Brazilian environmentalist and politician
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Our home planet, Earth, is showing signs of dis-ease. The Amazon Rainforest is becoming a hypertropical climate due to unprecedented drought and heat. At the same time, the EPA and other regulatory and safety agencies are being dismantled and co-opted. A sobering document recently released by the UN's Global Environmental Outlook asserts that unsustainable practices in food production and fossil fuel extraction are inflicting environmental harm valued at $5 billion every single hour. The report warns that without radical shifts in global governance, economics, and finance, societal collapse could become an unavoidable reality. Marina Silva, environmental minister of Brazil reminds us: "We know what is coming towards us, we know what needs to be done and we have the means to do it, yet we don't take the necessary measures.” A minuscule new frog found in the Amazon last week heralds hope, as well as the season that celebrates rebirth. Sebastiáo Salgado once again, offers wisdom to guide our way, this time found in his majestic book "Workers". The text and images are testament to the fact that no matter how many machinations we conjure to substitute human endeavor and community; nothing adequately replaces the power of concerted human efforts.
No episódio de hoje, você escuta uma conversa um pouco diferente: um bate-papo com as pesquisadoras Germana Barata e Sabine Righetti, ambas do Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo (Labjor). Elas estiveram na COP30 e conversaram com Mayra Trinca sobre a experiência de cobrir um evento ambiental tão relevante e sobre quais foram os pontos fortes da presença da imprensa independente. __________________________________________________________________________________ TRANSCRIÇÃO [música] Mayra: Olá, eu sou a Mayra, você já deve me conhecer aqui do Oxigênio. Hoje a gente vai fazer uma coisa um pouquinho diferente do que vocês estão acostumados. E eu trouxe aqui duas pesquisadoras do LabJor pra contar um pouquinho da experiência delas na COP30, que rolou agora em novembro. Então vai ser um episódio um pouco mais bate-papo, mas eu prometo que vai ficar legal. Vou pedir pra elas se apresentarem e a gente já começa a conversar. Então eu estou com a Germana Barata e a Sabine Righetti, que são pesquisadoras aqui do Labjor. Germana, se apresenta pra gente, por favor. Germana: Olá, pessoal, eu sou a Germana. Obrigada, Maíra, pelo convite pra estar aqui com vocês no Oxigênio. Eu sou pesquisadora do LabJor, do aula também por aqui, e tenho coordenado aí uma rede de comunicação sobre o oceano, que é a Ressou Oceano, que é o motivo da minha ida pra COP30.Então a gente vai ter a oportunidade de contar um pouquinho do que foi essa aventura na COP30. Mayra: Agora, Sabine, se apresenta pra gente, por favor. Sabine: Oi, pessoal, um prazer estar aqui. Sou pesquisadora aqui no LabJor, ouvinte do Oxigênio, e trabalho entendendo como que o conhecimento científico é produzido e circula na sociedade, sobretudo pela imprensa. Então esse foi um assunto central na COP lá em Belém. [vinheta] Mayra: Eu trouxe a Sabine e a Germana, porque, bom, são pesquisadoras do Labjor que foram pra COP, mas pra gente conhecer um pouquinho o porquê que elas foram até lá a partir das linhas de interesse e de pesquisa. Então, meninas, contem pra gente por que vocês resolveram ir até a COP e o que isso está relacionado com as linhas de trabalho de vocês. Germana: Bom, acho que uma COP no Brasil, no coração da Amazônia, é imperdível por si. Sabine: Não tinha como não ir. Germana: Não, não tinha. E como eu atuo nessa área da comunicação sobre o oceano pra sociedade, esse é um tema que a comunidade que luta pela saúde do oceano tem trabalhado com muito afinco para que o oceano tenha mais visibilidade nos debates sobre mudanças climáticas. Então esse foi o motivo que eu percebi que era impossível não participar dessa grande reunião. Enfim, também numa terra onde eu tenho família, Belém do Pará é a terra do meu pai, e uma terra muito especial, uma cidade muito especial, eu acho que por tantos motivos era imperdível realmente essa experiência na COP. Sabine: Voltamos todas apaixonadas por Belém. O pessoal extremamente acolhedor, a cidade incrível, foi maravilhoso. Eu trabalho tentando compreender como a ciência, conhecimento científico, as evidências circulam na sociedade, na sociedade organizada. Então entre jornalistas, entre tomadores de decisão, entre grupos específicos. E no meu entendimento a COP é um espaço, é um grande laboratório sobre isso, porque a ciência já mostrou o que está acontecendo, a ciência já apontou, aliás faz tempo que os cientistas alertam, e que o consenso científico é muito claro sobre as mudanças climáticas. Então o que falta agora é essa informação chegar nos grupos organizados, nos tomadores de decisão, nas políticas públicas, e quem pode realmente bater o martelo e alterar o curso das mudanças climáticas. Claro que a gente precisa de mais ciência, mas a gente já sabe o que está acontecendo. Então me interessou muito circular e entender como que a ciência estava ou não. Porque muitos ambientes, as negociações, os debates, eles traziam mais desinformação ou falsa controvérsia do que a ciência em si. Germana: E é a primeira vez que a COP abrigou um pavilhão de cientistas. Então acho que esse é um marco, tanto para cientistas quanto outros pavilhões, outras presenças que foram inéditas ou muito fortes na COP, como dos povos indígenas ou comunidades tradicionais, mas também de cientistas, que antes, claro, os cientistas sempre foram para as COPs, mas iam como individualmente, vamos dizer assim. Sabine: Para a gente entender, quem não tem familiaridade com COP, os pavilhões, e isso eu aprendi lá, porque eu nunca tinha participado de uma COP, os pavilhões são como se fossem grandes estandes que têm uma programação própria e acontecem debates e manifestações, eventos diversos, culturais, enfim. Então a zona azul, que a gente chama, que é a área central da COP, onde tem as discussões, as tomadas de decisão, tem um conjunto de pavilhões. Pavilhões de países, pavilhões de temas. Oceanos também foi a primeira vez, né? Germana: Não foi a primeira vez, foi o terceiro ano, a terceira COP, mas estava enorme, sim, para marcar a presença. Mayra: O Oceano foi a primeira vez que estava na Blue Zone ou antes ele já estava na zona azul também? Germana: Ele já estava na Blue Zone, já estava na zona azul, é a terceira vez que o Oceano está presente como pavilhão, mas é a primeira vez que o Oceano realmente ocupou, transbordou, digamos assim, os debates, e os debates, incluindo o Oceano, acabaram ocupando, inclusive, dois dias oficiais de COP, que foram os dias 17 e 18, na programação oficial das reuniões, dos debates. Então é a primeira vez que eu acho que ganha um pouco mais de protagonismo, digamos assim. Mayra: E vocês participaram de quais pavilhões? Porque a gente tem o pavilhão dos Oceanos, tinha um pavilhão das universidades, que inclusive foi organizado por pesquisadores da Unicamp, não necessariamente aqui do Labjor, mas da Unicamp como um todo, e eu queria saber por quais pavilhões vocês passaram. Germana, com certeza, passou pelo do Oceano, mas além do Oceano, quais outros? Vocês passaram por esse das universidades? Como é que foi? Sabine: Eu apresentei um trabalho nesse contexto dos pavilhões, como espaço de discussão e de apresentações, eu apresentei um resultado de um trabalho que foi um levantamento de dados sobre ponto de não retorno da Amazônia com ajuda de inteligência artificial. Eu tenho trabalhado com isso, com leitura sistemática de artigos científicos com ajuda de inteligência artificial e tenho refletido como a gente consegue transformar isso numa informação palatável, por exemplo, para um tomador de decisão que não vai ler um artigo, muito menos um conjunto de artigos, e a gente está falando de milhares. Eu apresentei no pavilhão que a gente chamava de pavilhão das universidades que tinha um nome em inglês que era basicamente a Educação Superior para a Justiça Climática. Ele foi organizado institucionalmente pela Unicamp e pela Universidade de Monterrey, no México, e contou com falas e debates de vários cientistas do mundo todo, mas esse não era o pavilhão da ciência. Tinha o pavilhão da ciência e tinha os pavilhões dos países, os pavilhões temáticos, caso de oceanos, que a gente comentou. Então, assim, eu circulei em todos, basicamente. Me chamou muita atenção o dos oceanos, que de fato estava com uma presença importante, e o pavilhão da China, que era o maior dos pavilhões, a maior delegação, os melhores brindes. Era impressionante a presença da China e as ausências. Os Estados Unidos, por exemplo, não estava, não tinha o pavilhão dos Estados Unidos. Então, as presenças e as ausências também chamam a atenção. Mayra: Tinha o pavilhão do Brasil? Sabine: Tinha. Germana: Tinha um pavilhão maravilhoso. Sabine: Maravilhoso e com ótimo café. Germana: É, exatamente. Sabine: Fui lá várias vezes tomar um café. Germana: Inclusive vendendo a ideia do Brasil como um país com produtos de qualidade,né, que é uma oportunidade de você divulgar o seu país para vários participantes de outros países do mundo. E acho que é importante a gente falar que isso, que a Sabine está falando dos pavilhões, era zona azul, ou seja, para pessoas credenciadas. Então, a programação oficial da COP, onde as grandes decisões são tomadas, são ali. Mas tinha a zona verde, que também tem pavilhões, também tinha pavilhão de alguns países, mas, sobretudo, Brasil, do Estado do Pará, de universidades etc., que estava belíssimo, aberta ao público, e também com uma programação muito rica para pessoas que não necessariamente estão engajadas com a questão das mudanças… Sabine: Muito terceiro setor. Germana: Exatamente. Sabine: Movimentos sociais. Germana: E fora a cidade inteira que estava, acho que não tem um belenense que vai dizer o que aconteceu aqui essas semanas, porque realmente os ônibus, os táxis, o Teatro da Paz, que é o Teatro Central de Belém, todos os lugares ligados a eventos, mercados, as docas… Sabine: Museus com programação. Germana: Todo mundo muito focado com programação, até a grande sorveteria maravilhosa Cairu, que está pensando inclusive de expandir aqui para São Paulo, espero que em breve, tinha um sabor lá, a COP30. Muito legal, porque realmente a coisa chegou no nível para todos. Mayra: O que era o sabor COP30? Fiquei curiosa. Sabine: O de chocolate era pistache. Germana: Acho que era cupuaçu, pistache, mais alguma coisa. Sabine: Por causa do verde. É que tinha bombom COP30 e tinha o sorvete COP30, que tinha pistache, mas acho que tinha cupuaçu também. Era muito bom. Germana: Sim, tinha cupuaçu. Muito bom! Mayra: Fiquei tentada com esse sorvete agora. Só na próxima COP do Brasil. [música] Mayra: E para além de trabalho, experiências pessoais, o que mais chamou a atenção de vocês? O que foi mais legal de participar da COP? Germana: Eu já conheci a Belém, já fui algumas vezes para lá, mas fazia muitos anos que eu não ia. E é incrível ver o quanto a cidade foi transformada em relação à COP. Então, a COP deixa um legado para os paraenses. E assim, como a Sabine tinha dito no começo, é uma população que recebeu todos de braços abertos, e eu acho que eu estava quase ali como uma pessoa que nunca tinha ido para Belém. Então, lógico que a culinária local chama muito a atenção, o jeito dos paraenses, a música, que é maravilhosa, não só o carimbó, as mangueiras dando frutos na cidade, que é algo que acho que chama a atenção de todo mundo, aquelas mangas caindo pela rua. Tem o lado ruim, mas a gente estava vendo ali o lado maravilhoso de inclusive segurar a temperatura, porque é uma cidade muito quente. Mas acho que teve todo esse encanto da cultura muito presente numa reunião que, há muitos anos atrás, era muito diplomática, política e elitizada. Para mim, acho que esse é um comentário geral, que é uma COP que foi muito aberta a muitas vozes, e a cultura paraense entrou ali naturalmente por muitos lugares. Então, isso foi muito impressionante. Sabine: Concordo totalmente com a Germana, é uma cidade incrível. Posso exemplificar isso com uma coisa que aconteceu comigo, que acho que resume bem. Eu estava parada na calçada esperando um carro de transporte, pensando na vida, e aí uma senhora estava dirigindo para o carro e falou: “Você é da COP? Você está precisando de alguma coisa?” No meio da rua do centro de Belém. Olhei para ela e falei, Moça, não estou acostumada a ter esse tipo de tratamento, porque é impressionante. O acolhimento foi uma coisa chocante, muito positiva. E isso era um comentário geral. Mas acho que tem um aspecto que, para além do que estávamos falando aqui, da zona azul, da zona verde, da área oficial da COP, como a Germana disse, tinha programação na cidade inteira. No caso da COP de Belém, acho que aconteceu algo que nenhuma outra COP conseguiu proporcionar. Por exemplo, participei de um evento completamente lateral do terceiro setor para discutir fomento para projetos de jornalismo ligados à divulgação científica. Esse evento foi no barco, no rio Guamá que fala, né? Guamá. E foi um passeio de barco no pôr do sol, com comida local, com banda local, com músicos locais, com discussão local, e no rio. É uma coisa muito impressionante como realmente você sente a cidade. E aquilo tem uma outra… Não é uma sala fechada.Estamos no meio de um rio com toda a cultura que Belém oferece. Eu nunca vou esquecer desse momento, dessa discussão. Foi muito marcante. Totalmente fora da programação da COP. Uma coisa de aproveitar todo mundo que está na COP para juntar atores sociais, que a gente fala, por uma causa comum, que é a causa ambiental. Mayra: Eu vou abrir um parênteses e até fugir um pouco do script que a gente tinha pensado aqui, mas porque ouvindo vocês falarem, eu fiquei pensando numa coisa. Eu estava essa semana conversando com uma outra professora aqui do Labjor, que é a professora Suzana. Ouvintes, aguardem, vem aí esse episódio. E a gente estava falando justamente sobre como é importante trazer mais emoção para falar de mudanças climáticas. Enfim, cobertura ambiental, etc. Mas principalmente com relação a mudanças climáticas. E eu fiquei pensando nisso quando vocês estavam falando. Vocês acham que trazer esse evento para Belém, para a Amazônia, que foi uma coisa que no começo foi muito criticada por questões de infraestrutura, pode ter tido um efeito maior nessa linha de trazer mais encanto, de trazer mais afeto para a negociação. Germana: Ah, sem dúvida. Mayra: E ter um impacto que em outros lugares a gente não teria. Germana: A gente tem que lembrar que até os brasileiros desconhecem a Amazônia. E eu acho que teve toda essa questão da dificuldade, porque esses grandes eventos a gente sempre quer mostrar para o mundo que a gente é organizado, desenvolvido, enfim. E eu acho que foi