Em cada episódio, uma investigação jornalística. Com uma hora de duração, os episódios são um mosaico de entrevistas inéditas, gravações em campo e áudios de arquivo, costurados pela narração do jornalista Tomás Chiaverini. Os temas são os mais variados e a abordagem é sempre profunda, irreverente e…
Quarto episódio da série investigativa "O Pastor". Serão sete episódios narrativos, com frequência semanal, sobre a atuação criminosa de um pastor na cidade de Itacoatiara (AM). A reportagem exclusiva conta como o pastor evangélico Arison Farias de Aguiar, responsável pelo projeto Resgatando Cativos, tem exposto dependentes químicos para enriquecer. A instituição que ele coordena tem o suposto objetivo de resgatar e recuperar usuários de drogas, mas não oferece tratamento especializado. Apesar disso, tanto os resgates quanto o cotidiano nas casas de alojamento são transmitidos ao vivo pelo Facebook, no estilo de reality show. A página do pastor na plataforma tem 820 mil inscritos e os vídeos costumam ultrapassar as 100 mil visualizações. O projeto é mantido pela monetização da página e por espectadores que doam dinheiro. Além da exposição de pessoas fragilizadas, as lives revelam abusos, como supostos tratamentos em que o pastor pendura drogas no pescoço de dependentes químicos. Para além dos vídeos, há vários indícios de crimes e irregularidades. Ao longo da série, o podcast trará relatos de usuários que dizem ter sido submetidos a trabalho análogo ao escravo, ter sofrido ameaças, e que tiveram a vida fora do projeto manipulada pelo pastor, com o provável objetivo de aumentar a visualização dos vídeos e a arrecadação de dinheiro. Além disso, o podcast também revela indícios de ligação com o tráfico local, e de manipulação de órgãos de assistência social e até da polícia. Ficha técnica do episódio Design das capas dos aplicativos e do site: Cláudia Furnari. Trilha sonora tema: Paulo Gama. Mixagem de som: Vitor Coroa. Apoio de produção: Ana Carolina Maciel. Edição: Matheus Marcolino. Direção, roteiro e sonorização: Tomás Chiaverini. Transporte e segurança em Itacoatiara: Ednaldo da Silva.
Terceiro episódio da série investigativa "O Pastor". Serão episódios narrativos, com frequência semanal, sobre a atuação criminosa de um pastor na cidade de Itacoatiara (AM). A reportagem exclusiva conta como o pastor evangélico Arison Farias de Aguiar, responsável pelo projeto Resgatando Cativos, tem exposto dependentes químicos para enriquecer. A instituição que ele coordena tem o suposto objetivo de resgatar e recuperar usuários de drogas, mas não oferece tratamento especializado. Apesar disso, tanto os resgates quanto o cotidiano nas casas de alojamento são transmitidos ao vivo pelo Facebook, no estilo de reality show. A página do pastor na plataforma tem 820 mil inscritos e os vídeos costumam ultrapassar as 100 mil visualizações. O projeto é mantido pela monetização da página e por espectadores que doam dinheiro. Além da exposição de pessoas fragilizadas, as lives revelam abusos, como supostos tratamentos em que o pastor pendura drogas no pescoço de dependentes químicos. Para além dos vídeos, há vários indícios de crimes e irregularidades. Ao longo da série, o podcast trará relatos de usuários que dizem ter sido submetidos a trabalho análogo ao escravo, ter sofrido ameaças, e que tiveram a vida fora do projeto manipulada pelo pastor, com o provável objetivo de aumentar a visualização dos vídeos e a arrecadação de dinheiro. Além disso, o podcast também revela indícios de ligação com o tráfico local, e de manipulação de órgãos de assistência social e até da polícia. Ficha técnica do episódio Design das capas dos aplicativos e do site: Cláudia Furnari. Trilha sonora tema: Paulo Gama. Mixagem de som: Vitor Coroa. Apoio de produção: Ana Carolina Maciel. Edição: Matheus Marcolino. Direção, roteiro e sonorização: Tomás Chiaverini. Transporte e segurança em Itacoatiara: Ednaldo da Silva.
Segundo episódio da série investigativa "O Pastor". Serão episódios narrativos, com frequência semanal, sobre a atuação criminosa de um pastor na cidade de Itacoatiara (AM). A reportagem exclusiva conta como o pastor evangélico Arison Farias de Aguiar, responsável pelo projeto Resgatando Cativos, tem exposto dependentes químicos para enriquecer. A instituição que ele coordena tem o suposto objetivo de resgatar e recuperar usuários de drogas, mas não oferece tratamento especializado. Apesar disso, tanto os resgates quanto o cotidiano nas casas de alojamento são transmitidos ao vivo pelo Facebook, no estilo de reality show. A página do pastor na plataforma tem 820 mil inscritos e os vídeos costumam ultrapassar as 100 mil visualizações. O projeto é mantido pela monetização da página e por espectadores que doam dinheiro. Além da exposição de pessoas fragilizadas, as lives revelam abusos, como supostos tratamentos em que o pastor pendura drogas no pescoço de dependentes químicos. Para além dos vídeos, há vários indícios de crimes e irregularidades. Ao longo da série, o podcast trará relatos de usuários que dizem ter sido submetidos a trabalho análogo ao escravo, ter sofrido ameaças, e que tiveram a vida fora do projeto manipulada pelo pastor, com o provável objetivo de aumentar a visualização dos vídeos e a arrecadação de dinheiro. Além disso, o podcast também revela indícios de ligação com o tráfico local, e de manipulação de órgãos de assistência social e até da polícia. Ficha técnica do episódio Design das capas dos aplicativos e do site: Cláudia Furnari. Trilha sonora tema: Paulo Gama. Mixagem de som: Vitor Coroa. Apoio de produção: Ana Carolina Maciel. Edição: Matheus Marcolino. Direção, roteiro e sonorização: Tomás Chiaverini.
O centésimo episódio da Rádio Escafandro marca o início da série investigativa "O Pastor". Serão sete episódios narrativos, com frequência semanal, sobre a atuação criminosa de um pastor na cidade de Itacoatiara (AM). A reportagem exclusiva conta como o pastor evangélico Arison Farias de Aguiar, responsável pelo projeto Resgatando Cativos, tem exposto dependentes químicos para enriquecer. A instituição que ele coordena tem o suposto objetivo de resgatar e recuperar usuários de drogas, mas não oferece tratamento especializado. Apesar disso, tanto os resgates quanto o cotidiano nas casas de alojamento são transmitidos ao vivo pelo Facebook, no estilo de reality show. A página do pastor na plataforma tem 820 mil inscritos e os vídeos costumam ultrapassar as 100 mil visualizações. O projeto é mantido pela monetização da página e por espectadores que doam dinheiro. Além da exposição de pessoas fragilizadas, as lives revelam abusos, como supostos tratamentos em que o pastor pendura drogas no pescoço de dependentes químicos. Para além dos vídeos, há vários indícios de crimes e irregularidades. Ao longo da série, o podcast trará relatos de usuários que dizem ter sido submetidos a trabalho análogo ao escravo, ter sofrido ameaças, e que tiveram a vida fora do projeto manipulada pelo pastor, com o provável objetivo de aumentar a visualização dos vídeos e a arrecadação de dinheiro. Além disso, o podcast também revela indícios de ligação com o tráfico local, e de manipulação de órgãos de assistência social e até da polícia. Apoie a Rádio Escafandro e tenha direito a mimos exclusivos! Ficha técnica do episódio Design das capas dos aplicativos e do site: Cláudia Furnari. Trilha sonora tema: Paulo Gama. Mixagem de som: Vitor Coroa. Apoio de produção: Ana Carolina Maciel. Edição: Matheus Marcolino. Direção, roteiro e sonorização: Tomás Chiaverini.
Publicado originalmente no dia 26 de maio de 2021. Cientistas de várias partes do mundo têm descoberto que psicodélicos como ayahuasca, LSD, psilocibina, MDMA e ibogaína podem auxiliar no tratamento de vários tipos de doenças mentais. No Brasil, o Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte efetuou um estudo pioneiro sobre o uso da ayahuasca. Foi o primeiro estudo randomizado, duplo cego, para avaliar o impacto de um psicodélico no combate à depressão. A bebida, utilizada na religião do Santo Daime e em vários outros cultos, mostrou resultados promissores. E o melhor: em pessoas resistentes a terapias com antidepressivos tradicionais. ***** – Colabore com a Rádio Escafandro e receba recompensas. Clique aqui. ***** – Mergulhe mais fundo Pisconautas – Viagens com a ciência psicodélica brasileira (LINK PARA COMPRA) – Entrevistados do episódio Marcelo Leite Escritor e jornalista especializado em ciência e meio-ambiente. Colunista do Jornal Folha de S.Paulo e autor do recém-lançando Psiconautas – Viagens com a ciência psicodélica brasileira (Fósforo, 2021). Júlio Delmanto Jornalista, historiador, autor de História Social do LSD no Brasil (Elefante, 2020) Dráulio Barros de Araújo Físico, doutor em física aplicada à medicina e biologia pela Universidade de São Paulo de Ribeirão Preto, onde também obteve o título de livre docência e foi professor até 2009. Professor do Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Atua na área de Neurociências, com ênfase na utilização da imagem funcional por ressonância magnética e eletrocenfalografia na avaliação das bases neurais dos estados alterados de consciência induzidos pelo psicodélico ayahuasca. Camila Patah Pedagoga, mosaicista e psicóloga especialista no tratamento de pessoas com dependência química. – Ficha técnica: Concepção, produção, roteiro, apresentação, sonorização e edição: Tomás Chiaverini Trilha sonora tema: Paulo Gama Mixagem: Vitor Coroa de maio de 2021.
