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MapBiomas mostra que, do total das áreas incendiadas, 78% correspondem à vegetação nativa, sendo que 43% desta eram de formação campestre. Amazônia é o bioma que concentra a maior região atingida pelo fogo no período. Entre os estados, Roraima lidera como o mais afetado. Preço do algodão no Brasil atinge maior valor em um ano. Da floresta para o mundo: confira o crescimento do cacau nativo da Amazônia no mercado internacional. São Paulo lidera as exportações do agronegócio no primeiro trimestre, com um superávit que representa 17% das exportações do setor no Brasil, tendo a China como seu principal destino. Tempo: feriadão da Páscoa será marcado por chuva em boa parte do Brasil.
Os números foram divulgados pelo Monitor do Fogo, uma ferramenta do MapBiomas que utiliza imagens de satélite para fazer o mapeamento. Amazônia e Pantanal tiveram os melhores resultados entre os biomas analisados. Sonora:
Os Estados Unidos aumentaram as tarifas para os chineses chegando a 245% como resultado das "ações retaliatórias" do país asiático. A informação consta em um documento divulgado pelo governo americano, mas não há detalhes sobre o cálculo que levou ao percentual.O Giro de Notícias mantém você por dentro das principais informações do Brasil e do mundo. Confira mais atualizações na próxima edição.
Neste sábado, o Amazônia em 5 Minutos traz um resumo das principais notícias sobre a Floresta Amazônica que aconteceram entre 16 e 28 de março. Os destaques desta semana são: ✊ Cacique Raoni contra o petróleo – O líder indígena pede a Lula que suspenda o apoio à exploração de petróleo na foz do Rio Amazonas, defendendo a proteção das comunidades tradicionais.
Dados recentes do Monitor do Fogo do MapBiomas mostram que as áreas queimadas no Brasil cresceram quase 80% em 2024, superando os 30 milhões de hectares, um território maior do que o da Itália. Esse recorde coloca o país em uma situação ainda mais crítica em relação à destruição ambiental. Mas o que está por trás desse aumento expressivo? Quais são as principais consequências para o meio ambiente, economia e a vida das pessoas? E o que pode ser feito para combater esse problema? Luiz Fara Monteiro e a repórter Marília Argollo conversam com a diretora de ciência do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) e coordenadora do MapBiomas Fogo, Ane Alencar.
Você pode saber mais sobre as novidades de tecnologia e inovação no hub de conteúdo da Embratel em proximonivel.embratel.com.br ‘Pare com essa guerra ridícula’, dispara Trump contra Putin sobre conflito na Ucrânia. PF indicia ex-diretores da PRF sob acusação de tentar impedir votos em 2022. Fogo em 2024 destruiu no Brasil área maior que toda a Itália, diz MapBiomas. Pesquisadores japoneses criam cimento sustentável com restos de alimentos. Governo federal vai usar IA para combater fraudes no INSS. Samsung anuncia nova linha Galaxy S25 com recursos de IA. E as estreias do cinema da semana têm im cardeal em crise, uma prostituta sortuda e um ursinho de pelúcia. Essas e outras notícias, você escuta No Pé do Ouvido, com Yasmim Restum.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Nos primeiros seis meses da safra 2024/25, Brasil exportou aproximadamente 430 mil toneladas de suco de laranja, queda de 20% em relação ao mesmo período da safra anterior. Apesar da redução no volume embarcado, faturamento alcançou cerca de US$ 1,8 bilhão, registrando alta de 42%. Em âmbito nacional, houve aumento de 79% nas áreas queimadas no país em 2023, de acordo com dados do MapBiomas. No segmento de cacau, Bahia tem apresentado crescimento nas exportações, reafirmando sua posição de liderança nacional. Embora haja expectativa de safra cheia para alguns produtos agrícolas, isso, por si só, não garante uma redução generalizada nos preços dos alimentos, que são influenciados por diversos outros fatores. Tempo: Sudeste poderá enfrentar mais um dia com ocorrência de temporais.
durée : 00:03:34 - Sous les radars - par : Sébastien LAUGENIE - Les feux ont détruit 79% de forêts et autres terres cultivables et pâturages en plus par rapport à 2023, selon la plateforme de surveillance MapBiomas. Selon les scientifiques, le phénomène est amplifié par le réchauffement climatique : la végétation est plus sèche et donc plus vulnérable.
durée : 00:03:34 - Sous les radars - par : Sébastien LAUGENIE - Les feux ont détruit 79% de forêts et autres terres cultivables et pâturages en plus par rapport à 2023, selon la plateforme de surveillance MapBiomas. Selon les scientifiques, le phénomène est amplifié par le réchauffement climatique : la végétation est plus sèche et donc plus vulnérable.
O Brasil registrou quase 31 milhões de hectares devastados pelo fogo em 2024. De acordo com o levantamento, divulgado pelo MapBiomas, foi um aumento de quase 80 por cento em relação ao período anterior. O estudo mostrou que a floresta amazônica foi a mais afetada.O Giro de Notícias mantém você por dentro das principais informações do Brasil e do mundo. Confira mais atualizações na próxima edição.
durée : 00:03:34 - Sous les radars - par : Sébastien LAUGENIE - Les feux ont détruit 79% de forêts et autres terres cultivables et pâturages en plus par rapport à 2023, selon la plateforme de surveillance MapBiomas. Selon les scientifiques, le phénomène est amplifié par le réchauffement climatique : la végétation est plus sèche et donc plus vulnérable.
Estudo aponta que 29 milhões de hectares foram queimados em 2023, com Amazônia e Cerrado entre os mais impactados. BNDES libera R$ 15 bilhões em crédito para empresas do RS com perdas por enchentes. MG receberá 20 mil kits de irrigação até 2026, com prioridade para o Norte do estado. Desenrola Rural: proposta oferece caminho para a renegociação de dívidas do setor agrícola. Projeto auxiliará pequenos produtores rurais a superarem dificuldades financeiras. Agrotempo: frente fria atua no centro-norte do país.
