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Trump negociou 20 pontos de um plano de paz que já tem o acordo de vários países árabes. O Hamas ainda não aceitou, mas está sob uma enorme pressão. Terá o presidente dos EUA conseguido o impossível?See omnystudio.com/listener for privacy information.
Trump negociou 20 pontos de um plano de paz que já tem o acordo de vários países árabes. O Hamas ainda não aceitou, mas está sob uma enorme pressão. Terá o presidente dos EUA conseguido o impossível?See omnystudio.com/listener for privacy information.
O governo (que disse à CP para comprar mais comboios), o BE (que finalmente mudou de deputada única) e o governo (que tem de ver o Hamas a fazer o que lhe apetece) são o Bom, o Mau e o Vilão.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Manifestaçõe acontecem após 15 pessoas serem mortas em um ataque a hospital. Entre os mortos, estão socorristas e jornalistas.Esse conteúdo é uma parceria entre RW Cast e RFI.
Afirmando que o próximo passo deve ser uma reunião trilateral, Trump diz estar disposto a oferecer garantias desegurança à Ucrânia, semelhantes às da Otan, mas condicionou o apoio à aceitação de perdas territoriais por Kiev, ponto que já gera resistência. E ainda:- Diferente do último encontro entre Trump e Zelenski, desta vez houve cordialidade, risos e até piadas sobre o traje militar do ucraniano- Hamas anuncia aceitar proposta de cessar-fogo articulado por autoridades do Egito e Catar, que prevê 60 dias de trégua, libertação de prisioneiros palestinos e retorno de metade dos reféns em poder do grupo- Após encontro no Palácio do Planalto, Lula e Noboa anunciam a reabertura de uma sede da Polícia Federal em Quito para combater o crime organizado e o contrabando de armas, além de tratarem sobre outros assuntos como comércio, clima e integração regional Notícias em tempo real nas redes sociais Instagram @mundo_180_segundos e Linkedin Mundo em 180 Segundos Fale conosco através do redacao@mundo180segundos.com.br
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Israel conseguiu vitórias importantes ao anular grandes ameaças. António José Telo, ex-professor catedrático de História na Academia Militar, acredita que, depois de tudo, o país não vai voltar atrás.See omnystudio.com/listener for privacy information.
O governo português anunciou que pode reconhecer em Setembro o estado da Palestina, juntando-se a mais países europeus. O Hamas reagiu endurecendo posições e tornando ainda mais difícil um cessar fogoSee omnystudio.com/listener for privacy information.
O Hamas disse nesta quarta-feira que concorda em libertar 10 reféns para alcançar um cessar-fogo em Gaza, mas alegou que as negociações para uma trégua são "difíceis" devido à intransigência" de Israel. O grupo palestino afirmou que as negociações de cessar-fogo em andamento têm vários pontos de atrito, entre eles o fluxo de ajuda humanitária para a população de Gaza, a retirada das forças israelenses do enclave palestino e "garantias genuínas" para um cessar-fogo permanente. Em entrevista à Rádio Eldorado, o analista de Relações Internacionais Vladimir Feijó, que é doutor em Direito Internacional, disse que o acordo parece mais próximo, mas ressaltou que é preciso considerar “o direito de retorno dos palestinos ao território”. Ele considerou “extremamente malicioso” o plano defendido pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de realocação da população civil palestina em outros países.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Luís Montenegro (que impõe condições ao reconhecimento da Palestina), o PS (que é contra concorrência nos comboios) e Miguel Albuquerque (que segurou o secretário regional) são o Bom, o Mau e o Vilão.See omnystudio.com/listener for privacy information.
O confronto directo entre Israel e o Irão marca uma viragem na longa guerra na sombra entre os dois países. Segundo o investigador do IPRI-Instituto Português de Relações Internacionais e professor do ISCET-Instituto Superior de Ciências Empresariais e do Turismo, José Pedro Teixeira Fernandes, Israel procura travar o programa nuclear iraniano, enquanto os dois países violam o direito internacional. O conflito reflecte rivalidades estratégicas profundas e agrava a instabilidade na região. RFI: Como é que chegámos a este conflito militar directo entre Israel e o Irão? José Pedro Teixeira Fernandes: É um processo que, no fundo, se tem agravado nos últimos meses ou anos. Contextualizando a conflitualidade que hoje estamos a ver importa referir o seguinte. Até há cerca de um ano, ou um ano e meio, ou até um pouco menos, o que existia era o que se chamava uma guerra na sombra. Tratava-se de confrontos não assumidos abertamente entre o Irão e Israel, ligados fundamentalmente à enorme inimizade entre os dois Estados. Esta resultava de acções e também declarações, muitas vezes bastante agressivas dos dirigentes iranianos e da reacção de Israel. Nesse contexto, houve todo um conjunto de operações, desde sabotagens a atentados. No entanto, raramente víamos ali pistas que nos permitissem afirmar abertamente a autoria. Até aí sabia-se que havia uma guerra travada na sombra, mas ambos os lados não pareciam querer subir esse patamar. Tudo se começou a alterar gradualmente a partir do ataque a Israel em 7 de Outubro, que é um ponto de viragem óbvio quando vemos o que está agora a acontecer no Médio Oriente. O Irão, com os seus aliados (desde logo o Hamas, o Hezbollah, os Houthis e grupos e milícias pró-iranianas na Síria), julgou que tinha encontrado uma situação ideal para pressionar ao máximo Israel e causar o máximo dano a Israel. E, realmente, a convicção existente início do conflito, quando recuamos a finais de 2023, era largamente, a nível internacional, de que o Irão tinha sido um dos grandes ganhadores do ataque do Hamas de 7 de Outubro e que estava numa posição de força. Os acontecimentos do ano passado vieram gradualmente a alterar essa realidade e a percepção sobre ela. Há um primeiro momento de um confronto indirecto, em Abril de 2024, na sequência de um bombardeamento feito na Síria, em Damasco, que atingiu anexos consulares iranianos. Apesar de tudo, esse primeiro bombardeamento feito directamente, que quebrou as regras anteriores porque foi assumido, foi de certa forma um prenúncio. Mas a retaliação iraniana foi pré-anunciada, o que permitiu, também, uma preparação defensiva de Israel e dos seus aliados. Houve uma acção liderada pelos Estados Unidos que ajudou à intercepção dos mísseis e drones iranianos pela primeira vez, de forma assumida, disparados sobre Israel. A partir daí a situação continuou a agravar-se. Tivemos em Outubro de 2024 novamente um confronto directo entre os dois Estados, muito mais violento do que o primeiro. E a situação deteriorou-se ainda mais, o que nos leva até hoje. Parte disto está relacionada, certamente - e provavelmente a parte mais importante -, com a forma como Israel conseguiu largamente anular os grupos pró-iranianos na sua envolvente regional. O Hezbollah é um caso muito claro. Também a Síria, com a queda de Assad, trouxe outra transformação muito significativa. Quanto ao Hamas, provavelmente neste momento apenas tem capacidades militares residuais e não poderá montar qualquer ataque de envergadura contra Israel. Aliás, a questão em Gaza é agora fundamentalmente um drama humanitário imenso da população palestiniana, não um problema de ameaça militar a Israel. Mas, neste ambiente estratégico, onde o Irão tem um programa nuclear avançado que não só para fins pacíficos - isso parece-me claro, apesar do Irão fazer um jogo ambíguo à volta do respeito pelo direito internacional -, a questão palestiniana fica, mais um vez, na sombra. Isto levou Netanyahu a ver aqui uma oportunidade estratégica para avançar com a possibilidade de eliminar ou tentar eliminar o programa nuclear do Irão. O que nos leva até hoje e esta situação crítica que estamos a ver. É evidente que esta actuação de Israel é censurável do ponto de vista do direito internacional. Mas também é censurável a posição do Irão de, no fundo, estar na teoria a respeitar a legalidade internacional mas na prática a violá-la, infringindo, desde logo, as regras do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TPI), embora de uma forma mais dissimulada. Indubitavelmente que um programa como o do Irão, com instalações nucleares subterrâneas defendidas militarmente - e outras mantidas secretas -, não é apenas para fins pacíficos. Assim, temos todo este cenário extraordinariamente crítico no Médio Oriente. Esta é uma guerra na sombra que existe há décadas, não começou na semana passada. O 7 de Outubro foi um ponto de viragem e talvez um pretexto para uma estratégia que Israel já tinha pensada, pergunto-lhe. Por que razão é que Israel vê o Irão como uma ameaça existencial? Qual é o projecto político de Benjamin Netanyahu? Porquê uma vitória não se limita ao campo de