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Han pasado diez años de aquel 13 de noviembre que supuso un trauma para Francia. Aquellos atentados dejaron 132 muertos y se inscribieron en una secuencia larga, de años de plomo del terrorimo yihadista que remitió ya con el fin del califato en 2017. Aquella noche de terror generó un efecto de unión temporal, pero también terminó acelerando la polarización y la radicalización de la política francesa entorno a asuntos como la laicidad. Una década después, hoy nos proponemos mirar desde la atalaya del tiempo para hacer la radiografía de aquellas cicatrices, de aquel trauma colectivo del 13N. Nos acompañan: -Florencia Ángeles, corresponsal W radio en Francia -Marine de La Moissonière, periodista en RFI y cubrió el juicio de los atentados y ha estado mucho en contacto con las víctimas. -Raphaël Proust, periodista en L´Opinion -Pompeo Coppola, periodista especializado en asuntos internacionales Coordinación editorial: Florencia Valdés y Julia Courtois Realización: Robin Cussenod, Yann Bourdelas, Vanessa Loiseau Presenta: Carlos Herranz.
Han pasado diez años de aquel 13 de noviembre que supuso un trauma para Francia. Aquellos atentados dejaron 132 muertos y se inscribieron en una secuencia larga, de años de plomo del terrorimo yihadista que remitió ya con el fin del califato en 2017. Aquella noche de terror generó un efecto de unión temporal, pero también terminó acelerando la polarización y la radicalización de la política francesa entorno a asuntos como la laicidad. Una década después, hoy nos proponemos mirar desde la atalaya del tiempo para hacer la radiografía de aquellas cicatrices, de aquel trauma colectivo del 13N. Nos acompañan: -Florencia Ángeles, corresponsal W radio en Francia -Marine de La Moissonière, periodista en RFI y cubrió el juicio de los atentados y ha estado mucho en contacto con las víctimas. -Raphaël Proust, periodista en L´Opinion -Pompeo Coppola, periodista especializado en asuntos internacionales Coordinación editorial: Florencia Valdés y Julia Courtois Realización: Robin Cussenod, Yann Bourdelas, Vanessa Loiseau Presenta: Carlos Herranz.
México con baja esperanza de vida y alta mortalidad prevenible: OCDE La CFE informa de un apagón en YucatánFrancia conmemora 10 años de los atentados del 13 de noviembre de 2015Más información en nuestro Podcast
Cristina Garrido explica que no va a ser capaz de perdonar jamás a los responsables de los atentados: "Ni olvido ni perdono". El único condenado vivo ha pedido reunirse con las víctimas para pedirles perdón, un hecho que según Garrido no tiene sentido que llegue 10 años después: "El momento de hablar era el juicio, ahora eso no me sirve". En una entrevista a 'Las Mañanas de RNE' también lamenta la falta de apoyo que han sentido por parte de la Administración central: "Nos hemos sentido más respaldados por el Gobierno francés", critica que la reparación se basa en una indemnización económica pero que no ha habido un acto de memoria: "Somos la piedra en el zapato de la Administración". Reconoce que es "muy difícil" seguir adelante pero que su forma de ha sido teniendo presente a su hijo y "hablando de él en presente" cada día. Escuchar audio
Vídeo. Dez anos dos atentados de Paris. "Ainda é o inferno hoje", mas há alguma paz por "não estar sozinho"
Dez anos depois dos atentados que mataram 130 pessoas e fizeram mais de 400 feridos em Paris e Saint-Denis, o filho de uma das vítimas mortais denuncia a exploração da emoção em torno dos ataques e pede “pensamento crítico e analítico sobre o que aconteceu”. Michaël Dias afirma que não se procuraram respostas sobre as causas e o financiamento dos ataques e alerta que não foi feito “um trabalho para lutar contra a polarização da sociedade” de modo a “evitar que pessoas nascidas em França atentem contra o próprio país”. O filho do português que morreu no Stade de France questiona “como é que “um país como a França não foi capaz de antecipar uma operação terrorista desta dimensão” e não acredita que hoje a situação esteja melhor. Foi há dez anos