Com menos repercussão que as conferências internacionais sobre clima ou a biodiversidade, a 16ª COP da Desertificação fecha o ciclo dos grandes encontros ambientais das Nações Unidas em 2024. O evento em Riad, na Arábia Saudita, desloca as atenções para os lugares mais impactados por um clima cada vez mais quente e seco. No Brasil, o semiárido da Caatinga é a região mais sujeita a um processo irreversível de degradação. Lúcia Müzell, da RFI em Paris"Toda a área na Caatinga está na área mais suscetível à desertificação. O aquecimento global e as mudanças climáticas fazem o ambiente perder umidade. Temos um solo sem vegetação, com sol e uma temperatura muito intensa, e sem disponibilidade de água. Ali é um ambiente muito oportuno para a degradação da terra e, por consequência, de desertificação”, explicou Alexandre Pires, diretor do Departamento de Combate à Desertificação do Ministério do Meio Ambiente do Brasil.O desmatamento das florestas, as queimadas e uso ineficiente da água na produção agrícola aceleram esta transformação. O agronegócio brasileiro é, ao mesmo tempo, causador e vítima deste fenômeno.O uso intensivo da terra por monoculturas e pecuária degradam os solos e afetam a sua fertilidade. As mudanças do clima modificam o regime de chuvas, o que intensifica as secas e afeta as lavouras, causando prejuízos milionários ao setor.Mas Pires observa que não é apenas o agro que demora a reagir diante destes riscos: a sociedade brasileira como um todo e os governos nas três esferas de poder não acordaram para a ameaça da desertificação, que atinge cerca de 38 milhões de pessoas no nordeste, entre elas 42 povos indígenas.Em paralelo, os demais biomas brasileiros sofrem com o aumento das secas – a Amazônia experimentou neste ano a estiagem mais severa da história. Mesmo assim, na última COP sobre a Desertificação, em 2022, apenas duas pessoas compunham a delegação brasileira."As secas não são mais um fenômeno apenas da região nordeste, do semiárido brasileiro, mas todo o país está sofrendo, assim como outros países que não sofriam agora estão, em função das mudanças climáticas. A gente espera chegar a um acordo sobre um protocolo, uma declaração na qual os países partes da Convenção de Combate à Desertificação consigam pensar em uma estratégia para tratar o tema das secas, que é também uma agenda climática”, salientou, em entrevista à RFI.Gargalo do financiamento também na COP da DesertificaçãoComo nas demais reuniões internacionais, o financiamento das ações de recuperação dos solos e adaptação a um clima mais seco é um ponto de fricção entre os 196 países reunidos em Riad.Em escala global, 1,5 bilhões de hectares de terra precisam ser restauradas em cinco anos, a um custo estimado em US$ 2,6 trilhões até 2030 – dos quais US$ 191 bilhão por ano apenas para África, onde o combate à desertificação é uma questão de segurança alimentar. Os valores são altos, mas especialistas garantem que o custo de deixar o problema aumentar será ainda maior.Nas negociações na COP16, os países se dividem em grupos: de um lado, África, Ásia, América Latina e países mediterrâneos, mais afetados pela degradação dos solos, exigem um protocolo legalmente vinculante sobre o tema, como o de Kyoto balizou as negociações climáticas. Diante deles, o grupo da Europa ocidental e outros países do norte, como os Estados Unidos, alega ser pouco ou não ser atingido e resiste à ideia de mais um acordo ambiental.Duas visões de sistemas agroalimentares também se confrontam: uma baseada na intensificação das culturas e da pecuária e no uso de produtos fitossanitários, amplamente subsidiada desde meados do século 20; e a outra, agroecológica, utilizada em todo o mundo, mas de forma mais fragmentada e localizada, muitas vezes devido à falta de apoio político e financeiro nos países.Leia tambémTirar os lobistas resolveria? Quais as pistas para as Conferências do Clima darem mais resultados"É exatamente na faixa de terras secas suscetíveis a desertificação no planeta onde estão os maiores índices de pobreza, de insegurança alimentar, mas é também onde estão grande parte dos agricultores camponeses, comunidades locais produtoras de alimentos saudáveis”, observou Pires, um dos representantes do Brasil na conferência.Desmatar é mais barato que recuperarNo Brasil, o diálogo entre as pastas do meio ambiente e da agricultura em busca de melhores práticas agrícolas, mais eficientes para garantir a qualidade dos solos, ainda precisa evoluir. Derrubar florestas é uma solução mais barata do que recuperar as áreas degradadas.No semiárido, a situação é ainda mais grave: cerca de 207 mil quilômetros quadrados de solos encontram-se em estado severo ou crítico de degradação."Investir na restauração e na recuperação desses 20 milhões de hectares é muito mais custoso do que a gente evitar o processo de desmatamento do Cerrado, da Caatinga ou de qualquer bioma, mas estes dois são os mais afetados pelo processo de desertificação”, ressaltou.Além das zonas mais críticas ou ocupadas pela agricultura, em estudo de julho deste ano o Mapbiomas revelou que até 25% da vegetação nativa do Brasil pode estar degradada – ou até 135 milhões de hectares. A maior parte fica no Cerrado, seguido da Amazônia. Mas proporcionalmente ao seu tamanho total, a Mata Atlântica é o bioma mais danificado.A COP16 termina no dia 13 de dezembro.
Polícia Federal conclui que Jair Bolsonaro planejou golpe de Estado, que só não foi executado por fatores externos. Carrefour se retrata após pressão política e comercial do Brasil. Joe Biden anuncia cessar-fogo entre Israel e Hezbollah, mediado pelos EUA e França. Mata Atlântica foi bioma mais afetado pela ação humana no Brasil entre 1985 e 2023, segundo Mapbiomas. Atriz Fernanda Torres é destaque em reportagem da revista americana Vanity Fair. Anatel anuncia que 5G está disponível em todos os municípios do Brasil. Para saber mais sobre as iniciativas do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), apresentadas na editoria Evolução Energética, visite alemdasuperficie.org. Essas e outras notícias, você escuta No Pé do Ouvido, com Yasmim Restum.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Área alagada do Pantanal cai 61% em 35 anos, aponta MapBiomas. Canadá manda fechar escritório do TikTok no país, governo cita 'risco à segurança nacional'. Trabalhadores têm até o dia 30 de novembro para receber a primeira parcela do 13°. G20 no Rio: o que é? Quem vem? O que vai acontecer? Saiba tudo sobre o evento. Santos vence Coritiba e garante vaga na Série A do Brasileirão.
A área de vegetação atingida pelas queimadas no Brasil foi de 22,38 milhões de hectares de janeiro a setembro deste ano, o que representa um crescimento de 150% em relação ao mesmo período de 2023 e equivale ao território do Estado de Roraima. O levantamento, feito pelo Monitor do Fogo, do MapBiomas, mostra que mais da metade da área queimada no Brasil fica na Amazônia. Mato Grosso, Pará e Tocantins são os Estados que concentram a maior parte das queimadas. Em entrevista à Rádio Eldorado, a coordenadora do MapBiomas Fogo, Ane Alencar, que também é diretora de Ciência do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia, disse que setembro foi o pior mês e apontou como principais causas a seca extrema e o uso do fogo na agropecuária. “O fogo é colocado por pessoas, não é de origem natural”, afirmou.See omnystudio.com/listener for privacy information.
