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Quando a comunicação deixa de ser talento e passa a ser trabalho Há pessoas que parecem ter nascido com presença. Quando falam, o silêncio organiza-se à volta delas. Quando entram numa sala, sentimos qualquer coisa mudar. A tentação é chamar a isso carisma. Ou talento. Ou dom. A conversa com Diogo Infante desmonta essa ideia logo à partida. Antes da presença houve timidez. Antes da voz segura houve dificuldade em falar. Antes do palco houve desajuste, deslocação, a sensação de não pertencer completamente ao sítio onde se estava. O teatro não surgiu como ambição, mas como solução. Uma forma de aprender a comunicar quando comunicar não era natural. Um lugar onde a palavra podia ser ensaiada, onde o corpo podia ganhar confiança, onde o erro não era um fim — era parte do processo. Talvez por isso a noção de presença apareça nesta conversa de forma tão concreta. Não como algo abstrato, mas como um estado físico e relacional. Presença é perceber se o outro está connosco. Presença é sentir quando uma frase chega — ou quando cai no vazio. E esse vazio, quando acontece, dói. Não por vaidade. Mas porque revela uma falha de ligação. Há um momento particularmente revelador: quando fala do silêncio do público. Não o silêncio atento, mas aquele silêncio inesperado, quando uma deixa cómica não provoca riso. “Aquilo dói na alma”, diz. E nessa frase está tudo o que importa saber sobre comunicação: falar é sempre um risco. O outro não é cenário. É parte ativa do que está a acontecer. A conversa avança e entra na exposição pública. Aqui, Diogo Infante faz uma distinção interessante: entre a pessoa privada e a figura pública. Não como máscara, mas como responsabilidade. Há um “chip” que se ativa — uma disciplina interna que permite aguentar expectativas, projeções, rótulos. A maturidade está em não confundir esse papel com a verdade interior. É uma ideia útil num tempo em que confundimos visibilidade com autenticidade. Falamos também de televisão, cinema, teatro. Dos ritmos diferentes. Das exigências técnicas. Mas a ideia central mantém-se: a verdade não depende do meio. Depende da intenção. Comunicar para milhões não dispensa rigor. Simplificar não é empobrecer. Outro ponto forte da conversa é a vulnerabilidade. Num espaço público cada vez mais dominado por certezas rápidas e discursos blindados, assumir fragilidade continua a ser um gesto arriscado. Mas aqui a vulnerabilidade surge como força tranquila. Como forma de aproximação. Como autoridade que não precisa de se impor. Quando a conversa entra no território da família, tudo ganha outra densidade. Dizer “amo-te”. Pedir desculpa. Estar disponível. A comunicação íntima aparece como o verdadeiro teste. Se falhamos aí, o resto é técnica. E só técnica não chega. No plano mais largo, surge a pergunta maior: para que serve a arte num tempo acelerado, ruidoso, polarizado? A resposta não vem em tom grandioso. Vem simples: para nos salvar. Não salvar o mundo. Salvar-nos a nós. Da pressa. Do cinismo. Da incapacidade de escutar. No fim, fica uma conclusão exigente: a presença não é talento — é trabalho. A comunicação não é performance — é relação. E a verdade, quando existe, dá sempre algum trabalho a dizer. Talvez seja por isso que esta conversa não é apenas sobre teatro. É sobre como falamos, como ouvimos e como estamos uns com os outros. E isso, hoje, é tudo menos simples. LER A TRANSCRIÇÃO DO EPISÓDIO Esta transcrição foi gerada automaticamente. A sua exatidão pode variar. 0:00 Abertura do Episódio e a Angústia do Impostor Muitos de nós temos o síndroma de um impostor. Achamos sempre que que somos uma fraude, que na verdade, estamos só a replicar uma mentira. Não estamos a ser suficientemente verdadeiros ou estamos a repetir um padrão de comportamento que já fizemos. Achamos sempre que não estamos à altura do desafio. 0:15 É muito doloroso. É por isso que as pessoas acham que isso ser ator é. É maravilhoso, mas é um processo de grande angústia, angústia criativa, porque estamos perante a expetativa. Tu já estás a pensar aí, a peça do do clube dos poetas mortos, e eu e eu começo a pensar, AI, meu Deus, se aquilo for uma merda, o que é que eu faço, não é? 0:44 Pessoa 2 Ora, digam bem vindos ao pergunta simples, o vosso podcast sobre comunicação? Hoje conversamos com alguém que encontrou no palco não apenas uma profissão, mas uma espécie de casa interior. Diogo Infante contou me que na infância começou pela timidez e pelo desajuste, por aquela sensação de ser observado, de ser o lisboeta gozado no Algarve, de não ter ainda um lugar onde a voz encaixasse e que foi o teatro que lhe deu essa linguagem, a presença e, nas palavras dele, uma forma de se adaptar ao mundo. 1:13 À medida que foi crescendo como artista, veio uma outra descoberta. É de que existe um chip, uma espécie de mecanismo, um parafuso que se ativa quando ele entra no modo figura pública. Um mecanismo de responsabilidade, de expectativa e, às vezes, de peso. 1:30 Mas o mais interessante veio quando falou do silêncio do público, do que acontece quando diz uma frase que ele sabe que devia provocar o riso. E ninguém reage. Esta frase diz tudo sobre a comunicação. O público não é cenário, é organismo vivo, é uma reação em tempo real, é a energia que mexe connosco. 1:48 E é essa conversão entre a técnica e a vida, palco, intimidade, presença e vulnerabilidade que atravessa a conversa de hoje. Falamos do medo de falhar, daquele perfeccionismo que vive colado na pele dos artistas e que o Diogo conhece tão bem. Falamos da comunicação dentro de casa, da importância de dizer. 2:06 Gosto de ti ao filho do valor de pedir desculpa do que se aprende ao representar os outros e do que se perde quando acreditamos demasiado na imagem que o público tem de nós. E falamos dessa ideia luminosa que ele repete com ternura. A arte no fim existe para nos salvar da dureza do mundo, da dureza dos outros e, às vezes, da dureza que guardamos para nós próprios. 2:28 Esta é, portanto, uma conversa sobre teatro, mas não só. É, sobretudo uma conversa sobre. Comunicação humana sobre como nos mostramos, como nos escondemos, como nos ouvimos e como nos reconstruímos. Se eu gostar desta conversa, partilhe, deixe o comentário e volte na próxima semana. 2:44 E agora, minhas senhoras e meus senhores. Diogo Infante, Diogo Infante, ponto. Não tem mais nada para dizer. UI é só isto, Diogo Infante. 2:56 Como a Timidez Moldou o Caminho para o Palco Diogo Infante, ator, encenador. Quando eu disse que que IA conversar contigo, que IA ter o privilégio de conversar contigo, uma minha amiga disse, Ah, diz lhe que eu gostei muito do do sirano de bergerak. E eu pensei, mas isso já passou algum tempo? Sim, sim, mas eu continuo. Adorei aquela peça, deixar a marca das pessoas. 3:13 É isso que tu fazes todos os dias. 3:15 Pessoa 1 É isso que eu tento, se consigo umas vezes mais, outras vezes menos, antes mais. Olá, como estás? Muito obrigado por este convite. Sim, eu, eu, eu tento comunicar. Se é esse o tema. Acho que percebi cedo que tinha dificuldade em comunicar. 3:35 Era muito tímido, tinha dificuldade em em em fazer me ouvir, tu sabes. 3:41 Pessoa 2 Que ninguém acredita nisso? 3:42 Pessoa 1 Mas é verdade, é verdade, é absolutamente verdade. 3:44 Pessoa 2 Como é que é isso? Como é que tu tens? Como é que tu tens? 3:47 Pessoa 1 Dificuldade porque era talvez filho único, porque fui muito cedo para o Algarve e era um meio que me era estranho com um. Um linguajar diferente e eu sentia me deslocado. Eu tinha para aí 11 anos e no início foi difícil e eles olhavam, achavam que eu era Beto e não era nada Beto. 4:03 E falava a lisboeta, e eles gozavam comigo e depois, à medida, fui crescendo. Foi uma adaptação e percebi que representar era algo natural em mim, porque era uma forma de me adaptar ao meio e de conseguir encontrar plataformas de comunicação. 4:20 E quando finalmente expressei que queria ser ator, a minha mãe sorriu porque pensou, estás lixado e pronto. E vim para o conservatório EE. Foi. Foi me natural representar, ou seja, esta ideia de eu assumir um Alter Ego que não sou eu é me fácil. 4:42 Às vezes é mais difícil ser eu própria. 4:45 Pessoa 2 Tu criaste uma capa no fundo que resolve o teu problema, que pelo menos que tu imaginavas como sendo 11 não comunicador, não era um mau comunicador, um não comunicador 11 alguém que tem timidez para para conseguir falar e então toca a pôr a capa de super herói e eu vou superar. 5:00 Todavia, quando eu vejo os teus trabalhos, a última coisa do mundo que o se me ocorre é que tu estás a fingir, porque é que ele tresanda à verdade? Bom, esse é o truque. 5:11 Pessoa 1 Não é? É acreditarmos tão tanto na mentira que ela se torna verdade. Estou a brincar, claro, mas hoje em dia acho que já ultrapassei a minha timidez, mas sempre que tenho que estar aqui, por exemplo, ou tenho que assumir uma persona pública, eu meto um chip. 5:27 É o Diogo Infante que está a falar, não é o Diogo, é o Diogo Infante, é a figura, é pessoa com responsabilidade, com uma carreira, diretor de um teatro que tem. Há uma expectativa, não é? 5:37 Pessoa 2 Isso pesa? 5:38 Pessoa 1 Claro que pesa, claro que pesa. Eu quero dizer a coisa certa. Quer? Quer corresponder às expectativas? Não quer desiludir? Quer que gostem de mim? Bem, isso parece uma terapia. 5:46 Pessoa 2 Estamos todos a fazer isso, não é um. 5:47 Pessoa 1 Bocadinho, acho que sim, então. 5:49 Pessoa 2 E quando é que tu és, Diogo? Só Diogo. 5:51 Pessoa 1 Bom, olha, quando acordo, quando lá ando lá por casa e digo umas asneiras. E quando me desanco com os cães e quando me desanco com o meu filho e não estou a brincar. Ou seja, eu acho que sou eu quando baixo A guarda, quando estou muito à vontade, quando estou rodeado de pessoas que me querem bem, os amigos, a família. 6:08 Não quero com isto dizer que eu seja uma construção. Eu digamos que tornei me uma versão mais polida de mim próprio, porque tenho que passar uma impressão. Tenho que comunicar EE quero controlar o veículo da comunicação. 6:23 Pessoa 2 E controlar a narrativa? Imagino que sim. 6:25 Desafios de Interpretar um Ícone e a Pressão Artística Estás agora, neste exato momento, disse me um passarinho azul a preparar uma peça cujo o título é. O clube dos poetas mortos, ou pelo menos é inspirado nos clubes dos poetas mortos. Não sei se é este o título, é mesmo esse o título? 6:38 Pessoa 1 É o título. 6:39 Pessoa 2 E tu és o professora. 6:40 Pessoa 1 Vou ser o professor ainda. 6:43 Pessoa 2 Há bilhetes para isso? 6:44 Pessoa 1 Sim, o espetáculo só vai estrear no final de abril. Portanto, mas está a voar. Os bilhetes estão a voar a. 6:50 Pessoa 2 Verdade. Como é que é isso? Como é que como é que tu fazes essa personagem mítica do. Do professor que inspira os seus alunos para sair da banalidade e que o sonho é, no fundo, infinito e que devemos conquistá lo? 7:03 Pessoa 1 Olha, eu eu sinto muita empatia por essa personagem, porque eu tento fazer isso na minha esfera de trabalho diária no seja no teatro, seja na televisão. Eu eu acho que é quase uma obrigação. E hoje em dia. Esta mensagem que o filme integra incorpora talvez faça mais sentido do que nunca, num momento em que estamos a assistir a comportamentos extremados na nossa sociedade, em que estamos a regredir relativamente a algumas conquistas EE direitos adquiridos e portanto, esta ideia de não sigas não sejas mais um não sigas, não sejas 11 Carneirinho no meio da manada. 7:43 Assume, te vive a tua verdade faz todo o sentido. E o personagem é tão inspiradora aqui, a dificuldade se quiseres é distanciar me da interpretação icónica do do do Kevin, não é Kevin, AI meu Deus, do Robin Williams, do Robin Williams, coitadinho. 8:00 EE encontrar a personagem em mim, portanto, tenho que fazer a minha própria versão. 8:04 Pessoa 2 Como é que isso se faz? Tu reescreves o texto que te pegas no texto? 8:07 Pessoa 1 Não, não, não. 8:08 Pessoa 2 Não, o texto é aquele. 8:09 Pessoa 1 Não o texto Oo filme faz 30 anos. EOO, argumentista para celebrar os 30 anos, fez uma versão para teatro. Normalmente há peças de teatro que dão filmes. Aqui foi ao contrário, ele próprio escreveu o guião, neste caso, a peça para teatro e Ela Foi feita nos Estados Unidos, em Washington, já foi feita em Paris e Lisboa. 8:30 Vai ser o terceiro país onde ela vai ser interpretada e já teve, já fizemos audições, já temos um elenco de miúdos fantástico e o espetáculo está em preparação e nem sequer estamos em ensaios. Mas a verdade é que já está a gerar imensa expetativa e imensa procura. 8:44 Pessoa 2 Como é que se prepara o que é que até porque tu tens que tocar estes instrumentos todos, não é? Quer dizer, tens, tens que tocar OOO instrumento de de encenador Oo de fazer o casting. Imagino que tenhas também esse tenhas aí uma mão nisso de de ator EE tu dizes me, que já está em preparação, mas ainda não começaram os ensaios. 9:02 Pessoa 1 Os ensaios ainda não começaram, é só só estreia em em abril do ano que vem e. 9:05 Pessoa 2 Começa se a ensaiar quando? 9:06 Pessoa 1 2 meses antes? Neste momento, o que está em preparação foi as audições, foi feito um cartaz, entretanto, já tivemos reuniões com o cenógrafo, com o figurinista, com está se a preparar toda a logística para depois o espetáculo seja montado no fundo é juntar as peças. 9:22 A parte dos ensaios propriamente dita acaba por ser mais divertido para os atores. Mas eu não vou encenar o espetáculo, vou apenas representar, quem vai encenar é o Elder Gamboa. Antes disso, vou eu encenar um espetáculo que começo os ensaios para a semana que é a gaivota do shakhov. 9:37 Que vamos estrear, entretanto, No No Trindade. Com quem? Com o Alexandre lencastre a fazer AA arcadina. Porque está de volta. Está de volta, claro. O teatro, sim, sim. 9:45 Pessoa 2 Bem, isso é 111 grande, uma grande sorte. 9:49 Pessoa 1 Sobretudo depois dela, há 30 anos atrás, ter feito a Nina, que é outro personagem icónico da gaivota, bastante mais novo, a jovem atriz. E ela agora vai fazer a Diva do teatro a arcadina num numa interpretação que eu tenho a certeza que vai ser memorável. 10:03 Pessoa 2 Como é que se encena uma Diva? Como é que se ajudam? 10:05 Pessoa 1 Com muito amor, com muito amor. Não se ensina nada, não é porque ela sabe tudo. Mas é no fundo, instigando, instigando confiança, apoio, dando ânimo. Porque os atores, seja Alexandre ou outro, qualquer grande ator tem muitas dúvidas, tem muitas angústias. 10:24 Pessoa 2 Precisa de mimo? 10:25 Pessoa 1 Sim, muito, até porque nós somos assaltados por. Muitos de nós temos o síndroma de um impetor. Achamos sempre que que somos uma fraude, que na verdade estamos só a replicar uma mentira, não estamos a ser suficientemente verdadeiros ou estamos a repetir um padrão de comportamento que já fizemos. 10:42 Achamos sempre que não estamos à altura do desafio. Eu trabalhei com o Eunice Muñoz e ela também tinha dúvidas, ela também se questionava e, portanto, todos nós passamos por esse processo. Mas isso é doloroso ou não é muito doloroso? É por isso que as pessoas acham que isso ser ator é. É maravilhoso, mas é um processo de grande angústia, angústia criativa, porque estamos perante a expectativa. 11:03 Tu já estás a pensar aí, a peça do do clube dos poetas mortos já está cá em cima. E eu começo a pensar, AI, meu Deus, se aquilo for uma merda, o que é que eu faço? 11:09 Pessoa 2 Não é, mas, mas, mas, mas é legítimo, não é? Quer dizer, repara, eu vi o filme, adorei o filme, claro, eu vejo te a ti. Eu gosto muito do teu trabalho. Juntar estas 2 coisas. Eu digo, não, não pode falhar. 11:19 Pessoa 1 É evidente que não é inocente AA junção desses fatores, mas isso não alivia a responsabilidade que eu sinto nos ombros, eu? E Alexandra e outros atores que têm sentem esse peso. 11:29 Pessoa 2 Mas tu, quando as pessoas entram no teatro, tu já estás ali a ganhar 10 zero. Quer dizer isto, isto não, não é um processo. Virgem eu, não, eu, eu, eu, eu, eu já, eu sentei, me na minha, no meu lugar do teatro, com essa expectativa, mas. Mas. Mas também tem um lado bom que, é claro, tens créditos, claro. 11:47 Pessoa 1 Obviamente, e. E estes anos todos de trabalho e de reconhecimento, dão nos essa, esse crédito e essa confiança. O público compra muitas vezes o bilhete sem saber o que vai. Confia nas nossas escolhas. EE, essa pressão é boa. E repare, eu muitas vezes comparo nos a atletas de alta competição. 12:04 Nós temos que ter aquela performance naquele momento, naquele segundo. É agora que toca, dá o gong e vai. EEE tens que o que é que? 12:13 Pessoa 2 Se sente nesse nesse momento? 12:14 Pessoa 1 Um choque de adrenalina brutal é das coisas que mais nos faz sentir vivos, o momento, a responsabilidade. Mas também bebemos dessa adrenalina e alimentamo nos para poder encarar um espetáculo com 2 horas e chegar ao fim com uma energia vital brutal e o público sair de lá arrebatado preferencialmente. 12:32 Pessoa 2 E não se cansasse no fim. 12:34 Pessoa 1 Passado 1 hora, quando aquilo começa a baixar e chegas a casa. E Tomas um copo de vinho e olhas assim para a televisão e aí dá a quebra. 12:41 Pessoa 2 E que e dói te músculos, dói ou não? 12:43 Pessoa 1 Não, às vezes dói mais a alma, Oo músculo da. 12:46 Pessoa 2 Calma, porquê? 12:47 Pessoa 1 Porque falhaste naquela frase? Porque hesitaste a respiração? Porque não deste a deixa se calhar no timing certo? Nós somos muito críticos. Eu acho que todas as pessoas que têm uma responsabilidade pública, não é? 12:59 A Dinâmica com o Público e Diferenças de Meio Se tu fizeres uma apresentação e te enganares, vais. 13:01 Pessoa 2 É uma, é uma. 13:02 Pessoa 1 Dor é uma dor, sim. Lá está é a mesma coisa. É uma. 13:04 Pessoa 2 Dor, mas é tu és muito perfeccionista na. 13:06 Pessoa 1 Muito, muito, muito. É por isso que eu trabalho com muita antecedência. Sou muito chato. Quero o quero garantir que tudo está preparado para quando o momento, se der, não há. Não há falhas, EEEE. 13:17 Pessoa 2 E esse diálogo com o público, porque tu estás em cima de um palco, mas tu estás a respirar com o mesmo público. Como é que é? Como é que é essa comunicação? Porque ela não flui só. Do palco para o lado de cá, não é? Quer dizer. Para o outro lado também também a maneira como nós nos rimos, como como aplaudimos, como nos distraímos, sim. 13:36 Pessoa 1 Sim, tudo interfere. E é por isso que nós dizemos, cada cada dia é um dia diferente. Cada espetáculo é diferente conforme o público. O público muda e é o público. Esse coletivo, naquele dia, forma uma espécie de um organismo. Como pulsar próprio com uma respiração própria, umas vezes são mais agitados, outras vezes são mais calmos, umas vezes são mais reativos, outras vezes são mais introspectivos e eles emanam uma energia e nós estando no palco, sentimo la mas mas física é palpável, é algo que dizemos bem, isto hoje UI não estão a sentir e às vezes é uma carga. 14:09 Pessoa 2 Mas isso é uma angústia, essa que deve ser uma angústia. 14:11 Pessoa 1 Sim, às vezes é boa, às vezes é. É uma expectativa. 14:14 Pessoa 2 Boa agora é que vai ser agora é que eu vos vou mostrar. 14:17 Pessoa 1 Que nós começamos logo por sentir Oo bruá na sala antes do espetáculo começar. A Carmen de Loures dizia me, quando eles falam muito é porque vêm para gostar. Se um público estiver muito calado, muito silencioso. UI. Isto hoje eles vêm para para cortar na casa. 14:31 Pessoa 2 Hoje vai ser difícil, hoje é o tipo júri do do festival da canção e, portanto, tem que ser. 14:34 Pessoa 1 Conquistado profissional está muito habituado. EEE apropria. Se EE absorve essas energias e transforma as sejam elas boas ou más. Agora nós não somos indiferentes a elas e às vezes isso contamina. Eu já parei um espetáculo mais do que uma vez para pedir às pessoas. 14:50 Se acalmarem, ou para deixarem de olhar para o telemóvel ou ou para deixarem de escrever já. 14:55 Pessoa 2 Isso é uma falta de respeito também, não é bom. 14:56 Pessoa 1 Infelizmente, é um prato desde que há 20 anos, apareceram os telemóveis e agora com os com os smartphones, para além dos toques, as luzes, as pessoas escrevem. 15:05 Pessoa 2 Tu vês na cara das pessoas? 15:06 Pessoa 1 Claro, no meio de uma plateia, às escutas acendes, um telemóvel é um é um. É um clarão não só incomodativo para nós, mas como também é incomodativo para todos os outros que estão à volta, não é? É evidente que há toda uma lógica. Nós anunciamos no anúncio de sala, pedimos encarecidamente, explicamos os anúncios, até que testa um bocadinho cada maiores e mas invariavelmente acontece. 15:26 Mas é uma, vai se ir tocando? É um, é um processo. 15:29 Pessoa 2 Olha, fazer isto no teatro. Tu tens pessoas à tua frente e, portanto, tu consegues. Ouvi Los. Tu consegues interagir com eles. Tu sabes seguramente. Táticas e técnicas para ora para desposterizar, ora para aumentar o interesse, enfim, ora para os acalmar. 15:47 Se aquilo estiver muito, muito complicado. A tua outra experiência é das telenovelas, onde tu também apareces muito apareces, como como como um das personagens principais. Aí não há público e aquilo é suspeito. 16:04 Uma carga de trabalhos muito grande, uma carga de trabalho muito grande para para fazer cena, pôr cena, para a cena, pôr cena, pôr cena. Como? Como é que é essa experiência aí? Bom, é menos criativa. 16:14 Pessoa 1 São técnicas diferentes, ou seja, na essência, tudo é representar, não é? Quando estamos num palco, é evidente, tu tens essa consciência que estás perante uma plateia? EE, há uma relação viva, dinâmica, EEE, que tu, da qual tu tens a responsabilidade de tentar controlar. 16:31 Em televisão ou em cinema, é diferente, porque o há o corte, há, há o take, podes repetir, podes fazer um pick up. EE no fundo, o que é que é um picape? O picape é. Se estás a fazer uma cena e há um engano, vamos pegar ali. EE vais e. 16:45 Pessoa 2 Depois dá para montar. 