Por que sentimos que não temos tempo para nada? Como o nosso estilo de vida faz parecer que tudo está acelerado? O que o modo de produção capitalista e a economia moderna têm a ver com essa percepção? E como isso se relaciona com a entropia: um dos conceitos mais interessantes, misteriosos e importantes da física. Mergulhe mais fundo Sem tempo para nada (link para compra) Entropia Social: Uma termovisão do mundo Episódio relacionado #43 - Corra, humano, corra! Entrevistados do Episódio Luiz Mauro Sá Martino Jornalista, escritor, cientista social, professor da Faculdade Cásper Líbero e autor do livro "em tempo para nada: Como tudo ficou acelerado, por que estamos tão cansados e as alternativas realistas para mudar" (Vozes, 2022). Luiz Tadeu Fernandes Eleno Professor da Escola de Engenharia de Lorena (EEL-USP), doutor em ciência e engenharia de materiais, pós doutor em física. Ficha técnica do episódio Locução adicional: Priscila Pastre. Design das capas dos aplicativos e do site: Cláudia Furnari. Trilha sonora tema: Paulo Gama. Mixagem de som: Vitor Coroa. Apoio de produção: Ana Carolina Maciel. Apoio de edição: Matheus Marcolino. Direção, roteiro e edição: Tomás Chiaverini.
Cada vez mais pessoas se tornam adeptas dos relacionamento não monogâmicos. Dentre elas, existem, inclusive, as que pregam a não monogamia como uma forma de descontruir estruturas opressivas do capitalismo. De combater mazelas como o machismo, a misoginia e até o racismo. Neste episódio trazemos duas histórias de pessoas que mergulharam no mundo da não monogamia. E saíram de lá com opiniões opostas. Episódios relacionados #55 – Paradigma Gengis Khan #56 – Sexo como você nunca ouviu #57 – Manual evolucionista de sedução amorosa Entrevistados do episódio Patrícia Dreyer Pessoa médica especialista em endocrinologia. Victor Gouvêa Jornalista e artista. - Ficha técnica do episódio Design das capas dos aplicativos e do site: Cláudia Furnari. Trilha sonora tema: Paulo Gama. Mixagem de som: Vitor Coroa. Edição: Matheus Marcolino. Direção, roteiro e sonorização: Tomás Chiaverini.
Nos idos de 2010, a jornalista Natália Viana recebeu um estranho telefonema. Ela teria de estar em Londres dali a dois dias para participar do maior vazamento de documentos secretos da história. A Natália obedeceu, largou tudo, se descambou para a Inglaterra e se juntou a uma força tarefa que ajudaria a mudar o jornalismo mundial. Neste episódio de podcast, a gente reconta essa história, relembra dos primórdios do WikiLeaks, fala sobre os impactos da iniciativa no jornalismo e na política internacional, e analisa a situação jurídica de Julian Assange. - Episódio relacionado #86 - A Vaza-Jato e o mea culpa da imprensa - Entrevistados do episódio Natália Viana Jornalista cofundadora e diretora executiva da Agência Pública Tanguy Baghdadi Professor de relações internacionais, cocriador e apresentador do podcast Petit Journal. - Ficha técnica do episódio Design das capas dos aplicativos e do site: Cláudia Furnari. Trilha sonora tema: Paulo Gama. Mixagem de som: Vitor Coroa. Apoio de produção: Ana Carolina Maciel. Apoio de edição: Matheus Marcolino. Direção, roteiro e edição: Tomás Chiaverini.
O mercado de trabalho mundial já está sofrendo com processos de automação impulsionados por inteligência artificial. Neste episódio, investigamos os impactos da tecnologia no mercado de trabalho e falamos sobre os reflexos disso na sociedade como um tudo. Mergulhe mais fundo Bullshit Jobs: A teoria (link para compra) Icebergs à Deriva: o Trabalho nas Plataformas Digitais (link para compra) Entrevistados do episódio Ricardo Antunes Sociólogo especialista em relações do trabalho, professor e pesquisador da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Marco Gonsales Professor, administrador de empresas, pesquisador da Unicamp, investigou o trabalho dos entregadores por aplicativos Ficha técnica do episódio Locução adicional: Priscila Pastre. Design das capas dos aplicativos e do site: Cláudia Furnari. Trilha sonora tema: Paulo Gama. Mixagem de som: Vitor Coroa. Apoio de produção: Ana Carolina Maciel. Apoio de edição: Matheus Marcolino. Direção, roteiro e edição: Tomás Chiaverini.
Neste episódio de podcast falamos do que acontece quando a adoção dá errado e as crianças são devolvidas. O Brasil não tem dados sobre o número de crianças que são devolvidas ao sistema após serem formalmente adotadas. Mas isso acontece. E quando acontece, gera traumas profundos nas crianças e adolescentes. Além disso, para a Justiça brasileira, não existe diferença entre filhos adotivos e filhos biológicos. Portanto, nos casos em que pais devolvem crianças adotadas após o processo de adoção, esses pais podem sofrer consequências judiciais. Eles podem ter de pagar pensão alimentícia além de reparação por danos morais, por exemplo. Apoie a Rádio Escafandro! Mergulhe mais fundo Adotei posso devolver (link para compra) Abandono de filhos adotivos (link para compra) Entrevistados do episódio Jaqueline Viturino Autora do livro "Adotei, posso devolver?" Marcelo de Mello Vieira Advogado especialista no direito de crianças e adolescentes, coautor do livro Abandono de filhos adotivos e titular do perfil de Instagram Direito da Criança em Pauta. Anna Christina Cardoso de Mello Psicóloga forense, especialista em questões relacionadas a crianças e adolescentes, autora do livro "O jovem e seus direitos". Ficha técnica do episódio Design das capas dos aplicativos e do site: Cláudia Furnari. Trilha sonora tema: Paulo Gama. Mixagem de som: Vitor Coroa. Apoio de produção: Ana Carolina Maciel. Apoio de edição: Matheus Marcolino. Direção, roteiro e edição: Tomás Chiaverini.
Publicado originalmente em novembro de 2021. Em janeiro de 1970, Antonio Peticov, artista plástico, hippie e co-fundador da banda Os Mutantes foi preso no apartamento dele, em São Paulo. A acusação? Tráfico de drogas. A droga? Uma substância psicodélica ainda rara no Brasil chamada dietilamida do ácido lisérgico ou LSD. A partir daí, a história se desenrolou num enredo surreal que envolveu sessões de pau-de-arara nos porões da ditadura, agentes do FBI, uma temporada no Carandiru. e um passeio pela contracultura hippie, na companhia de figuras como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Os Mutantes e muito mais… – Colabore com a Rádio Escafandro e receba recompensas. Clique aqui. ***** Episódio relacionado 49: Conspirações psicodélicas em busca de cérebros livres Mergulhe mais fundo A história social do LSD (link para compra) Camaradas Caretas: Drogas e Esquerda no Brasil (link para compra) Entrevistados do episódio Júlio Delmanto Jornalista, historiador, autor de História Social do LSD no Brasil (Elefante, 2020); e Camaradas Caretas (Alameda Editorial, 2015). Antonio Peticov Pintor, desenhista, escultor e gravurista. Ficha técnica Concepção, produção, roteiro, apresentação, sonorização e edição: Tomás Chiaverini Locução adicional: Dario Chiaverini. Trilha sonora tema: Paulo Gama Mixagem: Vitor Coroa Design das capas: Cláudia Furnari Trilha incidental: Blue Dots. Trilha adicional: Caetano Veloso, Joni Mitchel, Os seis, os Mutantes, Gilberto Gil, e Beatles.
Em pleno ano de 2023, enquanto o mundo se preocupa com a substituição de humanos por máquinas no mercado de trabalho, ainda mantemos nossas crianças na escola por quase uma década. Este episódio questiona o modelo de educação escolar, fala sobre experiências alternativas e sobre a lei que alterou o formato da educação no ensino médio. Episódios relacionados 44: Utopias, distopias e boletos 65: Como os nossos pais? Entrevistados do episódio Tião Rocha Professor, educador, antropólogo e folclorista, fundador do Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento (CPCD). Katarina Vasconcelos Estudante de história. Antônio Teixeira Diretor da escola escola estadual Adelaide Rosa Fernandes Machado de Souza,. Ficha técnica do episódio Design das capas dos aplicativos e do site: Cláudia Furnari. Trilha sonora tema: Paulo Gama. Mixagem de som: Vitor Coroa. Apoio de produção: Ana Carolina Maciel. Apoio de edição: Matheus Marcolino. Direção, roteiro e edição: Tomás Chiaverini.