A propaganda eleitoral nas emissoras de rádio e televisão nos municípios onde haverá segundo turno, no dia 27 de outubro, recomeçou nesta sexta-feira. Até 25 de outubro, serão 20 minutos diários de exibição em rede para os candidatos a prefeito, divididos em dois blocos de 10 minutos no rádio e na TV.O Giro de Notícias mantém você por dentro das principais informações do Brasil e do mundo. Confira mais atualizações na próxima edição.
As savanas do Cerrado registraram um aumento de 221% nas áreas queimadas em agosto de 2024, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (18) pelo Monitor do Fogo, uma iniciativa da rede MapBiomas, coordenada pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam).O Giro de Notícias mantém você por dentro das principais informações do Brasil e do mundo. Confira mais atualizações na próxima edição.
No episódio #134 do podcast do InovaSocial, recebemos Tasso Azevedo, fundador e coordenador do MapBiomas, para uma conversa sobre as mudanças climáticas, o mapeamento dos biomas brasileiros e a conexão das comunidades da Amazônia. Tasso compartilha insights valiosos sobre o impacto do desmatamento, as consequências da perda de cobertura vegetal e como a governança colaborativa pode ajudar a reverter o cenário atual. Uma conversa essencial para quem quer entender melhor a relação entre clima, tecnologia e impacto social. Links relacionados: Site oficial do MAP Biomas Site oficial do projeto Conexão Povos da Floresta Podcast #114: As mudanças climáticas e o futuro da humanidade Podcast #93: A inclusão de idiomas indígenas nas plataformas da Motorola
O Brasil perdeu 33% das áreas naturais até 2023. Os dados foram divulgados nesta quarta pelo MapBiomas. De acordo com o estudo, a Amazônia é o bioma que mais sofreu ao longo dos anos. Relatório revelou que 45% dos municípios perderam vegetação entre 2008 e 2023.O Giro de Notícias mantém você por dentro das principais informações do Brasil e do mundo. Confira mais atualizações na próxima edição.
Neste episódio nós apresentamos a coleção 3 do MapBiomas Água. Os dados mostram que a água cobriu 18,3 milhões de hectares do Brasil, ou 2% do território nacional, em 2023. Embora essa extensão corresponda ao dobro da área de um país como Portugal, ela representa uma queda de 1,5% em relação à média histórica. Houve perda de água em todos os meses de 2023 em comparação a 2022, incluindo os meses da estação chuvosa. A última vez que foi registrada retração da superfície hídrica no Brasil foi em 2021, quando houve uma redução de 7%. Os dados do MapBiomas Água cobrem o período entre 1985 e 2023. Os biomas estão sofrendo com a perda de superfície de água desde 2000, sendo a década de 2010 a mais crítica. Em termos de extensão, a Amazônia foi o bioma que mais perdeu superfície de água; proporcionalmente, o Pantanal foi o bioma que mais secou desde 1985. Vale a pena conferir! Um grande abraço!
Neste episódio nós avaliamos o produto beta MapBiomas Degradação. A versão beta da plataforma de vetores de degradação do MapBiomas possibilita, pela primeira vez, a criação de cenários sobre o impacto de diversos fatores que podem causar degradação da vegetação em todo o território brasileiro. Os vetores de degradação considerados pela equipe do MapBiomas nesta primeira edição da plataforma abrangem o tamanho e o isolamento dos fragmentos de vegetação nativa, suas áreas de borda, a frequência de ocorrência de incêndios e o intervalo desde a última queimada, além da idade da vegetação secundária. Vale a pena conferir! Um grande abraço.
A nova sequência de queimadas recordes no Pantanal, na esteira de uma seca prolongada e escassez hídrica, lançam um alerta: as ações humanas associadas às mudanças do clima aproximam os biomas brasileiros do colapso. Nos últimos anos, os cientistas têm advertido sobre o chamado ponto de não retorno da Amazônia, mas os outros ecossistemas do país também correm o risco de não conseguirem mais se regenerar. O desmatamento acentuado nos vizinhos Amazônia e Cerrado contribui para a seca que impacta no Pantanal. O nível do rio Paraguai, cujas cheias são cruciais para os ciclos da vida no bioma, está quase 70% mais baixo do que seria esperado para o período – e a tendência é piorar nos próximos meses. A atual crise hídrica deve ser a mais grave já registrada, alerta a organização WWF Brasil. Uma nota técnica da ONG em parceria com a ArcPlan, especializada em geoprocessamento de dados, verificou que as inundações de 2024 simplesmente não aconteceram. A análise dos últimos anos não deixa dúvidas: a maior área continental úmida do planeta está cada vez mais seca.“Isso acontece devido aos eventos e impactos sucessivos em pouco tempo, que comprometem a biodiversidade e as populações. Elas têm pouco para se recuperar de um evento extremo para o outro, e com isso comprometemos a capacidade que esse ecossistema tem de funcionar”, explica a bióloga Helga Correa, uma das autoras do estudo.“Um ecossistema precisa das espécies presentes na sua área, senão as plantas, os animais, perdem a capacidade de continuarem existindo como a gente conhece. Este é o ponto de não retorno: ele deixa de ser o bioma tal como a gente conhece”, alerta. Este ano, os incêndios no Pantanal começaram mais cedo e já consomem a região há cem dias, sem previsão de serem controlados, em meio a condições climáticas adversas. A estiagem e o aumento das temperaturas criam condições mais propensas ao fogo.Uso do fogo pela agropecuáriaO governo federal garante que 85% dos focos de incêndio ocorrem em terras privadas, o que a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, classificou como “uma das piores situações da história” do Pantanal. O bioma é habituado às queimadas, que fazem parte do sistema natural da região há milênios. O fogo pode ser provocado por fenômenos climáticos como raios em contato com matéria orgânica inflamável durante a estação seca que vai de maio a outubro.Entretanto, o abuso do fogo como técnica de manejo agrícola tem feito as chamas se tornarem incontroláveis. Um relatório do MapBiomas indica que 9% da vegetação do bioma pode ter sido degradada pelas queimadas dos últimos cinco anos.“O Cerrado, o Pantanal e até o Pampa são dominados por uma vegetação mais graminha, arbustiva, que têm às vezes até uma dependência do fogo, e uma adaptação a ele. Entretanto, as atividades humanas têm mudado o regime do fogo e a forma como ele acontece”, salienta Ane Alencar, diretora de Ciência do Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) e coordenadora do MapBiomas Fogo.