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Noventa e cinco países apelaram, em Nice, a que as negociações do tratado da ONU sobre os plásticos – previstas para o próximo mês de Agosto em Genebra, Suíça – resultem num acordo ambicioso, que abranja todo o ciclo de vida dos plásticos. Na Conferência das Nações Unidas sobre o Oceano em Nice, França, ministros e representantes de 95 países assinaram o “Alerta de Nice para um Tratado Ambicioso sobre os Plásticos”. O documento identifica cinco pontos críticos que devem fazer parte de um acordo eficaz, incluindo a redução da produção e do consumo de plásticos, a eliminação progressiva de produtos plásticos nocivos e a melhoria do design dos produtos para garantir a sustentabilidade ambiental. Em 2019, estimava-se que 28 milhões de toneladas métricas de poluição por plásticos foram libertadas para o ambiente. Se nada for feito, esse número duplicará até 2040. Ontem, terça-feira, o secretário-geral da ONU, António Guterres tinha alertado para a poluição plástica que “estrangula a vida marinha e contamina a nossa alimentação”, acrescentando que os microplásticos já foram detectados no sangue e cérebro humano. Em entrevista à RFI, Andres del Castillo, especialista no programa de saúde ambiental do Centro para o Direito Ambiental Internacional (CIEL - Center for International Environmental Law) espera que Nice envie um sinal claro ao mundo da necessidade de “regras claras” para se “acabar com a contaminação de plástico” e isso passa pelo “controlo de produção de plástico, controlo dos produtos e dos químicos que fazem mal no plástico e com mecanismos de financiamento”. A luta contra a contaminação por plástico ao nível internacional começou exactamente por causa das pesquisas científicas e os problemas com a biodiversidade marinha. Depois foi evoluindo para a questão dos microplásticos há quase duas décadas. Agora temos certeza que os plásticos têm efeitos nefastos não somente com a diversidade, mas como na mudança climática. Recentes estudos científicos fazem um vínculo directo entre contaminação por plásticos e a mudança climática. O especialista no programa de saúde ambiental do CIEL ressalva também a importância da limpeza dos oceanos, processo que deve ser partilhado entre os países com responsabilidade historica e aqueles que actualmente produzem a “maioria do plástico no mundo”, que é a China. O Tratado Global sobre Plásticos foi criado pelas Nações Unidas em 2022 e está actualmente em negociação. O objectivo é que se traduza num documento juridicamente vinculativo que ajude os países a reduzir e eliminar a poluição plástica. A comunidade científica em muito tem contribuído para este acordo, fornecendo dados concretos sobre os dados que a poluição plástica causa à saúde humana, à sociedade, às economias e ao meio ambiente.
“Muitas vezes a ciência que se faz é completamente desconectada da realidade das pessoas que vivem nas comunidades.” A crítica é da professora universitária e especialista em alterações climáticas Corrine Almeida, defende uma nova abordagem científica nos países africanos: mais próxima das populações, mais útil para quem vive do mar, e menos dependente de agendas externas. Declarações proferidas à margem da 3a Conferência das Nações Unidas sobre o Oceano que decorreu em Nice, França. Segundo a investigadora cabo-verdiana, os projectos científicos muitas vezes nascem de parcerias estrangeiras que não consideram as prioridades locais. “Tem as suas prioridades e que muitas vezes não se alinham com as prioridades nacionais.” Para que a ciência tenha impacto real, defende, é preciso começar por ouvir as comunidades: “Tem muito a ver com as actividades, com a sua interacção com o mar.” Os pescadores são um exemplo claro. “Querem saber o que é que podem pescar, o que é que não podem pescar”, afirma. A falta de comunicação eficaz e o uso de linguagem técnica nas áreas de conservação afastam as comunidades das decisões. Mais do que isso, os pescadores observam fenómenos que os cientistas nem sempre captam. “A comunidade piscatória todos os dias está no mar”, lembra Corrine Almeida, e dá o exemplo da cavala, outrora abundante. “Agora praticamente a cavala tornou-se um artigo de luxo. [...] Uma das hipóteses que [os pescadores] colocam é que pela captura dos tubarões [...] os cardumes de cavalas já não sobem à superfície.” É uma teoria empírica que merece investigação: “Por que não dar valor a essa questão que eles têm?” Ao abordar o papel dos oceanos no desenvolvimento sustentável dos países africanos, a professora é clara: “Quem mais beneficia dos recursos destes oceanos? [...] As grandes frotas de pesca que actuam em Cabo Verde [...] não são [africanas]”. Essa realidade revela um desequilíbrio profundo: “Não é uma solidariedade, é uma responsabilidade que deve haver, particularmente daqueles que mais beneficiam dos recursos.” Aponta o exemplo do tubarão: “Uma tonelada sai de Cabo Verde por cerca de 100 euros. [...] Quanto vai render no mercado depois? [...] Parte desse retorno não volta para os oceanos de origem.” Com espécies migratórias como o atum e o tubarão, o problema agrava-se: “Uma vez capturados pelas grandes frotas nas nossas águas, depois não chegam à costa.” Os pescadores locais perdem oportunidades que nem sequer são contabilizadas nos acordos internacionais. “A maior parte da nossa pesca é artesanal e é feita em barcos de boca aberta”, explica. O impacto é visível: “Hoje vai num desembarque e trazem pequenos atuns, no máximo 15 quilos,” quando outrora chegavam aos 80 quilos. Na defesa dos oceanos, a investigadora vê o Tratado de Alto-Mar como um avanço crucial. “Tem aquele espaço vazio no oceano, que é a terra de ninguém hoje, que é o alto mar. É um instrumento extremamente importante.” Mesmo que países como Cabo Verde ainda não tenham capacidade de explorar essas águas, a conservação é uma questão de justiça intergeracional. “No dia que puderem vir a pescar lá, que encontrem alguma coisa.” A criação de áreas protegidas no alto mar poderá também proteger as águas territoriais. “Se nós conseguirmos ter uma área marinha protegida à frente das nossas [zonas económicas exclusivas], se calhar se perderá um pouco o interesse de pescar dentro das nossas [águas].”
Todos os países lusófonos em África marcaram presença na 3.ª Conferência das Nações Unidas sobre o Oceano, onde mostraram os seus avanços na acção para a preservação dos mares. Esta semana ficou marcada pela 3.ª Conferência das Nações Unidas sobre o Oceano, que decorreu na cidade francesa de Nice e onde estiveram presentes todos os países africanos de língua portuguesa. A jornalista Cristiana Soares este neste evento e entrevistou vários intervenientes lusófonos Em França, Angola reafirmou o seu compromisso com a protecção dos oceanos e a mitigação das alterações climáticas. A ministra do Ambiente de Angola, Ana Paula de Carvalho, avançou ainda que o processo de criação da primeira área de conservação marinha do país “está numa fase avançada", quase concluído. Também a ministra das Pescas e dos Recursos Marinhos de Angola, Carmen Sacramento dos Santos esteve em Nice e alertou para os perigos da pesca ilegal, admitindo que fiscalizar os 1.650 km da costa angolana é um desafio devido à falta de meios. O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, proferiu um discurso na abertura desta cimeira admitiu que a humanidade está confrontada com um desafio existencial, a preservação da integridade dos oceanos. Os oceanos têm um lugar central na Guiné-Bissau, lembrou o ministro do Ambiente, Biodiversidade e Acção Climática guineense, Viriato Cassamá, mas o país também tem levado a cabo outros esforços ambientais, nomeadamente de preservação das florestas, dando-lhe créditos de carbono, resultado de um projecto iniciado em 2006 para quantificar o carbono armazenado nas florestas nacionais. A ministra do Ambiente, Juventude e Turismo Sustentável de São Tomé e Príncipe, Nilda Borges da Mata, também esteve em Nice e não só anunciou a recém criação de oito áreas marinhas protegidas, como falou sobre a importância de o país passar a sediar o secretariado da Economia Azul da CEEAC. Cabo Verde também se afirmou nesta cimeira, com o Ministro do Mar, Jorge Santos, a defender a criação de centros de excelência nos países lusófonos insulares para uma liderança partilhada e sustentável da economia azul. Guiné-Bissau Esta semana, os sindicatos queriam paralisar a educação e a saúde na Guiné-Bissau, com uma greve que durava desde segunda-feira. No entanto, para substituir os profissionais de saúde em greve, foram destacados militares, algo que desagradou a central sindical Frente Social, como denunciou Yoyo João Correia, porta-voz da Frente social, em declarações a Miguel Martins. Poucos dias depois, o Presidente Umaro Sissoco Embaló declarou ter sido ele a decidir esta substituição como nos relatou o nosso correspondente Mussá Baldé. São Tomé Em São Tomé e Príncipe arrancaram esta semana oficialmente as celebrações dos 50 anos da Independência do país, com o Presidente, Carlos Vilas Novas, a traçar as suas prioridades a partir da ilha do Príncipe, como nos relatou Maximino Carlos. Cabo Verde Em Cabo Verde, o governo vai regularizar as dívidas dos estudantes para com as universidades no último ano da licenciatura. O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro, Ulisses Correia, como nos explicou Odair Santos Angola Em Angola, o Governo vai contratar mais de mil médicos cubanos para reforçar a capacidade de resposta do sector da saúde, confrontado com a falta de recursos humanos especializados. Avelino Miguel deu-nos mais detalhes a partir de Luanda.
Cabo Verde defendeu a criação de centros de excelência nos países lusófonos insulares para uma liderança partilhada e sustentável da economia azul. À margem da 3.ª Conferência das Nações Unidas sobre o Oceano (UNOC3), o Ministro do Mar, Jorge Santos, afirmou que estes centros vão permitir “fazer conjuntamente a investigação oceanográfica” e fixar dados fundamentais para a gestão sustentável do oceano. Trata-se de uma iniciativa que abrange os SIDS (Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento) lusófonos e foi apresentada esta quinta-feira, 12 de Junho, a bordo do navio norueguês Statsraad Lehmkuhl e que pretende o envolvimento da academia, da formação profissional e da investigação. É uma iniciativa importante dos SIDS lusófonos: Cabo Verde, São Tomé, Guiné-Bissau - que também tem uma vasta área de ilhas também importantes. Mas também é extensivo a Timor-Leste. É um centro de excelência para investigação, para ciência e para a educação da ciência marinha. Estamos na era dos dados e os dados têm um custo, mas também têm preço. Por isso é que temos que liderar o processo dos dados a nível nacional. Para termos os skills necessários para posicionar e estarmos à altura de trazer parceiros internacionais. Sobre a participação das comunidades na criação de zonas marinhas protegidas, o ministro do Mar foi claro: “As comunidades piscatórias e costeiras são importantes, primeiro na decisão da criação das zonas protegidas. Eles é que têm que estar na linha de frente para entender e fazer essa mudança de atitude. Portanto, essa decisão nunca pode ser tomada sem a participação das próprias comunidades piscatórias e costeiras.” Longe de proibir a actividade económica, a criação de áreas protegidas implica “fazer defeso em determinados períodos, onde não se pode pescar determinadas espécies ou explorar a nível das profundidades. Definir as espécies protegidas.” Em Cabo Verde, isso já se aplica, por exemplo, à tartaruga, à cavala preta e à lagosta rosa. “Porque se nós conseguíssemos proibir qualquer pescador de pescar uma fêmea, nós estaríamos a dar uma grande contribuição à humanidade, porque são os reprodutores.” O modelo proposto é de co-gestão? ou seja, “envolver as comunidades, porque sem isso é impossível.” Cabo Verde pretende proteger 30% da sua área marítima até 2030, combinando zonas costeiras e offshore. Para vigiar e fiscalizar as costas, Cabo Verde conta com parcerias com os Estados Unidos da América, Brasil, União Europeia, Portugal e Alemanha, na defesa e controlo de navios que praticam tráficos ilícitos no Atlântico. O país acolhe o comando do G6, “o grupo dos países saelianos. E aí é que está sediado o comando para controlar toda a área da pirataria até o Golfo da Guiné.” Mas o foco não está apenas nas embarcações externas: “Temos que ser consequentes não só com os que vêm de fora, mas com os que estão internamente.” Isso inclui a instalação de sistemas de comunicação (VMS) em cada embarcação para permitir o controlo da pesca”, em articulação com todos os parceiros. Jorge Santos sublinhou ainda que o mar é mais do que um recurso a proteger: é uma oportunidade de desenvolvimento económico. Hoje, a centralidade que nós damos em Cabo Verde é a economia azul. Mas não é só em termos da protecção dos nossos oceanos ou do nosso ecossistema. É conhecer o nosso mar e explorar com sustentabilidade a pesca, o turismo, os desportos náuticos.
