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Alemanha: Depois de um golpe pela manhã, Friedrich Merz acaba por ser eleito chanceler. Angola: CEDESA defende que o país atravessa uma “transformação significativa” na sua legitimidade política. Alemanha: 50 anos da redação de português para África da DW, o jornalista Moura Jorge conta a sua experiência na nossa redação.
Em Moçambique, um recente relatório revela que a água pública apresenta altos níveis de contaminação, pondo em risco a saúde dos cidadãos que a consomem. O problema, de dimensão nacional mas com especial incidência nos municípios de Maputo, Matola e Tete, resultou em vómitos, diarreias, alastramento da cólera e até mesmo em óbitos, de acordo o Observatório Cidadão para a Saúde. No relatório, publicado a 8 de Abril de 2025, a organização denuncia as "falhas no tratamento e fiscalização da água para consumo humano", questionando a "responsabilidade do Governo em Moçambique". Para além da recolha de dados laboratoriais, o relatório baseia-se também no testemunho de cidadãos que descrevem a "água turva" a jorrar pelas torneiras e relatam as consequentes doenças.Os riscos para a saúde de quem consome estas águas contaminadas são reais, desde a contracção da diarreia - uma das principais causas da mortalidade infantil em Moçambique, ou da cólera. Nos piores casos, o consumo de águas contaminadas resultou em mortes, esclarece ainda o coordenador do Observatório do Cidadão para a Saúde, António Mathe. O relatório já esteve entre as mãos de decisores políticos e aguarda-se a implementação de novas medidas, tendo em conta que Moçambique é signatário da norma internacional ISO 24500 que define padrões de qualidade de água. RFI: O que está em causa neste relatório? António Mathe: Os nossos testes laboratoriais sobre a qualidade da água mostraram a existência de água imprópria para o consumo, a nível nacional, e tanto na rede pública como na rede privada. Isto contradiz as estatísticas do Governo, que afirmam que o fornecimento de água potável se verifica em 84% das zonas urbanas e 39% ao nível das zonas rurais. Estes dados poderão ser uma ilusão porque continuamos a ter grande parte da população moçambicana sem acesso à água potável.Há situações em que, mesmo a olho nu, é possível perceber que a água que jorra nas torneiras constitui um risco à saúde pública, devido à cor e ao odor da água. Quando avaliamos os problemas reais a nível das regiões onde fizemos esta auscultação, através de inquéritos e testes laboratoriais realizados no Laboratório Nacional de Água, percebemos que os resultados são contrários àquilo que são os dados oficiais do Governo.Esta água públicada mostra sinais de que tipos de contaminação? Em muitas situações vem contaminada com com bactérias fecais, sinais de ferrugem... Que acarretam grandes problemas de saúde pública, principalmente de origem hídrica. Doenças como a cólera, a diarreia. Esta diarreia constitui uma das principais causas da mortalidade infantil em Moçambique e, portanto, constitui um grande desafio. Para além de problemas estomacais, vómitos que são reportados após as comunidades consumirem uma água imprópria.Houve casos que necessitaram hospitalizações?Sim. No ano passado por exempl, houve casos que resultaram em cólera, por exemplo na província de Cabo Delgado. Em Manica morreram três pessoas. Na província de Nampula, uma das províncias mais populosas do país, registaram-se 34 óbitos, e dois óbitos na província de Niassa.Mas verifica-se uma ligação directa entre estas mortes e o consumo de água contaminada?Sim, como se sabe um dos principais determinantes sociais de saúde é justamente o acesso a água potável e o saneamento básico. Dois factores que têm estado em causa nas nossas avaliações, principalmente na zona Norte do país e nas regiões mais populosas.Por outro lado, continuamos a ter mitos e tabus sobre alguns produtos para purificação da água. E grande parte da população moçambicana simplesmente não tem condições para comprar água purificada ou galões, nem água mineral.Como é que fazem os cidadãos que, por falta de recursos, não têm outra opção a não ser beber a água supostamente potável mas contaminada? Alguns explicam que fervem a água antes de a consumir apra eliminar quaisquer vectores de transmissão de doenças? Bom, esta é uma situação que muitas comunidades têm adoptado. Mas é um recurso que é utilizado na ausência do compromisso e da responsabilidade do Governo. Tem que haver uma melhor coordenação com o Ministério das Obras Públicas, responsável pelas infraestruturas, e os municípios. A garantia de saneamento básico vai condicionar as questões de doenças que surgem, principalmente na época chuvosa.Qual é o impacto da época chuvosa na qualidade da água para consumo? Na época chuvosa surgem várias nuances ligadas a doenças de origem hídrica. Em Moçambique a questão da garantia do saneamento básico e acesso a água potável ainda não é uma realidade. Temos regiões como Tete, por exemplo, por causa das indústrias que existem lá, os solos tornam-se sensíveis para a criação de bactérias. Tal como a presença de produtos químicos nos subsolos dessas áreas onde se faz exploração de minérios?Exatamente. Este também é um factor de risco quando falamos em doenças de origem hídrica. A cólera é ainda um grande desafio em Moçambique. A diarreia também continua a ser um grande desafio.E continuamos a ter uma estratégia multissetorial governamental a falhar. Falta coordenação entre os vários sectores do Governo. É preciso que haja uma maior responsabilidade na supervisão da qualidade da água. Porque aumenta o número de casos de cólera, de diarreia, mas também o número de óbitos.Significa que os serviços públicos estão a negligenciar a saúde de milhares dos seus cidadãos? Faltam técnicos qualificados, faltam investimentos, o que seria necessário?Bom, é um conjunto de factores que vão explicar todos, todos essas problemáticas. Por exemplo, a expansão da infraestruturas não é acompanhada de qualidade. E essa falta de qualidade enfraquece as questões ligadas à saúde pública.Enquanto isto acontecer, o sector da saúde vai sentir-se cada vez mais pressionado e despender de recursos que podiam ser utilizados para resolver outros desafios urgentes, como é o caso da desnutrição crónica infantil.Estes testes laboratoriais, uma vez mais, mostraram a falta de compromisso, a negligência das autoridades reguladoras, que continuam a fornecer água sem qualidade. E acima de tudo, assistimos à violação de um direito humano fundamental que é o acesso à água potável.O relatório recorda que as doenças relacionadas com a água não-portável matam mais de 3 milhões de pessoas por ano no mundo...Exactamente. Isso mostra, uma vez mais, que é o momento do nosso Governo levar estas questões muito a sério, porque está a criar situações de óbito a nível do país. E é importante perceber que enquanto isto acontecer no médio e longo prazo, a situação de consumo de água imprópria pode criar outros danos e problemas, outros problemas de saúde. Este relatório chegou às mãos de algum decisor político? Foi feita alguma denúncia junto das autoridades? As autoridades reagiram a estes dados?Os nossos relatórios são lidos e analisados pelo Governo. Inclusive, marcámos um encontro com autoridades governamentais que lidam com a questão do fornecimento de água e colocaram algumas algumas questões sob o ponto de vista da resolução destas destas problemáticas. Porque, na verdade, o que nós queremos fazer é influenciar o Governo no processo decisório e o processo decisório tem que estar directamente ligado à salvaguarda dos direitos humanos. E esta é, no final, a nossa intenção influenciar o governo a tomar boas medidas, boas práticas no contexto da governação.E houve até agora, alguma reacção por parte do Governo, ou seja, de dizerem, por exemplo, que vão tomar medidas para tentar remediar a situação?Nós percebemos que enquanto não formos os "watch dogs" a fazer a nossa advocacia sobre as problemáticas existentes, as autoridades governamentais nunca vão reagir.Portanto, a intervenção da sociedade civil do Observatório foi muito importante, e suscitou a marcação deste encontro para podermos dialogar e mostrar que caminhos estas autoridades podem ou devem seguir para que, de facto, as comunidades tenham água potável, tratada e segura.
Em Moçambique, analista questiona narrativa do governo quanto ao enfraquecimento dos grupos terroristas em Cabo Delgado. Em Angola, o Governo lançou uma consulta pública sobre a proposta de alteração da Lei da Liberdade Religiosa e de Culto. À DW, professor universitário afirma que é preciso haver regulamentação. Analisamos a guerra no Sudão que entra no terceiro ano de conflito.
Em Moçambique, empresários e outros cidadãos descrevem uma vida difícil em Cabo Delgado um mês após a passagem do ciclone Jude. Em Lisboa, economista português lança livro inspirado num movimento de um jornal que desafiou o regime colonialista em Portugal. Analisamos os objetivos traçados pela coligação que irá formar Governo na Alemanha. Arranca a 29ª jornada da Bundesliga.