“O fator climático contribui e muito área a extensão da área queimada. Para que os incêndios não fiquem cada vez maiores, a gente precisa reduzir o uso do fogo nas práticas agropecuárias”, adverte a diretora. O uso da terra para a agricultura também está comprometendo a vegetação das margens dos rios. Uma das consequências é que as enchentes se espalham menos e têm duração mais curta – o que gera ainda mais estiagem nos meses seguintes. “A água que tem no Pantanal não é só explicada pela quantidade de chuva que cai lá. Tem uma contribuição, para os seus rios, da faixa que está localizada no planalto que circunda o Pantanal. As cabeceiras da bacia do Alto Paraguai já ficam no bioma Cerrado”, afirma Helga Correa. “Na hora em que a gente modifica a cobertura e o uso desse planalto, a gente compromete a quantidade de água que vai para o Pantanal e que consegue permanecer nele, penetrando no solo e abastecendo as nascentes”, A extensão das queimadasEm junho, o Mato Grosso e o Mato Grosso do Sul registraram a maior média de área queimada desde 2012, conforme levantamento por satélites da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Pelo menos 411 mil hectares viraram fumaça – ou seja, 51 vezes mais do que a média histórica para o período.Além dos danos à biodiversidade singular da região, as queimadas também contaminam as águas dos rios com cinzas, que matam peixes e poluem o sistema hídrico das comunidades locais.A tragédia ambiental se repete quatro anos após 30% do Pantanal ter sido atingido pelos mais devastadores incêndios já registrados no bioma e que mataram 17 milhões de animais vertebrados, conforme estimativas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Um país de dimensão continental, onde está 12% de toda água doce do mundo. Aqui, circulam rios pujantes como o Amazonas, o São Francisco, o Paraná. E estão guardados sob nosso solo alguns dos maiores aquíferos do planeta, como é o caso do Guarani e do Alter do Chão. Esse conjunto de corpos hídricos naturais está reduzindo em alta velocidade: de acordo com um levantamento da rede de pesquisa MapBiomas, entre 1985 e 2023, mais de 30% dessas águas secaram – uma área de superfície superior a 6 milhões de hectares. O Pantanal, que segue sob a ameaça do maior incêndio de sua história, é o bioma mais afetado, com redução de 61% no período. A Amazônia, maior floresta tropical da planeta, perdeu 27,5%, e o Cerrado, savana com maior biodiversidade do mundo e coração dos rios brasileiros, 53,4%. Desmatamento ilegal, setores predatórios do agronegócio e mudanças climáticas estão entre as causas principais, resume Marcos Rosa, doutor em geografia física pela USP e coordenador técnico do Mapbiomas, entrevistado de Natuza Nery neste episódio.
Desde hace varias décadas nuestro país se destaca por sus desarrollos en la generación de información de calidad del sector agropecuario, que son verdaderos bienes públicos que contribuyen a la adecuada toma de decisiones. Uno de los desafíos de estos invalorables aportes siempre ha sido la obtención y recopilación de los datos y ser sistematizados para generar información. El desarrollo de las TIC´s ha permitido notables avances en esa materia, por ejemplo con el uso de la teledetección satelital para conocer las transformaciones en el uso del suelo. De eso se trata la iniciativa "MapBiomas Uruguay", que desde el año 2020 comenzó a implementarse en nuestro país a partir del proyecto "MapBiomas Pampa", que involucra también a Brasil y Argentina. Para conocer más sobre esta iniciativa, quienes la impulsan y qué resultados han tenido. En Conexión Interior conversamos con el Lic. en Ciencias Biológicas Federico Gallego, docente, investigador e integrante del equipo MapBiomas Uruguay.
Neste episódio, Prof. Gustavo Ferreira e eu destacamos os principais pontos da coleção 3 do MapBiomas Fogo, lançado recentemente. Um excelente dashboard que avalia as condições de áreas queimadas em 39 anos. Vale a pena conferir. Um grande abraço --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/geosensor/message
A leitura da área dos corpos hídricos do Brasil, total da superfície coberta por água natural e reservatórios, mostra um encolhimento da capacidade nos biomas Amazônia, Pantanal, Cerrado e Pampa, com quedas pronunciadas registradas em 2023 em relação à média histórica. É o que mostra levantamento da rede de pesquisa MapBiomas. O coordenador das equipes de pesquisa do instituto, Washington Rocha, observa que há uma tendência de redução de água superficial, especialmente no Pantanal, com a cobertura de água no bioma 61% abaixo da média histórica.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Neste episódio Prof. Gustavo e eu avaliamos os destaques do Relatório Anual do Desmatamento do Brasil – 2023 apresentado pela rede MapBiomas na semana passada em Brasília. O relatório está disponível em https://alerta.mapbiomas.org/relatorio/ Pela primeira vez, o bioma Cerrado ultrapassou a Amazônia e apresentou a maior área desmatada entre os biomas, totalizando 1.110.326 ha e aumento de 67,7%. Vale a pena conferir o relatório, bem como o episódio. Um grande abraço! --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/geosensor/message
O relatório anual da MapBiomas, apresentado nesta terça-feira, 28, revelou uma redução de 12% no desmatamento no Brasil em 2023, a primeira diminuição desde 2019. Durante o mandato de Bolsonaro, entre 2019 e 2022, a área desmatada alcançou 35 mil quilômetros quadrados, um aumento de quase 150% comparado aos quatro anos anteriores. Sob a gestão de Marina Silva na pasta do Meio Ambiente e Mudança do Clima, houve redução no desmatamento na Amazônia, Mata Atlântica e no Pampa, segundo o relatório da MapBiomas. No entanto, houve aumento na devastação de outros biomas como Cerrado, Pantanal e Caatinga. Pela primeira vez em cinco anos, o Cerrado superou a Amazônia em área desmatada, com 1 milhão e 110 mil hectares destruídos, um aumento de 68%. Em contraste, a Amazônia teve uma redução de 62% na perda de vegetação, com 454 mil hectares desmatados. Quase metade da perda de vegetação nativa ocorreu na região de Matopiba, que abrange Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, devido ao avanço da agropecuária. A área desmatada nessa região aumentou 59% de 2022 para 2023. No entanto, o relatório trouxe um dado positivo: a redução da perda de vegetação nativa em Unidades de Conservação e Terras Indígenas. O governo planeja lançar novos planos de proteção para os biomas até setembro, expandindo ações bem-sucedidas da Amazônia para outras regiões. Afinal, como reverter o aumento desenfreado do desmatamento no Cerrado? É possível mirar o desmatamento zero na Amazônia? Para falar sobre a pesquisa e as principais mudanças no cenário de desmatamento no país, convidamos Ane Alencar, coordenadora da equipe Cerrado e Diretora de Ciência do IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia). O ‘Estadão Notícias' está disponível no Spotify, Deezer, Apple Podcasts, Google podcasts, ou no agregador de podcasts de sua preferência. Apresentação: Emanuel Bomfim Produção/Edição: Gustavo Lopes, Jefferson Perleberg e Gabriela Forte Sonorização/Montagem: Moacir BiasiSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Preço de apartamentos sobem mais de 50% em 5 anos. Loteria +Milionária nunca teve vencedor do prêmio principal. Polícia apreende em abrigo no Rio Grande do Sul produtos saqueados de loja da Arena do Grêmio. Desmatamento no Brasil cai 11,6% em 2023, aponta MapBiomas. Doses de vacina atualizada contra Covid são insuficientes.