Pela primeira-vez, um grande número de chefes de Estado e de Governo e ministros se deslocaram para uma reunião internacional para abordar a proteção dos oceanos. Se, por um lado, a 3ª Conferência da ONU em Nice sobre o tema (UNOC3) resultará “apenas" em uma declaração política de engajamento dos quase 130 países representados, por outro, o evento consolidou de vez os oceanos na agenda ambiental global. Lúcia Müzell, enviada especial da RFI a Nice Mais de 60 líderes de países dos cinco continentes estiveram na cidade do sul da França para o evento. Assim, no segundo dia, o presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou que, até setembro, 60 países se comprometeram a ratificar o Tratado de Proteção da Biodiversidade Marinha em Áreas além da Jurisdição Nacional (conhecido pela sigla BBNJ). O número é suficiente para que o acordo, assinado em junho de 2023, entre em vigor. O Brasil prometeu ratificar o texto até o fim deste ano. André Abreu, diretor de Políticas Internacionais da Fundação Tara Oceans, considera que, ao debater "todas as grandes questões" em alto nível, a UNOC3 atingiu o status de “mini-COP”, a badalada Conferência do Clima da ONU. As duas edições anteriores do evento sobre os oceanos ocorreram em 2017, em Nova York, e em 2022, em Lisboa. "Esse tratado do alto mar fica geralmente nas prateleiras dos ministérios, sem ter visibilidade para os ministros do meio ambiente ou das ciências. Trazer essa ambição de ratificar o Tratado do Alto Mar é um exemplo de como essa conferência pode fazer diferença”, avalia Abreu, que acompanha há mais de 20 anos as tentativas de acordos internacionais pela proteção dos oceanos. "Um outro tema é moratória sobre a exploração mineral dos fundos marinhos. Eram 30 países no grupo de alta ambição na ISA [Autoridade Internacional de Fundos Marinhos] e, aqui, dobraram. Está tendo uma convergência de anúncios bastante impressionantes, apesar da declaração política, que deixa a desejar." Este texto foi negociado entre os participantes antes da conferência e a declaração deve estimular um impulso político ao tema nos países signatários. Ao longo da semana, estão sendo anunciados novos compromissos voluntários para o cumprimento do único dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU específico sobre os oceanos, de número 14. Compromissos do Brasil O Brasil, por exemplo, se engajou a atingir até 2030 a meta das Nações Unidas de 30% de áreas marinhas protegidas e detalhou os seus planos para a preservação dos recifes de coral e dos manguezais. O país já tem 26,5% da sua zona marinha e costeira dentro de unidades de conservação. Para Marina Corrêa, analista sênior de conservação dos oceanos da WWF Brasil, o principal desafio para atingir a meta de 30% é que as novas áreas criadas tenham representatividade de habitats e sejam de fato implementadas. "A gente sabe que tem muitos desafios, mas estamos vendo muitos esforços do Brasil”, disse. “O que o Brasil fez na sua presidência no G20, priorizando o oceano e a inclusão do oceano nas NDCs [os planos climáticos dos países] e incluindo o oceano nas suas próprias NDC, são sinalizações de um país que vem querendo amadurecer essa agenda. Eu diria que Nice foi um trampolim para a agenda de oceano para a COP30”, afirma. A CEO da Conferência do Clima de Belém, Ana Toni, concorda: "Vai influenciar de maneira estruturante. O clima e os oceanos estão juntos. A gente separa em diversos eventos, mas, na verdade, eles estão juntos e a gente espera expressar tanto aqui, como na COP30, essa unidade, de que temos de proteger os oceanos para proteger o clima e proteger o clima para proteger os oceanos”, declarou Toni, à RFI. Sinergia entre clima e oceanos Os oceanos captam 25% do CO2 ejetado na atmosfera e têm um papel fundamental na regulação climática da Terra, ao estocar calor. Entretanto, o excesso dos dois fatores tem levado as águas oceânicas a se tornarem mais ácidas, causando o colapso de ecossistemas marinhos. André Abreu explica que as temperaturas extremas na superfície favorecem a proliferação de algas que retiram oxigênio do mar – e as áreas com níveis mínimos de condições para a vida estão se expandindo. "Fala-se hoje de 'dead zones', porque tem bolsões inteiros do oceano, não somente nos estuários, que seria o esperado, mas bolsões inteiros no meio do mar, com praticamente zero oxigênio. Só bactérias e vírus que sobrevivem ali”, lamenta o pesquisador. "Explicar isso, trazer essa urgência para a COP de Belém é superimportante, porque o oceano está sendo impactado demais pelas mudanças climáticas.” Impacto dos combustíveis fósseis A Conferência dos Oceanos também resultou em um apelo, assinado por 90 países, por um tratado “ambicioso" contra a poluição plástica, incluindo a delicada questão da redução da produção de polímeros – derivados do petróleo, um combustível fóssil. No evento, organizações ambientalistas ainda chamaram a atenção para os riscos de projetos de exploração de gás e petróleo offshore para os mares. A advogada Renata de Loyola Prata, coordenadora de Advocacy e Projetos no Instituto Internacional Arayara, critica o projeto do governo brasileiro de oferecer 147 novos blocos de exploração de petróleo e gás no país – dos quais um terço se localizam na foz do rio Amazonas. "Nós temos ressalvas, preocupações sobre o Brasil de fato ser uma liderança climática”, sinaliza. "Apontamos incongruências. É realmente uma contradição o Brasil se colocar como liderança climática e abrir essa nova fronteira exploratória, sendo apelidada como o novo pré-sal”, aponta a advogada. "Acho importante que o tema dos combustíveis fósseis e as suas emissões, que afetam os oceanos, esteja presente”, disse Ana Toni. "São debates difíceis, mas eles têm que acontecer, e fico muito feliz que aqui, e também na COP30, a gente vai poder debater de coração aberto, tentando procurar maneiras que sejam boas para as pessoas e, logicamente, boas para o planeta.”
A pesca ilegal é “um flagelo a nível mundial” e fiscalizar os 1.650 km da costa angolana é um desafio devido à falta de meios, admitiu em entrevista à RFI a ministra das Pescas e dos Recursos Marinhos de Angola, Carmen Sacramento dos Santos. Para combater esta ameaça, a ministra, que participou na 3ª Conferência das Nações Unidas sobre o Oceano (UNOC3), reforçou a necessidade de unir fiscalização rigorosa, educação e tecnologia. Na 3.ª Conferência das Nações Unidas sobre o Oceano (UNOC3), que decorre esta semana em Nice, França, Angola reafirmou o seu compromisso com a protecção dos ecossistemas marinhos e a gestão sustentável dos recursos. A ministra das Pescas e dos Recursos Marinhos, Carmen dos Santos, destacou a necessidade de reorientar as políticas públicas, com foco na redução da pesca extractiva e no aumento da aquicultura, promovendo soluções que integrem as dimensões social, económica e ambiental das comunidades costeiras. Trazemos uma mensagem de comprometimento com a sustentabilidade, de comprometimento com os objectivos da Década dos Oceanos, que nos permitem reorientar as nossas políticas públicas para que efectivamente haja uma pesca sustentável, redução da pesca extractiva e que haja o aumento da aquacultura. Este ministério tutela não só a pesca, como os recursos marinhos e isto implica para nós um compromisso enorme de garantir que efectivamente as comunidades costeiras possam ter acesso à pesca e possam ter acesso à aquacultura. Sempre olhando para as suas necessidades do ponto de vista social, do ponto de vista económico, mas acima de tudo, do ponto de vista ambiental. A pesca ilegal continua a ser uma das maiores preocupações para o sector em Angola. “É um flagelo a nível mundial”, reconheceu a ministra, referindo-se não apenas à actuação de embarcações não autorizadas, mas também à falta de documentação e regulamentação eficazes. Na nossa extensão de costa de 1650 km não temos os meios suficientes para que este combate possa ser feito no lugar certo. Muitas das vezes as embarcações que temos estão a norte e eles fazem [pesca ilegal] a sul. Portanto, nós agora estamos com um projecto para dotar a fiscalização de mais meios, permitindo que se faça essa vigilância. Para colmatar essas dificuldades, Angola tem vindo a apostar no investimento tecnológico e na cooperação internacional. Um dos destaques é a parceria com a SADC (Comunidade para o desenvolvimento da África Austral), que facilita a vigilância marítima através de sistemas por satélite, além da subscrição junto da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura) do programa "Estado Porto" e do Blue Justice da UNODC (Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime), que incorpora ferramentas de software e monitorização global. Entre os instrumentos de apoio à gestão sustentável, Angola tem o navio científico Baía Farta, apresentado como símbolo do compromisso do país com a investigação marinha. O projecto, iniciado em 2014, é desde o ano passado uma realidade operacional. A nossa costa é longa e nós precisamos de ter informações científicas para o nosso processo de gestão. Queremos fazer uma gestão sustentável e isso só é possível se tivermos uma abordagem baseada no ecossistema. Só se faz isso através de estudos próprios. Temos um navio com valências científicas muito idênticas à do navio [norueguês] Fridtjof Nansen. A Noruega, há uns anos, fez um acordo com a FAO para os cruzeiros ao longo da costa e nós vamos fazer cruzeiros equiparados para alinhar as metodologias e, portanto, os dados poderem ser interoperáveis. Carmen Sacramento dos Santos defende ainda a literacia oceânica para fazer a ponte entre o mar e as populações. A ministra destacou o papel da educação na construção de uma nova relação entre os angolanos e o oceano e explicou que o executivo tem desenvolvido o programa Escolas Azuis, que já está a trabalhar com professores em várias regiões Estamos responsáveis por aumentar a literacia no país sobre os oceanos. Temos a missão de explicar o que é o mar, de trazer os conceitos, de dar a conhecer e de fazer viver o mar o mais longe da costa. Na perspectiva de dizer às populações mais longe da costa, que estão no Leste, o que é o mar e permitindo que elas saibam e vivam o mar. É o nosso mote para que efectivamente o currículo azul seja o “driver” entre o mar e as pessoas.