perfeita a escolha. Porque o Brasil é um país desigual, riquíssimo, incrível, e que as coisas podem acontecer. Então a COP, nesse sentido, eu acho que foi também um sucesso, mesmo a questão das reformas e tudo o que aconteceu, no tempo que tinha que acontecer, mas também deu um tom diferente para os debates da COP30. Não só porque em alguns momentos da primeira semana a Zona Azul estava super quente, e eu acho que é importante quem é do norte global entender do que a gente está falando, de ter um calor que não é o calor deles, é um outro calor, que uma mudança de um grau e meio, dois graus, ela vai impactar, e ela já está impactando o mundo, mas também a presença dos povos indígenas eu acho que foi muito marcante. Eu vi colegas emocionados de falar, eu nunca vi tantas etnias juntas e populações muito organizadas, articuladas e preparadas para um debate de qualidade, qualificado. Então eu acho que Belém deu um outro tom, eu não consigo nem imaginar a COP30 em São Paulo. E ali teve um sentido tanto de esperança, no sentido de você ver quanto a gente está envolvida, trabalhando em prol de frear essas mudanças climáticas, o aquecimento, de tentar brecar realmente um grau e meio o aquecimento global. Mas eu acho que deu um outro tom. Sabine: Pegou de fato no coração, isso eu não tenho a menor dúvida. E é interessante você trazer isso, porque eu tenho dito muito que a gente só consegue colar mensagem científica, evidência, se a gente pegar no coração. Se a gente ficar mostrando gráfico, dado, numa sala chata e feia e fechada, ninguém vai se emocionar. Mas quando a gente sente a informação, isso a COP30 foi realmente única, histórica, para conseguir trazer esse tipo de informação emocional mesmo. [música] Mayra: E com relação a encontros, para gente ir nossa segunda parte, vocês encontraram muita gente conhecida daqui do Labjor, ou de outros lugares. O que vocês perceberam que as pessoas estavam buscando na COP e pensando agora em cobertura de imprensa? Porque, inclusive, vocês foram, são pesquisadoras, mas foram também junto com veículos de imprensa. Germana: Eu fui numa parceria com o jornal (o) eco, que a gente já tem essa parceria há mais de dois anos. A Ressou Oceano tem uma coluna no (o) eco. Portanto, a gente tem um espaço reservado para tratar do tema oceano. Então, isso para a gente é muito importante, porque a gente não tem um canal próprio, mas a gente estabeleça parcerias com outras revistas também. E o nosso objetivo realmente era fazer mais ou menos uma cobertura, estou falando mais ou menos, porque a programação era extremamente rica, intensa, e você acaba escolhendo temas onde você vai se debruçar e tratar. Mas, comparando com a impressão, eu tive na COP da biodiversidade, em 2006, em Curitiba, eu ainda era uma estudante de mestrado, e uma coisa que me chamou muito a atenção na época, considerando o tema biodiversidade, era a ausência de jornalistas do norte do Brasil. E, para mim, isso eu escrevi na época para o Observatório de Imprensa, falando dessa ausência, que, de novo, quem ia escrever sobre a Amazônia ia ser o Sudeste, e que, para mim, isso era preocupante, e baixa presença de jornalistas brasileiros também, na época. Então, comparativamente, essa COP, para mim, foi muito impressionante ver o tamanho da sala de imprensa, de ver, colegas, os vários estúdios, porque passávamos pelos vários estúdios de TV, de várias redes locais, estaduais e nacionais. Então, isso foi muito legal de ver como um tema que normalmente é coberto por poucos jornalistas especializados, de repente, dando o exemplo do André Trigueiro, da Rede Globo, que é um especialista, ele consegue debater com grandes cientistas sobre esse tema, e, de repente, tinha uma equipe gigantesca, levaram a abertura dos grandes jornais para dentro da COP. Isso muda, mostra a relevância que o evento adquiriu. Também pela mídia, e mídia internacional, com certeza. Então, posso falar depois de uma avaliação que fizemos dessa cobertura, mas, a princípio, achei muito positivo ver uma quantidade muito grande de colegas, jornalistas, e que chegou a quase 3 mil, foram 2.900 jornalistas presentes, credenciados. Sabine: E uma presença, os veículos grandes, que a Germana mencionou, internacionais, uma presença também muito forte de veículos independentes. O Brasil tem um ecossistema de jornalismo independente muito forte, que é impressionante, e, inclusive, com espaços consideráveis. Novamente, para entender graficamente, a sala de imprensa é gigantesca em um evento desse, e tem alguns espaços, algumas salas reservadas para alguns veículos. Então, veículos que estão com uma equipe muito grande têm uma sala reservada, além dos estúdios, de onde a Globo entrava ao vivo, a Andréia Sadi entrava ao vivo lá, fazendo o estúdio i direto da COP, enfim. Mas, dentro da sala de imprensa, tem salas reservadas, e algumas dessas salas, para mencionar, a Amazônia Vox estava com uma sala, que é um veículo da região norte de jornalismo independente, o Sumaúma estava com uma sala, o Sumaúma com 40 jornalistas, nessa cobertura, que também… O Sumaúma é bastante espalhado, mas a Eliane Brum, que é jornalista cofundadora do Sumaúma, fica sediada em Altamira, no Pará. Então, é um veículo nortista, mas com cobertura no país todo e, claro, com olhar muito para a região amazônica. Então, isso foi, na minha perspectiva, de quem olha para como o jornalismo é produzido, foi muito legal ver a força do jornalismo independente nessa COP, que certamente foi muito diferente. Estava lá o jornalismo grande, comercial, tradicional, mas o independente com muita força, inclusive alguns egressos nossos no jornalismo tradicional, mas também no jornalismo independente. Estamos falando desde o jornalista que estava lá pela Superinteressante, que foi nossa aluna na especialização, até o pessoal do Ciência Suja, que é um podcast de jornalismo independente, nosso primo aqui do Oxigênio, que também estava lá com um olhar muito específico na cobertura, olhando as controvérsias, as falsas soluções. Não era uma cobertura factual. Cada jornalista olha para aquilo tudo com uma lente muito diferente. O jornalismo independente, o pequeno, o local, o grande, o internacional, cada um está olhando para uma coisa diferente que está acontecendo lá, naquele espaço em que acontece muita coisa. [som de chamada] Tássia: Olá, eu sou a Tássia, bióloga e jornalista científica. Estou aqui na COP30, em Belém do Pará, para representar e dar voz à pauta que eu trabalho há mais de 10 anos, que é o Oceano. Meghie: Oi, gente, tudo bem? Meu nome é Meghie Rodrigues, eu sou jornalista freelancer, fui aluna do Labjor. Estamos aqui na COP30, cobrindo adaptação. Estou colaborando com a Info Amazônia, com Ciência Suja. Pedro: Oi, pessoal, tudo bem? Eu sou Pedro Belo, sou do podcast Ciência Suja, sou egresso do LabJor, da turma de especialização. E a gente veio para cobrir um recorte específico nosso, porque a gente não vai ficar tanto em cima do factual ali, do hard news, das negociações. A gente veio buscar coisas que, enfim, picaretagens, coisas que estão aí, falsas soluções para a crise climática. Paula: Eu sou Paula Drummond, eu sou bióloga e eu fiz jornalismo científico. Trabalho nessa interface, que é a que eu sempre procurei, de ciência tomada de decisão, escrevendo policy briefs. [música] Mayra: Acho que esse é um ponto forte para tratarmos aqui, que vai ser o nosso encerramento, falar um pouco da importância desses veículos independentes na COP, tanto do ponto de vista de expandir a cobertura como um todo, da presença mesmo de um grande número de jornalistas, quanto das coberturas especializadas. Então, eu queria saber qual é a avaliação que vocês fizeram disso, se vocês acham que funcionou, porque a gente teve muita crítica com relação à hospedagem, isso e aquilo. Então, ainda tivemos um sucesso de cobertura de imprensa na COP? Isso é uma pergunta. E por que é importante o papel desses veículos independentes de cobertura? Germana: Eu, falando por nós, da Ressoa Oceano, o Oceano é ainda pouco coberto pela mídia, mas a gente já vê um interesse crescente em relação às questões específicas de oceano, e quem nunca ouviu falar de branqueamento de corais, de aquecimento das águas, elevação do nível do oceano? Enfim, eu acho que essas questões estão entrando, mas são questões que não devem interessar apenas o jornalista especializado, que cobre meio ambiente, que cobre essas questões de mudanças climáticas, mas que são relevantes para qualquer seção do jornal. Então, generalistas, por exemplo, que cobrem cidades, essa questão das mudanças climáticas, de impactos etc., precisam se interessar em relação a isso. Então, o que eu vejo, a gente ainda não fez uma análise total de como os grandes veículos cobriram em relação ao jornalismo independente, que é algo que a gente está terminando de fazer ainda, mas em relação ao oceano. Mas o que a gente vê é que as questões mais políticas, e a grande mídia está mais interessada em que acordo foi fechado, os documentos finais da COP, se deu certo ou não, o incêndio que aconteceu, se está caro ou não está caro, hospedagem etc., e que são pautas que acabam sendo reproduzidas, o interesse é quase o mesmo por vários veículos. O jornalismo independente traz esse olhar, que a Sabine estava falando, inclusive dos nossos alunos, que são olhares específicos e muito relevantes que nos ajudam a entender outras camadas, inclusive de debates, discussões e acordos que estavam ocorrendo na COP30. Então, a gente vê, do ponto de vista quase oficial da impressão geral que as pessoas têm da COP, que foi um desastre no final, porque o petróleo não apareceu nos documentos finais, na declaração de Belém, por exemplo, que acho que várias pessoas leram sobre isso. Mas, quando a gente olha a complexidade de um debate do nível da COP30, e os veículos independentes conseguem mostrar essas camadas, é mostrar que há muitos acordos e iniciativas que não necessitam de acordos consensuais das Nações Unidas, mas foram acordos quase voluntários, paralelos a esse debate oficial, e que foram muito importantes e muito relevantes, e que trouxeram definições que marcaram e que a gente vê com muito otimismo para o avanço mesmo das decisões em relação, por exemplo, ao mapa do caminho, que a gente viu que não estava no documento final, mas que já tem um acordo entre Colômbia e Holanda de hospedar, de ter uma conferência em abril na Colômbia para decidir isso com os países que queiram e estejam prontos para tomar uma decisão. Então, esse é um exemplo de algo que foi paralelo à COP, mas que trouxe muitos avanços e nos mostra outras camadas que o jornalismo independente é capaz de mostrar. Sabine: A cobertura jornalística de um evento como a COP é muito, muito difícil. Para o trabalho do jornalista, é difícil porque são longas horas por dia, de domingo a domingo, são duas semanas seguidas, é muito desgastante, mas, sobretudo, porque é muita coisa acontecendo ao mesmo tempo e é difícil entender para onde você vai. Novamente, ilustrando, na sala de imprensa tem, e todo grande evento com esse caráter costuma ter isso, umas televisões com anúncios. Vai ter tal coletiva de imprensa do presidente da COP, tal horário. Então, nessa perspectiva, dá para se organizar. Eu vou aqui, eu vou ali. Às vezes, é hora de almoço, e, na hora de almoço, o jornalista já vai, sem almoçar, escrever o texto, e, quando vê, já é a noite. Mas você vai se organizando. Só que tem coisas que não estão lá na televisão. Então, por exemplo, passou o governador da Califórnia por lá. Não foi anunciado que ele estava. Ele estava andando no corredor. Para um jornalista de um grande veículo, se ele não viu que o governador da Califórnia estava lá, mas o seu concorrente viu, isso, falo no lugar de quem já trabalhou num veículo jornalístico grande comercial, isso pode levar a uma demissão. Você não pode não ver uma coisa importante. Você não pode perder uma declaração de um chefe de Estado. Você não pode não ver que, de repente, a Marina parou no meio do corredor em um quebra-queixo e falou, a Marina Silva, que estava muito lá circulando, e falou alguma coisa. Então, a cobertura vai muito além do que está lá na programação da sala de imprensa e do que está nos debates, nos pavilhões que a gente mencionava. Então, o jornalista, como a Germana disse, jornalista dos veículos, está correndo atrás disso. E, muitas vezes, por essa característica, acaba se perdendo, entre grandes aspas, nesses acontecimentos. Por exemplo, o que ficou muito marcante para mim na COP foi a declaração do primeiro-ministro da Alemanha, que foi uma declaração desastrosa, mas que tomou pelo menos um dia inteiro da cobertura, porque acompanhei na sala de imprensa os colegas jornalistas tentando repercutir aquela fala. Então, tentando falar com o governo do Brasil, com o presidente da COP, com outros alemães, com a delegação da Alemanha, com o cientista da Alemanha, porque eles precisavam fomentar aquilo e repercutir aquilo. E foi um dia inteiro, pelo menos, um dia inteiro, diria que uns dois dias ou mais, porque até a gente voltar, ainda se falava disso, vai pedir desculpa ou não. Para quem não lembra, foi o primeiro-ministro que falou que ainda bem que a gente saiu daquele lugar, que era Belém, que ele estava com um grupo de jornalistas da Alemanha, que ninguém queria ficar lá. Enfim, um depoimento desastroso que tomou muito tempo de cobertura. Então, os jornalistas independentes não estavam nem aí para a declaração do primeiro-ministro da Alemanha. Eles queriam saber outras coisas. Então, por isso, reforço a necessidade e a importância da diversidade na cobertura. Mas é importante a gente entender como funciona esse jornalismo comercial, que é uma pressão e é um trabalho brutal e, muitas vezes, de jornalistas que não são especializados em ambiente, que estão lá, a Germana mencionou, na cobertura de cidades e são deslocados para um evento tipo a COP30. Então, é difícil até entender para onde se começa. É um trabalhão. [música] Mayra: E aí, para encerrar, porque o nosso tempo está acabando, alguma coisa que a gente ainda não falou, que vocês acham que é importante, que vocês pensaram enquanto a gente estava conversando de destacar sobre a participação e a cobertura da COP? Germana: Tem algo que, para mim, marcou na questão da reflexão mesmo de uma conferência como essa para o jornalismo científico ou para os divulgadores científicos. Embora a gente tenha encontrado com vários egressos do Labjor, que me deixou super orgulhosa e cada um fazendo numa missão diferente ali, eu acho que a divulgação científica ainda não acha que um evento como esse merece a cobertura da divulgação científica. Explico, porque esse é um evento que tem muitos atores sociais. São debates políticos, as ONGs estão lá, os ambientalistas estão lá, o movimento social, jovem, indígena, de comunidades tradicionais, os grandes empresários, a indústria, enfim, prefeitos, governadores, ministros de vários países estão lá. Eu