Lideranças indígenas do Brasil realizam um giro pela Europa esta semana para sensibilizar a opinião pública e dirigentes europeus sobre a proteção do Cerrado. Os representantes da Apib (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil) e organizações ambientalistas ressaltam que apesar da regulamentação ambiental rigorosa em vigor na União Europeia, soja oriunda de áreas desmatadas no bioma continuam a desembarcar regularmente nas fronteiras do bloco. Nos últimos anos, os olhos do mundo e do Brasil se voltaram para o desmatamento na Amazônia e com o governo Lula, os números começaram enfim a cair. Mas enquanto isso, a devastação segue a pleno vapor no Cerrado. Dinamam Tuxá, da coordenação-executiva da APIB, integra a comitiva que foi a Amsterdã, Paris e Bruxelas para alertar sobre o problema e cobrar mais proteção dos europeus.“O desmatamento da Amazônia está migrando para outros biomas do Brasil, devido à moratória da Amazônia sobre a soja, a madeira. Infelizmente, não temos visto, tanto os governos estaduais quanto o governo federal, políticas incisivas para conter o desmatamento no Cerrado, nem programas ou financiamento para que haja algo parecido como o Fundo Amazônia”, disse, à RFI. “Não vemos isso com a mesma força para nenhum outro bioma brasileiro.”Nesta quinta a ONG internacional Mighty Earth promove em Paris uma conferência sobre o Cerrado, “bioma esquecido”, como definiu Boris Patentreger, o diretor da entidade. Ele lembra que a legislação europeia sobre desmatamento importado – quando os produtos que chegam ao continente são resultados de desmatamento em outros países externos ao bloco – se restringe à proteção de florestas cujas árvores são maiores do que 5 metros. Assim, apenas um quarto do Cerrado foi beneficiado pela medida, adotada em dezembro de 2022.“O nosso prisma europeu não considera o Cerrado uma floresta, embora todo o seu ecossistema lá seja igual ao de uma floresta – em termos de emissões de carbono, biodiversidade e presença de populações locais. Ele, então, ele é menos protegido, e hoje é impossível garantir que as suas florestas são mesmo protegidas”, alegou. “Nós queremos que todos os outros ecossistemas florestais sejam incluídos na regulamentação europeia, de modo a abranger todo o Cerrado.”Sônia Guajajara cobra 'responsabilidade' de europeusPor coincidência das agendas, a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, também está esta semana na Europa, onde cumpre agendas na Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação e a Cultura), em Paris, no Vaticano e na FAO (agência da ONU para Alimentação e Agricultura), em Roma.Na capital francesa, em entrevista à RFI Brasil, ela lembrou que, como ativista, pressionou por anos o bloco europeu e as empresas a adotarem regras rígidas de controle ambiental dos produtos que importam do Brasil.“Agora, na condição de ministra, a gente continua entendendo que é importante que a Europa assuma também essa responsabilidade sobre a proteção ambiental, que possa garantir essa lei de rastreabilidade dos seus produtos, das empresas desses países, e que possa também fazer cumprir o Acordo de Paris, com a destinação de recursos anuais para proteger as florestas tropicais”, ressaltou a ministra. “A Europa tem essa responsabilidade, esse papel de ajudar a proteger, afinal de contas, temos aí uma região que muito colaborou para esse desmatamento global.”Dinamam Tuxá ressaltou que, enquanto o Ministério dos Povos Indígenas se estrutura, pouco mais de um ano após ser criado, o governo brasileiro "ainda não dá a devida atenção ao Cerrado". "Mas os desafios são muitos, por isso queremos colocar a comunidade europeia nele, afinal ela é o mercado consumidor da soja que está fomentando a destruição do Cerrado", frisou. Relatório sobre a soja A Mighty Earth, que costuma acompanhar o impacto da pecuária sobre a Amazônia, agora passa a divulgar relatórios sobre o avanço da soja nos dois biomas, foco do agronegócio brasileiro destinado à exportação. A região conhecida como Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) é a mais ameaçada.Apoiada por dados oficiais de satélites do sistema Deter e do Mapbiomas, mas também com equipes presenciais, a organização verificou que a usina da Bunge em Luís Eduardo Magalhães, na Bahia, recebe carregamentos de pelo menos uma fazenda que produz soja em áreas recentemente desmatadas. Da unidade, 40% das exportações partem para a França, alega Patentreger. A soja é utilizada principalmente para a alimentação animal, na agricultura.“Nesta fazenda, a gente pôde verificar casos de desmatamento que não respeitam a regulamentação europeia, porque constatamos novos alertas de devastação de florestas para o plantio. Vimos caminhões levando soja dessa fazenda para a usina da Bunge”, acusou. “No nosso relatório, pudemos provar que a França não está adequada à lei de combate ao desmatamento importado.”Neste contexto, os indígenas aproveitam a viagem à França, Holanda e Bélgica para se posicionar contra o acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul. O tratado é visto como mais uma ameaça para as comunidades locais, pela perspectiva de aumento do fluxo de exportações de commodities pelo Brasil. Atualmente, as negociações do texto encontram-se bloqueadas.O governo francês já declarou que não aprovará o texto enquanto as regras ambientais de produção agrícola não forem equivalentes nos dois blocos. O tema estará na pauta da viagem oficial que o presidente francês, Emmanuel Macron, fará ao Brasil no fim de março.
No episódio do Amazônia em 5 minutos desta semana, você encontra as principais notícias que envolveram a Floresta Amazônica e os povos indígenas entre os dias 28 de setembro e 11 de outubro. Os principais acontecimentos desse período foram a divulgação de dados da plataforma MapBiomas que indicam que a Amazônia se tornou a região do Brasil com a maior área de pasto, os dois milhões de pessoas que o Círio de Nazaré reuniu em Belém em 2023, e um panorama com atualizações sobre as consequências da seca na região norte. Foto: Wilson Dias/Agência Brasil. Arte: Melissa Lanaro
In the latest episode of "Amazônia in 5 Minutes," join us as we offer a selected review of pivotal events and news related to the Amazon Rainforest and its indigenous inhabitants from September 28th to October 11th. Highlights of this episode include data from the MapBiomas platform, indicating the Amazon's transformation into Brazil's most expansive pasture region. We shine a spotlight on the 2023 Círio de Nazaré event in Belém, which captivated over two million attendees. Furthermore, we discuss the profound effects of the persistent drought in the northern territories, shedding light on the ecological and societal challenges that have arisen as a result.
