POPULARITY
On y visite le Sacré-Coeur ou le Moulin Rouge... Montmartre, à Paris, est victime de son succès. Entre cars de touristes et appétit des investisseurs, que reste-t-il de l'esprit de village dans ce quartier du 18 ième arrondissement ? Un reportage de Laura Taouchanove. Photo : Mehdi Fedouach - AFP Merci pour votre écoute Transversales, c'est également en direct tous les samedis de 12h à 13h00 sur www.rtbf.be/lapremiere Retrouvez tous les épisodes de Transversales sur notre plateforme Auvio.be : https://auvio.rtbf.be/emission/492 Retrouvez tous les contenus de la RTBF sur notre plateforme Auvio.beRetrouvez également notre offre info ci-dessous :Le Monde en Direct : https://audmns.com/TkxEWMELes Clés : https://audmns.com/DvbCVrHLe Tournant : https://audmns.com/moqIRoC5 Minutes pour Comprendre : https://audmns.com/dHiHssrLes couleurs de l'info : https://audmns.com/MYzowgwMatin Première : https://audmns.com/aldzXlmEt ses séquences-phares : L'Invité Politique : https://audmns.com/LNCogwP L'édito politique « Les Coulisses du Pouvoir » : https://audmns.com/vXWPcqx L'humour de Matin Première : https://audmns.com/tbdbwoQN'oubliez pas de vous y abonner pour ne rien manquer.Et si vous avez apprécié ce podcast, n'hésitez pas à nous donner des étoiles ou des commentaires, cela nous aide à le faire connaître plus largement.Distribué par Audiomeans. Visitez audiomeans.fr/politique-de-confidentialite pour plus d'informations.
A atriz e apresentadora fala sobre família, religião, casamento e conta pra qual de seus tantos amigos ligaria de uma ilha deserta Regina Casé bem que tentou não comemorar seu aniversário de 71 anos, celebrado no dia 25 de fevereiro. Mas o que seria um açaí com pôr do sol na varanda do Hotel Arpoador se transformou em um samba que só terminou às 11 horas da noite em respeito à lei do silêncio. "Eu não ia fazer nada, nada, nada mesmo. Mas é meio impossível, porque todo mundo fala: vou passar aí, vou te dar um beijo", contou em um papo com Paulo Lima. A atriz e apresentadora tem esse talento extraordinário pra reunir as pessoas mais interessantes à sua volta. E isso vale para seu círculo de amigos, que inclui personalidades ilustres como Caetano Veloso e Fernanda Torres, e também para os projetos que inventa na televisão, no teatro e no cinema. Inventar tanta coisa nova é uma vocação que ela herdou do pai e do avô, pioneiros no rádio e na televisão, mas também uma necessidade. “Nunca consegui pensar individualmente, e isso até hoje me atrapalha. Mas, ao mesmo tempo, eu tive que ser tão autoral. Eu não ia ser a mocinha na novela, então inventei um mundo para mim. Quase tudo que fiz fui eu que tive a ideia, juntei um grupo, a gente escreveu junto”, afirma. No teatro, ao lado de artistas como o diretor Hamilton Vaz Pereira e os atores Luiz Fernando Guimarães e Patrícia Travassos, ela inventou o grupo Asdrúbal Trouxe o Trombone, que revolucionou a cena carioca nos anos 1970. Na televisão, fez programas como TV Pirata, Programa Legal e Brasil Legal. "Aquilo tudo não existia, mas eu tive que primeiro inventar para poder me jogar ali”, conta. LEIA TAMBÉM: Em 1999, Regina Casé estampou as Páginas Negras da Trip De volta aos cinemas brasileiros no fim de março com Dona Lurdes: O Filme, produção inspirada em sua personagem na novela Amor de Mãe (2019), Regina bateu um papo com Paulo Lima no Trip FM. Na conversa, ela fala do orgulho de ter vindo de uma família que, com poucos recursos e sem faculdade, foi pioneira em profissões que ainda nem tinham nome, do título de “brega” que recebeu quando sua originalidade ainda não era compreendida pelas colunas sociais, de sua relação com a religião, da dificuldade de ficar sozinha – afinal, “a sua maior qualidade é sempre o seu maior defeito” –, do casamento de 28 anos com o cineasta Estêvão Ciavatta, das intempéries e milagres que experimentou e de tudo o que leva consigo. “Eu acho que você tem que ir pegando da vida, que nem a Dona Darlene do Eu Tu Eles, que ficou com os três maridos”, afirma. “A vida vai passando e você vai guardando as coisas que foram boas e tentando se livrar das ruins”. Uma das figuras mais admiradas e admiráveis do país, ela ainda revela para quem ligaria de uma ilha deserta e mostra o presente de aniversário que ganhou da amiga Fernanda Montenegro. Você pode conferir esse papo a seguir ou ouvir no Spotify do Trip FM. [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d446165a3ce/header-regina-interna.jpg; CREDITS=João Pedro Januário; LEGEND=; ALT_TEXT=] Trip. Além de atriz, você é apresentadora, humorista, escritora, pensadora, criadora, diretora… Acho que tem a ver com uma certa modernidade que você carrega, essa coisa de transitar por 57 planetas diferentes. Como é que você se apresentaria se tivesse que preencher aquelas fichas antigas de hotel? Regina Casé. Até hoje ponho atriz em qualquer coisa que tenho que preencher, porque acho a palavra bonita. E é como eu, vamos dizer, vim ao mundo. As outras coisas todas vieram depois. Mesmo quando eu estava há muito tempo sem atuar, eu era primeiramente uma atriz. E até hoje me sinto uma atriz que apresenta programas, uma atriz que dirige, uma atriz que escreve, mas uma atriz. Você falou numa entrevista que, se for ver, você continua fazendo o mesmo trabalho. De alguma maneira, o programa Brasil Legal, a Val de "Que Horas Ela Volta", o grupo de teatro "Asdrúbal Trouxe o Trombone" ou agora esse programa humorístico tem a mesma essência, um eixo que une tudo isso. Encontrei entrevistas e vídeos maravilhosos seus, um lá no Asdrúbal, todo mundo com cara de quem acabou de sair da praia, falando umas coisas muito descontraídas e até mais, digamos assim, sóbrias. E tem um Roda Viva seu incrível, de 1998. Eu morro de pena, porque também o teatro que a gente fazia, a linguagem que a gente usava no Asdrúbal, era tão nova que não conseguiu ser decodificada naquela época. Porque deveria estar sendo propagada pela internet, só que não havia internet. A gente não tem registros, não filmava, só fotografava. Comprava filme, máquina, pagava pro irmão do amigo fazer aquilo no quarto de serviço da casa dele, pequenininho, com uma luz vermelha. Só que ele não tinha grana, então comprava pouco fixador, pouco revelador, e dali a meses aquilo estava apagado. Então, os documentos que a gente tem no Asdrúbal são péssimos. Fico vendo as pouquíssimas coisas guardadas e que foram para o YouTube, como essa entrevista do Roda Viva. Acho que não passa quatro dias sem que alguém me mande um corte. "Ah, você viu isso? Adorei!". Ontem o DJ Zé Pedro me mandou um TED que eu fiz, talvez o primeiro. E eu pensei: "Puxa, eu falei isso, que ótimo, concordo com tudo". Quanta coisa já mudou no Brasil, isso é anterior a tudo, dois mil e pouquinho. E eu fiquei encantada com o Roda Viva, eu era tão novinha. Acho que não mudei nada. Quando penso em mim com cinco anos de idade, andando com a minha avó na rua, a maneira como eu olhava as pessoas, como eu olhava o mundo, é muito semelhante, se não igual, a hoje em dia. [VIDEO=https://www.youtube.com/embed/rLoqGPGmVdo; CREDITS=; LEGEND=Em 1998, aos 34 anos, Regina Casé foi entrevistada pelo programa Roda Viva, da TV Cultura; IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d49b0ede6d3/1057x749x960x540x52x40/screen-shot-2025-03-14-at-180926.png] O Boni, que foi entrevistado recentemente no Trip FM, fala sobre seu pai em seu último livro, “Lado B do Boni”, como uma das pessoas que compuseram o que ele é, uma figura que teve uma relevância muito grande, inclusive na TV Globo. Conta um pouco quem foi o seu pai, Regina. Acho que não há Wikipedia que possa resgatar o tamanho do meu pai e do meu avô. Meu avô é pioneiríssimo do rádio, teve um dos primeiros programas de rádio, se não o primeiro. Ele nasceu em Belo Jardim, uma cidadezinha do agreste pernambucano, do sertão mesmo. E era brabo, criativo demais, inteligente demais, e, talvez por isso tudo, impaciente demais, não aguentava esperar ninguém terminar uma frase. Ele veio daquele clássico, com uma mão na frente e outra atrás, sem nada, e trabalhou na estiva, dormiu na rua até começar a carregar rádios. Só que, nos anos 20, 30, rádios eram um armário de madeira bem grandão. Daí o cara viu que ele era esperto e botou ele para instalar os rádios na casa das pessoas. Quando meu avô descobriu que ninguém sabia sintonizar, que era difícil, ele aprendeu. E aí ele deixava os rádios em consignação, botava um paninho com um vasinho em cima, sintonizado, funcionando. Quando ele ia buscar uma semana depois, qualquer um comprava. Aí ele disparou como vendedor dos rádios desse cara que comprava na gringa e começou a ficar meio sócio do negócio. [QUOTE=1218] Mas a programação toda era gringa, em outras línguas. Ele ficava fascinado, mas não entendia nada do que estava rolando ali. Nessa ele descobriu que tinha que botar um conteúdo ali dentro, porque aquele da gringa não estava suprindo a necessidade. Olha como é parecido com a internet hoje em dia. E aí ele foi