Podcast appearances and mentions of natalie unterstell

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Xadrez Verbal
Xadrez Verbal #404 Frente Ampla volta ao poder no Uruguai

Xadrez Verbal

Play Episode Listen Later Nov 30, 2024 249:47


Yamandú Orsi ganhou no segundo turno no pasitio! Com Sylvia Colombo, que esteve em Montevideo no final de semana passado, repercutiremos a eleição uruguaia, naquele pião pela nossa quebrada latino-americana.Também recebemos a já tradicional participação de Natalie Unterstell comentando a COP29, além do acordo de Vaca Muerta.No mais, observamos o movimento das peças no sempre complicado tabuleiro do Oriente Médio, com uma nova ofensiva na Síria!E esse programa tem o apoio da Alura! http://alura.tv/xadrezverbal

Estadão Notícias
COP 29 em 30 minutos: O que esperar das 72 horas decisivas em Baku

Estadão Notícias

Play Episode Listen Later Nov 20, 2024 29:45


As negociações e bastidores da reta final da Conferência do Clima da ONU são discutidos pelo jornalista Eduardo Geraque e pela presidente do Instituto Talanoa, Natalie Unterstell. Há um ano, na Cúpula do Clima (COP), 197 países concordaram pela primeira vez com uma redução gradual da exploração dos combustíveis fósseis.  O anúncio surpreendeu aos mais desesperançosos à época, com uma conferência ambiental sediada em um dos maiores produtores de petróleo, os Emirados Árabes. Foi um momento histórico, embora considerado insuficiente por especialistas diante da piora da emergência climática e, principalmente, porque a mudança não tem sido vista na prática. Um cenário igualmente desafiador é esperado para este ano na COP-29. Novamente, o evento será sediado em um “petroestado”, desta vez o Azerbaijão, em que ao menos um terço do Produto Interno Bruto (PIB) vem dos combustíveis fósseis. Mais do que isso, a capital do país do Cáucaso, Baku, é considerada “berço” da indústria petroleira. A cobertura da COP é patrocinada por Eletrobras Assine o Estadão: https://ofertas.estadao.com.br/_digital/See omnystudio.com/listener for privacy information.

LivresCast
O RIO GRANDE DO SUL E A NOVA REALIDADE CLIMÁTICA | Livres Entrevista com Natalie Unterstell

LivresCast

Play Episode Listen Later Jun 5, 2024 37:52


Presidente do Instituto Talanoa e conselheira acadêmica do Livres, Natalie Unterstell possui mestrado em administração pública pela Universidade de Harvard e graduação em administração de empresas pela FGV. Atuou em governos federais e estaduais com foco em políticas públicas de sustentabilidade e meio ambiente. A ambientalista é nossa convidada especial neste episódio da nova temporada […]

Dois Pontos
#31 TRAGÉDIA CLIMÁTICA no RS: o que aconteceu e como reconstruir o Estado? | Dois Pontos

Dois Pontos

Play Episode Listen Later May 22, 2024 64:46


Decorrente de chuvas que provocaram inundações severas em quase todos os municípios gaúchos, o maior desastre climático da história do Rio Grande do Sul já provocou cerca de 160 mortes, deixou mais de 580 mil desalojados e trouxe a questão climática para o primeiro plano no Brasil. A discussão tem mudado a percepção dos brasileiros sobre o tema: uma pesquisa divulgada em maio pelo Instituto Quaest mostra que 99% relacionam as mudanças climáticas com as enchentes no Rio Grande do Sul. Ela levanta a necessidade de medidas de adaptação e da redução das emissões de gases de efeito estufa para frear o aquecimento do planeta, responsável pela intensificação dos eventos climáticos extremos. Para debater o enfrentamento da crise climática no País, o episódio do Dois Pontos desta semana recebeu o doutor em Meteorologia pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), Carlos Nobre, e Natalie Unterstell, mestre em Políticas Públicas pela Universidade Harvard e presidente do Instituto Talanoa, organização que atua para acelerar as ações pelo clima no Brasil. O episódio tem a apresentação da colunista do Estadão, Roseann Kennedy, e participação da repórter de Metrópole Juliana Domingos de Lima. Produção João Abel Everton Oliveira Edição Júlia Pereira Gravado no estúdio U360 Leia a matéria "5 lições de uma vila de pescadores no Japão para reconstruir áreas após desastres" em: https://www.estadao.com.br/sustentabilidade/5-licoes-de-uma-vila-de-pescadores-no-japao-para-reconstruir-areas-apos-desastres/See omnystudio.com/listener for privacy information.

Brazil Institute Podcast
Brazil's Climate Crisis: Rio Grande do Sul's Path Forward

Brazil Institute Podcast

Play Episode Listen Later May 19, 2024 31:04


In this episode, host Lina Doherty discusses the historic climate crisis in Rio Grande do Sul, Brazil, with guests Natalie Unterstell and Anabel Teixeira. They explore the local government's response, the vital role of civil society, and the imperative for sustainable reconstruction.

Meio Ambiente
O que a catástrofe no RS ensina sobre o necessário financiamento climático

Meio Ambiente

Play Episode Listen Later May 16, 2024 24:14


As enchentes sem precedentes que afundaram o Rio Grande do Sul no caos ilustram o duro impacto das mudanças climáticas nos países menos desenvolvidos, onde falta estrutura de prevenção, de enfrentamento de desastres e, depois, de reconstrução. A tragédia expõe a necessidade de financiamento climático para as nações mais pobres enfrentarem os fenômenos extremos – mas, no caso do Brasil, também evidencia como o país negligencia os investimentos em adaptação às alterações do clima.  Lúcia Müzell, da RFI Brasil em ParisCidades inteiras gaúchas precisarão ser reconstruídas – casas, estradas, infraestruturas, serviços. Os governos nas diferentes esferas e instituições privadas agora se concentram no problema emergencial do resgate e apoio aos desabrigados e restabelecimento dos serviços atingidos. O cálculo preciso dos prejuízos de uma catástrofe dessa magnitude vai levar tempo. O número deve passar da centena de bilhões de reais – sobretudo se também incluir um plano estruturado para evitar que os futuros eventos extremos sejam tão devastadores.“A gente, antigamente, nos contratos de infraestrutura, por exemplo, chamava esses riscos como sendo de 'força maior'. Era uma coisa que ninguém podia prever, que acontecia a cada 10 anos, que nem era contabilizado porque poderia ser um terremoto que ocorre a cada 50 anos”, explica Maria Netto, diretora-executiva do Instituto Clima e Sociedade (iCS) e uma das maiores especialistas do país sobre o assunto. “Esses riscos agora passam a ser recorrentes, e o custo de inação, o fato de não ter prevenido, é muito mais alto do que se tivesse sido feito”, frisa Netto, que antes atuou no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e no Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).Segundo levantamento do Centro Brasileiro do Clima, somente três Estados brasileiros possuem planos atualizados de adaptação. Além disso, os recursos disponibilizados são insuficientes e sequer chegam a ser plenamente utilizados. Até o começo do mês, o Brasil havia usado apenas 19% da verba prevista no Orçamento da União para a prevenção e combate de desastres neste ano – principalmente devido à falta de projetos apresentados pelos Estados e municípios, que carecem de pessoal especializado. “Não basta simplesmente construir tudo como era, diante da informação e da certeza de que estamos todos sujeitos aos riscos climáticos. É preciso reconstruir as moradias, os negócios e a estrutura econômica de praticamente todo o Rio Grande do Sul, mas em novas bases”, salienta Natalie Unterstell, presidente do Instituto Talanoa, focado em políticas públicas resilientes à mudança do clima. “Não se trata de reconstruir o desastre.” Projeto de lei para acelerar planos de adaptaçãoA prevenção inadequada é um problema não apenas do Brasil. As previsões de orçamento e os planejamentos de infraestrutura, investimentos ou de agricultura atuais, inclusive dos seguros, são baseados em dados históricos de riscos. “Ainda não há o hábito fiscal de prever o custo da inação. A gente não faz uma análise mais sofisticada, que considere que se os últimos 5 anos foram fora da curva, talvez eles sejam a nova curva”, observa Maria Netto.Em meio ao drama gaúcho, o Senado acelerou a análise e a aprovação do projeto de lei 4.129/2021, que estabelece as diretrizes para os planos de adaptação em níveis federal, estaduais e municipais. O texto havia passado pela Câmara no fim de 2022 e ainda não havia sido apreciado pelos senadores.A diretora-executiva do iCS ressalta que os governos tendem a privilegiar investimentos de efeito imediato em vez daqueles para melhorar a resiliência a eventos futuros, sem prazo para ocorrerem.“Os governos não veem o benefício direto. É muito mais fácil financiar um shopping center, uma zona de comércio, que todo mundo vai achar que vai criar empregos, do que transferir a construção de uma estrada para um lugar mais seguro devido ao risco de enchentes, investir em barragens, sistemas de drenagem”, diz Netto. “Mas se eu não fizer isso, é batata: vai haver um custo econômico lá na frente, muito maior, que eu vou ter que pagar”, adverte.  Quem paga a conta do clima?De um ponto de vista mais amplo, as inundações no Rio de Sul ilustram um debate antigo na esfera internacional: quem deve pagar essa conta? Os países dispõem de verbas especificas para desastres, mas os menos desenvolvidos encontram-se em uma situação não apenas mais fragilizada, como também alegam estarem sofrendo os danos de um problema maior causado pelos países desenvolvidos.O Brasil poderia pleitear os recursos internacionais previstos na Convenção da ONU sobre as Mudanças do Clima para os países em desenvolvimento se prepararem melhor. O fundo de US$ 100 bilhões anuais, prometidos há 14 anos pelos países avançados, pena a ser concretizado e o valor já está desatualizado em relação às necessidades reais.“O Brasil, até hoje, nunca deu prioridade para isso, porque sempre imaginou que outros países mais pobres, menores e inclusive mais vulneráveis, é que deveriam poder acessar e não nós, que somos uma economia média, emergente”, nota Natalie Unterstell. “Nós nunca acessamos o Fundo de Adaptação, a gente não tem projetos grandes para outros fundos climáticos internacionais. O Brasil realmente nunca priorizou isso, e acho que agora é um bom momento.”Desde a revolução industrial, as emissões de gases de efeito estufa pelas nações ricas dispararam e causaram o aquecimento anormal do planeta, que desregula o clima na Terra. Para que as consequências não sejam ainda mais graves no futuro, as emissões mundiais precisariam cair pela metade até o fim desta década e serem zeradas até 2050. “É claro que recursos para que o Rio Grande do Sul e o Brasil tenham melhores condições para começar essa nova construção são bem-vindos. Mas o principal não é isso. A responsabilidade da comunidade internacional é compartilhar os custos e garantir que a gente vai chegar à descarbonização da economia global – porque senão, sem combater a causa, não adianta”, frisa a presidente do Instituto Talanoa.Financiamento climático e desenvolvimentoO debate sobre financiamento climático também é associado ao desenvolvimento – ao proporcionar habitações mais seguras e em locais menos expostos, o país também melhora as condições de vida das populações mais vulneráveis. O Brasil teria uma oportunidade de ouro para isso: o Novo PAC, principal programa de investimentos do país, poderá mobilizar R$ 1,3 trilhão até 2026 – mas os recursos estão sendo alocados em projetos que desconsideram o “novo clima”, salienta Unterstell.Maria Netto avalia que, mais do que acesso a recursos financeiros, o que falta ao Brasil é apoio técnico para um planejamento estratégico de adaptação.“Acho que o Brasil se beneficiaria muito de aprender mais com outros países. A gente poderia, por exemplo, ver como a Jamaica está fazendo, porque a Jamaica provavelmente tem mais experiência em fazer critérios de mais resiliência das infraestruturas”, afirma. “Às vezes, a gente acha que é muito grande e tem tudo para ensinar, mas também temos muito para aprender.”O tema do financiamento será o foco da próxima Conferência da ONU sobre as Mudanças Climáticas, a COP29, que acontecerá em novembro no Azerbaijão. Os países deverão chegar a um consenso sobre uma nova meta global de recursos para o clima.