Com oito áreas marinhas protegidas acabadas de serem criadas e designado para sediar o secretariado da Economia Azul da CEEAC, São Tomé e Príncipe reforça a política nacional e regional na preservação dos oceanos. Todavia, soluções globais só terão sucesso se respeitarem as especificidades locais, disse em entrevista à RFI a ministra do Ambiente, Juventude e Turismo Sustentável, Nilda Borges da Mata, durante a 3.ª Conferência das Nações Unidas sobre o Oceano (UNOC3), em Nice, França. A ministra destacou que os Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento, como São Tomé e Príncipe, enfrentam vulnerabilidades particulares que não podem ser ignoradas nas decisões internacionais. A subida do nível do mar, a erosão costeira e a crescente escassez de pescado estão a afectar directamente as comunidades locais e a comprometer a segurança alimentar nacional. Neste contexto, insistiu que qualquer solução global para a preservação do oceano deve ser moldada em função das realidades e capacidades de cada país. Os nossos oceanos estão em risco, mas não somos todos iguais. Um pequeno Estado insular como São Tomé e Príncipe tem as suas especificidades. As soluções têm de ir ao encontro das necessidades concretas de cada país. Temos vindo a perder território e já estamos a retirar populações das zonas de maior risco, criando zonas de expansão seguras, urbanizadas com escolas e centros de saúde. Nilda Borges da Mata alertou também para a pressão sobre os recursos marinhos causada pela pesca industrial e ilegal. Apesar de São Tomé e Príncipe ter acordos de pesca com a União Europeia, a falta de capacidade para monitorizar essas actividades deixa espaço para abusos e compromete os esforços de conservação. Não temos meios para uma fiscalização frequente. Dependemos muito da ajuda de parceiros, mas essa fiscalização não pode ser pontual, tem de ser frequente. Há barcos que entram na nossa Zona Exclusiva sem autorização, fazem pesca ilegal e utilizam equipamentos que podem pôr em causa os nossos recursos. Os nossos pescadores, a maioria artesanais, nos últimos tempos não têm conseguido obter o pescado [junto da costa] e são forçados a ir cada vez mais longe para garantir o sustento das suas famílias e a nossa alimentação. Recentemente foi aprovado pelo Conselho de Ministros o decreto de lei que cria as primeiras oito Áreas Marinhas Protegidas de São Tomé e Príncipe, a publicação em diário da república deve acontecer brevemente. A criação das Áreas Marinhas Protegidas exige acompanhamento e envolvimento da população. Há zonas com protecção total e outras com protecção parcial, que permitem a pesca sustentável. É crucial comunicar bem esta diferença às comunidades, para que não vejam estas medidas como uma ameaça ao seu modo de vida, mas como uma forma de o preservar. As Áreas Marinhas Protegidas (AMP) agora anunciadas abrangem cerca de 93 km². Seis localizam-se na ilha do Príncipe e duas em São Tomé e constituem um marco importante rumo ao objectivo global de proteger 30% da terra e do mar até 2030. As novas AMP incluem zonas de protecção total, onde é proibida qualquer actividade extractiva, e zonas de uso sustentável, destinadas exclusivamente à pesca artesanal. Espécies como tartarugas marinhas, tubarões e raias-manta serão directamente beneficiadas. A recente designação de São Tomé e Príncipe como sede do secretariado da Economia Azul da Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC) foi considerada pela ministra como um reconhecimento do potencial do país e uma oportunidade para aprofundar a investigação científica na região. Com a nossa biodiversidade e vulnerabilidade, precisamos de dados concretos para orientar políticas públicas. A 3.ª Conferência das Nações Unidas sobre os Oceanos (UNOC3) decorre até sexta-feira, 13 de Junho, em Nice, França.
A 3ª Conferência das Nações Unidas sobre os Oceanos em Nice, na França, esta semana, e o Fórum de Economia e Finanças Azuis, ocorrido no domingo, em Mônaco, dão um impulso inédito à economia azul, as diversas atividades realizadas no oceano de forma sustentável. Elas englobam desde setores tradicionalmente dependentes dos mares, como a pesca, o turismo e o transporte, até alta tecnologia – de bioquímica aos cabos submarinos usados para a conexão mundial de internet. Lúcia Müzell, enviada especial da RFI a Nice Segundo estimativas reveladas em Mônaco, o potencial de oportunidades econômicas e financeiras é de US$ 25 bilhões ao ano. A ONU e as maiores instituições multilaterais financeiras, como o Banco Mundial, salientam que a “blue economy” estimula o crescimento econômico nos países, principalmente em desenvolvimento, e, quando implementada segundo critérios ambientais rigorosos, ajuda a preservar os ecossistemas marinhos. O professor do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (USP) Alexander Turra, diretor da cátedra sobre Sustentabilidade do Oceano da Unesco (Organização das Nações Unidas para Educação Ciência e Cultura), vê um “potencial gigantesco” para o Brasil, com seus quase 10 mil quilômetros de áreas costeiras. Ele brinca que a economia azul vai "do bolinho de aipim” nas praias brasileiras até a produção de energia renovável offshore. "Agora ela é ampliada para outras atividades que ajudam o oceano a manter a sua vitalidade. O saneamento, que ajuda a combater a poluição das cidades, também pode ser enquadrado como economia azul, porque ajuda a não perdermos o potencial do turismo, por exemplo”, explica. Os potenciais variados no turismo costeiro ainda incluem ações ambientais importantes como promover a proteção de recifes de coral e manguezais. "A gente também está falando de inovação, tecnologia, celulares, aplicativos, startups – empresas que estão começando e precisam ser aceleradas. É um ecossistema de oportunidades”, aponta. Economia do mar x economia azul O biólogo marinho Ricardo Gomes, presidente do Instituto Mar Urbano, estreou no evento o documentário Quanto vale o azul?, sobre o uso sustentável dos recursos do mar no Rio de Janeiro. O filme ilustra o potencial econômico para a cidade do turismo sustentável, a biotecnologia marinha e a pesca responsável, entre outros exemplos – atividades que, ao mesmo tempo, são regenerativas do meio ambiente. Na área da pesca, Gomes observa que os conhecimentos tradicionais de comunidades locais garantem os estoques pesqueiros a longo prazo. Na escala mundial, a pesca industrial – que explora cerca de 80% dos peixes – causa prejuízos estimados em US$ 83 bilhões aos pescadores artesanais por ano, conforme a ONU. "É muito importante a gente separar a economia do mar da economia azul. A economia do mar é também tudo que a gente vem fazendo de errado com relação ao oceano: a pesca industrial, a exploração de petróleo, o transporte marítimo em larga escala. Eles não estão preocupados em não deixar pegada e preservar”, salienta Gomes. "A economia azul é aquela que, por exemplo, cultiva alga que não agride o meio ambiente e filtra toxinas da água, absorve CO2, produz alimento e abrigo para a fauna marinha. Preservar a vida no mar, garantir a transição da economia do mar para uma economia azul, é garantir a nossa resiliência enquanto espécie, no enfrentamento às mudanças climáticas”, disse. Flexibilização da legislação pode afastar investimentos Na conferência de Nice, a UNOC3, os países estão apresentando compromissos voluntários para reforçar a proteção dos mares da poluição, da pesca excessiva e do aquecimento global, que ameaçam a continuidade das atividades que dependem dos oceanos. O pesquisador Alexander Turra salienta que, ao apresentar sete compromissos voluntários, o governo brasileiro sinalizou à comunidade internacional, mas também empresarial, que o país busca atrair investimentos nestes setores. "A gente criou uma janela pública de oportunidade política para o oceano entrar e de lá nunca mais sair – e isso nunca havia acontecido da forma como agora”, celebra. "A gente tem a oportunidade de ampliar isso e trazer responsabilidade em relação a esse passo futuro que a gente quer dar, de uma economia sustentável do oceano, que tem três pilares: a proteção efetiva de pelo menos 30% das nossas áreas marinhas até 2030, a produção sustentável – que significa racionalizar recursos e rejeitos –, e a prosperidade equitativa, ou seja, o dinheiro que vai ser gerado tem que ser compartilhado com quem vive nesses lugares”, frisa. O professor da USP avalia que a conferência de Nice trouxe uma nova perspectiva para todo o setor, ao passar da etapa da discussão para a da ação pela preservação dos oceanos. Ele destaca que, cada vez mais, os critérios ambientais pesam nas decisões de investimentos, sejam públicos ou privados. "São pessoas que não querem investir numa roubada. É por isso que a avaliação de impacto ambiental é um instrumento que tem que ser fortalecido no âmbito dos países e internacional”, afirma. "Esse é um ponto que não pode ser fragilizado nos países, como a mudança que está acontecendo agora no Brasil, com a nova Lei do Licenciamento Ambiental. Ela vai trazer maior risco para as empresas que querem investir de forma sábia”, adverte.
A Guiné-Bissau, país costeiro e arquipelágico, tem nos oceanos um eixo vital para a população, desde a subsistência alimentar até à mobilidade entre ilhas. As declarações são do ministro do Ambiente, Biodiversidade e Acção Climática da Guiné-Bissau, Viriato Cassamá, que participa na Cimeira da ONU sobre o Oceano, que decorre até sexta-feira, 13 de Junho, em Nice, França. “Os oceanos são fontes da nossa vida”, afirmou ao microfone da RFI o ministro do Ambiente, Biodiversidade e Acção Climática da Guiné-Bissau, Viriato Cassamá, que acrescenta que esta relação vital está sob ameaça devido à subida do nível médio do mar e à erosão costeira que colocam o país entre os mais vulneráveis às alterações climáticas. A problemática ambiental intensifica-se com a crescente poluição plástica. Embora o país não produza plástico, é um consumidor significativo e carece de meios técnicos para o tratamento adequado dos resíduos. “Esses plásticos, grande parte deles, são deixados na lixeira a céu aberto” explicou o ministro. A poluição plástica tem impacto directo nos rios, na rede de esgotos urbanos e na fauna marinha. Apesar de, desde 2013, estar em vigor uma legislação que proíbe a importação e uso de sacos plásticos não biodegradáveis, Viriato Cassamá reconheceu que é preciso “redobrar os esforços, porque essa luta é uma luta comum”. Por outro lado, a Guiné-Bissau registou recentemente um marco importante: a geração de aproximadamente 4 milhões de dólares com a venda de créditos de carbono, resultado de um projecto iniciado em 2006 para quantificar o carbono armazenado nas florestas nacionais. “Fui coordenador do projecto durante quatro anos”, referiu Viriato Cassamá, que destaca a importância de manter a preservação ambiental para garantir a continuidade desses ganhos. “Nós não podemos estar a gerar crédito de carbono durante três anos e depois começar a cortar as nossas matas”, advertiu. O ministro defende a necessidade de incluir a dimensão ambiental em todas as políticas públicas, sobretudo no sector primário. Nesse contexto, os mangais surgem como uma das maiores riquezas ecológicas do país. Segundo o Cassamá, “a Guiné-Bissau tem 10% do seu território nacional coberto por mangal”, sendo este considerado como floresta no contexto do Protocolo de Quioto. Estes ecossistemas têm um papel crucial na protecção da costa, reprodução de espécies marinhas e armazenamento de carbono, além de representarem uma oportunidade concreta para o país fortalecer a sua inserção na economia azul. Já no discurso de abertura da Cimeira do Oceano, o Presidente guineense tinha enfatizado a necessidade da preservação dos oceanos. Umaro Sissoco Embaló garantiu que o seu país fará o possível em prol da preservação dos oceanos, mas apelou a uma cooperação internacional nesse sentido por nenhum país, isoladamente, conseguir vencer os desafios com que a humanidade se defronta. Em relação ao alcance da meta 30X30 (até 2030 garantir a protecção de 30% dos oceanos) o chefe de Estado guineense enfatizou a importância de se declarar o arquipélago dos Bijagós como património mundial da humanidade e a criação de uma segunda reserva na região de Cacheu, em Pecixe, duas iniciativas levadas a cabo pelas autoridades deste país da África ocidental.
Angola reafirmou o seu compromisso com a protecção dos oceanos e a mitigação das alterações climáticas durante a 3.ª Conferência das Nações Unidas sobre o Oceano (UNOC3), que decorre até sexta-feira, 13 de Junho, em Nice, França. A ministra do Ambiente de Angola, Ana Paula de Carvalho, avançou ainda que o processo de criação da primeira área de conservação marinha do país “está numa fase avançada, quase concluído. Falta a consulta pública e posterior aprovação em Conselho de Ministros”. A participar na 3.ª Conferência das Nações Unidas sobre o Oceano (UNOC3), que decorre até sexta-feira, em Nice, a ministra do Ambiente de Angola, Ana Paula de Carvalho, reforçou o apoio do país aos temas centrais da conferência: biodiversidade marinha, poluição por plásticos e o Tratado sobre a Biodiversidade em Áreas Fora da Jurisdição Nacional (Tratado BBNJ). A costa angolana, com seus 1.650 km de extensão entre Cabinda e Namibe, enfrenta crescentes desafios ambientais. Segundo a ministra do Ambiente de Angola, a subida do nível do mar e a acidificação das águas são consequências directas das alterações climáticas que já afectam a região. Fora da zona costeira, o sul do país sofre com secas severas, particularmente nas províncias do Cunene, Huíla e Namibe. Para combater a escassez hídrica, o Governo implementou projectos de captação e canalização de água, essenciais para abastecimento humano e agro-pecuário. Fizemos um grande esforço para levar água ao Cunene e já começámos intervenções similares no Namibe, com planos futuros para a Huíla. A vida das comunidades depende disso. Angola está a implementar um Plano de Ordenamento da Orla Costeira que visa uma gestão integrada e sustentável do litoral. Em paralelo, está em curso um Plano de Eliminação Progressiva dos Plásticos de Uso Único, aprovado por despacho presidencial, com acções de curto, médio e longo prazo, que passam pela promoção de sacos reutilizáveis, a substituição de embalagens plásticas por materiais biodegradáveis e campanhas de sensibilização junto da indústria e da população. Criámos um plano de eliminação progressiva do plástico, com enfoque no curto prazo. Iniciámos uma campanha de sensibilização para preparar a indústria e a sociedade para esta transição ecológica. Entre as medidas práticas estão o aumento da espessura dos sacos plásticos, o estímulo ao uso de materiais biodegradáveis e a substituição de copos, palhinhas e cotonetes por alternativas sustentáveis. Além disso, os sacos plásticos nos supermercados vão começar a ser pagos, para incentivar o uso consciente. Ao pagar pelo saco, a população começa a levar o seu saco de casa. Já vemos sacos de pano nas padarias de algumas províncias. Isto também cria oportunidade para a economia local. (...) Estamos a preparar o sector produtivo para essa transição, garantindo tempo e condições para a adaptação. A prioridade, neste momento, é a sensibilização e a introdução de alternativas viáveis. Primeira área de conservação marinha Um dos marcos mais relevantes para Angola é a criação da primeira área de conservação marinha do país, na Baía dos Tigres, província do Namibe. A zona, agora transformada numa ilha devido à erosão costeira, combina características de deserto e mar. O documento visa estabelecer regras claras para restringir a pesca e regular o turismo na Baía dos Tigres, protegendo os ecossistemas vulneráveis da região. A Baía dos Tigres é uma área única, entre o deserto e o mar. O processo está numa fase avançada, quase concluído. Falta a consulta pública e posterior aprovação em Conselho de Ministros. A ciência precede a política. Só após os estudos é que criamos o decreto que estabelece as balizas da protecção.