acho que a divulgação científica ainda está muito focada no cientista, na cientista, nas instituições de pesquisa e ensino, e ainda não enxerga essas outras vozes como tão relevantes para o debate científico como a gente vê esses personagens. Então, eu gostaria de ter visto outras pessoas lá, outros influenciadores, outros divulgadores, ainda mais porque foi no Brasil, na nossa casa, com um tema tão importante no meio da Amazônia, que as mudanças climáticas estão muito centradas na floresta ainda. Então, isso, eu tenho um estranhamento ainda e talvez um pedido de chamar atenção para os meus colegas divulgadores de ciência de que está na hora de olharmos para incluir outras vozes, outras formas de conhecimento. E as mudanças climáticas e outras questões tão complexas exigem uma complexidade no debate, que vai muito além do meio científico. Sabine: Não tinha pensado nisso, mas concordo totalmente com a Germana. Eu realmente não… senti a ausência. Eu estava falando sobre as ausências. Senti a ausência dos divulgadores de ciência produzindo informação sobre algo que não necessariamente é o resultado de um paper, mas sobre algo que estava sendo discutido lá. Mas eu voltei da COP com uma reflexão que é quase num sentido diferente do que a Germana trouxe, que a Germana falou agora dos divulgadores de ciência, que é um nicho bem específico. E eu voltei muito pensando que não dá para nós, no jornalismo, encaixar uma COP ou um assunto de mudanças climáticas em uma caixinha só, em uma caixinha ambiental. E isso não estou falando, tenho que dar os devidos créditos. Eu participei de um debate ouvindo Eliane Brum em que, novamente a cito aqui no podcast, em que ela disse assim que a Sumaúma não tem editorias jornalísticas, como o jornalismo tradicional, porque isso foi uma invenção do jornalismo tradicional que é cartesiano. Então tem a editoria de ambiente, a editoria de política, a editoria de economia. E que ela, ao criar a Sumaúma, se despiu dessas editorias e ela fala de questões ambientais, ponto, de uma maneira investigativa, que passam por ciência, passam por ambiente, passam por política, passam por cidade, passam por tudo. E aí eu fiquei pensando muito nisso, no quanto a gente, jornalismo, não está preparado para esse tipo de cobertura, porque a gente segue no jornalismo tradicional colocando os temas em caixinhas e isso não dá conta de um tema como esse. Então a minha reflexão foi muito no sentido de a gente precisar sair dessas caixinhas para a gente conseguir reportar o que está acontecendo no jornalismo. E precisa juntar forças, ou seja, sair do excesso de especialização, do excesso de entrevista política, eu só entrevisto cientista. Mas eu só entrevisto cientista, não falo com política e vice-versa, que o jornalismo fica nessas caixinhas. E acho que a gente precisa mudar completamente o jeito que a gente produz informação. [música] Mayra: Isso, muito bom, gostei muito, queria agradecer a presença de vocês no Oxigênio nesse episódio, agradecer a disponibilidade para conversar sobre a COP, eu tenho achado muito legal conversar com vocês sobre isso, tem sido muito interessante mesmo, espero que vocês tenham gostado também desse episódio especial com as pesquisadoras aqui sobre a COP e é isso, até a próxima! Sabine: Uma honra! Germana: Obrigada, Mayra, e obrigada a quem estiver nos ouvindo, um prazer! Mayra: Obrigada, gente, até mais! [música] Mayra: Esse episódio foi gravado e editado por mim, Mayra Trinca, como parte dos trabalhos da Bolsa Mídia Ciência com o apoio da FAPESP. O Oxigênio também conta com o apoio da Secretaria Executiva de Comunicação da Unicamp. A trilha sonora é do Freesound e da Blue Dot Sessions. [vinheta de encerramento]
A realização da Conferência do Clima das Nações Unidas em plena Amazônia não bastou para os países chegarem a um consenso sobre como encaminhar o fim do desmatamento no mundo. Dias após o fim do evento, a nova Lei de Licenciamento Ambiental Especial (LAE) ameaça o cumprimento dessa meta pelo Brasil, país que mais devasta florestas no planeta. Lúcia Müzell, da RFI em Paris O desmatamento é a segunda maior fonte de emissões de gases de efeito estufa, atrás do uso de combustíveis fósseis. Mesmo assim, a COP30 falhou em apontar um caminho para o cumprimento de uma das metas do Acordo de Paris: acabar com a destruição das florestas até 2030. O objetivo está previsto no tratado internacional há dez anos. Com uma linguagem vaga, os documentos da Conferência de Belém mencionam a importância da preservação da natureza e do aumento dos “esforços para deter e reverter o desmatamento e a degradação florestal” nos próximos cinco anos – sem especificar como nem com quais recursos. “Eu acho que ela podia ter entregado muito mais do que entregou. A gente viu que dois textos até tratam da questão das florestas. Mas do ponto de vista da implementação mesmo, a gente viu zero avanços”, lamenta Fernanda Carvalho, diretora global de políticas climáticas da organização WWF. Ela acompanhou as negociações da COP30 como observadora da sociedade civil. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tentou emplacar a discussão de dois roteiros fundamentais para o combate efetivo das mudanças climáticas: um para o fim dos combustíveis fósseis e um segundo para o desmatamento. Nenhum dos temas estava na agenda oficial de negociações da conferência. Um primeiro projeto da decisão Mutirão da COP30 – o pacote de acordos políticos do evento – chegou a incluir a discussão sobre os temas. Entretanto, diante da forte resistência de cerca de um terço dos países participantes à questão do petróleo, ambos os trechos foram retirados dos documentos finais. Foco nos combustíveis fósseis Os debates acirrados sobre as energias fósseis acabaram por abafar as possibilidades de progressos no tema do desmatamento, avalia Fernanda Carvalho. “Não soube de ninguém que bloqueou especificamente o desmatamento, mas como isso não era um item de agenda, a opção foi não avançar com isso. Como já estava gerando tanto conflito a parte de combustíveis fósseis, eu acho que não teve como avançar”, reitera. A especialista salienta que, sem um planejamento robusto, os cinco anos que restam pela frente podem não ser suficientes para o cumprimento do objetivo. “É um prazo curtíssimo para implementar coisas que a gente já tinha que ter implementado. E, no caso de florestas, já existem compromissos anteriores, que eram sobre 2020, que a gente não conseguiu alcançar”, lembra. “Então era superimportante que a gente tivesse tratado disso com mais força nessa COP.” A solução apresentada pela presidência brasileira da COP30 foi lançar discussões oficiais sobre os dois mapas do caminho – para o fim da dependência das energias fósseis e o fim do desmatamento – ao longo do próximo ano, durante o mandato do embaixador André Corrêa do Lago. O papel das florestas na crise climática é central: elas não apenas absorvem cerca de 30% do CO₂ emitido no planeta, como a derrubada das árvores as torna fonte de mais emissões. O Brasil, com a maior floresta tropical do mundo, lidera o ranking dos países que mais devastam as florestas, seguido por República Democrática do Congo, Bolívia, Indonésia e Peru, entre outros. Mas o país é o único que já possui um roteiro para acabar com a devastação até o fim desta década, salientou a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, ao final da conferência em Belém. “A Amazônia não recebe apenas um legado, mas ela também oferece um legado. Com certeza o Brasil será uma referência para mapas do caminho em outros lugares e em outras regiões do mundo, salvaguardando os diferentes contextos e realidades em termos de conformação florestal”, indicou Silva. Liderança brasileira ameaçada Na visão de Fernanda Carvalho, o país tem demonstrado que poderá cumprir o objetivo: o desmatamento caiu 32% de 2023 para 2024, e iniciativas como o Plano Nacional de Bioeconomia alavancam o desenvolvimento sustentável na região, sem devastação. Entretanto, os retrocessos promovidos pelo Congresso na agenda ambiental, como a simplificação do licenciamento de grandes projetos dos governos, colocam a meta brasileira em xeque. “Tudo depende de vontade política, e a gente vê sempre que existem batalhas políticas internas. A flexibilização do licenciamento pode ser desastrosa e gerar mais desmatamento”, adverte Carvalho. A nova versão da Lei de Licenciamento Ambiental Especial (LAE) – criada por Lula por meio da Medida Provisória 1.308/2025 – foi aprovada a toque de caixa pelo Senado nesta quarta-feira (3), dias depois de o Congresso derrubar quase todos os vetos de Lula à atualização da Lei de Licenciamento Ambiental no país, o chamado PL da Devastação. Na prática, 52 dos 63 vetos não apenas caíram, como a nova lei amplia o alcance da LAE, que agora poderá se aplicar a qualquer obra considerada “estratégica” pelo governo, com liberação simplificada em até 12 meses. “O parecer da MP, aprovado com aval do governo Lula, já traz em seu texto a primeira encomenda: a BR-319, estrada que implodirá o controle do desmatamento - e, por tabela, das emissões de gases de efeito estufa do Brasil – passará a ser licenciada por LAE”, apontou o Observatório do Clima, em nota após a aprovação do texto. “A rodovia recebeu uma licença prévia ilegal no governo Bolsonaro, que fez o desmatamento no entorno da estrada explodir 122% em um ano após sua concessão. A licença hoje está suspensa na Justiça”, complementa a organização, que reúne quase 200 entidades de proteção do meio ambiente.
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, disse hoje, em entrevista à Rádio Eldorado, que o governo “avalia fortemente” ir à Justiça contra a decisão do Congresso de derrubar vetos do presidente Lula à Lei do Licenciamento Ambiental. “É como se a gente estivesse entrando em um completo caos ambiental”, afirmou. O ponto considerado mais crítico por ambientalistas e especialistas é o licenciamento autodeclaratório para empreendimentos de médio porte. Nesse processo, iniciativas com baixo ou médio potencial poluidor poderiam firmar uma Licença por Adesão e Compromisso (LAC), alegando o cumprimento da legislação para, desse modo, obter a autorização de funcionamento. Ao criticar a medida, Marina Silva se referiu às tragédias de Mariana e Brumadinho, em Minas Gerais, causadas pelo rompimento de barragens de rejeitos de minérios. “Isso é muito complicado. Mesmo com a licença dos órgãos ambientais, nós ainda temos atrocidades que são cometidas como as de Mariana e Brumadinho. São muito graves os prejuízos. É possível uma licença por LAC, mas apenas para empreendimentos de baixo impacto ambiental”, ressaltou.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Na segunda edição deste boletim você confere:- Marina Silva diz que avalia acionar o STF sobre a derrubada dos vetos da lei de licenciamento ambiental;- Com crise fiscal nos Correios, rombo de estatais se aproxima de ter recorde negativo e bate mais de 6 bilhões de reais;- Trump anuncia pausa na entrada de imigrantes de países que considera de “Terceiro Mundo”. O Boletim Rádio Gazeta Online é um conteúdo produzido diariamente com as principais notícias do Brasil e do mundo. Esta edição contou com a apresentação das monitoras Beatriz Martins e Maria Clara Pinheiro, do curso de Jornalismo.Escute agora!
Confira os destaques do Jornal da Manhã deste domingo (23): O doutor em Direito Jesualdo Almeida avaliou as expectativas para os desdobramentos jurídicos da prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), decretada pelo ministro Alexandre de Moraes (STF). Segundo ele, “nada mudará com a audiência de custódia”, indicando que o ex-presidente deve permanecer detido na sede da Polícia Federal em Brasília. A manutenção da prisão, afirma o jurista, é sustentada pela confissão de Bolsonaro de que tentou adulterar a tornozeleira eletrônica, o que configura desobediência judicial e risco de fuga. Diversos políticos paulistas da direita manifestaram solidariedade ao ex-presidente após a decisão do STF. O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirmou que Bolsonaro esteve “sempre cumprindo com suas obrigações”. O ex-presidente Jair Bolsonaro passará neste domingo (23) por uma audiência de custódia na sede da PF em Brasília. O procedimento é obrigatório e avalia a legalidade da prisão preventiva decretada no sábado (22). O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comentou a prisão preventiva durante a cúpula do G20 na África do Sul. Lula disse que não comentaria “uma decisão da Suprema Corte”, ressaltando que Bolsonaro “teve todo direito à presunção de inocência”. No entanto, acrescentou que “todo mundo sabe o que ele fez”. A 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), realizada em Belém, terminou sem consenso sobre um plano para o fim dos combustíveis fósseis. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, reagiu de forma emocionada ao impasse, afirmando que “as florestas irão perecer”. O presidente do Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental (Proam), Carlos Bocuhy, avaliou o resultado da conferência e afirmou que o impasse é reflexo de um “conflito de interesses profundo”, indicando que “nunca vai ter consenso” no cenário atual. A Turquia foi confirmada como sede da COP31, prevista para 2026, em decisão anunciada na reta final da conferência realizada em Belém. O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, rebateu críticas do vice-prefeito Ricardo Mello (PSD), que havia sugerido que o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) estaria tirando o mérito da gestão municipal sobre a Cracolândia. Nunes afirmou que a denúncia que motivou as ações ocorreu durante a “gestão dos dois”. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu com o chanceler alemão, Friedrich Merz, à margem do G20. Merz classificou o encontro como “agradável”, mas evitou comentar a crise no Brasil. Apesar do acordo de cessar-fogo, ataques aéreos de Israel na Faixa de Gaza deixaram ao menos 20 mortos e dezenas de feridos neste domingo (23). O Exército israelense afirmou que reagiu a uma “violação flagrante” do acordo por parte do Hamas. Essas e outras notícias você acompanha no Jornal da Manhã. Learn more about your ad choices. Visit megaphone.fm/adchoices
A COP30 terminou sem incluir o Mapa do caminho para o fim dos combustíveis fósseis e do desmatamento, mas avançou em financiamento climático, adaptação e transparência e aprovou mecanismos para uma transição energética justa. Houve o reconhecimento oficial de povos afrodescendentes e o direito à consulta livre e informada dos povos indígenas, incluindo grupos isolados, um marco histórico para esses movimentos.Marina Silva foi aplaudida de pé no encerramento da COP30 e destacou que o Brasil seguirá trabalhando até a COP31, reconheceu avanços modestos e reforçou o compromisso com a agenda climática.O Giro COP30 é uma produção da RW Cast.Texto e apresentação: Késsy Balog. Edição: Alexandre Cavalcante.