que três comandos de homens armados mataram 130 pessoas e fizeram mais de 400 feridos em Paris e Saint-Denis. Primeiro, no Stade de France, depois em bares e restaurantes e na sala de concertos Bataclan. Os ataques de 13 de Novembro de 2015 foram, então, reivindicados pelo autodenominado Estado Islâmico. Dez anos depois, como contar e lembrar o que aconteceu e como estão os familiares das vítimas? Para falar sobre o assunto, convidámos Michaël Dias, filho de Manuel Dias, a primeira vítima mortal daquela noite junto ao Stade de France, em Saint-Denis, nos arredores de Paris. RFI: Dez anos depois, como é que está o Michaël Dias e a sua família? É possível reconstruir-se dos atentados? Michaël Dias, filho de Manuel Dias: “Enquanto estamos vivos, é sempre possível reconstruir-se e continuar a viver, mas acho que isso é bastante universal em todos os lutos. Não me parece que este luto seja muito diferente de outro. As circunstâncias podem ser mais inesperadas, mas o ser humano passa por um luto que é seu, que é íntimo, que é pessoal e todos os ouvintes um dia passarão por isso.” Que memórias é que ainda guarda daquela noite? “É uma noite de espera até termos a confirmação. Não guardo nada para além dessa lembrança, mas não traz nada à reflexão sobre o assunto, o sofrimento das vítimas ou da família das vítimas. A gente vimo-lo na televisão e na rádio nos últimos dez anos, várias vezes. Não há nada que seja muito útil ao explorar esse sentimento, nem vejo uma grande utilidade de fazer um tutorial sobre como fazer o luto em circunstâncias excepcionais.” Mas se houver alguma coisa que tenha falhado, por exemplo, a forma como as autoridades comunicaram com as famílias, seria bom tirar lições. Ou não? “Não acho que houvesse um protocolo que tenha falhado ou que fosse importante fazer alguma coisa na altura. Soube-se quando tinha que se saber e não é por aí. Não acho que seja um ponto que tenha falhado em particular, é muito mais o facto de um país como a França não ter sido capaz de antecipar uma operação terrorista desta dimensão e coordenada e sincronizada desta forma.” Mas, por exemplo, a sua irmã disse-nos [numa entrevista em 2021] que o número de emergência não funcionou e ela estava em Portugal... “Sim, mas se não somos capazes de antecipar um acto terrorista ou vários numa mesma noite, quanto mais as questões puramente logísticas de números de telefone e de quem centraliza a informação, etc. Desde então, certamente com o número de atentados que já houve em França, eles hão-de ter criado um processo bastante mais eficaz.” Dez anos depois, diz que não houve antecipação. Como é que está a França hoje? “Quando isso acontece, a gente sempre espera que seja o último, que não haja mais, como é óbvio. Mas depois eles foram-se multiplicando, chegando a uma banalização. Acho que ninguém saberia listar o número de atentados que houve em França, de pequena ou grande dimensão, nos últimos dez anos. Portanto, não só não anteciparam esse, como falharam em vários outros níveis. Certamente que também terão evitado outros atentados, mas não acredito que estejamos numa melhor situação hoje do que há dez anos, com muito mais ameaças, com um sentimento de insegurança que foi sempre crescendo. Estamos longe de termos melhorado em qualquer um dos aspectos.” O que é que falha concretamente? O que é que é preciso fazer para antecipar? “Esse é o trabalho de quem zela pela segurança da população, é um trabalho da Inteligência, um trabalho de procura das causas de quem pode estar a financiar, quem pode estar a dar apoio logístico, etc. E todo o outro trabalho que tem que ser feito para lutar contra a polarização da sociedade e para evitar que pessoas nascidas no próprio país atentem contra outros cidadãos que não têm nada a ver com o assunto.” Como é que a memória colectiva deve recordar estes momentos sem que eles sejam, digamos, politicamente utilizados para fracturar uma sociedade que já está polarizada há muito? “Essa questão do dever de memória, eu acho acho curioso. Relembrar o quê? Relembrar que não foram capazes de evitar