Meio Ambiente
Brasil busca encaminhar no G20 avanços para o financiamento climático na decisiva COP29

Meio Ambiente

Play Episode Listen Later Feb 28, 2024 9:23


O governo brasileiro busca associar a presidência do G20 em 2024 a avanços na agenda do financiamento climático para os países em desenvolvimento. A meta é encaminhar soluções sobre o tema para a próxima Cúpula das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP29), que acontece no Azerbaijão, no fim do ano, e cujo foco das negociações será o aporte de recursos para as nações mais pobres promoverem a transição ecológica. Nas vésperas da primeira série de reuniões dos ministros das Finanças do G20, um fórum de dois dias reuniu alguns dos maiores especialistas do mundo sobre o assunto, em São Paulo. Sandra Guzmán, fundadora do Climate Finance Group para a América Latina e o Caribe lembrou que a falta de subsídios leva a maioria dos países do grupo, em especial os latinoamericanos e africanos, a realizarem muito mais investimentos na indústria fóssil do que nas renováveis – inclusive o próprio Brasil."O Brasil pode ter um papel importante, construindo pontes entre países desenvolvidos e em desenvolvimento, e atuando para reconstruir a confiança no nível internacional que nós precisamos para encarar todos esses problemas”, frisou.Natalie Unterstell, especialista em financiamento do Instituto Talanoa, lembrou que um recente relatório da Comissão de Finanças da Convenção do Clima avaliou em pelo menos US$ 5,8 trilhões as necessidades dos países em desenvolvimento até 2030 – dos quais mais da metade deverão ser assegurados pelo setor privado e 25% por bancos multilaterais."No entanto, a mobilização do financiamento privado tem sido bastante modesta, mundo afora. É fácil falar. Não tem sido fácil fazer”, apontou. “A economia convencional, a velha economia, mobiliza muito bem o capital e faz as coisas fluírem. Agora, a gente precisa tirar, deslocar esses recursos para a economia que a gente precisa que nasça, que aconteça, e que já está em curso”, incitou.Calendário do financiamento nas COPsNa COP29, os países se comprometerão com uma nova cifra anual de financiamento para os países em desenvolvimento – depois que os prometidos US$ 100 bilhões por ano a partir de 2020 sequer foram cumpridos, pelos países ricos. O problema é que, desde então, estimativas atualizadas da ONU apontam que o valor necessário disparou: seria de pelo menos US$ 2,4 trilhões por ano.O sucesso desta discussão será fundamental para determinar o nível da ambição da conferência seguinte, a COP30 em Belém, quando novas promessas de redução de emissões serão submetidas, em uma espécie de atualização do Acordo de Paris.Enquanto isso, um dos focos da agenda brasileira do G20, a reforma das instituições multilaterais como o FMI e o Banco Mundial, converge com o objetivo de facilitar a arrecadação e entrega de recursos adicionais aos países que precisam do dinheiro para a transição energética.“Existe uma conversa muito importante sobre a reforma das instituições, do papel do FMI, do que pode ser a regulação do sistema financeiro e novas formas de mobilizar recursos e como canalizá-los. Essa conversa, apesar de ser mais ampla do que a questão do clima, é fundamental para os investimentos em clima porque os riscos e custos de se investir em mudança do clima são, muitas vezes, uma das barreiras para efetivar o financiamento”, salientou Maria Netto, diretora-executiva do Instituto Clima e Sociedade."Não será apenas uma questão de abrir um escritório de mudanças climáticas no FMI ou nos bancos de desenvolvimento. As instituições financeiras internacionais precisarão ser profundamente reformadas, com mudanças nos propósitos delas, que deveriam passar a ser proteger florestas, investir nas pessoas, criar empregos, e serem pensadas da base para o topo, e não do topo para a base”, complementou Guzmán.Parceria para financiar projetos no Brasil Durante os dois dias de Fórum Brasileiro de Finanças Climáticas, nesta segunda (26) e terça (27), foi anunciado um importante acordo para beneficiar a transição verde no Brasil. A Glasgow Financial Alliance for Net Zero (GFANZ) – que atua junto a quase 700 instituições financeiras do mundo para mobilizar recursos para o financiamento climático – se uniu ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e ao Bloomberg Philanthropies para apoiar projetos no país.Mark Carney, enviado especial do secretário-geral da ONU para Ação e Finanças Climáticas e co-presidente da iniciativa, ressaltou que o financiamento é única maneira de dar escala a soluções que reduzam efetivamente as emissões de gases de efeito estufa, em vez de alternativas menos eficientes no combate à crise climática como o comércio de créditos de carbono.“Sim, nós podemos precificar o carbono e termos um mercado de CO2. E sim, o Brasil é um líder na bioeconomia. Mas tudo que a natureza nos dá não tem um preço”, disse. "No fim das contas, os mercados não têm valor, mas as pessoas têm, e muito do que está acontecendo com a natureza é resultado das nossas decisões. As pessoas estão no centro dessa transição climática.”

Xadrez Verbal
Xadrez Verbal #361 COP28 + Prévia das Eleições da RD Congo

Xadrez Verbal

Play Episode Listen Later Dec 15, 2023 339:20


A última edição da sua revista semanal de política internacional em formato podcastal antes do Natal!Recebemos novamente Natalie Unterstell, presidenta do Instituto Tanaloa, para abordar os atritos e resoluções da COP28, realizada nos Emirados Árabes Unidos.Outro convidado foi o sociólogo franco-congolês-brasileiro Serge Katembera, que fez a prévia das eleições da República Democrática do Congo, que serão realizadas na próxima quarta-feira (20/12).No mais, Filipe Figueiredo e Matias Pinto seguiram com a cronologia dos últimos acontecimentos na Faixa de Gaza.Por fim, nossa dupla de apresentadores deram aquele tradicional pião pela nossa quebrada-latino americana com Sylvia Colombo, que voltou de Buenos Aires com os principais detalhes da posse de Javier Milei e também as atualizações da crise na Guiana Essequiba.