No 3 em 1 desta sexta-feira (21), o destaque foi o anúncio do presidente norte-americano Donald Trump, que surpreendeu ao decretar o fim da taxação de 40% sobre diversos produtos brasileiros, como carne bovina e café. O debate do programa analisa se a medida representa uma vitória da negociação do governo Lula ou um movimento unilateral dos EUA para conter preços internos e reforçar a política ‘America First'. Reportagem de Eliseu Caetano. O ministro do STF Alexandre de Moraes decretou a prisão preventiva do deputado federal Alexandre Ramagem, após o parlamentar ser visto nos Estados Unidos, levantando suspeitas de tentativa de fuga para evitar a execução da pena. O rascunho final da declaração da COP30 não menciona o abandono dos combustíveis fósseis, gerando reação de mais de 30 países. A proposta defendida por Marina Silva e pelo presidente Lula enfrenta resistência de nações em desenvolvimento, que acusam o Ocidente de hipocrisia e afirmam que a transição energética exige gradualismo. Reportagem de Bruno Pinheiro. O vice-presidente Geraldo Alckmin celebrou a retirada das tarifas norte-americanas sobre 238 produtos brasileiros, vista como avanço nas negociações bilaterais. No entanto, o governo agora mira na derrubada de sanções impostas a autoridades brasileiras pela Lei Magnitsky, como o ministro Alexandre de Moraes, em uma reaproximação que aposta na força econômica do Brasil. Reportagem de André Anelli. O presidente da Câmara, Hugo Motta, afirmou que houve ‘distorções' no debate sobre o PL Antifacção após a divulgação dos trechos polêmicos apresentados por Guilherme Derrite. Motta também rebateu críticas do presidente Lula e do ministro Fernando Haddad, divulgando um vídeo de um ex-integrante do Bope em defesa do projeto. Tudo isso e muito mais você acompanha no 3 em 1. Learn more about your ad choices. Visit megaphone.fm/adchoices
À la 30è conférence des Nations unies sur le changement climatique, organisée en ce moment à Belém au Brésil, ce vendredi 21 novembre 2025 est officiellement le dernier jour de négociations. Mais en raison de désaccords et d'un incendie, qui s'est déclaré jeudi (20 novembre 2025) dans l'enceinte de la COP, les négociations pourraient se poursuivre jusqu'à samedi (22 novembre). Une légère odeur de brûlé flotte encore dans les couloirs des immenses tentes temporaires de la COP30, explique notre envoyée spéciale à Belém, Lucile Gimberg. Hier après-midi, (20 novembre) malgré les six heures de fermeture, certains pays et blocs de pays puissants ont continué à discuter, de manière extra-officielle, toute la nuit. Il est probable que la COP s'étende jusqu'à demain samedi (22 novembre). «La COP se terminera au moment opportun pour les négociations. L'objectif n'est pas seulement de respecter le calendrier, mais d'atteindre les résultats escomptés en matière de changement climatique», a assuré Marina Silva, la ministre brésilienne de l'Environnement. La présidence de la COP a publié, à l'aube, une série de nouveaux textes dont le principal, le dénommé «mutirao» (un terme autochtone au Brésil pour dire qu'une communauté se rassemble pour réaliser une tâche commune). Dans ce texte, la présidence appelle les pays développés à redoubler d'efforts pour fournir 120 milliards de dollars aux pays en développement pour les aider à résister aux catastrophes climatiques. Mais rien d'obligatoire, alors que c'est une demande forte des pays africains notamment. De plus, elle exhorte les pays qui n'ont pas publié de nouveaux plans climat à le faire rapidement. Une formulation trop timide, estiment certains, alors que le manque d'ambition dans les politiques pour freiner le réchauffement mondial se fait sentir un peu partout sur la planète, explique Lucile Gimberg. L'Union européenne, dont la France, est donc mécontente. D'autant que le document ne mentionne plus une éventuelle «feuille de route» qui expliquerait comment les pays peuvent mettre en œuvre l'objectif, adopté à Dubaï, il y a deux ans, de sortie des énergies fossiles. Des pays - notamment pétroliers - s'y opposent. En Amazonie brésilienne, de l'açaí sans pesticides Non loin de Belém, où se tiennent les négociations de la COP30, on cultive dans l'État du Pará un fruit appelé l'açaí. Ce «superfruit antioxydant», en vogue en Europe ou encore aux États-Unis, est récolté au sommet de palmiers en Amazonie. Il est cueilli par des familles de peuples traditionnels qui habitent au bord des fleuves, dans des zones marécageuses. Une agriculture sans pesticides, qui permet de protéger la forêt tout en générant des revenus pour ces familles. Certaines travaillent ainsi en agroforesterie, comme dans la communauté de Mupi, à une demi-journée de voyage de Belém. «À l'époque, ces terres n'étaient pas entretenues. C'était du simple açaí natif. Et quand on a vu qu'il pouvait y avoir un marché de l'açaí, on a changé d'attitude et on en récolte les fruits aujourd'hui. On peut dire que l'açaí, c'est la spécialité de la maison. Ça représente la plus grande partie de nos revenus», explique Leonilson de Reis Castro, président de l'association des producteurs d'açaí de Mupi, au micro de notre correspondante Sarah Cozzolino. Au sein de la coopérative, les producteurs d'açaí ont reçu plusieurs formations pour encourager la biodiversité et la fertilité des sols, à contre-courant de la monoculture d'açaí observée dans certaines communautés. «Les entreprises jouent un rôle important. Car notre marché exige de l'açai bio, [d'autant plus que] les regards du monde entier sont tournés vers l'Amazonie, témoigne Solène Guillot, agronome chez Nossa, une entreprise française qui exporte l'açaí des producteurs de Mupi. Donc si on veut pouvoir vendre un produit qui vient d'Amazonie en Europe, il faut montrer patte blanche. [Montrer que c'est] vertueux pour le territoire, pour l'environnement, et pour les populations. » Le ministère de la Justice «enterré» en Bolivie Le nouveau président bolivien de centre-droit Rodrigo Paz a annoncé ce jeudi 20 novembre la suppression du ministère de la Justice. «Nous allons l'enterrer pour de bon. C'en est fini du ministère de la persécution, c'en est fini du ministère de l'injustice, [...] c'en est fini du ministère qui était un moyen pour les politiques de faire du chantage. Aucun homme politique n'interférera plus jamais dans le système judiciaire», a-t-il déclaré lors d'une conférence de presse. Parmi les proches de Rodrigo Paz, au centre-droit mais aussi à droite, la suppression du ministère de la Justice est saluée, souligne le site d'information Vision 360. Le gouverneur de la province de Santa Cruz, par exemple, estime que l'ancien président Evo Morales et son parti (le MAS, le Mouvement vers le socialisme) s'en servaient pour mener une persécution politique contre l'opposition de l'époque. Mais chez les élus qui font aujourd'hui partie de l'opposition, c'est perçu comme un «mauvais signal», un signe «d'instabilité» envoyé aux Boliviens, estime un candidat déçu à la vice-présidence. Pour sa part, La Razon rapporte les craintes que cela suscite pour la protection des droits humains dans le pays. Cet épisode reflète déjà des tensions et des divisions au plus haut niveau de l'État : les désaccords entre Rodrigo Paz et son vice-président sont apparus au grand jour, explique le journal El Alteño. Le vice-président avait d'abord obtenu que soit nommé un de ses proches au ministère de la Justice. Avant que soit révélé, il y a quelques jours, que ce dernier avait un casier judiciaire, une condamnation au pénal pour des faits de corruption, lit-on dans El Deber. Ce qui a finalement poussé Rodrigo Paz à tenir sa promesse de campagne et (face à la polémique) à supprimer le ministère de la Justice... Malgré les protestations, sur les réseaux, de son propre vice-président, explique encore le journal. Dans le journal de «La 1ère» Caraïbes... Deux ans de prison avec sursis et cinq ans d'inéligibilité ont été requis à Paris contre le président de la Collectivité de Martinique Serge Letchimy, rapporte Benoît Ferrand.
A reta final da COP30 foi interrompida por um incêndio na Blue Zone, área mais sensível das negociações. O episódio suspendeu reuniões — incluindo a que buscava o mapa do caminho para a descarbonização — e reacendeu o debate sobre fósseis, financiamento e segurança energética. Neste vídeo, a eixos acompanha in loco o impacto do incidente, traz falas do presidente Lula e da ministra Marina Silva, a avaliação da ONU sobre adaptação e mitigação, além da visão de Roberto Ardenghy (IBP) e da análise de Gabriela Ruddy sobre soberania, pobreza energética e o papel do petróleo brasileiro na transição. Capítulos 00:00:00 Abertura — incêndio paralisa a COP30 00:02:36 Mensagem da Acelen Renováveis 00:02:52 Incêndio na Blue Zone — o que aconteceu 00:09:56 Lula — fósseis, financiamento e consenso 00:11:40 Marina Silva — mapa do caminho e soberania 00:13:01 Análise — Gabriela Ruddy 00:16:30 ONU — Guterres e fósseis como 80% das emissões 00:18:19 Carta do setor privado pelo roadmap 00:19:16 Entrevista — Roberto Ardenghy (IBP) 00:21:38 Pobreza energética e competitividade 00:23:04 Encerramento
No podcast ‘Notícia No Seu Tempo’, confira em áudio as principais notícias da edição impressa do jornal ‘O Estado de S.Paulo’ desta quinta-feira (20/11/2025): Dezoito entidades de Previdência de Estados e municípios que, no total, investiram R$ 1,8 bilhão em papéis do Banco Master podem ficar no prejuízo com o processo de liquidação da instituição financeira. Esses fundos compraram títulos que ajudaram a financiar o avanço do Master depois que o Banco Central apertou a regulação para as captações com CDBs voltadas a investidores pessoa física. A maior exposição é a do Rioprevidência, dos servidores do Estado do Rio de Janeiro, que aplicou cerca de R$ 1 bilhão nos papéis, emitidos entre outubro de 2023 e agosto de 2024, com vencimento previsto para 2033 e 2034. A segunda entidade mais afetada é o fundo de pensão do Estado do Amapá (Amprev), com R$ 400 milhões em papéis do banco. E mais: Política: Relator indica mudanças no Senado de PL Antifacção, que opõe Lula a Motta Metrópole: Comando Vermelho atua em uma em cada quatro cidades da Amazônia Cultura: Quarentona e atual, canção ‘Exagerado’ está de voltaSee omnystudio.com/listener for privacy information.
No podcast ‘Notícia No Seu Tempo’, confira em áudio as principais notícias da edição impressa do jornal ‘O Estado de S.Paulo’ desta quarta-feira (19/11/2025): Em um período de menos de 16 horas, entre a tarde de segunda-feira e a manhã de ontem, a Justiça expediu ordem de prisão de Daniel Vorcaro, o banqueiro foi preso quando tentava sair do País num avião particular e o BC decretou a liquidação extrajudicial do Banco Master. Cumpria-se, assim, um ciclo iniciado quando investigação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal detectou indícios de que o Master vendeu R$ 12,2 bilhões em carteiras de crédito inexistentes ao BRB, banco público do DF, e entregou documentos falsos ao BC para tentar justificar o negócio. Essas informações resultaram na Operação Compliance Zero, da PF. Também foram presos Augusto Lima, ex-sócio de Vorcaro, e três diretores do banco. O presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, foi afastado. A liquidação extrajudicial ocorreu menos de um dia após o Grupo Fictor ter anunciado interesse na compra do Master. E mais: Política: Câmara impõe derrota ao governo e aprova sexta versão de PL Antifacção Metrópole: Proposta branda da COP-30 para combustível fóssil é alvo de crítica Internacional: Deputados dos EUA aprovam divulgação dos arquivos de Epstein Esportes: Brasil esfria expectativas, joga mal e fecha ano com empate frente à TunísiaSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Brazil's environment minister Marina Silva is calling on nations to commit to a voluntary and "self-determined" fossil-fuel phaseout roadmap at COP30. Debate continues over how aggressive nations should be and how such a roadmap should be enforced. Source: https://www.theguardian.com/environment/2025/nov/16/have-courage-to-create-fossil-fuel-phaseout-roadmap-at-cop30-brazilian-minister-urges Sodium-Ion Batteries That Work at -100°C Researchers at Purdue University have demonstrated a sodium-ion battery capable of operating reliably in extreme cold. The pouch cell was tested with real wind and solar inputs, raising possibilities for remote, polar, and space applications. Lightning Round At COP30 there are 50 fossil-fuel lobbyists for every delegate from the Philippines. The IEA's latest oil-demand forecast assumes no EV growth outside China and Europe—an assumption that defies basic economics and was influenced by Trump-era pressure. Sky debuts a silent, zero-emission hydrogen + sodium battery power system for film and TV sets. Story: https://fcw.sh/RgGKB0 Contact Us cleanenergyshow@gmail.com or leave us an online voicemail: http://speakpipe.com/clean Support The Clean Energy Show Join the Clean Club on our Patreon Page. Our PayPal Donate Page offers one-time or regular donations. Store Visit The Clean Energy Show Store
eixos na COP30: Geraldo Alckmin e Marina Silva defendem um mapa para reduzir dependência dos fósseis, com uma transição energética justa e gradual; COP30 vira vitrine para coprocessado da Petrobras; EPE lança estudo para captura de carbono gerado pelos biocombustíveis. Entrevistas exclusivas com: Elbia Gannoum, enviada especial de energia à COP30; Sylvie D'Apote, diretora-executiva do IBP; Ben Backwell, presidente da Aliança Global de Renováveis; e Heloísa Borges, diretora da EPE. O programa apresentado por Mariana Procópio, com a enviada especial Nayara Machado, traz os principais destaques do dia da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025, realizada em Belém (PA). Diálogos da Transição na COP30 tem patrocínio de Acelen. Inscreva-se no canal da eixos no Youtube, ative as notificações e fique por dentro de todos os conteúdos.
Brasil vai analisar os impactos de grandes projetos de infraestrutura na bacia do rio Tapajós logo após reunião entre lideranças Munduruku, Sônia Guajajara, Marina Silva, e André Corrêa do Lago. “Mapa do Caminho” visa eliminação gradual de combustíveis fósseis e já conta com apoio de vários países.O sábado começa com a Marcha do Clima, que será dividida em três blocos conduzidos por representantes de organizações sociais que integram a Cúpula dos Povos.O Giro COP30 é uma produção da RW Cast.Texto e apresentação: Késsy Balog. Edição: Alexandre Cavalcante.