Esta semana, em Moçambique voltou a viver ataques terroristas em Cabo Delgado, enquanto em Sofala, sete viaturas foram atacadas por homens desconhecidos. Em Angola, a queda do preço do petróleo pode impactar o Orçamento de 2025, mas a Sonangol garante o cumprimento das metas de produção. Na Guiné-Bissau, denúncias apontam mortes de pacientes por falta de hemodiálise no Hospital Simão Mendes. Em São Tomé e Príncipe, investigações contra corrupção envolvem oito ministérios. Em Moçambique, as aldeias do distrito de Ancuabe, na província de Cabo Delgado, no norte do país, foram alvo de novos ataques terroristas. Este surge numa altura de crescente violência na região, que coincide com o anúncio da Total sobre o refinanciamento do seu mega projeto no norte do país. Os ataques ocorrem após declarações de Daniel Chapo, que afirmou que os grupos armados estavam em debandada. No entanto, conforme indicado por Abdul Tavares, Coordenador Provincial para Cabo Delgado do Centro Para Democracia e Direitos Humanos, a situação continua preocupante.O ministro do Interior de Moçambique, Paulo Chachine, reconheceu a continuidade dos ataques terroristas em alguns distritos de Cabo Delgado, sinalizando uma preocupação com a segurança na região.Ainda esta semana, em Moçambique, sete viaturas foram atacadas ao longo da estrada nacional número 1, na província de Sofala, no centro do país. Um grupo de homens desconhecidos atacou as viaturas, saqueando bens dos automobilistas e passageiros, incluindo um transporte público. A polícia local, sob comando de Ernesto Madungue, iniciou investigações sobre as motivações do ataque, e garantiu que a circulação foi restabelecida de forma normal, após o controlo da situação.Angola: Impactos da guerra comercialA guerra comercial entre os Estados Unidos e a China tem levado à queda do preço do petróleo no mercado internacional, com o barril do tipo Brent cotado a 60,79 dólares, abaixo da previsão de 70 dólares considerada no Orçamento Geral do Estado de 2025, em Angola. Apesar dessa queda, a Sonangol, empresa estatal de petróleo, assegura que cumprirá as metas de produção estabelecidas pelo governo angolano, com a produção de um milhão e 98 mil barris por dia. No entanto, o presidente da Sonangol, Sebastião Martins, reconhece que os impactos da guerra comercial, especialmente no preço do petróleo, podem afectar as projecções económicas de Angola, exigindo possíveis ajustes no orçamento nacional.Guiné-Bissau: Denúncia sobre mortes por falta de cuidados em hemodiáliseNa Guiné-Bissau, o presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, Bubacar Turé, fez uma denúncia ao revelar que todos os pacientes submetidos à hemodiálise no Hospital Simão Mendes faleceram. Embora não tenha fornecido números exactos, a denúncia destaca a falta de condições adequadas para o tratamento. A Liga já tinha alertado o governo sobre a complexidade do tratamento de hemodiálise, apontando a carência de equipamentos adequados e de profissionais qualificados para garantir a segurança dos pacientes.São Tomé e Príncipe: Operação de combate à corrupçãoEm São Tomé e Príncipe, o ministério Público conduziu uma operação denominada SAFE, Sistema de Administração Financeira do Estado, para investigar possíveis crimes de peculato, burla e associação criminosa. O Procurador-Geral da República, Kelve Nobre Carvalho, informou que oito ministérios foram alvo da investigação, com o objectivo de esclarecer eventuais práticas criminosas dentro da administração pública. A operação visa reforçar a luta contra a corrupção no país.Senegal e Angola: Fortalecimento de laços económicosPor fim, em Dacar, Senegal, decorreu o primeiro Fórum Económico entre Senegal e Angola, no âmbito da Zona de Comércio Livre Continental Africana (ZCLCA). O evento, que contou com a presença de mais de cem empresários dos dois países, com vista a estreitar os laços económicos e explorar novas oportunidades comerciais. A secretária de Estado do Comércio de Angola, Augusta Fortes, destacou a possibilidade de reactivar acordos comerciais bilaterais e mencionou avanços nas áreas de transportes aéreos e agricultura, como parte da agenda de cooperação futura entre os dois países.
Em Moçambique, jornalista lança livro que revela o que não se conta sobre Cabo Delgado. Na Guiné-Bissau, setor privado e Governo não se entendem no processo de comercialização da castanha de caju e os agricultores alertam para o risco do produto escassear. Analisamos o aumento das tarifas de Trump contra a China e a suspensão de taxas a mais de 75 países.
A duas semanas de cumprir 100 dias de governação, o executivo do Presidente moçambicano, Daniel Chapo, executou menos de metade dos indicadores a que se tinha proposto cumprir. A esta realidade junta-se a insustentabilidade das finanças do país, com a dívida pública a atingir uma marca histórica de 14,3 mil milhões de euros e a pobreza a alcançar 65% da população. Em entrevista à RFI, André Mulengue, investigador do Centro para a Democracia e Desenvolvimento de Moçambique, dá nota negativa aos primeiros dias de governação do Presidente Daniel Chapo, defendendo que as medidas implementadas devem beneficiar todos os moçambicanos e não apenas os membros da Frelimo.A duas semanas de cumprir 100 dias de governação, o executivo do Presidente moçambicano Daniel Chapo executou metade dos indicadores a que se tinha proposto cumprir. Que avaliação faz dos primeiros 100 dias de governação?Na verdade, é menos da metade, uma vez que foram cumpridas apenas 48 medidas. A avaliação que fazemos é negativa. Já tínhamos alertado para o facto de as medidas do Presidente Daniel Chapo serem medidas completamente desfasadas da realidade do país, principalmente do contexto político, económico e social que o país está a atravessar.É um balanço negativo porque, se não se cumpre aquilo a que se tinha proposto atingir nos primeiros 100 dias, é sinal de que não se vai cumprir com as promessas constantes do programa quinquenal do Governo nos próximos 5 anos.A primeira-ministra, Benvinda Levy, faz outra análise e cita promessas feitas neste plano dos 100 dias, nomeadamente a criação do fundo de desenvolvimento económico local. Estas medidas, a seu ver, são importantes para o país?A questão do Fundo de Desenvolvimento Local é discutível. Primeiro, é preciso haver fiscalização, para que possamos ver, de facto, se este indicador foi cumprido na sua plenitude. Depois, outra questão muito importante são os critérios para a atribuição deste fundo. Já tivemos, no passado, um fundo, programas com as mesmas características do que este, mas que eram usados para o clientelismo, para a compra de consciências. Portanto, havendo esta iniciativa, é preciso que seja uma iniciativa para beneficiar todos os moçambicanos e não para beneficiar os membros do partido.As autoridades moçambicanas afirmam que estas medidas são para gerar mais postos de trabalho e rendimentos para os moçambicanos…No passado, a experiência não foi boa e receamos que se faça o mesmo.Porém, neste plano de acção, continuam por pagar as dívidas aos fornecedores de bens e serviços ao Estado, horas extras dos sectores da saúde e educação. Como é que se justifica este atraso nos pagamentos?A questão do pagamento aos fornecedores do Estado, dos empresários, nem sequer devia fazer parte destes indicadores. É uma dívida antiga e que devia ter sido paga pelo anterior Governo. A meu ver, estas dívidas não deviam fazer parte deste plano de governação, pois neste momento há coisas mais importantes, estruturantes, que devem ser feitas em Moçambique. Por exemplo, a questão da pacificação do país, do diálogo genuíno e verdadeiro, deve ser a prioridade. Sem isso, todo o resto não vai acontecer. A economia não vai crescer se o país continuar instável.Moçambique atingiu, pela primeira vez, a marca histórica de 1 trilião de meticais, ou seja, 14,3 mil milhões de euros em dívida pública. Segundo o balanço do plano económico e social de 2024. Como é que foi contraída esta dívida?Veja, uma coisa interessante é que estes números, muitas vezes assustadores, aparecem sempre quando começa um novo Governo.Está aqui a dizer que há uma certa desresponsabilização?Estas dívidas, na sua maioria, não são contraídas para beneficiar o país. Por essa razão, penso ser importante perceber o que é que foi feito com esse dinheiro. As dívidas ocultas foram contraídas durante a governação do Presidente Armando Guebuza e não beneficiaram os moçambicanos, muito pelo contrário, agravaram a situação e a condição de vida das pessoas.Por isso, digo que essas dívidas são sempre contraídas na parte final dos mandatos e a história mostra que esse dinheiro, muitas vezes, serve para financiar a corrupção. Esse dinheiro serve para o Presidente, quando deixa o poder, sentir que tem dinheiro suficiente para viver, para manipular e, inclusive, para alimentar os esquadrões de morte e toda uma campanha de propaganda contra os opositores do regime, mas também contra a sociedade civil, os activistas, os defensores de direitos humanos.Que margem tem o Presidente Daniel Chapo para criar postos de trabalho e industrializar o país com uma dívida tão elevada?Já é sabido que a dívida moçambicana é insustentável. A insustentabilidade da dívida dificulta o acesso aos mercados internacionais para se financiarem. O que acontece é que Moçambique tem que se voltar para dentro e tem de procurar, tem que disputar dinheiro com os empresários locais. Isso já fragiliza o empresariado e toda a actividade privada, que concorre naturalmente para o crescimento da economia e para o desenvolvimento do país.A Confederação das Associações Económicas de Moçambique, que congrega o sector privado, apelou para o adiamento das negociações do reajuste salarial para Agosto. Qual é o impacto que poderá ter este adiamento do reajuste salarial?Pode gerar descontentamento da população. Como sabe, o custo de vida subiu, mas o salário continua baixo. Porém, numa certa parte, o empresariado tem razão: não se aumenta o salário quando não se produz. O ambiente político que se vive no país, com a crise pós-eleitoral e com as más decisões políticas do partido no poder, não ajudou.O executivo moçambicano diz que vai avançar com a renegociação dos contratos que envolvem os mega projectos que exploram os recursos minerais de Moçambique. Esta é uma solução para o Governo conseguir mais fundos para desenvolver o país?É uma questão bastante complexa, mas penso que, se alguma coisa não está bem nos contratos entre o Estado moçambicano e as multinacionais, é importante renegociar. Os recursos devem beneficiar os moçambicanos e, se há cláusulas que prejudicam os moçambicanos, não há dúvidas de que temos que ir para essa renegociação.O Presidente Daniel Chapo afirma que, 20 anos depois, Moçambique já não é o mesmo e nem pensa da mesma forma…E não é. Por exemplo, a exploração do gás de Inhambane não está a beneficiar os moçambicanos. Exactamente. Há ainda a Mosal, exploração de aço, o carvão em Tete, os rubis em Cabo Delgado, e é preciso perceber se esses contratos estão a beneficiar apenas as multinacionais. É necessário que o Estado discuta com as multinacionais para ver o que é que efectivamente está a acontecer e, se algo não estiver bem, é preciso regularizar.
