alcançar a autenticidade desejada, o elenco passou por um treinamento inspirado no rigoroso programa da Marinha dos EUA, o BUD/S (curso de demolições subaquáticas dos Navy SEALs, as forças especiais da Marinha) conhecido como um dos mais extremos das Forças Armadas americanas.“Antes de Los Angeles e de ir para Londres filmar, fui até San Diego com meu amigo Mark James, um Navy SEAL, e ele me levou para o circuito de obstáculos militar, para mostrar quais são os treinamentos que eles têm que fazer antes da semana chamada Hell Week, para você realmente virar um SEAL ”, conta Zaga."Depois disso, já em Londres, tivemos três semanas intensas de bootcamp, acordando às 4 da manhã, sem café, aprendendo a trocar munição, etiqueta militar, comunicação por rádio. Três semanas depois, já estávamos filmando”, disse o brasileiro.Tempo de GuerraA trama se passa quase inteiramente dentro de uma única casa, ocupada por soldados americanos e, logo depois, sitiada por forças da Al-Qaeda. O diretor Ray Mendoza viveu esse combate na pele e quis eternizá-lo no filme, após descobrir que um de seus companheiros de pelotão, Elliot Miller, havia perdido a memória daquele dia.Sem heróis ou protagonistas definidos, Tempo de Guerra opta por uma abordagem quase documental: a lente se volta para o grupo e para o terror psicológico vivido coletivamente, em uma tarde de 2006 no Iraque.“Para mim foi uma experiência única, um dos projetos mais sensacionais que já vivi, não só como ator, mas como ser humano. Os Navy SEALS, no set com a gente, foram muito generosos para que nos sentíssemos dentro da missão”, diz Henrique Zaga, que vive um momento importante na carreira internacional.Aos 31 anos, o ator — que nasceu em Brasília e vive em Los Angeles desde os 18 — já acumula participações em grandes produções. Em 2024, atuou em Queer contracenando com Daniel Craig, dirigido por Luca Guadagnino e exibido no Festival de Veneza. No ano passado, também esteve em Guerra Sem Regras, de Guy Ritchie. Antes disso, ficou conhecido em séries adolescentes como Teen Wolf, 13 Reasons Why, e deu vida ao mutante Mancha Solar em Os Novos Mutantes (2020). Em 2022, estrelou Depois do Universo, seu primeiro longa brasileiro, sucesso na Netflix.Zaga faz suspense sobre as cenas dos próximos capítulos na sua trajetória internacional, mas conecta sua ascensão em Hollywood ao orgulho de suas raízes, celebrando o reconhecimento global do cinema brasileiro e o novo espaço que artistas estrangeiros vêm conquistando.“Brasil em Hollywood, para mim, é algo muito pessoal. Três dos meus filmes favoritos são brasileiros. Ver nosso cinema sendo reconhecido tão lindamente, o Walter [Salles] recebendo aquele Oscar, me emociona. Eu sempre disse: nunca foi tão bom ser estrangeiro. Estamos abrindo fronteiras, e as plataformas estão levando filmes brasileiros para lugares onde nunca chegaram antes. É um outro tipo de apreciação — e isso me enche de orgulho,”, conclui.
Ator brasileiro está no elenco de Tempo de Guerra, uma produção baseada nas memórias traumáticas de quem esteve no front. O diretor Ray Mendoza, um ex-combatente americano, transformou em filme as lembranças de uma missão no Iraque, ocorrida há quase 20 anos. Cleide Klock, correspondente da RFI em Los AngelesEm parceria com o cineasta Alex Garland (Guerra Civil), Ray Mendoza codirige Tempo de Guerra (Warfare), um drama impactante e realista sobre um grupo de soldados encurralados em território inimigo. No elenco, uma seleção de jovens astros que vêm despontando em Hollywood: Will Poulter (O Urso), Kit Connor (Heartstopper), Joseph Quinn (Stranger Things), Charles Melton (Segredos de um Escândalo) e o brasiliense Henrique Zaga.Os atores dão vida a combatentes mergulhados em missões muitas vezes suicidas, num retrato cru e coletivo da guerra. Para alcançar a autenticidade desejada, o elenco passou por um treinamento inspirado no rigoroso programa da Marinha dos EUA, o BUD/S (curso de demolições subaquáticas dos Navy SEALs, as forças especiais da Marinha) conhecido como um dos mais extremos das Forças Armadas americanas.“Antes de Los Angeles e de ir para Londres filmar, fui até San Diego com meu amigo Mark James, um Navy SEAL, e ele me levou para o circuito de obstáculos militar, para mostrar quais são os treinamentos que eles têm que fazer antes da semana chamada Hell Week, para você realmente virar um SEAL ”, conta Zaga."Depois disso, já em Londres, tivemos três semanas intensas de bootcamp, acordando às 4 da manhã, sem café, aprendendo a trocar munição, etiqueta militar, comunicação por rádio. Três semanas depois, já estávamos filmando”, disse o brasileiro.Tempo de GuerraA trama se passa quase inteiramente dentro de uma única casa, ocupada por soldados americanos e, logo depois, sitiada por forças da Al-Qaeda. O diretor Ray Mendoza viveu esse combate na pele e quis eternizá-lo no filme, após descobrir que um de seus companheiros de pelotão, Elliot Miller, havia perdido a memória daquele dia.Sem heróis ou protagonistas definidos, Tempo de Guerra opta por uma abordagem quase documental: a lente se volta para o grupo e para o terror psicológico vivido coletivamente, em uma tarde de 2006 no Iraque.“Para mim foi uma experiência única, um dos projetos mais sensacionais que já vivi, não só como ator, mas como ser humano. Os Navy SEALS, no set com a gente, foram muito generosos para que nos sentíssemos dentro da missão”, diz Henrique Zaga, que vive um momento importante na carreira internacional.Aos 31 anos, o ator — que nasceu em Brasília e vive em Los Angeles desde os 18 — já acumula participações em grandes produções. Em 2024, atuou em Queer contracenando com Daniel Craig, dirigido por Luca Guadagnino e exibido no Festival de Veneza. No ano passado, também esteve em Guerra Sem Regras, de Guy Ritchie. Antes disso, ficou conhecido em séries adolescentes como Teen Wolf, 13 Reasons Why, e deu vida ao mutante Mancha Solar em Os Novos Mutantes (2020). Em 2022, estrelou Depois do Universo, seu primeiro longa brasileiro, sucesso na Netflix.Zaga faz suspense sobre as cenas dos próximos capítulos na sua trajetória internacional, mas conecta sua ascensão em Hollywood ao orgulho de suas raízes, celebrando o reconhecimento global do cinema brasileiro e o novo espaço que artistas estrangeiros vêm conquistando.“Brasil em Hollywood, para mim, é algo muito pessoal. Três dos meus filmes favoritos são brasileiros. Ver nosso cinema sendo reconhecido tão lindamente, o Walter [Salles] recebendo aquele Oscar, me emociona. Eu sempre disse: nunca foi tão bom ser estrangeiro. Estamos abrindo fronteiras, e as plataformas estão levando filmes brasileiros para lugares onde nunca chegaram antes. É um outro tipo de apreciação — e isso me enche de orgulho,”, conclui.
O presidente do Equador, Daniel Noboa, foi reeleito, ao derrotar a opositora Luisa González, no segundo turno das eleições realizadas no domingo, 13. Luisa González foi a candidata do ex-presidente Rafael Correa. Noboa classificou sua vitória como “histórica”. Já Luisa González não reconheceu o resultado. Quem também se pronunciou sobre as eleições equatorianas foi João Pedro Stedile, líder do MST, que questionou o resultado do pleito.“Imaginem o que um governo que decreta estado de sitio 48h antes das eleições para que as Forças Armadas controlem as províncias faz com as urnas sob seu controle? Assim Noboa se reelegeu. E Trump tem mais um filhote para mandar na América do Sul. Uma vergonha”, escreveu Stedile. Felipe Moura Brasil e Duda Teixeira comentam:Papo Antagonista é o programa que explica e debate os principais acontecimentos do dia com análises críticas e aprofundadas sobre a política brasileira e seus bastidores. Apresentado por Felipe Moura Brasil, o programa traz contexto e opinião sobre os temas mais quentes da atualidade. Com foco em jornalismo, eleições e debate, é um espaço essencial para quem busca informação de qualidade. Ao vivo de segunda a sexta-feira às 18h. Não perca nenhum episódio! Inscreva-se no canal e ative o sininho para receber as notificações. #PapoAntagonista Chegou o plano para quem é Antagonista de carteirinha. 2 anos de assinatura do combo O Antagonista e Crusoé com um super desconto de 30% adicional* utilizando o voucher 10A-PROMO30. Use o cupom 10A-PROMO30 e assine agora: papo-antagonista (https://bit.ly/promo-2anos-papo) (*) desconto de 30% aplicado sobre os valores promocionais vigentes do Combo anual. Promoções não cumulativas com outras campanhas vigentes. Promoção limitada às primeiras 500 assinaturas.
As historiadoras Mariana Joffily, da Universidade de Santa Catarina, e Maud Chirio, da Université Gustave Eiffel, na França, fazem no livro "Torturadores" um mergulho sem precedentes para trazer à tona as identidades, trajetórias e motivações de uma das figuras mais invisibilizadas pela ditadura militar do Brasil (1964-1985). A pesquisa começou há 14 anos e, segundo as autoras, enfrentou momentos desafiadores — especialmente durante o governo Bolsonaro, quando o tema foi alvo de silenciamento. Lançado pela editora Alameda no Brasil, o livro se dedica a reconstituir, em suas 300 páginas, um dos personagens mais polêmicos do regime militar no Brasil: o torturador. A historiadora Mariana Joffily falou sobre a a dificuldade de "encarnar a mão de assassinos" e como essa encarnação foi possível através do livro."A ideia inicial, o título inicial do livro era justamente 'A repressão em carne e osso'. Então, tinha exatamente essa ideia de encarnar a repressão política e entendê-la do ponto de vista dos homens e de algumas mulheres que preencheram, digamos, essa mecânica da tortura e da repressão como um todo", afirma."A minha primeira surpresa foi perceber que, apesar das dificuldades e do difícil acesso às fontes, era possível escrever a biografia desses agentes", conta a historiadora francesa Maud Chirio. "A ideia inicial de que ninguém havia contado essas histórias parecia impossível. Afinal, eles haviam sido centrais no imaginário coletivo e na construção da democracia, mas haviam desaparecido dos livros de história, talvez por terem obtido anistia e terem tido apagados os rastros de suas ações", contextualiza."No entanto, surpreendentemente, seus nomes eram públicos e havia muitos dados sobre eles, tanto na imprensa quanto nos arquivos das Forças Armadas, especialmente do Exército", lembra Chirio. "Outra surpresa veio dos próprios documentos de arquivo, como as folhas de alterações — registros que contêm elogios formais dos comandantes a esses oficiais, descrevendo sua atuação e inserção no sistema. Esses documentos revelam como essas pessoas, mesmo envolvidas em crimes graves, eram valorizadas e integradas à estrutura militar", ressalta. "Heróis" da repressão"Uma das principais conclusões do nosso trabalho é que, embora agentes repressivos aleguem terem sido marginalizados após o período da ditadura, isso não corresponde à realidade. Durante a repressão política, eles foram tratados como heróis. Com a transição democrática, o Exército precisou negociar com os civis e silenciar essa aura heroica para facilitar o processo e evitar o desgaste de permanecer no poder", diz Mariana Joffily."No entanto, esses agentes continuaram protegidos e valorizados dentro da instituição, mantendo carreiras bem-sucedidas. A hipótese de que teriam sido transformados em bodes expiatórios foi descartada: eles seguiram sendo vistos internamente como combatentes de uma 'guerra real' — uma experiência rara na história do Exército brasileiro. Uma surpresa mais recente, durante o governo Bolsonaro, foi constatar que essa imagem heroica não havia se perdido", aponta a historiadora."A publicação dos nomes de torturadores representa um marco fundamental para compreendermos o papel do Estado brasileiro na estruturação do sistema repressivo. Ela nos permite analisar como o Estado atuou não apenas no recrutamento e formação dos agentes, mas também na premiação e legitimação de suas práticas", afirma Haroldo Ceravolo, da editora Alameda. "Mais do que ações individuais, trata-se de um projeto institucional que exige responsabilização. O trabalho de Maud Chirio e Mariana Joffily contribui de forma decisiva ao estabelecer a conexão entre os agentes da repressão e o Estado enquanto executor e legitimador da violência sistemática. Ao fazer isso, a pesquisa avança no entendimento do aparato repressivo e oferece fundamentos importantes para processos de responsabilização jurídica", diz."O livro rompe com a narrativa dos 'excessos' cometidos em porões isolados, ao demonstrar que a violação de direitos humanos foi uma prática sistematicamente organizada e operacionalizada por instituições oficiais do regime ditatorial", sublinha Ceravolo.Agentes de uma rede complexa"Embora fossem chamados de torturadores, é importante entender que eles fazem parte de uma rede maior envolvida na repressão política. Eles ocupam o centro desse sistema, mas é necessário considerar também as altas hierarquias e o funcionamento mais amplo do aparato repressivo", sublinha a autora. "Ao iniciar o trabalho, nos deparamos com dois extremos: de um lado, a visão abstrata de uma máquina de violência baseada em uma doutrina; de outro, a imagem de torturadores como homens sádicos com personalidades específicas", completa a também historiadora Maud Chirio."Faltava, entre esses polos, a compreensão de que esses agentes eram, como todos nós, seres sociais — com convicções, subjetividades e inserção em uma carreira guiada por reputação, recompensas simbólicas e senso de dever. Nosso objetivo no livro foi reconstruir essa complexidade, mostrando como esses indivíduos, apesar de sua individualidade, atuavam dentro de um sistema e de uma rede socioprofissional que possibilitou tamanha violência", ressalta Chirio. A identidade dos torturadoresJoffily conta que o primeiro trabalho foi identificar quem eram os agentes da repressão. "Antes mesmo da criação da Comissão Nacional da Verdade, começamos a investigar esses indivíduos, trabalhando em paralelo aos estudos da comissão. Encontramos listas de torturadores e repressores publicadas em um jornal alternativo, o que nos permitiu identificar nomes completos e traçar perfis — civis ou militares, e suas atuações. A partir disso, decidimos focar nos oficiais militares, pois percebemos que, embora fossem apenas parte do aparato repressivo, exerciam um papel central na repressão política", conta."Recorremos, então, a documentos burocráticos do Exército — como boletins reservados, folhas de alteração e almanaques — para reconstruir suas trajetórias e compreender tanto os aspectos ideológicos quanto institucionais que os inseriram nesse sistema repressivo", diz a pesquisadora."Em nosso trabalho, evitamos adotar uma abordagem 'psicologizante' para compreender o perfil dos agentes da repressão", ressalta Joffily. "Não acreditamos que suas ações possam ser explicadas apenas por traços individuais de personalidade. Optamos por uma perspectiva histórica e sociológica, que nos permitisse analisar como determinadas gerações de oficiais militares foram formadas dentro de um contexto específico: a Guerra Fria, marcada por confrontos ideológicos e pela valorização da segurança nacional", sublinha.Leia tambémPesquisadores discutem em Paris as heranças autoritárias da ditadura militar brasileira"Dentro desse cenário, identificamos diferentes tipos de atuação — desde perfis mais burocráticos, passando por agentes engajados em operações diretas de busca e apreensão, até analistas de informação com perfil mais estratégico. Ou seja, não se tratava de um tipo psicológico único, mas de uma multiplicidade de trajetórias", lembra."Um dos aspectos centrais que nossa pesquisa busca destacar não é a diferença de personalidades entre os agentes, mas sim as diferentes posições que ocupavam dentro do sistema repressivo. É muito distinto ser um soldado que participa de prisões e atos de violência apenas por alguns meses após o AI-5, e depois se desliga do sistema, em comparação com aqueles que, ainda no início da carreira, optaram por seguir o caminho da repressão de forma especializada. Estes últimos buscaram treinamentos, formações específicas e foram atraídos pelas recompensas simbólicas e materiais que essa trajetória oferecia", defende a historiadora."Naturalmente, há diversidade de perfis psicológicos mesmo entre esses grupos — tanto entre os que atuaram pontualmente quanto entre os que fizeram carreira nesse campo. No entanto, nosso foco não foi demonstrar como a personalidade molda o comportamento, mas sim como a inserção em uma estrutura institucional específica transforma esse comportamento. A centralidade da nossa análise está justamente na relação entre posição ocupada, trajetória institucional e prática repressiva, mais do que em traços individuais", destaca Maud Chirio.Torturador: "ser ou não ser, eis a questão"Em relação à consciência dos agentes sobre a prática da tortura, Chirio destaca ser "improvável que algum deles se autodefina como torturador ou utilize esse termo como elemento de valorização pessoal ou profissional. Ainda assim, é evidente que a tortura estava plenamente integrada à missão que acreditavam estar cumprindo: a luta contra o comunismo e a subversão", contextualiza."Tratava-se de um saber prático amplamente compartilhado e legitimado no contexto da Guerra Fria, utilizado por militares franceses na Argélia e na Indochina, por agentes britânicos em colônias, e por regimes autoritários em toda a América Latina. Nesse contexto, a tortura era vista como uma técnica necessária para desarticular redes clandestinas e obter informações cruciais de forma rápida", diz.Mariana Joffily ressalta a importância de notar "o uso sistemático de eufemismos" para descrever essas práticas. "Nenhum documento oficial fala abertamente em tortura. Em vez disso, utiliza-se uma linguagem técnica e militarizada: 'obter informações', 'neutralizar ameaças', 'coletar dados estratégicos'", explica. "Essa retórica desvia o foco da violência e dissocia a prática da carga moral negativa associada à palavra 'tortura'. Dentro dessa lógica, o ato de torturar é reconfigurado como parte de uma ação legítima em defesa de um suposto bem maior — a proteção da nação contra o 'inimigo interno'. Assim, mesmo sem o reconhecimento explícito da prática, ela é justificada, normalizada e, em muitos casos, naturalizada dentro do sistema repressivo", sublinha a historiadora brasileira.Contornar o "silêncio do Exército""Uma imagem que sintetiza bem nosso trabalho é a tentativa de contornar o silêncio do Exército", diz Maud Chirio. "Para isso, utilizamos duas fontes principais: de um lado, o trabalho de vítimas e familiares, que produziram listas com nomes de torturadores e repressores; de outro, os arquivos burocráticos produzidos pelo próprio Exército, voltados à progressão de carreira e à aposentadoria dos militares. O cruzamento dessas fontes nos permitiu superar a ausência — ou destruição deliberada — dos arquivos diretamente relacionados à repressão", revela.Leia tambémHistoriadora francesa lança livro sobre humor de protesto publicado durante ditadura no Brasil"Foi um trabalho minucioso, quase artesanal, em que selecionávamos um nome e íamos atrás de informações específicas, nome por nome. Reunimos dados sobre centenas de pessoas. A tarefa foi lenta e complexa, pois lidamos com documentos áridos, de difícil acesso e repletos de siglas e termos técnicos próprios da instituição. Ainda assim, conseguimos driblar o projeto institucional de apagamento, que visava impedir a escrita de uma história sobre esses agentes. E conseguimos", comemora Joffily.Sem confronto com os agentes da repressão"Diferentemente de outras pesquisas, nós não realizamos entrevistas diretas com os agentes da repressão", explica Mariana Joffily. "A Maud [Chirio, coautora], em seu doutorado, havia feito algumas entrevistas, mas no trabalho conjunto utilizamos principalmente depoimentos já existentes, especialmente os colhidos pela Comissão Nacional da Verdade, pelo CPDOC e pelo Ministério Público Federal", especifica. "Evitamos buscar novos depoimentos por diversos motivos. Em 2015, tentamos contato com alguns indivíduos, mas fomos majoritariamente ignoradas ou recebemos respostas em que eles afirmavam preferir o silêncio. O contexto político era adverso: vivíamos um momento de crise institucional, pós-Comissão da Verdade, em que acadêmicos e jornalistas passaram a ser identificados como 'inimigos', rotulados como comunistas e tratados com desconfiança. Muitos dos agentes se mostraram ainda mais refratários, sobretudo após o trabalho do Ministério Público", explica Maud Chirio.Contexto da pesquisa nos anos Bolsonaro"Com a eleição de Jair Bolsonaro, alguns desses indivíduos passaram a se posicionar como 'vencedores', o que poderia indicar uma possível abertura para o diálogo. No entanto, nesse momento, tanto eu quanto Mariana [Joffily, coautora] já éramos associadas a setores considerados opositores, o que tornou o acesso praticamente impossível", lembra a historiadora francesa."Assim, optamos por priorizar o estudo de fontes documentais — ricas, abundantes e ainda pouco exploradas —, incentivando colegas a fazer o mesmo. Entendemos que, além da dificuldade de acesso, muitos dos que prestaram depoimentos nas audiências da Comissão da Verdade negaram participação ou forneceram informações falsas. Nosso foco, portanto, recaiu sobre a documentação escrita, que ofereceu uma base mais sólida para reconstituir a história do Estado repressor durante a ditadura", diz. O livro "Torturadores" pode ser adquirido pelo site da editora Alameda, ou das livrarias brasileiras Martins Fontes e Travessa, entre outras, além de plataformas como a Amazon. Na Europa, o livro é distribuído pela Arnoia e encontrado no site imosver.com, entre outros.