16:45 Pessoa 1 Sim, porque depois as templeiras de corte e, portanto, podemos ir salvar a cena com pick up. Normalmente o que se diz é tens que olhar a pensar na Câmara como o público. Eles estão a ver te a através da lente, mas tu? 17:00 Pessoa 2 Relacionas te com a lente com a Câmara, não. 17:01 Pessoa 1 Diretamente. Mas tu sabes que ela está ali. Eu também. Eu também não olho para o público quando estou no palco ou tento. Mas eu sei que eles estão lá, portanto, essa consciência permanente que está ali, um interlocutor que está, mas. 17:13 Pessoa 2 Não é frio, lá está a Câmara, é uma coisa fria. 17:15 Pessoa 1 É, é, mas ao mesmo tempo bom, há os camerman. Há toda uma equipa que está ali a acompanhar te e tu imaginas sempre que há uma grande intimidade, porque efetivamente a Câmara permite essa proximidade. E, portanto, tu adequas Oo teu registo, quer de voz, quer até de expressão, a um plano que é necessariamente mais próximo. 17:35 No teatro, tens aquela amplitude toda e, portanto, tens. Sabes que tens que projetar a voz? O gesto tem que ser mais amplo. A energia com que pões nas frases tem que chegar à à velhinha que é surda, que está na última fila, na. 17:46 Pessoa 2 Televisão? Não. Na televisão, não muito. 17:48 Pessoa 1 Ampliada na televisão, tu trabalhas para um plano médio apertado e, portanto, tens é que ser mais subtil, tens que conter mais em em termos de traços gerais, é isto. 17:55 Pessoa 2 Porque senão se tu fizeres, fores mais histriónico ou falares mais alto do que ficas. 17:58 Pessoa 1 Esquisito não é? Fica muito, super expressivo. EE fica, lá está. Fica muito teatral. Não é do mau sentido. 18:04 Pessoa 2 E o que é EEE? É as telenovelas, tanto quanto eu consigo perceber elas. Estão a ser escritas ao mesmo tempo que vocês estão a representar? Não necessariamente. Não necessariamente pode. Portanto, podes ser o guião. 18:12 Pessoa 1 Todo sim, há. Sim, há guiões que já estão acabados e, portanto, às às vezes são adaptações de outros formatos que se importam, outras vezes são abertas, ou seja, estão a ser escritas à medida que estão a ser feitas, às vezes com uma frente de 101520 episódios e, portanto, tu próprio não sabes para onde é que aquilo vai. 18:28 Ritmo Intenso das Novelas e a Eternidade de Shakespeare E conforme e se estiver no ar, então. Pode haver até 111 dinâmica com o público. O público está a gostar muito daquele casal. Lá está a gostar muito daquele conflito e isso é explorado. 18:38 Pessoa 2 Vamos pôr mais fermento aqui, vamos pôr, criar mais cenas depois. 18:41 Pessoa 1 Varia, varia. 18:42 Pessoa 2 Estás a gravar o quê agora? 18:43 Pessoa 1 Neste momento, estou AA gravar uma novela na TVI que se chama amor à prova e é um lá está é uma adaptação de um formato chileno ou venezuelano, portanto, adaptado à realidade portuguesa. 19:00 É, é mais pequena do que habitualmente. Tem apenas 100 episódios, apenas 100 apenas. Mas efetivamente tem uma carga de gravação muito intensa. Nós chegamos, eu gravo tranquilamente 12 cenas de só da parte da manhã. 19:13 Pessoa 2 12 cenas só. 19:14 Pessoa 1 Em 3. 19:14 Pessoa 2 Horas e 1 e 1 cena normalmente demora quê 2 minutos? 19:17 Pessoa 1 5 minutos. A cena pode ter 223 páginas, portanto estamos a falar de 234 minutos. Mas multiplicas isto por 10. Estás a ver, não? 19:25 Pessoa 2 É só para decorar o texto, como é que? 19:26 Pessoa 1 Sim. 19:27 Pessoa 2 Como é que eu? 19:27 Pessoa 1 Eu decoro na hora. 19:29 Pessoa 2 Na hora, como é que? 19:30 Pessoa 1 Isso se faz? 19:31 Pessoa 2 Espera lá. Isto aqui vai ser uma ótima explicação para os alunos do secundário, que é. Como é que se decora na hora, é? 19:36 Pessoa 1 Diferente é uma coisa, é decorares 11 conteúdos em que tens que dominar a matéria e saber do que é que estás a falar ali. O que eu faço é, eu leio a cena na véspera para perceber o que é que se passa e quando chego lá, passo com o colega, Bora lá e em vez de decorar as palavras, eu decoro as ideias. 19:51 Pessoa 2 O sentido, o sentido. 19:53 Pessoa 1 Que é, se eu souber o que estou a dizer, é mais fácil replicar, e mesmo que eu não diga aquela palavra, digo outra, parecida. E a coisa dá se. 20:00 Pessoa 2 E os realizadores não são muito aborrecidos, não querem, não é? 20:03 Pessoa 1 Shakespeare não é, não é, não é propriamente mulher. Portanto, o que interessa aqui é. Lá está a semelhança, a verdade, a fluidez e a sinceridade. EE se ficares muito agarrada à palavra, porque aquela que. 20:15 Pessoa 2 Pronto, vai soar a falso, vai soar péssima. Olha o que é que Shakespeare tem de interessante e de extraordinária para continuarmos todos AA ver e a e a gostar daquilo que os atores a fazerem. 20:25 Pessoa 1 Ele é um génio. Ele conseguiu captar na sua obra de 30 e tal peças mais não sei quantos contos, mais poemas mais. Eu diria que o essencial da natureza humana. Considerando que ele escreveu no século 15, é incrível pensar que ele tem esta esta capacidade de de de nos identificar e perpetuar. 20:51 E eu acho que estão estão está lá tudo. A Shakespeare ensina a ser, ensina a humanidade, mas. 20:58 Pessoa 2 Aquilo que é extraordinário é que depois aquele texto parece muito simples, bom, muito, muito simples, no sentido em que eu entendo aquilo. O que é que ele está a? 21:06 Pessoa 1 Dizer isso é um trabalho difícil, difícil. 21:09 Pessoa 2 Fazer o mais fácil ou mais? 21:10 Pessoa 1 Difícil? Exatamente no original. Em em inglês, o texto é inverso e, portanto, e usa uma série de terminologia que já está em desuso. Portanto, os próprios ingleses têm dificuldade muitas vezes. Em acompanhar aquilo que é dito, eles percebem o sentido mais do que todas as palavras. 21:29 Pessoa 2 E como é que tu fazes para para? 21:30 Pessoa 1 Para quando é pensar nisso, o que acontece é, há várias abordagens à tradução. Há uns que são mais académicos e que tentam ser fiéis ao verso EEE, à estrutura EEE. As traduções ficam muito pouco dizíveis. E depois há alguns tradutores, felizmente, que se. 21:49 Traduzem em prosa, portanto, EE tentam é captar AA ideia e menos AO verso, e então torna se mais fluido em português. Na tradução tu podes simplificar para facilitar o entendimento. 22:00 Pessoa 2 Fica lá a poesia no fundo, sempre sem, sem aparecer necessariamente inverso. 22:04 Pessoa 1 Sempre que é necessário, até se pode ir ir buscar um verso ou outro. Mas a prosa é poética também. EEEA essência do texto não se perde. 22:13 O Que Distingue a Presença e o Talento Bruto Olha o que é. 22:13 Pessoa 2 Que distingue? A presença, aquilo que nós sentimos como uma presença ali de uma mera performance. Há bocadinho que estavas a falar aqui do do síndrome do impostor. Que que que é essa nossa relação com a verdade? De de, do, do que é, da da, de quem está a fingir ou de quem está a interpretar uma verdade, apesar de estar a ser teatralizada? 22:33 Como é que se treina, no fundo, uma voz para dizer a verdade? 22:37 Pessoa 1 Não sei, sinceramente, não sei. Ainda me debato com isso. Não tanto no meu próprio processo, mas, sobretudo quando estou a dirigir atores e quando estou a tentar explicar como é que se consegue chegar lá. O que tenha testemunhado ao longo dos anos é que há pessoas que entram num palco sem abrir a boca e algo acontece. 22:56 Elas transportam uma energia. 11, confiança. 11. Aura. 23:01 Pessoa 2 O que é que é isso? Algo acontece? 23:05 Pessoa 1 Chama a tua atenção. Tu queres olhar para aquela pessoa? Tu precisas de olhar para aquela pessoa. E ela ainda não abriu sequer a boca. E isso é muito claro. Por exemplo, quando estou a fazer audições, estou a fazer audições em teatro, tens 20 atores a fazer o mesmo texto e há um ou 2 de repente. 23:20 Pessoa 2 Brilha. 23:20 Pessoa 1 Brilha. Às vezes é. É a maneira como se proporiam do texto, como o tornam seu, como conseguem escavar uma leitura muito original. Outras vezes é meramente 11 atitude, uma postura. 23:35 E isto não se codifica porque é é muito difícil de EE, nem sempre acontece, ou seja, o mesmo ator. Noutro contexto, se calhar pode não ter o mesmo efeito ou com as mesmas pessoas, mas as pessoas que normalmente são brilhantes. 23:51 Olha, há pouco falávamos da Alexandra. A Alexandra é uma atriz para quem a conhece bem, muito insegura, com muitos anseios, muitos temores. Mas lembro me quando fizemos o quem tem medo de Virgínia woolf? Também no teatro da Trindade. Há 8 anos atrás, quando era hora de entrar, nós entrávamos os 2 em cena na nossa casa. 24:13 Fora de cena, Alexandre estava a dizer, não quero, não quero, não quero, tenho medo, tenho medo, tenho medo de ir assim, Ah, não quero depois entrava e mal ela entrava, explodia algo acontecia, era incrível, ela mudava, ela mudava assim de um do dia para a noite. EE aquilo que era um temor, ela transformava numa arma. 24:30 Pessoa 2 Transformar uma fragilidade numa força. 24:32 Pessoa 1 Sim, claro, Oo meu medo? Há há pessoas que com o medo, atacam, não é? E portanto, é. Eu acho que é isso que ela fazia e que ela faz, que é quando tem temor, ela vai para cima de um palco e seduz. EE abraça, nos abraça, nos com o público. 24:46 Pessoa 2 Arrebata nos no fundo, arrebata nos e leva nos quando ela quiserem. 24:49 Pessoa 1 E algo não, não se explica. Tu podes tentar dizer e um ator vê lá, se consegues fazer isto. Mas isto às vezes é inato. 24:56 Pessoa 2 É, não dá para treinar. 24:57 Pessoa 1 É uma natureza? Não. O que dá para treinar é todo o lado técnico. É a postura, é a maneira como lanças, a voz, a maneira como. Como tu atacas uma cena, a energia que colocas, a vitalidade, e isso trabalha se agora, depois de fatores que nos escapam, muitas vezes é, é o subtexto, não é, é aquilo que não é dito, é, é, é uma essência, é uma natureza. 25:16 Porque é que numa multidão nós passamos por 50 pessoas e há uma a quem, onde, onde o nosso olhar pára e não é necessariamente porque é mais bonito, é qualquer coisa que nos faz olhar para aquela. 25:27 Pessoa 2 Pessoa é um fator x, é um carisma. 25:28 Pessoa 1 Sim, claro, claro. Qualquer coisa que impacta a toca comove. 25:35 Pessoa 2 E nós conseguimos correlacionarmos logo com essa pessoa, apesar de não a conhecermos, apesar. 25:38 Pessoa 1 Eu diria que sim. Eu, eu sou. Eu adoro talento. Sou muito sensível ao. 25:44 Pessoa 2 Talento, não é? 25:45 Pessoa 1 Certo, mas digamos que eu estou treinado por via da da minha profissão para ver talento. E quando eu vejo o talento no seu estado bruto, como um Diamante é, é normalmente é muito comovente. Porque tu vês todo o potencial e a pessoa às vezes só está só, só é e tu dizes me meu Deus, como é que esta pessoa às vezes eu vejo jovens atores acabaram de sair do conservatório, pisa, vão para cima de um palco, uma maturidade, uma energia, uma luz e eu disse, como é que se ensina isto? 26:18 Onde é que tu estás, onde é que tu aprendeste isto e não se aprendeu? Eles trazem com eles, trazem da vida, trazem de outra, não sei de. 26:24 Pessoa 2 Outras vidas há bocadinho falavas da Eunice. Ou ou o Rui de Carvalho, por exemplo. Oo que é que o que é que estes 2 atores que juntam longevidade EE lá está e essas coisas todas, o que é que eles têm de verdadeiramente especial? 26:39 Pessoa 1 Ah, olha, eu, Rui, conheço menos. Bem, eu trabalhei muito com a Eunice e com a Carmen de Loures. O que o que eu sinto é é uma entrega total AAA, uma arte que amam eles amam aquilo que fazem. 26:56 E há um sentido de ética e de paixão, de rigor e profissionalismo, tudo isso. Mas depois há algo que é transcendente, que é é a maneira como como estão Oo Rui conta se que no início da sua carreira sofreu muito nas mãos do ribeirinho que o maltratava e que o dirigiu e o isso. 27:16 E o Rui é um ator que se foi construindo, foi foi dominando 11 técnica e uma. E uma presença invulgar por causa da escultura sim, a inicia Carmen. A história é diferente. A Carmen era uma mulher de uma beleza plácida, começou por fazer cinema, a Eunice mal apareceu com miúda 18 anos, era logo um furacão toda a gente não falava de outra coisa no conservatório, ela já era a melhor aluna nota 19 aos 12 anos, quando estreou No No teatro nacional, dona Maria segunda, perceberam logo que ela era um bicho de palco. 27:51 Pessoa 2 Saiam da frente. 27:51 Pessoa 1 E saiam da frente. E pronto, EE foi assim até à sua morte, aos 94. 27:55 Pessoa 2 Anos e há agora novas das destas novas geração? Já há, há há atrizes e atores que tenham também. 28:01 Pessoa 1 Isso assim, há gente muito boa, há gente muito boa. 28:03 Pessoa 2 O que é que tu fazes com essas? 28:04 Pessoa 1 Epifanias para ti, guardo as registo verbalizo. 28:10 Pessoa 2 És mais exigente com eles? 28:11 Pessoa 1 Não, não, não. Eu tento é aprender. Aprender, sim. Ou seja, porque eles têm uma frescura e têm um olhar tão novo perante situações que, para mim, já são recorrentes. E eu penso. Como é que eu nunca vi isto antes? Como é que eu nunca olhei para isto desta maneira? 28:25 Pessoa 2 Eles trazem uma frescura do ponto de vista, sim. 28:27 Pessoa 1 E. 28:28 Pessoa 2 Isso também e isso ensina te. 28:29 Pessoa 1 Há uma audácia, não tem Nada a Perder. Arriscam sem medo. E isso aprende se claro que sim. 28:35 Pessoa 2 Isso é absolutamente EE pode se estimular ou, pelo contrário, esvaziar. 28:39 Pessoa 1 Bom, sim, tu podes fazer todo um trabalho psicológico, pois que os demova. Espero bem que não. Isso seria de uma enorme crueldade. O que eu tento fazer é fomentar, alimentar, beber e estimular EE, aprender. 28:52 Pessoa 2 Olha, estamos no momento das redes sociais, onde? Temos coisas muito interessantes, como a propagação da mensagem, como a proximidade. Imagino que até para a promoção do teu trabalho as coisas sejam mais fáceis. Mas, por outro lado, temos tudo, todo o lixo que vem por aí, não é o ruído, a toxicidade, a pressão para se ter uma opinião, sobretudo, e sou contrário anão aceitação da opinião do outro. 29:17 Navegar o Digital e Lições da Comunicação Familiar Como é que? Como é que tu vais gerindo isto? 29:20 Pessoa 1 Tento gerir com alguma prudência, alguma parcimónia. Tento não, não. Não viver totalmente dependente destas plataformas e desta esta necessidade de extravasar opiniões a torto e direito ou até dispor uma intimidade. 29:36 Eu sempre fui recatado e, portanto, sou muito criterioso naquilo. 29:40 Pessoa 2 Que como é que te protege, lá está? 29:42 Pessoa 1 Com critério, com selecionando bem aquilo que me interessa partilhar e faço com parcimónia. É sobretudo isto. É sobretudo um instrumento de trabalho. De há uns anos para cá, eu sinto que tornei me mais. 29:58 Não diria acessível, mas tive mais vontade de partilhar alguns aspetos da minha vida. 30:04 Pessoa 2 O que é que mudou quando foste pai? Sim, isso foi muito público. Adotaste uma criança, agora um homem. 30:11 Pessoa 1 Desde que fui pai Oo meu olhar mudou necessariamente EEE. Portanto, as escolhas. Todas as escolhas que fiz. Pensava sempre também nele e naquilo que eu acho que poderia ser bom para ele. Mas, portanto, tento não não ficar escravo nem nem nem pôr me a jeito para me magoar, fruto de qualquer reação da bisbilhotice, da bisbilhotice ou dos comentários ou do que for AA verdade é que tenho tido sorte. 30:40 Bom, eu também não ando sempre AA ver tudo o que escrevem, mas normalmente tenho reações muito positivas e. Muito agradáveis àquilo que publico, seja pessoal ou profissional, mas tento não levar nada disto muito a Sério porque acho perverso. 30:57 Pessoa 2 Olha, eu não quero entrar muito na tua intimidade, mas tenho uma curiosidade só na tua relação com o teu filho. Como é que são os diálogos? Porque isso interessa me tu, tu que és 11 cativador de de jovens talentos no mundo. Quando ele apareceu na tua vida, como é que foi? 31:13 O que é que, o que é que, como é que, como é que é esse, como é que é esse diálogo? Com, com, com uma, com uma pessoa que já que tem capacidade de pensar e de dizer e de desafiar. 31:25 Pessoa 1 Olha, eu basicamente repliquei o modelo de educação e que tive na minha vida e que implicava essencialmente 2 coisas, uma muito amor, muito amor. Todos os dias, agora menos, mas todos os dias lhe dizia que o amava e todos os dias falamos ao telefone. 31:46 Quando não estamos fisicamente perto, falamos, falamos várias vezes ao dia e a segunda coisa é precisamente isso, é a comunicação, é proximidade, é para o bem, para o mal. Eu disse, lhe tu podes me podes me contar tudo, podes falar comigo de tudo e, portanto, eu também promovo isso que é, falo com ele, se mesmo que se estou chateado, se discordo, promovo um diálogo, vamos tentar perceber porque é que o que é que está mal ou o que é que está bem? 32:11 O que é que tu achas? O que é que eu acho? E isso criou, entre nós 11, franqueza que me parece saudável e que nos permite falar de assuntos que possam ser mais ou menos delicados, mais ou menos sensíveis, sempre com a certeza que queremos Oo bem e o melhor do outro. 32:26 Pessoa 2 Que é uma definição de amor. Mas como qualquer pai e filho, deve haver momentos em que vocês socam. Sim, tem pontos de vista completamente radicais, mas uma. 32:32 Pessoa 1 Uma coisa que eu aprendi com o meu filho foi a pedir desculpa, ou seja, aprendeste com ele porque ele tinha dificuldade em fazê lo ele pequenino. Ficava muito nervoso, se fazia uma asneira e eu percebi, OK, se tu não consegues. 32:50 Então eu comecei a pedir desculpa quando errava ou quando fazia alguma coisa mal. E como quem para lhe dizer não faz mal nenhum, assumir que falhamos ou ou ou que estamos arrependidos ou que queremos melhorar. E foi um processo EE. Eu hoje também peço mais vezes desculpa e ele falo já de uma forma muito mais tranquila, já sem dramas sem, mas não os nossos confrontos. 33:11 São muito desta natureza. Eu às vezes sou mais impulsivo, emocional, EEE. Depois ele olha assim para mim e diz, porque é que estás a falar assim e tens razão? Desculpa, estou irritado, mas tens que perceber isto, tens razão, pá, eu percebo também peço desculpa, mas tens que perceber que eu pensei assim e a minha ideia foi esta, disse, é OK, então vá, está cá, um abraço e vamos. 33:29 Pessoa 2 Portanto, tenho um efeito calmante em ti, no. 33:31 Pessoa 1 Fundo sim, absolutamente. EE agora já está numa fase em que se é 11 jovem adulto. Tem 22 anos e já posso falar com ele de outras coisas. Posso falar das minhas angústias, dos meus sonhos, das minhas ambições. Ele dá me conselhos. Ele vai ver tudo o que eu faço. 33:46 Ele gosta muito de teatro e, portanto, tem um olhar crítico, tem um olhar sustentado, tem opiniões formadas. É muito giro falar de política, falar de do que, do que seja. 33:56 Pessoa 2 O que é o maravilhoso da da vida? 33:58 Enfrentar Desafios Sociais e o Sonho de Salvar Olha, estamos num tempo em que a ética, a responsabilidade e a empatia parece que tiraram férias durante algum tempo. Coisas que nós considerávamos como normais, nomeadamente direitos civis, coisas que são normais e banais, parecem agora estar sob ameaça. 34:14 O que é que fazemos a isto? Ignoramos ou combatemos? Com toda a formação, tenho sempre essa dúvida que é quando quando alguém defende alguma coisa completamente absurda e que nós temos a sensação de que não faz sentido. 34:28 Pessoa 1 Eu, eu percebo a pergunta, podemos dar? 34:29 Pessoa 2 Gás. 34:30 Pessoa 1 Porque às vezes sinto que quanto mais combatemos ou quanto mais damos visibilidade a esse tipo de posturas e. 34:35 Pessoa 2 Estamos a ajudar, não é? 34:36 Pessoa 1 Exatamente, estamos AAA divulgá las a fomentá las. Às vezes é evidente que ignorar silenciosamente também não é uma boa política. Eu acho que temos que encarar isto enquanto sociedade, enquanto coletivo, enquanto e perceber quais é que são os limites. Oo que é que é razoável. 34:53 Vivendo nós em democracia e admitindo que há pessoas com opiniões diferentes e respeitando essa diferença. Ainda assim há limites. Há limites para aquilo que é passível de ser dito quando isso incita o crime, a violência, o ódio. 35:10 AA os extremismos. EE portanto, eu acho que temos que olhar para os políticos que têm responsabilidade legislativa. Temos que olhar para a justiça. Que seja mais eficaz, seja mais célere. Quando assistimos na própria casa da democracia, no parlamento, a comportamentos, bom que não se não aceitaríamos numa escola, por exemplo, então algo que está profundamente mal e isso tem que ser balizado. 35:35 Pessoa 2 Olha, EE, quando essas discussões começam a contaminar a nossa bolha, dos nossos amigos, que nós até dizemos, mas porque é que tu estás a dizer 11? Coisa daquele passa um efeito de contágio, não é? É como os. 35:47 Pessoa 1 Vírus com os amigos. 35:50 Pessoa 2 Amigos ou próximos? 35:51 Pessoa 1 Eu. 35:51 Pessoa 2 Vou não vou largar um bocadinho o. 35:52 Pessoa 1 Círculo eu quero acreditar que o que as a escolha a minha escolha de amigos. 35:57 Pessoa 2 Te protege. 35:58 Pessoa 1 Protege me. Mas se ouvir pessoas a dizerem coisas que a mim me agridem, porque são absolutamente idiotas, eu não vou entrar nesse, nesse, nesse, nessa discussão, nesse diálogo. Não vou gastar essa energia. Um amigo SIM. 1 conhecido não. 36:14 Pessoa 2 Pois deixas deixas passar, olha, há bocadinho estavas a falar dos teus, dos teus medos, das tuas vulnerabilidades que vem de onde, que, que tipo de medos são? 36:23 Pessoa 1 Esses os normais, ou como qualquer pessoa, o medo de morrer, o medo de falhar, o medo de desiludir, o medo de sofrer, o medo de não ser suficiente, o medo de. São muitos, mas é assim, eu, eu, eles existem. 36:40 Mas eu não sou uma pessoa medrosa. Eu não sou um pessimista da entende. 36:44 Pessoa 2 Que és um otimista? 36:45 Pessoa 1 Sim, sim, eu, eu, eu vejo o copo meio cheio. Eu, eu não me escudo a uma luta, a um embate. Eu posso tremer, mas vou, eu vou lá, eu vou à eu vou à luta. 36:57 Pessoa 2 Então, EE do lado otimista, do lado solar, onde é que? Onde é que estão os teus sonhos? O que é que, o que é que tu, o que é que tu projetas como? OK, aqui eu tenho que pôr mesmo as minhas fichas e que isto tem que acontecer mesmo. 