Moçambique atingiu a marca histórica de mais de 14 mil milhões de euros em dívida pública em 2024. Analistas alertam para risco fiscal. A RENAMO diz que nada teve a ver com o ataque à mão armada na Estrada Nacional 1 em Sofala. Analisamos o impacto das tarifas de Donald Trump no continente africano. No futebol, há mais dois jogos da primeira mão dos quartos de final da Liga dos Campeões.
Aldeias do distrito de Ancuabe, na província de Cabo Delgado, foram visadas por novos ataques terroristas em Moçambique. Estes ataques acontecem numa altura em que a Total anunciou o refinanciamento do seu mega projecto nesta região e enquadram-se no aumento da violênciadesde que Daniel Chapo disse que os grupos armados estavam em debandada, como indicou Abdul Tavares, Coordenador Provincial para Cabo Delgado do CDD-Centro Para Democracia e Direitos Humanos de Moçambique, em entrevista à RFI. Em Moçambique, novos ataques em Ancaube fizeram pelo menos três mortos e provocaram a partida de cerca de 500 famílias, totalizando mais 1.500 deslocados em Cabo Delgado devido ao terrorismo. Este ataque já foi confirmado e segundo Abdul Tavares, coordenador provincial de Cabo Delgado do CDD-Centro para Democracia e Direitos Humanos, estes ataques inscrevem-se na multiplicação dos ataques no centro e Sul da região após a chegada ao poder do novo Presidente, Daniel Chapo."Estes ataques não começaram exatamente depois do anúncio do financiamento para a Total para o projecto de gás natural há uns dias. Eles começaram desde o momento em que houve o anúncio na tomada de posse do actual Presidente, de que os insurgentes ou os terroristas estavam em debandada. Sempre houve pequenos ataques, sobretudo na Estrada Nacional A380, atacando camiões de comerciantes que abasteciam alimentos ou produtos alimentares para a região Norte da província de Cabo Delgado. E desde lá, os ataques foram subindo e, para além da região Norte, passaram também para a região mais a Sul e centro da província de Cabo Delgado, como os distritos de Bolama e agora no distrito de Ancaube", explicou o activista.Este alargamento do perímetro de ataques pode ficar a dever-se ao combate permanente entre as forças militares moçambicanas, auxiliadas pelos ruandeses, ou pela necessidade da diversificação das fontes de financiamento destes movimentos terroristas que atacam agora os garimpeiros ilegais que fazem propecção de ouro naquelas regiões."Pode-se dar o facto de que os terroristas realmente estejam em debandada depois dos ataques que sofreram por parte das Forças Armadas moçambicanas e também por parte das forças do Ruanda. Isso pode explicar a sua deslocação mais para o centro e Sul da província de Cabo Delgado. Por outro lado, esses ataques podem ser explicados pelo facto de eles se calhar terem encontrado mesmo uma nova rota de ataques. Por exemplo, se formos a ver os ataques que eles fizeram no princípio deste ano, foi em regiões onde existiam garimpeiros ilegais que estavam à procura de ouro. Não se sabe se eles estão à procura de novas fontes de financiamento. Sabe-se que eles se alimentam da economia informal, sobretudo do garimpo ilegal, da venda de madeira e outro negócios ilícitos", indicou Abdul Tavares.Entretanto, os recrutamentos forçados na região continuam, com a população de deslocados também a aumentar. Só em 2024, pelo menos 349 pessoas morreram em ataques de grupos extremistas islâmicos no norte de Moçambique, um aumento de 36% face ao ano anterior, segundo estudo divulgado pelo Centro de Estudos Estratégicos de África (ACSS), uma instituição académica do Departamento de Defesa do Governo norte-americano.
Em Moçambique: Desmobilizados do DDR denunciam suposta burla no pagamento das suas pensões. RENAMO refuta. Em Cabo Delgado: continuam ataques terroristas em Ancuabe. Angola celebra hoje 23 anos de paz. UE e EUA garantem continuidade do projeto do corredor de Lobito.
Daniel Chapo critica "manifestações violentas" e diz que missão da FRELIMO, partido no poder em Moçambique, é disseminar mensagem de paz. Morrumbala é palco de confrontos armados entre guerrilheiros da RENAMO e forças de intervenção rápida. Impactos da retoma do projeto de gás da TotalEnergies em Cabo Delgado. Tarifas dos EUA abalam comércio global: UE está "preparada para responder".
Corte de financiamento americano afeta as ações de apoio humanitário em Cabo Delgado. O que explica os insucessos das forças congolesas no combate ao M23? Learning by Ear – Aprender de Ouvido.
Esta semana ficou marcada pelo anúncio das “negociações directas” entre a República Democrática do Congo e o M23 que vão decorrer em Luanda, a 18 de Março. Destaque, também, para a retenção, no aeroporto da capital angolana, do político Venâncio Mondlane e de ex-Presidentes da Colômbia e do Botsuana quando se preparavam para participar numa conferência internacional sobre democracia em Benguela. Oiça aqui o resumo da semana em África. A Presidência angolana anunciou que vai acolher no dia 18 de Março, em Luanda, “negociações directas” entre as autoridades da vizinha República Democrática do Congo e o M23, no âmbito da mediação de Angola do conflito no leste da RDC. A iniciativa foi feita após uma visita do Presidente Félix Tshisekedi, que se encontrou na segunda-feira em Luanda com o seu homólogo angolano, João Lourenço.Entretanto, a SADC decidiu retirar do Leste da RDC a sua força de 1.400 soldados, após vários ataques terem causado duras baixas no contingente que deveria ajudar a manter a paz na região. Para Osvaldo Mboco, especialista em Relações Internacionais ligado à Universidade Técnica de Angola, esta retirada não é surpreendente, já que os combates com o M23 levaram à morte de muitos soldados e que o Ruanda se opunha à presença desta missão na região.Esta quinta-feira, o ex-candidato presidencial de Moçambique, Venâncio Mondlane, e os ex-Presidentes da Colômbia e do Botsuana ficaram retidos no aeroporto 04 de Fevereiro, em Luanda, quando se preparavam para participar numa conferência internacional sobre democracia em Benguela, entre esta sexta-feira e domingo. A UNITA, maior partido da oposição angolana, também participa e condenou o ocorrido. Álvaro Daniel, secretário-geral da UNITA, denunciou “uma tendência velada de sabotar o evento”.A Procuradoria-Geral da República (PGR) de Moçambique aplicou, na terça-feira, a medida de termo de identidade e residência a Venâncio Mondlane, num processo em que o político é acusado de incitação à violência nas manifestações pós-eleitorais, o que o impede de ficar mais de cinco dias fora de casa, devendo avisar as autoridades. À saída da audiência, Mondlane garantiu que vai continuar a actividade política normal e disse que continua sem saber de que crime é acusado. Entretanto, foi noticiado que a Polícia de Moçambique deteve, na quarta-feira, a responsável das finanças de Venâncio Mondlane. Também esta semana, o activista social Wilker Dias, diretor da Plataforma Decide, apresentou uma queixa-crime contra o ex-comandante geral da polícia e o antigo ministro do Interior de Moçambique, responsabilizando-os pelas mortes nos protestos pós-eleitorais. Desde Outubro, pelo menos 353 pessoas morreram, incluindo cerca de duas dezenas de menores, de acordo com a Plataforma Decide.Ainda em Moçambique, no início da semana, o ciclone tropical Jude deixou um rasto de destruição e pelo menos 14 mortos. O ciclone afectou as províncias da Zambézia, Nampula, Niassa e Cabo Delgado, no norte, assim como Tete e Manica, no centro.Em Angola, começou esta segunda-feira, em Luanda, o julgamento dos generais Leopoldino Fragoso do Nascimento "Dino" e Hélder Vieira Dias "Kopelipa", personalidades ligadas ao antigo Presidente José Eduardo dos Santos. Eles são acusados da prática de vários crimes, entre eles tráfico de influências e branqueamento de capitais.Cabo Verde e Angola vão reforçar a cooperação cultural, nomeadamente na tentativa de recuperação do acervo cultural. A informação foi comunicada por Filipe Zau, ministro angolano da Cultura, que esteve no arquipélago esta semana. Outra visita a Cabo Verde foi a de Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores do Brasil. Do encontro, ficou a proposta de Cabo Verde vir a ser a plataforma de comércio brasileiro na Africa Ocidental. Ainda em Cabo Verde, a presidente do Instituto Nacional de Saúde Pública, Maria da Luz Lima, anunciou, que desde 28 de Janeiro não existem casos de dengue na capital e que está a ser preparada uma proposta para declarar o fim da epidemia.Por outro lado, esta quinta-feira, a Comissão Europeia anunciou um pacote de investimentos de 4,7 mil milhões de euros para a África do Sul, para projectos que apoiam a transição energética e para a produção local de vacinas. O anúncio foi feito na sessão plenária da cimeira entre a União Europeia e a África do Sul, que decorreu na Cidade do Cabo. A África do Sul é o maior parceiro comercial da UE na África subsaariana e assume, desde Dezembro e até Novembro, a presidência rotativa do G20, o grupo que reúne as maiores economias do mundo, além da União Europeia e da União Africana.
