POPULARITY
O Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças avisa que os casos de gripe já estão a aumentar de forma invulgar e precoce e apela a que as pessoas, principalmente os grupos de risco, onde se incluem idosos, crianças, pessoas com doenças crónicas apressem a vacinação. A ministra antecipa um inverno muito duro e teme-se pela “saúde” das urgências hospitalares. Miguel Castanho, investigador da Fundação GIMM - Instituto Gulbenkian de Medicina Molecular e Professor na FMUL, salienta a importância da vacinação e lembra que nos Estados Unidos, onde a taxa de vacinação desceu para mínimos de 15 anos, já morreram centenas de crianças por causa da gripe. See omnystudio.com/listener for privacy information.
O Podcast Conversa recebe o Professor Nuno Mateus Coelho para discutir se estamos realmente a caminhar para um mundo semelhante ao de George Orwell. Falamos de cibersegurança, privacidade, vigilância digital, identidade tecnológica, moeda digital e do impacto que isto tem na liberdade individual.Uma conversa clara, acessível e importante para perceber o futuro do controlo digital.
A Noruega descobriu que adquiriu centenas de autocarros EV que podem ser desligados remotamente pela China, inaceitável para um país que se pode tornar inimigo. Acontece o mesmo com a Tesla e outros?See omnystudio.com/listener for privacy information.
Adriana Carreon Hosted on Acast. See acast.com/privacy for more information.
Mariana Vieira da Silva e Duarte Pacheco analisam esta semana o relatório preliminar do acidente do Elevador da Glória, a aprovação da lei que proíbe o uso da burca e evocam ainda a figura de Francisco Pinto Balsemão. No plano europeu, os comentadores analisam os últimos desenvolvimentos da guerra na Ucrânia e os vencedores do Prémio Sakharov.
A Iniciativa Global contra o Crime Transnacional indicou, no seu mais recente relatório, que cerca de um terço da cocaína consumida na Europa transita pela África Ocidental, com destaque para a instalação de redes criminosas em países como Cabo Verde. Estas conclusões vêm ao encontro do alerta lançado pelo Escritório das Nações Unidas sobre Droga e Crime, que identifica a Guiné-Bissau como uma zona de crescente interesse para o crime organizado e integrada na rota transatlântica do tráfico de droga. A responsável pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime na Guiné-Bissau e Cabo Verde, Ana Cristina Andrade, considera a situação preocupante para toda a região e aponta para o aumento do consumo de drogas sintéticas nos dois países. Como se explica que Cabo Verde e a Guiné-Bissau tenham integrado a rota transatlântica do tráfico de droga e que estejam a servir de base para a instalação de redes criminosas? A África Ocidental encontra-se numa posição geográfica particularmente sensível, situada entre a América Latina - onde se encontra a produção de cocaína - e a Europa, que representa - as evidências são claras - o principal mercado de consumo. Esta localização estratégica, aliada à vastidão das rotas marítimas e terrestres, cria condições propícias para que as redes criminosas transnacionais explorem a região como ponto de trânsito. A Guiné-Bissau tem 88 ilhas na sua composição. Esta situação representa um desafio enorme para o Estado, no que toca ao controlo dos tráficos que podem ocorrer a nível dessas ilhas. Cabo Verde tem mais águas territoriais do que terra propriamente dita, o que constitui um desafio em termos de condições para o controlo da extensa área marítima. Para além do factor geográfico, existem também outras vulnerabilidades adicionais, nomeadamente os recursos limitados para a vigilância fronteiriça e marítima. Como é que estes grupos mafiosos operam na África Ocidental? Aquilo que percebemos é que a operação na África Ocidental não se restringe à própria África Ocidental. Há toda uma rede que a ultrapassa. É evidente que existem criminosos na região que facilitam as redes internacionais, mas há conexões transfronteiriças e inter-regionais. Por isso é que nós, ao nível das intervenções, temos apostado em programas de resposta com forte envolvimento das autoridades judiciais e policiais da América Latina, da América do Norte, da Europa e de África. É fundamental que os países da África Ocidental continuem a aprimorar o seu quadro legislativo, harmonizando-o com as convenções internacionais nesta matéria. Ao mesmo tempo, é essencial que tenham condições técnicas e humanas adequadas. Temos insistido muito na questão do reforço das capacidades técnicas dos operadores judiciais e policiais, para que possam reforçar a cooperação com os seus congéneres na Europa, América Latina e América do Norte. Sabe-se que os intermediários são, por vezes, pagos em cocaína. Existe o receio de que este sistema provoque um aumento do consumo na sub-região - se é que ele já não existe? Absolutamente. Isto acontece já há muitos anos. Os fornecedores de cocaína pagam os traficantes locais com cocaína - e temos referido essa realidade em diversos relatórios. Obviamente, isto tem um impacto directo nas comunidades, sobretudo entre as crianças e os jovens. E não se trata apenas do comércio da cocaína ou de outras drogas ilícitas, ou mesmo de outros tráficos ilegais. Estamos a falar, sobretudo, do impacto que isto tem tido ao nível da África Ocidental - nomeadamente em Cabo Verde, na Guiné-Bissau e noutros países -, traduzido numa tendência crescente da oferta de cocaína e, consequentemente, também do consumo. Para além da cocaína, há um aumento de outras substâncias? Sim. Temos recebido relatórios de instituições nacionais, sobretudo da Guiné-Bissau e de Cabo Verde, que apontam para o aumento do consumo de drogas sintéticas. Os criminosos têm aproveitado cada vez mais as novas tecnologias para impulsionar o comércio destas substâncias. Por isso, nós, enquanto UNODC, temos vindo a alertar a comunidade internacional e os Estados-Membros para a importância de se realizarem investimentos financeiros nesta área. Mas, mais do que isso, que esses investimentos tenham por base a ciência, a coordenação, priorizando as pessoas e as comunidades mais vulneráveis, tanto social como economicamente. Quais são os impactos do tráfico de droga e da circulação de dinheiro ilícito nas instituições e na sociedade? Em primeiro lugar, está comprovado que o tráfico de droga gera uma espiral de violência e de corrupção. A evidência mostra que nenhum país, nenhuma família, consegue prosperar num ambiente contaminado por este tipo de criminalidade. Por isso, temos insistido junto das autoridades nacionais e internacionais sobre a importância da investigação financeira, que é uma ferramenta determinante no combate ao crime organizado e ao tráfico ilícito. A investigação financeira permite ir além da identificação dos autores materiais, alcançando os beneficiários económicos dessas actividades ilícitas. É fundamental seguir a pista do dinheiro - porque isso possibilita, de facto, a apreensão de activos. Temos tido experiências muito positivas, por exemplo em Cabo Verde, onde foram recuperados activos ligados ao crime, que foram reinvestidos no combate