Aldeias do distrito de Ancuabe, na província de Cabo Delgado, foram visadas por novos ataques terroristas em Moçambique. Estes ataques acontecem numa altura em que a Total anunciou o refinanciamento do seu mega projecto nesta região e enquadram-se no aumento da violênciadesde que Daniel Chapo disse que os grupos armados estavam em debandada, como indicou Abdul Tavares, Coordenador Provincial para Cabo Delgado do CDD-Centro Para Democracia e Direitos Humanos de Moçambique, em entrevista à RFI. Em Moçambique, novos ataques em Ancaube fizeram pelo menos três mortos e provocaram a partida de cerca de 500 famílias, totalizando mais 1.500 deslocados em Cabo Delgado devido ao terrorismo. Este ataque já foi confirmado e segundo Abdul Tavares, coordenador provincial de Cabo Delgado do CDD-Centro para Democracia e Direitos Humanos, estes ataques inscrevem-se na multiplicação dos ataques no centro e Sul da região após a chegada ao poder do novo Presidente, Daniel Chapo."Estes ataques não começaram exatamente depois do anúncio do financiamento para a Total para o projecto de gás natural há uns dias. Eles começaram desde o momento em que houve o anúncio na tomada de posse do actual Presidente, de que os insurgentes ou os terroristas estavam em debandada. Sempre houve pequenos ataques, sobretudo na Estrada Nacional A380, atacando camiões de comerciantes que abasteciam alimentos ou produtos alimentares para a região Norte da província de Cabo Delgado. E desde lá, os ataques foram subindo e, para além da região Norte, passaram também para a região mais a Sul e centro da província de Cabo Delgado, como os distritos de Bolama e agora no distrito de Ancaube", explicou o activista.Este alargamento do perímetro de ataques pode ficar a dever-se ao combate permanente entre as forças militares moçambicanas, auxiliadas pelos ruandeses, ou pela necessidade da diversificação das fontes de financiamento destes movimentos terroristas que atacam agora os garimpeiros ilegais que fazem propecção de ouro naquelas regiões."Pode-se dar o facto de que os terroristas realmente estejam em debandada depois dos ataques que sofreram por parte das Forças Armadas moçambicanas e também por parte das forças do Ruanda. Isso pode explicar a sua deslocação mais para o centro e Sul da província de Cabo Delgado. Por outro lado, esses ataques podem ser explicados pelo facto de eles se calhar terem encontrado mesmo uma nova rota de ataques. Por exemplo, se formos a ver os ataques que eles fizeram no princípio deste ano, foi em regiões onde existiam garimpeiros ilegais que estavam à procura de ouro. Não se sabe se eles estão à procura de novas fontes de financiamento. Sabe-se que eles se alimentam da economia informal, sobretudo do garimpo ilegal, da venda de madeira e outro negócios ilícitos", indicou Abdul Tavares.Entretanto, os recrutamentos forçados na região continuam, com a população de deslocados também a aumentar. Só em 2024, pelo menos 349 pessoas morreram em ataques de grupos extremistas islâmicos no norte de Moçambique, um aumento de 36% face ao ano anterior, segundo estudo divulgado pelo Centro de Estudos Estratégicos de África (ACSS), uma instituição académica do Departamento de Defesa do Governo norte-americano.
Can You Segway?Book 3 in 18 parts, By FinalStand. Listen to the ► Podcast at Explicit Novels.So exactly who was going to be sympathetic to their plight, who we cared about?Beyond my fevered dream of making a difference there was a pinch of reality. See, the Cabindans and the people of Zaire were both ethnic Bakongo and the Bakongo of Zaire had also once had their own, independent (until 1914) kingdom which was now part of Angola. The Bakongo were major factions in the Democratic Republic of Congo (DRC) -(formerly for a short time known as the nation of Zaire, from here on out to be referred to as the DRC and in the running for the most fucked up place on the planet Earth, more on that later)- and Congo (the nation) yet a minority in Angola. Having an independent nation united along ethnic and linguistic lines made sense and could expect support from their confederates across international boundaries.The Liberation Air ForceThe Earth & Sky operated under one constant dilemma ~ when would Temujin make his return? Since they didn't know and it was their job to be prepared for the eventuality if it happened tomorrow, or a century down the line, they 'stockpiled', and 'stockpiled' and 'stockpiled'.That was why they maintained large horse herds and preserved the ancient arts of Asian bowyers, armoring and weapons-craft. That was why they created secret armories, and sulfur and saltpeter sites when musketry and cannons became the new ways of warfare. They secured sources of phosphates and petroleum when they became the new thing, and so on.All of this boiled over to me being shown yet again I worked with clever, creative and under-handed people. The Khanate came up with a plan for a 'Union' Air Force {Union? More on that later} within 24 hours, and it barely touched any of their existing resources. How did they accomplish this miracle? They had stockpiled and maintained earlier generation aircraft because they didn't know when Temujin would make his re-appearance.They'd also trained pilots and ground crews for those aircraft. As you might imagine, those people grew old just as their equipment did. In time, they went into the Earth & Sky's Inactive Reserves ~ the rank & file over the age of 45. You never were 'too old' to serve in some capacity though most combat-support related work ended at 67.When Temujin made his return and the E&S transformed into the Khanate, those people went to work bringing their lovingly cared for, aging equipment up to combat-alert readiness. If the frontline units were decimated, they would have to serve, despite the grim odds of their survival. It was the terrible acceptance the Chinese would simply possess so much more war-making material than they did.Well, the Khanate kicked the PRC's ass in a titanic ass-whooping no one (else) had seen coming, or would soon forget. Factory production and replacement of worn machines was in stride to have the Khanate's Air Force ready for the next round of warfare when the Cease-fire ended and the Reunification War resumed.Always a lower priority, the Khanate military leadership was considering deactivating dozens of these reserve unit when suddenly the (Mongolian) Ikh khaany khairt akh dáé (me) had this hare-brained scheme about helping rebels in Africa, West Africa, along the Gulf of Guinea coast/Atlantic Ocean, far, far away, and it couldn't look like the Khanate was directly involved.They barely knew where Angola was. They had to look up Cabinda to figure out precisely where that was. They brought in some of their 'reservist' air staff to this briefing and one of them, a woman (roughly a third of the E&S 'fighting'/non-frontline forces were female), knew what was going on. Why?She had studied the combat records and performance of the types of aircraft she'd have to utilize... back in the 1980's and 90's and Angola had been a war zone rife with Soviet (aka Khanate) material back then. Since she was both on the ball, bright and knew the score, the War Council put her in overall command. She knew what was expected of her and off she went, new staff in hand. She was 64 years old, yet as ready and willing to serve as any 20 year old believer in the Cause.Subtlety, scarcity and audacity were the watchwords of the day. The Khanate couldn't afford any of their front-line aircraft for this 'expedition'. They really couldn't afford any of their second-rate stuff either. Fortunately, they had some updated third-rate war-fighting gear still capable of putting up an impressive show in combat ~ providing they weren't going up against a top tier opponents.For the 'volunteers' of the Union Air Force, this could very likely to be a one-way trip. They all needed crash courses (not a word any air force loves, I know) in Portuguese though hastily provided iPhones with 'apps' to act as translators were deemed to be an adequate stop-gap measure. Besides, they were advised to avoid getting captured at all cost. The E&S couldn't afford the exposure. Given the opportunity ~ this assignment really was going above and beyond ~ not one of these forty-six to sixty-seven year olds backed out.No, they rolled out fifty of their antiquated aircraft, designs dating back to the 1950's through the mid-70's, and prepared them for the over 10,000 km journey to where they were 'needed most'. 118 pilots would go (72 active plus 46 replacements) along with 400 ground crew and an equally aged air defense battalion (so their air bases didn't get blown up). Security would be provided by 'outsiders' ~ allies already on the ground and whatever rebels could be scrounged up. After the initial insertion, the Indian Air Force would fly in supplies at night into the Cabinda City and Soyo Airports.The composition,14 Mikoyan-Gurevich MiG-21 jet fighters ~ though she entered service in 1959, these planes' electronics were late 20th century and she was a renowned dogfighter. 12 were the Mig-21-97 modernized variant and the other two were Mig-21 UM two-seater trainer variants which could double as reconnaissance fighters if needed.14 Sukhoi Su-22 jet fighter-bombers ~ the original design, called the Su-17, came out in 1970, the first 12 were variants with the 22M4 upgrade were an early-80's package. The other 2 were Su-22U two-seat trainers which, like their Mig-21 comrades, doubled as reconnaissance fighters. The Su-22M4's would be doing the majority of the ground attack missions for the Cabindans, though they could defend themselves in aerial combat if necessary.6 Sukhoi Su-24M2 supersonic attack aircraft ~ the first model rolled off the production lines in the Soviet Union back in 1974. By far the heaviest planes in the Cabindan Air Force, the Su-24M2's would act as their 'bomber force' as well as anti-ship deterrence.8 Mil Mi-24 VM combat helicopters ~ introduced in 1972 was still a lethal combat machine today. Unlike the NATO helicopter force, the Mi-24's did double duty as both attack helicopter and assault transports at the same time.4 Mil Mi-8 utility helicopters, first produced in 1967. Three would act as troop/cargo transports (Mi-8 TP) while the fourth was configured as a mobile hospital (the MI-17 1VA).4 Antonov An-26 turboprop aircraft, two to be used as tactical transports to bring in supplies by day and two specializing in electronic intelligence aka listening to what the enemy was up to. Though it entered production in 1969, many still remained flying today.2 Antonov An-71M AEW&C twin-jet engine aircraft. These were an old, abandoned Soviet design the Earth & Sky had continued working on primarily because the current (1970's) Russian Airborne Early Warning and Control bird had been both huge and rather ineffective ~ it couldn't easily identify low-flying planes in the ground clutter so it was mainly only good at sea. Since the E&S planned to mostly fight over the land,They kept working on the An-71 which was basically 1977's popular An-72 with some pertinent design modifications (placing the engines below the wings instead of above them as on the -72 being a big one). To solve their radar problem, they stole some from the Swedish tech firm Ericsson, which hadn't been foreseen to be a problem before now.See, the Russians in the post-Soviet era created a decent AEW&C craft the E&S gladly stole and copied the shit out of for their front line units and it was working quite nicely ~ the Beriev A-50, and wow, were the boys in the Kremlin pissed off about that these days. Whoops, or was that woot?Now, the Khanate was shipping two An-71's down to Cabinda and somewhere along the line someone just might get a 'feel' for the style of radar and jamming the Cabindans were using aka the Swedish stuff in those An-71's. The Erieye radar system could pick out individual planes at 280 miles. The over-all system could track 60 targets and plot out 10 intercepts simultaneously. NATO, they were not, but in sub-Saharan Africa, there were none better.Anyway, so why was any of this important?Why the old folks with their ancient machines? As revealed, since the Earth & Sky had no idea when Temüjin would return, they were constantly squirreling away equipment. World War 2 gave them unequaled access to Soviet military technology and training.Afterwards, under Josef Stalin's direction, thousands of Russian and German engineers and scientists were exiled to Kazakhstan, Turkmenistan, Tajikistan, and Kyrgyzstan who were then snatched up (reportedly died in the gulags/trying to escape) and the E&S began building mirror factories modeled on the 'then current' Soviet production lines.So, by the early 1950's, the E&S was building, flying and maintaining Soviet-style Antonov, Beriev, Ilyushin, Myasishchev, Mikoyan-Gurevich, Sukhoi, Tupolev and Yakovlev airplanes. First in small numbers because their pool of pilots and specialists was so small.The E&S remedied this by creating both their own 'private' flight academies and technical schools. They protected their activities with the judicious use of bribes (they were remarkably successful with their economic endeavors on both side of the Iron Curtain) and murders (including the use of the Ghost Tigers).By 1960, the proto-Khanate had an air force. Through the next two decades they refined and altered their doctrine ~ moving away from the Soviet doctrine to a more pure combined-arms approach (the Soviets divided their air power into four separate arms ~ ADD (Long Range Aviation), FA (Front Aviation), MTA (Military Transport Aviation) and the V-PVO (Soviet Air Defenses ~ which controlled air interceptors).).It wasn't until the collapse of the Soviet Union and the independence of the various former SSR's that the E&S program really began to hit its stride. Still, while Russia faltered, China's PLAAF (Peoples' Liberation Army Air Force) began to take off. Since the Chinese could produce so much more, the E&S felt it had to keep those older planes and crews up to combat readiness. The younger field crews and pilots flew the newer models as they rolled off the secret production lines.Then the Unification War appeared suddenly, the E&S-turned Khanate Air Force skunked their PLAAF rivals due to two factors, a surprise attack on a strategic level and the fatal poisoning of their pilots and ground crews before they even got into the fight. For those Chinese craft not destroyed on the ground, the effects of Anthrax eroded their fighting edge. Comparable technology gave the Khanate their critical victory and Air Supremacy over the most important battlefields.What did this meant for those out-of-date air crews and pilots who had been training to a razor's edge for a month now? Their assignment had been to face down the Russians if they invaded. They would take their planes up into the fight even though this most likely would mean their deaths, but they had to try.When Operation Fun House put Russia in a position where she wasn't likely to jump on the Khanate, this mission's importance faded. The Russian Air Force was far more stretched than the Khanate's between her agitations in the Baltic and her commitments in the Manchurian, Ukrainian, Chechen and Georgian theaters.With more new planes rolling off the production lines, these reservist units began dropping down the fuel priority list, which meant lowering their flight times thus readiness. Only my hare-brained scheme had short-circuited their timely retirement. Had I realized I was getting people's grandparents killed, I would have probably made the same call anyway. We needed them.The KanateThe Khanate's #1 air superiority dogfighter was the Mig-35F. The #2 was the Mig-29. No one was openly discussing the Khanate's super-stealthy "Su-50", if that was what it was, because its existence 'might' suggest the Khanate also stole technology from the Indian defense industry, along with their laundry list of thefts from South Korea, Japan, Taiwan, the PRC, Russia and half of NATO.Her top multi-role fighters were the Su-47, Su-35S and Su-30SM. The Su-30 'Flanker-C/MK2/MKI were their 2nd team with plenty of 3rd team Su-27M's still flying combat missions as well.Strike fighters? There weren't enough Su-34's to go around yet, so the Su-25MS remained the Khanate's dedicated Close Air Assault model.Medium transport aircraft? The An-32RE and An-38. They had small, large and gargantuan transports as well.Bombers? The rather ancient jet-powered Tu-160M2's and Tu-22M2's as well as the even older yet still worthwhile turboprops ~ from 1956's ~ the Tu-95M S16.Helicopters? While they still flew updated variants of the Mil Mi-8/17 as military transports, the more optimized Kamov Ka-52 and Mil Mi-28 had replaced them in the assault role.Bizarrely, the Khanate had overrun several Chinese production lines of the aircraft frames and components ~ enough to complete fairly modern PLAAF (Peoples Liberation Army Air Force) FC-1 and J-10 (both are small multi-role fighter remarkably similar to the US F-16 with the FC-1 being the more advanced model, using shared Chinese-Pakistani technology and was designed for export,).They did have nearly two dozen to send, but they didn't have the pilots and ground crews trained to work with them, plus the FC-1 cost roughly $32 million which wasn't fundage any legitimate Cabindan rebels could get their hands on, much less $768 million (and that would just be for the planes, not the weeks' worth of fuel, parts and munitions necessary for what was forthcoming).Meanwhile, except for the An-26, which you could get for under $700,000 and the An-71, which were only rendered valuable via 'black market tech', none of the turboprop and jet aircraft the Khanate was sending were what any sane military would normally want. The helicopters were expensive ~ the 'new' models Mi-24's cost $32 million while the Mi-17's set you back $17 million. The one's heading to Cabinda didn't look 'new'.The Opposition:In contrast, the Angolan Air Force appeared far larger and more modern. Appearances can be deceptive, and they were. Sure, the models of Russian and Soviet-made aircraft they had in their inventory had the higher numbers ~ the Su-25, -27 and -30 ~ plus they had Mig-21bis's, Mig-23's and Su-22's, but things like training and up-keep didn't appear to be priorities for the Angolans.When you took into account the rampant corruption infecting all levels of Angolan government, the conscript nature of their military, the weakness of their technical educational system, the complexity of any modern combat aircraft and the reality that poor sods forced into being Air Force ground crewmen hardly made the most inspired technicians, or most diligent care-takers of their 'valuable' stockpiles (which their officers all too often sold on the black market anyway), things didn't just look bleak for the Angolan Air Force, they were a tsunami of cumulative factors heading them for an epic disaster.It wasn't only their enemies who derided their Air Force's lack of readiness. Their allies constantly scolded them about it too. Instead of trying to fix their current inventory, the Angolans kept shopping around for new stuff. Since 'new'-new aircraft was beyond what they wanted to spend (aka put too much of a dent in the money they were siphoning off to their private off-shore accounts), they bought 'used' gear from former Soviet states ~ Belarus, Russia and Ukraine ~ who sold them stuff they had left abandoned in revetments (open to the elements to slowly rot) on the cheap.To add to the insanity, the Angolans failed to keep up their maintenance agreements so their newly fixed high-tech machines often either couldn't fly, or flew without critical systems, like radar, avionics and even radios. Maybe that wasn't for the worst because after spending millions on these occasionally-mobile paperweights, the Angolans bought the least technologically advanced missile, gun and rocket systems they could get to put on these flying misfortunes.On the spread sheets, Angola had 18 Su-30K's, 18 Su-27, 12 Su-25's, 14 Su-22's, 22 Mig-23's, 23 Mig-21bis's and 6 Embraer EMB 314 Super Tucano (a turboprop aircraft tailor-made for counter-insurgency operations), 105 helicopters with some combative ability and 21 planes with some airlift capacity. That equated to 81 either air superiority, or multi-role jet fighters versus the 12 Union Air Force (actually the Bakongo Uni o de Cabinda e Zaire, For as Armadas de Liberta o, For a Area ~ Liberation Armed Forces, Air Force (BUCZ-FAL-FA) Mig-21-97's.It would seem lopsided except for the thousands of hours of flight experience the 'Unionists' enjoyed over their Angolan rivals. You also needed to take into account the long training and fanatic dedication of their ground crews to their pilots and their craft. Then you needed to take into account every Unionist aircraft, while an older airframe design, had updated (usually to the year 2000) technology lovingly cared for, as if the survival of their People demanded it.A second and even more critical factor was the element of surprise. At least the PRC and the PLAAF had contingencies for attacks from their neighbors in the forefront of their strategic planning. The Angolans? The only country with ANY air force in the vicinity was the Republic of South Africa (RSA) and they had ceased being a threat with the end of Apartheid and the rise of majority Black rule in that country nearly two decades earlier.In the pre-dawn hours of 'Union Independence Day', the FAL-FA was going to smash every Angolan Air base and air defense facility within 375 miles of Cabinda (the city). Every three hours after that, they would be hitting another target within their designated 'Exclusion Zone'. Yes, this 'Exclusion Zone' included a 'tiny' bit of DRC (Democratic Republic of Congo) territory. The DRC didn't have an air force to challenge them though, so,Inside this 'Exclusion Zone', anything moving by sea, river, road, rail, or air without Unionist governmental approval was subject to attack, which would require neutral parties to acknowledge some semblance of a free and independent B U C Z. Worse for Angola, this 'Zone' included Angola's capital and its largest port, Luanda, plus four more of their ten largest urban centers. This could be an economic, military and humanitarian catastrophe if mishandled.The Angolan Army did not have significant anti-aircraft assets. Why would they? Remember, no one around them had much of an air force to worry about. The FAL-FA in turn could hit military convoys with TV-guided munitions 'beyond line of sight', rendering what they did have useless. It got worse for the Army after dark. The FAL-FA could and would fly at night whereas the average Angolan formation had Zip-Zero-Nadda night fighting capacity.Then geography added its own mountain of woes. As far as Cabinda was concerned, there was no direct land line to their border from Angola. Their coastal road only went as far as the port of Soyo where the Congo River hit the South Atlantic Ocean. Across that massive gap was the DRC where the road was not picked back up. Far up the coast was the DRC town of Muanda (with an airport) and though they did have a road which went north, it did not continue to the Cabindan border.Nope. To get at Cabinda from the south meant a long, torturous travel through northeastern Angola, into the heart of the DRC then entailed hooking west to some point 'close' to the Cabindan frontier before finally hoofing it overland through partially cleared farmland and jungle. Mind you, the DRC didn't have a native air force capable of protecting the Angolans in their territory so,In fact the only 'road' to Cabinda came from the Republic of Congo (Congo) to the north and even that was a twisted route along some really bad, swampy terrain. This had been the pathway of conquest the Angolans took 39 years earlier. The difference being the tiny bands of pro-independence Cabindan guerillas back then couldn't hold a candle to the Amazons fighting to free Cabinda this time around in numbers, zeal, training and up-to-date equipment.Next option ~ to come by sea. They would face a few, stiff problems, such as the FAL-FA having ship-killer missiles, the Angolan Navy not being able to defend them and the Unionists having no compunction to not strike Pointe-Noire in the 'not so neutral' Republic of the Congo if they somehow began unloading Angolan troops. It seemed the Republic of the Congo didn't have much of an Air Force either.Before you think the FAL-FA was biting off more than they could chew, Cabinda, the province, was shaped somewhat like the US State of Delaware, was half the size of Connecticut (Cabinda was 2,810 sq. mi. to Conn.'s 5,543 sq. mi.) and only the western 20% was relatively open countryside where the Angolan Army's only advantage ~ they possessed armed fighting vehicles while the 'Unionists' did not (at this stage of planning) ~ could hopefully come into play.Centered at their capital, Cabinda (City), jets could reach any point along their border within eight minutes. Helicopters could make it in fifteen. To be safe, some of the FAL-FA would base at the town of Belize which was in the northern upcountry and much tougher to get at with the added advantage the Angolans wouldn't be expecting the FAL-FA to be using the abandoned airfield there, at least initially.Where they afraid attacking Angolan troops in the DRC would invite war with the DRC? Sure, but letting the Angolans reach the border unscathed was worse. Besides, the DRC was in such a mess it needed 23,000 UN Peacekeepers within her borders just to keep the country from falling apart. Barring outside, read European, intervention, did "Democratically-elected since 2001" President (for Life) Joseph Kabila want the FAL-FA to start dropping bombs on his capital, Kinshasa, which was well within reach of all their aircraft?Congo (the country), to the north, wasn't being propped up by the UN, or anything else except ill intentions. In reality, it hardly had much of a military at all. Its officer corps was chosen for political reliability, not merit, or capability. Their technology was old Cold War stuff with little effort to update anything and, if you suspected corruption might be a problem across all spectrums of life, you would 'probably' be right about that too.If you suspected the current President had been in charge for a while, you would be correct again (1979-1992 then 2001- and the 'whoops' was when he accidently let his country experiment with democracy which led to two civil wars). If you suspected he was a life-long Communist (along with the Presidents of the DRC and Angola), you'd be right about that as well. Somehow their shared Marxist-Leninist-Communist ideology hadn't quite translated over to alleviating the grinding poverty in any of those countries despite their vast mineral wealth,At this point in the region's history, little