Il presidente degli Stati Uniti Donald Trump ha deciso di inviare la Guardia nazionale a Los Angeles dove sono in corso da alcuni giorni delle manifestazioni contro le deportazioni dei migranti irregolari. Con Lucia Magi, giornalista, da Los Angeles.È cominciata ieri a Nizza la terza Conferenza delle Nazioni Unite sugli oceani, in cui una sessantina di capi di Stato e di governo si riuniranno per cercare di fermare il degrado dell'ecosistema marino. Con Gabriele Crescente, editor di ambiente di Internazionale.Oggi parliamo anche di:Documentario • Honeydew di Marco Bengozi e Michael PetroliniCi piacerebbe sapere cosa pensi di questo episodio. Scrivici a podcast@internazionale.it Se ascolti questo podcast e ti piace, abbonati a Internazionale. È un modo concreto per sostenerci e per aiutarci a garantire ogni giorno un'informazione di qualità. Vai su internazionale.it/abbonatiConsulenza editoriale di Chiara NielsenProduzione di Claudio Balboni e Vincenzo De SimoneMusiche di Tommaso Colliva e Raffaele ScognaDirezione creativa di Jonathan Zenti
País europeu tem 97% do território constituído pelo mar e busca “relação sustentável” com ecossistemas, como declarou primeiro-ministro Luís Montenegro; nesta terça-feira, evento debate poluição marinha e financiamento para ações de proteção.
No decurso da 3.ª Conferência do Oceano das Nações Unidas (UNOC3), a decorrer em Nice, o PNUD organizou uma "Mesa Redonda Ministerial sobre os SIDS". Marcos Neto, secretário-geral Adjunto das Nações Unidas, em entrevista à RFI, explica que a política do PNUD para estes “gigantes oceânicos” se baseia na “diversificação da economia”, “transição energética” e “financiamento”. No decurso da 3.ª Conferência do Oceano das Nações Unidas (UNOC3), a decorrer até sexta-feira em Nice, França, o PNUD - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - organizou, esta segunda-feira, 09 de Maio, uma "Mesa Redonda Ministerial sobre os SIDS", os Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento. Em cima da mesa, dois temas em destaque: o lançamento da Iniciativa "Rising Up for SIDS" (Mobilizar-se pelos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento) e o "One Ocean Finance" (Financiamento para o Oceano).Marcos Neto, secretário-geral Adjunto das Nações Unidas, administrador assistente do PNUD e director do Gabinete de Apoio às Políticas e Programas, em entrevista à RFI, explica que a política do PNUD para estes “gigantes oceânicos” se baseia na “diversificação da economia”, “transição energética” e “financiamento”.RFI: O PNUD lançou esta estratégia “Rising Up for SIDS”. Em termos práticos, em que é que consiste e que mudanças traz para os Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento?Marcos Neto: Os países, as pequenas ilhas insulares, na verdade, achamos que eles têm um nome mal dado, em vez de serem chamados de pequenos países insulares, deviam ser chamados de países gigantes oceânicos. O PNUD trabalha com 30 dos 39 países que são ilhas. E essa estratégia é a continuação de uma estratégia que já tínhamos, comprovando o compromisso permanente, a prioridade permanente que o PNUD dá para as pequenas ilhas. Enfoca basicamente em três grandes pilares: um pilar que é a diversificação da economia das ilhas, tomando muito em consideração a economia azul. Segundo elemento prende-se com uma questão de adaptação climática e de preparar os países para ter uma resiliência mais forte com relação aos problemas climáticos.No sentido de os países já estarem preparados para essas consequências das alterações climáticas?Exactamente, até porque as consequências já são uma realidade, não é mais uma questão futura. Já estamos com a frequência de furacões e a frequência de desastres cada vez maior.Também é um processo de transição energética. Esses países são muito dependentes de processos de importação de energia, na maior parte dos casos, eles importam [energia] fóssil. Importam diesel. Eles são muito pouco contribuintes ao problema climático, a emissão deles é muito, muito pequena. O trabalho de transição energética não é uma questão tanto de resolver o problema global de emissões climáticas, mas é um processo de transição económica. A balança comercial desses países é altamente afectada na parte de importação pela importação de diesel, pela importação de energia fóssil.Se conseguíssemos fazer a transição desses países para uma energia renovável, local, solar, eólica, geotérmica ou até oceânica, eventualmente, transformaríamos a economia deles para sempre, ao reduzir o que eles têm que importar em dólares ou em euros de energia. Então esse é um dos elementos mais importantes que junta a questão climática com a questão da transição económica.O terceiro pilar do nosso trabalho é exactamente garantir o acesso a finanças para eles. Esses países sofrem um processo muito desigual nas estruturas de finanças internacionais, porque são considerados basicamente países de ingresso médio. Porquê? Porque eles têm um PIB per capita alto. Então, não têm acesso às finanças concessionárias internacionais. E, ao mesmo tempo, têm alto nível de dívida pública.De endividamento.De endividamento. Eles têm um problema financeiro, de acesso de finanças para fazer essa transição energética, para se prepararem para o clima, para investir em educação e saúde, que é um absurdo.E é nesse e nesse caso que entra o PNUD e que tenta inverter essa situação do acesso às finanças ou que tenta de alguma forma conseguir esse financiamento para esses países?Exactamente. A nível mundial, com as Nações Unidas lideradas pelo secretário-geral, já faz muito tempo que estamos pedindo uma reforma profunda da arquitectura de finanças internacionais. Inclusive, isso será discutido daqui a um mês em Sevilha, na Espanha, na quarta reunião de financiamento do desenvolvimento, logo depois da reunião dos oceanos.E, para além disso, a gente trabalha com esses países tentando acertar os orçamentos, tentando ver como podem aceder ao mercado de capitais em termos que são bons para eles. Todos esses aspectos. A gente trabalha tanto na questão política de ‘advocacy' a nível mundial, como país por país, em tentar ajustar as finanças públicas deles e ajudar eles a aceder a esse mercado de capital.Nesta questão da transição económica, essa economia Inclusiva garante que os grupos mais vulneráveis não ficam de fora, não ficam à margem desta transição, mulheres jovens, comunidades mais vulneráveis. Como é que isso acontece?A gente tem um princípio básico de não deixar ninguém para trás, não deixar ninguém para trás. Significa que começamos com quem já está atrás para não deixar um ‘gap' muito grande. E nesse aspecto, tem juventude, mulheres, grupos que são marginalizados ou por questões de raça ou de género. A gente tenta sempre trabalhar tanto do ponto de vista da política pública, com os governos. A gente trabalha muito na questão de que os orçamentos públicos desses países tenham uma lente de género, uma lente de mulher, que eles possam ver as mulheres no orçamento público. Como a gente trabalha no processo de empreendedorismo e empreendedorismo de mulheres, empreendedorismo de jovem, transição digital para que não deixe para trás mulheres e jovens. Isso é um pilar fundamental de todo o trabalho do PNUD.E tendo em conta esta estratégia “Rising Up for SIDS”, o PNUD espera alcançar os resultados em quanto tempo?Por quatro anos. Essa estratégia se junta ao nosso novo plano estratégico, que começa a partir do início do ano que vem e vai até 2029. Então, são quatro anos. Mas antes disso, é um processo de continuação, criado em cima do que já deu certo.No que toca à plataforma “One Ocean Finance”, de que forma é que pode ser efectivamente desbloqueado financiamento?Essa plataforma, que tem vários parceiros, dá tanto assistência técnica para os países como trabalha em processos de instrumentos financeiros específicos. Por exemplo, garantias. Se a gente conseguisse, dentro dessa plataforma, botar processos de parcerias que possam gerar garantias para que esses países tenham uma nota de risco melhor do que o que eles têm hoje, isso vai atrair o capital com termos melhores.Mas aqui falamos que aqui falamos, por exemplo, também do sector privado?Claro, porque no final das contas, quem investe é o sector privado, mas o sector privado na hora de investir sempre toma em consideração as notas de risco que são dadas aos países. A nota de risco desse país não é boa. Então, colocar instrumentos financeiros como garantia, melhorar políticas públicas domésticas que gerem um processo de mudanças dos riscos que os países têm e que são percebidos pelos exteriores, vai atrair o sector privado.Qual é a esperança que o PNUD deposita nesta terceira cimeira sobre os oceanos das Nações Unidas?Eu acho que é preciso olhar para essa reunião e ver duas coisas importantes: a consolidação da importância económica, social e ambiental dos oceanos e, dentro dessa importância, dessa consolidação, dessa a elevação como prioridade, dos papéis das ilhas, dos pequenos países insulares. É importante para consolidar e para demonstrar que esses países precisam de mudanças mundiais para que eles tenham uma realidade, eles são os mais vulneráveis ao clima, com menos acesso a financiamento, para se protegerem contra o clima. Isso tem que mudar. Então, eu acho que essa reunião combinada com a reunião de Sevilha de financiamento para desenvolvimento, que vem daqui a um mês depois, combinado com a COP 30, no Brasil, pode ajudar muito a consolidar essa realidade fundamental que a gente precisa. Acho que a segunda parte é ter um processo mundial de encontrar ferramentas, encontrar plataformas específicas que possam começar a implementar na prática, no dia-a-dia, o que está saindo dessas conversas mais políticas. Nesse caso, o Ocean Finance Facility, do PNUD e de outros parceiros, é importante, o fundo de recifes de corais é outro papel importante. Eu acho que tem todo um elemento aqui que é fundamental para essas conferências, tanto do ponto de vista de consolidação política, de prioridades, quanto de ter respostas práticas que ajudem as pessoas no dia-a-dia na vida deles. Não faz muito sentido ficar só na retórica.