Josina Muthemba Machel La Heroína Pan africana, héroina mozambiqueña Hoy es miércoles y toca #LALLAVE. Escúchanos en nuestros canales de YouTube y Spotify: https://youtu.be/MofH1AxgAWUEn el programa de hoy hablaremos del papel de la mujer africana en la liberación y transformación de la sociedad africana Josina Muthemba Machel "Heroína de la lucha por la liberación nacional mozambiqueña, promovió la emancipación de la mujer africana, convirtiéndose en un icono de la lucha revolucionaria.Esta heroína de la lucha por la liberación nacional mozambiqueña, nació con el nombre de Josina Abiatar Muthemba en el seno de una familia de tradición patriótica y activa en la lucha contra el colonialismo portugués.Promovió la emancipación de la mujer africana, convirtiéndose en una icono. Además luchó en la guerra de la independencia como guerrillera, creó orfanatos y viajó por todo el país concienciando a las mujeres de su papel activo en la guerra.Josina desarrolló un papel fundamental en la lucha armada cuando en 1966 el Comité Central del Partido para la Liberación de Mozambique (FRELIMO) decidió que las mujeres mozambiqueñas tenían que participar de forma activa a la lucha para la liberación. En 1967 empezó el entrenamiento para las mujeres en las provincias de Cabo Delgado y de Niassa, en el norte de Mozambique. Como miembro del Destacamento Femenino fue nombrada Jefa de la Sección de la Mujer en el Departamento de Asuntos Exteriores del FRELIMO." Cómo siempre con Música:- NKD Mocambique - Liloca - FRELIMO
Eventual saída das forças ruandeses de Cabo Delgado traria "recuo ao pico da violência", alerta analista. Presidente angolano, João Lourenço, participa em cimeira da Liga Árabe que debate conflito na Faixa de Gaza. Presidente dos EUA, Donald Trump, suspende ajuda militar à Ucrânia.
O Presidente ucraniano afirmou que Ucrânia está pronta para assinar acordo de terras raras com os EUA. A expectativa era de que Volodymyr Zelensky assinasse o acordo na semana passada, quando esteve em Washington. As terras raras ucranianas, essenciais para várias indústrias, encontram-se em áreas controladas pelas forças russas, dificultando a exploração de recursos, explica o geólogo moçambicano e professor na UniLucungo, na Beira, Ubaldo Gemusse. RFI: O que são terras raras e por que é que são tão importantes?Ubaldo Gemusse: As Terras Raras são um conjunto de 16 elementos químicos. Nós aprendemos na química que existem alguns elementos que são considerados raros não pela sua ocorrência, mas pela fraca abundância em determinado território. A Ucrânia e a Rússia têm o privilégio de conter esses recursos geológicos, que são raros e têm uma importância muito vasta nas tecnologias, por exemplo, na fabricação de baterias e em carros eléctricos. São considerados raros pela sua fraca abundância na natureza.Há terras raras em África?Temos em Moçambique, no Zimbábue, na África do Sul, no Congo. Temos muito desse recurso raro, principalmente em Moçambique, por exemplo, no norte e centro do país, como a Zambézia, Nampula, Cabo Delgado e Niassa. Encontramos os elementos de terras raras, encontramos as terras raras nesses locais.Está a falar de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, onde existe um conflito armado desde 2017. Está a falar de terras raras na Ucrânia, ocupadas pela Rússia. Estava a referir também que há terras raras na RDC, onde existe também um conflito há muitos anos. Existe uma associação entre os sítios onde há terras raras e a presença de conflitos?Sim. Começando por Moçambique, no norte, por exemplo, temos uma das maiores ocorrências de grafite, outro recurso importante em África. Em Cabo Delgado, temos em Palma e são dois distritos onde existem grandes concessões para explorar esses recursos. No caso do grafite, ele é um recurso actualmente utilizado em tecnologias ou em nanotecnologias. Isso faz com que as grandes potências procurem esse recurso. Sendo Moçambique um país mais vulnerável, facilmente podemos ser corrompidos e entregar, como se fosse, o ouro ao bandido.O mesmo acontece com a Ucrânia. A Ucrânia também possui outros recursos além do grafite, como o lítio, que é extremamente raro. Sabemos que na Ucrânia há algumas argilas que contêm lítio, e não são muitos os locais que possuem lítio. O lítio actualmente é utilizado na fabricação de baterias. Mas além do lítio e do grafite, sabemos que desses 17 elementos que compõem as terras raras, estão o itérbio, o neodímio, o cério e o samário, encontrados em diversos minerais raros. Concretamente, esses elementos são mais frequentes na Ucrânia, na Rússia e um pouco em Moçambique.É possível extrair minerais raros em zonas de conflito, quais são os maiores desafios geográficos?Sim, é possível. E muitas vezes, a extracção desses recursos é feita a partir de grandes concessões. Por exemplo, a nossa lei em Moçambique, o nosso regulamento mineiro, determina que todo recurso táctico deve ser gerido a partir da concessão mineira. Para se obter uma concessão mineira é necessário ter capacidade financeira. Muitas vezes, os conflitos acontecem próximos ao local de exploração. Existem também alguns aspectos geopolíticos. As grandes potências, ou os financiadores, controlam os depósitos minerais. Quando se tratam de minerais estratégicos, elas controlam esses recursos e subsidiam algum valor à população local, ao governo. No caso de Moçambique, por exemplo, sendo um país pobre, o risco é maior para quem venha explorar. Portanto, o governo e a população saem a perder. Quando existem essas situações, não é muito aconselhável.Há impactos na exploração de recursos naturais sobre o meio ambiente e as populações locais?Há impactos. Geralmente, quando se fala de exploração mineira em Moçambique, primeiro é necessário adquirir o título de concessão mineira. Depois de obter a concessão, só se pode explorar a área se se tiver a licença ambiental. Essa licença exige um processo que começa com a instrução do processo. Nesse caso, a base do processo é fazer uma consulta pública à comunidade, informando as partes interessadas sobre as fases da exploração do recurso, desde a fase de instalação. Se formos pegar a nossa lei em Moçambique, o Decreto 54 sobre o Ambiente, a primeira fase é a licença de instalação, ou provisória, que permite o acesso ao local. Depois, há a licença de exploração ou operação desse recurso. Desde o início até o fim, no processo de legalização ambiental e da exploração mineral, as pessoas vão entender que ali haverá uma exploração. Muitas vezes, as empresas que vêm para explorar trazem grandes investimentos, como milhões de dólares ou euros, por exemplo. Existe uma responsabilidade social que elas têm para com a comunidade local. Algumas cumprem, mas na maior parte das vezes é complicado. Há falta de fiscalização local. No entanto, algumas empresas em Moçambique, por exemplo, têm responsabilidade social. Quando falamos de terras raras, não é apenas uma questão local, mas uma dependência global.Existem países que dominam esse monopólio. Falo, por exemplo, da China. Se fizermos uma pesquisa sobre quem é o maior produtor e exportador, perceberemos que a China lidera, seguida pelos Estados Unidos, pela Rússia e pela União Europeia. Já fiz algumas pesquisas sobre o lítio e, no passado, quando estava a fazer a minha tese, percebi que, por exemplo, nos Estados Unidos, nos anos 80 e 90, já tinham uma noção sobre os depósitos de lítio. Consideravam o lítio um elemento estratégico, mas nunca divulgaram as suas reservas. Sabemos que, por exemplo, em Portugal, há grandes reservas de lítio, e sabemos qual é a quantidade. Mas nos Estados Unidos e na China, essas informações dificilmente são divulgadas. Isso cria uma dependência de informação. O interessante é que, actualmente, a China é a maior produtora e exploradora do mundo.Portanto, a China tem o monopólio?Sim, tem o monopólio. A China dita o preço, o custo e a venda desses recursos a nível global. São esses os aspectos que vemos em relação à dependência desses recursos. Se formos pesquisar as matérias-primas utilizadas nos armamentos, perceberemos que as terras raras são essenciais para a fabricação das tecnologias militares mais recentes. A guerra é essa.Daí a importância e a procura das terras raras?Exactamente. Por exemplo, actualmente enfrentamos problemas com as mudanças climáticas. Alguns países já estão conscientes de que, em poucos anos, os carros movidos a combustíveis fósseis, como o petróleo, vão deixar de circular. A tendência é para carros elétricos. De onde vem essa matéria-prima? Deve haver uma fonte e essa fonte são as terras raras, como o lítio, o neodímio, a grafite, entre outros. Esses são os elementos que estão em alta.
