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Fundação (FFMS) - [IN] Pertinente
EP 228 | POLÍTICA - Política e IA: quem governa o futuro?

Fundação (FFMS) - [IN] Pertinente

Play Episode Listen Later Aug 14, 2025 46:21


Qual será o futuro da política num mundo dominado pela IA? Neste episódio, João Pereira Coutinho e Manuel Cardoso analisam as implicações de utilizar a inteligência artificial nas decisões políticas, do dia a dia aos contextos de guerra.Numa época em que a inteligência artificial já é utilizada como apoio às decisões políticas, que riscos traz esta delegação de poder? Será que esta tecnologia, utilitarista e centrada em resultados, é compatível com os valores do Estado de Direito? E se a ‘neutralidade algorítmica' não existe, poderá a IA estar a aprofundar desigualdades e formas de exclusão? Com a automação a transformar o mercado de trabalho, o desemprego levanta desafios à estabilidade política e social, e à própria democracia, cujo apoio é influenciado pelas condições socioeconómicas. Sobre o futuro, Henry Kissinger apontava dois caminhos possíveis: tornarmo-nos mais como as máquinas ou tornar as máquinas mais humanas. Estaremos preparados para fazer essa escolha? Descubra a resposta a estas e outras questões neste episódio do [IN]Pertinente.REFERÊNCIAS ÚTEISKISSINGER, Henry, Daniel Huttenlocher e Eric Schmidt, «A Era da Inteligência Artificial» (Don Quixote) KISSINGER, Henry, Craig Mundie e Eric Schmidt, «Génesis - Inteligência Artificial, Esperança e Espírito Humano» (Dom Quixote) OLIVEIRA, Arlindo, «A Inteligência Artificial Generativa» (FFMS) RISSE, Mathias, «Political Theory of the Digital Age - Where Artificial Intelligence Might Take Us» (Cambridge U.P.) VÁLERY, Paul, «O Governo da Máquina» (Orfeu Negro) «Her - Uma História de Amor» (filme de Spike Jonze)BIOSMANUEL CARDOSOÉ humorista e um dos autores do programa de sátira política «Isto É Gozar Com Quem Trabalha», da SIC. Faz parte do podcast «Falsos Lentos», um formato semanal de humor sobre futebol. É o autor da rubrica radiofónica diária «Bem-vindo a mais um episódio de», nas manhãs da Rádio Comercial. Contribui semanalmente para o Expresso, desde 2023, com uma crónica semanal.JOÃO PEREIRA COUTINHOProfessor do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica, onde se doutorou em Ciência Política e Relações Internacionais. É autor dos livros «Conservadorismo» e «Edmund Burke – A Virtude da Consistência». Ao longo de 25 anos tem assinado artigos na imprensa nacional e é colunista do diário brasileiro «Folha de S. Paulo», o maior jornal da América Latina.

Fundação (FFMS) - [IN] Pertinente
EP 224 | POLÍTICA - Política e história: Quem escreve a narrativa?

Fundação (FFMS) - [IN] Pertinente

Play Episode Listen Later Jul 17, 2025 43:29


A Política recorre mais à História ou a historietas? Neste episódio, João Pereira Coutinho e Manuel Cardoso refletem sobre a importância da História e sobre o que acontece quando eventos históricos são distorcidos para servir propósitos políticos.O estudo da História é fundamental para compreender o passado e contextualizar o presente, mas são poucos os políticos que o valorizam.De  Churchill a Che Guevara, da derrota alemã na 2ª Guerra ao autoritarismo chinês, a dupla explora o papel da história na formação da identidade e na justificação das decisões do presente. Afinal, como defendeu Maurice Halbwachs, a memória coletiva parece ter mais a ver com o presente do que com o passado.Terá a História leis internas que um estadista pode descortinar e usar a seu favor? E será o ressentimento o principal motor dos acontecimentos? Tem ideia do que é o revisionismo histórico? E o que pensa sobre dilemas contemporâneos como a devolução de artefactos aos territórios de origem?Junte-se a esta conversa, que ficará para a história, pelo menos do [IN]Pertinente.REFERÊNCIAS ÚTEISFERRO, Marc, «A Cegueira - Uma Outra História do Nosso Tempo» (Cavalo de Ferro)FERRO, Marc, «O Ressentimento na História» (Teorema)FIGES, Orlando, «A História da Rússia» (Dom Quixote)JENKINS, Tiffany, «Keeping Their Marbles» (Oxford University Press)MACMILLAN, Margaret, «The Uses and Abuses of History» (Profile)POPPER, Karl, «A Pobreza do Historicismo» (Esfera do Caos)Filme: «O Homem que Matou Liberty Valance» (de John Ford, 1962)BIOSMANUEL CARDOSOÉ humorista e um dos autores do programa de sátira política «Isto É Gozar Com Quem Trabalha», da SIC. Faz parte do podcast «Falsos Lentos», um formato semanal de humor sobre futebol. É o autor da rubrica radiofónica diária «Bem-vindo a mais um episódio de», nas manhãs da Rádio Comercial. Contribui semanalmente para o Expresso, desde 2023, com uma crónica semanal.JOÃO PEREIRA COUTINHOProfessor do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica, onde se doutorou em Ciência Política e Relações Internacionais. É autor dos livros «Conservadorismo» e «Edmund Burke – A Virtude da Consistência». Ao longo de 25 anos tem assinado artigos na imprensa nacional e é colunista do diário brasileiro «Folha de S. Paulo», o maior jornal da América Latina.

Fundação (FFMS) - [IN] Pertinente
EP 220 | POLÍTICA: de quantas esquerdas se faz a esquerda?

Fundação (FFMS) - [IN] Pertinente

Play Episode Listen Later Jun 19, 2025 40:33


Será que toda a esquerda vira para o mesmo lado? Neste episódio, o politólogo João Pereira Coutinho e o humorista Manuel Cardoso exploram os vários sentidos e encruzilhadas que desenham o mapa da esquerda.Da esquerda revolucionária à social-democracia, dos ideais de «Igualdade, Liberdade e Fraternidade» à «melancolia da esquerda», a conversa percorre as tensões internas e as novas clivagens das esquerdas, causadas pela ascensão da esquerda identitária e da esquerda populista.Além dos desafios da globalização e das mudanças de léxico usado pela esquerda no atual debate político, este episódio ainda tem espaço para curiosidades. Sabe porque é que o nacionalismo nasceu à esquerda, antes de se instalar à direita? Conhece um estudo recente que compara o que vestem e o que bebem a esquerda e a direita americanas? As respostas vão surpreendê-lo.Não perca o debate, que identifica as bússolas das várias esquerdas, desde a Revolução Francesa até aos dias de hoje, para que consiga orientar-se melhor neste campo político.REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEISCASSIDY, John, «Capitalism and its Critics: A Battle of Ideas in the Modern World» (Allen Lane)LASCH, Christopher, «A Rebelião das Elites e a Traição da Democracia» (Relógio d'Água)MOUFFE, Chantal, «Por um Populismo de Esquerda» (Gradiva)NEIMAN, Susan, «A Esquerda Não é Woke» (Presença)SAND, Shlomo, «Breve História Mundial da Esquerda» (Zigurate)BIOSMANUEL CARDOSOÉ humorista e um dos autores do programa de sátira política «Isto É Gozar Com Quem Trabalha», da SIC. Faz parte do podcast «Falsos Lentos», um formato semanal de humor sobre futebol. É o autor da rubrica radiofónica diária «Bem-vindo a mais um episódio de», nas manhãs da Rádio Comercial. Contribui semanalmente para o Expresso, desde 2023, com uma crónica semanal.JOÃO PEREIRA COUTINHOProfessor do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica, onde se doutorou em Ciência Política e Relações Internacionais. É autor dos livros «Conservadorismo» e «Edmund Burke – A Virtude da Consistência». Ao longo de 25 anos tem assinado artigos na imprensa nacional e é colunista do diário brasileiro «Folha de S. Paulo», o maior jornal da América Latina.  

Fundação (FFMS) - [IN] Pertinente
EP 216 | POLÍTICA: quantas direitas cabem na direita?

Fundação (FFMS) - [IN] Pertinente

Play Episode Listen Later May 22, 2025 43:13


Neste episódio, o politólogo João Pereira Coutinho e o humorista Manuel Cardoso conduzem-nos pelo caminho atribulado da(s) Direita(s), da Revolução Francesa aos dias de hoje.Da liberal à radical, da democrática à tecnocrática, da nostálgica à futurista, a direita não é toda igual. Por isso, há valores e propostas de sociedade em conflito.Assim foi durante as ditaduras do século XX e assim é também hoje, desde logo no seio do Partido Republicano. Enquanto uns são adeptos da globalização, outros defendem medidas protecionistas – não só da economia, mas também da identidade.Certo é que nos últimos anos a direita passou a ser cool e popular entre os jovens. Neste processo, onde ficou a esquerda? Este episódio explora as várias faces da direita contemporânea, com uma participação especial e involuntária de Bad Bunny. Um mapa através dos séculos para compreendermos melhor a atualidade.No próximo episódio viramos à Esquerda.REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEISBOBBIO, NORBERTO, «Direita e Esquerda: Razões e Significados de uma Distinção Política» (Presença)DENEEN, Patrick J., «Porque Está a Falhar o Liberalismo?» (Gradiva)FAWCETT, Edmund, «Conservadorismo» (Edições 70)LAND, Nick, «The Dark Enlightenment» (Imperium)PINTO, António Costa, «O Estado Novo de Salazar: Uma terceira via autoritária na era do fascismo» (Edições 70)VERMEULE, Adrian, «Common Good Constitutionalism: Recovering the Classical Legal Tradition» (Polity)YORAM, Hazony, «Conservatism: A Rediscovery» (Regnery)«O Comboio Apitou Três Vezes», realizado por Fred Zinnemann (1952)BIOSMANUEL CARDOSOÉ humorista e um dos autores do programa de sátira política «Isto É Gozar Com Quem Trabalha», da SIC. Faz parte do podcast «Falsos Lentos», um formato semanal de humor sobre futebol. É o autor da rubrica radiofónica diária «Bem-vindo a mais um episódio de», nas manhãs da Rádio Comercial. Contribui semanalmente para o Expresso, desde 2023, com uma crónica semanal.JOÃO PEREIRA COUTINHOProfessor do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica, onde se doutorou em Ciência Política e Relações Internacionais. É autor dos livros «Conservadorismo» e «Edmund Burke – A Virtude da Consistência». Ao longo de 25 anos tem assinado artigos na imprensa nacional e é colunista do diário brasileiro «Folha de S. Paulo», o maior jornal da América Latina.  

Fundação (FFMS) - [IN] Pertinente
EP 212 | POLÍTICA: A cultura toma sempre partido?

Fundação (FFMS) - [IN] Pertinente

Play Episode Listen Later Apr 24, 2025 47:12


Quando uma canção da Eurovisão se torna senha de uma revolução, percebemos que a fronteira entre cultura e política é mais porosa do que imaginamos. Neste episódio, Manuel Cardoso e o politólogo João Pereira Coutinho exploram esta relação complexa com uma dose generosa de humor e perspicácia.Será possível criar arte apolítica? Existirá uma cultura «de direita» e outra «de esquerda»? E qual o papel do Estado – mecenas, curador ou censor?Da alta cultura aos memes, do cinema de Hollywood aos blogs dos anos 2000, a conversa navega pela forma como a cultura molda – e é moldada por – ideias políticas.Descubra por que razão os vilões do cinema já não são chineses ou como as artes, que influenciaram a Revolução Francesa e os nacionalismos, são hoje condicionadas pelas redes sociais. Um episódio que promete fazer pensar.REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEISBERARDINELLI, Alfonso, «Direita e Esquerda na Literatura» (2021, Âyiné)CARVALHO, Mário de, «Era bom que trocássemos umas ideias sobre o assunto» (1995, Caminho)DOUTHAT, Ross, «The Decadent Society: How We Became a Victim of Our Own Success» (2020, Simon & Schuster)KANG, Han, «A Vegetariana» (2017, Dom Quixote)LAMPEDUSA, Giuseppe Tomasi di, «O Leopardo» (2007, Dom Quixote)MIŁOSZ, Czesław, «A Mente Aprisionada» (2018, Cavalo de Ferro)ORWELL, George, «1984» (2021, Antígona)PERL, Jed, «Authority and Freedom: A Defense of the Arts» (2022, Knopf)STEINER, George, «No Castelo do Barba Azul: Algumas Notas para a Redefinição da Cultura» (1992, Relógio D'Água)WILDE, Oscar, «A Intransigente Defesa da Arte» (2022, Guerra & Paz)BIOSMANUEL CARDOSOÉ humorista e um dos autores do programa de sátira política «Isto É Gozar Com Quem Trabalha», da SIC. Faz parte do podcast «Falsos Lentos», um formato semanal de humor sobre futebol. É o autor da rubrica radiofónica diária «Bem-vindo a mais um episódio de», nas manhãs da Rádio Comercial. Contribui semanalmente para o Expresso, desde 2023, com uma crónica semanal.JOÃO PEREIRA COUTINHOProfessor do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica, onde se doutorou em Ciência Política e Relações Internacionais. É autor dos livros «Conservadorismo» e «Edmund Burke – A Virtude da Consistência». Ao longo de 25 anos tem assinado artigos na imprensa nacional e é colunista do diário brasileiro «Folha de S. Paulo», o maior jornal da América Latina.  

O Assunto
Mianmar, a crônica de um desastre

O Assunto

Play Episode Listen Later Apr 2, 2025 27:26


Localizado em uma região que concentra 90% dos terremotos do planeta, Mianmar foi devastado por um tremor de 7,7 graus no fim da semana passada – o mais forte dos últimos 100 anos no país. Mais de 3 mil pessoas morreram, mas a estimativa é de que o número total de vítimas chegue a 10 mil. A devastação atinge um território assolado por uma guerra civil iniciada em 2021, depois que um golpe militar colocou fim a uma tentativa de transição democrática. Para explicar as dificuldades de o país se reerguer, Natuza Nery conversa com Maurício Santoro. Doutor em ciência política pelo IUPERJ, o Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro, Maurício relembra o histórico de conflitos, políticos e étnicos, em Mianmar. Ele, que é colaborador do Centro de Estudos Político-Estratégicos da Marinha do Brasil, detalha os interesses da China e da Índia no país. E analisa os diversos fatores que fazem com que a economia local não prospere, ao contrário de outras nações do sudeste asiático, que viveram saltos de desenvolvimento nas últimas décadas.

