POPULARITY
Episódio gravado ao vivo no “Policy Fest”, organizado pelo Instituto de Políticas Públicas da Nova SBE. Simone Tulumello é geógrafo e investigador no Instituto de Ciências Sociais (ICS) da Universidade de Lisboa. É membro fundador da Rede H – Rede Nacional de Estudos sobre Habitação e autor do livro *Habitação para além da "crise": Políticas, conflito, direito* (Tigre de Papel, 2024). Vera Gouveia Barros é economista e investigadora, licenciada pela Nova SBE e doutorada pelo ISEG. Tem investigado nas áreas da Economia da Habitação e do Turismo, sendo autora de estudos com o position paper *A Situação da Habitação em Portugal*, publicado pela SEDES, onde integra o Observatório de Políticas Económicas e Financeiras, e coautora do estudo *O Mercado Imobiliário em Portugal* (FFMS). _______________ Índice: (0:00) Introdução (4:48) Início: Os principais factos da Crise da Habitação. | Taxa de sobrecarga das famílias em despesas em habitação | Barómetro da Habitação (FFMS) | Estudo Banco de Portugal: porque não desceram os preços quando os bancos centrais subiram as taxas de juro? (27:49) Mercado da habitação: falhas (37:50) Como aumentar a oferta de casas. Dados da OCDE | Precisamos de mais oferta pública? (50:07) Controlo de rendas? | Artigo: Digital Socialism, de Evgeny Morozov | O caso da Catalunha (58:40) Medidas para ajudar quem precisa a comprar casa. (1:04:26) Proprietários: a riqueza de milhões de portugueses aumentou nos últimos 10 anos | Quem compra vs quem arrenda | Quem mais sofre com a Crise são os mais pobres | O regresso das barracas (1:11:28) Precisamos de mais habitação pública? ______________ Esta conversa teve a sonoplastia de Hugo OliveiraSee omnystudio.com/listener for privacy information.
O líder sudanês das Forças de Apoio Rápido (RSF), Mohamed Hamdane Daglo, admitiu este domingo, 30 de Março, ter perdido o controlo da capital, Cartum, reconquistada pelo exército, garantindo que as tropas vão agir com "maior determinação" e rejeitando qualquer possibilidade de negociação. Segundo Ana Cascão, a investigadora especializada em geopolítica no Corno de África e no Médio Oriente, a reconquista de Cartum - "uma área crucial, que liga o oeste e o leste do país- foi um passo determinante para o controlo estratégico da região". RFI: Que impacto é que a reconquista de Cartum pelo exército sudanês pode ter na configuração do poder no Sudão e pode levar a uma solução política ou prolongar o conflito?Ana Cascão: Talvez começássemos pelo início da guerra, que foi há cerca de dois anos, em Abril de 2023. Esta é uma guerra atípica ou o início de uma guerra atípica no sentido em que começou na capital. Isto não é normal, diremos, começa na periferia e depois a capital sendo tomada pode ser considerada uma vitória. Neste caso, a guerra começou em Cartum, o que foi muito problemático porque as pessoas foram saindo, fugindo para outros países e para outras regiões do Sudão. E, portanto, podemos imaginar o impacto que isto teve ao longo da guerra, as Rapid Support Forces, ou seja, os paramilitares, foram ocupando vários locais na capital. Alguns são muito estratégicos e gostava de relembrar que, em Cartum, os bairros se juntam e depois continuam a ser unidos e, portanto, há muitas pontes, o que significa que ninguém consegue controlar toda a capital, mas partes da capital. O exército sudanês, chamado SAF -Sudanese Armed Forces-, foi sempre avançando para oeste, mais para perto do Mar Vermelho, sob controlo da capital podíamos considerar que estava a ganhar a guerra.Esta volta do exército sudanês à capital é, acima de tudo, simbólica no sentido de recuperar território que é importante para retomar o palácio presidencial, o Banco Central, que estão destruídos, mas é poder simbólico e também as pontes que ligam as três partes de Cartum. É a principal ou a mais importante foi exactamente porque recuperaram uma parte da cidade que é muito importante para ligar os dois lados, oeste e leste, do país.Pergunto-lhe se o facto de as forças rápidas terem sido expulsas pode afectar a dinâmica entre as diferentes facções militares?Não estamos a falar de uma força militar que não é organizada como um exército regular, como é o exército sudanês e outros na região. Estamos a falar de paramilitares que têm uma estrutura não hierárquica. Obviamente que há líderes militares, mas que funcionam por diversos grupos. Eles não vão desaparecer. Há uma força muito rápida, altamente armada e sofisticada. Não têm Força Aérea, que é a única desvantagem, diremos, mas têm muito poder de se movimentar pelo país. Segundo eles, estão a posicionar-se noutras regiões que também são muito importantes. E onde estão a haver grandes batalhas porque, normalmente, lá está o poder simbólico de conquistar Cartum, muito provavelmente, o exército está a perder noutras regiões estratégicas e, portanto, isto não é o fim da guerra. Pode ser o começo de uma guerra com contornos completamente diferentes.O que é que muda, qual é a novidade desta vez?A novidade desta vez porque temos que perguntar então por que foi possível agora, passados dois anos, e não antes. Porque os atores externos são extremamente importantes aqui e eu gostava de fazer aqui a ressalva que o Sudão é um país extremamente importante por diversas razões. Na região não só pela sua localização, tem vários vizinhos, mas também pelo Mar Vermelho, bem como com o Médio Oriente. É muito importante porque tem petróleo, que está no sul do Sudão. Mas, seja como for, é transportado através do Sudão. Tem muito ouro, por isso também há interesse. E tem uma costa no Mar Vermelho, do outro lado do Iémen, do outro lado da Arábia Saudita, que é muito importante em termos militares, além das rotas comerciais. E, portanto, é óbvio e acho que ninguém descarta que as forças rápidas foram apoiadas pelos Emirados, que têm um grande poder no Sudão desde sempre, mas que aqui, ainda mais em termos de apoio militar e logístico. E o governo do Sudão foi sempre apoiado pelo Egipto. O Egipto, que era um país seguro, e as Forças Armadas foram sendo treinadas pelo Egipto. E também temos aqui um actor que é a Rússia, que apoiava as forças, porque é aí que está o ouro, nas regiões controladas pelas forças paramilitares, mas que ao mesmo tempo está interessado no Porto, que é controlado pelo exército sudanês. Portanto, neste caso, a Rússia vai apoiando uma facção ou outra. E uma novidade é Irão que tem um grande interesse no Mar Vermelho pelo que está a acontecer: O genocídio em Gaza, os ataques do Iémen no Mar Vermelho e, portanto, há aqui uma jogada no Mar Vermelho entre as várias forças da região, os Estados Unidos também. Um Sudão seguro também é muito importante para o Egipto, por causa do Canal de Suez, e ter capacidade militar no caso do Iémen e dos houthisnão poderem atacar há o Sudão do outro lado. Portanto, há aqui todo um refazer de estratégia em que o exército sudanês está a beneficiar e por isso é que isto foi possível agora e não antes. Não é só pela capacidade militar que aumentou, mas também psicologicamente e moralmente ser apoiado por grandes poderes.Outra notícia tem que ver com a detenção de Riek Machar no Sudão do Sul. Esta detenção pode, a seu ver, desencadear um novo conflito armado? Está em causa um acordo de paz que agora deixou de ser respeitado?