Meio Ambiente
COP28: transição para saída dos fósseis no Brasil será debatida pela sociedade, diz Marina

Meio Ambiente

Play Episode Listen Later Dec 13, 2023 5:18


A 28ª Conferência do Clima de Dubai se encerrou nesta quarta-feira (13) com um acordo que, pela primeira vez em 30 anos de negociações climáticas, determina que o mundo coloque em andamento a “transição para o afastamento dos combustíveis fósseis”. O tratado acontece no mesmo dia em que, no Brasil, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) realiza o maior leilão de exploração de petróleo da sua história – uma coincidência que voltou a colocar o país numa posição embaraçosa na conferência. Lúcia Müzell, enviada especial da RFI Brasil a Dubai Ao longo da COP28, o Brasil foi deixando mais clara a sua posição a favor da saída das energias fósseis, as principais responsáveis pelas emissões de gases de efeito estufa que aquecem o planeta. Em discurso na plenária da conferência, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, celebrou que todos os países tenham "assumido as responsabilidades” sobre o papel dessas energias na crise climática. A decisão, se implementada, estará alinhada com o objetivo de limitar o aquecimento do planeta em 1,5ºC, o objetivo mais ambicioso do acordo de Paris sobre o Clima."Nós trabalhamos para que países em desenvolvimento e países ricos sejam todos comprometidos com essa responsabilidade comum, porém ela é diferenciada. E, nesse caso, os países desenvolvidos devem, sim, assumir a dianteira desse processo e trabalhar para viabilizar os meios de implementação, tanto na agenda de mitigação quanto de adaptação”, frisou Marina.Futuro dos projetos de petróleoQuestionada pela imprensa antes de deixar a COP, a ministra ressaltou que o governo “respeita as instituições” que, de maneira autônoma, avaliam a autorização de projetos como os leilões previstos pela ANP, mas também os estudos de prospecção de petróleo na Margem Equatorial do país."Esse é um debate que precisa ser feito dentro do Conselho Nacional de Política Energética, que considerará o que aqui foi aprovado em relação a uma trajetória que nos leve a retirar a nossa dependência, de todas as economias do mundo, dos combustíveis fósseis. É uma ação que deve ser pensada no contexto de países produtores e de países consumidores”, apontou. “Em relação à questão de oportunidade e conveniência da exploração de petróleo não só pelo Brasil, mas na relação com todos os produtores como todos os consumidores, é o debate que está sendo feito a partir de agora. Setor público e setor privado terão que traduzir o compromisso que aqui assumimos em suas ações e planejamentos”, afirmou Marina.O Brasil se encaminha para se tornar o quarto maior produtor mundial do óleo e, já nos primeiros dias de COP28, a informação de que poderia aceitar o convite da Organização dos Países Exportadores de Petróleo ampliada (Opep+) abalou a credibilidade do país no tema, observa Natalie Unterstell, presidente do Instituto Talanoa.“O ponto de virada do Brasil sobre combustíveis fósseis se deu a partir do momento em que ele recebeu o antiprêmio Fóssil do Dia, dado pela rede de organizações da sociedade civil CAN (Climate Action Network), justamente por conta do megaleilão e da posição do presidente Lula como país que pode entrar na Opep+. Isso foi uma vitória da sociedade civil, porque até ali o governo estava de fato defendendo posições mais desatualizadas”, comenta."Agora que essa sincronia com o nosso tempo foi alcançada, a gente espera que a política nacional também reflita isso. Temos muitas diretrizes do que esse nosso Plano de Transição vai ter que conter: desde oceanos até adaptação, que leve em conta a insegurança alimentar, além, é claro, da transição dos combustíveis fósseis para renováveis. Acho que temos um excelente roteiro e, no caso do Brasil, temos que transformá-lo num bom plano de investimentos”, explicou Unterstell.Mundo prevê aumentos dos investimentos em petróleoTambém Márcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima, a maior rede de organizações ambientalistas do Brasil, avalia que o resultado da conferência deve levar não só o Brasil a questionar suas escolhas."Os mesmos países que estão aqui têm planos de aumentar em mais de 110% os investimentos e a extração de petróleo, gás, uso de carvão. Então não dá para assinar um papel aqui e fazer exatamente o oposto. O que vamos ter que cobrar daqui para a frente é que o que está sendo decidido aqui sobreviva no mundo real”, sublinha o ambientalista."O Brasil vai precisar fazer uma escolha: entrar na Opep ou ser líder da agenda. Não dá para ele querer ajudar a fazer crescer o clube do petróleo  e também aumentar a responsabilidade do clima ao redor do mundo."Financiamento será foco em 2024Para além da questão do petróleo, a delegação brasileira sai “satisfeita" da Conferência do Clima de Dubai, conforme o embaixador André Correa do Lago, negociador-chefe do país no evento."Os principais interesses do Brasil foram claramente incorporados no documento. Algumas das coisas que nós acreditávamos que pudessem demorar para serem adotadas foram de maneira mais rápida, a começar pelo fundo de perdas e danos e a fórmula que foi encontrada com relação aos combustíveis fósseis”, indica o diplomata. "Também acho que a crítica feita aos países desenvolvidos por não terem fornecido os recursos financeiros que se esperava ficou claríssima no documento”, destacou.A próxima conferência ocorrerá em 2024 em Baku, no Azerbaijão, e terá como foco o financiamento para que todos os países sejam capazes de implementar a transição para uma economia de baixo carbono."São insuficientes, com certeza, os meios de implementação. Ainda não temos clareza sobre a tradução de uma transição justa, onde países desenvolvidos – na lógica do princípio de responsabilidades comuns, porém diferenciadas – tomam a dianteira, mas consideramos que temos aqui as bases para fazer avançar”, sinalizou Marina Silva. "A partir de agora, não haverá mais como tergiversar. Agora é arregaçar as mangas e viabilizar os meios para que as ações aconteçam.”O Balanço Global aprovado nesta quarta indica que as próximas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), – que deverão ser apresentadas pelos países em dois anos, na COP30 de Belém – devem estar alinhadas com a meta de limitar o aquecimento do planeta a 1,5°C até o fim deste século, conforme os níveis registados antes da Revolução Industrial. Encaminhar este alinhamento era a prioridade da delegação brasileira no evento.

JR 15 Minutos com Celso Freitas
COP-28: o que esperar das negociações na conferência sobre crise climática?

JR 15 Minutos com Celso Freitas

Play Episode Listen Later Nov 30, 2023 15:34


Secas severas, inundações catastróficas, aumento no número de tornados e furacões, perdas na produção de alimentos. As mudanças climáticas começam a apresentar seus efeitos, que já eram previstos há décadas pelos cientistas. Para avaliar o que já foi feito e o que é preciso fazer para lidar com o problema, começou, nos Emirados Árabes Unidos, a conferência anual promovida pela Organização das Nações Unidas. O evento reúne os países participantes do órgão criado pela ONU para adotar medidas conjuntas sobre as mudanças climáticas. A COP-28 em Dubai pode chegar a um acordo que faça os países cumprirem o que está previsto no acordo de Paris? Qual a importância da redução no uso de petróleo e carvão para se conseguir os objetivos previstos no acordo? E de onde virá o dinheiro necessário para os países mais pobres adaptarem sua infraestrutura para suportar os efeitos das mudanças climáticas? Celso Freitas e o correspondente da Record nos Estados Unidos, Vandrey Pereira, conversam com a presidente do Instituto Talanoa, Natalie Unterstell.

Meio Ambiente
Cúpula em Paris: por que o financiamento climático não sai do papel?