37:07 Pessoa 1 Bom, eu estou numa fase. Da minha vida, em que eu o que procuro é acolher um bocadinho, os frutos daquilo que semeai ao longo da vida. 37:15 Pessoa 2 O que já acontece, o que já acontece? 37:17 Pessoa 1 E, portanto, os meus sonhos agora são, se calhar, de outra natureza. Já não tenho ambições profissionais, não quero ir para Hollywood, não quero ganhar um óscar. Não, não, não, porque isso implicava uma outra vida que eu não tenho. Já não tenho e não tenho nem energia, nem vontade. 37:33 Adoro o meu país, adoro viver aqui. Tenho 111, carreira longa, já fiz muita coisa. Sinto me muito reconhecido pelo meu trabalho. Sinto que tenho um espaço de ação, de intervenção, tenho responsabilidades. Portanto, eu, eu, no essencial, sinto me um privilegiado. 37:51 Os meus sonhos são em garantir que a minha família está bem, saudável, que tenho condições para poder continuar a trabalhar e a fazer os textos que. Gosto que quero trabalhar me e relacionar me com os públicos que me acompanham há muitos anos. 38:07 Este trabalho tem vindo a desenvolver há 8 anos no Trindade, que me deixa cheio de de orgulho. 38:12 Pessoa 2 Que é um teatro especial, não? 38:13 Pessoa 1 É. É muito especial. Não só porque foi lá que me estreei como encenador há muitos, muitos anos. Mas tem 11. Bom, é um belíssimo exemplo. Do teatro palco à italiana, neste país muitíssimo bem preservado. E depois tem 11. Relação plateia, palco fantástica. 38:29 E tenho me permitido levar a cena espetáculos de que tenho muito orgulho. É uma proximidade também? Sim, sim, também essa proximidade física, energética, EE é um teatro onde me sinto bem e sinto me acarinhado. Sinto, me sinto me em casa. 38:42 Pessoa 2 Exatamente, há bocadinho usavas a palavra casa. Disseram me que tu cuidas de todos os detalhes que vão desde a bilheteira, no sentido de quem é que é? A pessoa que acolhe na bilheteira, a pessoa que leva as pessoas até até se sentar isto tudo isto faz parte do espetáculo. 39:00 Pessoa 1 Sim. Ou seja, eu diria que um projeto artístico, que foi isso que eu desenhei para a Trindade não se esgota apenas na programação. É um conceito. Que é um conceito de fruição. É uma experiência que começa desde que a gente liga para o para o Trindade a pedir uma informação, desde que compramos um bilhete. 39:16 Como somos, a maneira como somos recebidos na sala, como somos acolhidos no fundo, eu trato Oo Trindade e este projeto como uma empresa cultural que tem que ter uma relação privilegiada com o seu público, tem que acarinhar os seus funcionários e que tem que ter resultados. 39:32 E, portanto, eu não acho que seja nada de novo, de nem transcendente, é apenas um cuidado que eu imprimo em todas as Vertentes que têm que ver com o espetáculo, seja no palco ou fora dele. 39:42 Pessoa 2 Que é isso que nos faz depois sentir bem num determinado sítio e acolhidos. 39:44 Pessoa 1 É o que eu desejo. É assim que eu gosto, é assim que eu me sinto quando eu me sinto bem num num sítio, num espaço, enquanto utente público, seja o que for, eu volto. E é isso que eu quero proporcionar, proporcionar às pessoas com autoridade. 39:55 Pessoa 2 Olha, o que é que a arte pode fazer por nós? Por estes tempos mais conturbados. 39:59 Pessoa 1 Olha, se eu tivesse que reduzir uma única palavra, diria salvar nos. 40:02 Pessoa 2 Assim, logo uma coisa simples. 40:04 Pessoa 1 Simples, porque, na verdade, para que é que vivemos? Não é? Não pode ser só para comer e para procriar e para. Ou seja. 40:11 Pessoa 2 Fazem os animais. 40:12 Pessoa 1 Pronto, exatamente, quer dizer. 40:13 Pessoa 2 Os animais, mas os outros? 40:14 Pessoa 1 Distinguem nos não é. A arte eleva, nos eleva nos a um nível de sofisticação intelectual, espiritual. É É Ela que nos permite. Encarar OA vida OA essência da vida, o sentido da vida EE podermos ao mesmo tempo mergulhar em nós próprios, os nossos sentimentos, na nossa história. 40:34 Portanto, eu acho que esse legado é algo essencial. Acho que todas as pessoas que de uma forma ou de outra têm um contacto com expressões artísticas, eles não têm que ser artistas, mas as pessoas que na vida têm contacto com experiências artísticas. 40:50 São necessariamente mais felizes, mais completas, mais preenchidas. 40:54 Pessoa 2 Mas estamos numa cidade onde gastamos AA vida e a formação dos nossos, das nossas crianças, mais a ter matemática e física e afins do que ir ao teatro, ver uma exposição, ir passear no parque. 41:07 Pessoa 1 Isso é outra discussão, não é? Ou seja. 41:08 Pessoa 2 A nossa matriz está a criar na realidade autómatos e não e não. 41:13 Pessoa 1 Certo, é por isso que já há muitos métodos a serem desenvolvidos e explorados de ensino. Que não passam necessariamente por essa essa compilação de conhecimento, essa aquisição, essa quantificação de de conhecimento que depois, na verdade fica muito pouco, não é quantos nós nos lembramos das coisas que aprendemos na escola? 41:31 Já nem dos rios eu me lembro, entre entre outras coisas. Matemática nem pensar. Felizmente temos as calculadoras, mas o que eu quero dizer é, sabem, matemática é evidente. Eu acho que a educação pela arte podia ser um caminho muito interessante. 41:48 Ou seja, pôr precocemente jovens em contacto com as expressões artísticas ajuda não só a desenvolver a fruição e o sentido crítico, mas e o sentido estético, mas também a desenvolver competências do ponto de vista da imaginação, da criatividade, que são coisas que nós podemos usar em todas as áreas da nossa existência. 42:07 E isso torna nos seres mais sensíveis, mais atentos, mais empáticos e menos e mais generosos também. 42:14 Ferramentas Essenciais para uma Comunicação Eficaz Olha, eu quero aprender. Quero tomar a tua experiência, aprender EE, partilhar com quem nos ouve. O que é que nós precisamos de fazer para nos tornarmos melhores comunicadores? Tu tens uma caixa cheia de ferramentas para nos para, para nos ajudar a comunicar melhor. 42:32 O que é que nós podemos fazer? Vamos, vamos lá. Podemos fazer 11 lista ou ou ou ir ou ir por um caminho para nos tornar melhores comunicadores. 42:40 Pessoa 1 Olha, eu, eu não tenho isto sistematizado, não é? Mas eu diria. 42:44 Pessoa 2 Também não precisamos de todas. Pronto, isso são 2. Quer dizer, podemos começar pela voz, por exemplo. 42:47 Pessoa 1 Eu diria que para para comunicarmos melhor, é muito importante começar por saber o que é que queremos dizer, o que é que queremos comunicar? O problema é que se as pessoas não têm bem a certeza do que querem comunicar. 43:00 Pessoa 2 Sai propaganda, sai propaganda. 43:02 Pessoa 1 Ou sai, envie usado. Não é ou, ou a comunicação perde. Se algures eu, eu começaria por aí, que é termos convicções, termos valores, termos opiniões estruturadas. Vai facilitar. Depois eu diria sermos económicos, concisos. 43:18 Pessoa 2 Não gastar, não gastar o tempo da Malta. 43:20 Pessoa 1 Nem o tempo da Malta, nem a voz, nem nem nem nem o vocabulário. Porque às vezes diz se muita coisa para, às vezes é uma coisa tão simples, não é? Portanto, eu acho que a simplicidade é um bom artifício. 43:30 Pessoa 2 Estamos a falar e à procura do que vamos a dizer. 43:32 Pessoa 1 Exatamente. 43:34 Pessoa 2 Dá, me dá me um sujeito, dá me dá, me dá me um predicado que é para a gente conseguir perceber do que é que estás a. 43:40 Pessoa 1 Falar shakhov já defendia isso. Ser conciso é muito importante. Bom se estivermos a falar da comunicação oral. A articulação é fundamental, não é? Ou seja, porque quando a gente. 43:53 Pessoa 2 Ninguém entende nada. 43:54 Pessoa 1 Entende nada. Portanto, eu acho que falam para dentro a capacidade de falar para fora no sentido de comunicar EEE. Porque nós quando falamos, não falamos só com a voz. Para além de falarmos com a voz de lançarmos as palavras de as articularmos, depois falamos com a energia que pomos na. 44:11 Pessoa 2 E lá está a nossa caixa pulmonar também, não é? 44:13 Pessoa 1 Torácica, EE as nossas expressão. EEE aquilo que não dizemos também é muito importante, não é toda o toda a linguagem que fica. 44:20 Pessoa 2 Isso aprendemos logo com as mães quando elas estão zangadas. 44:22 Pessoa 1 Connosco e não, não precisam de muito. 44:26 Pessoa 2 Não é? 44:27 Pessoa 1 E depois, eu acho que sermos sinceros também ajuda. 44:29 Pessoa 2 Não é sempre? 44:31 Pessoa 1 Bom. 44:31 Pessoa 2 Ou uma mentirinha piedosa também pode caber neste neste. 44:35 Pessoa 1 Se a intenção é que ela pessoa perceba, tens é que. 44:38 Pessoa 2 Circular não é? Olha, e a arte de escutar, porque isto de dizer depois de pensar ou não pode ser uma coisa mais visceral, a arte de ouvir. 44:48 Pessoa 1 Olha, no teatro é fundamental. Aliás, na arte de representação, há mesmo workshops que se chama escuta ouvir, saber ouvir. 44:56 Pessoa 2 Como é que se ensina isso? 44:57 Pessoa 1 Ouvindo. Que é que é? O que é que acontece? Muitas vezes um ator sabe as suas falas, não é? EE sabe a tua deixa e só está à espera da deixa para dizer a dele, portanto, tu dizes chapéu a chapéu é a minha deixa. 45:11 Pessoa 2 Isso fica artificial, não é claro. 45:13 Pessoa 1 Fica. Tu estás à espera da deixa. Mas se tu estiveres a ouvir tudo aquilo que tu estás a dizer, tem um sentido EOAAA. Minha fala é uma reação à tua. 45:22 Pessoa 2 E tu entras no comboio? 45:23 Pessoa 1 Obviamente, tens que ouvir, tens que ouvir, tens que processar e tens que integrar. E isso tudo tem tempos e às vezes OAA, Malta nova, muitas vezes com a ansiedade. Precipita um bocadinho e tu dizes. Calma, calma, ouve, ouve o que ele está a dizer, ouve, ouves, retens. 45:39 Ah, e reages. E isso pressupõe um tempo, pressupõe uma respiração, pressupõe jogo, jogo. 45:44 Pessoa 2 O timing conta. 45:45 Pessoa 1 Muito. Timing é tudo. Timing é tudo em em representação, em comédia. Então é fundamental, se tu falhas o timing, a piada já foi. A maneira como lança se aquele tempo de suspensão. 45:56 Pessoa 2 Há uma aceleração, há uma suspensão e depois consegues fazer que a piada aconteça. 46:01 Pessoa 1 Em em teoria, sim, mas é uma coisa que se sente mais do que se explica, não é? É aqui, cuidado, estás a correr, estás a assim, não tem graça. Tens que tens que fazer o punchline, tens que fazer a chamada e depois lanças a eu estou te a ouvir. 46:12 Pessoa 2 Estou a pensar no ralo solnado lá está que que, independentemente do texto e tudo o que fosse, havia não só maneira de dizer, mas depois também aquela tu quase antecipavas que ali IA acontecer alguma. Coisa e ele trocava te as. 46:24 Pessoa 1 Voltas e tu? 46:25 Pessoa 2 Ias tu ias te embora logo rapidamente, o que é que te falta fazer? 46:30 Pessoa 1 Olha bom o jantar. 46:33 Pessoa 2 Logo tu cozinhas. 46:35 Pessoa 1 Pouco, felizmente, tenho. Tenho em casa quem cozinho muito bem, mas. 46:38 Pessoa 2 Gostas de comer. 46:39 Pessoa 1 Eu gosto muito de comer, pronto. Gosto da sou, sou, sou. Sou um bom garfo. Não sei. Não sei se me falta fazer assim tanta coisa. Eu tenho 11 gaveta cheia de peças que quero fazer. Gostava de fazer um bocadinho mais de cinema, mas é algo que não depende só de mim. 46:55 Pessoa 2 É difícil fazer cinema em Portugal, não é? É fazer no sentido de produzir. 46:59 Pessoa 1 Sim, é muito, é muito difícil, não é porque. 47:00 Pessoa 2 É caro? 47:01 Pessoa 1 É muito caro, não é? Um filme custará à volta de meio milhão, meio milhão de euros, pelo menos. E. 47:08 Pessoa 2 Depois, depende do que é que se venda daquele filme, não é? 47:10 Pessoa 1 Nem tanto, porque não há. Não temos indústria, portanto, este dinheiro é, é. São apoios do estado. Muitas vezes ARTP também participa. Às vezes vêm da Europa, da euro imagens ou de outros organismos que consegues uma co produção, mas eu não tenho capacidade nem tempo para montar esse tipo de coisas. 47:29 Estou aqui empenhado em tentar escrever uma série que propusemos. De resto, ou ou o ica, para ver se conseguimos desenvolver uma ideia. Portanto, eu gostava também de realizar. É uma coisa que já fiz, já já realizei uma curta metragem, mas gostava de realizar a uma série a uma longa metragem. 47:47 No fundo, é um prolongamento natural do facto de eu já ensinar os espetáculos há muitos anos. 47:51 Pessoa 2 E mesmo com com os netflixs desta vida e afins, esse processo não se tornou melhor? Quer dizer, houve o rabo de peixe, obviamente. 47:56 Pessoa 1 É muito competitivo, há muita gente boa a competir por esse nicho e, portanto, para alguém como eu, que vem da área mais do teatro. 48:03 Pessoa 2 E o mercado é pequeno, é muito. 48:05 Pessoa 1 Eficiente, mas eu não, eu não, não vou desistir e se surgir a oportunidade, falo way, mas perguntavas me o que é que eu gostava de fazer? Gostava ainda de realizar um filme ou uma série. 48:14 Pessoa 2 Diogo Infante, muito obrigado. Estou obviamente ansioso e com uma elevadíssima expetativa. Desculpa, como já aqui cá em cima, para para ver esse professor do clube dos poetas mortos. Não sei o que é que vais fazer da tua vida, mas mas isto está a correr bem. 48:32 Pessoa 1 Não vai correr bem? 48:33 As Seis Lições Essenciais para uma Melhor Comunicação Quantos espetáculos é que é que é que são, quantas? Quantas? Então, eu fico sempre frustrado quando aparece um grande espetáculo. Que que eu às vezes que eu tenho a sorte de ir ver. E me dizem isto agora só tem mais mais 3, 3 sessões e eu digo, mas por? 48:48 Pessoa 1 Nós, no Trindade, é ponto, assente. Não fazermos espetáculos menos de 2 meses e meio. Mínimo que luxo. Sim, a gavolta vai estar 2 meses e meio em cena, mas o clube dos poetas mortos. Vai estar bastante mais. 49:00 Pessoa 2 Há conversas que nos deixam marca e esta é uma delas, o Diogo Infante lembro nos que comunicar não é despejar palavras, é estar inteiro, é estar presente, é saber escutar. Mostrou me que a presença não é talento, é uma construção e que a vulnerabilidade, quando não é usada como arma, torna se uma força e que a verdade vive sempre na tensão entre técnica e alma. 49:19 Aqui ficam as lições que eu tirei desta conversa, 5 lições principais a primeira é que a presença constrói se todos fomos tímidos de algum momento. A diferença está no trabalho que fazemos para lidar com isso e para ultrapassar essa timidez e para reforçar a presença. 49:35 A segunda é que a vulnerabilidade é um ativo e não um risco. Quando alguém assume fragilidade com clareza, cria proximidade e não fraqueza. A terceira lição é que a comunicação começa sempre na escuta. Diogo mostrou isso sempre. Escutar é parte da presença, escutar é parte da ética, escutar é parte do ofício quarto. 49:55 A expetativa pesa, mas pode ser transformada. O chip público pode ser disciplina, sem deixar de ser a verdade. A quinta é que, em família, comunicar é amar, é dizer gosto de ti, é pedir desculpa, é estudar o tom e tudo isso molda vínculos. 50:12 A sexta pode ser a arte. A arte salva porque nos baixa, a guarda, porque nos dá um espelho, porque nos dá respiração, e a sétima é que a verdade implica sempre risco e ainda assim. É sempre melhor do que viver dentro do papel. Errado. 50:27 Obrigado ao Diogo Infante pela generosidade, pela coragem desta conversa e obrigado a quem nos está a escutar. Se este episódio vos compartilhem com alguém que precisa de comunicar melhor ou simplesmente ouvir uma boa conversa, podem seguir o pergunta simples, no YouTube, no Spotify, no Apple podcast e em perguntasimples.com e até para a semana.
Photo Bridge é um novo projeto dedicado à fotografia na capital francesa, onde as imagens nos convidam a atravessar fronteiras físicas, simbólicas e culturais. De 7 a 9 de novembro, na Halle des Blancs-Manteaux, no Marais, a primeira edição tem como convidada Françoise Schein — artista franco-belga que transforma alteridade, urbanismo e democracia em arte pública. Ao lado de Glaucia Nogueira, da associação Iandé, e de Charlotte Flossaut, da PhotoDoc, a fotógrafa constrói pontes entre territórios e direitos humanos. A proposta curatorial da primeira edição da Photo Bridge em Paris parte de um gesto coletivo. “Pensamos em conjunto em um momento, um evento, um encontro que permitirá que diferentes regiões do mundo se reúnam através da fotografia. Daí o nome ‘Photo Bridge'”, explica Charlotte Flossaut, da associação Photo Doc. “Não se trata de fotografias feitas no Brasil ou sob o olhar francês, mas de colocar em diálogo a energia que nos conecta.” Glaucia Nogueira, da associação Iandé, reforça: “Essa visibilidade que a gente tenta há 10 anos dar pra fotografia brasileira, que é muito rica, finalmente acontece. Nesse evento, são fotógrafos engajados com comunidades, com pertencimento, com território. Por isso a escolha da Françoise [Schein].” A relação de Schein com o Brasil nasceu de um desejo íntimo: adotar uma criança. “Durante os anos da adoção da minha filha, eu queria conhecer o país da minha filha, conhecer as raízes da minha filha, de onde ela vem, que tipo de pessoas moram lá”, conta. Foi esse impulso que a levou a propor, para o Photo Bridge, uma instalação chamada A Cascata: “uma cachoeira gigante de moradias, as pequeninas casinhas feitas de tijolos da favela, de várias favelas onde trabalhei e que eu fotografei”. A obra monumental de Françoise Schein reúne 27 fotógrafos que representam uma parte essencial da fotografia brasileira engajada. Para a artista franco-belga, o Brasil real está nas comunidades e nos territórios populares. “Vamos dizer, [quis trazer] uma apresentação desse olhar de hoje em dia super engajado sobre as questões da ecologia, do humanismo, da relação com a Terra — que é muito importante — dos indígenas, das origens da história, mas também da população da periferia da cidade, da questão das favelas e da força da população.” Ela vê nas construções informais uma arquitetura viva. “As comunidades agora são consideradas como uma tipologia de construção vernacular muito interessante e muito parecida com a dos nossos europeus. É só esperar mais tempo, mais um século, mais dois séculos, e você vai ver que a Rocinha vai ser um lugar genial, porque as casas vão ser melhoradas pelos moradores, e vai se tornar um lugar turistico — já é, mas por razões diferentes hoje.” Democracia entre azulejos e mapas A artista chegou ao Brasil em 1999 e, logo ao desembarcar, foi a São Paulo. “Bati à porta do Metrô Metropolitano de São Paulo e apresentei o meu trabalho que eu fiz em Portugal, em Lisboa”, lembra. O projeto foi aceito, e ela passou a trabalhar na Estação da Luz, no centro da cidade. “A Luz, como você sabe, é um bairro muito importante no centro da cidade que tem, de um lado, muitos museus super importantes: a Pinacoteca, o Museu da Língua Portuguesa. Também é um bairro muito pobre; só tem riqueza e pobreza junto nesse bairro. Adorei essa situação. Eu fiz essa ação durante 10 anos.” No Rio de Janeiro, integrou o programa Favela-Bairro e criou uma ágora e um mapa pintado na entrada da comunidade. “Tem um mapa enorme pintado na entrada da favela, porque quando você chega no Rio não há mapa de nenhuma favela. Os únicos mapas que existem estão nos computadores da cidade.” Em Copacabana, realizou uma obra sobre democracia na estação Siqueira Campos, pouco antes das eleições de Lula. “Foi um trabalho bem interessante, porque tive que fazer isso antes das eleições de Lula. O projeto até foi uma ação política, pois o presidente do metrô na época era uma pessoa negra, e ele viu imediatamente o interesse para a comunidade negra de ter um projeto sobre os direitos humanos no coração de Copacabana, que é o coração da cidade.” Uma artista entre subterrâneos e revoluções A trajetória de Françoise Schein é marcada por uma obsessão: inscrever os direitos humanos no cotidiano urbano. “Na época, eu vivia em Nova York. Eu era uma jovem arquiteta, estudando Urban Design na Columbia University e eu decidi que tive que analisar os mapas da cidade de Nova York, mas também de outras cidades: Buenos Aires, Paris, Bruxelas, outras cidades no mundo, porque eu acho que os mapas da cidade falam da cidade.” Foi ao analisar o mapa de Paris que ela percebeu a centralidade do Sena, dos museus, da história gravada no solo. “Isso fala de quê? Fala da realeza. E que também, contra essa realeza, veio a Revolução Francesa. E com a Revolução Francesa vem o primeiro texto da Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão, feito em 1789.” A partir dessa constatação, nasceu sua obra mais emblemática: a intervenção na estação Concorde, inaugurada em 1991. Lá, Schein revestiu completamente as paredes do túnel com cerâmica branca, sobre a qual estão inscritas, em letras azuis, todas as palavras da Declaração de 1789. Cada azulejo traz uma letra, e as palavras se sucedem sem espaços, como um texto contínuo, onde apenas as pontuações marcam pausas visuais. O resultado é um mosaico textual monumental — cerca de 45 mil peças — que convida o passageiro a um contato cotidiano com os princípios fundadores da República Francesa: liberdade, igualdade e fraternidade. A escolha do local também carrega peso histórico. A Place de la Concorde, sob a qual passa a estação, foi palco de execuções durante a Revolução Francesa e é hoje símbolo da reconciliação nacional. Schein quis, com essa instalação, reintroduzir no coração do espaço público uma memória política e ética, reafirmando a importância dos direitos humanos num ambiente onde circulam milhões de pessoas todos os dias. “Eu preciso construir o texto embaixo da cidade, no subterrâneo da cidade”, disse, ao lembrar como a Revolução Francesa e a realeza se misturaram em sua mente com o metrô, a democracia e a arquitetura. A primeira edição da Photo Bridge, que faz parte do calendário cultural da temporada cruzada Brasil-França; fica em cartaz até 9 de novembro em Paris.