No podcast ‘Notícia No Seu Tempo’, confira em áudio as principais notícias da edição impressa do jornal ‘O Estado de S.Paulo’ desta sexta-feira (07/11/2025): A Noruega anunciou investimento de US$ 3 bilhões no Fundo Florestas Tropicais Para Sempre, criado pelo governo Lula e lançado na COP-30, em Belém. Até o momento, 53 países endossaram declaração de apoio ao fundo. Apesar de só 5 deles “abrirem os cofres”, o ministro da Fazenda Fernando Haddad comemorou que já foram levantados 50% dos US$ 10 bilhões que se espera conseguir até o fim de 2026, quando termina a presidência brasileira na COP. Lula afirmou esperar “engajamento de bancos regionais e multilaterais”, citando o Banco dos Brics, presidido por Dilma Rousseff. Marina Silva disse que a França sinalizou aporte de € 500 milhões e que a Alemanha deve anunciar contribuição em breve. A Indonésia confirmou US$ 1 bilhão; Portugal e Holanda fizeram doações menores. O Brasil ainda espera investimentos do Reino Unido, Canadá e China. O objetivo final é levantar ao menos US$ 25 bilhões com governos e entidades filantrópicas. E mais: Economia: Vendas para os EUA recuam 37,9% no mês e ficam em US$ 2,2 bi Política: Supremo julga recursos e pode acelerar execução das penas do ‘núcleo crucial’ Metrópole: Alunos publicam imagens do Provão Paulista nas redes sociais Internacional: EUA tentam evitar caos aéreo e corte de 10% dos voos em 40 aeroportos Cultura: ‘O Agente Secreto’ chega ao circuito brasileiro enquanto busca indicação para o OscarSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Procurar emprego nunca foi exatamente prazeroso. Mas já faz alguns anos que o processo todo parece ter se tornado uma tortura com CNPJ. Você se candidata, grava um vídeo pra uma IA, faz até testes não remunerados… e recebe aquele e-mail padrão “infelizmente, você não foi selecionado.” A escritora Sarah Mathews chamou isso de um “ritual de humilhação.” E é difícil discordar. O candidato fala com robôs, os robôs respondem com robôs e ninguém mais parece ouvir pessoas de verdade. E o Brasil não tá muito diferente, não. A plataforma Gupy, por exemplo, virou quase um meme — basta digitar “fui reprovado pela Gupy” pra ver um multidão tentando entender se foi avaliada por um humano… ou por um algoritmo. A gente trocou a entrevista de emprego por um teste de paciência. E essa é a conversa de hoje. Carlos Merigo, Bia Fiorotto e Hiago Vinícius conversam com Ruy Braga, sociólogo especialista em sociologia do trabalho e professor da USP, para tentar entender como a tecnologia transformou a busca por trabalho num campo minado de ansiedade e desumanização. E principalmente: o que esse novo mercado de trabalho diz sobre o valor do trabalho — e da dignidade — em 2025. 10:49 - Pauta01:12:38 - QEAB _ MANO A MANO: O PODCAST DO MANO BROWN AGORA EM LIVRO A Companhia das Letras acaba de lançar o livro “Mano a Mano”, reunindo vinte entrevistas e trechos das quatro primeiras temporadas do podcast de Mano Brown. Além das conversas com nomes como Lula, Marina Silva, Sueli Carneiro, Emicida, Conceição Evaristo e Ronaldo Fenômeno, o livro traz introduções inéditas escritas pelo próprio Brown, fotos das gravações e um prefácio exclusivo. A primeira tiragem vem com um acabamento especial — pintura trilateral nas bordas. É bonito demais. Edição de colecionador pra ler e ter na estante. O livro “Mano a Mano” já está disponível em livrarias físicas e online. E pros ouvintes do Braincast tem um presente: Usando o cupom MANO10 na Amazon, até o dia 10 de novembro, você ganha 10% de desconto. Tanto na edição física quanto no e-book. --- NEXGARD SPECTRA®: É OUTRO NÍVEL DE PROTEÇÃO. https://www.cobasi.com.br/pesquisa?hotsite=nexgard-spectra-podcast&utm_source=parceiro_comercial&utm_medium=podcast&utm_campaign=boehringer_podcast_20nexgard&utm_source=globo&utm_medium=cpm&utm_content=AH_ALAMEA_BRASIL_25_aon_glo_glocom_awa_cpm_tutc_A25mais_60s_NA_braincast_boeh00995ne25&utm_campaign=AH_ALAMEA_BRASIL_NEX_25_AON_GLO_GLOCOM_AWA_CPM Cupom: 20nexgardVigência: Até 31/12Regras: 1 uso por CPF, não acumulativo com compra programada -- ✳️ TORNE-SE MEMBRO DO B9 E GANHE BENEFÍCIOS:Braincast secreto; grupo de assinantes no Telegram; e episódios sem anúncios!https://www.youtube.com/channel/UCGNdGepMFVqPNgaCkNBdiLw/join --
Em mais um dia de compromissos em Paris, a primeira-dama Janja Lula da Silva participou, nesta terça-feira (21), do seminário Diálogos Transatlânticos, realizado pela associação Autres Brésils na Universidade Sorbonne. O evento teve como objetivo promover o debate sobre estratégias de transformação ecológica, abordando temas como transição energética, educação ambiental e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), elaborados pela ONU. Tatiana Ávila, da RFI em Paris Em seu discurso de abertura, a primeira-dama, que é embaixadora dos ODS no Brasil e enviada especial para Mulheres na COP30, admitiu estar nervosa com a proximidade do evento, que começa no próximo dia 10 de novembro, em Belém, no Pará. Ela falou à RFI sobre suas expectativas: “Estou nervosa porque é um evento muito importante não só para o Brasil, mas para a humanidade. É o momento em que a gente precisa virar a chave, para realmente buscar soluções para as mudanças climáticas e para que o impacto seja efetivamente reduzido. Para que a gente possa ter uma redução da temperatura do planeta de forma mais consistente, o que ainda não conseguimos. E é o Brasil que está recebendo, então, como todo evento, a gente tem momentos de ansiedade. Mas, como diz o meu marido, vai dar tudo certo e vai ser a melhor COP que já aconteceu”, disse. Janja também comentou a recente liberação para pesquisas de exploração de petróleo em alto-mar na região amazônica, decisão amplamente criticada por especialistas, principalmente às vésperas da conferência sobre mudanças climáticas. Para ela, é preciso confiar no trabalho que vem sendo realizado pelos ministérios envolvidos: “Acho que há um trabalho muito grande do Ministério do Meio Ambiente e do de Minas e Energia para que se tenha segurança nessa pesquisa. Ainda não é exploração, são pesquisas que vão ser feitas. Não podemos negar a importância que os combustíveis fósseis têm para o desenvolvimento do país. Mas, em paralelo a isso, o governo tem trabalhado fortemente numa transição energética justa. Temos caminhado e temos propostas importantes conduzidas pelo ministro Haddad e pela ministra Marina Silva na questão da transição energética”, opinou. Enviada especial para Mulheres Durante o seminário, ao comentar as ações que vem realizando como enviada especial para Mulheres na COP30, a primeira-dama falou sobre o contato que tem tido com comunidades periféricas e ribeirinhas, e sobre a conscientização desses grupos quanto à proteção do meio ambiente. Ela afirmou, inclusive, ter convidado a primeira-dama francesa, Brigitte Macron, para participar do evento e realizar, com ela, uma visita a essas comunidades no Pará. Por ora, Janja ainda aguarda a confirmação da esposa de Emmanuel Macron. Deputada reprova governo francês Além de abrir o encontro, Janja participou também de um dos painéis, que discutiu a agenda mundial e a mobilização popular diante da crise ambiental. Integraram o debate a deputada francesa Aurélie Trouvé, do partido A França Insubmissa (esquerda radical), a doutoranda indígena Rossandra Cabreira e o secretário-executivo da Presidência da República, Lavito Bacarissa. A deputada francesa criticou o posicionamento do governo do país no tratamento das questões climáticas. Segundo ela, o presidente Emmanuel Macron está cada vez mais próximo da extrema direita, grupo político que, de acordo com ela, tem dois inimigos: “os estrangeiros e o meio ambiente”. “Hoje, a França já não é capaz de reduzir suas emissões de gases de efeito estufa. Em 2025, há uma estagnação dessas emissões, quando, na verdade, seria necessário reduzi-las drasticamente”, declarou. Críticas ao governo Bolsonaro e solidariedade ao povo palestino Ao longo do painel, Janja também criticou as ações de “retrocesso do governo passado”. Segundo ela, “se não fosse a sociedade civil e a academia, teríamos tido retrocessos significativos. Tivemos retrocessos, mas a sociedade civil conseguiu ‘segurar a onda'”, afirmou. A primeira-dama ainda falou sobre o uso da fome como arma de guerra e prestou solidariedade ao povo palestino: “Que esse acordo de paz realmente aconteça para que a gente não testemunhe mais os horrores da fome e de crianças assassinadas”, disse. Após o encontro na Sorbonne, Janja seguiu para a Indonésia, onde se encontra com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em visita de Estado pela Ásia. Participaram ainda do evento o embaixador do Brasil na França, Ricardo Neiva Tavares, o comissário da Temporada Brasil-França, Emílio Kalil, o diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Enio Verri, além de especialistas, pesquisadores, representantes da sociedade civil, jornalistas e estudantes universitários do Brasil e da França.
Neste episódio do LatitudeCast, conversamos com Edilson Martins, jornalista com mais de cinco décadas dedicadas à cobertura das questões indígenas, autor de nove livros e vencedor do Prêmio Vladimir Herzog. Aos 90 anos, ele relança Nossos Índios, Nossos Mortos, obra pioneira que marcou a imprensa ao dar voz direta aos povos originários em plena ditadura militar. Entre memórias e reflexões, Edilson fala sobre sua trajetória marcada pela resistência, os bastidores do livro que atravessou a censura, sua relação com lideranças como Chico Mendes e Marina Silva, e sua visão sobre democracia, política e os desafios contemporâneos para os povos indígenas em meio à COP30 e ao avanço da devastação ambiental. Escute agora! Siga nosso perfil: ➡️Instagram: www.instagram.com/revistaamazonialatitude/ ➡️Facebook: www.facebook.com/revistaamazonialatitude/ ➡️Twitter: twitter.com/amazonialatitud ➡️LinkedIn: www.linkedin.com/company/amaz-nia-latitude Acompanhe nosso conteúdo: ➡️amazonialatitude.com
Confira os destaques do Jornal da Manhã desta quinta-feira (02): O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comemorou a aprovação, na Câmara dos Deputados, do projeto que amplia a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais. A proposta, que também prevê a criação de um imposto mínimo para super-ricos, foi celebrada pelo governo como um avanço. Em entrevista à Jovem Pan, o líder do governo na Câmara, deputado Odair Cunha (PT), comentou os próximos passos da medida. O vice-presidente Geraldo Alckmin conversou com o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, sobre as relações comerciais entre os dois países. Segundo fontes do governo, Alckmin disse que o Brasil estuda medidas de resposta ao “tarifaço” imposto por Washington, mas reforçou que a prioridade é o diálogo. A ligação ocorreu em meio às negociações para um possível encontro entre Lula e o presidente norte-americano Donald Trump. Reportagem de Igor Damasceno. O chanceler Mauro Vieira afirmou que ainda não há definição sobre o formato ou a data do encontro entre Lula e Trump. Segundo o ministro, as conversas com a Casa Branca continuam para viabilizar a reunião no momento adequado, destacando a importância do diálogo nas relações bilaterais. Comentários de Cristiano Vilela e José Maria Trindade. Reportagem de André Anelli. A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, se reuniu nesta quarta-feira (1º) com o papa Leão XIV e o convidou para participar da COP30, conferência da ONU sobre mudanças climáticas que será realizada em novembro de 2025, em Belém. Reportagem de Pedro Tritto. Essas e outras notícias você acompanha no Jornal da Manhã. Learn more about your ad choices. Visit megaphone.fm/adchoices
A realização da próxima Conferência do Clima da ONU em Belém do Pará (COP30) aproximará, pela primeira vez, os líderes globais de uma realidade complexa: a de que a preservação ambiental só vai acontecer se garantir renda para as populações locais. Conforme o IBGE, mais de um terço (36%) dos 28 milhões habitantes da Amazônia Legal estão na pobreza, um índice superior à média nacional. Lúcia Müzell, enviada especial da RFI a Belém e Terra Santa (Pará) Ao longo de décadas de ocupação pela agricultura, mineração e extração de madeira, incentivadas pelo Estado, instalou-se na região o imaginário de que a prosperidade passa pelo desmatamento. O desafio hoje é inverter esta lógica: promover políticas que façam a floresta em pé ter mais valor do que derrubada. Os especialistas em preservação alertam há décadas que uma das chaves para a proteção da floresta é o manejo sustentável dos seus recursos naturais, com a inclusão das comunidades locais nessa bioeconomia. Praticamente 50% do bioma amazônico está sob Unidades de Conservação do governo federal, que podem ser Áreas de Proteção Permanente ou com uso sustentável autorizado e regulamentado, como o das concessões florestais. A cadeia da devastação começa pelo roubo de madeira. Depois, vem o desmatamento da área e a conversão para outros usos, como a pecuária. A ideia da concessão florestal é “ceder” territórios sob forte pressão de invasões para empresas privadas administrarem, à condição de gerarem o menor impacto possível na floresta e seus ecossistemas. Essa solução surgiu em 2006 na tentativa de frear a disparada da devastação no Brasil, principalmente em áreas públicas federais, onde o governo havia perdido o controle das atividades ilegais. A ideia central é que a atuação de uma empresa nessas regiões, de difícil acesso, contribua para preservar o conjunto de uma grande área de floresta, e movimente a economia local. Os contratos duram 40 anos e incluem uma série de regras e obrigações socioambientais, com o aval do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). A madeira então recebe um selo de sustentabilidade emitido por organismos reconhecidos internacionalmente – o principal deles é o FSC (Forest Stewardship Council). Atualmente, 23 concessões florestais estão em operação pelo país. "Qualquer intervenção na floresta gera algum impacto. Mas com a regulamentação do manejo florestal e quando ele é bem feito em campo, você minimiza os impactos, porque a floresta tropical tem um poder de regeneração e crescimento muito grandes”, explica Leonardo Sobral, diretor da área de Florestas e Restauração do Imaflora (Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola), parceiro do FSC no Brasil. "O que a gente observa, principalmente através de imagens de satélite, é que em algumas regiões que são muito pressionadas e que têm muito desmatamento no entorno, a única área de floresta que restou são florestas que estão sob concessão. Na Amazônia florestal sobre pressão, que é onde está concentrada a atividade ilegal predatória, existem florestas que estão na iminência de serem desmatadas. É onde entendemos que as concessões precisam acontecer, para ela valer mais em pé do que derrubada”, complementa. Manejo florestal em Terra Santa Na região do Pará onde a mata é mais preservada, no oeste do Estado, a madeireira Ebata é a principal beneficiada de uma concessão em vigor na Floresta Nacional de Saracá-Taquera, entre os municípios de Oriximiná, Faro e Terra Santa. Numa área de 30 mil hectares, todas as árvores de interesse comercial e protegidas foram catalogadas. Para cada espécie, um volume máximo de unidades pode ser extraído por ano – em média, 30 metros cúbicos de madeira por hectare, o que corresponde a 3 a 6 árvores em um espaço equivalente a um campo de futebol. A floresta foi dividida em 30 “pedaços” e, a cada ano, uma área diferente é explorada, enquanto as demais devem permanecer intocadas. O plano prevê que, três décadas após uma extração, a fatia terá se regenerado naturalmente. "Para atividades extrativistas como madeira, a castanha do Brasil ou outros produtos que vem da floresta, a gente depende que ela continue sendo floresta”, afirma Leônidas Dahás, diretor de Meio Ambiente e Produtos Florestais da empresa. "Se em um ano, a minha empresa extrair errado, derrubar mais do que ela pode, eu não vou ter no ano que vem. Daqui a 30 anos, eu também não vou ter madeira, então eu dependo que a floresta continue existindo.” Estado incapaz de fiscalizar Unidades de Conservação A atuação da empresa é fiscalizada presencialmente ou via