batalha? Claro, é um conflito - agora guerra aberta - com um longo e complexo historial. Penso temos aqui uma situação estratégica, como referia, estranha e curiosa ao mesmo tempo. Até 7 de Outubro e nos desenvolvimentos pelo menos imediatos, e utilizando aqui uma analogia com o xadrez, era o Irão que tinha uma estratégia de avanços no Médio Oriente e era o Irão que provavelmente imaginava poder dar, de alguma forma, uma espécie de xeque-mate a Israel, ou, pelo menos, colocar Israel numa situação particularmente aflitiva em termos de segurança e numa debilidade óbvia. Para isso, o Irão apostou numa estratégia, montada ao longo de vários anos, décadas até, de criar guardas avançadas no Líbano, no Iémen, em Gaza, na Síria e no Iraque. O que acontece é que a resposta de Israel, que também já estaria preparada, sobretudo no caso do Hezbollah, como vimos no ano passado, alterou a relação de forças existente. O que aconteceu com o Hezbollah e a forma como Israel conseguiu realmente eliminar militarmente as lideranças políticas do Hezbollah, certamente denota um plano que já existia há anos. Aí percebemos que Israel tinha feito uma preparação estratégica para esse cenário. O que parece também foi que as próprias contingências da guerra e os seus desenvolvimentos, tornaram, sobretudo o Primeiro-Ministro israelita Benjamin Netanyahu - um político que era relativamente prudente na prática, apesar de fazer sempre declarações muito contundentes e também agressivas - a assumir cada vez mais riscos. E isto também se liga, certamente, com a situação interna de Israel, porque a guerra também é uma forma de o governo de Netanyahu, que assenta numa coligação com partidos radicais de direita, se manter no poder. Há uma situação permanente de emergência. O próprio Netanyahu tem casos pendentes internamente e também no Tribunal Penal Internacional, que ajudam eventualmente a tomar este tipo de medidas mais arriscadas. Quanto à inimizade dos dois Estados tem um ponto de nascimento tão antigo quanto a actual República Islâmica do Irão. Até 1979, quando o Xá estava no poder, ambos eram aliados dos Estados Unidos. As relações eram normais e até de alguma proximidade estratégica. A partir daí, a revolução islâmica no Irão, que levou o Ayatollah Khomeini ao poder, assumiu uma dimensão religiosa e ideológica, passando o Irão a ver quer os Estados Unidos, quer Israel, como os seus maiores inimigos. O Irão, tal como o conhecemos nesta versão da República Islâmica, sempre olhou para Israel como o inimigo maior no Médio Oriente. Na terminologia da sua propaganda político-religiosa, é o pequeno Satã, sendo os Estados Unidos o grande Satã. Portanto, trata-se de uma hostilidade enraizada, de tonalidades religioso-políticas, que nunca se dissipou. Pelo contrário, teve até momentos de grande acentuação, como emergir da ambição nuclear do Irão, em especial durante a presidência de Ahmadinejad. Quanto a tentar obter armamento nuclear, até se pode compreender que, do ponto de vista de um Estado como o Irão, que é xiita e mal aceite no Médio Oriente, maioritariamente árabe e sunita, se possa sentir ameaçado na sua segurança. Há também outros Estados - estou a pensar na Índia e no Paquistão -, que seguiram o caminho nuclear à margem do TPI. Israel é um outro caso, tudo indica, de um Estado com armas nucleares, precisamente por se sentir num ambiente hostil e rodeado de inimigos. Mas o facto do Irão construir o programa nuclear sempre com ameaças dirigidas a Israel, as quais sobretudo durante a presidência Ahmadinejad (2005-2013), eram muito explícitas agressivas, toda essa retórica constante anti-Israel, alimentou uma ideia, correcta ou incorrecta - estamos no domínio de percepções sobre intenções, mas num ambiente de desconfiança máxima - de que um Irão nuclear seria uma ameaça existencial e de que Israel se arriscaria ao desaparecimento com um Irão com armas nucleares. Tudo isso leva-nos também ao ponto onde estamos hoje. Segundo alguns analistas, Israel leva a cabo uma limpeza étnica em Gaza, acelera a colonização na Cisjordânia, bombardeia o Líbano e a Síria com total impunidade, e quer redesenhar as fronteiras da região. Estamos perante uma mudança de era geopolítica no Médio Oriente. E pergunto-lhe: há risco de uma guerra regional ou as potências regionais e internacionais ainda procuram evitar uma conflagração total? O risco existe, e agora acentuou-se, mas apesar de tudo até agora tem sido gerido. Mas em relação à questão que me coloca, acho nós temos de distinguir as diversas situações onde Israel está envolvido. Há casos de conflitos mais convencionais, a intervenção militar de Israel na Síria ou no Líbano, apesar de o Hezbollah não ser propriamente o Estado libanês e já ser um produto da anomalia do Líbano - um Estado que, na realidade, teoricamente tem um governo e um exército, mas, na prática, quem detinha o maior poder era o Hezbollah. Quanto à Síria, estava em guerra civil, mas Assad parecia ter reconquistado o controlo do poder no país, embora se soubesse, também que continuava uma luta interna de facções e não controlava todo o território. No final de 2024, acabou por ocorrer a queda Assad, muito pelo enfraquecimento do Hezbollah (e do Irão) e também pela diminuição da presença da Rússia no país devido à guerra na Ucrânia - aqui vê-se a interligação dos assuntos. Outra questão é Gaza. Obviamente que Gaza é um problema maior, envolvendo o crónico conflito de Israel com os palestinianos, tendo ainda conexões com os conflitos anteriormente referidos. Gaza mistura razões objectivas de necessidades de segurança israelitas - como o ataque do Hamas de 7 de Outubro mostrou - com ambições territoriais, nada compreensíveis ou aceitáveis. Ou seja, aí fica claramente a ideia de que Israel acabou por ir longe demais, em termos de uma operação que já nem se percebe muito bem qual é o objectivo e valor militar, e que está a provoca uma imensa catástrofe humanitária e sofrimento dos palestinianos. É verdade, como referido, que todas estas situações têm ligação entre si, não são peças soltas ou isoladas. Mas, ao mesmo tempo, para uma adequada análise, não podemos, eu diria, “meter tudo no mesmo saco”, como se estivéssemos no mesmo plano de confrontação militar. Agora, tudo isto levou Israel e em particular Netanyahu, o governo de Netanyahu, a ver aqui uma oportunidade de reconfigurar as relações de força no Médio Oriente a seu favor. Isso parece-me claro. Libertou-se da ameaça do Hezbollah, pelo menos temporariamente, no Líbano. Quanto à Síria, está a tentar recuperar da guerra civil e tem outras preocupações maiores que não são o Estado de Israel. Além disso, Israel também eliminou grande parte das capacidades militares do exército sírio. O Hamas em Gaza está numa posição também militarmente muito fraca. Os Houthis no Iémen vão mantendo alguma capacidade de causar alguns danos e perturbação, mas também não têm o poder de infligir danos militares de envergadura a Israel. Tudo isto, conjugado com a presença de um Presidente nos Estados Unidos que é um apoiante forte do Estado de Israel, como é Donald Trump, embora se perceba, também, que não há propriamente um encaixe perfeito nas linhas de actuação de ambos no Médio Oriente, cada um tem a sua agenda própria. Mas isto levou Netanyahu, conjugando também as circunstâncias internas que referi, a assumir riscos muito mais elevados e a convencer-se de que pode reconfigurar as relações de poder no Médio Oriente à sua maneira. Esta escalada de conflito vai enfraquecer ainda mais o Hamas? O Hezbollah está mais enfraquecido. Este pode ser o golpe de misericórdia no Hamas? Pode, mas, sobretudo, mais do que enfraquecer o Hamas, eu diria que, mais uma vez, os palestinianos ficam completamente perdidos nesta conflitualidade do Médio Oriente. Um dos efeitos laterais desta guerra aberta entre o Irão e Israel foi secundarizar o problema de Gaza, bem com o as conversações que existiam ao nível internacional para levar à criação de um Estado palestiniano. Portanto, existindo um conflito militar aberto entre Israel e o Irão, ainda por cima envolvendo um programa nuclear, o problema de Gaza passa para segundo plano. Não é a primeira prioridade política da diplomacia no Médio Oriente. O Hamas também é um perdedor, mas tudo dependerá do resultado final deste conflito entre Israel e o Irão, que ainda é incerto. Quanto Irão - apesar dos elevados danos que sofreu provocados pelos ataques israelitas -, devo aqui também dizer, está a mostrar, provavelmente, capacidades de retaliação que eventualmente terão também surpreendido os israelitas. Embora, indiscutivelmente, o audacioso ataque israelita da passada semana tenha surpreendido, e de que maneira, o Irão, pelo menos no dia inicial, pelos efeitos devastadores que teve. Mas o resultado desta guerra também é ainda incerto, não é? A ser assim, diria que, mais do que o Hamas, os palestinianos serão, mais uma vez, perdedores maiores nisto.