sozinho, aquele nordestino, bateu na Philips e falou que queria comprar ondas curtas, não sei que ondas, e comprou. Aí ele ia na farmácia Granado e falava: "Se eu fizer um reclame do seu sabão, você me dá um dinheiro para pagar o pianista?". Sabe quem foram os dois primeiros contratados dele? O contrarregra era o Noel Rosa, e a única cantora que ele botou de exclusividade era a Carmen Miranda. Foram os primeiros empregos de carteira assinada. E aí o programa cresceu. Começava de manhã, tipo programa do Silvio, e ia até de noite. Chamava Programa Casé. E o seu pai? Meu avô viveu aquela era de ouro do rádio. Quando sentiu que o negócio estava ficando estranho, ele, um cara com pouquíssimos recursos de educação formal, pegou meu pai e falou: "vai para os Estados Unidos porque o negócio agora vai ser televisão". Ele fez um curso, incipiente, para entender do que se tratava. Voltou e montou o primeiro programa de televisão feito aqui no Rio de Janeiro, Noite de Gala. Então, tem uma coisa de pioneirismo tanto no rádio quanto na televisão. E meu pai sempre teve um interesse gigante na educação, como eu. Esse interesse veio de onde? Uma das coisas que constituem o DNA de tudo o que fiz, dos meus programas, é a educação. Um Pé de Quê, no Futura, o Brasil Legal e o Programa Legal, na TV Globo… Eu sou uma professora, fico tentando viver as duas coisas juntas. O meu pai tinha isso porque esse meu avô Casé era casado com a Graziela Casé, uma professora muito, mas muito idealista, vocacionada e apaixonada. Ela trabalhou com Anísio Teixeira, Cecília Meireles, fizeram a primeira biblioteca infantil. Meu pai fez o Sítio do Picapau Amarelo acho que querendo honrar essa professora, a mãe dele. Quando eu era menina, as pessoas vinham de uma situação rural trabalhar como domésticas, e quase todas, se não todas, eram analfabetas. A minha avó as ensinava a ler e escrever. Ela dizia: "Se você conhece uma pessoa que não sabe ler e escrever e não ensina para ela, é um crime". Eu ficava até apavorada, porque ela falava muito duramente. Eu acho que sou feita desse pessoal. Tenho muito orgulho de ter vindo de uma família que, sem recursos, sem universidade, foi pioneira na cidade, no país e em suas respectivas... Não digo “profissões” porque ainda nem existiam suas profissões. Eu tento honrar. [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d49d1e03df5/header-regina-interna6.jpg; CREDITS=Christian Gaul; LEGEND=Em 1999, a atriz e apresentadora estampou as Páginas Negras da Trip; ALT_TEXT=] Você tem uma postura de liderança muito forte. Além de ter preparo e talento, você tem uma vocação para aglutinar, juntar a galera, fazer time. Por outro lado, tem essa coisa da atriz, que é diferente, talvez um pouco mais para dentro. Você funciona melhor sozinha ou como uma espécie de capitã, técnica e jogadora do time? Eu nasci atriz dentro de um grupo. E o Asdrúbal trouxe o Trombone não era só um grupo. Apesar do Hamilton Vaz Pereira ter sido sempre um autor e um diretor, a gente criava coletivamente, escrevia coletivamente, improvisava. Nunca consegui pensar individualmente, e isso até hoje é uma coisa que me atrapalha. Todo mundo fala: "escreve um livro". Eu tenho vontade, mas falo que para escrever um livro preciso de umas 10 pessoas de público, todo mundo junto. Sou tão grupal que é difícil. Ao mesmo tempo, eu tive que ser muito autoral. Eu, Tu, Eles foi a primeira vez que alguém me tirou para dançar. Antes eu fiz participações em muitos filmes, mas foi a primeira protagonista. Quase tudo que fiz fui eu que tive a ideia, juntei um grupo, a gente escreveu junto. Então, eu sempre inventei um mundo para mim. No teatro eu não achava lugar para mim, então tive que inventar um, que era o Asdrúbal. Quando eu era novinha e fui para a televisão, eu não ia ser a mocinha na novela. Então fiz a TV Pirata, o Programa Legal, o Brasil Legal. Aquilo tudo não existia na televisão, mas eu tive que primeiro inventar para poder me jogar ali. Eu sempre me acostumei não a mandar, mas a ter total confiança de me jogar. E nos trabalhos de atriz, como é? No Asdrúbal eu me lembro que uma vez eu virei umas três noites fazendo roupa de foca, que era de pelúcia, e entupia o gabinete na máquina. Eu distribuía filipeta, colava cartaz, pregava cenário na parede. Tudo, todo mundo fazia tudo. É difícil quando eu vou para uma novela e não posso falar que aquele figurino não tem a ver com a minha personagem, que essa casa está muito chique para ela ou acho que aqui no texto, se eu falasse mais normalzão, ia ficar mais legal. Mas eu aprendi. Porque também tem autores e autores. Eu fiz três novelas com papéis de maior relevância. Cambalacho, em que fiz a Tina Pepper, um personagem coadjuvante que ganhou a novela. Foi ao ar em 1986 e até hoje tem gente botando a dancinha e a música no YouTube, cantando. Isso também, tá vendo? É pré-internet e recebo cortes toda hora, porque aquilo já tinha cara de internet. Depois a Dona Lurdes, de Amor de Mãe, e a Zoé, de Todas as Flores. Uma é uma menina preta da periferia de São Paulo. A outra uma mulher nordestina do sertão, com cinco filhos. A terceira é uma truqueira carioca rica que morava na Barra. São três universos, mas as três foram muito fortes. Tenho muito orgulho dessas novelas. Mas quando comecei, pensei: "Gente, como é que vai ser?". Não é o meu programa. Não posso falar que a edição está lenta, que devia apertar. O começo foi difícil, mas depois que peguei a manha de ser funcionária, fazer o meu e saber que não vou ligar para o cenário, para o figurino, para a comida e não sei o quê, falei: "Isso aqui, perto de fazer um programa como o Esquenta ou o Programa Legal, é como férias no Havaí". Você é do tipo que não aguenta ficar sozinha ou você gosta da sua companhia? Essa é uma coisa que venho perseguindo há alguns anos. Ainda estou assim: sozinha, sabendo que, se quiser, tem alguém ali. Mas ainda apanho muito para ficar sozinha porque, justamente, a sua maior qualidade é sempre o seu maior defeito. Fui criada assim, em uma família que eram três filhas, uma mãe e uma tia. Cinco mulheres num apartamento relativamente pequeno, um banheiro, então uma está escovando os dentes, outra está fazendo xixi, outra está tomando banho, todas no mesmo horário para ir para a escola. Então é muito difícil para mim ficar sozinha, mas tenho buscado muito. Quando falam "você pode fazer um pedido", eu peço para ter mais paciência e para aprender a ficar sozinha. Você contou agora há pouco que fazia figurinos lá no Asdrúbal e também já vi você falando que sempre aparecia na lista das mais mal vestidas do Brasil. Como é ser julgada permanentemente? Agora já melhorou, mas esse é um aspecto que aparece mais porque existe uma lista de “mais mal vestidas". Se existisse lista para outras transgressões, eu estaria em todas elas. Não só porque sou transgressora, mas porque há uma demanda que eu seja. Quando não sou, o pessoal até estranha. Eu sempre gostei muito de moda, mais que isso, de me expressar através das roupas. E isso saía muito do padrão, principalmente na televisão, do blazer salmão, do nude, da unha com misturinha, do cabelo com escova. Volta e meia vinha, nos primórdios das redes sociais: "Ela não tem dinheiro para fazer uma escova naquele cabelo?". "Não tem ninguém para botar uma roupa normal nela?". [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d49c62141c1/header-regina-interna4.jpg; CREDITS=Christian Gaul; LEGEND=Regina Casé falou à Trip em 1999, quando estampou as Páginas Negras; ALT_TEXT=] Antes da internet, existiam muitas colunas sociais em jornal. Tinha um jornalista no O Globo que me detonava uma semana sim e outra não. Eu nunca vou me esquecer. Ele falava de uma bolsa que eu tinha da Vivienne Westwood, que inclusive juntei muito para poder comprar. Eu era apaixonada por ela, que além de tudo era uma ativista, uma mulher importantíssima na gênese do Sex Pistols e do movimento punk. Ele falava o tempo todo: "Estava não sei onde e veio a Regina com aquela bolsa horrorosa que comprou no Saara". O Saara no Rio corresponde à 25 de março em São Paulo, e são lugares que sempre frequentei, que amo e que compro bolsas também. Eu usava muito torço no cabelo, e ele escrevia: "Lá vem a lavadeira do Abaeté". Mais uma vez, não só sendo preconceituoso, mas achando que estava me xingando de alguma coisa que eu acharia ruim. Eu pensava: nossa, que maravilha, estou parecendo uma lavadeira do Abaeté e não alguém com um blazer salmão, com uma blusa bege, uma bolsa arrumadinha de marca. Pra mim era elogio, mas era chato, porque cria um estigma. E aí um monte de gente, muito burra, vai no rodo e fala: "Ela é cafona, ela é horrorosa". Por isso que acho que fiquei muito tempo nessas listas. O filme “Ainda Estou Aqui” está sendo um alento para o Brasil, uma coisa bem gostosa de ver, uma obra iluminada. A Fernanda Torres virou uma espécie de embaixadora do Brasil, falando de uma forma muito legal sobre o país, sobre a cultura. Imagino que pra você, que vivenciou essa época no