Meio Ambiente

Play Episode Listen Later Jun 21, 2023 20:01


A presidência francesa organiza nesta quinta (22) e sexta-feira (23) uma cúpula internacional para acelerar as negociações de acesso a mecanismos a financiamento, principalmente pelos países do sul global. O encontro tem a crise climática como pano de fundo e a urgência de colocar em prática recursos bilionários para os países em desenvolvimento serem capazes de enfrentar o desafio da transição ecológica. Cerca de 100 líderes estarão presentes, entre eles o brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva. O assunto azeda há anos o diálogo nas Conferências do Clima da ONU (COPs), nas quais os países definem um caminho comum a seguir para combater as mudanças climáticas. Desde 2009, pelo menos, o que não faltam são compromissos não respeitados: até hoje os US$ 100 bilhões por ano prometidos pelos países desenvolvidos a partir de 2020 não saíram totalmente do papel, embora tenham sido oficializados no Acordo de Paris, com o Fundo Verde do Clima. Esse valor – que já se mostrou subestimado – deveria ser disponibilizado ao longo de ao menos cinco anos para ajudar as nações mais vulneráveis.“Primeiro foi muito difícil de determinar de onde viria esse dinheiro. Os países mais endividados, com as economias menos avançadas e mais dependentes dos fluxos internacionais de financiamento climático, cobraram ao longo do tempo que esses recursos fossem públicos, dos contribuintes dos países ricos – enquanto estes, que têm responsabilidade maior em relação ao aquecimento global, alegavam que os recursos privados também tinham que ser contabilizados”, explica Natalie Unterstell, especialista em financiamento climático e presidente do Instituto Talanoa. Retomada da confiança entre Norte e SulO aumento da transparência é o ponto-chave para desbloquear as ajudas financeiras: os países ricos alegam não ter as garantias necessárias quanto ao destino dos recursos. Neste contexto, a confiança entre ricos e pobres se rompeu, o que tem levado a COPs cada vez mais travadas para a chegada de acordos em outros temas cruciais, a começar pela redução de emissões de gases de efeito estufa. “Na verdade, para os países ricos, é muito interessante que as nações em desenvolvimento avancem, porque se não tiver mitigação por parte de todos, nós todos vamos sofrer os efeitos. Por isso é tão importante que eles coloquem o dinheiro na mesa”, complementa Unterstell. Na tentativa de restabelecer os laços perdidos entre o Norte e o Sul, durante o evento o governo da França deve anunciar, enfim, o cumprimento da promessa dos US$ 100 bilhões neste ano. Entretanto, os cálculos atualizados elevam os valores necessários a pelo menos cinco vezes mais, podendo chegar a US$ 2,4 trilhões por ano a partir de 2050, conforme apontou um relatório encomendado pela presidência da COP do Egito, em 2022. O tema tem tudo para se transformar em uma nova ‘novela', que a Cúpula para o Novo Pacto Global de Financiamento almeja começar a desenrolar. O encontro em Paris visa reformular a estrutura financeira internacional em vigor, adotada há 60 anos com os acordos de Bretton Woods. O funcionamento e o acesso às instituições multilaterais como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Mundial são considerados obsoletos para atenderem às necessidades de recursos para os países enfrentarem a pobreza, promoverem o desenvolvimento e, ao mesmo tempo, encararem o desafio da transição ecológica. Até hoje, a maior parte da transferência dos recursos ocorreu por meio de empréstimos, muitas vezes com taxas altas, que os países pobres têm dificuldades de honrar. A renegociação dessas dividas, à luz dos impactos que essas economias já sofrem devido às mudanças climáticas, será um ponto delicado dos debates. “O problema central a atacar é que os mais pobres pagam mais para acessar ao capital. É isso que os mais pobres querem mudar: eles acham que o sistema está quebrado”, diz a especialista. “A verdade é que uma reforma depende bastante dos países que têm assento e mais poder de mudança dessas grandes instituições, como a França e os Estados Unidos. Além disso, essas instituições multilaterais precisam promover um desenvolvimento que seja resiliente ao novo clima e compatível com a transição para baixo carbono. Muitas vezes, elas ainda estão financiando um tipo de desenvolvimento em infraestrutura, por exemplo, que não é compatível com o desafio climático”, salienta.  Papel dos bancos de desenvolvimentoA diretora-geral do FMI, Kristalina Georgieva, o novo presidente do Banco Mundial, Ajay Banga, e os presidentes de cerca de 150 bancos públicos de desenvolvimento estão entre os participantes do evento. “Nós vamos falar bastante dos compromissos já assumidos. Ninguém duvida que muitos dos chefes de Estado presentes vão perguntar: ‘afinal, onde está o dinheiro?'”, afirma o diretor-geral da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), Rémy Rioux. “Espero que consigamos nos reaproximar porque o tema da cúpula também é ir além: é abrir novas discussões de financiamento internacional, num diálogo global, estrutural. Queremos uma discussão sobre como podemos entrar em um novo pacto financeiro, incluindo todos os bancos públicos de ajuda ao desenvolvimento, e com uma arquitetura financeira mais vasta, que mobilize também mais investimentos privados”, detalhou Rioux. A ideia de criação de um imposto internacional, possivelmente sobre o transporte marítimo e com o objetivo de bancar as ações climáticas, também estará sobre a mesa. As reuniões previstas na cúpula visam a costurar propostas para os próximos encontros multilaterais, em especial do G20, na Índia, e na COP 28, nos Emirados Árabes Unidos, além das assembleias gerais do FMI e do Banco Mundial. Paris vê Brasília como um aliado de peso nessa agenda, de olho na presidência brasileira do G20, no ano que vem, e na realização da COP 30 em Belém, em 2025.

Estadão Notícias
O ‘pacote verde' de Haddad e os desafios para sua implementação

Estadão Notícias

Play Episode Listen Later Apr 24, 2023 25:02


O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pretende lançar em maio o que está sendo chamado de “pacote verde”. O programa vai incluir incentivos para o mercado de crédito de carbono, produção de painéis solares e ampliação da participação de produtos da floresta nas exportações. Não é de hoje que o presidente Lula quer fazer do Brasil uma vitrine sustentável aos olhos do mundo. Aliás, essa foi uma promessa do petista à ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva. Ela cobrou e tem dito que a agenda ambiental deve ser tratada de forma transversal por toda a Esplanada. A intenção é que o anúncio oficial seja feito no mês que vem porque o Brasil sediará um evento de conselho de fundos climáticos em junho, com previsão de discurso do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), e o País quer mostrar ao mundo que está atuando em várias frentes sustentáveis. Afinal, de que forma esse “pacote verde” pode impactar na nossa economia? No ‘Estadão Notícias' de hoje, vamos conversar sobre o assunto com Natalie Unterstell, presidente do Instituto Talanoa. O ‘Estadão Notícias' está disponível no Spotify, Deezer, Apple Podcasts, Google podcasts, ou no agregador de podcasts de sua preferência. Apresentação: Emanuel Bomfim Produção/Edição: Gustavo Lopes, Jefferson Perleberg e Gabriela Forte Sonorização/Montagem: Moacir BiasiSee omnystudio.com/listener for privacy information.

Meio Ambiente
Como a sustentabilidade pode ajudar o Brasil a reforçar a democracia após atos golpistas em Brasília