Deputados da UNITA detidos durante uma manifestação no Cuanza Norte, em Angola. Paulino Miguel, moçambicano radicado na Alemanha natural de Cabo Delgado, galardoado pelo Presidente alemão pela integração de migrantes. Estados Unidos e Rússia iniciam negociações de paz na Ucrânia, excluíndo Kiev e União Europeia.
Governo de Daniel Chapo esqueceu-se da guerra em Cabo Delgado? PGR de Inhambane quer responsabilização de Venâncio Mondlane pelos prejuízos durante às manifestações. Conflito no leste da República Democrática do Congo pode tornar-se regional, alertam peritos.
Ressurgimento de ataques terroristas e desaparecimentos de figuras ligadas a oposição preocupam sociedade civil em Cabo Delgado. A Alemanha prepara-se para as eleições e analisamos os objetivos políticos de Olaf Scholz, do SPD, e Friedrich Mertz, da CDU. China anuncia contra-tarifas contra medidas aduaneiras dos EUA e Donald Trump diz que quer conquistar a Faixa de Gaza.
Governo moçambicano acusado de partidarização. Recomendações para reformas eleitorais da UE serão implementadas no país? O reforço militar do Ruanda em Cabo Delgado e as críticas ao seu apoio ao M23 no Congo geram contradição na sua política de segurança.
As 2025 begins, Africa confronts significant challenges to its growth and development. Instability in the Sahel highlights the waning influence of ECOWAS and France's diminished military presence, while conflicts in Eastern DRC are intensified by Rwanda and Uganda's backing of the M23 rebel group. In Sudan, the U.S. has recognized the severity of the crisis through a genocide declaration and sanctions, but doubts linger about its long-term commitment. Meanwhile, Mozambique grapples with an insurgency in Cabo Delgado and election-related violence, further adding to the continent's volatility. These pressing issues await the incoming Trump administration, as U.S. policy toward Africa continues to struggle with a gap between rhetoric and action. Addressing this requires a practical approach—one that engages flexibly with Africa's diverse governments and navigates the complexities of the continent's evolving geopolitical landscape. Such a shift is vital to effectively tackling Africa's challenges and capitalizing on its opportunities. Mvemba and Julian Pecquet, United States correspondent for the Africa Report, examine the complexities of U.S.-Africa relations amid pressing geopolitical challenges and a transition to a new U.S. administration. The discussion underscores Africa's growing strategic importance, shaped by both its crises and opportunities.
Maputo prepara-se para a investidura de Chapo, na quarta-feira, apesar da tensão causada pelos protestos convocados por Venâncio Mondlane. Jornalista e político, Arlindo Chissale desaparecido há quase uma semana. A família suspeita que seja um sequestro por motivações políticas. Discurso de Emmanuel Macron agudiza a crise diplomática entre a França e as suas antigas colónias africanas.
Províncias de Cabo Delgado e Nampula receberam assistência para mais de 190 mil pessoas; PMA pede urgência na doação de fundos; atuação da Agência da ONU para Refugiados entregou mais de 800 kits de socorro a 4 mil pessoas.
Shirika la Umoja wa Mataifa la kuhudumia wakimbizi UNHCR linaendelea kusambaza msaada wa kibinadamu ili kurejesha matumaini ya waathirika wa kimbunga Chido kilichotokea tarehe 15 Desemba mwaka jana nchini Msumbiji na kuziacha taabani jamii za majimbo ya Cabo Delgado, Nampula na Niassa. Flora Nducha na taarifa zaidi.
Hii leo jaridani tunaangazia moto wa nyika mjini California Marekani, na waathirika wa kimbunga Chido nchini Msumbiji. Makala tunasikia kijana Paul Siniga kutoka Tanzania na mashinani tunakupeleka nchini Kenya, kulikoni?Shirika la Umoja wa Mataifa la hali ya hewa duniani (WMO) leo hii likiwa limeutangaza mwaka jana 2024 kuwa mwaka uliokuwa na joto zaidi kuwahi kurekodiwa, leo pia WMO imeendelea kusisitiza umuhimu wa tahadhari za mapema kuhusu majanga ya tabianchi ili kuokoa maisha ya watu. WMO imeeleza kwamba tahadhari za mapema zilizotolewa na Idara ya Hali ya Hewa ya Taifa la Marekani zimesaidia kwa kiasi fulani kuokoa maisha ya watu katika moto wa nyika uliosambaa na kuteketeza maeneo makubwa mji wa Los Angels katika jimbo la California.Shirika la Umoja wa Mataifa la kuhudumia wakimbizi UNHCR linaendelea kusambaza msaada wa kibinadamu ili kurejesha matumaini ya waathirika wa kimbunga Chido kilichotokea tarehe 15 Desemba mwaka jana nchini Msumbiji na kuziacha taabani jamii za majimbo ya Cabo Delgado, Nampula na Niassa.Katika makala Assumpta Massoi wa Idhaa hii ya Kiswahili ya Umoja wa Mataifa anazungumza na kijana Paul Siniga kutoka Tanzania ili kufahamu safari yake hadi kuweza kufika makao makuu ya Umoja wa MAtaifa, New York, Marekani.Na mashinani Nur Bashir kutoka jamii ya wfugaji katika kaunti ya Turkana nchini Kenya ambaye kupitia video ya Shirika la Umoja wa Mataifa la Uhamiaji anaeleza jinsi jamii zake zinavyoathiriwa na mabadiliko ya tabianchi.Mwenyeji wako ni Anold Kayanda, karibu!
Deslocamento da tempestade tropical em direção ao Canal de Moçambique deverá acontecer até este domingo; comunidade humanitária anunciou retomada de ajuda nas províncias de Nampula e Cabo Delgado após uma pausa temporária.
Em Angola, analista político prevê que se Abel Chivukuvuku se aliar ao MPLA, será o seu fim político. Inocêncio de Brito, preso no conhecido processo dos "15 mais 2", comenta à DW o impacto do indulto presidencial no movimento cívico angolano. O MNE português apela a Venâncio Mondlane para que seja "um fator de estabilização e reconciliação nacional" ao regressar ao país na quinta-feira.
Em Moçambique, estamos a 9 dias da tomada de posse do PR. Venâncio Mondlane acusa o partido que o apoiou as eleições de 9 de outubro de traição. Mondlane afirma ainda que regressa a Moçambique na próxima quinta-feira. E o PARTIDO PODEMOS denunciou o assassinato de um membro em Cabo Delgado.
Em Moçambique: Tropas treinadas pela EU para combater o terrorismo em Cabo Delgado desviadas para reprimir manifestações pós-eleitorais. Refugiados moçambicanos no Malawi por conta da violência pós-eleitoral clamam por apoios. Angola jornalistas suspenso pela Comissão de Carteira e ética por violação da deontologia profissional. EUA investigam conexão dos incidentes de quarta-feira.