No dia 29 de junho, o quinto filme da franquia Indiana Jones estreia nos cinemas Brasileiros. O longa chega às telas mais de quarenta anos depois do primeiro filme, quando Harisson Ford, estrela da franquia, tem oitenta anos. Neste episódio, mergulhamos nas dores e delícias de Indiana Jones. Falamos sobre as origens do herói, sobre como ele encantou gerações, sobre como ele é misógino e imperialista e sobre como se adaptou aos novos tempos. Episódios relacionados 09: A história do Brasil que a floresta escondeu 19: Super-herois: a epidemia Entrevistados do episódio Felipe Braga Roteirista de cinema. André Alves Psicanalista, escritor, pesquisador cultural co-apresentador do podcast Vibes em Análise. Sávio Roz Historiador, especialista na relação entre história e ficção. Ficha técnica Ficha técnica do episódio Design das capas dos aplicativos e do site: Cláudia Furnari Trilha sonora tema: Paulo Gama Mixagem de som: Vitor Coroa Apoio de produção: Ana Carolina Maciel Apoio de edição: Matheus Marcolino Direção, roteiro e edição: Tomás Chiaverini
Estudos mostram que metade dos pacientes que se infectaram com o coronavírus antes de se vacinar tiveram algum tipo de sequela de longo prazo - sintomas da síndrome da Covid longa. Entre os vacinados, esse número cai para 4%. Ainda assim, são centenas de milhões de pessoas ao redor do planeta. A Covid longa pode acometer pessoas de todas as idades, de crianças a idosos. Pode atacar as mais variadas partes do corpo. E pode ter sintomas leves, como queda de cabelo, ou graves, como trombose ou demência. Neste episódio, mergulhamos nessa doença ainda pouco conhecida e contamos a história de uma pessoa que foi ao extremo do humanamente possível para tentar se livrar dos sintomas da Covid. Entrevistados do episódio Guilherme Galuppo Borba Geógrafo, urbanista, gestor e artista. Rafaella Fortini Farmacêutica e pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Clarissa Yasuda Médica Neurologista, professora e pesquisadora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), especialista nos impactos neurológicos da Covid. Ficha técnica do episódio Design das capas dos aplicativos e do site: Cláudia Furnari. Trilha sonora tema: Paulo Gama. Mixagem de som: Vitor Coroa. Apoio de produção: Ana Carolina Maciel. Apoio de edição: Matheus Marcolino. Direção, roteiro e edição: Tomás Chiaverini.
Na década de 1990, depois de uma longa campanha por alimentos mais saudáveis nos EUA, o McDonald's tomou uma decisão radical. Mudou a receita secreta das batatas fritas mais famosas do mundo. Por causa disso, muita gente não sabe o gosto das batatinhas originais que, segundo quem experimentou, eram infinitamente melhores. No episódio 91, além de contar essa história, além de investigar as mais diversas possibilidades de batata frita, a gente tenta reproduzir a receita original com ajuda de um chef de alta gastronomia. Mergulhe mais fundo Episódio do podcast Revisionist History que inspirou nosso programa (em inglês). Entrevistados do episódio Maurício Lopes Filho Professor do curso de gastronomia da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Nicolas Barbé Chef de cozinha. Ficha técnica do episódio Pesquisa e reportagem: Ana Carolina Maciel e Matheus Marcolino. Narração adicional: Priscila Pastre. Mixagem de som: Vitor Coroa. Trilha sonora tema: Paulo Gama. Design das capas dos aplicativos e do site: Cláudia Furnari. Direção, roteiro e edição: Tomás Chiaverini.
No início dos anos 2000, a recém-criada empresa Google adotou um lema informal: "don't be evil". Não seja mau, em português. Em 2004, a empresa colocou a frase em documentos relativos à oferta pública de ações na bolsa. O lema "don't be evil" também passou a abrir o código de conduta da empresa. E lá ficou até 2018, quando foi remodelado e rebaixado para o pé da página, num movimento que resume a trajetória da empresa. De uma startup de garagem criada por dois estudantes idealistas a um polvo digital que não mede esforços para se tornar maior, mais poderoso e mais influente. O último exemplo dessa faceta nada boazinha do Google, ficou evidente quando a empresa se colocou abertamente contra o projeto de lei 2630, popularmente conhecido como PL das Fake News. Neste episódio, mergulhamos na história do Google para tentar entender como essa empresa trilionária mudou a internet, a publicidade, o capitalismo e a sua vida. Entrevistados do episódio Guilherme Felitti Jornalista, empresário e pesquisador especialista em dados, fundador da Novelo Data. Sergio Amadeu da Silveira Sociólogo, especialista em inteligência artificial, professor da Universidade Federal do ABC. Ficha técnica do episódio Narração adicional: Priscila Pastre. Apoio de edição: Matheus Marcolino. Mixagem de som: Vitor Coroa. Trilha sonora tema: Paulo Gama. Design das capas dos aplicativos e do site: Cláudia Furnari. Direção, roteiro e edição: Tomás Chiaverini.
Durante uma viagem pelo interior do Amazonas, contamos a história de três mulheres. Uma especialista em fungos que está sempre na mata apesar de ter medo de onça. Uma especialista em línguas que aos 19 anos deixou a família para viver com os índios. Uma cozinheira que resolveu retomar o próprio passado indígena esquecido pela família.* Entrevistados do episódio Noemia Ishikawa Bióloga, pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia INPA, especialista em cogumelos. Lilian Fraiji Produtora e curadora, fundadora do Labverde, uma das idealizadores do projeto Fungi Cosmology. Ana Carla dos Santos Bruno Antropóloga especialista em línguas indígenas, pesquisadora do Inpa. Renata Peixe Boi Cozinheira no Cozinha Boca da Mata e militante das causas indígenas e feministas. Ficha técnica Apoio de produção: Matheus Marcolino. Mixagem de som: Vitor Coroa. Trilha sonora tema: Paulo Gama. Design das capas dos aplicativos e do site: Cláudia Furnari. Direção, roteiro e edição: Tomás Chiaverini. * Tomás Chiaverini viajou a convite do Fungi Cosmology - um projeto cocriado por Labverde (Brasil), CAB Patagonia (Chile), Artists-in-Labs Program (Chile) e Foodculturedays (Chile). O Fungi Cosmology foi patrocinador por Pro Helvetia e Swissnex Brasil.
Na segunda parte do mergulho na história da Shindo Renmei, entrevistamos parentes dos vitoristas e dos derrotistas. E falamos sobre os reflexos desse período histórico nos descendentes de imigrantes japoneses de hoje em dia. Mergulhe mais fundo Os últimos samurais (reportagem do TAB UOL, feita em parceria com a Rádio Escafandro) Isolados num território em guerra na América do Sul (link para compra) Entrevistados do episódio Fernando Morais Jornalista e escritor, autor de livros como Olga, Chatô, O Mago, Lula, entre outros. Hidemitsu Miyamura Engenheiro aposentado. Alexandre Kishimoto Antropólogo e documentarista, neto de Koichi Kishimoto, autor de Isolados num território em guerra na América do Sul Laís Miwa Higa Antropóloga, atualmente estuda militância asiático-brasileira. Ficha técnica Reportagem: Juliana Sayuri e Bruno Bartaquini. Apoio de produção: Matheus Marcolino. Mixagem de som: Vitor Coroa. Trilha sonora tema: Paulo Gama. Design das capas dos aplicativos e do site: Cláudia Furnari. Direção, roteiro e edição: Tomás Chiaverini.
Em 1945, duas bombas atômicas sobre o Japão mataram centenas de milhares de pessoas e colocaram fim à Segunda Guerra Mundial. A milhares de quilômetros dali, no interior do Estado de São Paulo, começava outra guerra. Uma guerra secreta, de japoneses contra japoneses. De um lado, estavam os imigrantes que aceitavam a realidade de que o Japão tinha perdido a guerra - os derrotistas, ou makegumi. De outro, estavam os vitoristas, ou kachigumi. Eles acreditavam numa teoria conspiratória, divulgada por meio de uma ampla rede de notícias falsas, que colocava o Japão com o vencedor da guerra. No centro desse movimento, estava uma organização nacionalista chamada Shindo Renmei - Liga do Caminho dos Súditos, em japonês. Mas uma parte dessa organização foi muito além da propagação de fake news. Ela criou células terroristas que promoveram uma série de atentados a bomba e assassinatos de imigrantes que aceitavam a derrota do Japão. Entre os anos de 1946 e 1947, foram 23 mortos e cerca de 150 feridos. Os atentados e assassinatos deram origem a um dos maiores processos judiciais da história do Brasil, com mais de 30 mil detidos. Apesar disso, nas décadas seguintes, pouco se falou sobre o assunto na colônia nipobrasileira, e a Shindo Renmei acabou esquecida. Até que um jornalista brasileiro resolveu fuçar os arquivos secretos do caso. Mergulhe mais fundo Corações Sujos (link para compra) O Súdito (link para compra) Entrevistados do episódio Fernando Morais Jornalista e escritor, autor de livros como Olga, Chatô, O Mago, Lula, entre outros. Jorge Okubaru Jornalista e escritor, autor do livro O Súdito. Diego Avelino de Moraes Carvalho Historiador, filósofo e psicanalista, autor da tese de doutorado O Martírio no Sol Poente. Ficha técnica Reportagem: Juliana Sayuri e Bruno Bartaquini. Apoio de produção: Matheus Marcolino. A mixagem de som: João Vitor Coura. A trilha sonora tema: Paulo Gama. O design das capas dos aplicativos e do site: Cláudia Furnari. Direção, roteiro e edição: Tomás Chiaverini.