O Provocast desta semana recebe o engenheiro florestal e empreendedor social Tasso Azevedo. Ele é fundador do MapBiomas. No bate-papo com Marcelo Tas, Azevedo fala sobre o ponto de ruptura climático, o problema com o aumento de temperatura, a energia elétrica no Brasil e a empresa que lidera. Segundo o engenheiro, o Brasil está entre os cinco países que mais emitem gases no mundo Você confere tudo isso e muito mais nesta entrevista!
Foram 96 milhões de hectares derrubados até 2022, segundo levantamento do MapBiomas. O agronegócio avançou em todos os biomas brasileiros, com a exceção da Mata Atlântica. Cerrado e Pampa perderam, cada um, um quarto de seus biomas no período.
The following is a conversation between Tasso Azevedo, founder and General Coordinator of MapBiomas, and Denver Frederick, the Host of The Business of Giving.
A Polícia Civil do Rio Grande do Sul confirmou a prisão preventiva de Diego Gabriel da Silva, sócio de empresário mineiro encontrado morto no Litoral Norte. O Ministério da Educação lançou o Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, nova política que subsidiará ações de Estados e municípios para a promoção da alfabetização das crianças brasileiras. A Agência Nacional de Saúde Suplementar divulgou que o reajuste será de até 9,63% no valor dos planos de saúde individuais e familiares em 2023. No ano passado, a área desmatada no Brasil aumentou 22,3% em relação a 2021, segundo Relatório Anual de Desmatamento produzido pelo MapBiomas. Um feirão de empregos será realizado nesta terça-feira, em Porto Alegre, com a participação de empresas como Panvel, Droga Raia e Center Shop. Mais notícias em gzh.com.br
O UOL Entrevista desta segunda-feira (29) recebe Tasso Azevedo, coordenador do MapBiomas. A entrevista é conduzida pela apresentadora do Fabíola Cidral e pelos colunistas do UOL Leonardo Sakamoto e Tales Faria
No podcast ‘Notícia No Seu Tempo', confira em áudio as principais notícias da edição impressa do jornal ‘O Estado de S. Paulo' desta quarta-feira (22/02/2023): Dados da plataforma MapBiomas mostram a urbanização crescente nas cidades do litoral norte de SP e o avanço em direção às encostas. Em São Sebastião, que concentra a maior parte das vítimas das chuvas do final de semana, a área urbanizada cresceu 345,8% desde 1985. Imagens de satélite apontam a abertura de vias, as novas construções – que vão de moradias mais vulneráveis a condomínios de alto padrão – e a expansão para a Serra do Mar. O desmatamento e a impermeabilização do solo facilitam os deslizamentos de terra, dizem especialistas. E mais: Política: Bolsonaristas fazem investida contra ‘revogaço' de armas Economia: Anatel mira acordo bilionário de 5G Internacional: Putin tira Rússia de acordo nuclear, faz ameaças e culpa Ocidente Metrópole: Mocidade Alegre é campeã em SPSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Em um tema em que as más notícias se transformaram na regra nos últimos anos, 2022 trouxe uma série de alertas particularmente flagrantes sobre a emergência climática – mas também sobre as incoerências entre o discurso e as práticas para combater as mudanças do clima. Já em fevereiro, a guerra na Ucrânia levou a Europa para um cenário de incertezas sobre o futuro do abastecimento de gás natural russo, até então crucial para países como a Alemanha, a Hungria e a Eslováquia. Mas como a transição energética rumo ao fim dos combustíveis fósseis está mais lenta do que deveria, diversos países não viram outra alternativa a não ser ativar as usinas a carvão, as mais nocivas para o meio ambiente. Face ao risco de apagões e de ficar sem aquecimento nos meses de frio, os europeus deixaram de lado os compromissos ambientais e as promessas de acabar com as centrais a carvão até 2030. Estas usinas respondem por mais de 40% das emissões mundiais de gases de efeito estufa, que provocam o aquecimento global. Até os países menos dependentes do gás, como a França, dona da mais vasta rede de usinas nucleares da Europa, também não conseguiram evitar o retrocesso. Para Neil Makaroff, coordenador da seção Europa da Rede Ação pelo Clima, hub de organizações ambientais francesas, o contexto geopolítico deveria representar uma oportunidade para o bloco: "Diante da crise exacerbada pela guerra na Ucrânia, a energia nuclear pode parecer uma solução, ao não emitir CO2. Mas não podemos esquecer que para construir uma central nuclear, precisamos de 15 a 20 anos. Por demorar tanto, essa opção não atende aos nossos objetivos climáticos até 2030, de reduzir pelo menos 55% das nossas emissões até o fim da década”, explica. “A única solução facilmente aplicável e barata são as energias renováveis, eólica, solar e biogás. Elas precisam decolar para substituir o gás, o petróleo, mas também o carvão russos." Calorão mais cedo, intenso e persistente Na sequência, como um golpe de ironia do destino, o verão castigou os europeus com temperaturas historicamente elevadas, as segundas mais altas desde o início das medições, em 1900. Os termômetros começaram a subir já em maio, algo totalmente excepcional. Privada de gás, a Europa passou a conviver também com racionamento de água e com incêndios florestais fora de controle, levando a graves prejuízos agrícolas. Em dois meses, a França teve 33 dias de calor além dos padrões. O agricultor francês David Peschard, instalado em Loir-et-Cher, na região central do país, jamais tinha vivido uma situação parecida. “Algumas plantações não estão recebendo água suficiente. Podemos ser otimistas e achar que é apenas uma fase e que voltaremos a períodos mais úmidos. Mas, se enfrentarmos essa situação com frequência, será necessário nos adaptarmos rapidamente”, observa. “Infelizmente, temos uma lição a aprender, e estamos aprendendo muito lentamente. O milho, por exemplo, está condenado a nã ser mais cultivado na nossa região", lamenta. No continente africano, a seca prolongada nas regiões do Sahel e do Chifre da África, além de países como Quênia e Nigéria, acentuou a insegurança alimentar. O Unicef alerta que mais de 20 milhões de crianças africanas chegaram ao fim do ano sob a ameaça da fome e da sede devido às mudanças climáticas, à falta de cereais, aos conflitos e à inflação mundial. Paquistão sob a água A elevação das temperaturas globais também leva ao aumento dos fenômenos extremos como enchentes, que devastaram o Paquistão em agosto. O país teve um terço de seu território inundado, com 33 milhões de pessoas atingidas. As chuvas de 2022 foram quase três vezes mais fortes do que a média dos últimos 30 anos, segundo levantamento da ONU. Em seguida, veio o outono mais quente registrado em décadas na Europa – para mostrar, mais uma vez, que algo está errado com o clima do planeta. Em outubro, os termômetros marcaram de 3 a 7 graus acima do normal para a estação. Em entrevista ao Planeta Verde, o economista ambiental Matthieu Glachant avaliou que, em relação à tomada de consciência sobre o problema, haverá um antes e um depois de 2022. "Eu acho que foi importante o que aconteceu porque, do nada, a mudança climática se transformou em uma experiência pessoal. Há muito tempo, conhecemos os relatórios do IPCC que nos alertavam sobre tudo isso – até que chegamos no momento em que as previsões se realizaram diante dos nossos olhos”, constatou. "Acho que isso provocará um verdadeiro impacto nos cidadãos e, por consequência, nos políticos." No Brasil, foco no desmatamento Já no Brasil, na área ambiental, foram os recordes de desmatamento e queimadas, sempre atualizados para pior