Cabinda had everything to gain by striving for independence and the vast majority of 'warriors' who could possibly be sent against her had terribly little to gain fighting and dying trying to stop them from achieving her goal. After all, their lives weren't going to get any better and with the Amazons ability ~ nay willingness ~ to commit battlefield atrocities, those leaders were going to find it hard going to keep sending their men off to die.And then, it got even worse.See, what I had pointed out was there were two oil refineries in Angola, and neither was in Cabinda. Cabinda would need a refinery to start making good on their oil wealth ~ aka economically bribe off the Western economies already shaken over the Khanate's first round of aggressions.But wait! There was an oil refinery just across the Congo River from Cabinda ~ which meant it was attached to mainland Angola. That had to be a passel of impossible news, right?Nope. As I said earlier, it seemed the people of northern Angola were the same racial group as the Cabindans AND majority Catholic while the ruling clique wasn't part of their ethnic confederacy plus the farther south and east into Angola you went, the less Catholic it became.But it got better. This province was historically its own little independent kingdom (called the Kingdom of Kongo) to boot! It had been abolished by Portugal back in 1914.The 'good' news didn't end there. Now, it wasn't as if the leadership of Angola was spreading the wealth around to the People much anyway, but these northerners had been particularly left out of this Marxist version of 'Trickle Down' economics.How bad was this? This northwestern province ~ called Zaire ~ didn't have any railroads, or paved roads, linking it to the rest of the freaking country. The 'coastal road' entered the province, but about a third of the way up ran into this river, which they'd failed to bridge (you had to use a single track bridge farther to the northeast, if you can believe it). It wasn't even a big river. It was still an obstacle though.How did the Angolan government and military planned to get around? Why by air and sea, of course. Well, actually by air. Angola didn't have much of a merchant marine, or Navy, to make sealift a serious consideration. Within hours of the 'Union Declaration of Independence' anything flying anywhere north of the Luanda, the capital of Angola, would essentially be asking to be blown out of the sky.Along the border between Zaire province and the rest of Angola were precisely two chokepoints. By 'chokepoints', I meant places where a squad (10 trained, modernly-equipped troopers) could either see everything for miles & miles over pretty much empty space along a river valley and the only bridge separating Zaire province from the south, or overlook a ravine which the only road had to pass through because of otherwise bad-ass, broken terrain.Two.Zaire Province had roughly the same population as Cabinda ~ 600,000. Unlike Cabinda, which consisted of Cabinda City plus a few tiny towns and rugged jungles, Zaire had two cities ~ Soyo, with her seventy thousand souls plus the refinery at the mouth of the Congo River, and M'banza-Kongo, the historical capital of the Kingdom of Kongo, spiritual center of the Bakongo People (who included the Cabindans) and set up in the highlands strategically very reminiscent of Điện Biàn Phủ.Of Zaire's provincial towns, the only other strategic one was N'Zeto with her crappy Atlantic port facility and 2,230 meter grass airport. The town was the northern terminus of the National Road 100 ~ the Coastal Road. It terminated because of the Mebridege River. There wasn't a bridge at N'Zeto though there was a small one several miles upstream. N'Zeto was also where the road from provinces east of Zaire ended up, so you had to have N'Zeto ~ and that tiny bridge ~ to move troops overland anywhere else in Zaire Province.So you would think it would be easy for the Angolan Army to defend then, except of how the Amazons planned to operate. They would infiltrate the area first then 'rise up in rebellion'. Their problem was the scope of the operation had magnified in risk of exposure, duration and forces necessary for success.The serious issue before Saint Marie and the Host in Africa were the first two. They could actually move Amazons from Brazil and North America to bolster their numbers for the upcoming offensive. Even in the short-short term, equipment wouldn't be a serious problem. What the Amazons dreaded was being left in a protracted slugfest with the Angolan Army which the Condottieri could jump in on. The Amazons exceedingly preferred to strike first then vanish.There was reason to believe a tiny number could have stayed behind in Cabinda to help the locals prepare their military until they could defend themselves. They would need more than a hundred Amazons if Cabinda wanted to incorporate Zaire. The answer was to call back their newfound buddy, the Great Khan. While he didn't have much else he could spare (the Khanate was ramping up for their invasion of the Middle East after all, the Kurds needed the help), he had other allies he could call on.India couldn't help initially since they were supposed to supply the 'Peace-keepers' once a cease-fire had been arranged. That left Temujin with his solid ally, Vietnam, and his far shakier allies, the Republic of China and Japan.First off ~ Japan could not help, which meant they couldn't supply troops who might very well end up dead, or far worse, captured.. What they did have was a surplus of older equipment the ROC troops were familiar with, so while the ROC was gearing up for their own invasion of mainland China in February, they were willing to help the Chinese kill Angolans, off the books, of course.The ROC was sending fifteen hundred troops the Khanate's way to help in this West African adventure with the understanding they'd be coming home by year's end. With Vietnam adding over eight hundred of her own Special Forces, the Amazons had the tiny 'allied' army they could leave shielding Cabinda/Zaire once the first round of blood-letting was over.To be 'fair', the Republic of China and Vietnam asked for 'volunteers'. It wasn't like either country was going to declare war on Angola directly. Nearly a thousand members of Vietnam's elite 126th Regiment of the 5th Brigade (Đặc cáng bộ) took early retirement then misplaced their equipment as they went to update their visas and inoculations before heading out for the DRC (some would be slipping over the DRC/Cabindan border).On Taiwan, it was the men and women of the 602nd Air Cavalry Brigade, 871st Special Operations Group and 101st Amphibious Reconnaissance Battalion who felt the sudden desire to 'seek enlightenment elsewhere, preferably on another continent'.They too were off to the Democratic Republic of Congo, man that country was a mess and their border security wasn't worth writing home about, that's for damn sure, via multiple Southeast Asian nations. Besides, they were being issued fraudulently visas which showed them to be from the People's Republic of China, not the ROC/Taiwan. If they were captured, they were to pretend to "be working for a Communist Revolution inside Angola and thus to be setting all of Africa on fire!" aka be Mainland Chinese.There, in the DRC, these Chinese stumbled across, some Japanese. These folks hadn't retired. No. They were on an extended assignment for the UN's mission in, the DRC. OH! And look! They'd brought tons of surplus, outdated Japanese Self Defense Forces' equipment with them, and there just so happened to be some Taiwanese who had experience in using such equipment (both used US-style gear).And here was Colonel Yoshihiro Isami of the Chūō Sokuō Shūdan (Japan's Central Readiness Force) wondering why he and his hastily assembled team had just unloaded,18 Fuji/Bell AH-1S Cobra Attack helicopters,6 Kawasaki OH-6D Loach Scout helicopters,12 Fuji-Bell 204-B-2 Hiyodori Utility helicopters,6 Kawasaki/Boeing CH-47JA Chinook Transport helicopters and4 Mitsubishi M U-2L-1 Photo Reconnaissance Aircraft.Yep! 46 more aircraft for the FAL-FA!Oh, and if this wasn't 'bad enough', the Chinese hadn't come alone. They'd brought some old aircraft from their homes to aid in the upcoming struggle. Once more, these things were relics of the Cold War yet both capable fighting machines and, given the sorry state of the opposition, definitely quite deadly. A dozen F-5E Tiger 2000 configured primarily for air superiority plus two RF-5E Tigergazer for reconnaissance, pilots plus ground crews, of course.Thus, on the eve of battle, the FAL-FA had become a true threat. Sure, all of its planes (and half of its pilots) were pretty old, but they were combat-tested and in numbers and experience no other Sub-Saharan African nation could match.The Liberation Ground Forces:But wait, there was still the niggling little problem of what all those fellas were going to fight with once they were on the ground. Assault/Battle rifles, carbines, rifles, pistols, PDW, SMGs as bullets, grenades and RPG's were all terrifyingly easy to obtain. The coast of West Africa was hardly the Port of London as far as customs security went. They were going to need some bigger toys and their host nations were going to need all their native hardware for their upcoming battles at home.And it wasn't like you could advertise for used IFV (Infantry Fighting Vehicles), APCs (armored personnel carriers) and tanks on e-Bay, Amazon.com, or Twitter. If something modern US, or NATO, was captured rolling around the beautiful Angolan countryside, shooting up hostile Angolans, all kinds of head would roll in all kinds of countries, unless the country,A) had an Executive Branch and Judiciary who wouldn't ask (or be answering) too many uncomfortable questions,B) wasn't all that vulnerable to international pressure,C) really needed the money and,D) didn't give a fuck their toys would soon be seen on BBC/CNN/Al Jazeera blowing the ever-living crap out of a ton of Africans aka doing what they were advertised to do and doing it very well in the hands of capable professionals.And politics was kind enough to hand the freedom-loving people of Cabinda & Zaire a winner, and it wasn't even from strangers, or at least people all that strange to their part of the Globe. If you would have no idea who to look for, you wouldn't be alone.That was the magic of the choice. See, the last three decades had seen the entire Globe take a colossal dump on them as a Nation and a People. They were highly unpopular for all sorts of things, such as Crimes Against Humanity and 'no', we were not talking about the Khanate.We would be talking about Република Србија / Republika Srbija aka Serbia aka the former Yugoslavia who had watched all their satellite minions (Slovenia, Croatia, Bosnia & Herzegovina, Montenegro, Kosovo and Macedonia) slip away. Despite being reduced to a tiny fraction of their former selves thus fighting two incredibly brutal and bloody World Wars for nothing, Serbia insisted on maintaining a robust armaments industry.Mind you, they didn't make the very best stuff on the planet. That didn't stop them from trying though. Of equal importance was their geographic location and the above mentioned desire for some hard currency without asking too many questions. The geography was simple, you could move even heavy gear unnoticed from central Serbia to the Montenegrin port of Bar by rail and load them up on freighters and off to the Congo you went.The Serbians produced an APC called the BVP M-80A's which weren't blowing anyone's minds away when they started rolling off the production lines back in 1982, plus some over-eager types on the Serbian Army's payroll sweetened the deal by offering 'the rebels' some BVP M-80 KC's and a KB as well.Then they slathered on the sugary-sweet Maple syrup by upgrading a few of the M-80A's to BVP M-98A's. Why would they be so generous? The KC's and KB were the Command & Control variants, so that made sense (C = company & B = battalion commander). The -98A had never been tested in the field before and they were kind of curious how the new turrets (which was the major difference) would behave. 'Our' procurement agents didn't quibble. We needed the gear.Besides, these Slavic entrepreneurs gave them an inside track on some 'disarmed/mothballed' Czech (introduced in 1963) armored mobile ambulances and Polish BWP-1 (first rolled out in 1966) APC's which were either in, or could be quickly configured into, the support variants those ground-fighters would need. The 'disarmed' part was 'fixable', thanks to both the Serbians and Finland. The 'missing' basic weaponry was something the Serbians could replace with virtually identical equipment.It just kept getting better. Unknown to me at the time, the Finnish firm, Patria Hágglunds, had sold twenty-two of their 'most excellent' AMOS turrets ~ they are a twin 120 mm mortar system ~ then the deal fell through. Whoops! Should have guarded that warehouse better. Those bitches were on a cargo plane bound for Albania inside of six hours.The ammunition for them was rather unique. Thankfully, it was uniquely sold by the Swiss, who had no trouble selling it to Serbia, thank you very much! Twenty-two BWP-1's became mobile artillery for the Unionist freedom fighters, though I understood the ship ride with the Serbian and Chinese technicians was loads of fun as they struggled to figured out how to attach those state-of-the-art death-dealing turrets to those ancient contraptions.To compensate, the Serbians added (aka as long as our money was good) two Nora B-52 155 mm 52-calibre mobile artillery pieces and one battery of Orkan CER MLRS (Multiple Launch Rocket System) for long-range artillery, two batteries of their Oganj 2000 ER MRLS for medium range carnage and six batteries of their M-94 MRLS for 'close support' as well. More field-testing new gear for the "freedom fighters" We also managed to 'purchase' ten M-84AS Main Battle tanks plus an M-84A1 armor recovery vehicle. It should have been twelve tanks, but two had 'loading issues'.Not to be deterred, our busy little procurement-beavers discovered four tanks no one was using, in neighboring Croatia. Why wasn't anyone immediately keen on their placement? They were two sets of prototypes, Croatia's improvements on the M-84; the M-95 Degman which was a 'failed redesign' and the M-84D, which was a vast up-grade for the M-84 line which had been sidelined by the 2008 Global economic collapse, after which the project stagnated.It seemed they were all in working order because late one night 'my people' exited a Croatian Army base with them, never to be seen again, until two weeks later when an intrepid news crew caught the distinctive form of the M-95 sending some sweet 125 mm loving the Angolan Army's way. Whoops yet again! At least they hit what they were aiming at and destroyed what they hit, right?By then, millions of other people would be going 'what the fuck?' right along with them as Cabinda's camouflage- and mask-wearing rebel army was laying the smack-down on the Angolans. That was okay; over a million 'free Cabindan Unionists' were in the same boat. Over a thousand Asians with their mostly-female militant translators were right there to prop up their 'Unionist Allies', but then they were the ones with the tanks, armored vehicles, planes and guns, so they were less worried than most.To pilot these tanks, APC, IFV and man this artillery, they had to go back to the Khanate. Sure enough, they had some old tankers used to crewing the T-72 from which the M-84's and -95 Degman were derived. They'd also need drivers for those BVP M-80A's and Polish BWP-1's and OT-64 SKOT's... who were, again, derived from old Soviet tech (just much better). The Serbian artillery was similar enough to Soviet stuff, but with enough new tech to make it 'more fun' for the reservists to 'figure out' how to use.More volunteers for the Liberation Armed Forces! More Apple sales, great apps and voice modulation software so that the vehicle commanders would be heard communicating in Portuguese if someone was eavesdropping. As a final offering the Turkish Navy spontaneously developed some plans to test their long range capabilities by going to, the South Atlantic.On the final leg they would have six frigates and two submarines, enough to give any navy in the region, which wasn't Brazil, something to think about. This was a show of force, not an actual threat though. If anyone called their bluff, the Khanate-Turkish forces would have to pull back. These were not assets my Brother, the Great Khan, could afford to gamble and lose.If someone didn't call that bluff, he was also sending two smaller, older corvettes and three even smaller, but newer, fast attack boats, a "gift" to the Unionists ASAP. The frigates would then race home, they had 'other' issues to deal with while the submarines would hang around for a bit. The naval gift was necessitated by the reality the Unionists would have to press their claim to their off-shore riches and that required a naval force Angola couldn't hope to counter.As things were developing, it was reckoned since a build-up of such momentous land and air power couldn't be disguised, it had to happen in a matter of days ~ four was decided to be the minimum amount of time. More than that and the government of the Democratic Republic might start asking far too many questions our hefty bribes and dubious paperwork couldn't cover. Less than that would leave the task forces launching operations with too little a chance of success.Our biggest advantage was audacity. The buildup would happen 100 km up the Congo River from Soyo, the primary target of the Southern Invasion, in the DRC's second largest port city, Boma. Though across the river was Angolan territory, there was nothing there. The city of roughly 160,000 would provide adequate cover for the initial stage of the invasion.There they grouped their vehicles & Khanate drivers with Amazon and Vietnamese combat teams. The Japanese were doing the same for their 'Chinese' counterparts for their helicopter-borne forces. Getting all their equipment in working order in the short time left was critical as was creating some level of unit dynamic. Things were chaotic. No one was happy. They were all going in anyway.What had gone wrong?While most children her age were texting their schoolmates, or tackling their homework, Aya Ruger ~ the alias of Nasusara Assiyaiá hamai ~ was getting briefings of her global, secret empire worth hundreds of billions and those of her equally nefarious compatriots. She received a very abbreviated version of what the Regents received, delivered by a member of Shawnee Arinniti's staff.When Aya hopped off her chair unexpectedly, everyone tensed. Her bodyguards' hands went to their sidearms and Lorraine (her sister by blood), also in the room on this occasion, stood and prepared to tackle her 'former' sibling to the ground if the situation escalated into an assassination attempt. No such attack was generated, so the security ratcheted down and the attendant returned her focus to her Queen. Aya paced four steps, turned and retraced her way then repeated the action three more times."How many people live in the combined areas?" she asked."The combined areas? Of Cabinda and Zaire?""Yes.""I," the woman referenced her material, "roughly 1.1 million.""What is the yearly value of the offshore oil and natural gas production?""Forty-nine billion, eighty hundred and sixty-seven million by our best estimates at this time,""How many live in Soyo City proper?""Roughly 70,000.""We take Soyo," she spoke in a small yet deliberate voice. "We take and hold Soyo as an independent city-state within the Cabindan-Zaire Union. From the maps it appears Soyo is a series of islands. It has a port and airport. It has an open border to an ocean with weaker neighbors all around.""What of the, Zairians?""Bakongo. As a people they are called the Bakongo," Aya looked up at the briefer. "We relocate those who need to work in Soyo into a new city, built at our expense, beyond the southernmost water barrier. The rest we pay to relocate elsewhere in Zaire, or Cabinda."By the looks of those around her, Aya realized she needed to further explain her decisions."This is more than some concrete home base for our People," she began patiently. "In the same way it gives our enemies a clearly delineated target to attack us, it is a statement to our allies we won't cut and run if things go truly bad.""In the same way it will provide us with diplomatic recognition beyond what tenuous handouts we are getting from Cáel Wakko Ishara's efforts through JIKIT. Also, it is a reminder we are not like the other Secret Societies in one fundamental way, we are not a business concern, or a religion. We are a People and people deserve some sort of homeland. We have gone for so long without.""But Soyo?" the aide protested. "We have no ties to it, and it backs up to, nothing.""Northern Turkey and southern Slovakia mean nothing to us now as well," Aya debated. "No place on Earth is any more precious than another. As for backing up to nothing, no. You are incorrect. It backs into a promise from our allies in the Earth & Sky that if we need support, they know where to park their planes and ships."Aya was surrounded with unhappy, disbelieving looks."The Great Khan is my mamētu meáeda," she reminded them, "and I have every reason to believe he completely grasps the concept's benefits and obligations."The looks confirmed 'but he's a man' to the tiny Queen."Aya, are you sure about this?" Lorraine was the first to break decorum."Absolutely. Do you know what he sent me when he was informed of my, ascension to the Queendom?""No," Lorraine admitted."We must go horse-riding sometime soon, Daughter of Cáel, Queen of the Amazons."More uncertain and unconvinced looks."He didn't congratulate me, or send any gifts. He could have and you would think he would have, but he didn't. He knew the hearts of me & my Atta and we weren't in the celebratory mood. No. The Great Khan sent one sentence which offered solace and quiet, atop a horse on a windswept bit of steppe."Nothing.Sigh. "I know this sounds Cáel-ish," Aya admitted, "but I strongly believe this is what we should do. We are giving the Cabindans and Bakongo in Zaire independence and the promise of a much better life than what they now face. We will be putting thousands of our sisters' lives on the line to accomplish this feat and well over two hundred million dollars.""What about governance of the city ~ Soyo?" the aide forged ahead."Amazon law," Aya didn't hesitate. "We will make allowances for the security forces of visiting dignitaries and specific allied personnel, but otherwise it will be one massive Amazon urban freehold.""I cannot imagine the Golden Mare, or the Regents, will be pleased," the attendant bowed her head."It is a matter of interconnectivity," Aya walked up and touched the woman's cheek with the back of her small hand. "We could liberate then abandon Cabinda with the hope a small band could help them keep their independence. Except we need the refinery at Soyo so the people of Cabinda can truly support that liberty.""So, we must keep Soyo and to keep Soyo, we must keep Zaire province. There is no other lesser border which makes strategic sense ~ a river, highlands, a massive river, an ocean ~ those are sustainable frontiers. You can't simply keep Soyo and not expect the enemy to strike and destroy that refinery, thus we must take Zaire province.""But the Bakongo of Zaire cannot defend themselves and will not be able to do so for at least a year, if not longer. That means we must do so, and for doing so, they will give us Soyo and we will be honest stewards of their oil wealth. We cannot expect any other power to defend this new Union and if we don't have a land stake we will be portrayed as mercenaries and expelled by hostile international forces.""So, for this project to have any chance of success, we must stay, fight and have an acknowledged presence, and if you can think of an alternative, please let me know," she exhaled."What if the Cabindans and Bakongo resist?""It is 'us', or the Angolans and they know how horrible the Angolans can be. Didn't you say the average person their lives on just $2 a day?""Yes.""We can do better than that," Aya insisted."How?" the aide persisted. "I mean, 'how in a way which will be quickly evident and meaningful?'""Oh," Aya's tiny brow furrowed. Her nose twitched as she rummaged through the vast storehouse of her brain."Get me in touch with William A. Miller, Director of the U.S. Diplomatic Security Service. He should be able to help me navigate the pathways toward getting aid and advisors into those two provinces ASAP.""I'll let Katrina know," the attendant made the notation on her pad."No. Contact him directly," Aya intervened. "We established a, rapport when we met. I think he might responded positively to a chance to mentor me in foreign relations.""Really?" Lorraine's brows arched."Yes," Aya chirped."Are you sure, Nasusara?" the attendant stared. She used 'Nasusara' whenever she thought Aya had a 'horrible' idea instead of a merely a 'bad' one."Yes. He owes me. Last time we met I didn't shoot him.""Didn't?" the woman twitched."Yes. I drew down on him with my captured Chinese QSW-06. I didn't want to kill him, but I felt I was about to have to kill Deputy National Security Advisor Blinken and he was the only other person in the room both armed and capable of stopping me.""Why is he still alive?""Cáel Ishara saw through my distraction and then took my gun from me, asked for it actually," she shyly confessed."Would you have shot him?" the aide inquired."What do you think?" Aya smiled.And Then:So, given t
Este é mais um Visões Populares, que traz para você entrevistas exclusivas, produzidas pelo Brasil de Fato MG. No programa de hoje, a nossa conversa é com a Ana Penido, pós-doutoranda em ciência política pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), pesquisadora do Grupo de Estudos em Defesa e Segurança Internacional (Gedes-Unicamp) e do Instituto Tricontinental de Pesquisa Social."Não existe democracia, não existe Estado, não existe pensar num outro projeto de país que não passe também por entender os militares."Pesquisadora sobre as Forças Armadas, geopolítica e defesa, Ana é formada em ciências sociais pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tem mestrado em estudos estratégicos pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e doutorado em relações internacionais. Durante a entrevista, a pesquisadora abordou temas presentes em seu novo livro, lançado na última sexta-feira em Belo Horizonte, intitulado "Como se faz um militar? A formação inicial na Academia Militar das Agulhas Negras de 1995 a 2012".Além disso, tratamos sobre a recente tentativa de golpe de Estado encampada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados. Confira a entrevista na íntegra.