La provincia mozambiqueña de Cabo Delgado, al norte del país, se ha visto muy afectada por el paso del ciclón " Chido". Sus habitantes, que viven en la pobreza y que sufren además un conflicto armado desde 2017 entre el ejército y un grupo islamista, tienen cada vez más difícil sobrevivir en condiciones muy precarias. Hablamos con Luisa Suárez, coordinadora médica de Médicos Sin Fronteras en Cabo Delgado.Escuchar audio
Las autoridades en EE.UU. investigan el atropello masivo de Nochevieja de Nueva Orleans, en el que murieron 15 personas y decenas resultaron heridas, y han explicado que otro incidente en Las Vegas, en el que un Cybertruck de Tesla cargado con explosivos fue detonado frente a un hotel de Donald Trump, no tiene conexión con lo sucedido en Nueva Orleans.Bombardeos de Israel en la Franja de Gaza han dejado casi medio centenar de muertos en las últimas horas. Escucharemos un reportaje sobre cómo ha sido 2024 en lo que al conflicto entre Rusia y Ucrania se refiere. Tendremos entrevista sobre la situación humanitaria en Cabo Delgado, al norte de Mozambique, tras el paso del ciclón Chido. Y entre otras cosas conoceremos a mujeres protagonistas de episodios relevantes de la historia.Escuchar audio
Ils avaient été arrêtés en décembre 2023, accusés d'espionnage, accusations rejetées par Paris. Ils ont donc été libérés hier, « grâce à la médiation du roi Mohamed VI » précise Wakatsera, au Burkina Faso. Alors qu'Aujourd8.net titre : « Petit dégel Axe-Ouaga-Paris via Rabat » et ajoute : « c'est ce qu'on appelle les fruits immédiats de la coopération, celle portée au pinacle par Emmanuel Macron, entre la France et le Maroc ». « La libération rendue à ces quatre personnes de la DGSE », poursuit le site burkinabé, « ne détendra pas l'atmosphère sibérienne entre l'axe Paris-Ouaga, mais c'est toujours ça de gagné. On ne peut que s'incliner devant la diplomatie de ce 'roi des pauvres', Mohamed VI, qui est incontournable au Sahel, dans le rapport avec la France ».Au Maroc, l'Opinion remarque que « le succès de la médiation du roi du Maroc, intervient alors que Paris et Rabat ont récemment scellé leur réconciliation, incarnée par une visite d'État du président français fin octobre au Maroc, après trois ans de crise aigüe. » APAnews, de son côté, parle d'une « percée diplomatique majeure, qui marque un tournant dans les relations internationales en Afrique de l'Ouest (…) dans un contexte diplomatique tendu entre Paris et Ouagadougou, depuis le coup d'État de septembre 2022, qui a porté le capitaine Ibrahim Traoré, au pouvoir ».Nouveau chef d'état-majorEn RDC, Félix Tshisekedi a procédé hier soir à une série de changements à la tête des forces armées. C'est ainsi, nous explique Objectif-infos, « que le chef de l'État a élevé le général Jules Banza, au grade de chef d'état-major des forces armées de la RDC ». « Sa nomination, ajoute le site d'information, intervient au moment où les rebelles du M 23, soutenus par le Rwanda, poursuivent leurs offensives dans la province du Nord-Kivu ». Le prédécesseur de Jules Banza, Christian Tshiwewe devient lui, « conseiller militaire du président », précise Actualité.cd qui ajoute : « il quitte la tête des forces armées, au moment où l'armée congolaise fait face à d'importantes difficultés sur le terrain, face à la rébellion du M 23, soutenue par le Rwanda. Sous son commandement, plusieurs localités du Nord-Kivu sont tombées sous le contrôle des rebelles ». « Certains analystes », poursuit Actualité.cd, estiment « qu'en renouvelant le commandement des FARDC, le chef de l'État Félix Tshisekedi, en sa qualité de commandeur suprême des forces armées, cherche à insuffler un nouvel élan au sein de l'armée congolaise. »Abandonnées à leur sortEnfin, le bilan du passage du cyclone Chido au Mozambique s'avère particulièrement lourd. « Le dernier bilan fait état d'au moins 70 morts et plus de 600 blessés », nous dit Afrik.com. « Cependant, les humanitaires estiment que le bilan pourrait être bien plus lourd, avec de nombreux dégâts non encore comptabilisés en raison des difficultés d'accès et de la lenteur des évaluations sur le terrain ». « Les habitants manquent de tout, bien que l'aide alimentaire commence à arriver », explique la responsable d'une ONG. « Les populations locales, commente Afrik.com « se sentent abandonnées à leur sort, confrontées à une succession de crises qui exacerbent leurs souffrances, entre catastrophes naturelles, insécurité et conflits armés ».De son côté, Africanews précise que « la Province de Cabo Delgado, où vivent environ deux millions de personnes, a été la première région touchée par le cyclone Chido au Mozambique. De nombreuses maisons, écoles et établissements de santé y ont été partiellement ou complètement détruits ». Au-delà du constat sur le terrain, Africanews rappelle que « depuis quelques années, les tempêtes dans la région sont de plus en plus violentes. En 2019, le cyclone Idai a ainsi tué plus de 1300 personnes, principalement au Mozambique, au Malawi et au Zimbabwé ».
Sejam bem-vindos a mais uma Semana em África. A actualidade desta semana ficou marcada pela passagem do ciclone Chido por Moçambique, que deixou mais de 70 mortos e pelo menos 600 feridos nas províncias de Cabo Delgado, Nampula e Niassa, no norte do país. O ministro moçambicano da Indústria e Comércio, Silvino Moreno garantiu que o executivo está a trabalhar para providenciar ajuda às vítimas, garantindo que o governo conta com a solidariedade internacional. O distrito de Mecúfi, na província de Cabo Delgado, ponto de entrada deste ciclone em Moçambique, ficou irreconhecivel. Hélia Seda, gestora de projectos da ONG Helpo em Mecufi, diz que 100% da população do distrito ficou afectada e que ali falta tudo.No Malawi, as autoridades também dão conta de perto de duas dezenas de vítimas mortais devido à passagem do cilone Chido.Em Angola, o MPLA, partido no poder, reuniu até esta terça-feira o seu Congresso e, posteriormente, o Comité central, apostado no rejuvenescimento dos seus órgãos. Doravante o presidente do partido, e chefe de Estado cessante, João Lourenço, vai poder manter-se na liderança dessa força política.Angola registou também, esta semana, um novo caso de Mpox, na província do Uíge, no norte do país. Este é o primeiro caso fora da capital. As autoridades reforçaram, por isso, um plano de contingência junto à fronteira com a República Democrática do Congo.Na Guiné-Bisau, para o jurista e analista político guineense François Dias, não há dúvidas de que o fim do mandato presidencial de Umaro Sissoco Embalo é 27 de fevereiro próximo. Isto acontece numa altura em que o país vive uma crise política, que se aguzidou pelo facto do Presidente ter decidido dissolver o parlamento no passado mês de dezembro e formar um executivo de iniciativa presidencial.Recorde-se ainda que Umaro Sissoco Embaló decidiu adiar as legislativas que estavam marcadas para 24 de novembro. Entretanto, ainda não anunciou nova data, mas a oposição pede eleições presidenciais.
Assassinato de blogger nos protestos em Moçambique é resultado de "ordens superiores", diz ativista. Ciclone Chido deixou rastro de destruição na província moçambicana de Cabo Delgado. Como África tem lidado com os conflitos e quão bem sucedida tem sido na manutenção da paz? Descubra nesta emissão.