#oqueachei A história da #Varig , empresa que nasceu em 1927 e morreu em 2006. Adorei!https://open.spotify.com/show/2wHnIg8hgczmd9tBsBUnZP?si=YvVTZWuIQ3qszSdpjzq43g
O presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, admitiu hoje, em entrevista à Rádio Eldorado, que o ex-presidente Jair Bolsonaro será condenado pelo Supremo Tribunal Federal na ação penal do golpe de Estado em 2022. “Nós sabemos que o Supremo vai condenar o Bolsonaro”, afirmou. Valdemar disse que o julgamento deveria ocorrer na 1ª instância, mas evitou criticar o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo contra o ex-presidente. “Meu advogado me orientou a não atacar nenhum ministro do Supremo”, ponderou. Segundo ele, após a condenação de Bolsonaro, o foco da oposição ao governo Lula no Congresso será aprovar uma anistia. “Aí vai ser uma guerra”. Sobre as eleições de 2026, reiterou que Bolsonaro é o candidato do partido, apesar de estar inelegível, e enfatizou que a escolha de um substituto está nas mãos do ex-presidente. Valdemar ainda negou ter sido um erro estratégico apresentar a bandeira dos Estados Unidos na manifestação bolsonarista do último domingo em São Paulo, no dia da Independência do Brasil. Ele apontou o gesto como uma sinalização para o presidente americano, Donald Trump. “A nossa esperança é que o Trump possa ajudar o Bolsonaro. Nós não temos a quem recorrer. Eu adorei colocar a bandeira americana na rua”, afirmou. Questionado sobre as sanções econômicas dos Estados Unidos contra o Brasil por causa do julgamento de Bolsonaro, Valdemar culpou o governo brasileiro e não o deputado Eduardo Bolsonaro, que mora nos Estados Unidos e trabalhou pelas punições.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Luís Pinheiro de Almeida é a única testemunha do abraço final entre Eanes e Otelo a seguir ao 25 de Novembro. Eanes chegou ao Copcon de óculos escuros, com uma pequena pistola no coldre, não olhou para ninguém, puxou de um papel e começou a dizer nomes dos militares que deviam apresentar-se na parada. “Otelo, tem coragem”, disse-lhe Ramalho Eanes, antes de o deixar a sós por instantes no gabinete. “O que o Otelo fez ninguém sabe. Não sei se rasgou mandados em branco”, recorda o seu assessor de imprensa. Ainda a destruição do telex de Costa Gomes. E a memória do poder absoluto do Copcon.See omnystudio.com/listener for privacy information.
O primeiro episódio ao vivo do Ouro Sobre Azul
O ator brasileiro Erik Marmo estreia em seu primeiro longa-metragem em inglês com o filme "BitterSweet". Baseado em uma história real vivida pela atriz Gabriela Kulaif, o drama aborda uma crise familiar desencadeada por um diagnóstico tardio de autismo, trazendo à tona temas como neurodivergência, trauma e reconciliação. Lançado nos cinemas dos Estados Unidos em junho, o filme já está disponível em plataformas digitais e tem estreia prevista no Brasil para o segundo semestre de 2025. Cleide Klock, correspondente da RFI em Los Angeles De repente, uma crise intensa e explosiva com descontrole emocional e falta de diagnóstico colocaram a vida de um casal de cabeça para baixo. Os vizinhos pedem a intervenção da polícia, o marido é retirado de casa e a família fica separada por meses. O episódio aconteceu na vida real da atriz brasileira Gabriela Kulaif e do ator e diretor americano Steven Martini, que agora levam às telas "BitterSweet", uma história que acima de tudo fala sobre autismo. Steven Martini, que interpreta Sam, baseado nele mesmo, contou à RFI que escreveu o roteiro durante os dois meses em que esteve sob ordem de restrição, uma medida protetiva que o impedia de ver a esposa, Gabriela, e o filho, ainda bebê. O que, aos olhos dos vizinhos, foi entendido como um caso de violência doméstica, mais tarde foi diagnosticado como uma crise relacionada ao espectro autista. "Percebi imediatamente que havia uma história ali e me abri para um mundo desconhecido de pessoas presas em um sistema e que não sabem como enfrentá-lo. Especialmente para quem é neurodivergente, acontecem situações muito tristes e trágicas. Ao conhecer outras famílias e ouvir suas histórias, percebi que isso é mais comum do que imaginamos. Muitas pessoas passaram por experiências semelhantes, e quanto mais eu conversava, inclusive com assistentes sociais, mais histórias surgiam", conta o diretor. Steven tinha 45 anos quando foi diagnosticado. “Eu não gosto que coloquem carimbos nas pessoas, tento resistir, mas em certo ponto é preciso aceitar. Na verdade, aceitar abriu uma sensação de alívio, porque há certas coisas na sua vida que continuam voltando, e as pessoas gritam com você sobre certas coisas e você não sabe realmente o que fez de errado. Agora posso relaxar um pouco, não é pessoal", completa. Gabriela Kulaif vive Gigi, personagem inspirada nela mesma. A atriz e produtora relata que tudo fez mais sentido quando veio o diagnóstico do marido e, por isso, ela, que também tem um filho no espectro autista, achou importante levar a história pessoal às telas. “Quando a gente recebeu o diagnóstico dele, depois que já tinha acontecido toda a tragédia, a minha vida melhorou 100%. O nosso relacionamento melhorou 100%", conta. "Quando esse filme ficou pronto, eu fiz questão de falar para o meu marido, a gente tem que falar que essa pessoa, esse personagem, que era ele, está no espectro do autismo, porque eu quero que outras pessoas assistam a esse filme e se sentem vistas. E isso já está acontecendo nos festivais", diz a atriz. Gabriela destaca que o filme também gera identificação com pessoas com TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade), bipolaridade e outras condições, além do autismo. “Eu acho que a gente explorar esse tema é importante para as pessoas entenderem melhor o que é uma pessoa com autismo, para ter cada vez mais o diagnóstico. Eu fiz questão de deixar super claro e gritar o mais alto para as pessoas ouvirem que isso é sobre autismo e trazer isso para a consciência das pessoas”, fala Gabriela. O longa independente é uma obra pessoal sobre trauma, amor, neurodivergência e redenção. Mas, além de trazer a discussão à tela, o drama agridoce também tem, como na vida, um equilíbrio entre tragédia e comédia acentuada pela interpretação de Steven Martini. Erik Marmo estreia em inglês nos cinemas O filme também marca a estreia de Erik Marmo em um longa-metragem em inglês. O ator brasileiro ficou famoso no Brasil no início dos anos 2000 por novelas como "Mulheres Apaixonadas", "Alma Gêmea" e "Começar de Novo". No telão vive Rodrigo, o advogado brasileiro da protagonista. "É diferente, o inglês é a minha segunda língua, então não tem aquela naturalidade automática que a língua portuguesa tem", relata. "Mas eu acho que é mais difícil para audição, para teste de elenco, quando você tem que pegar um texto rápido, ler e gravar para o dia seguinte", compara. "Claro que tem a questão do sotaque, mas o personagem é brasileiro, então é até bom que tenha. Em nenhum momento eu tive essa aspiração de tentar me passar por americano, de não ter sotaque", explica. "Mas eu acho que o meu inglês saiu bonitinho, acho que dá para o gasto. Pelo menos até o momento, ninguém reclamou do meu inglês nesse filme", brinca o ator. Há mais de dez anos em Los Angeles, Marmo abriu o leque de opções e não se restringe à carreira de ator. Aqui faz trabalhos de produtor, videomaker, treinador de futebol, modelo e até entregador de arranjos de flores feitos pela esposa. “Eu moro aqui em Los Angeles desde 2014, já faz bastante tempo e já fiz muita coisa. Cheguei aqui como ator, mas aqui nos Estados Unidos tem o termo do chapéu, o hat. Você adquire um chapéu novo para cada profissão, cada atividade que você faz. Então eu cheguei aqui só com esse chapéu, esse hat de ator e saí me desdobrando para mais um monte de outras coisas. Apresentei um programa para a Globo Internacional durante alguns anos, o 'Planeta Brasil', fiz algumas participações em séries de TV e agora tem esse filme, 'Bittersweet' lançando, que é um filme que é uma graça. Adorei o resultado final e tenho o maior orgulho de ter feito parte", diz Marmo.
O ator brasileiro Erik Marmo estreia em seu primeiro longa-metragem em inglês com o filme "BitterSweet". Baseado em uma história real vivida pela atriz Gabriela Kulaif, o drama aborda uma crise familiar desencadeada por um diagnóstico tardio de autismo, trazendo à tona temas como neurodivergência, trauma e reconciliação. Lançado nos cinemas dos Estados Unidos em junho, o filme já está disponível em plataformas digitais e tem estreia prevista no Brasil para o segundo semestre de 2025. Cleide Klock, correspondente da RFI em Los Angeles De repente, uma crise intensa e explosiva com descontrole emocional e falta de diagnóstico colocaram a vida de um casal de cabeça para baixo. Os vizinhos pedem a intervenção da polícia, o marido é retirado de casa e a família fica separada por meses. O episódio aconteceu na vida real da atriz brasileira Gabriela Kulaif e do ator e diretor americano Steven Martini, que agora levam às telas "BitterSweet", uma história que acima de tudo fala sobre autismo. Steven Martini, que interpreta Sam, baseado nele mesmo, contou à RFI que escreveu o roteiro durante os dois meses em que esteve sob ordem de restrição, uma medida protetiva que o impedia de ver a esposa, Gabriela, e o filho, ainda bebê. O que, aos olhos dos vizinhos, foi entendido como um caso de violência doméstica, mais tarde foi diagnosticado como uma crise relacionada ao espectro autista. "Percebi imediatamente que havia uma história ali e me abri para um mundo desconhecido de pessoas presas em um sistema e que não sabem como enfrentá-lo. Especialmente para quem é neurodivergente, acontecem situações muito tristes e trágicas. Ao conhecer outras famílias e ouvir suas histórias, percebi que isso é mais comum do que imaginamos. Muitas pessoas passaram por experiências semelhantes, e quanto mais eu conversava, inclusive com assistentes sociais, mais histórias surgiam", conta o diretor. Steven tinha 45 anos quando foi diagnosticado. “Eu não gosto que coloquem carimbos nas pessoas, tento resistir, mas em certo ponto é preciso aceitar. Na verdade, aceitar abriu uma sensação de alívio, porque há certas coisas na sua vida que continuam voltando, e as pessoas gritam com você sobre certas coisas e você não sabe realmente o que fez de errado. Agora posso relaxar um pouco, não é pessoal", completa. Gabriela Kulaif vive Gigi, personagem inspirada nela mesma. A atriz e produtora relata que tudo fez mais sentido quando veio o diagnóstico do marido e, por isso, ela, que também tem um filho no espectro autista, achou importante levar a história pessoal às telas. “Quando a gente recebeu o diagnóstico dele, depois que já tinha acontecido toda a tragédia, a minha vida melhorou 100%. O nosso relacionamento melhorou 100%", conta. "Quando esse filme ficou pronto, eu fiz questão de falar para o meu marido, a gente tem que falar que essa pessoa, esse personagem, que era ele, está no espectro do autismo, porque eu quero que outras pessoas assistam a esse filme e se sentem vistas. E isso já está acontecendo nos festivais", diz a atriz. Gabriela destaca que o filme também gera identificação com pessoas com TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade), bipolaridade e outras condições, além do autismo. “Eu acho que a gente explorar esse tema é importante para as pessoas entenderem melhor o que é uma pessoa com autismo, para ter cada vez mais o diagnóstico. Eu fiz questão de deixar super claro e gritar o mais alto para as pessoas ouvirem que isso é sobre autismo e trazer isso para a consciência das pessoas”, fala Gabriela. O longa independente é uma obra pessoal sobre trauma, amor, neurodivergência e redenção. Mas, além de trazer a discussão à tela, o drama agridoce também tem, como na vida, um equilíbrio entre tragédia e comédia acentuada pela interpretação de Steven Martini. Erik Marmo estreia em inglês nos cinemas O filme também marca a estreia de Erik Marmo em um longa-metragem em inglês. O ator brasileiro ficou famoso no Brasil no início dos anos 2000 por novelas como "Mulheres Apaixonadas", "Alma Gêmea" e "Começar de Novo". No telão vive Rodrigo, o advogado brasileiro da protagonista. "É diferente, o inglês é a minha segunda língua, então não tem aquela naturalidade automática que a língua portuguesa tem", relata. "Mas eu acho que é mais difícil para audição, para teste de elenco, quando você tem que pegar um texto rápido, ler e gravar para o dia seguinte", compara. "Claro que tem a questão do sotaque, mas o personagem é brasileiro, então é até bom que tenha. Em nenhum momento eu tive essa aspiração de tentar me passar por americano, de não ter sotaque", explica. "Mas eu acho que o meu inglês saiu bonitinho, acho que dá para o gasto. Pelo menos até o momento, ninguém reclamou do meu inglês nesse filme", brinca o ator. Há mais de dez anos em Los Angeles, Marmo abriu o leque de opções e não se restringe à carreira de ator. Aqui faz trabalhos de produtor, videomaker, treinador de futebol, modelo e até entregador de arranjos de flores feitos pela esposa. “Eu moro aqui em Los Angeles desde 2014, já faz bastante tempo e já fiz muita coisa. Cheguei aqui como ator, mas aqui nos Estados Unidos tem o termo do chapéu, o hat. Você adquire um chapéu novo para cada profissão, cada atividade que você faz. Então eu cheguei aqui só com esse chapéu, esse hat de ator e saí me desdobrando para mais um monte de outras coisas. Apresentei um programa para a Globo Internacional durante alguns anos, o 'Planeta Brasil', fiz algumas participações em séries de TV e agora tem esse filme, 'Bittersweet' lançando, que é um filme que é uma graça. Adorei o resultado final e tenho o maior orgulho de ter feito parte", diz Marmo.
Adorei o Mares de la peruana, o restaurante da Marisabel Woodman, em Pinheiros. Ela tem o La Peruana, nos Jardins há dez anos. Na nova casa ela faz uma declaração de amor ao mar, indo além da fronteira do Peru. Claro, o cardápio tem os ceviches deliciosos e as salsas, mas ela incorpora também sabores de outras cozinhas.See omnystudio.com/listener for privacy information.
O que é uma sinopse? Ler sinopses estraga a experiência de leitura? Será que lemos sinopses porque somos ansiosos?
A atriz e apresentadora fala sobre família, religião, casamento e conta pra qual de seus tantos amigos ligaria de uma ilha deserta Regina Casé bem que tentou não comemorar seu aniversário de 71 anos, celebrado no dia 25 de fevereiro. Mas o que seria um açaí com pôr do sol na varanda do Hotel Arpoador se transformou em um samba que só terminou às 11 horas da noite em respeito à lei do silêncio. "Eu não ia fazer nada, nada, nada mesmo. Mas é meio impossível, porque todo mundo fala: vou passar aí, vou te dar um beijo", contou em um papo com Paulo Lima. A atriz e apresentadora tem esse talento extraordinário pra reunir as pessoas mais interessantes à sua volta. E isso vale para seu círculo de amigos, que inclui personalidades ilustres como Caetano Veloso e Fernanda Torres, e também para os projetos que inventa na televisão, no teatro e no cinema. Inventar tanta coisa nova é uma vocação que ela herdou do pai e do avô, pioneiros no rádio e na televisão, mas também uma necessidade. “Nunca consegui pensar individualmente, e isso até hoje me atrapalha. Mas, ao mesmo tempo, eu tive que ser tão autoral. Eu não ia ser a mocinha na novela, então inventei um mundo para mim. Quase tudo que fiz fui eu que tive a ideia, juntei um grupo, a gente escreveu junto”, afirma. No teatro, ao lado de artistas como o diretor Hamilton Vaz Pereira e os atores Luiz Fernando Guimarães e Patrícia Travassos, ela inventou o grupo Asdrúbal Trouxe o Trombone, que revolucionou a cena carioca nos anos 1970. Na televisão, fez programas como TV Pirata, Programa Legal e Brasil Legal. "Aquilo tudo não existia, mas eu tive que primeiro inventar para poder me jogar ali”, conta. LEIA TAMBÉM: Em 1999, Regina Casé estampou as Páginas Negras da Trip De volta aos cinemas brasileiros no fim de março com Dona Lurdes: O Filme, produção inspirada em sua personagem na novela Amor de Mãe (2019), Regina bateu um papo com Paulo Lima no Trip FM. Na conversa, ela fala do orgulho de ter vindo de uma família que, com poucos recursos e sem faculdade, foi pioneira em profissões que ainda nem tinham nome, do título de “brega” que recebeu quando sua originalidade ainda não era compreendida pelas colunas sociais, de sua relação com a religião, da dificuldade de ficar sozinha – afinal, “a sua maior qualidade é sempre o seu maior defeito” –, do casamento de 28 anos com o cineasta Estêvão Ciavatta, das intempéries e milagres que experimentou e de tudo o que leva consigo. “Eu acho que você tem que ir pegando da vida, que nem a Dona Darlene do Eu Tu Eles, que ficou com os três maridos”, afirma. “A vida vai passando e você vai guardando as coisas que foram boas e tentando se livrar das ruins”. Uma das figuras mais admiradas e admiráveis do país, ela ainda revela para quem ligaria de uma ilha deserta e mostra o presente de aniversário que ganhou da amiga Fernanda Montenegro. Você pode conferir esse papo a seguir ou ouvir no Spotify do Trip FM. [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d446165a3ce/header-regina-interna.jpg; CREDITS=João Pedro Januário; LEGEND=; ALT_TEXT=] Trip. Além de atriz, você é apresentadora, humorista, escritora, pensadora, criadora, diretora… Acho que tem a ver com uma certa modernidade que você carrega, essa coisa de transitar por 57 planetas diferentes. Como é que você se apresentaria se tivesse que preencher aquelas fichas antigas de hotel? Regina Casé. Até hoje ponho atriz em qualquer coisa que tenho que preencher, porque acho a palavra bonita. E é como eu, vamos dizer, vim ao mundo. As outras coisas todas vieram depois. Mesmo quando eu estava há muito tempo sem atuar, eu era primeiramente uma atriz. E até hoje me sinto uma atriz que apresenta programas, uma atriz que dirige, uma atriz que escreve, mas uma atriz. Você falou numa entrevista que, se for ver, você continua fazendo o mesmo trabalho. De alguma maneira, o programa Brasil Legal, a Val de "Que Horas Ela Volta", o grupo de teatro "Asdrúbal Trouxe o Trombone" ou agora esse programa humorístico tem a mesma essência, um eixo que une tudo isso. Encontrei entrevistas e vídeos maravilhosos seus, um lá no Asdrúbal, todo mundo com cara de quem acabou de sair da praia, falando umas coisas muito descontraídas e até mais, digamos assim, sóbrias. E tem um Roda Viva seu incrível, de 1998. Eu morro de pena, porque também o teatro que a gente fazia, a linguagem que a gente usava no Asdrúbal, era tão nova que não conseguiu ser decodificada naquela época. Porque deveria estar sendo propagada pela internet, só que não havia internet. A gente não tem registros, não filmava, só fotografava. Comprava filme, máquina, pagava pro irmão do amigo fazer aquilo no quarto de serviço da casa dele, pequenininho, com uma luz vermelha. Só que ele não tinha grana, então comprava pouco fixador, pouco revelador, e dali a meses aquilo estava apagado. Então, os documentos que a gente tem no Asdrúbal são péssimos. Fico vendo as pouquíssimas coisas guardadas e que foram para o YouTube, como essa entrevista do Roda Viva. Acho que não passa quatro dias sem que alguém me mande um corte. "Ah, você viu isso? Adorei!". Ontem o DJ Zé Pedro me mandou um TED que eu fiz, talvez o primeiro. E eu pensei: "Puxa, eu falei isso, que ótimo, concordo com tudo". Quanta coisa já mudou no Brasil, isso é anterior a tudo, dois mil e pouquinho. E eu fiquei encantada com o Roda Viva, eu era tão novinha. Acho que não mudei nada. Quando penso em mim com cinco anos de idade, andando com a minha avó na rua, a maneira como eu olhava as pessoas, como eu olhava o mundo, é muito semelhante, se não igual, a hoje em dia. [VIDEO=https://www.youtube.com/embed/rLoqGPGmVdo; CREDITS=; LEGEND=Em 1998, aos 34 anos, Regina Casé foi entrevistada pelo programa Roda Viva, da TV Cultura; IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d49b0ede6d3/1057x749x960x540x52x40/screen-shot-2025-03-14-at-180926.png] O Boni, que foi entrevistado recentemente no Trip FM, fala sobre seu pai em seu último livro, “Lado B do Boni”, como uma das pessoas que compuseram o que ele é, uma figura que teve uma relevância muito grande, inclusive na TV Globo. Conta um pouco quem foi o seu pai, Regina. Acho que não há Wikipedia que possa resgatar o tamanho do meu pai e do meu avô. Meu avô é pioneiríssimo do rádio, teve um dos primeiros programas de rádio, se não o primeiro. Ele nasceu em Belo Jardim, uma cidadezinha do agreste pernambucano, do sertão mesmo. E era brabo, criativo demais, inteligente demais, e, talvez por isso tudo, impaciente demais, não aguentava esperar ninguém terminar uma frase. Ele veio daquele clássico, com uma mão na frente e outra atrás, sem nada, e trabalhou na estiva, dormiu na rua até começar a carregar rádios. Só que, nos anos 20, 30, rádios eram um armário de madeira bem grandão. Daí o cara viu que ele era esperto e botou ele para instalar os rádios na casa das pessoas. Quando meu avô descobriu que ninguém sabia sintonizar, que era difícil, ele aprendeu. E aí ele deixava os rádios em consignação, botava um paninho com um vasinho em cima, sintonizado, funcionando. Quando ele ia buscar uma semana depois, qualquer um comprava. Aí ele disparou como vendedor dos rádios desse cara que comprava na gringa e começou a ficar meio sócio do negócio. [QUOTE=1218] Mas a programação toda era gringa, em outras línguas. Ele ficava fascinado, mas não entendia nada do que estava rolando ali. Nessa ele descobriu que tinha que botar um conteúdo ali dentro, porque aquele da gringa não estava suprindo a necessidade. Olha como é parecido com a internet hoje em dia. E aí ele foi sozinho, aquele nordestino, bateu na Philips e falou que queria comprar ondas curtas, não sei que ondas, e comprou. Aí ele ia na farmácia Granado e falava: "Se eu fizer um reclame do seu sabão, você me dá um dinheiro para pagar o pianista?". Sabe quem foram os dois primeiros contratados dele? O contrarregra era o Noel Rosa, e a única cantora que ele botou de exclusividade era a Carmen Miranda. Foram os primeiros empregos de carteira assinada. E aí o programa cresceu. Começava de manhã, tipo programa do Silvio, e ia até de noite. Chamava Programa Casé. E o seu pai? Meu avô viveu aquela era de ouro do rádio. Quando sentiu que o negócio estava ficando estranho, ele, um cara com pouquíssimos recursos de educação formal, pegou meu pai e falou: "vai para os Estados Unidos porque o negócio agora vai ser televisão". Ele fez um curso, incipiente, para entender do que se tratava. Voltou e montou o primeiro programa de televisão feito aqui no Rio de Janeiro, Noite de Gala. Então, tem uma coisa de pioneirismo tanto no rádio quanto na televisão. E meu pai sempre teve um interesse gigante na educação, como eu. Esse interesse veio de onde? Uma das coisas que constituem o DNA de tudo o que