durante o governo de Jair Bolsonaro, que continuaram a ocupar as manchetes no país e internacionais. Meses como setembro e outubro foram os piores registrados em 12 e sete anos, respectivamente. No período de um ano, 11,6 mil km² da Amazônia foram desmatados, o segundo pior índice desde 2009, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). “O desmatamento está crescente nos últimos quatro anos e está se propagando por lugares onde não ocorria antes. A gente não via fogo em grandes quantidades na região de Lábrea, por exemplo, ou no sul do Amazonas. Não era um tema naquela região”, apontou Tasso Azevedo, coordenador-geral do Mapbiomas, plataforma de referência no monitoramento de queimadas. “É um crescimento consistente que é resultado dos sinais que são dados no nível federal que, no fundo, diz que vai acabar com as punições e vai reinar a impunidade em relação aos crimes ambientais.” Esse quadro tem consequências não só para o clima, mas também para a economia. Em 2022 o Brasil deu um passo a mais rumo à perda de mercados para as suas exportações de matérias-primas, em represália à política ambiental destrutiva. Em dezembro, a União Europeia chegou a um acordo sobre uma nova lei para proibir a compra de produtos oriundos de áreas de florestas desmatadas ilegalmente. A medida atinge em cheio alguns dos carros-chefes do comércio internacional brasileiro, como a carne, a soja e a madeira. “É uma legislação muito bem-vinda e esperada por toda a comunidade de cientistas e socioambientalistas. De forma transversal, vejo que o grande impacto vai ser minar a pressão de especulação de terras no Brasil”, disse o cientista de uso da terra Tiago Reis, coordenador na América do Sul da Trase, uma iniciativa internacional especializada em rastrear a origem e o destino das matérias-primas no comércio mundial. “De 90 a 99% do desmatamento global de 2015 a 2019 foi para a agropecuária. Mas de 35 a 55% desse desmatamento foi improdutivo, ou seja, ele foi motivado pela perspectiva de lucro com a venda da terra, de olho nos preços futuros das commodities agropecuárias. Quando a UE define que não vai importar produtos de áreas desmatadas, ela está dizendo que essa terra não vai mais valer tanto assim, já que vai encontrar restrições de mercado”, salientou Reis. Neste contexto, a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva, em outubro, foi a melhor noticia ambiental do ano para o Brasil. Em sua primeira viagem internacional após o pleito, Lula foi à Conferência do Clima da ONU em Sharm el-Sheikh, no Egito (COP27), anunciar ao mundo o seu comprometimento com a preservação da maior floresta tropical do planeta. “Não há segurança climática para o mundo sem uma Amazônia protegida. Não mediremos esforços para zerar o desmatamento e a degradação de nossos biomas até 2030”, ressaltou. “Os crimes ambientais, que cresceram de forma assustadora durante o governo que está chegando ao fim, serão agora combatidos sem trégua.” Outra boa notícia para o país foi a eleição de duas deputadas indígenas, Sônia Guajajara e Célia Xacriabá, importantes defensoras das causas dos povos originários. “Estaremos juntas, comprometidas com a bancada do cocar, para fortalecer o futuro Ministério dos Povos Indígenas [a ser chefiado por Guajajara]. Se nós somos a solução número 1 para conter as mudanças climáticas, como afirma a própria ONU, nós queremos e precisamos marcar presença nos outros ministérios: no Meio Ambiente, na Cultura, na Educação”, afirmou Célia à RFI, em uma conversa em Sharm el Sheikh. “Nós chegamos para ‘mulherizar' e ‘indigenizar' a política, porque onde existe indígena, existe floresta.” COP27 tem avanço para países pobres, mas falha em responder à altura os desafios A conferência ambiental mais importante do ano ocorreu em novembro. O evento resultou na decisão de criar um financiamento específico para os países em desenvolvimento serem compensados, com recursos das nações desenvolvidas, pelas perdas e danos já sofridos devido às mudanças do clima – uma demanda história dos países pobres. Por outro lado, a conferência, abalada pelos efeitos da guerra na Ucrânia e realizada em um país que deixa a desejar na pasta ambiental, falhou ao paralisar os esforços por reduções de emissões de CO2 e encaminhar a diminuição do uso de combustíveis fosseis. Nos dois aspectos, essenciais para o cumprimento do Acordo de Paris, o texto final da COP27 apenas manteve o que já havia sido acordado na conferência anterior, em Glasgow.
Um vídeo divulgado nas redes sociais e que está em análise pela Polícia Civil aponta prova de que o crime de racismo foi praticado contra o cantor Seu Jorge, na última sexta-feira, em evento no Grêmio Náutico União, em Porto Alegre. A Polícia Civil apreendeu R$ 823 mil reais em dinheiro durante mandado de busca e apreensão na manhã de hoje em uma casa em São Leopoldo. O governo do Estado anunciou que a nova sede da Secretaria Estadual de Segurança Pública será instalada no prédio onde hoje funciona o Foro Regional do 4º Distrito, no bairro Navegantes, zona norte de Porto Alegre. A Anvisa publicou uma resolução que determina a proibição de comércio, distribuição e uso de dois lotes de chocolates da marca Garoto. Metade de toda área queimada no Brasil neste ano foi registrada no mês de setembro, segundo o relatório do Monitor do Fogo do MapBiomas. Mais notícias em gzh.com.br
O Rio Grande do Sul teve um aumento de 92,1% de perda do bioma Pampa em 2021 em comparação com o ano anterior, segundo Relatório Anual de Desmatamento no Brasil. No país, o Pampa é exclusivo do Rio Grande do Sul e, segundo a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), representa 68,86% do território gaúcho
De acordo com o Relatório Anual de Desmatamento no Brasil, produzido pelo MapBiomas em 2021, a área desmatada no Brasil aumentou em 20% no período de um ano, totalizando 16,5 mil km². Durante a produção do estudo foram analisados e confirmados 69,7 mil alertas de desmatamento emitidos por instituições como o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Desses alertas, cerca de 66,8% aconteceram na Amazônia. O bioma teve 977 mil hectares desmatados, representando cerca de 59% de toda a área desmatada no Brasil no ano. Agropecuária, mineração, garimpo e expansão urbana são os principais fatores que contribuem para o aumento constante do desmatamento no bioma. Espera-se que este seja um tema amplamente debatido nas eleições presidenciais deste ano, visto que a Amazônia tem sido o ‘calcanhar de Aquiles' do atual Governo. Segundo pesquisa do Datafolha, a cada dez brasileiros, quatro acreditam que a gestão de Bolsonaro incentiva ilegalidades na floresta amazônica. Para estes brasileiros, o presidente minimiza as ações de caçadores e pescadores irregulares no local. Como a perda de vegetação nativa está atrelada às mudanças nas condições climáticas no mundo inteiro? E qual a importância do período eleitoral para o incentivo de políticas de preservação? No episódio do Estadão Notícias desta terça-feira (19), vamos conversar com cientista climático Carlos Nobre, pesquisador sênior do Instituto de Estudos Avançados (IEA) da Universidade de São Paulo (USP) e um dos principais pesquisadores da floresta amazônica. O Estadão Notícias está disponível no Spotify, Deezer, Apple Podcasts, Google podcasts, ou no agregador de podcasts de sua preferência. Apresentação: Emanuel Bomfim Produção/Edição: Gustavo Lopes, Lucas de Amorim e Gabriela Forte Montagem: Moacir BiasiSee omnystudio.com/listener for privacy information.