Com o aumento da frequência e da intensidade dos eventos climáticos extremos, as comunidades costeiras são as primeiras a serem afectadas pelos desastres ambientais. Os sistemas de prevenção aliados à participação activa das comunidades parecem ser o caminho eficaz para a redução dos riscos de desastre de acordo com o painel “Da costa à comunidade: construir resiliência através de alertas precoces”, realizado no âmbito da UNOC3, que decorre em Nice, França. Com o aumento da frequência e da intensidade dos eventos climáticos extremos, as comunidades costeiras são as primeiras a serem afectadas pelos desastres ambientais. A subida no nível do mar, a erosão costeira, o aumento da força das tempestades e as ondas de calor marinhas são algumas das ameaças directas à sobrevivência de populações, economias locais e ecossistemas marinhos.Os sistemas de prevenção aliados à participação activa das comunidades parece ser o caminho eficaz para a redução dos riscos de desastre de acordo com o painel “Da costa à comunidade: construir resiliência através de alertas precoces”.Neste painel, os participantes discutiram o papel central da iniciativa “Alertas Precoces para Todos”, lançada pelo secretário-geral das Nações Unidas António Guterres, como ferramenta essencial para proteger comunidades vulneráveis dos impactos climáticos. A liderança local foi destacada nesta cadeia de esforço.A participar na conferência “Da costa à comunidade: construir resiliência através de alertas precoces” esteve a secretária municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação do Rio de Janeiro, Tatiana Roque, que partilhou o trabalho que esta grande metrópole brasileira tem vindo a fazer no que diz respeito à resiliência costeira e aos sistemas de alerta.O Rio de Janeiro tem um sistema muito avançado de alerta para inundações.Integrou os dados dos sensores oceânicos numa parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Oceânicas, para incorporar os dados oceânicos no nosso monitoramento.A partir daí, a cidade pode planejar medidas de resiliência costeira.Além disso, a secretária municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação do Rio de Janeiro, acrescenta que “foram criados no Plano de Desenvolvimento sustentável os corredores azuis, que são maneiras de integrar todo o nosso sistema, que inclui além do mar, lagoas, rios, para facilitar a drenagem. Já foram construídos no rio várias piscinas para facilitar a drenagem e impedir as enchentes.”O Rio de Janeiro aprovou ainda a presença no sul de França para defender a sua candidatura para acolher a próxima conferência da Década do Oceano, em 2027.O encontro decorreu no âmbito da 3.ª Conferência dos Oceanos das Nações Unidas (UNOC3), que acontece em Nice, França, até sexta-feira, 13 de Junho, co-presidida pela França e a Costa Rica.
País tem maior potencial de energia eólica em alto-mar do mundo; professor e pesquisador Alexander Turra participa da 3ª Conferência dos Oceanos das Nações Unidas e defende mais investimentos em economia azul; para ele, COP30, no Brasil, será oportunidade para “unir Amazônia Verde e Amazônia Azul”.
Presidente Donald Trump convocou 2 mil policiais para combater manifestantes.Esse conteúdo é uma parceria entre RW Cast e RFI.
Arranca esta segunda-feira, em Nice, França, a 3.ª Conferência dos Oceanos das Nações Unidas (UNOC3). Em cima da mesa o reforço da mobilização global para a preservação e uso sustentável dos oceanos. A UNOC3 é co-presidida pela França e pela Costa Rica. Os Estados Unidos são os grandes ausentes da cimeira. O presidente da associação ambientalista portuguesa ZERO, Francisco Ferreira defende que esta conferência “é uma oportunidade de acção” para “dar prioridade àquilo que o oceano representa”. RFI: O que é que a ZERO espera desta terceira conferência sobre os Oceanos?Francisco Ferreira: Nós achamos que esta conferência será, sem dúvida, mais um marco importante de discussão e, acima de tudo, de dar relevo e prioridade àquilo que é o oceano, quer do ponto de vista dos serviços que nos presta, quer da absoluta necessidade da sua salvaguarda e protecção e também do “sofrimento” que o oceano, com as grandes crises climática, da biodiversidade, da exploração de recursos, tem sofrido.Se não fosse o oceano, a temperatura da nossa atmosfera não estaria apenas a 1,6 graus acima da era pré-industrial, como esteve em 2024, mas muitos mais graus acima porque tem sido o oceano, através do seu aquecimento, com consequências dramáticas - nomeadamente para os bancos de coral, para o oxigénio que consegue estar dissolvido nos oceanos - que tem acomodado esse aumento temperatura.Portanto, o oceano tem de ser salvo e nós precisamos de o proteger e salvaguardar.Esta conferência, apesar de não se esperar realmente resoluções vinculativas e é algo que decorre da sua própria natureza, vai, sem dúvida, juntar um conjunto de líderes e uma oportunidade de acção que para nós é extremamente importante. Esperamos o estímulo ao aumento das ratificações para conseguirmos a entrada em vigor do Tratado do Alto Mar. Estamos com 29 países que já ratificaram. E são precisos 60 para a ratificação do Tratado do Alto Mar?Exactamente. Estamos a falar de um território que representa mais de 70% do oceano e que é fundamental ser reconhecido como bem comum da humanidade e gerido com base na ciência, e com base também na equidade entre os vários países.Por outro lado, também é crucial que tenhamos, do ponto de vista científico, esta possibilidade- de tal como para o clima- termos um Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas, para a Biodiversidade também um painel semelhante, dedicarmos o mesmo tipo de relevo, de juntar os melhores cientistas e a melhor informação e conhecimento para gerir o oceano. E essa plataforma para nós é, sem dúvida, um aspecto muito relevante.Há, ainda, outros aspectos que achamos cruciais: a participação de grupos minoritários que são cruciais para a sua sustentabilidade económica e social na gestão do oceano - os pescadores de pequena escala, os povos indígenas - e, por outro lado, ainda, a necessidade de darmos um relevo realmente muito maior ao oceano no quadro das alterações climáticas.À semelhança daquilo que acontece com as diferentes COP, Cimeira das Nações Unidas para o Clima, não podemos ter aqui mais do mesmo? Os documentos que saem destas conferências não são vinculativos, o que faz com que não haja consequências para os países que não os respeitem.Essa, aliás, a principal crítica da parte da Zero e também da Oikos, uma outra organização mais ligada ao desenvolvimento - estamos a acompanhar juntos esta conferência - é que realmente podemos ter determinadas acções que têm um peso vinculativo grande, como é o caso do Tratado do Alto Mar, mas muitas das outras decisões, inclusive aquilo que venha a ser a adopção do “Plano de Acção de Nice para o Oceano”, a “Declaração do Nice para a Acção no Oceano”, tudo isso, pura e simplesmente, poderá passar não mais do que meras intenções.De boa vontade?De boa vontade e não vincular realmente os países. Sem dúvida que, para nós, é esta discussão multilateral entre os vários países que é fundamental fazer e, portanto, a conferência é, sem dúvida alguma, uma enorme mais-valia. Perde por, no quadro internacional, não ter uma expressão vinculativa, principalmente no que diz respeito à mobilização de recursos financeiros, no que diz respeito às metas de protecção e salvaguarda, mas indirectamente -e esse é o nosso apelo - há tratados, convenções, essas sim, com um espírito mais vinculativo. Por exemplo, a Convenção da Biodiversidade ou da Diversidade Biológica e a própria Convenção do Clima, onde poderei integrar a valência dos oceanos de uma forma muito mais importante do que tem acontecido, principalmente no clima. Na Convenção do Clima, os oceanos têm tido uma menção e uma é uma atenção muito reduzida face aquilo que tem sido o papel dos oceanos, quer na redução dos impactos quer nas consequências para o oceano de termos temperaturas mais elevadas e mais dióxido de carbono na atmosfera.Em relação a Portugal, qual é o ponto da situação das políticas em relação precisamente à protecção do oceano?Portugal ratificou recentemente o Tratado para o Alto Mar e, portanto, é uma excelente notícia. Mas, por outro lado, no que diz respeito à limitação de várias áreas em termos de conservação da natureza nas zonas costeiras do continente e, por outro lado, também naquilo que são ameaças em relação a áreas que foram recentemente anunciadas, como foi o caso das áreas marinhas protegidas dos Açores e onde se quer flexibilizar determinada pesca - e o mesmo se passa na Madeira - temos aqui uma certa contradição entre alguma ambição que Portugal tem demonstrado e ameaças ou a falta de concretização daquilo que Portugal já deveria ter feito e assegurado de forma muito clara em termos de apoio.Há um outro aspecto também importante, Portugal alinhou naquilo que respeita à exploração dos fundos marinhos numa moratória para até 2050 - infelizmente não é para sempre - não embarcar nesse tipo de exploração, nomeadamente de materiais críticos no fundo do mar, na zona da sua jurisdição.
Três anos depois da Conferência da ONU sobre o Oceano em Lisboa, mais de 80 chefes de Estado e de Governo estão em Nice para, de 9 a 13 de junho, darem um novo impulso à governação internacional do Oceano
A Guiné-Bissau vai acolher no próximo domingo, 08 de Junho, a primeira Conferência Nacional sobre Piscicultura. O evento pretende reunir técnicos nacionais e internacionais, com o futuro dos oceanos no centro do debate. A organização do encontro está a cargo da Mana Nanque Piscicultura. Um dos objectivos é chegar ao fim da conferência com um documento, a entregar ao Governo, que permita lançar as bases do sector, como explicou em entrevista à RFI Dembo Mané Nanque. A primeira Conferência Nacional sobre a Piscicultura da Guiné-Bissau decorre precisamente no dia dos Oceanos, 08 de Junho, no Centro Cultural Francês e “contará com a presença de investigadores internacionais e nacionais. Nós escolhemos como lema deste evento “sustentando o que nos sustenta”. Estamos a realizar esse evento com o intuito de criar uma reflexão nacional sobre a saúde dos oceanos, sobre os recursos marinhos, como é que nós, a partir da nossa realidade, podemos criar soluções que vão impactar os oceanos de uma forma positiva”, sublinhou o organizador.O jovem guineense denuncia a sobrepesca a nível global, com os pescadores a não respeitarem os períodos de repouso biológicos. Portanto, defende a piscicultura para “libertar a pressão sobre os oceanos”. Segundo Dembo Mané Nanque, “a piscicultura contribuirá de uma forma significativa para garantir a sustentabilidade dos oceanos. Uma das coisas mais importantes que nós queremos com este evento é propor ao Estado um documento - planos estratégicos - que vise essencialmente promover a economia azul e o desenvolvimento sustentável através da promoção da piscicultura. Sabemos que os oceanos estão a ficar cada vez mais ácidos, a maior parte dos resíduos da humanidade vão directamente para os oceanos. É urgente investir na piscicultura como uma das alternativas para garantir a segurança alimentar e a sustentabilidade do planeta.”A primeira Conferência Nacional sobre Piscicultura da Guiné-Bissau está agendada para o próximo domingo, 08 de Junho, no Centro Cultural Francês, em Bissau.