Rio de Janeiro, seja ainda mais especial. Eu vivi aquela época toda e o filme, mesmo sem mostrar a tortura e as barbaridades que aconteceram, reproduz a angústia. Na parte em que as coisas não estão explicitadas, você só percebe que algo está acontecendo, e a angústia que vem dali. Mesmo depois, quando alguma coisa concreta aconteceu, você não sabe exatamente do que está com medo, o que pode acontecer a qualquer momento, porque tudo era tão aleatório, sem justificativa, ninguém era processado, julgado e preso. O filme reproduz essa sensação, mesmo para quem não viveu. É maravilhoso, maravilhoso. [QUOTE=1219] Não vou dizer que por sorte porque ele tem todos os méritos, mas o filme caiu num momento em que a gente estava muito sofrido culturalmente. Nós, artistas, tínhamos virado bandidos, pessoas que se aproveitam. Eu nunca usei a lei Rouanet, ainda que ache ela muito boa, mas passou-se a usar isso quase como um xingamento, de uma maneira horrível. E todos os artistas muito desrespeitados, inclusive a própria Fernanda, Fernandona, a pessoa que a gente mais tem que respeitar na cultura do país. O filme veio não como uma revanche. Ele veio doce, suave e brilhantemente cuidar dessa ferida. Na equipe tenho muitos amigos, praticamente família, o Walter, a Nanda, a Fernanda. Sou tão amiga da Fernanda quanto da Nanda, sou meio mãe da Nanda, mas sou meio filha da Fernanda, sou meio irmã da Nanda e também da Fernanda. É bem misturado, e convivo muito com as duas. Por acaso, recebi ontem um presente e um cartão de aniversário da Fernandona que é muito impressionante. Tão bonitinho, acho que ela não vai ficar brava se eu mostrar para vocês. O que o cartão diz? Ela diz assim: "Regina, querida, primeiro: meu útero sabe que a Nanda já está com esse Oscar”. Adorei essa frase. "Segundo, estou trabalhando demais, está me esgotando. Teria uma leitura de 14 trechos magníficos, de acadêmicos, que estou preparando essa apresentação para a abertura da Academia [Brasileira de Letras], que está em recesso. O esgotamento acho que é por conta dos quase 100 anos que tenho". Imagina... Com esse trabalho todo. Aí ela faz um desenho lindo de flores com o coração: "Regina da nossa vida, feliz aniversário, feliz sempre da Fernanda". E me manda uma toalhinha bordada lindíssima com um PS: "Fernando [Torres] e eu compramos essa toalhinha de mão no Nordeste numa das temporadas de nossa vida pelo Brasil afora. Aliás, nós comprávamos muito lembranças como essa. Essa que eu lhe envio está até manchadinha, mas ela está feliz porque está indo para a pessoa certa. Está manchadinha porque está guardadinha faz muitos anos". Olha que coisa. Como é que essa mulher com quase 100 anos, com a filha indicada ao Oscar, trabalhando desse jeito, decorando 14 textos, tem tempo de ser tão amorosa, gentil, generosa e me fazer chorar? Não existe. Ela é maravilhosa demais. [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d49b9f0f548/header-regina-interna3.jpg; CREDITS=João Pedro Januário; LEGEND=; ALT_TEXT=] Eu queria te ouvir sobre outro assunto. Há alguns anos a menopausa era um tema absolutamente proibido. As mulheres se sentiam mal, os homens, então, saíam correndo. Os médicos não falavam, as famílias não falavam. E é engraçado essa coisa do pêndulo. De repente vira uma onda, artistas falando, saem dezenas de livros sobre o assunto. Como foi para você? Você acha que estamos melhorando na maneira de lidar com as nossas questões enquanto humanidade? É bem complexo. Tem aspectos que acho que estão melhorando muito. Qualquer família que tinha uma pessoa com deficiência antigamente escondia essa pessoa, ela era quase trancada num quarto, onde nem as visitas da casa iam. E hoje em dia todas essas pessoas estão expostas, inclusive ao preconceito e ao sofrimento, mas estão na vida, na rua. Há um tempo não só não podia ter um casal gay casado como não existia nem a expressão "casal gay", porque as pessoas no máximo tinham um caso escondido com outra pessoa. Então em muitos aspectos a gente avançou bastante. Não sei se é porque agora estou ficando bem mais velha, mas acho que esse assunto do etarismo está chegando ainda de uma maneira muito nichada. Se você for assistir a esse meu primeiro TED, eu falo que a gente não pode pegar e repetir, macaquear as coisas dos Estados Unidos. Essa ideia de grupo de apoio. Sinto que essa coisa da menopausa, do etarismo, fica muito de mulher para mulher, um grupo de mulheres daquela idade. Mas não acho que isso faz um garoto de 16 anos entender que eu, uma mulher de 70 anos, posso gostar de basquete, de funk, de sambar, de namorar, de dançar. Isso tudo fica numa bolha bem impermeável. E não acho que a comunicação está indo para outros lados. É mais você, minha amiga, que também está sentindo calores. [QUOTE=1220] Tem uma coisa americana que inventaram que é muito chata. Por exemplo, a terceira idade. Aí vai ter um baile, um monte de velhinhos e velhinhas dançando todos juntos. Claro que é melhor do que ficar em casa deprimido, mas é chato. Acho que essa festa tem que ter todo mundo. Tem que ter os gays, as crianças, todo mundo nessa mesma pista com um DJ bom, com uma batucada boa. Senão você vai numa festa e todas as pessoas são idênticas. Você vai em um restaurante e tem um aquário onde põem as crianças dentro de um vidro enquanto você come. Mas a criança tem que estar na mesa ouvindo o que você está falando, comendo um troço que ela não come normalmente. O menu kids é uma aberração. Os meus filhos comem tudo, qualquer coisa que estiver na mesa, do jeito que for. Mas é tudo separado. Essa coisa de imitar americano, entendeu? Então, acho que essa coisa da menopausa está um pouco ali. Tem que abrir para a gente conversar, tem que falar sobre menopausa com o MC Cabelinho. Eu passei meio batida, porque, por sorte, não tive sintomas físicos mais fortes. Senti um pouco mais de calor, mas como aqui é tão calor e eu sou tão agitada, eu nunca soube que aquilo era específico da menopausa. Vou mudar um pouco de assunto porque não dá para deixar de falar sobre isso. Uma das melhores entrevistas do Trip FM no ano passado foi com seu marido, o cineasta Estêvão Ciavatta. Ele contou do acidente num passeio a cavalo que o deixou paralisado do pescoço para baixo e com chances de não voltar a andar. E fez uma declaração muito forte sobre o que você representou nessa recuperação surpreendente dele. A expressão "estamos juntos" virou meio banal, mas, de fato, você estava junto ali. Voltando a falar do etarismo, o Estêvão foi muito corajoso de casar com uma mulher que era quase 15 anos mais velha, totalmente estabelecida profissionalmente, conhecida em qualquer lugar, que tinha sido casada com um cara maravilhoso, o Luiz Zerbini, que tinha uma filha, uma roda de amigos muito grande, um símbolo muito sólido, tudo isso. Ele propôs casar comigo, na igreja, com 45 anos. Eu, hippie, do Asdrúbal e tudo, levei um susto, nunca pensei que eu casar. O que aconteceu? Eu levei esse compromisso muito a sério, e não é o compromisso de ficar com a pessoa na saúde, na doença, na alegria, na tristeza. É também, mas é o compromisso de, bom, vamos entrar nessa? Então eu vou aprender como faz isso, como é esse amor, como é essa pessoa, eu vou aprender a te amar do jeito que você é. Acho que o pessoal casa meio de brincadeira, mas eu casei a sério mesmo, e estamos casados há 28 anos. Então, quando aconteceu aquilo, eu falei: ué, a gente resolveu ficar junto e viver o que a vida trouxesse pra gente, então vamos embora. O que der disso, vamos arrumar um jeito, mas estamos juntos. E acho que teve uma coisa que me ajudou muito. O quê? Aqui em casa é tipo pátio dos milagres. Teve isso que aconteceu com o Estêvão, e também a gente ter encontrado o Roque no momento que encontrou [seu filho caçula, hoje com 11 anos, foi adotado pelo casal quando bebê]. A vida que a gente tem hoje é inacreditável. Parece realmente que levou oito anos, o tempo que demorou para encontrar o filho da gente, porque estava perdido em algum lugar, igual a Dona Lurdes, de Amor de Mãe. Essa é a sensação. E a Benedita, quando nasceu, quase morreu, e eu também. Ela teve Apgar [escala que avalia os recém-nascidos] zero, praticamente morreu e viveu. Nasceu superforte, ouvinte, gorda, forte, cabeluda, mas eu tive um descolamento de placenta, e com isso ela aspirou líquido. Ela ficou surda porque a entupiram de garamicina, um antibiótico autotóxico. Foi na melhor das intenções, pra evitar uma pneumonia pelo líquido que tinha aspirado, mas ninguém conhecia muito, eram os primórdios da UTI Neonatal. O que foi para a gente uma tragédia, porque ela nasceu bem. Só que ali aprendi um negócio que ajudou muito nessa história do Estêvão: a lidar com médico. E aprendi a não aceitar os "não". Então quando o cara dizia "você tem que reformar a sua casa, tira a banheira e bota só o chuveiro largo para poder entrar a cadeira de rodas", eu falava: "Como eu vou saber se ele vai ficar pra sempre na cadeira de rodas?". [QUOTE=1221] Quando a Benedita