O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e as Forças Armadas vão ignorar o aniversário do golpe militar de 1964, no próximo dia 31 de março. A orientação, segundo apurou o Estadão, é tratar a data como um outro dia qualquer. A decisão tem sido alvo de críticas de aliados de Lula, que consideram o silêncio “constrangedor”, especialmente após o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se tornar réu por tentativa de golpe. "Durante décadas, o 31 de março teve notas dos comandos militares, especialmente do Exército. Era sempre uma grande confusão de quais seriam os limites destes textos, se poderiam elogiar o regime, se seriam proibidos. A data é especial neste ano porque temos um ex-presidente que é reu por tentativa de golpe de Estado e três generais e um almirante de quatro estrelas que, segundo depoimentos, tinham topado e articulado a intentona. Pela primeira vez, neste dia, temos militares de altíssima patente sentados no banco dos réus por este crime. A gente anda devagar, mas para frente", opina Eliane.See omnystudio.com/listener for privacy information.
O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e as Forças Armadas vão ignorar o aniversário do golpe militar de 1964, no próximo dia 31 de março. A orientação, segundo apurou o Estadão, é tratar a data como um outro dia qualquer. A decisão tem sido alvo de críticas de aliados de Lula, que consideram o silêncio “constrangedor”, especialmente após o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se tornar réu por tentativa de golpe. "Durante décadas, o 31 de março teve notas dos comandos militares, especialmente do Exército. Era sempre uma grande confusão de quais seriam os limites destes textos, se poderiam elogiar o regime, se seriam proibidos. A data é especial neste ano porque temos um ex-presidente que é reu por tentativa de golpe de Estado e três generais e um almirante de quatro estrelas que, segundo depoimentos, tinham topado e articulado a intentona. Pela primeira vez, neste dia, temos militares de altíssima patente sentados no banco dos réus por este crime. A gente anda devagar, mas para frente", opina Eliane.See omnystudio.com/listener for privacy information.
O líder sudanês das Forças de Apoio Rápido (RSF), Mohamed Hamdane Daglo, admitiu este domingo, 30 de Março, ter perdido o controlo da capital, Cartum, reconquistada pelo exército, garantindo que as tropas vão agir com "maior determinação" e rejeitando qualquer possibilidade de negociação. Segundo Ana Cascão, a investigadora especializada em geopolítica no Corno de África e no Médio Oriente, a reconquista de Cartum - "uma área crucial, que liga o oeste e o leste do país- foi um passo determinante para o controlo estratégico da região". RFI: Que impacto é que a reconquista de Cartum pelo exército sudanês pode ter na configuração do poder no Sudão e pode levar a uma solução política ou prolongar o conflito?Ana Cascão: Talvez começássemos pelo início da guerra, que foi há cerca de dois anos, em Abril de 2023. Esta é uma guerra atípica ou o início de uma guerra atípica no sentido em que começou na capital. Isto não é normal, diremos, começa na periferia e depois a capital sendo tomada pode ser considerada uma vitória. Neste caso, a guerra começou em Cartum, o que foi muito problemático porque as pessoas foram saindo, fugindo para outros países e para outras regiões do Sudão. E, portanto, podemos imaginar o impacto que isto teve ao longo da guerra, as Rapid Support Forces, ou seja, os paramilitares, foram ocupando vários locais na capital. Alguns são muito estratégicos e gostava de relembrar que, em Cartum, os bairros se juntam e depois continuam a ser unidos e, portanto, há muitas pontes, o que significa que ninguém consegue controlar toda a capital, mas partes da capital. O exército sudanês, chamado SAF -Sudanese Armed Forces-, foi sempre avançando para oeste, mais para perto do Mar Vermelho, sob controlo da capital podíamos considerar que estava a ganhar a guerra.Esta volta do exército sudanês à capital é, acima de tudo, simbólica no sentido de recuperar território que é importante para retomar o palácio presidencial, o Banco Central, que estão destruídos, mas é poder simbólico e também as pontes que ligam as três partes de Cartum. É a principal ou a mais importante foi exactamente porque recuperaram uma parte da cidade que é muito importante para ligar os dois lados, oeste e leste, do país.Pergunto-lhe se o facto de as forças rápidas terem sido expulsas pode afectar a dinâmica entre as diferentes facções militares?Não estamos a falar de uma força militar que não é organizada como um exército regular, como é o exército sudanês e outros na região. Estamos a falar de paramilitares que têm uma estrutura não hierárquica. Obviamente que há líderes militares, mas que funcionam por diversos grupos. Eles não vão desaparecer. Há uma força muito rápida, altamente armada e sofisticada. Não têm Força Aérea, que é a única desvantagem, diremos, mas têm muito poder de se movimentar pelo país. Segundo eles, estão a posicionar-se noutras regiões que também são muito importantes. E onde estão a haver grandes batalhas porque, normalmente, lá está o poder simbólico de conquistar Cartum, muito provavelmente, o exército está a perder noutras regiões estratégicas e, portanto, isto não é o fim da guerra. Pode ser o começo de uma guerra com contornos completamente diferentes.O que é que muda, qual é a novidade desta vez?A novidade desta vez porque temos que perguntar então por que foi possível agora, passados dois anos, e não antes. Porque os atores externos são extremamente importantes aqui e eu gostava de fazer aqui a ressalva que o Sudão é um país extremamente importante por diversas razões. Na região não só pela sua localização, tem vários vizinhos, mas também pelo Mar Vermelho, bem como com o Médio Oriente. É muito importante porque tem petróleo, que está no sul do Sudão. Mas, seja como for, é transportado através do Sudão. Tem muito ouro, por isso também há interesse. E tem uma costa no Mar Vermelho, do outro lado do Iémen, do outro lado da Arábia Saudita, que é muito importante em termos militares, além das rotas comerciais. E, portanto, é óbvio e acho que ninguém descarta que as forças rápidas foram apoiadas pelos Emirados, que têm um grande poder no Sudão desde sempre, mas que aqui, ainda mais em termos de apoio militar e logístico. E o governo do Sudão foi sempre apoiado pelo Egipto. O Egipto, que era um país seguro, e as Forças Armadas foram sendo treinadas pelo Egipto. E também temos aqui um actor que é a Rússia, que apoiava as forças, porque é aí que está o ouro, nas regiões controladas pelas forças paramilitares, mas que ao mesmo tempo está interessado no Porto, que é controlado pelo exército sudanês. Portanto, neste caso, a Rússia vai apoiando uma facção ou outra. E uma novidade é Irão que tem um grande interesse no Mar Vermelho pelo que está a acontecer: O genocídio em Gaza, os ataques do Iémen no Mar Vermelho e, portanto, há aqui uma jogada no Mar Vermelho entre as várias forças da região, os Estados Unidos também. Um Sudão seguro também é muito importante para o Egipto, por causa do Canal de Suez, e ter capacidade militar no caso do Iémen e dos houthisnão poderem atacar há o Sudão do outro lado. Portanto, há aqui todo um refazer de estratégia em que o exército sudanês está a beneficiar e por isso é que isto foi possível agora e não antes. Não é só pela capacidade militar que aumentou, mas também psicologicamente e moralmente ser apoiado por grandes poderes.Outra notícia tem que ver com a detenção de Riek Machar no Sudão do Sul. Esta detenção pode, a seu ver, desencadear um novo conflito armado? Está em causa um acordo de paz que agora deixou de ser respeitado?É outro problema grande na região. Isto só para dar um contexto histórico; o Sul do Sudão tornou-se independente do Sudão em 2011 e herdou bastantes problemas, não é? Portanto, houve uma guerra civil entre o Sudão e o Sul do Sudão durante várias décadas, com várias razões por trás, mas uma delas tinha a ver também com o facto de o Sul do Sudão ter muito petróleo. Isto é sempre uma coincidência com os recursos estratégicos. E quando o Sul do Sudão se tornou independente, o risco de haver uma guerra civil entre os vários actores era grande. Na altura, havia um líder que era o John Garang, o líder da independência do Sul do Sudão, que morreu tragicamente num acidente de avião, o que deu jeito ao Riek Machar e Salva Kiir que já eram pessoas muito importantes no sistema e que pertencem a etnias diferentes. E houve uma luta de poder já nessa altura. Podemos dizer que a guerra civil propriamente dita entre facções dentro do Sul do Sudão aconteceu pouco depois da independência e era sempre uma questão de como partilhar o poder entre estas duas forças. Há aqui dois níveis, que são os poderes, os movimentos e depois as personalidades das pessoas. Salva Kiir tendo-se tornado o presidente e Riek Machar mais tarde tornando-se o vice-presidente. E é isto agora que está em causa: a partilha de poder com o Presidente Salva Kiir, provavelmente não interessado que as forças aliadas ao Riek Machar tenham posições de poder muito, muito grandes.Esta detenção também não é nova. Já aconteceu mais vezes Riek Machar estaar nos países vizinhos. Mas há sempre uma possibilidade de um acordo, que é a divisão do poder político. É provável que a guerra civil, que nunca propriamente acabou, ainda que houvesse um acordo de paz, se torne muito mais frágil do que era anteriormente. E é um país muito complicado. O Sudão também é complicado, mas o Sul do Sudão, geograficamente, não há acesso a muitas das áreas, não é? Quer dizer, a maior parte da população vive ao longo do Nilo. O poder vai sendo partilhado pelas várias etnias que vivem aqui. Mais uma vez, tal como no Sudão, há aqui o envolvimento de outros poderes, neste caso, mais poderes regionais, como o Uganda, a Etiópia e o próprio Sudão também. Isto nos últimos anos. Já houve os ex-vizinhos que combatiam e queriam ajudar como mediadores nos conflitos dos outros, o que é bastante irónico.Quer o Sul do Sudão, quer o Sudão, estão a enfrentar das maiores crises humanitárias que observamos nas últimas décadas, em particular o Sudão, porque não há qualquer acesso a grande parte do território sudanês e no Sul do Sudão também, com o problema adicional de que muitos sudaneses do norte ultrapassaram a fronteira para o Sul do Sudão. E os RSF estão a ter reforços de recursos humanos para combater no Sul do Sudão. Não é por acaso que estas duas coisas estão a acontecer ao mesmo tempo. Poderá haver aqui uma reconfiguração desta região.De que forma é que a comunidade internacional, em particular a União Africana, as Nações Unidas, podem actuar para tentar mitigar a crise humanitária e impedir uma escalada ainda maior dos conflitos na região?É bastante limitada. Nós conseguimos ver e basta olhar para os últimos dez anos, para não ir mais para trás. A União Africana não tem poder para resolver muitos conflitos, ainda que tenha algumas missões ou mediadores para os vários conflitos, chamemos-lhe no Corno de África, mas sabemos que há sempre interesses dentro da própria União Africana e isso acaba por impedir a acção daquela que seria a organização que devia estar exactamente envolvida nestes conflitos, visto todos os países fazem parte dela, mas não têm poder para isso.As Nações Unidas, sabemos que há vários outros conflitos mais importantes, salvo seja, a acontecer no mundo, que tiram a atenção a estes conflitos, em particular o Sudão. As Nações Unidas, neste momento, nem estão a conseguir fazer a distribuição da ajuda básica. Portanto, imaginemos uns quantos passos à frente ou uns quantos passos acima, a achar que se poderia ter um processo de paz. Em particular no Sudão, as partes não se querem sentar - seja lá quem for o mediador.As Nações Unidas têm um poder simbólico de chamar a atenção e levar resoluções ou o Conselho de Segurança. Em qualquer dos casos, cada vez mais os países do Golfo, e eu estou a falar dos Emirados Árabes Unidos e da Arábia Saudita, que têm interesses vastos nestas regiões por várias razões geopolíticas e geo-económicas, provavelmente estão na linha da frente para serem os mediadores, com grandes trocas, obviamente financeiras.A nova moda das relações internacionais é o transacional, a transacção de favores. Mas, no caso do Sul do Sudão, isto não é novo. Os actores não são novos, conhecem-se, imagino que haverá algum tipo de solução interna com a ajuda de alguns mediadores da região, como, por exemplo, o Uganda. No sul do Sudão não me parece que haja, se conquistaram Cartum ou outras regiões, que haja interesse da parte das Rapid Support Forces ou mesmo do exército sudanês para começarem negociações no curto prazo, pelo menos. E até porque a ajuda humanitária é a prioridade número um, é a prioridade número um, independentemente de onde estão as batalhas a decorrer e a região, claro mais problemático é o Darfur. Isto é um grande problema em qualquer negociação futura; se o Darfur poderá vir a ser um novo país, tal como aconteceu com o Sul do Sudão ter independência do Sudão, algumas forças poderão pedir a independência do Darfur, que é uma região muito rica em todos os recursos e por isso é que há tantas batalhas no Darfur e não parece que o exército sudanês alguma vez tenha capacidade de vir a conquistar essa região.
Na esteira do sucesso da série “Adolescência”, da Netflix, o Lado B conversa com a advogada Letícia Ueda Vella, do Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde. No papo, os grupos masculinistas organizados, as relações com os políticos da extrema-direita mundial, o caráter nazifascista e ultraliberalista dos movimentos e as big techs como cúmplices. Também uma conversa sobre a atuação pelo aborto seguro no Brasil usando os exemplos de Argentina e Colômbia.No Caô da Semana, os painelistas abrem novamente um vinho após mais um passo ser dado para Jair Bolsonaro e seus bando, incluindo o alto escalão das Forças Armadas, apodrecem atrás das grades.Esse episódio faz parte da campanha #OPodcastÉDelas2025
A Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça definiu, sob o rito dos recursos repetitivos, quatro teses sobre o direito dos pensionistas militares à assistência médico-hospitalar. As teses estão cadastradas como Tema 1.080 e vão servir de base para os tribunais de todo o país, quando julgarem casos idênticos ou semelhantes.A primeira tese estabeleceu que não há direito adquirido a um regime jurídico de assistência médico-hospitalar das Forças Armadas para pensionistas ou dependentes de militares falecidos, antes ou depois da Lei 13.954/2019. Isso significa que a assistência médica não é um benefício garantido de forma permanente, sendo condicional e não vinculado à pensão por morte.A segunda tese trata da definição de "rendimentos do trabalho assalariado" conforme a Lei 6880/1980. O colegiado considerou que essa definição inclui as pensões civis ou militares, com base na Lei 4.506/1964. Ou seja, as pensões são consideradas como parte dos rendimentos para fins legais, o que pode afetar o acesso à assistência médico-hospitalar.A terceira tese afirma que a administração militar tem o poder e o dever de fiscalizar periodicamente os requisitos para o acesso à assistência médico-hospitalar, respeitando o devido processo legal. Isso significa que, mesmo sem o prazo decadencial previsto na Lei 9.784/1999, a administração tem autoridade para verificar se os beneficiários ainda cumprem as condições para o benefício, sem violar os princípios de legalidade, moralidade e eficiência da administração pública.Já a quarta tese abordou a questão da dependência econômica para o acesso à assistência médico-hospitalar. O colegiado entendeu que, para ser considerado dependente e ter direito à assistência, a pessoa não pode ter rendimentos superiores ao salário mínimo, incluindo pensões ou aposentadorias. Caso contrário, não será possível usufruir da assistência.O sistema de saúde das Forças Armadas, como foi esclarecido pelo relator do caso, ministro Afrânio Vilela, é de caráter não previdenciário, sendo custeado parcialmente pelos militares. Pele explicou que, para ter acesso à assistência, os dependentes precisam cumprir requisitos específicos, como não ter rendimentos superiores ao salário mínimo, viver sob o mesmo teto que o militar e ser oficialmente declarados dependentes dele. Além disso, a assistência médico-hospitalar está condicionada à manutenção desses requisitos, e não ao recebimento de pensão por morte, o que afasta qualquer vínculo entre a assistência e o benefício de pensão.