satélite. A movimentação da madeira também é controlada – cada tora é registrada e os seus deslocamentos devem ser informados ao Serviço Florestal Brasil (SFB), que administra as concessões no país. "Uma floresta que não tem nenhum dono, qualquer um vira dono. Só a presença de alguma atividade, qualquer ela que seja, já inibe a grande parte de quem vai chegar. Quando não tem ninguém, fica fácil acontecer qualquer coisa – qualquer coisa mesmo”, observa Dahás. A bióloga Joice Ferreira, pesquisadora na Embrapa Amazônia Oriental, se especializou no tema do desenvolvimento sustentável da região e nos impactos do manejo florestal. Num contexto de incapacidade do Estado brasileiro de monitorar todo o território e coibir as ilegalidades na Amazônia, ela vê a alternativa das concessões florestais como “promissora” – embora também estejam sujeitas a irregularidades. Os casos de fraudes na produção de madeira certificada não são raros no país. “Você tem unidades de conservação que são enormes, então é um desafio muito grande, porque nós não temos funcionários suficientes, ou nós não temos condições de fazer esse monitoramento como deveria ser feito”, frisa. “Geralmente, você tem, em cada unidade de conservação, cinco funcionários.” Em contrapartida do manejo sustentável, a madeireira transfere porcentagens dos lucros da comercialização da madeira para o Instituo Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e o SFB, que distribuem os recursos para o Estado do Pará e os municípios que abrigam as Flonas, como são chamadas as Florestas Nacionais. Populações no interior da Amazônia sofrem de carências básicas O dinheiro obrigatoriamente deve financiar projetos de promoção do uso responsável das florestas, conservação ambiental e melhora da gestão dos recursos naturais na região. Todo o processo é longo, mas foi assim que a cidade de Terra Santa já recebeu mais de R$ 800 mil em verbas adicionais – um aporte que faz diferença no orçamento da pequena localidade de 19 mil habitantes, onde carências graves, como saneamento básico, água encanada e acesso à luz, imperam. "Quase 7 mil pessoas que moram na zona rural não têm tem acesso à energia elétrica, que é o básico. Outro item básico, que é o saneamento, praticamente toda a população ribeirinha e que mora em terra firme não têm acesso à água potável”, detalha a secretária municipal de Meio Ambiente, Samária Letícia Carvalho Silva. "Elas consomem água do igarapé. Quando chega num período menos chuvoso, a gente tem muita dificuldade de acesso a água, mesmo estando numa área com maior bacia de água doce do mundo. Nas áreas de várzea, enche tudo, então ficam misturados os resíduos de sanitários e eles tomam aquela mesma água. É uma situação muito grave na região.” Com os repasses da concessão florestal, a prefeitura construiu a sede da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, distribuiu nas comunidades 50 sistemas de bombeamento de água movido a energia solar e painéis solares para o uso doméstico. A família da agente de saúde Taila Pinheiro, na localidade de Paraíso, foi uma das beneficiadas. A chegada das placas fotovoltaicas zerou um custo de mais de R$ 300 por mês que eles tinham com gerador de energia. "Antes disso, era lamparina mesmo. Com o gerador, a gente só ligava de noite, por um período de no máximo duas horas. Era só para não jantar no escuro, porque era no combustível e nós somos humildes, né?”, conta. "A gente não conseguia ficar com a energia de dia." A energia solar possibilitou à família ter confortos básicos da cidade: armazenar alimentos na geladeira, carregar o celular, assistir televisão. Um segundo projeto trouxe assistência técnica e material para a instalação de hortas comunitárias. A venda do excedente de hortaliças poderá ser uma nova fonte de renda para a localidade, que sobrevive da agricultura de subsistência e benefícios sociais do governo. "A gente já trabalhava com horta, só que a gente plantava de uma maneira totalmente errada. Até misturar o adubo de maneira errada a gente fazia, por isso a gente acabava matando as nossas plantas”, observa. “A gente quer avançar, para melhorar não só a nossa alimentação, mas levar para a mesa de outras pessoas." Acesso à água beneficia agricultura Na casa de Maria Erilda Guimarães, em Urupanã, foi o acesso mais fácil à água que foi celebrado: ela e o marido foram sorteados para receber um kit de bombeamento movido a energia solar, com o qual extraem a água do poço ou do próprio rio, com bem menos esforço braçal. No total, quase 50 quilômetros de captura de água pelo sistema foram distribuídos nas comunidades mais carentes do município. O casal completa a renda da aposentadoria com a venda de bebidas e paçoca caseira para os visitantes no período da estação seca na Amazônia, a partir de agosto. O marido de Maria Erilda, Antônio Conte Pereira, também procura fazer serviços esporádicos – sem este complemento, os dois “passariam fome”. "Foi um sucesso para nós, que veio mandado pelo governo, não sei bem por quem foi, pela prefeitura, não sei. Mas sei que foi muito bom”, diz Pereira. "Não serviu só para nós, serviu para muitos aqui. A gente liga para as casas, dá água para os vizinhos, que também já sofreram muito carregando água do igarapé, da beira do rio." Urupanã é uma praia de rio da região, onde o solo arenoso dificulta o plantio agrícola. No quintal de casa, os comunitários cultivam mandioca e frutas como mamão, abacaxi e caju. O bombeamento automático da água facilitou o trabalho e possibilitou ampliar o plantio de especiarias como andiroba e cumaru, valorizados pelas propriedades medicinais. "Para muitas famílias que ainda precisavam bater no poço, foi muito legal. A gente conseguiu manter as nossas plantas vivas no verão”, conta Francisco Neto de Almeida, presidente da Associação de Moradores de Urupanã, onde vivem 38 famílias. 'Fazer isso é crime?' A prefeitura reconhece: seria difícil expandir rapidamente a rede elétrica e o acesso à água sem os recursos da madeira e dos minérios da floresta – outra atividade licenciada na Flona de Saracá-Taquera é a extração de bauxita, pela Mineração Rio do Norte. Entretanto, o vice-prefeito Lucivaldo Ribeiro Batista considera a partilha injusta: para ele, o município não se beneficia o suficiente das riquezas da “Flona”, que ocupa um quarto da superfície total de Terra Santa. Para muitos comunitários, a concessão florestal e a maior fiscalização ambiental na região estrangularam a capacidade produtiva dos pequenos agricultores. "Existe esse conflito. Hoje, se eu pudesse dizer quais são os vilões dos moradores que estão em torno e dentro da Flona, são os órgãos de fiscalização federal, que impedem um pouco eles de produzirem”, constata ele, filiado ao Partido Renovação Democrática (PRD), de centro-direita. "E, por incrível que pareça, as comunidades que estão dentro da Flona são as que mais produzem para gente, porque é onde estão os melhores solos. Devido todos esses empecilhos que têm, a gente não consegue produzir em larga escala”, lamenta. A secretária de Meio Ambiente busca fazer um trabalho de esclarecimento da população sobre o que se pode ou não fazer nos arredores da floresta protegida. Para ela, a concessão teria o potencial de impulsionar as técnicas de manejo florestal sustentável pelas próprias comunidades dos arredores de Sacará-Taquera. Hoje, entretanto, os comunitários não participam desse ciclo virtuoso, segundo Samária Carvalho Silva. “Eles pedem ajuda. ‘Fazer isso não é crime?'. Eles têm muito essa necessidade de apoio técnico. Dizem: 'Por que que eu não posso tirar a madeira para fazer minha casa e a madeireira pode?'", conta ela. "Falta muito uma relação entre esses órgãos e as comunidades”, avalia. Há 11 anos, a funcionária pública Ilaíldes Bentes da Silva trabalhou no cadastramento das famílias que moravam dentro das fronteiras da Flona – que não são demarcadas por cercas, apenas por placas esparsas, em uma vasta área de 440 mil hectares. Ela lembra que centenas de famílias foram pegas de surpresa pelo aumento da fiscalização de atividades que, até então, eram comuns na região. "Tem muita gente aqui que vive da madeira, mas a maioria dessas madeiras eram tiradas ilegalmente. Com o recadastramento, muitas famílias pararam”, recorda-se. “Para as pessoas que vivem dessa renda, foi meio difícil aceitar, porque é difícil viver de farinha, de tucumã, de castanha e outras coisas colhidas nessa região do Pará.” Kelyson Rodrigues da Silva, marido de Ilaíldes, acrescenta que “até para fazer roça tinha que pedir permissão para derrubar” a mata. “Hoje, eu entendo, mas tem gente que ainda não entende. O ribeirinho, para ele fazer uma casa, tem que derrubar árvore, e às vezes no quintal deles não tem. Então eles vão tirar de onde?”, comenta. “Quando vem a fiscalização, não tem como explicar, não tem documento.” Espalhar o manejo sustentável A ecóloga Joice Ferreira, da Embrapa, salienta que para que o fim do desmatamento deixe de ser uma promessa, não bastará apenas fiscalizar e punir os desmatadores, mas sim disseminar as práticas de uso e manejo sustentável da floresta também pelas populações mais vulneráveis – um desafio de longo prazo. “Não adianta chegar muito recurso numa comunidade se ela não está preparada para recebê-lo. Muitas vezes, as empresas chegam como se não houvesse nada ali e já não tivesse um conhecimento, mas ele existe”, ressalta. “As chances de sucesso vão ser muito maiores se as empresas chegarem interessadas em dialogar, interagir e aumentar as capacidades do que já existe. Isso é fundamental para qualquer iniciativa de manejo sustentável ter sucesso”, pontua a pesquisadora. Um dos requisitos dos contratos de concessão florestal é que a mão de obra seja local. A madeireira Ebata reconhece que, no começo, teve dificuldades para contratar trabalhadores só da cidade, mas aos poucos a capacitação de moradores deu resultados. A empresa afirma que 90% dos empregados são de Terra Santa. “No início da minha carreira em serraria, eu trabalhei em madeireiras que trabalhavam de forma irregular. Me sinto realizado por hoje estar numa empresa que segue as normas, segue as leis corretamente”, afirma Pablio Oliveira da Silva, gerente de produção da filial. Segundo ele, praticamente tudo nas toras é aproveitado, e os resíduos são vendidos para duas olarias que fabricam tijolos. Cerca de 10% da madeira é comercializada no próprio município ou destinada a doações para escolas, centros comunitários ou igrejas. Na prefeitura, a secretária Samária Silva gostaria de poder ir além: para ela, a unidade de beneficiamento de madeira deveria ser na própria cidade, e não em Belém. Da capital paraense, o produto é vendido para os clientes da Ebapa, principalmente na Europa. “O município é carente de empreendedorismo e de fontes de renda. A gente praticamente só tem a prefeitura e a mineração”, explica. “Essas madeireiras, ao invés de ter todo esse processo produtivo aqui... ‘Mas o custo é alto. A gente mora numa área isolada, só tem acesso por rios e isso tem um custo'. Mas qual é a compensação ambiental que vai ficar para o município, da floresta? Essas pessoas estão aqui vivendo, o que vai ficar para elas?”, indaga. Foco das concessões é conter o desmatamento O engenheiro florestal Leonardo Sobral, do Imaflora, constata que, de forma geral no Brasil, as comunidades locais não se sentem suficientemente incluídas nas soluções de preservação das florestas, como as concessões. Uma das razões é a falta de conhecimento sobre o que elas são, como funcionam e, principalmente, qual é o seu maior objetivo: conter o desmatamento e as atividades predatórias nas Unidades de Conservação. Em regiões carentes como no interior do Pará, esses grandes empreendimentos podem frustrar expectativas. “São problemas sociais do Brasil como um todo. Uma concessão florestal não vai conseguir endereçar todos os problemas”, salienta. Esses desafios também simbolizam um dos aspectos mais delicados das negociações internacionais sobre as mudanças climáticas: o financiamento. Como diminuir a dependência econômica da floresta num contexto em que faltam verbas para atender às necessidades mais básicas das populações que vivem na Amazônia? Como desenvolver uma sociobioeconomia compatível com a floresta se as infraestruturas para apoiar a comercialização dos produtos não-madeireiros são tão deficientes? “O recurso que chega do financiamento climático pode ser muito importante para fazer a conservação. Nós temos um exemplo bem claro, que é do Fundo Amazônia”, lembra Joice Ferreira. “Agora, nós temos ainda uma lição a aprender que é como fazer esse link com as comunidades locais, que têm o seu tempo próprio, os seus interesses próprios. Ainda não sabemos como fazer esse diálogo de forma justa.” Entre os projetos financiados pelo Fundo Amazônia, alguns destinam-se especificamente a melhorar as condições sociais das populações do bioma, como os programas da Fundação Amazônia Sustentável e o Sanear Amazônia. Na COP30, em Belém, o Brasil vai oficializar uma proposta de financiamento internacional específico para a conservação das florestas tropicais do planeta, inspirada no Fundo Amazônia, mas incluindo um mecanismo de investimentos que gere dividendos. A ideia central do Fundo Florestas Tropicais Para Sempre (TFFF, na sigla em inglês) é prever recursos perenes para beneficiar os países que apresentem resultados na manutenção e ampliação das áreas de mata preservadas. “Somos constantemente cobrados por depender apenas de dinheiro público para essa proteção, mas o Fundo Florestas Tropicais para Sempre representa uma virada de chave”, disse a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima do Brasil, Marina Silva, em um evento em Nova York, em meados de setembro. “Não é doação, e sim uma iniciativa que opera com lógica de mercado. É uma nova forma de financiar a conservação, com responsabilidade compartilhada e visão de futuro", complementou a ministra. * Esta é a segunda reportagem de uma série do podcast Planeta Verde da RFI na Amazônia. As reportagens, parcialmente financiadas pelo Imaflora, vão ao ar todas as quintas-feiras até a COP30 em Belém, em novembro.
Get bonus content at wickedproblems.earth Dr. Lorna Gold is the executive director of the Laudato Sì Movement, which was inspired by the late Pope Francis' 2015 letter. That document, considered pretty radical for the leader of the Catholic Church to issue at the time, was credited by former Irish president Mary Robinson and others with influencing the Paris Agreement - and you can hear echoes of it as recently as the advisory opinion issued this summer by the International Court of Justice. On its 10th anniversary, Francis' successor Pope Leo will lead the Raising Hope Conference, 1-3 October in Rome - but also available via livestream - talking about the relevance of its ideas for the situation we're in now. More than a “Catholic” thing, it will feature people as diverse as Brazil's climate minister Marina Silva (in the runup to COP30), climate scientist Dr. Katharine Hayhoe, Bill McKibben, Arnold Schwarzenegger, Tuvalu climate minister Dr Maina Talia, Bianca Pitt of SHE Changes Climate, Fossil Fuel Non-Proliferation Treaty president Kumi Naidoo, and more. Somehow, Lorna was able to take a break from organising the event to speak to us. Lorna earned a PhD in economic geography from Glasgow University and author of Climate Generation: Awakening to our Childrens' Future.It's a great chat and we think you'll enjoy it. In This Conversation01:22 Introduction to Dr. Lorna Gold 02:21 Personal Tragedy and Resilience 05:29 Hope vs. Optimism 09:17 Relevance of Laudato Si' 13:01 International Court of Justice Ruling 15:21 Economic Systems and Climate Action 21:51 Pope Francis, Pope Leo and COP 30 22:31 Upcoming Conference and Call to Action 24:25 Personal Reflection on Climate Impact 27:56 Discussing Future Conversations 28:40 Mother's Role in Climate Action 29:39 Women of Faith for Climate Justice 31:37 The Raging Grannies and Activism 33:12 The Sharing Economy and Climate Generation 34:42 Sufficiency and Economic Inequality 41:17 The Role of Storytelling in Climate Education 44:34 Hope and Action in Climate Movements 47:31 Pope or Nope Quiz Hosted on Acast. See acast.com/privacy for more information.