Israel enfrenta críticas internacionais depois de ter disparado contra diplomatas estrangeiros, gerando condenação internacional. O consultor internacional de Segurança e Defesa, João Rucha Pereira, destaca a complexidade do conflito, a responsabilidade do grupo Hamas, defende mais acção das Nações Unidas e apela a uma solução de paz duradoura. RFI: Que implicações pode ter o ataque de ontem contra diplomatas estrangeiros em Janine, na Cisjordânia, para as relações de Israel com a União Europeia e com instituições multilaterais, como é o caso, por exemplo, das Nações Unidas?João Rucha Pereira: Isso que se passou é muito grave, até porque Israel, como sabemos, tem um bom sistema de informações, tem também pessoas que são informadores que estão infiltrados, como sabemos, quer na Cisjordânia, quer na Palestina. Eu diria que teria obrigação de fazer essa triagem para que isso não acontecesse.Uma coisa é efectivamente responder ao ataque terrorista do Hamas contra Israel, que matou toda aquela gente. Outra coisa é, digamos, fazer depois esta guerra de contra-ataque indiscriminada. Muito embora eu ache que as próprias Nações Unidas também têm muita culpa nesta situação, porque efectivamente o próprio recrutamento que fizeram na Palestina, para as pessoas que trabalham para as Nações Unidas, muitos deles veio-se a comprovar que eram elementos do Hamas, e alguns deles até já se provou que colaboraram nos ataques de 7 de Outubro a Israel.Estamos a falar de situações extremamente delicadas. Por um lado, há um uso de certo modo desproporcional das forças de Israel, mas por outro lado também não tem havido uma pressão destas mesmas entidades que criticaram agora este ataque, e que na minha opinião deviam também pressionar mais o Hamas para entregar os reféns e para chegarem a um cessar-fogo, a um possível acordo de paz que não é fácil.Falou de uma guerra de contra-ataque por parte de Israel. Por que razão é que só agora muitos países europeus começaram a condenar publicamente as acções de Israel e a exigir medidas, apesar da escalada militar e humanitária em Gaza decorrer há mais de um ano e meio? Esta mudança de tom, a seu ver, reflecte uma alteração real da política ou é apenas simbólica?Às vezes também é simbólica e de conveniência; Os políticos, infelizmente, muitas vezes falam daquilo que lhes convém e não das realidades. E a verdade é que a realidade, e temos que começar, por exemplo, por toda aquela construção de túneis que o Hamas fez, que há quem diga que é semelhante em termos de comprimento ao metro de Londres, portanto, é uma enormidade. Tudo isto foi feito com dinheiro que veio das Nações Unidas, que veio de outros organismos internacionais, de doadores. Supostamente esses dinheiros deveriam ser para os palestinianos, para a sua melhoria de vida, e que efectivamente foram desviados pelo Hamas. Outra coisa que tem acontecido também, está mais que provado, é que toda a ajuda humanitária que entra em Gaza é desviada pelo Hamas. É o Hamas que faz essa distribuição, privilegiando primeiro, obviamente, as suas forças. Todos os terroristas que fazem parte do Hamas ficam com esses alimentos e depois ameaçam os jovens, sobretudo aqueles que estão na idade de se alistar no Hamas e de aderir à sua causa armada.O Hamas temos que ver duas facetas: uma faceta política, inclusivamente eles ganharam as eleições, mas depois temos a faceta militar, a faceta armada, que é a faceta terrorista, considerada por todos como tal. Mas na verdade quem adere ao Hamas muito bem, recebe comida e alimentos. Quem não adere. Ou seja, o próprio Hamas é que está a fazer destabilização do território, porque se mistura com a população civil que serve de escudo, fica com os seus alimentos, distribui as coisas como quer. As Nações Unidas deviam ter aqui um papel mais importante na distribuição. Inclusivamente sabemos que há empresas militares americanas que estão a ajudar, empresas privadas, nessa distribuição, mas não é o suficiente. O Hamas ainda está a apanhar muita coisa e daí que Israel tenha tomado a atitude de suspender a ajuda humanitária para evitar que isso chegue às mãos do Hamas. Temos aqui um problema, um binómio muito complicado, difícil de resolver, mas não vejo também a comunidade internacional tentar ajudar a resolver este problema.Há milhares de pessoas que estão a sofrer na Faixa de Gaza. Esta semana víamos a notícia de que 14.000 bebés estão em risco de vida. São notícias para alertar as pessoas da realidade? São notícias veiculadas pelo grupo Hamas para tentar pressionar de alguma forma a comunidade internacional? Sabemos que a entrada da ajuda humanitária voltou a ser possível, apesar de limitada. O que nos estava a dizer é que há obstáculos e esses obstáculos são criados pelo grupo islâmico que persiste no terreno?Também temos que ver uma coisa, estranhamente, o Hamas, neste momento, e desde que começou esta guerra e que já vai com algum tempo, eu estou a falar agora da actual, depois do ataque terrorista que eles fizeram a Israel, o Hamas tem meios de comunicação muito mais avançados do que o próprio Israel.Eles têm uma máquina de comunicação e de desinformação. Aliás, todos os números de mortos, inclusivamente destas crianças todas que eles dizem que estão a morrer de fome e tudo isso, todos estes números são fornecidos pelo Hamas. Eu duvido e não estou a dizer que não há crianças em perigo, nem estou a dizer que não há populações em perigo, não estou a dizer nada disso, até porque eu sou um defensor dos direitos humanos, também sou membro da Amnistia Internacional, da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima, estou sempre do lado das pessoas e do lado do ser humano.No entanto, temos que ter cuidado porque estes números são números martelados, são números sempre empolados, quer no número de mortes, quer no número de crianças. Inclusivamente eu assisti a vídeos feitos na Palestina, manobrados, digamos, pelo Hamas, em que simulavam ataques israelitas e depois: “já acabou, podem-se levantar”.Houve alguém que conseguiu filmar isso, e tive acesso a esses vídeos e, portanto, há muita coisa em que não podemos acreditar em tudo o que o Hamas diz. E quem dá a informação, quer da Palestina, quer da Cisjordânia, onde eles também já estão muito infiltrados, o próprio Hamas e também outros grupos radicais, não é só o Hamas, é a Jihad Islâmica e tudo isso. Eles empolam esses números para tentar minimizar a culpa deles, fazer de conta que Israel é que é o culpado de tudo, que querem fazer uma limpeza étnica, enfim, todas essas coisas.Na verdade, temos aqui muitas vozes da comunidade internacional a criticar. Mas depois ninguém faz nada. Eu, por acaso, fiz o meu doutoramento em resolução de conflitos internacionais e psicologia da paz, porque sou um lutador pela paz desde há muitos anos, mas não vejo ninguém a arranjar cenários de paz, de cessar-fogo, de negociações. O Qatar, que tem sido, como sabemos, um mediador, deveria fazer mais pressão sobre o Hamas. Houve até uma altura em que teve algum apoio do próprio Qatar e, portanto, aqui não há santos e pecadores. Todos têm culpas nesta situação.Muitos membros do grupo Hamas estão no Qatar?Sim, sobretudo as cúpulas. Portanto, sabemos que os altos dirigentes do Hamas vivem em hotéis de luxo no Qatar. Não são eles que vão para lá lutar nem dar a vida pela causa palestiniana. Limitam-se a ser líderes deste movimento. Vivem principescamente. Aliás, isso é apanágio dos grupos terroristas. Já me faz lembrar, quer no tempo da Al-Qaeda, quer o próprio Estado Islâmico, os líderes normalmente não se matam, não são terroristas suicidas. Nunca ouvi Bin Laden, depois acabou por ser morto pelos americanos, dizer que se ia matar pela causa, ou algum recrutador.Eu tenho inclusivamente estudos sobre isso, fiz também o meu mestrado, que foi sobre terrorismo internacional, e portanto preocupei-me muito com essas coisas. E, na verdade, os líderes vivem principescamente no Qatar, e, portanto, não vejo ninguém a fazer pressões sobre isso.Depois, claro, isto acaba por ser lenha para a fogueira de membros do Estado israelita mais radicais, de extrema-direita, que aproveitam tudo isto para ainda envenenar mais o primeiro-ministro israelita no sentido de usar mais força, etc. Mas a verdade é que estou convencido de que, se o Hamas entregasse todos os reféns e depusesse as armas, como era uma das pretensões de Israel, Israel não teria motivos, pelo menos morais, para continuar a fazer esta invasão e esta ocupação do território.Penso que há aqui muita coisa que as pessoas muitas vezes não sabem. Fazem manifestações a favor dos palestinianos e acho muito bem, mas, de qualquer maneira, temos que perceber que todos estes problemas são causados pelo próprio Hamas. Aliás, quando houve transições em que os israelitas pediram para eles virem de norte para sul, etc., por uma questão de segurança, o Hamas não queria que eles passassem, e quem desobedecia, eles matavam-nos de imediato.O Hamas não defende a causa dos palestinianos. O Hamas defende os seus interesses como grupo terrorista. Aliás, se é possível um grupo terrorista ter uns estatutos, eles têm. Nos primeiros preâmbulos, uma das coisas que eles têm é a aniquilação do Estado de Israel. Esse é um dos objectivos do grupo: eliminar o Estado de Israel. E é nesse sentido que eles têm actuado sempre e vão continuar a actuar se não conseguirmos eliminar este grupo. Quer dizer, o terrorismo não se elimina, porque o terrorismo é uma ideia. Nós não podemos entrar na cabeça das pessoas, passar uma esponja e eliminar as ideias que eles têm. Isso não é possível.Agora, o que é possível é desmantelar o que já se fez muito nesse sentido, digamos, o braço armado do Hamas e tirar a força militar, a força terrorista, que eles ainda têm. Aliás, vê-se quando foram as entregas de reféns, todo aquele aparato que eles fizeram, com metralhadoras, com carrinhas novas. Faz muita confusão como é que entraram lá as carrinhas. A utilizarem muitas carrinhas novas. Como é que isso vai tudo parar às mãos deles?Como é que interpreta o discurso das autoridades israelitas que acusam os países ocidentais de "incitação ao ódio" depois dos ataques de ontem à noite, em que dois israelitas, foram mortos em Washington? Israel está a tentar condicionar o discurso internacional sobre a guerra em Gaza?Israel no fundo, está a fazer o mesmo que o Hamas está a fazer: está a tentar, pela via da informação e também possivelmente alguma desinformação cativar as coisas para a sua causa. E o Hamas está a fazer a mesma coisa.Mas também é verdade que, nesta terça-feira o Egipto também afirmou que tem um plano, uma proposta abrangente para reconstruir Gaza, garantindo que os palestinianos permaneçam no seu território. Isto foi uma declaração do ministro dos Negócios Estrangeiros do Egipto. E também o Egipto mostrou-se muito cooperante e está disposto a cooperar com o Presidente Trump, com os Estados Unidos, para alcançar uma paz abrangente na região. Penso que também tem que haver aqui um papel dos países árabes, no sentido de se unirem todos os que querem a paz, para arranjarem soluções que sejam compatíveis com esse fim.No entanto, ao contrário disso, o Presidente Trump continua a apresentar um plano para assumir a Faixa de Gaza e quer que os países sobretudo o Egipto e a Jordânia apareçam como países receptores de palestinianos, o que eles não querem. Porque sabem que, se vão receber os palestinianos, eles nunca mais voltam, porque obviamente não vão trocar países que têm paz neste momento e que são aparentemente estáveis na região por um território como a Palestina, onde podem morrer todos os dias. E as coisas não se resolvem dessa maneira.Inclusivamente, o próprio governo israelita ofereceu dinheiro para quem quiser voluntariamente deixar a Palestina. Tem uma espécie de indemnização, enfim, de um prémio, e até ofereceu quase que um ordenado mensal para quem quiser sair e não voltar. Alguns aderiram a isso. Não sei até que ponto é que isto poderá ter algum efeito, mas a maior parte das pessoas não quer sair da sua terra, não quer sair de Gaza. E, portanto, isto é um problema extremamente complexo. Penso que a comunidade internacional e sobretudo as Nações Unidas, que deveriam ter um papel mais preponderante nesta matéria eram quem devia estar neste momento a conduzir, digamos, a distribuição de alimentos, etc., e não permitir que o Hamas fique com as coisas todas e depois as distribua como entende. Por isso é que esta pressão de Israel, no sentido de cortar a ajuda humanitária, foi para ver se o Hamas cedia. Mas a verdade é que quem paga é o povo, não é? São os palestinianos que depois não têm alimentos, que não têm medicamentos.Muito embora a situação não seja tão grave como eles dizem. Segundo as informações que eu tenho amigos que vivem inclusivamente na Palestina, na Faixa de Gaza, na Cisjordânia, pessoas das minhas relações que me dizem que a situação também não é tão grave como o Hamas diz. Como na verdade estamos aqui também numa guerra híbrida, onde a informação e a desinformação mais a desinformação é que pondera, temos sempre muita dificuldade em saber quem é que está a falar a verdade e como é que as coisas se passam, porque nós não estamos lá no terreno. E é muito difícil estar no terreno. Já sabemos que já morreram muitos jornalistas nesta guerra, porque, na verdade, quando há ataques quer de um lado, quer do outro os jornalistas são apanhados no fogo cruzado, e, portanto, muitos já perderam a vida. Cada vez se torna mais difícil qualquer jornalista querer fazer a cobertura deste conflito, porque o risco é um risco de vida, não é?O líder da Jordânia não rejeitou totalmente a ideia do Presidente Donald Trump. No entanto, não está disposto a ficar lá com as pessoas e nunca mais voltarem. Muito embora ele tenha feito uma acção humanitária muito importante. Houve imensas crianças palestinianas que tiveram de ser tratadas em hospitais da Jordânia porque, na realidade, os hospitais da Palestina não têm condições para fazer esses tratamentos. E, portanto, penso que isto é uma coisa de louvar embora às vezes não se fale muito nisto mas na verdade isso aconteceu.