ao próprio crime. A Guiné-Bissau está, neste momento, também a aprimorar o seu dispositivo legal nesse sentido. A investigação financeira pode contribuir para desmantelar estas redes criminosas? Absolutamente. Para nós, esse é um dos aspectos fundamentais. Temos procurado avançar por essa via porque acreditamos que, para desmantelar o comércio de droga, é preciso enfraquecer estas redes a partir da sua base económica. E é isso que a investigação financeira permite fazer. Quais são as principais fragilidades institucionais e legais que facilitam a actuação destas redes criminosas? Uma das fragilidades principais é a inexistência de leis alinhadas com os tratados regionais e internacionais. Quando não há cooperação judiciária internacional eficaz, isso representa um desafio enorme. No comércio da droga, os traficantes estão altamente organizados. Por isso, temos trabalhado cada vez mais com as instituições dos Estados-Membros a nível regional. É fundamental construir confiança inte-rinstitucional entre os operadores judiciais. É preciso diálogo, uma investigação proactiva do tráfico e do comércio de droga. A ausência desses elementos representa um factor de desestabilização e compromete os esforços de combate. Temos mantido um diálogo permanente com as autoridades judiciais e policiais, no sentido de reforçar tudo o que já é positivo - e também com os governos, para que reforcem os dispositivos legais, ratifiquem as convenções internacionais e as adaptem à cultura organizacional dos respectivos países. É essencial reforçar a ética, a deontologia e prevenir a corrupção. É este o apoio que as instituições internacionais podem dar aos países afectados pelo flagelo da droga? Sim, absolutamente. Nós acreditamos que é possível mudar. E já existem provas de que, com um trabalho bem feito, com qualidade e com verdadeiro compromisso político, é possível transformar a realidade. Temos de continuar a reforçar as comunidades, a empoderar os jovens, a fortalecer as capacidades das famílias no sentido da protecção das suas crianças - para que possam, de facto, dizer "não" a tudo aquilo que destrói, e contribuir para uma cultura de cidadania e para a consolidação do Estado de Direito. Há uma questão muito importante: este combate tem de estar inserido num programa de desenvolvimento sustentável. Temos procurado, junto de todas as agências das Nações Unidas, fazer entender que o combate ao tráfico ilícito é uma questão de desenvolvimento dos países. Não se pode combater o tráfico de drogas isoladamente, sem considerar toda a dinâmica global. Por exemplo, a instabilidade política a nível mundial acaba por facilitar o tráfico de droga e outros tráficos ilícitos.
A maior parte do tempo você vem lutando com tudo, tentando obter controle sobre tudo e sobre todos? Esse podcast então é para você!
Mini Talks são episódios curtos, onde em poucos minutos, vamos diretos ao ponto para te ajudar a acabar com os episódios de compulsão alimentar, sem mais dietas e planos alimentares. Neste 1.º episódio falamos sobre como controlo excessivo sobre a alimentação leva a descontrolo e as primeiras estratégias práticas para começares a melhorar a tua relação com a comida. Se queres agendar a tua 1.ª Consulta de Terapia Nutricional Gratuita, clica aqui.Sobre nós:Clara Magalhães DiasTiago SabinoContactos:geral@nutrencia.ptCronologia:00:00 - 00:09 Restrição cognitiva: quando se come “bem” e ainda assim há compulsão 00:10 - 01:21 O que é mentalidade de escassez e restrição cognitiva?01:22 - 01:58 Como desconstruir a mentalidade de escassez: permissão alimentar01:59 - 02:18 Diferença entre permissão alimentar e permissividade02:19 - 04:09 Restrição alimentar e moralidade dos alimentos04:10 - 06:19 O impacto do ganho de consciência e autoconhecimento06:20 - 09:47 Combinados: estratégias práticas a implementar09:47 - 09:51 Despedida
20H Chamas fora de controlo em Moimenta
Governos do Brasil e Angola, países com grande número de imigrantes em Portugal, expressam preocupação com a proposta da direita ultra aprovada pelo governo Luís Montenegro. Presidente Marcelo Rebelo de Souza vê na nova lei problemas nos critérios de reagrupamento familiar de estrangeiros.
É muito comum ouvirmos pessoas dizerem que "não têm filtros", que são o que são e dizem o que pensam sempre. Será que se trata de uma questão de autenticidade ou de ausência de limites e falta de regulação emocional?
Effectiveness of stress management and relaxation interventions for management of hypertension and prehypertension: systematic review and network meta-analysis - LinkVídeo “Dr. Stety: Como lidar com o stress” - Link—Nova Android & iOS app MGFamiliar - Link—Subscreva o Podcast MGFamiliar para não perder qualquer um dos nossos episódios. Além disso, considere deixar-nos uma revisão ou um comentário no Apple Podcasts ou no Spotify.—MusicMusic : Roa - LightsWatch : • Roa - Lights 【Official】 Stream / Download : https://hypeddit.com/track/f7pxlqLicense : https://roa-music.com—Este podcast destina-se a médicos e os conteúdos nele partilhados não devem ser usados para decisões individuais sem aconselhamento médico. Para tal, consulte seu médico.
Nos últimos anos, a crise da habitação em Portugal tem-se agravado, com preços em alta e acesso cada vez mais difícil, especialmente nas grandes cidades. Governos de diferentes orientações políticas têm adotado medidas distintas, mas sem uma estratégia robusta. Para discutir este tema complexo e politicamente sensível, recebo novamente no 45 Graus dois especialistas: o geógrafo Simone Tulumello e a economista Vera Gouveia Barros. Simone Tulumello é geógrafo e investigador no Instituto de Ciências Sociais (ICS) da Universidade de Lisboa. É membro fundador da Rede H – Rede Nacional de Estudos sobre Habitação e autor do livro *Habitação para além da "crise": Políticas, conflito, direito* (Tigre de Papel, 2024). Vera Gouveia Barros é economista e investigadora, licenciada pela Nova SBE e doutorada pelo ISEG. Tem investigado nas áreas da Economia da Habitação e do Turismo, sendo autora de estudos com o position paper *A Situação da Habitação em Portugal*, publicado pela SEDES, onde integra o Observatório de Políticas Económicas e Financeiras, e coautora do estudo *O Mercado Imobiliário em Portugal* (FFMS). -> O 45 Graus agora também em vídeo, em youtube.com/@45_graus -> É já este sábado (12/07) o evento «45 Graus ao vivo» no Cinema São Jorge, em Lisboa. Bilhetes aqui. _______________ Índice: (0:00) Introdução (3:46) Vera: medidas para a habitação: mais dados, mais habitação pública, combater pobreza energética (12:54) Simone: Controlo de rendas, forçar arrendamento, diminuir alojamento local, habitação pública (28:29) Quanto controlo de rendas existe em Portugal vs outros países europeus? | Contratos de arrendamento nos países do Sul da Europa são dos mais curtos. | Mercado dual | Lei Cristas (42:14) Porque não sobe a Taxa de sobrecarga das despesas em habitação | Comparação com imigração (48:57) O mercado paralelo no arrendamento | Alojamento local | Problemas na justiçaSee omnystudio.com/listener for privacy information.