Fundação (FFMS) - [IN] Pertinente
EP 208 | POLÍTICA - Entre Marte, Vénus e Saturno: o novo mapa do poder

Fundação (FFMS) - [IN] Pertinente

Play Episode Listen Later Mar 28, 2025 38:20


O que acontece quando o mundo muda tanto em tão pouco tempo? Neste episódio, o politólogo João Pereira Coutinho e Manuel Cardoso analisam as dinâmicas que estão a redesenhar o mapa do poder global e que vão constar nos futuros manuais de História.A conversa revisita o famoso «Fim da História», de Fukuyama, que proclamou a vitória definitiva da democracia liberal após a Guerra Fria, e contrasta este otimismo com a visão mais cética de Huntington sobre o choque das civilizações.Explorando a tese de Robert Kagan sobre os americanos serem de Marte e os europeus de Vénus, questiona-se o futuro da NATO, a vulnerabilidade de uma Europa desarmada e o papel da China – essa potência de «Saturno», que parece operar num horizonte temporal bem distinto do ocidental.REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEISALLISON, Graham, «Destinados à Guerra: Poderão a América e a China escapar à armadilha de Tucídides?» (2017, Gradiva)FASTING, Mathilde, ed., «After the End of History: Conversations with Francis Fukuyama» (2021, Georgetown)FUKUYAMA, Francis, «O Fim da História e o Último Homem» (1992, Gradiva)HUNTINGTON, Samuel, «O Choque das Civilizações e a Mudança na Ordem Mundial» (1996, Gradiva)KAGAN, Robert, «O Paraíso e o Poder: A América e a Europa na Nova Ordem Mundial» (2003, Gradiva)KAPLAN, Robert, «Waste Land: A World in Permanent Crisis» (2023, C. Hurst & Company)KUPCHAN, Charles, «Isolationism: A History of America's Efforts to Shield Itself from the World» (2020, Oxford)BIOSMANUEL CARDOSOÉ humorista e um dos autores do programa de sátira política «Isto É Gozar Com Quem Trabalha», da SIC. Faz parte do podcast «Falsos Lentos», um formato semanal de humor sobre futebol. É o autor da rubrica radiofónica diária «Bem-vindo a mais um episódio de», nas manhãs da Rádio Comercial. Contribui semanalmente para o Expresso, desde 2023, com uma crónica semanal.JOÃO PEREIRA COUTINHOProfessor do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica, onde se doutorou em Ciência Política e Relações Internacionais. É autor dos livros «Conservadorismo» e «Edmund Burke – A Virtude da Consistência». Ao longo de 25 anos tem assinado artigos na imprensa nacional e é colunista do diário brasileiro «Folha de S. Paulo», o maior jornal da América Latina.  

Fundação (FFMS) e Renascença - Da Capa à Contracapa
Que desafios estratégicos se colocam hoje à Europa?

Fundação (FFMS) e Renascença - Da Capa à Contracapa

Play Episode Listen Later Mar 26, 2025 51:03


Nada sobre a Ucrânia sem a Ucrânia. É o mantra que se ouve de novo nestes dias de negociação para que as armas se calem pelo tempo possível na Ucrânia. Mas são os Estados Unidos que estão a conduzir conversas bilaterais enquanto a Europa decide como vai avançar no passo seguinte do conflito.Os europeus respondem à incerteza do apoio americano com planos de manutenção de paz na Ucrânia, de reforço da defesa no Leste, de uma nova arquitetura de defesa nuclear do continente.Será que nada sobre a Europa vai ser discutido sem a Europa? Que impacto terá a aposta na Defesa Europeia? Que escolhas tem a Europa que fazer? E como isso se liga aos outros desafios continentais?São convidados deste programa Bruno Cardoso Reis, professor e investigador do Iscte-IUL e a embaixadora Ana Martinho, investigadora do Instituto de Estudos Políticos na Universidade Católica.O Da Capa à Contracapa é uma parceria da Fundação com a Renascença. 

Renascença - Da Capa à Contracapa
Que desafios estratégicos se colocam hoje à Europa

Renascença - Da Capa à Contracapa

Play Episode Listen Later Mar 25, 2025 51:03


Nada sobre a Ucrânia sem a Ucrânia. É o mantra que se ouve de novo nestes dias de negociação para que as armas se calem pelo tempo possível na Ucrânia. Mas são os Estados Unidos que estão a conduzir conversas bilaterais enquanto a Europa decide como vai avançar no passo seguinte do conflito. Os europeus respondem à incerteza do apoio americano com planos de manutenção de paz na Ucrânia, de reforço da defesa no Leste, de uma nova arquitetura de defesa nuclear do continente. Mas será que nada sobre a Europa vai ser discutido sem a Europa? Que impacto terá a aposta na Defesa Europeia? Que escolhas tem a Europa que fazer? E como isso se liga aos outros desafios continentais? São convidados deste programa Bruno Cardoso Reis, Professor e investigador do Iscte-IUL e a Embaixadora Ana Martinho, investigadora do Instituto de Estudos Políticos na Universidade Católica.

Fundação (FFMS) - [IN] Pertinente
EP 203 | POLÍTICA: pode a política governar o desejo?

Fundação (FFMS) - [IN] Pertinente

Play Episode Listen Later Feb 21, 2025 41:29


Nesta conversa «íntima», Manuel Cardoso e João Pereira Coutinho analisam a relação entre poder político, desejo e sexualidade. Discute-se a forma como estados e governos têm procurado regular a sexualidade e questiona-se se o acesso ao sexo deveria ser (ou não) um direito social.Da vida privada dos políticos ao impacto da revolução sexual, a discussão atravessa vários territórios, explorando tanto a influência de diferentes sistemas políticos na experiência sexual como as condições ideológicas que podem moldar o desejo.De fora não ficam fenómenos contemporâneos como os incels (celibatários involuntários), a sologamia e o debate sobre os efeitos das apps de encontros no modo como concebemos o outro – um ser humano ou um produto? E sendo este o tempo dos robots e do desenvolvimento de comprimidos que prometem mimetizar o que sentimos quando estamos apaixonados, será legítimo questionar se, no futuro, a genuína sensação de borboletas na barriga poderá ter os dias contados?O paradoxo da solidão numa era hiperconectada emerge não apenas como uma questão individual, mas como um desafio político do nosso tempo: que tipo de cidadãos e sociedades estamos a construir quando perdemos a capacidade de nos relacionarmos verdadeiramente uns com os outros?REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEISHAN, Byung-Chul, «A Agonia do Eros» (2014, Relógio D'Água)PERRY, Louise, «The Case Against the Sexual Revolution» (2022, Polity)SRINIVASAN, Amia, «The Right to Sex» (2021, Bloomsbury)VAN VOORST, Roanne, «Six in Bed: The Future of Love - From Sex Dolls and Avatars to Polyamory» (2024, Polity)VIDAL, Gore, «Sexually Speaking: Collected Sex Writings» (1999, Cleis Press)KIERKEGAARD, Søren, «Diário de um Sedutor» (2022, Relógio D'Água)KASDAN, Lawrence, «O Turista Acidental» (1988, Warner Bros.)BIOSMANUEL CARDOSOÉ humorista e um dos autores do programa de sátira política «Isto É Gozar Com Quem Trabalha», da SIC. Faz parte do podcast «Falsos Lentos», um formato semanal de humor sobre futebol. É o autor da rubrica radiofónica diária «Bem-vindo a mais um episódio de», nas manhãs da Rádio Comercial. Contribui semanalmente para o Expresso, desde 2023, com uma crónica semanal.JOÃO PEREIRA COUTINHOProfessor do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica, onde se doutorou em Ciência Política e Relações Internacionais. É autor dos livros «Conservadorismo» e «Edmund Burke – A Virtude da Consistência». Ao longo de 25 anos tem assinado artigos na imprensa nacional e é colunista do diário brasileiro «Folha de S. Paulo», o maior jornal da América Latina.  

Fundação (FFMS) - [IN] Pertinente
EP 200 | Política e redes sociais

Fundação (FFMS) - [IN] Pertinente

Play Episode Listen Later Jan 31, 2025 49:27


Da Ágora ateniense às redes sociais de hoje, como mudou o espaço do debate público?Neste episódio, o politólogo João Pereira Coutinho e o comunicador Manuel Cardoso exploram o  impacto das novas formas de comunicar na política atual.O que começou como uma promessa de liberdade irrestrita acabou por trazer novos desafios para a democracia: câmaras de eco, desinformação e a crescente transformação da política em entretenimento.Esta influência sem precedentes das plataformas digitais faz-nos questionar: «Podem as redes sociais ser verdadeiramente neutras? Quem tem a última palavra: as grandes empresas tecnológicas ou o Estado?».Num momento em que a esfera pública se fragmenta em bolhas digitais e as decisões parecem reduzir-se a narrativas virais, esta conversa ajuda-nos a compreender como as redes sociais estão a reconfigurar o exercício do poder.Uma discussão fundamental para entender o presente e perspetivar o futuro do poder político na era das redes sociais.REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEISARENDT, Hannah, A Condição Humana (1958, Relógio D'Água)EPSTEIN, Greg, Tech Agnostic: How Technology Became the World's Most Powerful Religion, and Why It Desperately Needs a Reformation (2023, MIT Press)FELDSTEIN, Steven, The Rise of Digital Repression: How Technology is Reshaping Power, Politics, and Resistance (2021, Oxford University Press)RUNCIMAN, David, Como Acaba a Democracia (2019, Gradiva)SUNSTEIN, Cass, #Republic: Divided Democracy in the Age of Social Media (2017, Princeton)BIOSMANUEL CARDOSOÉ humorista e um dos autores do programa de sátira política «Isto É Gozar Com Quem Trabalha», da SIC. Faz parte do podcast «Falsos Lentos», um formato semanal de humor sobre futebol. É o autor da rubrica radiofónica diária «Bem-vindo a mais um episódio de», nas manhãs da Rádio Comercial. Contribui semanalmente para o Expresso, desde 2023, com uma crónica semanal.JOÃO PEREIRA COUTINHOProfessor do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica, onde se doutorou em Ciência Política e Relações Internacionais. É autor dos livros «Conservadorismo» e «Edmund Burke – A Virtude da Consistência». Ao longo de 25 anos tem assinado artigos na imprensa nacional e é colunista do diário brasileiro «Folha de S. Paulo», o maior jornal da América Latina.  

Fundação (FFMS) - [IN] Pertinente
EP 196 | POLÍTICA: best of 2024

Fundação (FFMS) - [IN] Pertinente

Play Episode Listen Later Jan 3, 2025 28:15


O [IN]Pertinente Política entrou por caminhos verdadeiramente inusitados em 2024: quem diria que há política no ócio, nos direitos dos animais ou até na felicidade? Mas, ao longo do ano, falou-se também de temas clássicos, como as quatro principais ideologias políticas, de democracia e de religião, das cinco décadas da Revolução de Abril e do fim do «fim da História».Foram 12 episódios em que o conhecimento do João Pereira Coutinho, misturado com o sentido de humor do Manuel Cardoso, fizeram a dupla perfeita.Quais os melhores? Difícil dizer, em causa própria. Daí que tenhamos convidado o cartunista Hugo van der Ding a sair, por momentos, da dupla de Sociedade para fazer as suas escolhas do ano, no terreno da Política.Recorde os melhores momentos deste ano.LINKS ÚTEIS:As escolhas de Hugo van der Ding:Ideologias de A a ZA ética da guerraDemocracia: o Estado a que chegámosPolítica e religiãoTodos os episódiosBIOS: MANUEL CARDOSOÉ humorista e um dos autores do programa de sátira política «Isto É Gozar com Quem Trabalha», da SIC. Faz parte do podcast «Falsos Lentos», um formato semanal de humor sobre futebol. É o autor da rubrica radiofónica «Pão Para Malucos», que esteve no ar diariamente na Antena 3 de 2018 a 2021JOÃO PEREIRA COUTINHOProfessor do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica, onde se doutorou em Ciência Política e Relações Internacionais. É autor dos livros «Conservadorismo» (2014) e «Edmund Burke – A Virtude da Consistência» (2017), publicados em Portugal e no Brasil. HUGO VAN DER DINGNasceu numa praia de Saint-Jean-de-Luz, nos Pirenéus Atlânticos, filho de um pastor belga e de mãe argentina de quem se perdeu o rasto pouco depois. Dedicou-se, nos primeiros anos, ao negócio de pastorícia da família até fugir para Bayonne, onde completou o curso dos liceus.

O Assunto
A crise das democracias liberais

O Assunto

Play Episode Listen Later Dec 18, 2024 22:48


O Parlamento da Alemanha aprovou a dissolução do governo do primeiro-ministro Olaf Scholz, após a aliança partidária que o apoiava se desfazer por divergências sobre como revitalizar a economia. Abriu-se caminho, então, para uma nova eleição, que deve acontecer em fevereiro de 2025. Era uma questão de tempo desde que o partido liberal democrata deixou a coalização do governo e Scholz ficou sem maioria parlamentar, no início de novembro. Enquanto isso, na vizinha França, o primeiro-ministro, Michel Barnier, pediu demissão horas depois de uma votação na Assembleia Nacional o afastar do cargo — ele tinha apenas três meses na função. Barnier foi alvo de uma moção de censura — quando deputados podem retirar um primeiro-ministro do cargo. Por trás do mecanismo, algo inédito: uma improvável aliança de esquerda e direita, ambas insatisfeitas. Do outro lado do continente Europeu, é o Canadá, igualmente um país desenvolvido, que dá sinais de crise com seu primeiro-ministro, Justin Trudeau. Parlamentares pediram a sua renúncia, pouco após a vice-premiê e ministra das Finanças, Chrystia Freeland, pedir demissão, mergulhando o Canadá em uma crise política, na qual a situação econômica também pesou. Quem explica como esses cenários se convergem é Thomás Zicman de Barros, pesquisador do Instituto de Estudos Políticos de Paris, Sciences Po. Na conversa com Natuza Nery, ele também fala sobre o peso da economia por trás das quedas e da impopularidade desses líderes e como essas mudanças podem refletir ao redor do mundo.