Decorre de 09 a 13 de Junho, na cidade de Nice, França, a terceira Conferência das Nações Unidas sobre o Oceano (UNOC3). Localizado em pleno Atlântico Norte, o arquipélago dos Açores aparece com um papel de destaque: possui uma das maiores Zonas Económicas Exclusivas da Europa e tem vindo a consolidar-se como exemplo de compromisso com a conservação marinha. Decorre de 09 a 13 de Junho, na cidade de Nice, França, a terceira Conferência das Nações Unidas sobre o Oceano (UNOC3). Líderes políticos de todo o mundo, cientistas, organizações da sociedade civil e sector privado juntam-se para debater soluções concretas para a preservação e uso sustentável dos oceanos.Localizado em pleno Atlântico Norte, o arquipélago dos Açores aparece com um papel de destaque: possui uma das maiores Zonas Económicas Exclusivas da Europa e tem vindo a consolidar-se como exemplo de compromisso com a conservação marinha. Precisamente, exemplo disso é o programa Blue Azores, uma iniciativa do Governo Regional dos Açores, em parceria com a Fundação Oceano Azul e a organização internacional Waitt Institute, como explicou à reportagem da RFI Luís Bernardo Brito e Abreu, Assessor do Presidente do Governo dos Açores e Coordenador do Programa Blue Azores.RFI: Em que consiste o programa Blue Azores?Luís Bernardo Brito e Abreu, Coordenador do Programa Blue Azores: O programa Blue Azores faz parte de uma visão comum entre o Governo Regional dos Açores e os nossos parceiros, a Fundação Oceano Azul e o Waitt Institute, sobre uma grande temática que é a protecção do Oceano e especificamente do Mar dos Açores. Tendo como objectivo principal a sua protecção, valorização e promoção enquanto activo.O programa iniciou-se ainda em 2019, como o primeiro memorando de entendimento que foi assinado, na altura, com o Governo Regional e estes dois parceiros. Mas, resulta, também, de algum trabalho preliminar, nomeadamente com duas expedições científicas que foram feitas em 2016 e 2018.É um processo que se baseia no cumprimento dos objectivos internacionais para a protecção do oceano a nível mundial e, também, a nível europeu. Segue as metas previstas quer no quadro mundial de Biodiversidade, quer na Estratégia Europeia para a Biodiversidade 2030 e também na Estratégia Nacional para o Mar 2030.De uma forma muito resumida, esses objectivos concretos passam por proteger 30% do mar sob jurisdição nacional, no nosso caso a subárea Açores, que tem um milhão de quilómetros quadrados, portanto mesmo a nível global tem uma expressão bastante grande, sobretudo no Atlântico Norte. E esse objectivo é proteger legalmente 30% dessa área, com pelo menos 10% de protecção total, ou seja, sem nenhuma actividade extractiva. Que políticas têm sido desenvolvidas no âmbito da protecção dos oceanos, concretamente nos Açores?Blue Azores foi o programa que materializou essas políticas públicas. Portanto, foi um processo bastante longo, muito participado e que se baseou basicamente em três pilares. O primeiro pilar foi a utilização do melhor conhecimento científico disponível. Portanto, foi a ciência que nos disse, mapeou e criou cenários de conservação. O segundo pilar baseou-se na participação pública das partes interessadas. Portanto, houve um processo inédito que durou 18 meses, com mais de 40 reuniões com os stakeholders, com as partes interessadas, desde o sector da pesca, ao sector turístico, às autoridades, às ONG's. Portanto, foi um trabalho de co-criação do desenho destas áreas, com base no que a ciência nos identificou. E um terceiro pilar de decisão política. Portanto, ouvidas as partes, devido à ciência, houve uma tomada de decisão por forma a cumprir os objectivos internacionais, as políticas do governo e tentar arranjar um compromisso que cumprisse os objectivos de conservação e que, de alguma forma, também minimizasse os impactos socioeconómicos com estas medidas. Materializou-se em Outubro de 2024, na aprovação, na Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, de um decreto legislativo regional que cria o novo Parque Marinho e a Rede de Áreas Marinhas Protegidas dos Açores.A nível legislativo foi um processo difícil? Há dificuldades específicas por se tratar do mar?Este diploma, é importante referir, cria as bases para a sua gestão efectiva. Um dos grandes riscos a nível mundial deste tipo de processo é as áreas ficarem apenas no papel e, portanto, elas só são efectivamente geridas e funcionam se fazem o seu trabalho, se tiverem planos de gestão, planos de ordenamento e tiverem uma aplicabilidade e a sua própria sustentabilidade financeira.Existem aqui vários, várias etapas. Daí ter sido importante aprovar este diploma com tempo suficiente para se poderem concluir as restantes etapas até 2030. Este é o percurso que estamos a fazer.Existem outros processos que acabam por ser decorrentes dessa mudança, nomeadamente a nível do sector da pesca, tem de haver uma adaptação, tem de haver uma transição assistida ao sector para se adaptar a esta nova realidade, porque alguns segmentos do sector da pesca vão ser altamente impactados com uma retracção da actividade em algumas áreas.Quais são as grandes ameaças ao ecossistema do mar dos Açores?A nível global existem três grandes ameaças: poluição marinha, sobretudo a nível de microplásticos; alterações climáticas - o oceano está a aquecer, a ficar mais ácido, com menos capacidade de absorver dióxido de carbono e, portanto, está a perder a sua resiliência, a sua capacidade de reagir às pressões. E uma terceira [ameaça] é uma perda de biodiversidade a um ritmo muito acelerado.Essa perda de biodiversidade deve-se, também, à pesca intensiva aqui nos Açores?Algumas espécies - foi publicado muito recentemente um artigo pela Universidade dos Açores - estão sob grande pressão e, portanto, não estão a conseguir recuperar o ritmo da sua extracção.As áreas marinhas protegidas, na sua génese, não são áreas de gestão de pesca, portanto, existem para proteger ecossistemas vulneráveis [específicos de uma determinada área]. Mas, também sabemos que são das principais ferramentas para a recuperação dos stocks de pesca, uma vez que as áreas são protegidas. Normalmente estamos a falar de fontes hidrotermais, de corais, de profundidade, de esponjas. Podemos estar a falar de ecossistemas que não são necessariamente os stocks que são pescados comercialmente.A verdade é que esses stocks acabam por recuperar e, a médio prazo, as áreas marinhas geram benefícios para a própria pesca por efeito de transbordo de stocks.Como é que se faz a fiscalização para que os limites não sejam ultrapassados? Há aqui um grande acréscimo a nível de área de protecção. Temos cerca de 287.000 quilómetros quadrados de novas áreas marinhas que vão ter de ser fiscalizadas. Portanto, a resposta muito rápida a essa pergunta é: não se vai conseguir fiscalizar apenas com os meios tradicionais que já existem.Consegue-se através, sobretudo, de um panorama situacional marítimo esclarecido. Isto é feito com a ajuda de recursos de observação da terra pelo espaço, nomeadamente informação satélite. Depois, cada vez mais perto da costa, consegue-se com aeronaves, tripuladas ou não, com partilha de informação entre as várias entidades.Também com o apoio da inteligência artificial?Há algoritmos muito importantes para analisar a diversa informação que conseguimos receber a nível satélite e, portanto, quer seja a informação ou identificação específica das embarcações, quer seja por uma análise espectral da superfície e de imagem, toda esta informação deve ser tratada e deve ser analisada de uma forma conjunta.O maior desafio, neste caso, para todos os países que estão neste processo, - e se pensarmos também numa futura fiscalização, quando estiverem activas as áreas marinhas protegidas do alto mar, do BBNJ, do Tratado da Biodiversidade para além de jurisdição nacional - é a nível de coordenação entre entidades e o enquadramento legal para que estes dados sejam usados como meio de prova, como meios de auto de notícia.A cidade de Nice, em França, organiza a Cimeira das Nações Unidas sobre o Oceano. Que exemplo pode dar os Açores nesta matéria?Os Açores e sobretudo, o presidente do Governo Regional, Dr. José Manuel Bolieiro, tem vindo nestes fóruns internacionais, praticamente desde que tomou posse, a assumir pessoalmente este compromisso de proteger o mar dos Açores. Portanto, fez a sua primeira declaração pública, exactamente na Conferência da ONU do Oceano, em Lisboa, em 2022, em que se comprometeu, muito antes de 2030, a proteger legalmente o mar dos Açores.Portanto, este tem sido um compromisso sobretudo pessoal e tem vindo a afirmar nestas conferências que os Açores devem liderar pelo exemplo a nível internacional. Explicar como uma região ultraperiférica, com uma dimensão demográfica e territorial bastante pequena, mas com uma dimensão de riqueza e de tamanho oceânico bastante grande, pode criar um mapa, um padrão que as outras regiões devem seguir. Ele reafirmou este compromisso na conferência Our Ocean, do ano passado, em Atenas e, portanto, agora em Nice, a sua presença será exactamente para explicar que o objectivo foi cumprido e que isto é apenas o primeiro passo. O caminho é longo até à sua implementação total e, portanto, o compromisso agora dos Açores, uma vez aprovada esta designação com 30% do mar dos Açores protegidos, é não baixamos os braços e a implementação num espaço de tempo útil vai ser bastante exigente. Vai ter que ter o esforço de muitas entidades e que os outros territórios deviam seguir este exemplo.
A segunda parte da conversa com Bobó, um dos mais míticos futebolistas da liga portuguesa dos anos 80 e 90, passa pela vida no Boavista e pelos duelos mais do que quentes com André, Oceano, Isaías e... Sá Pinto. Mas o DESTINO: SAUDADE é um cantinho de paz e a conversa acaba em fumo branco, a celebrar a amizade do guineense com Nasser Al-Khelaifi, o atual proprietário e presidente do PSG. Não há engano. Bobó e Nasser são unha com carne.
En este episodio hablamos con María Perles quien, después de estar cinco años estudiando un doctorado en Alemania, decidió dar la vuelta al mundo sola sin coger aviones en un viaje que en un primer momento estaba planeado que durase ocho meses.Finalmente esta vuelta al mundo se alargó bastante más y María ha visitado cincuenta países moviéndose en barco, autostop, autobuses o trenes pero nunca en avión. Durante el episodio hablamos de cómo fue la experiencia, cómo consiguió cruzar océanos en barcos, las horas que utilizaba en los diferentes desplazamientos y cuánto dinero se gastó. ¡No te lo pierdas!Enlaces de interés:Instagram María: @maria.perlesJornadas Grandes Viajes: https://jornadasgrandesviajes.es/Rare Femmes: https://rarefemmes.com/Newsletter Rare Femmes: http://eepurl.com/i1ghSIInstagram Dos ruedas Dos pedales: instagram.com/dosruedasdospedalesBlog: dosruedasdospedales.com
Esta semana, temos na estante o livro mais recente de um naturalista quase centenário: David Attendorough - chama-se “Oceano - o último reduto selvagem” e foi escrito em co-autoria com Colin Buttfield; temos também a BD argentina de Muñoz & Sampayo, com “Alack Sinner, Bófia ou Detective”; e o trauma do nazismo em “Nós, Filhos de Eichmann”, de Günther Anderson; e finalmente “SPQR - Uma história da Roma antiga”, de Mary Beard.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Alessandro Barbaglia ci porta nella quarta stagione di Shelf, con qualche novità. In questa puntata con Alessandro Barbaglia anche Chiara Sgarbi con un libro-magazine dedicato agli oceani, Manlio Castagna che racconta di un capolavoro della letteratura al cinema e Angela Albarano, direttrice di Libroaperto Festival, ospite di questa puntata.Inoltre, si può partecipare a Shelf, inviando un breve messaggio vocale tramite Whatsapp al numero 3489128916: se ti va, puoi raccontarci cosa stai leggendo, dove e se ti sta piacendo!***SHELF. IL POSTO DEI LIBRIDi Alessandro Barbaglia. Con: Eleonora C. Caruso, Chiara Sgarbi, Manlio Castagna, Marco Ballarè.Realizzato da Mondadori StudiosA cura di Miriam Spinnato, Elena Marinelli, Danilo Di TerminiProgetto grafico di Francesco PoroliMusiche di Gianluigi CarloneMontaggio e post produzione Indiehub studio***Con l'invio del tuo contributo audio dichiari di accettare le condizioni del servizio podcast disponibili al seguente link
La possibile svolta dall'incontro tra Putin e Zelensky in Turchia. Ne discutiamo con Domenico Quirico, La Stampa.Perché De Maria era fuori dal carcere e ha potuto uccidere e uccidersi. Un commento da Daniele Tropea, legale di Emanuele De Maria, il detenuto suicida del carcere di Bollate che lavorava in permesso in un albergo di Milano dove ha accoltellato un collega e da dove è sparita una barista trovata poi morta.Dal Fentanyl in Usa al crack in ItaliaDi là dall'Oceano l'emergenza legata all'uso di Fentanyl, di qua il crack, la nuova eroina. Ne parliamo con Biagio Simonetta autore del podcast "Fentanyl: la molecola del diavolo" e con Ernesto de Bernardis farmacologo presso il Servizio Tossicodipendenze della ASP di Siracusa.
A Pedra do Valado é o maior berçário marinho do Algarve. Alberga 70% de toda a biodiversidade marinha da região, contabilizando mais de 800 espécies de fauna e flora.Neste episódio do podcast Biosfera, venha conhecer mais sobre os corais desta Área Marinha Protegida com o investigador do CCMAR, Jorge Gonçalves.
In this episode of Jeff and Jeremy Jeff discovers the EWG's website and all the not so great things they tell you about your tap water, that is if you live in SLO, Paso, Templeton, Oceano, or A-Town.