Confira os destaques do Jornal da Manhã deste domingo (07): A Jovem Pan acompanhou os desfiles em comemoração ao feriado da Independência do Brasil, em Brasília. A celebração começou às 9h e contou com a participação do presidente Lula, além de presenças como Geraldo Alckmin, Hugo Motta, Rui Costa, Ricardo Lewandowski e Marina Silva. O tema central da cerimônia de 2025 foi “Brasil Soberano”. Reportagem: Victória Abel. Comentários: Deysi Cioccari e José Maria Trindade. Em São Paulo, as comemorações tiveram início com a apresentação da banda da Polícia Militar e a participação de crianças de uma escola municipal. O evento reuniu mais de 5 mil pessoas neste domingo. Reportagem de Misael Mainetti e Laylla Fiore. Em Minas Gerais, o governador Romeu Zema participou do desfile em Belo Horizonte e, em seguida, seguiu viagem para São Paulo. Já no Rio de Janeiro, o centro da cidade foi palco de uma tradicional cerimônia cívico-militar, enquanto em Copacabana ocorreu um ato de solidariedade ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Reportagem de Rodrigo Costa e Rodrigo Viga. Essas e outras notícias você acompanha nesta edição do Jornal da Manhã. Learn more about your ad choices. Visit megaphone.fm/adchoices
NESTA EDIÇÃO. Pressão na Conta de Desenvolvimento Energético contribui para projeções de maior aumento nas tarifas de energia este ano. Lula conversa com Putin, em meio às taxações impostas pelos EUA. Entidades propõem uso de biodiesel no abastecimento de veículos e geração de energia elétrica na COP 30. Marina Silva elogia vetos presidenciais no PL do licenciamento; ambientalistas veem brechas.
Polícia estima que 90 mil pessoas participaram em Sydney da marcha em apoio aos palestinos em Gaza. A atriz e comediante Magda Szubanski é o mais novo nome fazer parte do Logies Hall of Fame. Quase todo o território continental de Portugal está em alerta com a evolução dos incêndios florestais. No Brasil, Marina Silva classifica como "achaque" os preços dos hotéis em Belém para as delegações que participaração da Conferência do Clima em novembro.
Câmara aprova pauta-bomba de R$ 30 bi para governo após veto de Lula e derrota no IOF. E presidente critica Trump e afirma que Brasil vai taxar empresas de tecnologia dos EUA.See omnystudio.com/listener for privacy information.
No podcast ‘Notícia No Seu Tempo’, confira em áudio as principais notícias da edição impressa do jornal ‘O Estado de S.Paulo’ desta sexta-feira (18/07/2025): O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez pronunciamento em rede nacional de rádio e TV no qual exortou o nacionalismo, chamou o tarifaço imposto por Donald Trump de “chantagem inaceitável”, classificou políticos que apoiam a iniciativa como “traidores da Pátria” e disse que não há “vencedores em guerras tarifárias”. Antes, em evento da União Nacional dos Estudantes (UNE) e em entrevista à CNN Internacional, ele afirmou que as big techs americanas devem ser tributadas no Brasil. Com produção que tinha ares de propaganda política, Lula afirmou na TV que negociadores brasileiros fizeram “mais de 10 reuniões” com o governo americano “e o que veio foi uma chantagem inaceitável em forma de ameaças às instituições brasileiras”. E mais: Economia: Haddad diz que não trabalha com a hipótese de não resolver o tarifaço Política: PF apura vínculos de ministros do STJ com empresário investigado Internacional: Alemanha e Reino Unido assinam seu 1º pacto de defesa após 2ª Guerra Metrópole: Novo licenciamento reduz atuação de Estados e deve ter judicialização Caderno 2: Exposição tenta ‘apresentar’ Raul Seixas à geração ZSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Neste episódio do podcast do PublishNews, vamos falar da FLIP e do autor homenageado deste ano: Paulo Leminski.De 30 de julho a 3 de agosto, a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) celebra sua 23ª edição. Um dos destaques da programação principal deste ano é a forte presença das discussões políticas, voltadas para o contexto geopolítico, na programação do evento. Entre os nomes anunciados, estão Arnaldo Antunes – que vai fazer a sessão de abertura do evento, na quarta-feira –, Marina Silva, Gregório Duvivier e o historiador Ilan Pappe.Este ano a Festa volta a seu período tradicional, entre os meses de julho e agosto, depois de alterações em seu calendário em decorrência da pandemia. O autor homenageado desta edição é Paulo Leminski. Em Paraty, a Flip terá dois novos espaços: o Palco Caprichos e Relaxos, dedicado à poesia, e o Palco da Praia, onde vão se apresentar as mais diversas manifestações culturais paratienses e da região da Costa Verde. A curadoria literária é, pelo segundo ano, da editora Ana Lima Cecilio. A Flip e o Centro de Pesquisa e Formação do Sesc promoveram na última semana o Ciclo do Autor Homenageado, na capital paulista. Em quatro encontros, a série de debates, que antecede a Festa, convidou autores e poetas de diferentes gerações, permitindo aprofundamentos e investigações multidisciplinares a respeito do homenageado da edição.Neste episódio do Podcast do PublishNews, vamos ouvir a mesa de abertura do evento, que contou com Alice Ruiz e José Miguel Wisnik, com mediação do editor Tarso de Melo.Antes da mesa, vamos ouvir Mauro Munhoz, diretor artístico da Flip, e Ana Lima Cecilio, a curadora. E obrigado a Casa Azul pela gravação. E falando em Paraty, A Casa PublishNews, mais uma vez, vai promover uma programação para leitores e profissionais do livro, no mesmo local dos últimos anos. Esperamos vocês por lá!Este podcast é um oferecimento da MVB América Latina! Onde a inovação e tecnologia impulsionam o mercado do livro. Com a Pubnet, você ganha eficiência, agilidade e segurança em cada pedido.E quando o assunto é metadados… metadados é com Metabooks!Porque, no fim das contas, o propósito da MVB é um só: levar os livros até os leitores! https://pt.mvb-online.com/Já ouviu falar em POD, impressão sob demanda? Nossos parceiros da UmLivro são referência dessa tecnologia no Brasil, que permite vender primeiro e imprimir depois; reduzindo custos com estoque, armazenamento e distribuição. Com o POD da UmLivro, você disponibiliza 100% do seu catálogo sem perder nenhuma venda. http://umlivro.com.bre também com o apoio da CBLA Câmara Brasileira do Livro representa editores, livreiros, distribuidores e demais profissionais do setor e atua para promover o acesso ao livro e a democratização da leitura no Brasil. É a Agência Brasileira do ISBN e possui uma plataforma digital que oferece serviços como: ISBN, Código de Barras, Ficha Catalográfica, Registro de Direito Autoral e Carta de Exclusividade. https://cbl.org.br
Confira na edição do Jornal da Record desta quarta (2): Governo apresenta ao STF plano para reembolsar vítimas de fraudes do INSS. Presidente Lula chega à Argentina para a cúpula do Mercosul, horas depois de confirmar acordo com países da Europa. Marina Silva sofre ataque de deputados em sessão na Câmara. Nos Estados Unidos, rapper é condenado por envolvimento com a prostituição, mas é absolvido de crimes mais graves. Europa já registra oito mortes por causa do calor extremo. No Brasil, Santa Catarina tem a menor temperatura do ano: dez graus abaixo de zero. E no futebol, clubes corrigem erros e recuperam jogadores machucados, de olho no Brasileirão.
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A primeira rodada de diálogos do chamado Balanço Ético Global em Londres entre a Presidência da COP30 e grupos seletos de lideranças da Europa, nesta terça-feira (24), coincidiu com o início da reunião da Otan e parte do mundo em guerra. O multilateralismo, fundamental para se chegar a um acordo climático, está em cheque. Yula Rocha, correspondente da RFI em Londres Como falar da luta ambiental, enquanto as maiores potências do mundo se comprometem a se armar cada vez mais para enfrentar o cenário instável da geopolítica atual? Como engajar a sociedade civil, empresas, governos e países vulneráveis a toda forma de conflito e manter a meta do limite de aquecimento global a 1,5 grau, acordada em Paris, há dez anos? A ministra do Meio Ambiente do Brasil, Marina Silva, idealizadora desse ciclo de escutas abraçado pelo presidente Lula e o Secretário-Geral da ONU, António Guterres, aproveitou a ocasião para falar de ética em tempos de guerra. “Acho que nesses momentos difíceis que nós estamos vivendo de guerra é fundamental criar um constrangimento ético em relação à diferentes formas de auto-destruição que estamos fazendo. Uma hora é por uma guerra de uns contra os outros, mas há uma guerra silenciosa e essa não é sentida com a mesma radicalidade das guerras bélicas.” A guerra silenciosa a que a ministra se refere é a guerra contra a natureza, em curso há séculos e que, como consequência, mata mais gente por ano do que matou toda a pandemia de COVID-19. Para ela, o único caminho é o caminho da paz entre pessoas, nações e a natureza. “Ou nós interrompemos essa guerra e integramos economia e ecologia numa mesma equação, o social e o ambiental , o político e o ético, ou não haverá chance de manutenção da vida, do desenvolvimento e da prosperidade no planeta”, disse a Marina Silva. O embaixador do Brasil no Reino Unido, Antonio Patriota, que também participou da rodada do Balanço Ético Global, lembrou que os investimentos militares foram recorde no ano passado, o dobro comparados à cifra do financiamento climático em discussão nas últimas COPs de 1,3 trilhão de dólares, a partir de 2035. “Desafio para todos nós pararmos para refletir um pouquinho se vale a pena continuar investindo em salvação ou destruição.” O primeiro de seis diálogos regionais do Balanço Ético Global aconteceu no Jardim Botânico de Londres, dentro do pavilhão de clima temperado, a temperaturas tropicais do verão europeu. A sessão foi facilitada pela ex-presidente da Irlanda, Mary Robinson, que ouviu dos participantes - entre líderes religiosos, artistas, comunidades locais, afrodescendentes, jovens, cientistas, empresários e ativistas - a necessidade de se reconstruir relações e comunidades. É o espírito do mutirão proposto pela presidência brasileira da COP30, a cúpula climática da ONU que acontece em novembro em Belém, palavrinha ainda difícil de ser pronunciada pelos estrangeiros. As contribuições apresentadas nessas sessões de diálogo serão entregues aos chefes de Estado e de governo e negociadores da COP30 e em diferentes formatos - de textos técnicos à pintura, exposições e poesia. O curador dos diálogos do Balanço Ético, diretor da Outra Onda Conteúdo, Eduardo Carvalho, acredita na cultura como uma plataforma eficiente de ação para solução climática. “Além da cultura em si, teatro, cinema, etc., a gente trazer a valorização dos saberes tradicionais da cultura dos povos ancestrais e quilombolas, tudo isso que precisa ser respeitado e que, na verdade, se inspira na natureza e pode nos inspirar a combater essa crise de imaginação que o mundo vive hoje".
Boa terça, angulers! Um #287 longo e recheado de reflexões. Abrimos comentando a aprovação no Senado do PL da Lei Geral do Licenciamento Ambiental que flexibiliza radicalmente a liberação de licenças ambientais para empresários e indústrias. Uma tragédia para o meio ambiente. Dentro disso, debatemos os ataques e violência sofridos pela ministra Marina Silva por senadores, em Comissão no Senado. No segundo bloco, a prisão do funkeiro Poze do Rodo por apologia ao crime e associação ao tráfico é mais uma tentativa de criminalização do funk. No último bloco, os pop-ups da semana: a perseguição de Trump à Universidade de Harvard; o ataque da Ucrânia a aeronaves russas; os cinco anos da morte do menino Miguel; a Lei do Luto Parental sancionada por Lula; e a imperdível exposição “Andy Warhol: Pop Art!”, no Museu de Arte Brasileira, em São Paulo. Sirva-se!Cortes do episódio em vídeo no @angudegrilo no Instagram e Tiktok! Siga, curta e compartilhe! Edição e mixagem: Tico Pro @ticopro_Redes sociais: Claudio Thorne @claudiothorneCortes em vídeo: Nathália Dias Souza @natdiassouza
Márcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do clima, trata dos temas mais relevantes sobre e da COP-30 - evento que discute ações de combate às mudanças climáticas e este ano ocorre em Belém, no Pará. A coluna vai ao ar às 2ªs, 7h45, no Jornal Eldorado.See omnystudio.com/listener for privacy information.
No episódio dessa semana falamos sobre a pataquada do governo sobre o aumento do IOF, o momento em que Xandão ameaçou Aldo Rebelo de prisão, o texto aprovado em comissão do Senado contra a publicidade das bets, o inquérito aberto contra o Bananinha fujão e a absurda violência sofrida por Marina Silva em comissão do Senado.APOIE financeiramente a continuidade do MIDCast:------------------- Apoia.se : https://apoia.se/midcast- Chave PIX : podcastmid@gmail.com------------------# COMPRE a estampa "Tem que Dilapidar as Fortunas": bit.ly/estampamidcast# CANAL do MIDCast Política no WhatsApp: bit.ly/midcast-zap# GRUPO dos ouvintes no Telegram: bit.ly/midcastgrupo# LISTA de paródias do MIDCast: bit.ly/parodiasmidcast PARTICIPANTES:------------------Anna Raissa - https://bsky.app/profile/annarraissa.bsky.socialDiego Squinello - https://bsky.app/profile/diegosquinello.bsky.socialRodrigo Hipólito - https://bsky.app/profile/rodrigohipolito.bsky.socialVictor Sousa - https://bsky.app/profile/vgsousa.bsky.socialCOMENTADO NO EPISÓDIO------------------ A PATAQUADA DO IOFGoverno anuncia aumento no IOFGoverno revoga aumento do IOF para aplicação de investimentos de fundos nacionais no exteriorHaddad fala em correção de rota, mas não descarta mexer no contingenciamentoFazenda diz que vai retirar R$ 1,4 bilhão de fundos para compensar recuo em decreto do IOFEntrevista: IOF 'foi debatido na mesa do presidenteMedo de efeito Nikolas pesou para FazendaMOMENTO XANDÃOMoraes discute com Aldo Rebelo em audiência no STFLEI TIGRINIA FONSECA?Senado aprova projeto que veta atletas e influencers em anúncio de betsINQUÉRITO CONTRA O BANANINHAMoraes abre investigação no STF contra Eduardo e determina depoimento de Jair BolsonaroO MACHISMO E O DESRESPEITO CONTRA MARINA SILVASenador manda Marina Silva 'se pôr em seu lugar'Senadores criticam cotas para mulheres e são rebatidos por senadorasTEXTO indicado pelo Diego durante a gravação
Lula repudia assentamentos na Cisjordânia e volta a chamar ações de Israel em Gaza de genocídio. E 8 capitais têm atos em apoio a Marina Silva e contra PL que simplifica regras ambientaisSee omnystudio.com/listener for privacy information.
O Lado B desta semana é o já tradicional especial em parceria com a Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária (Jura) e a UERJ. Conversamos com Luz Ángela Roja, educadora popular, mestra em Estudos Interdisciplinares da América Latina e militante do ‘Congreso de Los Pueblos' para traçar um paralelo entre a luta pela Reforma Agrária integral e popular na Colômbia com o Brasil. Os desafios, as semelhanças e diferenças e a troca entre os movimentos dos países.No Caô da Semana, o ataque misógino à ministra Marina Silva mostrando a força política (e bruta) do agronegócio.
