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Neste episódio do Perguntar Não Ofende, a convidada é Mariana Vieira da Silva, ex-ministra da Presidência e figura central do último governo socialista liderado por António Costa. Com o Partido Socialista a enfrentar uma das suas maiores crises em décadas — passando, pela primeira vez em meio século, a terceira força política nacional —, a conversa gira em torno da surpreendente rapidez com que o partido geriu a sucessão interna, sem debate ou reflexão estratégica. Em poucos dias, os socialistas parecem ter escolhido José Luís Carneiro como líder, numa transição marcada mais pela urgência de evitar nova derrota autárquica do que pela preparação de uma nova fase política. Mariana Vieira da Silva esteve no centro da governação socialista durante quase uma década e manteve-se fora da disputa interna, mas foi apontada como potencial alternativa à liderança. Nesta conversa, fala-se da sua leitura sobre a “transição simplex” no PS, da queda abrupta de um partido com maioria absoluta para uma oposição fragmentada, e da ameaça real que representa o crescimento do Chega. Discutem-se ainda os erros de gestão política após o terramoto de 2023, o papel dos autarcas nas decisões do partido, o impacto da pandemia na sua visibilidade e o estado atual da esquerda portuguesa. Com a experiência de quem esteve no centro do poder, Mariana Vieira da Silva ajuda-nos a perceber o que correu mal, o que está em causa e o que pode vir aí. Uma hora para olhar, com calma, para um partido em turbulência e para um país em transição.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Afastamento da emissora pública portuguesa RTP pela Presidência de Angola visto como recado à independência da imprensa. Académico alerta para necessidade de consciencialização para riscos do crescimento da extrema-direita na Europa. Quénia quer expandir exportação de chá para mercado chinês.
Rumo às legislativas de 18 de maio, continuam os debates entre líderes políticos. Frente a frente estão André Ventura, presidente do Chega, e Mariana Mortágua, coordenadora do Bloco de Esquerda. Oiça aqui o debate, com moderação da jornalista Nelma Serpa Pinto, transmitido na SIC Notícias.See omnystudio.com/listener for privacy information.
A Frontex, agência europeia de fronteiras, comunicou que no primeiro trimestre deste ano, entraram na Europa menos 33.600 imigrantes irregulares em relação a igual período do ano passado. Em 2024, a queda já tinha sido de 38%. As organizações de direitos humanos dizem que a queda fica a dever-se em parte às políticas mais securitárias da União Europeia. Neste episódio, conversamos com Miguel Duarte, activista da Associação HuBB – Humans Before Borders.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Foi ministro de vários governos socialistas e esteve na cadeira da presidência da Assembleia da República. Eduardo Ferro Rodrigues afirma temer que “a única solução” governativa seja um bloco central dirigido pelo PS ou PSD. Sobre o primeiro-ministro Montenegro, considera que tem uma “cultura de chico-espertismo” e garante que não voltará à política. Ouçam-no na primeira parte da conversa com Bernardo MendonçaSee omnystudio.com/listener for privacy information.
O governo caiu. O regateio parlamentar tentado pela maioria foi inútil. Vêm aí eleições, precisamente um ano depois das últimas. A campanha eleitoral já começou. Os líderes das duas principais forças políticas foram mostrar-se à Bolsa de Turismo de Lisboa. Quisemos seguir-lhes o exemplo. Também foi lá que estivemos esta semana, no pavilhão do Centro de Portugal. Com Francisco Mendes da Silva no lugar de Pedro Mexia, temporariamente ausente.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Quando o Expresso da Meia-Noite começou estávamos à beira de umas eleições antecipadas, aquelas em que António Guterres se demitiu e Durão Barroso acabou por ganhar. Já passaram 23 anos. É caso para dizer: “Cá vamos nós, outra vez”. Marcelo tornou-o certo ao marcar eleições para dia 18 de maio, na antevéspera deste programa. Como vai ser esta campanha? Como é que as pessoas vão votar? E, sobretudo, depois de sabermos o resultado, que Governo vamos ter? Até quando podemos prever tanta instabilidade? Para nos esclarecer, temos no episódio desta semana João Costa, do PS e ex-ministro da educação, Marisa Matias, deputada do BE, Hugo Carneiro, deputado do PSD, e Mariana Leitão, líder Parlamentar da IL. A moderação foi feita por Ricardo Costa e Ângela Silva. Ouça aqui o programa em podcast emitido na SIC Notícias a 14 de março. See omnystudio.com/listener for privacy information.
Vendas da Tesla na União Europeia caíram para metade em janeiro face ao mesmo mês do ano passado. Esta queda acontece numa altura em que as vendas globais de carros eléctricos continua a crescer mas, ao mesmo tempo, estão a degradar-se as relações atlânticas muito por responsabilidade de Elon Musk, com apoio à extrema-direita europeia. Neste episódio, conversamos com o jornalista João Miguel Salvador.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Friedrich Merz foi o vencedor das eleições na Alemanha. Numa altura de diversas tensões geopolíticas pelo continente e além fronteiras, os olhos estavam postos numa das principais potências europeias. De que modo os resultados eleitorais podem influenciar os próximos passos da União Europeia? Ouça o comentário de Catarina Martins e de Cecília Meireles na versão podcast do programa Linhas Vermelhas, emitido na SIC Notícias a 24 de fevereiro.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Esta semana, no seu habitual espaço de comentário, Nuno Rogeiro analisa as eleições na Alemanha e aborda o tema das centrais nucleares que têm vindo a fechar desde os anos de 1990. ”Acho que vai haver regresso da discussão das centrais nucleares, porque os alemães não querem voltar à dependência da energia russa, mas querem, obviamente, uma energia, não digo barata, mas pelo menos ao alcance daquilo que são as possibilidades do cidadão alemão comum”. Oiça aqui em podcastSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Imigração domina a campanha eleitoral na Alemanha. Imigrantes no país estão preocupados. Aumentam casos de cólera em Angola. Egito estaciona suas tropas junto a fronteira com Israel.
Em Angola, arrancou a vacinação contra a cólera, mas que não chegará a todos. Especialista afirma que há outras vacinas e sem custos que podem ajudar todas as pessoas. Completa-se hoje 64 anos desde o início da luta armada de libertação nacional, contra o regime colonial português em Angola. Há ex-combatentes que lutam hoje para sobreviver às dificuldades financeiras.
O secretário-geral do PS, embora afirme que recusa rótulos, procura recentrar o partido reconhecendo erros no dossier da imigração, assumindo o legado de Fernando Medina que uma frente de esquerda pode ter a tentação de renegar e dando prioridade às questões económicas, deixando para segundo plano as causas fracturantes. David Dinis, João Pedro Henriques e Liliana Valente fizeram a entrevista e é com a coordenadora da secção de política que conversamos neste episódio.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Donald Trump na Casa Branca, Elon Musk no X, Mark Zuckerberg no Facebook são os protagonistas do Eixo do Mal em podcast, com Daniel Oliveira, Luís Pedro Nunes, Pedro Marques Lopes e Clara Ferreira Alves. Uma América do Alasca à Gronelândia, passando pelo Canadá e voltando a controlar o Canal do Panamá. Eis as ambições anunciadas por Trump, esta semana. De caminho, disse que compreendia as posições de Putin. Tudo isto e ainda nem tomou posse. A manipulação da informação e o papel das redes sociais na política contemporânea, com Musk e Zuckerberg à cabeça, pouco interessados na verificação dos factos nos respetivos X e Facebook, marca o início de mais um capítulo da saga Trump. O Eixo do Mal foi emitido na SIC Notícias a 09 de janeiro.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Elon Musk está a ser acusado, por vários dirigentes europeus, de promover uma aliança internacional alinhada com ideais de extrema-direita. O dono da X e Tesla gosta de protagonismo, mas o poder político que tem acumulado o homem mais rico do mundo será apenas parte de um problema maior? À procura de resposta, neste episódio, conversamos com Vicente Valentim, professor universitário e cientista político.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Criminalidade, saúde e trabalho. Foi revelado um estudo levado a cabo pela Fundação Francisco Manuel dos Santos sobre os fenómenos da emigração e, genericamente, existem várias diferenças entre as percepções dos portugueses em relação à emigração e a realidade, sobretudo em áreas como a Segurança Social e a criminalidade. O que explica estes resultados? É o efeito da direita radical? Ouça o comentário de Miguel Morgado e de Miguel Prata Roque na versão podcast do programa Linhas Vermelhas, emitido na SIC Notícias a 18 de dezembro.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Temáticas como as questões da imigração e a polémica em torno da disciplina de Cidadania nas escolas foram apenas uma fração dos assuntos abordados no congresso do PSD. Que conclusões podem ser retiradas do discurso de Luís Montenegro? Em que consistem as propostas apresentadas pelo primeiro-ministro e em que medida se baseia a tese de quem defende que Montenegro se esteja a aproximar da extrema-direita? Ouça a análise de Catarina Martins e Cecília Meireles na versão podcast do programa Linhas Vermelhas, emitido na SIC Notícias a 21 de outubro.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Moção contra o governo Barnier poderá prosperar se a extrema direita votar a favor.