Meio Ambiente

Play Episode Listen Later Jan 19, 2023 18:20


Quem encabeça a delegação brasileira no Fórum Econômico Mundial, primeiro grande evento global do ano, são os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e a do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva. Não à toa, ambos trazem no centro do discurso a sustentabilidade – que pode ajudar o país a reforçar a sua democracia e recuperar a sua imagem, ainda mais abalada depois dos atos de vandalismo contra os Três Poderes, em Brasília. Lúcia Müzell, da RFIA volta do Brasil é um dos focos das atenções dos líderes e CEOs reunidos em Davos, na Suíça. A presença dos ministros visa acalmar a comunidade internacional quanto à estabilidade da democracia no país e reforçar os compromissos do novo governo com a proteção ambiental.Enquanto Haddad afirmou que a nova política industrial planejada por Lula pode ser baseada na sustentabilidade, Marina, reconhecida internacionalmente pela sua luta pela Amazônia, reiterou promessas como o fim do desmatamento. Há muitos anos, ela defende uma visão transversal do tema ambiental na Esplanada dos Ministérios.“Nesse momento, nós vamos precisar entender que vamos ter de fazer em dois trilhos: o trilho da proteção do meio ambiente e o de combater as desigualdades. No meu país, nós tínhamos saído do mapa da fome, e agora estamos com 33 milhões de pessoas vivendo com menos de US$ 1 por dia”, argumentou. “A sustentabilidade não é só econômica, não é só ambiental. Ela também é social e política.”“Mesma turma”Depois das invasões de 8 de janeiro às sedes do Executivo, do Legislativo e do Judiciário, agora, as duas agendas – política e ambiental – caminham, mais do que nunca, juntas, na avaliação de Natalie Unterstell, especialista em política ambiental e presidente do Instituto Talanoa.“Esses atos, que chamo de terroristas, têm bastante a ver com as dificuldades e obstáculos para implementar a agenda de combate às ilegalidades e intolerância com os crimes ambientais. Vemos que tem uma forte relação entre quem é contra a democracia hoje no Brasil e também se beneficia das ilegalidades ambientais, do desmatamento etc”, explica. “Eu vejo que ao longo deste ano e dos próximos, essas duas coisas vão andar juntas: a gente vai ter que combater os crimes ambientais ao passo que você fortalece a democracia e faz o estado de direito democrático valer. A mesma turma que está superorganizada para invadir os Três Poderes está superorganizada para invadir as terras indígenas, as unidades de conservação, para tomar terras públicas não destinadas.”Os exemplos ilustram as dificuldades que vêm pela frente – seja no campo democrático e institucional, que agora concentram as atenções do governo federal, ou no ambiental. Nesse sentido, o conceito de justiça climática vai ao encontro do fortalecimento da democracia, ao inserir no debate vozes que eram caladas e olhar, em primeiro lugar, para as populações mais vulneráveis. "Um país do tamanho do Brasil ter, pela primeira vez, um Ministério dos Povos Indígenas é uma sinalização que certamente outros países virão atrás. O Brasil está começando a resgatar uma dívida muito grande que a gente tem com o nosso passado", salienta a cientista política Ilona Szabó de Carvalho, que media nesta quinta um debate com a presença de Marina Silva em Davos."A pauta ambiental é necessariamente democrática porque ela precisa pensar em todos. No Brasil, por ser um país tão desigual, precisamos pensar primeiro nas pessoas que precisam mais, quando falamos em políticas públicas. E não há justiça climática sem democracia", analisa Ilona. Apoio externo – e expectativas por resultadosNo plano internacional, a cientista política não tem dúvidas: a pauta ambiental é a que está reabrindo as portas para o Brasil no exterior, o que também se reflete em apoio político para o novo governo brasileiro."Está abrindo conversas, potencial de aumentar investimentos e parcerias com o Brasil. Eu diria que é o passaporte para o país voltar à mesa global, e é uma presença muito esperada – não só pela potência econômica e o seu potencial de ser uma potência econômica sustentável, mas também por ser um país que influencia muito os países em desenvolvimento, do sul global", afirma Ilona.Natalie observa ainda que, ao rejeitarem Bolsonaro, os eleitores brasileiros e a comunidade internacional deram um voto de confiança ao Brasil para retomar políticas ambiciosas de meio ambiente – porém a imagem do país no exterior só vai melhorar quando os resultados começarem a aparecer. Primeiros sinais importantes já foram dados, como o restabelecimento do Fundo Amazônia e a anulação de decretos de Bolsonaro que travavam as multas por crimes ambientais.“Aí é que são elas, porque a Amazônia está tomada pelo crime organizado, milícias, quadrilhas. Temos visto não só do desmatamento, como da violência no campo. Será uma tarefa bastante difícil e não sei se teremos bons resultados já em 2023. Talvez isso demore até ser consolidado”, afirma a presidente do Instituto Talanoa, veterana nas negociações internacionais de clima.

Xadrez Verbal
Xadrez Verbal #317 Da COP à Copa

Xadrez Verbal

Play Episode Listen Later Nov 26, 2022 288:40


Recebemos novamente a especialista Natalie Unterstell para nos explicar tudo sobre o que rolou na COP27, no Egito.Também demos uma volta pela bacia do Pacífico, com a cúpula do G20, em Bali, e eleições na Malásia.No mais, visitamos o Velho Continente, com as atualizações da invasão russa à Ucrânia e as eleições na Eslovênia.Por fim, repercutimos a abertura da Copa do Mundo, no Catar, além de notícias do sempre complicado tabuleiro do Oriente Médio.

O Assunto
O Brasil de volta à agenda climática

O Assunto

Play Episode Listen Later Nov 17, 2022 24:20


Desde que o país recusou sediar a COP-25 – uma das primeiras decisões do então presidente-eleito Jair Bolsonaro (PL, então no PSL) – a política climática brasileira foi rebaixada à posição de pária global. Durante os últimos quatro anos, a Amazônia registrou recordes de desmatamento e o Brasil se tornou o quinto maior emissor de gases de efeito estufa. Nesta quarta-feira, o “discurso contundente” do presidente-eleito Lula (PT) na 27ª Conferência do Clima atraiu os olhos de “observadores e negociadores de todo o mundo”. É o que testemunhou, diretamente de Sharm El Sheikh, no Egito, a administradora pública especialista em mudanças climáticas Natalie Unterstell. Em entrevista a Julia Duailibi, ela, que é também presidente do Instituto Talanoa, relata a expectativa dos representantes em relação à volta do país aos compromissos climáticos. “Há esperança, mas também cobrança”, diz. Na agenda política interna, Lula sinalizou a necessidade de “fortalecer alianças” com estados e municípios para avançar em direção a uma “economia descarbonizada”. Para os agentes internacionais, avalia Natalie, foram bem recebidos o compromisso de zerar o desmatamento de todos os biomas até 2030 e a “tímida” pressão sobre os países desenvolvidos para “cumprirem os acordos que podem conter a crise climática”.

Ilustríssima Conversa
O futuro da Amazônia, com Ane Alencar

Ilustríssima Conversa

Play Episode Listen Later Oct 1, 2022 42:14


O futuro da Amazônia é o tema do terceiro episódio da série especial do Ilustríssima Conversa que discute o que vem pela frente em questões importantes da conjuntura atual. A convidada deste episódio, Ane Alencar, é geografa pela UFPA (Universidade Federal do Pará), doutora em recursos florestais e conservação pela Universidade da Flórida e diretora de Ciência do Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia). Na conversa, a pesquisadora ressalta que o desmatamento, hoje impulsionado pelo crime organizado, vem se aproximando cada vez mais do coração da Amazônia e diz que a possibilidade de Jair Bolsonaro (PL) perder as eleições e um novo governo voltar a coibir a destruição da floresta pode estar levando os criminosos a partirem para o tudo ou nada. Para Alencar, é preciso que um eventual novo presidente promova um choque de governança logo de imediato, retirando invasores de terras públicas e dando um sinal de que a grilagem não será mais tolerada. Produção e apresentação: Eduardo Sombini Edição de som: Raphael Concli Para se aprofundar Eduardo Sombini indica "Tempo Quente", podcast da Rádio Novelo comandado pela jornalista Giovana Girardi sobre o que o Brasil tem feito em tempos de emergência climática "A Terra É Redonda (Mesmo)", podcast da revista piauí apresentado por Bernardo Esteves e, nesta segunda temporada, por Natalie Unterstell, que trata de temas relacionados à política ambiental e à crise climática que o Brasil vai ter que enfrentar O futuro da política ambiental do Brasil, com Suely Araújo, segundo episódio da série especial do Ilustríssima Conversa sobre o futuro que discute as 'boiadas' de Bolsonaro e as principais medidas para uma nova agenda climática para o país. See omnystudio.com/listener for privacy information.

A Terra é redonda (mesmo)
Dentro da estrela brilhante

A Terra é redonda (mesmo)

Play Episode Listen Later Sep 29, 2022 54:49


Ciência tem tudo a ver com políticas públicas e é indispensável para navegar no mundo da crise climática, mas precisa de investimento contínuo do governo. Bem aqui, no Brasil, fica um acelerador de elétrons que vai ajudar a desvendar a física da atmosfera por trás do aquecimento global. Sejam bem-vindos ao Sirius! Convidados: - Luciana Noronha, assessora de imprensa do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), que abriga o Sirius; - Raul Freitas, físico do CNPEM e coordenador da linha de luz Imbuia, do Sirius; - Fernando Gonçalves Morais, físico e técnico do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP); - Marco Aurélio Franco, físico e pós-doutorando no Instituto de Física da USP; - Mercedes Bustamante, ecóloga, pesquisadora da Universidade de Brasília e integrante da Coalizão Ciência e Sociedade; - Sérgio Rezende, físico, pesquisador da Universidade Federal de Pernambuco, ex-ministro da Ciência e Tecnologia; - Natalie Unterstell, especialista em políticas públicas ambientais e presidente do Instituto Talanoa; - Antônio José Roque da Silva, físico e diretor-geral do CNPEM.

revista piauí
Dentro da estrela brilhante

revista piauí

Play Episode Listen Later Sep 29, 2022 54:48


Ciência tem tudo a ver com políticas públicas e é indispensável para navegar no mundo da crise climática, mas precisa de investimento contínuo do governo. Bem aqui, no Brasil, fica um acelerador de elétrons que vai ajudar a desvendar a física da atmosfera por trás do aquecimento global. Sejam bem-vindos ao Sirius! Convidados: - Luciana Noronha, assessora de imprensa do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), que abriga o Sirius; - Raul Freitas, físico do CNPEM e coordenador da linha de luz Imbuia, do Sirius; - Fernando Gonçalves Morais, físico e técnico do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP); - Marco Aurélio Franco, físico e pós-doutorando no Instituto de Física da USP; - Mercedes Bustamante, ecóloga, pesquisadora da Universidade de Brasília e integrante da Coalizão Ciência e Sociedade; - Sérgio Rezende, físico, pesquisador da Universidade Federal de Pernambuco, ex-ministro da Ciência e Tecnologia; - Natalie Unterstell, especialista em políticas públicas ambientais e presidente do Instituto Talanoa; - Antônio José Roque da Silva, físico e diretor-geral do CNPEM.