É outro problema grande na região. Isto só para dar um contexto histórico; o Sul do Sudão tornou-se independente do Sudão em 2011 e herdou bastantes problemas, não é? Portanto, houve uma guerra civil entre o Sudão e o Sul do Sudão durante várias décadas, com várias razões por trás, mas uma delas tinha a ver também com o facto de o Sul do Sudão ter muito petróleo. Isto é sempre uma coincidência com os recursos estratégicos. E quando o Sul do Sudão se tornou independente, o risco de haver uma guerra civil entre os vários actores era grande. Na altura, havia um líder que era o John Garang, o líder da independência do Sul do Sudão, que morreu tragicamente num acidente de avião, o que deu jeito ao Riek Machar e Salva Kiir que já eram pessoas muito importantes no sistema e que pertencem a etnias diferentes. E houve uma luta de poder já nessa altura. Podemos dizer que a guerra civil propriamente dita entre facções dentro do Sul do Sudão aconteceu pouco depois da independência e era sempre uma questão de como partilhar o poder entre estas duas forças. Há aqui dois níveis, que são os poderes, os movimentos e depois as personalidades das pessoas. Salva Kiir tendo-se tornado o presidente e Riek Machar mais tarde tornando-se o vice-presidente. E é isto agora que está em causa: a partilha de poder com o Presidente Salva Kiir, provavelmente não interessado que as forças aliadas ao Riek Machar tenham posições de poder muito, muito grandes.Esta detenção também não é nova. Já aconteceu mais vezes Riek Machar estaar nos países vizinhos. Mas há sempre uma possibilidade de um acordo, que é a divisão do poder político. É provável que a guerra civil, que nunca propriamente acabou, ainda que houvesse um acordo de paz, se torne muito mais frágil do que era anteriormente. E é um país muito complicado. O Sudão também é complicado, mas o Sul do Sudão, geograficamente, não há acesso a muitas das áreas, não é? Quer dizer, a maior parte da população vive ao longo do Nilo. O poder vai sendo partilhado pelas várias etnias que vivem aqui. Mais uma vez, tal como no Sudão, há aqui o envolvimento de outros poderes, neste caso, mais poderes regionais, como o Uganda, a Etiópia e o próprio Sudão também. Isto nos últimos anos. Já houve os ex-vizinhos que combatiam e queriam ajudar como mediadores nos conflitos dos outros, o que é bastante irónico.Quer o Sul do Sudão, quer o Sudão, estão a enfrentar das maiores crises humanitárias que observamos nas últimas décadas, em particular o Sudão, porque não há qualquer acesso a grande parte do território sudanês e no Sul do Sudão também, com o problema adicional de que muitos sudaneses do norte ultrapassaram a fronteira para o Sul do Sudão. E os RSF estão a ter reforços de recursos humanos para combater no Sul do Sudão. Não é por acaso que estas duas coisas estão a acontecer ao mesmo tempo. Poderá haver aqui uma reconfiguração desta região.De que forma é que a comunidade internacional, em particular a União Africana, as Nações Unidas, podem actuar para tentar mitigar a crise humanitária e impedir uma escalada ainda maior dos conflitos na região?É bastante limitada. Nós conseguimos ver e basta olhar para os últimos dez anos, para não ir mais para trás. A União Africana não tem poder para resolver muitos conflitos, ainda que tenha algumas missões ou mediadores para os vários conflitos, chamemos-lhe no Corno de África, mas sabemos que há sempre interesses dentro da própria União Africana e isso acaba por impedir a acção daquela que seria a organização que devia estar exactamente envolvida nestes conflitos, visto todos os países fazem parte dela, mas não têm poder para isso.As Nações Unidas, sabemos que há vários outros conflitos mais importantes, salvo seja, a acontecer no mundo, que tiram a atenção a estes conflitos, em particular o Sudão. As Nações Unidas, neste momento, nem estão a conseguir fazer a distribuição da ajuda básica. Portanto, imaginemos uns quantos passos à frente ou uns quantos passos acima, a achar que se poderia ter um processo de paz. Em particular no Sudão, as partes não se querem sentar - seja lá quem for o mediador.As Nações Unidas têm um poder simbólico de chamar a atenção e levar resoluções ou o Conselho de Segurança. Em qualquer dos casos, cada vez mais os países do Golfo, e eu estou a falar dos Emirados Árabes Unidos e da Arábia Saudita, que têm interesses vastos nestas regiões por várias razões geopolíticas e geo-económicas, provavelmente estão na linha da frente para serem os mediadores, com grandes trocas, obviamente financeiras.A nova moda das relações internacionais é o transacional, a transacção de favores. Mas, no caso do Sul do Sudão, isto não é novo. Os actores não são novos, conhecem-se, imagino que haverá algum tipo de solução interna com a ajuda de alguns mediadores da região, como, por exemplo, o Uganda. No sul do Sudão não me parece que haja, se conquistaram Cartum ou outras regiões, que haja interesse da parte das Rapid Support Forces ou mesmo do exército sudanês para começarem negociações no curto prazo, pelo menos. E até porque a ajuda humanitária é a prioridade número um, é a prioridade número um, independentemente de onde estão as batalhas a decorrer e a região, claro mais problemático é o Darfur. Isto é um grande problema em qualquer negociação futura; se o Darfur poderá vir a ser um novo país, tal como aconteceu com o Sul do Sudão ter independência do Sudão, algumas forças poderão pedir a independência do Darfur, que é uma região muito rica em todos os recursos e por isso é que há tantas batalhas no Darfur e não parece que o exército sudanês alguma vez tenha capacidade de vir a conquistar essa região.
O TikTok reforçou o controlo parental com novas ferramentas, incluindo o “Time Away” e “Family Pairing”, além do “Wind Down” para incentivar o descanso. A Google DeepMind lançou dois modelos de AI robótica avançados, enquanto a Meta desenvolve um chip próprio para treinar modelos de inteligência artificial e reduzir a dependência da Nvidia.
O TikTok reforçou o controlo parental com novas ferramentas, incluindo o “Time Away” e “Family Pairing”, além do “Wind Down” para incentivar o descanso. A Google DeepMind lançou dois modelos de AI robótica avançados, enquanto a Meta desenvolve um chip próprio para treinar modelos de inteligência artificial e reduzir a dependência da Nvidia.
Acordar e adormecer a pensar em comida é comum, mas pode não ser normal. Se passa grande parte do tempo a pensar no seu corpo, na sua dieta ou em formas de compensar aquilo que comeu é importante que ouça este episódio. Nesta ‘Consulta Aberta’, falamos com a nutricionista Maria Novais Fonseca, co-fundadora do projeto DOCA, para perceber como é que a procura incessante de uma nova dieta para perder peso pode agravar e nunca tratar a compulsão alimentar.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Se há pessoa que apareceu neste domingo, foi o Henrique. É a estreia de um chef no estúdio, e logo um acabadinho de ganhar mais uma estrela Michelin no restaurante e um anel de noivado no dedo. Num episódio recheado, Pedro e Henrique cozinharam muito: além de comentaram a sua passagem como dupla no MasterChef 22/23, falam sobre truques para fazer um bom bacalhau, como detetar inspetores Michelin, o julgamento a quem não gosta de alho, comprar um atum por 75 mil euros e muito mais. (00:00) Intro(00:22) Participação de PTM e Sá Pessoa no Masterchef(05:56) Intolerância a água muito quente e gosto por banhos gelados(08:24) Estigmas em relação ao padel(12:21) Introduzir a corrida na rotina desportiva(23:08) Logística para participar no Ironman(27:07) Sá Pessoa tentou ser profissional de basket nos EUA(33:25) Forçar sonhos(37:38) Legendas podem mudar sentido do filme(41:14) Como manter estrela Michelin?(45:11) Como detetar inspetor da Michelin?(50:53) Ambicionar 3ª estrela Michelin(53:31) Aumento de receitas devido ao Guia Michelin(54:28) O que é mais fácil manter: restaurante Michelin ou restaurante histórico com cozinha consistente?(01:02:37) Pistachio é o novo abacate?(01:07:17) Junção do doce e do salgado na comida(01:12:02) Episódio embaraçoso com amêijoa em restaurante(01:16:16) Sá Pessoa julga quem não gosta de alho e coentros(01:19:14) Banalização e preço da trufa(01:22:04) Quão vagos são os rankings de melhores chefs do mundo?(01:30:29) Bullying no mundo da cozinha(01:41:39) Comprar ovos cozidos embalados(01:46:31) Controlo de quinoa por cartéis de droga(01:51:57) Receitas que surgiram na quarentena(01:56:07) Pedro e Henrique são grandes fãs de frango assado(02:03:15) O que é carne cultivada?(02:08:56) Mercado de peixe em Tóquio(02:11:58) PTM conta experiência traumática com restaurante Michelin(02:16:23) Dicas de novos alimentos para introduzir na alimentação(02:23:08) Como surge a classificação Michelin?