Israel ampliou nesta quinta-feira sua operação terrestre na Faixa de Gaza, após o Hamas disparar foguetes contra Tel Aviv. Antes, na terça, as Forças Armadas israelenses já haviam bombardeado o território palestino, alegando que o objetivo era pressionar pela libertação dos últimos reféns. Segundo a agência de Defesa Civil da Faixa de Gaza, governada pelo Hamas, pelo menos 504 pessoas, incluindo 190 menores, morreram em Gaza desde que Israel retomou seus ataques. Em Israel, manifestantes saíram às ruas em protestos contra os ataques a Gaza, alegando que as ações colocam em risco os últimos reféns em poder do Hamas e o cessar-fogo que estava em vigor desde janeiro. Em entrevista à Rádio Eldorado, a professora do Ibmec-SP Karina Calandrin, que é doutora em Relações Internacionais, disse que o fim do cessar-fogo “já era esperado diante da instabilidade política de Israel com uma aliança muito estreita com partidos que ameaçam sair do governo”.See omnystudio.com/listener for privacy information.
No Sudão, esta sexta-feira, o exército anunciou ter retomado o controlo do Palácio Presidencial em Cartum que estava nas mãos das Forças de Apoio Rápido, há mais de dois anos, desde o início da guerra civil que provocou a maior crise humanitária do mundo. Esta é “uma guerra pelo poder” entre o chefe do exército, Abdel Fattah al-Burhan, e o comandante das Forças de Apoio Rápido, o general Hemedti, explica a especialista no Sudão, Daniela Nascimento, para quem a reconquista do Palácio Presidencial do Sudão “não significa necessariamente início do fim da guerra”. RFI: O que significa a retoma do controlo do Palácio Presidencial pelas forças do exército?Daniela Nascimento, Professora de Relações Internacionais da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra: “Não sabemos exatamente o que significa, no sentido em que o controlo do Palácio Presidencial - que é obviamente importante do ponto de vista daquela que tem sido a estratégia militar das Forças Armadas sudanesas contra as Forças de Apoio Rápido com quem disputam o poder nos últimos quase dois anos - é um passo apenas no sentido de retomar o controlo da totalidade do território sudanês. É obviamente importante, mas as implicações desta reconquista, por assim dizer, ficam ainda por esclarecer porque dependerá da forma como as Forças de Apoio Rápido também responderão a esta perda de controlo de uma parte importantíssima do território porque simbolicamente o Palácio Presidencial é a representação do poder. Portanto, teremos agora que aguardar qual será o desenvolvimento e a resposta a esta alteração naquilo que é o jogo militar entre as duas partes.”Este pode ser o início do fim da guerra? Está confiante? “São um pouco mais pessimista. Não considero que este seja o início do fim do conflito, no sentido em que os últimos desenvolvimentos nesta guerra que, de alguma maneira, também permitiram este passo importante na tomada do controlo do Palácio e da capital sudanesa, nos dão alguns indícios de que do lado das Forças Armadas sudanesas, e em particular do general al-Burhan, não parece haver grande vontade de negociar um eventual cessar-fogo ou criar condições para um eventual cessar-fogo, partindo exactamente desta posição mais privilegiada agora do ponto de vista deste controlo territorial. Aqui há umas semanas, um mês talvez, o general al-Burhan tinha anunciado - também na sequência de uma conquista importante de uma parte do território da capital, Cartum - a sua decisão de criar aquilo a que se chama um governo tecnocrático que iria ficar responsável pela gestão do país em tempo de guerra e que isso serviria também para alavancar aquela que era a sua estratégia de reconquista do controlo do país. Mas deixou muito claro, nessa altura, que não iria haver qualquer tipo de inclusão das Forças de Apoio Rápido e do General Hemedti neste processo, a não ser que se alterassem as condições militares e estratégicas no território. Portanto, pode ter até o efeito contrário, no sentido em que as Forças de Apoio Rápido podem usar esta derrota no sentido de se reforçar. Reforçar trincheiras e levar a um recrudescimento da resposta militar. Não nos podemos esquecer que, do ponto de vista militar, as Forças de Apoio Rápido são fortes e conseguiram manter uma posição importante nesta guerra durante estes últimos dois anos, em virtude também de um apoio que tem tido de forças externas, nomeadamente o Grupo Wagner.”Quem são estas Forças de Acção Rápidas e como é que elas têm conseguido controlar quase todo o Oeste do país? “Há aqui uma circunstância muito particular que é o de estas Forças de Apoio Rápido, lideradas pelo General Hemedti, serem forças que foram criadas há anos e estiveram até envolvidas naquele que foi um episódio dramático da vida do Sudão - o genocídio no Darfur em 2003. O general Hemedti foi um dos responsáveis pelo genocídio no Darfur, patrocinado pelo então Presidente Omar al-Bashir. Desde essa altura que estas forças se mantiveram com alguma capacidade de intervenção militar no território sudanês.Com a queda do regime de al-Bashir em 2019, em resultado das várias manifestações até da sociedade civil e que contaram com o apoio do Exército, com o apoio do general al-Bhuran, e desta figura que, entretanto, se foi destacando que é o general Hemedti…”Aliados na altura, não é?“Exatamente, que se aliaram numa primeira fase, num processo que idealmente teria dado lugar a um processo de transição democrática, de transição do poder militar para o poder civil, portanto de criação de um governo civil no Sudão, que era a vontade da maioria da população. Os militares alinharam com esse objectivo, mas a dada altura afastaram-se desse processo e boicotaram-no, assumindo novamente o controlo militar do país em 2023. É nessa altura que estas duas figuras se desentendem também do ponto de vista daquilo que era a sua ideia de poder e, sobretudo, do papel e do lugar que estas Forças de Apoio Rápido poderiam vir a ter no quadro das Forças Armadas sudanesas. Desde essa altura escalou-se para uma guerra civil com dois líderes que disputam o poder a todo o custo, numa guerra brutal, que criou aquela que é considerada, pelas Nações Unidas, como uma das maiores crises do momento. E, portanto, nós estamos aqui claramente com dois lados com uma capacidade militar significativa.Esta reconquista importante pelas Forças Armadas sudanesas pode ter aqui efeito de reajuste da estratégia militar de ambos os lados, mas, a meu ver, não significa necessariamente que seja o início do caminho para o fim da guerra.” Falou na maior crise humanitária do mundo, algo que foi reconhecido pela ONU. Como é que está a população e o país, dois anos depois do início desta guerra? “Está numa situação dramática. Do ponto de vista da crise de deslocação forçada, da crise alimentar, as consequências desta guerra têm sido devastadoras. Estamos a falar de milhões de pessoas deslocadas e directamente afectadas por esta guerra. Condições de segurança muitíssimo frágeis, que impedem inclusivamente as organizações humanitárias, em particular as organizações internacionais de âmbito humanitário, de actuar no terreno. Quer dizer, em termos de números, os números são assustadores. Estamos a falar de cerca de 13 milhões de pessoas forçadas a deslocar-se, quase 10 milhões de deslocados internos, milhares de refugiados que se vêem forçados a fugir para países vizinhos, onde as condições de segurança, de estabilidade, de sobrevivência, não são as melhores: o Sudão do Sul que também tem uma guerra; o Chade, que vive ainda um período de bastante instabilidade. É, de facto, uma situação devastadora.”Mais a fome, não é?“Mais a fome. É das maiores crises de fome da actualidade e dos últimos anos, que obviamente se agravará na sequência destes últimos desenvolvimentos do ponto de vista de política norte-americana e de corte significativo nos fundos. É uma situação dramática do ponto de vista humanitário, a que acrescem também situações absolutamente trágicas do ponto de vista de violações sistemáticas dos direitos humanos. As acusações de alegadas campanhas de limpeza, de genocídio até, na região do Darfur, pelas Forças de Apoio Rápido, são várias e têm sido reportadas por inúmeras organizações.”E depois vão-se encontrando valas comuns…“Exactamente. É uma guerra pelo poder que se faz à custa claramente da população civil, que é usada como arma de guerra, como alvo, como moeda de troca e que coloca a população sudanesa, mais uma vez, numa situação absolutamente dramática do ponto de vista humanitário e das violações a que tem sido sujeita. Há relatos de violação como arma de guerra contra mulheres, meninas e até bebés. Os últimos relatos de organizações humanitárias dão-nos conta de violação de crianças com menos de um ano, o que é, obviamente, uma campanha de terror que é levada a cabo no contexto da guerra no Sudão.”No meio deste terror e desta guerra de poder, qual é a solução para o conflito? “A solução para o conflito - para este e para tantos outros que nunca estão claramente ou parecem nunca estar no centro das prioridades - é o apoio por parte dos actores externos, no sentido de se conseguir um cessar-fogo. Ou seja, tentar chamar as partes à negociação, tentar que efectivamente se baixem as armas e se inicie um processo negocial que permita efectivamente condições para que a guerra tenha fim e que se inicie um processo de transição, de reconstrução pós-violência e que, de alguma maneira, coloque no centro das prioridades as expectativas muito legítimas de paz da população do Sudão e não as condições das partes beligerantes. Eu sei que isto pode parecer um pouco utópico, inviável, mas verdadeiramente uma guerra com esta dimensão - uma guerra com estes contornos, que é semelhante a outras guerras com as mesmas características e para as quais tem sido extremamente difícil chegar a um fim formal da guerra como ponto de partida para o fim verdadeiramente estrutural da guerra e criação de condições para a paz justa - parece-me que esse investimento sério, do ponto de vista de criação de condições para cessar-fogo e, a partir daí, condições para a paz, é essencial. Mas isso implica, obviamente, vontade política também de quem tem alguma capacidade de influenciar estas dinâmicas de violência, de assumir essa posição e esse compromisso. Pouco se fala de organizações regionais envolvidas na tentativa de resolução. As várias tentativas que tivemos, neste caso, falharam em grande medida também por ser difícil convencer as partes a negociar, mas tem que haver pelo menos tentativa e iniciativa nesse sentido, caso contrário, entramos numa espiral de guerra que nunca termina.”A agenda diplomática mundial é dominada por outras guerras, mas dá a ideia que não se fala do Sudão. Há guerras de primeira e de segunda? Por que é que não se fala do Sudão? Ou tão pouco? “Não se fala do Sudão, não se fala do Sudão do Sul, não se fala de tantas outras realidades de violência. Pouco se tem falado, por exemplo, na guerra e na instabilidade que se tem visto também recrudescer na zona dos Grandes Lagos, no Congo, onde têm morrido milhares de pessoas. Pouco ou nada se fala sobre essas situações de violência e de guerra. Isso explica-se pela falta de importância política, de importância estratégica de muitos destes conflitos relativamente àquelas que são as prioridades de agenda dos actores com mais capacidade de se afirmarem e de investirem nestes contextos.Estamos claramente com as atenções focadas na Ucrânia - e bem, ou seja, não significa que deixe de se falar e de se investir na paz na Ucrânia - mas isso não pode ser à custa da negligência e do esquecimento, do ignorar de circunstâncias de guerra que são igualmente dramáticas e, eventualmente, até mais, com consequências humanas mais devastadoras neste momento e que exigiria, obviamente, um reequilibrar das atenções políticas e mediáticas destas guerras. O Sudão já foi muito importante na agenda internacional. Deixou de ser importante a partir do momento em que há um acordo de paz entre o Norte e o Sul em 2005. A partir desse momento, nem a guerra no Sudão do Sul interessou ou importou aos actores que estiveram tão investidos na tentativa da busca de paz no Sudão. Parece-me que há aqui esta circunstância infeliz de estarmos perante uma guerra em contextos que verdadeiramente não interessam à maioria dos actores da comunidade internacional.”
O período no qual vigorou a Ditadura Civil-Militar brasileira (1964-1985) registrou uma série de crimes contra cidadãos cometidos pelo próprio Estado. Prisões ilegais, tortura, assassinatos e ocultação de cadáveres estão entre as ações dolosas do regime. No Giro Histórico de hoje, o historiador Willian Spengler conta uma destas histórias, com foco no caso de Higino Pio, primeiro prefeito eleito de Balneário Camboriú, município litorâneo do Estado de Santa Catarina. Entenda também o papel da Comissão Nacional da Verdade para desvendar o caso e, sobretudo, na alteração do atestado de óbito do político catarinense. Campanha de financiamento coletivo: https://apoia.se/fronteirasnotempo Artes do episódio: Augusto Carvalho Mencionado no Episódio Links Memórias da Ditadura (Higino João Pio) Documentos Revelados. Perícia desmascara versão da Ditadura e comprova tortura seguida de morte do ex-prefeito do Balneário Camboriú BRASIL. Comissão Nacional da Verdade. Mortos e desaparecidos políticos. Brasília: CNV, 2014. Disponível em: https://cjt.ufmg.br/wp-content/uploads/2024/03/CNV.-Higino-Joa%CC%83o-Pio.pdf Podcasts Trilogia do Fronteiras no Tempo sobre a Ditadura Civil-Militar brasileira Fronteiras no Tempo #21 – Golpe de 1964 Fronteiras no Tempo #22 – Ditadura Civil-Militar Fronteiras no Tempo #24: Fim da Ditadura Civil-Militar Fronteiras no Tempo: Giro Histórico (episódios sobre os 60 anos do Golpe de 1964) Fronteiras no Tempo: Giro Histórico #16 60 anos do Golpe de 1964 Fronteiras no Tempo: Giro Histórico #17 Mausoléu Castelo Branco e as resistências de Plínio Marcos Fronteiras no Tempo: Giro Histórico #18 As dissidências militares e a resistência dos estudantes Fronteias no Tempo: Historicidade (programa de entrevistas com pesquisadores) Fronteiras no Tempo: Historicidade #14 Itamaraty e as Forças Armadas na Ditadura Fronteiras no Tempo: Historicidade #9 Histórias da Ditadura Civil-Militar Fronteiras no Tempo: Historicidade #55 Carlos Marighella, cinema e História Fronteiras no Tempo: Historicidade #50 Museu do Trabalho e dos Direitos Humanos Fronteiras no Tempo: Historicidade #51 Espionagem, Igreja e Ditadura Civil-Militar Financiamento Coletivo Existem duas formas de nos apoiar Pix recorrente – chave: fronteirasnotempo@gmail.com Apoia-se – https://apoia.se/fronteirasnotempo INSCREVA-SE PARA PARTICIPAR DO HISTORICIDADE O Historicidade é o programa de entrevistas do Fronteiras no Tempo: um podcast de história. O objetivo principal é realizar divulgação científica na área de ciências humanas, sociais e de estudos interdisciplinares com qualidade. Será um prazer poder compartilhar o seu trabalho com nosso público. Preencha o formulário se tem interesse em participar. Link para inscrição: https://forms.gle/4KMQXTmVLFiTp4iC8 Selo saberes históricos Agora o Fronteiras no Tempo tem o selo saberes históricos. O que é este selo? “O Selo Saberes Históricos é um sinal de reconhecimento atribuído a:● Práticas de divulgação de saberes ou produções de conteúdo histórico ou historiográfico● Realizadas em redes sociais ou mídias digitais, voltadas para públicos mais amplos e diversificados● Comprometidas com valores científicos e éticos.”Saiba mais: https://www.forumsabereshistoricos.com/ Redes Sociais Twitter, Facebook, Youtube, Instagram Contato fronteirasnotempo@gmail.com Como citar esse episódio Fronteiras no Tempo: Giro Histórico #39 Crimes da Ditadura Civil-Militar (o caso de Higino Pio). Locução Cesar Agenor Fernandes da Silva e Willian Spengler. [S.l.] Portal Deviante, 19/03/2025. Podcast. Disponível em: https://www.deviante.com.br/?p=64688&preview=true Expediente Produção Geral, Host e Edição: C. A. Arte do Episódio: Augusto Carvalho Trilha sonora do episódio Birds – Corbyn Kites Nine Lives - Unicorn Heads Dance, Don't Delay - Twin Musicom Madrinhas e Padrinhos Apoios a partir de 12 de junho de 2024 Alexsandro de Souza Junior, Aline Silva Lima, André Santos, André Trapani, Andréa Gomes da Silva, Andressa Marcelino Cardoso, Augusto Carvalho, Carolina Pereira Lyon, Charles Calisto Souza, Elisnei Menezes de Oliveira, Erick Marlon Fernandes da Silva, Flávio Henrique Dias Saldanha, Iara Grisi, João Ariedi, Klaus Henrique de Oliveira, Manuel Macias, Marlon Fernandes da Silva, Pedro Júnior Coelho da Silva Nunes, Rafael Henrique Silva, Raul Sousa Silva Junior, Renata de Souza Silva, Ricardo Orosco, Rodrigo Mello Campos, Rubens Lima e Willian SpenglerSee omnystudio.com/listener for privacy information.
O período no qual vigorou a Ditadura Civil-Militar brasileira (1964-1985) registrou uma série de crimes contra cidadãos cometidos pelo próprio Estado. Prisões ilegais, tortura, assassinatos e ocultação de cadáveres estão entre as ações dolosas do regime. No Giro Histórico de hoje, o historiador Willian Spengler conta uma destas histórias, com foco no caso de Higino Pio, primeiro prefeito eleito de Balneário Camboriú, município litorâneo do Estado de Santa Catarina. Entenda também o papel da Comissão Nacional da Verdade para desvendar o caso e, sobretudo, na alteração do atestado de óbito do político catarinense. Campanha de financiamento coletivo: https://apoia.se/fronteirasnotempo Artes do episódio: Augusto Carvalho Mencionado no Episódio Links Memórias da Ditadura (Higino João Pio) Documentos Revelados. Perícia desmascara versão da Ditadura e comprova tortura seguida de morte do ex-prefeito do Balneário Camboriú BRASIL. Comissão Nacional da Verdade. Mortos e desaparecidos políticos. Brasília: CNV, 2014. Disponível em: https://cjt.ufmg.br/wp-content/uploads/2024/03/CNV.-Higino-Joa%CC%83o-Pio.pdf Podcasts Trilogia do Fronteiras no Tempo sobre a Ditadura Civil-Militar brasileira Fronteiras no Tempo #21 – Golpe de 1964 Fronteiras no Tempo #22 – Ditadura Civil-Militar Fronteiras no Tempo #24: Fim da Ditadura Civil-Militar Fronteiras no Tempo: Giro Histórico (episódios sobre os 60 anos do Golpe de 1964) Fronteiras no Tempo: Giro Histórico #16 60 anos do Golpe de 1964 Fronteiras no Tempo: Giro Histórico #17 Mausoléu Castelo Branco e as resistências de Plínio Marcos Fronteiras no Tempo: Giro Histórico #18 As dissidências militares e a resistência dos estudantes Fronteias no Tempo: Historicidade (programa de entrevistas com pesquisadores) Fronteiras no Tempo: Historicidade #14 Itamaraty e as Forças Armadas na Ditadura Fronteiras no Tempo: Historicidade #9 Histórias da Ditadura Civil-Militar Fronteiras no Tempo: Historicidade #55 Carlos Marighella, cinema e História Fronteiras no Tempo: Historicidade #50 Museu do Trabalho e dos Direitos Humanos Fronteiras no Tempo: Historicidade #51 Espionagem, Igreja e Ditadura Civil-Militar Financiamento Coletivo Existem duas formas de nos apoiar Pix recorrente – chave: fronteirasnotempo@gmail.com Apoia-se – https://apoia.se/fronteirasnotempo INSCREVA-SE PARA PARTICIPAR DO HISTORICIDADE O Historicidade é o programa de entrevistas do Fronteiras no Tempo: um podcast de história. O objetivo principal é realizar divulgação científica na área de ciências humanas, sociais e de estudos interdisciplinares com qualidade. Será um prazer poder compartilhar o seu trabalho com nosso público. Preencha o formulário se tem interesse em participar. Link para inscrição: https://forms.gle/4KMQXTmVLFiTp4iC8 Selo saberes históricos Agora o Fronteiras no Tempo tem o selo saberes históricos. O que é este selo? “O Selo Saberes Históricos é um sinal de reconhecimento atribuído a:● Práticas de divulgação de saberes ou produções de conteúdo histórico ou historiográfico● Realizadas em redes sociais ou mídias digitais, voltadas para públicos mais amplos e diversificados● Comprometidas com valores científicos e éticos.”Saiba mais: https://www.forumsabereshistoricos.com/ Redes Sociais Twitter, Facebook, Youtube, Instagram Contato fronteirasnotempo@gmail.com Como citar esse episódio Fronteiras no Tempo: Giro Histórico #39 Crimes da Ditadura Civil-Militar (o caso de Higino Pio). Locução Cesar Agenor Fernandes da Silva e Willian Spengler. [S.l.] Portal Deviante, 19/03/2025. Podcast. Disponível em: https://www.deviante.com.br/?p=64688&preview=true Expediente Produção Geral, Host e Edição: C. A. Arte do Episódio: Augusto Carvalho Trilha sonora do episódio Birds – Corbyn Kites Nine Lives - Unicorn Heads Dance, Don't Delay - Twin Musicom Madrinhas e Padrinhos Apoios a partir de 12 de junho de 2024 Alexsandro de Souza Junior, Aline Silva Lima, André Santos, André Trapani, Andréa Gomes da Silva, Andressa Marcelino Cardoso, Augusto Carvalho, Carolina Pereira Lyon, Charles Calisto Souza, Elisnei Menezes de Oliveira, Erick Marlon Fernandes da Silva, Flávio Henrique Dias Saldanha, Iara Grisi, João Ariedi, Klaus Henrique de Oliveira, Manuel Macias, Marlon Fernandes da Silva, Pedro Júnior Coelho da Silva Nunes, Rafael Henrique Silva, Raul Sousa Silva Junior, Renata de Souza Silva, Ricardo Orosco, Rodrigo Mello Campos, Rubens Lima e Willian SpenglerSee omnystudio.com/listener for privacy information.