No episódio desta quinta-feira, o destaque vai para a análise ao jogo 3 das finais, que tem os Pacers como comandantes. Olhamos ainda para os Knicks e para a procura por treinador, bem como para Kevin Durant
Existen mecanismos y alguna que otra estrategia para lidiar con esos correos electrónicos no deseados, o que no te permiten eliminar tu suscripción. Acá en Estados Unidos es bastante simple reportar este tipo de malas prácticas. Te invito a debatir sobre este tema en el Foro de la Comunidad de TuPodcast https://foro.tupodcast.com Y otras formas de contacto las encuentran en: https://ernestoacosta.me/contacto.html Todos los medios donde publico contenido los encuentras en: https://ernestoacosta.me/ Si quieres comprar productos de RØDE, este es mi link de afiliados: https://brandstore.rode.com/?sca_ref=5066237.YwvTR4eCu1
Você já ouviu falar do Estoicismo?Essa antiga joia da filosofia que nos ensina a arte de viver com serenidade em meio ao caos. Você já deve ter ouvido por aí que os estoicos são aqueles caras que praticam a arte de não se abalar com nada, certo? Mas vamos um pouco além disso, especialmente quando tocamos no ponto da responsabilidade.Imagine você lá, no comando, lidando com o tumulto diário do mundo corporativo. O estoicismo entra em cena como aquele conselheiro sábio que sussurra: "Ei, foco no que está ao seu alcance". Isso mesmo, a responsabilidade sob a ótica estoica é basicamente sobre entender e aceitar que há coisas sob o nosso controle e outras que não estão. E o que está sob nosso controle? Nossas próprias ações, reações e atitudes.O que isso significa para você, um líder no mundo corporativo? Significa que sua responsabilidade primária é gerenciar suas percepções, decisões e ações. Num ambiente onde o caos parece ser a ordem do dia, adotar essa postura estoica pode ser seu diferencial. É a ideia de manter a cabeça fria, mesmo quando todos ao seu redor parecem perder as suas. É ser aquele líder que, no meio de uma tempestade, ajusta as velas do navio enquanto todos esperam instruções, sem pânico, sem desespero, mas com determinação e clareza.MAS QUAL É O PROBLEMA?Muita gente entendeu isso de forma rasa e cômoda.Não é porque não tenho controle, que não terei que lidar com o IMPACTO de muitas das coisas que acontecem no mundo, correto?Portanto, ao pensar em responsabilidade, lembre-se: o estoicismo não te ensina a ser indiferente, mas a investir sua energia de forma inteligente, focando naquilo que realmente depende de você, incluindo o impacto do que não contolamos. As decisões difíceis, os desafios, as crises? Encare-os como oportunidades para exercitar sua virtude e capacidade de liderança. No fim das contas, ser responsável é sobre ser mestre de si mesmo, e aí, meu caro, está a verdadeira liberdade.É sobre isso a conversa de hoje da minha #ProvocaçãodoDia...Como sempre trago muito da minha opinião...E adoraria conhecer a sua...E você o que acha?Bora conversar?E NÃO SE ESQUEÇA !!!!AMANHÃ começa o DESAFIO LIDERANÇA DE VERDADE!Entre os dias 09 e 12 de maio, estarei ao vivo às 18:00 trazendo conceitos e práticas pra TRANSFORMAR sua liderança de verdade em apenas 4 dias.Se inscreva aqui:https://allanpimenta.com.br/liderancadeverdadev3/Abração procê! Simbora apimentar essa liderança! #liderança #leaderclasses #papodelíder#carreiras#Mentoria #CrescimentoProfissional #Inovação #Mercado #DesenvolvimentoPessoal #Negócios #Sucesso #Empreendedorismo #Autenticidade #VivaSuaVerdade #ContraHipocrisiaCorporativa #SejaVocêMesmoSemMedo #LiderançaAutêntica
O médico Rui Guimarães ganhou 52 mil euros ao fazer cirurgias extra, enquanto liderava o hospital de Gaia. Rejeita "incompatibilidades" e diz que nem a IGAS, nem a ministra apontaram problemas.See omnystudio.com/listener for privacy information.
En este episodio respondo a todas las preguntas que me dejaron en Instagram sobre salud, belleza, nutrición, estilo de vida, suplementos, cuidado del cabello y manejo de la rosácea. Compartí consejos prácticos basados en mi experiencia como nutrióloga holística y estrategias que puedes aplicar en tu vida diaria para sentirte y verte mejor.Todos mis recursos con descuentos, links, cursos, consultas y TODO los encuentras en este unico link solo dale click y te lleva todohttps://linktr.ee/dulcedagdaEpisodio 222
Episódio gravado ao vivo no “Policy Fest”, organizado pelo Instituto de Políticas Públicas da Nova SBE. Simone Tulumello é geógrafo e investigador no Instituto de Ciências Sociais (ICS) da Universidade de Lisboa. É membro fundador da Rede H – Rede Nacional de Estudos sobre Habitação e autor do livro *Habitação para além da "crise": Políticas, conflito, direito* (Tigre de Papel, 2024). Vera Gouveia Barros é economista e investigadora, licenciada pela Nova SBE e doutorada pelo ISEG. Tem investigado nas áreas da Economia da Habitação e do Turismo, sendo autora de estudos com o position paper *A Situação da Habitação em Portugal*, publicado pela SEDES, onde integra o Observatório de Políticas Económicas e Financeiras, e coautora do estudo *O Mercado Imobiliário em Portugal* (FFMS). _______________ Índice: (0:00) Introdução (4:48) Início: Os principais factos da Crise da Habitação. | Taxa de sobrecarga das famílias em despesas em habitação | Barómetro da Habitação (FFMS) | Estudo Banco de Portugal: porque não desceram os preços quando os bancos centrais subiram as taxas de juro? (27:49) Mercado da habitação: falhas (37:50) Como aumentar a oferta de casas. Dados da OCDE | Precisamos de mais oferta pública? (50:07) Controlo de rendas? | Artigo: Digital Socialism, de Evgeny Morozov | O caso da Catalunha (58:40) Medidas para ajudar quem precisa a comprar casa. (1:04:26) Proprietários: a riqueza de milhões de portugueses aumentou nos últimos 10 anos | Quem compra vs quem arrenda | Quem mais sofre com a Crise são os mais pobres | O regresso das barracas (1:11:28) Precisamos de mais habitação pública? ______________ Esta conversa teve a sonoplastia de Hugo OliveiraSee omnystudio.com/listener for privacy information.