fiz, dos meus programas, é a educação. Um Pé de Quê, no Futura, o Brasil Legal e o Programa Legal, na TV Globo… Eu sou uma professora, fico tentando viver as duas coisas juntas. O meu pai tinha isso porque esse meu avô Casé era casado com a Graziela Casé, uma professora muito, mas muito idealista, vocacionada e apaixonada. Ela trabalhou com Anísio Teixeira, Cecília Meireles, fizeram a primeira biblioteca infantil. Meu pai fez o Sítio do Picapau Amarelo acho que querendo honrar essa professora, a mãe dele. Quando eu era menina, as pessoas vinham de uma situação rural trabalhar como domésticas, e quase todas, se não todas, eram analfabetas. A minha avó as ensinava a ler e escrever. Ela dizia: "Se você conhece uma pessoa que não sabe ler e escrever e não ensina para ela, é um crime". Eu ficava até apavorada, porque ela falava muito duramente. Eu acho que sou feita desse pessoal. Tenho muito orgulho de ter vindo de uma família que, sem recursos, sem universidade, foi pioneira na cidade, no país e em suas respectivas... Não digo “profissões” porque ainda nem existiam suas profissões. Eu tento honrar. [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d49d1e03df5/header-regina-interna6.jpg; CREDITS=Christian Gaul; LEGEND=Em 1999, a atriz e apresentadora estampou as Páginas Negras da Trip; ALT_TEXT=] Você tem uma postura de liderança muito forte. Além de ter preparo e talento, você tem uma vocação para aglutinar, juntar a galera, fazer time. Por outro lado, tem essa coisa da atriz, que é diferente, talvez um pouco mais para dentro. Você funciona melhor sozinha ou como uma espécie de capitã, técnica e jogadora do time? Eu nasci atriz dentro de um grupo. E o Asdrúbal trouxe o Trombone não era só um grupo. Apesar do Hamilton Vaz Pereira ter sido sempre um autor e um diretor, a gente criava coletivamente, escrevia coletivamente, improvisava. Nunca consegui pensar individualmente, e isso até hoje é uma coisa que me atrapalha. Todo mundo fala: "escreve um livro". Eu tenho vontade, mas falo que para escrever um livro preciso de umas 10 pessoas de público, todo mundo junto. Sou tão grupal que é difícil. Ao mesmo tempo, eu tive que ser muito autoral. Eu, Tu, Eles foi a primeira vez que alguém me tirou para dançar. Antes eu fiz participações em muitos filmes, mas foi a primeira protagonista. Quase tudo que fiz fui eu que tive a ideia, juntei um grupo, a gente escreveu junto. Então, eu sempre inventei um mundo para mim. No teatro eu não achava lugar para mim, então tive que inventar um, que era o Asdrúbal. Quando eu era novinha e fui para a televisão, eu não ia ser a mocinha na novela. Então fiz a TV Pirata, o Programa Legal, o Brasil Legal. Aquilo tudo não existia na televisão, mas eu tive que primeiro inventar para poder me jogar ali. Eu sempre me acostumei não a mandar, mas a ter total confiança de me jogar. E nos trabalhos de atriz, como é? No Asdrúbal eu me lembro que uma vez eu virei umas três noites fazendo roupa de foca, que era de pelúcia, e entupia o gabinete na máquina. Eu distribuía filipeta, colava cartaz, pregava cenário na parede. Tudo, todo mundo fazia tudo. É difícil quando eu vou para uma novela e não posso falar que aquele figurino não tem a ver com a minha personagem, que essa casa está muito chique para ela ou acho que aqui no texto, se eu falasse mais normalzão, ia ficar mais legal. Mas eu aprendi. Porque também tem autores e autores. Eu fiz três novelas com papéis de maior relevância. Cambalacho, em que fiz a Tina Pepper, um personagem coadjuvante que ganhou a novela. Foi ao ar em 1986 e até hoje tem gente botando a dancinha e a música no YouTube, cantando. Isso também, tá vendo? É pré-internet e recebo cortes toda hora, porque aquilo já tinha cara de internet. Depois a Dona Lurdes, de Amor de Mãe, e a Zoé, de Todas as Flores. Uma é uma menina preta da periferia de São Paulo. A outra uma mulher nordestina do sertão, com cinco filhos. A terceira é uma truqueira carioca rica que morava na Barra. São três universos, mas as três foram muito fortes. Tenho muito orgulho dessas novelas. Mas quando comecei, pensei: "Gente, como é que vai ser?". Não é o meu programa. Não posso falar que a edição está lenta, que devia apertar. O começo foi difícil, mas depois que peguei a manha de ser funcionária, fazer o meu e saber que não vou ligar para o cenário, para o figurino, para a comida e não sei o quê, falei: "Isso aqui, perto de fazer um programa como o Esquenta ou o Programa Legal, é como férias no Havaí". Você é do tipo que não aguenta ficar sozinha ou você gosta da sua companhia? Essa é uma coisa que venho perseguindo há alguns anos. Ainda estou assim: sozinha, sabendo que, se quiser, tem alguém ali. Mas ainda apanho muito para ficar sozinha porque, justamente, a sua maior qualidade é sempre o seu maior defeito. Fui criada assim, em uma família que eram três filhas, uma mãe e uma tia. Cinco mulheres num apartamento relativamente pequeno, um banheiro, então uma está escovando os dentes, outra está fazendo xixi, outra está tomando banho, todas no mesmo horário para ir para a escola. Então é muito difícil para mim ficar sozinha, mas tenho buscado muito. Quando falam "você pode fazer um pedido", eu peço para ter mais paciência e para aprender a ficar sozinha. Você contou agora há pouco que fazia figurinos lá no Asdrúbal e também já vi você falando que sempre aparecia na lista das mais mal vestidas do Brasil. Como é ser julgada permanentemente? Agora já melhorou, mas esse é um aspecto que aparece mais porque existe uma lista de “mais mal vestidas". Se existisse lista para outras transgressões, eu estaria em todas elas. Não só porque sou transgressora, mas porque há uma demanda que eu seja. Quando não sou, o pessoal até estranha. Eu sempre gostei muito de moda, mais que isso, de me expressar através das roupas. E isso saía muito do padrão, principalmente na televisão, do blazer salmão, do nude, da unha com misturinha, do cabelo com escova. Volta e meia vinha, nos primórdios das redes sociais: "Ela não tem dinheiro para fazer uma escova naquele cabelo?". "Não tem ninguém para botar uma roupa normal nela?". [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d49c62141c1/header-regina-interna4.jpg; CREDITS=Christian Gaul; LEGEND=Regina Casé falou à Trip em 1999, quando estampou as Páginas Negras; ALT_TEXT=] Antes da internet, existiam muitas colunas sociais em jornal. Tinha um jornalista no O Globo que me detonava uma semana sim e outra não. Eu nunca vou me esquecer. Ele falava de uma bolsa que eu tinha da Vivienne Westwood, que inclusive juntei muito para poder comprar. Eu era apaixonada por ela, que além de tudo era uma ativista, uma mulher importantíssima na gênese do Sex Pistols e do movimento punk. Ele falava o tempo todo: "Estava não sei onde e veio a Regina com aquela bolsa horrorosa que comprou no Saara". O Saara no Rio corresponde à 25 de março em São Paulo, e são lugares que sempre frequentei, que amo e que compro bolsas também. Eu usava muito torço no cabelo, e ele escrevia: "Lá vem a lavadeira do Abaeté". Mais uma vez, não só sendo preconceituoso, mas achando que estava me xingando de alguma coisa que eu acharia ruim. Eu pensava: nossa, que maravilha, estou parecendo uma lavadeira do Abaeté e não alguém com um blazer salmão, com uma blusa bege, uma bolsa arrumadinha de marca. Pra mim era elogio, mas era chato, porque cria um estigma. E aí um monte de gente, muito burra, vai no rodo e fala: "Ela é cafona, ela é horrorosa". Por isso que acho que fiquei muito tempo nessas listas. O filme “Ainda Estou Aqui” está sendo um alento para o Brasil, uma coisa bem gostosa de ver, uma obra iluminada. A Fernanda Torres virou uma espécie de embaixadora do Brasil, falando de uma forma muito legal sobre o país, sobre a cultura. Imagino que pra você, que vivenciou essa época no Rio de Janeiro, seja ainda mais especial. Eu vivi aquela época toda e o filme, mesmo sem mostrar a tortura e as barbaridades que aconteceram, reproduz a angústia. Na parte em que as coisas não estão explicitadas, você só percebe que algo está acontecendo, e a angústia que vem dali. Mesmo depois, quando alguma coisa concreta aconteceu, você não sabe exatamente do que está com medo, o que pode acontecer a qualquer momento, porque tudo era tão aleatório, sem justificativa, ninguém era processado, julgado e preso. O filme reproduz essa sensação, mesmo para quem não viveu. É maravilhoso, maravilhoso. [QUOTE=1219] Não vou dizer que por sorte porque ele tem todos os méritos, mas o filme caiu num momento em que a gente estava muito sofrido culturalmente. Nós, artistas, tínhamos virado bandidos, pessoas que se aproveitam. Eu nunca usei a lei Rouanet, ainda que ache ela muito boa, mas passou-se a usar isso quase como um xingamento, de uma maneira horrível. E todos os artistas muito desrespeitados, inclusive a própria Fernanda, Fernandona, a pessoa que a gente mais tem que respeitar na cultura do país. O filme veio não como uma revanche. Ele veio doce, suave e brilhantemente cuidar dessa ferida. Na equipe tenho muitos amigos, praticamente família, o Walter, a Nanda, a Fernanda. Sou tão amiga da Fernanda quanto da Nanda, sou meio mãe da Nanda, mas sou meio filha da Fernanda, sou meio irmã da Nanda e também da Fernanda. É bem misturado, e convivo muito com as duas. Por acaso, recebi ontem um presente e um cartão de aniversário da Fernandona que é muito impressionante. Tão bonitinho, acho que ela não vai ficar brava se eu mostrar para vocês. O que o cartão diz? Ela diz assim: "Regina, querida, primeiro: meu útero sabe que a Nanda já está com esse Oscar”. Adorei essa frase. "Segundo, estou trabalhando demais, está me esgotando. Teria uma leitura de 14 trechos magníficos, de acadêmicos, que estou preparando essa apresentação para a abertura da Academia [Brasileira de Letras], que está em recesso. O esgotamento acho que é por conta dos quase 100 anos que tenho". Imagina... Com esse trabalho todo. Aí ela faz um desenho lindo de flores com o coração: "Regina da nossa vida, feliz aniversário, feliz sempre da Fernanda". E me manda uma toalhinha bordada lindíssima com um PS: "Fernando [Torres] e eu compramos essa toalhinha de mão no Nordeste numa das temporadas de nossa vida pelo Brasil afora. Aliás, nós comprávamos muito lembranças como essa. Essa que eu lhe envio está até manchadinha, mas ela está feliz porque está indo para a pessoa certa. Está manchadinha porque está guardadinha faz muitos anos". Olha que coisa. Como é que essa mulher com quase 100 anos, com a filha indicada ao Oscar, trabalhando desse jeito, decorando 14 textos, tem tempo de ser tão amorosa, gentil, generosa e me fazer chorar? Não existe. Ela é maravilhosa demais. [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d49b9f0f548/header-regina-interna3.jpg; CREDITS=João Pedro Januário; LEGEND=; ALT_TEXT=] Eu queria te ouvir sobre outro assunto. Há alguns anos a menopausa era um tema absolutamente proibido. As mulheres se sentiam mal, os homens, então, saíam correndo. Os médicos não falavam, as famílias não falavam. E é engraçado essa coisa do pêndulo. De repente vira uma onda, artistas falando, saem dezenas de livros sobre o assunto. Como foi para você? Você acha que estamos melhorando na maneira de lidar com as nossas questões enquanto humanidade? É bem complexo. Tem aspectos que acho que estão melhorando muito. Qualquer família que tinha uma pessoa com deficiência antigamente escondia essa pessoa, ela era quase trancada num quarto, onde nem as visitas da casa iam. E hoje em dia todas essas pessoas estão expostas, inclusive ao preconceito e ao sofrimento, mas estão na vida, na rua. Há um tempo não só não podia ter um casal gay casado como não existia nem a expressão "casal gay", porque as pessoas no máximo tinham um caso escondido com outra pessoa. Então em muitos aspectos a gente avançou bastante. Não sei se é porque agora estou ficando bem mais velha, mas acho que esse assunto do etarismo está chegando ainda de uma maneira muito nichada. Se você for assistir a esse meu primeiro TED, eu falo que a gente não pode pegar e repetir, macaquear as coisas dos Estados Unidos. Essa ideia de grupo de apoio. Sinto que essa coisa da menopausa, do etarismo, fica muito de mulher para mulher, um grupo de mulheres daquela idade. Mas não acho que isso faz um garoto de 16 anos entender que eu, uma mulher de 70 anos, posso gostar de basquete, de funk, de sambar, de namorar, de dançar. Isso tudo fica numa bolha bem impermeável. E não acho que a comunicação está indo para outros lados. É mais você, minha amiga, que também está sentindo calores. [QUOTE=1220] Tem uma coisa americana que inventaram que é muito chata. Por exemplo, a terceira idade. Aí vai ter um baile, um monte de velhinhos e velhinhas dançando todos juntos. Claro que é melhor do que ficar em casa deprimido, mas é chato. Acho que essa festa tem que ter todo mundo. Tem que ter os gays, as crianças, todo mundo nessa mesma pista com um DJ bom, com uma batucada boa. Senão você vai numa festa e todas as pessoas são idênticas. Você vai em um restaurante e tem um aquário onde põem as crianças dentro de um vidro enquanto você come. Mas a criança tem que estar na mesa ouvindo o que você está falando, comendo um troço que ela não come normalmente. O menu kids é uma aberração. Os meus filhos comem tudo, qualquer coisa que estiver na mesa, do jeito que for. Mas é tudo separado. Essa coisa de imitar americano, entendeu? Então, acho que essa coisa da menopausa está um pouco ali. Tem que abrir para a gente conversar, tem que falar sobre menopausa com o MC Cabelinho. Eu passei meio batida, porque, por sorte, não tive sintomas físicos mais fortes. Senti um pouco mais de calor, mas como aqui é tão calor e eu sou tão agitada, eu nunca soube que aquilo era específico da menopausa. Vou mudar um pouco de assunto porque não dá para deixar de falar sobre isso. Uma das melhores entrevistas do Trip FM no ano passado foi com seu marido, o cineasta Estêvão Ciavatta. Ele contou do acidente num passeio a cavalo que o deixou paralisado do pescoço para baixo e com chances de não voltar a andar. E fez uma declaração muito forte sobre o que você representou nessa recuperação surpreendente dele. A expressão "estamos juntos" virou meio banal, mas, de fato, você estava junto ali. Voltando a falar do etarismo, o Estêvão foi muito corajoso de casar com uma mulher que era quase 15 anos mais velha, totalmente estabelecida profissionalmente, conhecida em qualquer lugar, que tinha sido casada com um cara maravilhoso, o Luiz Zerbini, que tinha uma filha, uma roda de amigos muito grande, um símbolo muito sólido, tudo isso. Ele propôs casar comigo, na igreja, com 45 anos. Eu, hippie, do Asdrúbal e tudo, levei um susto, nunca pensei que eu casar. O que aconteceu? Eu levei esse compromisso muito a sério, e não é o compromisso de ficar com a pessoa na saúde, na doença, na alegria, na tristeza. É também, mas é o compromisso de, bom, vamos entrar nessa? Então eu vou aprender como faz isso, como é esse amor, como é essa pessoa, eu vou aprender a te amar do jeito que você é. Acho que o pessoal casa meio de brincadeira, mas eu casei a sério mesmo, e estamos casados há 28 anos. Então, quando aconteceu aquilo, eu falei: ué, a gente resolveu ficar junto e viver o que a vida trouxesse pra gente, então vamos embora. O que der disso, vamos arrumar um jeito, mas estamos juntos. E acho que teve uma coisa que me ajudou muito. O quê? Aqui em casa é tipo pátio dos milagres. Teve isso que aconteceu com o Estêvão, e também a gente ter encontrado o Roque no momento que encontrou [seu filho caçula, hoje com 11 anos, foi adotado pelo casal quando bebê]. A vida que a gente tem hoje é inacreditável. Parece realmente que levou oito anos, o tempo que demorou para encontrar o filho da gente, porque estava perdido em algum lugar, igual a Dona Lurdes, de Amor de Mãe. Essa é a sensação. E a Benedita, quando nasceu, quase morreu, e eu também. Ela teve Apgar [escala que avalia os recém-nascidos] zero, praticamente morreu e viveu. Nasceu superforte, ouvinte, gorda, forte, cabeluda, mas eu tive um descolamento de placenta, e com isso ela aspirou líquido. Ela ficou surda porque a entupiram de garamicina, um antibiótico autotóxico. Foi na melhor das intenções, pra evitar uma pneumonia pelo líquido que tinha aspirado, mas ninguém conhecia muito, eram os primórdios da UTI Neonatal. O que foi para a gente uma tragédia, porque ela nasceu bem. Só que ali aprendi um negócio que ajudou muito nessa história do Estêvão: a lidar com médico. E aprendi a não aceitar os "não". Então quando o cara dizia "você tem que reformar a sua casa, tira a banheira e bota só o chuveiro largo para poder entrar a cadeira de rodas", eu falava: "Como eu vou saber se ele vai ficar pra sempre na cadeira de rodas?". [QUOTE=1221] Quando a Benedita fala "oi, tudo bem?", ela tem um leve sotaque, anasalado e grave, porque ela só tem os graves, não tem nem médio, nem agudo. Mas ela fala, canta, já ganhou concurso de karaokê. Quando alguém vê a audiometria da Benedita, a perda dela é tão severa, tão profunda, que falam: "Esse exame não é dessa pessoa". É o caso do Estêvão. Quando olham a lesão medular dele e veem ele andando de bicicleta com o Roque, falam: "Não é possível". Por isso eu digo que aqui em casa é o pátio dos milagres. A gente desconfia de tudo que é “não”. É claro que existem coisas que são limitações estruturais, e não adianta a gente querer que seja de outro jeito, mas ajuda muito duvidar e ir avançando a cada "não" até que ele realmente seja intransponível. No caso do Estêvão, acho que ele ficou feliz porque teve perto por perto não só uma onça cuidando e amando, mas uma onça que já tinha entendido isso. Porque se a gente tivesse se acomodado a cada “não”, talvez ele não estivesse do jeito que está hoje. [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d49af631476/header-regina-interna2.jpg; CREDITS=João Pedro Januário; LEGEND=; ALT_TEXT=] Eu já vi você falar que essa coisa da onça é um pouco fruto do machismo, que você teve que virar braba para se colocar no meio de grupos que eram majoritariamente de homens, numa época que esse papo do machismo era bem menos entendido. Isso acabou forjando o seu jeito de ser? Com certeza. Eu queria ser homem. Achava que tudo seria mais fácil, melhor. Achava maravilhoso até a minha filha ser mulher. Fiquei assustadíssima. Falei: "Não vou ser capaz, não vou acertar". Aí botei a Benedita no futebol, foi artilheira e tudo, e fui cercando com uma ideia nem feminista, nem machista, mas de que o masculino ia ser melhor pra ela, mais fácil. Mas aí aprendi com a Benedita não só a amar as mulheres, mas a me amar como mulher, grávida, dando de mamar, criando outra mulher, me relacionando com amigas, com outras mulheres. Isso tudo veio depois da Benedita. Mas se você falar "antigamente o machismo"... Vou te dizer uma coisa. Se eu estou no carro e falo para o motorista “é ali, eu já vim aqui, você pode dobrar à direita”, ele pergunta assim: “Seu Estêvão, você sabe onde é para dobrar?”. Aí eu falo: “Vem cá, você quer que compre um pau para dizer pra você para dobrar à direita? Vou ter que botar toda vez que eu sentar aqui? Porque não é possível, estou te dizendo que eu já vim ali”. É muito impressionante, porque não é em grandes discussões, é o tempo todo. É porque a gente não repara, sabe? Quer dizer, eu reparo, você que é homem talvez não repare. Nesses momentos mais difíceis, na hora de lidar com os problemas de saúde da Benedita ou com o acidente punk do Estêvão, o que você acha que te ajudou mais: os anos de terapia ou o Terreiro de Gantois, casa de Candomblé que você frequenta em Salvador? As duas coisas, porque a minha terapia também foi muito aberta. E não só o Gantois como o Sacré-Coeur de Marie. Eu tenho uma formação católica. Outro dia eu ri muito porque a Mãe Menininha se declarava católica em sua biografia, e perguntaram: "E o Candomblé"? Ela falava: “Candomblé é outra coisa”. E eu vejo mais ou menos assim. Não é que são duas religiões, eu não posso pegar e jogar a criança junto com a água da bacia. É claro que eu tenho todas as críticas que você quiser à Igreja Católica, mas eu fui criada por essa avó Graziela, que era professora, uma mulher genial, e tão católica que, te juro, ela conversava com Nossa Senhora como eu estou conversando com você. Quando ela recebia uma graça muito grande, ligava para mim e para minhas irmãs e falava: "Venham aqui, porque eu recebi uma graça tão grande que preciso de vocês para agradecer comigo, sozinha não vou dar conta." Estudei em colégio de freiras a minha vida inteira, zero trauma de me sentir reprimida, me dava bem, gosto do universo, da igreja. [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d49cbe34551/header-regina-interna5.jpg; CREDITS=Christian Gaul; LEGEND=Em 1999, Regina Casé foi a entrevistada das Páginas Negras da Trip; ALT_TEXT=] Aí eu tenho um encontro com o Candomblé, lindíssimo, através da Mãe Menininha. Essa história é maravilhosa. O Caetano [Veloso] disse: "Mãe Menininha quer que você vá lá". Eu fiquei apavorada, porque achei que ela ia fazer uma revelação, tinha medo que fosse um vaticínio... Até que tomei coragem e fui. Cheguei lá com o olho arregalado, entrei no quarto, aquela coisa maravilhosa, aquela presença.. Aí eu pedi a benção e perguntei o que ela queria. Ela falou: "Nada não, queria conhecer a Tina Pepper". Então, não só o Gantuar, o Candomblé como um todo, só me trouxe coisas boas e acolhida. A minha relação com a Bahia vem desde os 12 anos de idade, depois eu acabei recebendo até a cidadania de tamanha paixão e dedicação. É incrível porque eu nunca procurei. No episódio da Benedita, no dia seguinte já recebi de várias pessoas orientações do que eu devia fazer. No episódio do Estêvão também, não só do Gantuar, mas da [Maria] Bethânia, e falavam: "Olha, você tem que fazer isso, você tem que cuidar daquilo". Então, como é que eu vou negar isso? Porque isso tudo está aqui dentro. Então, acho que você tem que ir pegando da vida, que nem a Dona Darlene do “Eu Tu Eles”, que ficou com os três maridos. A vida vai passando por você e você vai guardando as coisas que foram boas e tentando se livrar das ruins. A gente sabe que você tem uma rede de amizades absurda, é muito íntima de meio mundo. Eu queria brincar daquela história de te deixar sozinha numa ilha, sem internet, com todos os confortos, livros, música. Você pode ligar à vontade para os seus filhos, pro seu marido, mas só tem uma pessoa de fora do seu círculo familiar para quem você pode ligar duas vezes por semana. Quem seria o escolhido para você manter contato com a civilização? É curioso que meus grandes amigos não têm celular. Hermano [Vianna] não fala no celular, Caetano só fala por e-mail, é uma loucura, não é nem WhatsApp. Acho que escolheria o Caetano, porque numa ilha você precisa de um farol. Tenho outros faróis, mas o Caetano foi, durante toda a minha vida, o meu farol mais alto, meu norte. E acho que não suportaria ficar sem falar com ele.