vários atentados que fizeram mais de 120 mortos numa mesma noite? Não esquecer tudo o que está por trás disso e como nunca fomos capazes de pensar nas origens, de fazer essa genealogia dos acontecimentos, saber quem financiou, quem deu apoio logístico? Continuamos com essa historinha de que três ou quatro parvos num kebab terão imaginado um dia fazer um atentado sozinhos. Isso é absurdo. Forçosamente houve quem financiou e quem deu apoio, mas em nenhum dos momentos a gente pensa essas causas, em nenhum momento o julgamento pensou essas causas profundas e continuamos com a mesma moralização de sempre nos ‘media' e a tentar sempre entrar no acontecimento pela emoção, em vez de pensar isso de forma crítica.” Além do luto individual, os atentados deixaram uma marca indelével na sociedade francesa. Foram os piores atentados na história de França. Até que ponto é que não se poderiam tirar lições, mesmo em termos políticos, do ocorrido e também lembrar das pessoas? No julgamento, a sua irmã disse-nos que pouca gente sabe que houve uma vítima no Stade de France. Como é que se devem lembrar estas pessoas? “Lembrarão essas pessoas quem sente a falta delas. De forma colectiva, ficarão na História pelo que se viveu naquela noite, mas não tem grande interesse tentar personificar um atentado porque isso não traz nada ao debate político, não diz nada sobre a sociedade. O luto é uma coisa completamente individual, pessoal e essa reflexão incapacita as pessoas de pensar de forma crítica, vamos falar de como dói perder uma pessoa sem pensar porque é que isto aconteceu e quem são as pessoas que poderiam ser responsabilizadas por isso de forma política e não só. De resto, é uma questão de luto pessoal. Um dia seremos só uma foto numa estante e no dia a seguir não seremos mais nada.” O seu pai não é apenas uma foto numa estante. O seu pai tem uma placa de homenagem a lembrar o nome dele junto ao Stade de France... “Sim, mas certamente ela um dia será tirada de lá. Não serve de grande coisa pensarmos em toda esta questão de uma forma emocional porque esse trabalho foi feito a vários níveis. Foi feito naquela noite para quem viu na televisão aqueles atentados em directo e sentiu essa emoção, portanto não precisa de voltar a senti-la hoje. Viveu também de forma muito sofrida todas as pessoas que perderam alguém ou estiveram lá naquelas noites e, portanto, não precisamos de mais emoção para perceber o assunto. A gente percebeu bem o que é viver aquilo. Agora, precisamos é de pensamento crítico e analítico sobre o que aconteceu e a emoção impede que isso aconteça.” Foi convidado para as cerimónias de homenagem? O que está previsto? “Acho que há várias comemorações, como sempre, em todos os sítios onde aconteceu, e depois acho que há a inauguração do Jardim da Memória, algo assim.” Lá está, a memória... “Sim, mas essa memória é a memória emocional de quanto se sofreu que vai impedir de pensar de forma crítica ou é a memória de não termos sido capazes de antecipar isto, de não termos sido capazes de gerir isto, de termos obrigado as vítimas a submeterem-se a um processo longo e indecente de responder a todos os inquéritos para poder aceder, possivelmente, a uma indemnização?” Como assim? O que é que aconteceu? Como é que foi esse processo, o acompanhamento para terem as ajudas terapêuticas e financeiras? “As vítimas, na sua maioria, tiveram de esperar quase dez anos para serem, em parte, ressarcidas e terem acesso, às vezes, a apoios psicológicos e a outras compensações. Para isso, muitas delas tiveram de se submeter a todo um processo que incluía encontros com médicos e outros profissionais e todo um inquérito sobre questões muito pessoais que roça a indecência só para se poder provar quase o que se sofreu e a dificuldade em reconstruir-se. Isso é muito absurdo e se temos que ter um dever de memória é para com isso. É para com a incapacidade de antecipar vários atentados e com a incapacidade de gerir de forma digna as compensações que iriam surgir.” Convosco também foi o caso? “Não porque eu não me quis submeter a nada disso, ms