Fundação (FFMS) - [IN] Pertinente
EP 192 | POLÍTICA: política e religião

Fundação (FFMS) - [IN] Pertinente

Play Episode Listen Later Dec 6, 2024 46:40


Em época natalícia, o politólogo João Pereira Coutinho e o humorista Manuel Cardoso reúnem-se para falar de política e religião.Neste episódio, trazem-nos conceitos da teoria política e exploram as razões por trás do declínio da influência da religião no Ocidente.Falam depois da relação entre a fé e a democracia: poderá este regime político conviver com a religião? Alexis de Tocqueville, pensador político e historiador francês do século XIX, defendia que sim, mas estaremos hoje a ficar menos democratas e mais próximos do fanatismo religioso?Mas a dupla vai falar também desta realidade em Portugal. Viaja pelo calor da Primeira República anticlerical e urbana num país fortemente católico e discute a ambiguidade tática de Salazar, com o seu lema ‘Deus, Pátria e Família'.Chegaremos, por fim, à atualidade e às recentes decisões relacionadas com a interrupção voluntária da gravidez, a eutanásia ou o tão falado palco das Jornadas Mundiais da Juventude.REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEISBibliografia:Aron, Raymond, «L'opium des intellectuels» (Fayard)Cruz, Manuel Braga Da, «Os Católicos, a Sociedade e o Estado» (UCP)Dusenbury, David Lloyd, «The Innocence of Pontius Pilate» (C. Hurst)Lilla, Mark, «The Stillborn God: Religion, Politics and the Modern West» (First Vintage)Lindsay, A.D., «The Modern Democratic State» (Oxford University Press)Tocqueville, Alexis De, «Da Democracia na América» (Relógio D'Água)Filmes:«Um Homem para a Eternidade», de Fred Zinnemann (1966)«Persépolis», de Vincent Paronnaud e Marjane Satrapi (2007)BIOSMANUEL CARDOSOÉ humorista e um dos autores do programa de sátira política «Isto É Gozar com Quem Trabalha», da SIC. Faz parte do podcast «Falsos Lentos», um formato semanal de humor sobre futebol. É o autor da rubrica radiofónica «Pão Para Malucos», que esteve no ar diariamente na Antena 3 de 2018 a 2021JOÃO PEREIRA COUTINHOProfessor do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica, onde se doutorou em Ciência Política e Relações Internacionais. É autor dos livros «Conservadorismo» (2014) e «Edmund Burke – A Virtude da Consistência» (2017), publicados em Portugal e no Brasil. 

Fundação (FFMS) - [IN] Pertinente
EP 188 | POLÍTICA: Israel e Palestina - haverá solução?

Fundação (FFMS) - [IN] Pertinente

Play Episode Listen Later Nov 8, 2024 46:28


Desde 7 de outubro de 2023, ouvimos falar do conflito israelo-palestiniano todos os dias. Mas as tensões naquela parte do globo não são de agora. Nas últimas décadas, o conflito que se intensificou brutalmente no último ano, tem sido parte habitual das notícias.Como se explica tanta discórdia com consequências tão nefastas sobre um território do tamanho do Alentejo?O politólogo João Pereira Coutinho vai levar-nos às origens do sionismo, e às tensões, perseguições antisemitas e atrocidades históricas cometidas sobre os judeus que levaram boa parte a defender a necessidade de encontrar um lar para «um povo com excesso de História e déficit de geografia». Vai falar também de quem, dentro do judaísmo, se afastava desta solução, por motivos religiosos e políticos.Levar-nos-á, de seguida, numa viagem até ao outro lado, o dos palestinianos, que legitimamente reivindicam a criação do seu próprio Estado num território por si já habitado.E se os caminhos deste conflito são sinuosos, vão todos dar a Inglaterra, que no início do século XX, alimentou desejos que se têm provado irreconciliáveis. De lá para cá, tudo se complicou.Haverá solução? E como se parecerá?REFERÊNCIAS ÚTEISBensoussan, Georges, «As Origens do Conflito Israelo-Árabe, 1870-1950» (Guerra & Paz)Cohn-Sherbok, Dan e Dawoud El-Alami, «The Palestine-Israeli Conflict: A Beginner's Guide» (Oneworld)Ghattas, Kim, «Black Wave: Saudi Arabia, Iran and the Rivalry That Unravelled the Middle East» (Wildfire)Herzl, Theodore, «The Jewish State» (Skyhorse)Milton-Edwards, Beverley e Stephen Farrell, «Hamas: The Quest for Power» (Polity)Shambrook, Peter, «Policy of Deceit: Britain and Palestine, 1914-1939» (Oneworld)Stanislawski, Michael, «Zionism: A Very Short Introduction» (Oxford)BIOSMANUEL CARDOSOÉ humorista e um dos autores do programa de sátira política «Isto É Gozar com Quem Trabalha», da SIC. Faz parte do podcast «Falsos Lentos», um formato semanal de humor sobre futebol. É o autor da rubrica radiofónica «Pão Para Malucos», que esteve no ar diariamente na Antena 3 de 2018 a 2021JOÃO PEREIRA COUTINHOProfessor do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica, onde se doutorou em Ciência Política e Relações Internacionais. É autor dos livros «Conservadorismo» (2014) e «Edmund Burke – A Virtude da Consistência» (2017), publicados em Portugal e no Brasil. 

Expresso - O mundo a seus pés
“Os insultos normalizaram-se na política desde que Trump se candidatou ao seu primeiro mandato”

Expresso - O mundo a seus pés

Play Episode Listen Later Nov 4, 2024 35:35


Falta um dia para as presidenciais norte-americanas, uma das eleições mais polarizadas e renhidas de sempre. Depois de semanas de campanhas marcadas por ataques pessoais e muitas visitas ao swing states, a corrida mantém-se incerta até ao último voto. Oiça aqui o episódio do podcast O Mundo A Seus Pés com Daniela Nunes, investigadora no Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica, e Nuno Gouveia, especialista em política norte-americana. See omnystudio.com/listener for privacy information.

Fundação (FFMS) - [IN] Pertinente
Onde começa e acaba o totalitarismo?

Fundação (FFMS) - [IN] Pertinente

Play Episode Listen Later Oct 10, 2024 47:38


João Pereira Coutinho e Manuel Cardoso conversam hoje sobre as características dos regimes totalitários.Como diz o humorista: «vamos falar de temas leves». Este episódio explora o nazismo e o comunismo, os pensadores que os favoreceram – e outros cujas teorias foram deturpadas – e ainda o contexto que tornaram ambos possíveis.Falamos de Hobbes e Hegel, de Nietzsche, Rousseau e Arendt. Exploramos o modo como nos estados totalitários desvanecem as fronteiras entre o público e o privado. E de como, no século XX, a vigilância de alguns estados se imiscuiu nos próprios sonhos dos cidadãos.Falamos de linguagem e dos objetivos dos sistemas políticos que, ainda há poucas décadas, se impuseram omnipresentes e omnipotentes.Hitler, Estaline, Salazar… afinal, o que distingue o autoritarismo do totalitarismo? E numa sociedade transparente, de redes, likes e DMs, que ferramentas tem um líder totalitário ao seu dispor?REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEISBibliografiaArendt, Hannah, «As Origens do Totalitarismo» (Dom Quixote)Beradt, Charlotte, «O Terceiro Reich do Sonho» (VS Editor)Gentile, Emilio, «História do Fascismo», 2 vols. (Guerra & Paz)Han, Byung-Chul, «A Sociedade da Transparência» (Relógio D'Água)Ryback, Timothy, «Takeover» (Knopf)Pinto, António Costa (org.), «O Estado Novo de Salazar - Uma terceira via autoritária na era do fascismo» (Edições 70)Schmitt, Carl, «O Conceito do Político» (Edições 70)Ziblatt, Daniel, «Conservative Parties and the Birth of Democracy» (Cambridge)Livro«1984», de George OrwellFilme«Fight Club», de David FincherBIOSMANUEL CARDOSOÉ humorista e um dos autores do programa de sátira política «Isto É Gozar com Quem Trabalha», da SIC. Faz parte do podcast «Falsos Lentos», um formato semanal de humor sobre futebol. É o autor da rubrica radiofónica «Pão Para Malucos», que esteve no ar diariamente na Antena 3 de 2018 a 2021JOÃO PEREIRA COUTINHOProfessor do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica, onde se doutorou em Ciência Política e Relações Internacionais. É autor dos livros «Conservadorismo» (2014) e «Edmund Burke – A Virtude da Consistência» (2017), publicados em Portugal e no Brasil. 

Visual+mente
V+M Pesquisa#3 – Design como comunicação

Visual+mente

Play Episode Listen Later Sep 12, 2024 118:22


Neste terceiro encontro do Grupo de Estudos: Políticas, Retóricas e Histórias da Visualidade do Visual+mente, Bárbara Emanuel (UFF) debateu "Design como comunicação"​. Encontros entre design e comunicação passam pela retórica clássica, por primeiras páginas de jornais, por cadeiras e mesmo pelo modo como nos vestimos. Precisamos conversar sobre as responsabilidades que temos como desginers-comunicadores e sobre como nossas comunicações podem ter mais design.O encontro também está online no youtube também: https://youtu.be/tyB0yoyvCyQ?si=wBT4T67pu0NLhi1vO evento foi fechado e participaram apenas os inscritos no grupo de estudos. Acredecemos o comparecimentos e participação dos membros do grupo.Os encontros ocorrem às quintas-feiras,14hs, via Meet, e encerram em outubro de 2024.As inscrições no grupo devem ser feitas pelo preenchimento deste formulário do google forms: https://shorturl.at/TRrAnEncontre o texto da bibliografia e muito mais aqui:https://www.visualmente.com.br/grupo

Fundação (FFMS) - [IN] Pertinente
EP 180 | POLÍTICA: o papel da violência

Fundação (FFMS) - [IN] Pertinente

Play Episode Listen Later Sep 12, 2024 47:15


‘A história da Humanidade é a história das suas guerras', dizia Winston Churchill. Será de facto assim? Será a violência a matriz da civilização e o medo desta a «cola» da sociedade?No topo das prioridades de qualquer sociedade estão, em primeiro lugar, a paz e a segurança; mas, ao longo dos tempos, a violência tem sido necessária para se fazerem revoluções e, com isso, se operarem mudanças.Neste episódio, o politólogo João Pereira Coutinho e o comunicador Manuel Cardoso falam sobre o papel da violência no pensamento político e na história, num momento em que as guerras se alastram pelo mundo, os extremismos ganham força e os atentados a candidatos à presidência fazem de novo manchetes.O que representam estes acontecimentos para a democracia? Vale a pena ouvir para refletir.REFERÊNCIAS ÚTEISArendt, Hanna, «Sobre a Violência» (Relógio D'Água)Hobbes, Thomas, «Leviatã» (BookBuilders)Locke, John, «Dois Tratados do Governo Civil» (Edições 70)Robespierre, Maximilien, «Terror e Virtude» (BookBuilders)Walter, Barbara F, «Como as Guerras Civis Começam» (Zahar)Weber, Max, «A Política como Vocação / A Ciência como Vocação» (BookBuilders)«Leviatã», filme de Andrey Zvyagintsev«Assassins», musical de Stephen SondheimBIOSMANUEL CARDOSOÉ humorista e um dos autores do programa de sátira política «Isto É Gozar com Quem Trabalha», da SIC. Faz parte do podcast «Falsos Lentos», um formato semanal de humor sobre futebol. É o autor da rubrica radiofónica «Pão Para Malucos», que esteve no ar diariamente na Antena 3 de 2018 a 2021JOÃO PEREIRA COUTINHOProfessor do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica, onde se doutorou em Ciência Política e Relações Internacionais. É autor dos livros «Conservadorismo» (2014) e «Edmund Burke – A Virtude da Consistência» (2017), publicados em Portugal e no Brasil. 

Fundação (FFMS) - [IN] Pertinente
EP 176 | POLÍTICA: entre humanos e animais

Fundação (FFMS) - [IN] Pertinente

Play Episode Listen Later Aug 15, 2024 45:05


Direitos morais, direitos legais...os animais têm direitos? E, se sim, quais?Neste episódio, João Pereira Coutinho e Manuel Cardoso discutem sobre se devemos reconhecer direitos a quem não os pode articular e reivindicar ou se essa é uma prerrogativa exclusiva dos humanos.À medida que o papel emocional dos animais foi substituindo o seu papel funcional, e que as sociedades se tornaram mais afluentes e atomizadas, os animais assumiram um lugar central nas nossas vidas.Os seus direitos começam a ser reclamados no século XIX, mas são temporariamente eclipsados na primeira metade do século XX, face ao horror das duas grandes guerras. Na década de 60, são retomados, em paralelo com várias lutas que se travavam então pelos direitos civis de diferentes minorias.Hoje, a causa animal já influencia os resultados eleitorais de democracias, incluindo a nossa.Como nos verão os nossos bisnetos, daqui a 200 anos, pensando nas práticas dos dias de hoje? Fica a pergunta.REFERÊNCIAS ÚTEISCohen, Carl e Tom Regan, «The Animal Rights Debate» (Rowman & Littlefield)DeGrazia, David, «Animal Rights: A Very Short Introduction» (Oxford)Edmonds, David, org.,«Future Morality» (Oxford)Scruton, Roger, «Animal Rights and Wrongs» (Continuum)Singer, Peter, «Animal Liberation Now» (Vintage)London, Jack, «The Call of the Wild» (Porto Editora)Torga, Miguel, «Bichos» (Dom Quixote)Vladimov, Georgi, «Faithful Ruslan» (Simon & Schuster)BIOSMANUEL CARDOSOÉ humorista e um dos autores do programa de sátira política «Isto É Gozar com Quem Trabalha», da SIC. Faz parte do podcast «Falsos Lentos», um formato semanal de humor sobre futebol. É o autor da rubrica radiofónica «Pão Para Malucos», que esteve no ar diariamente na Antena 3 de 2018 a 2021JOÃO PEREIRA COUTINHOProfessor do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica, onde se doutorou em Ciência Política e Relações Internacionais. É autor dos livros «Conservadorismo» (2014) e «Edmund Burke – A Virtude da Consistência» (2017), publicados em Portugal e no Brasil. 