O economista Filipe Garcia atenta para a guerra comercial entre China e EUA, depois de nova retaliação por parte de Pequim. Diz que falta um "adulto na sala" e lamenta o "finca pé dos dois lados".See omnystudio.com/listener for privacy information.
O líder sudanês das Forças de Apoio Rápido (RSF), Mohamed Hamdane Daglo, admitiu este domingo, 30 de Março, ter perdido o controlo da capital, Cartum, reconquistada pelo exército, garantindo que as tropas vão agir com "maior determinação" e rejeitando qualquer possibilidade de negociação. Segundo Ana Cascão, a investigadora especializada em geopolítica no Corno de África e no Médio Oriente, a reconquista de Cartum - "uma área crucial, que liga o oeste e o leste do país- foi um passo determinante para o controlo estratégico da região". RFI: Que impacto é que a reconquista de Cartum pelo exército sudanês pode ter na configuração do poder no Sudão e pode levar a uma solução política ou prolongar o conflito?Ana Cascão: Talvez começássemos pelo início da guerra, que foi há cerca de dois anos, em Abril de 2023. Esta é uma guerra atípica ou o início de uma guerra atípica no sentido em que começou na capital. Isto não é normal, diremos, começa na periferia e depois a capital sendo tomada pode ser considerada uma vitória. Neste caso, a guerra começou em Cartum, o que foi muito problemático porque as pessoas foram saindo, fugindo para outros países e para outras regiões do Sudão. E, portanto, podemos imaginar o impacto que isto teve ao longo da guerra, as Rapid Support Forces, ou seja, os paramilitares, foram ocupando vários locais na capital. Alguns são muito estratégicos e gostava de relembrar que, em Cartum, os bairros se juntam e depois continuam a ser unidos e, portanto, há muitas pontes, o que significa que ninguém consegue controlar toda a capital, mas partes da capital. O exército sudanês, chamado SAF -Sudanese Armed Forces-, foi sempre avançando para oeste, mais para perto do Mar Vermelho, sob controlo da capital podíamos considerar que estava a ganhar a guerra.Esta volta do exército sudanês à capital é, acima de tudo, simbólica no sentido de recuperar território que é importante para retomar o palácio presidencial, o Banco Central, que estão destruídos, mas é poder simbólico e também as pontes que ligam as três partes de Cartum. É a principal ou a mais importante foi exactamente porque recuperaram uma parte da cidade que é muito importante para ligar os dois lados, oeste e leste, do país.Pergunto-lhe se o facto de as forças rápidas terem sido expulsas pode afectar a dinâmica entre as diferentes facções militares?Não estamos a falar de uma força militar que não é organizada como um exército regular, como é o exército sudanês e outros na região. Estamos a falar de paramilitares que têm uma estrutura não hierárquica. Obviamente que há líderes militares, mas que funcionam por diversos grupos. Eles não vão desaparecer. Há uma força muito rápida, altamente armada e sofisticada. Não têm Força Aérea, que é a única desvantagem, diremos, mas têm muito poder de se movimentar pelo país. Segundo eles, estão a posicionar-se noutras regiões que também são muito importantes. E onde estão a haver grandes batalhas porque, normalmente, lá está o poder simbólico de conquistar Cartum, muito provavelmente, o exército está a perder noutras regiões estratégicas e, portanto, isto não é o fim da guerra. Pode ser o começo de uma guerra com contornos completamente diferentes.O que é que muda, qual é a novidade desta vez?A novidade desta vez porque temos que perguntar então por que foi possível agora, passados dois anos, e não antes. Porque os atores externos são extremamente importantes aqui e eu gostava de fazer aqui a ressalva que o Sudão é um país extremamente importante por diversas razões. Na região não só pela sua localização, tem vários vizinhos, mas também pelo Mar Vermelho, bem como com o Médio Oriente. É muito importante porque tem petróleo, que está no sul do Sudão. Mas, seja como for, é transportado através do Sudão. Tem muito ouro, por isso também há interesse. E tem uma costa no Mar Vermelho, do outro lado do Iémen, do outro lado da Arábia Saudita, que é muito importante em termos militares, além das rotas comerciais. E, portanto, é óbvio e acho que ninguém descarta que as forças rápidas foram apoiadas pelos Emirados, que têm um grande poder no Sudão desde sempre, mas que aqui, ainda mais em termos de apoio militar e logístico. E o governo do Sudão foi sempre apoiado pelo Egipto. O Egipto, que era um país seguro, e as Forças Armadas foram sendo treinadas pelo Egipto. E também temos aqui um actor que é a Rússia, que apoiava as forças, porque é aí que está o ouro, nas regiões controladas pelas forças paramilitares, mas que ao mesmo tempo está interessado no Porto, que é controlado pelo exército sudanês. Portanto, neste caso, a Rússia vai apoiando uma facção ou outra. E uma novidade é Irão que tem um grande interesse no Mar Vermelho pelo que está a acontecer: O genocídio em Gaza, os ataques do Iémen no Mar Vermelho e, portanto, há aqui uma jogada no Mar Vermelho entre as várias forças da região, os Estados Unidos também. Um Sudão seguro também é muito importante para o Egipto, por causa do Canal de Suez, e ter capacidade militar no caso do Iémen e dos houthisnão poderem atacar há o Sudão do outro lado. Portanto, há aqui todo um refazer de estratégia em que o exército sudanês está a beneficiar e por isso é que isto foi possível agora e não antes. Não é só pela capacidade militar que aumentou, mas também psicologicamente e moralmente ser apoiado por grandes poderes.Outra notícia tem que ver com a detenção de Riek Machar no Sudão do Sul. Esta detenção pode, a seu ver, desencadear um novo conflito armado? Está em causa um acordo de paz que agora deixou de ser respeitado?