fala "oi, tudo bem?", ela tem um leve sotaque, anasalado e grave, porque ela só tem os graves, não tem nem médio, nem agudo. Mas ela fala, canta, já ganhou concurso de karaokê. Quando alguém vê a audiometria da Benedita, a perda dela é tão severa, tão profunda, que falam: "Esse exame não é dessa pessoa". É o caso do Estêvão. Quando olham a lesão medular dele e veem ele andando de bicicleta com o Roque, falam: "Não é possível". Por isso eu digo que aqui em casa é o pátio dos milagres. A gente desconfia de tudo que é “não”. É claro que existem coisas que são limitações estruturais, e não adianta a gente querer que seja de outro jeito, mas ajuda muito duvidar e ir avançando a cada "não" até que ele realmente seja intransponível. No caso do Estêvão, acho que ele ficou feliz porque teve perto por perto não só uma onça cuidando e amando, mas uma onça que já tinha entendido isso. Porque se a gente tivesse se acomodado a cada “não”, talvez ele não estivesse do jeito que está hoje. [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d49af631476/header-regina-interna2.jpg; CREDITS=João Pedro Januário; LEGEND=; ALT_TEXT=] Eu já vi você falar que essa coisa da onça é um pouco fruto do machismo, que você teve que virar braba para se colocar no meio de grupos que eram majoritariamente de homens, numa época que esse papo do machismo era bem menos entendido. Isso acabou forjando o seu jeito de ser? Com certeza. Eu queria ser homem. Achava que tudo seria mais fácil, melhor. Achava maravilhoso até a minha filha ser mulher. Fiquei assustadíssima. Falei: "Não vou ser capaz, não vou acertar". Aí botei a Benedita no futebol, foi artilheira e tudo, e fui cercando com uma ideia nem feminista, nem machista, mas de que o masculino ia ser melhor pra ela, mais fácil. Mas aí aprendi com a Benedita não só a amar as mulheres, mas a me amar como mulher, grávida, dando de mamar, criando outra mulher, me relacionando com amigas, com outras mulheres. Isso tudo veio depois da Benedita. Mas se você falar "antigamente o machismo"... Vou te dizer uma coisa. Se eu estou no carro e falo para o motorista “é ali, eu já vim aqui, você pode dobrar à direita”, ele pergunta assim: “Seu Estêvão, você sabe onde é para dobrar?”. Aí eu falo: “Vem cá, você quer que compre um pau para dizer pra você para dobrar à direita? Vou ter que botar toda vez que eu sentar aqui? Porque não é possível, estou te dizendo que eu já vim ali”. É muito impressionante, porque não é em grandes discussões, é o tempo todo. É porque a gente não repara, sabe? Quer dizer, eu reparo, você que é homem talvez não repare. Nesses momentos mais difíceis, na hora de lidar com os problemas de saúde da Benedita ou com o acidente punk do Estêvão, o que você acha que te ajudou mais: os anos de terapia ou o Terreiro de Gantois, casa de Candomblé que você frequenta em Salvador? As duas coisas, porque a minha terapia também foi muito aberta. E não só o Gantois como o Sacré-Coeur de Marie. Eu tenho uma formação católica. Outro dia eu ri muito porque a Mãe Menininha se declarava católica em sua biografia, e perguntaram: "E o Candomblé"? Ela falava: “Candomblé é outra coisa”. E eu vejo mais ou menos assim. Não é que são duas religiões, eu não posso pegar e jogar a criança junto com a água da bacia. É claro que eu tenho todas as críticas que você quiser à Igreja Católica, mas eu fui criada por essa avó Graziela, que era professora, uma mulher genial, e tão católica que, te juro, ela conversava com Nossa Senhora como eu estou conversando com você. Quando ela recebia uma graça muito grande, ligava para mim e para minhas irmãs e falava: "Venham aqui, porque eu recebi uma graça tão grande que preciso de vocês para agradecer comigo, sozinha não vou dar conta." Estudei em colégio de freiras a minha vida inteira, zero trauma de me sentir reprimida, me dava bem, gosto do universo, da igreja. [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d49cbe34551/header-regina-interna5.jpg; CREDITS=Christian Gaul; LEGEND=Em 1999, Regina Casé foi a entrevistada das Páginas Negras da Trip; ALT_TEXT=] Aí eu tenho um encontro com o Candomblé, lindíssimo, através da Mãe Menininha. Essa história é maravilhosa. O Caetano [Veloso] disse: "Mãe Menininha quer que você vá lá". Eu fiquei apavorada, porque achei que ela ia fazer uma revelação, tinha medo que fosse um vaticínio... Até que tomei coragem e fui. Cheguei lá com o olho arregalado, entrei no quarto, aquela coisa maravilhosa, aquela presença.. Aí eu pedi a benção e perguntei o que ela queria. Ela falou: "Nada não, queria conhecer a Tina Pepper". Então, não só o Gantuar, o Candomblé como um todo, só me trouxe coisas boas e acolhida. A minha relação com a Bahia vem desde os 12 anos de idade, depois eu acabei recebendo até a cidadania de tamanha paixão e dedicação. É incrível porque eu nunca procurei. No episódio da Benedita, no dia seguinte já recebi de várias pessoas orientações do que eu devia fazer. No episódio do Estêvão também, não só do Gantuar, mas da [Maria] Bethânia, e falavam: "Olha, você tem que fazer isso, você tem que cuidar daquilo". Então, como é que eu vou negar isso? Porque isso tudo está aqui dentro. Então, acho que você tem que ir pegando da vida, que nem a Dona Darlene do “Eu Tu Eles”, que ficou com os três maridos. A vida vai passando por você e você vai guardando as coisas que foram boas e tentando se livrar das ruins. A gente sabe que você tem uma rede de amizades absurda, é muito íntima de meio mundo. Eu queria brincar daquela história de te deixar sozinha numa ilha, sem internet, com todos os confortos, livros, música. Você pode ligar à vontade para os seus filhos, pro seu marido, mas só tem uma pessoa de fora do seu círculo familiar para quem você pode ligar duas vezes por semana. Quem seria o escolhido para você manter contato com a civilização? É curioso que meus grandes amigos não têm celular. Hermano [Vianna] não fala no celular, Caetano só fala por e-mail, é uma loucura, não é nem WhatsApp. Acho que escolheria o Caetano, porque numa ilha você precisa de um farol. Tenho outros faróis, mas o Caetano foi, durante toda a minha vida, o meu farol mais alto, meu norte. E acho que não suportaria ficar sem falar com ele.
Avec le Père Frédéric Villiers
Avec Sœur Yolaine
Avec le p.Jean-Rodolphe Kars
Dans ce nouvel épisode, je vous amène passer une nuit avec moi dans le Sacré Coeur à Montmartre. Une nuit spéciale enfermée dans l'un des lieux les plus spirituels de la capitale qui nourrit ma réflexion sur le sens du sacré et du spirituel dans nos vies. Un temps hors du temps, de connexion à soi et à une grande chaîne humaine qui participe depuis 140 ans à ce relais de prière continuel.Si vous aussi, vous souhaitez vivre cette expérience, toutes les informations sont ici : https://www.sacre-coeur-montmartre.com/hotellerie-et-groupes/lhotellerie-de-la-basilique/presentation-et-modalites-dinscription/Ou par mail : hotellerie@sacrecoeurdemontmartre.fr
Avec le P.Gwénaêl , chapelain de Paray-le-Monial
This week on Storylines, the voices of Canadian World War One soldiers, sharing their stories of the front lines. You'll hear these veterans talk about poison gas attacks, shellfire, the mud, the air war, and even the food. The stories come from interviews with World War One veterans done for the CBC program Flanders Fields which first aired on November 11, 1964. Also, a story from Montreal about a century-old Catholic church that faced a dilemma over what to do with its bells.After the bell tower was damaged, the church faced the prospect of losing bells that had rung out for generations during worship services, weddings, and funerals. Instead, the choir director at Sacré-Coeur-de-Jésus found a way to preserve them, ensuring they will continue to resonate with the congregation and community for years to come.Produced and reported by Simon Nakonechny and originally aired on The Sunday Magazine. Hear the Soldiers of WW1 Speak was produced by Craig DessonStorylines is part of the CBC Audio Doc Unit
" Il parlait du sanctuaire de son corps "Méditation de l'évangile (Jn 2, 13-22) par le Pasteur Nicole FabreChant final : "Jésus s'est consumé d'amour" par les Bénédictines du Sacré-Coeur de Montmartre
Lourdes, Paray Le Monial ou encore le Sacré Cœur de Montmartre... les sanctuaires sont nombreux dans l'Hexagone. A l'occasion du changement d'heure ce 26 octobre, l'association "Villes Sanctuaires en France" propose pour la 6e année consécutive d'explorer ces lieux sous un nouvel angle. Que représentent ces lieux pour vous ? les connaissez-vous ? Quel sanctuaire aimeriez-vous visiter ? Participez à l'émission en appelant au 01 56 56 44 00 Avec le père Sébastien Coudroy, prêtre de la Basilique du Sacré Coeur de Montmartre. Flora Deguette, responsable du pôle promotion-communication de l'Office du Tourisme du Mont St Michel en Normandie. Et le père Etienne Kern, recteur du sanctuaire de Paray-le-Monial.Hébergé par Ausha. Visitez ausha.co/politique-de-confidentialite pour plus d'informations.