conheço pessoas que sim.” Um ano depois dos atentados, durante uma homenagem francesa ao seu pai, na qual foi colocada uma placa com o seu nome no Stade de France, o Michaël fez um discurso em que disse que os que perpetraram os atentados eram apenas “carne para canhão ao serviço de interesses obscuros”. Na altura, também deixou a mensagem – que dizia que herdada do pai – de que “para viver sem medo e em liberdade é preciso parar de estigmatizar o outro”. Esse seu discurso ecoou de alguma forma? Ou nada mudou? “Não acho que tenha mudado seja o que for. Em dez anos, se mudou foi para pior. Temos uma sociedade muito mais polarizada hoje em dia em França do que tínhamos em 2015. De resto, eu não sei se ecoou, não tenho essa pretensão, mas é uma questão que já referi várias vezes que é: como é que pessoas que nascem em França são capazes de realizar atentados ou de se virar contra outros cidadãos que não têm nada a ver com a temática? É preciso pensar como é que chegámos a este ponto, como é que pessoas que nascem em França não se vão identificar como franceses ao ponto de poder realizar algo contra o próprio país supostamente. Nesse sentido, até é muito estranho porque, sim, são carne para canhão porque eles estão a defender interesses que são, às vezes, interesses políticos, interesses mafiosos, interesses que eles nem conhecem e só o fazem por ideologia, neste caso. Mas é sempre curioso perceber como é que pessoas que nascem num mesmo sítio crescem de forma tão diferente.” Numa conversa que tivemos em 2017, criticou o Presidente francês, Emmanuel Macron, pela supressão do Secretariado de Estado de Ajuda às Vítimas. Na altura, falou-me numa “vontade explícita” de fazer cair as vítimas e as famílias num certo “esquecimento”. Teve uma posição bastante crítica com o Presidente. Mantém-na? “Quando ele foi eleito e acabou com a Secretaria de Estado, ele disse que queria acabar com essa cultura de vítimas porque na altura ainda era algo muito presente. Isso não é muito relevante no sentido em que depois houve outros atentados e ele teve que voltar a falar sobre o assunto, etc, mas é mais que o pesou na relação das vítimas com o Estado, no sentido de todas as indemnizações e da ajuda que era suposto vir. Tudo foi complicado e várias vezes tiveram que falar com os ministros e o governo para pedir uma série de coisas que deviam ter acontecido muito mais rápido. Então, o que eu observo é o que eu estava a falar há bocado, é que todo o processo do pedido de ajudas e indemnizações foi muito mais demorado, muito mais complicado do que certamente teria sido com o governo anterior.” Como é que olha para o julgamento? Houve alguma forma de reparação? “Eu fiquei bastante à margem do julgamento pessoalmente. É o que eu sempre disse: vamos julgar as pessoas que estiveram envolvidas directamente nesse atentado e está muito bem fazê-lo, mas eu procurava respostas que nunca chegaram a aparecer porque são questões políticas muito mais profundas e não há interesse sequer em encontrar ligações políticas e económicas a esses atentados. Então é melhor falar das três ou quatro pessoas que pudermos julgar, mas isso não responde em nada às perguntas que eu teria.” Que perguntas são essas concretamente? “São perguntas simples. Quem acredita que três ou quatro desgraçados são capazes de organizar um atentado desta dimensão ou outros atentados que aconteceram depois é ingénuo porque forçosamente há uma complexidade económica e logística que não são acessíveis de forma fácil. Mas nunca sequer essa questão é feita. Quando eu faço essa questão, a maior parte dos jornalistas responde: ‘Ah, não, mas é que a gente não pode na nossa rádio ou televisão falar desse tipo de assuntos. A gente não pode fazer essas perguntas...” Mas eu estou-lhe a pedir essa pergunta. “Sim, mas eu não tenho a resposta. A minha questão é: por que é que nunca se fala de quem poderá ter financiado isto e por que é que sempre que eu faço essa pergunta, os jornalistas me respondem que não podem falar disso? É muito curioso, não chamo a isso censura, mas é curioso.”