Visual+mente
V+M Pesquisa#2 – Metáforas políticas

Visual+mente

Play Episode Listen Later Aug 12, 2024 112:38


O Visual+mente apresenta o Grupo de Estudos: Políticas, Retóricas e Histórias da Visualidade. Neste segundo encontro, Ricardo Cunha Lima (UFPE) debateu "metáforas políticas, como elas nos dividem"​.Tivemos como base um texto que introduziu o grupo à teoria das metáforas cognitivas, proposta por George Lakoff e Mark Johnson em "Metáforas da Vida Cotidiana", considerando sua aplicabilidade em questões políticas. O texto, cuja teoria e linguagem são bastante acessíveis, foi retirado do livro "Don't think of an elephant" de Lakoff. É uma abordagen voltada à práxis, com a intenção de provocar um engajamento político consciente do seu leitor. Durante a conversa debatemos muito o papel da ilustração e cartum como metáfora, procurando entender como a comunicação visual metafórica dialoga com o seu público leitor.O encontro foi mediado por Rafael Efrem (IFPB), com a participação de Marcos Beccari (UFPR), Daniel Bueno (EBAC), Alex Torres, Hana Luiza e muitos outros membros do grupo.O evento foi fechado e participaram apenas os inscritos no grupo de estudos. Acredecemos o comparecimentos e participação dos membros do grupo. Os encontros ocorrem às quintas-feiras,14hs, via Meet, e encerram em outubro de 2024.As inscrições no grupo devem ser feitas pelo preenchimento de formulário do google forms. Encontre o formulário, o texto da bibliografia e muito mais no link abaixo:https://www.visualmente.com.br/grupoObs: Por uma restição de tempo, o programa foi editado e não incluímos tudo que foi debatido durante o encontro.

Visual+mente
V+M Pesquisa#1 – Legado de pesquisa em design

Visual+mente

Play Episode Listen Later Jul 29, 2024 88:59


O Visual+mente apresenta o Grupo de Estudos: Políticas, Retóricas e Histórias da Visualidade. Nesta abertura os professores, Solange Coutinho e Guilherme Ranoya, debateram o legado de pesquisa em design da UFPE, Universidade Federal de Pernambuco.Os coordenadores deste evento, Ricardo Cunha Lima, Rafael Efrem e Rafael Ancara, debatram o tema com os convidados e tivemos a praticipação especial da professora, Edna Cunha Lima, pioneira na pesquisa em design na UFPE.O evento foi fechado e participaram apenas os inscritos no grupo de estudos. Acredecemos o comparecimentos de 70 membros (do total de 120 inscritos).Os encontros ocorrerem às quintas-feiras,14hs, via Meet.As inscrições no grupo devem ser feitas pelo preenchimento deste formulário do google forms, mais informações em:www.visualmente.com.br/grupoOrganizadores:Ricardo Cunha Lima, UFPE.Rafael Efrem, IFPB.Rafael Ancara, Positivo.Almir Mirabeau, ESDI/UERJ.Obs: Por uma restição de tempo, o programa foi editado e não incluímos tudo que foi debatido durante o encontro.

Fundação (FFMS) - [IN] Pertinente
EP 173 | POLÍTICA: Será o ócio um ato político?

Fundação (FFMS) - [IN] Pertinente

Play Episode Listen Later Jul 25, 2024 39:18


«Ser preguiçoso pode ser um ato político: prova disso é o ‘quiet quitting'», diz João Pereira Coutinho no episódio que lhe trazemos.Já no século XIX, o ócio era um ato radical - exemplo disso, era a figura do ‘dandy' ou ‘flaneur' que desprezava o sistema político, considerando vulgares e exploratórias as suas práticas.Mas deixe que o levemos mais atrás: sabia que as reivindicações pelo direito ao descanso são contemporâneas da Revolução Industrial? As proteções sociais que hoje tomamos por garantidas passaram por um longo processo no qual se foram conquistando, entre outros, o direito às férias, à assistência na doença e, finalmente, o direito ao lazer, consagrado na Declaração Universal dos Direitos Humanos.Mas face a tão grandes avanços tecnológicos e aos extraordinários aumentos de produtividade, como se explica que ainda não tenhamos conquistado em pleno a fórmula preconizada no século XIX : «8 horas de trabalho, 8 horas de lazer e 8 horas de descanso»?Depois de tanta luta e conquista, será que nos damos ao  direito de descansar? Seremos capazes de enfrentar o silêncio e a solidão que decorrem da inatividade?A receita ideal entre fazer e deixar acontecer também depende da geografia e é bem possível que os povos do norte e do sul da Europa não encontrem acordo quanto a isto.Quanto a si que está ou deseja estar de férias, fique descansado, não tem de saber a resposta a estas perguntas. Carregue no play e desfrute.REFERÊNCIAS ÚTEISBanting, Madeline: «Willing Slaves: How the Overwork Culture is Ruling Our Lives» (Harper) Corbin, Alain: «História do Repouso» (Quetzal) Graeber, David: «Trabalhos de Merda - Uma Teoria» (Edições 70) Han, Byung-Chul: «A Sociedade do Cansaço» (Relógio d'Água) Han, Byung-Chul: «Não-Coisas: Transformações no Mundo em que Vivemos» (Relógio d'Água) Keynes, John M.: «Economic Possibilities for our Children» (1930) Veblen, Thorstein: «The Theory of the Leisure Class» (Oxford Classics) Lafargue, Paul: «O Direito à Preguiça» (Antígona) Stevenson, Robert Louis: «Apologia do Ócio» (Antígona)BIOSMANUEL CARDOSOÉ humorista e um dos autores do programa de sátira política «Isto É Gozar com Quem Trabalha», da SIC. Faz parte do podcast «Falsos Lentos», um formato semanal de humor sobre futebol. É o autor da rubrica radiofónica «Pão Para Malucos», que esteve no ar diariamente na Antena 3 de 2018 a 2021JOÃO PEREIRA COUTINHOProfessor do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica, onde se doutorou em Ciência Política e Relações Internacionais. É autor dos livros «Conservadorismo» (2014) e «Edmund Burke – A Virtude da Consistência» (2017), publicados em Portugal e no Brasil. 

Expresso - O mundo a seus pés
“Perder as eleições com dignidade seria perder com Joe Biden na corrida”: a derrota dos democratas “está anunciada”?

Expresso - O mundo a seus pés

Play Episode Listen Later Jul 22, 2024 30:09


Joe Biden não resistiu à pressão para desistir das eleições presidenciais norte-americanas, uma decisão tomada “no melhor interesse do partido e do país”. Kamala Harris é a sua sucessora legítima para enfrentar Donald Trump, mas o caminho não será fácil. Oiça aqui o episódio extra do podcast O Mundo A Seus Pés com Daniela Nunes, investigadora no Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Expresso - O mundo a seus pés
“Tentaram matar Trump, ninguém se vai esquecer daqui a 10 anos, quanto mais daqui a 3 meses e meio”: Quais as consequências políticas deste ataque?

Expresso - O mundo a seus pés

Play Episode Listen Later Jul 15, 2024 44:57


A tentativa de homicídio de que Donald Trump foi vítima vai impactar o resto da corrida eleitoral contra Joe Biden e aumentar as hipóteses de o candidato republicano voltar à Casa Branca em novembro. Oiça aqui o episódio extra do podcast O Mundo A Seus Pés com Daniela Nunes, investigadora no Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica  See omnystudio.com/listener for privacy information.

Resposta Pronta
Trump. "Há todo um cenário heróico"

Resposta Pronta

Play Episode Listen Later Jul 14, 2024 9:19


Daniela Nunes, investigadora no Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica Portuguesa, defende que o ataque a Trump mostra um cenário heroico e critica a segurança do evento.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Entrevistas Jornal Eldorado
Raí diz que união contra extrema direita na França é “um exemplo para o mundo”; ouça entrevista exclusiva

Entrevistas Jornal Eldorado

Play Episode Listen Later Jul 10, 2024 19:13


O ex-jogador de futebol Raí, campeão mundial pela Seleção Brasileira e pelo São Paulo, disse hoje, em entrevista exclusiva à Rádio Eldorado, direto de Paris, que a união entre a esquerda e o centro para derrotar a extrema direita nas eleições legislativas francesas é “um exemplo para o mundo”. Na semana passada, ainda durante a campanha eleitoral, Raí Souza Vieira de Oliveira, que é mestre em Políticas Públicas pelo Instituto de Estudos Políticos de Paris, alertou para os perigos de uma ascensão ao poder da extrema direita, que venceu o primeiro turno, mas ficou em terceiro na segunda e última etapa da votação. Na entrevista à Rádio Eldorado, ele destacou que cerca de 200 candidatos renunciaram para apoiar postulantes que tinham mais chances de derrotar a direita radical. Para Raí, na política é preciso “pensar no todo, além dos seus interesses individuais”. Questionado sobre a situação do futebol brasileiro, eliminado da Copa América e vivendo uma saída precoce de jogadores para o exterior, Raí criticou a CBF e a falta de organização dos clubes para a formação de ligas independentes pelos clubes.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Entrevistas Jornal Eldorado
França: extrema direita é derrotada, mas vencedores não têm maioria para governar; ouça análise

Entrevistas Jornal Eldorado

Play Episode Listen Later Jul 8, 2024 8:56


O presidente da França, Emmanuel Macron, recusou hoje a renúncia do primeiro-ministro do país, Gabriel Attal, e pediu para ele permanecer no cargo temporariamente após o resultado da eleição de domingo. Nenhum dos principais blocos políticos obteve a maioria absoluta, de 289 cadeiras, na Assembleia Nacional. Contra todas as expectativas, a esquerda Nova Frente Popular, formada por socialistas, comunistas, verdes e esquerdistas radicais, obteve 182 assentos no Parlamento. Em seguida, aparece a coalizão Juntos, do presidente Emmanuel Macron, com 166 cadeiras. Essas duas forças se uniram em vários distritos e promoveram renúncias de candidatos com menos chances de derrotar a extrema direita. Com isso, o antes favorito Reagrupamento Nacional (RN), da direita radical, ficou com 143 deputados. O resultado sem uma maioria definida aumenta o risco de paralisia da segunda maior economia da União Europeia. Em entrevista à Rádio Eldorado, o cientista político Gaspard Estrada, do Instituto de Estudos Políticos de Paris (Sciences Po Paris), disse que “o pior foi evitado”, mas ressaltou que “haverá muita instabilidade por enquanto”. Para ele, há três cenários possíveis: um governo com maior participação da esquerda, uma coligação de parte da esquerda com Macron ou um governo técnico, mais distante de vinculações políticas.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Entrevistas Jornal Eldorado
França tem semana decisiva e pode viver impasse eleitoral. Ouça análise de especialista

Entrevistas Jornal Eldorado

Play Episode Listen Later Jul 2, 2024 10:15


Os franceses retornam às urnas no próximo domingo para o segundo turno da eleição legislativa que pode resultar no primeiro governo de direita radical do país desde a ocupação nazista da 2ª Guerra ou na ausência de uma maioria consolidada. Se uma nova maioria de legisladores contrários ao presidente Emmanuel Macron for confirmada, ele será forçado a nomear um adversário político como primeiro-ministro. O partido de extrema direita Reunião Nacional (RN), de Marine Le Pen, saiu à frente no primeiro turno das eleições parlamentares da França, realizado no último domingo. Segundo o Ministério do Interior francês, a sigla obteve 33% dos votos. A Nova Frente Popular, um grande bloco de partidos de esquerda, ficou em segundo lugar, com 28% dos votos, e o bloco centrista do presidente Emmanuel Macron, terminou em terceiro lugar, com 20% dos votos. Projeções de pesquisas indicam que o Reagrupamento Nacional terá o maior número de assentos na próxima Assembleia Nacional, mas não está claro se alcançará a maioria absoluta de 289 dos 577 assentos. Em entrevista à Rádio Eldorado, o doutor em ciência política e pesquisador na Universidade do Minho e no Instituto de Estudos Políticos de Paris (Sciences Po Paris) Thomás de Barros definiu o quadro político francês como “uma incógnita”. Segundo ele, Macron precisa se aliar à esquerda, mas há setores desse bloco que resistem à impopularidade do atual governo.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Fundação (FFMS) - [IN] Pertinente
EP 168 | POLÍTICA: a ética da guerra

Fundação (FFMS) - [IN] Pertinente

Play Episode Listen Later Jun 20, 2024 40:01


Com conflitos a pulular nas diferentes regiões do mundo, a pergunta impõe-se: há ética na guerra? «É bom que haja», diz-nos João Pereira Coutinho. Mas como?Neste episódio, discutem-se as condições que é preciso reunir para que uma guerra se possa considerar justa. Mas se acha que dificilmente pode haver consenso quanto ao tema, acertou.João Pereira Coutinho e Manuel Cardoso discutem a tensa relação entre a democracia e a guerra, numa viagem que nos leva da Crimeia do século XIX à Ucrânia do século XXI, passando pela Revolução do 25 de abril.Fala-se de desinformação e de propaganda, já que é também na arena da opinião pública que se determinam vencedores e vencidos (veja-se o caso da Guerra do Vietname).E como julgar quem pratica crimes de guerra? Estará o direito internacional munido das ferramentas necessárias para responsabilizar quem vai longe demais?Junte-se à dupla nesta reflexão sobre aquele que está, rapidamente, a tornar-se o tema do nosso tempo.REFERÊNCIAS ÚTEISJoslyn N. Barnhardt e Robert F. Trager. «The Suffragist Peace: How Women Shape the Politics of War» (Oxford University Press, 2023)Francis Fukuyama. «O Fim da História e o Último Homem» (Gradiva, 1999)Robert Kagan. «The Return of History and the End of Dreams» (Alfred Knopf, 2008)Margaret MacMillan. «Guerra: Como Moldou a História da Humanidade» (Temas e Debates, 2021)Michael Walzer. «Just and Unjust Wars: A Moral Argument with Historical Illustrations» (Basic Books, 2015)Lev Tolstoy. «Guerra e Paz» (Presença, 2 vols., 2022)Kurt Vonnegut «Matadouro Cinco» (Alfaguara, 2022)BIOSMANUEL CARDOSOÉ humorista e um dos autores do programa de sátira política «Isto É Gozar com Quem Trabalha», da SIC. Faz parte do podcast «Falsos Lentos», um formato semanal de humor sobre futebol. É o autor da rubrica radiofónica «Pão Para Malucos», que esteve no ar diariamente na Antena 3 de 2018 a 2021JOÃO PEREIRA COUTINHOProfessor do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica, onde se doutorou em Ciência Política e Relações Internacionais. É autor dos livros «Conservadorismo» (2014) e «Edmund Burke – A Virtude da Consistência» (2017), publicados em Portugal e no Brasil. 