A Terra é redonda (mesmo)
Além da ficção

A Terra é redonda (mesmo)

Play Episode Listen Later Sep 27, 2022 50:50


Parece que o único jeito de sair da crise climática é fornecendo estímulos econômicos para empresas e governos. Por isso, moedas de carbono são criadas para pagar as instituições que reduzem suas emissões de carbono. Parece coisa de livro, e é mesmo, está em O Ministério pro Futuro, de Kim Stanley Robinson. Mas essa medida também é bem parecida com algo que já existe no mundo real.    Convidados: - Giovana Madalosso, escritora, com livros publicados no Brasil e em diversos outros países, colunista no portal Fervura no Clima!; - Natalie Unterstell, especialista em políticas públicas ambientais e presidente do Instituto Talanoa; - Shigueo Watanabe, físico especializado em mudanças climáticas e nos mercados de carbono; colaborador do ClimaInfo, uma newsletter semanal sobre a crise climática; - Joaquim Levy, economista, ex-ministro da Fazenda no governo Dilma Rousseff e ex-presidente do BNDES; Diretor de Estratégia Econômica e Relações com Mercados no banco Safra. Ele publicou um documento apontando caminhos para a economia brasileira zerar suas emissões de carbono; - Marina Grossi, economista, presidente do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável; - Almir Suruí, cacique-geral dos Paiter-Suruí e ativista ambiental, idealizou o Projeto Carbono Suruí, o primeiro projeto no mundo de venda de créditos de carbono com certificação internacional feito por povos indígenas.

revista piauí
Além da ficção

revista piauí

Play Episode Listen Later Sep 27, 2022 50:49


Parece que o único jeito de sair da crise climática é fornecendo estímulos econômicos para empresas e governos. Por isso, moedas de carbono são criadas para pagar as instituições que reduzem suas emissões de carbono. Parece coisa de livro, e é mesmo, está em O Ministério pro Futuro, de Kim Stanley Robinson. Mas essa medida também é bem parecida com algo que já existe no mundo real.    Convidados: - Giovana Madalosso, escritora, com livros publicados no Brasil e em diversos outros países, colunista no portal Fervura no Clima!; - Natalie Unterstell, especialista em políticas públicas ambientais e presidente do Instituto Talanoa; - Shigueo Watanabe, físico especializado em mudanças climáticas e nos mercados de carbono; colaborador do ClimaInfo, uma newsletter semanal sobre a crise climática; - Joaquim Levy, economista, ex-ministro da Fazenda no governo Dilma Rousseff e ex-presidente do BNDES; Diretor de Estratégia Econômica e Relações com Mercados no banco Safra. Ele publicou um documento apontando caminhos para a economia brasileira zerar suas emissões de carbono; - Marina Grossi, economista, presidente do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável; - Almir Suruí, cacique-geral dos Paiter-Suruí e ativista ambiental, idealizou o Projeto Carbono Suruí, o primeiro projeto no mundo de venda de créditos de carbono com certificação internacional feito por povos indígenas.

A Terra é redonda (mesmo)
Quando começa o futuro?

A Terra é redonda (mesmo)

Play Episode Listen Later Sep 20, 2022 50:49


As decisões sobre transição para um futuro livre dos combustíveis fósseis já estão sendo tomadas. A questão é encontrar alternativas que gerem energia para todo mundo, levando em consideração a emergência climática. Convidados: - Alyne Costa, doutora em filosofia e professora de filosofia ambiental da PUC-Rio, pós-doutoranda no Museu Nacional/UFRJ; - Natalie Unterstell, especialista em políticas públicas ambientais e presidente do Instituto Talanoa; - André Araújo, executivo da indústria de óleo e gás, ex-presidente da Shell; - Roberto Kishinami, físico especializado em energias renováveis e coordenador sênior no Instituto Clima e Sociedade; - Emilio La Rovere, engenheiro eletricista e economista especializado em energia, pesquisador da Universidade Federal do Rio de Janeiro; - Suzana Kahn Ribeiro,engenheira de transportes e pesquisadora da UFRJ, estudiosa da forma como o setor de transportes está sendo afetado pela crise climática.

revista piauí
Quando começa o futuro?

revista piauí

Play Episode Listen Later Sep 20, 2022 50:48


As decisões sobre transição para um futuro livre dos combustíveis fósseis já estão sendo tomadas. A questão é encontrar alternativas que gerem energia para todo mundo, levando em consideração a emergência climática. Convidados: - Alyne Costa, doutora em filosofia e professora de filosofia ambiental da PUC-Rio, pós-doutoranda no Museu Nacional/UFRJ; - Natalie Unterstell, especialista em políticas públicas ambientais e presidente do Instituto Talanoa; - André Araújo, executivo da indústria de óleo e gás, ex-presidente da Shell; - Roberto Kishinami, físico especializado em energias renováveis e coordenador sênior no Instituto Clima e Sociedade; - Emilio La Rovere, engenheiro eletricista e economista especializado em energia, pesquisador da Universidade Federal do Rio de Janeiro; - Suzana Kahn Ribeiro,engenheira de transportes e pesquisadora da UFRJ, estudiosa da forma como o setor de transportes está sendo afetado pela crise climática.

A Terra é redonda (mesmo)
Pária ou potência?

A Terra é redonda (mesmo)

Play Episode Listen Later Sep 13, 2022 48:18


O Brasil teve papel de protagonista desde o início da história das negociações climáticas. Com as medidas tomadas durante o governo Bolsonaro, o país foi se isolando e recebeu um novo título: pária. Afinal, qual a vocação do Brasil na diplomacia do clima?   Convidados: - Rubens Ricupero, diplomata, ex-embaixador do Brasil na Itália e nos Estados Unidos e ex-ministro do Meio Ambiente e da Fazenda no governo Itamar Franco; - Natalie Unterstell, especialista em políticas públicas ambientais e presidente do Instituto Talanoa; - Izabella Teixeira, bióloga, ambientalista e ex-ministra do Meio Ambiente nos governos Lula e Dilma Rousseff; - Eduardo Viola, sociólogo e cientista político especializado em negociações climáticas, pesquisador da Universidade de Brasília; - Ana Toni, economista, ambientalista e diretora executiva do Instituto Clima e Sociedade;

revista piauí
Pária ou potência?

revista piauí

Play Episode Listen Later Sep 13, 2022 48:17


O Brasil teve papel de protagonista desde o início da história das negociações climáticas. Com as medidas tomadas durante o governo Bolsonaro, o país foi se isolando e recebeu um novo título: pária. Afinal, qual a vocação do Brasil na diplomacia do clima?   Convidados: - Rubens Ricupero, diplomata, ex-embaixador do Brasil na Itália e nos Estados Unidos e ex-ministro do Meio Ambiente e da Fazenda no governo Itamar Franco; - Natalie Unterstell, especialista em políticas públicas ambientais e presidente do Instituto Talanoa; - Izabella Teixeira, bióloga, ambientalista e ex-ministra do Meio Ambiente nos governos Lula e Dilma Rousseff; - Eduardo Viola, sociólogo e cientista político especializado em negociações climáticas, pesquisador da Universidade de Brasília; - Ana Toni, economista, ambientalista e diretora executiva do Instituto Clima e Sociedade;

A Terra é redonda (mesmo)
Prato do dia: agro ao forno

A Terra é redonda (mesmo)

Play Episode Listen Later Sep 6, 2022 55:35


Plantar e comer tem tudo a ver com a crise climática. Os cientistas estão avisando faz tempo que um mundo mais quente seria um desastre para o agronegócio. A conta de tanto boi, fertilizante e desmatamento já começou a chegar.   Convidados: - Eduardo Assad, engenheiro agrônomo aposentado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, estudioso dos efeitos da crise climática para o agronegócio; - Natalie Unterstell, especialista em políticas públicas ambientais e presidente do Instituto Talanoa; - Marcello Brito, engenheiro de alimentos e agroambientalista; - Roberta Del Giudice, advogada especializada em direito ambiental, secretária executiva do Observatório do Código Florestal;  - Karen Oliveira, geóloga e ambientalista, gerente de políticas públicas da ONG The Nature Conservancy Brasil; - Ricardo Abramovay, economista, cientista político e filósofo, professor da Universidade de São Paulo, autor de diversos livros, entre eles “Infraestrutura para o desenvolvimento sustentável da Amazônia”.

revista piauí
Prato do dia: agro ao forno

revista piauí

Play Episode Listen Later Sep 6, 2022 55:38


Plantar e comer tem tudo a ver com a crise climática. Os cientistas estão avisando faz tempo que um mundo mais quente seria um desastre para o agronegócio. A conta de tanto boi, fertilizante e desmatamento já começou a chegar.   Convidados: - Eduardo Assad, engenheiro agrônomo aposentado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, estudioso dos efeitos da crise climática para o agronegócio; - Natalie Unterstell, especialista em políticas públicas ambientais e presidente do Instituto Talanoa; - Marcello Brito, engenheiro de alimentos e agroambientalista, presidente da Associação Brasileira do Agronegócio; - Roberta Del Giudice, advogada especializada em direito ambiental, secretária executiva do Observatório do Código Florestal;  - Karen Oliveira, geóloga e ambientalista, gerente de políticas públicas da ONG The Nature Conservancy Brasil; - Ricardo Abramovay, economista, cientista político e filósofo, professor da Universidade de São Paulo, autor de diversos livros, entre eles “Infraestrutura para o desenvolvimento sustentável da Amazônia”.