É outro problema grande na região. Isto só para dar um contexto histórico; o Sul do Sudão tornou-se independente do Sudão em 2011 e herdou bastantes problemas, não é? Portanto, houve uma guerra civil entre o Sudão e o Sul do Sudão durante várias décadas, com várias razões por trás, mas uma delas tinha a ver também com o facto de o Sul do Sudão ter muito petróleo. Isto é sempre uma coincidência com os recursos estratégicos. E quando o Sul do Sudão se tornou independente, o risco de haver uma guerra civil entre os vários actores era grande. Na altura, havia um líder que era o John Garang, o líder da independência do Sul do Sudão, que morreu tragicamente num acidente de avião, o que deu jeito ao Riek Machar e Salva Kiir que já eram pessoas muito importantes no sistema e que pertencem a etnias diferentes. E houve uma luta de poder já nessa altura. Podemos dizer que a guerra civil propriamente dita entre facções dentro do Sul do Sudão aconteceu pouco depois da independência e era sempre uma questão de como partilhar o poder entre estas duas forças. Há aqui dois níveis, que são os poderes, os movimentos e depois as personalidades das pessoas. Salva Kiir tendo-se tornado o presidente e Riek Machar mais tarde tornando-se o vice-presidente. E é isto agora que está em causa: a partilha de poder com o Presidente Salva Kiir, provavelmente não interessado que as forças aliadas ao Riek Machar tenham posições de poder muito, muito grandes.Esta detenção também não é nova. Já aconteceu mais vezes Riek Machar estaar nos países vizinhos. Mas há sempre uma possibilidade de um acordo, que é a divisão do poder político. É provável que a guerra civil, que nunca propriamente acabou, ainda que houvesse um acordo de paz, se torne muito mais frágil do que era anteriormente. E é um país muito complicado. O Sudão também é complicado, mas o Sul do Sudão, geograficamente, não há acesso a muitas das áreas, não é? Quer dizer, a maior parte da população vive ao longo do Nilo. O poder vai sendo partilhado pelas várias etnias que vivem aqui. Mais uma vez, tal como no Sudão, há aqui o envolvimento de outros poderes, neste caso, mais poderes regionais, como o Uganda, a Etiópia e o próprio Sudão também. Isto nos últimos anos. Já houve os ex-vizinhos que combatiam e queriam ajudar como mediadores nos conflitos dos outros, o que é bastante irónico.Quer o Sul do Sudão, quer o Sudão, estão a enfrentar das maiores crises humanitárias que observamos nas últimas décadas, em particular o Sudão, porque não há qualquer acesso a grande parte do território sudanês e no Sul do Sudão também, com o problema adicional de que muitos sudaneses do norte ultrapassaram a fronteira para o Sul do Sudão. E os RSF estão a ter reforços de recursos humanos para combater no Sul do Sudão. Não é por acaso que estas duas coisas estão a acontecer ao mesmo tempo. Poderá haver aqui uma reconfiguração desta região.De que forma é que a comunidade internacional, em particular a União Africana, as Nações Unidas, podem actuar para tentar mitigar a crise humanitária e impedir uma escalada ainda maior dos conflitos na região?É bastante limitada. Nós conseguimos ver e basta olhar para os últimos dez anos, para não ir mais para trás. A União Africana não tem poder para resolver muitos conflitos, ainda que tenha algumas missões ou mediadores para os vários conflitos, chamemos-lhe no Corno de África, mas sabemos que há sempre interesses dentro da própria União Africana e isso acaba por impedir a acção daquela que seria a organização que devia estar exactamente envolvida nestes conflitos, visto todos os países fazem parte dela, mas não têm poder para isso.As Nações Unidas, sabemos que há vários outros conflitos mais importantes, salvo seja, a acontecer no mundo, que tiram a atenção a estes conflitos, em particular o Sudão. As Nações Unidas, neste momento, nem estão a conseguir fazer a distribuição da ajuda básica. Portanto, imaginemos uns quantos passos à frente ou uns quantos passos acima, a achar que se poderia ter um processo de paz. Em particular no Sudão, as partes não se querem sentar - seja lá quem for o mediador.As Nações Unidas têm um poder simbólico de chamar a atenção e levar resoluções ou o Conselho de Segurança. Em qualquer dos casos, cada vez mais os países do Golfo, e eu estou a falar dos Emirados Árabes Unidos e da Arábia Saudita, que têm interesses vastos nestas regiões por várias razões geopolíticas e geo-económicas, provavelmente estão na linha da frente para serem os mediadores, com grandes trocas, obviamente financeiras.A nova moda das relações internacionais é o transacional, a transacção de favores. Mas, no caso do Sul do Sudão, isto não é novo. Os actores não são novos, conhecem-se, imagino que haverá algum tipo de solução interna com a ajuda de alguns mediadores da região, como, por exemplo, o Uganda. No sul do Sudão não me parece que haja, se conquistaram Cartum ou outras regiões, que haja interesse da parte das Rapid Support Forces ou mesmo do exército sudanês para começarem negociações no curto prazo, pelo menos. E até porque a ajuda humanitária é a prioridade número um, é a prioridade número um, independentemente de onde estão as batalhas a decorrer e a região, claro mais problemático é o Darfur. Isto é um grande problema em qualquer negociação futura; se o Darfur poderá vir a ser um novo país, tal como aconteceu com o Sul do Sudão ter independência do Sudão, algumas forças poderão pedir a independência do Darfur, que é uma região muito rica em todos os recursos e por isso é que há tantas batalhas no Darfur e não parece que o exército sudanês alguma vez tenha capacidade de vir a conquistar essa região.
O TikTok reforçou o controlo parental com novas ferramentas, incluindo o “Time Away” e “Family Pairing”, além do “Wind Down” para incentivar o descanso. A Google DeepMind lançou dois modelos de AI robótica avançados, enquanto a Meta desenvolve um chip próprio para treinar modelos de inteligência artificial e reduzir a dependência da Nvidia.
O TikTok reforçou o controlo parental com novas ferramentas, incluindo o “Time Away” e “Family Pairing”, além do “Wind Down” para incentivar o descanso. A Google DeepMind lançou dois modelos de AI robótica avançados, enquanto a Meta desenvolve um chip próprio para treinar modelos de inteligência artificial e reduzir a dependência da Nvidia.