Em Moçambique, proposta da FRELIMO sobre a criação de uma Lei de Repatriamento de Capitais e a obrigatoriedade de declarar bens de proveniência ilícita divide opiniões. No Médio Oriente, aumenta receio de uma nova escalada de violência após explosões no Líbano. Ainda neste jornal conheça uma camaronesa que quer fazer frente à extrema-direita no estado alemão de Brandemburgo.
Michel Barnier, o novo Primeiro-Ministro nomeado nesta quinta-feira pelo Presidente francês encetou as suas consultas políticas com vista à formação de um governo, contra o qual desde já a esquerda disse que iria apresentar uma moção de censura, enquanto a extrema-direita condiciona o seu apoio ao programa político que irá ser apresentado. Oriundo do partido dos Republicanos, quarta força mais votada nas últimas legislativas, Michel Barnier é considerado como um homem com uma forte capacidade de negociação. Exerceu cargos ministeriais no passado, tendo sido nomeadamente Ministro do Ambiente, foi Comissário Europeu e também um dos mediadores europeus do Brexit.Todavia, ele chega num contexto de crise política profunda, na sequência das legislativas de Julho em que a Nova Frente Popular, à esquerda, chegou à frente mas sem conseguir a maioria absoluta, sendo que o bloco centrista chegou em segundo lugar e a extrema-direita não conseguiu concretizar o anseio de chegar ao poder, mas duplicou o número de deputados no parlamento.É perante uma sociedade francesa e uma Assembleia Nacional extremamente fragmentadas que Michel Barnier vai ter de apresentar um governo e um projecto que ele anunciou desde já ser de "ruptura", com a ameaça constante de uma queda iminente.Foi sobre este momento peculiar da vida política francesa que conversamos com o historiador Victor Pereira que começa por evocar a posição de fragilidade do novo chefe do governo e do campo político que ele representa.RFI: O que é esta nomeação traduz, tendo em conta que os Republicanos, o partido de Michel Barnier, chegaram em quarto lugar nas legislativas?Victor Pereira: Macron foi buscar, de facto, uma pessoa com estatura ministerial e com experiência, mas que vem de um partido que desde 2017 tem muito pouco peso político a nível nacional. Obviamente, que o que parece é que Macron quis buscar uma pessoa que continuasse a política que ele fez, nomeadamente a reforma das pensões, a reforma do fundo de desemprego, as medidas que ele quer manter, mas que pudesse dar algumas garantias à extrema-direita. Em 2021, quando foi às primárias dos republicanos, Michel Barnier disse que ia acabar com a imigração, que ia aumentar o número de expulsões, que ia acabar com a assistência médica aos estrangeiros, um discurso que é o discurso da extrema-direita francesa. Então, talvez o Macron pensou que ele ia estar em posição bastante fraca perante ele, que ia manter a política que o Macron quer continuar a ter.RFI: Para a esquerda, o que isto significa, sobretudo, é que Macron, apesar de ter sido o grande derrotado nas legislativas, não quer deixar o poder.Victor Pereira: Isso mesmo, foi derrotado, mas ele disse que "ninguém ganhou". Isso quer dizer que ele não aceita publicamente ter perdido e, sobretudo, ele quer manter a política que ele tem. Agora vamos ver como é que vai ser formado o governo e também quanto tempo vai ser necessário para ter um governo inteiro. E vamos ver quem vai estar nesse governo e quem não vai estar no governo. Mas, ao que parece, a grande preocupação de Macron é, de facto, manter-se numa posição dominante. O que as eleições mostraram é que muitos franceses não querem que seja assim e quiseram mostrar um sinal forte de mudança, mas que talvez ele (Emmanuel Macron) não queira compreender.RFI: Ao apostar na estratégia de "Castets ou nada", a esquerda não fechou algumas portas a si-própria?Victor Pereira: É difícil porque o que se passou depois das novas eleições, é uma coisa que Macron não estava à espera e que derrotou a sua estratégia. Ele pensou que com os conflitos que existem na esquerda, nomeadamente entre a França Insubmissa de Mélenchon e o PS, mas também o Partido Comunista, que a esquerda estava muito dividida há vários anos e que essa divisão ia permitir-lhe, mais uma vez, ganhar as eleições. O que Macron não pensou de todo é que, em apenas quatro dias, a esquerda conseguiu unir-se a ter um programa comum e ter candidatos comuns. E isso foi uma das causas da derrota de Macron. É uma coisa que não antecipou de todo e que, de facto, a Frente Republicana fez em parte a favor da esquerda. Desde então, o que tentou muito Emmanuel Macron, nomeadamente quando ele dizia que não queria nomear Castets (candidata ao posto de Primeira-Ministra pela esquerda da Nova Frente Popular) e que ele pensava, nomeadamente em Cazeneuve (membro do PS), era tentar mais uma vez dividir a esquerda, nomeadamente parte do PS, que aceitaria participar no Governo com o partido de Macron e a direita. Só que Olivier Faure, secretário-geral do Partido Socialista, não seguiu este caminho, apesar de alguma divisão dentro do PS e ficou fiel à coligação da Nova Frente Popular, talvez sabendo que se ele saísse e acabasse com a Nova Frente Popular, talvez seria o fim, mais uma vez do PS e abriria uma avenida, pelo menos nas próximas eleições presidenciais, ao Jean-Luc Mélenchon (líder da França Insubmissa). Então Emmanuel Macron, mais uma vez, não conseguiu. E agora é ver se a Nova Frente Popular vai continuar a ser unida nomeadamente em caso de voto numa Moção de censura às medidas que vai apresentar Barnier e muito rapidamente o próximo orçamento.RFI: A extrema-direita de Marine Le Pen acaba por aparecer, nestes últimos dias, como o "fiel da balança". Que impacto é que isto pode ter para o futuro?Victor Pereira: Parece que Macron recebeu várias vezes Marine Le Pen para tentar saber o que é que ela achava de alguns candidatos (a Primeiro-Ministro) e isso chocou parte da opinião pública, porque nas últimas eleições houve uma frente republicana contra a extrema-direita. O próprio Macron, desde 2017, diz que ele é um candidato que vai lutar contra a extrema-direita e fazer com que a extrema-direita não possa subir mais eleitoralmente e chegar ao poder. E agora parece quase que a extrema-direita está em posição de dizer quem pode ou não estar no governo. E isso vem depois da lei de Imigração, que foi votada em finais de 2023, em que se viu que o governo de Elisabeth Borne propunha medidas que a extrema-direita considerou como suas e achou que essa lei sobre a imigração era uma vitória eleitoral da extrema-direita. Então, mais uma vez, Emmanuel Macron, que sempre disse que ia lutar contra a extrema-direita, dá a impressão de isto ser uma transição para a extrema-direita e, em vez de combatê-la, dá-lhe uma força que se viu nas últimas eleições. Nunca a extrema-direita teve um tão bom resultado eleitoral em França.RFI: Que hipótese Barnier tem de conseguir, para já, formar um governo de união? A União Nacional (extrema-direita) já disse que não vai participar. E do lado da esquerda, também dizem que vão apresentar uma moção de censura. Quem é que vai entrar nesse governo?Victor Pereira: Bom, é muito provável que vão entrar pessoas do campo de Macron e talvez algumas pessoas do partido dele e ainda tem de ser pessoas um bocadinho independentes. Sobre a esquerda, não me parece que alguém aceite. Então vai ser um governo 'Ensemble-LR' e não é impossível