Images de désolation sur le site du quotidien mozambicain Noticias après le passage du cyclone Chido. Toits envolés, arbres déracinés, débris dispersés… Dernier bilan, pointe le journal : « au moins 34 morts, au moins 319 blessés et plus de 34 000 familles touchées. Compte tenu de la gravité du phénomène, des brigades de secours et des officiels se rendront ce mercredi dans les zones touchées par la catastrophe en vue d'évaluer les dégâts et d'apporter tout le soutien nécessaire à la population ».D'après le site de la télévision mozambicaine, TVM, « plus de 400 000 habitants du district d'Eráti, dans la province de Nampula, risquent de souffrir de la faim dans les prochains jours, en raison du passage du cyclone Chido, qui a détruit une partie des excédents agricoles. Alors que la zone est toujours dans l'obscurité, le gouvernement appelle à une surveillance accrue, car il est à craindre que la situation encourage l'entrée de terroristes, affirme TVM, compte tenu de la proximité de ce point avec la province de Cabo Delgado ». Cette province du nord du pays est en effet en proie à une insurrection djihadiste, le groupe Ansar Al-Sunna, affilié à l'État islamique.Appel à la solidarité internationaleLe site panafricain Afrik.com précise que les trois provinces les plus touchées sont « Cabo Delgado, donc, Nampula et Niassa. Les vents violents ont soufflé jusqu'à 260 km/h. (…) Face à l'ampleur de la catastrophe, les autorités mozambicaines ont lancé un appel à la solidarité internationale. Les besoins sont immenses : abris, nourriture, médicaments, eau potable… La communauté internationale est appelée à se mobiliser pour venir en aide aux populations sinistrées. »Afrik.com qui rappelle aussi « qu'avant de frapper le Mozambique, le cyclone Chido a ravagé l'archipel français de Mayotte. Les autorités redoutent un bilan humain très lourd, évoquant même la possibilité de “plusieurs centaines“, voire de “milliers“ de morts. Chido est le cyclone le plus intense qu'ait connu Mayotte depuis 90 ans ».Indifférence…Mais « contrairement à Mayotte, au centre de toutes les attentions des autorités et des médias français, le Mozambique, pratiquement personne n'en parle ». C'est du moins ce que relève Ledjely en Guinée. « Accueillie avec un certain fatalisme, la catastrophe est même reléguée au second plan par la crise post-électorale, qui a éclaté en octobre dernier avec la contestation de l'élection de Daniel Chapo par Venancio Mondlane. Même si ce dernier a annoncé une pause de quelques jours pour rendre hommage aux victimes de l'ouragan. Aucune communication non plus de la part des instances sous-régionales et panafricaines, déplore encore le site guinéen. Ce sont les organisations humanitaires, dont l'Unicef, qui se mobilisent pour attirer l'attention du monde sur ce qui s'y passe et sur les risques sanitaires qui pourraient en découler. Une indifférence qui n'est pas sans rappeler le manque de mobilisation de nos États face aux enjeux liés au changement climatique, s'agace Ledjely. En effet, alors que des catastrophes comme Chido aujourd'hui et Freddy, l'année dernière, nous rappellent l'urgence de la mobilisation, force est de constater que les États africains traînent les pieds face au changement climatique. Très souvent, c'est la société civile africaine qui est sur ce front ».Maillon faible…Le quotidien Aujourd'hui au Burkina Faso revient sur la situation à Mayotte. « Ce bout d'Afrique frappé par l'ouragan Chido, perdu au milieu de la mer, (…) où les inégalités et les retards de développement sont prégnants ! (…) Mayotte est le maillon faible de ces (lointains) territoires français, estime le quotidien ouagalais, et Chido n'a fait que mettre en exergue l'écart abyssal qui existe entre la vie à Mayotte et en France hexagonale ! (…) Excepté le passeport français de ces Mahorais, dont le tiers vient des Comores, qu'est-ce qui les distingue face à Chido à un bout d'Afrique ? Pas grand-chose, répond Aujourd'hui, et ce qui fait enrager les habitants de cette île, c'est qu'ils se rendent compte qu'ils sont bien Français, sur le papier, mais qu'ils n'ont en réalité rien à voir avec un Français de Paris, Nantes ou Bordeaux ! Chido s'ajoute aux malheurs d'un territoire encombrant pour la France métropolitaine, où les problèmes politiques se greffent à d'autres, économiques, liés au pouvoir d'achat, à la sécurité et à l'immigration ».
Tempestade causou dezenas de mortes e destruiu 4.510 estabelecimentos comerciais; lista das prioridades essenciais inclui alimentos, água, saneamento e serviços de saúde nas províncias de Cabo Delgado e Nampula.
Em Angola, jornalistas irão erguer o punho hoje em Luanda em mais um protesto contra as restrições à liberdade de imprensa e de expressão. Em Moçambique, ciclone Chido já fez 15 mortos, dois em Cabo Delgado. Autoridade distrital pede resposta urgente para apoiar vítimas. As duas tendências que prometem marcar África nas próximas décadas: muita juventude e com papel mais ativo na democracia.
Dados preliminares indicam que 15 pessoas morreram, 20 mil famílias foram afetadas e cerca de 6 mil casas ficaram parcialmente destruídas nas províncias de Cabo Delgado, Niassa e Nampula; ONU está no terreno apoiando a resposta, incluindo a avaliação das necessidades e a distribuição de bens essenciais.
Cyclone Chido pounded the archipelago of Mayotte over the weekend and killed at least 11 people before making landfall Sunday in Mozambique. UNICEF) says Mozambique's Cabo Delgado province was hit hard. Spokesperson Guy Taylor tells VOA's James Butty communities in the regional capital of Pemba could be cut off from schools and health facilities for weeks.
Fenômeno de categoria 3 deve causar tempestades, inundações e deslizamentos de terra na província de Cabo Delgado, no extremo norte; profissionais humanitários das Nações Unidas se deslocam para a região e preposicionam itens de ajuda.
Terminou ontem mais uma semana de manifestação nacional contra a fraude eleitoral em Moçambique. Cabo Delgado foi palco de protestos violentos e com alegados ataques terroristas. PRM afirma que tumultos não foram provocados por insurgentes. A ativista moçambicana Anabela Lemos conta que sente a solidariedade internacional para com a atual situação pós-eleitoral no seu país.
Numa província marcada por conflitos e tragédias humanitárias, Josefina Cheia, agente de violência baseada no género do Acnur, destaca como a esperança e solidariedade podem reconstruir vidas das mulheres vítimas de violência baseada no género, VBG.
Dia sangrento no regresso das manifestações contra a fraude eleitoral em Moçambique. De acordo com a ONG, Plataforma Eleitoral Decide, pelo menos cinco pessoas morreram e outras 22 foram baleadas esta quarta-feira. E no distrito moçambicano de Kachamanculo, membros do STAE denunciam que estão a ser alvo de ameaças e intimidação por reivindicarem pagamentos de subsidios.
Ataques terroristas intensificam-se em Cabo Delgado, numa altura em que o Governo moçambicano foca-se manifestações pós-eleitoral. Mineiros ilegais presos numa mina de ouro abandonada, na África do Sul enfrentam más condições. Estados Unidos enviam para a Ucrânia minas antipessoais. ONGs condenam a decisão.
It's Tuesday, November 19th, A.D. 2024. This is The Worldview in 5 Minutes heard on 125 radio stations and at www.TheWorldview.com. I'm Adam McManus. (Adam@TheWorldview.com) By Kevin Swanson Rwanda eager to tax churches The Christian church faces more challenges in Africa. The Rwandan parliament is considering legislation which could impose taxes upon churches in that African nation. The Rwandan governance board has already shut down 8,000 churches that do not comply with certain standards. 4 Christians killed in Mozambique, Africa In addition, Barnabas Aid reports that four Christians were killed in Cabo Delgado, Mozambique by Islamic State radicals. 3 Nigerian pastors kidnapped by Muslims Plus, at least three pastors have been kidnapped by Muslim militants in Southern Nigeria over the last few weeks. Nigeria remains one of the most dangerous nations in the world for Christians in 2024. Archbishop of Canterbury resigns over failure to discipline pedophile The top official in the Church of England, Archbishop of Canterbury, Justin Welby has resigned his office. This comes after the release of a report investigating the 50-year abuse record of a church leader by the name of John Smyth. The church failed to discipline Smyth who had continued a pattern of sexual and physical abuse of boys in three different countries over a long period of time. Welby himself called the church's response "a long-maintained conspiracy of silence about the heinous abuses of John Smyth.” Welby's resignation also comes just a few weeks after he affirmed that homosexual activity was morally acceptable as long as there was what he called a “stable, committed and faithful relationship.” 