Quanto mais tentas controlar a tua alimentação, mais sentes que perdes o controlo? No episódio desta semana, exploramos este paradoxo e como o excesso de controlo pode ser o que está a gerar o descontrolo. Falamos sobre a diferença entre controlo e confiança, a importância de não deixar a comida comandar a tua vida e refletimos: a alimentação tem o poder de fazer ou destruir o teu dia?Se queres agendar a tua 1ª Consulta de Terapia Nutricional de forma 100% gratuita, podes fazê-lo aqui:Marca a tua 1.ª Consulta GrátisSobre nós:Clara Magalhães DiasTiago SabinoContactos:www.nutrencia.ptgeral@nutrencia.pt
Abertura dos Trabalhos na Amorosidade
Carlos Tavares foi, até há poucas semanas, presidente do grupo construtor automóvel francês Stellantis. Regressou a Portugal e tem uma visão para o futuro da TAP, companhia que está em processo de privatização em curso. Convidado desta semana do podcast do ECO e da CNN Portugal ‘O Mistério das Finanças', conduzido pelos jornalistas António Costa e Pedro Santos Guerreiro, o gestor e empresário admite que está a avaliar o caso TAP — há quem o empurre para entrar na privatização, confessa –, e defende que o controlo maioritário da companhia deve ficar em mãos portugueses, incluindo o Estado.
Sob a égide da iniciativa portuguesa '3 M' que desde 2021 desenvolve acções de voluntariado nos PALOP, uma equipa de quatro especialistas portugueses vai dar formação sobre a dor e os cuidados paliativos a 200 profissionais de saúde em Luanda, a convite do Instituto Angolano do Controlo do Cancro e do Ministério da Saúde de Angola, entre os dias 22 de Fevereiro e 1 de Março. Para além de uma formação básica na área da dor e dos cuidados paliativos, nomeadamente com pacientes que sofrem de cancro, o grupo vai procurar fortalecer as pontes entre as academias de Coimbra, Porto e Angola, como já aconteceu em formações anteriores ministradas em Cabo Verde e Moçambique.Hugo Ribeiro, médico paliativista e professor das faculdades de Medicina da Universidade de Coimbra e do Porto, é quem coordena esta equipa de especialistas. A pretexto desta formação, a RFI focou com ele os cuidados paliativos, o tratamento da dor e, para começar, o que se entende por dor.De acordo com dados oficiais, pelo menos uma em cinco pessoas no mundo vive com dores crónicas moderadas a fortes, estas últimas sendo frequentemente o primeiro sintoma da presença de uma doença.RFI: O que se entende por dor?Hugo Ribeiro: Nós temos dois tipos de dor aguda e crónica. Eu julgo que aquilo que nós vamos tentar passar mais será uma formação na área da dor crónica. Portanto, nós temos dor crónica do foro oncológico e não oncológico. É a dor crónica. É uma dor que ocorre há mais de três meses. É isso que está descrito, embora o tempo, na minha opinião, possa não ser tão significativo. O que é mais significativo é que uma dor durante um determinado período de tempo ou com uma intensidade tal justifica que a multidimensão de uma pessoa começa a ficar afectada. Ou seja, "eu já não tenho só dor. Eu já me sinto irritado. Eu já não consigo dormir. Eu já tenho o meu foro sócio familiar afectado. Eu já não consigo ser produtivo no trabalho". E, portanto, isto gera um sofrimento global. E é por isso que nós vamos abordar, sobretudo este contexto da dor total. Dor associada a doenças graves. Mas uma dor que, sendo mal controlada, acaba por afectar o indivíduo como um todo e, portanto, o nosso objetivo é controlar a dor, mas também controlar as consequências que a dor crónica traz para a pessoa e para a sua família.RFI: Como é que um médico consegue medir a dor de um paciente?Hugo Ribeiro: Nós, neste momento, estamos totalmente dependentes do auto relato. Na grande maioria dos doentes, nós temos que confiar na intensidade da dor relatada pelo próprio doente. Também temos formas de avaliar, através da heteroavaliação, com escalas que estão validadas para as diferentes populações. Em Portugal, temos escalas validadas, em França terão outras validadas aí, e enfim, em todos os países nós temos escalas de hetero-avaliação que nos permitem olhar para uma pessoa e através da sua face, uma face de sofrimento, através de uma posição antialérgica, através da respiração, através de uma série de factores que nos podem indiciar a existência ou não da dor. Portanto, é parte da avaliação. É muito importante. "A sua dor, de zero a 10 quanto é que é? Zero? E inexistência de dor é dez. É uma dor máxima? Quanto é que classificaria neste momento da sua dor?" Esta é uma pergunta bastante simples, mas que nos permite fazer depois um follow-up daquilo que é a intervenção terapêutica e se tem ou não tem o resultado pretendido. É apenas numa única dimensão, neste caso, a intensidade. Mas temos outras dimensões. Temos, no fundo, os sintomas associados. Nós caracterizamos bem a dor e por isso é fundamental formarmos os profissionais para estarem alerta para esta importância, porque só assim é que depois vamos conseguir, do ponto de vista terapêutico, ser mais incisivos, mais rápidos e mais eficazes e também mais seguros no tratamento da dor.RFI: Como é que se trata a dor?Hugo Ribeiro: Trata-se também de uma perspectiva multidisciplinar. Particularmente a dor crónica. A dor aguda terá um tratamento sobretudo mais farmacológico. A dor crónica tem uma importância muito grande. Os tratamentos farmacológicos, sem dúvida. Nós vamos efectuar treino durante esta semana naquilo que é o tratamento ou a abordagem terapêutica multimodal. Portanto, com a utilização de vários fármacos que possam ser sinérgicos entre si. E o objectivo é que o doente não tenha efeitos adversos, ou atenuar ao máximo a possibilidade de termos um efeito secundário associado a um fármaco. Mas, por outro lado, também termos uma perspectiva de tratamento multidisciplinar a várias terapêuticas não farmacológicas, com evidência científica robusta da sua utilização, também com sinergias com terapêuticas farmacológicas e que nós temos que estar com muita atenção e tentar reforçar o seu papel no âmbito de todos os sistemas de saúde, particularmente a psicoterapia, a terapia cognitiva comportamental, a fisioterapia, as massagens de relaxamento, as terapêuticas, a eletroestimulação. Portanto, temos uma série de terapêuticas que vamos abordar um pouco mais ao de leve, porque numa semana não vai ser possível abordar todas estas questões de uma forma pormenorizada. Mas vamos, pelo menos do ponto de vista terapêutico farmacológico, dar uma série de ferramentas, de conhecimentos para que uma gestão eficaz de terapêuticas básicas e intermédias seja efectuada por todos os profissionais que estejam presentes.RFI: A seu ver, o que é que poderia ainda ser melhorado nessa área da gestão da dor e dos cuidados paliativos?Hugo Ribeiro: Nós consideramos que é absolutamente fundamental que tenhamos em todas as faculdades de medicina, de enfermagem, de psicologia, pelo menos nestas profissões, formação pré-graduada, acentuada na área da dor e dos cuidados paliativos. Acreditamos que é só assim será possível que toda a gente tenha formação básica em cuidados paliativos e que, portanto, tenha estas ferramentas bem sedimentadas na comunicação até às terapêuticas farmacológicas básicas para o controlo destes sintomas e para depois também estarem mais preparados para identificarem doentes com alta complexidade clínica que precisem, aí sim, de equipas especializadas, em cuidados paliativos. No fundo, estamos focados em doentes com sofrimento, mas um sofrimento mais complexo, que não está a responder a terapêuticas de primeira linha. E então precisamos de uma equipa focada e diferenciada, que utilize várias estratégias farmacológicas e não farmacológicas para tentar atenuar esse sofrimento, quer seja ele relacionado com dor ou quer seja ele relacionado com outro tipo de sintoma, seja ele existencial, seja ele cultural, seja ele laboral, social, familiar. Portanto, há uma série de sofrimentos associados a uma perda de autonomia ou uma perda relacionada com a evolução de uma doença crónica que progride e que, em muitas situações de doença avançada, acaba por afectar a nossa esfera pessoal.RFI: Vão dar a essa formação relativa à dor e aos cuidados paliativos em Angola. Já deram essa formação em Moçambique, em 2021, e também em Cabo Verde, em 2023 e no ano passado. Globalmente, qual foi o feedback depois dessas formações?Hugo Ribeiro: Nós continuamos com uma ligação forte tanto a Moçambique como a Cabo Verde. O nosso objectivo é desenvolver condições para que haja formação básica. Continuamos com uma ligação. Praticamente todos os colegas que estiveram connosco a formação, continuam a partilhar connosco experiências, casos clínicos, tirar dúvidas ou pedir segundas opiniões. E, portanto, esse é um crescimento que acreditamos que é frutífero para ambos os lados. Acabamos também nós por ser confrontados com situações, com desafios, com obstáculos que não temos no nosso contexto e com outras situações, porventura, que podemos aprender também nos nossos próprios locais de trabalho, a lidar melhor do que se não tivéssemos esta ligação com os colegas de Moçambique e Cabo Verde. Por outro lado, temos um objectivo secundário que eu julgo que poderá vir a ser possível já no ano lectivo de 2025 / 2026, que é a abertura de uma pós-graduação em Cuidados Paliativos em Cabo Verde, com a colaboração da Universidade de Cabo Verde e a Universidade de Coimbra, promovida precisamente pelas nossas intervenções em que, no fundo, tornemos Cabo Verde e espero que também todos os PALOPs autossustentáveis no sentido da formação diferenciada. Portanto, nós estamos aqui focados em formação básica, mas também queremos que os colegas tenham a possibilidade de ter acesso à formação avançada, tenham as suas próprias equipas especializadas e que depois também promovam mais e melhor medicina da dor e cuidados paliativos nestes países.RFI: Quais são as vossas expectativas relativamente à formação que vão dar em Angola daqui a uns dias?Hugo Ribeiro: A nossa expectativa é que, no fundo, possamos ser mais uma parte da solução, que sejamos uma centelha de esperança para tantas pessoas que, já em Angola e Luanda, particularmente, tentam desenvolver os cuidados paliativos. Tentaremos reforçar a importância destas áreas da medicina da dor e dos cuidados paliativos junto dos outros colegas. E, portanto, temos a esperança de que, sendo essa centelha de esperança, acabemos por estimular que mais colegas procurem a formação mais diferenciada para estas áreas, para que haja um novo impulso, sobretudo dos cuidados paliativos em Angola. Isso seria o fundamental. Haver mais colegas, mais pessoas disponíveis para se especializarem nos cuidados paliativos e poderem dar um novo rumo também para esta área em Angola.