Acordar e adormecer a pensar em comida é comum, mas pode não ser normal. Se passa grande parte do tempo a pensar no seu corpo, na sua dieta ou em formas de compensar aquilo que comeu é importante que ouça este episódio. Nesta ‘Consulta Aberta’, falamos com a nutricionista Maria Novais Fonseca, co-fundadora do projeto DOCA, para perceber como é que a procura incessante de uma nova dieta para perder peso pode agravar e nunca tratar a compulsão alimentar.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Se há pessoa que apareceu neste domingo, foi o Henrique. É a estreia de um chef no estúdio, e logo um acabadinho de ganhar mais uma estrela Michelin no restaurante e um anel de noivado no dedo. Num episódio recheado, Pedro e Henrique cozinharam muito: além de comentaram a sua passagem como dupla no MasterChef 22/23, falam sobre truques para fazer um bom bacalhau, como detetar inspetores Michelin, o julgamento a quem não gosta de alho, comprar um atum por 75 mil euros e muito mais. (00:00) Intro(00:22) Participação de PTM e Sá Pessoa no Masterchef(05:56) Intolerância a água muito quente e gosto por banhos gelados(08:24) Estigmas em relação ao padel(12:21) Introduzir a corrida na rotina desportiva(23:08) Logística para participar no Ironman(27:07) Sá Pessoa tentou ser profissional de basket nos EUA(33:25) Forçar sonhos(37:38) Legendas podem mudar sentido do filme(41:14) Como manter estrela Michelin?(45:11) Como detetar inspetor da Michelin?(50:53) Ambicionar 3ª estrela Michelin(53:31) Aumento de receitas devido ao Guia Michelin(54:28) O que é mais fácil manter: restaurante Michelin ou restaurante histórico com cozinha consistente?(01:02:37) Pistachio é o novo abacate?(01:07:17) Junção do doce e do salgado na comida(01:12:02) Episódio embaraçoso com amêijoa em restaurante(01:16:16) Sá Pessoa julga quem não gosta de alho e coentros(01:19:14) Banalização e preço da trufa(01:22:04) Quão vagos são os rankings de melhores chefs do mundo?(01:30:29) Bullying no mundo da cozinha(01:41:39) Comprar ovos cozidos embalados(01:46:31) Controlo de quinoa por cartéis de droga(01:51:57) Receitas que surgiram na quarentena(01:56:07) Pedro e Henrique são grandes fãs de frango assado(02:03:15) O que é carne cultivada?(02:08:56) Mercado de peixe em Tóquio(02:11:58) PTM conta experiência traumática com restaurante Michelin(02:16:23) Dicas de novos alimentos para introduzir na alimentação(02:23:08) Como surge a classificação Michelin?
Quanto mais tentas controlar a tua alimentação, mais sentes que perdes o controlo? No episódio desta semana, exploramos este paradoxo e como o excesso de controlo pode ser o que está a gerar o descontrolo. Falamos sobre a diferença entre controlo e confiança, a importância de não deixar a comida comandar a tua vida e refletimos: a alimentação tem o poder de fazer ou destruir o teu dia?Se queres agendar a tua 1ª Consulta de Terapia Nutricional de forma 100% gratuita, podes fazê-lo aqui:Marca a tua 1.ª Consulta GrátisSobre nós:Clara Magalhães DiasTiago SabinoContactos:www.nutrencia.ptgeral@nutrencia.pt
Abertura dos Trabalhos na Amorosidade
Carlos Tavares foi, até há poucas semanas, presidente do grupo construtor automóvel francês Stellantis. Regressou a Portugal e tem uma visão para o futuro da TAP, companhia que está em processo de privatização em curso. Convidado desta semana do podcast do ECO e da CNN Portugal ‘O Mistério das Finanças', conduzido pelos jornalistas António Costa e Pedro Santos Guerreiro, o gestor e empresário admite que está a avaliar o caso TAP — há quem o empurre para entrar na privatização, confessa –, e defende que o controlo maioritário da companhia deve ficar em mãos portugueses, incluindo o Estado.
Sob a égide da iniciativa portuguesa '3 M' que desde 2021 desenvolve acções de voluntariado nos PALOP, uma equipa de quatro especialistas portugueses vai dar formação sobre a dor e os cuidados paliativos a 200 profissionais de saúde em Luanda, a convite do Instituto Angolano do Controlo do Cancro e do Ministério da Saúde de Angola, entre os dias 22 de Fevereiro e 1 de Março. Para além de uma formação básica na área da dor e dos cuidados paliativos, nomeadamente com pacientes que sofrem de cancro, o grupo vai procurar fortalecer as pontes entre as academias de Coimbra, Porto e Angola, como já aconteceu em formações anteriores ministradas em Cabo Verde e Moçambique.Hugo Ribeiro, médico paliativista e professor das faculdades de Medicina da Universidade de Coimbra e do Porto, é quem coordena esta equipa de especialistas. A pretexto desta formação, a RFI focou com ele os cuidados paliativos, o tratamento da dor e, para começar, o que se entende por dor.De acordo com dados oficiais, pelo menos uma em cinco pessoas no mundo vive com dores crónicas moderadas a fortes, estas últimas sendo frequentemente o primeiro sintoma da presença de uma doença.RFI: O que se entende por dor?Hugo Ribeiro: Nós temos dois tipos de dor aguda e crónica. Eu julgo que aquilo que nós vamos tentar passar mais será uma formação na área da dor crónica. Portanto, nós temos dor crónica do foro oncológico e não oncológico. É a dor crónica. É uma dor que ocorre há mais de três meses. É isso que está descrito, embora o tempo, na minha opinião, possa não ser tão significativo. O que é mais significativo é que uma dor durante um determinado período de tempo ou com uma intensidade tal justifica que a multidimensão de uma pessoa começa a ficar afectada. Ou seja, "eu já não tenho só dor. Eu já me sinto irritado. Eu já não consigo dormir. Eu já tenho o meu foro sócio familiar afectado. Eu já não consigo ser produtivo no trabalho". E, portanto, isto gera um sofrimento global. E é por isso que nós vamos abordar, sobretudo este contexto da dor total. Dor associada a doenças graves. Mas uma dor que, sendo mal controlada, acaba por afectar o indivíduo como um todo e, portanto, o nosso objetivo é controlar a dor, mas também controlar as consequências que a dor crónica traz para a pessoa e para a sua família.RFI: Como é que um médico consegue medir a dor de um paciente?Hugo Ribeiro: Nós, neste momento, estamos totalmente dependentes do auto relato. Na grande maioria dos doentes, nós temos que confiar na intensidade da dor relatada pelo próprio doente. Também temos formas de avaliar, através da heteroavaliação, com escalas que estão validadas para as diferentes populações. Em Portugal, temos escalas validadas, em França terão outras validadas aí, e enfim, em todos os países nós temos escalas de hetero-avaliação que nos permitem olhar para uma pessoa e através da sua face, uma face de sofrimento, através