Episódio publicado originalmente em 20 de outubro de 2021. Por que fazemos sexo? A pergunta pode parecer banal, mas a resposta é deliciosamente complexa. Fazemos sexo por prazer, claro, mas também por interesse, para aumentar nossa autoestima, por vingança, para agradar a parceira ou o parceiro para selar a paz depois de uma briga feia. Mas claro que não é só isso. Porque ainda que muita gente se esqueça, fazemos sexo para produzir novas pessoinhas que carregarão nossos genes adiante. E nesse processo, sem que a gente se dê conta, o sexo vai moldando não só a nossa espécie, como a maior parte dos seres que habita o planeta. Nesse mergulho, investigamos as origens do sexo, o que herdamos dos animais, e o que criamos por nossa conta. E vamos além para pensar no impacto que a abundância de estímulos, a exposição nas redes, a pornografia sempre ao alcance da mão e até os robôs sexuais terão sobre nós. ***** – Colabore com a Rádio Escafandro e receba recompensas. Clique aqui. ***** Mergulhe mais fundo Longe da Árvore – Andrew Solomon (link para compra) Episódios relacionados #55 – Paradigma Gengis Khan #41 – Não culpe o meteoro #17 – O amor nos tempos do Tinder – Entrevistados do episódio Krishna Mahon Cineasta, produtora e apresentadora do SexPrivé Club, da TV Band. Criadora do canal de Youtube Imprensa Mahon. Jaroslava Varella Valentova Antropóloga, professora doutora do Departamento de Psicologia Experimental da Universidade de São Paulo, especialista em etologia e sexualidade humana. Marco Antonio Corrêa Varella Pós-doutorando em Etologia Cognitiva a Psicologia Evolucionista na Universidade de São Paulo. Pós-doutorado em Genética Comportamental e Psicoetologia. Bacharel em Ciências Biológicas pela UNESP de São José do Rio Preto. Mestre e doutorado em Psicologia Experimental pela Universidade de São Paulo. – Ficha técnica do episódio: Concepção, produção, roteiro, apresentação, sonorização e edição: Tomás Chiaverini Trilha sonora tema: Paulo Gama Mixagem: Vitor Coroa Design das capas: Cláudia Furnari Trilha incidental: Blue Dots
No dia 9 de junho de 2019, o site The Intercept Brasil publicou as primeiras reportagens de um vasto material jornalístico que ficou conhecido como Vaza Jato. Os textos eram baseados principalmente em arquivos enviados por uma fonte anônima que tinha invadido o celular do ex-juiz e hoje senador da república, Sérgio Moro, e de outras autoridades. As reportagens da Vaza Jato escancararam uma série de irregularidades na conduta dos responsáveis pela operação Lava-Jato, fizeram a Justiça rever procedimentos, a imprensa questionar as próprias certezas e mudaram os rumos da história do Brasil. Neste episódio recontamos a história da Vaza Jato e refletimos sobre os reflexos dela na política, na Justiça e na imprensa. Mergulhe mais fundo. Vaza Jato: os Bastidores das Reportagens que Sacudiram o Brasil Primeiro capítulo Link para compra Entrevistado do episódio Leandro Demori É jornalista e escritor, titular do canal de Youtube homônimo. Foi editor do site da revista Piauí e editor-executivo do site The Intercept Brasil, de 2017 a 2022. É autor do livro Cosa Nostra no Brasil, a história do mafioso que derrubou um império, sobre o mafioso italiano Tommaso Buscetta.
Na segunda parte da investigação sobre os reflexos da política armamentista de Bolsonaro, mergulhamos ainda mais fundo no mundo dos CAC e dos clubes de tiro. Mergulhe mais fundo Arma de Fogo no Brasil: Gatilho da Violência (link para compra) Armas para Quem?: a busca por armas de fogo (link para compra) Episódios relacionados: 2: Por que amamos as armas de fogo? (Parte 1) 3: Por que amamos as armas de fogo? (Parte 2) 84: Bangue-bangue à brasileira (parte 1) Entrevistados do episódio Bruno Langeani Bacharel em direito (Mackenzie) e em relacionais internacionais (PUC), mestre em políticas públicas (Universidade de York). É gerente do Instituto Sou da Paz e autor do livro Armas de Fogo no Brasil: Gatilho da Violência. Leonardo Del Pupo Luz Psicólogo pós-graduado em avaliação psicológica especialista em avaliações psicológicas para posse e porte de arma de fogo. Roberto Uchoa de Oliveira Santos Bacharel em direito (UERJ), tem especialização em gestão de segurança pública e justiça criminal (UFF), e é mestre em sociologia política na (UENF). É autor do livro "Armas para Quem? A busca por armas de fogo". Foi policial civil no Rio de Janeiro e chefe do Sistema Nacional de Armas (Sinarm) da Polícia Federal no norte do estado do Rio de Janeiro. Atualmente trabalha como escrivão na Polícia Federal na cidade de Campos dos Goytacazes (RJ). Ivan Contente Marques Advogado especialista em políticas públicas voltadas para a redução da violência armada. Membro do Fórum Brasileiro de Segurança, conselheiro do Instituto Fogo Cruzado e diretor da The International Action Network on Small Arms (Iansa). Ficha técnica Trilha sonora tema: Paulo Gama, Mixagem: João Victor Coura Design das capas: Cláudia Furnari Concepção, produção, roteiro, edição e apresentação: Tomás Chiaverini Trilha incidental: Blue Dot Este episódio contou com apoio do Instituto Fogo Cruzado. Tanto na concepção quanto no financiamento.
O número de caçadores, atiradores desportivos e colecionadores (CACs) cresceu 474% durante o governo Bolsonaro. Nos últimos 4 anos, foram registradas, em média, 691 novas armas de fogo por dia. Isso equivale a quase um milhão de revólveres, pistolas, espingardas e até fuzis em circulação. Esse crescimento do setor de armas de fogo se deveu, sobretudo, a uma política declaradamente armamentista de Bolsonaro. Foram ao todo 40 decretos e portarias que afrouxaram as regras, sabotaram o controle, e, na prática, permitiram o porte de arma de fogo. É o que especialistas chamam de "porte abacaxi". Algo que vai de encontro à lei 10.826, mais conhecida como lei do Estatuto do Desarmamento. Neste episódio, analisamos as medidas armamentistas do governo Bolsonaro e mergulhamos no universo dos clubes de tiro e dos caçadores, atiradores desportivos e colecionadores. Mergulhe mais fundo Arma de Fogo no Brasil: Gatilho da Violência (link para compra) Armas para Quem?: a busca por armas de fogo (link para compra) Episódios relacionados: 2: Por que amamos as armas de fogo? (Parte 1) 3: Por que amamos as armas de fogo? (Parte 2) Entrevistados do episódio Roberto Uchoa de Oliveira Santos Bacharel em direito (UERJ), tem especialização em gestão de segurança pública e justiça criminal (UFF), e é mestre em sociologia política na (UENF). É autor do livro "Armas para Quem? A busca por armas de fogo". Foi policial civil no Rio de Janeiro e chefe do Sistema Nacional de Armas (Sinarm) da Polícia Federal no norte do estado do Rio de Janeiro. Atualmente trabalha como escrivão na Polícia Federal na cidade de Campos dos Goytacazes (RJ). Bruno Langeani Bacharel em direito (Mackenzie) e em relacionais internacionais (PUC), mestre em políticas públicas (Universidade de York). É gerente do Instituto Sou da Paz e autor do livro Armas de Fogo no Brasil: Gatilho da Violência. Ficha técnica Trilha sonora tema: Paulo Gama, Mixagem: João Victor Coura Design das capas: Cláudia Furnari Concepção, produção, roteiro, edição e apresentação: Tomás Chiaverini Trilha incidental: Blue Dot Este episódio contou com apoio do Instituto Fogo Cruzado. Tanto na concepção quanto no financiamento.