Trump quer que EUA assumam o controlo de Gaza e transformem a terra na ‘Riviera do Médio Oriente'
Para darmos continuidade à discussão sobre as multirresistências, uma das prioridades da Organização Mundial de saúde para 2024, a MSD em colaboração com o Grupo de Infeção e Sepsis continua a promover as já conhecidas “Conversas contagiosas” onde colocamos à conversa profissionais de saúde de diferentes especialidades, mas com um interesse comum: a infeção por bactérias multirresistentes.Desta vez queremos abordar a colaboração entre o PPCIRA, Cuidados Intensivos e Infeciologia e, para isso, juntam-se a nós a Drª Isabel Neves, infeciologista e coordenadora do Programa de Apoio à Prescrição Antibiótica na ULS de Matosinhos e o Dr. Paulo Mergulhão, coordenador PPCIRA e da unidade de cuidados intensivos no Hospital Lusíadas e presidente da Sociedade Portuguesa de Cuidados intensivos. Quais são os principais desafios na abordagem a infeções multiresistentes? Como é que a colaboração multidisciplinar pode ajudar nesta gestão? O que deve ser priorizado no desenvolvimento de novas estratégias para combater as resistências antimicrobianas? Drª Isabel NevesAssistente Hospitalar Graduada Sénior de Infeciologia da ULSM;Diretora do Serviço de Controlo de Infeção e Resistência aos Antimicrobianos da ULSM;Coordenadora do Programa de Apoio à Prescrição Antibiótica (PAPA) da ULSMDr. Paulo MergulhãoCoordenador da Unidade de Cuidados Intensivos e PPCIRA no Hospital Lusíadas;Presidente da Sociedade Portuguesa de Cuidados intensivosOlho Clínico é um Podcast da MSD de atualização científica, direcionado exclusivamente a Profissionais de Saúde. O conteúdo do mesmo não tem por objetivo induzir qualquer alteração de comportamento na prescrição ou toma de medicamentos. PT-NON-03420 12/2024
Associação Nacional de Proprietários defende que moradores não devem poder alugar quartos a "500 euros". Sobre as falhas na atribuição do apoio à renda, António Frias Marques diz que se vai resolver.See omnystudio.com/listener for privacy information.
A nossa convidada é a bióloga e geneticista Cecília Arraiano, especialista em RNA, uma molécula importante na genética dos seres vivos. Licenciou-se em Biologia na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e fez o doutoramento em Genética na Universidade da Georgia, nos Estados Unidos. É actualmente Investigadora Coordenadora no Instituto de Tecnologia Química e Biológica da Universidade Nova de Lisboa, onde é responsável pelo Laboratório de Controlo da Expressão Génica. Recebeu vários prémios e faz parte de numerosos comités científicos em Portugal e no estrangeiro, sendo membro da Academia das Ciências e da European Molecular Biology Organization, entre outras distinções. Tem participado em muitos debates e feito comentários científicos para a comunicação social. Foi cientista residente no programa da televisão 4xCiência da RTP. E editora do livro O Mundo do RNA - Novos Desafios e Perspectivas Futuras, publicado pela Lidel em 2007. Conversámos sobre os dois prémios Nobel recentes para investigações acerca do RNA e discutimos as tecnologias médicas que deles já resultaram ou que se esperam que venham a surgir.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Os relatos ganham volume na Europa, nos Estados Unidos e até na China. Chamam-lhes «pais-helicóptero», «limpa-neves», «bulldozers» ou «tigres». Há várias definições que descrevem estilos e atitudes parentais marcadas pela forte proteção e intervenção na vida social e escolar dos filhos, mesmo na maioridade.Quando é que o acompanhamento intenso da atividade dos filhos deixa de ser saudável para o crescimento equilibrado das crianças e jovens? A resposta está no estímulo à autonomia desde idades mais tenras? Com que ajudas podem os pais contar? E que estratégias podem ser seguidas pelos próprios jovens?Para este debate, chamamos a psicoterapeuta Ana Moniz e a psicóloga Maria Amélia Amorim. O Da Capa à Contracapa é uma parceria da Fundação com a Renascença.
Os relatos ganham volume na Europa, nos Estados Unidos e até na China. Chamam-lhes “Pais-Helicóptero”, mas os progenitores também podem ser apelidados de “limpa-Neves”, “bulldozers” ou “tigres”. São cada vez mais e descrevem estilos e atitudes parentais marcadas pela forte proteção e intervenção na vida social e escolar dos filhos, mesmo na maioridade. Em que ponto o acompanhamento intenso da atividade dos filhos deixa de ser saudável para o crescimento equilibrado das crianças e jovens? A resposta está no estímulo à autonomia desde idades mais tenras? Com que ajudas podem os pais contar? E que estratégias podem ser seguidas pelos próprios jovens?
Estimados ouvintes, estamos de volta com mais 1h de reflexões profundas. Começamos com um fim de semana planeado ao detalhe para ter descanso. Contudo, quis o destino presentear-nos com musica alta, fogo de artifício, crianças a mandar bombas para a piscina e a encher toucas de silicone com jatos de água. Apesar disto, o Daniel (lamentavelmente) ainda conseguiu descarregar a sua raiva nos "pobres" dos meteorologistas. Pelo meio falamos da forma como micro decisões podem mudar a nossa vida, sem que tenhamos essa noção na altura em que as tomamos. Ahhh e também falamos do destino, claro. Está tudo destinado; ou temos total influência no rumo da nossa vida?! Terminamos com uma "desventura" em formato de alerta, e com o assunto do momento - a chegada da Digi à tuga. Fiquem desse lado!! Envia-nos a tua "desventura" para: maiscoisamenoscoisapodcast@gmail.com Redes: Estrela do podcast: https://www.instagram.com/viajarmaiscommenos/ Daniel: https://www.instagram.com/danielvieira.8/
Bruno Cardoso Reis analisa uma possível vitória do GOP no Congresso norte-americano. "O velho Partido Republicano morreu", indica também o historiador.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Neste bitalk vamos descobrir todos os segredos dos hotéis de luxo com José Theotónio, atua CEO do Pestana Hotel Group. Como é possível gerir vários hotéis de luxo ao mesmo tempo?