Francisco Proença Garcia reflete sobre cedências - quer de Putin, quer de Netanyahu - que não verão a luz do dia. Afinal, não só Gaza tem problemas: "O Hamas, embora reduzido, não perdeu capacidade".See omnystudio.com/listener for privacy information.
O Presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou recentemente que a França tenciona reconhecer a Palestina como Estado, em Junho deste ano, numa conferência de dois dias da ONU, juntamente com a Arábia Saudita, em Nova Iorque. Emmanuel Macron sublinhou que este reconhecimento permitirá à França "ser clara na luta contra aqueles que negam o direito de Israel existir". O Primeiro-Ministro israelita, Benjamin Netanyahu, durante uma conversa telefónica com o chefe de Estado francês, defendeu que o estabelecimento de um Estado palestiniano seria uma "recompensa para o terrorismo". O jornalista e escritor Rui Neumann defende que a criação de dois Estados é a solução para o conflito, porém admite que Emmanuel Macron procura um palco na cena da política internacional. O Presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou recentemente que a França tenciona reconhecer a Palestina como Estado, em Junho deste ano, numa conferência de dois dias da ONU, juntamente com a Arábia Saudita, em Nova Iorque. Que mensagem quer enviar Emmanuel Macron à comunidade internacional com este posicionamento?A política externa de Emmanuel Macron tem sofrido reveses enormes, nomeadamente no Sahel, mas também na Argélia. A França também não conseguiu obter qualquer resultado na mediação do conflito da Ucrânia com a Rússia.Emmanuel Macron está à procura de protagonismo?Emmanuel Macron tenta ter o seu palco na cena política internacional, e aqui será mais um desses casos. Avança com a possibilidade de a França reconhecer o Estado palestiniano em Junho próximo, num encontro que terá com a Arábia Saudita, em Nova Iorque, mas não apresenta modalidades concretas das condições para que o Estado palestiniano deva existir. Ainda persiste a dúvida sobre se se trata de um reconhecimento simbólico ou de um reconhecimento político.O chefe de Estado francês afirma que este reconhecimento permitirá à França "ser clara na luta contra aqueles que negam o direito de Israel existir"...Entre os 148 países que, neste momento, já reconhecem o Estado da Palestina, muitos deles não reconhecem o Estado de Israel. Portanto, não se trata unicamente dos países árabes. Não acredito que o Irão venha a reconhecer o Estado de Israel e, quanto aos países árabes, a Argélia — que apoia incondicionalmente a causa palestiniana — também dificilmente mudará de posição. Portanto, digamos, há aqui uma narrativa de Emmanuel Macron que dificilmente será aplicável.Emmanuel Macron propõe ainda que o Hamas deve ser afastado de Gaza e que a Autoridade Palestiniana deve ser reformada. Não há uma posição concreta?Não, é utópica. O Hamas nunca aceitará que lhe retirem, enquanto organização, a vertente armada. Por outro lado, o grande problema da Autoridade Palestiniana, liderada por Mahmoud Abbas, é a falta de credibilidade e de aceitação junto dos próprios palestinianos. Desde o ataque terrorista de 7 de Outubro de 2023, o Hamas ganhou popularidade e quase ultrapassou a Autoridade Palestiniana.Mas não é a essa situação que se refere Emmanuel Macron quando propõe que a Autoridade Palestiniana deve ser reformada?Emmanuel Macron, numa conversa que teve recentemente com Mahmoud Abbas, disse que era necessário afastar completamente o Hamas e reformar a Autoridade Palestiniana. Porém, a reforma começa logo com um problema: o próprio Mahmoud Abbas, que não está disposto a ceder o poder da Autoridade Palestiniana. Depois, há também outros problemas estruturais, desde a corrupção à desorganização interna, com os palestinianos a não verem a Autoridade Palestiniana como um espelho das suas próprias necessidades. Portanto, tem de haver uma remodelação completa desta Autoridade. Mas não é com o reconhecimento do Estado da Palestina que as coisas vão avançar. É aí que se insere o reconhecimento que Emmanuel Macron diz que poderá acontecer por parte da França.O Primeiro-Ministro israelita, Benjamin Netanyahu, acusou Emmanuel Macron de cometer um grave erro ao promover o Estado da Palestina. Está cada vez mais longe a hipótese da criação de dois Estados?Não. A criação de dois Estados é a única solução para a resolução do problema. Mas é preciso escolher o momento certo para fazer os anúncios certos, e neste momento há uma guerra em curso. Israel continua a atacar o Hamas em Gaza desde os massacres de Outubro. Antes da criação do Estado palestiniano, é preciso encontrar pontos de concordância em questões fundamentais.Uma delas é a continuidade territorial, ou seja, de um Estado palestiniano. Terá de existir uma continuidade territorial de Gaza para a Cisjordânia. Mas esta continuidade deve existir de Gaza para a Cisjordânia e Israel perderá a sua continuidade territorial. Ou seja, a região do Negueve ficará separada do resto do país.Outra questão é o complexo problema da definição do estatuto de Jerusalém. Jerusalém será capital do Estado de Israel e do Estado da Palestina? Vamos regressar à configuração existente quando a Jordânia ocupava a Cisjordânia, até 1967? Há ainda outra questão: a definição das fronteiras. Houve aqui uma mutação com as implantações israelitas na Cisjordânia, que se multiplicaram e estão sempre num processo avançado, apesar das críticas da ONU e da oposição israelita ao governo de Benjamin Netanyahu.Benjamin Netanyahu é o homem que Israel precisa para representar o país nestas negociações?Os israelitas já não se revêem neste Primeiro-Ministro. Benjamin Netanyahu está envolvido em vários escândalos; acresce ainda a contestada reforma do sistema judicial e a crise económica em que Israel mergulhou.Se a França reconhecer, em Junho, o Estado da Palestina, este reconhecimento pode levar outros países a fazer o mesmo?Pessoalmente, não acredito. Acredito que Emmanuel Macron tem essa intenção, mas não creio que isso vá alterar a posição de outros países. Há países que já reconhecem o Estado da Palestina, mas o importante é perceber o que representa esse reconhecimento para a criação efectiva do Estado palestiniano. Poucos sabem responder a esta pergunta, uma vez que a Palestina, neste momento, já é membro observador da ONU e está presente em várias agências da organização.Agora, como é que os próprios palestinianos vêem este reconhecimento? Não lhes confere uma independência de facto. Há um reconhecimento formal do Estado, mas não há uma alteração concreta do estatuto dos palestinianos.Tanto que apenas uma minoria dos palestinianos defende a solução de dois Estados, tal como uma minoria dos israelitas a defende, desde o ataque de 7 de Outubro.Antes dos reconhecimentos, deveria existir uma preparação para a existência do Estado palestiniano que, neste momento, em termos administrativos, estruturais, democráticos e de liberdades individuais, ainda não existe — nem no governo que está na Cisjordânia, muito menos com a autoridade do Hamas em Gaza.
Baal Habait Hishtaguea!....(O dono do estabelecimento enlouqueceu!). A expressão utilizada para anunciar promoções em feiras se aplica perfeitamente à realidade do país. Netanyahu e seu governo avançam no golpe para consolidar a autocracia no país.Bloco 1- Governo sobe o tom com o Hamas caso os reféns não sejam libertados.- Manifestações contra o Hamas tomam fôlego em Gaza.- Foguetes são lançados do Líbano, Hezbollah diz não ter nada a ver com o caso e presidente anuncia investigação.- General denuncia perseguição e Israel Katz, na mídia, tenta intimidar Chefe do Estado Maior. Mas Eyal Zamir não aceita.- Hamdan Ballal, diretor do filme No Other Land é agredido e preso pelo exército.- Refém libertada Ilana Gritzewsky diz ter sofrido violência de gênero no cativeiro.Bloco 2- Investigações do Catargate avançam e novas informações surgem.- Demissão de Ronen Bar é congelada pelo Supremo até julgamento do mérito mas governo recebe autorização para entrevistar candidatos.- Em mais um avanço do golpe autocrático, Governo vota moção de desconfiança para Conselheira Jurídica e mira a sua demissão.- Shin Bet está investigando Ben Gvir com o conhecimento de Netanyahu. Ben Gvir pede a prisão de Bar.- Orçamento de 2025 é aprovado com facilidade pelo governo.- Governo aprova a mudança na formação da comissão que indica juízes. Bloco 3- Palavra da semana- Dica cultural - There is another wayArtigo sobre o Catargate - https://www.ladoesquerdo.com/post/o-que-%C3%A9-o-catargatePara quem puder colaborar com o desenvolvimento do nosso projeto para podermos continuar trazendo informação de qualidade, esse é o link para a nossa campanha de financiamento coletivo. No Brasil - apoia.se/doladoesquerdodomuroNo exterior - patreon.com/doladoesquerdodomuroNós nas redes:bluesky - @doladoesquerdo.bsky.social e @joaokm.bsky.socialsite - ladoesquerdo.comtwitter - @doladoesquerdo e @joaokminstagram - @doladoesquerdodomuroyoutube - youtube.com/@doladoesquerdodomuroTiktok - @esquerdomuroPlaylist do Spotify - Do Lado Esquerdo do Muro MusicalSite com tradução de letras de músicas - https://shirimemportugues.blogspot.com/Episódio #294 do podcast "Do Lado Esquerdo do Muro", com Marcos Gorinstein e João Miragaya.