Dez anos após os atentados terroristas que abalaram a França em 2015, Paris transforma o luto coletivo em memória viva. Duas grandes instituições francesas, o Museu Carnavalet e os Arquivos de Paris, apresentam exposições que reúnem objetos, cartas, desenhos e obras deixados pela população nos locais dos ataque. Os testemunhos, carregados de emoção, formam, ao lado de obras, um retrato poderoso da dor e da solidariedade que traduzem valores republicanos que catalisam a sociedade francesa. As iniciativas se inscrevem em uma longa tradição francesa de valorização da memória coletiva, especialmente em relação a eventos traumáticos da história nacional. A partir dos anos 1990, o país passou a adotar de forma mais sistemática o que ficou conhecido como “dever de memória” — uma noção que ultrapassa o simples registro histórico e se transforma em compromisso cívico com o reconhecimento e a transmissão dos acontecimentos do passado. O conceito foi amplamente difundido por intelectuais como Pierre Nora, autor da obra monumental Les Lieux de Mémoire (Os Lugares da Memória), que propôs a ideia de que certos espaços, objetos e rituais funcionam como âncoras simbólicas da identidade coletiva. Foi também nesse contexto que o então presidente Jacques Chirac, em 1995, tornou-se o primeiro chefe de Estado francês a reconhecer oficialmente a responsabilidade da França na deportação de judeus durante a ocupação nazista. Esse gesto marcou uma virada na política memorial do país, que passou a investir em museus, arquivos e cerimônias públicas como formas de reparação simbólica e de construção de uma memória compartilhada. Desde então, o “dever de memória” tornou-se um princípio estruturante das políticas culturais e educacionais francesas, especialmente diante de tragédias contemporâneas como os atentados terroristas de 2015. Béatrice Herold, diretora dos Arquivos de Paris, lembra que o impulso inicial para a coleta desses testemunhos partiu do sociólogo Jérôme Truc. “Ele escreveu para a prefeita de Paris dizendo que era preciso fazer algo diante desses testemunhos deixados pela população”, conta. A partir daí, o então diretor dos Arquivos, Guillaume Naon, mobilizou equipes para recolher os objetos nos locais dos atentados, em parceria com os agentes da direção de limpeza urbana. “Eles recolhiam os documentos à medida que os meses e as semanas passavam. Ao mesmo tempo, os agentes de limpeza removiam as flores murchas e as velas apagadas e reconstituíam os memoriais para que eles permanecessem o tempo necessário para esse luto coletivo”, explica Herold. Leia tambémFrança dá início às homenagens pelos 10 anos dos atentados terroristas de 13 de novembro em Paris Homenagem espontânea da população A homenagem espontânea da população durou vários meses. A coleta principal ocorreu entre novembro de 2015 e janeiro de 2016, mas uma última campanha foi realizada um ano depois. Ao todo, foram 17 ações de coleta. “Hoje, todos esses objetos estão nos arquivos. Uma parte está nos Arquivos de Paris — tudo o que é testemunho escrito, desenhos, cartas, pequenos bilhetes. E outra parte está no Museu Carnavalet, que se encarregou dos objetos de maior dimensão”, detalha a diretora. Entre os testemunhos escritos, destaca-se a reafirmação do apego a Paris, à França e aos valores da República. “É muito, muito recorrente. A população precisa expressar, em um ato de comunhão social, o apego a esses valores”, observa Herold. Ela também chama atenção para a quantidade de desenhos feitos por crianças, muitos deles produzidos em escolas da França e do exterior. “É impressionante ver que professores em Paris, mas também nos Estados Unidos, na Bélgica ou no mundo, fizeram seus alunos do ensino fundamental trabalharem através do desenho logo depois, para que expressassem algo sobre a liberdade, a liberdade de expressão, a paz”, diz. "Elas trabalharam com seus professores o ano todo para trabalhar a memória dos ataques. Dado que essas crianças têm cerca de 10 a 11 anos, na verdade elas não eram