Controlo total em termos disciplinares, acertou nas áreas e foi bem auxiliado pelos assistentes. Nota 7 em 10.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Controlo de peso, mais uma conversa com o João Cunha sobre os Linkin Park e umas recomendações. TRINTA
A União Europeia vai enviar uma missão de observadores para as eleições gerais de 9 de outubro em Moçambique. Manuel de Araújo relativiza o seu impacto no resultado das eleições. Há moçambicanos que não conhecem o metical na fronteira com o Malawi. Centro Africano de Controlo e Prevenção de Doenças declara "emergência de saúde pública" face à epidemia do vírus conhecido por "varíola dos macacos".
Relatório do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças revela que as doenças sexualmente transmissíveis estão a aumentar em toda a Europa. Portugal é um dos paises com mais casos.
O governo (que não deu milhões à Inapa), o Instituto da Segurança Social (que não sabe quantas crianças esperam por creche) e José Manuel Bolieiro (que não tem seguidores) são o Bom, o Mau e o Vilão.See omnystudio.com/listener for privacy information.
O surto da varíola do macaco matou pelo menos 975 pessoas na República Democrática do Congo, de acordo com o Centro de Controlo e Prevenção dos Estados-Unidos. Na vizinha Angola, não se registou até ao momento nenhum caso, segundo as autoridades que reactiviram contudo, como forma de prevenção, o Plano Nacional de Contingência. Para já, não há indícios que deixem a Organização Mundial da Saúde pensar que a varíola do macaco pode constituir um problema de saúde global, como aconteceu com o Ebola ou com a Covid-19, mas existe o risco de alastramento regional da varíola do macaco. Responsável pela morte de quase mil pessoas, incluindo várias crianças, na RDC, o vírus pode propagar-se a outros países, alertou a OMS a 26 de Junho. De acordo com especialistas, esta doença é mortal em 5% dos casos em adultos, 10% quando se trata de crianças.Neste sentido, as autoridades angolanas reactivaram o plano de prevenção para dar resposta a eventuais casos da doença.Em entrevista à RFI, Eusébio Manuel, epidemiologista da Direcção Geral da Saúde em Angola, explica que a vigilância foi reforçada nos pontos de entrada do país, porque o "reforço do sistema de vigilância é fundamental".O Plano de Contingência compreende também a formação de pessoal médico e a distribuição de instrumentos em vários pontos fronteiriços, portos, aeroportos e fronteiras terrestres. Reconhecendo que "os recursos humanos nunca são suficientes", como em todos os países que observam um aumento da população, Eusébio Manuel explica que, ainda assim, todos os esforços estão a ser realizados para "detetar um caso em tempo oportuno ou então evitar a própria reintrodução da varíola dos macacos no país".
Alguien escribió: “La filosofía cristiana es una filosofía de abnegación, de autocontrol, y dominio propio. En cambio, la filosofía del enemigo es una filosofía de “vive como quieras, “ten lo que quieras,” “no dejes que nadie te diga lo que tienes que hacer,” “Es tu vida, después de todo. Así que TÚ tienes el derecho a vivirla como te dé la gana.” --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/monica-bruzon/message Support this podcast: https://podcasters.spotify.com/pod/show/monica-bruzon/support
As autoridades europeias demonstraram preocupação com o aumento das doenças provocadas por mosquitos, como a dengue, zika vírus, por exemplo. Em Portugal, mais de 60 casos de dengue foram registrados desde o início do ano, todos importados, na maioria das vezes do Brasil. De acordo com o Centro Europeu de Controlo das Doenças, em todo o continente foram registados 4900 casos de dengue no ano passado.
¿Cómo controlo a mi pareja Gastalona? by Andres Gutierrez
Ya podes acceder al PACK INVERSOR. Hacé click en el siguiente enlace y aprovechalo ahora! https://iec-arg.com/packinversor
Um outro lado do terror em Moscovo.
Daniel "El Fumigador Bonito" cuenta su vida como controlador de plagas, como es que en tu casa puede haber plagas cuando dejas restos de comida, la falta de limpieza en tu hogar, el daño que hacen las ratas y como es que las puedes tener en casa, lo malo de poner veneno y trampas para ratas cuando no sabes, la manera correcta de fumigar tu hogar sin intoxicarte, insecticidas buenos vs malos, el problema de las hormigas y como acabar con ellas, porque un fumigador no puede hacerlo con abejas, el peligro de las arañas y sus consecuencias. --- Support this podcast: https://podcasters.spotify.com/pod/show/gusgripodcast/support
O Dr. Ivandro Soares Monteiro é psícólogo clínico, professor universitário e palestrante. Traz-nos a ciência da Psicologia aliada à Filosofia do Estoicismo para estarmos munidos das ferramentas que podem mudar as nossas vidas. Com exemplos práticos e muita descontração! --- Convidado - Dr. Ivandro Soares Monteiro instagram convidado - drivandro Câmera - Luís Piçarra Edição - Pedro de Andrade Apresentação - Bruno Salgueiro --- Treina no ginásio com o plano de treino do Salgueiro! Inscreve-te já neste link: https://marketplace.trainheroic.com/brand/dicas-do-salgueiro-plano-de-treino?attrib=544524-yt Ou treina comigo via zoom, a partir de tua casa em: www.dicasdosalgueiro.pt --- 0:00 - Intro 1:40 - Casa do Arnold Schwarzenegger 9:13 - Vida ocupada vs Vida preenchida 11:50 - Tempo livre, Noctívagos e Madrugadores 19:03 - A importância da Arte na Vida 22:48 - Gerir emoções e Negativismo 28:57 - Felicidade é Viver no Presente 32:48 - Pensar a mais e conselhos de outros 38:35 - Rituais como ferramentas 40:08 - Usar o nosso Passado 41:21 - Escolhe com quem desabafas 44:25 - Influencers, falsidade e perigos 47:45 - Desrespeitar a Fisiologia /Mundo Virtual 53:21 - Objetivos conseguem-se com esforço 1:00:05 - O Papel das crenças 1:08:15 - Religião e consciência 1:12:34 - Crenças e segurança 1:13:51 - As crenças do Salgueiro 1:16:47 - O mundo está melhor que nunca 1:18:40 - Movimentos ativistas 'woke' 1:28:20 - O que Controlo vs o que Aceito 1:38:38 - Disciplina é Liberdade? 1:39:32 - Lado Lobo e lado Humano 1:46:45 - A Morte como Motivação 1:53:11 - Frases, Filosofia, Estoicismo 1:58:29 - Viver com Dor (nevralgia do convidado) 2:02:18 - Discurso do Rocky Balboa 2:03:32 - Dicas de Livros e Eventos
Mulheres gordas descartam responsabilidades no acidente com a tuna.
¿Sueles planear el día de una manera no realista?
No Níger, este domingo termina o prazo do ultimato da CEDEAO aos responsáveis pelo golpe de Estado para restaurarem a ordem constitucional. Em Moçambique, foi aprovado o adiamento das eleições distritais de 2024 e o governo anunciou que vai contratar provisoriamente 60 médicos para minimizar o impacto da greve no sector. Em Cabo Verde, a protecção dos dados pessoais marca o debate, com o Presidente da República a denunciar a existência de perfis falsos com o seu nome no Facebook. Nesta “Semana em África”, começamos com o tema que continua a marcar a actualidade no continente. No Níger, termina este domingo o prazo do ultimato dado pela CEDEAO aos responsáveis pelo golpe de Estado para restaurar a ordem constitucional. Recordo que os líderes da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental admitiram o "uso da força" para repor a ordem e impuseram sanções.Em Moçambique, a Assembleia da República aprovou, esta quinta-feira, o adiamento das eleições distritais de 2024, com os votos a favor da bancada da Frelimo, partido no poder, e contra da Renamo e do MDM, a oposição parlamentar.Ainda em Moçambique, esta semana o governo anunciou que vai contratar provisoriamente 60 médicos para minimizar o impacto da greve dos profissionais da classe desde 10 de Julho. A informação foi avançada pelo porta-voz do Conselho de Ministros, Filimão Suaze, em tom de aviso aos grevistas.Também esta semana, a polícia moçambicana admitiu "pouco profissionalismo" em referência a um vídeo que está a circular nas redes sociais em que se vê um homem arrastado pelo carro da corporação numa rua de Maputo. Leonel Muchina, porta-voz da polícia, disse que foi aberto um inquérito.A província de Cabo Delgado, no extremo norte de Moçambique, vai poder contar este ano com um centro de acolhimento para as vítimas do terrorismo. As obras decorrem a bom ritmo, como nos contou o nosso correspondente Orfeu Lisboa.Angola informou que o tráfico de seres humanos aumentou no país. Neste programa, voltamos a ouvir a reportagem de Francisco Paulo. Por outro lado, as autoridades sanitárias angolanas admitem que o país está a ser assolado por um surto de raiva, com relatos de 140 casos da doença em todo o país. A informação foi avançada por Franco Martins, chefe do Departamento de Controlo de Doenças da Direcção Nacional de Saúde.Em Cabo Verde, o Presidente da República, José Maria Neves, denunciou, esta semana, a existência de perfis falsos a utilizarem o seu nome no Facebook para tentativas de burlas na internet. A Polícia Judiciária está a investigar.