Opinião
#223 | TERRITÓRIOS DE EXCLUSÃO: A INJUSTIÇA CLIMÁTICA

Opinião

Play Episode Listen Later Jun 7, 2024 25:48


Eventos climáticos extremos causados pelo aquecimento global estão devastando territórios e afetando populações inteiras de maneira alarmante. No entanto, são as comunidades negras, periféricas, indígenas e quilombolas que enfrentam as consequências mais severas dessas mudanças. No Opinião desta semana, vamos discutir a injustiça climática, também chamada de injustiça socioambiental, mecanismo diretamente ligado à desigualdade que faz com que indivíduos de determinados grupos ou regiões fiquem mais vulneráveis aos impactos do aquecimento do planeta. Para trazer os aspectos deste assunto convidamos a Diretora Executiva da LACLIMA e especialista em Justiça Climática, Flávia Bellaguarda, e a Diretora de Territórios e Co-fundadora do Instituto Perifa Sustentável, Gabriela Santos. De maneira remota, conversamos com a urbanista e Doutoranda em Estudos Políticos de Paris (Sciences Po), Marcela Alonso Ferreira.

Fundação (FFMS) - [IN] Pertinente
EP 164 | POLÍTICA - Nacionalismo e Cosmopolitismo

Fundação (FFMS) - [IN] Pertinente

Play Episode Listen Later May 23, 2024 40:27


 Bem-vindo ao episódio onde vai ouvir falar de muitos ‘ismos': Nacionalismo, Cosmopolitismo, Internacionalismo, Patriotismo, Liberalismo e até Imperialismo.De Rousseau até aos dias de hoje, a nação tem sido a unidade política fundamental de organização do mundo. Continuará a ser assim no futuro? E hoje, são mais as diferenças ou as semelhanças entre nós? A poucas semanas das eleições para o Parlamento Europeu, Manuel Cardoso e João Pereira Coutinho conversam sobre o impacto das diferentes identidades políticas na Europa. Talvez o surpreenda saber que o nacionalismo não se encontra apenas à direita, tendo mesmo nascido à esquerda. E que um nacionalista tanto pode ser conservador como progressista. Depois de tudo o que vai ouvir, em que posição se revê: mais nacionalista ou cosmopolita? REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS ANDERSON, Benedict, Comunidades Imaginadas: Reflexões sobre a origem e a expansão do nacionalismo (Edições 70) APPIAH, Kwane Anthony, Cosmopolitismo: Ética num Mundo de Estranhos (Europa-América) GELNER, Ernest, Dos Nacionalismos (Edições 70) ROUSSEAU, Jean-Jacques, Do Contrato Social (Edições 70) FICHTE, Johann, Discursos à Nação Alemã (Temas e Debates) WILSON, Woodrow, “President Wilson's 14 Points” (1918): FILMES: Sangue, Suor e Lágrimas (de Noël Coward, 1942) Braveheart (de Mel Gibson, 1995) Dunkirk (de Christopher Nolan)BIOSMANUEL CARDOSOÉ humorista e um dos autores do programa de sátira política «Isto É Gozar com Quem Trabalha», da SIC. Faz parte do podcast «Falsos Lentos», um formato semanal de humor sobre futebol. É o autor da rubrica radiofónica «Pão Para Malucos», que esteve no ar diariamente na Antena 3 de 2018 a 2021JOÃO PEREIRA COUTINHOProfessor do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica, onde se doutorou em Ciência Política e Relações Internacionais. É autor dos livros «Conservadorismo» (2014) e «Edmund Burke – A Virtude da Consistência» (2017), publicados em Portugal e no Brasil.  Paralelamente à sua actividade académica tem desenvolvido uma intensa e já longa carreira de 25 anos na imprensa e na televisão (em veículos como «O Independente», «Expresso»,  «Correio da Manhã», «Sábado», TVI24). É também colunista do diário brasileiro «Folha de S. Paulo», o maior jornal da América Latina. 

Fundação (FFMS) - [IN] Pertinente
EP 160 | POLÍTICA - Democracia: o Estado a que chegámos

Fundação (FFMS) - [IN] Pertinente

Play Episode Listen Later Apr 25, 2024 48:35


‘Meus senhores: Como todos sabem, existem três tipos de estados: os estados sociais, os estados corporativos e o estado a que isto chegou. E, nesta noite solene, nós vamos acabar com o estado a que isto chegou.'Assim falou Salgueiro Maia, o capitão que comandou as tropas que cercaram o Terreiro do Paço, a 25 de abril de 1974.Um golpe de estado marcou o início da revolução que, nas palavras de João Pereira Coutinho, trouxe a Portugal aquilo que uma revolução deve trazer: a rutura, o fim da ditadura, e  o entusiasmo com o que pode vir a seguir. Mas, como se conquistou, historicamente, um Estado como este a que chegámos nestes 50 anos de democracia? O que é ser democrata? Há quem o seja inteiramente?Nesta viagem de 48 minutos, o politólogo e o humorista Manuel Cardoso vão desbravar o caminho árduo que a democracia fez até se proclamar enquanto regime. Nesse caminho, vão falar das diferenças entre democracia direta, democracia liberal e democracia representativa, das virtudes e falhas do sistema democrático, e da tensão que existe entre as as palavras 'democracia' e 'liberalismo' a trabalharem em conjunto.A dupla vai debater  também a importância das instituições, o conflito sempre latente entre as elites e os cidadãos, e fazer referência a todos aqueles que inspiraram a nossa e tantas outras democracias. E até vão explicar como a falta de participação democrática não é necessariamente uma falta de vitalidade do regime democrático.REFERÊNCIAS ÚTEISEATWELL, Roger, e Matthew Goodwin, «Populismo – A Revolta contra a Democracia Liberal» (Desassossego, 2019) LÉONARD, Yves, «Breve História do 25 de Abril» (Ed. 70, 2024) MOUNK, Yascha, «Povo vs. Democracia» (Lua de Papel, 2019) ROBERTS, Andrew, «Churchill – Caminhando com o Destino» (Dom Quixote, 2019)STASAVAGE, David, «The Decline and Rise of Democracy – A Global History from Antiquity to Today» (Princeton, 2020)TOCQUEVILLE, Alexis de, «Da Democracia na América» (Principia, 2023)  TUCÍDIDES, «História da Guerra do Peloponeso» (Gulbenkian, 2010) CAPRA, FrankFORD, John, «Peço a Palavra» (1939) WHITMAN, Walt, «Canto de Mim Mesmo» (Cultura, 2021) BIOSMANUEL CARDOSOÉ humorista e um dos autores do programa de sátira política «Isto É Gozar com Quem Trabalha», da SIC. Faz parte do podcast «Falsos Lentos», um formato semanal de humor sobre futebol. É o autor da rubrica radiofónica «Pão Para Malucos», que esteve no ar diariamente na Antena 3 de 2018 a 2021JOÃO PEREIRA COUTINHOProfessor do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica, onde se doutorou em Ciência Política e Relações Internacionais. É autor dos livros «Conservadorismo» (2014) e «Edmund Burke – A Virtude da Consistência» (2017), publicados em Portugal e no Brasil. 

Artes
Documentário francês conta história e bastidores da “Revolução dos Cravos”

Artes

Play Episode Listen Later Apr 15, 2024 15:31


O documentário “La Révolution des Œillets” [“A Revolução dos Cravos”], de Bruno Lorvão e Paul Le Grouyer, conta a história e os bastidores da “Revolução dos Cravos”, recorrendo inteiramente a imagens de arquivo. O filme sai no mês em que se celebram os 50 anos do 25 de Abril de 1974 e faz um retrato de Portugal sob a ditadura, recorda a conspiração do Movimento dos Capitães e mostra como foi o dia do golpe militar que derrubou 48 anos de ditadura. O filme “La Révolution des Œillets” [“A Revolução dos Cravos”], de Bruno Lorvão e Paul Le Grouyer, é exibido, esta segunda-feira, em Sciences-Po, o Instituto de Estudos Políticos de Paris, seguido de um debate com o historiador francês Yves Léonard a propósito dos 50 anos do 25 de Abril. O documentário, de 52 minutos, da produtora francesa Cinétévé e com o apoio da France Télévisions, já foi difundido, este sábado, no canal belga RTBF, e vai passar, em Abril, no canal francês France 5 e no canal português História.Em entrevista à RFI, Bruno Lorvão sublinha que “o 25 de Abril é um momento bonito e é um legado universal”, por isso, “é uma história muito bonita que vale a pena ser contada, não só na Europa, mas fora do continente”. RFI: Qual é o ângulo deste filme, em poucas linhas.Bruno Lorvão, Realizador: "Em poucas linhas, fala da conspiração, de como é que essa conspiração aconteceu e por que razões é que os capitães decidiram derrubar o regime de Estado Novo."Porque é que decidiu fazer este documentário? "Como franco-português, tenho-me esforçado ultimamente em utilizar os meios franceses de produção audiovisual para contar histórias portuguesas, sabendo que em Portugal é mais complicado. Filmes de História, feitos a cem por cento de arquivos, são filmes que custam, que são complicados a montar e, por essa razão, chegando os 50 anos do 25 de Abril, não havia outra opção senão escrever e financiar a história."No ano passado também já realizou um documentário sobre Salazar e a Segunda Guerra Mundial…"Exacto e é uma história desconhecida de muitos, da maior parte dos portugueses, saber o que aconteceu exactamente durante meses."Dos portugueses ou dos franceses?"Dos franceses e portugueses, não conhecem a história de Portugal durante a Segunda Guerra Mundial, do que aconteceu exactamente. O discurso oficial é dizer que Salazar nos salvou. A questão do filme é saber se ele se salvou a si próprio ou ao povo português."Relativamente a este filme, “Revolução dos Cravos”, o filme conta, antes de mais, como era Portugal antes do golpe militar que derrubou a ditadura. Como é que era esse Portugal que reconstituem no documentário?"Portugal era um país pobre. Não era um país livre, simplesmente. Era um país pobre, com pouca formação, pouca educação..."Vocês dizem que um português em cada três não sabia ler. "Sim. Exacto. E Portugal era realmente o último país implicado numa guerra colonial."Falam do último grande império colonial também. Como é que era esse império? Vocês falam do lado real e do lado da propaganda…"Segundo a propaganda, sem as colónias, Portugal não podia sobreviver e Portugal não podia ser uma nação forte. Na realidade, o Império era feito com pouco mais de 150 mil soldados. Não havia muitos portugueses nas colónias e o Império português gastava mais do que rendia."Além do dia da Revolução dos Cravos, o filme reconstitui, como dizíamos, o que era viver em Portugal e nas antigas colónias. Fala das guerras de libertação, dos bairros de lata em Lisboa, do analfabetismo, da emigração em massa, de como era viver na ditadura. Tudo isto é contado com imagens da altura e há imagens que espantam porque parece que nunca as vimos ou muito pouco. De onde é que saem estas imagens? "Saem da Cinemateca Portuguesa, algumas da RTP e saem também de media estrangeiros, da televisão belga. Encontrámos coisas na televisão belga, particularmente no que toca a combates militares. As imagens de violência da guerra são imagens do estrangeiro e depois os testemunhos e as fotografias vêm de um trabalho de pesquisa feito durante a produção para ir buscar testemunhos inéditos. E, muitas vezes, os filmes de história ficam no nível da história oficial. E nós queríamos dar a palavra aos portugueses. E acho que conseguimos."E porquê esta opção de não entrevistar pessoas agora e de só recorrerem a imagens de arquivo, nomeadamente uma entrevista bastante forte de uma pessoa que tinha estado presa e que, na altura, dá uma entrevista a um meio francófono? "Um filme de História é levar o público até 50 anos atrás - falando do 25 de Abril. Queríamos mergulhar 50 anos atrás sem ter recurso a testemunhos de hoje. Por isso é que não há nenhum testemunho contemporâneo e havia material suficiente para contar a história, mesmo se não foi fácil, mas conseguimos."Quanto tempo é que demorou essa pesquisa? Porque há muitas imagens que foram censuradas na altura... "Graças a duas documentaristas. O trabalho de documentarista é um trabalho que existe na televisão francesa, que é um trabalho que implica encontrar imagens para produzir um filme. Havia uma documentarista francesa, Anahi Ubal Retamozo, e uma historiadora portuguesa, Margarida Ramalho, que graças ao seu conhecimento do território português, conseguimos em pouco tempo muitos testemunhos."Quanto tempo? "Foram três meses loucos, Outubro, Novembro, Dezembro, porque o filme tinha que ser acabado. Foram três a quatro meses de procura constante e graças à energia da Anahi e da Margarida e claro, do Paul [Le Grouyer], conseguimos juntar essas imagens todas e esses testemunhos."Em relação a essas imagens, há por exemplo, imagens da repressão que se seguiu ao congresso da oposição em Aveiro, na primavera de 1973, em que vemos a polícia a carregar nos manifestantes. Quando eu digo que há imagens que quase nunca vimos, falo, por exemplo, destas…"Essas foram imagens descobertas, por acaso, pelo Paul [Le Grouyer] na internet. Tínhamos as fotografias e, de repente, ele encontrou o vídeo que estava na internet. E isso tem a ver também com, apesar de já terem passado 50 anos, nenhuma instituição ter feito de maneira apropriada a lista de todos os conteúdos que foram produzidos antes do 25 de Abril e durante o 25 de Abril. Por isso é que ainda há muito conteúdo escondido, entre aspas. Por isso é que conseguimos encontrar muito conteúdo que as pessoas não conheciam."Há outras imagens, concretamente do dia 25 de Abril, filmadas por uma pessoa que estava junto ao Terreiro do Paço e que mostra a chegada dos tanques comandados por Salgueiro Maia. Quem era a pessoa que as filmou? Como chegaram a estas imagens? "Isso é um grande ponto de interrogação porque essas imagens são conhecidas de todos. O que fizemos foi juntar as imagens porque havia um bocadinho na Cinemateca Portuguesa, havia um bocadinho na RTP, havia outros bocadinhos em fundos europeus e nós juntámos tudo. Por isso é que aquela passagem está, em parte, a cores e a preto e branco e não se sabe quem é que filmou isso. Nós sabemos que são as primeiras imagens filmadas de 25 de Abril, mas este senhor, esta senhora, ninguém sabe quem é."E em termos de direitos autorais? "Pertence a fundos. Tivemos que pagar na mesma."O filme conta o contexto que leva ao golpe militar de 25 de Abril de 1974 e depois conta esse dia. O personagem principal, digamos assim, do documentário é Salgueiro Maia, o capitão sem medo, que nem sequer teve funeral de Estado, assim como Otelo Saraiva de Carvalho, que é outro dos protagonistas. Porquê estes dois capitães? Para recordar, simplesmente, que sem eles não teria havido o derrube da ditadura a 25 de Abril de 1974?"Sem eles e outros mais. É sempre difícil, num filme de 52 minutos, contar toda a história. É uma síntese, mas, com certeza, sem estes militares de profissão, sem a coragem, sem a visão política e a generosidade desses homens, a história teria sido outra."E depois a história tratou-os bem? "Parece que não pois tem a ver com o que foi a política portuguesa logo depois do 25 de Abril. É preciso perguntar à  viúva do capitão Maia. Acho que o Otelo também teve uma vida um bocado complicada por sua própria escolha. O Salgueiro Maia queria viver fora dessas complicações. Se calhar, somos de alguma forma ingratos. E agora vem uma expressão em francês 'On prend pour argent comptant ce qu'ils ont fait'…"É como se fosse garantido aquilo que nos deram?"Exactamente. E este filme de História está aqui para contar e para explicar às novas gerações que não foi assim tão fácil e que as coisas não caem do céu."Uma reparação histórica? "De certa forma, sim. Por enquanto, 75% dos portugueses acham que 25 de Abril foi uma boa coisa. Enquanto não baixarmos, continua a ser uma boa coisa."O filme diz, a dada altura, que “nem tudo se fez num dia, mas desde a Revolução dos Cravos, a liberdade nunca mais foi contestada”. Como é que vê o facto de, 50 anos depois do 25 de Abril, 50 deputados da extrema-direita terem entrado no Parlamento? "Eu acho que isso tem mais a ver com a crise profunda da democracia ocidental do que propriamente com Portugal. Quando se ouvem os discursos do Chega e do senhor Ventura, é uma cópia de [Donald] Trump, é uma cópia de [Javier] Milei. São personagens que estão a contaminar as democracias ocidentais e acho que o problema não é só português. O facto de eles só chegarem hoje a Portugal é porque Portugal é um país, por enquanto, bastante unido, onde a política não era assim tão feia. Não deixa de ser política, mas acho que é preciso separar as águas."O documentário também fala do general Spínola, de Francisco da Costa Gomes e, ainda, de Marcello Caetano que substitui Salazar. No fim, lembram que, depois de ter sido poupado pelos capitães de Abril, Marcello Caetano esteve exilado no Brasil, onde volta a ser professor de Direito, mas escapa a qualquer condenação judiciária. Este comentário factual subentende o quê? Que a revolução portuguesa foi demasiado branda com o ditador e com toda a estrutura do Estado Novo?"Isso é a parte cinzenta da revolução dos capitães. Foi uma revolução feita por militares em guerra. Ou seja, eles ajudaram-nos a passar para a democracia, mas depois lá se arranjaram entre eles. Mas acho que afinal não foi uma má coisa, ajudou a democracia a chegar de maneira mais pacífica porque tivemos aqueles dois anos mais complicados com a tentativa de golpe de Estado de Spínola e outros eventos. Se em cima disso puséssemos o julgamento de todo o sistema do Estado Novo, o Estado Novo era uma instituição que existia há quase 50 anos, ou seja, era fazer o exame de consciência de todo um povo, não só do Caetano. O Caetano era o representante de um sistema e esse sistema tinha sido inventado pelo Salazar, que faleceu."No filme, ouvimos que “os Capitães de Abril escreveram uma das mais belas páginas da história portuguesa. Ao conseguirem derrubar pacificamente uma ditadura, mostraram que nada era impossível, ate nos piores momentos”. O que é que foi, para si, o 25 de Abril de 1974? "Eu cresci em Lisboa e vi os murais todos com as pinturas do MFA e todos os partidos, aqueles muros políticos que agora desapareceram quase. Em miúdo, eu não sabia o que esses muros representavam. Eu, via era cravos, via soldados nos muros, via cores, muitas cores. Eu nasci em 1976, então a minha primeira representação do 25 de Abril são as ruas de Lisboa com esses murais e quando cresci, percebi o que eles representavam."O que é que percebeu? "Percebi que a vida antes era complicada, que antes não tínhamos liberdade de expressão, que as mulheres não tinham os mesmos direitos, que o divórcio não existia. Sem falar do aborto e de outras questões. Graças aos capitães e graças ao 25 de Abril, Portugal hoje é um país mais…"Democrático. "Vamos pôr essa palavra que é mais simples, sim."Contaram com a supervisão histórica do historiador francês especializado no Estado Novo, Yves Léonard. Como é que foi esse trabalho de colaboração? "Muito bom. Ele tem aquela paixão do estrangeiro que gosta de Portugal e tem aquela coisa que nós, quando somos de lá, já não vemos. E ele tem aquele recuo e essa paixão por Portugal e um conhecimento enorme sobre a história do nosso país. E foi uma boa colaboração."O filme sai em França, mas também vai ser difundido em Portugal e noutros países. Qual é que é no fundo, o objectivo deste filme? Mostrar a história e deixar um alerta do que foram os anos da ditadura para que essa ditadura não volte?"Sim, os objectivos são muitos. É falar à comunidade lusodescente, a um milhão de portugueses e franco- portugueses em França que, se calhar, não conhecem a história do 25 de Abril. É por isso que tenho muito orgulho em lhes dar a oportunidade de ver em França o filme. Depois, fora do país, também para os portugueses terem orgulho na própria história, terem orgulho do que são. Somos o que somos e temos os nossos defeitos, as nossas qualidades. O 25 de Abril é um momento bonito na nossa história e é um legado universal, ou seja, que militares tenham oferecido a democracia, entre aspas, ao povo. Acho que é uma história muito bonita, que vale a pena ser contada, não só na Europa, mas fora do continente."