A Terra é redonda (mesmo)
Verde e Preto

A Terra é redonda (mesmo)

Play Episode Listen Later Aug 30, 2022 53:36


A crise climática está mais ligada às injustiças sociais do que a gente pensa. Por isso, é importante falar de racismo ambiental e de justiça climática, incluindo as populações historicamente vulneráveis nas decisões que afetam diretamente suas vidas.   Convidados: - Patrícia Pinho, bióloga especializada em ecologia humana e pesquisadora do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia; - Natalie Unterstell, especialista em políticas públicas ambientais e presidente do Instituto Talanoa; - Dulce Pereira, arquiteta e ambientalista, professora da Universidade Federal de Ouro Preto, foi presidente da Fundação Cultural Palmares e integra o Movimento Negro Unificado; - Alessandra Korap, ativista indígena do povo Munduruku; - Txai Suruí, ativista indígena do povo Paiter-Suruí; - Marcia Castro, professora da Escola de Saúde Pública da Universidade Harvard, nos Estados Unidos; - Andréa Santos, bióloga, engenheira de transportes e pesquisadora da Universidade Federal do Rio de Janeiro, secretária-executiva do Painel Brasileira de Mudanças Climáticas;

revista piauí
Verde e Preto

revista piauí

Play Episode Listen Later Aug 30, 2022 53:35


A crise climática está mais ligada às injustiças sociais do que a gente pensa. Por isso, é importante falar de racismo ambiental e de justiça climática, incluindo as populações historicamente vulneráveis nas decisões que afetam diretamente suas vidas.   Convidados: - Patrícia Pinho, bióloga especializada em ecologia humana e pesquisadora do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia; - Natalie Unterstell, especialista em políticas públicas ambientais e presidente do Instituto Talanoa; - Dulce Pereira, arquiteta e ambientalista, professora da Universidade Federal de Ouro Preto, foi presidente da Fundação Cultural Palmares e integra o Movimento Negro Unificado; - Alessandra Korap, ativista indígena do povo Munduruku; - Txai Suruí, ativista indígena do povo Paiter-Suruí; - Marcia Castro, professora da Escola de Saúde Pública da Universidade Harvard, nos Estados Unidos; - Andréa Santos, bióloga, engenheira de transportes e pesquisadora da Universidade Federal do Rio de Janeiro, secretária-executiva do Painel Brasileira de Mudanças Climáticas;

A Terra é redonda (mesmo)
Agora é guerra

A Terra é redonda (mesmo)

Play Episode Listen Later Aug 23, 2022 56:26


De um lado, povos indígenas, ambientalistas e defensores da floresta de pé; do outro, grileiros, madeireiros, garimpeiros e pescadores ilegais, cada vez mais envolvidos com facções criminosas armadas e organizadas. Quem ganhar as eleições em 2022 vai ter como desafio imediato desarmar essa bomba da escalada da violência na Amazônia.  Convidados: - Alessandra Korap, ativista indígena do povo Munduruku; - Claudio Angelo, jornalista, coordenador de comunicação no Observatório do Clima, autor de “A espiral da morte”;  - Beto Marubo, ativista indígena do povo Marubo e integrante da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja); - Natalie Unterstell, especialista em políticas públicas ambientais e presidente do Instituto Talanoa; - Allan de Abreu,  repórter da piauí, autor de “Cocaína: a rota caipira” e “Cabeça Branca: a caçada ao maior narcotraficante do Brasil”; - Sonia Guajajara, ativista indígena do povo Guajajara e coordenadora-executiva da Apib (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil).

revista piauí
Agora é guerra

revista piauí

Play Episode Listen Later Aug 23, 2022 56:29


De um lado, povos indígenas, ambientalistas e defensores da floresta de pé; do outro, grileiros, madeireiros, garimpeiros e pescadores ilegais, cada vez mais envolvidos com facções criminosas armadas e organizadas. Quem ganhar as eleições em 2022 vai ter como desafio imediato desarmar essa bomba da escalada da violência na Amazônia.  Convidados: - Alessandra Korap, ativista indígena do povo Munduruku; - Claudio Angelo, jornalista, coordenador de comunicação no Observatório do Clima, autor de “A espiral da morte”;  - Beto Marubo, ativista indígena do povo Marubo e integrante da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja); - Natalie Unterstell, especialista em políticas públicas ambientais e presidente do Instituto Talanoa; - Allan de Abreu,  repórter da piauí, autor de “Cocaína: a rota caipira” e “Cabeça Branca: a caçada ao maior narcotraficante do Brasil”; - Sonia Guajajara, ativista indígena do povo Guajajara e coordenadora-executiva da Apib (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil).

Brazil Institute Podcast
How October's Presidential Race Will Impact the Brazilian Amazon

Brazil Institute Podcast

Play Episode Listen Later Aug 4, 2022 45:43


In this latest episode of the Brazil Institute podcast, host Nick Zimmerman speaks with Natalie Unterstell, President of the Talanoa policy think tank, member of the UN Green Climate Fund's accreditation panel, and former Brazilian negotiator at the UN Framework Convention on Climate Change about the state of play in the Brazilian Amazon and how the outcome of Brazil's presidential election in October will impact environmental policy moving forward.

Tortinha de Climão
COP26 com Natalie Unterstell – Tortinha de Climão #2

Tortinha de Climão

Play Episode Listen Later Dec 7, 2021 16:17


Nesse episódio recebo a Natalie Unterstell para tirar algumas dúvidas sobre o desenrolar da COP. Entenda como funcionam as negociações, porque o name and shaming é importante e o impacto das ações brasileiras no contexto da maior negociação climática global. Não vai ouvir? Tudo bem, pode ler aqui. Links do episódio Política por inteiro  

Xadrez Verbal
Xadrez Verbal #275 COP26

Xadrez Verbal

Play Episode Listen Later Nov 20, 2021 269:58


Recebemos a especialista Natalie Unterstell para explicar e comentar o acordo final da COP26. Também demos o tradicional pião pela nossa quebrada latino-americana, fazendo a prévia das eleições presidenciais chilenas e repercutindo o resultado das legislativas argentinas. Já no nosso boletim pandêmico, com a presença do comendador Atila Iamarino, falamos sobre resfriados e perda de olfato.

O Assunto
Avanços e frustrações: saldo da COP-26

O Assunto

Play Episode Listen Later Nov 12, 2021 26:21


A mais aguardada cúpula climática desde o Acordo de Paris (2015) vai chegando ao fim com resenha mista, feita neste episódio por Daniela Chiaretti, repórter especial do Valor Econômico. Com a experiência de quem cobriu esta e as 12 conferências anteriores, ela destaca, entre os ganhos, o entendimento para cortar drasticamente as emissões de metano - ainda mais poluente que o gás carbônico. Aponta como revés o fato de EUA, China e Índia terem pulado fora de compromisso para reduzir a produção de carvão. E reconhece que, no cômputo geral, os resultados do evento devem ficar aquém da “palavra mágica” que o precedeu: “ambição”. Até porque o financiamento das medidas para conter o aquecimento do planeta “é sempre um problema”, lembra Daniela. Também participando do episódio direto de Glasgow, na Escócia, a administradora pública Natalie Unterstell, especialista em mudanças climáticas, analisa o papel desempenhado pelo Brasil, que chegou à COP-26 “como pária”. Isso obrigou a diplomacia do país a adotar posição “muito humilde” em várias discussões. Para além de gafes cometidas pelo ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, o que fica de mais surpreendente, segundo ela, são concessões feitas num ponto central: os mercados de carbono.

Vozes do Planeta | Rádio Vozes
194 - Primeira semana da COP 26

Vozes do Planeta | Rádio Vozes

Play Episode Listen Later Nov 5, 2021 32:29


Neste episódio, um especial sobre o maior evento climático do planeta, Paulina Chamorro conversa com Claudio Angelo, colunista do Mundo Real e coordenador de comunicação do Observatório do Clima. Claudio analisa as últimas notícias da COP e repercute as novidades com Paulina e os ouvintes. E diretamente de Glasgow, Nayara Almeida, do Engajamundo, gravou áudios dos protestos que acontecem nas ruas da Escócia e conta detalhes dos bastidores. Além dela, Natalie Unterstell, articuladora política, também dá um panorama, direto de Glasgow, sobre as novidades da COP e o que não é tão novidade assim.