En este episodio te comparto una reflexión sobre la ansiedad, la opinión de dos neurocientíficos y cómo puedes usar el Estoicismo para enfrentarla y controlarla. Si te gusta el episodio compártelo con alguien que consideres le pueda gustar la filosofía del Estoicismo. Y si te gustaría recibir una carta o una Postal Estoica visita mi página guillermoctezuma.comAbrazo!
Será que o controlo de rendas é eficaz e produz o efeito desejado no mercado? Eis o novo explicador +Liberdade. Assiste em vídeo no Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=-tqOtCyRDbw
Valadares Tavares, da Associação Portuguesa dos Mercados Públicos, fala em falta de vontade política para fiscalização. Advogado Ricardo Maia Magalhães lembra que podem estar em causa apoios da UE.See omnystudio.com/listener for privacy information.
El productor nos cuenta todo sobre la vuelta de "Polémica en el Bar", cómo era el vínculo con su papá Gerardo Sofovich, cuánto tiempo lleva "limpio" y más. --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/urbanaplayfm/message
Fernando Alvim conversa com José Vegar sobre como o grande volume de dados e a tecnologia estão a alterar profundamente a propriedade e a partilha da informação.
É possível rir das dependências? Neste terceiro episódio de Tabu, Bruno Nogueira reúne quatro convidados com problemas de adição e vício. O álcool, as drogas, o vício no jogo e no sexo, são uma realidade nas vidas de Jorge Pinto, Beatriz Brandão, Rui Correia e Maria Nobre, que aceitaram o convite do humorista para partilharem o seu testemunho, como exemplo de força, coragem e prova que o humor pode mesmo salvar-nos a todos dos momentos mais sombrios. “Álcool, cocaína, heroína... Se vocês fossem estrelas rock, não havia problema nenhum”.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Programa ¿Cómo controlo a mi hijo? 1 / 2 de Luis Palau Responde
A crise política que envolve o Governo está em destaque no artigo de opinião no Expresso e no podcast de Miguel Sousa Tavares esta semana. O cronista considera que Pedro Nuno Santos demorou demasiado tempo a demitir-se e só o fez porque a pressão se tornou "insustentável". Com o rol de demissões, há um descontrolo no Governo, que leva o autor a responsabilizar o primeiro-ministro e a exigir explicações. Falamos ainda no atual momento da CP, "a mais ruinosa empresa pública do país" e deixamos para o improviso o melhor e pior de 2022, bem como os desafios para o ano que vem, na leitura de Miguel Sousa Tavares.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Serious Sellers Podcast en Español: Aprende a Vender en Amazon
Comencé a producir mi producto en México y eso cambió el rumbo de nuestro negocio.
Um novo projeto de lei para a criminalização do controlo coercitivo foi lançado para comentários públicos, mas um grupo anti-violência doméstica está preocupado que o período de consulta não seja longo o suficiente.
Neste episódio conto novamente com a presença do Tomaz Saraiva e desta vez escolhemos falar sobre a dicotomia do controlo. Como a nossa reflexão conjunta anterior, não ficou apenas por este tema, e passámos por outros como formas de trabalhar e desenvolver os princípios e pensamento reflexivo estóico logo desde crianças, passando por tentativas de integração dos princípios estóicos na rotina diária. Isto passando por vários assuntos paralelos, incluindo uma passagem rápida pelo filme The Purge - A Purga. App que o Tomaz apresentou (ouvir o podcast para mais informações) - WeCroak Obrigada por estarem aí! Partilhem o podcast - nunca se sabe a quem isto poderá mesmo fazer sentido - quem, como eu, está apenas à espera de perceber o que pode funcionar como farol ou framework para se lidar com a vida. Vamos entrar a fundo no Estoicismo? Podem enviar-me um email para o aviadoestoicismo@gmail.com. Estarei pronta a responder! --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/a-via-do-estoicismo/message
Bernardo Motta é engenheiro electrotécnico, com carreira na área. E é também um católico convicto, que junta à formação científica um conhecimento profundo da filosofia da religião e dos debates entre crentes e ateus que têm marcado as últimas décadas -- nos quais, claro, assume uma posição de defesa do Cristianismo. Escreveu os livros «Do enigma de Rennes-le-Château ao Priorado de Sião» e «O Milagre do Sol segundo as testemunhas oculares». -> Apoie este projecto e faça parte da comunidade de mecenas do 45 Graus em: 45graus.parafuso.net/apoiar _______________ Índice da conversa: (02:19) Três razões para ser católico: 1) Certeza de que Deus existe (Peter Kreeft: 20 arguments for God's existence) (08:18) 2) Jesus Cristo é Deus [e o que diz a Bíblia] (Argumento de C S Lewis sobre Jesus: "Lunatic, Liar, or Lord", Plínio, Livro «Jesus and the Eyewitnesses», de Richard Bauckham, Bart Ehrman (26:22) A experiência pessoal do Divino, e o papel da estética (argumento de Platinga, Arvo Part) (41:21) O problema do Mal (47:48) Existem santos? (55:39) O que é a alma de uma pessoa que morre senil? (1:02:48) Vivemos no “fim dos tempos”?. John Rawls (1:10:44) Porque há pouco o hábito em Portugal de discutir estes temas? (Fideísmo, William James: «The Will to Believe», Abuso sexual de menores na Igreja) _______________ Nesta 2ª parte da conversa com Bernardo Motta, dedicámo-nos a tópicos, dentro do género, mais “normais” numa conversa sobre religião e o Cristianismo, como a figura de Jesus, a experiência subjectiva do Divino e o eterno «Problema do mal». O ponto de partida foram as três razões que o convidado dá para se afirmar católico: 1) Certeza de que Deus existe [que abordámos na 1ª parte da conversa], 2) Convicção de que Jesus Cristo é Deus, 3) convicção de que a doutrina original da Igreja está mais próxima da católica do que da protestante (sendo que este 3º ponto acabámos por não desenvolver)... A 2ª razão -- a convicção de que Jesus Cristo é Deus -- é a marca essencial do cristianismo (um dogma em quase todas as denominações) em comparação com outras religiões. Daqui partimos para discutir a figura de Jesus e o que, no entender do convidado, se pode dizer da veracidade Histórica dos relatos do Novo Testamento. Daí passámos para um tema que me suscita muita curiosidade: como é a experiência pessoal, subjectiva, do Divino? …uma experiência que, para muitas pessoas, como é o caso do convidado, tem um lado estético forte. …E daí para o chamado «Problema do Mal» (isto é, porque é que há mal no Mundo?), um clássico destes debates há vários séculos. Confrontei também o convidado com as minhas objecções em torno da lógica da ideia de santo (mesmo à luz da fé católica) e algumas contradições que me parecem existir na ideia de alma. No final, como que para embrulhar esta muito longa conversa, perguntei ao convidado porque são tão raras em Portugal este tipo de discussões entre crentes e não crentes? Recorde-se que, ao contrário de muitos crentes, que remetem a questão de Deus para uma questão subectiva, de fé, o Bernardo está convicto de que a existência de Deus pode ser provada, filosófica e cientificamente -- e é, por isso, debatível. Contactos Bernardo Motta: bernardosanchezmotta@icloud.com; https://www.facebook.com/bernardosanchezmotta _______________ Obrigado aos mecenas do podcast: Julie Piccini, Ana Raquel Guimarães Galaró family, José Luís Malaquias, Francisco