Fundação (FFMS) - [IN] Pertinente
EP 156 | POLÍTICA: A política e a felicidade

Fundação (FFMS) - [IN] Pertinente

Play Episode Listen Later Mar 29, 2024 48:56


Em tempo de eleições, a felicidade anda na boca dos políticos e na cabeça dos cidadãos: mas o que é que a felicidade tem a ver com política? Tem muito, e quem o diz é o politólogo João Pereira Coutinho.Em conversa com Manuel Cardoso, o especialista explica como o tempo, o dinheiro e até o regime político em que se vive influenciam a felicidade de cada um.De acordo com o Relatório Mundial da Felicidade, os jovens estão infelizes, mesmo vivendo em democracia. Que razões justificam este cenário? Será possível ser-se feliz em ditadura? Afinal, viver em liberdade acarreta um grau de responsabilidade que nem sempre o ser humano está disposto a assumir.Ao mesmo tempo, a falta de felicidade tem sido associada pelos especialistas a carências económicas, políticas e sociais. Fará sentido adotar um Rendimento Básico Incondicional, como defende Van Parijs, para ajudar ao bem-estar destas pessoas.Recorrendo a Aristóteles e Séneca, Stuart Mill e John Rawls, e aos conceitos de ‘justiça' e ‘utilitarismo', a dupla propõe-se responder a todas estas questões neste episódio do [IN] Pertinente.REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEISClássicos ARISTÓTELES, «Ética a Nicómaco» (trad. de António de Castro Caeiro; Quetzal)BENTHAM, Jeremy e John Stuart Mill, «Utilitarianism and Other Essays »(Penguin Classics)SÉNECA, «Cartas a Lucílio» (trad. Segurado e Campos; Gukbenkian)MONTAIGNE, «Ensaios», 2 volumes (trad. Hugo Barros; E-Primatur)RAWLS, John, «Uma Teoria da Justiça» (Editorial Presença)VAN PARIJS, Philippe e Yannick Vanderborght, «Basic Income: A Radical Proposal for a Free Society and a Sane Economy» (Harvard University Press)E ainda...DOLAN, Paul, «Happy Ever After: Escaping the Myth of the Perfect Life» (Penguin)FRANKFURT, Harry G., «On Inequality» (Princeton University Press)WODEHOUSE, P.G., «The Code of Woosters» (Arrow)SZABLOWSKI, Witold, «Dancing Bears: True Stories about Longing for the Old Days» (Text Publishing Company)BIOSMANUEL CARDOSOÉ humorista e um dos autores do programa de sátira política «Isto É Gozar com Quem Trabalha», da SIC. Faz parte do podcast «Falsos Lentos», um formato semanal de humor sobre futebol. É o autor da rubrica radiofónica «Pão Para Malucos», que esteve no ar diariamente na Antena 3 de 2018 a 2021JOÃO PEREIRA COUTINHOProfessor do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica, onde se doutorou em Ciência Política e Relações Internacionais. É autor dos livros «Conservadorismo» (2014) e «Edmund Burke – A Virtude da Consistência» (2017), publicados em Portugal e no Brasil. 

POD Pensar
Jovens eleitores: entre a abstenção e o extremismo?

POD Pensar

Play Episode Listen Later Mar 7, 2024 58:21


Em quase 50 anos de democracia, a taxa total de abstenção nas eleições parlamentares subiu dos 8,5%, em 1975, para os 48,6%, em 2022, segundo a Pordata. A faixa etária entre os 18 e os 30 anos é aquela em que a abstenção é mais alta. Mas por que não votam os jovens em Portugal? E quando votam, por que optam pelos partidos mais extremistas, como relatam quatro estudos do ICS-ISCTE feitos em 2023? Alguns especialistas afirmam que vários fatores podem contribuir para esta tendência, como a falta de confiança no sistema partidário e a falta de representatividade nas instituições democráticas, que não respondem aos problemas nem às preocupações dos mais jovens. E, como num círculo vicioso, se as novas gerações não encontram resposta aos seus anseios, afastam-se naturalmente das urnas, o que agudiza a sub-representação das suas preferências no sistema político. Como alterar o paradigma? Será preciso reacender o debate do voto obrigatório? Fortalecer a educação cívica nas escolas? Alargar o voto antecipado e o voto com mobilidade às universidades ou a outros locais de interesse para esta franja da população? E como podem as estratégias do marketing digital influenciar o tabuleiro do eleitorado, garantindo que todas as vozes sejam ouvidas e representadas no processo democrático? Neste episódio do POD Pensar, o podcast com ideias para consumir da DECO PROteste, Aurélio Gomes modera o debate a este propósito entre Marco Lisi, professor no Departamento de Estudos Políticos da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade de Lisboa, investigador e autor de alguns livros, como “Eleições - Campanhas eleitorais e decisão de voto em Portugal”; e Joana Moreira, formada em Psicologia e Empreendedorismo Social e diretora executiva do Movimento Transformers, uma startup que que potencia o envolvimento cívico e social.

Fundação (FFMS) - [IN] Pertinente
EP 152 | POLÍTICA: liberdade de expressão

Fundação (FFMS) - [IN] Pertinente

Play Episode Listen Later Mar 1, 2024 45:36


Quando, em 1988, Salman Rushdie publicou os Versículos Satânicos, a obra foi considerada blasfema pelo regime iraniano.  O «Ayatollah» Khomeini, líder supremo do Irão, declarou uma «fatwa» (decisão jurídica baseada na lei islâmica) contra o escritor que resultou em algumas tentativas de assassinato de Rushdie. Até que ponto estavam ambos a usar o seu direito à liberdade de expressão? Este é um exemplo real que espelha o tema do episódio de hoje.A liberdade de expressão é um dos conceitos fundamentais do pensamento político. Introduzida pelo Liberalismo, teve como principais autores John Milton, John Locke e John Stuart Mill. Aos dias de hoje, parece estar esquecida dos discursos eleitorais porque a tomamos por garantida. Mas até que ponto estamos dispostos a tolerar opiniões que nos pareçam abjetas ou repugnantes? Vale a pena proibi-las? Até onde pode ir a democracia na defesa da própria democracia? E que exemplos da História não devemos esquecer?Os desafios que enfrenta a imprensa livre e plural, o crescimento das redes sociais e do discurso de ódio traz novamente  à discussão os limites, mas também as vantagens da liberdade de expressão.Ouça esta conversa entre Manuel Cardoso e João Pereira Coutinho e, no final, se se sentir confiante quanto à sua própria tolerância, siga os conselhos de ambos e explore as sugestões de leitura que a dupla lhe deixa. REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEISCLÁSSICOSLocke, John, «Carta Sobre a Tolerância» (Edições 70)Mill, John Stuart, «Sobre a Liberdade» (Ideias de Ler)Milton, John, «Areopagitica: Discurso sobre a Liberdade de Expressão» (Almedina)Voltaire, «Tratado sobre a Tolerância» (Antígona)Zweig, Stefan, «Castélio contra Calvino – ou Uma Consciência contra a Violência» (Assírio & Alvim)CONTEMPORÂNEOSAsh, Timothy Garton Ash, «Liberdade de Expressão: Dez Princípios para um Mundo Interligado» (Temas & Debates)Berkowitz, Eric, Dangerous Ideas, «A Brief History of Censorship in the West, from the Ancients to Fake News» (Penguin)Hume, Mike, Direito a Ofender, «A Liberdade de Expressão e o Politicamente Correto» (Tinta da China)Warburton, Nigel, «Liberdade de Expressão: Uma Breve Introdução» (Gradiva)FILMES«The Front» (1976), de Martin Ritt«The People vs. Larry Flynt» (1996), de Miloš Forman ARTIGOThe Skokie Case: «How I Came to Represent the Free Speech Rights of Nazis».BIOSMANUEL CARDOSOÉ humorista e um dos autores do programa de sátira política «Isto É Gozar com Quem Trabalha», da SIC. Faz parte do podcast «Falsos Lentos», um formato semanal de humor sobre futebol. É o autor da rubrica radiofónica «Pão Para Malucos», que esteve no ar diariamente na Antena 3 de 2018 a 2021JOÃO PEREIRA COUTINHOProfessor do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica, onde se doutorou em Ciência Política e Relações Internacionais. É autor dos livros «Conservadorismo» (2014) e «Edmund Burke – A Virtude da Consistência» (2017), publicados em Portugal e no Brasil.  