Atualmente existem mais de 200 mil embriões criopreservados no Brasil, a maioria deles em clínicas de fertilização artificial. Apesar disso, o país não tem uma lei específica sobre o tratamento que deve ser dado a esses embriões. Isso deixa uma série de questões importantes no limbo. O que acontece, por exemplo, quando um casal se separa? Ou quando apenas um quer seguir adiante com o processo de fertilização? E quando o pai ou a mãe morre? Mergulhe mais fundo - Post-mortem - A questão sucessória dos embriões criopreservados (link para compra) - Entendimento do consentimento livremente esclarecido na reprodução assistida Entrevistados do episódio Caio Parente Barbosa Mestre e Doutor em Ginecologia pela UNIFESP. Professor Titular da Disciplina de Saúde Sexual, Reprodutiva e Genética Populacional, Coordenador da Pós Graduação da Faculdade de Medicina do ABC. Diretor Geral e Idealizador do Instituto Ideia Fértil. Maria Carolina Nomura Santiago Mestre em Direito Civil pela PUC-SP). Possui graduação em Direito pela PUC-SP (2002). Diploma de Estudios Avanzados (DEA) en Derecho Internacional y Relaciones Internacionales pela Universidad Complutense de Madrid. Atualmente é advogada e professora. Autora do livro Post-mortem - A questão sucessória dos embriões criopreservados. Ficha técnica Trilha sonora tema: Paulo Gama, Mixagem: João Victor Coura Design das capas: Cláudia Furnari Concepção, produção, roteiro, edição e apresentação: Tomás Chiaverini Trilha incidental: Blue Dot
(Publicado originalmente em 12/05/2021) A inteligência das plantas vai muito além do que a gente pode imaginar e tem paralelos com inciativas humanas, como, por exemplo, a Wikipédia. Trepadeiras misteriosas imitam as folhas de arbustos vizinhos, flores controlam a mente de exércitos de formigas, árvores emitem alertas de ataques e plantinhas malandras guardam lembranças por várias semanas. Essa inteligência, em geral descentralizada, dispersa e horizontal é bem diferente da nossa inteligência humana. Centralizada, focada, vertical. Mas, em alguns casos, esses dois tipos de inteligência se encontram. Como, por exemplo, na Wikipédia, uma enciclopédia global, criada horizontalmente, de forma dispersa e descentralizada, por um enxame de editores espalhados pelo planeta. ***** – Colabore com a Rádio Escafandro e receba recompensas. Clique aqui. ***** Mergulhe mais fundo Democracias Verdes (Stefano Mancuso) A Planta Inteligente Link para compra do livro Revolução das Plantas – Entrevistados do episódio Francisco Venâncio Editor da Wikpédia em português. Marcos Silveira Buckeridge Professor Titular de Fisiologia Vegetal do Departamento de Botânica da Universidade de São Paulo. Membro fundador do Centro de Biologia de Sistemas e Biologia Sintética do INOVA-USP. Membro do Instituto de Estudos Avançados da USP, onde criou e coordena o programa USP-Cidades Globais. Presidente do Instituto de Biociências da USP. - Ficha técnica: Concepção, produção, roteiro, apresentação, sonorização e edição: Tomás Chiaverini Trilha sonora tema: Paulo Gama Mixagem: Vitor Coroa Trilha incidental: Blue Dots
Publicado originalmente em 11 de novembro de 2020. Do canto da baleia Jubarte aos estalos poderosos do camarão pistola, do sabiá que invadiu as madrugadas paulistanas a um retiro de dez dias sem falar. Assim fizemos um episódio sobre o silêncio. – Mergulhe mais fundo Estudo sobre as baleias da Austrália que mudaram a forma de cantar: https://www.nature.com/articles/35046199 – Entrevistados do episódio Guto Carvalho Publicitário, observador de pássaros fundador do Avistar Brasil. Martha Argel Bióloga, escritora e ornitóloga, doutora em ecologia pela Universidade Estadual de Campinas. Júlio Baumgarten Biólogo e mestre em Ecologia pela Universidade de Brasília, fez Doutorado na Universidade de Campinas. Atualmente é professor Titular do Departamento de Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC). É um dos Coordenadores do Projeto Baleias na Serra. Tamires Fernandes Bióloga formada pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro, especialista em paisagens acústicas. Patrícia Vieira Astróloga e psicanalista. – Ficha técnica: Produção, apresentação e edição: Tomás Chiaverini Trilha sonora: Paulo Gama Mixagem: Vitor Coroa
No começo do século passado, um homem chamado Thomas Midgley revolucionou a indústria automotiva. Na época, ele trabalhava para uma empresa de engenharia que prestava serviço para a General Motors. Midgley descobriu que, ao adicionar uma pequena quantidade de chumbo na gasolina, os motores ganhavam muito em potência e em eficiência, e quebravam menos. A descoberta permitiu carros maiores e mais confortáveis. Ajudou a criar os Estados Unidos das autoestradas e a moldar o fascínio do mundo inteiro pelos automóveis. Mas, ao mesmo tempo, envenenou o planeta com um metal pesado e nocivo à saúde humana. Anos mais tarde, ainda trabalhando para a GM, Midgley fez outra descoberta que revolucionaria a indústria. Ele foi o primeiro a usar o gás clorofluorcarbono na refrigeração. Os carros ganharam aparelhos de ar-condicionado, as casas ganharam geladeiras mais seguras e a humanidade ganhou latinhas de aerosol. Como consequência, o céu sobre a Antártica ganhou um buraco na camada de ozônio que tornou o câncer de pele e outras doenças mais comuns. A partir das invenções de Thomas Midgley, este episódio reflete sobre o impacto muitas vezes nocivo que nossas invenções causam no planeta. E sobre a postura da humanidade diante de questões atuais, como as mudanças climáticas provocadas pelo aquecimento global. Mergulhe mais fundo Breve história de quase tudo Prometheans in the Lab: Chemistry and the Making of the Modern World (em inglês) Cautionary Tales – The inventor who almost ended the world (podcast em inglês) Radiolab - Heavy Metal (podcast em inglês) Ozone Crisis: The 15-Year Evolution of a Sudden Global Emergency (em inglês) Joe Farman (1930–2013) Susan Solomon and Stephen Andersen on Saving the Ozone Layer (podcast em inglês) Episódios relacionados 08: Bem-vindo ao churrasco do apocalipse 29: E se a gente fosse índio? Entrevistados do episódio Alberto Setzer Graduado em engenharia mecânica pela Escola de Engenharia Mauá, com mestrado em engenharia ambiental - Technion Institute of Technology, doutorado em engenharia ambiental - Purdue University (1982) e pós-doutorado no Joint Research Center/EEC. Pesquisador do INPE, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Giovana Girardi Jornalista de ambiente e ciência. Repórter e apresentadora do podcast Tempo Quente. Ficha técnica Trilha sonora tema: Paulo Gama, Mixagem: João Victor Coura Design das capas: Cláudia Furnari Concepção, produção, roteiro, edição e apresentação: Tomás Chiaverini Trilha incidental: Blue Dot
Desde 2016, mais de mil pessoas foram mortas em chacinas ocorridas em operações policiais na região metropolitana do Rio de Janeiro. Foram, ao todo, 250 operações com 3 ou mais mortos, segundo dados do Instituto Fogo Cruzado. Isso equivale a uma chacina por semana, em média. Essa truculência policial, além de matar crianças, mães a pais de família, e de deixar partes da cidade totalmente sitiadas, tem se mostrado ineficiente. Em 2008, 8,7% da região metropolitana do Rio de Janeiro era dominada por algum grupo armado. Hoje em dia, esse número saltou para mais de 20%. Mas, de todos esses dados, existe um que é especialmente intrigante. A maioria das chacinas policiais, 72% delas, ocorreu em território ocupado pelo Comando Vermelho. Apenas 9% ocorreram em território de milícias. Ao mesmo tempo, enquanto o território total ocupado por algum grupo armado aumentou 131%, o território das milícias em especial aumentou 387%. Episódios relacionados #30 – Polícia para quem? #40 – Mil dias de Marielle presente Entrevistadas do episódio Cecília Oliveira Jornalista especialista em segurança pública e violência armada, foi colunista do El País e do The Intercept Brasil. É diretora executiva do Instituto Fogo Cruzado. Maria Isabel Couto Mestre e doutora em sociologia pela Universidade Estadual do Rio De Janeiro, especialista em sociologia urbana, principalmente estudos sobre desigualdades, favelas e segurança pública. É diretora de programas do Instituto Fogo Cruzado. Ficha técnica Trilha sonora tema: Paulo Gama Mixagem: Vitor Coroa Design das capas: Cláudia Furnari Concepção, roteiro, e edição: Tomás Chiaverini
O presidente Jair Bolsonaro cometeu uma série de crimes e contravenções nos quase quatro anos de mandato presidencial. Crimes que vão de quebra de protocolos sanitários a abuso de poder político e econômico nas eleições, passando por charlatanismo e prevaricação. Mas, nesses quase quatro anos, assim como nas últimas três décadas, Bolsonaro esteve protegido por um dispositivo jurídico chamado foro por prerrogativa de função - popularmente conhecido como foro privilegiado. Por isso, o presidente nunca chegou a responder pelos crimes cometidos. Isso deve mudar a partir do ano que vem, quando Bolsonaro deixará de ter foro privilegiado. Diante disso, este episódio escuta três especialistas em direito para saber como será o futuro jurídico do presidente. *** Ajude a manter a Rádio Escafandro no ar! *** Entrevistados do episódio Rodrigo Haidar Jornalista especializado no Poder Judiciário, é colunista da Rádio Band News FM e criador da editora Amanuense Livros, voltada para questões jurídicas. Trabalhou no site Consultor Jurídico, onde foi editor e chefe de redação, no Ig e na Carta Capital. Rafael Mafei Bacharel, mestre, doutor e livre-docente em direito, é Professor Associado da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Foi pesquisador bolsista no Instituto Max Planck para Direito Penal Estrangeiro e Internacional, no Center for Latin American Studies da American University, em Washington-DC, e no Centre for Socio-Legal Studies da Universidade de Oxford. Fábio de Sá e Silva É professor de Estudos Brasileiros na Universidade de Oklahoma, EUA, e pesquisador afiliado do Centro de Profissões Jurídicas da Harvard Law School. Tem formação em direito, ciências sociais e políticas públicas, com graduação (USP, 2002) e mestrado em direito (UnB, 2007), e PhD em Direito, Politica e Sociedade (Law, Policy & Society) pela Northeastern University (EUA). Ficha técnica Trilha sonora tema: Paulo Gama Mixagem: Vitor Coroa Design das capas: Cláudia Furnari Concepção, roteiro, e edição: Tomás Chiaverini