Desde o início da semana, mais de 500 pessoas morreram nos bombardeamentos israelitas na Faixa de Gaza. O que levou à quebra do cessar-fogo que vigorava desde 19 de Janeiro? Maria João Tomás, especialista em assuntos do Médio Oriente, diz que “Benjamin Netanyahu está a lutar pela sua sobrevivência política” e que a guerra regressou em resposta à popularidade da proposta do Egipto de reconstrução da Faixa de Gaza. A investigadora considera que a Arábia Saudita poderá ter um papel central na resolução do conflito e que “não é à lei da bomba que se acaba com o Hamas” porque o movimento simplesmente deixará de ter razão de existir quando a Palestina for reconhecida. RFI: O que aconteceu ao acordo de cessar-fogo? Maria João Tomás, professora no ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa eespecialista em assuntos do Médio Oriente:“O cessar-fogo acabou e a guerra voltou. É um bocadinho aquilo que Donald Trump dizia: “O inferno vai voltar a Gaza se o Hamas não libertar os reféns”. Trump está armado em valentão e a querer que o mundo tenha medo dos Estados Unidos, é o MAGA, Make America Great Again, portanto, as intenções de Trump eram as de tornar os Estados Unidos temidos pelo mundo inteiro. Então, ameaçou o Hamas que, se não libertasse os reféns, iria fazer o inferno em Gaza - como se o inferno já não estivesse lá há muito tempo - e começou a fornecer armas a Israel muito mais do que Joe Biden tinha feito. Basicamente é o que se está a passar. É uma retaliação pelo Hamas não ter libertado e não ter feito aquilo que Trump queria que era a libertação de todos os reféns. Isto de um lado. Do outro lado, é a sobrevivência política de Netanyahu, que está sob suspeita não só de corrupção - está a ser ouvido e julgado nesse campo - como também está sob suspeita de ter sido negligente no auxílio depois do ataque de 7 de Outubro, tanto é que ele já substituiu o chefe do Shin Bet. O que Netanyahu está a fazer é lutar pela sua sobrevivência política porque sabe que enquanto estiver em guerra, não o podem tirar.”Benjamin Netanyahu está sob pressão interna. Esta quarta-feira, milhares de pessoas manifestaram contra ele em Jerusalém, acusaram-no de continuar a guerra, ignorando os reféns, e há quem peça a demissão dele. Que peso tem esta oposição interna? “Os governos caem por dentro e não por fora. Trump não sabe disso - ou se sabe esquece-se. Os governos caem de dentro, não é por imposição externa. Trump tem a mania que consegue mandar no mundo inteiro e consegue depor toda a gente que ele quer ou eleger todos aqueles que ele quer, mas as coisas não funcionam assim, eu acho que Trump está um bocadinho iludido sobre como funcionam as coisas. É por dentro que as coisas podem acontecer em Israel e a queda deste governo é por dentro, não é por imposição ou defesa de Trump que Netanyahu se vai manter no poder.”Mas não é a primeira vez que as pessoas vão para a rua manifestar contra Netanyahu…“Pois não, mas o descontentamento continua a crescer e só por aí é que as coisas podem acontecer, portanto, não é por imposição externa de manter Netanyahu no poder. Têm que ser os próprios israelitas a se revoltarem contra o governo. Não sabemos é quando ou qual o efeito que isso terá, mas que tem efeito, tem. Enquanto continuar a guerra, não se pode fazer nada e por isso Netanyahu continua a guerra que é para não haver eleições antecipadas.” O Hamas quer passar à segunda fase do acordo de cessar-fogo, está disposto a retomar as negociações, mas as suas condições são o cessar-fogo permanente, a retirada de Israel de Gaza e a reabertura de pontos de passagem para a ajuda humanitária. Do outro lado, Israel retoma em força os bombardeamentos, exige a desmilitarização de Gaza e a saída de cena do Hamas. São duas posições totalmente contrárias. Que cenários temos em cima da mesa para os próximos tempos? O que é plausível?Há aqui uma outra questão que tem a ver com essa pergunta que me está a fazer. Nós temos neste momento uma proposta do Egipto, que tem a maioria dos países árabes a concordar e muitos países europeus também, que é uma proposta de reconstrução de Gaza com supervisão dos países árabes. Eu acho que é a solução mais ajuizada e mais ponderada…”Mas não se pode fazer reconstrução com a guerra que foi retomada…“Por isso é que a guerra começou. Era isso que eu ia dizer. Ou seja, Netanyahu não gostou porque o apoio internacional é enorme - quer dentro dos países árabes, quer dos países europeus. Trump também não gostou porque tem aquele plano para fazer a “Riviera do Médio Oriente”. Andam Netanyahu e Trump a pensar como é que vão deslocar os palestinianos para um país qualquer algures em África e, portanto, o voltar da guerra é uma resposta também à proposta do Egipto, que tem o apoio de todos os países árabes e de muitos países europeus. Isto é a resposta a essa proposta, que é uma proposta muito razoável, é uma proposta muito sensata de reconstrução de Gaza e de reconhecimento de dois Estados: do Estado de Israel e do Estado da Palestina.” As negociações caíram por terra ou podem retomar? O primeiro-ministro israelita disse que as negociações iriam decorrer “debaixo de fogo”, mas elas podem retomar nestas circunstâncias? “Podem retomar, eu acho que podem. Nós já começámos a perceber como é que Trump funciona: ele cria o caos, neste caso, a guerra, para depois retomarem as negociações. De qualquer forma, isto é um falhanço enorme para Trump porque dizia que acabava com a guerra no Médio Oriente e na Ucrânia no dia seguinte, mas já estamos em dois meses e as coisas não estão fáceis, quer em Gaza, quer na Ucrânia. Tem que haver uma solução para isto. Não há maneira disto continuar. Do ponto de vista de Israel, as empresas estão a sair de lá, a situação económica é muito má, começa a haver problemas em termos de financiamento para coisas simples e básicas do dia-a-dia porque o financiamento vai todo para armas. A situação dentro de Israel é insustentável em termos económicos. Em termos políticos e sociais, também há revoltas todos os dias. Esta é uma única maneira de Netanyahu se manter no poder. Vai ter que haver uma solução porque a pressão é muito grande e há aqui um “game changing” que se chama Arábia Saudita. A Arábia Saudita está muito ciente daquilo que se está a passar e é aquele país que Trump quer para os Acordos de Abraão - aliás, razão pela qual se deu o 7 de Outubro, ou uma das razões. Para voltar às negociações dos Acordos de Abraão, a Arábia Saudita exige que seja reconhecido o Estado da Palestina.”Para quando esse reconhecimento? É ainda possível esperar esse reconhecimento? E que solução a curto prazo? “É o que eu lhe disse. A Arábia Saudita vai ser um “game changing” no meio disto tudo. Ainda ontem foi condenar os ataques de Israel na Síria. As negociações para a Ucrânia vão ser em Riade. Isto mostra o papel que a Arábia Saudita está a ter, a afirmar-se como potência regional que é, mas também como potência mundial. Trump sabe disso e está a reconhecer esse papel da Arábia Saudita.A fazer alguma coisa será por pressão dos países árabes e pressão, nomeadamente, da Arábia Saudita que Trump quer muito que esteja do seu lado. Eu, na minha opinião, acho que todo este processo vai ter que chegar a um fim porque há muita pressão internacional e não é Trump e Netanyahu que vão conseguir levar à frente as suas intenções de não reconhecer a Palestina e de deportar os palestinianos todos para um país qualquer. Há muita coisa em jogo. É esse reconhecimento por parte da Arábia Saudita que vai fazer com que todo o processo se acelere no sentido do reconhecimento da Palestina porque Trump quer a Arábia Saudita nos Acordos de Abraão e a Arábia Saudita já veio dizer que não, que só tem os Acordos de Abraão se tiver o reconhecimento da Palestina.” Esta quinta-feira de manhã, houve novos bombardeamentos, um dia depois de Israel ter anunciado a intensificação das operações militares e de ter deixado “o último aviso” aos habitantes para que o Hamas liberte os reféns e para que expulsem o Hamas do poder. O que é que pode esta população exangue - dois milhões de pessoas que deixaram as suas casas e nem sequer podem voltar porque as casas foram destruídas - o que é que esta população pode perante as ameaças e os jogos políticos? “É difícil acabar com o Hamas. O grande objectivo de Netanyahu era acabar com o Hamas e o Hamas está vivo - não sei que saúde é que tem, mas o Hamas existe ainda e até tem não sei se mais força do que tinha antes porque o massacre que estão a fazer é tão grande que qualquer pessoa que esteja envolvida e que tenha visto os seus pais e as suas famílias morrerem vai-se juntar ao Hamas. Não é assim que se acaba com o Hamas, não é à lei da bomba que se acaba com o Hamas. O Hamas acaba no dia em que houver oportunidade dos palestinianos terem uma outra oportunidade para escolher uma alternativa, ou seja, quando houver uma solução de dois Estados. Quando a Palestina for reconhecida internacionalmente, o Hamas deixa de ter razão de existir. É simples. É muito fácil. Porque com ódio se alimenta ódio. Aquilo que Israel está a fazer na Palestina é alimentar o ódio dos palestinianos em relação à Israel e, portanto, o Hamas cresce. O Hamas só desaparece no dia em que for reconhecido o Estado da Palestina e derem aos palestinianos uma outra alternativa para além do Hamas. Nesse dia, o Hamas deixa de ter razão de existir e desaparece.”E se o governo de Benjamin Netanyahu e Benjamin Netanyahu caírem? “Aí, podia ser que as coisas acelerassem um bocadinho o processo, mas eu duvido. Para já, eu duvido porque ele vai continuar a guerra e a perpetuar-se no poder o tempo que conseguir.”Mesmo que a população continue na rua?“Mesmo que a população continue na rua. Ele é capaz de fazer aquilo que Trump está a fazer, que é ignorar o poder judicial. Trump já tem uma série de juízes a anularem as suas ordens executivas e ele diz: “Quem manda aqui sou eu”. Netanyahu já tentou fazer isso e é a única maneira de se perpetuar no poder e acabar com o poder judicial em Israel que não tem Constituição. Israel não tem Constituição, o único árbitro que existe em relação à eleição do primeiro-ministro e às decisões que se tomam no Knesset é o poder judicial. Ora, Netanyahu já tentou acabar com ele. Se realmente conseguir acabar com o poder judicial, aí temos Netanyahu no poder para não ser julgado e para não ir preso. E aí vai perpetuar a guerra, que é o que eu acho que ele quer.”