Hermenegildo, Nuno Costa, Abílio Silva, Salvador Cunha, Bruno Heleno, António llms, Helena Monteiro, BFDC, Pedro Lima Ferreira, Miguel van Uden, João Ribeiro, Nuno e Ana, João Baltazar, Miguel Marques, Corto Lemos, Carlos Martins, Tiago Leite Tomás Costa, Rita Sá Marques, Geoffrey Marcelino, Luis, Maria Pimentel, Rui Amorim, RB, Pedro Frois Costa, Gabriel Sousa, Mário Lourenço, Filipe Bento Caires, Diogo Sampaio Viana, Tiago Taveira, Ricardo Leitão, Pedro B. Ribeiro, João Teixeira, Miguel Bastos, Isabel Moital, Arune Bhuralal, Isabel Oliveira, Ana Teresa Mota, Luís Costa, Francisco Fonseca, João Nelas, Tiago Queiroz, António Padilha, Rita Mateus, Daniel Correia, João Saro João Pereira Amorim, Sérgio Nunes, Telmo Gomes, André Morais, Antonio Loureiro, Beatriz Bagulho, Tiago Stock, Joaquim Manuel Jorge Borges, Gabriel Candal, Joaquim Ribeiro, Fábio Monteiro, João Barbosa, Tiago M Machado, Rita Sousa Pereira, Henrique Pedro, Cloé Leal de Magalhães, Francisco Moura, Rui Antunes7, Joel, Pedro L, João Diamantino, Nuno Lages, João Farinha, Henrique Vieira, André Abrantes, Hélder Moreira, José Losa, João Ferreira, Rui Vilao, Jorge Amorim, João Pereira, Goncalo Murteira Machado Monteiro, Luis Miguel da Silva Barbosa, Bruno Lamas, Carlos Silveira, Maria Francisca Couto, Alexandre Freitas, Afonso Martins, José Proença, Jose Pedroso, Telmo , Francisco Vasconcelos, Duarte , Luis Marques, Joana Margarida Alves Martins, Tiago Parente, Ana Moreira, António Queimadela, David Gil, Daniel Pais, Miguel Jacinto, Luís Santos, Bernardo Pimentel, Gonçalo de Paiva e Pona , Tiago Pedroso, Gonçalo Castro, Inês Inocêncio, Hugo Ramos, Pedro Bravo, António Mendes Silva, paulo matos, Luís Brandão, Tomás Saraiva, Ana Vitória Soares, Mestre88 , Nuno Malvar, Ana Rita Laureano, Manuel Botelho da Silva, Pedro Brito, Wedge, Bruno Amorim Inácio, Manuel Martins, Ana Sousa Amorim, Robertt, Miguel Palhas, Maria Oliveira, Cheila Bhuralal, Filipe Melo, Gil Batista Marinho, Cesar Correia, Salomé Afonso, Diogo Silva, Patrícia Esquível , Inês Patrão, Daniel Almeida, Paulo Ferreira, Macaco Quitado, Pedro Correia, Francisco Santos, Antonio Albuquerque, Renato Mendes, João Barbosa, Margarida Gonçalves, Andrea Grosso, João Pinho , João Crispim, Francisco Aguiar , João Diogo, João Diogo Silva, José Oliveira Pratas, João Moreira, Vasco Lima, Tomás Félix, Pedro Rebelo, Nuno Gonçalves, Pedro , Marta Baptista Coelho, Mariana Barosa, Francisco Arantes, João Raimundo, Mafalda Pratas, Tiago Pires, Luis Quelhas Valente, Vasco Sá Pinto, Jorge Soares, Pedro Miguel Pereira Vieira, Pedro F. Finisterra, Ricardo Santos _______________ Esta conversa foi editada por: Hugo Oliveira _______________ Bio: Bernardo Motta nasceu em Lisboa em 1976. É casado e tem três filhos. É licenciado em Engenharia Electrotécnica e de Computadores (ramo de Controlo e Robótica) pelo Instituto Superior Técnico (2000). Em 2005, escreveu o estudo histórico o "Do enigma de Rennes-le-Château ao Priorado de Sião". Entre 2005 e 2007 fez conferências por todo o País para apresentar o seu livro, na sequência da polémica levantada pelo livro de Dan Brown, “O Código Da Vinci”. A partir de 2007, os seus interesses voltaram-se para a história da Ciência e para a filosofia da Ciência. No ano de 2011-2012, preparou e leccionou o Curso "Cristianismo e Ciência" a pedido da Escola de Leigos do Instituto Diocesano da Formação Cristã do Patriarcado de Lisboa. Entre 2013 e 2015 leccionou o mesmo curso a alunos do Instituto Superior Técnico que frequentavam Mestrados em Matemática e Física. Em 2016 fez duas conferências no Instituto Superior Técnico no ciclo de conferências sobre Cristianismo e Ciência: uma sobre a Ciência na Idade Média e outra sobre o impacto da Inquisição na Ciência. Entre 2015 e 2017 escreveu o livro “O Milagre do Sol segundo as testemunhas oculares”, editado e publicado pela Lucerna, no qual recolhe depoimentos de testemunhas oculares do fenómeno ocorrido a 13 de Outubro de 1917. Esta obra defende simultaneamente a tese do milagre e uma explicação meteorológica para o que foi observado.
Bernardo Motta é engenheiro electrotécnico, com carreira na área. E é também um católico convicto, que junta à formação científica um conhecimento profundo da filosofia da religião e dos debates entre crentes e ateus que têm marcado as últimas décadas -- nos quais, claro, assume uma posição de defesa do Cristianismo. Escreveu os livros«Do enigma de Rennes-le-Château ao Priorado de Sião» e «O Milagre do Sol segundo as testemunhas oculares». -> Apoie este projecto e faça parte da comunidade de mecenas do 45 Graus em: 45graus.parafuso.net/apoiar _______________ Índice da conversa: (05:54) Percurso religioso do convidado. | O mistério de Rennes-le-Château e «O Código da Vinci» (livro do convidado: «O Priorado de Sião e a Ordem do Templo») (13:59) Ciência e Cristianismo (Joseph Needham, Chesterton, 1860 Oxford evolution debate, Padre Stanley Jaki, Richard Dawkins: «The God Delusion», Tomás de Aquino: «Suma Teológica», Averróis) (57:26) Como compatibilizar o Cristianismo com a evolução por selecção natural? | A questão da consciência (Materialismo, livro «Philosophical foundations of neuroscience», Thomas Nagel, James Tour: The Mystery of the Origin of Life) | A matemática foi descoberta ou inventada? | Nominalismo _______________ Quem ouve o 45 Graus há mais tempo, sabe que o tema religião -- e o Cristianismo em particular -- me interessam muito. Por vários motivos. Desde logo, por ser essencial para compreender a História da Humanidade; mas também pela importância que a religião continua a ter, hoje, na vida de muitas pessoas, isto apesar de vivermos num mundo mais secularizado e dominado pela Ciência. Enquanto não crente, fascina-me sobretudo compreender como é que um crente enquadra a Ciência na sua fé; e, de uma maneira mais abrangente, de onde vem essa fé? Em que motivos é que ele a fundamenta e como é a experiência do Divino. Conversei sobre estes temas, e muito mais, neste episódio com Bernardo Motta. O Bernardo é engenheiro electrotécnico, com carreira nessa área, mas é também um católico convicto e um conhecedor profundo dos debates académicos sobre Deus e o Cristianismo, aos quais se tem dedicado muito. O nome do Bernardo foi-me sugerido pela primeira vez por um anterior convidado do 45 Graus; um ateu dos quatro costados, mas que, apesar disso, recomendou o Bernardo enquanto alguém com bases científicas sólidas e, sobretudo, conhecimento profundo dos debates no âmbito da filosofia da religião. Vindo esta recomendação de um não crente, deixou-me logo intrigado; até que o nome me voltou a ser sugerido, desta feita por um mecenas do podcast…e aí que decidi avançar. O Bernardo tem-se dedicado a estudar a História do Cristianismo e à sua relação com a Ciência. Depois de um livro, publicado em 2005, que desmontava as teses defendidas por Dan Brown no livro «O Código Da Vinci» (na altura, muito na berra) [«Do enigma de Rennes-le-Château ao Priorado de Sião»], o convidado tem-se dedicado sobretudo à relação do Cristianismo com a Ciência, por exemplo, através do Curso "Cristianismo e Ciência", que chegou a ser leccionado alunos do Instituto Superior Técnico dos Mestrados em Matemática e Física. Mais recentemente, em 2017 publicou o livro «O Milagre do Sol segundo as testemunhas oculares», onde