nascidas ou eram bebês na época dos eventos trágicos. Elas convidam a transmitir essa memória dos ataques em relação ao futuro", diz, sobre os desenhos de crianças parisienses. No Museu Carnavalet – História de Paris, a diretora Valérie Guillaume apresenta uma seleção de 60 objetos expostos no percurso permanente da instituição. “Coletamos, graças aos Arquivos de Paris, 192 objetos. Na coleção, também contamos com numerosas fotografias de Laurence G e de Nicolas Argirolo, cerca de 50 ou 60 fotografias”, explica. Ao todo, a coleção relacionada aos atentados de 2015 reúne entre 250 e 270 itens. Entre os objetos mais marcantes estão guitarras, sapatos, livros — como o tratado de Voltaire sobre a tolerância — e, sobretudo, o símbolo da Torre Eiffel estilizada dentro de um círculo, evocando o espírito peace and love dos anos 1960 e 70. “Esse tema é muito recorrente em todos os documentos e nos objetos. Ele foi desenhado e reproduzido por muitas pessoas”, afirma Guillaume. Arte urbana A exposição também inclui obras de artistas urbanos como Marc Aurel, Grim Team e o coletivo C215. Um dos destaques é a instalação de Marc Aurel Vion, erguida na Place de la République logo após os atentados. Trata-se de uma cerca de 12 metros adornada com o lema de Paris, reatualizado por Haussmann no Segundo Império: Fluctuat nec mergitur — “O barco é sacudido pelas ondas, mas não afunda”. “Essa força do evento, que convida a população a se reunir e a defender justamente os valores fundamentais comuns, é expressa aqui através dessas letras, a força dessas letras, colocadas em branco sobre fundo preto”, descreve a diretora. "Há também esse afresco realizado pelo grafiteiro C215 em homenagem a Ahmed Merabé, que foi morto, assassinado, durante os ataques de janeiro de 2015 do Charlie Hebdo, no Boulevard Richard-Lenoir", lembra. "Ahmed Merabé era um policial. Ele foi assassinado no momento do ataque contra o Charlie Hebdo. É uma obra interessante. Reconhecemos a assinatura de C215 em um cubo à direita. A obra representa um retrato sorridente desse policial assassinado, em toda a sua humanidade, com suas cores fortes [azul, branco, vermelho, as cores da bandeira francesa] que estão muito presentes", diz. As duas exposições, abertas ao público até dezembro, não apenas preservam a memória das vítimas, mas também reafirmam o papel da cultura como espaço de resistência e reconstrução coletiva, valores ancorados profundamente na tradição contemporânea francesa.
El secuestro y asesinato de varios miembros del equipo israelí en los juegos de Munich en 1972 a manos de terroristas palestinos de Septiembre negro marcaron para siempre al movimiento olímpico. Murieron once atletas, un policía y cinco miembros del grupo terrorista. En aquellos Juegos participó nuestro invitado, el exatleta olímpico Manuel Carballo.Escuchar audio
NotiMundo al Día - Néstor Rosanía - Atentados terroristas en Ecuador by FM Mundo 98.1
Vanessa Vallecillo recuerda a las víctimas de los terroristas de Hamás y cómo no han sido reconocidas deliberadamente
Tenemos un programa dedicado casi en su totalidad a este triste aniversario del 7 de octubre. Estaremos en puntos como Jerusalén, Damasco, Beirut, Washington o Bruselas, y trataremos el tema de los rehenes, de los presos palestinos, de Cisjordania, de cómo se ha visto afectado Oriente Próximo por el conflicto y de otras muchas cosas más.Escuchar audio
En estos dos años desde la matanza de Hamás, Israel ha bombardeado zonas llenas de civiles, ha abierto fuego contra ellos, ha dejado a la gente morir de hambre, ha atacado hospitales y escuelas y ha convertido la franja en un infierno del que no quiere testigos. Dos años después, Israel y Hamás negocian en Egipto la aplicación del plan de paz propuesto por Trump. Anoche aterrizaron en Madrid, Barcelona y Bilbao los miembros de la flotilla que faltaban por llegar. todos salvo una mujer, acusada de morder a una doctora. Y en la parte política, hoy se vota en el Congreso de los Diputados el embargo total de armas a Israel.