de uma posição antialérgica, através da respiração, através de uma série de factores que nos podem indiciar a existência ou não da dor. Portanto, é parte da avaliação. É muito importante. "A sua dor, de zero a 10 quanto é que é? Zero? E inexistência de dor é dez. É uma dor máxima? Quanto é que classificaria neste momento da sua dor?" Esta é uma pergunta bastante simples, mas que nos permite fazer depois um follow-up daquilo que é a intervenção terapêutica e se tem ou não tem o resultado pretendido. É apenas numa única dimensão, neste caso, a intensidade. Mas temos outras dimensões. Temos, no fundo, os sintomas associados. Nós caracterizamos bem a dor e por isso é fundamental formarmos os profissionais para estarem alerta para esta importância, porque só assim é que depois vamos conseguir, do ponto de vista terapêutico, ser mais incisivos, mais rápidos e mais eficazes e também mais seguros no tratamento da dor.RFI: Como é que se trata a dor?Hugo Ribeiro: Trata-se também de uma perspectiva multidisciplinar. Particularmente a dor crónica. A dor aguda terá um tratamento sobretudo mais farmacológico. A dor crónica tem uma importância muito grande. Os tratamentos farmacológicos, sem dúvida. Nós vamos efectuar treino durante esta semana naquilo que é o tratamento ou a abordagem terapêutica multimodal. Portanto, com a utilização de vários fármacos que possam ser sinérgicos entre si. E o objectivo é que o doente não tenha efeitos adversos, ou atenuar ao máximo a possibilidade de termos um efeito secundário associado a um fármaco. Mas, por outro lado, também termos uma perspectiva de tratamento multidisciplinar a várias terapêuticas não farmacológicas, com evidência científica robusta da sua utilização, também com sinergias com terapêuticas farmacológicas e que nós temos que estar com muita atenção e tentar reforçar o seu papel no âmbito de todos os sistemas de saúde, particularmente a psicoterapia, a terapia cognitiva comportamental, a fisioterapia, as massagens de relaxamento, as terapêuticas, a eletroestimulação. Portanto, temos uma série de terapêuticas que vamos abordar um pouco mais ao de leve, porque numa semana não vai ser possível abordar todas estas questões de uma forma pormenorizada. Mas vamos, pelo menos do ponto de vista terapêutico farmacológico, dar uma série de ferramentas, de conhecimentos para que uma gestão eficaz de terapêuticas básicas e intermédias seja efectuada por todos os profissionais que estejam presentes.RFI: A seu ver, o que é que poderia ainda ser melhorado nessa área da gestão da dor e dos cuidados paliativos?Hugo Ribeiro: Nós consideramos que é absolutamente fundamental que tenhamos em todas as faculdades de medicina, de enfermagem, de psicologia, pelo menos nestas profissões, formação pré-graduada, acentuada na área da dor e dos cuidados paliativos. Acreditamos que é só assim será possível que toda a gente tenha formação básica em cuidados paliativos e que, portanto, tenha estas ferramentas bem sedimentadas na comunicação até às terapêuticas farmacológicas básicas para o controlo destes sintomas e para depois também estarem mais preparados para identificarem doentes com alta complexidade clínica que precisem, aí sim, de equipas especializadas, em cuidados paliativos. No fundo, estamos focados em doentes com sofrimento, mas um sofrimento mais complexo, que não está a responder a terapêuticas de primeira linha. E então precisamos de uma equipa focada e diferenciada, que utilize várias estratégias farmacológicas e não farmacológicas para tentar atenuar esse sofrimento, quer seja ele relacionado com dor ou quer seja ele relacionado com outro tipo de sintoma, seja ele existencial, seja ele cultural, seja ele laboral, social, familiar. Portanto, há uma série de sofrimentos associados a uma perda de autonomia ou uma perda relacionada com a evolução de uma doença crónica que progride e que, em muitas situações de doença avançada, acaba por afectar a nossa esfera pessoal.RFI: Vão dar a essa formação relativa à dor e aos cuidados paliativos em Angola. Já deram essa formação em Moçambique, em 2021, e também em Cabo Verde, em 2023 e no ano passado. Globalmente, qual foi o feedback depois dessas formações?Hugo Ribeiro: Nós continuamos com uma ligação forte tanto a Moçambique como a Cabo Verde. O nosso objectivo é desenvolver condições para que haja formação básica. Continuamos com uma ligação. Praticamente todos os colegas que estiveram connosco a formação, continuam a partilhar connosco experiências, casos clínicos, tirar dúvidas ou pedir segundas opiniões. E, portanto, esse é um crescimento que acreditamos que é frutífero para ambos os lados. Acabamos também nós por ser confrontados com situações, com desafios, com obstáculos que não temos no nosso contexto e com outras situações, porventura, que podemos aprender também nos nossos próprios locais de trabalho, a lidar melhor do que se não tivéssemos esta ligação com os colegas de Moçambique e Cabo Verde. Por outro lado, temos um objectivo secundário que eu julgo que poderá vir a ser possível já no ano lectivo de 2025 / 2026, que é a abertura de uma pós-graduação em Cuidados Paliativos em Cabo Verde, com a colaboração da Universidade de Cabo Verde e a Universidade de Coimbra, promovida precisamente pelas nossas intervenções em que, no fundo, tornemos Cabo Verde e espero que também todos os PALOPs autossustentáveis no sentido da formação diferenciada. Portanto, nós estamos aqui focados em formação básica, mas também queremos que os colegas tenham a possibilidade de ter acesso à formação avançada, tenham as suas próprias equipas especializadas e que depois também promovam mais e melhor medicina da dor e cuidados paliativos nestes países.RFI: Quais são as vossas expectativas relativamente à formação que vão dar em Angola daqui a uns dias?Hugo Ribeiro: A nossa expectativa é que, no fundo, possamos ser mais uma parte da solução, que sejamos uma centelha de esperança para tantas pessoas que, já em Angola e Luanda, particularmente, tentam desenvolver os cuidados paliativos. Tentaremos reforçar a importância destas áreas da medicina da dor e dos cuidados paliativos junto dos outros colegas. E, portanto, temos a esperança de que, sendo essa centelha de esperança, acabemos por estimular que mais colegas procurem a formação mais diferenciada para estas áreas, para que haja um novo impulso, sobretudo dos cuidados paliativos em Angola. Isso seria o fundamental. Haver mais colegas, mais pessoas disponíveis para se especializarem nos cuidados paliativos e poderem dar um novo rumo também para esta área em Angola.