Fundação (FFMS) - [IN] Pertinente
EP 148 | POLÍTICA: Ideologias de A a Z

Fundação (FFMS) - [IN] Pertinente

Play Episode Listen Later Feb 2, 2024 47:25


Se lhe perguntassem quantas ideologias políticas existem no mundo, quantas diria? É liberal ou conservador? Sabe distinguir um socialista de um anarquista?  Bem-vindo à nova dupla de Política da quarta temporada do [IN] Pertinente, com o humorista Manuel Cardoso e o politólogo João Pereira Coutinho.  Em 2024 falaremos de teoria política, mas não se assuste, porque o Manuel e o João vão fazê-la descer à terra. E começam já neste episódio desmistificando as quatro ideologias que serviram de berço a todas as outras.A dupla explica os sucedâneos e «metastizações» destas ideologias - como diz João Pereira Coutinho -, referindo os principais conceitos e autores mais relevantes de cada uma.  E, se alguma vez se perguntou... qual é a diferença entre ideologia e religião? Como estamos de ideologias em Portugal? Fique descansado, porque neste primeiro episódio de Política [IN] Pertinente, vamos explicar tudo de A a Z ou, sendo mais corretos, de A a S. REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEISLIBERALISMOThomas Hobbes, Leviatã (INCM) John Locke, Dois Tratados do Governo Civil (Edições 70) John Stuart Mill, Sobre a Liberdade (Edições 70) Isaiah Berlin, Esperança e Medo – Dois Conceitos de Liberdade (Guerra & Paz) John Rawls, Uma Teoria da Justiça (Presença) CONSERVADORISMO Edmund Burke, Reflexões sobre a Revolução em França (Gulbenkian) Joseph de Maistre, Considerações sobre França (Almedina) Alexis de Tocqueville, Da Democracia na América (Principia) Roger Scruton, Como Ser um Conservador (Guerra & Paz) ANARQUISMO ANARQUISMOPierre-Joseph Proudhon, Qu'est-ce que la propriété? (Le Livre de Poche) Emma Goldman, Viver a Minha Vida (Antígona) Max Stirner, O Único e a sua Propriedade (Antígona) Henry David Thoreau, Walden, ou A Vida nos Bosques (Antígona) SOCIALISMO Karl Marx e Friedrich Engels, Manifesto do Partido Comunista (Relógio d'Água) Eduard Bernstein, The Preconditions of Socialism (Cambridge University Press) Herbert Marcuse, One-Dimensional Man : Studies in the Ideology of Advanced Industrial Society (Routledge) G.A. Cohen, Socialismo, Porque não? (Gradiva) CLUBE DE LEITURA Miguel de Cervantes, Dom Quixote de la Mancha (Dom Quixote) Giuseppe Tomasi di Lampedusa, O Leopardo (Dom Quixote) As Vinhas da Ira, filme de John Ford, baseado no romance homónimo de John Steinbeck Jason Brennan, Contra a Democracia (Gradiva)Episódios relacionados:  Onde param a esquerda e a direita? BIOMANUEL CARDOSO Humorista. É um dos autores do programa de sátira política «Isto É Gozar com Quem Trabalha», da SIC. Faz parte do podcast «Falsos Lentos», um formato semanal de humor sobre futebol. É o autor da rubrica radiofónica «Pão Para Malucos», que esteve no ar diariamente na Antena 3 de 2018 a 2021. Contribui regularmente com a imprensa: após sete anos a assinar crónicas no SAPO 24, tornou-se colunista do Expresso em 2023. JOÃO PEREIRA COUTINHO É professor do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica, onde se doutorou em Ciência Política e Relações Internacionais. É autor dos livros Conservadorismo (de 2014) e Edmund Burke – A Virtude da Consistência (de 2017), simultaneamente publicados em Portugal e no Brasil.   Paralelamente à sua atividade académica tem desenvolvido uma intensa e já longa carreira de 25 anos na imprensa e na televisão (em veículos como O Independente, Expresso, Correio da Manhã, Sábado, TVI24). É também colunista do diário brasileiro Folha de S. Paulo, o maior jornal da América Latina. Uma parte desse trabalho jornalístico pode ser lida nos volumes de crónicas Vida Independente (2004), Avenida Paulista (2007), Vamos ao que Interessa (2015) e Diário da República (2022).  

CNN MUNDO
"Israel perde a batalha pela opinião pública global": ouça a análise

CNN MUNDO

Play Episode Listen Later Nov 3, 2023 37:47


O analista sênior de internacional Américo Martins faz um balanço da cobertura do primeiro mês do conflito no Oriente Médio. Américo viajou por Israel e conta que a região mais tensa onde esteve é ao norte, na fronteira com o Líbano, onde atua o Hezbollah. Em entrevista ao podcast, o cientista político, professor de Relações Internacionais e colaborador do Centro de Estudos Político-Estratégicos da Marinha, Mauricio Santoro, avaliou que Israel tem perdido a batalha pela opinião pública global. "A partir do momento em que Israel resolveu responder aos ataques do Hamas com uma nova ocupação da Faixa de Gaza, a reação foi muito mais forte. Elas foram muito mais vistas como uma crítica à Israel do que condenação para o Hamas". O professor Maurício Santoro ainda afirmou que seria verossímil que a guerra em Israel se espalhasse pelo Oriente Médio e que a questão religiosa vai impactar na resolução do conflito."Se já era difícil antes algum tipo de negociação pacífica, agora ficou mais complexo, com as diferenças religiosas, tanto do lado palestino como do lado israelense". Apresentação: Américo Martins e Camila OlivoProdução: Bruna Sales, Bel Campos e Alessandra FerreiraEdição: Raphael Paco

O Antagonista
Latitude#23: Lula em Portugal, Chico Buarque e o sequestro da Revolução dos Cravos

O Antagonista

Play Episode Listen Later Apr 29, 2023 49:19


O escritor e cientista político português João Pereira Coutinho fala dos protestos contra Lula em sua visita a Portugal, que não se limitaram à “extrema direita”. Também explica como a esquerda do país se apropriou da Revolução dos Cravos apesar de ter perdido a disputa política por ela, comenta a decepção de Chico Buarque com os rumos da democracia portuguesa e diz como os portugueses veem a guerra na Ucrânia. JOÃO PEREIRA COUTINHO é escritor, doutor em ciência política e relações internacionais pelo Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica Portuguesa e colunista da Folha de S.Paulo. Inscreva-se e receba a newsletter:  https://bit.ly/2Gl9AdL Confira mais notícias em nosso site:  https://oantagonista.uol.com.br/ https://crusoe.uol.com.br/ Acompanhe nossas redes sociais:  https://www.fb.com/oantagonista​ https://www.twitter.com/o_antagonista ​https://www.instagram.com/o_antagonista https://www.tiktok.com/@oantagonista_oficial No Youtube deixe seu like e se inscreva no canal: https://www.youtube.com/c/OAntagonista

Amazônia Latitude | Humanidades Ambientais
LatitudeCast 21 – Desafios das políticas ambientais na América Latina

Amazônia Latitude | Humanidades Ambientais

Play Episode Listen Later Dec 8, 2022 26:09


Nos últimos anos, governos de esquerda com pautas ambientais relevantes estão ganhando força na América Latina. No Brasil, após quatro anos do governo de Jair Bolsonaro, a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva para a presidência gera grande expectativa em relação a questões sociais e ao meio ambiente a partir de 2023. Na Colômbia, Gustavo Petro assumiu a presidência em agosto deste ano, com propostas de diminuição das emissões de gás carbônico, de implementação de direitos da natureza e de acabar com o uso de combustíveis fósseis. No Chile, o presidente Gabriel Boric é um dos principais apoiadores da nova proposta de constituição do país. O documento, que reconheceria a diversidade dos povos indígenas chilenos e iria garantir à natureza direitos análogos aos dos seres humanos, foi rejeitado pela população em setembro. Neste episódio do LatitudeCast, conversamos com Fabricio Pereira da Silva, professor do Departamento de Estudos Políticos e da Pós-Graduação em Ciência Política da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), sobre as dificuldades que esses governos podem enfrentar e o que pode vir a seguir em termos de políticas ambientais.

O Assunto
Populismo: do que estamos falando?

O Assunto

Play Episode Listen Later Oct 17, 2022 23:53


A resposta a essa questão, que dá título ao livro recém-lançado dos cientistas políticos Thomás Zicman de Barros e Miguel Lago, passa pelo uso do termo no plural. “São populismos”, afirma Thomás. Em conversa com Renata Lo Prete, o pesquisador do Centro de Estudos Políticos da Sciences Po Paris conta que a dupla se interessou pelo tema ao constatar a utilização indiscriminada da palavra para descrever ideias e práticas de personagens tão díspares quanto Jair Bolsonaro (PL) e Lula (PT). Uma confusão que “normaliza a extrema-direita" e “estigmatiza a esquerda". Para Thomás, embora existam elementos comuns a diferentes tipos de populismo (como a oposição discursiva entre "povo" e "elites" e uma espécie de transgressão das formas tradicionais de fazer política), um abismo separa os dois projetos em questão. Em sua avaliação, o populismo de Lula é “emancipador”, porque incorpora ao debate setores subalternizados. Enquanto o de Bolsonaro seria “reacionário”, permanentemente mobilizando ressentimentos e medo de transformações sociais. Ao atrair ex-adversários, o petista “reforça sua característica conciliadora”, na contramão do entendimento do presidente de que o oponente é sempre "alguém a ser destruído".

Guilhotina | Le Monde Diplomatique Brasil
#170: Lava Jato e a erosão da democracia, com Fábio Kerche e Marjorie Marona

Guilhotina | Le Monde Diplomatique Brasil

Play Episode Listen Later Jun 16, 2022 55:45


Bianca Pyl e Luís Brasilino conversam com os cientistas políticos Fábio Kerche e Marjorie Marona, autores do livro “A política no banco dos réus: a Operação Lava Jato e a erosão da democracia no Brasil” (https://bit.ly/3zCp88u), lançado em abril pela editora Autêntica. A obra percorre a trajetória da Operação Lava Jato e analisa seus impactos na criminalização da política. Falamos sobre as alterações institucionais produzidas a partir da Constituinte de 1988 que permitiram o surgimento de uma operação como a Lava Jato, as medidas de exceção adotadas, o papel da imprensa e a criminalização da política, a partidarização da operação, os abalos ao sistema político como um todo, a influência nas eleições de 2018, a participação de Sergio Moro no governo Bolsonaro, o combate à corrupção pela gestão atual, as informações reveladas pela Vaza Jato e pela Operação Spoofing e muito mais! Fábio é doutor em Ciência Política pela Universidade de São Paulo e professor do Departamento de Estudos Políticos da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio); e a Marjorie é bacharel em Direito e doutora em Ciência Política pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), instituição na qual é professora do Departamento de Ciência Política. Trilha: The Wailers, “Get up, stand up” (Bob Marley e Peter Tosh); e João Gilberto, “O pato”.