Se cumplen dos años de los atentados de Hamás en Israel el 7 de octubre de 2023, en cuya respuesta el gobierno de Netanyahu ha encontrado un genocidio en Gaza. Además, la Fiscalía estudia denunciar los problemas con el cribado del cáncer de mama en Andalucía.
El ELN atacó una base militar en Arauca dejando un soldado muerto. Cuatro atentados contra el Inpec elevan la alerta nacional. Más de 130 personas desplazadas por combates en Antioquia.Y el presidente Petro reaviva la polémica con su propuesta de Constituyente y declaraciones sobre la muerte de un soldado.See omnystudio.com/listener for privacy information.
David Jiménez Torres presenta en 'La Brújula' su sección donde realiza un recorrido por episodios clave de lo que llevamos de s. XXI, contestando a qué pasó, qué consecuencias tuvo y qué indica sobre el tiempo que nos ha tocado vivir.
Nuestro siglo: Los atentados del 11 de septiembre
Voces del Misterio EXPRESS presenta un análisis especial: “11-S, ¿fecha de una conspiración? ¿Vaticinaron los atentados?”. Un recorrido por teorías, coincidencias y posibles presagios que rodean uno de los sucesos más impactantes de la historia reciente. Reflexionamos sobre lo que se dijo, lo que se ocultó y lo que aún genera debate. Voces del Misterio EXPRESS: 11-S, ¿fecha de una conspiración? ¿Vaticinaron los atentados?
Gobierno ordena a Fuerzas Armadas aumentar “control territorial” en La Araucanía tras últimos atentados by El Líbero
"El fenómeno delictual está actuando de manera mucho más soterrada", dijo a Cooperativa Roberto Garrido, jefe del Ministerio Público en La Araucanía. La sofisticación se observa incluso en el propio cobro de dinero bajo amenazas: "Si antes se exigía directamente el pago, hoy día se disfraza de trabajos", ejemplificó. Conduce Verónica Franco y Rodrigo Vergara.
Hoy jueves 28 de agosto, Colombia amanece con noticias que marcan la agenda nacional: la polémica sentencia de 7 años contra el menor implicado en el magnicidio de Miguel Uribe Turbay, el secuestro de 33 soldados en Guaviare, los subsidios de vivienda para las víctimas del atentado en Cali, y la conmoción por el asesinato de una niña de 3 años en Magdalena. Además, se mueven las fichas políticas de cara al 2026 con nuevas precandidaturas, mientras en el ámbito internacional un ataque ruso en Kiev deja 14 muertos.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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Hoy hablaremos sobre lo que dijo Fedesarrollo del presupuesto 2026, del café arábico, el Banco Davivienda y novedades con Cabify y Latam Airlines https://whatsapp.com/channel/0029Va4POHt6WaKhONGGhi38Patrocinado Conoce más de ANDICOM en: andicom.co
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Edwin Cardona, secretario de seguridad de Cúcuta, se pronunció en La W sobre los atentados ocurridos en las comunas 6 y 7.
Somos um país de costumes brandos, mas assistimos a dois atentados em 1983. Estava o país preparado para momentos desta violência? "1983: Portugal à queima roupa" é o novo Podcast Plus do Observador.See omnystudio.com/listener for privacy information.
“1983: Portugal à Queima-Roupa” é o novo Podcast Plus do Observador. O sonoplasta Pedro Oliveira e o editor de Podcast Plus João Santos Duarte revelam os segredos que levaram à sonorização desta sérieSee omnystudio.com/listener for privacy information.