Conheces Devo? Devo, a primeira vez que os ouvi tinha 10 anos, um disco do Círculo de Leitores, uma coletânea de capa pobre chama Disco de Ouro da New Wave. Adorei os vários temas, música com 1 ou 2 anos que se ouvia em 1980. Devo | Disco de Ouro da New Wave (LP, coletânea)
Você já foi a uma torroneria? Adorei o nome desse lugar que fica em Pinheiros. Torroneria e Chocolateria Hage. É uma marca curitibana que abriu em São Paulo. A loja é linda, com bastante madeira e referencias à Amazônia.See omnystudio.com/listener for privacy information.
A ouvinte Mariana Pimentel me escreveu perguntando quem é que escolhe as pessoas que votam no Oscar. Adorei a dúvida dela, porque sei que muita gente fica curiosa com isso também. Até porque, todo ano, quando rola a premiação, aparece alguém que agradece AOS INTEGRANTES DA ACADEMIA. Afinal, que academia é essa? Quem participa dela? Será que você e eu, cidadãos comuns, podemos tentar uma vaguinha pra votar no Oscar também? É sobre isso que a gente vai falar neste episódio. Mas não só! Porque eu também conto pra você como funciona a votação do Oscar. Quais são as etapas até alguém ser indicado a um dos prêmios? Então, gente, é só dar o play e descobrir todas essas respostas. ============================ Siga a nossa patrocinadora, a consultoria RiverWay Solutions: https://www.instagram.com/riverwaysolutions/ ============================ APRENDA EM 5 MINUTOS é o podcast sobre coisas que você nem sabia que queria saber. Os episódios são roteirizados e apresentados por Alvaro Leme. Jornalista, mestre e doutorando em Ciências da Comunicação na ECA-USP e criador de conteúdo há vinte anos, ele traz episódios sobre curiosidades dos mais variados tipos. São episódios curtos, quase sempre com 5 minutos — mas alguns passam disso, porque tem tema que precisa mesmo de mais um tempinho. Edição dos episódios em vídeo: André Glasner http://instagram.com/andreglasner Direção de arte: Dorien Barretto https://www.instagram.com/dorienbarretto66/ Fotografia: Daniela Toviansky https://www.instagram.com/dtoviansky/ Narração da vinheta: Mônica Marli https://www.instagram.com/monicamarli/ Siga o APRENDA no Instagram: http://instagram.com/aprendavideocast http://instagram.com/alvaroleme Comercial e parcerias: contato@alvaroleme.com.br ====================== Quer saber mais? Confira as fontes que consultei enquanto criava o episódio - Board of governors Site da Academia de Hollywood - Oscar Site Brasil Escola - Entenda como funcionam as votações para indicações ao Oscar Por Mariana Carneiro, Veja - Quem são os brasileiros que votam no aguardado Oscar 2025? Por Thiago Gelli, Veja
Um novo conto da escritora Silvia Reis.Para mim um conto maravilhoso e estupendo.Adorei narrá-lo e interpretá-lo.Gostaria que vocês conhecesse essa mulher, personagem que narra esse conto em primeira pessoa.Ela não tem nome. Seu marido chama-se Ricardo. É médico.Ela é levada para uma casa de campo, antiga, estilo colonial, para se tratar de uma depressão.Quem os recebe são os caseiros Antonio e Iracema.Iracema mostra a casa a mulher para que ela escolha o quarto onde quer ficar.Há muita coisa não dita, muito coisa a ser falada.Existe uma aversão muito grande pela casa e, principalmente, por um espelho que fica no corredor, uma relíquia de família que o marido a impede que se desfaça dele.O que Iracema e o espelho não falam?E, se falam, o que ambos querem dizer?IMPORTANTEA depressão é uma doença complexa que requer tratamento médico especializado. É importante lembrar que a maioria dos tratamentos funciona. Para ajudar alguém que sofre de depressão, pode-se: Reconhecer e validar a tristeza da pessoa.Deixar claro que a pessoa está sendo vista e cuidada.Oferecer companhia e um ombro amigo.Iniciar um diálogo de forma natural, sem julgamentos ou pressão.Escutar e responder com base no que a pessoa está falando.Reforçar que a depressão é uma doença tratável.Levar a ajuda até a pessoa, em vez de esperar que ela a procure por si própria.Alguns sintomas da depressão incluem: Falta de concentraçãoSentimentos de culpa excessiva ou baixa autoestimaDesesperança em relação ao futuroPensamentos sobre morte ou suicídioDistúrbios do sonoAlterações no apetite ou no pesoSensação de cansaço ou falta de energiaProduzido, editado, narrado e interpretado por Carlos Eduardo ValenteCapa produzida por IA e trabalhada para este conteúdo por Carlos Eduardo ValentePor falta de uma foto da autora, procurei uma foto aleatória na internet para simbolizar a mesma. A imagem não tem direitos autoraisMúsica de fundo, obtida na Biblioteca de Áudio do YouTube, e seus devidos créditos:Dreams Become Real de Kevin MacLeod é licenciada de acordo com a licença Atribuição 4.0 da Creative Commons. https://creativecommons.org/licenses/...Fonte: http://incompetech.com/music/royalty-...Artista: http://incompetech.com/Se vc quiser apoiar esse projeto, acesse:https://apoia.se/carloseduardovalente Pode apoiar também através de um PIXcarlao50@gmail.com Inscreva-se em nosso canal do YouTube: / carloseduardovalente Seja membro deste canal e ganhe benefícios: / @carloseduardovalente
Preparem-se para a melhor convidada de sempre… a mãe que criou esta julgadora de capas
Frederico Osório, piloto comercial, tirou uma licença sem vencimento para viajar com calma e deu uma volta ao mundo. Antes já tinha viajado 5 semanas na Austrália e um mês na Índia.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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EQUIPE DINOS DAS ÁGUAS ABERTAS pela "Dina" Miriam Machado "Alexandre, Geraldo e Márcia são os Dinos que nadam diariamente na Guarderia (Vitória/ES), geralmente juntos. Eu , Miriam, sou a Dina que nada aos finds com eles. Alexandre
Tive a honra de ser o primeiro convidado do Regra D3, podcast apresentado pela dupla talentosa Diego Pelizari e Wellington Bendinelli e faz parte do canal Agro de Respeito. Falamos sobre como família e a preservação da saúde impulsionam os negócios no Agro. Adorei o tema, uma vez que discutimos prioridades que não só moldaram significativamente minha trajetória pessoal, mas também influenciam diretamente meu contínuo desenvolvimento como pessoa. O Regra D3 fez uma dinâmica muito massa, na qual comentamos fotos que marcaram momentos importantes da minha vida. Elas estão disponíveis no site do Agro Resenha. Clique e confira as imagens: agroresenha.com.br/podcast/arp323/ Se preferir a versão em vídeo da conversa, basta acessar o canal Agro de Respeito no YouTube. SIGA A DUPLA:instagram.com/agroderespeitoinstagram.com/wellingtonbendinelli PARCEIROS DESTE EPISÓDIO Este episódio foi trazido até você pela Nutripura Nutrição e Pastagem! A Nutripura, que tem como base valores como honestidade, qualidade e inovação nos produtos e excelência no atendimento, atua há mais de 20 anos no segmento pecuário, oferecendo os melhores produtos e serviços aos pecuaristas. Fique ligado nos artigos que saem no Blog Canivete e no podcast CaniveteCast! Com certeza é o melhor conteúdo sobre pecuária que você irá encontrar na internet. Nutripura: O produto certo, na hora certa. Site: http://www.nutripura.com.brBlog Canivete: [https://www.nutripura.com.br/pub/blog-canivete/Instagram: https://www.instagram.com/nutripura/Facebook: https://www.facebook.com/Nutripura/LinkedIn: https://www.linkedin.com/company/nutripura/YouTube: https://www.youtube.com/user/TvNutripura Este episódio também foi trazido até você pela Stoller! A missão da Stoller é transformar conhecimento em inovação para a agricultura, gerando valor a todos os envolvidos, impulsionando as culturas a alcançarem seu máximo potencial genético para atingir altas produtividades. Aprimore o seu conhecimento sobre fisiologia, nutrição e biologia de plantas no podcast Campo On e enfrente os desafios da agricultura do futuro! Isso é inovação. Isso é Stoller! Site: https://www.stoller.com.br/Instagram: https://www.instagram.com/stoller_brasil/Podcast Campo On: http://bit.ly/campo0n INTERAJA COM O AGRO RESENHAInstagram: www.instagram.com/agroresenhaTwitter: http://www.twitter.com/agroresenhaFacebook: http://www.facebook.com/agroresenhaYouTube: https://www.youtube.com/agroresenhaCanal do Telegram: https://t.me/agroresenhaCanal do WhatsApp: https://bit.ly/arp-zap-01 E-MAILSe você tem alguma sugestão de pauta, reclamação ou dúvida envie um e-mail para contato@agroresenha.com.br ACOMPANHE A REDE AGROCASTInstagram: instagram.com/redeagrocast/Facebook: facebook.com/redeagrocast/Twitter: x.com/redeagrocast FICHA TÉCNICAApresentação: Paulo OzakiProdução: Agro ResenhaConvidados: Diego Pelizari e Wellington Bendinelli (Podcast Regra D3)Edição: Senhor A - https://editorsenhor-a.com.brSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Tive a honra de ser o primeiro convidado do Regra D3, podcast apresentado pela dupla talentosa Diego Pelizari e Wellington Bendinelli e faz parte do canal Agro de Respeito. Falamos sobre como família e a preservação da saúde impulsionam os negócios no Agro. Adorei o tema, uma vez que discutimos prioridades que não só moldaram significativamente minha trajetória pessoal, mas também influenciam diretamente meu contínuo desenvolvimento como pessoa. O Regra D3 fez uma dinâmica muito massa, na qual comentamos fotos que marcaram momentos importantes da minha vida. Elas estão disponíveis no site do Agro Resenha. Clique e confira as imagens: agroresenha.com.br/podcast/arp323/ Se preferir a versão em vídeo da conversa, basta acessar o canal Agro de Respeito no YouTube. SIGA A DUPLA:instagram.com/agroderespeitoinstagram.com/wellingtonbendinelli PARCEIROS DESTE EPISÓDIO Este episódio foi trazido até você pela Nutripura Nutrição e Pastagem! A Nutripura, que tem como base valores como honestidade, qualidade e inovação nos produtos e excelência no atendimento, atua há mais de 20 anos no segmento pecuário, oferecendo os melhores produtos e serviços aos pecuaristas. Fique ligado nos artigos que saem no Blog Canivete e no podcast CaniveteCast! Com certeza é o melhor conteúdo sobre pecuária que você irá encontrar na internet. Nutripura: O produto certo, na hora certa. Site: http://www.nutripura.com.brBlog Canivete: [https://www.nutripura.com.br/pub/blog-canivete/Instagram: https://www.instagram.com/nutripura/Facebook: https://www.facebook.com/Nutripura/LinkedIn: https://www.linkedin.com/company/nutripura/YouTube: https://www.youtube.com/user/TvNutripura Este episódio também foi trazido até você pela Stoller! A missão da Stoller é transformar conhecimento em inovação para a agricultura, gerando valor a todos os envolvidos, impulsionando as culturas a alcançarem seu máximo potencial genético para atingir altas produtividades. Aprimore o seu conhecimento sobre fisiologia, nutrição e biologia de plantas no podcast Campo On e enfrente os desafios da agricultura do futuro! Isso é inovação. Isso é Stoller! Site: https://www.stoller.com.br/Instagram: https://www.instagram.com/stoller_brasil/Podcast Campo On: http://bit.ly/campo0n INTERAJA COM O AGRO RESENHAInstagram: www.instagram.com/agroresenhaTwitter: http://www.twitter.com/agroresenhaFacebook: http://www.facebook.com/agroresenhaYouTube: https://www.youtube.com/agroresenhaCanal do Telegram: https://t.me/agroresenhaCanal do WhatsApp: https://bit.ly/arp-zap-01 E-MAILSe você tem alguma sugestão de pauta, reclamação ou dúvida envie um e-mail para contato@agroresenha.com.br ACOMPANHE A REDE AGROCASTInstagram: instagram.com/redeagrocast/Facebook: facebook.com/redeagrocast/Twitter: x.com/redeagrocast FICHA TÉCNICAApresentação: Paulo OzakiProdução: Agro ResenhaConvidados: Diego Pelizari e Wellington Bendinelli (Podcast Regra D3)Edição: Senhor A - https://editorsenhor-a.com.brSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Adorei conhecê-los. Agora não consigo mais ser RCC. Veja bem, à 14 anos que defendia uma causa mal conhecida por mim mesma e, hoje depois da Montfort amo muito mais a Igreja Católica e estou estudando-a com vontade de defendê-la com amor. O conhecimento ainda pouco mas que estão me deixando noites e dias em alerta para o movimento que defendia, sem muita garra e pouco fanatismo. Não quero viver mais as emoções tolas que nunca me responderam verdadeiramente em que acreditar e seguir consequentemente.
Adorei fazer este episódio, mas disse demasiadas vezes “de facto”. Espero que gostes
Questões respondidas neste PERGUNTE AO NÁPOLI: 00:28 - Por que temos repulsa de certos pacientes/casos que acompanhamos? 03:41 - Já leu "Sociedade do Cansaço"? Adorei. 06:12 - Ejaculação precoce 07:56 - Professor, fala sobre anotar ou não durante a sessão. Senão durante, quando seria indicado? 10:08 - Como saber o momento do corte da sessão? 14:28 - O que pensa sobre o "Setembro Amarelo"? 18:03 - Terapia cognitiva e Psicanálise: o que elas têm de diferente? 22:05 - Sou eu somente que não aguento mais esse debate se a Psicanálise é ou não ciência? Por apenas 49,99/mês ou 497,00/ano, participe da CONFRARIA ANALÍTICA, uma escola de formação teórica em Psicanálise, com aulas semanais ao vivo comigo, para quem deseja estudar Psicanálise de forma séria, rigorosa e profunda: http://confrariaanalitica.com Lucas Nápoli é psicólogo, psicanalista, professor, escritor e palestrante. Tem os títulos de Doutor em Psicologia Clínica pela PUC-RJ e Mestre em Saúde Coletiva pela UFRJ. ➤ Adquira o meu ebook "Psicanálise em Humanês: 16 conceitos psicanalíticos cruciais explicados de maneira fácil, clara e didática" - http://bit.ly/ebookhumanes ➤ Adquira o meu ebook "O que um psicanalista faz?" - http://bit.ly/ebooklucasnapoli Siga-me nas redes sociais: Instagram: http://instagram.com/lucasnapolipsicanalista Facebook: http://facebook.com/lucasnapolipsicanalista Telegram: http://t.me/lucasnapoli Site: http://lucasnapoli.com
Li no Jornal sobre a vinda do Papa ao Brasil, e o que me chamou a atenção é que ele menciona a todos os padres se prepararem para celebrar a missa em latim. Fui pesquisar sobre o assunto no site e encontrei uma mensagem enviada por Rafael em 02/09/2004 ( Tema: Missa em Latim ) aonde o mesmo faz esta pergunta. Adorei a resposta do Prof. Orlando aonde o mesmo usa a seguinte frase: " Que adianta a Missa em português, se o povo não entende o português?" Prof. Orlando, mesmo não sendo católico , amo este site , e principalmente a sua sinceridade para tratar sobre qualquer assunto. Mais uma vez parabens.
E aí, pessoal! Foi simplesmente sensacional conduzir essa live sobre como turbinar a imunidade! Durante a transmissão, compartilhei várias dicas valiosas pra vocês ficarem com o sistema imunológico tinindo! Falamos sobre a importância de priorizar na comida de verdade, comendo carnes, ovos, frutas, legumes e gorduras saudáveis. E não esquece de se hidratar, hein? Água é vida!
Vi a Isabel, pela primeira vez, numa Ted Talk. Adorei tudo nela: a presença, a energia, a imagem, a sua história, a sua mensagem, desde a forma ao conteúdo, o seu sorriso, o olhar, a entrega… tudo! Á primeira vista é a história de uma mulher traída, num relacionamento longo e convencional, já com filhos adultos, que decide pedir o divórcio, ao fim de 32 anos de casamento, e começar uma nova vida. Mas quando ouvimos a Isabel, rapidamente percebemos que isso é só mesmo o que está à vista. Porque a sua história é uma narrativa de coragem e transformação, de descoberta, de amor e prazer, de desmantelamento de tabus e preconceitos, é um encontro consigo mesma. Pelo caminho, escreveu um livro erótico, na primeira pessoa: «32 – um homem para cada ano que passei com você». 32 «É uma jornada de auto-conhecimento onde o leitor participa como voyeur da história dela [Isabel Dias], mas ativo na própria história, é impossível ler 32 e não pensar no próprio relacionamento. 32 excita, questiona, incomoda, liberta, distrai, informa. Não é exagero dizer que muda vidas. Depois dele, talvez a traição seja mais pensada e discutida dentro dos casais». Se ao ouvir a Ted adorei tudo na Isabel, ao falar com ela encantei-me profundamente por esta mulher. Conteúdos abordados: · coragem para quebrar tabus: idade, sexo, prazer, independência, feminismo; · o conforto da vida estabelecida e a pressão social vs a mudança e recomeço; · a vergonha da traição; · o combustível para a mudança; · retomar as paixões que tinha abandonado, aprender a estar consigo mesma e o redescobrir o corpo, a sua beleza, vida e prazer; · o livro e as histórias eróticas verídicas. Ouve, partilha e contribui para uma cultura de relações saudáveis, responsáveis e autênticas. Também podes ver o vídeo do episódio no nosso canal do youtube Segue a Isabel nas redes sociais @isabelrdias [Instagram] ou Isabel Dias https://www.facebook.com/profile.php?id=100004605708720 [Facebook] Para assistires à Ted Talk da Isabel, segue este link https://youtu.be/ac6CzXIyyrQ
Ementa (escrita pelo aluno João a quem agradeço): Acordava de manhã e passeava com cachorro escutando o experiências compartilhadas. Passei muito bem na primeira fase. Fui reprovado na discursiva Passei nos recursos. Até os 18 anos Toco bateria, viver de música. Tentei ser músico. Euforia recém empossado Vestibular de história Minha esposa passou para Direito e me convenceu a fazer Direito Fiz faculdade de história de 2012 a 2014 Comecei Direito em 2014. Fiz uma boa faculdade, terminei em 2019. Estágio durante toda a faculdade. Trabalhei durante 4 anos na advocacia de 10h às 19h,até ser empossado. Casei durante esse período Sou matinal. Acordo 05h da manhã Conciliar trabalho x estudo Trabalho tira um pouco o peso. Gosto muito de estudar de manhã. A importância da minha esposa para os meus estudos. Aprendi que nós não podemos gostar só de uma coisa… Fernanda minha esposa me ajudou muito. Frase de Simião @caput no depoimento de Experiências Compartilhadas PGE-PB tive 82 PGE-CE cansadão, cirurgia. 2 semanas na cama sem estudar e consegui passar. Passei na segunda fase sem esperar. PGE-PA Estudava de domingo a domingo. Quando tava cansado, descansava domingo. A noite não estudo. 4h liquidas por dia. METODOLOGIA DE ESTUDOS Inicio depois de formar 2019, salinha de estudos. Não consegui esgotar todos os livros. No inicio peguei livros Tinha preconceito com PDFs Na época achava que precisava esgotar os editais, as provas. Comecei a migrar o que não tinha lido, comecei a usar os PDFs do ponto a ponto. Utilizei Buscador do Dizer o Direito. Eu tava sem estratégia até 2020 Fiz meu raio-x no qocncursos. Adorei o grupo do Conteudospge. Fazia meus materiais complementando. Muitas revisões porque esqueço muito. Como eu testo o material PDF? Sempre fiz muitas questões. Não gostava de fazer questões. Estudava 2 matérias por dia. Dependia também do que eu estava estudando também no dia. Complementar o material Como foi o estudo da jurisprudência Utilização do raio-x do edital Organizar para conter a ansiedade Conheço gente que só passou videoaula Aprendi o meu jeito. Incorporei algumas experiências do XP COMPARTILHADAS: Alvaro e Allan Josimo Dos Cast - para aquecimento dos neurônios. Trânsito. Precisava repetir. Momento mais difícil do estudo para concurso. Reta final dos concursos Cansaço 04/01/2022 - PGE-CE Mãos de Deus. Não saber quando vai apagar. Comecei a fazer terapia. Continuarei a fazer terapia Sonhava como contaria o depoimento no experiências compartilhadas. Não tem fim… Não tenho fé. Comecei a ter muita fé. Por necessidade. Consolação O choro após o resultado do fracasso Mensagens finais.. Para maiores informações: @felipe_duque no instagram, @felipeduqueprocurador no TikTok WWW.RAIOXDOEDITAL.COM.BR
Hoje o episódio está bem ''levinho'', ótimo para escutar enquanto você prepara uma comida, faz sua maquiagem, limpa e organiza sua casa ou claro... Somente relaxa enquanto eu bato um papo com vocês sobre as coisas que eu tenho amado nos últimos tempos. Adorei essa idéia, porque talvez possa te inspirar de alguma maneira a fazer coisas para o seu puro prazer e por mais simples que essas coisas possam parecer, fazem total diferença.