Coisa Pública
Qual o preço do desmatamento no Brasil?

Coisa Pública

Play Episode Listen Later Sep 28, 2021 31:23


Também chamado de desflorestação ou desflorestamento, o desmatamento consiste na retirada total ou parcial de árvores, florestas e demais vegetações de uma determinada região. E apesar de diversas, as principais causas são provenientes de atividades humanas.Segundo o Inpe, já foram desmatados cerca de 20% da Amazônia. No Pantanal, houve recorde de queimadas em 2020, com milhões de animais afetados. E o cerrado também está em alerta, após registrar, no mês de agosto, a maior área desmatada desde 2018. Vale ressaltar que o Ranking de Competitividade dos Estados de 2021, que será lançado agora em setembro, adicionou o indicador de desmatamento no pilar de Sustentabilidade Ambiental, visando atender à agenda ESG no setor público. O tema é fundamental para avançar na Agenda 2030 e alcançar o compromisso do Brasil com o Acordo de Paris.E para entender as consequências do desmatamento e como reverter este cenário, o Coisa Pública conversa com a Ângela Cruz, Diretora na Secretaria Municipal do Verde, em Campinas, e com a Natalie Unterstell, especialista em política climática e presidente do instituto Talanoa.Apoie o CLP: https://www.clp.org.br/doacao/

LivresCast
LivresCast – Os retrocessos de Salles a frente do Meio Ambiente, com Natalie Unterstell

LivresCast

Play Episode Listen Later Jun 11, 2021 58:58


Desmatamento desenfreado, exportação ilegal de madeira e dois inquéritos no STF. Esse é o legado de Ricardo Salles no Ministério do Meio Ambiente. Conversamos hoje no LivresCast com a especialista Natalie Unterstell sobre quais medidas podem ser tomadas para que o Brasil volte a ser referência na área ambiental.

15 Minutos - Gazeta do Povo
Os recados de Bolsonaro na Cúpula do Clima

15 Minutos - Gazeta do Povo

Play Episode Listen Later Apr 22, 2021 19:02


Este episódio do podcast 15 Minutos fala sobre o discurso de Bolsonaro na Cúpula do Clima e as repercussões dele. São dois convidados: Natalie Unterstell, que é mestre em Administração Pública pela Universidade de Harvard, especialista em política de mudança do clima e foi negociadora do Brasil nos acordos sobre mudança do clima, e Rodolfo Costa, repórter da Gazeta do Povo que acompanhou o discurso do presidente da República.***Ficha técnica: ‘15 minutos’, podcast de notícias da Gazeta do Povo #Apresentação e roteiro: Márcio Miranda; direção de conteúdo: Rodrigo Fernandes; equipe de produção: Maria Eduarda Scroccaro, Jenifer Ribeiro e Durval Ramos; montagem: Leonardo Bechtloff; identidade visual: Gabriela Salazar; estratégia de distribuição: Gladson Angeli e Marcus Ayres.

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Vozes do Planeta | Rádio Vozes
172 - Por trás de Seaspiracy: Entenda mais sobre a urgência da preservação do Oceano

Vozes do Planeta | Rádio Vozes

Play Episode Listen Later Apr 2, 2021 51:31


Neste episódio, um especial sobre o tema abordado no novo documentário da Netflix, Seaspiracy, a conversa gira em torno da pesca ilegal, descontrolada e predatória que tem afetado a biodiversidade marinha do planeta. Para falar sobre o assunto, Paulina Chamorro conversa com Nathalie Gil, da Sea Shepherd Brasil. E para falar sobre o relatório inédito Pesca por inteiro e aterrissar o tema para o Brasil, a conversa é com Natalie Unterstell, do Política por Inteiro. No quadro #PelaNatureza em parceria com a ONU Meio Ambiente, Matheus Couto (PNUMA) fala mais sobre contabilidade ambiental. Já no quadro #PeloOceano o tema é a recuperação de corais em Tamandaré-PE na voz de Camila Brasil. E para encerrar, Duda Menegassi traz o site ((o)) Eco para o Vozes do Planeta com uma notícia que repercutiu no site esta semana. Apresentação: Paulina Chamorro Edição e montagem: André Casé Apoio: Compasso Coolab

Economisto
Episódio 27: Mudança Climática, com Natalie Unterstell

Economisto

Play Episode Listen Later Jan 5, 2021 24:36


O debate sobre a proteção ao meio ambiente é amplo, mas qual é a relação entre mudança climática e desigualdade? Para discutir esse tema, a convidada do Economisto dessa semana é Natalie Unterstell, especialista em clima.

epis mudan clim natalie unterstell
Jornalistas à Paisana
#26 Como minimizar o prejuízo da política ambiental de Bolsonaro? Um papo com Natalie Unterstell

Jornalistas à Paisana

Play Episode Listen Later Aug 9, 2020 51:10


Siga-nos nas redes sociais instagram.com/jornalistasapaisana twitter.com/ajornalistas Dicas deste episódio: - Reformatório Nickel, do Colson Whitehead, Pulitzer de Ficção 2020: https://www.amazon.com.br/reformat%C3%B3rio-Nickel-Colson-Whitehead/dp/8595085498/ref=mp_s_a_1_1?adgrpid=88089654904&dchild=1&gclid=Cj0KCQjwvb75BRD1ARIsAP6LcqtGGL_64TsYY8A7DU3woF1_aSxbjlex2PXps9CcVZKZ4JX3kzRO7wcaAr3XEALw_wcB&hvadid=425982569881&hvdev=m&hvlocphy=1001773&hvnetw=g&hvqmt=e&hvrand=3714111850134252393&hvtargid=kwd-794952707170&hydadcr=5629_11235158&keywords=reformat%C3%B3rio+nickel&qid=1596988792&sr=8-1&tag=hydrbrgk-20 - Capitães da Areia, do Jorge Amado (para ler com o Reformatório Nickel porque é uma boa dobradinha) https://www.amazon.com.br/Capit%C3%A3es-areia-Jorge-Amado/dp/8535914064/ref=mp_s_a_1_1?dchild=1&keywords=capit%C3%A3es+da+areia&qid=1596988906&sprefix=capit%C3%A3es+da&sr=8-1 - Osesp de volta a Sala São Paulo: https://m.youtube.com/watch?v=3Ai8tYHdDdU - Live do Caetano Veloso: https://m.youtube.com/watch?v=7iDrG0blStw

Two the Point
Amazon in Flames

Two the Point

Play Episode Listen Later May 18, 2020 3:01


Host Benjamin Gedan is joined by Natalie Unterstell, a climate change expert and co-founder of the environmental think tank Talanoa, to discuss how the fires in the Brazilian Amazon could scorch the historic Mercosur-EU trade agreement.

Vozes do Planeta | Rádio Vozes
126 - Por dentro da COP 25 e a emergência climática atual

Vozes do Planeta | Rádio Vozes

Play Episode Listen Later Dec 24, 2019 41:56


Neste episódio, Paulina Chamorro conversa com o Carlos Rittl, do Observatório do Clima, para fazer uma retrospectiva ambiental de 2019 e os principais pontos para entender a emergência climática. Também ouvimos, diretamente da Espanha, a Natalie Unterstell, da Think Tank Talanoa, sobre a importância dos oceanos na discussão do clima. No episodio 126, ficamos por dentro do que esperar da COP 25 e as questões ambientais que a permeiam. Para harmonizar, um pouco de Caetano no final.

Vozes do Planeta | Rádio Vozes
127 - COP 25 - Análises sobre a última reunião do clima da ONU

Vozes do Planeta | Rádio Vozes

Play Episode Listen Later Dec 24, 2019 42:05


Neste episódio, ouvimos três vozes especialistas que acompanharam a COP 25 em Madri, Espanha. Natalie Unterstell, do Think Tank Talanoa e da Liga das Mulheres pelos Oceanos; Gustavo Pinheiro, do Instituto Clima e Sociedade; Lucas Pereira, da Iniciativa Verde e um bate-papo sobre o desempenho ambiental do Brasil em 2019 com Claudio Angelo, do Minuto do Clima. Para amenizar, finalizamos com Radiohead.

Vozes do Planeta | Rádio Vozes
97 - Natalie Unterstell e a maior expedição feminina para a Antártica

Vozes do Planeta | Rádio Vozes

Play Episode Listen Later Dec 23, 2019 17:33


Paulina Chamorro conversa com Natalie Unterstell, uma das mulheres que vai integrar a maior expedição feminina para a Antártica. A partida é dia 31 de dezembro! Claudio Ângelo, no seu Minuto do Clima, faz o resumo das últimas semanas sobre o relatório das emissões brasileiras, da próxima reunião do Clima na Polônia e da desistência brasileira de abrigar a COP 25 no ano que vem.