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Dan Biddle recuerda un destello blanco y brillante cuando una bomba detonó a pocos metros de él, en un tren del metro de Londres.
#actualidad #geopolítica ¿Qué sostiene realmente al régimen de Vladímir Putin? Desde la caída de la URSS, Rusia pasó de ser un Estado colapsado a convertirse en una potencia revisionista que desafía abiertamente el orden internacional. Pero su ascenso no fue limpio. Fue un camino manchado de sangre, mentiras y represión. En este programa especial, Francisco García Campa conversa con Marc Marginedas, autor del libro "Rusia contra el Mundo" * https://amzn.to/40oI4UH *, periodista y excorresponsal en Moscú, secuestrado durante seis meses por el Estado Islámico, para desentrañar la maquinaria del terror que sostiene al Kremlin desde hace más de dos décadas. Atentados bajo falsa bandera en Chechenia Envenenamientos a opositores dentro y fuera de Rusia ️♂️ Redes mafiosas con protección estatal ️ Desinformación, guerra híbrida y propaganda ⚔️ Intervenciones militares en Siria, Ucrania… y maniobras de desestabilización en Europa Occidental ❗ Un programa imprescindible para comprender cómo Rusia ha sustituido la ideología por el miedo, y el diálogo por la violencia estructural. [Fecha de publicación] Disponible en YouTube, Spotify y plataformas asociadas Suscríbete, comparte y participa en el debate
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El alcalde de Cali, Alejandro Eder, habló en 6AM sobre cómo amanece Cali tras la ola de violencia y cuál ha sido la ayuda del Gobierno
Una violenta jornada dejó al menos siete muertos y decenas de heridos en medio de múltiples ataques atribuidos a las disidencias de las Farc en Cauca y Valle del Cauca. Las autoridades atribuyen la escalada a fechas simbólicas para los grupos armados ilegales, lo que ha obligado a activar planes de emergencia. Mientras la fuerza pública intenta contener la situación, comunidades rurales y urbanas viven bajo temor constante por la arremetida de estas estructuras que buscan retomar control en zonas estratégicas.See omnystudio.com/listener for privacy information.
NotiMundo A La Carta - Francisco Santos, Ola de atentados en Colombia tras el ataque criminal contra Miguel Uribe by FM Mundo 98.1
Secreto de Bruja: Más atentados para TRUMP y... ¿Se avecina la 3era guerra mundial?
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En el programa de hoy, se analizan los asesinatos políticos a lo largo de la historia, diferenciándolos del simple magnicidio. Se examinan casos como el de Julio César, Abraham Lincoln, Franz Ferdinand y John F. Kennedy, evaluando sus efectos políticos y si lograron o no los objetivos de sus perpetradores. También se menciona el intento de asesinato contra Donald Trump y los múltiples atentados fallidos contra Adolf Hitler, explorando cómo los intentos fallidos pueden tener repercusiones significativas. Finalmente, se reflexiona sobre las consecuencias no intencionadas de estos actos y su impacto en la historia mundial. Para acceder al programa sin interrupción de comerciales, suscríbete a Patreon: https://www.patreon.com/elvillegas Temas Principales y Minutaje 00:00:09 - Definición de asesinato político y magnicidio. Diferencias y ejemplos. 00:01:59 - Caso Abraham Lincoln: asesinato de venganza con consecuencias políticas. 00:05:16 - Asesinato de Julio César: conspiración y el fin de la República Romana. 00:12:16 - Franz Ferdinand y la Primera Guerra Mundial: efectos inesperados del magnicidio. 00:14:06 - John F. Kennedy: teorías de conspiración y la guerra de Vietnam. 00:19:35 - Atentados fallidos contra Hitler y Donald Trump: el impacto de los intentos frustrados.
Hoy hablamos de todo lo que ha ocurrido en las primeras semanas del 2025 y cómo protegerte de todas estas cosas. See omnystudio.com/listener for privacy information.
Rosana Laviada y el equipo de La Mañana comentan la actualidad centradas en el atentado terrorista de Nueva Orelans y una explosión en Las Vegas.