Scopriamo le novità di oggi dal mondo Tesla!Se vuoi supportare il canale con una donazione:
Tyler and Jimmy have two weeks of catching up to do. From Jimmy going to San Francisco to watch St. Motel at the Fillmore to the snailboys snow wheeling to Uncle Toms on the first week. The second week, Tyler went to Black Tie and Boots, and Jimmy stayed home and did a lot of yard work. There is also some exciting news about Oceano Dunes Monthly Discount Code with Devos Outdoor, use snailtrail12 to get any or all of the Devos Outdoor ecosystem that you need for your camping lifestyle. Want to win some Tires? Our friends at Yokohama are donating a set of tires for the 750 Apple Podcast reviews giveaway winner. Also, like before, we will give away swag packs every 50 until we get to the main giveaway. All reviews need to be left on Apple Podcast to be entered. Congratulations to TannerIsCooler for winning the 550 reviews swag pack. 1986Toyota4x4Pickup won 650 reviews for a SnailTrail4x4 Swag pack and an OnX off-road Elite Membership. Call us and leave us a VOICEMAIL!!! We want to hear from you even more!!! You can call and say whatever you like! Ask a question, leave feedback, correct some information about welding, say how much you hate your Jeep, and wish you had a Toyota! We will air them all, live, on the podcast! +01-916-345-4744. If you have any negative feedback, you can call our negative feedback hotline, 408-800-5169. 4Wheel Underground has all the suspension parts you need to take your off-road rig from leaf springs to a performance suspension system. We just ordered our kits for Kermit and Samantha and are looking forward to getting them. The ordering process was quite simple, and after answering the questionnaire to ensure we got the correct and best-fitting kits for our vehicles. If you want to level up your suspension game, check out 4Wheel Underground. SnailTrail4x4 Podcast is brought to you by all of our peeps over at irate4x4! Make sure to stop by and see all of the great perks you get for supporting SnailTrail4x4! Discount Codes, Monthly Give-Always, Gift Boxes, the SnailTrail4x4 Community, and the ST4x4 Treasure Hunt! Thank you to all of those who support us! We couldn't do it without you guys (and gals!)! SnailSquad Monthly Giveaway One of our favorite Products is coming back for the March Monthly Giveaway. We are working with Devos to get you their new LightRanger 2000. The new overhead light now has 2000 lumens and built-in color changing. Its amazing. If you want a chance to win a Light Ranger 2000 make sure to sign up as a SnailSquad member on Irate4x4.com Congrats to Karl Green for winning February's Giveaway with our favorite tool company, Gearwrench. We will be doing a choose-your-own-adventure tool grab with a wide assortment of tools that we will highlight for you. If you want a chance to win some GearWrench Tools, make sure to sign up as a SnailSquad member on Irate4x4.com Listener Discount Codes: SnailTrail4x4 -SnailTrail15 for 15% off SnailTrail4x4 MerchMORRFlate - snailtraill4x4 to get 10% off MORRFlate Multi Tire Inflation Deflation™ KitsIronman 4x4 - snailtrail20 to get 20% off all Ironman 4x4 branded equipment!Sidetracked Offroad - snailtrail4x4 (lowercase) to get 15% off lights and recovery gearSpartan Rope - snailtrail4x4 to get 10% off sitewideShock Surplus - SNAILTRAIL4x4 to get $25 off any order!Mob Armor - SNAILTRAIL4X4 for 15% offSummerShine Supply - ST4x4 for 10% off4WheelUnderground - snailtrailBackpacker's Pantry - Affiliate LinkLaminx Protective Films – Use Link to get 20% off all products (Affiliate Link) Show Music: Midroll Music - ComaStudio Outroll Music - Meizong Kumbang
Jason and Chris bring on some guests that have an important message for the offroad community is this episode. Jim Suty and Don Preble with the Friends of Oceano Dunes promote their favorite offroad recreation area down on the central coast of California, Oceano Dunes SVRA. The discussion centers around …
Court rules against Coastal Commission's OHV ban at Oceano Dunes Please Subscribe + Rate & Review KMJ’s Afternoon Drive with Philip Teresi & E. Curtis Johnson wherever you listen! --- KMJ’s Afternoon Drive with Philip Teresi & E. Curtis Johnson is available on the KMJNOW app, Apple Podcasts, Spotify, Amazon Music or wherever else you listen. --- Philip Teresi & E. Curtis Johnson – KMJ’s Afternoon Drive Weekdays 2-6 PM Pacific on News/Talk 580 & 105.9 KMJ DriveKMJ.com | Podcast | Facebook | X | Instagram --- Everything KMJ: kmjnow.com | Streaming | Podcasts | Facebook | X | Instagram See omnystudio.com/listener for privacy information.
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La captura de “El Lastra” fue resultado de investigaciones de gabinete y campo: García Harfuch Brayan “N”, permanecerá en prisión preventiva, por el feminicidio de Gilda Guadalupe “N” Más información en nuestro podcast
No meio do Oceano Índico existe uma pequena ilha, de colonização francesa que foi palco de extraordinários casos de contato ufológico com tripulantes de um OVNI, onde um desses encontros acabou resultando na cegueira temporária de um jovem, de 21 anos, morador da ilha. Então aperte o play e venha conhecer os detalhes desse caso pouco conhecido! RECOMENDAMOS ESCUTAR COM FONES DE OUVIDO Se você gosta do nosso trabalho, contribua com o apoia-se e participe do nosso grupo exclusivo para apoiadores Apoia-se Acredite se Quiser Podcast Apoia-se Portal Fenomenum Patreon Acredite se Quiser Pré Venda INCIDENTE EM VARGINHA (2ª edição ampliada) - Amazon Pré Venda INCIDENTE EM VARGINHA (2ª edição ampliada) - Catarse Venda Kit Magia Salomonica + Bestiario Goeta - Amazon Venda Bestiario Goeta Edição de Luxo- Amazon Siga e avalie o Acredite Se Quiser nas plataformas de streaming! Siga-nos nas redes sociais: Instagram Twitter Perfil do Setembro no X Venda livro Relatos Alienígenas na Amazon E-mail para contato: acreditesequiserpodcast@gmail.com Conheça a nova loja SkynWalker na Reserva Ink Links citados no episódio: Canal Fenomenum - Os casos da ilha reunião Learn more about your ad choices. Visit megaphone.fm/adchoices
This week we discuss the 6th full length album from one of my favorite bands since my high school days. Revocation's Great is our Sin is a great album that somehow still manages to be somewhat underwhelming? We talk about how having a such a consistent catalog and album release schedule can actually hurt the final product even if the final product is actually very good. We also do our best to try and answer the question of what hyper specific type of extreme metal Revocation is. Too thrashy to be death metal. Too death metal to be thrash. Too riff focused to be progressive. Too groovy to be technical death metal. Who knows.Also this week in the news corner we do our best to go over the case of Oceano and the Stolen Poster Art as well as give you a sneak peak and early review of the next Clipping album which gets released March 14th but we got an advanced copy by preordering the album. That's called journalism.Instagram - @MBFrecordspodAmanda's IG/TikTok/YouTube - @MothraLunaJason's Discogs - https://www.discogs.com/user/FrequencyShift/collection Theme music by SHADE08 x 80root on YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=bewQPpTnfgg&list=PPSV Hosted by Ausha. See ausha.co/privacy-policy for more information.
This week on Toilet Radio: Machine Gun Kelly made guitar cool again. Apparently Fieldy hasn't been in KoRn for 6 years and we Ask Questions about the evangelical hold on all of these guys. Oceano is mercifully breaking up and to commemorate the event they're stealing art from artists and acting stupid about it. SOD is getting back together for a reunion show, minus the fat nazi that originally fronted the band. Sleep Token have a new novelty thing, great. Finally, we look at the latest lineup for the corpse of Warped Tour. Folks, it's a good one. Music featured on this show: Venator – Radar Want more Toilet Radio? Get hundreds of hours of exclusive content and access to the TovH Discord over at the Toilet ov Hell Patreon. This program is available on Spotify. It is also available on iTunes or whatever they call it now, where you can rate, review, and subscribe. Give us money on Patreon to get exclusive bonus episodes and other cool shit.
L'incontro tra Donald Trump ed Emmanuel Macron segna un solco sempre più profondo tra l'Europa e gli Stati Uniti. Tra una stretta di mano e qualche frecciatina sugli aiuti "in soldi veri" che - precisa il presidente Macron - l'Europa ha fornito all'Ucraina, il presidente Trump trova anche l'occasione per elogiare Giorgia Meloni, "donna meravigliosa e leader di un Paese molto importante". Nel frattempo, l'Europa tenta di riorganizzarsi davanti al cambio di direzione degli Stati Uniti rispetto all'Ucraina e monta la discussione intorno all'utilizzo dei fondi russi congelati. Ne parliamo con Michele Marchi, professore di Storia contemporanea all'Università di Bologna, Paolo Palchetti, professore di Diritto internazionale alla Sorbonne di Parigi, e con Alessandro Marrone, responsabile del Programma “Difesa, sicurezza e spazio” dello IAI.
Nel tourbillon del risiko bancario erano rimaste solo le due ex popolari, dopo che Intesa Sanpaolo martedì si è chiamata fuori da qualsiasi operazione di sistema. Dopo lunghe speculazioni che si sono rincorse per mesi, alla fine è successo: Bper Banca ha lanciato un Operazione pubblica di scambio sulla Popolare di Sondrio. Entrambe le banche sono partecipate da Unipol, la prima al 19,9% (ma ha costruito una quota potenziale che potrebbe portarla al 24,6%) e la seconda Pop Sondrio al 19,7%. Con questa mossa sono arrivate a cinque le offerte a Piazza Affari di titoli bancari: Banco Bpm su Anima, Unicredit sullo stesso Banco, Mps-Mediobanca, Banca Ifis-Illimity, oltre a Unicredit che a Francoforte ha aperto il fronte Commerzbank. Ora è arrivata anche l iniziativa di Bper sulla Popolare Sondrio. L'offerta di scambio totalitaria lanciata prevede che vengano assegnate 1,45 azioni di nuova emissione dell'istituto modenese per ogni titolo di quello valtellinese. La valorizzazione delle azioni di Bper, si legge in una nota, ammonta a 9,527 euro (rispetto ai 9,27 euro di ieri). In caso di adesione integrale, il controvalore complessivo dell'offerta è di 4,32 miliardi di euro. Il premio riconosciuto agli azionisti della Sondrio è pari al 6,6% sulla chiusura di Borsa. Il commento è di Luca Davi Il Sole 24 Ore.Da America first ad America more Lo scorso 4 febbraio la presidente della Commissione Ue Ursula von der Leyen parlando alla Conferenza degli Ambasciatori europei ha dichiarato: "La visione di un mondo che tende a una sempre maggiore cooperazione e iperglobalizzazione è ormai superata. O almeno questa è la sensazione che i cittadini - e certamente molti elettori - di tutto il mondo hanno espresso chiaramente. Ma non si tratta solo di una sensazione astratta. Sono tornate le grandi paure". In questo contesto, dall'altra parte dell'Oceano sembra evidente un cambio di rotta da 'America First' ad 'America More', dall'isolazionismo a un nuovo imperialismo: è l'apparente parabola del Trump II, dopo l'annuncio di un piano per il controllo Usa di Gaza. La mossa sembra in linea con le ambizioni espansionistiche della nuova amministrazione Trump, che sostiene, almeno a parole, di volersi riprendere il Canale di Panama, impossessarsi della Groenlandia e annettersi il Canada come 51/mo stato Usa. Ma contraddice tutta la sua campagna elettorale, dove aveva promesso di tenere il Paese fuori da coinvolgimenti stranieri e dalle "guerre senza fine", evitando 'boots on the ground', le truppe sul terreno che ora non esclude neppure per Gaza (anche se la Casa Bianca ha frenato, indicandola come possibile leva negoziale). Resta da capire se la sue mosse apparentemente improvvisate, come con i dazi, non rientri in una strategia di negoziazione per alzare la posta in gioco e trattare da una posizione di forza, con la pistola sul tavolo. Ne parliamo insieme a Giulio Sapelli, Università Statale Milano.
In questa puntata:- Focus: due paesi al prezzo di uno! Rocco Semler ci aiuta a scoprire la Micronesia e le Isole Marshall
Segons l'OCDE, fins al 70% del cobalt procedent de la Rep
O aquecimento dos oceanos levou a costa brasileira a ter uma mortandade recorde de recifes de coral em 2024 – e as perspectivas para estes organismos, que abrigam nada menos do que 30% da biodiversidade marinha, são nada animadoras. No ritmo atual de aumento da temperatura do planeta e dos fenômenos climáticos extremos, os corais tendem a desaparecer dos oceanos. O primeiro passo é eles perderem a sua cor: microalgas que vivem nas células dos corais e os alimentam, chamadas zooxantelas, resistem mal ao calor. Elas passam a produzir substâncias tóxicas para o coral, que, em reação, expulsa essas algas – mas, sem elas, o coral fica vulnerável a doenças e morre de fome."O coral, quando está branco, ainda está vivo, mas está na UTI. Alguns conseguem se recuperar, outros morrem, e os que morrerem, vai ficar só o esqueleto exposto dele. Com a ação das ondas, dos organismos que vão colonizando esse esqueleto, ele vai se fragmentando, se tornando mais poroso, e começa a quebrar”, explica o professor de Oceanografia da Universidade de São Paulo (USP) Miguel Mies, e coordenador do Instituto Coral Vivo. "Toda a sua estrutura começa a ficar mais simples, plana. Por isso que a mortalidade dos corais é a perda de uma biodiversidade como um todo que vive ali."A complexidade biológica dos recifes faz com que eles sejam conhecidos como engenheiros ecossistêmicos. Mortos, estes ambientes deixam de servir de abrigo, alimentação e local de reprodução para milhares de peixes, crustáceos e outros organismos.Segunda mortandade em cinco anosO branqueamento e a morte dos recifes é documentado pela ciência há mais de 40 anos, principalmente no Caribe e no Indo-pacífico. O Brasil vinha sendo poupando até que, em 2019, uma forte onda de calor gerou a primeira mortandade de corais no país, entre elas algumas espécies ameaçadas de extinção que só existem na costa brasileira.A ocorrência do fenômeno El Niño em 2023 e 2024 e de prováveis novas ondas de calor deixou os pesquisadores do Instituto Coral Vivo em alerta: durante um ano, os cientistas monitoraram recifes do Ceará a Santa Catarina, numa extensão de quase 3 mil quilômetros, o maior programa do gênero do planeta. Como esperado, o impacto no nordeste foi devastador, principalmente no Alagoas, Rio Grande do Norte e norte da Bahia."Os recifes monitorados de Maragogi, no Alagoas, foram dizimados. Estamos terminando os cálculos, mas a mortalidade é perto de 100%. Tudo que tinha de coral naquela região morreu”, relata o pesquisador. "Branquearam, não conseguiram resistir ou voltar a um estado saudável, tamanho o acúmulo de calor e a sua duração. A gente está começando a ver alguns desses ambientes recifais lentamente se extinguirem no Brasil”, constata.Miguel Mies salienta que, no contexto das mudanças climáticas, em que o mundo caminha para uma elevação superior de 1,5°C da temperatura global e as ondas de calor tendem a ser cada vez mais frequentes, as chances de recuperação dos recifes são limitadas. O tempo de reprodução deles é longo, de modo que não conseguem suportar dois episódios de altas temperaturas em um intervalo curto.“Infelizmente, a gente não tem nenhum motivo para pensar que isso vai melhorar ou nem se manter como está. A gente sabe que vai piorar, porque a tendência no Brasil já é essa”, diz.Apenas 5% resistirão até 2050Segundo Mies, os oceanos perderam mais de metade de todos os corais do mundo nos últimos 35 anos, e a expectativa é que somente 5% dos que haviam no planeta resistirão até 2050.“Não dá para a gente falar em recuperação significativa, relevante, sem interromper o calor e isso é um esforço que não tem resultados da noite para o dia. Envolve uma união global que não é exatamente o que está acontecendo”, lamenta o professor da USP.O ano de 2024 foi o mais quente já registrado na Terra e, pela primeira vez, as temperaturas médias superaram a alta de 1,5°C, definida como meta no Acordo de Paris sobre o Clima. A Organização Meteorológica Mundial (OMM), ligada às Nações Unidas, indicou que os oceanos também atingiram o pico mais quente de aquecimento já registrado pelo homem, “não apenas na superfície, como nos 2 mil metros superiores”, disse a agência, citando os resultados de uma pesquisa realizada em sete países e publicada na revista Advances in Atmosferic Sciences.A OMM também destacou que cerca de 90% do excesso de calor devido ao aquecimento global é estocado nos oceanos, o que indica a que ponto eles estão na linha de frente das mudanças do clima.Regulação do turismoNa escala local, os recifes de coral têm uma importância socioeconômica: geram uma renda anual estimada em US$ 10 trilhões e beneficiam 500 milhões de pessoas pelo mundo, graças principalmente ao turismo e à pesca. Porém, como toda atividade que depende da natureza, os excessos devem ser combatidos, com regulamentações e regras que respeitem os limites dos ecossistemas.Leia também‘Relevância' de minerais do fundo mar para a transição será decidida pelos países, diz brasileira na ONUNo Brasil, Miguel Mies salienta que, de forma geral, as Unidades de Conservação da Natureza, entre elas as de corais, não recebem recursos suficientes para garantir o monitoramento e a prevenção adequados. "Um ambiente que está enfrentando muitos impactos de escala local, como turismo desregulado, sobrepesca e poluição, chega muito mais fragilizado para enfrentar uma onda de calor”, observa.Na semana passada, a pedido do Ministério Público Federal (MPF), a Justiça Federal de Alagoas suspendeu as atividades turísticas na Lagoa Azul, em Maragogi. O MPF alegou que o turismo na região, na Área de Proteção Ambiental (APA) Costa dos Corais – uma das maiores unidades de conservação marinha do Brasil – é irregular e ameaça a biodiversidade, em especial os recifes de coral.
Susie's best friend, Teri, joins her on this very special episode from Oceano, California. We have a lot of fun discussing what we've been up to since being here, our obsessions, and have a super good time with We're Not Really Famous Strangers. It's a fun one, in my humble opinion! Love you, mean it! Let us know what you think in the comments! #shopsmall #supportlocat #thewestcoastisthebestcoast
Lana Z Caplan works across various media – including single-channel films or videos in essay form, interactive installations, video art, and photography. Her recent photographic monograph, Oceano (for seven generations) published by Kehrer Verlag in 2023, contrasts the historic inhabitants of California's Oceano Dunes – the Indigenous Chumash and a colony of depression-era artist and mystic squatters – with the current ATV riding community which is the source of a public health crisis in neighboring communities. Oceano (for seven generations) is in the collection of museums including Los Angeles County Museum of Art, The Getty Museum, Museum of Fine Arts Boston and The Cleveland Museum of Art. Her work has been reviewed and featured in publications such as ARTnews, LA Times, , and The Boston Globe and she has received several grants including from Massachusetts Cultural Council and the Film/Video Studio Program Fellowship at the Wexner Center for the Arts in Columbus, OH. Caplan earned her BA and BS from Boston University, her MFA from Massachusetts College of Art and is currently an Associate Professor of Photography and Video at Cal Poly, San Luis Obispo. Resources Lana Z. Caplan Websites Photo Workshops Tokyo Exploration Workshop with Ibarionex Perello Sponsors Playpodcast Podcast App Charcoal Book Club Chico Review Photobook Retreat Frames Magazine Education Resources: Momenta Photographic Workshops Candid Frame Resources Download the free Candid Frame app for your favorite smart device. Click here to download it for . Click here to download Contribute a one-time donation to the show thru Buy Me a Coffee Support the work at The Candid Frame by contributing to our Patreon effort. You can do this by visiting or the website and clicking on the Patreon button. You can also provide a one-time donation via . You can follow Ibarionex on and .
Edición de La Ventana a las 16 horas del 26 de diciembre. Tratamos los bulos más virales en Navidad con Marc Amorós, mñas historias de la DANA, rememoramos los veinte años desde el Tsunami del Oceano Índico y reflexionamos sobre cómo pueden pasar las familias separadas estas Navidades de la mejor forma posible.
ONU lembra que é preciso proteger gerações futuras dos impactos do tipo de fenômenos; chefe do Escritório do Secretário-Geral para Redução de Riscos de Desastres ressalta cooperação sem precedentes que levou a criação de um sistema de alerta precoce.
La mente umana è turbolenta in superficie, ma in profondità troviamo pace e tranquillità. Come nell'oceano. La natura della meditazione è aiutarci a navigare il caos di pensieri ed emozioni disturbanti e ad esprimere la nostra vera natura, che è intrinsecamente calma, consapevole e compassionevole. Lascia un commento nella nostra community! https://discord.gg/hDVGVd2
1994: arriva in libreria il romanzo "Jack Frusciante è uscito dal gruppo", pubblicato da Transeuropa, piccola casa editrice nota per la sua capacità di scoprire nuovi talenti. L'autore è il giovane Enrico Brizzi e la sua opera prima è destinata a segnare un'intera generazione e a diventare un best seller. Si raccontava la storia del diciassettenne Alex, liceo classico a Bologna, carattere mite, che inizia improvvisamente a contestare la famiglia. Si innamora di Aidi e i due vivono un rapporto un po' altalenante perché Aidi sta per andare a studiare negli Stati Uniti. Dove finisce "Jack Frusciante è uscito dal gruppo" inizia il romanzo "Due" (Harper Collins) il sequel scritto sempre da Enrico Brizzi trent'anni dopo. Il romanzo racconta il periodo che va da giugno '92 a giugno '93, un anno in cui Alex e Aidi, divisi da un Oceano, devono fare i conti con il dolore e la separazione. Nella seconda parte il ritorno in libreria della scrittrice Tracy Chevalier, famosa per il romanzo "La ragazza con l'orecchino di perla" in cui prendeva spunto dalla vita del pittore Vermeer e della sua modella. Poi sono seguiti altri romanzi sempre ispirati a fatti storici e ora è in libreria con "La maestra del vetro" (Neri Pozza - traduz. Massimo Ortelio). Anche in questo caso un romanzo che ci porta nel passato anche se in realtà questa volta la scrittrice gioca con la dimensione del tempo perché la protagonista e le persone a lei care attraversano oltre 500 anni. Si raccontano le vicende di Orsola Rosso che alla fine del Quattrocento a Venezia appartiene a una famiglia di vetrai: crescendo impara l'arte di creare perle di vetro grazie agli insegnamenti di una famiglia di vetrai concorrenti. Il fratello Marco non apprezza il suo lavoro ed è anche piuttosto sferzante con lei, ma Orsola non si dà per vinta e grazie anche a una rete di donne cercherà di affermare sè stessa.
This week Sam and Marcos talk Valkyrae's jump to metalcore, the Bad Omens merch deemed too explicit, new music from State Champs, Chase Atlantic, and Silverstein plus a review of Sundiver by Boston Manor, our thoughts on new albums from Marianas Trench, To The Grave, and Oceano plus lots more! Intro Topics: As it is reunion(?), Sid Wilson of Slipknot's accident, new Motionless in White album, new music from Miss May I and more. News: Chase Atlantic, State Champs, Silverstein, Within Destruction, Blessthefall, Gore, Belle Haven and more starting at (42:47). Reviews: Boston Manor starting at (1:20:16). What We've Been Listening To: Marianas Trench, To The Grave, Oceano starting at (1:57:37) Become a Patron to gain early access and exclusive benefits! Patreon: https://www.patreon.com/Sotspodcast Playlist: https://open.spotify.com/playlist/0jp0fpudUz7gvu0SFaXhK3?si=6cddbd5b63564c9a Youtube: https://www.youtube.com/@sotspodcastYT Discord: https://discord.com/invite/3egU3Dk Merch: https://www.sotspodcast.com/merch Twitter: https://twitter.com/SOTSPodcast Facebook: https://www.facebook.com/sotspodcast Instagram: https://www.instagram.com/sotspodcast TikTok: https://www.tiktok.com/@sotspodcast
Episode 365 – Adam of Oceano joins the show today! We get into the band's history, his streaming on Twitch, his vocal style, and of course creating their new album. “Living Chaos” will be out August 30th, and don't miss them on tour all across the US this fall! Shampoo sucks! It dries out and strips your hair of essential oils. I quit Shampoo and I now use products from Modern Mammals instead! You should too. Get 10% off at modernmammals.com/pages/lss when you use code LSS! How are those New Years Resolutions coming? FACTOR can help! With delicious and nutritious meals sent directly to your door and ready in just 2 mins, you'll be reaching your goals in no time. Get an amazing deal right now Visit FACTOR MEALS dot com slash lss50 and use code lss50 to get 50% off. NEED SOME GREAT NEW MUSIC!? Open Your Ears has you once again with the new split release from House & Home and Suntitle ! If you're a fan of 2000's Emo and 90's Punk Rock, you're going to love this. Head over to OYErecs.com for more info! It's out now wherever you stream your music! Learn more about your ad choices. Visit megaphone.fm/adchoices