O indigenista Bruno Pereira e o jornalista britânico Dom Philips estão desaparecidos na região do Vale do Javari, no Amazonas, desde o dia 5 de junho. Equipes de barco estão à procura dos dois sem sucesso até a publicação deste podcast. O programa de hoje fala sobre um projeto do MapBiomas que usa imagens de satélite para procurar por quaisquer vestígios dos dois. A gente explica como funciona a tecnologia e como você pode ajudar da sua casa mesmo. O Spotify anunciou a compra de uma empresa chamada Sonantic, companhia que ficou famosa por criar um sistema parecido com deepfake, só que com a voz. O que interessa ao Spotify essa aquisição? Por fim, o mercado de criptomoedas continua em queda. Nesta segunda, depois de uma derrocada de mais de 20% no preço do Bitcoin nos últimos cinco dias, a maior corretora do setor, a Binance, bloqueou os saques. O que está acontecendo no meio? Este é o Podcast Canaltech, publicado de terça a sábado, às 7h da manhã no nosso site e nos agregadores de podcast. Conheça o Porta 101: https://canalte.ch/porta101 Entre nas redes sociais do Canaltech buscando por @canaltech em todas elas. Entre em contato por: podcast@canaltech.com.br Plataforma do MapBiomas para ajudar nas buscas: https://mapbiomas.org/mapbiomas-monta-app-para-mutirao-remoto-nas-buscas-de-bruno-pereira-e-dom-phillips Este episódio foi roteirizado, apresentado e editado por Wagner Wakka, com a coordenação de Patrícia Gnipper. O programa também contou com reportagens de inícius Moschen, Lupa Chaleaux, Igor Almenara, Natalie Rosa e Durval Ramos. A revisão de áudio é de Gabriel Rimi e Mari Capetinga, com a trilha sonora de Guilherme Zomer. See omnystudio.com/listener for privacy information.
Spatial analyst specialist Carlos Souza Jr. is a senior research associate at the Institute of People and the Environment of the Amazon, otherwise known as Imazon. He's also a technical and scientific coordinator for MapBiomas, a collaborative network of co-creators, NGOs, universities, and technology companies, among others. He received his Ph.D. in Geography at University of California in Santa Barbara, and his work is focused on using current data and technology to increase understanding and awareness of the impact of human activity in the Brazilian Amazon.· imazon.org.br/en/· mapbiomas.org/en· www.oneplanetpodcast.org · www.creativeprocess.info
“Find a balance. Use technology. And connect with nature. I think that's really critical. There is big hope for your generation because you have better environmental education. I can see this. You are more aware of these issues. In terms of the environmental issues that we face now, we need to connect more with nature, to open up your heart for that. You have this amazing opportunity to reach out information to explore technologies through the Internet. What you choose now what we're going to focus on, it's really critical.”Spatial analyst specialist Carlos Souza Jr. is a senior research associate at the Institute of People and the Environment of the Amazon, otherwise known as Imazon. He's also a technical and scientific coordinator for MapBiomas, a collaborative network of co-creators, NGOs, universities, and technology companies, among others. He received his Ph.D. in Geography at University of California in Santa Barbara, and his work is focused on using current data and technology to increase understanding and awareness of the impact of human activity in the Brazilian Amazon.· imazon.org.br/en/· mapbiomas.org/en· www.oneplanetpodcast.org · www.creativeprocess.info
Spatial analyst specialist Carlos Souza Jr. is a senior research associate at the Institute of People and the Environment of the Amazon, otherwise known as Imazon. He's also a technical and scientific coordinator for MapBiomas, a collaborative network of co-creators, NGOs, universities, and technology companies, among others. He received his Ph.D. in Geography at University of California in Santa Barbara, and his work is focused on using current data and technology to increase understanding and awareness of the impact of human activity in the Brazilian Amazon.· imazon.org.br/en/· mapbiomas.org/en· www.oneplanetpodcast.org · www.creativeprocess.info
Spatial analyst specialist Carlos Souza Jr. is a senior research associate at the Institute of People and the Environment of the Amazon, otherwise known as Imazon. He's also a technical and scientific coordinator for MapBiomas, a collaborative network of co-creators, NGOs, universities, and technology companies, among others. He received his Ph.D. in Geography at University of California in Santa Barbara, and his work is focused on using current data and technology to increase understanding and awareness of the impact of human activity in the Brazilian Amazon.· imazon.org.br/en/· mapbiomas.org/en· www.oneplanetpodcast.org · www.creativeprocess.info
“Find a balance. Use technology. And connect with nature. I think that's really critical. There is big hope for your generation because you have better environmental education. I can see this. You are more aware of these issues. In terms of the environmental issues that we face now, we need to connect more with nature, to open up your heart for that. You have this amazing opportunity to reach out information to explore technologies through the Internet. What you choose now what we're going to focus on, it's really critical.”Spatial analyst specialist Carlos Souza Jr. is a senior research associate at the Institute of People and the Environment of the Amazon, otherwise known as Imazon. He's also a technical and scientific coordinator for MapBiomas, a collaborative network of co-creators, NGOs, universities, and technology companies, among others. He received his Ph.D. in Geography at University of California in Santa Barbara, and his work is focused on using current data and technology to increase understanding and awareness of the impact of human activity in the Brazilian Amazon.· imazon.org.br/en/· mapbiomas.org/en· www.oneplanetpodcast.org · www.creativeprocess.info