Se a esquerda é a ideologia que mais se preocupa com os pobres, por que existem pobres de direita? No decorrer da história, inspirados sobretudo pelas teorias marxistas, boa parte dos pensadores de esquerda têm atribuído este fenômeno à manipulação e à desinformação. As classes dominantes manipulam os meios de comunicação e a opinião pública e usam ferramentas diversas para fazer as classes oprimidas acreditarem em narrativas relacionadas à meritocracia, ao estado mínimo e à liberdade de mercado. Recentemente, contudo, uma área de estudos chamada neurociência política, ou biopolítica empírica tem apontado em outra direção. Esse campo de estudos une elementos de sociologia, psicologia e neurociência. E tem mostrado que, além dos componentes culturais e históricos na inclinação ideológica, existem também componentes biológicos e genéticos. Entrevistado do episódio Davi Carvalho Cientista social, divulgador científico e doutorando em Ciência Política na Unicamp, com estágio doutoral no Center for Brain, Biology and Behavior - CB3 da Universidade de Nebraska-Lincoln, EUA. Criador do perfil do canal do YouTube e perfil do Instagram Política na Cabeça. Episódios relacionados 71: Por que votam no mito? 76: Os últimos comunistas Mergulhe mais fundo Sobre o conservadorismo aumentar com a desigualdade: Inequality and the Dynamics of Public Opinion: The Self-Reinforcing Link Between Economic Inequality and Mass Preferences Estudo sobre inclinação ideológica usando polígrafo: Political A olitical Attitudes V ttitudes Vary with Physiological T y with Physiological Traits Estudo sobre inclinação ideológica usando monitoramento do movimento ocular: The political left rolls with the good and the political right confronts the bad: connecting physiology and cognition to preferences Estudo sobre preferências políticas entre gêmeos: Are Political Orientations Genetically Transmitted? Ficha técnica Trilha sonora tema: Paulo Gama, Mixagem: João Victor Coura Design das capas: Cláudia Furnari Concepção, roteiro, e edição: Tomás Chiaverini
Uma conversa rápida sobre pesquisas eleitorais, sobre os riscos da abstenção e sobre as chances improváveis de Bolsonaro se reeleger no dia 30 de outubro. Entrevistado do episódio Davi Carvalho Cientista social, divulgador científico e criador do canal do Youtube e do perfil do Instagram Política na Cabeça. É doutorando em Ciência Política na Unicamp, com estágio doutoral no Center for Brain, Biology and Behavior - CB3 da Universidade de Nebraska-Lincoln, EUA. Ficha técnica: Trilha sonora tema: Paulo Gama Mixagem: João Victor Coura Design das capas: Cláudia Furnari Concepção, apresentação, roteiro, e edição: Tomás Chiaverini
Quando narram essas experiências, as pessoas costumam falar de um roteiro que se repete. Elas sentem que são sugadas por um túnel de luz, vêm o próprio corpo morto e as tentativas de reanimação. Encontram parentes já falecidos, são guiadas por um ser luminoso , relembram a própria vida num filme detalhado. Sentem que há uma barreira que as separa de outro mundo, e, por fim, que precisam voltar à vida. Quase todas narram um profundo sentimento de paz, amor e dizem ter experimentando um estando ampliado de consciência. A maioria das pessoas que passa por uma experiência de quase morte diz ter mudado profundamente. Mas o mais impressionante das experiências de quase morte é que muitas vezes, as pessoas que passam por elas narram fatos que podem ser confirmados por médicos, parentes, ou outras pessoas próximas. É comum, por exemplo, pacientes descreverem detalhes cirúrgicos ou procedimentos médicos que aconteceram quando elas estavam clinicamente mortas. E isso tem levado alguns cientistas a questionarem o funcionamento do cérebro e a natureza da consciência. Afinal, se a consciência é produzida pelo cérebro, como ela pode seguir existindo em um cérebro que não está funcionando? Entrevistado do episódio Edson Amâncio É médico e neurocirurgião. Fez mestrado e doutorado na Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Foi professor adjunto de Neurocirurgia na Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), em Uberaba (MG), e do Centro Universitário Lusíadas (Unilus), em Santos (SP). É autor do livro Experiências de Quase Morte (EQMs) - Ciência, mente e cérebro (Summus Editorial, 2021). Episódios relacionados 49 – Conspirações psicodélicas em busca de cérebros livres 37 – O sonho do Sidarta Ficha técnica Trilha sonora tema: Paulo Gama, Mixagem: João Victor Coura Design das capas: Cláudia Furnari Concepção, produção, roteiro, edição e apresentação: Tomás Chiaverini Trilha incidental: Blue Dot
Criada pelo ex-padre alemão Bert Hellinger, a constelação familiar une hipóteses pseudocientíficas, como a existência dos campos mórficos ou campos morfogenéticos, a supostas tradições ancestrais dos povos Zulu. A prática nasceu como uma piscoterapia esotérica voltada a resolver sobretudo questões intrafamiliares. No Brasil, contudo, a constelação familiar foi além. Em 2006, o juiz de direito Sami Storch começou a aplicar a prática de maneira informal em um fórum no interior da Bahia. Em pouco tempo, ele criou uma nova marca. O direito sistêmico. Que ganhou apoio de comissões da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Mas, ao mesmo tempo em que se popularizam, a constelação familiar e o direito sistêmico são alvo crescente de críticas. Para além da falta de comprovação científica, especialistas apontam para o conservadorismo inerente à prática, que leva a posicionamentos machistas; a revitimização de mulheres e a relativização de crimes como violência doméstica e estupro de vulnerável. Mergulhe mais fundo Hundredth monkey effect (Wikipedia em inglês) Rupert Sheldrake (Wikipedia em inglês) Constelação familiar no judiciário (podcast Ciência Suja) Constelação familiar: fraude e pseudociência (no canal Física e Afins, de Bibi Bailas. Casal pede à Justiça para terminar união estável, mas acaba se casando: ‘ninguém esperava' (G1) Entrevistados do episódio Bibi Bailas Fisica, pesquisadora, divulgadora científica, titular do canal Física e Afins. Letícia Junqueira Especialista em constelação familiar com cavalos. Mateus França Bacharel em Direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Mestre e doutorando em Direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Membro do Grupo de Pesquisa Direito e Sociedade (GPDS), vinculado ao Laboratório de Pesquisa Empírica em Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (LaPED-UFRGS) Sami Storch Juiz titular da 2ª Vara da Família de Itabuna (BA), criador do direito sistêmico. Ficha técnica Trilha sonora tema: Paulo Gama, Mixagem: João Victor Coura Design das capas: Cláudia Furnari Concepção, roteiro, e edição: Tomás Chiaverinii
Acompanhamos um dia de campanha dos principais candidatos do Partido Comunista Brasileiro (PCB). Como o partido não teve acesso ao fundo eleitoral, a presidenciável, Sofia Manzano; e o candidato ao governo paulista, Gabriel Colombo, têm de se desdobrar para colocar a campanha na rua. Isso inclui viagens de metrô, hospedagem na casa de militantes, panfleto em preto e branco e almoços pagos do próprio bolso. Entrevistados do episódio Sofia Manzano Economista, professora da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia e candidata à presidência pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB). Gabriel Colombo Agrônomo e pesquisador, candidato ao governo do estado de São Paulo pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB). Aline Marcondes Miglioli Economista, professora, candidata a vice-governadora de São Paulo pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB). Ficha técnica Locução adicional: Priscila Pastre Trilha sonora tema: Paulo Gama, Mixagem: João Victor Coura Design das capas: Cláudia Furnari Concepção, roteiro, e edição: Tomás Chiaverini
Uma caminhada pela pela São Paulo que ninguém vê. Durante a pandemia, a população em situação de rua de aumentou 31% em São Paulo. São pessoas que vivem nas calçadas, em barracas armadas em praças, embaixo de viadutos e em albergues. Neste episódio, você vai conhecer um pouco da vida dessas pessoas que a maioria dos paulistanos faz de tudo para não ver, numa caminhada ao lado de um especialista em encontrar pessoas desaparecidas. Entrevistado do episódio Darko Hunter Responsável pela Divisão de Localização Familiar e Desaparecidos da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania, da Prefeitura de São Paulo. Mergulhe mais fundo Censo da população em situação de rua (2021) Cama de Cimento - Uma reportagem sobre o povo das ruas (Tomás Chiaverini) Episódios relacionados 74: De volta para São Paulo 50: Gente invisível não estraga parede Ficha técnica Trilha sonora: Marianna Romano, Paulo Gama, e Blue Dot. Mixagem: João Victor Coura Design das capas: Cláudia Furnari Concepção, roteiro, e edição: Tomás Chiaverini
Depois de mais de dois anos de pandemia, as pessoas estão voltando à vida normal e retomando as cidades. Para celebrar este momento, fizemos um episódio em homenagem a São Paulo. Três convidados escolheram o itinerário para três caminhadas em três momentos diferentes do dia. Entrevistados do episódio Chico Felitti Jornalista e escritor é autor dos livros Ricardo e Vânia, A Casa, e Elke: Mulher Maravilha (Todavia). Está a frente dos podcasts A Mulher da Casa Abandonada, produzido para a Folha de S.Paulo, e Além do Meme, produzido para o Spotify. Heloisa Lupinacci Heloisa Lupinacci é jornalista especializada em cerveja. Foi editora do site Panelinha e assinou a coluna Só de Birra, no Paladar Estadão, sobre cervejas. Foi editora assistente do Paladar-Estadão, do Link-Estadão e do caderno de Turismo da Folha. É formada em moda, mãe do Lalo e do Tomé. Marianna Romano É produtora de podcasts e compositora. Dirigiu o podcast Pistoleiros, da Globoplay; compôs as trilhas do Reply All, da Gimlet Media. Colaborou com diversos podcasts da Rádio Novelo. É artista plástica e compôs o álbum Romance Modelo. Mergulhe mais fundo A Mulher da casa abandonada (Chico Felitti) "Fofão da Augusta? Quem me chama assim não me conhece" Episódios relacionados 22: Suco de São Paulo Ficha técnica Trilha sonora: Marianna Romano, Paulo Gama, e Blue Dot. Mixagem: João Victor Coura Design das capas: Cláudia Furnari Concepção, roteiro, e edição: Tomás Chiaverini