Trump quer que EUA assumam o controlo de Gaza e transformem a terra na ‘Riviera do Médio Oriente'
Para darmos continuidade à discussão sobre as multirresistências, uma das prioridades da Organização Mundial de saúde para 2024, a MSD em colaboração com o Grupo de Infeção e Sepsis continua a promover as já conhecidas “Conversas contagiosas” onde colocamos à conversa profissionais de saúde de diferentes especialidades, mas com um interesse comum: a infeção por bactérias multirresistentes.Desta vez queremos abordar a colaboração entre o PPCIRA, Cuidados Intensivos e Infeciologia e, para isso, juntam-se a nós a Drª Isabel Neves, infeciologista e coordenadora do Programa de Apoio à Prescrição Antibiótica na ULS de Matosinhos e o Dr. Paulo Mergulhão, coordenador PPCIRA e da unidade de cuidados intensivos no Hospital Lusíadas e presidente da Sociedade Portuguesa de Cuidados intensivos. Quais são os principais desafios na abordagem a infeções multiresistentes? Como é que a colaboração multidisciplinar pode ajudar nesta gestão? O que deve ser priorizado no desenvolvimento de novas estratégias para combater as resistências antimicrobianas? Drª Isabel NevesAssistente Hospitalar Graduada Sénior de Infeciologia da ULSM;Diretora do Serviço de Controlo de Infeção e Resistência aos Antimicrobianos da ULSM;Coordenadora do Programa de Apoio à Prescrição Antibiótica (PAPA) da ULSMDr. Paulo MergulhãoCoordenador da Unidade de Cuidados Intensivos e PPCIRA no Hospital Lusíadas;Presidente da Sociedade Portuguesa de Cuidados intensivosOlho Clínico é um Podcast da MSD de atualização científica, direcionado exclusivamente a Profissionais de Saúde. O conteúdo do mesmo não tem por objetivo induzir qualquer alteração de comportamento na prescrição ou toma de medicamentos. PT-NON-03420 12/2024
Estimados ouvintes, estamos de volta com mais 1h de reflexões profundas. Começamos com um fim de semana planeado ao detalhe para ter descanso. Contudo, quis o destino presentear-nos com musica alta, fogo de artifício, crianças a mandar bombas para a piscina e a encher toucas de silicone com jatos de água. Apesar disto, o Daniel (lamentavelmente) ainda conseguiu descarregar a sua raiva nos "pobres" dos meteorologistas. Pelo meio falamos da forma como micro decisões podem mudar a nossa vida, sem que tenhamos essa noção na altura em que as tomamos. Ahhh e também falamos do destino, claro. Está tudo destinado; ou temos total influência no rumo da nossa vida?! Terminamos com uma "desventura" em formato de alerta, e com o assunto do momento - a chegada da Digi à tuga. Fiquem desse lado!! Envia-nos a tua "desventura" para: maiscoisamenoscoisapodcast@gmail.com Redes: Estrela do podcast: https://www.instagram.com/viajarmaiscommenos/ Daniel: https://www.instagram.com/danielvieira.8/
A União Europeia vai enviar uma missão de observadores para as eleições gerais de 9 de outubro em Moçambique. Manuel de Araújo relativiza o seu impacto no resultado das eleições. Há moçambicanos que não conhecem o metical na fronteira com o Malawi. Centro Africano de Controlo e Prevenção de Doenças declara "emergência de saúde pública" face à epidemia do vírus conhecido por "varíola dos macacos".
¿Cómo controlo a mi pareja Gastalona? by Andres Gutierrez
Um outro lado do terror em Moscovo.
Daniel "El Fumigador Bonito" cuenta su vida como controlador de plagas, como es que en tu casa puede haber plagas cuando dejas restos de comida, la falta de limpieza en tu hogar, el daño que hacen las ratas y como es que las puedes tener en casa, lo malo de poner veneno y trampas para ratas cuando no sabes, la manera correcta de fumigar tu hogar sin intoxicarte, insecticidas buenos vs malos, el problema de las hormigas y como acabar con ellas, porque un fumigador no puede hacerlo con abejas, el peligro de las arañas y sus consecuencias. --- Support this podcast: https://podcasters.spotify.com/pod/show/gusgripodcast/support
O Dr. Ivandro Soares Monteiro é psícólogo clínico, professor universitário e palestrante. Traz-nos a ciência da Psicologia aliada à Filosofia do Estoicismo para estarmos munidos das ferramentas que podem mudar as nossas vidas. Com exemplos práticos e muita descontração! --- Convidado - Dr. Ivandro Soares Monteiro instagram convidado - drivandro Câmera - Luís Piçarra Edição - Pedro de Andrade Apresentação - Bruno Salgueiro --- Treina no ginásio com o plano de treino do Salgueiro! Inscreve-te já neste link: https://marketplace.trainheroic.com/brand/dicas-do-salgueiro-plano-de-treino?attrib=544524-yt Ou treina comigo via zoom, a partir de tua casa em: www.dicasdosalgueiro.pt --- 0:00 - Intro 1:40 - Casa do Arnold Schwarzenegger 9:13 - Vida ocupada vs Vida preenchida 11:50 - Tempo livre, Noctívagos e Madrugadores 19:03 - A importância da Arte na Vida 22:48 - Gerir emoções e Negativismo 28:57 - Felicidade é Viver no Presente 32:48 - Pensar a mais e conselhos de outros 38:35 - Rituais como ferramentas 40:08 - Usar o nosso Passado 41:21 - Escolhe com quem desabafas 44:25 - Influencers, falsidade e perigos 47:45 - Desrespeitar a Fisiologia /Mundo Virtual 53:21 - Objetivos conseguem-se com esforço 1:00:05 - O Papel das crenças 1:08:15 - Religião e consciência 1:12:34 - Crenças e segurança 1:13:51 - As crenças do Salgueiro 1:16:47 - O mundo está melhor que nunca 1:18:40 - Movimentos ativistas 'woke' 1:28:20 - O que Controlo vs o que Aceito 1:38:38 - Disciplina é Liberdade? 1:39:32 - Lado Lobo e lado Humano 1:46:45 - A Morte como Motivação 1:53:11 - Frases, Filosofia, Estoicismo 1:58:29 - Viver com Dor (nevralgia do convidado) 2:02:18 - Discurso do Rocky Balboa 2:03:32 - Dicas de Livros e Eventos
Mulheres gordas descartam responsabilidades no acidente com a tuna.
¿Sueles planear el día de una manera no realista?
En este episodio te comparto una reflexión sobre la ansiedad, la opinión de dos neurocientíficos y cómo puedes usar el Estoicismo para enfrentarla y controlarla. Si te gusta el episodio compártelo con alguien que consideres le pueda gustar la filosofía del Estoicismo. Y si te gustaría recibir una carta o una Postal Estoica visita mi página guillermoctezuma.comAbrazo!
Fernando Alvim conversa com José Vegar sobre como o grande volume de dados e a tecnologia estão a alterar profundamente a propriedade e a partilha da informação.
Programa ¿Cómo controlo a mi hijo? 1 / 2 de Luis Palau Responde