45 Graus
#123 Lívia Franco - Que nova Ordem Mundial podemos esperar no pós guerra da Ucrânia?

45 Graus

Play Episode Listen Later Jun 1, 2022 73:11


Lívia Franco é professora e investigadora no Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica Portuguesa (IEPUCP) e Investigadora Associada do think-tank pan-europeu European Center for Foreign Relations (ECFR). Leciona e investiga nos domínios da Política Internacional Contemporânea, Política Externa Portuguesa, Política Europeia e Questões de Democracia e Segurança e Defesa. Doutorou-se em Ciência Política pelo IEP-UCP e é Mestre em Relações Internacionais pela Universidade de Lovaina. Lívia Franco é ainda comentadora residente na SIC Notícias e comentadora habitual noutros media sobre Assuntos Internacionais e de Política Europeia.  -> Apoie este projecto e faça parte da comunidade de mecenas do 45 Graus em: 45graus.parafuso.net/apoiar -> Livro «Política a 45 Graus». _______________ Índice da conversa: (06:09) Início da conversa: a guerra resulta de um erro de cálculo de Putin? | Ensaio de Putin sobre a Ucrânia. Os filósofos que influenciam Putin. | Motivações securitárias vs identitárias. Teoria realista das relações internacionais. | Discurso de Putin no “Dia da Vitória”. (28:46) Que importância têm as populações russófonas da Ucrânia? Livro «O Choque das Civilizações e a Mudança na Ordem Mundial», de Samuel P. Huntington  (35:15) Cenários para o fim da guerra, compromissos possíveis. OSCE. (50:40) Cenários para a Ordem Mundial pós-guerra. Livro «O fim da História», de Francis Fukuyama. | O efeito da pandemia (56:46) É hoje mais provável uma invasão de Taiwan pela China? Impacto no “resto do Mundo”. | Impacto na Europa: inquérito aos cidadãos europeus. | Conseguirá a China unir um polo por si dominado? (1:06:21) É legítimo o alargamento da NATO à Finlândia e Suécia? (1:09:44) Livro recomendado: Putin's World: Russia Against the West and with the Rest Hardcover, by Angela Stent  _______________ Desde a invasão da Ucrânia, a 24 de fevereiro, que a guerra tem dominado a discussão no espaço público. Tenho hesitado, porém, em trazer um tema tão volátil ao 45 Graus, tendo em conta um dos princípios do podcast: que cada episódio seja o mais perene possível -- isto é, que perca pouco em ser ouvido 1, 2 ou 5 anos depois de ter sido gravado.  E, no entanto, este é, de facto, um tema incontornável -- e um evento que, qualquer que venha ser o desfecho, veio alterar a Ordem Mundial de maneira irreversível.  E imprevisível, também? No início da guerra -- que apanhou (quase) todos de surpresa -- provavelmente sim, mas agora que passam já 3 meses do início da invasão, numa altura em que as posições da Rússia, da Ucrânia e o Ocidente e, igualmente importante, o resto do mundo começam já a ficar claras, achei que era uma boa altura para finalmente trazer o tema ao podcast.    Nesta conversa com Lívia Franco, abordámos três aspectos essenciais para compreender a guerra e as suas implicações geopolíticas: Primeiro, as motivações da Rússia para a invasão.  Eu sei que este é um tema pisado e repisado, mas é mais complexo do que transparece da análise muitas vezes apressada das televisões, por isso vale a pena aprofundá-lo com a calma e profundidade que um podcast proporciona.  A verdade é que as motivações russas são complexas e difíceis de discernir. Há quem veja na invasão simplesmente a loucura de um déspota isolado pela pandemia, que vê neo-nazis em todo o lado. Mas essa explicação é, necessariamente, curta. Já todos vimos também a invasão ser descrita numa lógica mais consequente como a vontade de Putin em recuperar o território da antiga URSS; mas também é muitas vezes descrita como uma reacção à ameaça trazida pela suposta intenção da Nato de expandir a leste. Da mesma forma, há quem diga que a preocupação da cúpula russa está não tanto no território ou estritamente na ameaça bélica, mas sobretudo na aproximação dos governos e da política ucraniana nos últimos anos na direcção das democracias liberais ocidentais. E há mesmo quem sugira, como faz a convidada, que a guerra tem também a intenção de afirmar o poder russo num mundo a convergir para dois polos: EUA e China. Vale, por isso, a pena tentar perceber melhor estas explicações políticas e, sobretudo, o modo como se relacionam entre si. O segundo aspecto que abordámos na conversa é o passo seguinte: qual poderá ser o desfecho da guerra? Nesta altura, parece quase certo que nem a Rússia nem a Ucrânia irão poder cantar vitória e que o desfecho terá de decorrer, por isso, pela via negocial. E aí, que cedências, que compromissos poderão estar em cima da mesa? O que poderá ser aceitável para ambos os lados e, desejavelmente, dar alguma estabilidade geopolítica. E, finalmente, o terceiro tópico que discutimos, que está relacionado com este, é o mais importante de todos: que implicações terá esta guerra na Ordem Mundial?  A convidada lembra a certo ponto a famosa tese do cientista político norte-americano Francis Fukuyama, no seu livro de 1992, «O fim da História». Segundo esta tese, a queda da URSS, que acabava de ocorrer -- e, com ela, do modelo comunista -- trazia consigo a convergência do Mundo inteiro para a ordem liberal do modelo ocidental: com democracia, economia de mercado, defesa dos direitos humanos, respeito pela integridade territorial dos Estados e da auto-determinação dos povos. No meu livro, pego na tese de Fukuyama para mostrar que esta era demasiado optimista no que diz respeito à suposta superioridade prática das democracias, como tem ficado evidente com a expansão dos populismos este século.  Na nossa conversa, a convidada assinala como a tese de Fukuyama estava também errada na sua vertente geopolítica, uma vez que, apesar do sistema de instituições multilaterais que hoje existem, como a ONU, e da integração da economia mundial, ainda é possível a líderes autocráticos usar o seu poder e capacidade de acicatar sentimentos nacionalistas entre a população para invadir outros países, desrespeitando estes princípios.  A invasão da Ucrânia veio, assim, mostrar que esta expectativa era ingénua. Ao mesmo tempo, a acção da Rússia forçou os países, sobretudo aqueles com mais peso geopolítico, a porem as cartas na mesa: contra a Rússia (como a generalidade dos países ocidentais) ou a favor desta -- ou, pelo menos, assumindo uma postura ambígua, como países como a Índia têm tentado fazer. E o retrato que tem emergido é, aliás, menos harmonioso do que possa parecer aos olhos ocidentais, pois nem todos os países estão dispostos a alinhar na postura de condenação absoluta ao regime de Putin.  O que parece hoje quase certo é que a invasão da Ucrânia irá alterar a Ordem Mundial. Mas para onde? Segundo a convidada, a acção da Rússia, ao invés de dar um renovado peso na arena mundial pode, pelo contrário, precipitado a tendência que vinha ganhando forma este século: a emergência de um mundo bipolar dividido entre os EUA e a China.  _______________ Obrigado aos mecenas do podcast: João Teixeira, Gualter Agrochão, Ricardo Evangelista, Julie Piccini, Ana Raquel Guimarães Ricardo Santos, Bruno Heleno, Mário Teixeira, António Santos, bfdc, GalarÓ family, Manuel Canelas, Fernando Nunes, Luis Fernambuco, JosÉ LuÍs Malaquias, Francisco Hermenegildo, Nuno Costa, Abilio Silva, Salvador Cunha, Cesar Carpinteiro, Pedro Lima Ferreira, Miguel van Uden, JoÃo Ribeiro, Nuno e Ana, JoÃo Baltazar, Miguel Marques, Margarida Varela, Corto Lemos, Carlos Martins Tiago Leite, Tomás Costa, André Gamito, Isabel Moita, B Cortez, João Teixeira, Miguel Bastos, Ricardo Leitão, Tiago Taveira, Diogo Costa, AntÓnio Rocha Pinto, Ana Pina, Alberto Alcalde, GonÇalo Morgado, Joao Alves, Geoffrey Marcelino, Luis, Maria Pimentel, RB, Gabriel Sousa, Mário LourenÇo, Andreia Esteves, Ana Cantanhede Arune Bhuralal, Isabel Oliveira, Ana Teresa Mota, Francisco Fonseca, JoÃo Nelas, Tiago Queiroz, AntÓnio Padilha, Rita Mateus, Daniel Correia, Joao Saro, Pedro Gaspar, Dario Rodrigues, David Gil, Bernardo Pimentel, Tiago Parente, Emanuel Saramago, Daniel Pais, Miguel Jacinto, Luís Santos, Bernardo Pimentel, tati lima, Teresa Melvill de AraÚjo, FÁbio Videira Santos, Rui Martins, Helena Pinheiro, Tiago Agostinho, Miguel Jacinto, InÊs Ribeiro, Sofia Ferreira, JC Pacheco, Catarina Fonseca, Pedro On The Road, Carla Bosco, GonÇalo Baptista, Joana Pereirinha, ZÉ, JosÉ Fangueiro, Rita Noronha, Pedro RomÃo, JoÃo Pereira Amorim, SÉrgio Nunes, Telmo Gomes, Antonio Loureiro, Beatriz Bagulho, Tiago Stock, Gabriel Candal, FÁbio Monteiro, Joao Barbosa, Rita Sousa Pereira, HENRIQUE PEDRO, CloÉ Leal de MagalhÃes, Francisco Moura, Rui Antunes7, Joel, Pedro L, JoÃo Diamantino, Nuno Lages, JoÃo Farinha, Henrique Vieira, AndrÉ Abrantes, HÉlder Moreira, JosÉ Losa, JoÃo Ferreira, Rui Vilao, JoÃo Pereira, Goncalo Murteira Machado Monteiro, Luis Miguel da Silva Barbosa, Bruno Lamas, Diogo Rombo, Francisco L. Bermudes, Maria Francisca Couto, Alexandre Freitas, Afonso Martins, JosÉ ProenÇa, Jose Pedroso, Telmo , Francisco Vasconcelos, Duarte , Luis Marques, Joana Margarida Alves Martins, TomÁs Lucena, Margarida Costa Almeida, JoÃo Lopes, Bruno Pinto Vitorino, Margarida Correia-Neves, miguel farracho, Teresa Pimentel, GonÇalo de Paiva e Pona , Tiago Pedroso, GonÇalo Castro, InÊs InocÊncio, Hugo Ramos, Pedro Bravo, AntÓnio Mendes Silva, paulo matos, LuÍs BrandÃo, TomÁs Saraiva, Nuno Malvar, Ana Rita Laureano, Manuel Botelho da Silva, Wedge, Bruno Amorim InÁcio, Manuel Martins, Ana Sousa Amorim, Robertt Valente, Miguel Palhas, Maria Oliveira, Filipe Melo, Gil Batista Marinho, Cesar Correia, Diogo Silva, PatrÍcia EsquÍvel , InÊs PatrÃo, Daniel Almeida, Paulo Ferreira, Macaco Quitado, Pedro Correia, Francisco Santos, Antonio Albuquerque, Renato Mendes, JoÃo Barbosa, Margarida GonÇalves, Andrea Grosso, JoÃo Pinho , JoÃo Crispim, Francisco Aguiar , Joao Diogo, JoÃo Diogo Silva, JosÉ Oliveira Pratas, Vasco Lima, TomÁs FÉlix, Pedro Rebelo, Nuno GonÇalves, Mariana Barosa, Francisco Arantes, JoÃo Raimundo, Mafalda Pratas, Tiago Pires, Luis Quelhas Valente, Vasco SÁ Pinto, Jorge Soares, Pedro Miguel Pereira Vieira, Pedro F. Finisterra, Artur Castro Freire _______________ Esta conversa foi editada por: Hugo Oliveira _______________ Bio: Lívia Franco é Professora Associada e Investigadora Principal no Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica Portuguesa (IEPUCP) e Investigadora Associada do think-tank pan-europeu European Center for Foreign Relations (ECFR). Leciona e investiga nos domínios da Política Internacional Contemporânea, Política Externa Portuguesa, Política Europeia e Questões de Democracia e Segurança e Defesa. É autora e coordenadora de obras e artigos nas suas áreas de especialização. Doutorou-se em Ciência Política pelo IEP-UCP e é Mestre em Relações Internacionais pela Universidade de Lovaina. Foi bolseira da FCT e da FLAD. Foi Visiting Scholar na Universidade de Brown e Fulbrighter PhD student no Boston College, EUA. Foi FLAD Visiting Professor na Universidade de Georgetown no semestre de Outono de 2021. Lívia Franco é ainda comentadora residente na SIC Notícias e comentadora habitual noutros media sobre Assuntos Internacionais e de Política Europeia.

Roda Viva
Paulo Sérgio Pinheiro | 30/05/2022

Roda Viva

Play Episode Listen Later Jun 1, 2022 89:12


No #RodaViva, a jornalista Vera Magalhães recebe o cientista político e professor Paulo Sérgio Pinheiro. Paulo Sérgio Pinheiro foi ministro da Secretaria de Estado de Direitos Humanos do governo Fernando Henrique Cardoso, e participou de diversas comissões de Direitos Humanos da ONU, para países como o Timor Leste, Burundi, Togo e Mianmar. Atualmente, preside a Comissão Independente Internacional de Investigação da ONU para a Síria, com sede em Genebra. Foi um dos fundadores da Comissão Arns de Direitos Humanos e também integrou a Comissão da Verdade, que apurou os crimes da ditadura militar no Brasil. Doutor em Ciência Política pelo Instituto de Estudos Políticos de Paris e licenciado pela Universidade de Vincennes, ele foi professor titular na Universidade de São Paulo. Também lecionou nas universidades de Brown, nos Estados Unidos, Oxford, na Inglaterra, e na Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais, em Paris.

P24
A Europa também é dos jovens portugueses?

P24

Play Episode Listen Later May 30, 2022 11:08


O sentimento de pertença à Europa é algo comum a Duarte Costa e Inês Massena. O professor do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica de Lisboa Nuno Sampaio dá a sua perspectiva sobre no que consiste a identidade europeia entre os jovens portugueses na actualidade. Neste P24, os alunos de Jornalismo da Escola Superior de Comunicação Social Constança Vilela, Joana Margarida Fialho e Manuel Rocha e Leite procuraram perceber de que forma é que pertencer à União Europeia une os jovens portugueses. Esta é uma reportagem que pode ouvir na íntegra no Repórter 360.

O Assunto
Braga Netto: modos de Bolsonaro usar

O Assunto

Play Episode Listen Later Apr 8, 2022 26:40


Em seguidos eventos, o presidente da República vem renovando os ataques a ministros do Supremo e os sinais de que não pretende se conformar com uma eventual derrota nas urnas em outubro. Faz parte do pacote o aceno permanente aos militares - como na cerimônia recente em que qualificou o Ministério da Defesa como superior aos demais “por ter a tropa na mão”. É da Defesa, aliás, que Jair Bolsonaro retirou o general da reserva recém-filiado ao PL dado como certo no posto de vice da chapa. Walter Braga Netto seria “uma espécie de Hamilton Mourão, porém fiel e sem agenda ou cabeça própria”, nas palavras de Christian Lynch, professor no Instituto de Estudos Políticos e Sociais da UERJ. E ainda renovaria o seguro anti-impeachment do presidente - assim como o vice atual, é uma figura que o Congresso não se animaria a instalar no Palácio do Planalto. Na conversa com Renata Lo Prete, Lynch passa em revista a trajetória de Braga Neto, que foi interventor federal no Rio de Janeiro durante o mandato de Michel Temer e teve atuação para lá de questionada como coordenador, na Casa Civil, do enfrentamento da pandemia. O cientista político avalia que as ameaças de Bolsonaro vieram para ficar. “Precisa encenar o tempo todo que teria o poder de dar um golpe”, diz ele, que prevê alta instabilidade em caso de fracasso do projeto reeleitoral.

Direito e Economia
História do Pensamento Político Brasileiro, com Christian Lynch, historiador, cientista político e jurista.

Direito e Economia

Play Episode Listen Later Mar 17, 2022 47:49


Neste episódio, Ana Frazão conversa com Christian Lynch, historiador, cientista político e jurista. Professor de Pensamento Político Brasileiro no Instituto de Estudos Políticos e Sociais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (IESP-UERJ), Pesquisador da Fundação Casa de Rui Barbosa e Professor do Programa de Pós-Graduação em Direito na Universidade Veiga de Almeida, Christian Lynch tem como uma de suas especialidades a história do pensamento político brasileiro. Dentre os importantes temas abordados no episódio estão as distinções entre liberalismo, socialismo e conservadorismo, assim como as diferenças entre os liberais democratas, que defendem as liberdades individuais e políticas, e os neoliberais, que defendem os livres mercados mesmo que ao preço da ruína do Estado de Direito e da aproximação com tendências plutocráticas e oligárquicas. Especial ênfase é dada à formação do pensamento político brasileiro, inclusive para entendermos as alianças entre liberalismo e golpismo que já existiram, bem como o arranjo ideológico que viabilizou a eleição de Jair Bolsonaro. Dentre os artigos do entrevistado que podem ser consultados por aqueles que querem conhecer melhor a sua obra, encontram-se “Cartografia do Pensamento Brasileiro”, “Por que pensamento e não teoria?”, “Idealismo e Realismo”, “Por uma história constitucional brasileira” e “Cultura Política Brasileira”. Apresentação: Ana Frazão Produção e Edição: José Jance Marques

Rádio PT
LULA - Discurso no Instituto Sciences Po, em Paris (16-11-2021)

Rádio PT

Play Episode Listen Later Nov 16, 2021 84:55


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva realizou uma palestra, no Instituto de Estudos Políticos de Paris (Sciences Po). O evento, intitulado “Qual o lugar do Brasil no mundo de amanhã?, celebra os dez anos do título Doutor Honoris Causa concedido pela instituição a Lula. O ex-presidente foi o primeiro latino-americano a receber o título desta que é uma das instituições mais respeitadas do mundo na área de ciência política e social. radio.pt.org.br

Atlantic Talks
Miguel Monjardino - Atlantic Talks 2.ª temporada

Atlantic Talks

Play Episode Listen Later Sep 20, 2021 45:15


Miguel Monjardino é professor visitante de Geopolítica e geoestratégica do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica Portuguesa desde 2001. Colunista do Expresso, comentador dos temas de política e segurança da SIC Notícias, é natural dos Açores, onde vive e criou um programa para ensinar os clássicos gregos aos alunos do ensino secundário. Nesta conversa, fala-nos sobre a evolução da posição norte-americana do mundo, o significado da saída das tropas americanas do Afeganistão e para onde caminha o mundo.