O medo de uma Terceira Guerra Mundial nunca foi tão forte na Europa. Com a volta ao poder do presidente americano, Donald Trump, e a aproximação entre os Estados Unidos e a Rússia, pesquisas mostram que a possibilidade que o conflito na Ucrânia se estenda a outros países da Europa assombra o cotidiano dos europeus. O temor de uma guerra em escala europeia ou mundial se intensificou nos últimos dias, principalmente após o constrangedor encontro entre Trump, seu vice, JD Vance, e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em Washington, na última sexta-feira (28). A confirmação de que o líder republicano cumprirá suas promessas de campanha, interrompendo o apoio à Kiev, e consequente e rápida movimentação de líderes para discutir o rearmamento das nações mostraram a urgência da situação.O discurso do presidente francês, Emmanuel Macron, na quarta-feira (5), e a cúpula da União Europeia na quinta-feira (6), contribuíram com a tomada de consciência sobre a escalada de tensão. O temor da guerra estampou capas de jornais e foi tema de reportagens nas rádios e TVs da França durante a semana.83% dos franceses preocupados com a guerraVárias pesquisas divulgadas nesta semana mostram o aumento da preocupação dos franceses com o conflito na Ucrânia. É o caso de uma sondagem do Ifop Fiducial, divulgada na quinta-feira, que analisa a evolução deste sentimento.Em março de 2022 - poucos dias após o início da invasão russa - 92% dos franceses se declaravam preocupados com a guerra. Esse apreensão caiu para 75% em maio de 2023 e voltou a subir para 83% neste mês.Outra pesquisa, do instituto Elabe, divulgada nesta semana, mostra que 76% dos franceses pensam que a guerra vai se estender a outros países vizinhos da Ucrânia e 64% acreditam que o conflito pode chegar na França.Esse mesmo estudo mostra a oposição da população francesa no envolvimento direto no conflito: 68% das pessoas entrevistadas são contra o envio de soldados do país para combater na Ucrânia. Além disso, 73% acreditam que os Estados Unidos não são mais um país aliado.Um levantamento do instituto YouGov divulgado na quinta-feira aponta que britânicos, alemães, espanhóis, franceses e italianos veem Trump como uma grande ameaça à paz e à segurança na Europa.A população portuguesa também está apreensiva com a volta de Trump ao poder, segundo uma pesquisa divulgada em janeiro. O balanço indica que o maior medo em Portugal neste início de ano é de uma Terceira Guerra Mundial, um sentimento diretamente relacionado com o retorno do líder republicano à Casa Branca.Discurso marcial de MacronNa noite de quarta-feira, o presidente francês, Emmanuel Macron, fez um pronunciamento de pouco mais de 13 minutos em cadeia nacional de rádio e TV adotando um tom marcial e referindo-se diretamente à “ameaça russa” à Europa.Em um tom grave, o líder centrista afirmou que a Europa está entrando em “uma nova era”. Segundo ele, a preocupação da população com o aumento das tensões é “legítima”. “Se um país pode invadir impunemente seu vizinho na Europa, ninguém mais tem certeza de nada”, disse.No discurso que alcançou quase 72% da audiência na TV francesa, Macron também expressou sua vontade de lançar um “debate estratégico” sobre a dissuasão nuclear. Além disso, o líder centrista apelou ao patriotismo da população.“O país precisa de vocês, do engajamento de vocês”, afirmou. No entanto, Macron defende, por enquanto, uma mobilização de forças europeias após a assinatura de um acordo de paz entre a Ucrânia e a Rússia , para garantir o respeito do eventual compromisso.Convocação “acordou” a juventude, diz jornalO jornal Le Parisien desta sexta-feira (7) traz em sua reportagem de capa a preocupação dos jovens franceses com a possibilidade de uma extensão da guerra à França. O diário nota que, ao “mencionar abertamente” a “ameaça russa” e dizer que “a França precisa de vocês”, Macron sinalizou que a possibilidade de um confronto armado com Moscou “não é mais abstrata”. Le Parisien ouviu jovens pelo país que explicam observar os acontecimentos “ora com ansiedade, ora na negação”.O medo do futuro aumenta uma angústia que já vinha se acentuando nos últimos anos, com a pandemia de Covid, a emergência climática – que leva muitos a não querer mais ter filhos – e as guerras na Ucrânia e em Gaza. Alguns têm tido pesadelos recorrentes com as notícias e a ideia de Paris ser bombardeada, e já planejam onde poderão se refugiar no caso de uma guerra – para a vizinha Bélgica ou a distante Austrália, por exemplo.Outros, ao contrário, dizem estar prontos para se engajar, como uma estudante de Ciências Políticas de 20 anos que fez serviço militar aos 18. “Sou uma reservista e nos deixaram claro que isso significa que um dia eu poderia ir para o front militar”, afirmou ela, ao diário.O Ministério da Defesa se mostra otimista quanto ao patriotismo dos jovens franceses. Em 2015, ano da série de atentados terroristas contra o jornal Charlie Hebdo e o Bataclan, o país teve 50 mil alistamentos a mais nas Forças Armadas. O ano passado também foi favorável: após vários anos de queda, em 2024 o número de candidatos atingiu a meta, de cerca de 27 mil alistamentos.
Umaro Sissoco Embaló “já não é Presidente da República, no dia 27 de Fevereiro de 2025 chegou ao fim o seu mandato.” A afirmação é de Domingos Simões Pereira que acrescenta que quem deveria liderar o país até à realização de novas eleições, “é o presidente da Assembleia [Nacional Popular]”. O Presidente da ANP, deposto por Umaro Sissoco Embaló, defende que para se ultrapassar este impasse, “a Comissão Permanente da ANP devia tomar a iniciativa deste processo”. Confira aqui a entrevista. RFI: Domingos Simões Pereira, é ex-presidente deposto da Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau e presidente do PAIGC, na oposição no actual cenário político em Bissau.Este fim de semana, na madrugada de 01 de Março, a missão da CEDEAO presente em Bissau saiu do país na sequência de ameaças de expulsão proferidas pelo Presidente Umaro Sissoco Embaló. Esta missão de alto nível da CEDEAO tinha como objectivo apoiar os actores políticos do país a encontrarem um consenso político para a realização de eleições inclusivas e pacíficas em 2025.Qual é a posição do PAIGC em relação a esta expulsão?Domingos Simões Pereira: Antes de mais agradecer o convite, mas corrigir que na nossa percepção e de acordo com a nossa Constituição da República, pode evocar-se a dissolução do Parlamento, mas o Presidente do Parlamento mantém-se em funções até à eleição de novos parlamentares. Eu não fui designado por ninguém, fui eleito pelos meus pares que saíram das últimas eleições legislativas. Portanto, a minha coligação [PAI-Terra Ranka] ganhou as eleições legislativas com maioria absoluta e em resultado disso, na primeira sessão, fui eleito Presidente da Assembleia Nacional Popular.Em relação à questão que coloca sobre a CEDEAO, que é uma questão muito pertinente, penso que antes de responder a essa questão da missão, é importante enquadrar. É importante contextualizar a relevância da CEDEAO. Digo isso porque não só é a questão da pertença a esse espaço comunitário, mas o papel que a CEDEAO teve em todo o processo. É preciso lembrar que em 2019, na sequência das últimas eleições presidenciais, havia um contencioso eleitoral. Um contencioso eleitoral que tinha duas posições diametralmente opostas: a da CNE que anunciou os resultados, e do Supremo Tribunal de Justiça, que tinha dificuldades em aceitar esses resultados, porque - só por uma questão de memória das pessoas - quando o Supremo Tribunal de Justiça pediu à Comissão Nacional de Eleições para apresentar a acta síntese de apuramento dos resultados, a resposta foi que a Comissão Nacional se tinha esquecido de fazer esse apuramento.Foi nessa altura que a CEDEAO entrou em cena com um comunicado da Comissão da CEDEAO, no qual reconhecia o Umaro Sissoco Embaló como vencedor das eleições.A mesma organização que agora voltou ao país com o objectivo de encontrar um consenso político para a realização de novas eleições. Essa missão de alto nível da CEDEAO acabou por sair no fim-de-semana passado de Bissau, precisamente na sequência de ameaças de expulsão proferidas pelo Presidente. Qual é a posição do PAIGC em relação a esta ameaça? Tenho quase vontade de dizer que a CEDEAO está a experimentar o veneno que nós temos vindo a consumir este tempo todo. Desde que se instalou no poder, Umaro Sissoco Embaló sentiu que já não precisava da CEDEAO e não precisando da CEDEAO, toca a confrontá-los. Eu fiz o enquadramento inicial porque é importante as pessoas perceberem que nós não estamos a exigir um posicionamento claro da CEDEAO, só por uma questão de nós pertencermos, mas por a CEDEAO ter tido o papel que teve em todo o processo. Em todo o caso, desde sábado até agora, depois da saída da missão, a CEDEAO está em silêncio. É esperado um comunicado oficial e final sobre esta situação, que até agora não foi feito. Eu estou de acordo que esse silêncio começa a ser demasiado ruidoso. Penso que se a CEDEAO não se pronuncia e se não se posiciona de forma muito clara, sustenta a posição daqueles que dizem que começa a ser uma entidade irrelevante.Carlos Pinto Pereira, actual Ministro dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau, que foi seu advogado também, acusa a delegação da CEDEAO de ter “vilipendiado na praça pública” o nome do país, sublinhando que o executivo guineense “está inteiramente ao lado da posição do Presidente” e acrescenta que a Guiné-Bissau “aguarda da parte da CEDEAO uma retratação pública”.A CEDEAO ao se ter desviado do roteiro inicial não atentou efectivamente contra o estado de direito? Tem, uma missão destas tem o poder de acrescentar reuniões? Em condições normais, aquilo que nós pedimos, aquilo que nós defendemos, é que as instâncias internacionais existem no sentido de reforçar e não substituir os órgãos da nossa soberania. A questão é que a CEDEAO, já há algum tempo, reconhece que nós não estamos num quadro normal - por isso é que eu fiz o enquadramento inicial - e tem tido esse papel durante todo esse tempo. Uma das primeiras posições que Umaro Sissoco Embaló assumiu, foi a de pedir a retirada da força que a CEDEAO tinha instalado na Guiné-Bissau, invocando que as nossas Forças Armadas eram suficientes para garantir a nossa soberania. Pouco tempo depois, fabricou o 01 de Fevereiro [de 2022], para justificar o regresso da CEDEAO, da força militar da CEDEAO. Só que desta vez não com a missão de estabilizar os outros órgãos de soberania, mas de garantir segurança a ele, garantindo a sua segurança para ele poder atacar os demais. Portanto, com isso, o que é que eu pretendo dizer? É óbvio que a CEDEAO não deveria ter esse tipo de papel, mas teve-o na instalação de Umaro Sissoco Embaló enquanto Presidente da República. E é por isso que a CEDEAO tem a responsabilidade de acompanhar esse processo e garantir que há uma transição.A nossa Constituição, conjugada com a nossa lei eleitoral, estabelece um calendário. É muito claro ao definir que o último dia do mandato do então Presidente da República devia ser o primeiro dia do novo Presidente eleito, o que significa que, por via dessa interpretação, se consegue estabelecer um calendário. Umaro Sissoco Embaló no exercício da sua função enquanto Presidente da República, devia ter convocado eleições e permitido a realização de eleições para que no dia 27 de Fevereiro de 2025 nós estivéssemos a inaugurar o novo presidente. Essa data é a data que defende a oposição. O Presidente defende que o seu mandato termina a 04 de Setembro. Na Guiné-Bissau, a Constituição e a lei eleitoral são passíveis de interpretações consoante a conveniência. Não, não são. É de gente com défice de cultura democrática, de gente que tenta distrair a atenção das pessoas e vai evocando este tipo de argumentos que não têm qualquer tipo de sentido. Porque é que é dia 4 de Setembro? Porque coincide com a data em que o Supremo Tribunal de Justiça encerrou o contencioso que se seguiu às eleições presidenciais de 2019.Como é que fica a interpretação de que o início do seu mandato começa com a sua prestação de juramento? Ele prestou juramento no dia 27 de Fevereiro de 2020 e no dia 28 de Fevereiro de 2020 começou a tomar medidas, uma das quais a demissão do Governo e nomeação do novo Governo. Como é que ficamos com o conjunto de actos que ele praticou entre Fevereiro de 2020 e Setembro de 2020?Mas, em todo o caso, neste momento, o dia 27 de Fevereiro é passado, portanto, a data defendida pela oposição para termo de mandato já passou, faz parte do passado. O Presidente fala em eleições em Novembro. Portanto, uma das partes vai ter que ceder.Sim. Estamos perante mais um golpe institucional. Estamos perante mais um golpe. A contradição é tão flagrante que mesmo que considerássemos a data que ele próprio escolheu - o dia 04 de Setembro - a questão é: faz-se eleições antes do fim do mandato ou depois do fim do mandato?Se ele próprio escolheu o dia 04 de Setembro como último dia do seu mandato, a lógica não seria marcar eleições para que o novo Presidente eleito tomasse posse no dia 04 de Setembro. Mas ele - Umaro Sissoco Embaló - diz Novembro. Porque é que é Novembro? Surpreendeu-o o anúncio do Sissoco Embaló, na segunda-feira, quando chegou a Bissau de dizer que se recandidatava nas eleições de Novembro. - eleições gerais, portanto, presidenciais e legislativas. Ele, que avançou ainda que terá uma vitória garantida à primeira volta, surpreendeu-o este anúncio? Não, penso que não me surpreendeu a mim nem a nenhum guineense. Nós tivemos cinco anos muito difíceis. O povo guineense foi obrigado a aceitar uma imposição que lhe foi feita, porque o povo guineense não votou em Umaro Sissoco Embaló em 2019. Mas perante toda a pressão internacional e a conjuntura que se vivia, o povo guineense resignou-se a aceitar. E nós contribuímos em pedir ao povo guineense que fizesse essa concessão. E foram cinco anos muito difíceis. Houve alguma conivência por parte da oposição, tendo em conta as acções do Presidente Umaro Sissoco Embaló? Depende do que está a chamar de oposição. Nós somos muitas vezes rotulados de oposição, mas nós somos aquela oposição que ganha todas as eleições. É uma oposição muito especial. Nós nunca estivemos coniventes com Umaro Sissoco Embaló. Simplesmente, confrontados com a tal situação do Covid que era evocada pela CEDEAO e pelo conjunto de propostas que foram colocadas à mesa, entendemos que era favorável encontrar um entendimento, um compromisso. Desde o primeiro dia do estabelecimento deste compromisso que nunca foi respeitado e é esse o quadro. O Presidente do país avançou que vai convocar os partidos para consultas antes de produzir o decreto de fixação das eleições gerais. A Presidência anunciou ter convocado para esta sexta-feira o PAIGC para audiências. Vai comparecer? O PAIGC vai comparecer a esta reunião? Primeiro, é preciso deixar bem claro que o cidadão Umaro Sissoco Embaló não é Presidente da República. Foi Presidente da República e assumiu a posse no dia 27 de Fevereiro de 2020 e no dia 27 de Fevereiro de 2025, chegou ao fim o seu mandato. Mas não deve continuar o mandato até novas eleições? Quem é que vai liderar o país? Não, isso não existe em nenhuma Constituição, sobretudo de sistema semipresidencial. Isso existe para governos, os governos aguardam até a nomeação de novos governos. Existe para a Assembleia da República, os deputados aguentam-se até a eleição dos novos deputados não existe para Presidente da República. A Constituição da República deixa muito claro quais são os mecanismos para substituição perante o seu impedimento, seja temporário, seja definitivo, como é neste caso. Agora, mesmo em termos de substituição temporária, o cidadão ou o Presidente - na altura - Umaro Sissoco Embaló, tem tão grande déficit de cultura democrática que quando viajava, não era o presidente da Assembleia Nacional Popular que o substituía. Ele deixava como substituto, inicialmente, o chefe do Governo, o primeiro-ministro e, mais tarde, o ministro do Interior. Tal é a forma arrogante e o desprezo que ele tem em relação à ordem constitucional.Se Umaro Sissoco Embaló não é ou deixou de ser Presidente da Guiné-Bissau, considerando que o mandato terminou a 27 de Fevereiro, quem deveria estar a assumir esse cargo neste momento? A Constituição da República é muito clara em relação a isso: é o Presidente da Assembleia e o Presidente da Assembleia sou eu e, portanto, é essa a responsabilidade que eu tenho.Nós entendemos que, mais do que brigar essa questão, quem deve estar, quem não deve estar - de acordo com a Constituição não há nenhuma dúvida sobre isso - nós fizemos uma proposta que pensamos que podia e deve contribuir para ultrapassarmos esse debate.Nós entendemos que pode se discutir esta questão, o que não se pode discutir é que a Comissão Permanente da Assembleia Nacional Popular é uma entidade colegial competente e vocacionada para garantir a gestão desse processo de transição e, portanto, nós entendemos - em reunião que foi convocada por mim e em que compareceram os membros da Comissão Permanente - que a Comissão Permanente devia tomar a iniciativa deste processo, convocar as outras forças políticas e mesmo outras entidades da sociedade civil para uma plataforma de diálogo inclusivo a nível nacional, no qual as questões mais prementes seriam debatidas e procurava-se um consenso. Mas esse diálogo é possível sem Umaro Sissoco Embaló?Umaro Sissoco Embaló já não é Presidente da República. Na sua leitura, na leitura do PAIGC e de Domingos Simões Pereira. Na leitura dele, ele continua a ser Presidente da República. Sim, mas isto não deve ser uma questão de leitura de Domingos Simões Pereira ou leitura dele. Mas mesmo os próprios analistas se dividem em relação à Guiné-Bissau. Sim e se convidássemos também se dividiam em relação a qualquer assunto. Agora há factos. Penso que a RFI não tem dificuldades em verificar quando é que Umaro Sissoco Embaló começou a exercer a competência de Presidente da República. Mas não é a RFI que carimba o início ou o fim de mandatos.Mas pode constatar. A questão é: neste momento, como é que se sai deste impasse?Permitindo que haja um diálogo nacional que nós estamos a propor através da Comissão Permanente. Eu penso que é nesse sentido que a CEDEAO, reconhecendo o papel que teve ao longo de todo esse processo, se apresenta na Guiné-Bissau, propondo um mecanismo de diálogo. É esse o mecanismo de diálogo que durante estes cinco anos, Umaro Sissoco Embaló enviesou, levando à CEDEAO a sua leitura, a sua interpretação dos factos.Quando ele dá conta que a CEDEAO, desta vez, está a constatar a verdade daquilo que acontece na Guiné-Bissau, tem que dar ordem de expulsão.Na Guiné-Bissau, estão reunidas as condições para as eleições, sejam elas na data pedida pela oposição ou na data pedida pelo Presidente?Há alguma razão porque o legislador exige sempre um período de 60 dias, neste caso, em condições normais, 90 dias para a preparação das eleições. Se nós considerarmos. Se houver vontade, as eleições podem ser realizadas em Maio?Com certeza, com certeza. Basta haver vontade e mobilizar-se a sociedade.Nós podemos ficar aqui a discutir, a evocar leis, doutrinas… O povo guineense está a sofrer, mas está a sofrer terrivelmente. Posso lhe garantir que conheço famílias que têm problemas de garantir uma alimentação diária. As escolas estão fechadas há muito tempo. O nosso sistema de saúde está de rastos. A situação na Guiné-Bissau é catastrófica. É importante que os nossos parceiros e todos aqueles que nos acompanham deixem de acompanhar a situação da Guiné-Bissau numa perspectiva prosaica. A Guiné-Bissau está sequestrada por um senhor que utilizou mecanismos vários que provavelmente aprendeu noutras latitudes. Sequestrou a Guiné, instrumentalizou instâncias que lhe permitem usar a força e está arrastando o país para um beco sem saída. É preciso parar.Como é que se justifica que, com esta contestação interna, com este imbróglio com a CEDEAO, Umaro Sissoco Embaló continua com o apoio do Governo e com os tapetes vermelhos estendidos por este mundo fora. Acabou de chegar da Rússia, Azerbaijão, Hungria. Esteve aqui em Paris. Há um anúncio também de uma deslocação aos Estados Unidos. Para a comunidade internacional é indiferente à situação política interna do país?Parece. Se fizermos essa leitura, é exactamente aquilo que transparece, porque é completamente contraditório. Como é que olha para as relações especificamente entre Umaro Sissoco Embaló e Emmanuel Macron [Presidente de França]? Alguma coisa não bate certo. Eu não tenho elementos suficientes para poder identificar exactamente o que é que está mal. Mas algo está terrivelmente mal. Penso que um país como a França é conhecido por outros valores. Temos a tendência de olhar para países como a França, Inglaterra e outros e dizer que a democracia liberal tem nesses países o seu fundamento.Mas há talvez uma explicação que teria a ver com alguma dificuldade que a França de repente começou a ter na nossa sub-região. Umaro Sissoco Embaló, sendo um oportunista político exímio, terá identificado isso, terá percebido que a França está a passar por um período de alguma dificuldade em relação a alguns países e apressou-se a se posicionar como um potencial salvador dos interesses da França naquela sub-região. Mas isto não justifica tudo. Eu penso que a França é uma grande potência, tem não só competência, mas tem obrigação de ter mais informação.Mas falta informação ou fecha os olhos a essa informação?Não tenho como aceder. Só posso considerar que ou é uma terrível falta de informação ou é um desprezo para aquilo que nós representamos enquanto povo e enquanto nação.A Guiné-Bissau deve receber este ano a presidência da CPLP e, consequentemente, a cimeira do bloco. Há condições para a realização desta cimeira em Bissau e a realizar-se, não é mais uma vez, a validação do modus operandi do Umaro Sissoco Embaló? Absolutamente. É da responsabilidade dos Estados-membros da CPLP avaliarem se querem realmente ser presididos por um presidente fora do seu mandato. O mandato de Umaro Sissoco Embaló terminou no dia 27 de Fevereiro de 2025. Se a Comunidade de Países de Língua Portuguesa se sente honrada por ser presidida por um presidente que não realiza eleições dentro dos prazos constitucionalmente estabelecidos, compete à nossa organização decidir. Deve a Guiné-Bissau ponderar manter-se na CEDEAO?Este não é o momento para se discutir isso. Eu penso que todos os Estados-membros da CEDEAO deviam, a meu ver, em vez de ficarem por esta divisão entre quem acha que devem manter-se e quem acha que devem sair, deviam perceber que algumas das questões que esses países, agora tratados como países do Sahel, colocam, a comunidade dos países na CEDEAO também colocam essas questões: a questão da moeda do franco CFA, da paridade com o euro, as próprias relações com França e com outros países do Ocidente… são questões que os cidadãos da CEDEAO colocam. Portanto, devia-se abrir uma plataforma de diálogo e que pudesse enquadrar. A CEDEAO tem perdido muito espaço, tem perdido muito fôlego. É preciso ser capaz de permitir uma reavaliação dos mecanismos. Eu sei que muito daquilo que é a nossa integração regional se inspira do formato europeu, mas o formato europeu levou 80 e tal anos a se construir e, portanto, nós devemos encontrar outros mecanismos que compensem a falta de consolidação de alguns princípios que ainda lá não estão presentes. Vai voltar a candidatar-se à Presidência da Guiné-Bissau?Eu sou o presidente do maior partido político da Guiné-Bissau, o partido histórico que é o PAIGC. Eu sou o presidente da coligação PAI-Terra Ranka que ganhou as últimas eleições com uma maioria absoluta. Se o meu partido e a minha coligação mantiverem a sua escolha em mim, eu estou disponível e estou pronto. O militante do PAIGC Domingos Simões Pereira tem vontade em assumir esta candidatura? A maior motivação que eu tenho para a minha vida é servir à Guiné-Bissau. E perante isso, estou disposto a tudo isso. É um sim?É um sim. É um sim redondo e sem qualquer tipo de hesitação.