Messe célébrée par le Père Benoît Devos
Épisode de rentrée pour Pas de messes basses ! Pour l'occasion, nous recevons trois invités.Bernadette Poirot, Gérard Fridblatt et Pascal Martin font partie d'une paroisse de l'agglomération troyenne : La Chapelle-Saint-Luc/Le Noës. La particularité de ces trois laïcs ? Ils sont, depuis début septembre, les délégués pastoraux de leur paroisse. Comment sont-ils arrivés à cette mission ? Quelles tâches doivent-ils accomplir ? Ensemble, ils répondent à toutes nos questions.Rendez-vous dimanche 20 octobre en l'église du Sacré-Coeur de la Chapelle-Saint-Luc pour leur envoi en mission.Bonne écouteHébergé par Ausha. Visitez ausha.co/politique-de-confidentialite pour plus d'informations.
Le père Sébastien Coudroy est prêtre du diocèse de Paris, chapelain au Sacré-Coeur de Montmartre et professeur au Collège des Bernardins. Il donnera un cours de théologie spirituelle en février 2025. Le père Coudroy a également une chaîne Youtube Apprendre à prier !Hébergé par Ausha. Visitez ausha.co/politique-de-confidentialite pour plus d'informations.
Le père Sébastien Coudroy est prêtre du diocèse de Paris, chapelain au Sacré-Coeur de Montmartre et professeur au Collège des Bernardins. Il donnera un cours de théologie spirituelle en février 2025. Il présentera, entre autres, les grandes étapes de la vie spirituelle, selon ce qu'en disent les saints, en particulier Thérèse d'Avila, Jean de la Croix, la petite Thérèse, mais aussi St Ignace de Loyola et bien d'autres. Le père Coudroy a également une chaîne Youtube Apprendre à prier !Hébergé par Ausha. Visitez ausha.co/politique-de-confidentialite pour plus d'informations.
Avec le Père Jean-Rodolphe Kars
Après une spécialisation en traumatologie, il se consacre depuis 2015 à la chirurgie bariatrique à l'hôpital Sacré-Coeur. Entrevue avec Pierre Garneau, chef du département de chirurgie, CIUSSS du Nord de l'Île de MontréalPour de l'information concernant l'utilisation de vos données personnelles - https://omnystudio.com/policies/listener/fr
Interview C'est parti pour l'interview de notre guest de ce soir, nous accueillons Sacré Coeur ! Non nous parlons pas d'église ou de l'hôpital de la série américaine SCRUBS, mais bien du dj nîmois qui rôde les scènes de notre sud chéri, de Paris et dernièrement de Dakar ! On peut citer aussi celle du Positiv Festival dans sa version Théâtre Antique d'Orange et le Positiv Winter aux 2 Alpes cet hiver ! Dans ses sets, Sacré Coeur fusionne ses différentes inspirations rencontrées aux 4 coins de la planète pour créer une atmosphère unique. Amoureux des sonorités tribales aux battements de la techno, il incarne le parfait équilibre entre la puissance de l'électro et la chaleur des rythmes tropicaux. A côté du Djing, il a lancé Culture Blend, un moment d'échange où les platines sont menées à 4 mains pour faire une croisée musicale avec ses invités ! SACRÉ COEUR est notre guest de cette 143ème émission !! Ecoute du track du guest : Nicolas Cuer - Positive Paradigm Pour suivre Sacré Coeur : Instagram SoundCloud
LE MAG D'OUVRE BOITE #143 - CLOTURE DE SAISON On commence comme à notre habitude par une sélection de titres de la semaine ! A l'écoute dans cette 143ème émission : Dua Lipa - Illusion (The Blaze remix) Esbe - Darling Liquid Soul - Crazy People (Victor Ruiz remix) Laurent Garnier feat 22 Carbone - In your Phase Kllian, Rygo et Ombline accueillent Sacré Coeur ! Interview dans le podcast suivant ! Pour suivre Sacré Coeur : Instagram SoundCloud
Friends of the Rosary, Today, on the Solemnity of the Most Sacred Heart, we honor the boundless and infinite love of Christ Jesus and glory in His Heart, pierced by our sins so that we may offer worthy reparation. "Jesus knew and loved us each and all during his life, loving us all with a human heart," says the Catechism. The institution of this solemnity resulted from our Lord's revelations to St. Margaret Mary Alacoque, a cloistered nun of the Visitation Order, in 1675. Alacoque wrote a short devotional, "La Devotion au Sacré-Coeur de Jesus" (Devotion to the Sacred Heart). However, it was not until Pope Pius XI's 1928 encyclical "Miserentissimus Redemptor" that the Church validated the credibility of Alacoque's visions of Jesus Christ by having "promised her [Alacoque] that all those who rendered this honor to His Heart would be endowed with an abundance of heavenly graces." In 1956, Pope Pius XII alluded to the abundance of the supernatural graces that flow from Christ's heart, calling the whole Church to recognize the Sacred Heart as an important dimension of Christian spirituality. Pius XII gave two reasons. First, believers recognize that Jesus' Heart is hypostatically united to the Person of the Incarnate Son of God Himself. Second, the Heart is the natural sign and symbol of Jesus' boundless love for humans. Today is also the World Day of Prayer for the Sanctification of Priests. Ave Maria!Jesus, I Trust In You! Come, Holy Spirit, come! To Jesus through Mary! + Mikel Amigot | RosaryNetwork.com, New York
Catéchèse du P. Mathieu - 2024-06-07 Le Sacré-Coeur de Jésus by Radio Maria France
Podcast Méditer l'Évangile, le Psaume ou la Lecture du jour en audio ¦ Prie en chemin
Aujourd'hui nous sommes le vendredi 7 juin, et nous fêtons le Sacré-Cœur de Jésus.En me promenant, j'ai certainement déjà remarqué que dans beaucoup d'églises il y a des statues de Jésus nous regardant et montrant son cœur biologique, exposé directement à la vue des passants. Cette représentation a porté un grand nombre de chrétiens avant nous à mieux réaliser l'amour de Dieu pour nous. A mon tour, au jour de cette fête du Sacré Coeur de Jésus, je demande la grâce d'être touché.e par l'amour de... Chaque jour, retrouvez 12 minutes une méditation guidée pour prier avec un texte de la messe ! A retrouver sur l'application et le site www.prieenchemin.org. Musiques : Coeur sacré merveille de l''amour de Christophe Sperissen interprété par Christophe Sperissen - Tu es fait pour la vie ! © ADF-Bayard Musique ; Quiet time de Joseph Nimoh interprété par Joseph Nimoh - Reflections © Creative Commons by-nc-sa license from Magnatunes.
Évangile de Jésus-Christ selon saint Jean, au chapitre 19 Évangile de Jésus Christ selon saint Jean Jésus venait de mourir. Comme c'était le jour de la Préparation (c'est-à-dire le vendredi), il ne fallait pas laisser les corps en croix durant le sabbat, d'autant plus que ce sabbat était le grand jour de la Pâque. Aussi les Juifs demandèrent à Pilate qu'on enlève les corps après leur avoir brisé les jambes. Les soldats allèrent donc briser les jambes du premier, puis de l'autre homme crucifié avec Jésus. Quand ils arrivèrent à Jésus, voyant qu'il était déjà mort, ils ne lui brisèrent pas les jambes, mais un des soldats avec sa lance lui perça le côté ; et aussitôt, il en sortit du sang et de l'eau. Celui qui a vu rend témoignage, et son témoignage est véridique ; et celui-là sait qu'il dit vrai afin que vous aussi, vous croyiez. Cela, en effet, arriva pour que s'accomplisse l'Écriture : Aucun de ses os ne sera brisé. Un autre passage de l'Écriture dit encore : Ils lèveront les yeux vers celui qu'ils ont transpercé. Fr. Paul Adrien d'Hardemare (op) L'Amour Vaincra ! Et l'aventure continue ! Abonnez-vous : sur
Many of the specific features we associate with Paris today – impressive sites like the Eiffel Tower and Sacré Coeur, French cinemas, and even the distinguished Art Nouveau Metro entrances – were born out the period of the Belle Époque. This era, which lasted from the later 19th century up to the beginning of World War I, is oft characterized as one of pleasure, wealth, and beauty.But it was also an era riven by political unrest, plagued by many of the issues the contemporary world contends with today, with the rise of radical political factions that resorted to extreme protests and violence to achieve their This can be seen in the construction of the Basilica of the Sacré-Coeur, symbol of reactionary French Catholicism, and the Eiffel Tower, centerpiece for the Universal Exposition of 1889—both of which were the result of significant technological progress. That progress also brought electricity (Paris became “the city of light”) as well as industrial displacement, already underway with the other construction projects of Baron Georges Haussmann.To explore these themes is today's guest, Mike Rappaport, author of “City of Light, City of Shadows, Paris in the Belle Époque.” We explore social pressure from both right and left to address the deepening sense of social injustice and inequalities in the form of violent anarchism and syndicalism.