1 Peter 4:17 states that “The time has come for judgment to begin at the house of God; and if it begins with us first, what will be the end of those who do not obey the Gospel of God?” Mali, Africa criminalizes homosexual behavior The parliament of the West African country of Mali passed a law banning homosexual behavior on October 31st, joining 30 other African nations taking the same position. African nations towards the south and east of the continent, however, have done just the opposite — with their government legitimizing the practice over the last 10 years. This includes Gabon, Angola, Botswana, Mozambique, and Namibia. Migration up 10% worldwide The Organization for Economic Co-operation and Development has released the International Migration Outlook Report for 2024. It documents the highest level of migration from poor countries to rich countries in recorded history. This accounts for 6.5 million immigrants, not counting the 4.7 million Ukrainian immigrants due to the war. That's a 10% increase year-over-year. Nations reaching record levels of immigrants in 2023 included the United Kingdom, Canada, France, Japan, and Switzerland. Typhoon Man-yi in Philippines has 143 mile-per-hour winds (Sound from Typhoon Man-yi) The Philippines is bearing up under a record sixth typhoon this season. Typhoon Man-yi is equivalent to a Category 3 hurricane, sporting winds up to 143 miles per hour. More than half a million people have evacuated the Bicol region in Luzon to prepare for the storm. Thus far, seven people died in a related landslide, reports the Associated Press. At least 160 Filipinos have died in the previous five storms hitting the island nation this season. Missouri greenlights abortion up until 21 weeks By a vote of 52% to 48%, Missouri voters have set the course for legislation to allow for abortion in their state up to the point of fetal viability or 21 weeks gestation. Only South Dakota retained a pro-life position in the November election. Florida's vote to liberalize their abortion law failed by a 57-43% margin, just short of the 60% requirement. Florida will retain its position to kill babies up until the sixth week. Nebraska will allow for first trimester abortions, after this year's election. During this election, seven states created a so-called “right to abortion” in their state constitutions including Arizona, Colorado, Maryland, Missouri, Montana, Nevada, and New York. They join Ohio, Kansas, and Kentucky, the three states which previously approved pro-abortion referendums. Isaiah 1:4-6 says, “Alas, sinful nation, a people laden with iniquity. … The whole head is sick, and the whole heart faints. From the sole of the foot even to the head, there is no soundness in it, but wounds and bruises and putrefying sores.” Al Mohler opposes Matt Gaetz for Attorney General President-elect Donald Trump's selection for Attorney General is a bridge too far for some Christian leaders. In an interview with World Magazine, Al Mohler, the President of Southern Baptist Theological Seminary, called the selection of Matt Getz “shocking.” As The Worldview documented yesterday, Liberty Counsel President Mat Staver referred to Gaetz as "not qualified,” and believes his nomination is "shocking and disappointing to those who have followed this man and the lurid scandals and serious allegations of sex parties and drugs during his tenure in the U.S. Congress.” Could entire departments be eliminated under Trump? Expect entire federal departments to be eliminated under a Trump presidency. That's what Vivek Ramaswamy, the appointee for leading the U.S. Department of Government Efficiency told Fox Business Channel on Sunday. Listen. RAMASWAMY: “We expect mass reductions. We expect certain agencies to be deleted outright. We expect mass reductions in force in areas of the federal government that are bloated. We expect massive cuts among federal contractors and others who are overbilling the federal government. So yes, we expect all of the above. And I think people will be surprised by, I think, how quickly we're able to move with some of those changes, given the legal backdrop the Supreme Court has given us.” 72% of Americans oppose gender change for children A recent Rasmussen poll found that 72% of Americans oppose transgender change attempts for children. That's up 10% since August. Also, 73% of voters want parents notified should children be looking to change their name or gender. Several months ago, the state of California restricted parental notification concerning gender transition attempts for children. Earth now has a temporary second moon And finally, scientists have identified a mini-moon orbiting Earth -- our second moon, as it were, reports The Daily Galaxy. The asteroid, which is only 37 feet in diameter, was pulled temporarily into Earth's gravitational pull on September 29th of this year. Dubbed Asteroid 2024 PT5, it will be released at 11:43 am Eastern Time on November 25,, 2024. Close And that's The Worldview on this Tuesday, November 19th, in the year of our Lord 2024. Subscribe by Amazon Music or by iTunes or email to our unique Christian newscast at www.TheWorldview.com. Or get the Generations app through Google Play or The App Store. I'm Adam McManus (Adam@TheWorldview.com). Seize the day for Jesus Christ.
Moçambique: Podemos diz que adesão às manifestações convocadas por Venâncio Mondlane é positiva e faz promessas. Analista desvaloriza aparente fracasso de manifestações, mas destaca relevância de uma organização. Alemanha: Advinham-se desafios e dificuldades depois de se ter desencadeado uma turbulência política.
Protestos pós-eleitorais em Moçambique: Há possibilidade de diálogo entre Mondlane e o Governo? Analista Hélder Jauana comenta. Cabo Delgado: Grave crise de fome abala distrito de Mocímboa da Praia, norte de Moçambique.Rússia, China e Catar intensificam notícias falsas na África Ocidental, prejudicando o trabalho de jornalistas locais.
Une grande journée de mobilisation était prévue, jeudi 7 novembre, à Maputo, la capitale du Mozambique, à l'appel du principal opposant. Venancio Mondlane revendique la victoire aux élections générales du 9 octobre, et dénonce des irrégularités lors du scrutin. D'après les résultats officiels, il n'a remporté que 20% des voix, derrière Daniel Chapo, le candidat du Frelimo, le parti au pouvoir. Venancio Mondlane appelait donc à une « journée de libération du Mozambique » mais « des gaz lacrymogènes tirés par la police ont interrompu les manifestations », relate Africanews, qui précise que « des centaines de partisans ont été pris dans des échauffourées avec la police ». « Les rues habituellement animées étaient désertées, précise le site internet Afrik.com, les commerçants fermés, les banques ont suspendu leurs activités », alors que la tension grandissait. La situation a d'ailleurs poussé l'Afrique du Sud à fermer temporairement son principal poste-frontière avec le Mozambique. Après presque un mois de contestation, « au moins 20 personnes ont déjà trouvé la mort » : c'est ce qu"indique Wakat Séra, qui se demande combien de victimes faudra-t-il encore. « Tout porte à croire, selon le site d'information burkinabé, que face à la riposte musclée et disproportionnée qui lui est appliquée par les forces de l'ordre, le mouvement de protestation n'est pas au bout de sa lutte. Lassés des 50 années de règne sans partage du Frelimo, les manifestants semblent avoir résolument opté pour le changement ». Wakat Séra s'interroge encore : « À quand des règnes justes et des élections de paix en Afrique ? La question reste posée, estime le site burkinabé, surtout pour un Mozambique dont l'économie exsangue et des conditions de vie difficiles, ont poussé nombre de ses citoyens à migrer vers des cieux plus cléments ». À cela s'ajoute une « crise sécuritaire », rappelleLe Pays, avec « l'insurrection islamiste » dans la province du Cabo Delgado. Le quotidien burkinabé appelle donc les protagonistes à la « raison », « aussi bien l'opposition qui doit comprendre que la rue n'a jamais été une solution durable et pérenne, que le pouvoir qui doit éviter de faire dans la répression aveugle ». « Ces fortes tensions postélectorales sont la preuve que la démocratie au Mozambique a encore du chemin à parcourir, ajoute Le Pays. Et c'est ensemble que les acteurs politiques parviendront à la bâtir ». Début de la campagne pour le référendum constitutionnel au Gabon « Sauf tremblement de terre, le "Oui" devrait l'emporter », affirme Le Pays, pour qui « le doute n'est d'autant pas permis que le pouvoir aura tout mis en œuvre pour cette victoire dont le principal bénéficiaire n'est autre que le président Brice Clotaire Oligui Nguema ». Le journal burkinabé rappelle que la nouvelle Constitution proposée par le gouvernement de transition prévoit « l'instauration d'un régime présidentiel, avec suppression du poste de Premier ministre ». « Le terrain est donc déjà balisé » pour Brice Clotaire Oligui Nguema, selon Le Pays, « puisqu'il est le seul membre de la transition autorisé à se présenter à la prochaine présidentielle ». « À n'en point douter, ajoute le journal, la suppression du portefeuille du chef du gouvernement, vise, en réalité à lui donner les pleins pouvoirs ». L'éditorial en Une du site internet du quotidien national gabonais est moins tranchant : ce référendum constitutionnel, prévu le 16 novembre, est un « rendez-vous politique majeur », est-il écrit sur l'Union. « Chaque camp, chaque citoyen, devra pouvoir s'imposer par la justesse et la pertinence de ses arguments ». On sait que « l'objectif premier est de permettre au pays » de sortir du processus de transition, est-il encore précisé, avant de conclure : « Vu sous cet angle, l'idéal serait que le "Oui" l'emporte ». Le Maroc compte toujours plus d'habitants C'est le résultat du recensement pour 2024 : même si cet accroissement démographique ne fait que diminuer depuis 1960, la population a « plus que triplé » sur cette période, selon Le Matin. Le Maroc compte désormais 36 828 330 habitants. Une « dynamique démographique portée principalement par le milieu urbain », selon le quotidien marocain, qui précise que cinq régions abritent plus de 70% de la population, et sept grandes villes concentrent plus d'un tiers de la population urbaine du royaume : plus de trois millions d'habitants à Casablanca, plus d'un million à Tanger, Fès et Marrakech.
Estima-se que 773 mil moçambicanos devem enfrentar níveis agudos de insegurança alimentar de outubro de 2024 a março de 2025; razões incluem a violência na província de Cabo Delgado e maior probabilidade de tempestades tropicais, ciclones e inundações com a chegada do fenômeno La Niña.
Mozambicans will vote for a new president this week, who many hope will bring peace to a country that has faced a jihadist insurgency in the north for almost seven years. How are security challenges impacting campaigning and voting? Also, did you know that for a year, Nigeria has not had any ambassadors representing the country abroad? What is the diplomatic impact?And we hear how climate change is affecting wine production in South Africa.Presenter: Charles Gitonga Producers: Bella Hassan and Rob Wilson in London. Blessing Aderogba was in Lagos Senior Producer: Karnie Sharp Technical Producer: Jack Graysmark Editors: Andre Lombard and Alice Muthengi