defende simultaneamente a tese do milagre e uma explicação meteorológica (i.e. científica) para o que foi observado (um tópico que era suposto, mas acabámos por não abordar na nossa conversa). O Bernardo é, além disso, muito activo nos recantos da internet (hoje, sobretudo nas redes sociais) onde crentes e ateus se digladiam em torno destas questões… É daí que lhe vem a tarimba. Aliás, embora o convidado seja um católico ortodoxo -- alguns diriam, fundamentalista -- tem um gosto grande no debate com não crentes; ao ponto, arrisco, de lhe gerar o paradoxo de que um Mundo supostamente ideal, sem ateus, seria um mundo muito mais aborrecido... O convidado distingue-se neste aspecto de muitos crentes, que remetem a crença em Deus para uma questão subectiva, de fé (e, portanto, onde o debate é irrelevante),. Pelo contrário, para o convidado, a existência de Deus é algo que pode ser provada, filosófica e cientificamente, e, portanto, é um debate tão ou mais relevante do que qualquer outro. A nossa conversa resultou muito longa, por isso, resolvi dividir o episódio em duas partes. Começámos a conversa pelo modo como o Bernardo entrou nestes meandros dos debates sobre religiosos, quando se dedicou a estudar a teoria que esteve na origem do «Código Da Vinci» (o que resultou no livro). O convidado tem, aliás, uma biografia peculiar para um católico, porque passou um período longo longe da fé, durante o qual acabou por gravitar para outras crenças, inclusive religiões orientais, pelo esoterismo antigo e por este tipo de teses alternativas. Mas o grosso desta 1ª parte da nossa conversa foi dedicado à relação do Cristianismo com a Ciência moderna. Discutimos alguns argumentos para a existência de Deus, se é possível compatibilizar a narrativa criacionista com a evolução, os mistérios da origem da vida na Terra, o Universo, o mistério da consciência (que sentimos como algo imaterial), entre vários outros. Espero que gostem. Este episódio fez-me lembrar a descrição que coloquei no 45 Graus, que diz: «Um podcast para todos, mas não para qualquer um(a)». Primeiro, pelo tema: Deus, religião, cristianismo não são temas que, arrisco, interessem a todos os ouvintes.Segundo, e principalmente, pelo tipo de conversa: longa, mais filosófica e com um fio condutor menos claro do que nos episódios normais. Quem gostar destes temas e tiver mente aberta, julgo que irá gostar bastante deste duplo episódio -- mesmo que discorde radicalmente do ponto de partida do convidado. Aliás, precisamente por eu partir de um ponto muito diferente do do convidado, embora tenha procurado provocá-lo e confrontá-lo com as minhas opiniões, optei por dar primazia à curiosidade -- que, afinal de contas, é o espírito deste podcast -- e dar-lhe espaço para explicar os seus pontos de vista. Para a semana, sai a 2ª parte da nossa conversa, na qual cobrimos tópicos, dentro do género, mais “normais” numa conversa sobre estes temas, como a figura de Jesus, a experiência subjectiva do Divino e o eterno problema do mal. Contactos Bernardo motta: bernardosanchezmotta@icloud.com; https://www.facebook.com/bernardosanchezmotta _______________ Obrigado aos mecenas do podcast: Julie Piccini, Ana Raquel Guimarães Galaró family, José Luís Malaquias, Francisco Hermenegildo, Nuno Costa, Abílio Silva, Salvador Cunha, Bruno Heleno, António llms, Helena Monteiro, BFDC, Pedro Lima Ferreira, Miguel van Uden, João Ribeiro, Nuno e Ana, João Baltazar, Miguel Marques, Corto Lemos, Carlos Martins, Tiago Leite Tomás Costa, Rita Sá Marques, Geoffrey Marcelino, Luis, Maria Pimentel, Rui Amorim, RB, Pedro Frois Costa, Gabriel Sousa, Mário Lourenço, Filipe Bento Caires, Diogo Sampaio Viana, Tiago Taveira, Ricardo Leitão, Pedro B. Ribeiro, João Teixeira, Miguel Bastos, Isabel Moital, Arune Bhuralal, Isabel Oliveira, Ana Teresa Mota, Luís Costa, Francisco Fonseca, João Nelas, Tiago Queiroz, António Padilha, Rita Mateus, Daniel Correia, João Saro João Pereira Amorim, Sérgio Nunes, Telmo Gomes, André Morais, Antonio Loureiro, Beatriz Bagulho, Tiago Stock, Joaquim Manuel Jorge Borges, Gabriel Candal, Joaquim Ribeiro, Fábio Monteiro, João Barbosa, Tiago M Machado, Rita Sousa Pereira, Henrique Pedro, Cloé Leal de Magalhães, Francisco Moura, Rui Antunes7, Joel, Pedro L, João Diamantino, Nuno Lages, João Farinha, Henrique Vieira, André Abrantes, Hélder Moreira, José Losa, João Ferreira, Rui Vilao, Jorge Amorim, João Pereira, Goncalo Murteira Machado Monteiro, Luis Miguel da Silva Barbosa, Bruno Lamas, Carlos Silveira, Maria Francisca Couto, Alexandre Freitas, Afonso Martins, José Proença, Jose Pedroso, Telmo , Francisco Vasconcelos, Duarte , Luis Marques, Joana Margarida Alves Martins, Tiago Parente, Ana Moreira, António Queimadela, David Gil, Daniel Pais, Miguel Jacinto, Luís Santos, Bernardo Pimentel, Gonçalo de Paiva e Pona , Tiago Pedroso, Gonçalo Castro, Inês Inocêncio, Hugo Ramos, Pedro Bravo, António Mendes Silva, paulo matos, Luís Brandão, Tomás Saraiva, Ana Vitória Soares, Mestre88 , Nuno Malvar, Ana Rita Laureano, Manuel Botelho da Silva, Pedro Brito, Wedge, Bruno Amorim Inácio, Manuel Martins, Ana Sousa Amorim, Robertt, Miguel Palhas, Maria Oliveira, Cheila Bhuralal, Filipe Melo, Gil Batista Marinho, Cesar Correia, Salomé Afonso, Diogo Silva, Patrícia Esquível , Inês Patrão, Daniel Almeida, Paulo Ferreira, Macaco Quitado, Pedro Correia, Francisco Santos, Antonio Albuquerque, Renato Mendes, João Barbosa, Margarida Gonçalves, Andrea Grosso, João Pinho , João Crispim, Francisco Aguiar , João Diogo, João Diogo Silva, José Oliveira Pratas, João Moreira, Vasco Lima, Tomás Félix, Pedro Rebelo, Nuno Gonçalves, Pedro , Marta Baptista Coelho, Mariana Barosa, Francisco Arantes, João Raimundo, Mafalda Pratas, Tiago Pires, Luis Quelhas Valente, Vasco Sá Pinto, Jorge Soares, Pedro Miguel Pereira Vieira, Pedro F. Finisterra, Ricardo Santos _______________ Esta conversa foi editada por: Hugo Oliveira _______________ Bio: Bernardo Motta nasceu em Lisboa em 1976. É casado e tem três filhos. É licenciado em Engenharia Electrotécnica e de Computadores (ramo de Controlo e Robótica) pelo Instituto Superior Técnico (2000). Em 2005, escreveu o estudo histórico o "Do enigma de Rennes-le-Château ao Priorado de Sião". Entre 2005 e 2007 fez conferências por todo o País para apresentar o seu livro, na sequência da polémica levantada pelo livro de Dan Brown, “O Código Da Vinci”. A partir de 2007, os seus interesses voltaram-se para a história da Ciência e para a filosofia da Ciência. No ano de 2011-2012, preparou e leccionou o Curso "Cristianismo e Ciência" a pedido da Escola de Leigos do Instituto Diocesano da Formação Cristã do Patriarcado de Lisboa. Entre 2013 e 2015 leccionou o mesmo curso a alunos do Instituto Superior Técnico que frequentavam Mestrados em Matemática e Física. Em 2016 fez duas conferências no Instituto Superior Técnico no ciclo de conferências sobre Cristianismo e Ciência: uma sobre a Ciência na Idade Média e outra sobre o impacto da Inquisição na Ciência. Entre 2015 e 2017 escreveu o livro “O Milagre do Sol segundo as testemunhas oculares”, editado e publicado pela Lucerna, no qual recolhe depoimentos de testemunhas oculares do fenómeno ocorrido a 13 de Outubro de 1917. Esta obra defende simultaneamente a tese do milagre e uma explicação meteorológica para o que foi observado.