A defesa de Jair Bolsonaro pediu ao Supremo Tribunal Federal na terça-feira (25) que a Corte declare impedidos os ministros Flávio Dino e Cristiano Zanin para julgar a denúncia da Procuradoria-Geral da República sobre a tentativa de golpe de Estado que envolve o ex-presidente e outras 33 pessoas, o que inclui ex-ministros e diversos membros das Forças Armadas. No mesmo dia, um de seus apadrinhados políticos, o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos), chamou a denúncia de “revanchismo”. O Durma com Essa desta quarta-feira (26) fala sobre como a impossibilidade de Bolsonaro concorrer em 2026 abre caminho para nomes como Tarcísio e outros candidatos à direita e extrema direita. O programa tem também João Paulo Charleaux tratando do drama dos israelenses e palestinos na guerra, e Ludmilla Rios explicando o espaço dos conteúdos de livros dentro do YouTube e do TikTok, e como o fenômeno mexe no mercado editorial. Learn more about your ad choices. Visit megaphone.fm/adchoices
Qual o atual estado da defesa nacional e dos diferentes ramos das Forças Armadas? As missões militares de apoio de Portugal lá fora e as respetivas implicações e capacidades. Para fazer um ponto de situação destas temáticas, o ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, é o convidado da edição semanal de Nuno Rogeiro Convida, emitido na SIC Notícias a 25 de fevereiro.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Editada medida provisória que libera dinheiro para o Plano Safra; Forças Armadas poderão ter um orçamento mínimo para investimentos.
Leitura Bíblica Do Dia: Provérbios 4:20-27 Plano De Leitura Anual: Números 1-3, Marcos 3 Já fez seu devocional hoje? Aproveite e marque um amigo para fazer junto com você! Confira: Em 1938, o matemático húngaro Abraham Wald mudou-se para os Estados Unidos e cedeu suas habilidades às Forças Armadas deste país durante a Segunda Guerra Mundial. Wald e seus pares da equipe de pesquisa foram solicitados a pensar como proteger melhor as suas aeronaves para defender-se da artilharia inimiga. A equipe examinava as aeronaves que voltavam das batalhas para ver onde tinham sido mais afetadas; mas Wald percebeu que essa abordagem apenas revelava onde o avião era atingido e ainda podia funcionar. Percebeu que as partes que mais precisavam de reforços seriam evidentes apenas nos aviões abatidos. Esses aviões atingidos na parte mais vulnerável, o motor, tinham caído e não poderiam mais ser examinados. Salomão nos ensina a protegermos a nossa parte mais vulnerável, o nosso coração. Orientou seu filho a guardar o “seu coração, pois ele dirige o rumo de sua vida” (Provérbios 4:23). As orientações de Deus nos guiam e nos conduzem para longe de decisões ruins e nos ensinam a focar a nossa atenção no essencial. Se protegermos nosso coração ouvindo o conselho divino ficaremos firmes em nossa jornada com Deus, sem permitir que “[nossos] pés sigam o mal” (v.27). Pisamos em território inimigo diariamente, mas com a sabedoria de Deus nos cercando, podemos continuar focados na missão de viver para a glória do Pai. Por: Kirsten Holmberg
No podcast ‘Notícia No Seu Tempo’, confira em áudio as principais notícias da edição impressa do jornal ‘O Estado de S.Paulo’ desta quinta-feira (20/02/2025): No dia seguinte à denúncia da PGR contra 34 acusados de tramar um golpe de Estado, o sigilo da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid foi retirado pelo ministro do STF Alexandre de Moraes. De acordo com o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o ex-presidente queria manter seus seguidores mobilizados contra a posse de Luiz Inácio Lula da Silva e mandou os comandantes das Forças Armadas darem autorização aos acampamentos de manifestantes diante de quartéis. Segundo Cid, o ex-presidente “sempre dava esperanças que algo fosse acontecer para convencer as Forças Armadas a concretizarem o golpe”. Cid afirmou ainda que Bolsonaro pressionou o ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, a mudar relatório que não havia identificado falhas nas urnas eletrônicas. E mais: Economia: Com 2 meses, greve da Receita afeta consumidores, empresas e governo Política: Moraes é alvo de ação conjunta de empresa de Trump e Rumble Metrópole: SP decreta emergência para dengue; pico deve ser em abril Internacional: Trump chama Zelenski de ‘ditador’ que foi para guerra com dinheiro dos EUA Caderno 2: The Cult volta ao País para shows em SP, Rio e CuritibaSee omnystudio.com/listener for privacy information.
A confiança dos brasileiros nas Forças Armadas está em queda desde meados de 2023, e, hoje, sete em cada dez brasileiros dizem não confiar no Exército Brasileiro, na Marinha do Brasil e na Força Aérea Brasileira. Só 24% dizem confiar nas Forças, e 4% disseram não saber se confiam ou não. Os dados são da pesquisa Atlas, elaborada para o canal de TV à cabo CNN Brasil. "Esta pesquisa é demolidora e meio inédita; as FFAA ficaram atrás da Polícia Federal, Militar e do STF. Conversei com fontes e há um certo consenso de que o ex-presidente Jair Bolsonaro foi o pior para a imagem das Forças Armadas; ele contaminou as corporações. Presidente Lula investiu nas Forças Armadas, enquanto Bolsonaro ficou comprando no varejo - enchendo o Planalto de generais, os colocando no Ministério da Defesa e criando privilégios. As fontes dizem que este resultado é triste, mas previsível", afirma Cantanhêde.See omnystudio.com/listener for privacy information.
A confiança dos brasileiros nas Forças Armadas está em queda desde meados de 2023, e, hoje, sete em cada dez brasileiros dizem não confiar no Exército Brasileiro, na Marinha do Brasil e na Força Aérea Brasileira. Só 24% dizem confiar nas Forças, e 4% disseram não saber se confiam ou não. Os dados são da pesquisa Atlas, elaborada para o canal de TV à cabo CNN Brasil. "Esta pesquisa é demolidora e meio inédita; as FFAA ficaram atrás da Polícia Federal, Militar e do STF. Conversei com fontes e há um certo consenso de que o ex-presidente Jair Bolsonaro foi o pior para a imagem das Forças Armadas; ele contaminou as corporações. Presidente Lula investiu nas Forças Armadas, enquanto Bolsonaro ficou comprando no varejo - enchendo o Planalto de generais, os colocando no Ministério da Defesa e criando privilégios. As fontes dizem que este resultado é triste, mas previsível", afirma Cantanhêde.See omnystudio.com/listener for privacy information.
**** VIDEO EN NUESTRO CANAL DE YOUTUBE **** https://youtube.com/live/M_AzCn--vgU +++++ Hazte con nuestras camisetas en https://www.bhmshop.app +++++ #historia #españa #armada Gracias a Guillermo Nicieza, autor del #libro "Anclas y bayonetas" ** https://amzn.to/4947k4M ** , conoceremos como era la guerra en los mares durante el medievo. COMPRA EN AMAZON CON EL ENLACE DE BHM Y AYUDANOS ************** https://amzn.to/3ZXUGQl ************* Si queréis apoyar a Bellumartis Historia Militar e invitarnos a un café o u una cerveza virtual por nuestro trabajo, podéis visitar nuestro PATREON https://www.patreon.com/bellumartis o en PAYPALhttps://www.paypal.me/bellumartis o en BIZUM 656/778/825
O Brasil espera ter uma participação histórica nos Invictus Games, evento internacional para militares com deficiência criado pelo príncipe Harry em 2014, que acontece a cada dois anos. A atual edição, em Vancouver, inclui disputas em 11 modalidades, das quais seis são de inverno – biatlo, curling em cadeira de rodas, esqui alpino, esqui nórdico, skeleton e snowboarding – e cinco de verão – basquete em cadeira de rodas, natação, remo indoor, rúgbi em cadeira de rodas e vôlei sentado. Luciana QuaresmaO Brasil se tornou o 24º país filiado aos Invictus Games, torneio que vai até 16 de fevereiro no Canadá. Segundo o tenente-coronel Davi Pavelec, da Comissão Desportiva Militar do Brasil e chefe da missão brasileira, estar em Vancouver “oferece uma plataforma inédita de reconhecimento pessoal e fortalecimento da autoestima para os veteranos”.Fazer parte do torneio é uma demonstração do compromisso do país com a reabilitação e a valorização de seus militares. "Integrar este evento tem como objetivo promover a inclusão social, física e emocional dos nossos militares, oferecendo uma plataforma de superação e reconhecimento pessoal, além de fomentar um ambiente de apoio mútuo entre atletas", destacou Pavelec à RFI.A delegação verde-amarela conta com oito atletas, que irão disputar as provas em duas modalidades: vôlei sentado e natação. No vôlei, o paranaense Alex Witkovski, que ficou em 6° lugar quando a delegação brasileira disputou os Jogos Olímpicos de Paris 2024, volta às quadras animado.O Brasil deve aproveitar esta participação no Canadá para aprender mais com países como Estados Unidos, Reino Unido e Austrália, presentes desde a criação dos Invictus Games.“Esses países já possuem uma forte infraestrutura de apoio aos militares paratletas, tanto para a reabilitação, quanto ao esporte adaptado. O aprendizado está na forma como essas nações estruturam suas equipes, preparam os atletas e utilizam os jogos como uma ferramenta de reintegração social e psicológica", afirma Pavelec.Ele destaca a existência de um intercâmbio com nações mais experientes, por meio de parcerias com organizações internacionais, que ajudam a oferecer capacitação e troca de conhecimento sobre como otimizar programas de esporte para veteranos no Brasil. Pavelec cita os exemplos da Colômbia e da Argentina, que anualmente vêm ao Brasil para o Torneio Internacional Militar de Vôlei Sentado.Formação da equipe: desafios e superaçãoConstruir uma equipe para competir internacionalmente não foi simples. O Brasil enfrentou o desafio de estruturar um treinamento especializado. "Embora tenhamos iniciativas como o Programa de Paradesporto Militar, a cultura do esporte adaptado está em crescimento. Foi necessário um grande esforço para integrar o esporte à reabilitação", explicou Pavelec.O Ministério da Defesa acredita que os Invictus Games atuarão como uma ferramenta crucial na recuperação física e emocional dos militares. "Esses jogos são mais que uma competição, são um gesto de solidariedade e comunidade entre os veteranos", destacou o tenente-coronel.Os atletas foram selecionados com base em rigorosos critérios, considerando as habilidades esportivas e o desejo de superação pessoal. A preparação incluiu treinos frequentes com acompanhamento de técnicos especializados, para que os competidores estejam prontos para enfrentar os desafios com confiança.Futuro planejadoApós a participação nos Invictus Games, o Brasil planeja continuar o investimento no esporte adaptado. "O fortalecimento da cultura esportiva entre os militares com deficiência será uma prioridade, garantindo que eles tenham oportunidades para praticar esportes adaptados e participar de competições promovendo suas reabilitações e integração à sociedade", disse Pavelec.A delegação brasileira é composta por para-atletas das Forças Armadas e Forças Auxiliares. Para o general Paulo Afonso, diretor do Departamento de Desporto Militar, o evento "representa um marco no paradesporto militar brasileiro.Inspirado pelo Warrior Games dos Estados Unidos, o príncipe Harry criou os Invictus Games como um evento internacional que utilizaria o poder do esporte para ajudar na recuperação e reabilitação de veteranos. A primeira edição aconteceu em Londres, no Reino Unido, em 2014, e se expandiu para incluir cidades como Orlando, Toronto e Sydney. Em 2025, a competição reúne cerca de 500 atletas de 24 nações em Vancouver.Como todo bom filho à casa torna, a próxima edição dos Invictus Games acontecerá em Birmingham, em 2027, na Inglaterra.
O ministro da Defesa, José Mucio Monteiro, decidiu permanecer no governo após pedido do presidente Lula (PT). O acerto ocorreu na noite da última sexta-feira (31), em reunião no Palácio do Planalto. Lula argumentou que o clima nas Forças Armadas ainda é instável e desdobramentos da investigação sobre o golpe de Estado podem esgarçar a relação da caserna com o governo. "Mucio toma a decisão em um ano de julgamento histórico no STF - sobre tentativa de golpe de estado durante o governo Jair Bolsonaro. No banco dos réus estarão vários militares, inclusive de altíssima patente, do Exército e da Marinha. Como ele é considerado o homem certo, na hora certa, no lugar certo, Mucio tem os apoios militares para ficar. Os ministros do Supremo também foram, um a um, até ele para fazer um apelo", diz Cantanhêde.See omnystudio.com/listener for privacy information.
O ministro da Defesa, José Mucio Monteiro, decidiu permanecer no governo após pedido do presidente Lula (PT). O acerto ocorreu na noite da última sexta-feira (31), em reunião no Palácio do Planalto. Lula argumentou que o clima nas Forças Armadas ainda é instável e desdobramentos da investigação sobre o golpe de Estado podem esgarçar a relação da caserna com o governo. "Mucio toma a decisão em um ano de julgamento histórico no STF - sobre tentativa de golpe de estado durante o governo Jair Bolsonaro. No banco dos réus estarão vários militares, inclusive de altíssima patente, do Exército e da Marinha. Como ele é considerado o homem certo, na hora certa, no lugar certo, Mucio tem os apoios militares para ficar. Os ministros do Supremo também foram, um a um, até ele para fazer um apelo", diz Cantanhêde.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Repasamos lo más destacado de la semana con nuestra analista externa Mª Dolores Albiac, con quien hablamos en primer lugar de Haití. El presidente del Consejo Presidencial de Transición, Leslie Voltaire, anuncia una "guerra" contra las pandillas que han creado una situación de terror en el país, dejando más de 5.000 personas fallecidas en 2024. Después, analizamos los retos en este 2025 para México, Venezuela o Argentina. Y comentamos el avance en el Acuerdo de la Unión Europea con los países del Mercosur, los efectos del cambio climático y la migración en América Latina.A continuación, nuestro colaborador externo Nico Gómez entrevista al cantautor Pedro Guerra quien está presentando su último trabajo Parceiros y ha colaborado con el artista argentino Andrés Calamaro.Escuchar audio
O Tribunal de Justiça de Mato Grosso mandou servidores e magistrados devolveram o auxílio-alimentação de R$ 10 mil - o penduricalho “vale-peru” - pago em dezembro. A desembargadora Clarice Claudino da Silva, presidente do tribunal, que havia autorizado o aumento de 500% no benefício, recuou depois que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão que administra o Poder Judiciário, mandou suspender o pagamento por considerar o valor exorbitante. "Quem decidiu tudo isso foi uma desembargadora, que é presidente do Tribunal, e, segundo o Estadão, teve ao longo de 2024 um salário líquido de R$ 130 mil - sendo que a Constituição Brasileira diz que o teto de salário no setor público é R$ 44 mil, que é dos ministros do Supremo Tribunal Federal. Mas esta senhora, como tantos juízes, recebe muito acima. É um descumprimento da Constituição, usando pequenos 'atalhos'. Se ficamos em cima de Legislativo, Executivo e Forças Armadas também temos de ver quem fiscaliza e pune o próprio Judiciário", afirma Eliane.See omnystudio.com/listener for privacy information.
O Tribunal de Justiça de Mato Grosso mandou servidores e magistrados devolveram o auxílio-alimentação de R$ 10 mil - o penduricalho “vale-peru” - pago em dezembro. A desembargadora Clarice Claudino da Silva, presidente do tribunal, que havia autorizado o aumento de 500% no benefício, recuou depois que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão que administra o Poder Judiciário, mandou suspender o pagamento por considerar o valor exorbitante. "Quem decidiu tudo isso foi uma desembargadora, que é presidente do Tribunal, e, segundo o Estadão, teve ao longo de 2024 um salário líquido de R$ 130 mil - sendo que a Constituição Brasileira diz que o teto de salário no setor público é R$ 44 mil, que é dos ministros do Supremo Tribunal Federal. Mas esta senhora, como tantos juízes, recebe muito acima. É um descumprimento da Constituição, usando pequenos 'atalhos'. Se ficamos em cima de Legislativo, Executivo e Forças Armadas também temos de ver quem fiscaliza e pune o próprio Judiciário", afirma Eliane.See omnystudio.com/listener for privacy information.