Avec Gino Testa et Sœur Justine
2024-04-28 Homélie - Sanctuaire du Sacré Coeur (Nice) by Radio Maria France
Dans cet épisode de La Longue Sortie, je discute avec Raja Hatem, un cardiologue hémodynamicien à l'Hôpital de Sacré Coeur de Montréal. Né en Syrie et ayant immigré au Canada à un jeune âge, il a suivi un parcours académique rigoureux en médecine, choisissant finalement la cardiologie pour son impact direct et significatif sur la vie des patients. Raja décrit la cardiologie interventionnelle comme une spécialité qui lui permet de réaliser des interventions minimalement invasives sur le cœur, en utilisant des accès via les artères radiales ou fémorales. Cette approche représente une révolution dans le traitement des maladies cardiaques, permettant des interventions rapides et efficaces, essentielles pour les cas d'infarctus du myocarde. Il met en lumière l'évolution des techniques et des technologies en cardiologie, notamment l'angioplastie et la gestion des occlusions coronaires chroniques, spécialité dans laquelle il a acquis une expertise supplémentaire à New York. On revoit les détails de ces procédures, discutons des risques, bénéfices, indications et plus! Cet épisode est un must pour tout ceux et celles intéressés à la cardiologie ou qui sont touchés de près ou de loin par les maladies cardiovasculaires. Pour des détails sur le podcast, le site web, l'adhésion, cliquez ici.
Nivelles: suite du dossier des Recollets avec le recours de l'assocation contre le permis d'urbanisme de Lixon L'ouverture du Jean Villar reportée au mois de juin Recours du Collège Communal Brainois contre le permis d'environnement de l'aéroport de Zaventem Les portes ouvertes du Sacré-Coeur de Nivelles
Wir waren in Pariis. Es war so so so so schön. Zwar wollte Nelly am Valentinstag etwas auf den Boden kotzen, aber das war am nächsten Tag schnell vergessen, dort erlebte sie ein krasses Wunder in Montmartre nach dem Besuch im Sacré Coeur. Noelle wurde von heissen Kellnern angeflirtet und Franzosen sind absolut machbar. Viel Spass mit unserer neuen Folge Dating Desaster. Eure N&N. Für mehr Infos folgt uns gerne auf Instagram: www.instagram.com/dating.desaster
Ready to be whisked away on a Monumental Tour of Parisian Magic? From the Eiffel Tower to the Louvre and many others, we're diving into the world of Parisian Monuments as two of my guests and I see it. Grab your bérets and let's go!
La Basilique du Sacré-Coeur existe depuis près de 150 ans. Deux hommes furent à l'initiative de sa construction qui dura plus de 40 ans.Dans cet épisode vous découvrirez pourquoi et comment le Sacré Coeur a été créé. Vous pourrez comprendre comment s'est développé le quartier de Montmartre, enfin vous saurez ce qui fait la particularité du Sacré Coeur aux yeux du monde entier.N'hésitez pas à nous suivre et à nous faire vos remarques sur notre compte instagram @racontemoi.paris.Raconte-moi Paris c'est:Un podcast sur l'histoire des monuments de ParisUn podcast familialUn podcast jeunesseHistoires pour enfantsMonuments de ParisHistoire de FranceHistoire Basilique du Sacré-Coeur#podcasthistoireParis#podcastSacreCoeur#podcastbasiliqueSacreCoeur#podcastMontmartre#histoirepourenfants#podcastenfants#podcastfamille© Olivia CAMINADE 2023Accompagnements musicaux: Lighter shades © Evert Z, The Return ©AlexanderNakarada, QuietTree ©Thoribass, Anticipating you ©Antony Vega, Sunrise ©Antony Vega, Special Times ©Antony Vega,Academy ©MrKey, Sleep- ©Scott Buckley Hébergé par Acast. Visitez acast.com/privacy pour plus d'informations.
A daily news briefing from Catholic News Agency, powered by artificial intelligence. Ask your smart speaker to play “Catholic News,” or listen every morning wherever you get podcasts. www.catholicnewsagency.com - Pope Francis will meet with the families of Israelis being held hostage by Hamas at his next Wednesday general audience, and he will also meet separately with a group of Palestinians with relatives suffering in Gaza. Pope Francis has frequently prayed for peace in the Holy Land in his public audiences since the start of the Israel-Hamas war last month. He has also repeatedly called for the hostages being held by Hamas to be freed and for the protection and humanitarian support of civilians in Gaza. About 240 people are being held hostage by Hamas, according to the United Nations. Four hostages have been released so far and another was freed by Israeli forces in October. https://www.catholicnewsagency.com/news/256054/pope-francis-to-meet-with-families-of-israeli-hostages-and-palestinians-with-relatives-in-gaza During the night of November 14–15, unidentified persons destroyed the altar and stole sacred vessels from the Basilica of the Sacred Heart in the Archdiocese of Rouen, France. According to the French newspaper Le Figaro, the prosecutor's office confirmed that the Sacré-Coeur basilica was vandalized and that the unidentified persons also smashed a statue, although the Blessed Sacrament was not stolen. The authorities have not yet identified the vandals, but local police have already launched an investigation to find them. https://www.catholicnewsagency.com/news/256049/altar-vandalized-sacred-vessels-stolen-from-sacred-heart-basilica-in-france Today, the Church celebrates Saint Bernward, who served as the thirteenth Bishop of Hildesheim, Germany during the middle of the tenth century. A man of extraordinary piety, he was deeply devoted to prayer as well as the practice of mortification, and his knowledge and practice of the arts were employed generously in the service of the Church. https://www.catholicnewsagency.com/saint/st-bernward-59
2023-11-19 Homélie - Eglise du Sacré-Coeur (Toulouse) by Radio Maria France
End Seeking & Live As Truth These Vlogs are Dedicated to my Mom. I Love You. Also to Andrew & the HOME DAO. https://thehomedao.com Everything filmed with iPhone 11 / 14. Edited in Premiere Pro. SCRIPT
End Seeking & Live As Truth These Vlogs are Dedicated to my Mom. I Love You. Also to Andrew & the HOME DAO. https://thehomedao.com Everything filmed with iPhone 11 / 14. Edited in Premiere Pro. SCRIPT
As the Tour de France leaves the Pyrenees, these are RadioCycling's news headlines...It's been frantic, the tactics have been crazy at times, but it's also been totally captivating. We look back on two days in the Pyrenees when Jonas Vingegaard and Tadej Pogačar tried to knock lumps out of each other and in doing so served up racing action that was every bit as enthralling as last year's epic mountain duel between the pair, the sport's two outstanding climbers. While the dynamic duo have fought their own private battle, the Ineos Grenadiers have found themselves on the fringes of the GC battle. We speak to the British squad's sporting director Steve Cummings, who admits that the sport's most lavishly funded team is in transition and that they will have to reset their goals at the Tour because they've already slipped out of the contest for the yellow jersey. Friday will bring the sprinters back to centre of the action, with a stage into Bordeaux, a city long associated with the greatest sprint names in cycling's history. We hear from the Alpecin-Deceuninck team, who've shown in the two previous bunch sprints that they're a step ahead of their rivals, well-drilled in support of Jasper Philipsen, who's finishing speed is currently peerless. We also hear from Fabio Jakobsen, who's still nursing injuries sustained Tuesday's sprint crash but has fought through the mountains with the aim of redeeming a hitherto difficult Tour with a stage win.We then turn away from the Tour to examine the magnificent road race routes that have been announced for the 2024 Paris Olympics. As well as breezing by the chateau at Versailles, the men's and women's courses will feature a narrow, cobbled climb through Montmartre to the Basilica of Sacré Coeur, passing, Jeremy points out, one of the city's most notorious bars and a renowned butcher's shop. We have all of the key details.PLUS, in our Ground Beans round-up of news snippets and rumours, we reveal the yellow jersey wearer who "looks a banana" and the Instagram post Fabio Jakobsen was persuaded to change... Support the show
In the last episode, I talked about our visit to London - all the things we saw and did there. This episode is about our second leg and in my opinion, the best part of our trip - Paris!!! This city has been on my list to visit for so long, and to me, it was everything. That first view of the Eiffel tower, that breathtaking, incredible, marvelous, building. First, the way we got there, a train. This train is special though. It took us from London to Paris below the English Channel between The United Kingdom and France. The train goes through an underwater tunnel called the Chunnel. When we arrived, we dropped our bags to our hotel, and headed to Montemartre. It is a hilltop village in Paris. It is really fun to walk around and hang out in. We took a funicular up to the Basilica of Sacré Coeur de Montmartre, simply known as Sacré-Cœur. It is a Roman Catholic church in Paris dedicated to the Sacred Heart of Jesus. Around the chapel, you can get pretty awesome views of Paris. It is famous for it's sunset views, but we only had a couple of days and we didn't stay for the sunset. Next time! Then, we walked back down into Montmartre, and got some delicious ice cream from a place called Bachir. Also, we got 2 really nice sandwiches on baguettes, REALLYYYY GOOD! The service was awesome, and ice cream was better. They cover your ice cream in pistachios to give it a nice pistachio flavor. Also, the ice cream itself was perfect. I got some delicious macaroons from McDonalds as well! Can you believe it? Macaroons from McD? We hung around our hotel taking the views of the tower in, and then at 10 PM watched the light show. It was sooo pretty, but it only lasted for a couple of minutes. The next day, we went to the Arc de Triomph. It is a very famous monument commemorating French soldiers in many wars. We then walked through Champs-Elysees - a very impressive road that has many expensive stores and brands. We then took a tour up the Eiffel tower. Definitely recommend having an hourish to spend at the gardens near the tower. The tour helped us gain some fun facts. We learned that there are 72 names of scientists listed on the borders of the tower. Also, the tower was never meant to be permanent. It was only built by Gustave Eiffel for the 100 year anniversary of the French revolution at the 1889 world fair. When they decided to add equipment at the top to transmit wireless signals, it increased its life span. Today, it is also used for broadcasting and radio and TV shows. Also, Gustave built a secret room at the top for him to go up when he wanted to be alone. The views of Paris were breathtaking. Amazing. We went up to the top, which is 1665 steps from the ground. Then, once again, we had some amazing ice cream. Instead of taking the elevators, we used the stairs. Be aware, there are a lot, 674. Then river boat cruise on the river Seine. It was a perfect way to see a lot of things in Paris that we wouldn't get around to. We saw Notre Dame, the Louvre, and so much more beautiful architecture. We didn't go inside the Louvre because it requires lots of time, but there is always a next time! We ended that wonderful day with dinner by the tower and the light show again, at 10 PM. Let me just say the food there is delicious!! The next day we were all tired from traveling so we decided to take a more relaxed day, and just slept in and walked around the park near our hotel. Near our hotel, was a replica of the Statue Of Liberty on the Seine river, so we took pictures around there as well. Fun fact is that the next Olympic games are going to happen in Paris, and different sports are at different famous monuments. And the opening ceremony will be held on the Seine river. So, there was a lot of construction! Have you been to Paris? What was your favorite part? Email me: RiyaRamblings@gmail.com, and you'll get a shoutout!