Confira nesta edição do JR 24 Horas: A Defesa Civil de Gaza anunciou que ao menos 130 pessoas morreram durante ataques de Israel contra alvos do Hamas na Faixa de Gaza. Em comunicado, a Casa Branca informou que o governo israelense consultou os Estados Unidos antes de realizar a operação. Israel diz que vai intensificar os ataques, já que o grupo se recusa a libertar todos os reféns. Esta é a primeira grande operação militar na região desde o início do cessar-fogo, em janeiro. E ainda: Lula defende a regulamentação das redes sociais durante evento da OAB.
Tổng thống Mỹ Donald Trump một lần nữa đe dọa sẽ hủy diệt Hamas nếu nhóm này không trả lại toàn bộ con tin Israel ở Gaza, dù là sống hay đã chết. Nhưng như Sunil Awasthi đưa tin, đặc phái viên của ông Trump vẫn đang đàm phán trực tiếp với Hamas, đi ngược lại chính sách của Mỹ suốt nhiều thập kỷ qua.
Reunidos ontem em cimeira no Cairo, os países da Liga Árabe adoptaram um plano de reconstrução da Faixa de Gaza orçado em 53 mil milhões de Dólares sobre 5 anos prevendo a permanência dos habitantes do enclave no seu território e a instalação de um poder interino de tecnocratas para gerir o processo. No âmbito deste plano que se apresenta como uma alternativa àquele que foi preconizado pelos Estados Unidos, prevê-se uma primeira fase de seis meses incidindo sobre a remoção de detritos e explosivos, sendo que num período ulterior, antevê-se a construção de infraestruturas essenciais bem como habitações permanentes e, em seguida, um porto comercial, hotéis e um aeroporto.Este plano apoiado firmemente pela ONU, mas igualmente pelo Hamas e a Alta Autoridade Palestiniana, foi rejeitado por Israel que exige o desarmamento imediato do Hamas e não vê o executivo de Mahmud Abbas como um parceiro de confiança.Outro ponto de incerteza é o financiamento deste plano, refere Ivo Sobral, coordenador de Mestrado de Relações Internacionais na Universidade de Abu Dhabi.RFI: quem poderia financiar este plano de reconstrução a seu ver?Ivo Sobral: O problema básico é que o Egipto, quase involuntariamente, está a apontar para os países do Golfo, ou seja, a Arábia Saudita, o Bahrein, o Qatar e os Emirados Árabes Unidos, assim como o Kuwait para pagar este enorme investimento, os cerca de 50 biliões de Euros que estão na mesa. Obviamente, estes países apoiaram, estão a aceitar o plano como uma evolução positiva para Gaza, mas ainda não confirmaram efectivamente que iriam pagar este enorme plano. O próprio Egipto, por exemplo, apesar de ser um dos países mais importantes do Médio Oriente, não tem a capacidade económica para avançar para um plano destes. Na economia do Egipto existem enormes problemas estruturais, uma inflação galopante e o próprio Egito está dependente de pacotes financeiros de ajuda dos países do Golfo. Portanto, o Egipto, por si só, não poderia de nenhuma maneira sequer apoiar este plano economicamente, assim como outros países. A própria Jordânia, que já também confirmou o apoio a este plano, está numa capacidade completamente impossível para suportar este plano economicamente, porque a própria Jordânia também depende de pacotes financeiros do Golfo para continuar a manter-se e a sobreviver no Médio Oriente economicamente.RFI: Este plano também tem o apoio do próprio Hamas e também da Autoridade Palestiniana, que diz-se pronta a desempenhar o seu papel na Faixa de Gaza.Ivo Sobral: Exactamente. Há aqui um factor interessante, uma nomenclatura bastante curiosa para encontrar no Médio Oriente, que é a designação de "tecnocracia". Ou seja, o Egito está a propor um governo constituído por tecnocratas de origem palestiniana, em particular da Autoridade Palestiniana para fazer a gestão da infraestrutura, da logística de Gaza. Portanto, é aqui algo novo, um modelo sui generis. Nunca se ouviu falar sequer esta nomenclatura aqui para o Médio Oriente. Mas depende de figuras palestinianas que iriam fazer essa mesma gestão de Gaza. O Hamas já concordou, apesar de manter alguma exigências relativamente ao próprio desarmamento do Hamas. Ou seja, o Egipto ainda não providenciou detalhes nenhuns neste plano relativamente ao que vai acontecer com o Hamas. Portanto, isso é uma questão que continua em aberto.RFI: No seu discurso, o Presidente egípcio também lançou uma achega ao presidente Trump. Disse que ele acha que "ele é perfeitamente capaz de conduzir o processo de paz". E, aliás, esse plano não parece ser completamente incompatível com o plano previsto por Donald Trump que quer fazer uma "Riviera no Médio Oriente".Ivo Sobral: Sim, o Egipto aqui é muito cauteloso como sempre, tentando jogar com todos os ângulos desta situação. O Egipto não pode hostilizar os Estados Unidos porque está na dependência económica e militar directa dos Estados Unidos, assim como de outros países, e, portanto, está aqui muito cautelosamente, a não fechar a porta aos Estados Unidos. E, ao mesmo tempo, está a tentar apelar para esta espécie de orgulho árabe, esta noção de identidade árabe, onde seriam os árabes a preparar um plano para reconstruir Gaza. Para Sissi, o Presidente do Egipto, é fundamental conseguir fazer isto internamente e externamente. O Egipto está muito interessado que este plano vá avante, apesar de o Egipto também ter os seus problemas internos económicos, mas poderá também ser inclusive, uma boa oportunidade para o Egipto. Portanto, esta logística de todas estas máquinas, estes produtos, tudo o que seja necessário para construir, inevitavelmente terão que vir do lado do Egipto para entrar em Gaza. Portanto, também é uma oportunidade para o Egipto em termos económicos.RFI: Facto curioso, nesta reunião não estava o Príncipe herdeiro da Arábia Saudita. Isto significa alguma coisa?Ivo Sobral: Não estava quase nenhum líder importante do Golfo. Foram todos representados quase ao nível dos seus "vices" e, assim como de outras entidades governamentais secundárias. Isso não quer dizer que não existe o apoio da Arábia Saudita ou de outro país do Golfo. Agora, obviamente, os países do Golfo estão muito cautelosos. Estamos numa situação bastante sensível em termos de política internacional por causa da nova presidência americana. E ninguém quer aqui correr riscos de irritar o Presidente Trump numa situação tão delicada. Neste momento, a Arábia Saudita está envolvida também no processo de negociação entre os Estados Unidos e a Rússia. A Arábia Saudita tem outras prerrogativas também activas para a sua diplomacia.RFI: O Egipto agora está de olhos postos sobre a cimeira na sexta-feira dos países islâmicos. Julga que isto pode marcar um novo patamar?Ivo Sobral: Poderá. Mas existem muitas incongruências neste plano. Países que não são árabes, mas terão obviamente interesse em tudo o que está a acontecer em Gaza, em particular a Turquia e o Irão estarão presentes nessa mesma conferência. Mas o jogo aqui é árabe, sem dúvida. Portanto, tudo o que poderá acontecer nessa mesma cimeira terá, no fundo, pouco interesse para o que acontecerá em Gaza. Provavelmente existirá uma oportunidade para estes mesmos dois países, a Turquia, o Irão manifestarem o interesse em recuperarem, em reconstruir Gaza. Provavelmente, inclusive poderão preparar algum pacote financeiro de ajuda. Mas, politicamente, o Egipto, se este plano for para a frente ou alguma versão futura deste plano, terá a totalidade dos dividendos políticos deste plano. Portanto, só gostava de dizer que se calhar o elefante da loja, que é Israel, não apoia este plano porque critica que não existe nenhuma denominação, nem nenhuma característica do plano que fale do desarmamento do Hamas. Portanto, há aqui um problema que Israel é bastante crítico em relação a este plano, porque há aqui disputas muito grandes relativamente ao Hamas. Uns dizem que foi desarmado, outros dizem que foi parcialmente desarmado. Poderá ser totalmente desarmado no futuro, mas não existe nenhum plano específico que enquadre este desarmamento do Hamas. Israel insiste muito no desarmamento imediato do Hamas e a maioria dos países árabes, em particular a Jordânia e o Egipto, falam num processo que progressivamente irá desarmar. Mas já existe aqui um contraste bastante grave.RFI: Israel diz que é contra este projecto, lá está, porque quer aniquilar o Hamas e também porque considera que a Alta Autoridade Palestiniana é corrupta. O que acha desse cálculo de Israel de rejeitar tudo em bloco?Ivo Sobral: Em Israel, neste momento, a visão proposta por Israel é mostrar que tanto Gaza como o West Bank (a Cisjordânia) é tudo basicamente igual. Portanto, há aqui um desejo de unificar estas duas partes e demonstrar que as duas são incompatíveis com os desígnios de Israel. Quando Israel aponta muitos deste pensamento como o que aconteceu em Gaza anteriormente nos últimos dez anos, onde todas as outras forças políticas que existiam em Gaza foram completamente aniquiladas pelo Hamas. O Hamas provou ser sempre mais forte que qualquer força ou outra força política palestiniana. E, basicamente, Israel não acredita que um processo de desarmamento do Hamas possa sequer ser feito por outros palestinianos. Portanto, há aqui uma clara incompatibilidade relativamente a isto. E isso é algo que Benjamin Netanyahu já confirmou várias vezes nos seus discursos e é aqui um grave problema para o futuro de Gaza. Portanto, choca aqui muito com este plano egípcio que mete todo o ênfase num alegado conselho de tecnocratas de "sábios" palestinianos que, independentemente iriam fazer a gestão de Gaza e -não se