Os cadernos e guias gastronômicos estão entre as principais vítimas da crise no jornalismo. Com a migração da publicidade para as redes sociais, as redações encolheram e o dinheiro foi canalizado para áreas de maior interesse, como política, cidades e economia. Os jornalistas que escreviam sobre comida tiveram de se adaptar, mudando o jeito de fazer crítica, criando novas abordagens ou brigando de igual pra igual com influenciadores digitais. Os restaurantes também se adaptaram, investindo em pratos "instagramáveis", na relação direta com os clientes e em estratégias para atrair gente famosa que compartilhe pratos nas redes. Neste episódio, mergulhamos nas dores e delícias do ofício de crítico gastronômico, falamos sobre o que motivou o declínio da profissão, e destrinchamos o curioso caso do Paris 6 - um restaurante que é sucesso de público, mesmo tendo sido eleito o pior restaurante de São Paulo. Entrevistados do episódio Mauro Marcelo Alves Jornalista, foi correspondente do Jornal da Tarde-SP em Paris, crítico de restaurantes de Veja, editor de Playboy, diretor-adjunto do Guia 4 Rodas, e, diretor da revista Gula. É autor de “Vinhos, A Arte da França”, “Vinho do Porto, Muito Prazer!” e “O Espírito da Cachaça”. Isaac Azar Empresário, criador do restaurante Paris 6. Marcos Nogueira Jornalista especializado em gastronomia, assina a coluna Cozinha Bruta, na Folha de S.Paulo. Apresenta também o programa de TV homônimo, no canal Sabor & Arte. Já trabalhou no caderno Cotidiano e nos jornais Notícias Populares e Agora São Paulo. Mergulhe mais fundo Pesquisa: Melhores e Piores (Veja SP) Azaït oferece bom mostruário da cozinha do Mediterrâneo (Folha de S.Paulo) Transformei meu barracão no restaurante mais bem avaliado do TripAdvisor em Londres Ficha técnica Pauta, produção e reportagem: Priscila Pastre e Tomás Chiaverini. Trilha sonora tema: Paulo Gama Mixagem: João Victor Coura Design das capas: Cláudia Furnari Trilha incidental: Blue Dot Concepção, roteiro, e edição: Tomás Chiaverini
Camming é a prática de usar uma câmera ligada à internet para interações que quase sempre têm um cunho sexual, mas que muitas vezes envolvem afetos que vão além disso. Na forma mais comum, mulheres se exibem para homens espectadores. Mas, como quase tudo que envolve sexo e internet, a prática tem poucos limites e há relatos dos mais diversos. Do homem que quer que assistam ele dar banho em patinhos de borracha, ao soldado do front na Ucrânia que só precisa de alguém para conversar. Além disso, em algumas plataformas, mulheres têm usado o camming como uma forma de ganhar dinheiro vendendo sexo virtual ou shows eróticos. Entrevistados do episódio Thany Sanches Pintora e artista visual, mestre e doutoranda em comunicação e semiótica pela PUC de São Paulo. Mergulhe mais fundo A reinvenção dos corpos femininos nas plataformas de camming: uma aproximação indisciplinar entre pornografia, arte e outras impossibilidades Episódios relacionados Amor de pixel Ficha técnica Pauta, produção e reportagem: Gabriela Mayer Trilha sonora tema: Paulo Gama Mixagem: João Victor Coura Design das capas: Cláudia Furnari Trilha incidental: Blue Dot Concepção, roteiro, e edição: Tomás Chiaverini
Depois de três anos e meio do pior governo desde a redemocratização, cerca de 30% dos brasileiros ainda pretendem votar em Jair Bolsonaro. Neste episódio, usamos ferramentas da psicologia social e da neurociência para tentar explicar o que move os bolsonaristas irredutíveis.Entrevistado do episódioDavi CarvalhoCientista social, divulgador científico e doutorando em Ciência Política na Unicamp, com estágio doutoral no Center for Brain, Biology and Behavior - CB3 da Universidade de Nebraska-Lincoln, EUA. Episódios relacionados31: Profundezas da rede – Capítulo 1: O Tabuleiro32: Profundezas da rede – Capítulo 2: As Peças33: Profundezas da rede – Capítulo 3: O Jogo69: Grana acima de tudo70: Os generais e o cerco a Brasília Ficha técnicaTrilha sonora tema: Paulo GamaMixagem: João Victor CouraDesign das capas: Cláudia FurnariTrilha incidental: Blue DotsConcepção, apresentação, roteiro, e edição: Tomás Chiaverini
Quando se fala na relação de Jair Bolsonaro com os militares, existe uma espécie de consenso. Bolsonaro sempre foi uma ovelha desgarrada. Um oficial que tinha sido expelido do exército depois de criar uma campanha desastrada por melhores salários, com direito a planos para um atentado a bomba. Depois disso, Bolsonaro teria se feito na política sozinho. Teria se acomodado no baixo clero, até que uma tempestade perfeita se armou. Em 2013, as ruas foram tomadas por um mar heterogêneo de gente insatisfeita. Depois, a operação Lava-Jato destruiu o resto de credibilidade da classe política. Uma presidente inábil fez de tudo para se reeleger. A oposição questionou o resultado das urnas. Parlamentares oportunistas derrubaram o governo. Assumiu outro político fraco, envolvido em escândalos. O país mergulhou no caos. O candidato à presidência favorito da população foi preso. O candidato azarão foi esfaqueado em plena luz do dia, e ganhou uma projeção impensável. E os militares? Olharam aquele cavalo selado passando diante deles e resolveram montar. Essa é a tese dominante. E parece razoável. O mundo é cada vez mais caótico, complexo, imprevisível. E a política segue por esse mesmo caminho. Mas tem gente que vê as coisas de uma forma diferente. Que vê a complexidade do mundo, o caos, a imprevisibilidade, mas que também vê um padrão, um ordenamento. E dentro desse ordenamento Jair Bolsonaro se parece menos com um azarão e mais com uma arma de guerra. – Ajude a financiar a Rádio Escafandro e receba recompensas Clique aqui. Episódios relacionados: 69: Grana acima de tudo 49: Conspirações psicodélicas em busca de cérebros livres 46: Bolsonaro sorri na terra da maldade Entrevistados do episódio Piero Leirner Possui graduação em ciências sociais pela Universidade de São Paulo, mestrado em ciência social pela Universidade de São Paulo e doutorado em antropologia social pela Universidade de São Paulo. É professor titular da Universidade Federal de São Carlos. Tem experiência na área de Antropologia, com ênfase em antropologia da guerra e em sistemas hierárquicos, atuando principalmente nos seguintes temas: hierarquia, individualismo, estado, guerra e militares. Desde 2013 também realiza pesquisa no alto rio Negro, sobre hierarquia em sistemas tukano. É autor do livro "O Brasil no Espectro de uma Guerra Híbrida: Militares, Operações Psicológicas e Política em uma Perspectiva Etnográfica" (Alameda Casa Editorial, 2020). Marcelo Pimentel Jorge de Souza Coronel de Artilharia da reserva do Exército Brasileiro, mestre em ciências militares pela Eceme (Escola de Comando e Estado-Maior do Exército), coautor do livro "Os militares e a crise brasileira" (Alameda Editorial, 2019). Ficha técnica Trilha sonora tema: Paulo Gama Mixagem: João Victor Coura Design das capas: Cláudia Furnari Trilha incidental: Blue Dots Concepção, apresentação, roteiro, e edição: Tomás Chiaverini
Quando se fala na relação de Jair Bolsonaro com os militares, existe uma espécie de consenso. Bolsonaro sempre foi uma ovelha desgarrada. Um oficial que tinha sido expelido do exército depois de criar uma campanha desastrada por melhores salários, com direito a planos para um atentado a bomba. Depois disso, Bolsonaro teria se feito na política sozinho. Teria se acomodado no baixo clero, até que uma tempestade perfeita se armou. Em 2013, as ruas foram tomadas por um mar heterogêneo de gente insatisfeita. Depois, a operação Lava-Jato destruiu o resto de credibilidade da classe política. Uma presidente inábil fez de tudo para se reeleger. A oposição questionou o resultado das urnas. Parlamentares oportunistas derrubaram o governo. Assumiu outro político fraco, envolvido em escândalos. O país mergulhou no caos. O candidato à presidência favorito da população foi preso. O candidato azarão foi esfaqueado em plena luz do dia, e ganhou uma projeção impensável.E os militares? Olharam aquele cavalo selado passando diante deles e resolveram montar. Essa é a tese dominante. E parece razoável. O mundo é cada vez mais caótico, complexo, imprevisível. E a política segue por esse mesmo caminho. Mas tem gente que vê as coisas de uma forma diferente. Que vê a complexidade do mundo, o caos, a imprevisibilidade, mas que também vê um padrão, um ordenamento. E dentro desse ordenamento Jair Bolsonaro se parece menos com um azarão e mais com uma arma de guerra.– Ajude a financiar a Rádio Escafandro e receba recompensasClique aqui.Episódios relacionados:69: Grana acima de tudo49: Conspirações psicodélicas em busca de cérebros livres46: Bolsonaro sorri na terra da maldadeEntrevistados do episódioPiero LeirnerPossui graduação em ciências sociais pela Universidade de São Paulo, mestrado em ciência social pela Universidade de São Paulo e doutorado em antropologia social pela Universidade de São Paulo. É professor titular da Universidade Federal de São Carlos. Tem experiência na área de Antropologia, com ênfase em antropologia da guerra e em sistemas hierárquicos, atuando principalmente nos seguintes temas: hierarquia, individualismo, estado, guerra e militares. Desde 2013 também realiza pesquisa no alto rio Negro, sobre hierarquia em sistemas tukano. É autor do livro "O Brasil no Espectro de uma Guerra Híbrida: Militares, Operações Psicológicas e Política em uma Perspectiva Etnográfica" (Alameda Casa Editorial, 2020).Marcelo Pimentel Jorge de SouzaCoronel de Artilharia da reserva do Exército Brasileiro, mestre em ciências militares pela Eceme (Escola de Comando e Estado-Maior do Exército), coautor do livro "Os militares e a crise brasileira" (Alameda Editorial, 2019).Ficha técnicaTrilha sonora tema: Paulo GamaMixagem: João Victor CouraDesign das capas: Cláudia FurnariTrilha incidental: Blue DotsConcepção, apresentação, roteiro, e edição: Tomás Chiaverini
Dinheiro e política são parte de um mesmo jogo. Afinal, a gente às vezes esquece, mas a função principal dos políticos, principalmente do executivo, é definir como o dinheiro dos nossos impostos vai ser gasto. No Brasil, entretanto, dinheiro e política sempre estiveram misturadas num caldo menos democrático do que o ideal. Nas últimas décadas, essa relação passou a ditar os rumos do legislativo e do executivo. Uma relação que, em geral, ocorre nos subterrâneos do poder, mas vez ou outra aflora na superfície, em grandes crises ou escândalos de corrupção. O caso PC Farias, os Anões do Orçamento, a compra de votos para a reeleição de Fernando Henrique Cardoso, o Mensalão, o Impeachment de Dilma Rousseff, os testes macabros em pacientes com Covid conduzidos pela Prevent Sênior. Todos esses eventos estão ligados a uma mesma relação perversa entre os donos do dinheiro e os responsáveis pela política nacional. Neste episódio, mergulhamos nessa relação para mostrar como dinheiro e política se uniram ao longo das décadas. Refazemos o fluxo do dinheiro, do financiamento eleitoral às contas em paraísos fiscais, e falamos sobre as possíveis soluções para diminuir essa correlação. – Ajude a financiar a Rádio Escafandro e receba recompensas Clique aqui. Episódios relacionados: 00: Quem votou no deputado da tatuagem falsa? 45: Caçada ao Cabeça Branca Entrevistado do episódio Bruno Carazza Autor do livro "Dinheiro, Eleições e Poder: as engrenagens do sistema político brasileiro" (Companhia das Letras, 2018) e colunista do jornal Valor Econômico. Doutor em direito pela UFMG (2016), mestre em teoria econômica pela UnB (2003) e bacharel em ciências econômicas e em direito pela UFMG. Professor associado da Fundação Dom Cabral. Durante 20 anos, atuou em diversas órgãos da área econômica do governo federal. Allan de Abreu Jornalista e escritor, repórter da revista Piauí, autor de livros como "Cocaína: a rota caipira" (Record, 2017) e "Cabeça Branca" (Record, 2021). Foi um dos jornalista escolhidos pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ) para participar da apuração do Pandora Papers, que revelou donos de empresas em paraísos fiscais. Ficha técnica Trilha sonora tema: Paulo Gama Mixagem: João Victor Coura Design das capas: Cláudia Furnari Trilha incidental: Blue Dots Concepção, apresentação, roteiro, e edição: Tomás Chiaverini
Dinheiro e política são parte de um mesmo jogo. Afinal, a gente às vezes esquece, mas a função principal dos políticos, principalmente do executivo, é definir como o dinheiro dos nossos impostos vai ser gasto. No Brasil, entretanto, dinheiro e política sempre estiveram misturadas num caldo menos democrático do que o ideal.Nas últimas décadas, essa relação passou a ditar os rumos do legislativo e do executivo. Uma relação que, em geral, ocorre nos subterrâneos do poder, mas vez ou outra aflora na superfície em grandes crises ou escândalos de corrupção.O caso PC Farias, os Anões do Orçamento, a compra de votos para a reeleição de Fernando Henrique Cardoso, o Mensalão, o Impeachment de Dilma Rousseff, os testes macabros em pacientes com Covid conduzidos pela Prevent Sênior. Todos esses eventos estão ligados a uma mesma relação perversa entre os donos do dinheiro e os responsáveis pela política nacional.Neste episódio, mergulhamos nessa relação para mostrar como dinheiro e política se uniram ao longo das décadas. Refazemos o fluxo do dinheiro, do financiamento eleitoral às contas em paraísos fiscais, e falamos sobre as possíveis soluções para diminuir essa correlação.– Ajude a financiar a Rádio Escafandro e receba recompensasClique aqui.Episódios relacionados:00: Quem votou no deputado da tatuagem falsa?45: Caçada ao Cabeça BrancaEntrevistado do episódioBruno CarazzaAutor do livro "Dinheiro, Eleições e Poder: as engrenagens do sistema político brasileiro" (Companhia das Letras, 2018) e colunista do jornal Valor Econômico. Doutor em direito pela UFMG (2016), mestre em teoria econômica pela UnB (2003) e bacharel em ciências econômicas (1998) e em direito (2010) pela UFMG. Professor associado da Fundação Dom Cabral. Durante 20 anos, atuou em diversas órgãos da área econômica do governo federal.Allan de AbreuJornalista e escritor, repórter da revista Piauí, autor de livros como "Cocaína: a rota caipira" (Record, 2017) e "Cabeça Branca" (Record, 2021). Foi um dos jornalista escolhidos pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ) para participar da apuração do Pandora Papers, que revelou donos de empresas em paraísos fiscais. Trilha sonora tema: Paulo GamaMixagem: João Victor CouraDesign das capas: Cláudia FurnariTrilha incidental: Blue DotsConcepção, apresentação, roteiro, e edição: Tomás Chiaverini
Em agosto deste ano, a lei 12.711, mais conhecida como lei de cotas, vai completar uma década de existência. A lei causou uma revolução no ensino superior, ao estipular que 50% das vagas em universidades públicas federais fossem destinadas a cotistas. Negros, indígenas, pessoas com deficiência e estudantes de baixa renda estão entre as populações contempladas. A medida se mostrou eficaz em diminuir a desigualdade no acesso ao ensino superior - hoje aproximadamente metade dos universitários brasileiros são negros. O temor dos críticos à lei, de que ela facilitaria o acesso à universidade e de que isso diminuiria a qualidade dos cursos, não se concretizou. Apesar do sucesso, hoje a sociedade vive um dilema diante da lei de cotas. Porque no texto original há um artigo que prevê a revisão da lei após uma década de vigência - ou seja, neste ano. Ao mesmo tempo, os dados necessários para essa revisão não existem. Não foram produzidos e reunidos pelo Ministério da Educação. E o clima polarizado em ano eleitoral dificulta o debate sobre o assunto. Neste episódio, mergulhamos na lei de cotas. Quais são as suas origens, quais foram os efeitos práticos e simbólicos, quais as chances de a revisão ocorrer este ano, o que acontece se ela não ocorrer e por que, uma década depois, ainda há a necessidade de brigar para que as cotas sejam efetivamente usadas por quem tem direito a elas? A história de uma aluna negra que teve de desmascarar alunos fraudadores para garantir a própria vaga em um curso de medicina da Universidade Federal da Bahia - UFBA ajuda a responder estas questões. – Ajude a financiar a Rádio Escafandro e receba recompensas Clique aqui. Entrevistado do episódio Lindinês de Jesus Sousa Estudante de medicina da Universidade Federal da Bahia - UFBA. José Vicente Advogado, mestre em direito, doutor em educação, fundador e reitor da Universidade Zumbi dos Palmares. Roberta Viegas Advogada, consultora legislativa do Senado Federal, especialista em direitos-humanos. Juliana Marta Santos De Oliveira Pedagoga, assistente social, coordenadora dos Programas de Assistência ao Estudante da Universidade Federal da Bahia - UFBA. Ficha técnica Pauta, produção e reportagem: Gabriela Mayer Trilha sonora tema: Paulo Gama Mixagem: João Victor Coura Design das capas: Cláudia Furnari Trilha incidental: Blue Dots Concepção, roteiro, e edição: Tomás Chiaverini
Em agosto deste ano, a lei 12.711, mais conhecida como lei de cotas, vai completar uma década de existência. A lei causou uma revolução no ensino superior, ao estipular que 50% das vagas em universidades públicas federais fossem destinadas a cotistas. Negros, indígenas, pessoas com deficiência e estudantes de baixa renda estão entre as populações contempladas.A medida se mostrou eficaz em diminuir a desigualdade no acesso ao ensino superior - hoje aproximadamente metade dos universitários brasileiros são negros. O temor dos críticos à lei, de que ela facilitaria o acesso à universidade e de que isso diminuiria a qualidade dos cursos, não se concretizou.Apesar do sucesso, hoje a sociedade vive um dilema diante da lei de cotas. Porque no texto original há um artigo que prevê a revisão da lei após uma década de vigência - ou seja, neste ano. Ao mesmo tempo, os dados necessários para essa revisão não existem. Não foram produzidos e reunidos pelo Ministério da Educação. E o clima polarizado em ano eleitoral dificulta o debate sobre o assunto.Neste episódio, mergulhamos na lei de cotas. Quais são as suas origens, quais foram os efeitos práticos e simbólicos, quais as chances de a revisão ocorrer este ano, o que acontece se ela não ocorrer e por que, uma década depois, ainda há a necessidade de brigar para que as cotas sejam efetivamente usadas por quem tem direito a elas? A história de uma aluna negra que teve de desmascarar alunos fraudadores para garantir a própria vaga em um curso de medicina da Universidade Federal da Bahia - UFBA ajuda a responder estas questões.– Ajude a financiar a Rádio Escafandro e receba recompensasClique aqui.Entrevistado do episódioLindinês de Jesus SousaEstudante de medicina da Universidade Federal da Bahia - UFBA.José VicenteAdvogado, mestre em direito, doutor em educação, fundador e reitor da Universidade Zumbi dos Palmares.Roberta ViegasAdvogada, consultora legislativa do Senado Federal, especialista em direitos-humanos.Juliana Marta Santos De Oliveira Pedagoga, assistente social, coordenadora dos Programas de Assistência ao Estudante da Universidade Federal da Bahia - UFBA. Ficha técnicaPauta, produção e reportagem: Gabriela MayerTrilha sonora tema: Paulo GamaMixagem: João Victor CouraDesign das capas: Cláudia FurnariTrilha incidental: Blue DotsConcepção, roteiro, e edição: Tomás Chiaverini