A violência pós-eleitoral continua a marcar a actualidade no continente africano. O Conselho Constitucional de Moçambique validou, esta segunda-feira, 23 de Dezembro, os resultados finais das eleições gerais de 9 de Outubro e proclamou o candidato apoiado pela Frelimo, Daniel Chapo, como vencedor nas presidenciais com 65,17%. A decisão, que não é passível de recurso, trouxe o caos às ruas do país, fazendo mais de 120 mortos nos confrontos entre manifestantes de polícia. Segundo o Conselho Constitucional, em segundo lugar ficou Venâncio Mondlane, do Podemos, com 24,19% dos votos, seguido de Ossufo Momade, da Renamo, com 6,62%, enquanto o líder do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), Lutero Simango, obteve 4,02%.Daniel Chapo garante que as vozes de todos foram ouvidas e apela ao “diálogo” para “superar as diferenças”. O candidato Frelimo diz ter chegado o momento de pensar “sobre a melhor forma de criar uma realidade democrática representativa da riqueza e diversidade do país” e tal deve ser feito com “calma e serenidade”. Acrescentando que é necessário a construção de uma “nova arquitectura democrática que responda às aspirações da sociedade”. “A todos os estratos sociais e, principalmente à juventude, aos militantes, simpatizantes, membros e apoiantes de todos os partidos políticos, asseguro que a vossa voz foi ouvida e vamos trabalhar durante esses dias. Que o nosso sistema eleitoral necessita de reformas profundas, todos nós concordamos. Precisamos construir uma nova arquitectura democrática que responda às aspirações da nossa sociedade e não apenas aos interesses partidários. Estou disposto a liderar este processo de reformas. Quero ainda aproveitar esta ocasião para dizer que chegou a hora de pensarmos, com calma e serenidade, sobre a melhor forma de criar uma realidade democrática que envolva os diversos actores que representam a riqueza e a diversidade do nosso país.Essa diversidade é a nossa força. O diálogo é a chave para superar as nossas diferenças”, disse.O candidato presidencial Venâncio Mondlane alerta que se avizinham “dias difíceis” para os moçambicanos, acrescentando que “ou a gente organiza o nosso país agora ou então nada feito”.A proclamação dos resultados eleitorais levou o caos às ruas em diversos pontos do país, com o registo de feridos a tiro e um rastro de destruição ainda por calcular.Mondlane, também nas redes sociais, reagiu à proclamação dos resultados eleitorais pelo Conselho Constitucional de Moçambique. Alertou que “neste momento sério da nossa vida”, “virão dias difíceis”.“Este é um momento sério da nossa vida. Ou a gente organiza o nosso país agora ou então nada feito. Em Moçambique, o Conselho Constitucional é legal. Mas esta legalidade está a legalizar o roubo, a fraude, a humilhação do próprio povo. Chegou a hora! Temos que estar prontos! Moçambicanos temos que estar prontos!Virão dias difíceis, mas é de dias difíceis onde se faz também a melhor história. A história dos povos não é feita apenas de mar de rosas, não é feita apenas de momentos de felicidade, de gozos, de beijos. É feita também por momentos espinhosos, pedregosos. É feita por momentos difíceis.Mas a verdade é que a vitória está garantida para todos nós. E em todas as coisas que ocorrerem, fiquem a saber: sairemos sempre mais do que vencedores”, alertou.Os resultados das eleições gerais moçambicanas mostram, ainda, uma grande queda da Renamo, até agora maior partido da oposição. Ossufo Momade, Presidente da Renamo, fala “num retrocesso da democracia”, distancia-se dos resultados anunciados pelo Conselho Constitucional e promete mobilizar a população para sair à rua pela verdade eleitoral. Momade voltou a pedir "a anulação deste processo".“Este acórdão representa o desrespeito pelo povo. É um retrocesso para a nossa democracia. O partido Renamo não pode, de forma alguma, permitir que isso aconteça. O partido Renamo convocou esta conferência de imprensa para dizer que não reconhecemos os resultados, nem o suposto vencedor, muito menos números atribuídos ao seu partido. A Renamo entende que Moçambique merece um Governo legítimo, escolhido pelo povo e não por um grupinho de pessoas. A Renamo defende, sempre defendeu, a anulação deste processo.Estamos diante de uma situação intolerável. A decisão do Conselho Constitucional de validar e proclamar os resultados eleitorais, mesmo após a exposição de evidências contundentes de fraude, é um acto de traição à nação. Este órgão devia ser baluarte da justiça e da democracia. Tornou-se numa ferramenta de opressão e de desrespeito da verdade eleitoral. É inaceitável que um órgão que carrega a responsabilidade de zelar pela integridade do nosso sistema democrático ignore as denúncias de manipulação e corrupção. O Conselho Constitucional não falhou apenas na sua missão, mas tornou-se cúmplice de um processo que sufoca a voz e a vontade do povo”, denunciou.O candidato presidencial do MDM, Lutero Simango também não reconhece os resultados do escrutínio que dão vitória à Frelimo e ao seu candidato, Daniel Chapo. Simango ressalva que “Moçambique está em crise” e que a “anulação das eleições” “teria sido a decisão mais acertada” para “um ambiente de paz”.“Queremos dizer a todos os moçambicanos e moçambicanas que não concordamos com o acórdão que ontem foi pronunciado. Pelas mesmas razões que dissemos aquando do anúncio dos resultados feita pela CNE: discrepâncias, enchimento nas urnas, falsificação de editais, manipulação de resultados e má gestão do todo processo eleitoral em cadeia, desde o orçamento eleitoral até ao tratamento dos resultados expressos nas urnas. Não reconhecemos os resultados. Não se pode aceitar a fraude eleitoral. É por essa razão que o MDM sempre defendeu a anulação das eleições. E essa teria sido a decisão mais acertada para se poder criar não só um ambiente de paz, assim como buscar uma outra verdade eleitoral. Moçambique está em crise. Não podemos negar que a situação política que se vive no país hoje só espelha a crise”, defendeu.A proclamação dos resultados eleitorais pelo Conselho Constitucional trouxe o caos às ruas em diversos pontos do país, com feridos a tiro e um rastro de destruição, levando à fuga 1500 reclusos da cadeia Central de Maputo. As autoridades têm um discurso contraditório quanto aos responsáveis pela evasão da prisão. O comandante-geral da polícia Bernardino Rafael acusou os manifestantes de serem os responsáveis pela fuga de prisioneiros. Todavia, a ministra moçambicana da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos, Helena Kida, apresentou uma versão diferente dos factos, garantindo que “a rebelião começou no interior do estabelecimento prisional”.O candidato presidencial suportado pelo partido Podemos fala em “manipulação” e afirma que “foram os guardas que abriram as portas da cadeia”. Venâncio Mondlane denuncia ainda um plano macabro da Frelimo, responsabilizando o chefe de Estado Filipe Nyusi e o comandante-geral da polícia Bernardino Rafael.“Bernardino Rafael, o principal responsável disto, é um homem sanguinário, um assassino frio. Ele é que é responsável, juntamente com o comandante em chefe das Forças Armadas, o Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi. [Eles] combinaram isto porque sabiam que, no terreno, estavam a perder espaço para os manifestantes”, acusou.A tensão social está também a ter impacto no funcionamento do Hospital Central de Maputo que conta com apenas 60% do pessoal de saúde necessários. Há ainda o risco de começar a faltar comida para os pacientes internados na unidade hospitalar, alerta a diretora clínica substituta do HCM, Eugénia Macassa.“Os nossos fornecedores também não conseguem chegar à unidade sanitária. Não conseguimos ter os alimentos que precisamos para alimentar os nossos pacientes (…). Não há pacientes que ficam sem comida, mas corremos esse risco se não recebermos alimentos nas próximas horas”.A União Africana pediu uma “solução pacífica” para os confrontos pós-eleitorais em Moçambique. Declarações que traduzem uma certa impotência de uma comunidade internacional que está mais preocupada com os investimentos que tem no país, considera João Feijó, investigador do observatório do Meio rural em Maputo.“Os países da região, sobretudo a África do Sul, que depende fortemente das matérias primas que saem de Moçambique (…) Por outro lado, os países da região também estão com medo, nomeadamente os partidos dominantes que ainda estão no poder, o ANC, o ZANU-PF do Zimbabwe ou o MPLA de Angola estão com medo daquilo que podem ser os ventos de mudança de Moçambique que podem depois contagiar também a oposição nestes países”, admite.Também o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, lançou um apelo aos líderes políticos do país, com o objetivo de acalmar as tensões, através do diálogo.De acordo com a plataforma eleitoral Decide, Mais de 120 pessoas foram mortas em dois dias de confrontos com as forças de segurança em Moçambique. A plataforma diz que a expansão de novos focos de protestos, saques e a agitação em cadeias causaram o aumento do número de óbitos, referindo que mais de 250 pessoas morreram nas manifestações pós-eleitorais em Moçambique desde 21 de outubro.
Confira na edição do Jornal da Record desta terça (17): Deputados aprovam regras da reforma tributária. Dólar atinge novo recorde em dia turbulento no mercado financeiro. Em visita ao presidente Lula, ministro da Defesa diz que prisão de Braga Netto causa constrangimento às Forças Armadas. Ucrânia assume autoria pelo ataque que matou comandante do Exército russo.
Neste episódio, o antropólogo Piero Leirner analisa a tentativa de golpe bolsonarista e o relatório elaborado pela Polícia Federal, e propõe uma visão diferente da versão oficial. Em um relatório de mais de 800 páginas, a Polícia Federal esmiuçou os detalhes do plano golpista tramado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados durante 2022 e 2023. A ideia, de acordo com o documento, era assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin, e o ministro do STF Alexandre de Moraes, além de, claro, manter Bolsonaro no poder. O relatório se baseia em documentos, conversas e depoimentos coletados de membros do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. No fim, pelo relatório, é possível se concluir que as Forças Armadas salvaram a democracia do Brasil pois não aderiram ao golpe. Mas será que é isso mesmo? E se, na verdade, as Forças Armadas elaboraram um plano que vai muito além de uma tentativa de golpe frustrada? Neste episódio, falamos sobre a tentativa de golpe bolsonarista e sobre o relatório da Polícia Federal, analisando o que está por trás das narrativas oficiais. Mergulhe mais fundo O Brasil no Espectro de uma Guerra Híbrida: Militares, Operações Psicológicas e Política em uma Perspectiva Etnográfica (link para compra) Entrevistado do episódio Piero Leirner Antropólogo, professor titular da Universidade Federal de São Carlos. Tem experiência na área de antropologia, com ênfase em antropologia da guerra e em sistemas hierárquicos, atuando principalmente nos seguintes temas: hierarquia, individualismo, estado, guerra e militares. É autor do livro “O Brasil no Espectro de uma Guerra Híbrida: Militares, Operações Psicológicas e Política em uma Perspectiva Etnográfica” (Alameda Casa Editorial, 2020). Episódios relacionados 70: Os generais e o cerco a Brasília 109: General bom, general mau Ficha técnica Produção e apoio de edição: Matheus Marcolino. Locução adicional: Priscila Pastre. Mixagem de som: Vitor Coroa. Trilha sonora tema: Paulo Gama Design das capas dos aplicativos e do site: Cláudia Furnari. Direção, roteiro e edição: Tomás Chiaverini
De acordo com a coluna de Eliane Cantanhêde no Estadão, em reunião no sábado, o ministro da Defesa, José Múcio e os comandantes do Exército, general Tomás Paiva, da Aeronáutica, brigadeiro Marcelo Damasceno, e da Marinha, almirante Marcos Olsen, disseram ao presidente Lula que as Forças Armadas estão solidárias com o pacote, mas argumentaram a favor de um alívio, particularmente, na criação da idade mínima para a passagem dos militares para a reserva remunerada. "As Forças Armadas não estão passando por seu melhor momento. Querem escapar de um corte de gastos que atinge a todos. É uma tentativa de negociação com o presidente Lula e a gente não sabe a resposta, mas foi uma conversa amena", diz Eliane.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Mais da metade dos 37 nomes indiciados pela Polícia Federal no inquérito do golpe é de militares. Durante a investigação sobre a trama golpista envolvendo Jair Bolsonaro e o alto escalão das Forças Armadas, a PF obteve áudios que expõem em detalhes o plano para manter o ex-presidente no poder e romper com o Estado Democrático após a eleição de 2022. Conversas que deixam claro como, mais de 30 anos depois do fim do regime militar, o espírito autoritário ainda está presente em parte dos integrantes das Forças Armadas. Para esmiuçar os motivos pelos quais as ideias de ruptura e autoritarismo ainda sobrevivem na caserna, Natuza Nery entrevista Carlos Fico, professor de história do Brasil da UFRJ. E para contextualizar o quanto os áudios obtidos pela PF remetem ao golpe de 1964, Natuza conversa com o advogado José Carlos Dias, fundador da Comissão Arns e ministro da Justiça no governo Fernando Henrique Cardoso. Ele, que durante a ditadura militar foi defensor de presos políticos e atuou diretamente na Justiça Militar, reforça o quanto é preciso ficar vigilante na defesa do Estado Democrático.
Destaca Semar que se Impulsará la productividad y el comercio internacionalUNAM reconoce a Clinica de Migración y Derechos Humanos de la Universidad de San Antonio, Texas44 mil 176 muertos en Gaza desde el inicio de la guerra con IsraelMás información en nuestro Podcast
A Operação Contragolpe aberta pela Polícia Federal revelou uma extensa rede do alto escalão das Forças Armadas, com oficiais graduados que trocavam informações sobre o golpe e/ou eram cotados para “pacificar” o país após a ruptura formada. Os investigadores encontraram mensagens, reuniões, documentos e áudios com citações, em diferentes graus. Pelo menos 35 militares – entre eles dez generais e 16 coronéis do Exército, além de um almirante - fariam parte da trama antidemocrática supostamente gestada no governo Jair Bolsonaro. O Supremo Tribunal Federal ouve hoje o depoimento do tenente-coronel Mauro Cid. A audiência foi marcada pelo ministro Alexandre de Moraes, que deve conduzir a reunião. O ministro pontuou que o procedimento era necessário em virtude das contradições existentes entre os depoimentos do colaborador e as investigações realizadas pela Polícia Federal no âmbito da operação Contragolpe. "é possível que Mauro Cid saia preso hoje do STF", afirma Cantanhêde.See omnystudio.com/listener for privacy information.
No “Estadão Analisa” desta quinta-feira, 21, Carlos Andreazza fala sobre a Operação Contragolpe aberta pela Polícia Federal nesta terça, 19, que não só levou à prisão de militares que planejaram a morte do presidente Lula, de seu vice Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes, mas também revelou uma extensa rede do alto escalão das Forças Armadas, com oficiais graduados que trocavam informações sobre o golpe e/ou eram cotados para “pacificar” o país após a ruptura formada. Os investigadores encontraram mensagens, reuniões, documentos e áudios com citações, em diferentes graus, a pelo menos 35 militares – entre eles dez generais e 16 coronéis do Exército, além de um almirante - durante a mais recente fase sobre a trama antidemocrática supostamente gestada no governo Jair Bolsonaro. Leia mais: https://www.estadao.com.br/politica/blog-do-fausto-macedo/plano-punhal-verde-e-amarelo-pf-espreita-dez-generais-na-trama-golpista-de-grupo-de-bolsonaro/ O colunista ainda comenta sobre a demora para anunciar o pacote de corte de gastos. O governo ainda não confirmou o anúncio das medidas de ajuste fiscal, aguardadas pelo mercado financeiro e pelo Congresso Nacional; mas a expectativa após acordo firmado com o Ministério da Defesa para incluir os militares no ajuste, estabelecendo uma idade mínima de 55 anos para aposentadoria nas Forças Armadas. Leia mais: https://www.estadao.com.br/economia/lula-corte-gastos-apos-g20-xi-jinping-entenda/ Apresentado pelo colunista Carlos Andreazza, programa diário no canal do Estadão no YouTube trará uma curadoria dos temas mais relevantes do noticiário, deixando de lado o que é espuma, para se aprofundar no que é relevante. Assine por R$1,90/mês e tenha acesso ilimitado ao conteúdo do Estadão. Acesse: https://bit.ly/oferta-estadao O 'Estadão Analisa' é transmitido ao vivo de segunda a sexta-feira, às 7h, no Youtube e redes sociais do Estadão. E depois, fica disponível no Spotify, Deezer, Apple Podcasts, Google podcasts, ou no agregador de podcasts de sua preferência. Apresentação: Carlos AndreazzaEdição/Pós-produção: Jefferson PerlebergCoordenação: Gabriel Pinheiro e Everton OliveiraSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Termina hoje em Moçambique a quarta fase dos protestos de contestação dos resultados eleitorais. Venâncio Mondlane pede aos moçambicanos para "fazerem barulho" para fechar esta etapa. Será necessária mais organização nas próximas fases de luta? A DW debateu o tema com a ativista Quitéria Guirengane e o analista Dércio Alfazema. Forças Armadas da Guiné-Bissau celebram 60 anos sob críticas.
Angola vai tirar lições da onda de protestos em Moçambique, perspetiva analista. Jornalista sublinha necessidade de mais espaço para participação dos jovens na elaboração de políticas públicas em Moçambique. Coligação PAI – Terra Ranka lamenta interferência das Forças Armadas guineenses na política.
Damnificados por John en Oaxaca exigen se realice un nuevo censo5 de cada 10 negocios no cuenta con medidas de seguridad señala encuesta12 mil 675 elementos de las fuerzas armadas fueron desplegados en GuerreroMás información en nuestro pdocast
An exploration of the unsettling possibility we live in a universe of ancient galactic wars, ruins, relics, and leftover war machines scattered across the cosmos.Watch my exclusive video Caretaker AI & Genus Loci: https://nebula.tv/videos/isaacarthur-caretaker-ai-genus-loci Get Nebula using my link for 40% off an annual subscription: https://go.nebula.tv/isaacarthur Get a Lifetime Membership to Nebula for only $300: https://go.nebula.tv/lifetime?ref=isaacarthur Use the link gift.nebula.tv/isaacarthur to give a year of Nebula to a friend for just $30. Visit our Website: http://www.isaacarthur.net Join Nebula: https://go.nebula.tv/isaacarthur Support us on Patreon: https://www.patreon.com/IsaacArthur Support us on Subscribestar: https://www.subscribestar.com/isaac-arthurFacebook Group: https://www.facebook.com/groups/1583992725237264/Reddit: https://www.reddit.com/r/IsaacArthur/ Twitter: https://twitter.com/Isaac_A_Arthur on Twitter and RT our future content. SFIA Discord Server: https://discord.gg/53GAShECredits:Ghost Armadas & Primordial Galactic WarsEpisode 471; October 31, 2024Produced, Narrated & Written: Isaac ArthurEditors: Lukas KonecnyGraphics:Darth BiomechJeremy JozwikLegiontech StudiosMihail YordanovUdo SchroeterSelect imagery/video supplied by Getty Images Music Courtesy of Epidemic Sound http://epidemicsound.com/creatorSee Privacy Policy at https://art19.com/privacy and California Privacy Notice at https://art19.com/privacy#do-not-sell-my-info.
An exploration of the unsettling possibility we live in a universe of ancient galactic wars, ruins, relics, and leftover war machines scattered across the cosmos.Watch my exclusive video Caretaker AI & Genus Loci: https://nebula.tv/videos/isaacarthur-caretaker-ai-genus-loci Get Nebula using my link for 40% off an annual subscription: https://go.nebula.tv/isaacarthur Get a Lifetime Membership to Nebula for only $300: https://go.nebula.tv/lifetime?ref=isaacarthur Use the link gift.nebula.tv/isaacarthur to give a year of Nebula to a friend for just $30. Visit our Website: http://www.isaacarthur.net Join Nebula: https://go.nebula.tv/isaacarthur Support us on Patreon: https://www.patreon.com/IsaacArthur Support us on Subscribestar: https://www.subscribestar.com/isaac-arthurFacebook Group: https://www.facebook.com/groups/1583992725237264/Reddit: https://www.reddit.com/r/IsaacArthur/ Twitter: https://twitter.com/Isaac_A_Arthur on Twitter and RT our future content. SFIA Discord Server: https://discord.gg/53GAShECredits:Ghost Armadas & Primordial Galactic WarsEpisode 471; October 31, 2024Produced, Narrated & Written: Isaac ArthurEditors: Lukas KonecnyGraphics:Darth BiomechJeremy JozwikLegiontech StudiosMihail YordanovUdo SchroeterSelect imagery/video supplied by Getty Images Music Courtesy of Epidemic Sound http://epidemicsound.com/creatorSee Privacy Policy at https://art19.com/privacy and California Privacy Notice at https://art19.com/privacy#do-not-sell-my-info.
"Não é um conflito qualquer. Já é guerra total”, afirma Gabriel Chaim, fotógrafo e documentarista que fala direto de Beirute. Nesta entrevista a Julia Duailibi, Chaim revive a viagem que fez por terra entre o sul do Líbano e a capital durante as horas nas quais as Forças Armadas de Israel bombardeavam o país tendo como alvo o Hezbollah – quase 600 pessoas morreram, entre elas um brasileiro de 15 anos: “Um trajeto de 25 minutos durou uma eternidade absoluta. O risco, de zero a dez, era dez”. O mesmo deslocamento, de acordo com a ONU, já foi feito por cerca de 100 mil libaneses – o governo local diz que quase meio milhão de pessoas já deixaram suas casas. Chaim, que cobre guerras há mais de 10 anos e esteve na Ucrânia, na Síria, no Iraque e no Iêmen, relata que “sentiu muito medo” nos últimos dias, quando conviveu com “foguetes passando por nossas cabeças” e viu um “bombardeio muito próximo, a menos de 300 metros”. Em Beirute, o repórter comenta o “clima pré-guerra” entre os moradores e elogia as belezas naturais da capital libanesa. “Um brasileiro aqui se sente em casa”.