sabe como- trabalhar na questão do desarmamento do Hamas. Portanto, aqui, de facto, Israel, apesar da generalização, aponta para um grave problema que ainda não foi sequer mencionado pelo Egito neste plano.RFI: O cessar-fogo, que está em vigor desde 19 de Janeiro, está neste momento por um fio. A primeira fase terminou oficialmente no dia 1 de Março. Era suposto começar nessa data a segunda fase, que é marcada por um cessar-fogo permanente e a entrega dos últimos reféns. Isto não aconteceu porque, entretanto, não houve sequer negociações e Israel quer prolongar a primeira fase e não entrar nessa segunda fase mais decisiva. Porquê a seu ver?Ivo Sobral: Para já, toda a operação de Gaza em si, toda a teatralização que foi feita pelo Hamas, a entrega dos corpos dos reféns, assim como os reféns em si, provocou bastante mal-estar no governo de coligação do primeiro-ministro Netanyahu. Os conservadores criticaram Netanyahu por aceitar um acordo em que se estaria a usar israelitas para promover politicamente o Hamas, assim como a toda esta questão actual, porque todas as fronteiras de Gaza foram abertas. Entrou e começou a entrar já a ajuda alimentar, assim como muitas máquinas e material de construção. Isso já foi apontado imediatamente pelos israelitas como uma situação em que se deve verificar exactamente onde vai ser utilizada esta maquinaria e estes materiais de construção. Há aqui uma desconfiança mútua inevitável para uma situação tão grave como esta, onde Israel basicamente não pode confiar nunca no Hamas. E igualmente, o Hamas não pode confiar no que Israel está a fazer aqui. Há uma quebra óbvia para as duas facções. Neste momento há uma paralisia normal. Eu recordo também aqui que estamos no momento do Ramadão e o Ramadão é um momento crucial que Israel pode utilizar ulteriormente. Há aqui muita ajuda alimentar, inclusive aqui dos Emiratos, que foi direccionada para Gaza, portanto, centenas de milhares de toneladas de alimentos que simplesmente agora não vão entrar em Gaza. Está aqui outra possibilidade para Israel para pressionar ulteriormente o Hamas e a população, porque basicamente o Ramadão é uma festa mais importante para todos os muçulmanos. E Israel pode usar esta falta de alimentos, toda esta questão logística, como ulteriormente uma forma de pressão sobre o Hamas e sobre a população de Gaza. Portanto, há aqui uma série de jogos que estão a acontecer para terem o melhor acordo possível onde Israel possa ter mais reféns, assim como o Hamas do outro lado, está a tentar ser o mais duro possível para não libertar reféns e ter o máximo dos seus prisioneiros que ainda estão nas prisões em Israel, assim como outros factores.RFI: A seu ver, qual é o futuro imediato do processo de paz? Para já, essa trégua e a mais longo prazo, esse plano que foi apresentado ontem?Ivo Sobral: É muito difícil fazer previsões neste momento em todo o mundo em termos de relações internacionais. Há aqui um factor novo, que é uns Estados Unidos bastante instáveis politicamente e que impõem de uma maneira bastante agressiva os seus pontos de vistas em todo o mundo. Especialistas em relações internacionais começam a ter que repensar o que pode realmente acontecer e, em particular no Médio Oriente, em Gaza, onde temos jogadores como Israel ou o Egipto, assim como todo um outro grupo de países árabes com muitas opiniões diversas. Há aqui uma espécie de repetição do que aconteceu nos anos 70, em particular antes dos acordos de Camp David com o Egipto e os Estados Unidos, onde o mundo árabe era basicamente um caos e que existiam muitas forças que lutavam entre si e que somente nos Estados Unidos, mais agressivo, mais focalizado em encontrar uma solução, naquele tempo, em 78/79, conseguiu consolidar este acordo de paz entre Israel e o Egipto. Neste momento, infelizmente, eu creio que estamos reféns de uma política norte-americana muito agressiva, que tem uma série de peças no tabuleiro de xadrez que é o Médio Oriente, e que temos a impressão que os próprios Estados Unidos não sabem o que vão fazer com estas mesmas peças. E temos que aguardar. Muitas coisas estão a acontecer contemporaneamente, cimeiras americanas e russas na Arábia Saudita, reuniões entre Israel, os Estados Unidos ao mais alto nível, e o mundo árabe observa tudo o que está a acontecer com uma grande preocupação, como é óbvio. E a maioria destas capitais árabes está chocada com o que está a acontecer e basicamente espera pelo que os Estados Unidos vão fazer e propor quase unilateralmente, para reagir. Este plano egípcio para Gaza é uma tentativa de fugir a esta imposição. Mas o Egipto não tem, como eu disse anteriormente, capacidade financeira para sequer providenciar 5% destes 50 biliões de Euros propostos. E está totalmente dependente da boa vontade dos outros países do Golfo, que somente estes têm a capacidade financeira abundante para suportar este plano para Gaza. Mas obviamente, estes países do Golfo irão esperar por Donald Trump em relação ao que ele propõe para Gaza.
Alberto Gonçalves comenta os financiamentos da USAID.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Doze estudantes morreram no acidente entre um caminhão e um ônibus em São Paulo. O Supremo Tribunal Federal deu poder de polícia a guardas municipais de todo o país. A delação de Mauro Cid, em áudio e vídeo: o ex-ajudante de ordens contou que repassou a Jair Bolsonaro US$ 86 mil da venda de joias. Terceiro voo com imigrantes deportados dos Estados Unidos chegou ao Brasil. O Hamas entregou mais um corpo a Israel. Os terroristas afirmaram que é o da mãe sequestrada com os dois filhos pequenos. Os médicos do Papa convocaram uma entrevista. Eles declararam que Francisco não está fora de perigo, mas não corre risco imediato de morrer.
Bruno Cardoso Reis reflete acerca da influência dos EUA numa altura em que a imagem da atual Casa Branca não é a melhor. Uma coisa é certa: Hamas só não vai ouvir Trump, como pode também ripostar.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Francisco Pereira Coutinho sublinha a instabilidade do cessar-fogo no Médio Oriente numa altura em que o controlo de Gaza continua em jogo. Trump quer a paz; e Netanyahu?See omnystudio.com/listener for privacy information.
Agentes federais prenderam quase mil estrangeiros em situação irregular nos Estados Unidos. O governo da Colômbia recuou e decidiu aceitar de volta cidadãos deportados. O Itamaraty cobrou explicações da embaixada americana para o tratamento dispensado aos brasileiros. Palestinos deslocados pela guerra começaram a voltar para casa no norte de Gaza. O Hamas anunciou que oito reféns israelenses que deveriam ser libertados estão mortos. Líderes mundiais homenagearam sobreviventes do nazismo nos 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz. Especialistas estrangeiros recomendam novos critérios para o diagnóstico da obesidade. O anúncio do sucesso da China com o desenvolvimento de inteligência artificial derrubou os preços de ações de empresas americanas e europeias de tecnologia.
Confira nesta edição do JR 24 Horas: Israel aceitou, na noite desta quinta (16), o acordo de cessar-fogo com o Hamas. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ordenou que o gabinete de segurança do país se reúna nesta sexta (17). O texto ainda deve ser votado. E ainda: PF vai investigar pessoa que compartilhou CPF de Haddad nas redes sociais.
Major-General João Vieira Borges não tem dúvidas de que será cada vez mais difícil derrotar o Hamas. Ainda, o cenário de "paz injusta" na Ucrânia não reflete também uma "guerra injusta"?See omnystudio.com/listener for privacy information.
O porta-voz das Forças de Defesa de Israel nascido no Brasil, Rafael Rozenszajn, compartilhouem suas redes sociais, nesta segunda-feira, depoimentos de palestinos que romperam o silênciopara responsabilizar os terroristas do Hamas por destruir a Faixa de Gaza, roubar suprimentos, sequestrar e disparar contra civis.Cenas de torturas de civis palestinos pelo Hamas também foram divulgadas pelas FDI. Felipe Moura Brasil e Duda Teixeira comentam:Você também pode assistir ao Papo Antagonista com a apresentação de Felipe Moura Brasil na BM&C, nos canais de TV 579 da Vivo, ou 547 da Claro, além do SKY+. A melhor oferta do ano, confira os descontos da Black na assinatura do combo anual. https://bit.ly/assinatura-black Siga O Antagonista no X, nos ajude a chegar nos 2 milhões de seguidores! https://x.com/o_antagonista Acompanhe O Antagonista no canal do WhatsApp. Boletins diários, conteúdos exclusivos em vídeo e muito mais. https://whatsapp.com/channel/0029Va2S... Ouça O Antagonista | Crusoé quando quiser nos principais aplicativos de podcast. Leia mais em www.oantagonista.com.br | www.crusoe.com.br
COMO O HAMAS E HEZBOLLAH SE DEFENDEM DE ISRAEL? - KARIME CHEAITO - PROGRAMA 20 MINUTOSJunte-se a Karime Cheaito enquanto ela descobre a verdade chocante sobre o Líbano e Israel neste programa explosivo de 20 minutos! Das agendas ocultas dos líderes mundiais aos verdadeiros motivos por trás dos conflitos, Karime não esconde nada nesta exposição reveladora. Não perca esta investigação inovadora que mudará para sempre a maneira como você pensa sobre o Oriente Médio. Prepare-se para a verdade que foi escondida de você!Receba as notícias e análises de Opera Mundi no seu WhatsApp! Siga nosso canal https://omundi.news/zapSiga Opera Mundi no
Ua faamaonia e Hamas le fasiotia i se osofa'iga a vaega'au a Isara'elu o lona ta'ita'i Yahya Sinwar i le Gaza Strip.