Catéchèse du P. Mathieu - 2023-06-16 Le Sacré Coeur by Radio Maria France
* Mets-toi en présence de Dieu, pour essayer de Lui parler. * Tu disposes de 10 minutes, pas plus : va jusqu'au bout, même si tu te distrais. * Persévère. Prends ton temps et laisse l'Esprit Saint agir 'à petit feu'. Un passage de l'Évangile, une idée, une anecdote, un prêtre qui s'adresse à toi et au Seigneur, et t'invite à entrer dans l'intimité de Dieu. Choisis le meilleur moment, imagine que tu es avec Lui, et appuie sur play pour commencer. Toutes les infos sur notre site : www.10minutesavecjesus.org Contact : 10minavecjesus@gmail.com XC
Fluent Fiction - French: Unforgettable Experience in Montmartre Find the full episode transcript, vocabulary words, and more:fluentfiction.org/unforgettable-experience-in-montmartre Story Transcript:Fr: Jacques était en vacances à Paris.En: Jacques was on vacation in Paris.Fr: Il avait toujours voulu voir le Sacré-Cœur à Montmartre.En: He had always wanted to see the Sacré-Coeur in Montmartre.Fr: Un jour, il partit à la découverte de la célèbre église.En: One day, he went to discover the famous church.Fr: Mais il s'est perdu en chemin.En: But he got lost along the way.Fr: Il marchait dans des rues étroites pavées lorsqu'il a entendu de la musique.En: He was walking down narrow cobbled streets when he heard music.Fr: Il a suivi le son jusqu'à un petit théâtre.En: He followed the sound to a small theater.Fr: Il a acheté un billet pour le spectacle burlesque qui venait juste de commencer.En: He bought a ticket for the burlesque show that had just started.Fr: Jacques a ri de tout son cœur lors du spectacle.En: Jacques laughed heartily during the show.Fr: Les clowns, les jongleurs et les danseurs étaient incroyables.En: The clowns, jugglers and dancers were amazing.Fr: Ils ont fait des choses qu'il n'avait jamais vues auparavant.En: They did things he had never seen before.Fr: Quand le spectacle s'est terminé, Jacques est sorti du théâtre et a réalisé qu'il était encore perdu.En: When the show ended, Jacques walked out of the theater and realized he was still lost.Fr: Cependant, il n'était plus en colère.En: However, he was no longer angry.Fr: Il se sentait heureux et émerveillé.En: He felt happy and amazed.Fr: Soudain, il a repéré la silhouette familière de la basilique du Sacré-Cœur, qui se dressait majestueusement sur la colline.En: Suddenly, he spotted the familiar silhouette of the Basilica of the Sacred Heart, which stood majestically on the hill.Fr: Jacques se sentit soulagé et se mit en route pour y arriver.En: Jacques felt relieved and set out to get there.Fr: Il monta les escaliers jusqu'au sommet de la colline et arriva enfin devant la basilique.En: He climbed the stairs to the top of the hill and finally arrived in front of the basilica.Fr: Elle était encore plus belle que dans les images qu'il avait vues.En: She was even more beautiful than in the pictures he had seen.Fr: Jacques ne pouvait pas croire qu'il avait failli manquer ça.En: Jacques couldn't believe he almost missed that.Fr: Jacques s'assit sur les marches de la basilique et profita de la vue.En: Jacques sat down on the steps of the basilica and took in the view.Fr: Il se rendit compte que sans s'être perdu et sans avoir assisté au spectacle burlesque, il n'aurait jamais vu la beauté de Paris sous cet angle-là.En: He realized that without getting lost and having attended the burlesque show, he would never have seen the beauty of Paris from that angle.Fr: Jacques sourit et remercia le destin de l'avoir guidé jusqu'à Montmartre, où il avait vécu une expérience inoubliable.En: Jacques smiled and thanked fate for having guided him to Montmartre, where he had had an unforgettable experience. Vocabulary Words:Jacques: Jacquesvacation: vacancesParis: ParisSacré-Coeur: Sacré-CœurMontmartre: Montmartrechurch: égliselost: perdunarrow: étroitescobblestone streets: rues pavéesmusic: musiquetheater: théâtreburlesque show: spectacle burlesquelaughed: riclowns: clownsjugglers: jongleursdancers: danseursamazing: incroyableSilhouette: silhouetteBasilica: basiliquesacred heart: Sacré-Cœurhill: collinerelieved: soulagéstairs: escaliersbeautiful: beau/bellepictures: imagesview: vuefate: le destinguided: guidéunforgettable: inoubliable
"Whilst any tourist guide to Paris will inevitably point to Sacré Coeur as a ‘top ten must see' location, both the experience of the visit and the history of the site are worlds away from the grace, beauty and spirituality promised by the online guides. "To reach Sacré Coeur it is impossible to avoid the crowded tourist markets offering all manner of cheap souvenirs, over priced food and dubious street entertainment. The church itself, whilst being a glorious example of 19th century Romano-Byzantine inspired architecture, is stripped of any real reference to its purpose by the crushing crowds, signage and noise. "One hundred and fifty years after it was built it's now a theme park without the flashing lights and rides. "This sonic portrait is an expression of the visitor experience and the chequered history (full of political revenge, repression, uprising and death) of the site utilising field recordings of the surroundings streets and the grounds of Sacré Coeur, samples of the churches incredible grand pipe organ ( currently in desperate need of repair), a religious mass including grand pipe full choir and sounds of Parisian riots long associated with the site. The echoes of reverence and submission mix chaotically with anarchic voices, forgotten ghosts and the chatter of everyday travellers searching for authentic experience amongst the mundane reality of the 21st century tourism." Sacre Coeur reimagined by Mat Ward.