que os Republicanos aceitem apoiar o governo sem ter ministros dentro. Mas muito provavelmente o que vai acontecer é que os franceses não vão compreender que, depois da derrota do Macron nas Europeias, na derrota de Macron nas eleições legislativas, vamos ter de novo, provavelmente, um governo com principalmente pessoas que vêm do campo do Macron.RFI: Que hipóteses Barnier tem de conseguir ficar?Victor Pereira: Isso vai depender muito da extrema-direita, de facto, porque vamos ver se ele vai dar garantias também à extrema-direita. E como é que são as garantias para a extrema-direita? Ter um discurso ofensivo sobre a imigração, sobre a segurança, um discurso que o próprio Barnier já teve nas primárias da direita em 2021. E isso vai ser uma das chaves: até que momento a extrema-direita vai deixá-lo governar. É muito provável que ele vai tentar negociar o orçamento e outras medidas, e que a esquerda também vote uma moção de censura. É um governo que está muito a prazo.RFI: O primeiro desafio vai ser fazer votar um orçamento. Tradicionalmente, o orçamento começa a ser analisado no Parlamento em Outubro. Já falta pouco tempo. Como é que se vai dar essa equação?Victor Pereira: É preciso formar um governo. Isso não vai ser assim tão fácil porque, por exemplo, na última vez, o governo só ficou completo depois de um mês e não era necessário negociações tão amplas como agora com os Republicanos. E, de facto, vai ser preciso encontrar o ministro das Finanças. Muito provavelmente não vai ser o Lemaire (Ministro das Finanças do anterior governo) apesar de ser da direita. Ele disse várias vezes que queria sair e já tem um emprego na Suíça. É preciso encontrar um Ministro das Finanças e um secretário de Estado ou ministro do Orçamento, que consiga muito rapidamente estabelecer um orçamento, quando as contas públicas francesas estão muito mal (mais de 5% de défice). Isso vai ser um elemento ainda mais complicado para o novo governo Barnier, que vai ser apresentar um orçamento que, depois, possa ser aceite pelo Parlamento, mas também pela Comissão Europeia.RFI: Que outros dossiers esperam Barnier? Mencionou, designadamente a questão da reforma do sistema de aposentações, que é aquele dossier que foi alvo de muita polémica, muita controvérsia, com toda a sociedade praticamente a mobilizar-se contra esta lei. Há também a questão do subsídio de desemprego, que é preciso também resolver rapidamente, uma vez que um novo dispositivo poderia entrar em vigor dentro de algumas semanas. Há muito trabalho pela frente.Victor Pereira: Sim, sim, obviamente há muito trabalho pela frente. Acho que no que toca às apresentações, Barnier não vai tocar na reforma que passou com muita contestação da oposição, da rua e dos sindicatos. Estava na calha uma reforma do subsídio de desemprego para reduzir ainda os direitos dos desempregados. Uma reforma que o Attal (anterior Primeiro-Ministro) enterrou depois das eleições europeias. Vamos ver o que é que vai fazer, se vai ser uma das prioridades ou se vai deixá-la para não provocar logo uma guerra com a esquerda. E, obviamente, depois a vida quotidiana vai retomar os seus direitos. Desde já, um dos temas foi muito falado durante as eleições, foi o peso que a extrema-direita tem nos medias. Vamos ver como é que o Barnier vai lidar com isto. Será que ele vai seguir a agenda imposta pelos canais de extrema-direita, os Fox News franceses, ou vai tentar reduzir o peso desses medias? Isso é um tema também que pode aparecer em breve.RFI: A esquerda, desde já, renovou o convite para uma grande mobilização neste sábado contra esta situação. Como é que se apresentam os próximos tempos?Victor Pereira: Obviamente, a esquerda vai tentar dizer que a vontade popular não é respeitada com essa escolha e vai tentar mobilizar na rua. Não parece que haja um grande movimento. Posso estar enganado. Além, talvez, de um protesto, pode haver um grande cansaço, porque as pessoas mobilizaram-se. Nunca houve tão pouca abstenção e vemos que Macron decidiu não tomar realmente em conta esse resultado. Obviamente, talvez não logo, mas vai ser mais difícil para o governo Barnier, se ele conseguir manter-se, fazer passar leis impopulares, porque muito provavelmente os sindicatos e parte dos partidos de esquerda vão tentar não deixar passar algumas medidas impopulares.
Arranca hoje em Pequim o Fórum de Cooperação China-África. Em Angola, o Presidente João Lourenço apelou, recentemente, aos militantes do MPLA para que denunciem atos de "nepotismo" nas promoções para altos cargos de direção no partido. Analista diz que se trata de um recado aos concorrentes. O impacto da vitória da extrema-direita em eleições regionais na Alemanha para eleições do próximo ano.
O partido de extrema-direita AfD, anti-imigração e anti-islamismo, venceu de forma clara as eleições no estado da Turíngia (onde, há 94 anos, os nazis chegaram pela primeira vez ao poder) e ficou em segundo lugar na Saxónia. Os partidos que governam a Alemanha em coligação sofreram pesadas derrotas. Um novo partido de extrema-esquerda, também anti-imigração, ficou em terceiro lugar nos dois estados. Neste episódio, conversamos com Cátia Moreira de Carvalho, professora na Universidade de Leiden e IPRI da Universidade Nova de Lisboa.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Ossufo Momade, líder e candidato presidencial da RENAMO, arrancou a sua campanha eleitoral a prometer acabar com a corrupção em Moçambique. E do lado da FRELIMO, uma aparição pouco habitual: Armando Guebuza anunciou o seu apoio a Daniel Chapo. Na Alemanha, pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial, um partido de extrema-direita ganhou eleições regionais.
No momento em que se abre um novo ciclo político, com a reeleição de Roberta Metsola e a tentativa de fazer o mesmo com Ursula Von der Leyen, a Hungria tem a responsabilidade de presidir à UE. Viktor Orbán escolheu desafiar os seus parceiros e encontrou-se com Putin e Xi Jinping, sofrendo agora um boicote da Comissão Europeia e de vários países à agenda da sua presidência. Henrique Burnay, consultor em Assuntos Europeus e colunista do Expresso, lembra a expressão “idiota útil” para descrever alguém que fica mal na fotografia mas consegue o que quer. Neste caso, nem isso aconteceu.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Em França ninguém sabe quem vai governar, nem o Presidente, que escreveu uma carta aos franceses pedindo-lhes paciência para que os partidos se entendam. No partido de Macron querem um governo do centro-esquerda à direita, deixando os extremos livres para fazerem oposição até às presidenciais de 2027. Neste episódio, conversamos com Clara Ferreira Alves, colunista no Expresso e comentadora na SIC.See omnystudio.com/listener for privacy information.
As propostas dos partidos franceses representam aumentos significativos na despesa. Segundo vários especialistas, estas promessas vão pressionar a economia francesa que já se encontra debilitada e aumentar a incerteza nos mercados financeirosSee omnystudio.com/listener for privacy information.
A França realizou neste domingo (07/07) o segundo turno das eleições legislativas do país. Como previsto, a Nova Frente Popular, coalizão de esquerda, conquistou 182 assentos no parlamento. Porém, o resultado ficou abaixo da maioria absoluta de 289 assentos e portanto, a formação de um novo governo deverá ser negociada.
A vitória que as sondagens previam para o partido de Jordan Bardella e Marine Le Pen foi impedida pela aliança tática entre os liberais afetos ao Presidente da República e a ampla frente de esquerda. Com o Parlamento dividido em três grandes blocos, a governabilidade anuncia-se complicada. Oiça a análise no podcast O Mundo a Seus Pés Nada disto nos diz, porém, como será governada França nos próximos anos. Os convidados deste episódio são os jornalistas Mara Tribuna e Hélder Gomes, da equipa internacional do Expresso, que participaram na cobertura da recente campanha eleitoral. A conversa é conduzida pelo editor da secção, Pedro Cordeiro, e a sonoplastia é de João Luís Amorim.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Os franceses são chamados às urnas, novamente este domingo para a segunda volta das eleições legislativas francesas. Philippe Pereira, vereador em Nogent-sur-Marne, arredores de Paris, e militante do partido presidencial Renascença (Renaissance) reconhece que a complexidade do panorama nacional e relembra que estão fora de questão alianças ou coligações com a extrema-direita. Os franceses são chamados às urnas, novamente este domingo para a segunda volta das eleições legislativas francesas.Na corrida à Assembleia Nacional estão, essencialmente, o partido de extrema-direita União Nacional, Rassemblement National, favorito nas sondagens, a aliança das esquerdas na Frente Popular e a lista presidencial juntos, Ensemble.Philippe Pereira, vereador em Nogent-sur-Marne, arredores de Paris, e militante do partido presidencial Renascença (Renaissance) reconhece que a complexidade do panorama nacional e relembra que está fora de questão alianças ou coligações com a extrema-direita.Quais são as expectativas para a segunda volta das eleições no domingo?Expectativas para quem? Para mim, para o nosso partido?Para si e para o partido que também representa?Estou actualmente a conduzir a campanha de um candidato da Renascença (Renaissance) na minha circunscrição. Estamos com algumas esperanças, mas a lutar até à última hora para confirmarmos o resultado da primeira volta e numa triangular com o Rassemblement National (União Nacional), o que não facilita as coisas. No que diz respeito aqui à circunscrição, tudo leva a crer que o Rassemblement National (União Nacional) não vai alcançar os objectivos.A nível nacional, temos que reconhecer que a situação está muito complicada. Não acredito que a Rassemblement National (União Nacional) chegue à maioria absoluta. Na segunda volta, as pessoas nem sempre confirmam o descontentamento que tinham na primeira volta e também tomam consciência da gravidade que seria termos uma maioria absoluta primeiro, e depois um Governo formado pelo Rassemblement National (União Nacional), pela extrema-direita.Equaciona a possibilidade do seu partido, o partido presidencial, poder vir a formar Governo?Pelo que temos agora à nossa frente, não acredito que consigamos por nós próprios formar um Governo maioritário ou, pelo menos, alcançar uma maioria que nos permita ter um Governo sozinhos. Governo de coligação, com certeza. E acho que é a única hipótese imaginável a partir do dia 08 de Julho, tendo em conta a situação do país. A nossa esperança tem de ser essa.Mas coligação com quem? Tem que ser com as forças republicanas e com os candidatos republicanos que tenham sido eleitos no dia 07 de Julho. Quando digo republicanos, não estou a pensar nos LR [Os Republicanos, Les Republicans, partido de direita tradicional] propriamente dito. Estou a pensar nos candidatos, que apesar de serem do novo Front Populaire [Frente Popular, aliança de esquerda] sejam oriundos dos partidos mais dispostos a governar o país.Os seus deputados que não sejam da França Insubmissa [esquerda-radical]?Exactamente.O facto de nem o primeiro-ministro Gabriel Attal, nem o Presidente da República Emmanuel Macron, darem uma indicação de voto clara e explícita, não pode deixar os eleitores do seu partido confusos?Sim, à primeira vista, pode ser a impressão que temos de não haver instruções claras a nível nacional, mas acho que, apesar de tudo, trata-se, obviamente, de eleger os deputados da nação, mas também se trata de ter uma análise local em cada circunscrição. Nem sempre o contexto é o mesmo e nem sempre as equações são as mesmas. Parece-me ainda necessário poder haver alguma análise de caso por caso. Acho que é indispensável.Mas numa disputa entre Rassemblement National, União Nacional, e a Frente Popular, em quem é que votam os eleitores do Juntos (Ensemble), a lista presidencial?Até agora, deste ponto de vista, a mensagem tem sido clara. Vale mais votar pela Frente Popular e convém votar Frente Popular, quando os candidatos do Juntos (Ensemble) já não estão a concorrer.Com o Rassemblement National, União Nacional, e falo aqui a nível pessoal, não há hipótese de alianças e de coligações. Isso não é possível.Depois é ver caso por acaso. Quem é o candidato da Frente Popular, circunscrição por circunscrição, que não seja LFI (França Insubmissa) se possível.A França Insubmissa que era diabolizada até há uma semana, agora é menos diabolizada para a não subida ao poder da extrema-direita. Acaba por haver aqui alguma confusão ou falta de clareza.De certa forma é, não posso desmentir. Temos de ser claros e objectivos. Mas tem havido, talvez não por parte do Presidente da República, mas por parte de outros ministros ou responsáveis políticos a distinção entre os candidatos da Frente Popular, os que sejam oriundos do PS, dos Verdes ou do Partido Comunista e aqueles que são oriundos da França Insubmissa. Ainda dentro da França Insubmissa, há certos políticos que têm apresentado um discurso muito mais responsável e racional do que outros. E aí também se poderá fazer alguma diferença. Agora, conhecemos bem os candidatos da França Insubmissa que não estão numa postura republicana e consensual.Mas, em todo o caso, a extrema-esquerda não é igual à extrema-direita?Não é, os valores não são os mesmos. Falo a título pessoal, uma vez que não sou porta-voz do meu partido, mas o Rassemblement National, União Nacional, faz diferença entre os homens pela sua qualidade humana.O seu partido, chega a este acto eleitoral algo fragilizado. Não corre o risco de o partido Renaissance desaparecer.Não acredito que a questão seja da sobrevivência ou desaparecimento. Agora, o que é necessário é uma recomposição do nosso partido e do bloco central. É necessário haver alguma alternativa, convém haver uma recomposição alargada no centro para poder haver outras alternativas, que sejam responsáveis como partidos de Governo.Se efectivamente a extrema-direita chegar à maioria na Assembleia Nacional, a responsabilidade não é de Emmanuel Macron, que acabou por lhe abrir as portas?Responsabilidade tem a partir do momento em que tomou essa decisão. A responsabilidade é dele. Mas maior ainda será a dos franceses. A responsabilidade dos franceses escolherem dar uma maioria, seja ela relativa ou absoluta, ao Rassemblement National, União Nacional. É responsabilidade dos franceses, não estou a fazer juízo nenhum. Mas quem tem responsabilidade, quem elege, são os eleitores.Os cidadãos portugueses, cabo-verdianos, de origem estrangeira, que vivem aqui em França estão ameaçados caso a extrema-direita consiga uma maioria parlamentar?Espero bem que não. Ainda tenho muita fé e confiança no sistema institucional francês, que é bem feito e com muitos contrapoderes e que mesmo assim, um Governo, seja lá qual ele for e nem que seja de extrema-direita, não poderá fazer tudo o que entende e tudo o que promete. Depois, o princípio da realidade levará o Rassemblement National (União Nacional), se no pior dos casos alcançar o Governo, a não tomar as decisões todas que prometeu no programa. Agora, algum receio temos de ter. Os meus pais nunca me pediram a nacionalidade francesa. São estrangeiros. A minha esposa é britânica, não tem nacionalidade francesa. Eu tenho dupla nacionalidade e os meus filhos têm três. Portanto, estamos no olho do furacão Furacão. Mas diga-se de uma vez por todas, cidadão francês ou cidadão de um país, seja qual ele for, não é só uma questão de papel e de autorização. Há princípios que fazem com que ninguém nunca tenha o direito de me recusar a mim, por exemplo, o facto de ser cidadão francês pleno e inteiro, como também sou cidadão português.
No seu espaço de comentário em podcast, Ana Gomes analisa os resultados da primeira volta das eleições em França, realçando que "a única salvação para Macron é dar a indicação aos candidatos do seu partido para desistirem, nos sítios onde têm menos probabilidade de ganhar." A comentadora reforça ainda a importância de a coligação de esquerda encontrar um candidato consensual a primeiro-ministro, que na sua visão não deve ser Mélenchon. No Reino Unido também há eleições em breve, com uma previsível vitória esmagadora do partido trabalhista, que tenderá a reaproximar-se da União Europeia. Em Portugal, PS e PSD vão juntar-se para uma reforma na justiça, que há muito tempo que é debatida. Na opinião de Ana Gomes, "o descrédito do Ministério Público deve-se também à falta de liderança de Lucília Gago", realçando que se a Procurador-Geral da República "tivesse consciência já teria apresentado a demissão." Ana Gomes aborda ainda o debate entre Trump e Biden e a possível substituição do democrata na corrida à Casa Branca e ainda o artigo de Cavaco Silva no Expresso e eventuais eleições antecipadas, numa emissão 30 de junho, na SIC Notícias.See omnystudio.com/listener for privacy information.
A Nova Frente Popular, coligação da esquerda, tem entre 27% e 29,5% das intenções de voto, enquanto o partido de Macron, Renascimento, aparece em terceiro lugar, com 19,5% e 20%.
Em Moçambique: CDU pede impugnação de candidatura da CAD. Crescimento da extrema-direita preocupa migrantes da Alemanha. Analista diz que este crescimento da extrema-direita é inevitável.
Moçambique: Começa a "dança de cadeiras" no seio das formações políticas.Trabalho infantil continua a ser um grande desafio nos PALOP.Resultados da extrema-direita na Europa preocupam migrantes.
Das eleições europeias resultou uma onda da extrema-direita mais fraca do que seria de esperar, mas o terramoto político provocado no eixo Paris-Berlim ainda não se fez sentir em toda a dimensão. Que Europa vamos ter? Pergunta central na conversa com Pedro Cordeiro, editor de Internacional do Expresso.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Eleições europeias: Extrema-direita vence em França e Itália. Antigo primeiro-ministro guineense moveu uma queixa-crime contra Umaro Sissoco Embaló. Learning by Ear – Aprender de Ouvido.
Bissau: Jovens dos principais partidos unem-se contra o regime de Sissoco Embaló. Eleições europeias de ontem deixaram muitos países mergulhados num mar de incerteza. Termina prazo para a entrega de candidaturas em Moçambique. Dia de Portugal: Marcha contra o racismo lembra vítimas.
Cimeira Coreia do Sul-África: O que o continente africano tem a ganhar? Eleições para o Parlamento Europeu arrancam hoje com 350 milhões de cidadãos chamados a escolher os parlamentares - e a extrema-direita a ganhar terreno. Somalilândia espera reconhecimento da Etiópia em meio a tensões com a Somália.
Partidos de extrema-direita tem muitos pontos em comum da pauta política, mas na prática, ainda há grandes desentendimentos que impedem um bloco unido no continente europeu.
Ouça aqui a segunda parte da conversa com a política, comentadora e antiga eurodeputada do PS, Ana Gomes, que fala sobre os vários desafios e ameaças na Europa. Aponta uma solução para o fim da guerra na Ucrânia, considera que é urgente haver coragem política para ser declarado o Estado da Palestina como forma de travar o horror em Gaza e sobre a crise dos migrantes afirma: “Jamais votaria a favor deste ‘Pacto das Migrações'. Todos os socialistas que nele votaram estiveram mal. É uma vergonhosa cedência à extrema direita.” Oiça a segunda parte desta conversa no podcast A Beleza das Pequenas CoisasSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Robert Fico foi alvo de uma tentativa de assassínio e ainda corre perigo de vida. O ataque contra o primeiro-ministro eslovaco, um populista com três décadas de carreira, teve aparentemente motivações políticas. No episódio extra do podcast O Mundo a Seus Pés tentamos enquadrar o que aconteceu neste pequeno país da Europa Central com a ajuda de Daniel Pinéu, especialista em Relações Internacionais, professor e investigador na Universidade de Amesterdão.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Foi bonita a festa dos 50 anos do 25 de abril. No Antes pelo Contrário em podcast, Pedro Delgado Alves e José Eduardo Martins elogiam as celebrações no Parlamento e as comemorações populares. "Excedeu todas as expetativas e tudo o que tínhamos visto nos últimos anos", afirma Pedro Delgado Alves. "Quem quis fazer de arruaceiro na Assembleia da República, como André Ventura, ficou literalmente a falar sozinho", realça José Eduardo Martins. Que discursos marcaram as comemorações? É importante celebrar também o 25 de novembro? Portugal deve pagar para a reparação dos crimes da era colonial, como defendeu Marcelo Rebelo de Sousa? É o debate no Antes Pelo Contrário de 25 de abril, na SIC Notícias.See omnystudio.com/listener for privacy information.
No dia em que Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos trocaram cartas, procurando um caminho de aproximação para valorizar salários e carreiras da Administração Pública, Pedro Passos Coelho usou a apresentação de um livro como pretexto para uma intervenção política pressionado a direcção do PSD a procurar um entendimento com o Chega. Neste episódio, conversamos com Sebastião Bugalho.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Tribunal Judicial de Maputo recua e rejeita providência cautelar interposta por Venâncio Mondlane. A decisão fortalece a ala pró-Ossufo Momade, diz analista. Sul de Moçambique tenta reerguer-se após passagem da tempestade tropical "Filipo". Ainda neste jornal analisamos o crescimento do partido Chega em Portugal e os possíveis impactos na comunidade afrodescendente.
Entenda como a extrema-direita pode buscar alianças e chegar ao poder em vários países europeus.
Moçambique: Venâncio Mondlane, da RENAMO, recorre de uma justiça que não confia para afastar o líder do seu partido. Um paradoxo? Portugal: Sociedade civil peocupada com ascenção da direita, principalmente no que toca às políticas de imigração. Agricultores do centro de Moçambique apostam em culturas de rendimento e resilientes à seca, face aos efeitos climáticos.
A Plataforma das associações sindicais da PSP e GNR querem que os protestos se mantenham dentro da lei, mas admitem que há polícias que estão a tomar medidas mais radicais. O jornalista Hugo Franco não tem dúvidas de que há dedo do Movimento Zero nestes protestos e antecipa a possibilidade de haver nova escalada.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Marisa Matias, eurodeputada e duas vezes candidata à Presidência da República pelo Bloco de Esquerda, deixa críticas à tradição dos governos mais recentes serem o “bom aluno” da União Europeia, esperando que o próximo governo reconheça a Palestina. Sobre a luta contra a extrema-direita, não abdica de a travar, mas admite ser um equilíbrio difícil: entre o combater e o dar centralidade ao extremismo. Sobre a guerra no Médio Oriente, defende que não se pode confundir as críticas a Israel com antissemitismo mas que também não se deve confundir o povo judeu com as práticas do Governo de Israel. “Muito do povo judeu tem tido das posições mais corajosas sobre esta guerra”.See omnystudio.com/listener for privacy information.
No dia em que ocorrem diversas manifestações em Portugal pelo direito à habitação digna, Ana Gomes aplaude a decisão da Câmara Municipal de Lisboa de não autorizar a manifestação de extrema-direita, marcada para o início de março, e considera que não se trata de uma medida anti-democrática pois a sua realização iria colocar em risco a vida e os bens de várias pessoas: “Eles queriam provocar violência”, ressalva a comentadora. A manifestação dos polícias, elogiada por Ana Gomes pela forma ordeira com que foi conduzida, foi outro dos destaques neste programa. A comentadora teme que este problema seja empurrado para o próximo executivo. A crise na Madeira provocou outro destaque: “Há muito que as autoridades deviam ter agido”, lembra a comentadora que remata que esta terceira crise política tem um “timing” muito suspeito e pode levar “muitos cidadãos a interrogar-se se não haverá uma agenda que queira descredibilizar todas as instituições”. O comentário foi exibido a 27 de janeiro.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Secretário de Estado norte-americano inicia em Cabo Verde périplo africano que vai até Angola. Sindicalistas angolanos querem maior fiscalização a partir da nova lei do trabalho. Na Alemanha, continuam os protestos contra a extrema-direita. Um novo capítulo da radionovela Learning by Ear - Aprender de Ouvido.
O episódio de violência contra um jornalista do Expresso, num evento com a presença do líder do Chega, lembra-nos a todos que essa violência nasce do discurso de ódio. Episódios de violência dirigida a jornalistas em eventos com líderes de partidos extremistas são bastante mais comuns do que parece. Neste episódio, recordamos a agressão a um jornalista brasileiro por um segurança de Bolsonaro. E recuperamos parte de uma conversa de agosto de 2022 com o filósofo e ensaísta José Gil.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Quais as principais razões que levam os eleitores a escolher candidatos da extrema-direta? Entenda os motivos, o momento político e econômico que tem exigido promessas de "renovação".
O partido de extrema direita anti-islâmico do populista Geert Wilders venceu as eleições legislativas desta quarta-feira (22/11) na Holanda, segundo pesquisas de boca de urna.
Imigração foi atacada pela extrema-direita durante a campanha como principal problema do país.
O candidato peronista Sergio Massa, atual ministro da Economia, e o ultradireitista Javier Milei se enfrentarão no segundo turno das eleições presidenciais argentinas. No entanto, em 19 de novembro, é o eleitorado da candidata Patricia Bullrich que deve decidir o pleito.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Tema de abertura de Claudio Zaidan no programa Bandeirantes Acontece.
Após quarenta dias de paralisação e seis domingos sem publicação, os funcionários do Journal Du Dimanche e a direção do grupo Lagardère News anunciaram que chegaram a um acordo esta terça-feira, dia da entrada em funções do novo director Geoffroy Lejeune, cuja nomeação é contestada pelos jornalistas. Em entrevista à RFI, Carlos Pereira, director do LusoJornal, admite que Geoffroy Lejeune chega à direcção bastante fragilizado, uma situação que mancha a entrada no Jornal du Dimanche. Após quarenta dias de paralisação e seis domingos sem publicação, os funcionários do Journal Du Dimanche e a direção do grupo Lagardère News anunciaram que chegaram a um acordo esta terça-feira, dia da entrada em funções do novo director Geoffroy Lejeune, cuja nomeação é contestada pelos jornalistas.Em comunicado, os jornalistas reconheceram que "perderam a batalha com a direcção", sublinhando, porém, que “este combate foi feito em respeito aos leitores e à publicação emblemática conhecida pela qualidade de informação e respeito pelos princípios deontológicos”. Segundo o jornal Libération, o acordo prevê um salário mínimo de três meses para os contratos mais recentes e dois meses de vencimento por ano para quem tiver mais de dois anos. A partir dos quinze anos de antiguidade, a administração propõe o mínimo legal, ou seja, um mês por ano de antiguidade. Os colaboradores terão ainda direito a um cheque de 5 mil euros que será depositado na conta de formação profissional, tendo ainda uma isenção de actividade, paga por três semanas, para permitir que organizem a partida sem ter que escrever uma única linha sob a direcção de Geoffroy Lejeune.RFI:Que legitimidade tem Geoffroy Lejeune para coordenar uma equipa do Journal Du Dimanche?Carlos Pereira, director do LusoJornal: Ele já estava fragilizado antes e agora ficou ainda muito mais. Os jornalistas tentaram evitar a sua nomeação e não conseguiram. Falharam essa operação, apesar de terem feito uma greve de muitos dias, levando a perdas de salários e, provavelmente, não podiam ir mais longe. Todavia, o resultado é que terão de trabalhar com ele - os que ficarem. Isto, porque há muitos que vão abandonar. Esta situação mancha, evidentemente, a entrada do novo director num jornal que já tem uma história muito grande.Uma das exigências dos jornalistas era a de que a direcção do JDD se comprometesse a impedir todas as publicações “racistas, xenófobas e homofóbicas”, um pedido que foi recusado. Geoffroy Lejeune foi afastado da publicação Valeurs Actuelles, acusado de ter radicalizado o seu discurso. É conhecido pelo apoio que deu a Eric Zemmour, candidato às eleições presidenciais em 2023 e é próximo de Marion Maréchal, figuras políticas ligadas a uma direita mais extremista. O que se pode esperar deste jornal em termos editoriais?Existe aqui um problema de fundo sobre a verdadeiro papel do trabalho de um jornalista. Um jornalista deve procurar sempre a verdade, deve dar as duas versões de uma história, deixando ao leitor a possibilidade de fazer a sua própria opinião. O que se passa muitas vezes, isso acentua-se, é que os jornais e os jornalistas começam a ter uma opinião. A opinião já não está ligada ao facto de informar. No caso de Geoffroy Lejeune, ele exagera na sua opinião.Nos últimos anos, ele tem veiculado a sua opinião racista, radicalizada e, evidentemente, é isto que vai continuar a fazer. Provavelmente até foi por isso que foi escolhido para vir dirigir este jornal.O JDD pertence ao grupo Lagardère News que se prepara para ser absorvido pelo grupo Vivendi, do empresário Vicent Bolloré, que detém já vários meios de comunicação. Muitos analistas acusam Vincent Bolloré de estar a levar a cabo uma revolução cultural com o objectivo de banalizar a mensagem política de extrema direita e também de estar a preparar as próximas presidências. Há esse risco?Sim, existe. Se nos lembrarmos, Geoffroy Lejeune começou por ser um assessor parlamentar e depois, a um dado momento, disse que era mais importante ser jornalista do que legislador.Vincent Bolloré está a fazer isto. Está a utilizar os meios de comunicação, que vai comprando, para passar as suas e controlar a imprensa. As ideias de Vincent Bolloré e Geoffroy Lejeune são muito próximas. Ele escolheu-o com um propósito, percebendo que os média têm mais força do que os deputados. [Bolloré] decidiu controlar os média, de forma a controlar o resto.Uma publicação precisa de meios financeiros para se manter. Esta dependência fragiliza os meios de comunicação diante de empresários milionários? Certamente que sim. Se não forem os anunciantes, os jornais não podem existir. A simples venda de um jornal não é suficiente e, por outro lado, há cada vez menos vendas de jornais. As pessoas habituaram-se a ter as coisas gratuitamente. Cada vez estamos mais dependentes, digo estamos, porque o LusoJornal também está dependente de quem nos compra publicidade. Se não houver publicidade, não há meios de comunicação. Há sempre aqui uma dependência e não é muito fácil ser independente. Não é muito fácil escrever um artigo sobre um empresário que nos compra publicidade. Essa situação já aconteceu no LusoJornal e tivemos algumas retiradas de publicidade, mas nada que não se tivesse ultrapassado. Eu suponho que no Jornal Du Dimanche a publicidade represente metade das receitas do jornal, as vendas não são suficientes e estamos a falar de um jornal de grande tiragem.Uma proposta de lei de vários partidos franceses visa, entre outros, proteger a independência das redações. Esta propostas de lei é suficiente?Não, porque depende de cada redacção. O próprio Presidente da República, Emmanuel Macron, veio propor, suponho que no mês de Setembro, os estados gerais da independência da imprensa. É muito interessante haver estas tomadas de decisão e existirem estes debates, mas depois debate-se é nas redacções. Se existe uma redacção com fricções, essa liberdade de imprensa não vai existir. O director vai dar sugestões de assuntos que, provavelmente, não vão interessar aos jornalistas. Ou o contrário. Haverá tensões.Que papel deve ter o estado francês? Intervir ou manter-se à margem?Deve intervir. É importante haver este debate, mas depois os órgãos devem ter a sua liberdade. Nós não podemos estar aqui a dizer que há uma aproximação muito grande entre os média e o poder e, por outro lado, dizer que o poder devia ter uma intervenção maior. Não faz sentido. É necessário deixar aos média a sua própria organização. Devemos é estar atentos para que não existam derrapagens racistas, nem homofóbicas e que nem sejam toleradas.
Begoña Iñiguez e Olivier Bonamici fazem o balanço dos primeiros seis meses da atualidade nacional e europeia antes da pausa para as férias de verão.
O processo de aprovação da reforma tributária mostrou que há uma cisão na direita, fruto do comportamento radical do ex-presidente Jair Bolsonaro. O próprio PL, partido de Bolsonaro, não votou de maneira uniforme a PEC na Câmara dos Deputados. Um bom exemplo dessa divisão foi a reunião no PL às vésperas da votação da reforma, em que o governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas (Republicanos), foi massacrado e ofendido por defender o texto. Mas, se analisarmos as repercussões em relação a atitude dos bolsonaristas, dá para perceber um movimento que começa a se distanciar do extremismo ideológico. Aliado histórico de Jair Bolsonaro, o presidente do Republicanos, Marcos Pereira, subiu o tom das críticas, e classificou o ex-presidente como um líder de extrema direita e disse que ele está isolado. O movimento do governador Tarcísio de Freitas mostra que há um novo caminho para a direita, sem Bolsonaro? No Congresso, o PL vai equalizar uma oposição distante deste tipo de radicalismo ideológico? Para debater essa questão, nós convidamos para o ‘Estadão Notícias' de hoje, o professor de Filosofia da FAAP e Coordenador do Núcleo de Filosofia Política do Laboratório de Política, Comportamento e Mídia da PUC-SP, Luiz Bueno. O ‘Estadão Notícias' está disponível no Spotify, Deezer, Apple Podcasts, Google podcasts, ou no agregador de podcasts de sua preferência.Apresentação: Emanuel Bomfim Produção/Edição: Gustavo Lopes, Jefferson Perleberg e Gabriela Forte Sonorização/Montagem: Moacir BiasiSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Moçambique: Governo suspende novas contratações na Função Pública e analistas criticam a decisão. Membros do MDM juntam-se à Nova Democracia na cidade de Gurué, na Zambézia. O partido alemão de extrema-direita, AfD, está em ascensão na Alemanha. Rússia e Ucrânia trocam acusações sobre um possível plano de atacar a central nuclear de Zaporíjia.
Os socialistas em Espanha viveram uma derrocada nas eleições locais e Pedro Sánchez convocou eleições antecipadas. Será mais presságio para António Costa? Ou a sombra do Vox em Espanha pode funcionar como antídoto para um Marcelo cada vez mais ameaçador?See omnystudio.com/listener for privacy information.
O economista e professor universitário Francisco Louçã considera que se o país fosse agora a votos o BE dobraria o número de deputados, apesar de as sondagens indicarem queda de dois pontos, mas assume que a recuperação da fratura pelo chumbo do seu partido ao OE é lenta. Louçã, que foi fundador e coordenador do BE de 2005 a 2012 - ainda antes da “Geringonça” - apelida como “bacoco” o orgulho do Governo pelas contas certas, alerta que Costa está a coroar Ventura como o líder da direita e deixa recado: “Costa abre caminho para um Governo PSD-Chega.” Ouçam-no no podcast “A Beleza das Pequenas Coisas”, com Bernardo MendonçaSee omnystudio.com/listener for privacy information.
O UOL Entrevista desta quinta-feira (30) recebe o cientista político Guilherme Casarões, coordenador do Observatório da Extrema Direita. A entrevista é conduzida pela apresentadora Fabíola Cidral e por colunistas do UOL.
André Ventura cresceu em Mem-Martins, num subúrbio da Grande Lisboa, em Sintra, que diz agora parecer África, por causa da imigração, o que nos conduz à teoria da grande substituição da população branca. Esta é uma tese perigosa, que ele agora defende, como todos os outros líderes populistas da direita radical. No primeiro episódio deste podcast, fomos ao Algueirão ver onde o jovem André cresceu.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Apresentação do podcast 'Entre Deus e o Diabo', um retrato falado de André Ventura sobre o caminho contraditório do líder do Chega para o extremismo político. A narrativa, da autoria do jornalista do Expresso Vítor Matos, conta a história de André antes do venturismo, um fura-vidas à procura de uma oportunidade, e que ascende na Igreja, na academia e no comentário, até ceder às tentações da notoriedade e do populismo. A partir de 12 de março e a cada domingo será publicado um novo capítulo. Não perca o podcast narrativo Entre Deus e o Diabo, Como André se fez Ventura.See omnystudio.com/listener for privacy information.
O projeto de lei propõe colocar as nomeações judiciais sob controle do governo, bem como impedir que a Suprema Corte exerça supervisão sobre as leis básicas, incluindo a própria legislação proposta. A medida defendida pelo governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, provoca protestos em todo o país.
A presidente da ILGA Portugal considera que, apesar dos grandes avanços na lei, o país é ainda “muito homofóbico e transfóbico”, com base em recentes relatos e estudos sobre a violência e discriminação contra estas comunidades nas famílias, escolas e outras instituições portuguesas. “Só entre 2020 e 2021 os pedidos de apoio à vítima na ILGA aumentaram 60%.” Ana Aresta alerta, no entanto, que a comunidade trans é a mais vulnerável de toda a sigla. “No caso das pessoas trans, migrantes, racializadas, nem a nossa legislação as salva. E estão a ser usadas como arma da extrema-direita para atacar os direitos humanos.” Nesta conversa, Ana Aresta explica como o ativismo a ajudou a ‘sair do armário' e conta pela primeira vez publicamente como a psicoterapia a ajudou a tratar de feridas profundas do passado. “Percebi que tinha guardado no subconsciente um cenário de abusos sexuais na infância. Estou num processo de reconquista da minha intimidade.” Ouçam-na no podcast “A Beleza das Pequenas Coisas”, com Bernardo MendonçaSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Numa semana marcada por um acontecimento que irá marcar o panorama político e social nos próximos anos, a invasão por parte de apoiantes do presidente deposto brasileiro, Jair Bolsonaro, à praça três poderes em Brasília, um mímica do que se passou em 2021 na invasão ao capitólio nos Estados Unidos após a derrota de Donald Trump. Dois anos e dois dias separam estes dois acontecimentos. Ricardo Ferreira Reis, professor da Universidade Católica, Raquel Patrício, professora de Relações Internacionais do ISCSP, Juliana Miranda Santos, jornalista e comentadora da SIC e José Gomes André, Especialista em Política Norte-Americana e professor da Faculdade de Letras foram os convidados deste programa conduzido por Ricardo Costa e emitido na SIC Notícias a 13 de janeiro.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Moçambique: Onze dos 19 arguidos no processo das dívidas ocultas foram condenados a prisão. Analista diz ter ficado "confuso" com a sentença do caso das dívidas ocultas. Na Guiné-Bissau, enquanto se aguarda pela nova data das eleições, surgem denúncias de violações dos diretos humanos. Alemanha: Várias pessoas detidas numa operação da polícia contra grupos terroristas de extrema-direita.
Jordan Bardella foi eleito presidente do partido de extrema-direita União Nacional. Para Rafael Lucas, professor catedrático jubilado pela Universidade de Bordéus, a eleição de Bardella "ilustra o grau de implantação de Marine Le Pen na União Nacional, que tem um poder quase absoluto." Além disso, também pode ser visto como uma “recompensa” a Marine Le Pen, por ter aumentado o número de deputados nas legislativas. Jordan Bardella foi eleito, no fim-de-semana passado, presidente do partido de extrema-direita União Nacional. Em 50 anos, Bardella é o primeiro líder da Frente Nacional que não é da família Le Pen, todavia é namorado de uma sobrinha de Marine Le Pen. Jordan Bardella, eurodeputado de 27 anos, é oriundo de Seine-Saint-Denis, na região parisiense, e era há vários anos o número dois de Marine Le Pen. Assumiu a liderança do partido de forma interina quando Marine Le Pen fez campanha nas eleições presidenciais deste ano. Bardella nasceu em 1995 e é descendente de uma família italiana que emigrou para França nos anos 60. Tido como o protegido de Marine Le Pen, Bardella desde cedo demonstrou interesse pela política. Para Rafael Lucas, professor catedrático jubilado pela Universidade de Bordéus, a eleição de Jordan Bardella para a chefia da União Nacional não deverá ditar uma nova radicalização do partido: “Acho que sobretudo será uma continuação da linha directiva de Marine Le Pen, porque ela quer afastar-se da linha de Eric Zemmour, que aliás teve um fracasso estrondoso nas eleições legislativas na medida que não obteve a eleição de nenhum deputado”. Portanto, Bardella deve "manter a linha de respeitabilidade e moderação” do partido, acrescenta. Jordan Bardella venceu a presidência do partido ao arrecadar 85% dos votos, contra 15% da votação para o autarca de Perpignan, Louis Aliot. Este resultado esmagador de Bardella ilustra, nas palavras de Rafael Lucas, “o grau de implantação de Marine Le Pen na União Nacional. Ela tem um poder quase absoluto. Além disso, também ilustra a fidelidade dos membros” do partido. Uma vitória expressiva que pode ser igualmente vista como uma “recompensa” por parte dos membros da União Nacional a Marine Le Pen, pelo facto de ter conseguido aumentar o número de deputados eleitos nas legislativas, passando de 8 para 89 assentos parlamentares, “é a progressão mais espetacular da vida política francesa”.
Manifestantes de extrema-direita que participavam de atos na via Dutra, na segunda-feira, 31 de outubro, impediram o acesso de um ônibus e uma van da UFRJ. Os veículos levavam alunos e professores do Instituto de Geociência para Uberlândia (MG), onde realizariam trabalho de campo.Reportagem: Gabriel IquegamiEdição: Gustavo Silveira
O presidente brasileiro não foi explicito a reconhecer a derrota, não falou da vitória de Lula e voltou a insinuar que as eleições não foram justas. O processo de transição começa na quinta-feira, mas não é certo que o governo de Bolsonaro vá colaborar cumprindo inteiramente o protocolo. A ameaça de que os seus apoiantes mais radicais possam bloquear o país vai pairar sobre o Brasil. Neste episódio, conversamos com João Gabriel de Lima, jornalista do Estado de São Paulo e da revista Piauí.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Líder da extrema-direita italiana, Giorgia Meloni apresentou a política do seu governo ao parlamento de seu país nesta terça-feira (25). Ela negou qualquer "simpatia ou proximidade" com o fascismo ou regimes antidemocráticos.
Um ano de Má Língua é muita fruta (com picante). Do imbrochável tomate cereja de Jair Bolsonaro aos melões de Giorgia Meloni no TikTok, passando pelas uvas descaídas até ao joelho de vários protagonistas políticos. No fim, a pergunta perfeita: quem vai ganhar os Globos de Ouro? Se for Rita Blanco já sabemos quem irá receber o prémio ao palco e qual o discurso de vitória. Oiça o episódio para descobrir.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Pesquisador da Universidade de Toronto avalia riscos para o Estado Democrático de Direito no Brasil
Pesquisador da Universidade de Toronto avalia riscos para o Estado Democrático de Direito no Brasil
Angola/Lunda Sul: "Não entendo os motivos do elevado desemprego e muita pobreza numa região tão rica". Sudão: Persiste o impasse político entre a Junta Militar no poder e a sociedade civil. França/Eleições: Coligação de Emmanuel Macron vence primeira volta com 25,75%. Radionovela Learning by Ear - Aprender do Ouvido.
No Linhas Vermelhas de segunda-feira, Adolfo Mesquita Nunes e Mariana Mortágua discutem os resultados da primeira volta das eleições presidenciais francesas. "Há risco grave de transferência de voto da extrema-esquerda para a extrema-direita" na segunda volta das presidenciais, afirma o ex-centrista, e ainda que Mélenchon tenha dito aos seus eleitores para não votarem em Le Pen, "foi o único candidato que não apelou ao voto em Macron". A deputada bloquista lamenta o terceiro lugar de Mélenchon, já que assim "a segunda volta não será sobre o fracasso das políticas liberais de Macron", mas sobre "a reconquista de direitos sociais, de direitos individuais, o progresso de França e da Europa, e não o racismo e a xenofobia". Linhas Vermelhas foi exibido na SIC Notícias a 11 de abril. See omnystudio.com/listener for privacy information.
A candidata de extrema-direita, Marine Le Pen, como se esperava, passou à segunda volta das presidenciais francesas e as sondagens mostram que está em condições de disputar a vitória com Emmanuel Macron. A campanha, nas próximas duas semanas, é decisiva. Neste episódio, conversamos com o editor de Internacional do Expresso, Pedro Cordeiro. See omnystudio.com/listener for privacy information.
Nas últimas semanas, Marine Le Pen subiu nas intenções de voto e recuperou o segundo lugar que dá acesso a uma segunda volta, onde parece ter mais hipóteses do que há cinco anos para derrotar o actual presidente, Emmanuel Macron. Juntando as intenções de voto de Le Pen, do candidato da esquerda radical Jean Luc Mélenchon e do candidato da extrema-direta Eric Zemmour, todos com proximidade à Rússia e a Putin chegam quase aos 50% e com tendência crescente. Neste episódio conversamos com Daniel Ribeiro, correspondente do Expresso em Paris. See omnystudio.com/listener for privacy information.
Mário Machado, várias vezes condenado, recebeu da justiça uma autorização para ir combater na Ucrânia. Vai juntar-se a um grupo neonazi e leva com ele um grupo de portugueses. No regresso existe o risco de uma maior radicalização e quem não tinha formação militar voltará com ela. Acresce que há um acesso a armas cujo destino não estará inteiramente controlado. O Estado está, por tudo isto, obrigado a aumentar a vigilância. Neste episódio, conversamos com o jornalista Hugo Franco. See omnystudio.com/listener for privacy information.
Dentro de um mês haverá eleições presidenciais em França e a extrema-direita admiradora de Putin pode não conseguir ir à segunda volta. Na Hungria, dentro de três semanas, Viktor Órban, amigo do presidente russo, enfrenta uma oposição unida. No Brasil, Bolsonaro tem eleições em Setembro e os Estados Unidos também têm eleições intercalares em 2022. Que peso terá esta guerra na campanha e no resultado eleitoral. Neste episódio, conversamos com Pedro Cordeiro, editor de Internacional do Expresso. See omnystudio.com/listener for privacy information.
O impensável aconteceu. Temos uma guerra de larga escala em território europeu, a maior desde o fim da segunda grande guerra entre duas nações independentes, ressuscitando a lógica, linguagem e riscos de escalada da guerra fria. A violência do conflito já levou dois milhões de ucranianos a entrar, como refugiados, nas fronteiras da União Europeia. Na Ucrânia, jogam-se os interesses conflituais entre o regime de Putin, a Europa e os Estados Unidos. As relações de força internacionais não serão as mesmas depois desta guerra. É sobre isso que falamos com Pedro Caldeira Rodrigues, fundador do Público e jornalista internacional da Lusa que acompanhou de muito perto a crise nos Balcãs. Voltou da Ucrânia no início de março e esteve na região do Donbas em janeiro. See omnystudio.com/listener for privacy information.
O escritor e professor português comenta cenário político no mundo. Ele explica como o avanço da extrema-direita impacta o processo democrático em diversos países. Boaventura é autor de inúmeras obras literárias traduzidas em vários idiomas.
Uma semana depois do parlamento espanhol aprovar a reforma laboral proposta pelo Governo socialista de Pedro Sánchez, devido a um erro no voto do deputado popular Alberto Casero, é tempo de refletir sobre o poder das alianças parlamentares nas democracias europeias. See omnystudio.com/listener for privacy information.
O ex-presidente brasileiro afirmou que o governo de Jair Bolsonaro não pensa em reduzir a fome, a pobreza e a desigualdade, mas apenas na ganância e em desestruturar o Estado. Além disso, Lula fez afagos ao ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, apontado como seu possível vice na chapa presidencial de 2022.
Programa trata das pesquisas e análises realizadas pelo Centro de Estudos Brasileiros da Universidade de Salamanca
Pequeno país da região dos Bálcãs, que tem uma política ultra-conservadora, vai estar no comando da presidência rotativa da União Europeia nos próximos seis meses. Uma parceria da Agência Radioweb e da Rádio França Internacional.
A história e alguns pontos importantes sobre esse grupo que tem feito muita bagunça por onde passa. Parece uma sinopse da Sessão da Tarde, mas essa turminha do barulho não deixa seu final de dia mais feliz. See omnystudio.com/listener for privacy information.
Ouça as principais notícias internacionais deste sábado (31/08/19) no EstadãoSee omnystudio.com/listener for privacy information.