No Papo Antagonista desta quarta-feira, 9, Felipe Moura Brasil entrevistou o major Rafael Rozenszajn, porta-voz das Forças de Defesa de Israel, que falou sobre a marca de um ano do massacre de 7 de outubro promovido pelo grupo terrorista Hamas em Israel. Ouça à íntegra:Você também pode assistir ao Papo Antagonista na BM&C, nos canais de TV 579 da Vivo, ou 563 da Claro, além do SKY+. Apoie o jornalismo Vigilante: 10% de desconto para audiência do Papo Antagonista https://bit.ly/papoantagonista Acompanhe O Antagonista no canal do WhatsApp. Boletins diários, conteúdos exclusivos em vídeo e muito mais. https://whatsapp.com/channel/0029Va2S... Ouça O Antagonista | Crusoé quando quiser nos principais aplicativos de podcast. Leia mais em www.oantagonista.com.br | www.crusoe.com.br
Ricardo Arioli analisa a perda de direitos dos produtores em função da demora nas análises dos Cadastros Ambientais Rurais.
Depois da morte de seis reféns, Estados Unidos dizem que Israel não faz o suficiente para um cessar-fogo. Mas Netanyahu diz que não vai cair na "armadilha" do Hamas. A análise de Ana Santos Pinto.See omnystudio.com/listener for privacy information.
O Hamas anunciou, nesta terça (6), o novo líder político do grupo terrorista, uma semana depois do antecessor ter sido morto no Irã. Foi um dos mentores dos ataques de 7 de outubro, que matou 1.200 pessoas em Israel. Na prática, o extremista já exercia papel de comando do Hamas. Veja também nesta edição do JR 24 Horas: governo amplia atendimento do Ligue 180, com foco para mulheres vítimas de violência.
O líder da ala política do Hamas, Ismail Haniyeh (foto), foi eliminado em Teerã na manhã desta quarta-feira, 31 de julho. A morte foi primeiro relatada pela Press TV, do Irã, e pelo canal saudita Al-Arabiya.O Hamas e a Guarda Revolucionária do Irã, braço das Forças Armadas iranianas, confirmaram a notícia.Apoie o jornalismo Vigilante: 10% de desconto para audiência do Meio-Dia em Brasília. https://bit.ly/meiodiaoa Acompanhe O Antagonista no canal do WhatsApp. Boletins diários, conteúdos exclusivos em vídeo e muito mais. https://whatsapp.com/channel/0029Va2S... Ouça O Antagonista | Crusoé quando quiser nos principais aplicativos de podcast. Leia mais em www.oantagonista.com.br | www.crusoe.com.br
O Hamas informou nesta quarta-feira (31) que seu líder político, Ismail Haniyeh, foi morto num ataque aéreo em Teerã. O grupo extremista palestino e o Irã atribuíram o assassinato a Israel e prometeram vingança. O governo de Benjamin Netanyahu não assumiu abertamente a autoria. O Durma com Essa conta os detalhes sobre o episódio e mostra como o conflito entre Hamas e Israel tem se espalhado por outros países do Oriente Médio. O programa tem também Isadora Rupp falando sobre os protestos na Venezuela que já deixaram mortos e detidos. Assine o podcast: Megaphone | Apple Podcasts | Deezer | Google Podcasts | Spotify | Outros apps (RSS) Edição de áudio Pedro Pastoriz Produção de arte Lucas Neopmann Learn more about your ad choices. Visit megaphone.fm/adchoices
O líder da ala política do Hamas, Ismail Haniyeh, foi eliminado em Teerã na manhã desta quarta-feira, 31 de julho. A morte foi primeiro relatada pela Press TV, do Irã, e pelo canal saudita Al-Arabiya.O Hamas e a Guarda Revolucionária do Irã, braço das Forças Armadas iranianas, confirmaram a notícia.Apoie o jornalismo Vigilante: 10% de desconto para audiência do Meio-Dia em Brasília. https://bit.ly/meiodiaoa Acompanhe O Antagonista no canal do WhatsApp. Boletins diários, conteúdos exclusivos em vídeo e muito mais. https://whatsapp.com/channel/0029Va2S... Ouça O Antagonista | Crusoé quando quiser nos principais aplicativos de podcast. Leia mais em www.oantagonista.com.br | www.crusoe.com.br
A Justiça Federal em São Paulo autorizou, no domingo, a extradição do palestino Muslim Abuumar, que veio ao Brasil com a esposa, o filho e a sogra. Eles desembarcaram em São Paulo na sexta-feira, mas logo foram abordados e retidos pela Polícia Federal do aeroporto de Guarulhos, por suspeita de que o pai seja da frente internacional do Hamas. De acordo com a decisão, o nome de Abuumar consta em lista de terroristas internacionais. Segundo a defesa, Muslim foi interrogado sem direito a tradutor ou contato com um advogado. O episódio de hoje também traz a decisão do STF que pode encerrar mandatos na Câmara e o fim da greve dos professores universitários. See omnystudio.com/listener for privacy information.
O Hamas divulgou nesta sexta-feira, 31, um vídeo com a voz da refém israelense Noa Argamani, de 25 anos, sequestrada do festival de música eletrônica Nova em 7 de outubro de 2023 junto com seu namorado, Avinatan Or.Eis o que ela diz, submetida às ordens do grupo terrorista, interessado em jogar o povo israelense contra o Gabinete de Guerra, composto pelo primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu; pelo ministro da Defesa, Yoav Gallant; e pelo opositor Benny Gantz:"Olá. Estou aprisionada pelas Brigadas Al-Qassam. Estou em cativeiro há mais de 237 dias e não sei até quando. Eu digo ao povo de Israel: vocês se tornaram parceiros do governo de Netanyahu, Gallant e Gantz? [...] Que milhares de mulheres e homens saiam e bloqueiem as ruas de Tel Aviv e não voltem para casa até nós [reféns] voltarmos para casa!Não coloquem seus destinos nas mãos de Netanyahu e do Gabinete de Guerra! Salvem-nos! O tempo está se esgotando.O povo precisa decidir. Não queremos morrer aqui. O tempo está se esgotando."Felipe Moura Brasil e Carlos Graieb comentam:Ser Antagonista é fiscalizar o poder. Apoie o jornalismo Vigilante: https://bit.ly/planosdeassinatura Acompanhe O Antagonista no canal do WhatsApp. Boletins diários, conteúdos exclusivos em vídeo e muito mais. https://whatsapp.com/channel/0029Va2S... Ouça O Antagonista | Crusoé quando quiser nos principais aplicativos de podcast. Leia mais em www.oantagonista.com.br | www.crusoe.com.br
Trưởng Công tố viên của Tòa án Hình sự Quốc tế ICC đang xin lệnh bắt giữ các nhà lãnh đạo của cả hai bên Israel và Hamas vì cáo buộc tội ác chiến tranh. Công tố viên ICC, Karim Khan, đã đệ đơn xin lệnh bắt giữ ba thủ lĩnh Hamas, Thủ tướng Israel Benjamin Netanyahu và Bộ trưởng Quốc phòng Yoav Gallant. Ông nói rằng ông có cơ sở hợp lý để tin rằng họ phải chịu trách nhiệm về tội ác chiến tranh và tội ác chống lại loài người.
No episódio de hoje, analiso os seis meses de guerra entre Israel e o Hamas. Se você acha nosso trabalho relevante e reconhece as horas dedicadas à pesquisa e formulação de todo o conteúdo, você pode se tornar apoiador do blog. Veja como em https://paulofilho.net.br/apoieoblog/ Não deixe acompanhar o Blog do Paulo Filho, em http://www.paulofilho.net.br e de nos seguir nas redes sociais: Receba notificações diárias sobre assuntos estratégicos e geopolíticos no Telegram - https://t.me/+IXY-lux3x3A1ZGNh Siga-nos no Twitter - https://twitter.com/PauloFilho_90 Siga-nos no Linkedin - https://www.linkedin.com/in/paulo-filho-a5122218/ Siga-nos no Instagram - https://www.instagram.com/blogdopaulofilho Inscreva-se no canal do Youtube - https://www.youtube.com/paulofil Conheça os livros que indico na minha lista de desejos da Amazon - https://amzn.to/351TTGK
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Benjamin Netanyahu anunciou nesta quarta-feira (11) a criação de um governo de emergência em Israel, com apoio da oposição. Com isso, o Parlamento transfere poderes para o Executivo. O objetivo é agilizar o esforço de guerra contra o Hamas, grupo extremista que atacou o país no fim de semana. O Durma com Essa explica como a medida se insere na coalizão ultradireitista do primeiro-ministro, num momento de bombardeios constantes sobre a Faixa de Gaza. O programa traz também Mariana Vick falando sobre as ameaças ao povo Xokleng, que sofre com as chuvas em Santa Catarina.Conheça nossos descontos de 60% para assinar o Nexo com o Google. É por tempo limitado!Assine o podcast: Spreaker | Apple Podcasts | Deezer | Google Podcasts | Spotify | Outros apps (RSS)Edição de áudio Pedro Pastoriz