durée : 00:19:59 - Les Nuits de France Culture - par : Albane Penaranda - Roland Dorgelès, écrivain, amoureux passionné de Montmartre, initiateur en 1910 du canular mettant en scène l'âne Lolo (peintre du "Couché de soleil sur l'Adriatique") racontait, en 1966, ses souvenirs, en 6 épisodes. Diffusion du 2ème volet. L 5 octobre 1966, dans le deuxième volet d'une série de six entretiens diffusés sur France Culture, Roland Dorgelès racontait à Jacques Meyer sa vie, son oeuvre, ses souvenirs, notamment de Montmartre. * J'ai passionnément aimé Montmartre et je plains ceux qui ne l'ont pas connu à la belle époque. C'était véritablement un village, ce n'était pas du tout un quartier de Paris, ce n'était pas non plus un faux village folklorique installé pour les touristes, c'était vraiment un village qui était oublié là, on ne sait pourquoi, sans doute parce que Haussmann n'avait pas eu le courage de monter la côte. J'ai l'impression que c'est mon pays natal. Il se souvenait de sa première vision de Montmartre : J'étais émerveillé je découvrais un village comme je n'en ai jamais vu d'aussi parfait, avec ses moulins, (...) il y avait des tonnelles, des chants d'oiseau on était transporté dans un autre monde, un siècle en arrière. Devant le Sacré Coeur j'ai vu faucher les foins ! Ecouter le 1er épisode, le 3ème, le 4ème, le 5ème, le 6ème. Par Jacques Meyer Entretiens avec Roland Dorgelès 2/6 (1ère diffusion : 05/10/1966) Indexation web : Sandrine England, Documentation Sonore de Radio France Archive Ina-Radio France
durée : 00:19:59 - Les Nuits de France Culture - par : Albane Penaranda - Roland Dorgelès, écrivain, amoureux passionné de Montmartre, initiateur en 1910 du canular mettant en scène l'âne Lolo (peintre du "Couché de soleil sur l'Adriatique") racontait, en 1966, ses souvenirs, en 6 épisodes. Diffusion du 1er volet, il y est question de Montmartre et de ses habitants... En mars 1910, on put admirer au 26ème Salon des indépendants à Paris une toile intitulée « Et le soleil s'endormit sur l'Adriatique », peinte par un certain Joachim-Raphaël Boronali. Le véritable auteur de cette ouvre, comme on l'apprit peu après, n'était autre qu'un âne baptisé Lolo. Le canular avait été mis au point par Roland Dorgelès, jeune journaliste à l'époque et futur écrivain célèbre, qui, suggérant qu'on pouvait peindre comme un âne et exposer, torpillait ainsi les avant-gardes artistiques de son temps. Ce dernier n'aurait sans doute pas imaginé que ce gag donnerait naissance, quelques décennies plus tard, à toute une lignée de peintres bourricots. * Le 30 juin 2012, dans le cadre d'une performance orchestrée par Ben et Alain Snyers à la Villa Arson de Nice, un âne baptisé « Lolo II » peignait en effet une toile intitulée « Et le soleil s'endormit sur Nice ». L'année suivante, pour l'ouverture de la Fondation du doute à Blois, pilotée par le même Ben, Alain Biet fabriquait quant à lui un âne jupon, Lolo III, pour réaliser un troisième tableau hommage, le « Coucher de soleil sur la loire ». Mais revenons aux sources de l'histoire : le 3 octobre 1966, dans le premier volet d'une série de six entretiens diffusés sur France Culture, Roland Dorgelès racontait à Jacques Meyer ses souvenirs montmartrois, et la mise au point de cette féconde supercherie... L'entretien avec Jean Meyer commençait par une véritable déclaration d'amour à Montmartre : J'ai passionnément aimé Montmartre et je plains ceux qui ne l'ont pas connu à la belle époque. C'était véritablement un village, ce n'était pas du tout un quartier de Paris, ce n'était pas non plus un faux village folklorique installé pour les touristes, c'était vraiment un village qui était oublié là, on ne sait pourquoi, sans doute parce que Haussmann n'avait pas eu le courage de monter la côte. J'ai l'impression que c'est mon pays natal. Il se souvenait de sa première vision de Montmartre : J'étais émerveillé je découvrais un village comme je n'en ai jamais vu d'aussi parfait, avec ses moulins, (...) il y avait des tonnelles, des chants d'oiseau on était transporté dans un autre monde, un siècle en arrière. Devant le Sacré Coeur j'ai vu faucher les foins ! Sur la fameuse toile « Et le soleil s'endormit sur l'Adriatique », peinte par un certain Joachim-Raphaël Boronali mais, en réalité, sous sa direction, par l'âne Lolo : J'étais un peu irrité par la peinture de certains qui ne me plaisait pas, alors pour blaguer je dis un jour aux camarades :" je vais envoyer une toile au salon et j'aurais plus succès que vous tous". Je ne savais pas du tout ce que je comptais faire puis j'ai eu une idée. Si au lieu de peindre moi-même, ce qui serait mauvais, car je ne sais pas peindre, si je faisais peindre le tableau par l'âne du Lapin Agile, Lolo, ce serait étonnant, ce serai un succès, on révélerait la blague au dernier moment, cela ferait un scandale, ce serait très bien ! Alors j'ai mis ça à exécution. Ecouter le 2ème épisode, le 3ème, le 4ème, le 5ème, le 6ème. Par Jacques Meyer Entretiens avec Roland Dorgelès 1/6 (1ère diffusion : 03/10/1966) Indexation web : Sandrine England, Documentation Sonore de Radio France Archive Ina-Radio France
Paříž patří k nejnavštěvovanějším městům světa. Hlavními taháky jsou Eiffelova věž, Louvre, katedrála Notre-Dame nebo bazilika Sacré Coeur. Někteří návštěvníci si nenechají ujít ani projížďku po Seině ve vyhlídkové lodi, které se ve francouzštině říká „bateau mouche“. V Paříži ale najdete jedinou cestovní kancelář, která nabízí obojí najednou, tedy vodní i suchozemskou prohlídku v jednom autobuse.
The Basilica of Sacré Coeur de Montmartre sits at the very top of Montmartre hill and, alongside the Eiffel Tower, is one of the most visible monuments of Paris. Pilgrims come from all over the world to pray here as well as thousands of tourists that file in and out to admire its beauty. Inside the basilica is a warm soundscape with the sound of shuffling visitors reverberating throughout the vast interior. Recorded by Colin Hunter as part of the Cities and Memory Paris city sound guide.
Casey Armistead had her first visit to France as a solo traveler. You might think that someone who's coming to France for the first time is likely to stay in Paris the whole time or might have a limited itinerary. Not Casey! She wanted to see a lot more of France and she used trains and car rentals to see all the places she had in mind. Listen to hear about all the wonderful places she went. In this episode, Annie also discusses the 10 most cost efficient places to live in France as reported by Le Parisien newspaper. Episode Page | Guest Notes | Episode Transcript Table of Contents for this Episode [00:00:00] Intro [00:00:35] Today on the podcast [00:01:05] Podcast supporters [00:01:23] News update [00:02:06] First Visit to France as a Solo Traveler [00:02:14] Solo traveling [00:04:21] Begining the trip in Paris [00:04:58] Petite Beloy Hotel [00:05:39] Walking for hours in Paris [00:08:08] Latin Quarter walking tour [00:09:37] Dinner Cruise on Le Calife [00:12:25] Tulleries, Orangerie, Petite Palace [00:12:44] Audio Tour at the Orangerie [00:13:10] Petit Palais [00:13:31] Rodin Museum [00:14:14] Sacré Coeur [00:16:14] Montmartre [00:16:55] Lots of walking! [00:17:34] Walking to the Opera House [00:18:48] Safe as a solo traveler on the streets of Paris [00:19:14] Tips on taking the train in France [00:21:34] Renting a car at the Aix train station [00:22:40] Driving through Aix-en-Provence [00:25:46] La Maison de Marie B&B [00:28:40] Kayak experience from Collias in the Gard [00:30:28] Free music concerts for Fête de la Musique on June 21 [00:30:58] Avignon [00:33:40] Lavender fields in Sault [00:34:46] Buying gas in France [00:35:13] Horse back riding tour [00:35:56] Forcalquier [00:37:44] Tips for other solo visitors and first time visitors to France [00:40:29] Outro[00:40:29] Thank you, patrons [00:40:49] New patrons [00:41:04] Garlic soup [00:41:33] Preparing a trip to France? [00:42:25] Self-guided tours [00:43:02] The French baguette [00:45:13] Emmanuel Macron's visit to the US [00:47:15] Electric cars conundrum [00:49:31] Europe is very disparate [00:50:13] Great places to live in France [00:56:31] Personal update [00:57:23] Show notes and transcript [00:58:07] Next week on the podcast
En El caminante, Marce Rodríguez, nos presenta, en esta ocasión, Nora Moro, capitana de barco. Nuestro corresponsal en Francia, Antonio Delgado, en su sección Paris la nuit, nos adentra en el Sacré-Coeur porque Francia ha concedido la mayor protección patrimonial a la basílica y los alrededores de un lugar asociado a la revolución de 1871. David Asensio pone banda sonora a los acontecimientos más relevantes de esta semana en Gente de fiesta. Escuchar audio
Salutare, prieteni! Invitatul nostru este părintele Francisc Doboș, parohul bisericii Sacré-Coeur din București. Este o discuție electrizantă și spumoasă despre umanitatea lui Dumnezeu, harul preoților, frica de avioane, mâncare italiană și ”drăcăriile” unor seminariști sub fereastra Papei. Radu prezintă noua său volum, Podul diavolului, dar avem și alte câteva cărți minunate. Și, da, discutăm despre Cupa Mondială. 00:00 O piesă de la REO SpeedWagon, dar și un mesaj la pierderea lui Daniel Vighi. 14:19 Primim surprize la redacție, dar aducem și o primă lectură din Podul Diavolul. Și, da, Radu este frumos, celebru și de succes. În topuri. 32:52 Invitatul nostru este Francisc Doboș, părintele atipic, cu poftă de râs și har luminos. 1:58:17 Neașteptările vin cu o piesă nouă și o întrebare: voi ieșiți lunea în oraș? 2:09:48 Spuma filelor are o colecție fascinantă și dură în același timp: Matthew Perry - Friends, Lovers and The Big Terrible Thing, Dragă Scott, scumpă Zelda, Simona Preda în dialog cu Georgeta Filitti - România dintotdeauna și Alexandra Furnea - Jurnalul lui 66 02:35:52 Fotbalamuc, da! Cine ne-a plăcut și cine ne-a dezamăgit la Cupa Mondială?
Paříž patří k nejnavštěvovanějším městům světa. Hlavními taháky jsou Eiffelova věž, Louvre, katedrála Notre-Dame nebo bazilika Sacré Coeur. Někteří návštěvníci si nenechají ujít ani projížďku po Seině ve vyhlídkové lodi, které se ve francouzštině říká „bateau mouche“. V Paříži ale najdete jedinou cestovní kancelář, která nabízí obojí najednou, tedy vodní i suchozemskou prohlídku v jednom autobuse.Všechny díly podcastu Zápisník zahraničních zpravodajů můžete pohodlně poslouchat v mobilní aplikaci mujRozhlas pro Android a iOS nebo na webu mujRozhlas.cz.
Tout sur la vocation (P. Jean-Marie Parat) 2022-06-03 Le Sacré-Coeur et les vocations by Radio Maria France
Notre invité est David Laubertie, Directeur sportif de l'AS Dakar Sacré-Cœur, club de 1ère division sénégalaise et partenaire de l'Olympique Lyonnais. David est venu nous partager son histoire singulière, lui qui n'était pas prédestiné à partir vivre en Afrique. Il nous explique son choix de carrière, son arrivée et sa vie à Dakar, mais aussi le fonctionnement de l'AS Dakar Sacré-Cœur, grand club formateur. Un quotidien riche, où l'interculturalité est omniprésente !