Nasceu em Lisboa a 17 de julho de 1961, filho do poeta e escritor comunista Orlando da Costa e da jornalista Maria Antónia Palla que, desde cedo, se destacou na luta pelos direitos das mulheres. António Luís dos Santos Costa, 'babush' para a família e amigos muito antigos, recorda com saudade a "experiência extraordinária" que viveu no ciclo preparatório no Conservatório Nacional: "A escola era perto de casa e os meus pais queriam que eu tivesse educação musical, mas eu preferia jogar futebol. Não aprendi nenhum instrumento, um desperdício." Adolescente de Abril, andou na rua "a ver a Revolução, o Caso República foi a primeira manifestação do PS" em que participou, pouco depois de ter acompanhado o pai a um comício de apoio ao general Vasco Gonçalves e não ter gostado do "ar quase religioso" com que os comunistas cantavam o Avante. Criado entre o Bairro Alto e São Mamede, andou de autocarro pela primeira vez quando se inscreveu na Faculdade de Direito de Lisboa. Foi aluno do atual Presidente e, Marcelo Rebelo de Sousa, deu-lhe um 17, a melhor nota que teve na licenciatura. Foi monitor na Faculdade, fez o estágio de advocacia no escritório de Jorge Sampaio e Vera Jardim - do qual era sócio o seu tio, Jorge Santos - mas cedo guinou para a política, sua verdadeira motivação, para a qual está talhado com uma vocação instintiva. Foi deputado, eurodeputado, líder parlamentar do PS - função da qual não gostou - mas adora "funções executivas". "Adorei ser presidente da Câmara, adorei ser ministro da Justiça, adorei ser ministro de Estado e da Administração Interna. Gosto muito das funções que atualmente exerço, portanto, tenho tido felicidade", confessa o primeiro-ministro. "Se os calendários eleitorais se cumprirem trabalharei com um terceiro Presidente", afirma. O futuro político será público quando o laico, intuitivo e hábil negociador António Costa achar oportuno anunciá-lo. O atual mandato é para cumprir até ao fim, garante o primeiro-ministro. Nota: esta entrevista foi gravada a 21 de dezembro de 2022.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Nasceu em Lisboa a 17 de julho de 1961, filho do poeta e escritor comunista Orlando da Costa e da jornalista Maria Antónia Palla que, desde cedo, se destacou na luta pelos direitos das mulheres. António Luís dos Santos Costa, 'babush' para a família e amigos muito antigos, recorda com saudade a "experiência extraordinária" que viveu no ciclo preparatório no Conservatório Nacional: "A escola era perto de casa e os meus pais queriam que eu tivesse educação musical, mas eu preferia jogar futebol. Não aprendi nenhum instrumento, um desperdício." Adolescente de Abril, andou na rua "a ver a Revolução, o Caso República foi a primeira manifestação do PS" em que participou, pouco depois de ter acompanhado o pai a um comício de apoio ao general Vasco Gonçalves e não ter gostado do "ar quase religioso" com que os comunistas cantavam o Avante. Criado entre o Bairro Alto e São Mamede, andou de autocarro pela primeira vez quando se inscreveu na Faculdade de Direito de Lisboa. Foi aluno do atual Presidente e, Marcelo Rebelo de Sousa, deu-lhe um 17, a melhor nota que teve na licenciatura. Foi monitor na Faculdade, fez o estágio de advocacia no escritório de Jorge Sampaio e Vera Jardim - do qual era sócio o seu tio, Jorge Santos - mas cedo guinou para a política, sua verdadeira motivação, para a qual está talhado com uma vocação instintiva. Foi deputado, eurodeputado, líder parlamentar do PS - função da qual não gostou - mas adora "funções executivas". "Adorei ser presidente da Câmara, adorei ser ministro da Justiça, adorei ser ministro de Estado e da Administração Interna. Gosto muito das funções que atualmente exerço, portanto, tenho tido felicidade", confessa o primeiro-ministro. "Se os calendários eleitorais se cumprirem trabalharei com um terceiro Presidente", afirma. O futuro político será público quando o laico, intuitivo e hábil negociador António Costa achar oportuno anunciá-lo. O atual mandato é para cumprir até ao fim, garante o primeiro-ministro. Nota: esta entrevista foi gravada a 21 de dezembro de 2022.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Até dia 13 de Novembro, decorre no departamento de Seine Saint Denis, junto a Paris, a 26ª edição do Festival Cidades das Músicas do Mundo, que traz à periferia da capital francesa sonoridades e danças de todo o globo e que trouxe a morna cabo-verdiana e o fado português a Aubervilliers. Numa noite mais quente do que é habitual para os termómetros franceses em Outubro, Lucibela, uma das referências da morna, e Clara Pires, fadista consagrada, partilharam o palco do Point Fort d'Aubervilliers, num concerto que celebrou a lusofonia. Para Lucibela, cantora nascida em São Nicolau e que vive actualmente em Portugal onde prossegue a sua carreira musical, tendo editado este ano o disco Amdjer, ou mulher em crioulo, a França tem sempre as portas abertas à morna, coladeira e funaná. "Correu muito bem o concerto, foi lindíssimo. Adorei cá estar e sentir o calor do público. Ouviram a morna e dançaram a coladeira. Normalmente os franceses têm sempre as portas e o coração aberto para a música de Cabo Verde e eu sinto isso quando faço concerto. Eles estão sempre a acompanhar, a dançar e a fazer a festa", disse Lucibela. Kamel Dafri, director do Festival Cidades das Músicas do Mundo disse à RFI que a lusofonia era um destino imperdível nesta edição que tem como mote “Dançar e Cantar Agora”. "A temática do Festival Cidades e Músicas do Mundo deste ano é “Dançar e Cantar Agora” e tínhamos vontade de fazer uma visita musical e coreográfica. Obviamente que o destino da lusofonia era imperdível, portanto pensámos logo em Cabo Verde, um pequeno país de África, mas que deu grandes géneros musicais ao Mundo e claro que de Cabo Verde fomos para Portugal, para o fado, a música do sentimento. Somos muito apegados a todo este património", afirmou o director do festival. Para a fadista Carla Pires, com mais de duas décadas de experiência em palcos de todo o Mundo, trazer a cultura lusófona às periferias é importante e urgente, com esta iniciativa de partilhar o palco com a morna cabo-verdiana a parecer-lhe evidente num mundo em que a música deve ter menos rótulos. "Hoje em dia tem-se feito imensos festivais onde há essa junção, exactamente, da lusofonia, num mesmo concerto haver dois artistas que dividem e que partilham o palco. Porque não? Para quê rotular a música?", questionou Carla Pires. O Festival Cidades das Músicas do Mundo prossegue até dia 13 de Novembro em 25 cidades dos arredores de Paris, no departamento de Seine Saint Denis, ao ritmo dos sons de diferentes latitudes.
Quem mais achava que os Piratas Heart não daria nem um caldo pro bando do Barba Negra? Eu achava, viu? Adorei o desenvolvimento do bando do Law nesse capítulo. ALIAS… vai um spoiler aqui! Essa semana teremos algo mais do LAW aqui na OPEX =D CAPÍTULO #1064: EGG HEAD: LAB PHASE DURAÇÃO: 67 minutos PARTICIPANTES: […] The post Pauta Secreta #183 – Piratas Heart em ação! – Capítulo 1064 first appeared on One Piece Ex.
Quem mais achava que os Piratas Heart não daria nem um caldo pro bando do Barba Negra? Eu achava, viu? Adorei o desenvolvimento do bando do Law nesse capítulo. ALIAS… vai um spoiler aqui! Essa semana teremos algo mais do LAW aqui na OPEX =D CAPÍTULO #1064: EGG HEAD: LAB PHASE DURAÇÃO: 67 minutos PARTICIPANTES: […] The post Pauta Secreta #183 – Piratas Heart em ação! – Capítulo 1064 first appeared on One Piece Ex.
Não, não somos primos :) E, apesar de conhecer o Fernando há anos, não lhe conhecia esta faceta de leitor, que me faz sentir que valeu a pena criar este projecto. Leitor ávido, o Fernando também sofre de "Tsundoku" (aqui podíamos ser primos), tem milhares de livros em casa e diz que ler quebra a solidão. Adorei esta frase e a conversa, que convido a ouvirem, até porque o Fernando faz um anúncio aqui em 1ªmão. As leituras que este comunicador referiu (entre imensas outras referências): A Sul de Nenhum Norte, Bukowski; Crónicas "O Homem Fatal", Nelson Rodrigues; Enciclopédia da Estória Universal, Afonso Cruz; Crónicas da Clarice Lispector. Referi o livro da Rita Fernandes, ilustrações Sara Peres: "Conta-me uma história"; Ofereci: Pergunta ao Pó, John Fante.
Neste episódio, Leo Jardim, Rafael Sollberg e João Pedro Duarte fazem um exercício de criatividade para melhorar as OLIMPÍADAS, no quadro #FazMelhor. Doping? Suruba? Animais selvagens? Truco? Round 6? Venha ouvir as ideias mais esculachadas na podosfera! Apoia a gente e tenha vantagens como participar do GRUPO SECRETO e ouvir trechos EXCLUSIVOS cortados dos episódios: https://apoia.se/esculachoscacofonicos ---- 8< ------ Adorei! Nota 2, canal com as resenhas do Rafael Sollberg, onde é divulgado o melhor prêmio literário do universo conhecido, o Jabutoscar: https://www.youtube.com/channel/UCJgvOrmA1ZgxPjxWQRtydOg ---- 8< ------ E-mail: esculachoscacofonicos@gmail.com Instagram: https://www.instagram.com/esculachoscacofonicos/ Facebook: https://www.facebook.com/esculachoscacofonicos/ Twitter: https://twitter.com/EsculachosCacof Youtube: https://www.youtube.com/channel/UCr7x2yPT5ZjTsVAwshlfdow ---- 8< ------
Neste episódio eu converso com a querida amiga professora Daniela Godói Gonçalves, professora da UNESP de Araraquara sobre Dor Nociplástica e seu envolvimento nas Disfunções Temporomandibulares. E olha, foi uma verdadeira aula sobre o assunto! Obrigada pela generosidade Daniela em disponibilizar tanto conhecimento. Adorei nosso bate papo!! Este é um termo introduzido pela Associação Internacional de Estudo da Dor (IASP) em 2017 que traz ainda confusão para o clínico pela sua variabilidade e critérios. O uso e estudos relacionados a este termo ainda são poucos. Tentamos trazer a melhor informação disponível até o momento neste episódio. A dor nociplásica é definida pela IASP como “dor que surge da nocicepção alterada, apesar de nenhuma evidência clara de dano tecidual real ou ameaçado, causando a ativação de nociceptores periféricos ou evidência de doença ou lesão do sistema somatossensorial que causa a dor”. No blog www.julianadentista.com coloquei artigos e dica de documentário da Profa. Daniela. Passe por lá depois! www.julianadentista.com
No episódio de hoje vim falar aleatoriamente de três filmes que assisti recentemente. Tudo sem spoilers, claro. Falei de Druk, mais uma rodada, Mulheres a beira de um ataque de nervos e Os suspeitos. Adorei dois deles, mas um ficou aquém das minhas expectativas. Qual foi qual? Ouçam para saber. Estamos no Instagram @filme.da.semana, e temos um email para contato que também é uma chave pix, o podcastfilmedasemana@gmail.com
Ouça nossos esculachos às maiores injustiças do mundo do entretenimento, seja no Oscar, no Grammy, no Nobel, no BBB ou no Miss Bumbum, Leo Jardim, Rafael Sollberg e João Pedro Duarte falam dos PRÊMIOS INJUSTOS. Apoia a gente e tenha vantagens como participar do GRUPO SECRETO e ouvir trechos EXCLUSIVOS cortados dos episódios: https://apoia.se/esculachoscacofonicos ---- 8< ------ Adorei! Nota 2, canal com as resenhas do Rafael Sollberg, onde é divulgado o melhor prêmio literário do universo conhecido, o Jabutoscar: https://www.youtube.com/channel/UCJgvOrmA1ZgxPjxWQRtydOg ---- 8< ------ E-mail: esculachoscacofonicos@gmail.com Instagram: https://www.instagram.com/esculachoscacofonicos/ Facebook: https://www.facebook.com/esculachoscacofonicos/ Twitter: https://twitter.com/EsculachosCacof Youtube: https://www.youtube.com/channel/UCr7x2yPT5ZjTsVAwshlfdow ---- 8< ------
No 64º episódio do podcast, tenho o prazer e a honra de conversar com o professor David Nemer. Ele é professor-assistente de estudos midiáticos na Universidade de Virginia; sua pesquisa foca em antropologia da tecnologia, ciência e tecnologia, informação, desenvolvimento e questões de computação. O David faz etnografias e já realizou trabalho de campo em Cuba, no México, em favelas em Vitória (no Brasil) e em regiões do Kentucky (nos EUA). Também tem dois livros: Favela Digital (2013), e o mais novo se chama Tecnologia do Oprimido, que é uma leitura obrigatória. Adorei como ele fala que o acesso à tecnologia não é só o que temos que pensar, precisamos pensar em quem são as pessoas que estão tomando as decisões no campo da tecnologia. Também falamos sobre cultura e tecnologia nos Estados Unidos e no Brasil, política e como é viver nos Estados Unidos. Você pode encontrar o professor David Nemer em: Instagram: https://www.instagram.com/davidnemer/ Twitter: https://twitter.com/DavidNemer Site: https://www.dnemer.com/ Tecnologia do Oprimido: https://editoramilfontes.com.br/loja/Tecnologia_do_oprimido Favela Digital: https://www.favela-digital.com/ Eu sou a Gabi Oliveira, antropóloga, mãe de dois e professora, e este é o meu podcast, “Uma estrangeira”. Você também pode me encontrar no meu instagram @gabi_instaaberto. Para contar o que você está achando do podcast, mandar sugestões, perguntas e acompanhar os episódios, é só seguir o instagram @umaestrangeira_podcast ou escrever para o email umaestrangeirapodcast@gmail.com. Este podcast é produzido e editado por Fabio Uehara (@fauehara) e revisado por Tatiana Yoshizumi (@tatisy). --- Send in a voice message: https://anchor.fm/uma-estrangeira/message
VOCÊ JÁ ASSISTIU A TOP GUN, MAVERICK? Se não, recomendo muito! Eu, simplesmente, ADOREI!!! Fora a aventura, o reencontro com os personagens e a trilha sonora, fiquei pensando nos MOTIVOS DO FILME TER ME TOCADO tanto. E entendi o quanto ele me diz sobre PROPÓSITO e, também, sobre OS SONHOS DE CRIANÇA. Neste “Café com Edu” faço a conexão entre estes temas. Pode assistir, não tem spoiler. Bom divertimento! Boas reflexões!!! Ubuntu! Eu sou porque você é. Você é porque nós somos. ************* A série Café com Edu é a minha live semanal, transmitida todas às terças-feiras, às 8am, pelo meu Instagram (@eduseidenthal) onde compartilho as reflexões e insights da minha jornada EUpreendedora. ⠀ Por aqui, compartilho o áudio da versão compacta da edição ao vivo. ⠀ E se você quiser refletir sobre Liderança, Team Building, Autoconhecimento, Eupreendedorismo, acesse o meu site (www.eduseidenthal.com.br) e confira os artigos sobre os desafios e te
Após dois anos de pandemia e restrições, o torneio de Roland Garros volta em grande estilo à Paris. Desta vez, com capacidade completa de público, retorno dos espectadores estrangeiros e do entretenimento nas arenas do tênis francês. As partidas principais começam neste domingo (22) e vão até 5 de junho. O Brasil estará representado pela paulista Beatriz Haddad Maia, que acabou de estrear no top 50 do ranking mundial, garantindo seu lugar na chave principal. Os admiradores do tênis mundial estavam com saudades. “É muito bonito, há muitas melhorias, muito bem organizado. É muito bacana e relaxante”, disse à RFI Brasil a aposentada Sílvia du Chemin. Ela visitava Roland Garros com uma amiga. “É apaixonante: a virilidade, o entusiasmo dos jogadores e a vitalidade. É diferente do futebol, pois é individual e tem de ser determinado”, afirmou a amiga Marie Therese. Como todos os anos, Roland Garros reúne na capital francesa as principais estrelas do tênis em busca do cobiçado título nas categorias simples feminino e masculino, duplas femininas e masculinas, juvenil simples e duplas em cadeira de rodas. O mestre do saibro, Rafael Nadal, é um dos mais aguardados. Bala veio da Índia na esperança de ver o ídolo. “Estar aqui é muito bom. A atmosfera, obviamente, vai ser melhor nos próximos dias, quando o torneio oficial começar. E espero ver alguns grandes jogadores como o Nadal,” contou. Outros nomes que devem jogar nas quadras de Roland Garros são Novak Djokovic, Stefanos Tsitsipas e a nova sensação do tênis, Carlos Alcaraz. As chaves femininas terão jogadoras como Iga Swiatek, Paula Badosa, Aryna Sabalenka e Garbine Muguruza. “Tênis é movimento, reação e ar fresco”, disse à RFI Thesing Hermann, ex-tenista de 91 anos, campeão do torneio master de Berlim, em 2019, quando tinha 89. O alemão veio à Paris acompanhado do filho para a sua terceira temporada de Roland Garros. “Esse é um presente para o meu pai. Ele está em forma na sua idade, e então viemos. Mas mudou muito desde a última vez,” comparou Christoph Thesing. “Agora, há mais cercas que diminuem a visibilidade das quadras, há mais controle e filas para alguns jogos”, destacou. Tênis urbano Ao lado das arenas principais, a Federação Francesa de Tênis (FFT) instalou uma novidade. Uma quadra de 6 x 12 metros, em que os jogadores usam uma bola de espuma. “É o tênis urbano, uma nova disciplina que estamos desenvolvendo na Federação Francesa de Tênis para tornar a prática do esporte acessível a todos”, explica Florian Lecef, da FTT. "Adorei. Dá vontade de seguir no tênis", comentou Amadou, de 9 anos. Roland Garros acontece todos os anos em Paris, no final de maio e início de junho, exceto durante a edição de 2020, que foi adiada para o outono, devido à pandemia de Covid-19. Dos quatro torneios de Grand Slam do mundo, é o único disputado no saibro. Costuma atrair olhares do mundo inteiro e normalmente muitos famosos. Esta é também uma oportunidade para homenagear aquele que deu nome ao torneio e que não era jogador. “Roland Garros foi um aviador que morreu em combate na primeira Guerra Mundial. É um personagem muito célebre e é a ocasião para lembrarmos desta história”, destaca, com visível orgulho, o cardiologista francês Emanuel, um apaixonado por tênis. Uma mulher no comando Esta edição é dirigida, pela primeira vez, por uma mulher. Com 25 títulos de WTA, sendo dois de Grand Slam, um master 1.000 e a medalha de prata dos Jogos Olímpicos de Atenas, em 2004, Amélie Mauresmo tem experiência para o posto. "Queremos ver este estádio cheio, porque para vibrar de verdade, ele precisa estar cheio", disse numa entrevista coletiva. “Mais de 90% dos ingressos já foram vendidos”, comemorou a diretora, que espera todas as quadras lotadas para a quinzena parisiense de tênis. Mauresmo prometeu um estádio mais confortável, com mais espaço para o público e os jogadores. Criadas na edição de 2021, as “sessões noturnas” de Roland Garros continuam este ano. Agora sem o toque de recolher ou as restrições de público impostas pela pandemia. Estas sessões permitirão acomodar até 150 mil espectadores a mais do que em uma edição clássica, para um total de 600 mil espectadores esperados. As dez sessões à noite, que começam às 20h30 pelo horário local (15h30 pelo horário de Brasília), prometem ser eletrizantes. Poucos minutos antes do início dos jogos, haverá um espetáculo musical com DJs que deve fazer a temperatura subir na quadra, numa época em que já faz bastante calor na França. Beatriz Haddad representa o Brasil A semana classificatória do torneio de Roland Garros foi aberta na segunda-feira (16). Os sete tenistas brasileiros que tentaram uma vaga foram desclassificados ainda na etapa eliminatória. Em 2022, a única a representar o Brasil no quadro de simples será Beatriz Haddad Maia. Na segunda-feira, a brasileira apareceu oficialmente entre as melhores tenistas do mundo na atualização do ranking da WTA, atingindo sua melhor colocação da carreira, a 49ª posição. Beatriz faz história para o Brasil, se tornando a 5ª tenista brasileira a atingir tal desempenho. “O Brasil já teve outras mulheres entre as 50 melhores, mas é especial. Cada uma tem sua história, seu momento e a época em que jogou. Todas são motivo de orgulho e inspiração para mim. Ser mulher já não é fácil. O mundo ainda é machista,” afirma a jogadora. Ao longo da carreira, Bia sofreu com muitas lesões, que resultaram em diversas cirurgias e pausas no circuito de tênis, além de ter passado por uma suspensão por doping, em 2019. Em entrevista à RFI Brasil, a número 1 da América Latina exaltou a importância de estar em boa forma. "Estou muito feliz por estar saudável. Esse sempre foi o foco principal da minha carreira. Estou cuidando do corpo essa semana e me sentindo bem, preparada e competitiva para começar Roland Garros", declarou. "Hoje me sinto pronta para competir contra qualquer adversária”, revelou. “A minha maior rival sou eu mesma. Eu contra a Bia, meus pensamentos, meus anseios, minha vaidade, meu ego. Cada vez mais eu tento ficar mais concentrada e impor meu jogo", completou. Na primeira fase de Roland Garros, são realizadas três rodadas, seguindo para as oitavas de final, quartas, semifinais e a tão esperada final em cada categoria. Nas arquibancadas das classificatórias, os estudantes Toni e Anastásia torciam por seus conterrâneos portugueses. “Nuno Borges conseguiu passar e estamos felizes. Infelizmente, Pedro e Gastão Dias não conseguiram, mas é assim. Agora temos dois jogadores e vamos ver como vai ser”, conta Toni. “É a terceira vez que eu venho e gosto muito, é sempre divertido e o tempo hoje está muito bom”, disse Anastásia. “É um grande prazer estar de volta e poder compartilhar desse momento com os jogadores portugueses e brasileiros”, acrescentou. Recorde de prêmios Em 2022, Roland Garos distribuirá uma premiação em dinheiro histórica: um total de € 43,6 milhões. Comparado ao da edição de 2019, a última disputada antes da crise sanitária, o prêmio em dinheiro do torneio de tênis aumentará mais de 6,8% (€ 42,66 milhões, há 3 anos) para atingir um novo valor recorde. O atleta vencedor de Roland Garros vai levar um cheque de € 2,2 milhões, o equivalente a mais de R$ 11 milhões. A edição de 2021 foi vencida pelo sérvio Novak Djokovic, numa partida contra o grego Stefanos Tsitsipas, em 13 de junho de 2021.