Episódio postado em 30 de maio de 2025. O Foro de Teresina desta semana começa com a aprovação no Senado da chamada “Lei Geral do Licenciamento Ambiental”,que desmonta a política de proteção ao meio ambiente com apoio de parte da base do governo. O episódio também expôs o isolamento de Marina Silva, alvo de ataques misóginos durante audiência. Fernando de Barros e Silva, Ana Clara Costa e Celso Rocha de Barros também analisam a crise provocada pelo anúncio e seguinte recuo do pacote do IOF, que gerou ruído entre ministérios, reação do mercado e desgaste político. E no terceiro bloco, o trio recebe João Batista Jr., repórter da piauí, que revela bastidores da CPI das Bets e a viagem de Ciro Nogueira em jatinho de um investigado pela comissão. Escalada: 00:00 1º bloco: 05:15 2º bloco: 23:50 3º bloco: 40:10 Kinder Ovo: 55:44 Correio Elegante: 57:47 Créditos: 01:02:20 Quer anunciar no Foro de Teresina? Entre em contato com nossa área comercial: comercial@revistapiaui.com.br. Envie uma mensagem – ou um áudio de até 1 minuto – para o Correio Elegante pelo e-mail (forodeteresina@revistapiaui.com.br) ou por nossas redes sociais. Acesse a transcrição e os links citados nesse episódio: https://piaui.co/ft63 * Ficha técnica: Apresentação: Fernando de Barros e Silva, Ana Clara Costa, Celso Rocha de Barros e João Batista Jr Coordenação geral: Bárbara Rubira Direção: Mari Faria Edição: Bárbara Rubira e Thiago Picado Produção e distribuição: Maria Júlia Vieira Finalização e mixagem: Pipoca Sound Intérpretes da nossa música tema: João Jabace e Luis Rodrigues Identidade visual: Maria Cecília Marra com arte de Amandadrafts Coordenação digital: Bia Ribeiro e Juliana Jaeger Checagem: Gilberto Porcidônio Gravado no Estúdio Rastro Redes Sociais: Fábio Brisolla, Emily Almeida e Isa Barros. Vídeos: Isa Barros e Fernanda Catunda * O Foro de Teresina tem novos episódios sempre às sextas, a partir das 11 horas. Você encontra o podcast em tocadores como Spotify, Apple Podcasts, Deezer, Google Podcasts, Cast Box e Amazon Music buscando pelo nome do programa, ou pode acessar a página do Foro no site da piauí.
Confira na edição do Jornal da Record desta quarta (28): Depois de reunião com bancos, governo admite rever aumento do IOF. Polícia Federal desmonta grupo de extermínio com tabela de preços para assassinar autoridades. Posse da nova ministra das mulheres é marcada por recados em defesa de Marina Silva. Rodovia que liga São Paulo ao Rio de Janeiro vira rota do tráfico e apreensões disparam. Terroristas do Hamas são suspeitos de atirar contra palestinos que invadiram armazém em busca de comida.
A ministra do Meio-Ambiente, Marina Silva, discutiu com os senadores Omar Aziz (PSD) e Marcos Rogério (PL-RO) durante audiência realizada na Comissão de Infraestrutura do Senado. Um dos assuntos abordados na sessão foi a criação da unidade de conservação marinha na Margem Equatorial.Durante embate com o senador Omar Aziz, Marina foi criticada por não aceitar a flexibilização de normas ambientais. Depois, Marina Silva deixou a sessão após discutir com o senador Plínio Valério (PSDB), que afirmou que ela merece respeito como mulher, mas não como ministra.Felipe Moura Brasil e Duda Teixeira comentam:Papo Antagonista é o programa que explica e debate os principais acontecimentos do dia com análises críticas e aprofundadas sobre a política brasileira e seus bastidores. Apresentado por Felipe Moura Brasil, o programa traz contexto e opinião sobre os temas mais quentes da atualidade. Com foco em jornalismo, eleições e debate, é um espaço essencial para quem busca informação de qualidade. Ao vivo de segunda a sexta-feira às 18h. Não espere mais, assine agora e garanta 2 anos com 30% OFF - últimos dias. 2 anos de assinatura do combo O Antagonista e Crusoé com um super desconto de 30% adicional* utilizando o voucher 10A-PROMO30 Use o cupom 10A-PROMO30 e assine agora: papo-antagonista (https://bit.ly/promo-2anos-papo) (*) desconto de 30% aplicado sobre os valores promocionais vigentes do Combo anual | Promoções não cumulativas com outras campanhas vigentes. | **Promoção válida só até o dia 31/05
O programa Meio-Dia em Brasília desta quarta-feira, 28, fala sobre a operação da Polícia Federal que mira uma organização criminosa que se especializou em monitorar autoridades e cobrava até 250 mil reais pelo serviço.Além disso, o jornal também aborda as repercussões da discussão entre parlamentares na audiência pública do Senado com a participação da ministra do Meio-Ambiente, Marina Silva, e a eliminação de Mohammed Sinwar, que assumiu a liderança do Hamas após seu irmão e então líder do grupo terrorista palestino, Yahya, ter sido eliminado em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, em 16 de outubro de 2024.Meio-Dia em Brasília traz as principais notícias e análises da política nacional direto de Brasília. Com apresentação de José Inácio Pilar e Wilson Lima, o programa aborda os temas mais quentes do cenário político e econômico do Brasil. Com um olhar atento sobre política, notícias e economia, mantém o público bem informado. Transmissão ao vivo de segunda a sexta-feira às 12h. Não espere mais, assine agora e garanta 2 anos com 30% OFF - últimos dias. 2 anos de assinatura do combo O Antagonista e Crusoé com um super desconto de 30% adicional* utilizando o voucher 10A-PROMO30 Use o cupom 10A-PROMO30 e assine agora: meio-dia ( https://bit.ly/promo2anos-meiodia) (*) desconto de 30% aplicado sobre os valores promocionais vigentes do Combo anual | Promoções não cumulativas com outras campanhas vigentes. | **Promoção válida só até o dia 31/05
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, deixou uma audiência pública no Senado após uma série de discussões com parlamentares da oposição. Marina diz que se sentiu desrespeitada durante a sessão convocada para debater a criação de unidades de conservação na Margem Equatorial. A tensão chegou ao ápice quando o líder do PSDB, senador Plínio Valério (AM), afirmou que “a mulher Marina merecia respeito, a ministra não”. Marina exigiu um pedido de desculpas para continuar, mas não foi atendida. "Esse tratamento que a Comissão deu à ministra revela várias maselas do mundo. O que Marina tenta é trazer o consenso entre preservação do Meio Ambiente e desenvolvimento, trazer os extremos para um debate que tenha racionalidade e alcançar o desenvolvimento sustentável. A outra questão em jogo é a qualidade do Legislativo brasileiro. Está sendo muito grave a desqualificacação, em um processo que já vinha de muito tempo mas chegou em um momento muito dramático em 2018, com eleição de Jair Bolsonaro, que trouxe uma leva de novos políticos, com discursos falsamento morais e éticos, que não conheciam regimentos e foram levar uma superficialidade ideológica ao Congresso. Parlamentares estão usando a ministra Marina Silva para explorar ainda mais a polarização para 2026. A COP 30 vem aí, o Brasil não pode dar este tipo de manifestação para o Mundo. Foi um dos piores momentos da Casa", diz Eliane.See omnystudio.com/listener for privacy information.
No “Estadão Analisa” desta quarta-feira, 28, Carlos Andreazza fala sobre teste de resistência que a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, enfrentou em sessão marcada por intenso bate-boca, na Comissão de Infraestrutura do Senado. A gestão que não tem maioria no Legislativo e precisa de presidente do Congresso, favorável à exploração de petróleo na foz do Amazonas. Marcos Rogério presidia a sessão em que a ministra foi convidada para explicar o motivo da criação de uma unidade de conservação ambiental marinha na chamada Margem Equatorial da foz do Amazonas. A Petrobras reivindica autorização do Ibama para prospectar petróleo naquela área e os senadores avaliam que Marina é quem cria obstáculos para dificultar a exploração. Pouco antes, o mesmo Plínio Valério, líder do PSDB, tinha feito o seguinte comentário: “Ministra Marina, que bom reencontrá-la! E, ao olhar para a senhora, eu estou vendo uma ministra, eu não estou falando com uma mulher. Porque a mulher merece respeito; a ministra, não”. Soube-se, horas depois, que o presidente Lula, a primeira-dama Janja da Silva e outros ministros telefonaram para Marina e se solidarizaram com ela. Não basta. Leia mais: https://www.estadao.com.br/politica/vera-rosa/desrespeito-a-marina-em-sessao-do-senado-indica-que-governo-lula-e-refem-de-alcolumbre/ Apresentado pelo colunista Carlos Andreazza, programa diário no canal do Estadão no YouTube trará uma curadoria dos temas mais relevantes do noticiário, deixando de lado o que é espuma, para se aprofundar no que é relevante. Assine por R$1,90/mês e tenha acesso ilimitado ao conteúdo do Estadão. Acesse: https://bit.ly/oferta-estadao O 'Estadão Analisa' é transmitido ao vivo de segunda a sexta-feira, às 7h, no Youtube e redes sociais do Estadão. E depois, fica disponível no Spotify, Deezer, Apple Podcasts, Google podcasts, ou no agregador de podcasts de sua preferência. Apresentação: Carlos AndreazzaEdição/Pós-produção: Jefferson PerlebergCoordenação: Manuella Menezes e Everton OliveiraSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Os ataques misóginos sofridos pela ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima na Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado causaram grande repercussão. Lideranças do Partido dos Trabalhadores e ministros do governo repudiaram os atos de violência praticados.Sonoras:
O Papo Antagonista desta terça-feira, 27, comenta as reações à abertura da investigação sobre as ações de Eduardo Bolsonaro nos EUA.O programa também analisa as discussões de Marina Silva com senadores durante audiência no Congresso. Além disso, está na pauta a resposta de Luís Roberto Barroso às críticas à sua participação em evento com empresários.Papo Antagonista é o programa que explica e debate os principais acontecimentos do dia com análises críticas e aprofundadas sobre a política brasileira e seus bastidores. Apresentado por Felipe Moura Brasil, o programa traz contexto e opinião sobre os temas mais quentes da atualidade. Com foco em jornalismo, eleições e debate, é um espaço essencial para quem busca informação de qualidade. Ao vivo de segunda a sexta-feira às 18h. Não espere mais, assine agora e garanta 2 anos com 30% OFF - últimos dias. 2 anos de assinatura do combo O Antagonista e Crusoé com um super desconto de 30% adicional* utilizando o voucher 10A-PROMO30 Use o cupom 10A-PROMO30 e assine agora: papo-antagonista (https://bit.ly/promo-2anos-papo) (*) desconto de 30% aplicado sobre os valores promocionais vigentes do Combo anual | Promoções não cumulativas com outras campanhas vigentes. | **Promoção válida só até o dia 31/05
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, se retirou de audiência realizada na Comissão de Infraestrutura do Senado na qual se discutiu a criação da unidade de conservação marinha na Margem Equatorial.Ela já tinha batido boca com os senadores Omar Aziz (PSD) e Marcos Rogério (PL-RO), mas só deixou o plenário após discutir com o senador Plínio Valério (PSDB-AM).Em O Antagonista, você encontra um jornalismo de investigação, com análises precisas e opiniões sem concessões. Acompanhamos de perto os bastidores da política, da economia e as principais notícias do Brasil e do Mundo. Aqui, você confere na íntegra nossos programas: Papo Antagonista, com Felipe Moura Brasil; Meio Dia em Brasília, com José Inácio Pilar e Wilson Lima; Narrativas, com Madeleine Lacsko; e o Podcast OA!, com convidados influentes em diversas áreas. Se você busca informação com credibilidade, inscreva-se agora para não perder nenhuma atualização! Siga O Antagonista no X, nos ajude a chegar nos 2 milhões de seguidores! https://x.com/o_antagonista Acompanhe O Antagonista no canal do WhatsApp. Boletins diários, conteúdos exclusivos em vídeo e muito mais. https://whatsapp.com/channel/0029Va2SurQHLHQbI5yJN344 Leia mais em www.oantagonista.com.br | www.crusoe.com.br
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, discutiu com os senadores Omar Aziz (PSD) e Marcos Rogério (PL-RO) durante audiência realizada na Comissão de Infraestrutura do Senado na qual se discutiu a criação da unidade de conservação marinha na Margem Equatorial.Em O Antagonista, você encontra um jornalismo de investigação, com análises precisas e opiniões sem concessões. Acompanhamos de perto os bastidores da política, da economia e as principais notícias do Brasil e do Mundo. Aqui, você confere na íntegra nossos programas: Papo Antagonista, com Felipe Moura Brasil; Meio Dia em Brasília, com José Inácio Pilar e Wilson Lima; Narrativas, com Madeleine Lacsko; e o Podcast OA!, com convidados influentes em diversas áreas. Se você busca informação com credibilidade, inscreva-se agora para não perder nenhuma atualização! Siga O Antagonista no X, nos ajude a chegar nos 2 milhões de seguidores! https://x.com/o_antagonista Acompanhe O Antagonista no canal do WhatsApp. Boletins diários, conteúdos exclusivos em vídeo e muito mais. https://whatsapp.com/channel/0029Va2SurQHLHQbI5yJN344 Leia mais em www.oantagonista.com.br | www.crusoe.com.br
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A Câmara pode analisar nesta semana o Projeto de Lei que afrouxa as regras para licenciamento ambiental. Na última quarta-feira (21), o Senado já aprovou o texto com ampla maioria: 54 senadores votaram a favor; apenas 13 votaram contra. Criticado por ambientalistas e pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, ele foi apelidado de “PL da Devastação”. Já os defensores do projeto, como o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, veem uma oportunidade para destravar obras. O projeto facilita a liberação de licença ambiental para empreendimentos com potencial de impacto no meio ambiente (caso de viadutos, pontes, hidrelétricas, barragens de rejeitos, por exemplo); dispensa a licença para obras e para atividades como agricultura tradicional e pecuária de pequeno porte; e cria a Licença por Adesão e Compromisso (LAC), um tipo de licenciamento automático por autodeclaração. Para explicar como um projeto que tramita há mais de 20 anos ganhou urgência no Congresso, Natuza Nery conversa com Marcio Astrini, secretário executivo do Observatório do Clima. Astrini comenta o contexto político da votação no Senado e alerta sobre os impactos ambientais que podem refletir em toda a sociedade – e como isso mexe na imagem do país às vésperas da COP30, que acontece em novembro, em Belém.
O Brasil reduziu em 32,4% o desmatamento em 2024, com destaque para o Pantanal, que caiu 58,6%. Saulo Dias, Pedro Kemp, Marina Silva e Alckmin celebram o avanço e reforçam que o compromisso do governo Lula é alcançar desmatamento zero com políticas estruturadas e ação conjunta.Sonoras: