Podcasts about Rui

  • 730PODCASTS
  • 2,573EPISODES
  • 46mAVG DURATION
  • 5WEEKLY NEW EPISODES
  • Dec 17, 2025LATEST

POPULARITY

20172018201920202021202220232024

Categories



Best podcasts about Rui

Show all podcasts related to rui

Latest podcast episodes about Rui

this IS research
Nick and Jan reporting live from the International Conference on Information Systems

this IS research

Play Episode Listen Later Dec 17, 2025 54:00


As usual in the final episode of the year, we hand out three awards for what we think are some of the finest pieces of information systems scholarship produced this year. Except that this time, we are live at the International Conference on Information Systems in Nashville, Tennessee, in a room packed with our listeners. While this means the quality of the audio of our recording is not so great, the quality of the papers we honor this year is. And with a room full of laughter celebrating great information systems scholarship, we end the year on a high note. Congratulations to Stefan, Christoph, and Jan for winning the Trailblazing Research Award, John and Prasanna for winning the Elegant Scholarship Award, and Yanzhen, Huaxia and Andrew for winning the Innovative Method Award 2025. References Lowry, M. R. L., Vance, A., & Vance, M. D. (2025). Inexpert Supervision: Field Evidence on Boards' Oversight of Cybersecurity. Management Science, https://doi.org/10.1287/mnsc.2023.04147. Porra, J., Hirschheim, R., Land, F., & Lyytinen, K. (2025). Seventy Years of Information Systems Development Methodologies from Early Business Computing to the Agile Era: A Two-part History. Part 1: From Pre to Early ISD Methodology Era: The Emergence of ISD Methodologies and Their Golden Era (1880–1980). Journal of Information Technology, 40(4), 441-469. Porra, J., Hirschheim, R., Land, F., & Lyytinen, K. (2025). Seventy Years of Information Systems Development Methodologies from Early Business Computing to the Agile Era: A Two-part History. Part 2: Later ISD to Early Post ISD Methodology Era: Adapting to Accelerated Context Expansion (1980–today). Journal of Information Technology, 40(4), 470-498. Abbasi, A., Somanchi, S., & Kelley, K. (2025). The Critical Challenge of using Large-scale Digital Experiment Platforms for Scientific Discovery. MIS Quarterly, 49(1), 1-28. Storey, V. C., Baskerville, R. L., & Kaul, M. (2025). Reliability in Design Science Research. Information Systems Journal, 35(3), 984-1014. Larsen, K. R., Lukyanenko, R., Mueller, R. M., Storey, V. C., Parsons, J., VanderMeer, D. E., & Hovorka, D. S. (2025). Validity in Design Science. MIS Quarterly, 49(4), 1267-1294. Vance, A., Eargle, D., Kirwan, C. B., Anderson, B. B., & Jenkins, J. L. (2025). The Fog of Warnings: How Non-Security-Related Notifications Diminish the Efficacy of Security Warnings. MIS Quarterly, 49(4), 1357–1384. Baiyere, A., Bauer, J. M., Constantiou, I., & Hardt, D. (2025). Fake News and True News Assessment: The Persuasive Effect of Discursive Evidence in Judging Veracity. MIS Quarterly, 49(3), 823-860. Seidel, S., Frick, C. J., & vom Brocke, J. (2025). Regulating Emerging Technologies: Prospective Sensemaking through Abstraction and Elaboration. MIS Quarterly, 49(1), 179-204. Burton-Jones, A., Boh, W., Oborn, E., & Padmanabhan, B. (2021). Advancing Research Transparency at MIS Quarterly: A Pluralistic Approach. MIS Quarterly, 45(2), iii-xviii. Horton, J. J., & Tambe, P. (2025). The Death of a Technical Skill. Information Systems Research, 36(3), 1799-1820. Chen, Y., Rui, H., & Whinston, A. B. (2025). Conversation Analytics: Can Machines Read Between the Lines in Real-Time Strategic Conversations? Information Systems Research, 36(1), 440-455. Grisold, T., Berente, N., & Seidel, S. (2025). Guardrails for Human-AI Ecologies: A Design Theory for Managing Norm-Based Coordination. MIS Quarterly, 49(4), 1239-1266. Clark, A. (2015). Surfing Uncertainty: Prediction, Action, and the Embodied Mind. Oxford University Press. Recker, J. (2021). Scientific Research in Information Systems: A Beginner's Guide (2nd ed.). Springer. Hirschheim, R., & Klein, H. K. (2012). A Glorious and Not-So-Short History of the Information Systems Field. Journal of the Association for Information Systems, 13(4), 188-235.

Pergunta Simples
Que lições do palco ajudam a comunicar melhor no dia a dia? Diogo Infante

Pergunta Simples

Play Episode Listen Later Dec 17, 2025 51:11


Quando a comunicação deixa de ser talento e passa a ser trabalho Há pessoas que parecem ter nascido com presença. Quando falam, o silêncio organiza-se à volta delas. Quando entram numa sala, sentimos qualquer coisa mudar. A tentação é chamar a isso carisma. Ou talento. Ou dom. A conversa com Diogo Infante desmonta essa ideia logo à partida. Antes da presença houve timidez. Antes da voz segura houve dificuldade em falar. Antes do palco houve desajuste, deslocação, a sensação de não pertencer completamente ao sítio onde se estava. O teatro não surgiu como ambição, mas como solução. Uma forma de aprender a comunicar quando comunicar não era natural. Um lugar onde a palavra podia ser ensaiada, onde o corpo podia ganhar confiança, onde o erro não era um fim — era parte do processo. Talvez por isso a noção de presença apareça nesta conversa de forma tão concreta. Não como algo abstrato, mas como um estado físico e relacional. Presença é perceber se o outro está connosco. Presença é sentir quando uma frase chega — ou quando cai no vazio. E esse vazio, quando acontece, dói. Não por vaidade. Mas porque revela uma falha de ligação. Há um momento particularmente revelador: quando fala do silêncio do público. Não o silêncio atento, mas aquele silêncio inesperado, quando uma deixa cómica não provoca riso. “Aquilo dói na alma”, diz. E nessa frase está tudo o que importa saber sobre comunicação: falar é sempre um risco. O outro não é cenário. É parte ativa do que está a acontecer. A conversa avança e entra na exposição pública. Aqui, Diogo Infante faz uma distinção interessante: entre a pessoa privada e a figura pública. Não como máscara, mas como responsabilidade. Há um “chip” que se ativa — uma disciplina interna que permite aguentar expectativas, projeções, rótulos. A maturidade está em não confundir esse papel com a verdade interior. É uma ideia útil num tempo em que confundimos visibilidade com autenticidade. Falamos também de televisão, cinema, teatro. Dos ritmos diferentes. Das exigências técnicas. Mas a ideia central mantém-se: a verdade não depende do meio. Depende da intenção. Comunicar para milhões não dispensa rigor. Simplificar não é empobrecer. Outro ponto forte da conversa é a vulnerabilidade. Num espaço público cada vez mais dominado por certezas rápidas e discursos blindados, assumir fragilidade continua a ser um gesto arriscado. Mas aqui a vulnerabilidade surge como força tranquila. Como forma de aproximação. Como autoridade que não precisa de se impor. Quando a conversa entra no território da família, tudo ganha outra densidade. Dizer “amo-te”. Pedir desculpa. Estar disponível. A comunicação íntima aparece como o verdadeiro teste. Se falhamos aí, o resto é técnica. E só técnica não chega. No plano mais largo, surge a pergunta maior: para que serve a arte num tempo acelerado, ruidoso, polarizado? A resposta não vem em tom grandioso. Vem simples: para nos salvar. Não salvar o mundo. Salvar-nos a nós. Da pressa. Do cinismo. Da incapacidade de escutar. No fim, fica uma conclusão exigente: a presença não é talento — é trabalho. A comunicação não é performance — é relação. E a verdade, quando existe, dá sempre algum trabalho a dizer. Talvez seja por isso que esta conversa não é apenas sobre teatro. É sobre como falamos, como ouvimos e como estamos uns com os outros. E isso, hoje, é tudo menos simples. LER A TRANSCRIÇÃO DO EPISÓDIO Esta transcrição foi gerada automaticamente. A sua exatidão pode variar. 0:00 Abertura do Episódio e a Angústia do Impostor Muitos de nós temos o síndroma de um impostor. Achamos sempre que que somos uma fraude, que na verdade, estamos só a replicar uma mentira. Não estamos a ser suficientemente verdadeiros ou estamos a repetir um padrão de comportamento que já fizemos. Achamos sempre que não estamos à altura do desafio. 0:15 É muito doloroso. É por isso que as pessoas acham que isso ser ator é. É maravilhoso, mas é um processo de grande angústia, angústia criativa, porque estamos perante a expetativa. Tu já estás a pensar aí, a peça do do clube dos poetas mortos, e eu e eu começo a pensar, AI, meu Deus, se aquilo for uma merda, o que é que eu faço, não é? 0:44 Pessoa 2 Ora, digam bem vindos ao pergunta simples, o vosso podcast sobre comunicação? Hoje conversamos com alguém que encontrou no palco não apenas uma profissão, mas uma espécie de casa interior. Diogo Infante contou me que na infância começou pela timidez e pelo desajuste, por aquela sensação de ser observado, de ser o lisboeta gozado no Algarve, de não ter ainda um lugar onde a voz encaixasse e que foi o teatro que lhe deu essa linguagem, a presença e, nas palavras dele, uma forma de se adaptar ao mundo. 1:13 À medida que foi crescendo como artista, veio uma outra descoberta. É de que existe um chip, uma espécie de mecanismo, um parafuso que se ativa quando ele entra no modo figura pública. Um mecanismo de responsabilidade, de expectativa e, às vezes, de peso. 1:30 Mas o mais interessante veio quando falou do silêncio do público, do que acontece quando diz uma frase que ele sabe que devia provocar o riso. E ninguém reage. Esta frase diz tudo sobre a comunicação. O público não é cenário, é organismo vivo, é uma reação em tempo real, é a energia que mexe connosco. 1:48 E é essa conversão entre a técnica e a vida, palco, intimidade, presença e vulnerabilidade que atravessa a conversa de hoje. Falamos do medo de falhar, daquele perfeccionismo que vive colado na pele dos artistas e que o Diogo conhece tão bem. Falamos da comunicação dentro de casa, da importância de dizer. 2:06 Gosto de ti ao filho do valor de pedir desculpa do que se aprende ao representar os outros e do que se perde quando acreditamos demasiado na imagem que o público tem de nós. E falamos dessa ideia luminosa que ele repete com ternura. A arte no fim existe para nos salvar da dureza do mundo, da dureza dos outros e, às vezes, da dureza que guardamos para nós próprios. 2:28 Esta é, portanto, uma conversa sobre teatro, mas não só. É, sobretudo uma conversa sobre. Comunicação humana sobre como nos mostramos, como nos escondemos, como nos ouvimos e como nos reconstruímos. Se eu gostar desta conversa, partilhe, deixe o comentário e volte na próxima semana. 2:44 E agora, minhas senhoras e meus senhores. Diogo Infante, Diogo Infante, ponto. Não tem mais nada para dizer. UI é só isto, Diogo Infante. 2:56 Como a Timidez Moldou o Caminho para o Palco Diogo Infante, ator, encenador. Quando eu disse que que IA conversar contigo, que IA ter o privilégio de conversar contigo, uma minha amiga disse, Ah, diz lhe que eu gostei muito do do sirano de bergerak. E eu pensei, mas isso já passou algum tempo? Sim, sim, mas eu continuo. Adorei aquela peça, deixar a marca das pessoas. 3:13 É isso que tu fazes todos os dias. 3:15 Pessoa 1 É isso que eu tento, se consigo umas vezes mais, outras vezes menos, antes mais. Olá, como estás? Muito obrigado por este convite. Sim, eu, eu, eu tento comunicar. Se é esse o tema. Acho que percebi cedo que tinha dificuldade em comunicar. 3:35 Era muito tímido, tinha dificuldade em em em fazer me ouvir, tu sabes. 3:41 Pessoa 2 Que ninguém acredita nisso? 3:42 Pessoa 1 Mas é verdade, é verdade, é absolutamente verdade. 3:44 Pessoa 2 Como é que é isso? Como é que tu tens? Como é que tu tens? 3:47 Pessoa 1 Dificuldade porque era talvez filho único, porque fui muito cedo para o Algarve e era um meio que me era estranho com um. Um linguajar diferente e eu sentia me deslocado. Eu tinha para aí 11 anos e no início foi difícil e eles olhavam, achavam que eu era Beto e não era nada Beto. 4:03 E falava a lisboeta, e eles gozavam comigo e depois, à medida, fui crescendo. Foi uma adaptação e percebi que representar era algo natural em mim, porque era uma forma de me adaptar ao meio e de conseguir encontrar plataformas de comunicação. 4:20 E quando finalmente expressei que queria ser ator, a minha mãe sorriu porque pensou, estás lixado e pronto. E vim para o conservatório EE. Foi. Foi me natural representar, ou seja, esta ideia de eu assumir um Alter Ego que não sou eu é me fácil. 4:42 Às vezes é mais difícil ser eu própria. 4:45 Pessoa 2 Tu criaste uma capa no fundo que resolve o teu problema, que pelo menos que tu imaginavas como sendo 11 não comunicador, não era um mau comunicador, um não comunicador 11 alguém que tem timidez para para conseguir falar e então toca a pôr a capa de super herói e eu vou superar. 5:00 Todavia, quando eu vejo os teus trabalhos, a última coisa do mundo que o se me ocorre é que tu estás a fingir, porque é que ele tresanda à verdade? Bom, esse é o truque. 5:11 Pessoa 1 Não é? É acreditarmos tão tanto na mentira que ela se torna verdade. Estou a brincar, claro, mas hoje em dia acho que já ultrapassei a minha timidez, mas sempre que tenho que estar aqui, por exemplo, ou tenho que assumir uma persona pública, eu meto um chip. 5:27 É o Diogo Infante que está a falar, não é o Diogo, é o Diogo Infante, é a figura, é pessoa com responsabilidade, com uma carreira, diretor de um teatro que tem. Há uma expectativa, não é? 5:37 Pessoa 2 Isso pesa? 5:38 Pessoa 1 Claro que pesa, claro que pesa. Eu quero dizer a coisa certa. Quer? Quer corresponder às expectativas? Não quer desiludir? Quer que gostem de mim? Bem, isso parece uma terapia. 5:46 Pessoa 2 Estamos todos a fazer isso, não é um. 5:47 Pessoa 1 Bocadinho, acho que sim, então. 5:49 Pessoa 2 E quando é que tu és, Diogo? Só Diogo. 5:51 Pessoa 1 Bom, olha, quando acordo, quando lá ando lá por casa e digo umas asneiras. E quando me desanco com os cães e quando me desanco com o meu filho e não estou a brincar. Ou seja, eu acho que sou eu quando baixo A guarda, quando estou muito à vontade, quando estou rodeado de pessoas que me querem bem, os amigos, a família. 6:08 Não quero com isto dizer que eu seja uma construção. Eu digamos que tornei me uma versão mais polida de mim próprio, porque tenho que passar uma impressão. Tenho que comunicar EE quero controlar o veículo da comunicação. 6:23 Pessoa 2 E controlar a narrativa? Imagino que sim. 6:25 Desafios de Interpretar um Ícone e a Pressão Artística Estás agora, neste exato momento, disse me um passarinho azul a preparar uma peça cujo o título é. O clube dos poetas mortos, ou pelo menos é inspirado nos clubes dos poetas mortos. Não sei se é este o título, é mesmo esse o título? 6:38 Pessoa 1 É o título. 6:39 Pessoa 2 E tu és o professora. 6:40 Pessoa 1 Vou ser o professor ainda. 6:43 Pessoa 2 Há bilhetes para isso? 6:44 Pessoa 1 Sim, o espetáculo só vai estrear no final de abril. Portanto, mas está a voar. Os bilhetes estão a voar a. 6:50 Pessoa 2 Verdade. Como é que é isso? Como é que como é que tu fazes essa personagem mítica do. Do professor que inspira os seus alunos para sair da banalidade e que o sonho é, no fundo, infinito e que devemos conquistá lo? 7:03 Pessoa 1 Olha, eu eu sinto muita empatia por essa personagem, porque eu tento fazer isso na minha esfera de trabalho diária no seja no teatro, seja na televisão. Eu eu acho que é quase uma obrigação. E hoje em dia. Esta mensagem que o filme integra incorpora talvez faça mais sentido do que nunca, num momento em que estamos a assistir a comportamentos extremados na nossa sociedade, em que estamos a regredir relativamente a algumas conquistas EE direitos adquiridos e portanto, esta ideia de não sigas não sejas mais um não sigas, não sejas 11 Carneirinho no meio da manada. 7:43 Assume, te vive a tua verdade faz todo o sentido. E o personagem é tão inspiradora aqui, a dificuldade se quiseres é distanciar me da interpretação icónica do do do Kevin, não é Kevin, AI meu Deus, do Robin Williams, do Robin Williams, coitadinho. 8:00 EE encontrar a personagem em mim, portanto, tenho que fazer a minha própria versão. 8:04 Pessoa 2 Como é que isso se faz? Tu reescreves o texto que te pegas no texto? 8:07 Pessoa 1 Não, não, não. 8:08 Pessoa 2 Não, o texto é aquele. 8:09 Pessoa 1 Não o texto Oo filme faz 30 anos. EOO, argumentista para celebrar os 30 anos, fez uma versão para teatro. Normalmente há peças de teatro que dão filmes. Aqui foi ao contrário, ele próprio escreveu o guião, neste caso, a peça para teatro e Ela Foi feita nos Estados Unidos, em Washington, já foi feita em Paris e Lisboa. 8:30 Vai ser o terceiro país onde ela vai ser interpretada e já teve, já fizemos audições, já temos um elenco de miúdos fantástico e o espetáculo está em preparação e nem sequer estamos em ensaios. Mas a verdade é que já está a gerar imensa expetativa e imensa procura. 8:44 Pessoa 2 Como é que se prepara o que é que até porque tu tens que tocar estes instrumentos todos, não é? Quer dizer, tens, tens que tocar OOO instrumento de de encenador Oo de fazer o casting. Imagino que tenhas também esse tenhas aí uma mão nisso de de ator EE tu dizes me, que já está em preparação, mas ainda não começaram os ensaios. 9:02 Pessoa 1 Os ensaios ainda não começaram, é só só estreia em em abril do ano que vem e. 9:05 Pessoa 2 Começa se a ensaiar quando? 9:06 Pessoa 1 2 meses antes? Neste momento, o que está em preparação foi as audições, foi feito um cartaz, entretanto, já tivemos reuniões com o cenógrafo, com o figurinista, com está se a preparar toda a logística para depois o espetáculo seja montado no fundo é juntar as peças. 9:22 A parte dos ensaios propriamente dita acaba por ser mais divertido para os atores. Mas eu não vou encenar o espetáculo, vou apenas representar, quem vai encenar é o Elder Gamboa. Antes disso, vou eu encenar um espetáculo que começo os ensaios para a semana que é a gaivota do shakhov. 9:37 Que vamos estrear, entretanto, No No Trindade. Com quem? Com o Alexandre lencastre a fazer AA arcadina. Porque está de volta. Está de volta, claro. O teatro, sim, sim. 9:45 Pessoa 2 Bem, isso é 111 grande, uma grande sorte. 9:49 Pessoa 1 Sobretudo depois dela, há 30 anos atrás, ter feito a Nina, que é outro personagem icónico da gaivota, bastante mais novo, a jovem atriz. E ela agora vai fazer a Diva do teatro a arcadina num numa interpretação que eu tenho a certeza que vai ser memorável. 10:03 Pessoa 2 Como é que se encena uma Diva? Como é que se ajudam? 10:05 Pessoa 1 Com muito amor, com muito amor. Não se ensina nada, não é porque ela sabe tudo. Mas é no fundo, instigando, instigando confiança, apoio, dando ânimo. Porque os atores, seja Alexandre ou outro, qualquer grande ator tem muitas dúvidas, tem muitas angústias. 10:24 Pessoa 2 Precisa de mimo? 10:25 Pessoa 1 Sim, muito, até porque nós somos assaltados por. Muitos de nós temos o síndroma de um impetor. Achamos sempre que que somos uma fraude, que na verdade estamos só a replicar uma mentira, não estamos a ser suficientemente verdadeiros ou estamos a repetir um padrão de comportamento que já fizemos. 10:42 Achamos sempre que não estamos à altura do desafio. Eu trabalhei com o Eunice Muñoz e ela também tinha dúvidas, ela também se questionava e, portanto, todos nós passamos por esse processo. Mas isso é doloroso ou não é muito doloroso? É por isso que as pessoas acham que isso ser ator é. É maravilhoso, mas é um processo de grande angústia, angústia criativa, porque estamos perante a expectativa. 11:03 Tu já estás a pensar aí, a peça do do clube dos poetas mortos já está cá em cima. E eu começo a pensar, AI, meu Deus, se aquilo for uma merda, o que é que eu faço? 11:09 Pessoa 2 Não é, mas, mas, mas, mas é legítimo, não é? Quer dizer, repara, eu vi o filme, adorei o filme, claro, eu vejo te a ti. Eu gosto muito do teu trabalho. Juntar estas 2 coisas. Eu digo, não, não pode falhar. 11:19 Pessoa 1 É evidente que não é inocente AA junção desses fatores, mas isso não alivia a responsabilidade que eu sinto nos ombros, eu? E Alexandra e outros atores que têm sentem esse peso. 11:29 Pessoa 2 Mas tu, quando as pessoas entram no teatro, tu já estás ali a ganhar 10 zero. Quer dizer isto, isto não, não é um processo. Virgem eu, não, eu, eu, eu, eu, eu já, eu sentei, me na minha, no meu lugar do teatro, com essa expectativa, mas. Mas. Mas também tem um lado bom que, é claro, tens créditos, claro. 11:47 Pessoa 1 Obviamente, e. E estes anos todos de trabalho e de reconhecimento, dão nos essa, esse crédito e essa confiança. O público compra muitas vezes o bilhete sem saber o que vai. Confia nas nossas escolhas. EE, essa pressão é boa. E repare, eu muitas vezes comparo nos a atletas de alta competição. 12:04 Nós temos que ter aquela performance naquele momento, naquele segundo. É agora que toca, dá o gong e vai. EEE tens que o que é que? 12:13 Pessoa 2 Se sente nesse nesse momento? 12:14 Pessoa 1 Um choque de adrenalina brutal é das coisas que mais nos faz sentir vivos, o momento, a responsabilidade. Mas também bebemos dessa adrenalina e alimentamo nos para poder encarar um espetáculo com 2 horas e chegar ao fim com uma energia vital brutal e o público sair de lá arrebatado preferencialmente. 12:32 Pessoa 2 E não se cansasse no fim. 12:34 Pessoa 1 Passado 1 hora, quando aquilo começa a baixar e chegas a casa. E Tomas um copo de vinho e olhas assim para a televisão e aí dá a quebra. 12:41 Pessoa 2 E que e dói te músculos, dói ou não? 12:43 Pessoa 1 Não, às vezes dói mais a alma, Oo músculo da. 12:46 Pessoa 2 Calma, porquê? 12:47 Pessoa 1 Porque falhaste naquela frase? Porque hesitaste a respiração? Porque não deste a deixa se calhar no timing certo? Nós somos muito críticos. Eu acho que todas as pessoas que têm uma responsabilidade pública, não é? 12:59 A Dinâmica com o Público e Diferenças de Meio Se tu fizeres uma apresentação e te enganares, vais. 13:01 Pessoa 2 É uma, é uma. 13:02 Pessoa 1 Dor é uma dor, sim. Lá está é a mesma coisa. É uma. 13:04 Pessoa 2 Dor, mas é tu és muito perfeccionista na. 13:06 Pessoa 1 Muito, muito, muito. É por isso que eu trabalho com muita antecedência. Sou muito chato. Quero o quero garantir que tudo está preparado para quando o momento, se der, não há. Não há falhas, EEEE. 13:17 Pessoa 2 E esse diálogo com o público, porque tu estás em cima de um palco, mas tu estás a respirar com o mesmo público. Como é que é? Como é que é essa comunicação? Porque ela não flui só. Do palco para o lado de cá, não é? Quer dizer. Para o outro lado também também a maneira como nós nos rimos, como como aplaudimos, como nos distraímos, sim. 13:36 Pessoa 1 Sim, tudo interfere. E é por isso que nós dizemos, cada cada dia é um dia diferente. Cada espetáculo é diferente conforme o público. O público muda e é o público. Esse coletivo, naquele dia, forma uma espécie de um organismo. Como pulsar próprio com uma respiração própria, umas vezes são mais agitados, outras vezes são mais calmos, umas vezes são mais reativos, outras vezes são mais introspectivos e eles emanam uma energia e nós estando no palco, sentimo la mas mas física é palpável, é algo que dizemos bem, isto hoje UI não estão a sentir e às vezes é uma carga. 14:09 Pessoa 2 Mas isso é uma angústia, essa que deve ser uma angústia. 14:11 Pessoa 1 Sim, às vezes é boa, às vezes é. É uma expectativa. 14:14 Pessoa 2 Boa agora é que vai ser agora é que eu vos vou mostrar. 14:17 Pessoa 1 Que nós começamos logo por sentir Oo bruá na sala antes do espetáculo começar. A Carmen de Loures dizia me, quando eles falam muito é porque vêm para gostar. Se um público estiver muito calado, muito silencioso. UI. Isto hoje eles vêm para para cortar na casa. 14:31 Pessoa 2 Hoje vai ser difícil, hoje é o tipo júri do do festival da canção e, portanto, tem que ser. 14:34 Pessoa 1 Conquistado profissional está muito habituado. EEE apropria. Se EE absorve essas energias e transforma as sejam elas boas ou más. Agora nós não somos indiferentes a elas e às vezes isso contamina. Eu já parei um espetáculo mais do que uma vez para pedir às pessoas. 14:50 Se acalmarem, ou para deixarem de olhar para o telemóvel ou ou para deixarem de escrever já. 14:55 Pessoa 2 Isso é uma falta de respeito também, não é bom. 14:56 Pessoa 1 Infelizmente, é um prato desde que há 20 anos, apareceram os telemóveis e agora com os com os smartphones, para além dos toques, as luzes, as pessoas escrevem. 15:05 Pessoa 2 Tu vês na cara das pessoas? 15:06 Pessoa 1 Claro, no meio de uma plateia, às escutas acendes, um telemóvel é um é um. É um clarão não só incomodativo para nós, mas como também é incomodativo para todos os outros que estão à volta, não é? É evidente que há toda uma lógica. Nós anunciamos no anúncio de sala, pedimos encarecidamente, explicamos os anúncios, até que testa um bocadinho cada maiores e mas invariavelmente acontece. 15:26 Mas é uma, vai se ir tocando? É um, é um processo. 15:29 Pessoa 2 Olha, fazer isto no teatro. Tu tens pessoas à tua frente e, portanto, tu consegues. Ouvi Los. Tu consegues interagir com eles. Tu sabes seguramente. Táticas e técnicas para ora para desposterizar, ora para aumentar o interesse, enfim, ora para os acalmar. 15:47 Se aquilo estiver muito, muito complicado. A tua outra experiência é das telenovelas, onde tu também apareces muito apareces, como como como um das personagens principais. Aí não há público e aquilo é suspeito. 16:04 Uma carga de trabalhos muito grande, uma carga de trabalho muito grande para para fazer cena, pôr cena, para a cena, pôr cena, pôr cena. Como? Como é que é essa experiência aí? Bom, é menos criativa. 16:14 Pessoa 1 São técnicas diferentes, ou seja, na essência, tudo é representar, não é? Quando estamos num palco, é evidente, tu tens essa consciência que estás perante uma plateia? EE, há uma relação viva, dinâmica, EEE, que tu, da qual tu tens a responsabilidade de tentar controlar. 16:31 Em televisão ou em cinema, é diferente, porque o há o corte, há, há o take, podes repetir, podes fazer um pick up. EE no fundo, o que é que é um picape? O picape é. Se estás a fazer uma cena e há um engano, vamos pegar ali. EE vais e. 16:45 Pessoa 2 Depois dá para montar. 16:45 Pessoa 1 Sim, porque depois as templeiras de corte e, portanto, podemos ir salvar a cena com pick up. Normalmente o que se diz é tens que olhar a pensar na Câmara como o público. Eles estão a ver te a através da lente, mas tu? 17:00 Pessoa 2 Relacionas te com a lente com a Câmara, não. 17:01 Pessoa 1 Diretamente. Mas tu sabes que ela está ali. Eu também. Eu também não olho para o público quando estou no palco ou tento. Mas eu sei que eles estão lá, portanto, essa consciência permanente que está ali, um interlocutor que está, mas. 17:13 Pessoa 2 Não é frio, lá está a Câmara, é uma coisa fria. 17:15 Pessoa 1 É, é, mas ao mesmo tempo bom, há os camerman. Há toda uma equipa que está ali a acompanhar te e tu imaginas sempre que há uma grande intimidade, porque efetivamente a Câmara permite essa proximidade. E, portanto, tu adequas Oo teu registo, quer de voz, quer até de expressão, a um plano que é necessariamente mais próximo. 17:35 No teatro, tens aquela amplitude toda e, portanto, tens. Sabes que tens que projetar a voz? O gesto tem que ser mais amplo. A energia com que pões nas frases tem que chegar à à velhinha que é surda, que está na última fila, na. 17:46 Pessoa 2 Televisão? Não. Na televisão, não muito. 17:48 Pessoa 1 Ampliada na televisão, tu trabalhas para um plano médio apertado e, portanto, tens é que ser mais subtil, tens que conter mais em em termos de traços gerais, é isto. 17:55 Pessoa 2 Porque senão se tu fizeres, fores mais histriónico ou falares mais alto do que ficas. 17:58 Pessoa 1 Esquisito não é? Fica muito, super expressivo. EE fica, lá está. Fica muito teatral. Não é do mau sentido. 18:04 Pessoa 2 E o que é EEE? É as telenovelas, tanto quanto eu consigo perceber elas. Estão a ser escritas ao mesmo tempo que vocês estão a representar? Não necessariamente. Não necessariamente pode. Portanto, podes ser o guião. 18:12 Pessoa 1 Todo sim, há. Sim, há guiões que já estão acabados e, portanto, às às vezes são adaptações de outros formatos que se importam, outras vezes são abertas, ou seja, estão a ser escritas à medida que estão a ser feitas, às vezes com uma frente de 101520 episódios e, portanto, tu próprio não sabes para onde é que aquilo vai. 18:28 Ritmo Intenso das Novelas e a Eternidade de Shakespeare E conforme e se estiver no ar, então. Pode haver até 111 dinâmica com o público. O público está a gostar muito daquele casal. Lá está a gostar muito daquele conflito e isso é explorado. 18:38 Pessoa 2 Vamos pôr mais fermento aqui, vamos pôr, criar mais cenas depois. 18:41 Pessoa 1 Varia, varia. 18:42 Pessoa 2 Estás a gravar o quê agora? 18:43 Pessoa 1 Neste momento, estou AA gravar uma novela na TVI que se chama amor à prova e é um lá está é uma adaptação de um formato chileno ou venezuelano, portanto, adaptado à realidade portuguesa. 19:00 É, é mais pequena do que habitualmente. Tem apenas 100 episódios, apenas 100 apenas. Mas efetivamente tem uma carga de gravação muito intensa. Nós chegamos, eu gravo tranquilamente 12 cenas de só da parte da manhã. 19:13 Pessoa 2 12 cenas só. 19:14 Pessoa 1 Em 3. 19:14 Pessoa 2 Horas e 1 e 1 cena normalmente demora quê 2 minutos? 19:17 Pessoa 1 5 minutos. A cena pode ter 223 páginas, portanto estamos a falar de 234 minutos. Mas multiplicas isto por 10. Estás a ver, não? 19:25 Pessoa 2 É só para decorar o texto, como é que? 19:26 Pessoa 1 Sim. 19:27 Pessoa 2 Como é que eu? 19:27 Pessoa 1 Eu decoro na hora. 19:29 Pessoa 2 Na hora, como é que? 19:30 Pessoa 1 Isso se faz? 19:31 Pessoa 2 Espera lá. Isto aqui vai ser uma ótima explicação para os alunos do secundário, que é. Como é que se decora na hora, é? 19:36 Pessoa 1 Diferente é uma coisa, é decorares 11 conteúdos em que tens que dominar a matéria e saber do que é que estás a falar ali. O que eu faço é, eu leio a cena na véspera para perceber o que é que se passa e quando chego lá, passo com o colega, Bora lá e em vez de decorar as palavras, eu decoro as ideias. 19:51 Pessoa 2 O sentido, o sentido. 19:53 Pessoa 1 Que é, se eu souber o que estou a dizer, é mais fácil replicar, e mesmo que eu não diga aquela palavra, digo outra, parecida. E a coisa dá se. 20:00 Pessoa 2 E os realizadores não são muito aborrecidos, não querem, não é? 20:03 Pessoa 1 Shakespeare não é, não é, não é propriamente mulher. Portanto, o que interessa aqui é. Lá está a semelhança, a verdade, a fluidez e a sinceridade. EE se ficares muito agarrada à palavra, porque aquela que. 20:15 Pessoa 2 Pronto, vai soar a falso, vai soar péssima. Olha o que é que Shakespeare tem de interessante e de extraordinária para continuarmos todos AA ver e a e a gostar daquilo que os atores a fazerem. 20:25 Pessoa 1 Ele é um génio. Ele conseguiu captar na sua obra de 30 e tal peças mais não sei quantos contos, mais poemas mais. Eu diria que o essencial da natureza humana. Considerando que ele escreveu no século 15, é incrível pensar que ele tem esta esta capacidade de de de nos identificar e perpetuar. 20:51 E eu acho que estão estão está lá tudo. A Shakespeare ensina a ser, ensina a humanidade, mas. 20:58 Pessoa 2 Aquilo que é extraordinário é que depois aquele texto parece muito simples, bom, muito, muito simples, no sentido em que eu entendo aquilo. O que é que ele está a? 21:06 Pessoa 1 Dizer isso é um trabalho difícil, difícil. 21:09 Pessoa 2 Fazer o mais fácil ou mais? 21:10 Pessoa 1 Difícil? Exatamente no original. Em em inglês, o texto é inverso e, portanto, e usa uma série de terminologia que já está em desuso. Portanto, os próprios ingleses têm dificuldade muitas vezes. Em acompanhar aquilo que é dito, eles percebem o sentido mais do que todas as palavras. 21:29 Pessoa 2 E como é que tu fazes para para? 21:30 Pessoa 1 Para quando é pensar nisso, o que acontece é, há várias abordagens à tradução. Há uns que são mais académicos e que tentam ser fiéis ao verso EEE, à estrutura EEE. As traduções ficam muito pouco dizíveis. E depois há alguns tradutores, felizmente, que se. 21:49 Traduzem em prosa, portanto, EE tentam é captar AA ideia e menos AO verso, e então torna se mais fluido em português. Na tradução tu podes simplificar para facilitar o entendimento. 22:00 Pessoa 2 Fica lá a poesia no fundo, sempre sem, sem aparecer necessariamente inverso. 22:04 Pessoa 1 Sempre que é necessário, até se pode ir ir buscar um verso ou outro. Mas a prosa é poética também. EEEA essência do texto não se perde. 22:13 O Que Distingue a Presença e o Talento Bruto Olha o que é. 22:13 Pessoa 2 Que distingue? A presença, aquilo que nós sentimos como uma presença ali de uma mera performance. Há bocadinho que estavas a falar aqui do do síndrome do impostor. Que que que é essa nossa relação com a verdade? De de, do, do que é, da da, de quem está a fingir ou de quem está a interpretar uma verdade, apesar de estar a ser teatralizada? 22:33 Como é que se treina, no fundo, uma voz para dizer a verdade? 22:37 Pessoa 1 Não sei, sinceramente, não sei. Ainda me debato com isso. Não tanto no meu próprio processo, mas, sobretudo quando estou a dirigir atores e quando estou a tentar explicar como é que se consegue chegar lá. O que tenha testemunhado ao longo dos anos é que há pessoas que entram num palco sem abrir a boca e algo acontece. 22:56 Elas transportam uma energia. 11, confiança. 11. Aura. 23:01 Pessoa 2 O que é que é isso? Algo acontece? 23:05 Pessoa 1 Chama a tua atenção. Tu queres olhar para aquela pessoa? Tu precisas de olhar para aquela pessoa. E ela ainda não abriu sequer a boca. E isso é muito claro. Por exemplo, quando estou a fazer audições, estou a fazer audições em teatro, tens 20 atores a fazer o mesmo texto e há um ou 2 de repente. 23:20 Pessoa 2 Brilha. 23:20 Pessoa 1 Brilha. Às vezes é. É a maneira como se proporiam do texto, como o tornam seu, como conseguem escavar uma leitura muito original. Outras vezes é meramente 11 atitude, uma postura. 23:35 E isto não se codifica porque é é muito difícil de EE, nem sempre acontece, ou seja, o mesmo ator. Noutro contexto, se calhar pode não ter o mesmo efeito ou com as mesmas pessoas, mas as pessoas que normalmente são brilhantes. 23:51 Olha, há pouco falávamos da Alexandra. A Alexandra é uma atriz para quem a conhece bem, muito insegura, com muitos anseios, muitos temores. Mas lembro me quando fizemos o quem tem medo de Virgínia woolf? Também no teatro da Trindade. Há 8 anos atrás, quando era hora de entrar, nós entrávamos os 2 em cena na nossa casa. 24:13 Fora de cena, Alexandre estava a dizer, não quero, não quero, não quero, tenho medo, tenho medo, tenho medo de ir assim, Ah, não quero depois entrava e mal ela entrava, explodia algo acontecia, era incrível, ela mudava, ela mudava assim de um do dia para a noite. EE aquilo que era um temor, ela transformava numa arma. 24:30 Pessoa 2 Transformar uma fragilidade numa força. 24:32 Pessoa 1 Sim, claro, Oo meu medo? Há há pessoas que com o medo, atacam, não é? E portanto, é. Eu acho que é isso que ela fazia e que ela faz, que é quando tem temor, ela vai para cima de um palco e seduz. EE abraça, nos abraça, nos com o público. 24:46 Pessoa 2 Arrebata nos no fundo, arrebata nos e leva nos quando ela quiserem. 24:49 Pessoa 1 E algo não, não se explica. Tu podes tentar dizer e um ator vê lá, se consegues fazer isto. Mas isto às vezes é inato. 24:56 Pessoa 2 É, não dá para treinar. 24:57 Pessoa 1 É uma natureza? Não. O que dá para treinar é todo o lado técnico. É a postura, é a maneira como lanças, a voz, a maneira como. Como tu atacas uma cena, a energia que colocas, a vitalidade, e isso trabalha se agora, depois de fatores que nos escapam, muitas vezes é, é o subtexto, não é, é aquilo que não é dito, é, é, é uma essência, é uma natureza. 25:16 Porque é que numa multidão nós passamos por 50 pessoas e há uma a quem, onde, onde o nosso olhar pára e não é necessariamente porque é mais bonito, é qualquer coisa que nos faz olhar para aquela. 25:27 Pessoa 2 Pessoa é um fator x, é um carisma. 25:28 Pessoa 1 Sim, claro, claro. Qualquer coisa que impacta a toca comove. 25:35 Pessoa 2 E nós conseguimos correlacionarmos logo com essa pessoa, apesar de não a conhecermos, apesar. 25:38 Pessoa 1 Eu diria que sim. Eu, eu sou. Eu adoro talento. Sou muito sensível ao. 25:44 Pessoa 2 Talento, não é? 25:45 Pessoa 1 Certo, mas digamos que eu estou treinado por via da da minha profissão para ver talento. E quando eu vejo o talento no seu estado bruto, como um Diamante é, é normalmente é muito comovente. Porque tu vês todo o potencial e a pessoa às vezes só está só, só é e tu dizes me meu Deus, como é que esta pessoa às vezes eu vejo jovens atores acabaram de sair do conservatório, pisa, vão para cima de um palco, uma maturidade, uma energia, uma luz e eu disse, como é que se ensina isto? 26:18 Onde é que tu estás, onde é que tu aprendeste isto e não se aprendeu? Eles trazem com eles, trazem da vida, trazem de outra, não sei de. 26:24 Pessoa 2 Outras vidas há bocadinho falavas da Eunice. Ou ou o Rui de Carvalho, por exemplo. Oo que é que o que é que estes 2 atores que juntam longevidade EE lá está e essas coisas todas, o que é que eles têm de verdadeiramente especial? 26:39 Pessoa 1 Ah, olha, eu, Rui, conheço menos. Bem, eu trabalhei muito com a Eunice e com a Carmen de Loures. O que o que eu sinto é é uma entrega total AAA, uma arte que amam eles amam aquilo que fazem. 26:56 E há um sentido de ética e de paixão, de rigor e profissionalismo, tudo isso. Mas depois há algo que é transcendente, que é é a maneira como como estão Oo Rui conta se que no início da sua carreira sofreu muito nas mãos do ribeirinho que o maltratava e que o dirigiu e o isso. 27:16 E o Rui é um ator que se foi construindo, foi foi dominando 11 técnica e uma. E uma presença invulgar por causa da escultura sim, a inicia Carmen. A história é diferente. A Carmen era uma mulher de uma beleza plácida, começou por fazer cinema, a Eunice mal apareceu com miúda 18 anos, era logo um furacão toda a gente não falava de outra coisa no conservatório, ela já era a melhor aluna nota 19 aos 12 anos, quando estreou No No teatro nacional, dona Maria segunda, perceberam logo que ela era um bicho de palco. 27:51 Pessoa 2 Saiam da frente. 27:51 Pessoa 1 E saiam da frente. E pronto, EE foi assim até à sua morte, aos 94. 27:55 Pessoa 2 Anos e há agora novas das destas novas geração? Já há, há há atrizes e atores que tenham também. 28:01 Pessoa 1 Isso assim, há gente muito boa, há gente muito boa. 28:03 Pessoa 2 O que é que tu fazes com essas? 28:04 Pessoa 1 Epifanias para ti, guardo as registo verbalizo. 28:10 Pessoa 2 És mais exigente com eles? 28:11 Pessoa 1 Não, não, não. Eu tento é aprender. Aprender, sim. Ou seja, porque eles têm uma frescura e têm um olhar tão novo perante situações que, para mim, já são recorrentes. E eu penso. Como é que eu nunca vi isto antes? Como é que eu nunca olhei para isto desta maneira? 28:25 Pessoa 2 Eles trazem uma frescura do ponto de vista, sim. 28:27 Pessoa 1 E. 28:28 Pessoa 2 Isso também e isso ensina te. 28:29 Pessoa 1 Há uma audácia, não tem Nada a Perder. Arriscam sem medo. E isso aprende se claro que sim. 28:35 Pessoa 2 Isso é absolutamente EE pode se estimular ou, pelo contrário, esvaziar. 28:39 Pessoa 1 Bom, sim, tu podes fazer todo um trabalho psicológico, pois que os demova. Espero bem que não. Isso seria de uma enorme crueldade. O que eu tento fazer é fomentar, alimentar, beber e estimular EE, aprender. 28:52 Pessoa 2 Olha, estamos no momento das redes sociais, onde? Temos coisas muito interessantes, como a propagação da mensagem, como a proximidade. Imagino que até para a promoção do teu trabalho as coisas sejam mais fáceis. Mas, por outro lado, temos tudo, todo o lixo que vem por aí, não é o ruído, a toxicidade, a pressão para se ter uma opinião, sobretudo, e sou contrário anão aceitação da opinião do outro. 29:17 Navegar o Digital e Lições da Comunicação Familiar Como é que? Como é que tu vais gerindo isto? 29:20 Pessoa 1 Tento gerir com alguma prudência, alguma parcimónia. Tento não, não. Não viver totalmente dependente destas plataformas e desta esta necessidade de extravasar opiniões a torto e direito ou até dispor uma intimidade. 29:36 Eu sempre fui recatado e, portanto, sou muito criterioso naquilo. 29:40 Pessoa 2 Que como é que te protege, lá está? 29:42 Pessoa 1 Com critério, com selecionando bem aquilo que me interessa partilhar e faço com parcimónia. É sobretudo isto. É sobretudo um instrumento de trabalho. De há uns anos para cá, eu sinto que tornei me mais. 29:58 Não diria acessível, mas tive mais vontade de partilhar alguns aspetos da minha vida. 30:04 Pessoa 2 O que é que mudou quando foste pai? Sim, isso foi muito público. Adotaste uma criança, agora um homem. 30:11 Pessoa 1 Desde que fui pai Oo meu olhar mudou necessariamente EEE. Portanto, as escolhas. Todas as escolhas que fiz. Pensava sempre também nele e naquilo que eu acho que poderia ser bom para ele. Mas, portanto, tento não não ficar escravo nem nem nem pôr me a jeito para me magoar, fruto de qualquer reação da bisbilhotice, da bisbilhotice ou dos comentários ou do que for AA verdade é que tenho tido sorte. 30:40 Bom, eu também não ando sempre AA ver tudo o que escrevem, mas normalmente tenho reações muito positivas e. Muito agradáveis àquilo que publico, seja pessoal ou profissional, mas tento não levar nada disto muito a Sério porque acho perverso. 30:57 Pessoa 2 Olha, eu não quero entrar muito na tua intimidade, mas tenho uma curiosidade só na tua relação com o teu filho. Como é que são os diálogos? Porque isso interessa me tu, tu que és 11 cativador de de jovens talentos no mundo. Quando ele apareceu na tua vida, como é que foi? 31:13 O que é que, o que é que, como é que, como é que é esse, como é que é esse diálogo? Com, com, com uma, com uma pessoa que já que tem capacidade de pensar e de dizer e de desafiar. 31:25 Pessoa 1 Olha, eu basicamente repliquei o modelo de educação e que tive na minha vida e que implicava essencialmente 2 coisas, uma muito amor, muito amor. Todos os dias, agora menos, mas todos os dias lhe dizia que o amava e todos os dias falamos ao telefone. 31:46 Quando não estamos fisicamente perto, falamos, falamos várias vezes ao dia e a segunda coisa é precisamente isso, é a comunicação, é proximidade, é para o bem, para o mal. Eu disse, lhe tu podes me podes me contar tudo, podes falar comigo de tudo e, portanto, eu também promovo isso que é, falo com ele, se mesmo que se estou chateado, se discordo, promovo um diálogo, vamos tentar perceber porque é que o que é que está mal ou o que é que está bem? 32:11 O que é que tu achas? O que é que eu acho? E isso criou, entre nós 11, franqueza que me parece saudável e que nos permite falar de assuntos que possam ser mais ou menos delicados, mais ou menos sensíveis, sempre com a certeza que queremos Oo bem e o melhor do outro. 32:26 Pessoa 2 Que é uma definição de amor. Mas como qualquer pai e filho, deve haver momentos em que vocês socam. Sim, tem pontos de vista completamente radicais, mas uma. 32:32 Pessoa 1 Uma coisa que eu aprendi com o meu filho foi a pedir desculpa, ou seja, aprendeste com ele porque ele tinha dificuldade em fazê lo ele pequenino. Ficava muito nervoso, se fazia uma asneira e eu percebi, OK, se tu não consegues. 32:50 Então eu comecei a pedir desculpa quando errava ou quando fazia alguma coisa mal. E como quem para lhe dizer não faz mal nenhum, assumir que falhamos ou ou ou que estamos arrependidos ou que queremos melhorar. E foi um processo EE. Eu hoje também peço mais vezes desculpa e ele falo já de uma forma muito mais tranquila, já sem dramas sem, mas não os nossos confrontos. 33:11 São muito desta natureza. Eu às vezes sou mais impulsivo, emocional, EEE. Depois ele olha assim para mim e diz, porque é que estás a falar assim e tens razão? Desculpa, estou irritado, mas tens que perceber isto, tens razão, pá, eu percebo também peço desculpa, mas tens que perceber que eu pensei assim e a minha ideia foi esta, disse, é OK, então vá, está cá, um abraço e vamos. 33:29 Pessoa 2 Portanto, tenho um efeito calmante em ti, no. 33:31 Pessoa 1 Fundo sim, absolutamente. EE agora já está numa fase em que se é 11 jovem adulto. Tem 22 anos e já posso falar com ele de outras coisas. Posso falar das minhas angústias, dos meus sonhos, das minhas ambições. Ele dá me conselhos. Ele vai ver tudo o que eu faço. 33:46 Ele gosta muito de teatro e, portanto, tem um olhar crítico, tem um olhar sustentado, tem opiniões formadas. É muito giro falar de política, falar de do que, do que seja. 33:56 Pessoa 2 O que é o maravilhoso da da vida? 33:58 Enfrentar Desafios Sociais e o Sonho de Salvar Olha, estamos num tempo em que a ética, a responsabilidade e a empatia parece que tiraram férias durante algum tempo. Coisas que nós considerávamos como normais, nomeadamente direitos civis, coisas que são normais e banais, parecem agora estar sob ameaça. 34:14 O que é que fazemos a isto? Ignoramos ou combatemos? Com toda a formação, tenho sempre essa dúvida que é quando quando alguém defende alguma coisa completamente absurda e que nós temos a sensação de que não faz sentido. 34:28 Pessoa 1 Eu, eu percebo a pergunta, podemos dar? 34:29 Pessoa 2 Gás. 34:30 Pessoa 1 Porque às vezes sinto que quanto mais combatemos ou quanto mais damos visibilidade a esse tipo de posturas e. 34:35 Pessoa 2 Estamos a ajudar, não é? 34:36 Pessoa 1 Exatamente, estamos AAA divulgá las a fomentá las. Às vezes é evidente que ignorar silenciosamente também não é uma boa política. Eu acho que temos que encarar isto enquanto sociedade, enquanto coletivo, enquanto e perceber quais é que são os limites. Oo que é que é razoável. 34:53 Vivendo nós em democracia e admitindo que há pessoas com opiniões diferentes e respeitando essa diferença. Ainda assim há limites. Há limites para aquilo que é passível de ser dito quando isso incita o crime, a violência, o ódio. 35:10 AA os extremismos. EE portanto, eu acho que temos que olhar para os políticos que têm responsabilidade legislativa. Temos que olhar para a justiça. Que seja mais eficaz, seja mais célere. Quando assistimos na própria casa da democracia, no parlamento, a comportamentos, bom que não se não aceitaríamos numa escola, por exemplo, então algo que está profundamente mal e isso tem que ser balizado. 35:35 Pessoa 2 Olha, EE, quando essas discussões começam a contaminar a nossa bolha, dos nossos amigos, que nós até dizemos, mas porque é que tu estás a dizer 11? Coisa daquele passa um efeito de contágio, não é? É como os. 35:47 Pessoa 1 Vírus com os amigos. 35:50 Pessoa 2 Amigos ou próximos? 35:51 Pessoa 1 Eu. 35:51 Pessoa 2 Vou não vou largar um bocadinho o. 35:52 Pessoa 1 Círculo eu quero acreditar que o que as a escolha a minha escolha de amigos. 35:57 Pessoa 2 Te protege. 35:58 Pessoa 1 Protege me. Mas se ouvir pessoas a dizerem coisas que a mim me agridem, porque são absolutamente idiotas, eu não vou entrar nesse, nesse, nesse, nessa discussão, nesse diálogo. Não vou gastar essa energia. Um amigo SIM. 1 conhecido não. 36:14 Pessoa 2 Pois deixas deixas passar, olha, há bocadinho estavas a falar dos teus, dos teus medos, das tuas vulnerabilidades que vem de onde, que, que tipo de medos são? 36:23 Pessoa 1 Esses os normais, ou como qualquer pessoa, o medo de morrer, o medo de falhar, o medo de desiludir, o medo de sofrer, o medo de não ser suficiente, o medo de. São muitos, mas é assim, eu, eu, eles existem. 36:40 Mas eu não sou uma pessoa medrosa. Eu não sou um pessimista da entende. 36:44 Pessoa 2 Que és um otimista? 36:45 Pessoa 1 Sim, sim, eu, eu, eu vejo o copo meio cheio. Eu, eu não me escudo a uma luta, a um embate. Eu posso tremer, mas vou, eu vou lá, eu vou à eu vou à luta. 36:57 Pessoa 2 Então, EE do lado otimista, do lado solar, onde é que? Onde é que estão os teus sonhos? O que é que, o que é que tu, o que é que tu projetas como? OK, aqui eu tenho que pôr mesmo as minhas fichas e que isto tem que acontecer mesmo. 37:07 Pessoa 1 Bom, eu estou numa fase. Da minha vida, em que eu o que procuro é acolher um bocadinho, os frutos daquilo que semeai ao longo da vida. 37:15 Pessoa 2 O que já acontece, o que já acontece? 37:17 Pessoa 1 E, portanto, os meus sonhos agora são, se calhar, de outra natureza. Já não tenho ambições profissionais, não quero ir para Hollywood, não quero ganhar um óscar. Não, não, não, porque isso implicava uma outra vida que eu não tenho. Já não tenho e não tenho nem energia, nem vontade. 37:33 Adoro o meu país, adoro viver aqui. Tenho 111, carreira longa, já fiz muita coisa. Sinto me muito reconhecido pelo meu trabalho. Sinto que tenho um espaço de ação, de intervenção, tenho responsabilidades. Portanto, eu, eu, no essencial, sinto me um privilegiado. 37:51 Os meus sonhos são em garantir que a minha família está bem, saudável, que tenho condições para poder continuar a trabalhar e a fazer os textos que. Gosto que quero trabalhar me e relacionar me com os públicos que me acompanham há muitos anos. 38:07 Este trabalho tem vindo a desenvolver há 8 anos no Trindade, que me deixa cheio de de orgulho. 38:12 Pessoa 2 Que é um teatro especial, não? 38:13 Pessoa 1 É. É muito especial. Não só porque foi lá que me estreei como encenador há muitos, muitos anos. Mas tem 11. Bom, é um belíssimo exemplo. Do teatro palco à italiana, neste país muitíssimo bem preservado. E depois tem 11. Relação plateia, palco fantástica. 38:29 E tenho me permitido levar a cena espetáculos de que tenho muito orgulho. É uma proximidade também? Sim, sim, também essa proximidade física, energética, EE é um teatro onde me sinto bem e sinto me acarinhado. Sinto, me sinto me em casa. 38:42 Pessoa 2 Exatamente, há bocadinho usavas a palavra casa. Disseram me que tu cuidas de todos os detalhes que vão desde a bilheteira, no sentido de quem é que é? A pessoa que acolhe na bilheteira, a pessoa que leva as pessoas até até se sentar isto tudo isto faz parte do espetáculo. 39:00 Pessoa 1 Sim. Ou seja, eu diria que um projeto artístico, que foi isso que eu desenhei para a Trindade não se esgota apenas na programação. É um conceito. Que é um conceito de fruição. É uma experiência que começa desde que a gente liga para o para o Trindade a pedir uma informação, desde que compramos um bilhete. 39:16 Como somos, a maneira como somos recebidos na sala, como somos acolhidos no fundo, eu trato Oo Trindade e este projeto como uma empresa cultural que tem que ter uma relação privilegiada com o seu público, tem que acarinhar os seus funcionários e que tem que ter resultados. 39:32 E, portanto, eu não acho que seja nada de novo, de nem transcendente, é apenas um cuidado que eu imprimo em todas as Vertentes que têm que ver com o espetáculo, seja no palco ou fora dele. 39:42 Pessoa 2 Que é isso que nos faz depois sentir bem num determinado sítio e acolhidos. 39:44 Pessoa 1 É o que eu desejo. É assim que eu gosto, é assim que eu me sinto quando eu me sinto bem num num sítio, num espaço, enquanto utente público, seja o que for, eu volto. E é isso que eu quero proporcionar, proporcionar às pessoas com autoridade. 39:55 Pessoa 2 Olha, o que é que a arte pode fazer por nós? Por estes tempos mais conturbados. 39:59 Pessoa 1 Olha, se eu tivesse que reduzir uma única palavra, diria salvar nos. 40:02 Pessoa 2 Assim, logo uma coisa simples. 40:04 Pessoa 1 Simples, porque, na verdade, para que é que vivemos? Não é? Não pode ser só para comer e para procriar e para. Ou seja. 40:11 Pessoa 2 Fazem os animais. 40:12 Pessoa 1 Pronto, exatamente, quer dizer. 40:13 Pessoa 2 Os animais, mas os outros? 40:14 Pessoa 1 Distinguem nos não é. A arte eleva, nos eleva nos a um nível de sofisticação intelectual, espiritual. É É Ela que nos permite. Encarar OA vida OA essência da vida, o sentido da vida EE podermos ao mesmo tempo mergulhar em nós próprios, os nossos sentimentos, na nossa história. 40:34 Portanto, eu acho que esse legado é algo essencial. Acho que todas as pessoas que de uma forma ou de outra têm um contacto com expressões artísticas, eles não têm que ser artistas, mas as pessoas que na vida têm contacto com experiências artísticas. 40:50 São necessariamente mais felizes, mais completas, mais preenchidas. 40:54 Pessoa 2 Mas estamos numa cidade onde gastamos AA vida e a formação dos nossos, das nossas crianças, mais a ter matemática e física e afins do que ir ao teatro, ver uma exposição, ir passear no parque. 41:07 Pessoa 1 Isso é outra discussão, não é? Ou seja. 41:08 Pessoa 2 A nossa matriz está a criar na realidade autómatos e não e não. 41:13 Pessoa 1 Certo, é por isso que já há muitos métodos a serem desenvolvidos e explorados de ensino. Que não passam necessariamente por essa essa compilação de conhecimento, essa aquisição, essa quantificação de de conhecimento que depois, na verdade fica muito pouco, não é quantos nós nos lembramos das coisas que aprendemos na escola? 41:31 Já nem dos rios eu me lembro, entre entre outras coisas. Matemática nem pensar. Felizmente temos as calculadoras, mas o que eu quero dizer é, sabem, matemática é evidente. Eu acho que a educação pela arte podia ser um caminho muito interessante. 41:48 Ou seja, pôr precocemente jovens em contacto com as expressões artísticas ajuda não só a desenvolver a fruição e o sentido crítico, mas e o sentido estético, mas também a desenvolver competências do ponto de vista da imaginação, da criatividade, que são coisas que nós podemos usar em todas as áreas da nossa existência. 42:07 E isso torna nos seres mais sensíveis, mais atentos, mais empáticos e menos e mais generosos também. 42:14 Ferramentas Essenciais para uma Comunicação Eficaz Olha, eu quero aprender. Quero tomar a tua experiência, aprender EE, partilhar com quem nos ouve. O que é que nós precisamos de fazer para nos tornarmos melhores comunicadores? Tu tens uma caixa cheia de ferramentas para nos para, para nos ajudar a comunicar melhor. 42:32 O que é que nós podemos fazer? Vamos, vamos lá. Podemos fazer 11 lista ou ou ou ir ou ir por um caminho para nos tornar melhores comunicadores. 42:40 Pessoa 1 Olha, eu, eu não tenho isto sistematizado, não é? Mas eu diria. 42:44 Pessoa 2 Também não precisamos de todas. Pronto, isso são 2. Quer dizer, podemos começar pela voz, por exemplo. 42:47 Pessoa 1 Eu diria que para para comunicarmos melhor, é muito importante começar por saber o que é que queremos dizer, o que é que queremos comunicar? O problema é que se as pessoas não têm bem a certeza do que querem comunicar. 43:00 Pessoa 2 Sai propaganda, sai propaganda. 43:02 Pessoa 1 Ou sai, envie usado. Não é ou, ou a comunicação perde. Se algures eu, eu começaria por aí, que é termos convicções, termos valores, termos opiniões estruturadas. Vai facilitar. Depois eu diria sermos económicos, concisos. 43:18 Pessoa 2 Não gastar, não gastar o tempo da Malta. 43:20 Pessoa 1 Nem o tempo da Malta, nem a voz, nem nem nem nem o vocabulário. Porque às vezes diz se muita coisa para, às vezes é uma coisa tão simples, não é? Portanto, eu acho que a simplicidade é um bom artifício. 43:30 Pessoa 2 Estamos a falar e à procura do que vamos a dizer. 43:32 Pessoa 1 Exatamente. 43:34 Pessoa 2 Dá, me dá me um sujeito, dá me dá, me dá me um predicado que é para a gente conseguir perceber do que é que estás a. 43:40 Pessoa 1 Falar shakhov já defendia isso. Ser conciso é muito importante. Bom se estivermos a falar da comunicação oral. A articulação é fundamental, não é? Ou seja, porque quando a gente. 43:53 Pessoa 2 Ninguém entende nada. 43:54 Pessoa 1 Entende nada. Portanto, eu acho que falam para dentro a capacidade de falar para fora no sentido de comunicar EEE. Porque nós quando falamos, não falamos só com a voz. Para além de falarmos com a voz de lançarmos as palavras de as articularmos, depois falamos com a energia que pomos na. 44:11 Pessoa 2 E lá está a nossa caixa pulmonar também, não é? 44:13 Pessoa 1 Torácica, EE as nossas expressão. EEE aquilo que não dizemos também é muito importante, não é toda o toda a linguagem que fica. 44:20 Pessoa 2 Isso aprendemos logo com as mães quando elas estão zangadas. 44:22 Pessoa 1 Connosco e não, não precisam de muito. 44:26 Pessoa 2 Não é? 44:27 Pessoa 1 E depois, eu acho que sermos sinceros também ajuda. 44:29 Pessoa 2 Não é sempre? 44:31 Pessoa 1 Bom. 44:31 Pessoa 2 Ou uma mentirinha piedosa também pode caber neste neste. 44:35 Pessoa 1 Se a intenção é que ela pessoa perceba, tens é que. 44:38 Pessoa 2 Circular não é? Olha, e a arte de escutar, porque isto de dizer depois de pensar ou não pode ser uma coisa mais visceral, a arte de ouvir. 44:48 Pessoa 1 Olha, no teatro é fundamental. Aliás, na arte de representação, há mesmo workshops que se chama escuta ouvir, saber ouvir. 44:56 Pessoa 2 Como é que se ensina isso? 44:57 Pessoa 1 Ouvindo. Que é que é? O que é que acontece? Muitas vezes um ator sabe as suas falas, não é? EE sabe a tua deixa e só está à espera da deixa para dizer a dele, portanto, tu dizes chapéu a chapéu é a minha deixa. 45:11 Pessoa 2 Isso fica artificial, não é claro. 45:13 Pessoa 1 Fica. Tu estás à espera da deixa. Mas se tu estiveres a ouvir tudo aquilo que tu estás a dizer, tem um sentido EOAAA. Minha fala é uma reação à tua. 45:22 Pessoa 2 E tu entras no comboio? 45:23 Pessoa 1 Obviamente, tens que ouvir, tens que ouvir, tens que processar e tens que integrar. E isso tudo tem tempos e às vezes OAA, Malta nova, muitas vezes com a ansiedade. Precipita um bocadinho e tu dizes. Calma, calma, ouve, ouve o que ele está a dizer, ouve, ouves, retens. 45:39 Ah, e reages. E isso pressupõe um tempo, pressupõe uma respiração, pressupõe jogo, jogo. 45:44 Pessoa 2 O timing conta. 45:45 Pessoa 1 Muito. Timing é tudo. Timing é tudo em em representação, em comédia. Então é fundamental, se tu falhas o timing, a piada já foi. A maneira como lança se aquele tempo de suspensão. 45:56 Pessoa 2 Há uma aceleração, há uma suspensão e depois consegues fazer que a piada aconteça. 46:01 Pessoa 1 Em em teoria, sim, mas é uma coisa que se sente mais do que se explica, não é? É aqui, cuidado, estás a correr, estás a assim, não tem graça. Tens que tens que fazer o punchline, tens que fazer a chamada e depois lanças a eu estou te a ouvir. 46:12 Pessoa 2 Estou a pensar no ralo solnado lá está que que, independentemente do texto e tudo o que fosse, havia não só maneira de dizer, mas depois também aquela tu quase antecipavas que ali IA acontecer alguma. Coisa e ele trocava te as. 46:24 Pessoa 1 Voltas e tu? 46:25 Pessoa 2 Ias tu ias te embora logo rapidamente, o que é que te falta fazer? 46:30 Pessoa 1 Olha bom o jantar. 46:33 Pessoa 2 Logo tu cozinhas. 46:35 Pessoa 1 Pouco, felizmente, tenho. Tenho em casa quem cozinho muito bem, mas. 46:38 Pessoa 2 Gostas de comer. 46:39 Pessoa 1 Eu gosto muito de comer, pronto. Gosto da sou, sou, sou. Sou um bom garfo. Não sei. Não sei se me falta fazer assim tanta coisa. Eu tenho 11 gaveta cheia de peças que quero fazer. Gostava de fazer um bocadinho mais de cinema, mas é algo que não depende só de mim. 46:55 Pessoa 2 É difícil fazer cinema em Portugal, não é? É fazer no sentido de produzir. 46:59 Pessoa 1 Sim, é muito, é muito difícil, não é porque. 47:00 Pessoa 2 É caro? 47:01 Pessoa 1 É muito caro, não é? Um filme custará à volta de meio milhão, meio milhão de euros, pelo menos. E. 47:08 Pessoa 2 Depois, depende do que é que se venda daquele filme, não é? 47:10 Pessoa 1 Nem tanto, porque não há. Não temos indústria, portanto, este dinheiro é, é. São apoios do estado. Muitas vezes ARTP também participa. Às vezes vêm da Europa, da euro imagens ou de outros organismos que consegues uma co produção, mas eu não tenho capacidade nem tempo para montar esse tipo de coisas. 47:29 Estou aqui empenhado em tentar escrever uma série que propusemos. De resto, ou ou o ica, para ver se conseguimos desenvolver uma ideia. Portanto, eu gostava também de realizar. É uma coisa que já fiz, já já realizei uma curta metragem, mas gostava de realizar a uma série a uma longa metragem. 47:47 No fundo, é um prolongamento natural do facto de eu já ensinar os espetáculos há muitos anos. 47:51 Pessoa 2 E mesmo com com os netflixs desta vida e afins, esse processo não se tornou melhor? Quer dizer, houve o rabo de peixe, obviamente. 47:56 Pessoa 1 É muito competitivo, há muita gente boa a competir por esse nicho e, portanto, para alguém como eu, que vem da área mais do teatro. 48:03 Pessoa 2 E o mercado é pequeno, é muito. 48:05 Pessoa 1 Eficiente, mas eu não, eu não, não vou desistir e se surgir a oportunidade, falo way, mas perguntavas me o que é que eu gostava de fazer? Gostava ainda de realizar um filme ou uma série. 48:14 Pessoa 2 Diogo Infante, muito obrigado. Estou obviamente ansioso e com uma elevadíssima expetativa. Desculpa, como já aqui cá em cima, para para ver esse professor do clube dos poetas mortos. Não sei o que é que vais fazer da tua vida, mas mas isto está a correr bem. 48:32 Pessoa 1 Não vai correr bem? 48:33 As Seis Lições Essenciais para uma Melhor Comunicação Quantos espetáculos é que é que é que são, quantas? Quantas? Então, eu fico sempre frustrado quando aparece um grande espetáculo. Que que eu às vezes que eu tenho a sorte de ir ver. E me dizem isto agora só tem mais mais 3, 3 sessões e eu digo, mas por? 48:48 Pessoa 1 Nós, no Trindade, é ponto, assente. Não fazermos espetáculos menos de 2 meses e meio. Mínimo que luxo. Sim, a gavolta vai estar 2 meses e meio em cena, mas o clube dos poetas mortos. Vai estar bastante mais. 49:00 Pessoa 2 Há conversas que nos deixam marca e esta é uma delas, o Diogo Infante lembro nos que comunicar não é despejar palavras, é estar inteiro, é estar presente, é saber escutar. Mostrou me que a presença não é talento, é uma construção e que a vulnerabilidade, quando não é usada como arma, torna se uma força e que a verdade vive sempre na tensão entre técnica e alma. 49:19 Aqui ficam as lições que eu tirei desta conversa, 5 lições principais a primeira é que a presença constrói se todos fomos tímidos de algum momento. A diferença está no trabalho que fazemos para lidar com isso e para ultrapassar essa timidez e para reforçar a presença. 49:35 A segunda é que a vulnerabilidade é um ativo e não um risco. Quando alguém assume fragilidade com clareza, cria proximidade e não fraqueza. A terceira lição é que a comunicação começa sempre na escuta. Diogo mostrou isso sempre. Escutar é parte da presença, escutar é parte da ética, escutar é parte do ofício quarto. 49:55 A expetativa pesa, mas pode ser transformada. O chip público pode ser disciplina, sem deixar de ser a verdade. A quinta é que, em família, comunicar é amar, é dizer gosto de ti, é pedir desculpa, é estudar o tom e tudo isso molda vínculos. 50:12 A sexta pode ser a arte. A arte salva porque nos baixa, a guarda, porque nos dá um espelho, porque nos dá respiração, e a sétima é que a verdade implica sempre risco e ainda assim. É sempre melhor do que viver dentro do papel. Errado. 50:27 Obrigado ao Diogo Infante pela generosidade, pela coragem desta conversa e obrigado a quem nos está a escutar. Se este episódio vos compartilhem com alguém que precisa de comunicar melhor ou simplesmente ouvir uma boa conversa, podem seguir o pergunta simples, no YouTube, no Spotify, no Apple podcast e em perguntasimples.com e até para a semana.

Silver Screen & Roll: for Los Angeles Lakers fans
FULL: Dillon The Villain; Vando makes the most of his opportunity; Rui as a bot?

Silver Screen & Roll: for Los Angeles Lakers fans

Play Episode Listen Later Dec 15, 2025 72:53


Anthony and Raj talk about one of the dumber basketball games we'll see this year. Anthony is out on Dillon Brooks after that performance. Vando finally got some minutes and looked great. What does that mean for the rotation? Anthony gives a new Rui analogy. To learn more about listener data and our privacy practices visit: https://www.audacyinc.com/privacy-policy Learn more about your ad choices. Visit https://podcastchoices.com/adchoices

Chaz & AJ in the Morning
Monday, Dec. 15: The Big Toy Drive Recap, Waterbury's Water Emergency

Chaz & AJ in the Morning

Play Episode Listen Later Dec 15, 2025 78:04


Chaz and AJ opened the show talking about the Toy Drive, from the record-setting total, to the incredible performances by Sponge and Quiet Riot. (0:00)  Brian Blackmore handled this morning's Bad Idea Island, with the murderous Elmo doll. (14:53)  Waterbury Mayor Paul Pernerewski was on the phone with Chaz and AJ to address the water main break that has caused a lot of trouble over the last few days. (20:31)  Chaz took a call from his buddy, Rui, right before Dumb Ass News to shoutout Team Rubicon who have been a massive help in Waterbury. Then, Dumb Ass News was all about the oddball Gary Busey holiday post on his Instagram page. (33:44)  Chaz and AJ brought on New Haven's assistant fire chief Danny Coughlin, to talk about their fallen brother, Chris Brainard. Plus, the water superintendent from Waterbury, Brad Malay, was on to share more detail about the devastating water main break. How did it happen, and how is it being fixed? (41:00)  A whole side story to Quiet Riot's performance at the Toy Drive on Friday was the shirt worn by their lead singer, Jizzy Pearl. Johnny from the Rum Runners was on the phone to explain why he was walking around bare-chested for a few hours. (53:32)  Al Vagnini from PowerStation was on the phone to talk about the Chaz and AJ Toy Drive. Plus, Tribe members that were in the audience called in to talk about the show from their perspective. (1:03:06) 

Bate Pé
Inquérito de Natal, Doc do Diddy, Coffret é mau presente de Natal, Rui recusa-se a mandar ténis para o lixo, Frase nasty de futebol, Mafalda amiga do desapego, Investigação pizzaria de Leiria

Bate Pé

Play Episode Listen Later Dec 14, 2025 45:52


Esta semana a nossa vida girou à volta de Natal, de umas chuteiras e do Diddy. Podia ser o ínicio de uma anedota dos anos 80, mas não somos essas pessoas. O que uma tarde a arrumar a casa deu origem, a série que o 50 cent fez sobre o Diddy e ainda o melhor inquérito de Natal que vão ver hoje. Só hoje. Mas é mesmo o melhor. Já agora, feliz Natal e desculpem as decoraçõesREDES SOCIAISMafalda Castro: https://www.instagram.com/mafaldacastroRui Simões: https://www.instagram.com/ruisimoes10Bate Pé instagram: https://www.instagram.com/batepeclipsBate Pé Tiktok: https://www.tiktok.com/@bate.pe#MafaldaCastro#RuiSimõesAPOIOSEste podcast tem o apoio do ActivoBank00:47 como é que um rapper dorme 01:50 ter o melhor sonho de sempre 04:10 paralisia do sono06:44 frase mais marcante/nasty num jogo de futebol 08:49 frases que se dizem em jogos de futebol 10:08 50cent faz documentário sobre P. Diddy 20:40 será que descobrimos q pizza de Leiria mais famosa? 22:00 surto de arrumação e arrependimento22:49 ser melhor amiga do desapego 24:29 Rui não consegue deitar coisas fora 25:59 o caso das chuteiras que Rui não quer deitar para o lixo29:00 os pés de Mafalda 29:50 coffret é o melhor ou pior presente de sempre?34:20 o Natal das celebridades por revista Maria 41:27 inquérito de revista Castro Simões que faríamos a celebridades

New Life Alvik Church Podcast
Jesus is coming

New Life Alvik Church Podcast

Play Episode Listen Later Dec 14, 2025 27:43


Rui de Sousa Jesus is coming

L1veL1fe100
Lakers Need A 5th Starter

L1veL1fe100

Play Episode Listen Later Dec 10, 2025 0:49


Rui needs to be on the bench no defense he just plays offense

Raw Data By P3
The Power BI Fundamentals Behind Expert Development *and* AI Simplicity, w/ Microsoft's Rui Romano

Raw Data By P3

Play Episode Listen Later Dec 9, 2025 90:52


Everyone keeps asking whether AI kills Power BI or makes it stronger. Rui Romano flips that entire question on its head. As the Microsoft PM behind PBIP, TMDL, and all the file format work that rebuilt Power BI's foundation, he explains how the platform accidentally became one of the most AI-ready systems in analytics - and it wasn't by accident, not really. His team was solving problems for real developers who were tired of unsupported workarounds and offshore relay races. They weren't training agents. But the work they did means AI now feels native instead of duct-taped on. What we learned was that the semantic model is still the highest ground in this whole space. While other tools let AI stumble through raw tables and pray the math holds up, a proper model gives AI the one thing it absolutely cannot fake: context. Relationships. Business logic that works at every level of granularity without falling apart. Rui breaks down why that matters now more than ever, why all the hardening work his team did keeps your models from exploding when an agent gets ambitious, and why the future of BI isn't about cranking out another hundred pixel-perfect dashboards. It's about fast iteration, lower friction, and answers you can trust at scale. Dashboards still matter - but only the ones people use. This conversation goes deep on architecture, not hype. Rui talks about what's changing right now, what still needs work, and why natural language will eventually beat drag-and-drop for a lot of what we do today. If you've been wondering whether to invest in real semantic modeling or just let AI figure it out from scratch every single time, this episode makes the case for why foundations always win. Always. Listen in and get ahead of the shift. And if the episode lands for you, leave us a review to help other folks find the show.

Worthy with Chani Thompson
24 | Healing Birth Trauma Through Timeline Therapy with Shari Lyon

Worthy with Chani Thompson

Play Episode Listen Later Dec 7, 2025


What if the birth trauma you've been carrying isn't just from this lifetime? This is the first time I'm publicly sharing my birth story. After holding onto the emotions from my birth with Rui for 3.5 years,what was meant to be a planned home birth that turned into an emergency category 1 caesarean (a situation that was life threatening to both Rui and myself), the universe kept putting Shari Lyon in my path... and when I finally surrendered to doing the work with her, what we uncovered changed everything. I've never been able to openly talk about that day without crying and truthfully, I've been terrified of having a second baby. The shame, guilt, sadness, fear and grief has consumed me. But in this deeply vulnerable and transformative episode, I sit down with Shari Lyon... a leading coach, educator, and advocate for women through conception, pregnancy, birth, and postpartum. Through Timeline Therapy and the Emotional Change Technique (ECT), Shari helped me heal at the deepest root cause level... and thanks to her work, the anxiety surrounding birth has not only been released but deeply healed, and I can now see the total perfection in the turn of events that took place. In this episode, we dive into: → Why even the most prepared women can experience birth trauma → The gap in traditional Hypnobirthing education → How Timeline Therapy works to heal emotional root causes → My experience being taken back to a past life during one of our sessions → Why your baby might be guiding you to do this healing work → How generational patterns can be passed down to our children in the womb → How to become the circuit breaker for ancestral trauma → The emotional "strings" we carry throughout our lifetime → Why healing before conception creates a clearer channel for your spirit baby About Shari Lyon: Shari Lyon is a leading coach, educator, and advocate for women through conception, pregnancy, birth, and postpartum. With over 13 years of experience supporting families, she brings a unique fusion of evidence-based childbirth education, therapeutic hypnosis, and trauma-informed coaching to every woman she serves. Shari is the founder of Belly2Birth, a highly reputable Hypnobirthing and childbirth education program in Australia, and is also a co-founder of Fertile Birth & Beyond, a transformative multi-modality practitioner training company that is redefining how women are supported across their perinatal journey. Deeply passionate about healing and transforming birth trauma, Shari's mission is to ensure every woman feels informed, safe, connected, and powerful in her choices — no matter how her path unfolds. She believes birth is both a rite of passage and a profound opportunity for personal and generational healing, and she is dedicated to guiding women back to their voice, their intuition, and their innate capability to birth and mother with confidence. Timestamps: Chapters 00:00:00 Introduction to Shari Lyon and Birth Healing 00:00:29 Why This Episode Matters for Everyone 00:01:19 The Eight Core Negative Emotions We Carry 00:01:30 Welcome to the Worthy Podcast 00:01:56 Shari's Divine Journey into Birth Work 00:07:41 The Gap in Birth Education and Preparation 00:12:53 Being at Cause vs. Being in Effect During Birth 00:14:25 Chani's Birth Story and Unexpected Outcome 00:17:04 What is Timeline Therapy and ECT? 00:18:30 Understanding Emotional Strings and Root Causes 00:20:41 How ECT Releases Emotional Charges 00:22:14 Re-imprinting Memories with New Resources 00:23:11 Chani's Profound ECT Experiences 00:25:38 Breaking Generational Patterns Before Pregnancy 00:27:36 Soul Babies Guiding Mothers to Healing 00:28:50 The Past Life Revelation with Rui 00:29:38 Energy, Reincarnation, and Life Lessons 00:30:15 Shari's Past Life as a Midwife 00:30:55 Bridging the Gap: Supporting Caregivers Too 00:37:00 The Divine Purpose Behind Chani's Birth Experience 00:39:11 Why Women Put Expectations on Birth 00:39:52 The Journey to Birth Program 00:41:18 Cultural Suppression of Birth Grief 00:41:57 ECT vs. Traditional Talk Therapy 00:46:03 Physical Healing and Emotional Botox 00:46:54 The Divine Partnership with Elizabeth Ann Walker 00:44:31 Rebirthing Ritual for Healing Trauma 00:48:11 Training the Next Generation of Practitioners 00:49:51 Finding Peace and Surrender for Baby Number Two 00:49:04 Connect with Shari and Final Reflections Connect with Shari: Instagram: @belly2birth Website: www.belly2birth.com.au Practitioner Training: www.fertilebirthandbeyond.com Instagram: @fertilebirthandbeyond Resources Mentioned: Sacred Birthing by Sunni Karll: https://amzn.to/44J052c If this episode resonated with you: Please click follow,subscribe and share this episode with anyone you feel will value this episode ... it greatly supports this channel, allowing us to have more incredible guests on the show + helps us reach more women who need to hear this message.

Bate Pé
Parecer turista, Desiludido por influencer, Julgado em restaurante, Técnicas para adormecer, Ser um limão num mundo de maçãs, Árvore de Natal triste

Bate Pé

Play Episode Listen Later Dec 7, 2025 44:32


O episódio em que chegamos a conclusão que somos casca de limão. Sem sumo, sem fibra, sem sabor. Aproveitamos para fazer um reparo à nossa classe de influencers que na nossa opinião se têm de esforçar mais. Ainda deu tempo para alguma macacada e para ir comprar esta ridícula árvore de Natal. Avaliem a árvore por favor de 0-10? em que 0 é a árvore mais triste que já viram e 10 é a árvore mais imponente. REDES SOCIAISMafalda Castro: https://www.instagram.com/mafaldacastroRui Simões: https://www.instagram.com/ruisimoes10Bate Pé instagram: https://www.instagram.com/batepeclipsBate Pé Tiktok: https://www.tiktok.com/@bate.peSPOTIFYhttps://open.spotify.com/show/7bnvbtG4aHEKp90XbN0xm3?si=rsZeIGW1Q4ShAQaRRegnbA#MafaldaCastro#RuiSimõesAPOIOSEste podcast tem o apoio do ActivoBank01:20 o problema da planta do estúdio 02:23 comprar uma árvore de natal 03:30 como termina o Natal 04:49 árvore depenada que está na moda 06:13 rescaldo entrevista Cláudio Ramos07:40 uma traição de amigo doi mais? 08:40 épica a proximidade vs época do afastamento 10:10 gostamos da classe de influencers?11:45 video de influencer de dicas para pais14:00 influencer que desilude15:25 ser limão num mundo de maçãs 16:30 aquário vasco da gama está ao abandono 17:26 nomes de influencers mais influencers 18:47 expectativas vs realidade com filhos 21:45 criar memórias para nos 22:40 nosso filho ofende pessoas sem querer 24:05 aceitar cabelos brancos 25:25 jeito nas costas do Rui26:31 viagem sozinha a Paris 29:49 adormecer com televisão ligada 32:32 técnicas para adormecer 36:51 Rui julgado em restaurante sozinho39:00 temos nojo de parecer turistas 40:00 arrependido de não ir a um sítio turístico 42:18 spotify wrapped

Matter of Stats
S5. E7. Lakers Get Crushed by Boston / Giannis, CP3, Herb Jones Rumors!

Matter of Stats

Play Episode Listen Later Dec 6, 2025 19:59


On this week's episode we discuss:- What the Lakers recent losses mean. - The recent struggles of Rui and LaRavia. - Giannis, CP3, Herb Jones…potential Lakers rumors! Instagram: @MatterOfStatsPodcastX: @MatterOfStatsPYouTube: youtube.com/@matterofstatspodcastAudio/Video producer: instagram.com/KaliBeezy714Intro & Outro Music Produced by Double A for B.K.E.Sound effects courtesy of: Pixabay / Universfield via Pixabay.com

Mason & Ireland
M&I HR 1: The Streak is over

Mason & Ireland

Play Episode Listen Later Dec 5, 2025 37:37


No best of show today! AK Andy Kamenetzky is in along with Momo (Ramona Shelburne). LeBron James had a clutch moment last night against the Toronto Raptors! LeBron James double digit scoring streak is over! He made a great play by making a great pass to Rui to win the game. We react to last nights wild finish. LeBron James is also ruled out tonight against the Boston Celtics. ICE BREAKERS. John Ireland calls in from Boston. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

Conflicted: A History Podcast
The Tokyo Subway Sarin Attacks 1995 – Part 1

Conflicted: A History Podcast

Play Episode Listen Later Dec 5, 2025 123:57


On March 20th, 1995, the Tokyo subway system was flooded with sarin nerve gas in a coordinated terrorist attack by the religious cult Aum Shinrikyō. Led by the charismatic new-age guru, Shoko Asahara, the well-funded and technologically ambitious Aum organization manufactured and deployed chemical weapons in an attempt to bring about the end of the world. In the chaos that followed, 13 people were killed, thousands were injured, and the international community shuddered at the possibility of future attacks by fringe political groups.    SOURCES: Amarasingam, A. (2017, April 5). A history of sarin as a weapon. The Atlantic.  Cotton, Simon. “Nerve Agents: What Are They and How Do They Work?” American Scientist, vol. 106, no. 3, 2018, pp. 138–40.  Danzig, Richard; Sageman, Marc; Leighton, Terrance; Hough, Lloyd; Yuki, Hidemi; Kotani, Rui; Hosford, Zachary M.. Aum Shinrikyo: Insights Into How Terrorists Develop Biological and Chemical Weapons . Center for a New American Security. 2011. Gunaratna, Rohan. “Aum Shinrikyo's Rise, Fall and Revival.” Counter Terrorist Trends and Analyses, vol. 10, no. 8, 2018, pp. 1–6.  Harmon, Christopher C. “How Terrorist Groups End: Studies of the Twentieth Century.” Strategic Studies Quarterly, vol. 4, no. 3, 2010, pp. 43–84. JSTOR, http://www.jstor.org/stable/26269787.  “IHT: A Safe and Sure System — Until Now.” The New York Times, 21 Mar. 1995. Jones, Seth G., and Martin C. Libicki. “Policing and Japan's Aum Shinrikyo.” How Terrorist Groups End: Lessons for Countering al Qa'ida, RAND Corporation, 2008, pp. 45–62.  Kaplan, David E. (1996) “Aum's Shoko Asahara and the Cult at the End of the World”. WIRED.  Lifton, Robert Jay. Destroying the World to Save It: Aum Shinrikyo, Apocalyptic Violence, and the New Global Terrorism. 1999. Murakami, Haruki. Underground: The Tokyo Gas Attack and the Japanese Psyche. Translated by Alfred Birnbaum and Philip Gabriel. 2001. Murphy, P. (2014, June 21). Matsumoto: Aum's sarin guinea pig. The Japan Times.  Reader, Ian. Religious Violence in Contemporary Japan: The Case of Aum Shinrikyo.  2000. Tucker, Jonathan B. “Chemical/Biological Terrorism: Coping with a New Threat.” Politics and the Life Sciences, vol. 15, no. 2, 1996, pp. 167–83.  Ushiyama, Rin. “Shock and Anger: Societal Responses to the Tokyo Subway Attack.” Aum Shinrikyō and Religious Terrorism in Japanese Collective Memory., The British Academy, 2023, pp. 52–80.  Learn more about your ad choices. Visit megaphone.fm/adchoices

Lunchtime With Roggin And Rodney
12/5 H1: Dodgers bullpen and outfield options; Ryan Kartje; Lebron's streak ends

Lunchtime With Roggin And Rodney

Play Episode Listen Later Dec 5, 2025 38:40 Transcription Available


As the Winter Meetings begin next week we discuss some of the potential targets for the Dodgers in free agency or via trade. Ryan Kartje from the LA Times hops on to talk about USC's #1 recruiting class. Lebron's streak of scoring at least 10 points is over but the Lakers still beat Toronto on a Rui buzzer beater.See omnystudio.com/listener for privacy information.

The Laker Han Show
LeBron's 18 Year Streak Ends; Rui Hits Game Winning 3!

The Laker Han Show

Play Episode Listen Later Dec 5, 2025 9:02


Radar Agro
COP30: A Embrapa está reinventando o feijão | Fala Carlão

Radar Agro

Play Episode Listen Later Nov 26, 2025 6:01


Fala Carlão conversa com Rui Gomes, Professor e Pesquisador da Embrapa, direto da Agrizone na COP30 em Belém. Ele apresentou uma plantação de feijão em desenvolvimento e explicou o trabalho científico por trás das novas linhagens. Rui mostrou amostras de feijão que ainda serão lançadas e detalhou os objetivos de cada variedade, destacando avanços em resistência, produtividade e adaptação climática. Ele reforçou como a pesquisa brasileira segue na vanguarda da segurança alimentar. O pesquisador também comentou os estudos que buscam desenvolver um feijão pré-cozido, solução que pode facilitar o consumo, reduzir tempo de preparo e ampliar mercados. Fala aí, Rui!Apoio Institucional:AbisoloANDAVFAESP/SENARPatrocínio:Publique AgroAgênciaAgroRevenda

Pergunta Simples
Como se filma uma boa história? Manuel Pureza

Pergunta Simples

Play Episode Listen Later Nov 26, 2025 56:11


Há criadores que operam dentro das fronteiras técnicas do seu ofício. E há outros que as redesenham. Manuel Pureza pertence à segunda categoria — a dos artistas que não apenas produzem obras, mas insinuam uma forma diferente de olhar para o mundo. Ao longo da última década, Pureza foi aperfeiçoando um dialeto visual singular: um equilíbrio improvável entre humor e melancolia, entre disciplina e improviso, entre ironia e empatia. Cresceu no ritmo acelerado das novelas, onde se aprende a filmar com pressão, velocidade e um olho permanentemente aberto para a fragilidade humana. Dali trouxe algo raro: um olhar que recusa o cinismo fácil e que insiste que até o ridículo tem dignidade. Na televisão e no cinema, a sua assinatura tornou-se evidente. Ele filma personagens como quem observa amigos de infância. Filma o quotidiano com a delicadeza de quem sabe que ali mora metade das grandes histórias. Filma o absurdo com a ternura de quem reconhece, nesse absurdo, o lado mais honesto do país que habita. Um humor que pensa Pureza não usa humor para fugir — usa humor para iluminar. Em “Pôr do Sol”, o fenómeno que se transformou num caso sério de análise cultural, a comédia deixou de ser apenas entretenimento. Tornou-se catarse colectiva. Portugal riu-se de si próprio com uma frontalidade rara, quase terapêutica. Não era paródia para diminuir; era paródia para pertencer. “O ridículo não é destrutivo”, explica Pureza. “É libertador.” Essa frase, que poderia ser um manifesto, resume bem o seu trabalho: ele leva o humor a sério. Independentemente do género — seja melodrama acelerado ou ficção introspectiva — há sempre, no seu olhar, a ideia de que rir pode ser um acto de lucidez. Num país onde o comentário público tantas vezes se esconde atrás da ironia amarga, Pureza faz o contrário: usa a ironia para abrir espaço, não para o fechar. A ética do olhar Filmar alguém é um exercício de confiança. Pureza opera com essa consciência. Não acredita em neutralidade — acredita em honestidade. Assume que cada plano é uma escolha e que cada escolha implica responsabilidade. Entre atores, essa postura cria um ambiente invulgar: segurança suficiente para arriscar, liberdade suficiente para falhar, humanidade suficiente para recomeçar. Num set regido pelo seu método, a escuta é tão importante quanto a técnica. E talvez por isso os seus actores falem de “estar em casa”, mesmo quando as cenas são emocionalmente densas. A câmara de Pureza não vigia: acompanha. É aqui que a sua realização se distingue — não por uma estética rigorosa, mas por uma ética clara. Filmar é expor vulnerabilidades. E expor vulnerabilidades exige cuidado. Portugal, esse laboratório emocional O país que surge nas obras de Pureza não é apenas cenário: é personagem. É o Portugal das contradições — pequeno mas exuberante, desconfiado mas carente de pertença, irónico mas sentimental, apaixonado mas contido. É um país onde a criatividade nasce da falta e onde o improviso se confunde com identidade. Pureza conhece esse país por dentro. Viu-o nos sets frenéticos das novelas, nos estúdios apressados da televisão generalista, nas equipas improváveis de produções independentes. E filma-o com um olhar feito de amor e lucidez: nunca subserviente, nunca destructivo, sempre profundamente humano. Há nele uma capacidade rara de observar sem desistir, de criticar sem amargar, de rir sem ferir. Infância, imaginação e paternidade Numa das passagens mais íntimas desta conversa, Pureza regressa à infância — não como nostalgia decorativa, mas como território de formação. A infância, para ele, é o sítio onde nasce a imaginação, mas também o sítio onde se aprende a cair, a duvidar, a arriscar. Esse lugar continua a acompanhar o seu trabalho como uma espécie de bússola emocional. Falar de infância leva inevitavelmente a falar de paternidade. Pureza rejeita a figura do pai iluminado, perfeito, imune ao erro. Fala antes da paternidade real: aquela onde se erra, se tenta, se repara, se adia, se volta a tentar. A paternidade que implica fragilidade. A paternidade que obriga a abrandar num mundo que exige velocidade. Talvez seja por isso que, quando dirige, recusa o automatismo: a vida, lembra, é sempre mais complexa do que aquilo que conseguimos filmar. Escutar como acto político Se há uma frase que atravessa toda a conversa, é esta: “Nós ouvimos pouco.” No contexto de Pureza, ouvir é um verbo político. Num país saturado de ruído, opiniões rápidas e indignações instantâneas, escutar tornou-se quase um acto contracultural. Ele trabalha nesse espaço de atenção — aquele que permite às pessoas serem pessoas, antes de serem personagens, headlines ou caricaturas. É por isso que o seu trabalho ressoa: porque devolve humanidade ao que, tantas vezes, o discurso público reduz. O que fica No final, a impressão é clara: Manuel Pureza não realiza apenas obras. Realiza ligações. Realiza espelhos que não humilham. Realiza pontes entre o ridículo e o sublime. Realiza histórias que, ao invés de nos afastarem, nos devolvem uns aos outros. Há artistas que acrescentam ao mundo um conjunto de imagens. Pureza acrescenta uma forma de ver. E num tempo em que olhar se tornou um acto cada vez mais acelerado — e cada vez menos profundo — isso não é apenas uma qualidade artística. É um serviço público da imaginação. LER A TRANSCRIÇÃO DO EPISÓDIO Esta transcrição foi gerada automaticamente. A sua exatidão pode variar. 0:12 Ora, vivam bem vindos ao pergunta simples, o vosso podcast sobre comunicação? Hoje recebemos alguém que não apenas realiza séries e filmes, mas realiza no sentido mais profundo do termo, a forma como olhamos para nós próprios, a maneira como nos espelhamos. 0:28 Manuel pureza é daqueles criadores que trabalham com rigor e com leveza, com inteligência, com humor, com disciplina e com um caos. Ele cresceu nas novelas, aprendeu a filmar sob pressão, descobriu um olhar que combina ternura com ironia e tornou se uma das vozes mais originais da ficção portuguesa. 0:46 E é capaz de pegar no ridículo e transformá lo em verdade, de pegar no quotidiano e transformá lo em drama, de pegar no drama e transformá lo em riso. Tudo sem perder a humanidade, o coração e a ética de quem sabe que filmar é escolher, ter um ponto de vista e que escolher é sempre um ato moral. 1:06 Neste episódio, abrimos as portas ao seu processo criativo, às dúvidas e às certezas, às dores e às gargalhadas, às memórias da infância e às inquietações da idade adultam. Falamos de televisão como um espaço de comunhão. Das novelas como um ginásio, do humor, como o pensamento crítico da arte de ouvir e de ser pai no mundo acelerado, da vulnerabilidade que existe por detrás de uma Câmara e, claro, de Portugal, este país pequeno, cheio de afetos e de feridas, onde tudo é simultaneamente muito absurdo e muito verdadeiro. 1:38 Pureza fala com profundidade e como honestidade às vezes. Desconcertante é uma dessas conversas em que senti que estamos a ver para além do artista, estamos a ver a pessoa, a sensibilidade das dúvidas, a Esperança e a inquietação de alguém que pensa o mundo através das histórias que nos conta. 2:05 Ao longo desta conversa, percebemos como as histórias, para Manuel pureza, não são apenas entretenimento. São uma estrutura emocional de uma forma de organizar o caos, uma linguagem antiga que herdamos mesmo antes de sabermos ler ou escrever. Falamos do poder das narrativas para dar sentido à vida, mas também do seu lado perigoso, porque todas as histórias têm um ponto de vista, todas têm escolhas e omissões, todas moldam a forma como vemos o que é real. 2:33 E ele, pureza. Assume isto sem medo. Assume que filma com olhar assumidamente subjetivo e que essa subjetividade é precisamente a sua assinatura. Não procura parecer neutro, procura ser honesto. Também exploramos a sua relação com o humor. 2:49 O humor que nunca é cínico, nunca é cruel, nunca é gratuito. O ridículo não é uma arma para diminuir os outros. É uma maneira de libertar, de expor o que há de comum entre nós, de desmontar o que é pomposo e de aliviar o peso de viver. 3:04 Diz na própria conversa que tudo pode ser ridículo e isso é uma forma de Redenção. O riso organiza o pensamento, afia o espírito, desarma o mundo e, talvez por isso, o pôr do sol. A série tem sido mais do que um fenómeno cômico, foi um fenómeno emocional quase terapêutico. 3:20 Um espelho carinhoso onde Portugal se reviu e se perdoou, um bocadinho. Falamos da ética, da ética, do olhar, de como se almar alguém. É sempre um ato de intimidade. De como se cria confiança dentro de um set de filmagens, como se dirige atores diferentes, como se acolhe fragilidades? 3:38 Várias. E falamos da amizade e esse tema que atravessa todo o trabalho de pureza, porque para ele, realizar não é apenas uma técnica, é uma escuta, uma presença, um cuidado. Ouvimos muitas vezes ao longo deste episódio, uma afirmação quase simples. Nós ouvimos pouco. 3:55 E quando alguém é capaz de. A olhar tanto e nos diz que ouvimos pouco. Vale a pena parar para escutar. E, claro, falamos de Portugal, um país pequeno, por vezes cínico, com uma profunda tendência para desconfiar do sucesso alheio. Um país que pureza filma com ironia, amor e lucidez. 4:14 E da inveja. Claro que falamos da inveja no país das novelas, do improviso, da criatividade teimosa, das personagens maiores que a vida. O país que ele conhece por dentro e por fora, e que aprende a amar com o humor, mesmo quando o humor é a única forma de suportá lo. Num dos momentos mais belos da conversa, falamos da infância, esse lugar de Liberdade, de curiosidade, de imaginação que pureza tenta manter vivo dentro de si. 4:39 E falamos também do que é ser pai, dos medos que isso acende, da responsabilidade que isso traz. Da paternidade iluminada, mas da paternidade real, onde se falha, se tenta, se repara, se ama e se recomeça. É um episódio cheio de emoções, pontos de vista e algumas surpresas. 5:01 Viva. Manuel pureza, olá, nós encontramo nos e na realidade, temos que dizer às pessoas desde já que há 2 características que nos unem na vida OKA primeira, gostar de pessoas. A segunda, sermos hipocondríacos. Ah, poças? 5:17 Bom, estou em casa sim, sim, sim. Poça altamente hipocondríaco? Sim. Olha, fala me das pessoas, para quem? Para quem não te conhece. Tu és realizador, és um dos mais originais e interessantes realizadores da ficção portuguesa, nomeadamente essa telenovela que subitamente se transformou num objeto de culto, uma coisa chamada pôr do sol. 5:40 Já agora digo te eu, a primeira vez que vi o pôr do sol, o primeiro episódio foi dos enganados. Achavas que era verdade. Pensei assim, é pá, mas o que é isto? Mas o que é que isto está? Mas, mas, mas, mas que coisa tão. EE depois. Lá está à terceira cena. 5:56 É aquela parte do ainda bem que ninguém ouviu o meu pensamento, claro, fala, me fala me desse fenómeno. Então esse fenómeno foi. Uma pulga, uma pulga, uma pulga, várias pulgas. Aliás, eu, eu, enquanto realizador, antes de começar a assinar as minhas séries, fiz 10 anos de telenovelas e fi Los numa lógica de ginásio. 6:22 Eu costumo dizer isto, ou seja, é uma tarefa difícil. É uma tarefa que luta contra. Vários tipos de preconceitos, não só meus, como de quem vê. É uma fábrica? É uma fábrica, sim. Aliás, será a coisa mais próxima de uma indústria audiovisual que nós temos em Portugal. 6:39 É, é, são as novelas. Não é? E isso filma se de que, de, de, de, de que horas? Até que horas? Filma se em horários que AACT se funcionasse não IA não preço, iria sim, iria tudo preço, não em boa verdade, até até podemos falar sobre isso mais à frente que é, eu estive envolvido nalgumas lutas laborais em relação à Malta, que faz novelas em Portugal. 6:58 Porque é pá, chega se a trabalhar trabalhava, se na altura 11 horas mais uma, quer dizer, IA receber colegas meus a receberem me francamente pouco, numa lógica de fazer 40 minutos diários de ficção útil, que é uma enormidade, uma alarvidade e que e que muitas vezes depois tem um efeito nefasto de das pessoas em casa. 7:17 Dizer assim é pá, isto é uma novela, isto não vale nada, mas o esforço das pessoas que estão a fazê la é hercúleo, é desumano. Não tem de ser forçosamente 11. Não tem furiosamente de levar as pessoas a apreciarem esse esforço como sinónimo de qualidade, porque muitas vezes as novelas não têm essa qualidade. 7:35 Portanto, não há tempo no fundo para respirar, para o tédio, para a repetição, para o prazer. Não, nem nem nem. Então por acaso que seja essa a função das novelas, até um certo ponto. As novelas historicamente são feitas para serem ouvidas, não para serem vistas, não é? Ou seja, não em países, não só Portugal, mas outros países machistas, em que as mulheres ficavam a tomar conta da casa e dali da casa, e não tinham trabalho. 7:57 Tinha uma televisão ligada para irem ouvindo. Por isso é que a novela é repetitiva. A novela é. Reiterativa há uma há uma métrica de comunicação. De comunicação, sim. E, portanto, se temos avançado tecnicamente e até qualitativamente nas novelas nos últimos 20 anos, porque temos? 8:13 Ainda estamos nos antípodas do que? Do que uma novela pode ser? A novela pode ser uma arma de educação fantástica. A novela pode ser um retrato. Quase numa perspetiva arqueológica do que é ser português em 2025. E não é disso que estamos a falar. Em quase nenhuma novela falamos disso, não é? 8:30 Talvez tenhamos 2 ou 32 ou 3 casos honestos de portugalidade nas novelas recentes. Ainda estou a falar, por exemplo, de uma novela que eu, eu não, eu não, não sou consumidor de novelas, confesso que não sou. Mas há uma novela que da qual me lembro da premissa que me pareceu interessante, que é uma coisa chamada golpe de sorte. 8:46 Uma mulher numa aldeia que ganhou o euromilhões. Isso pode ser bastante português. Parece me bem. Pode ser bom e tive um sucesso bastante grande e foi uma coisa honesta. Não era de repente alguém que é salvo por uma baleia no ataque de 2 tubarões e sobrevive porque foi atirada? Espera, enfim, ainda vou continuar, porque isso é uma realidade que acontece. Olha, porque é que nós, seres humanos, precisamos tanto de histórias para compreender o mundo? 9:08 Olha, eu acho que as histórias são o que nos estrutura, são aquilo que nos garante a sobrevivência. Até um certo.eu falo disto com os meus alunos. Eu às vezes dou uns workshops para atores e não só é só a palavra workshop dá me logo aqui, carrega me logo aqui umas chinetas um bocado estranhas. 9:24 O workshop downshoising downgraving assim não interessa estamos. Todos AAA praticar o inglês. O inglês neologisticamente falamos. A bom, a bom notícia é que nós, como falamos mal inglês, damos uns pontapés no inglês também terríveis, não é? Sim, sim, sim, mas sim, mas está o inglês. O inglês passou a ser uma espécie de língua Franca, exato, EEA. 9:41 Gente tem palavras bonitas para dizer. EEEEE não, diz. Voltamos às histórias, as histórias. E costumo falar disso com os meus alunos, que é que que passa por nós. Nós não nascemos com direitos humanos, não é? Não nascemos dentro do nosso, do nosso corpo. Não há aqui 11, saca com direitos humanos. 9:56 Houve alguém que inventou essa história e a escreveu numa numa carta universal dos direitos humanos e, portanto, a partir dessa narrativa de que as pessoas têm direito a ser felizes, direito a ter uma casa feliz, direito a ter uma família, direito a ser. A ter um trabalho, et cetera, essa narrativa e estou estou a, estou a, estou AA alargar Oo conceito, evidentemente essa narrativa salva nos todos os dias mais a uns do que a outros, infelizmente. 10:20 Então os dias correm, isso é muito frequente. Há há há zonas do mundo em que essa história não chega, não é? Essas histórias não chegam. A fantasia não chega. A fantasia, sobretudo, é essa coisa mais prática de, de, de, de nos regermos por aquela célebre história do Mello Brooks, não é? A Mello Brooks faz a história mais louca do mundo. 10:36 E o Moisés sobe ao sobe ao ao Monte e Deus dá lhe 15 mandamentos. Só que há uma das pedras que se parte. Ele diz, bom, ele deu me só 10. Inventou um bocado. Isto inventou mas 10 por acaso até um número melhor do que 15. Sim, 15 não dava. Jeito o marketing, ele lá da altura, o homem do marketing, disse disse 15. 10:53 Não dá jeito nada de ser mais redondo que não podem ser 17 nem 13. Não, não. Nem convém, não é para a enologia? Acho que não, não, não, não te ajuda nisso, mas eu acho que sim. As as histórias, sobretudo acima de tudo. Eu sou pai de 3 crianças. Uma criança mais velha que tem 14 anos e outra que tem 3 e outra que tem 11 ano e meio. 11:10 Já tens bom treino de conta histórias. Voltei a recuperá lo, não é? Ou seja, eu sempre andei sempre a treiná lo, porque esta é a minha profissão e é isso que me me entusiasma, não é? Ou seja, mais do que ter um ator que diz bem o texto que lá está e que o diz ipsis verbis como lá está, interessa me um ator que perceba o que é que quer ser dito e que o transforma numa história compreensível e emotiva. 11:29 Ou seja, no limite, é o que o Fellini diz, Oo Fellini diz. Oo cinema serve para para emocionar, seja para eu rir ou para chorar, serve para emocionar. EEO emocionar tem a ver com essa coisa das histórias. Quantas vezes é que tu não vês um é pá, o testemunho de alguém, uma carta que tu descobres 11 texto bonito, um poema simples ou soberbo, ou ou ou o que é que? 11:50 O que é que é uma boa história para mim, sim. Uma boa história é aquela que me lança perguntas, que te provoca sim, que me provoca perguntas, eu faço isso aos meus alunos lhe perguntar, qual é a tua história? E regregelas, confundem, qual é a tua história, qual é que é o meu bilhete de identidade? Então começam, Ah, nasci na amadora, depois foi não sei quê, depois não sei quantos, depois não sei quê, EEA mim, não me interessa, não me interessa mesmo saber se eles vieram da amadora ou não interessa me mais saber. 12:14 No outro dia, uma aluna dizia uma coisa fantástica, eu estou, eu estou aqui porque o meu irmão lê mal, é incrível, uau. E eu disse, então porquê? Eu já quero saber tudo sobre. Essa tua aluna? Queres ver o próximo episódio? Como é? A lógica é essa. Ou seja, eu acho que quando os miúdos estão a ler uma história como a Alice, querem saber quando é que ela cai no fundo do poço que nunca mais acaba. 12:31 Porque é que o poço nunca mais acaba? Porque é que no meio do poço se vão descobrindo retratos e coisas. E que poço é este? Que que coelho é este? Que coelho é que apareceu aqui a correr? E em princípio, não faz sentido nós, mas depois nós, nós nós entramos e embarcamos nesta história. E somos nós que a que a que a construímos. 12:47 Não é na nossa cabeça. Sim, sim. Na nossa cabeça, no nosso coração, de alguma maneira. Quer dizer, pensando, por exemplo, a minha experiência, a minha primeira experiência, aliás, a experiência que definiu a minha. Vontade de ir para para cinema e para o conservatório, et cetera. Conta te quando é que tu descobriste? 13:02 Foi haver uma lodon drive do David Lynch, eu tinha 15 anos. Que é um filme. Estranhíssimo, para filme extraordinário. Eu, eu não o entendo, lá está. Mas estás a ver? Portanto, mudou a tua vida e eu estou a sentir me aqui, o tipo mais perdido do mundo. Não, eu nem entendi o que é que eles estavam a falar. Não. A coisa fantástica desse filme é que é um filme absolutamente clássico, mas não está montado de maneira normal. 13:21 Ou seja, não há princípio, meio e fim por essa ordem. Mas ele é absolutamente clássico. É sobre a cidade dos sonhos, não é? É sobre um sonho. Sobre um sonho de uma mulher que desceu ao mais, mais mais horrível dos infernos de de Hollywood. E, portanto, aí eu vi me obrigado a participar nessa história. 13:39 Estás a ver? Tiveste que montar a história conforme estás a ver. Sim, e acho que isso é isso, é o que determina o que o que é uma boa história e o que é mero, no pior sentido de entretenimento. Podemos estabelecer aqui a diferença entre o que é que é uma. Uma história mais funcional, de uma história que nos que nos expande, porque todos nós, todos nós, temos a história. 14:01 Então, mas como é que foi? Olha o meu dia, eu vim para aqui, trabalhei, sentei, me e escrevi ao computador. E eu digo assim, não quero saber nada dessa história, quero mudas de canal, já não quero saber em cada muda de canal, às vezes mudamos até de conversa. Há há 27 páginas da literatura portuguesa que são muito características e toda a gente se lembra que é AAA caracterização da frente de uma casa chamada ramalhete. 14:24 E na altura, quando tínhamos 1415 anos, a dor achámos que era uma dor. Mas se se recuperarmos isso é provavelmente as coisas mais brilhantes, porque mistura precisamente o que tu estás a dizer, ou seja, uma coisa meramente funcional, não é? É. Esta era a casa e são 27 páginas e, ao mesmo tempo, essa casa é metáfora para o que se vai para o que se vai passar nos capítulos à frente é o. 14:47 Cenário. É EE, mais do que o cenário. É um personagem, não é aquela casa, é uma personagem. Porque os objetos podem ser personagens. Podem? Então não podem? Claro que sim. A Sério? Para mim, sim, claro que sim. Sem falar. Sem falar às vezes, eu prefiro atores que não falam do que com. Atores que? Não, eu digo isto muito dos meus atores. 15:03 É, prefiro filmar te a pensar do que a falar, porque. Porque isso é uma regra antiga do do cinema e da televisão, da ficção para televisão que é mostra me não me digas, não é? As as novelas são reiterativas, porque tem de ser tudo dito. A pessoa entra, diz, faz e pensa a mesma coisa. 15:19 E também não há muito dinheiro para para mostrar com com a qualidade e com é, dá. Há, não há é tempo. Talvez isso seja um sinónimo. Não havendo, se se houvesse mais dinheiro, haveria mais tempo e, portanto, eu acho que ainda assim seria absolutamente impossível alguém humano e mesmo desconfio que o site GPT também não é capaz de o fazer de escrever 300 episódios de uma história. 15:38 Eu estou. Eu estou a pensar aqui. Eu. Eu ouvi alguém a dizer, não me recordo agora quem, infelizmente, que era. Quando quando se faz um roteiro, aquilo que está escrito para se filmar uma determinada coisa, que todos os adjetivos que que lá estão escritos têm que ser mostrados, porque não adianta nada dizer. 15:55 Então entrou agora na cena, EEEE salvou a velhinha, certo? Está bem, mas isso não chega, não é? Sim, eu até te digo, eu, eu prefiro. Regra geral, os argumentos até nem são muito adjetivos, os argumentos, ou seja, o script nem é muito adjetivado. É uma coisa mais prática. Eu acho que essa descoberta está. 16:13 Não sei. Imaginem, imaginem a leres Oo estrangeiro do camus, não é? Tem Montes de possibilidades dentro daquele não herói, dentro daquela vivência, daquela existência problemática. Não é porque não se emociona, et cetera e tudo mais. 16:29 Como é que tu imagina que tinhas um argumento ou um script sobre sobre Oo estrangeiro? Eu acho que seria importante discuti lo profundamente com os atores. Tu fazes isso porque queres ouvir a opinião deles? Quero sempre eu acho que os atores que se os atores e as atrizes que são atores e atrizes, não são meros tarefeiros. 16:52 Qual é o fator x deles? O fator x? Deles, sim. O que é? Eu estou. Eu tive aí uma conversa aqui Na Na, neste, exatamente neste estúdio com com a Gabriela Batista, com a com a com a com a Gabriela Barros. E eu não preciso de saber e não sei nada sobre técnica, mas. 17:09 Eu, eu, eu imagino que qualquer munição que se dei àquela mulher, que ela vai transformar aquilo noutra coisa completamente diferente. O Woody Allen dizia uma coisa muito interessante que Era Eu sempre odiei ler e depois percebi que para conhecer mulheres interessantes, precisava de ler 2 ou 3 livros. 17:27 Para ser um pronto atual à certa. O que é que acontece com a Gabriela? A Gabriela é uma pessoa interessante. Os atores e as atrizes que são atores e atrizes são pessoas interessantes porque são inquietas, porque são atentas, porque percebem, porque conseguem. Conseguem ler não só uma cena, mas as pessoas que estão em cena com elas conseguem ler um realizador, conseguem ler uma história e, sobretudo, perceber. 17:50 Imagina se pensares no rei leão? Muitas vezes a pergunta sobre o que é que é O Rei Leão? As pessoas menos, menos levadas para as histórias dizem, Ah, é sobre um leãozinho. Que sofre? Não, não, não é sobre isso, é sobre família, é sobre herança, é sobre poder, é sobre legado, é sobre. No fundo, é sobre todos os conceitos que qualquer drama shakespeariano ou tragédia shakespeariana também é. 18:14 E, portanto, eu acho que quando tu encontras atores e atrizes a Sério, o fator x é serem interessantes porque têm ideias e porque pensam. Não se limitam a fazer pá. Um ator que se limita a fazer e diz o textinho muito, muito, muito certinho. É um canastal enerva me enerva, me dá vontade de lhes bater. 18:30 Não, não gosto disso, não me interessa. E isso não é sinónimo de desrespeito pelo argumento. É sublimar o argumento ou sublimar o scripta, a outra coisa que não é lida. É fermentar aquilo? Sim, eu diria que sim. É regar? Sim. Olha, eles oferecem te obviamente maneiras de fazer e a interpretação do texto, mas. 18:50 E tu tens a tua parte e a tua parte é aquilo que eu posso te chamar a ética do olhar, que é o teu ponto de vista o ponto de vista como eu queria dizer, como é que tu defines o ponto de vista? Como é que tu escolhes? Se queres fazer uma coisa mais fechada, mais aberta, de cima, de lado, o que é esse? E tu pensas nisso para além da técnica. 19:09 Sim, penso eu acho que o meu trabalho, Oo trabalho do realizador, no geral, é essa filtragem da realidade. Para, para encaminhar. Para encaminhar a história e encaminhar quem a vê ou quem, quem está a ver, para uma determinada emoção ou para uma determinada pergunta ou para determinada dúvida. 19:31 Para lançar de mistério. Enfim, eu, eu tenho. Eu sinto que eu tenho 41 anos, tenho já alguns anos de de realização, mas sinto que estou sempre não só a aprimorar, mas a encontrar melhor. Qual é a minha linguagem. 19:47 O pôr do sol não tem qualquer espécie de desafio do ponto de vista da linguagem. Ele é a réplica de uma de uma linguagem televisiva chata de de planos abertos, o plano geral. E agora vem alguém na porta, plano fechado na porta, plano fechado na reação, plano fechado na EE. Isso para mim, enquanto realizador, não foi um desafio maior. 20:05 Talvez tenha sido o desafio do corte, o desafio. Do ritmo da cena, da marcação da cena. Para, por exemplo. Há uma coisa que eu digo sempre e que é verdade no pôr do sol, sempre que as pessoas pensam, vão para o pé das janelas. Porque é uma cena de novela, não é? Eu vou aqui passar ao pé de uma janela e põem, se encostadas às janelas a pensar, não é pronto. 20:21 Isso tem muita. Influência olhando para o Horizonte? Horizonte longico não é essa aquelas coisas. Portanto, isso tem muita influência dos Monty Python, tem muita influência dos dos dos Mel Brooks, da vida, et cetera, porque eu, porque eu sou fã incondicional de tudo o que surge dessas pessoas. Mas, por exemplo, se me perguntares em relação à série que eu fiz sobre o 25 de abril, o sempre já é outra coisa, já não tem, já não há brincadeira nesse sentido. 20:45 E como é que eu conto? Como é que eu conto a história das pessoas comuns do dia mais importante para mim enquanto português, da nossa história recente para mim? E, portanto, essa filtragem, essa escolha, essas decisões têm a ver com. 21:03 Eu, eu. Eu sinto que sou um realizador hoje, em 2025, final de 2025, sinto que sou um realizador que gosta que a Câmara esteja no meio das personagens. No meio, portanto, não como uma testemunha afastada. Exato, não como uma testemunha, mas como uma participante. 21:18 Pode ser um, pode ser um personagem da minha Câmara. Pode, pode. Eu lembro me quando estava a discutir com o meu diretor de fotografia com o Vasco Viana, de quem? De quem sou muito amiga e que é uma pessoa muito importante para mim. Lembro me de estar a discutir com ele. Como é que íamos abordar a Câmara na primeira série que nós assinámos coiote vadio em nome próprio que se chama, até que a vida nos cepare era uma série sobre uma família que organizava casamentos e eram eram 3 visões do amor, os avós dessa desse casal que tinha essa quinta de casamentos, que vivia também nessa quinta, esse casal de avós, para quem o amor era para sempre o casal principal nos seus cinquentas, para quem o amor está a acabar por razão nenhuma aparente. 21:56 Desgaste, talvez. O amor às vezes acaba e é normal, e em baixo os filhos. Para ela, o amor às vezes, e para ele o amor é um lugar estranho, ou seja, repara. São uma série de aforismos sobre o amor que eu vou ter de filtrar com a minha Câmara. 22:11 Portanto, a maneira como eu filmo uso a voz em que o amor é para sempre está dependente de toque da mão que se dá da dança que se surge no Jardim dele, acordar a meio da noite, sobressaltado porque ela está junto à janela, porque está a começar a sofrer. De uma doença neurológica e, portanto, ele está a sarapantado e vai ter com ela e cobra com um cobertor. 22:31 Portanto, todos estes toques diferentes. No caso do casal principal que se estava a separar, eles nunca param muito ao pé um do outro e, portanto, a Câmara tem de correr atrás de um para alcançar o outro e nunca lá chega. Há uma tensão. Sim, há sempre uma tensão. E depois nos no. No caso dos mais novos, ainda era o mais específico. Mas diria que o Vasco sugere me e se falemos os 2 sobre isto. 22:51 E se a Câmara não for entre pé? E for respirada, não é, não é não é Câmara mão agitada, mas é eu sentir que há uma respiração Na Na lente que ela está um ligeiramente abanada. É o suficiente para, se eu estiver a esta distância da personagem e a Câmara estiver mais ou menos a respirar, eu sinto que eu próprio o espetador. 23:10 Estou sentado naquele sofá a olhar para aquela pessoa, a olhar para aquele, para aquela pessoa, para aquela realidade, para aquela família, para para aquelas ideias, não é? E para essa ideia? Que se tenta explanar, em 3 gerações, o que é o amor? A pergunta mais inútil que eu tenho para te fazer é, o que raio faz um diretor de fotografia num? 23:28 Filme, então o diretor de fotografia, para quem não sabe, é é Quem é Quem. No fundo, comigo decide a estética. Da imagem, a luz, a luz acima de tudo. Eu trabalhei já com vários direitos da sociografia, de quem gosto muito. O Vasco Viana é um deles, o Cristiano Santos é outro, porque é uma porque é. 23:44 Que se gosta de um e não se gosta tanto de outro? Não. Às vezes não tem a ver com isso. Eu não me lembro de um. Talvez em novelas que tenham trabalhado com diretos de sociografia, que, enfim, que foram bons, outros nem tanto. Mas eles constroem uma estética, constroem uma luz, um ambiente. Nas séries, sim. Não é no cinema, sim. 24:00 Na televisão. Acho que é muito complicado porque. Porque se obedece a critérios, sobretudo dos canais. Que vêm com uma frase, quando eu comecei a fazer novelas, ainda estávamos a discutir se a coisa havia de serem 16:9 ou 4 por 3. Portanto, parecia que ainda estávamos a quase na Roménia dos anos 60. 24:16 EEE não estávamos e, ao mesmo tempo, estávamos muito próximos disso. EEE. No fundo, o que o diretor da fotografia faz é essa escolha da cor, da luz, do enquadramento, claro que em concordância com aquilo que eu pensei, mas é a primeira pessoa que consegue consubstanciar. 24:35 A minha visão sobre a história é isso. Olha, OOA, escolha de um plano para filmar é uma escolha moral. Também estava te a ouvir, agora a falar do 25 de abril e de e, portanto, 11. A ideia que tu tens sobre as coisas depois interfere também na maneira como tu escolhes um plano. 24:51 O que é que vais filmar ou como é que vais? Filmar, eu acho que, sobretudo, tem a ver com o eco que a história tem em ti. Não é uma coisa acética nem agnóstica. É uma coisa implicada, não é uma coisa implicada, isto é, se há uma ideia tua enquanto autor. Sobre a história, que vais esmiuçar em imagens, é mais ou menos a mesma coisa. 25:11 Que tu sabes que a Sophia de Mello breyner aprendeu gramática na escola. Eventualmente português teve aulas de português. Suspeitamos que. Sim, pronto. Aprendeu a escrever, mas ninguém a ensinou a fazer poemas. Vem dela. E essa implicação na escolha das palavras, da métrica do soneto ou do verso, et cetera, ou da ou da Quadra, ou, enfim, seja o que for. 25:30 É uma coisa que lhe vem de uma decisão. Não é de uma decisão, nem que seja do espírito, não é? Eu acho que o realizador tem a mesma função quando quando se permite e, acima de tudo, quando se assume como realizador e não um tarefeiro a mesma coisa que o ator. 25:46 Olha, como é que tu estás a falar de ficção? Obviamente, mas a ficção tem um poder secreto que é alterar a realidade ou a nossa perspetiva sobre a realidade ou não. Quando eu vejo, quando eu vejo que tu filmas uma determinada coisa num determinado prisma, com uma determinada ideia, eu, eu já quase não consigo ver a realidade como a realidade é eu, eu, eu já já tenho mais uma camada de tu vais me pondo umas lentes, não é? 26:15 Quer dizer, olha para aqui, olha para acolá. Sim, mas repara, os livros têm o mesmo poder, não é? Desde que tu te deixes contagiar com uma ideia, a arte. A arte, seja ela. Seja ela sobre a forma de uma Mona lisa ou de uma comédia, não é é essa reconfiguração do real para ser percecionada pelo outro. 26:40 E o outro pode se deixar contagiar ou não se deixar contagiar. Imagina que tu não achavas piada nenhuma ao pôr do sol? Há pessoas que não acharam piadinha nenhuma ao pôr do. Sol desligas te não vais ver? Sequer. Mas não vais ver isso? O teu real continua, ou seja, a minha. A minha pretensão com o pôr do sol não é mudar o mundo. Não é mudar, é divertir, me em primeiro lugar e achar que isto pode pode divertir. 27:02 Pessoas pode fazer umas cócegas à moda? Pode fazer cócegas à moda, aliás, pode pôr o dedo na ferida até rir. Estás a ver. Sim, porque depois tu é assim aqui. A história obviamente é engraçada. EE aquilo dá vontade de rir, mas tu gozas com todo o tipo de preconceitos e mais algum que lá estão em cima da mesa. 27:17 Claro. E esse EE aí também se tem de fazer jus ao ao texto que me chega do Henrique dias. Ou seja. Eu, o Rui e o Henrique discutimos a ideia. Eu e o Rui tínhamos uma lista extensa de tudo o que se passa em novelas, quem é a esta hora, quem é que Há de Ser no meu telemóvel, beber copos, partir, copos, cavalos, bem, famílias ricas, et cetera. 27:36 Mas depois o Henrique tem esse condão de agarrar nessas ideias e de algumas de algumas storylines que nós vamos lançando, é pá. E fazer aqueles diálogos que são absolutamente fabulosos, não é? Quer dizer, lembro, me lembrei, me. Lembro me sempre de vários, mas há uma, há um, há um apidar no na primeira temporada, que é talvez o meu plano favorito, que é um dos membros da banda que vem a correr desde o fundo do plano e que cai em frente à Câmara e diz, não, não, eu estou bem. 27:59 Dê me um panado e um local que eu fico logo bué, pronto. Isto é uma coisa muito nossa, muito proximidade, que tem graça porque tu já ouviste alguém dizer isto e pronto. E quando se tem essa, quando se tem essa junção porreira de de sentidos, de humor. 28:17 A tendência é que isso crie, crie qualquer coisa de reconhecimento. O que nós encontrámos com o pôr do sol foi um reconhecimento, é pá, surpreendeu, me surpreendeu me ao máximo e depois açambarcou nos a todos e foi a Suburbano a sobrevoou me de uma maneira assustadora, foi, imagina, eu tive um acidente de Mota pouco tempo depois da primeira temporada acabar, fui ao chão e fiquei, fiquei magoado e fiz me nada de especial, estava no hospital. 28:46 E o enfermeiro chefe dizia, sistema anel, pureza, agora vou pôr aqui um megaze, não sei quê. Ou sistema anel, pureza, não sei quê, mas assim. 11 trato espetacular. Uma coisa muito, muito solene, muito solene, e é. Pá e nas tantas ele estava a fazer o tratamento e disse assim, é pá e vê lá se tens cuidado e eu, espera aí, houve aqui qualquer coisa, houve aqui um problema na Matrix ou então não sei o que é que aconteceu e o gajo diz, desculpe, desculpa, é que eu sou de massamá e eu sei o que é que é cheirar AIC 19, todos os dias que é uma tirada do pôr do sol posso chamar os meus colegas assim? 29:12 O que é que se passa? Entraram para aí 5 ou 6 enfermeiros. Dizer é pá, obrigado. Pelo pôr do sol, por isso é convidada, portanto, Na Na enfermaria. Todo todo arrebentado. E eles todos quando em dia e eu percebi pronto, isto bateu, bateu a um nível de podemos reconciliar a televisão com uma certa cultura pop que teve alguns exemplos extraordinários na comédia ao longo da nossa história. 29:34 Temos o Raul solnado, temos o Herman José, temos Oo Ricardo Araújo Pereira e o gato fedorento, o Bruno Nogueira. Esses. Esse, atualmente, o Bruno Nogueira e o Ricardo Araújo Pereira continuarão a? Fazer são fundações, no fundo, são coisas que a gente olha e diz assim, uou. Eu acho que experimentei um bocadinho disso. Ele experimentava esta equipa, experimentou um bocadinho disso, quando de repente temos pá, um Coliseu de Lisboa cheio para ver uma banda que está a fazer playback. 29:56 Nós fizemos isso com Jesus Cristo, não é? A banda do pôr do sol foi tocar, não tocou nada, ninguém deles. Nenhum dos tocou, não sabem tocar e. Esgotámos OOO Coliseu para ouvirmos uma cassete em conjunto e as pessoas foram. Para participar num episódio ao vivo que não era episódio, não estava a ser. Filmado sequer tu vendeste, tu vendeste uma fantasia que toda a gente sabe que não existia, mas a ideia de comunhão. 30:16 Foi nessa narrativa e eu acho que isto é uma coisa que nos anda a faltar cada vez mais, não é? Nós nós não temos essas comunhões. Tu vês uma série? Ou melhor, é mais frequente teres um diálogo com um amigo e diz assim, pá, tens de ver aquela série, não sei quê, é espetacular, não sei quê quantos episódios, viste? Vi meio, mas é espetacular. 30:32 E já não é aquela coisa de Bora fazer um? Serão lá em casa, em que juntamos amigos e vemos um filme? Como aconteceu antigamente, antes da televisão se alinear? Antes de antes da da televisão te permitir uma ilusão de poder da escolha, não é? Eu agora escolho o que vejo. E a televisão morreu? Nada, não. 30:49 Nem vai morrer. É como a rádio morreu, não é? Quer dizer, a gente volta e meia a rádio a. Rádio a rádio tem mais vidas que um gato. Não é pronto porque a rádio foi ver o apagão, não é? O apagão foi uma. O apagão foi um delírio. Apagou tudo para. Os da rádio? Claro, claro. Evidentemente, isso era o que havia. E isso é extraordinário, porque isso faz, nos faz nos perceber que a volatilidade das das novas tecnologias etcétera, pá, é porreiro, é óbvio. 31:11 Então agora temos aqui 2 telemóveis, estamos anão é? Estamos aqui a filmar. Temos boa parafernália, mas mas. No limite. Naquele momento em que achávamos todos que a Rússia atacar e não era nada disso, o que queríamos era ouvir alguém a falar. Connosco o fenómeno dos podcasts como este é eu, eu dou por mim assim que é. 31:30 Eu gosto de ouvir pessoas à conversa, porque me acalma e me baixa o ritmo do scroll. Há uma. Música, não é? E é EEEE, aprendes qualquer coisa. E por isso é que eu gosto de pessoas. Estás a ver quando eu, eu houve uma vez 11 coisa que me aconteceu que eu acho que que é pá, que eu nunca mais me esqueci, que foi um amigo meu. 31:48 Que, entretanto, nunca mais falámos, é um facto. As histórias foram para os sítios diferentes, mas um dia entrou me para casa, à dentro. Eram para aí 10 da noite e diz me assim, preciso de conversar. E perguntei, lhe mas o Gonçalo de quê? Não, pá de nada, preciso só de conversar. Tens tempo para conversar e eu fiquei. 32:07 Isso é uma grande declaração, isto é. Extraordinário. Pouco tempo depois, estava em Angola a fazer uma série, uma novela. Perdão, uma. A melhor novela que eu fiz na vida é que foi uma novela para Angola, uma coisa chamada jikounisse. E há um assistente meu, Wilson, que chega 2 horas atrasado ao trabalho, é pá e era um assistente de imagem, fazia me falta. 32:25 Ele chega, Ah, presa, peço desculpa, cheguei atrasado e tal só para o Wilson 2 horas atrasado, o que é que aconteceu? Tive um amigo que precisou de falar e eu juro te que me caiu tudo, eu não lhe. Eu quero ter um amigo assim, eu não. Posso, sim. Eu não me lembro disto acontecer em Portugal. 32:42 Para mim, disse. Para mim mesmo, eu não me lembro. De. De. De dar prioridade a um amigo em detrimento do trabalho. Porque o trabalho me paga as contas e os filhos e não sei quê. E o ritmo e a carreira. E eu reconheci me e de repente há um amigo meu que precisa de conversar. 32:58 Estamos a ouvir pouco. Então, não estamos eu acho que estamos. Estamos mesmo muito. Temos mesmo muito a ouvir, a ouvir muito pouco, acho mesmo, acho mesmo. Isso isso aflige me sobretudo porque há um, há um é pá. Eu estou sempre a dizer referências, porque eu, de repente, nestas conversas, lembro me de coisas. O Zé Eduardo agualusa assina 11 crónica, creio no público há, há uns anos, largos da importância de, de, de, de de fazer mais bebés, porque o mundo está tão perdido que só trazendo gente boa, muita gente boa de uma vez em catadupa. 33:29 É que isto melhora e eu acho, essa visão. Uma chuva de. Bebés uma chuva de bebés, mas de, mas de bebés bons, de bebés, inquietos, de bebés que fazem birras pelas melhores razões de bebés, que brincam sem computadores, sem coisas que que se que chafurdam na, na lama, et cetera, fazem asneiras. 33:45 Sim, sim, eu, eu, eu gosto muito de ser pai, mais até do que ser realizador, gosto muito de ser pai e acho que isso é é precisamente por essas, pelos meus filhos, claro que são os meus, mas se tivesse, se houvesse outras crianças. De que eu tomasse conta? Acho que era isso que é. 34:01 Tu perceberes que até uma certa idade nós não temos de nos armar noutra coisa que não ser só crianças. E acho que eu pessoalmente, acho que tenho 41 anos e às vezes sinto uma criança perdida até dizer chega EE, acho que pronto. 34:18 Enfim, o tempo vai adicionando, adicionando te camadas de responsabilidade. Agora temos temos de saber mexer microfones, inverter a água, et cetera, e meter fones, et cetera. Mas, no fundo, somos um bocado miúdos perdidos a quem? A quem se chama pessoas adultas porque tem de ser, porque há regras, porque há responsabilidades e coisas a cumprir. 34:35 Acho que só o Peter Pan é que se conseguiu livrar dessa ideia de poder. Crescer, coitado. Já viste? Pois é mesmo o Peter Pan sem andar com aquelas botas ridículas também. Exato. EE, qual é? Sabemos. E o capitar, não é? Pensando bem, a história dramática é o que quando estás com neuras a tua vida é um drama refugias te na comédia fechas te de ti próprio. 34:55 Não queres falar com ninguém? Quando estou com. Que é frequente é. Frequenta é? Então, o que é que te bate? O que é que te faz o. Que me bate é nos dias que correm e não só não conseguir tocar à vontade na minha função enquanto artista. 35:15 Isto eu vou te explicar o que é. Os artistas não precisam de ser de um quadrante político ou de outro. Eu eu sou de esquerda, assumidamente de esquerda. EEE, defenderei até à última este esses ideais. Ainda à esquerda, direita. Há, há, há. Eu acho que há, há. É cada vez menos gente com quem se possa falar de um lado e de outro. 35:32 Há uma. Polarização sim, sim, porque porque, enfim, isso são são outras conversas, mas o os artistas, no meu entender, estão a perder a sua perigosidade isso enerva me, ou seja, eu às vezes sinto que não estou anão, não estou a transgredir. 35:49 Não estou a ser perigoso, não estou a questionar, não estou. Estou a ir ao sabor de uma coisa terrível, que é ter de pagar as minhas contas. É o rame. Rame mais do que isso é eu deixar me levar pela corrida que é. Tenho de ter mais dinheiro, tenho de conseguir a casa, tenho de conseguir a escola dos putos tenho, não sei quê. 36:07 Devias ser mais um moscado, aquele que que dava umas picadelas aqui à. Eh pá devia questionar. Devia. Os artistas são se nasceram para isso e eu se me se eu me considero artista e às vezes isso é difícil. Dizer isso de mim, de mim para comigo. Eu imagina o Tiago Pereira, o Tiago Pereira que anda AA fazer um acervo da música portuguesa, a gostar dela própria, pelo pelo país todo, com gente antiga, com gente nova, com com gente toda ela muito interessante. 36:36 A importância de um Tiago Pereira no nosso, no nosso país, é é inacreditável. Quantas pessoas é que conhecem o Tiago Pereira? E, pelo contrário, não estamos focados Na Na última Estrela do ou do TikTok ou do big Brother ou de outra coisa qualquer. 36:51 Até podia ser uma coisa boa, estás a ver? Ou seja. Complementar uma coisa e outra. Sim, ou seja, eu, eu. A coisa que mais me interessa é saber quem é que com 20 anos, neste momento está a filmar em Portugal e há muita gente boa. Tu vês os projetos da RTP play e da RTP lab? E é gente muito interessante. Então, e porque é que? 37:06 Nós não estamos a estornar essa gente? E a e a potencial? Porque, porque a corrida? É mais importante, ou seja, tu queres a. Corrida dos ratos Na Na roda. É e é coisa de chegar primeiro, fazer primeiro, ganhar mais que o outro, não a solidariedade é uma, é uma fraqueza AA generosidade é uma fraqueza aplaudires alguém que é teu par é mais, é mais um penso para a tua inveja do que propriamente uma coisa de quem é que ganhamos? 37:34 Todos vamos lá. OOOO rabo de peixe, por exemplo, é um é um caso lapidar nesse sentido. Que é o rapaz? É extraordinário. É extraordinário neste sentido, eu? Posso? A primeira série é uma pedrada No No charco, que é uma coisa mágica o. 37:50 O Augusto Fraga, que é uma pessoa que eu, de quem eu gosto bastante e conheço o mal, mas gosto bastante, assina uma série que a primeira coisa que foi vista sobre essa série, ainda que estivéssemos a com 35000000 de horas ou 35000000 de horas, sim, vistas por todo o mundo. 38:08 Ah, não sei quantas pessoas, minhas colegas, tuas colegas, enfim, colegas de várias pessoas que estão a ver este mote caso dizem assim, ó, mas eles nem sequer fizeram o sotaque açoriano. Ah, e aquela e aquela ideia de não contrataram só atores açorianos? Pronto, sim, vamos ver uma coisa, porque porque é que vamos sempre para essa zona precisamente por causa da corrida, porque isto é importante. 38:32 A inveja é lixada? Nada. Fraga sim, a inveja é lixada e mais do que isso, esta inveja. É patrocinada pelo sistema, o sistema, o sistema sublima. Quando nós achamos que quem, quem, quem é nosso inimigo é quem faz a mesma coisa do que nós, nós temos menos de 1% para a cultura neste país. 38:50 E quando há dinheiro, quando há dinheiro, nós andamos a tentar queimar o outro para conseguirmos chegar ao dinheiro, ou seja, perante as migalhas. Nós não nos organizamos, a dizer assim. Pá a mão que está a dar as migalhas é que está errada. 39:05 Não. O que acontece é não. Mas eu já discutimos isso. Primeiro eu preciso de de amoedar as migalhas para mim e depois então discutimos, é uma. Corrida mal comparado de esfomeados. É, mas em vários. Mas é. Não estou a ver só na cultura, não é? Não é só na cultura. E. Já dizia o Zé Mário branco, arranja me um emprego. 39:22 O Zé Mário branco dizia tanta coisa tão mais importante, tão tão tão importante nos dias que correm, o Zé Mário branco, enfim. Mas eu até diria que isto, que este país que é pequeno. Que é pequeno em escala. Que é pequeno, que é pequena escala. 39:39 Podia ver nisso uma vantagem. Podíamos ver nisso uma vantagem, porque eu acho que o país somos nós e acho que as pessoas não. Não temos essa noção, não é EE essa e essa noção de que não dedicamos tempo suficiente a estarmos uns com os outros e de ligarmos as peças boas e de tornar isto uma coisa mais interessante, claro. 39:57 Interessa me, interessa me. Muito há uma cultura de mediocridade, não? Isso eu acho que não, o que eu acho é que há. Ou melhor, como é que se compatibiliza esse essa corrida dos ratos na roda, em busca da última migalha com coisas de excelência que subitamente aparecem? 40:13 Eu acho que quando tu sentes que isso é um acidente, rapaz, isso é um acidente, não é? É um acidente. Antes tinha tinha havido o Glória e nós tínhamos achado. Tio Glória era a primeira coisa da Netflix. Parece um bocado aquela coisa de o ator que é pá. 40:29 Eu sou um grande ator. Eu fiz uma formação no Bahrain para aprender a ser a fazer de post. Foi uma formação de meia hora, chega cá e dentro e vai dizer assim, é pá. Este gajo é bom meu. O gajo esteve no barrain. Vende-se bem este. Gajo é bom, não é? E de repente não. Ele esteve no barém a fazer de post e é melhor do que um puto que veio da PTC ou 11 miúda que veio da STCE está a tentar vingar. 40:50 Eu tive agora uma conversa por causa da da dos encontros da GDA para para o qual foi foi gentilmente convidado e foi foi incrível estar à conversa com Malta nova. Não é assim tão nova quanto isso, mas Malta entre os 25 e os 35 anos, atores e atrizes, em 4 mesas redondas em que IA assaltando eu, o António Ferreira, a Soraia chaves e a Anabela Moreira, é pá EEAEA dúvida é a mesma de que se houvesse uma mesas redondas de veterinários, de veterinários ou de médicos, ou de ou de assistentes sociais, que é como é que eu começo isto? 41:20 Como é que eu faço isto? Qual é o percurso, onde é que está? O repente GDA faz uma coisa incrível que é, vamos pôr as pessoas a conversar. É um bom início, pá, é um. Excelente início. E nós não andamos a fazer isso, não andamos a fazer isso, por mais associações que haja, por mais coisas, et cetera. E há gente a fazer este, a tentar fazer este trabalho. 41:38 Não há um sindicato da minha área que funcione. O sindicato dos criativos pode ser então? O sindicato, o Sena, o sindicato Sena. As pessoas queixam se que não é um sindicato, mas não estão nele. Quando eu digo que não há um sindicato, é o sindicato, existe. As pessoas é que não vão para lá e queixam se das pessoas que lá estão. 41:55 Isto não faz sentido nenhum. Ou seja, nós estamos sempre à espera que nos dêem. Mas é aquela coisa velha, essa coisa que foi o Kennedy, que disse não é não, não perguntes. O que é que o teu país pode fazer por ti? Pergunta te, o que é que tu podes fazer pelo teu? Portanto, não temos uma mecânica por um lado de devolução à sociedade daquilo que nós estamos AA receber e, por outro lado, de de agregação, num interesse comum, ou numa imaginação comum, ou em alguma coisa que podemos fazer juntos. 42:17 Eu, eu acho que, sobretudo, tem a ver com celebramos? Não, acho que não. Até porque é tudo uma tristeza, não? É, não, não, não. Eu acho que é assim. Eu acho é que é tudo muito triste porque não nos celebramos. Porque há razões enormes para nos celebrarmos, há razões mesmo boas, para nos celebrarmos. Bom, mas eu não quero deprimir te mas um tipo que chuta 11 coisa redonda de couro e que acerta numa Baliza é mais valorizado do que um poeta que escreveu o poema definitivo sobre o amor ou sobre a vida? 42:43 Mas isso, pão e circo? Isso pão e circo. E isso a bola também é importante. E está tudo bem? Eu sou. Mas tão importante. Não é? Porque eu eu gosto de futebol, gosto. Eu gosto de futebol, sou um, sou um. Sou um fervoroso adepto da académica de Coimbra e do. Falibana do Benfica, da da académica, sou da académica. 43:00 Está péssima, não é? A académica está terrível, mas é isso. Ou seja. Eu acho que tem, Maura continua, tem? Maura, claro. E terá sempre. Eu sou, sou, sou da briosa até morrer, mas. Mas de qualquer das maneiras, sinto que essa coisa que é, há espaço para tudo. Eu acho que eu o que faz falta? E animar a Malta? 43:17 É educar a Malta? É educar a Malta. Faz muita falta. Eu acho que faz muita falta a educação neste país. E isso tem a ver com política, tem a ver com escolhas, tem a ver com coragem. EAAA educação não tem sido muito bem tratada nos últimos tempos. 43:35 Se há gente que se pode queixar são os professores e os. Alunos, porque nós só descobrimos daqui a 10 anos ou 20 que isto não correu bem. Claro, mas já estamos a descobrir agora, não é? Depois, já passaram algum tempo sim. Quais é que são as profissões de algumas das pessoas que estão no hemiciclo que tu reconheces profissões não é? 43:52 De onde é que vêm? Vêm das jotas vêm. São juristas, normalmente economistas, certo? Mas um médico. Há um ou 2? Há um ou 2, há alguém que tu, um professor? Deixa de ser atrativo. A política devia ser essa coisa de eu reconhecer. 44:10 Figuras referenciais. Os melhores entre nós que que escolhidos para liderarmos, sim. Escolhidos por nós. Ou seja, porque é que eu acho isto? Mas eu acho isto desde sempre, sempre, sempre. Eu sei isto. Aliás, eu venho de uma casa que é bastante politizada. A minha casa, a minha família é bastante politizada. O apelido. 44:27 De pureza não engana. Pois não engana. Às vezes acham que ele é meu irmão, mas é meu pai. EE pá é um gajo novo. De facto, é um gajo novo. Mas é isso que é caneco. Quem são estas pessoas? Porque é que eu vou votar nestas pessoas, estas pá. A prova agora de Nova Iorque não é 11 Mayer de 34 anos, chamado zoranmandani, que de repente ganha as eleições sem os mesmos apoios, que teve outro candidato. 44:50 Não houve Bloomberg, não houve Trump, não houve nada. Houve um tipo que veio falar para as pessoas e dizer lhes o que é que vocês precisam, de que é que precisam, o que é que vos aflige, de que é que têm medo, que sonhos é que vocês têm? Isso é tão importante e tão raro. 45:06 Afinal, o método que funciona sempre não é fala com pessoas, conta uma história ou houve cria uma expectativa? Olha, porque é que o humor explica tão bem o mundo? Eu sei, também há o choro, porque é que o humor explica tão bem? Porque tudo pode ser ridículo. E é e é tão ameaçador, não é? 45:22 Claro, claro, claro. Olha o Rio, vai nu. Exatamente tal e qual tem a ver com isso, não é? E mais do que isso, é eu, eu acho. Eu sinto que nós vivemos num país que não tem assim tanto sentido de humor. E explico porquê nós não nos rimos tanto de nós. Rimos mais dos outros quando nos rimos de nós? 45:39 É é tipo, Ah, então, mas mas estão a falar de mim. Rimos de escárnio. Sim, os os melhores, as melhores pessoas, as melhores pessoas portuguesas a terem sentido humor são os alentejanos. Porque são eles que têm as melhores notas sobre eles. Que eles próprios contam? Exatamente quando tu tens um. 45:54 Eu não sou lisboeta, portanto, posso dizer mal à vontade de vocês todos que estão a ouvir. Quando o lisboeta disse assim também. Sou alto minhoto, portanto, já estamos. Estás à vontade, não é pronto quando o lisboeta disse. Tudo que seja abaixo, abaixo, ali do cavado é soul. É soul? Exatamente. Está resolvido, pá. A minha cena é coisa do quando o lisboeta diz, tenho aqui uma nota sobre alentejana dizer, Hum. 46:11 A minha família toda alentejana, pá. Não, não acho que acho que não é bem a coisa eu diria isso, ou seja, porque é que o amor explica tão bem o mundo, explica no sentido em que, de facto, isto esta frase não é minha, é do Henrique dias. E ele acho que acho que ressintetiza isto muitíssimo bem. O argumentista do pôr do sol, que é tudo, pode ser ridículo. 46:28 O gajo da bola de couro, um círculo de de de couro que é chutado para uma Baliza, é tão ridículo como é eventualmente alguma. De algum ponto de vista sobre a religião, sobre a política, sobre a economia, sobre os cultos? 46:46 Não é os cultos pessoalizados em líderes que de repente parece que vêm resolver isto tudo e são ridículos. Quer dizer, são ridículos acima de tudo. O mito do Salvador da pátria. O mito do Salvador da pátria não é? Depois ficou substanciado em 60 fascistas. Isso é para mim. Era expulsos ao ridículo. 47:02 Incomoda os imensos. Mas a gente já viu isto em vários momentos, desde momentos religiosos até momentos políticos que é. E este vem lá ao Messias, vem lá ao Messias. E o cinema português também. O próximo filme vem sempre salvar isto tudo. E é só um filme percebes o que eu estou a dizer? Ou seja, não. 47:18 Este é que é o filme que toda a gente vai ver e vai rebentar com as Caldas. Não, não tem de ser assim, é só um filme. Só me lembro da Branca de Neve, do João César Monteiro, não é que filmou uma coisa para preto, para negro? Sim, mas mais do que isso, estava a falar de termológica comercial que é, os exibidores estão sedentos? 47:35 Que venham um filme que faça muitos números e que salve o cinema, et cetera. A pressão que se coloca, se fosse fácil fazer um filme desses, até eles próprios administradores teriam ideias. Sim, faz mesmo. A campanha viral lembro me sempre é. Faz uma coisa que vai ocupar toda a gente vai falar exatamente e que vai ser uma coisa. 47:51 Extraordinária. Um escândalo, no melhor sentido. Não sei quê, não sei quê e depois não acontece porque não é assim que as coisas não é, as pessoas não vão, não vão. Nessas modas, aliás, as pessoas estão cada vez mais dentro. O paradoxo é que as pessoas estão cada vez mais exigentes. O que é bom? Sim, mas dentro desta lógica que temos falado, que é tiktoks, et cetera, volatilidade é uma coisa superficial e de repente já nem tudo cola. 48:12 O humor repara o humor. O Bruno Nogueira, por exemplo, é um bom exemplo disso que é o Bruno Nogueira faz 111 programa extraordinário vários. Faz os contemporâneos, faz o último a sair, depois faz o princípio meio e fim, que é uma coisa arrojadíssima. Sim, ele faz coisas sempre diferentes. 48:28 Não é ele. Ele. Ele quebra os padrões sempre. Mas se reparares agora, neste, no, no, no ruído, ele já não é a mesma coisa. É um programa de Sketch que tem lá uma história que num tempo distópico em que. Sim, mas aquilo resolve se a um conjunto de de Sketch e as. 48:45 Pessoas aderiram massivamente, portanto, eu acho que isto é assim. A roda vai dando voltas. Depois voltamos um bocado à mesma coisa. O Herman, por exemplo, o Herman que é um dos meus heróis da televisão. O Herman andou por todas essas ondas e agora está numa onda de conversa e tudo mais. 49:04 E continua a ter imensa. Graça mas ele pode fazer tudo o que? Quiser, não é? Pode. Chegou este mundo do mundo para poder fazer tudo. Sim, talvez não chegue a todas as gerações como chegava. Não é dantes. Eu lembro me, por exemplo, No No no célebre Sketch da da última ceia, não é? 49:20 Ele chegou a todas as gerações, houve umas gerações que odiaram isso foi incrível, eu adorei, eu adorei esse momento iá, e ele é também um dos meus heróis por causa desse momento, porque, porque, enfim, porque qual que lá está transgressor, perigoso artista? 49:38 O Herman é tudo isso sim. Pode a qualquer momento fazer dinamitar isto olha fora o humor, tu tens, posso chamar lhe maturidade emocional entre o felps e os infanticidas. O que, o que muda no teu olhar quando quando tu transpassas da comédia para, para, para o drama, o humor e a dor são são irmãos. 49:58 O sim, diria que sim, mas mais do que isso, é há coisas que me que me inquietam, não é? Eu com 41 anos e 3 filhos, EEE uma história já muito porreira. O que? É que te inquieta. Várias coisas. Olha esta coisa da do dos artistas, esta coisa da sociedade portuguesa, esta coisa de o que é que é ser português em 2025, o que é que é ter 41 anos em 2025? 50:21 A amizade, a amizade inquieta me há amigos que desaparecem e não é só porque morrem, há há. Há outros que desaparecem porque. Perdemos lhe o rasto. Ou isso, ou porque nos zangamos EEA coisa vai de vela e é assim. E a vida é dinâmica e. E às vezes questiono, me, não é? 50:37 Questiono me sobre quanto é que vale uma amizade, por exemplo, os enfatisídeos é sobre isso, não é? Ou seja, 22 amigos de 2 amigos de infância que aos 17 anos dizem, se aos 30 anos não estivermos a fazer aquilo que queremos fazer, matamo nos daquelas promessas adolescentes e de repente um deles apaixona se e casa se. 50:57 E ele às vezes não quer morrer e a amizade vai à vida. E aquele que ficou para sempre com 17 anos, que sou um bocado eu, não é? Porque eu acho os problemas aos 17 anos é que são os verdadeiros problemas da existência humana. Os outros são chatices da EDPE da epal estás a ver isso? São outros chatices pagar as contas, pagar contas é só isso, porque tudo o resto é só o que é que eu estou aqui a fazer? 51:17 Porque é que eu me apaixonei, porque é que ninguém gosta de mim, porque é que essas coisas são tão ricas, são tão boas de testemunhar eu tenho. Tenho um exemplo incrível de ter 11 filho extraordinário chamado Francisco, que tem 14 anos e que tem umas inquietações muito. 51:34 Muito boas pá, muito, muito poéticas, muito. É uma idade difícil. E boa. E tão boa. E tenho. Tenho muita sorte. Francisco é um miúdo incrível. Mas mesmo que não fosse, eu diria assim. Para ele e tu e tu estimulas ou acalmas as ânsias dele. Eu eu acho que sou eu e a mãe dele, acho que somos estimuladores da sua, das suas várias consciências, social, política, artística. 52:02 Mas temos uma, o respaldo que encontrámos naquele naquele ser humano, foi maior do que qualquer um incentivo que nós pudéssemos dar. Ou seja, nós lançámos um bocadinho, as paisadas para os pés dele e ele de repente floresceu. E é hoje em dia uma pessoa é um ser humano extraordinário e pronto. 52:19 E eu costumo dizer aos meus amigos que o primeiro filho muda a nossa vida, o segundo acaba com ela, uma terceira. Esta turística, sim, é pá. Eu acho que os 3 deram um cabo da minha vida. É uma dinâmica diferente, não é? 3. É, é ainda por cima estão os passados, não é? Um tem 14, outro tem 3, outro tem 1 ano e meio e para o ano provavelmente quero ter mais um filho, porque acho que é lá está eu estou com água, luz a tatuar aqui, algures, portanto, tu. 52:43 Vais salvar o nosso problema de de de naturalidade e demográfico. Eu espero que sim, eu já sou Oo chamado povoador dos olivais. Portanto, vão para sim, sim, olha o que é que te falta fazer para fecharmos o que é que anda o que é que andas a escrever o que é que anda, o que é que te anda a inquietar o que é que te anda aí a. 53:01 Debaixo do teu olho. Olha, estou concorri a uma bolsa para escrever um livro. Pode saber sobre o quê? Sim, sim, é um filme que eu não, que eu não tenho dinheiro para fazer e, portanto, vou fazer o livro. E depois pode ser que o livro reúna. E os bons livros dão sempre grandes filmes. 53:17 Ao contrário, os maus livros, eu sei que eu sei que vou ser fraquinha e, portanto, os maus livros dão bons filmes, os bons livros. Portanto, a tua expectativa é que o livro seja mau que é um grande filme? Sim, sim, não. Mas pelo menos seja seja livro. Isso é importante. Eu gosto imenso de livros. Gosto imenso de ler. É das coisas que eu mais gosto de fazer, é de ler. Fiz isso candidatei me EE. 53:33 Entretanto, estou a preparar uma série de outro género, completamente diferente, que é uma série de de fantástico de terror, escrita por 5 amigos, de que eu tenho muita estima. Por quem tenho muita estima, o Tiago r Santos Oo Artur, o Artur Ribeiro, o Luís Filipe Borges, o Nuno Duarte e o Filipe homem Fonseca. 53:51 Que é uma série chamada arco da velha, que terá estreia na RTPE, que se passa entre Portugal e a galiza e também vai ter uns toques de Brasil. E estou também a preparar outro projeto lá mais para a frente, que é provavelmente os projetos que eu mais quero fazer na vida até hoje, que estou a desenvolver com a Ana Lázaro, com a Gabriela Barros e com o Rui Melo. 54:13 É impossível falhar, já ganhaste. Completamente impossível falhar porque esta ideia original é da Gabriela e do Rui. Ei, e eles vieram ter comigo. E eu fiquei para já muito conten

netflix tiktok donald trump hollywood brothers european union portugal desde matrix os estamos brasil rio antes era hist quando qual uma quer ent bloomberg espero tudo rom ia esse ant sim nas sol ele depois agora vem aa tamb deus isso ao pelo aaa quais mois parece david lynch ainda foi malta fazer sem muito herman sabemos reden seja fala monte peter pan falamos primeiro gpt espera claro anal pereira perd tens monty python temos nem pronto muitas pois ei mayer sketch ee bora assume no no ferreira angola chegou esperan num conta bahrain lisboa essas falar bom liberdade tiago contar talvez pensando gra podem mel brooks vasco quase quero estou tenho esses imagina pouco fonseca faz mello inf posso vende deixa realiza obrigado voltamos isto henrique quantas sou influ dali gon benfica messias corrida olha neve portanto hum filipe dizer jesus cristo vontade excelente enfim crescer monteiro mota obviamente estrela acho nenhum gosto coimbra horizonte jardim jeito completamente pergunta fellini houve oo extraordin pureza branca perdemos regra franca rui nova iorque tive tornou alunos eram caldas gda evidentemente rtp beb fiz naquele ptc queres fraga na na ouvimos oooo rame viu escutar deles aic polariza rir atores voltei exatamente cresceu aprendeu nessas oka eee devia filma lembro quadra eventualmente complementar independentemente conseguem eea pensei o rei le coliseu soraia eeo imaginem filmar ricardo ara eeee entraram filmado connosco bruno nogueira gajo eeeee tiago pereira exato herman jos rimos cristiano santos aact ooa gabriela barros
Bate Pé
O futuro nas mãos do Rui, Fada dos dentes ou Pai Natal? Inimigos do fim, Tivemos um date, Viajar para comer, Coisas que tiram sensualidade

Bate Pé

Play Episode Listen Later Nov 23, 2025 42:45


Um episódio cheio de novos conceitos: ir a Leiria só para comer pizza, arrancar dentes de leite com a ajuda de uma porta, Pai Natal a sair do exaustor e ainda terapia de amizade. Será que nos devemos esforçar para ser uma boa companhia ou devemos ser naturais e deixar-nos levar pela vibe, pelo mood, pelo love? Fomos ter um date e o Rui ficou responsável por tudo nessa noite, tentamos ainda perceber como funciona o cérebro de inimigos do fim. Ajudam-nos?REDES SOCIAISMafalda Castro: https://www.instagram.com/mafaldacastroRui Simões: https://www.instagram.com/ruisimoes10Bate Pé instagram: https://www.instagram.com/batepeclipsBate Pé Tiktok: https://www.tiktok.com/@bate.pe#MafaldaCastro#RuiSimõesAPOIOSEste podcast tem o apoio do ActivoBank

Analytic Dreamz: Notorious Mass Effect
“XLOV - 엑스러브 'BIII:-P' MV"

Analytic Dreamz: Notorious Mass Effect

Play Episode Listen Later Nov 14, 2025 6:48


Linktree: ⁠https://linktr.ee/Analytic⁠Join The Normandy For Additional Bonus Audio And Visual Content For All Things Nme+! Join Here: ⁠https://ow.ly/msoH50WCu0K⁠Segment 92 of Notorious Mass Effect by Analytic Dreamz drops a full breakdown of XLOV's latest MV “Biii:-P,” released November 13, 2025. Analytic Dreamz dives deep into K-pop's first self-proclaimed genderless boy group (Wumuti, Rui, Hyun, Haru under 257 Entertainment) and their bold hyperpop sub-title track from the debut mini-album UXLXVE. Explore the chaotic digital sound, heavy bass, glitchy synths, and playful rebellion that define the song, plus the MV's striking color-shifting visuals, androgynous styling, and seamless masculine-feminine fashion blend. Analytic Dreamz analyzes early fan and critic reception (mixed-positive with strong queer and international appeal), current streaming growth driven by Boys Planet alumni visibility, and why the genderless concept is fueling viral engagement despite minimal traditional chart or sales impact only nine days post-album release. Perfect for fans tracking 2025's most boundary-pushing rookies. Support this podcast at — https://redcircle.com/analytic-dreamz-notorious-mass-effect/donationsAdvertising Inquiries: https://redcircle.com/brandsPrivacy & Opt-Out: https://redcircle.com/privacy

Silver Screen & Roll: for Los Angeles Lakers fans
FULL: Lakers get right against Hornets; Rui continues insane offensive start; Austin's impact

Silver Screen & Roll: for Los Angeles Lakers fans

Play Episode Listen Later Nov 11, 2025 61:59


Anthony is joined by Raj to break down that kinda/sorta important win from last night. The Lakers needed to bounce back and do so soundly. For the first half of the game, it didn't look like it was definitely going to happen, then they finally started defending in the second half. The guys talk Rui's shooting, Austin's impact, Luka Ball and more. To learn more about listener data and our privacy practices visit: https://www.audacyinc.com/privacy-policy Learn more about your ad choices. Visit https://podcastchoices.com/adchoices

Practice Portuguese
Verdade Ou Mentira?

Practice Portuguese

Play Episode Listen Later Nov 11, 2025 7:28


Who's the better liar, Rui or Joel?

Bate Pé
Guia para escolher terapeuta, Pedir dinheiro para casar, Mentir sobre terapia, Top 5 de Pão, Desafio futebolístico, Pedir conselhos a Rui, Cuidar de Tamagotchi

Bate Pé

Play Episode Listen Later Nov 9, 2025 42:22


E se vos pedíssemos um euro para irmos a Ibiza? Davam? E 5 cêntimos? É que não sei se como sociedade já reparamos que já nada custa 5 cêntimos. Mas mesmo nada. Isso irrita-vos? Deitem cá para fora. Neste episódio temos confissão de mais uma mentira de Mafalda, julgamos uma influencer e também um nome muito especifico de um jogador de futebol. Falamos da lista de compras e de como Rui consegue falhar sempre numa coisa e ainda de como consegue também falhar REDONDAMENTE a dar conselhos.

Destino Saudade
T4, Ep. 9 | Um Fenómeno: «O Ronaldo é o meu jogador favorito do século XXI»

Destino Saudade

Play Episode Listen Later Nov 6, 2025 64:57


Jogador que mais impressionou o Rui M. Tovar no século XXI? Esqueçam Cristiano e Messi. A resposta é Ronaldo, o Fenómeno, e o Rui vai muito bem servido. O que teria sido este avançado se não fossem as gravíssimas lesões? Um episódio desenhado a arrancadas, travagens e simulações no Destino: Saudade.

New Life Alvik Church Podcast
Transforming our world with hope.

New Life Alvik Church Podcast

Play Episode Listen Later Nov 5, 2025 22:44


Transforming our world with hope.  Rui de Sousa

Zurich Insurance
Por ti - Rui Unas: Criatividade como fonte de bem-estar

Zurich Insurance

Play Episode Listen Later Oct 28, 2025 30:09


Neste episódio do podcast "Por ti", mergulhamos no universo de Rui Unas. O ator, comediante e apresentador revela como é viver sob os holofotes, a constante batalha entre a figura pública e o lado mais privado. Numa conversa sem filtros, Rui fala sobre o estigma que o fez evitar pedir ajuda, a vergonha de parecer "fraco" e como o desporto, a meditação e a filosofia se tornaram os seus maiores aliados.Assista à segunda temporada do podcast "Por ti" nas plataformas de podcast, nos canais de comunicação da Zurich e ao conteúdo original publicado no Expresso online.

Kings and Generals: History for our Future
3.173 Fall and Rise of China: Fall of Wuhan

Kings and Generals: History for our Future

Play Episode Listen Later Oct 27, 2025 39:27


Last time we spoke about the beginning of the Wuhan Campaign. As Japanese forces pressed toward central China, Chiang Kai-shek faced a brutal choice: defend Wuhan with costly sieges or unleash a dangerous flood to buy time. The Yellow River breached its banks at Huayuankou, sending a wall of water racing toward villages, railways, and fields. The flood did not erase the enemy; it bought months of breathing room for a battered China, but at a terrible toll to civilians who lost homes, farms, and lives. Within Wuhan's orbit, a mosaic of Chinese forces struggled to unite. The NRA, split into competing war zones and factions, numbered about 1.3 million but fought with uneven equipment and training. The Japanese, deploying hundreds of thousands, ships, and air power, pressed from multiple angles: Anqing, Madang, Jiujiang, and beyond, using riverine forts and amphibious landings to turn the Yangtze into a deadly artery. Yet courage endured as troops held lines, pilots challenged the skies, and civilians, like Wang Guozhen, who refused to betray his country, chose defiance over surrender. The war for Wuhan was not a single battle but a testament to endurance in the face of overwhelming odds.   #173 The Fall of Wuhan Welcome to the Fall and Rise of China Podcast, I am your dutiful host Craig Watson. But, before we start I want to also remind you this podcast is only made possible through the efforts of Kings and Generals over at Youtube. Perhaps you want to learn more about the history of Asia? Kings and Generals have an assortment of episodes on history of asia and much more  so go give them a look over on Youtube. So please subscribe to Kings and Generals over at Youtube and to continue helping us produce this content please check out www.patreon.com/kingsandgenerals. If you are still hungry for some more history related content, over on my channel, the Pacific War Channel where I cover the history of China and Japan from the 19th century until the end of the Pacific War. In the last episode we began the Battle of Wuhan. Japan captured Anqing and gained air access to Jiujiang, Chinese defenses around the Yangtze River were strained. The southern Yangtze's Ninth War Zone held two key garrisons: one west of Poyang Lake and another in Jiujiang. To deter Japanese assault on Jiujiang, China fortified Madang with artillery, mines, and bamboo booms. On June 24, Japan conducted a surprise Madang landing while pressing south along the Yangtze. Madang's fortress withstood four assaults but suffered heavy bombardment and poison gas. Chinese leadership failures contributed to the fall: Li Yunheng, overseeing Madang, was away at a ceremony, leaving only partial contingents, primarily three battalions from marine corps units and the 313th regiment of the 53rd division, participating, totaling under five battalions. Reinforcements from Pengze were misrouted by Li's orders, arriving too late. Madang fell after three days. Chiang Kai-shek retaliated with a counterattack and rewarded units that recaptured Xiangshan, but further progress was blocked. Li Yunheng was court-martialed, and Xue Weiying executed.   Madang's loss opened a corridor toward Jiujiang. The Japanese needed weeks to clear minefields, sacrificing several ships in the process. With roughly 200,000 Chinese troops in the Jiujiang–Ruichang zone under Xue Yue and Zhang Fukui, the Japanese captured Pengze and then Hukou, using poison gas again during the fighting. The Hukou evacuation cut off many non-combat troops, with over 1,800 of 3,100 soldiers successfully evacuated and more than 1,300 missing drowned in the lake. Two weeks after Hukou's fall, the Japanese reached Jiujiang and overtook it after a five-day battle. The retreat left civilians stranded, and the Jiujiang Massacre followed: about 90,000 civilians were killed, with mass executions of POWs, rapes, and widespread destruction of districts, factories, and transport. Subsequently, the Southern Riverline Campaign saw Japanese detachments along the river advance westward, capturing Ruichang, Ruoxi, and other areas through October, stretching Chinese defenses thin as Japan pressed toward Wuchang and beyond. On July 26, 1938, the Japanese occupied Jiujiang and immediately divided their forces into three routes: advancing toward De'an and Nanchang, then striking Changsha, severing the Yue-Han Railway, and surrounding Wuhan in an effort to annihilate the Chinese field army. The advance of the 101st and 106th Infantry Divisions slowed south of the Yangtze River, yet the Central China Expeditionary Army remained intent on seizing Ruichang and De'an to cut off Chinese forces around Mount Lu. To this end, the 9th and 27th Infantry Divisions were deployed to the sector, with the 9th regarded as an experienced unit that had fought in earlier campaigns, while the 27th was newly formed in the summer of 1938; this contrast underscored the rapidly expanding scope of the war in China as the Japanese Army General Staff continued mobilizing reservists and creating new formations. According to the operational plan, the 101st and 106th Divisions would push south toward De'an to pin Chinese defenders, while the 9th and 27th Divisions would envelop Chinese forces south of the river. Okamura Yasuji ordered five battalions from the 9th to move toward De'an via Ruichang, and the Hata Detachment was tasked with securing the area northwest of Ruichang to protect the 9th's flank. North of the Yangtze, the 6th Infantry Division was to move from Huangmei to Guangji, with Tianjiazhen as the ultimate objective; capturing Tianjiazhen would allow the 11th Army to converge on Wuhan from both north and south of the river.  The operation began when the 9th Division landed at Jiujiang, threatening the left flank of the Jinguanqiao line. The Chinese responded by deploying the 1st Corps to counter the 9th Division's left flank, which threatened the Maruyama Detachment's lines of communication. The Maruyama Detachment counterattacked successfully, enabling the rest of the 9th Division to seize Ruichang on August 24; on the same day, the 9th attacked the 30th Army defending Mount Min. The Chinese defense deteriorated on the mountain, and multiple counterattacks by Chinese divisions failed, forcing the 1st Corps to retreat to Mahuiling. The seizure of Ruichang and the surrounding area was followed by a wave of atrocities, with Japanese forces inflicting substantial casualties, destroying houses, and damaging property, and crimes including murder, rape, arson, torture, and looting devastating many villages and livelihoods in the Ruichang area. After Ruichang and Mount Min fell, the Maruyama Detachment and the 106th Infantry Division advanced on Mahuiling, seeking to encircle Chinese forces from the northwest, with the 106th forming the inner ring and the Maruyama Detachment the outer ring; this coordination led to Mahuiling's fall on September 3. The 27th Infantry Division, arriving in late August, landed east of Xiaochikou, providing the manpower to extend Japanese offensives beyond the Yangtze's banks and outflank Chinese defenders along the river. Its main objective was to seize the Rui-wu highway, a vital route for the continued advance toward Wuhan. After the fall of Mahuiling, Japanese command altered its strategy. The 11th Army ordered the Maruyama Detachment to rejoin the 9th Infantry Division and press westward, while the 101st Infantry Division was to remain at Mahuiling and push south toward De'an along with the 106th Infantry Division. This divergent or “eccentric” offensive aimed to advance on Wuhan while protecting the southern flank. The renewed offensive began on September 11, 1938, with the 9th Infantry Division and Hata Detachment advancing west along the Rui-yang and Rui-wu highways toward Wuhan, followed days later by the 27th Infantry Division. Initially, the Japanese made solid progress from Ruichang toward a line centered on Laowuge, but soon faced formidable Chinese defenses. The 9th and 27th Divisions confronted the Chinese 2nd Army Corps, which had prepared in-depth positions in the mountains west of Sanchikou and Xintanpu. The 27th Division encountered stiff resistance from the 18th and 30th Corps, and although it captured Xiaoao by September 24, its vanguard advancing west of Shujie came under heavy attack from the 91st, 142nd, 60th, and 6th Reserve Infantry Divisions, threatening to encircle it. Only the southward advance of the 101st and 106th Divisions relieved the pressure, forcing the Chinese to redeploy the 91st and 6th Reserve Divisions to the south and thereby loosening the 27th's grip. After the redeployment, the 9th and 27th Divisions resumed their push. The 9th crossed the Fu Shui on October 9 and took Sanjikou on October 16, while the 27th seized Xintanpu on October 18. The Hata Detachment followed, capturing Yangxin on October 18 and Ocheng on October 23, further tightening Japanese control over the highways toward Wuhan. By mid-October, 11th Army commander Okamura Yasuji resolved to sever the Guangzhou-Hankou railway to disrupt Chinese lines. On October 22, the 9th and 27th Divisions attacked toward Jinniu and Xianning. By October 27, the 9th had captured Jinniu and cut the railway; the 27th Division extended the disruption further south. These actions effectively isolated Wuchang from the south, giving the Imperial Japanese Army greater leverage over the southern approaches to Wuhan. The push south by the 101st and 106th Infantry Divisions pressed toward De'an, where they encountered the entrenched Chinese 1st Army Corps. The offensive began on September 16 and by the 24th, elements of the 27th Division penetrated deep into the area west of Baishui Street and De'an's environs. Recognizing the growing crisis, Xue Yue mobilized the nearby 91st and 142nd Divisions, who seized Nanping Mountain along the Ruiwu Line overnight, effectively cutting off the 27th Division's retreat. Fierce combat on the 25th and 26th saw Yang Jialiu, commander of the 360th Regiment of the 60th Division, die a heroic death. Zhang Zhihe, chief of staff of the 30th Group Army and an underground CCP member, commanded the newly formed 13th Division and the 6th Division to annihilate the Suzuki Regiment and recapture Qilin Peak. Learning of the 27th Division's trap, Okamura Yasuji panicked and, on the 25th, urgently ordered the 123rd, 145th, and 147th Infantry Regiments and mountain artillery of the 106th Division on the Nanxun Line, along with the 149th Regiment of the 101st Division on the Dexing Line, to rush to Mahuiling and Xingzi. To adapt to mountain warfare, some units were temporarily converted to packhorse formations. On the 27th, the 106th Division broke through the Wutailing position with force, splitting into two groups and pushing toward Erfangzheng and Lishan. By the 28th, the three regiments and mountain artillery of the 106th Division advanced into the mountain villages of Wanjialing, Leimingguliu, Shibaoshan, Nantianpu, Beixijie, and Dunshangguo, about 50 li west of De'an. On the same day, the 149th Regiment of the 101st Division entered the Wanjialing area and joined the 106th Division. Commanded by Lieutenant General Junrokuro Matsuura, the 106th Division sought to break out of Baicha and disrupt the Nanwu Highway to disrupt the Chinese retreat from De'an. At this juncture, Xue Yue's corps perceived the Japanese advance as a predatory, wolf-like maneuver and deemed it a strategic opportunity to counterattack. He resolved to pull forces from Dexing, Nanxun, and Ruiwu to envelop the enemy near Wanjialing, with the aim of annihilating them. Thus began a desperate, pivotal battle between China and Japan in northern Jiangxi, centered on the Wanjialing area. The Japanese 106th Division found its rear communications cut off around September 28, 1938, as the Chinese blockade tightened. Despite the 27th Division's severed rear and its earlier defeat at Qilin Peak, Okamura Yasuji ordered a renewed push to relieve the besieged 106th by directing the 27th Division to attack Qilin Peak and advance east of Baishui Street. In this phase, the 27th Division dispatched the remnants of its 3rd Regiment to press the assault on Qilin Peak, employing poison gas and briefly reaching the summit. On September 29, the 142nd Division of the 32nd Army, under Shang Zhen, coordinated with the 752nd Regiment of the same division to launch a fierce counterattack on Qilin Peak at Zenggai Mountain west of Xiaoao. After intense fighting, they reclaimed the peak, thwarting the 27th Division's bid to move eastward to aid the 106th. Concurrently, a portion of the 123rd Regiment of the 106th Division attempted a breakout west of Baishui Street. Our 6th and 91st Divisions responded with a determined assault from the east of Xiaoao, blocking the 123rd Regiment east of Baishui Street. The victories at Qilin Peak and Baishui Street halted any merger between the eastern and western Japanese forces, enabling the Chinese army to seal the pocket and create decisive conditions for encircling the 106th Division and securing victory in the Battle of Wanjialing. After the setback at Qilin Peak, Division Commander Masaharu Homma, defying Okamura Yasuji's orders to secure Baishui Street, redirected his focus to Tianhe Bridge under a pretext of broader operations. He neglected the heavily encircled 106th Division and pivoted toward Xintanpu. By September 30, Chinese forces attacked from both the east and west, with the 90th and 91st Divisions joining the assault on the Japanese positions. On October 1, the Japanese, disoriented and unable to pinpoint their own unit locations, telegrammed Okamura Yasuji for air support. On October 2, the First Corps received orders to tighten the encirclement and annihilate the enemy forces. Deployments were made to exploit a numerical advantage and bolster morale, placing the Japanese in a desperate position. On October 3, 1938, the 90th and 91st Divisions launched a concerted attack on Nantianpu, delivering heavy damage to the Japanese force and showering Leimingguliu with artillery fire that endangered the 106th Division headquarters. By October 5, Chinese forces reorganized: the 58th Division of the 74th Army advanced from the south, the 90th Division of the 4th Army from the east, portions of the 6th and 91st Divisions from the west, and the 159th and 160th Divisions of the 65th Army from the north, tightening the surrounding cordon from four directions. On October 6, Xue Yue ordered a counterattack, and by October 7 the Chinese army had effectively cut off all retreat routes. That evening, after fierce hand-to-hand combat, the 4th Army regained the hilltop, standing at a 100-meter-high position, and thwarted any Japanese plan to break through Baicha and sever Chinese retreat toward De'an. By October 8, Lieutenant Colonel Sakurada Ryozo, the 106th Division's staff officer, reported the division's deteriorating situation to headquarters. The telegram signaled the impending collapse of the 106th Division. On October 9, Kuomintang forces recaptured strategic positions such as Lishan, tightening encirclement to a small pocket of about three to four square kilometers in Nantianpu, Leimingguliu, and Panjia. That night, the vanguard attacked the Japanese 106th Division's headquarters at Leimingguliu, engaging in close combat with the Japanese. Matsuura and the division's staff then took up arms in defense. In the early hours of October 10, Japanese forces launched flares that illuminated only a narrow arc of movement, and a limited number of troops fled northwest toward Yangfang Street. The two and a half month battle inflicted tremendous casualties on the Japanese, particularly on the 101st and 106th divisions. These two formations began with a combined strength of over 47,000 troops and ultimately lost around 30,000 men in the fighting. The high casualty rate hit the Japanese officer corps especially hard, forcing General Shunroku Hata to frequently airdrop replacement officers onto the besieged units' bases throughout the engagement. For the Chinese, the successful defense of Wanjialing was pivotal to the Wuhan campaign.  Zooming out at a macro level a lot of action was occurring all over the place. Over in Shandong, 1,000 soldiers under Shi Yousan, who had defected multiple times between rival warlord cliques and operated as an independent faction, occupied Jinan and held it for a few days. Guerrillas briefly controlled Yantai. East of Changzhou extending to Shanghai, another non-government Chinese force, led by Dai Li, employed guerrilla tactics in the Shanghai suburbs and across the Huangpu River. This force included secret society members from the Green Gang and the Tiandihui, who conducted executions of spies and perceived traitors, losing more than 100 men in the course of operations. On August 13, members of this force clandestinely entered the Japanese air base at Hongqiao and raised a Chinese flag. Meanwhile, the Japanese Sixth Division breached the defensive lines of Chinese 31st and 68th Armies on July 24 and captured Taihu, Susong, and Huangmei Counties by August 3. As Japanese forces advanced westward, the Chinese Fourth Army of the Fifth War Zone deployed its main strength in Guangji, Hubei, and Tianjia Town to intercept the offensive. The 11th Army Group and the 68th Army were ordered to form a defensive line in Huangmei County, while the 21st and 29th Army Groups, along with the 26th Army, moved south to outflank the Japanese. The Chinese recaptured Taihu on August 27 and Susong on August 28. However, with Japanese reinforcements arriving on August 30, the Chinese 11th Army Group and the 68th Army were unable to sustain counteroffensives and retreated to Guangji County to continue resisting alongside the 26th, 55th, and 86th Armies. The Chinese Fourth Army Group directed the 21st and 29th Army Groups to flank the Japanese from the northeast of Huangmei, but they failed to halt the Japanese advance. Guangji fell on September 6, and while Guangji was recovered by the Chinese Fourth Corps on September 8, Wuxue was lost on the same day. Zooming back in on the Wuhan Front, the Japanese focus shifted to Tianjiazhen. The fortress of Tianjiazhen represented the 6th Infantry Division's most important objective. Its geographic position, where the Yangtze's two banks narrow to roughly 600 meters, with cliffs and high ground overlooking the river, allowed Chinese forces to deploy gun batteries that could control the river and surrounding terrain. Chinese control of Tianjiazhen thus posed a serious obstacle to Japan's amphibious and logistical operations on the Yangtze, and its seizure was deemed essential for Japan to advance toward Wuhan. Taking Tianjiazhen would not be easy: overland approaches were impeded by mountainous terrain on both sides of the fortress, while an amphibious assault faced fortified positions and minefields in the narrow river. Recognizing its strategic importance, Chinese forces reinforced Tianjiazhen with three divisions from central government troops, aiming to deter an overland assault. Chinese preparations included breaching several dykes and dams along the Yangtze to flood expanses of land and slow the Japanese advance; however, the resulting higher water levels widened the river and created a more accessible supply route for the Japanese. Instead of relying on a long overland route from Anqing to Susong, the Japanese could now move supplies directly up the Yangtze from Jiujiang to Huangmei, a distance of only about 40 kilometers, which boosted the 6th Division's logistics and manpower. In August 1938 the 6th Infantry Division resumed its northward push, facing determined resistance from the 4th Army Corps entrenched in a narrow defile south of the Dabie Mountains, with counterattacks from the 21st and 27th Army Groups affecting the 6th's flank. The Dabie Mountains are a major mountain range located in central China. Running northwest to southeast, they form the main watershed between the Huai and Yangtze rivers. The range also marks the boundary between Hubei Province and its neighboring provinces of Henan to the north and Anhui to the east. By early September the 6th had captured Guangji, providing a staging ground for the thrust toward Tianjiazhen, though this extended the division's long flank: after Guangji fell, it now faced a 30-kilometer front between Huangmei and Guangji, exposing it to renewed Chinese pressure from the 21st and 27th Army Groups. This constrained the number of troops available for the main objective at Tianjiazhen. Consequently, the Japanese dispatched only a small force, three battalions from the Imamura Detachment, to assault Tianjiazhen, betting that the fortress could be taken within a week. The KMT, learning from previous defeats, reinforced Tianjiazhen with a stronger infantry garrison and built obstacles, barbed wire, pillboxes, and trench networks, to slow the assault. These defenses, combined with limited Japanese logistics, six days of rations per soldier, made the operation costly and precarious. The final Japanese assault was postponed by poor weather, allowing Chinese forces to press counterattacks: three Chinese corps, the 26th, 48th, and 86th, attacked the Imamura Detachment's flank and rear, and by September 18 these attacks had begun to bite, though the floods of the Yangtze prevented a complete encirclement of the eastern flank. Despite these setbacks, Japanese riverine and ground operations continued, aided by naval support that moved up the Yangtze as Matouzhen's batteries were overtaken. After Matouzhen fell and enabled a secure riverine supply line from Shanghai to Guangji, 11th Army commander Okamura Yasuji quickly sent relief supplies upriver on September 23. These replenishments restored the besieged troops near Tianjiazhen and allowed the Japanese to resume the offensive, employing night assaults and poison gas to seize Tianjiazhen on September 29, 1938, thereby removing a major barrier to their advance toward Wuhan along the Yangtze. The 11th Army pressed north along the Yangtze while the 2nd Army, commanded by Prince Naruhiko Higashikuni, concentrated the 3rd, 10th, 13th, and 16th Infantry Divisions around Hefei with initial aims at Lu'an and Heshan and the broader objective of moving toward the northern foothills of the Dabie Mountains. When Chinese forces began destroying roads west of Lu'an, Naruhiko shifted the 2nd Army's plan. Rather than pushing along a line from Lu'an to Heshan, he redirected toward the Huangchuan–Shangcheng corridor, where more intact roads remained accessible, and Chinese withdrawals in the Huangchuan–Shangceng area to counter the 11th Army's Yangtze advance allowed the 2nd Army to gain speed in the early stage of its offensive. The 10th and 13th Infantry Divisions were ordered to begin their advance on August 27, facing roughly 25,000 Chinese troops from the Fifth War Zone's 51st and 77th Corps, and achieving notable early gains. The 10th captured Lu'an on August 28, followed by the 13th taking Heshan on August 29. The 10th then seized Kushi on September 7. Meanwhile, the 13th crossed the Shi River at night in an attempt to seize Changbailing, but encountered stiff resistance from multiple Chinese divisions that slowed its progress. To bolster the effort, Naruhiko ordered the Seiya Detachment from the 10th Division—three infantry battalions—to reinforce the 13th. Despite these reinforcements, momentum remained insufficient, so he deployed the 16th Infantry Division, which had arrived at Yenchiachi, to assault Shangcheng from the north. After crossing the Shi River at Yanjiachi, the 16th outflanked Shangcheng from the north, coordinating with the 13th from the south; the Chinese withdrew and Shangcheng fell. Following this success, Naruhiko ordered the 13th and 16th Divisions to push deeper into the Dabie Mountains toward Baikou and Songfu, while the 10th and 3rd Divisions moved toward Leshan and Xinyang, with Xinyang, a crucial Beijing–Wuhan Railway node, representing a particularly important objective. The Japanese advance progressed steadily through the Dabie Mountains, with the 10th executing bold maneuvers to outflank Leshan from the south and the 3rd penetrating toward the Beijing–Wuhan railway north of Xinyang, collectively disrupting and cutting the railway near Xinyang in October. An independent unit, the Okada Detachment, operated between these forces, advancing through Loshan before sealing Xinyang on October 12. The seizure of Xinyang effectively severed Wuhan's northern artery from external reinforcement and resupply, signaling a decisive turn against Wuhan as a Chinese stronghold. While the 2nd Army advanced in the Dabie Mountains, another critical development was taking place far to the south. By the end of 1937, southern China became more crucial to the Republic of China as a lifeline to the outside world. Guangzhou and Hong Kong served as some of the last vital transportation hubs and sources of international aid for Chiang Kai-Shek, with approximately 80 percent of supplies from abroad reaching Chinese forces in the interior through Guangzhou. Imperial General Headquarters believed that a blockade of Guangdong province would deprive China of essential war materiel and the ability to prolong the war. As I always liked to term it, the Japanese were trying to plug up the leaks of supplies coming into China, and Guangzhou was the largest one. In 1936 the Hankow-Canton railway was completed, and together with the Kowloon-Canton railway formed a rapid all-rail link from south China to central and northern China. For the first sixteen months of the war, about 60,000 tons of goods transited per month through the port of Hong Kong. The central government also reported the import of 1.5 million gallons of gasoline through Hong Kong in 1938, and more than 700,000 tons of goods would eventually reach Hankou using the new railway. In comparison, the Soviet Union in 1937 was sending war materiel through Xinjiang to Lanzhou using camels, with Chinese raw materials traveling back either the same route or via Hong Kong to Vladivostok. By 1940, 50,000 camels and hundreds of trucks were transporting 2,000–3,000 tons of Soviet war material per month into China. Japanese planning for operations began in early November 1937, with the blockade's objectives centered on seizing a portion of Daya Bay and conducting air operations from there. In December 1937, the 5th Army, including the 11th Division, the Formosa Mixed Brigade, and the 4th Air Brigade, were activated in Formosa under Lt. Gen. Motoo Furusho to achieve this objective. Due to the proximity of Daya Bay to Hong Kong, the Japanese government feared potential trouble with Britain, and the operation was subsequently suspended, leading to the deactivation of the 5th Army. By June 1938, the Battle of Wuhan convinced Imperial General Headquarters that the fighting could not be localized. The headquarters reversed policy and began preparations to capture Guangzhou and to expedite the settlement of the war. During the peak of the battles of Shanghai and Nanjing, urgent demands for aerial support at the Battle of Taiyuan in the north and at Canton in the south forced the Nationalist Air Force of China to split the 28th Pursuit Squadron and the 5th Pursuit Group , based at Jurong Airbase in the Nanking defense sector. The squadron was divided into two smaller units: Lt. Arthur Chin led one half toward Canton, while Capt. Chan Kee-Wong led the other half to Taiyuan. On September 27, 1937, the 28th PS under Lt. Arthur Chin dispatched four Hawk IIs from Shaoguan Airbase, and the 29th PS under Lt. Chen Shun-Nan deployed three Hawk IIIs from Tianhe Airbase. Their mission was to intercept Japanese IJNAF G3M bombers attempting to strike the Canton–Hankow railway infrastructure. The two flights engaged the Japanese bombers over Canton, claiming at least two kills; one G3M dumped fuel and ditching off the coast of Swatow, with its crew rescued by a British freighter, though one of the gunners died of battle injuries. In October 1937, amid mounting demands and combat losses, the Chinese government ordered 36 Gloster Gladiator Mk.I fighters, whose performance and firepower surpassed that of the Hawk IIs and IIIs, and most of these would become frontline fighters for the Canton defense sector as the war extended into 1938. On February 23, 1938, Capt. John Huang Xinrui, another Chinese-American volunteer pilot, took command of the renewed 29th PS, now equipped with the Gladiators. He led nine Gladiators from Nanxiong Airbase on their first active combat over Canton, supporting three Gladiators from the 28th PS as they intercepted thirteen Nakajima E8N fighter-attack seaplanes launched from the seaplane tenders Notoro Maru and Kinugasa Maru. The battle proved challenging: most of the Gladiators' machine guns jammed, severely reducing their firepower. Despite this, five of the E8Ns were shot down, confirmed by Capt. Huang and his fellow pilots who managed to strike the Japanese aircraft with only one, two, or three functioning guns per Gladiator. Chin later revealed that the gun jams were caused by defective Belgian-made ammunition. The combat nevertheless proved tragic and costly: Lt. Xie Chuanhe (Hsieh Chuan-ho) and his wingman Lt. Yang Rutong pursued the E8Ns but were stymied by inoperable weapons, with Lt. Yang killed in the counterattack, and Lt. Chen Qiwei lost under similar circumstances. The 4th War Area Army, commanded by He Yingqin, was assigned to the defense of south China in 1938. General Yu Hanmou led the 12th Army Group defending Guangdong province. The region's defense included about eight divisions and two brigades of regular army troops stationed around Guangzhou, with an additional five divisions of regular troops deployed in Fujian. The 4th War Area Army totaled roughly 110,000 regular army troops. By this time, most regular army units in Guangxi and four Guangdong divisions had been redirected north to participate in the Battle of Wuhan. Beyond the regular army, two militia divisions were deployed near Guangzhou, and the Guangxi militia comprised five divisions. Militia units were typically raised from local civilians and disbanded as the army moved through new areas. Their roles centered on security, supply transportation, and reconnaissance. Guangdong's main defensive strength was concentrated in Guangzhou and the immediate environs to the city's east. Other Chinese forces defended Chaozhou and western Guangdong. Defensive fortifications included the Humen fortress guarding the Pearl River mouth and three defensive lines near Daya Bay. Guangzhou housed three batteries of four three-inch guns, a battery of three 120mm guns, and Soviet-supplied 37mm anti-aircraft guns. The Imperial Japanese Navy conducted an aerial and naval interdiction campaign aimed at China's communication lines to neighboring regions. Japan believed that the blockade would hasten the end of the war, and disruption of the Chinese logistics network was the primary objective in Guangdong province from August 1937 until October 1938. The 5th Fleet's blockading actions extended along the coast from Haimenchen, Zhejiang to Shantou, with the 5th Destroyer Squadron patrolling the coast south of Shantou. At times, units from the Marianas were deployed to support coastal blockade operations in south China, usually consisting of cruisers accompanied by destroyer flotillas. One or two aircraft carriers and fleet auxiliaries would also be on station. Naval interdictions focused on stopping junks ferrying military supplies from Hong Kong to coastal China. The first recorded attack occurred in September 1937 when eleven junks were sunk by a Japanese submarine. Although Japan successfully blockaded Chinese shipping and ports, foreign shipping could still enter and depart from Hong Kong. The central government had established Hong Kong as a warehouse for munitions and supplies to pass through. Aerial interdictions targeted Chinese railway bridges and trains in Guangdong. Starting in October 1937, the Japanese launched air raids against the Sunning railway, focusing on government facilities and bridges in Jiangmen and towns along the railway. By 1938, airstrikes against the Kowloon–C Canton railway became common, with damaged trains periodically found along the line. An air-defense early warning system was created to divert trains during raids into forested areas that offered overhead concealment. In May 1938, the Colonial Office and the Foreign Office approved a Chinese request to construct and operate a locomotive repair yard within the New Territories to keep the railway operational. Airstrikes against rail facilities in Guangzhou were designed to interrupt rail supplies from Hong Kong so Japan would not need to commit to land operations in south China. However, the air raids did not severely impede railway operations or stop supplies moving through Hunan or Guangxi. The blockade in south China also targeted aircraft flying out of Hong Kong. In November 1937, a Royal Navy aircraft from HMS Eagle encountered Japanese naval anti-aircraft fire off the coast of Hong Kong. In December 1937, fifteen Japanese bombers overflew Lantau Island and the Taikoo docks. In August 1938, Japanese naval aircraft shot down a China National Aviation Corporation passenger plane, and two Eurasia Aviation Corporation passenger planes were shot down the following month. Beyond military targets, the Japanese conducted politically motivated terror bombing in Guangzhou. Bombing intensified from May to June 1938 with incendiary munitions and low-level strafing attacks against ships. The Imperial Japanese Navy Air Service, operating from Formosa and the carrier Kaga, conducted about 400 airstrikes during this period and continued into July. By the end of the summer, Guangzhou's population had dwindled to approximately 600,000 from an original 1.3 million. From August 1937 to October 1938, casualties in Guangzhou were estimated at 6,000 killed and 8,000 injured. On October 12, 1938, Japanese forces from the 21st Army, including the 5th, 18th, and 104th Infantry Divisions, landed in Guangzhou, launching the operation at 4:00 am with elements of the 5th and 18th Divisions hitting Aotou and elements of the 104th Division landing at Hachung in Bias Bay. Initially totaling about 30,000 men, they were soon reinforced by a further 20,000, and resistance was minimal because most of Yu Hanmou's 12th Army Group had been redeployed to central China to defend approaches to Wuhan, leaving only two regular Chinese divisions, the 151st and 153rd, to defend the region. By the night of October 12, the Japanese had established a 10-kilometer-deep beachhead and advanced inland; on October 13 they seized the towns of Pingshan and Tamshui with little opposition, and on October 15 they converged on Waichow and captured it. The fall of Pingshan, located on the Sai Kong River with a deep, broad river and only a flimsy crossing, and Waichow, where Chinese defenses included trenches and concrete pillboxes, surprised observers since these positions had been prepared to resist invasion; nonetheless, Chinese forces fled, opening the road to Guangzhou for the Japanese. Between October 16 and 19, three Japanese columns pushed inland, with the easternmost column crossing the East River on the 16th and the 5th Infantry Division capturing Sheklung on the 19th as Chinese forces retreated. By the night of October 20, Guangzhou's defenders withdrew and adopted a scorched-earth policy to deny resources to the invaders. On October 21, Japanese tanks entered Guangzhou without infantry support, and a regiment from the 5th Infantry Division captured the Bocca Tigris forts with no resistance. With Guangzhou secured, the Guangzhou–Wuhan railway and the Hong Kong–Guangzhou railway were severed, supplies to Wuhan were cut, Chiang Kai-Shek faced a daunting and depressing task, he had to abandon Wuhan. I would like to take this time to remind you all that this podcast is only made possible through the efforts of Kings and Generals over at Youtube. Please go subscribe to Kings and Generals over at Youtube and to continue helping us produce this content please check out www.patreon.com/kingsandgenerals. If you are still hungry after that, give my personal channel a look over at The Pacific War Channel at Youtube, it would mean a lot to me. The Yangtze became a bloodied artery as Chinese and Japanese forces clashed from Anqing to Jiujiang, Madang to Tianjiazhen. A mosaic of Chinese troops, filled with grit and missteps, held lines while civilians like Wang Guozhen refused to surrender. The siege of Wanjialing crowned Chinese resilience, even as Guangzhou buckled under a relentless blockade. The Fall of Wuhan was all but inevitable.

Bate Pé
Rui sinalizado na interpol, Viajar com amigos, Bichos na boca à noite, Raptar cão com dono, Sitio sem lei em Bristol, Mentir a amigos

Bate Pé

Play Episode Listen Later Oct 19, 2025 44:18


Se começamos a falar de osgas e acabamos na viagem que o Rui fez a Bristol SÓ com os seus amigos, não é por acaso. Vocês, teriam ciumes de alguma viagem que o vosso namorado (ou namorada), fizesse sem vocês? Nós também não...óbvio!! Principalmente viagens onde só foram a pubs. Qual de nós o airport dad da relação, o mais persuasivo e o mais sexy? Tudo para decidirem neste episódio. REDES SOCIAISMafalda Castro: https://www.instagram.com/mafaldacastroRui Simões: https://www.instagram.com/ruisimoes10Bate Pé instagram: https://www.instagram.com/batepeclipsBate Pé Tiktok: https://www.tiktok.com/@bate.peSPOTIFYhttps://open.spotify.com/show/7bnvbtG4aHEKp90XbN0xm3?si=rsZeIGW1Q4ShAQaRRegnbA#MafaldaCastro#RuiSimõesAPOIOSEste podcast tem o apoio do ActivoBank

Loose Screws - The Elite Dangerous Podcast

#306rd for 16nd of October, 2025 or 3311! (33-Oh-Leven, not Oh-Eleven, OH-Leven)http://loosescrewsed.comJoin us on discord! And check out the merch store! PROMO CODEShttps://discord.gg/3Vfap47ReaSupport us on Patreon: https://www.patreon.com/LooseScrewsEDSquad Update:  (Updated by Bloom 10/16)BGS is apparently fixed - We had a bunch of conflicts going back to 8/31 that have since begun and completedOnly time and testing will tell what is and isn't fixed.13 systems over 75% influence - so even if things are fixed…Wars in Synuefe and Col 285 sectors along with Yen TiVictory in Musca Dark Region UE-W a3-0 - thank you Uraniborg and Edward SkeeleWe Just expanded out of MaikoroWe're in 319 systems controlling 79PowerPlay Update: - (updated by Obl1v1ous) Cycle 50: I will interpret CMDR KurgerFive's analysis so you won't have to. Kaine wrestled seventh place away from Antal on the FDev board,For the fifth week in a row our frat boy Rui, has delivered the strongest performance which even out distanced the fancy footwork of Princess Podiatry.  At this pace Yong-Rui will move to second on Nicey/KrugerFive charts. And what of the FDev charts? Well this reporter believes FDev treats Rui like an SEC referee treats Auburn football. Down in tenth place it looks like Torval is about to win the Torval Delaine staring contest.  And at the bottom of the pile, the only growth Emperor Arissa has seen is that mole on her face while Patreus dropped another three exploited systems. Kruger 5's Power Rankings - https://k5elite.com/ Niceygy's Power Points - https://elite.niceygy.net/powerpointsFind out more in the LSN-powerplay-hub forum channel.Galnet Update: https://community.elitedangerous.com/Type-11 Prospector Declared a TriumphStrategic Order Placed with Brewer Corporation - CG with stickers for all, and 1 size 5 non-Euclidican cargo rack for the 75%ers.Dev News: Type 11 Prospecter Update 2Introduced new functionality to prevent 'claim sniping'. When the primary port is completed in a newly colonised system, an exclusive lock on making claims FROM that system's colonisation contact will be enforced for a short periodThe System Architect may exclusively make claims from the system for 30 minutesAfter this 30 minutes expires, anyone within the System Architect's Squadron may make a claim for the next 23.5 hoursThis will function even if the System Architect is in their own solo SquadronAfter a total of 24 hours, the exclusive claim rights lift and any player may make a claim from the newly constructed systemNote that if the System Architect is not in a squadron, then only the 30 minute lockout applies.The claim panel via the colonisation contact has been updated to display when a lockout is in effect, and details the remaining duration COMPANION APIFacility construction effort requirements info has been included in the /market endpointBUG FIXESFixed the main cause of the faction simulation (BGS) becoming stuck in some situations. This should resolve most instances of conflicts/expansion/influence etc. not functioning as intended. Fixed instances of a physics issue that could cause ships to explodeFixed multiple issues with transferring cargo from your ship to fleet carrier inventoryFixed instances when transferring cargo to fleet carrier inventory, the transfer can sometimes silently fail with items "lost" on both the carrier and ship until a relog (Issue ID: 78801)Fixed instances of transferring all cargo at once from ship to fleet carrier inventory to failDiscussion: Community Corner:Elite Dangerous and Odyssey are on sale on Steam again ($5.99 & $8.99 respectively) until Oct-21.More holo-skins on sale for T-11 (why no yellow?)

Quem Ama Não Esquece
UMA MÃE E SEUS TRÊS MILAGRES - HISTÓRIA DA MARISA | QUEM AMA NÃO ESQUECE 15/10/25

Quem Ama Não Esquece

Play Episode Listen Later Oct 15, 2025 20:06


A Marisa terminou com o Rui e em busca do amor, ela conheceu o Elias, um homem mais velho que dizia que queria formar uma família. Eles se encontraram só uma vez e quando aconteceu, Elias tirou a proteção sem avisar. Dias depois, ela descobriu que estava grávida de trigêmeos! E Elias sumiu e a bloqueou de mandar mensagens... Marisa enfrentou uma gestação de alto risco com o apoio da mãe e do Rui, o ex que voltou para ajudá-la. O Davi, Pedro e Lucas nasceram prematuros, mas saudáveis e Marisa ficou 2 anos sem receber pensão, até o pai ser obrigado a comparecer no exame de DNA. Hoje, os trigêmeos tem 5 anos e os meninos tem o Rui e o avô como exemplo dentro de casa. Marisa entende que, apesar de tudo, seus filhos foram um presente de Deus.

Bate Pé
Ed Gein, Empatia por criminosos, Portais em Lisboa, Corpos no carro, Trair em televisão, Péssimos presentes, Andar de camisa aberta, Vícios modernos

Bate Pé

Play Episode Listen Later Oct 12, 2025 45:59


Temos várias revelações para fazer, desta vez muito relacionadas com crime. Meio temático este episódio, talvez um pouco influenciados pela série que andamos a ver. Porque gostamos de séries de crime? Porque é que o Rui é tão mau a dar presentes? Porque não largamos o telemóvel? Várias questões que em parte serão respondidas, em parte não.

Bate Pé
Fomos assaltados no Restelo, Rui está de aparelho, Ofensas a Mães, Patos agressivos, Comprar telemóvel novo, Cenário de sonho para Rui, Casar com AI

Bate Pé

Play Episode Listen Later Oct 5, 2025 40:52


E estamos de volta ao nosso estúdio em casa. Bate Pé com tudo o que aconteceu durante esta semana e a anterior (fácil perceber o porquê). E sim, fomos assaltados ALERTA CM. Conta o assalto se o assaltante for extremamente educado e não tiver levado nada? Cremos que sim. Falamos também sobre o episódio da semana passada com o convidado Manuel Luis Goucha, sobre o tiroliroliro e os melhores dentes da península ibérica serem os do Rui. REDES SOCIAISMafalda Castro: https://www.instagram.com/mafaldacastroRui Simões: https://www.instagram.com/ruisimoes10Bate Pé instagram: https://www.instagram.com/batepeclipsBate Pé Tiktok: https://www.tiktok.com/@bate.pe

Rádio Comercial - Hollywood Express
Margot Robbie de regresso ao cinema. Hollywood despede-se de Robert Redford

Rádio Comercial - Hollywood Express

Play Episode Listen Later Sep 19, 2025 24:17


Nesta edição despedimo-nos de Robert Redford, eterno galã de Hollywood, e que deixa uma marca inonfundível no mundo do cinema independente.O Pedro Andrade e a Marta Campos fazem ainda a revisão da noite dos Emmys, que consagrou a série "The Studio", da Apple TV Plus, e a minissérie da Netflix, "Adolescência".Hollywood Express com Patrícia Pereira, Marta Campos, Pedro Andrade, Filipa Galrão,Nuno Gonçalo e Mário Rui.

Lakers Fast Break
Lakers Weekend- Do You Just Let Rui And Austin Walk In Free Agency?

Lakers Fast Break

Play Episode Listen Later Sep 15, 2025 108:45


Many questions are being asked surrounding the Lakers as they get closer to training camp, with the future of many on the team still in question. But the biggest questions on who to retain and who to let go center around Austin Reaves and Rui Hachimura. Tune in as the guys from the LFB share thoughts on where they stand on the debate heading into the season, and what price range they would be comfortable with if they wanted to keep one or both. Should the Lakers go all out to keep Rui and Austin? Find out our thoughts as part of a great Lakers Weekend on the Lakers Fast Break podcast!Check out Dodgers baseball on Playback at https://www.playback.tv/thejoesorooxperimentJoe's new game Coreupt is OUT NOW! Wish List it here: https://store.steampowered.com/app/23... Lakers Fast Break now has YouTube memberships! Join today at / @lakersfastbreak and for just $2.99 a month, you get access to LFB badges and emojis, channel page recognition, and more! Check out Stone Hansen on Twitter @report_court, Alfred Ezman @alfredezman, and John Costa's channels: Clutch Talk- / @clutchtalkpod and Lakers Corner- / @lakerscorner and Legend350 on his new channel / @sportslegend2018 Special Deals today from our friends at #temu today at https://temu.to/m/u1samwbo8cc use code: aca785401 and you might save some $$$ at TEMU! Take a look at the line of Kinhank Mini PC's and retro game machines today at https://www.kinhank-retrogame.com?rs_ref=e8NA2Rm2 for some gaming and computing fun from Kinhank! Don't forget to watch the Lakers games with us LIVE at playback.tv/lakersfastbreak and our newest Lakers Fast Break merchandise site is now up at ⁠http://tinyurl.com/yerbtezk check it out! Please Like, Share, and Subscribe to our channel and our social media @lakersfastbreak on Twitter, Instagram, Facebook, Twitch, on BLUESKY at @lakersfastbreak.bsky.social, e-mail us lakersfastbreak@yahoo.com or catch our audio of the Lakers Fast Break today at ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://anchor.fm/lakers-fast-break⁠, Spotify, Apple Podcasts, or your favorite podcast outlet! The views and opinions expressed on the Lakers Fast Break are those of the panelists or guests themselves and do not necessarily reflect the official policy or position of the Lakers Fast Break or its owners. Any content or thoughts provided by our panelists or guests are of their opinion and are not intended to malign any religion, ethnic group, club, organization, company, individual, anyone, or anything. Presented by our friends at ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠lakerholics.com⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠, ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠lakersball.com⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠, ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠Pop Culture Cosmos⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠, ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠Inside Sports Fantasy Football⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠, ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠Vampires and Vitae⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠, ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠SynBlades.com⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠, ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠YouTube's John Mikaelian⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠, the novel Congratulations, You Suck (available at Amazon and Barnes and Noble), ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠The Happy Hoarder⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠, EmpireJeffTV, and ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠Retro City Games!

Bate Pé
Não há música de verão? Viver fechado numa bolha, Escapar do online, Série chocante, "Ele tem um império", Ser mediano, Festival de hambúrgueres, Motivação de forma parva

Bate Pé

Play Episode Listen Later Sep 14, 2025 43:15


Este podcast tem o apoio de Activobank. E no meio de doença e tragédia, erguemo-nos das trevas e decidimos gravar episódio (só a Mafalda, porque o Rui claro que está de excelente saúde). Esta semana ficamos chocados com o twist de uma série. Já agora queremos saber se já viram! Digam nos comentários. Depois uma conversa um bocado mais sério sobre vivermos numa bolha até no online. Vivermos rodeados de coisas super confortáveis pode tornar-se confortável demais...ou não? Concordam?

The World's Best Construction Podcast
The September QUIZ - #157

The World's Best Construction Podcast

Play Episode Listen Later Sep 11, 2025 37:32


This week, the infamous World's Best Construction Podcast QUIZ returns in dramatic fashion! In this instalment, Fred & Liam compete in the following themed rounds: Rail, Airport, Audio, Skyscraper, German, Merdeka 118, American Construction History, and Popular Culture... there can only be one winner.We end the show with messages from Jay Kennard, Martin Krus, and Rui.Get in touch! Podcast@TheB1M.comwww.TheB1M.com Hosted on Acast. See acast.com/privacy for more information.

Rádio Comercial - Hollywood Express
The Conjuring - Extrema Unção. É o último capítulo desta saga do paranormal.

Rádio Comercial - Hollywood Express

Play Episode Listen Later Sep 5, 2025 11:20


Patrick Wilson e Vera Farmiga voltam a juntar-se para o derradeira capítulo da saga "The Conjuring". Inspirado na história real de Ed e Lorraine Warren, este filme é para os amantes do paranormal. A Marta Campos está de volta e traz-lhe as novidades do cinema. O Pedro Andrade conta-lhe ainda o que pode ver na televisão.Hollywood Express com Patrícia Pereira, Marta Campos, Pedro Andrade, Nuno Gonçalo e Mário Rui.

Business of Apps
#243: Acquiring quality mobile users programatically with Rui Mateus, CTO of Mobrand

Business of Apps

Play Episode Listen Later Sep 1, 2025 21:03


Yet another summer is wizzed by with a jet speed. With a few days left, we want to signify this moment by sharing with you yet another App Talk interview from App Promotion Summit London 2025, this time with Rui Mateus, CTO of Mobrand. At the interview, Rui brilliantly laid out the state of programmatic advertising for mobile apps. He touched on the need for control and transparency in programmatic, the performance-based model, scaling and rebranding, ad fraud challenges, the role of AI in programmatic, and more. Today's topics include: Control and transparency in programmatic: why marketers now demand visibility into KPIs, performance, and audience targeting rather than just raw results. Performance-based model: Mobrand's approach of charging advertisers only when quality users take meaningful in-app actions. Technology as core DNA: Mobrand building its own bidder, using open RTB, and positioning itself as a tech company in the ad tech ecosystem. Scaling and rebranding: maintaining momentum, keeping a lean but skilled team, and presenting Mobrand as a premium partner for app developers. Ad fraud challenges: the scale of invalid traffic, detecting fraud through behavioural analysis, and the constant “arms race” with fraudsters. Role of AI in programmatic: lowering entry barriers, enabling better audience modelling, and driving higher quality performance for advertisers. Expansion of programmatic channels: growth in connected TV (CTV), digital out-of-home, and cross-channel strategies. Client focus: subscription apps, gambling, and finance apps with long conversion funnels where performance and quality users are critical. Future vision: becoming a one-stop shop for app developers, simplifying promotion, and delivering seamless growth without unnecessary complexity. Links and Resources: Rui Mateus on LinkedIn Mobrand website Business Of Apps - connecting the app industry Quotes from Rui Mateus “I consider that Mobrand is not necessarily a marketing company. It's a tech company. We have a very big technological background, and when you have the technology, you have the control — and then you can give that to the companies you're working with.” “Our biggest challenge with programmatic at the moment is the amount of invalid traffic that exists on the bidstream. You think you are bidding on real users and you are not. There is a lot of bots making the whole flow as if they were users” “Our objective is to be an alternative for app developers and to provide real value. We want to cut a little bit of the complexity of this market and build a platform where everything is as seamless as possible.” Host Business Of Apps - connecting the app industry since 2012

Silver Screen & Roll: for Los Angeles Lakers fans
PART 2: What is Rui's ideal role? Does it exist on these Lakers?

Silver Screen & Roll: for Los Angeles Lakers fans

Play Episode Listen Later Aug 29, 2025 29:20


Rui is a useful player. He really is. How can he be the most useful to the Lakers? To learn more about listener data and our privacy practices visit: https://www.audacyinc.com/privacy-policy Learn more about your ad choices. Visit https://podcastchoices.com/adchoices

Silver Screen & Roll: for Los Angeles Lakers fans
PART 1: Rui's next contract; When is it time to more seriously talk about trading Reaves?

Silver Screen & Roll: for Los Angeles Lakers fans

Play Episode Listen Later Aug 25, 2025 33:06


The Lakers have treated both Rui Hachimura and Austin Reaves like two key parts of their "core." Anthony discusses Rui's next contract and then answers questions about trading Austin Reaves. To learn more about listener data and our privacy practices visit: https://www.audacyinc.com/privacy-policy Learn more about your ad choices. Visit https://podcastchoices.com/adchoices

Silver Screen & Roll: for Los Angeles Lakers fans
PART 2: What if the Lakers swapped out starters to match up with opponents?

Silver Screen & Roll: for Los Angeles Lakers fans

Play Episode Listen Later Aug 19, 2025 39:01


One concept lobbed out there as an option for the Lakers' starters was a variable group where, on some nights, Smart starts against a team with a perimeter-oriented primary creator and, on others, Rui starts to match up with a different kind of team. Anthony explains why he likes the idea in theory, but why it likely won't happen. He then gets interrupted by Myles and wraps with a couple questions from the live audience. To learn more about listener data and our privacy practices visit: https://www.audacyinc.com/privacy-policy Learn more about your ad choices. Visit https://podcastchoices.com/adchoices

Silver Screen & Roll: for Los Angeles Lakers fans
FULL: Luka gives us an injury scare; MAILBAG on Rui, next superstar, trade rumors

Silver Screen & Roll: for Los Angeles Lakers fans

Play Episode Listen Later Aug 18, 2025 54:44


Anthony opens all the various mailbags to answers your questions. First, though, he updates the Luka Doncic injury situation after he gave us all a scare over the weekend. Listeners asked about Rui sacrificing in a contract year, Luka's next co-star and plenty more. To learn more about listener data and our privacy practices visit: https://www.audacyinc.com/privacy-policy Learn more about your ad choices. Visit https://podcastchoices.com/adchoices

Lakers Fast Break
Lakers Weekend- So What Is YOUR Lakers Starting Lineup?

Lakers Fast Break

Play Episode Listen Later Aug 18, 2025 82:31


As we inch along the NBA summer, and with the Lakers pretty much at a set roster, the only debates these days center around who should be in the starting lineup for the Lakers the majority of the season. Tune in as Gerald Glassford, along with Legend from I Got Next Sports Media, shares thoughts on (as of now) who they think should be the starting 5, and if it differs from the audience. Should Marcus Smart be moved ahead of Rui or Reaves? Is Jake LaRavia in play? Is Jared Vanderbilt even an option? Tune in as we share our thoughts on what should be the starting lineup as we head into the season. Plus, guess who the new rumored name of the week is? None other than Malik Monk. Is this even a possibility? Find out as we head into another great Lakers Weekend with thoughts on the Lakers and more right here on the Lakers Fast Break podcast! Check out Dodgers baseball on Playback at https://www.playback.tv/thejoesorooxperimentJoe's new game Coreupt is OUT NOW! Wish List it here: https://store.steampowered.com/app/23... Lakers Fast Break now has YouTube memberships! Join today at / @lakersfastbreak and for just $2.99 a month, you get access to LFB badges and emojis, channel page recognition, and more! Check out Stone Hansen on Twitter @report_court, Alfred Ezman @alfredezman, and John Costa's channels: Clutch Talk- / @clutchtalkpod and Lakers Corner- / @lakerscorner and Legend350 on his new channel / @sportslegend2018 Special Deals today from our friends at #temu today at https://temu.to/m/u1samwbo8cc use code: aca785401 and you might save some $$$ at TEMU! Take a look at the line of Kinhank Mini PC's and retro game machines today at https://www.kinhank-retrogame.com?rs_ref=e8NA2Rm2 for some gaming and computing fun from Kinhank! Don't forget to watch the Lakers games with us LIVE at playback.tv/lakersfastbreak and our newest Lakers Fast Break merchandise site is now up at ⁠http://tinyurl.com/yerbtezk check it out! Please Like, Share, and Subscribe to our channel and our social media @lakersfastbreak on Twitter, Instagram, Facebook, Twitch, on BLUESKY at @lakersfastbreak.bsky.social, e-mail us lakersfastbreak@yahoo.com or catch our audio of the Lakers Fast Break today at ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://anchor.fm/lakers-fast-break⁠, Spotify, Apple Podcasts, or your favorite podcast outlet! The views and opinions expressed on the Lakers Fast Break are those of the panelists or guests themselves and do not necessarily reflect the official policy or position of the Lakers Fast Break or its owners. Any content or thoughts provided by our panelists or guests are of their opinion and are not intended to malign any religion, ethnic group, club, organization, company, individual, anyone, or anything. Presented by our friends at ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠lakerholics.com⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠, ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠lakersball.com⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠, ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠Pop Culture Cosmos⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠, ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠Inside Sports Fantasy Football⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠, ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠Vampires and Vitae⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠, ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠SynBlades.com⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠, ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠YouTube's John Mikaelian⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠, the novel Congratulations, You Suck (available at Amazon and Barnes and Noble), ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠The Happy Hoarder⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠, EmpireJeffTV, and ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠Retro City Games!

Practice Portuguese
Beijos e Bolas de Berlim (LIVE!)

Practice Portuguese

Play Episode Listen Later Jul 2, 2025 33:24


What do Portuguese people eat for breakfast? Why do we greet women with two kisses on the cheek? And who eats 'Bolas de Berlim' at the beach? In this live-recorded episode, Rui and Joel discuss some of Portugal's most interesting habits.

Modern Soccer Coach Podcast
Rui Faria on Tactical Methodology, Working with Mourinho, and Current State of the Game!

Modern Soccer Coach Podcast

Play Episode Listen Later May 28, 2025 65:25


Gary is joined by Rui Faria this week. Rui had seventeen years working with Jose Mourinho at Porto, Chelsea, Inter Milan, Real Madrid and Manchester United with phenomenal success during this time. He is credited with the tactical methodology that has had a dramatic impact on the world of coaching. Here he discusses: - What is the REAL starting point for a tactical methodology - How did Rui and Mourinho create different styles in variety of cultures, but keep consistent - Has coaching lost it's way alongside science? - Why did he take away GPS monitoring at Manchester United? And much more!! Please leave a rating and a review if you enjoy it!

Laker Film Room - Dedicated to the Study of Lakers Basketball

Coming off a season in which he showed good improvement defensively, refined his role offensively, and closed the playoff strong, Rui Hachimura had one of his better seasons. But, with the Lakers' need for a center and another defensive wing, could Rui's time in LA be coming to a close? Pete and Darius discuss Rui's future with the Lakers and all the factors at play that could impact whether he's with the team long term or not.  Support Pete here: Patreon: https://www.patreon.com/lakerfilmroom Buy Me a Coffee: https://buymeacoffee.com/lakerfilmroom Pete's YouTube: https://www.youtube.com/@LakerFilmRoom Pete's Playback: https://www.playback.tv/lakerfilmroom For Feedback or Questions: lakerfilmroom@gmail.com To learn more about listener data and our privacy practices visit: https://www.audacyinc.com/privacy-policy Learn more about your ad choices. Visit https://podcastchoices.com/adchoices

Laker Film Room - Dedicated to the Study of Lakers Basketball
Lakers Turn Up Defensive Pressure, Take Game 2

Laker Film Room - Dedicated to the Study of Lakers Basketball

Play Episode Listen Later Apr 23, 2025 42:46


The Lakers turned up their defensive intensity and physicality, holding the Wolves to just 85 points to secure a much needed win and even up their 1st round series at one game apiece. Pete and Darius react to the win, highlighting the team's improvements on the defensive side of the ball, Luka's strong night as a scorer and shot creator, Austin Reaves finding his offensive game from two-point range, Rui's strong night on defense, and the wonderful floor game from LeBron James.  Support Pete here: Patreon: https://www.patreon.com/lakerfilmroom Buy Me a Coffee: https://buymeacoffee.com/lakerfilmroom Pete's YouTube: https://www.youtube.com/@LakerFilmRoom Pete's Playback: https://www.playback.tv/lakerfilmroom For Feedback or Questions: lakerfilmroom@gmail.com To learn more about listener data and our privacy practices visit: https://www.audacyinc.com/privacy-policy Learn more about your ad choices. Visit https://podcastchoices.com/adchoices

Laker Film Room - Dedicated to the Study of Lakers Basketball

The Lakers switch-heavy defense invites mismatch hunting and the 1-on-1 scenarios that Anthony Edwards can thrive in. Pete & Darius discuss what makes Ant such a threat in isolation, how the Lakers will try to defend him with multiple players, and Julius Randle's importance as a secondary shot creator for the Wolves. Support Pete here:Patreon: https://www.patreon.com/lakerfilmroomBuy Me a Coffee: https://buymeacoffee.com/lakerfilmroomPete's YouTube: https://www.youtube.com/@LakerFilmRoomPete's Playback: https://www.playback.tv/lakerfilmroomFor Feedback or Questions: lakerfilmroom@gmail.com

Laker Film Room - Dedicated to the Study of Lakers Basketball

The regular season ended with the Lakers winning 50 games and locking in the #3 seed. The guys reflect on the dramatic twists and turns of this year's 82-game marathon. Support Pete here:Patreon: https://www.patreon.com/lakerfilmroomBuy Me a Coffee: https://buymeacoffee.com/lakerfilmroomPete's YouTube: https://www.youtube.com/@LakerFilmRoomPete's Playback: https://www.playback.tv/lakerfilmroomFor Feedback or Questions: lakerfilmroom@gmail.com

The Daily Zeitgeist
MJGMB #158: Will The Lakers be Playing on 6:16 in LA with Claire De Lune

The Daily Zeitgeist

Play Episode Listen Later Mar 26, 2025 45:40 Transcription Available


The guys were pleased to be joined by NBA writer (The Guardian), vocalist and songwriter for Tiny Deaths, Claire De Lune on today's episode to discuss the state of the Los Angeles Lakers now that LeBron and Rui are back in the rotation. The trio also dove into some contenders vs pretenders from around the league.See omnystudio.com/listener for privacy information.