No 58º episódio do podcast, a minha conversa é com o Jamil Chade. Ele é jornalista, especializado em coberturas internacionais; já passou por mais de 70 países, mora em Genebra (Suíça) desde 2000, e é pai de dois; escreveu para muitos veículos internacionais, como The Guardian,El País, BBC CNN, e nacionais, como UOL e outros veículos do Brasil; também está em seu sétimo livro, Luto: Reflexões Sobre a Reinvenção do Futuro. Adorei nosso papo, porque, além de ter sido uma aula sobre geopolítica, o Jamil tem uma clareza muito importante sobre os motivos de ficarmos antenados no que está acontecendo fora do Brasil. Essa ideia de que política externa e política doméstica são muito diferentes não é real já que uma impacta a outra. Enfim, a conversa despertou várias perguntas e reflexões interessantes em mim e fiquei muito feliz por ele, uma pessoa ocupada e importante, ter disponibilizado um pouco do seu tempo. Os links deste episódio são: Instagram do Jamil Chade: https://www.instagram.com/jamilchade_oficial/ Twitter: https://twitter.com/JamilChade Livros: https://amzn.to/3FHn2Fx Luto: Reflexões Sobre a Reinvenção do Futuro: https://amzn.to/37Ghtud Eu sou a Gabi Oliveira, antropóloga, mãe de dois e professora, e este é o meu podcast, “Uma estrangeira”. Você também pode me encontrar no meu instagram @gabi_instaaberto. Para contar o que você está achando do podcast, mandar sugestões, perguntas e acompanhar os episódios, é só seguir o instagram @umaestrangeira_podcast ou escrever para o email umaestrangeirapodcast@gmail.com. Este podcast é produzido e editado por Fabio Uehara (@fauehara) e revisado --- Send in a voice message: https://anchor.fm/uma-estrangeira/message
Benção da Semana #10 - Evocação de Preto Velho Bomm dia Umbanda
ELE CHEGOU! Marc Spector ou Steven Grant Dão As Caras em Nova Série da Marvel Studios Disponibilizada no DisneyPlus e deve apresentar uma nova mitologia e uma saída á tradicional Fórmula Marvel. O Primeiro Episódio já está disponível e eu ADOREI! Nos Acompanhe em Nossas Mídias: TWITTER LETTERBOXD CASTBOX --- Send in a voice message: https://anchor.fm/dreamisland/message
A exposição "Tudo o que eu quero — Artistas portuguesas de 1900 a 2020" reúne cerca de 200 obras produzidas por 40 mulheres, no Centro de Criação Contemporânea Olivier Debré, em Tours, até 4 de Setembro. A exposição esteve na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, e é desde a semana passada apresentada ao público francês. O ponto de partida para construir a exposição "Tudo o que eu quero" foi o de fazer uma reparação da visibilidade das artistas mulheres durante séculos e perceber o ponto de viragem em que de musas também podem ser criadoras. A curadora Helena Freitas quis expor as conquistas de espaços e vozes de 40 artistas portuguesas. RFI: Como é que se chega a estas mais de 200 obras e 40 artistas, expostas em "Tudo o que eu quero"? Helena Freita: Como fazer uma reparação da visibilidade destas mulheres, que durante séculos foram sobretudo musas. Elas sempre foram muito representadas na arte, mas na condição de musas, não na condição de criadoras, isso só aconteceu muito recentemente. Elas conquistaram o direito a ter uma voz, de ter o próprio olhar e nesta exposição esse é o ponto de partida: olhar para o exterior para conquistar uma consciência artística. Deste conjunto de 40 artistas que seleccionamos, oito delas fizeram os seus estudos em França. Algumas tiveram longas estadias cá. Por exemplo, Lourdes Castro, viveu mais de vinte anos em Paris e só muito recentemente é que teve o devido reconhecimento. Não me está a perguntar por que motivo é que estas artistas não são conhecidas, porque eu penso que isso tem muito a ver com o próprio país, com mais de quarenta anos de ditadura. Esta exposição é um gesto político da antiga ministra da cultura, Graça Fonseca, me dirigiu para fazer esta exposição, com o tema as mulheres artistas. Como fazer uma reparação da visibilidade destas mulheres, que durante séculos foram sobretudo musas. Elas sempre foram muito representadas na arte, mas na condição de musas, não na condição de criadoras, isso só aconteceu muito recentemente. Elas conquistaram o direito a ter uma voz, de ter o próprio olhar e nesta exposição esse é o ponto de partida: olhar para o exterior primeiro para depois dar início a uma consciência de uma acção artística. De alguma maneira esta exposição serve para fazer essa reparação e é fantástico poder fazer essa reparação não só em Portugal, mas também em França. É um percurso ao longo de mais de cento e dez anos de história da arte, como disse durante a visita aos jornalistas. Como é que se organiza uma exposição com obras, que durante tanto tempo não tiveram espaço para existir? Eu acho que há um trabalho de conhecimento prévio que nos permite também fazer as escolhas não é? Uma curadoria é sempre uma escolha. Eu e o Bruno, que é comissário comigo, escolhemos quarenta artistas, mas poderíamos ter escolhido cem ou mais porque há de facto a produção e não estão aqui as melhores artistas. Não é esse o conceito da exposição. O conceito da exposição é de facto a procura das obras, das obras certas que nos permitiram conduzir a uma narrativa de aproximação, não só aos artistas de várias gerações, como de várias disciplinas com várias sensibilidades, com diálogos entre as próprias obras. O ponto de partida da exposição foi o auto-retrato da Aurélia de Sousa. Foram exactamente as obras e nós fomos encontrando com esta atenção nova, a partir deste desafio, de criar um circuito a partir das obras. Isso para nós foi um trabalho muito muito estimulante e acho que criou um campo de ressonância e de diálogo e sensorialidade visíveis nesta exposição. A exposição parte do interior para o exterior, bem como este percurso do papel da mulher artista, do papel da mulher do interior para o exterior. A exposição termina com uma obra de Joana Vasconcelos. É uma obra, não das mais conhecidas da artista, mas que nos agrada muitíssimo. Há um cruzamento entre o objecto que ela apresenta. Ela trabalha sempre a partir da multiplicação dos objectos, que encontra do quotidiano, que são objectos associados ao feminino, ao trabalho feminino ou à utilização desses utensílios pelas mulheres. Ela faz um cruzamento entre esse objecto e o título. O objecto são escovas que escovam e lavam o chão são escovas daquelas poderosas e com isso faz um objecto a que dá o nome de Brush Me. Isto do ponto de vista de uma afirmação muito feminista é de facto muito eficaz e é um trabalho da Joana Vasconcelos que, se não me engano, é de noventa e nove. É um trabalho bastante antigo. Também apresentamos uma aguarela bastante surpreendente. Em Lisboa, apresentámos a noiva, que era uma obra mais espectacular no sentido do espectáculo da sua visibilidade, que é um lustre todo feito a partir de tampões. É um belíssimo objecto chamado "A noiva" (La mariée). Em "Tudo o que eu quero" acompanhamos a evolução da mulher artista portuguesa. Tudo o que elas querem e tudo o que nós queremos é tudo. É todo o nosso lugar na sociedade e no mundo. Tudo o que eu quero é uma frase que tem toda a relevância em 1900 como em 2022. Atenção que a história das mulheres na arte é muito recente. Nada está adquirido. Estamos a falar de um ponto de vista ocidental. Tudo o que eu quero, este tudo é muito importante. É importante na criação de uma artista portuguesa e tudo o que elas querem de facto é ser artistas. É ter esse protagonismo enquanto autoras, enquanto criadoras e terem os meios, as possibilidades. A grande maioria mulheres não têm as mesmas acessibilidades ao trabalho que os homens. Porque têm dos filhos, muitas tarefas domésticas. Durante a visita de imprensa, falou do facto de as mulheres, no século passado, não assinarem com os seus nomes, mas talvez usarem os apelidos do marido... No caso foi a Maria Helena Vieira da Silva. Que não assinava Maria Helena. Assinava Vieira da Silva. Deixou cair a Maria Helena exactamente para não ser identificada como uma mulher e querer ser nem homem nem mulher artista e é isso é que é fundamental. Ser artista era fantástico e chegar ao fim de uma exposição e não se perceber qual é o género, porque não interessa, mas isso ainda falta e aconteceu durante séculos e séculos. Mostrar é também uma forma de combate? Claro que é. Mostrar é sobretudo uma forma dec ombate. Fazer e poder mostrar e podermos mostrar em vários palcos. E se palcos são internacionais, melhor . Como curadora mulher desta exposição também sente que é uma forma de luta? Sim e aprendi imenso. Adorei fazer esta exposição. O que não me impede de adorar de fazer exposições com homens, mas de facto foi muito excitante procurar e ir reparando o que falta ver. Dar visibilidade a obras de artistas que ninguém conhecer e ver o espanto e admiração nos olhos dos nossos parceiros internacionais. E não é tarde para reparar? Não, nunca é tarde. RFI: Patrícia Garrido, apresenta obras como "Móveis ao cubo". Que obra é esta? Patrícia Garrido: Uso objectos do quotidiano, digamos objectos domésticos, mas eu penso que o que me interessa mais é construção de memórias a construção de tempos que desapareceram e uma recuperação de tempos de memória. Tenho uma quase que uma necessidade de conservar coisas e de recuperar coisas que desapareceram ou inventar tempos, passagens, medidas de tempos que não existem na nossa vida ou que não são considerados coisas... que nem pensamos e que fazemos todos os dias. Por exemplo? Os metros que caminhamos dentro de casa ou tudo o que comi durante quinze dias. Os passos que dei em volta dum espaço determinado. Fiz uma série de registos que correspondem a passagens de tempo da minha própria vida e de vidas de outras pessoas. No caso desta peça de que fala são móveis que pertenciam originalmente a casas que foram desmanchadas por familiares. Não sei quem eram os proprietários das casas. Os móveis foram vendidos eu comprei a mobília inteira de casas. Recortei e compactei-as em cubos de uma forma absolutamente abstracta para mim que é a forma mais abstracta e que é uma espécie de compacto da memória de quem viveu nessa casa. Por que motivo esta questão de trabalhar a memória. De onde é que vem? Para mim é fundamental é uma coisa que eu tenho desde desde criança. A necessidade de registar, de não perder aquilo que passava. Sempre tive uma angústia da perda do tempo, da perda dos tempos das pessoas que passaram antes de mim e que desapareceram e que eu não conheci. Em relação às quais eu não consegui conhecer os hábitos pessoais ou histórias pessoais. Era um pânico, uma angústia e ao mesmo tempo uma curiosidade enorme. Eu acho que é uma coisa pessoal, se calhar, da necessidade de registar tempos que eu não tive, pelos quais eu não passei e que se calhar me fazem falta de alguma maneira. A consciencialização do próprio tempo... O tempo não o perdemos vivemo-lo, mas o facto de eu registar se calhar conserva-o de alguma forma e não podemos olhar para ele depois. A Helena Freitas falava há pouco que esta exposição serve para recuperar injustiças provocadas durante o tempo, sobretudo relativamente à visibilidade entre géneros. Como artista mulher sente que ultimamente essa recuperação de injustiça está a ser feita? É sempre um tema complexo, sinto. Posso admitir que de facto é a injustiça existiu porque muitas mulheres trabalharam de uma forma extraordinária e fizeram obras incríveis e não foram reconhecidas no seu tempo de vida. No meu tempo de juventude e talvez até hoje já não posso dizer que isso exista de uma forma tão radical. Obviamente nunca de me sentir discriminada drasticamente pelo facto de ser mulher. Pude sempre fazer o que o quis fazer. Não quer dizer que eventualmente não possa ter efeito numa situação ou outra, mas não não poderei dizer que me sinta injustiçada no sentido directo da do género ter sido determinante no facto da minha carreira não não ser mais relevante. Mily Possoz, Rosa Ramalho, Maria Lamas, Sarah Affonso, Ofélia Marques, Menez, Ana Hatherly, Maria Antónia Siza, Graça Morais, Maria José Aguiar, Rosa Carvalho, Ana Léon, Ângela Ferreira, Joana Rosa, Ana Vidigal, Armanda Duarte, Patrícia Garrido, Gabriela Albergaria, Susanne Themlitz, Maria Capelo, Patrícia Almeida, Carla Filipe, Filipa César, Inês Botelho, Isabel Carvalho e Sónia Almeida são outras artistas representadas. A exposição está patente no Centro de Criação Contemporânea Olivier Debré, em Tours, no âmbito do programa geral da Temporada Cruzada Portugal-França.
No 51º episódio do podcast, a minha conversa é com a deputada federal por São Paulo, Sâmia Bomfim. Ela é líder da bancada do PSOL na câmara e mãe do Hugo. Adorei o nosso papo sobre como é ser mulher na política, porque esse assunto sempre me ajuda a ter mais clareza sobre como é seguir uma carreira na política, na vida pública, numa carreira tão dominada por alguns grupos. Também falamos sobre a parte da maternidade, que para mim sempre é interessante. Você pode encontrar a deputada Sâmia Bomfim em: Instagram: https://www.instagram.com/samiabomfim/ Twitter: https://twitter.com/samiabomfim Facebook: https://pt-br.facebook.com/samia.bomfim.psol/ Youtube: https://www.youtube.com/channel/UC_tks9vJP0qsjCUHmOWq08g Site: https://samiabomfim.com.br/ Coletivo Juntas: https://coletivojuntas.com.br/ Eu sou a Gabi Oliveira, antropóloga, mãe de dois e professora, e este é o meu podcast, “Uma estrangeira”. Você também pode me encontrar no meu instagram @gabi_instaaberto. Para contar o que você está achando do podcast, mandar sugestões, perguntas e acompanhar os episódios, é só seguir o instagram @umaestrangeira_podcast ou escrever para o email umaestrangeirapodcast@gmail.com. Este podcast é produzido e editado por Fabio Uehara (@fauehara) e revisado por Tatiana Yoshizumi. --- Send in a voice message: https://anchor.fm/uma-estrangeira/message
Bem-vindos ao episódio 83 do podcast dos Loud Nerds. Neste semana temos o seguinte alinhamento: - Perguntas dos subscritores: Helder Paiva: Um pedido para o próximo podcast, embalado pelo Horizon, gostava de saber a vossa opinião sobre se jogam com voice acting original ou português, bons e maus exemplos que já tenham tido. Eu normalmente jogo a primeira vez jogo sempre em português. Adorei a tradução dos Last of us e dos uncharteds. Mas estou em dúvida com o horizon porque não curti muito do primeiro. O que me aconselham? - O que temos jogado: Joaquim Pinto: Pokemon Arceus; Sifu; Diogo Cordeiro: Lost Ark; Rafael Costa: Fortnite; Retro Bowl; Monster Train; Renato Luís: Fortnite; Telmo Ivo: Immortals; - Destaques Nerd Culture da semana: Joaquim Pinto: Luca; Diogo Cordeiro: Book of Boba Fett; Renato Luís: Aos Olhos da Justiça; Telmo Ivo: Boruto; Demon Slayer Rafael Costa: Lego - Notícias da semana: 1 - Nintendo Direct https://www.eurogamer.net/articles/2022-02-09-everything-announced-in-the-nintendo-direct 2 - Microsoft says it will keep Call of Duty on PlayStation ‘beyond the existing agreement https://www.theverge.com/platform/amp/2022/2/9/22925510/microsoft-activision-sony-nintendo-app-store-antitrust-policies 3 - GTA 6 is coming https://www.pcgamer.com/uk/its-finally-official-grand-theft-auto-6-is-coming/ 4 - Ubisoft Plans New Assassin's Creed Game to Help Fill Its Schedule https://www.bloomberg.com/news/articles/2022-02-09/ubisoft-plans-new-assassin-s-creed-game-to-help-fill-schedule 5 - Lost Ark proves hugely popular ahead of launch as Steam pre-loads soar https://www.eurogamer.net/articles/2022-02-09-lost-ark-proves-popular-ahead-of-launch-as-pre-loads-soar Rapidinhas: Beyond Good & Evil 2 pode não acontecer Horizon 20 milhões de cópias vendidas entre o PC e a PS; Novo Lego Set do Horizon vai ser lançado no dia 22 de Maio, custa 80 euros e vai ter 1222 peças; Horizon as reviews já saíram e são bastante positivas; CrossfireX e Dying Light 2 saíram mas não num bom estado, com vários problemas e vários bugs; Rumor que versão da PS5 do Cyberpunk saí hoje; Capcom tem um timer e uma surpresa preparada para o dia 20 de Fevereiro; Wolf Among Us 2 anunciado para 2023; Salt and Sacrifice data de lançamento em Maio 2022; COD este ano vai ser da feito pela equipa do Modern Warfare e um novo Warzone também está planeado para este ano Sigam nos em: https://twitter.com/LoudNerds https://www.facebook.com/Loud-Nerds-102060884933455/?view_public_for=102060884933455 E podem enviar as vossas questões para: loudnerds@gmail.com
Clássico da música popular, Naquela mesa é uma composição do poeta Sérgio Bittencourt…essa poesia foi sugerida pela minha cunhada, Bruna! Adorei! Levou meus pensamentos ao meu avô Crispim, que me ensinou a dançar…meu eterno amor! Obrigada Bruna!
Our guest is Maria Helena Rodrigues and we will talk about the Talent: Context Portuguese Version: Durante anos atuei na área de Comunicação e MKT na empresa de construção civil de minha família, no entanto senti necessidade de algo mais. Com meus filhos adolescentes, passei, aos 40 anos de idade, a ser uma estudante universitária. Adorei a experiência e convivência com jovens – pensando fora da caixa – cabeça aberta, meus queridos colegas. Completei minha graduação em Comunicação Social – Publicidade e Propaganda quando meu filho Gabriel estava se casando, no Rio de Janeiro com uma carioca que havia conhecido na Nova Zelândia. O mundo gira! Na sequência, eu e uma colega apostamos numa agência de publicidade, onde construímos, também, um site inédito na ocasião, “Preciso Falar” - Um site só para Mulheres. Porque as mulheres precisam falar! A Publicidade e Propaganda me levaram para a escrita, o que amo e onde me senti confortável para explorar a biografia fictícia de meus personagens e suas tramas em meus romances. O resultado foi três livros publicados. Buja, o Cão Escritor - Laranja, Vinho e Chocolate - Preciso Falar, O Almanaque do Universo Rosa. Por circunstâncias adversas, a vida reservou para mim a tarefa de Coach – Treinamento e Gestão para Liderança, uma combinação perfeita em trabalho e paixão. Amo o que faço. Minha ocupação principal, atualmente está focada em formação de liderança para gestores e implementação de engajamento de equipes e liderança em empresas.Tenho a oportunidade, todos os dias, de conviver, conhecer e, especialmente, auxiliar pessoas na direção de seu propósito pessoal e profissional. O conhecimento claro de quem sou eu, para onde quero ir, o que faço, como o que faço impacta positivamente a minha vida, a família, amigos e comunidade onde vivo é algo de valor inestimável. Minha missão de vida. Currículo: MBA em LIDERANÇA, INOVAÇÃO e GESTÃO 4.0 | PUC RS (em curso) CONSULTORIA EMPRESARIAL AVANÇADA PROFESSIONAL & SELF COACH | Certificação | Instituto Brasileiro de Coach COACH de PONTOS FORTES | Gallup® Certified Strengths Finder GESTORES - LÍDERES – EQUIPES | Certificada pela Gallup® | EUA LEADER COACH | Certificada pelo IBC ANALISTA COMPORTAMENTAL | Certificada pelo IBC ANALISTA 360° | Certificada pelo IBC Curso up grade em PROFISSÃO COACH BACHAREL em COMUNICAÇÃO SOCIAL pela UNIVERSIDADE FEEVALE PALESTRANTE ESCRITORA - que ama viajar e conhecer o mundo através das lentes da diversidade cultural. CliftonStrengths Top 5: Estratégico | Ativação | Individualização | Contexto | Ideativo English Version: For years I have worked with Communication and Marketing in my family's construction company, however I felt I needed something more. When my kids grew up I became at the age of 40, a university student. I loved the experience and coexistence with young open-minded people (thinking outside the box). I completed my degree in Social Communication – Advertising when my son Gabriel married in Rio de Janeiro to a carioca he had met in New Zealand. After my graduation, a colleague and I opened an advertising agency, where we also created a unique website at the time, “Preciso Falar” - A website just for Women. Because women need to talk! Advertising took me into writing, what I love and where I felt comfortable exploring the fictional biography of my characters and their plots in my novels. The result was three published books. Buja, the Writer Dog | Orange, Wine and Chocolate | Preciso Falar, The Almanac of the Pink Universe. Due to adverse circumstances, I eventually became a Coach at Training and Management for Leadership, a perfect combination of work and passion. I love what I do. Now I work, mainly with leadership training for managers and implementation of team engagement and leadership in companies. Every day I have the opportunity to socialize, meet, and, especially, help people towards their personal and professional purpose a clear knowledge of who I am, where I want to go, what I do, and in which way it walks impacts positively in my life, family, friends and community. It's my life mission. Certificates on my C.V. MBA in LEADERSHIP, INNOVATION and MANAGEMENT 4.0 | PUC/RS (currently) ADVANCED BUSINESS CONSULTING PROFESSIONAL & SELF COACH | Certification | Brazilian Institute of Coach COACH at STRONG POINTS | Gallup® Certified Strengths Finder MANAGERS - LEADERS - TEAMS | Certified by Gallup® | USA LEADER COACH | Certified by Brazilian Institute of Coach BEHAVIORAL ANALYST | Certified by Brazilian Institute of Coach 360° ANALYST | Certified by Brazilian Institute of Coach BACHELOR in SOCIAL COMMUNICATION at FEEVALE UNIVERSITY CliftonStrengths Top 5: Strategic | Activator | Individualization | Context |Ideation Yuri Trafane formou-se em Gestão de Marketing pela ESPM após ter cursado Química na UNICAMP. Possui dois MBAs, um pela USP e outro pela FGV, seguido de um pós-MBA pela FIA, uma certificação em coaching pela ATD USA e uma especialização em Strength Based Coaching pela Gallup USA. Com sólida formação acadêmica, construiu sua experiência profissional como executivo em empresas renomadas, como Johnson & Johnson, Unilever, Parmalat, Bauducco e Grupo Abril.Atualmente dirige a Ynner Treinamentos, empresa de treinamento e consultoria especializada em Gestão, Estratégia, Vendas e Marketing, onde teve o privilégio de formar executivos de empresas de destaque como Bayer, Nestlé, Bosch, Nívea, Walmart, 3M, Eaton , Emerson, Mercedes-Benz, FMC, Mary Kay, Sanofi, Saint Gobain e várias outras. Ynner é a representante oficial da Gallup no Brasil. Yuri's Top 5 CliftonStrengths: Input (Input), Estudioso (Learner), Ativação (Activator), Significância (Significance), Relacionamento (Relator) Learn more about Gallup's other resources for strengths-based coaching: • Articles & Videos • Webcasts • Guides & Reports • Subscribe to our Newsletter To learn about Gallup's other resources for strengths-based coaching, visit Gallup Access. Called to Coach is a Gallup Webcast (via YouTube) that allows current and prospective coaches to interact with strengths coaches who have found success in strengths-based development.
Meu deus, gente. Que episódio foi esse? Hahaha. Raony volta ao Wanda para um dos Stops mais sem noção que já fizemos, escolhendo nomes pro bebê da Lady Gaga, dizendo qual nosso apelido no Leblon, dando nomes para lojas bem típicas brasileiras e dizendo qual reboot Luisa Sonza deve estrelar! Hahahaha. LOTUS Gente que não percebe a fila andando “Adorei as referências”. Quais?? Briga no Leblon Briga da CRM “Tudo é preconceito” Gente sedenta por rola marcando Designer da Kylie Minogue MERYL Raised by Wolves Utopia Uva Pabllo Vittar e Gloria Groove ns Vogue Remake de “Jovens Bruxas” Lizzo na Vogue Encontro da Xuxa com Eliana e Angélica Ticiane Pinheiro excluída do rolê Alinhamento postural INTERESSANTENEY INSTAGRAM: @bondebocapodcast INSTAGRAM: @alemdomeme SÉRIE: Succession DOCUMENTÁRIO: Professor Polvo ANIMAÇÃO: Infinity Train SÉRIE: Nova temporada de Girls in the House JOGO: Cyberhunter ME AJUDA, WANDA! A devolutiva da amante do médico Ele precisava ser tão grosso? Por causa dele passei quatro anos sem amigos Podcast #312 apresentado por: @phelipecruz @eusousamir @santahelena @raonyp Edição / Produção: Felipe Dantas (dantas@papelpop.com / @apenasdantas) Quer ter seu caso lido em nosso podcast? Mande um desabafo, uma rapidinha, ou pergunte curiosidades para o e-mail redacao@papelpop.com. Coloque qualquer coisa com "Wanda" no assunto! Toda quinta-feira, às 13h17, um episódio novo, exclusivamente no Spotify Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices