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A Academia Paulista de Letras realiza no dia 05 de novembro um seminário sobre mudanças climáticas com foco na região serrana e litoral entre Rio de Janeiro e São Paulo. O evento, em parceria com a Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg) e o Sindicato das Empresas de Seguros e Resseguros (Sindseg-SP), vai discutir a antecipação de riscos de desastres naturais e o papel dos seguros na mitigação das vulnerabilidades. Em entrevista à Rádio Eldorado, o presidente do Sindseg-SP, Rivaldo Leite, disse que o setor já vem se adaptando às mudanças climáticas com a oferta de novos seguros e ressaltou que o objetivo do seminário é fazer um alerta à população sobre o tema. O seminário será realizado no auditório da APL, no Largo do Arouche, 312, no Centro de São Paulo. As inscrições gratuitas podem ser feitas até o dia 04 pelo e-mail secretaria@academiapaulistadeletras.org.br.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Em uma das salas da Universidade de Columbia, em Nova York, um coro entoa uma das canções de Carolina Maria de Jesus, uma das mais importantes escritoras negras do Brasil. Autora do best-seller autobiográfico Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada, Carolina foi a primeira brasileira negra a vender mais de um milhão de exemplares no mundo. Carolina faleceu aos 63 anos, deixando três filhos, dos quais apenas Vera Eunice permanece viva. Luciana Rosa, correspondente da RFI em Nova York"Quando minha mãe faleceu, ela me deixou uma carta, entregue um dia após sua morte. Dentre os pedidos, ela queria que eu propagasse sua memória. E é isso que eu tenho feito", conta Vera.Apesar de "Quarto de Despejo" ter sido traduzido para 13 idiomas e alcançado cerca de 40 países, esta é a primeira vez que Vera é convidada a falar sobre a mãe no exterior. Ela participou do ciclo de debates "Carolina - A Escritora do Brasil", celebrando a obra da autora em Nova York e Washington, uma iniciativa do coletivo Mulheres na Escrita. "Ela é uma pensadora do Brasil e representa, de alguma forma, a mulher, especialmente a mulher negra, fora do Brasil, como é o caso agora aqui nos Estados Unidos, em Nova York", disse Tom Farias, biógrafo de Carolina e também presente nos debates. Vera, uma das personagens principais de Quarto de Despejo, tinha apenas 21 anos quando Carolina morreu. Foi nesse momento que ela e seus irmãos deixaram de receber os direitos autorais da escritora no Brasil."O que ainda ajudava a gente a sobreviver eram os direitos autorais dos Estados Unidos, que nunca deixaram de pagar", conta Vera.Quarto de Despejo foi publicado nos Estados Unidos como Child of the Dark em 1962 e logo se espalhou pelo mundo. A iniciativa de Mulheres na Escrita, ao revisitar a obra da escritora, busca colocar Carolina de volta no radar literário e incluí-la como leitura obrigatória nos programas de faculdades que estudam obras brasileiras."Espero que, com essa abertura, Carolina volte a ser reconhecida mundialmente, como nos anos 1960", diz a filha, Vera.Quem foi Carolina de JesusCarolina nasceu na cidade de Sacramento, no início do século 1920. Tom Farias, que está reescrevendo uma biografia dea autora a ser lançada no ano que vem, afirma que, ao contrário do que se pensava, Carolina não nasceu em 1914, mas em outubro de 1915. Filha de uma família de lavradores, ela frequentou a escola por apenas dois anos, período no qual se apaixonou pela leitura. Os livros, no entanto, tiveram que esperar, já que ela precisava ajudar a sustentar a família."Ela começou a trabalhar cedo como empregada doméstica, babá e cozinheira, mas nunca perdeu o amor pelos livros e pela escrita", conta Tom.Carolina se mudou para São Paulo em 1937, depois de ser injustamente acusada de roubo em Minas Gerais. Na capital paulista, trabalhou como empregada doméstica na casa do renomado cardiologista Euryclides de Jesus Zerbini. Nas horas livres, saciava sua sede de leitura na biblioteca da casa."Foi em São Paulo que ela se revelou como escritora, morando na favela do Canindé e criando seus três filhos sozinha", relata o biógrafo.Durante esse período, Carolina acumulou muitos textos em seus diários, que foram descobertos pelo jornalista Audálio Dantas em 1958. Durante uma reportagem em Canindé, seu caminho se cruzou com o da escritora. Dantas ajudou Carolina a publicar suas obras, e em 1960, Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada foi lançado."O livro se tornou um sucesso instantâneo, chegando a vender mais de dois mil exemplares por dia", relembra Tom.No mesmo ano, Carolina foi homenageada pela Academia Paulista de Letras e recebeu o título honorífico da Orden Caballero del Tornillo, na Argentina. Publicou outros livros de forma independente, como Pedaço da Fome (1963) e Provérbios (1964), mas nenhum alcançou o sucesso de sua primeira obra."Carolina foi uma figura importante para a literatura brasileira, porque era mulher, negra e favelada", celebra Vera, ao ressaltar que a mãe foi a primeira a contar a história do negro pobre brasileiro em primeira pessoa. Tom Farias destaca que Carolina, ao contrário de pensadores da época como Gilberto Freyre e Sérgio Buarque de Holanda, conseguiu pensar o Brasil sob a ótica da miséria."Minha mãe tinha tudo para não dar certo,mas ela era ousada. E agora estou aqui para ver sua ascensão no Brasil e no mundo", festeja Vera, que luta para reunir o acervo deixado pela mãe e concretizar o sonho de inaugurar um centro cultural, onde o público possa conhecer melhor a sua obra.
Em uma das salas da Universidade de Columbia, em Nova York, um coro entoa uma das canções de Carolina Maria de Jesus, uma das mais importantes escritoras negras do Brasil. Autora do best-seller autobiográfico Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada, Carolina foi a primeira brasileira negra a vender mais de um milhão de exemplares no mundo. Carolina faleceu aos 63 anos, deixando três filhos, dos quais apenas Vera Eunice permanece viva. Luciana Rosa, correspondente da RFI em Nova York"Quando minha mãe faleceu, ela me deixou uma carta, entregue um dia após sua morte. Dentre os pedidos, ela queria que eu propagasse sua memória. E é isso que eu tenho feito", conta Vera.Apesar de "Quarto de Despejo" ter sido traduzido para 13 idiomas e alcançado cerca de 40 países, esta é a primeira vez que Vera é convidada a falar sobre a mãe no exterior. Ela participou do ciclo de debates "Carolina - A Escritora do Brasil", celebrando a obra da autora em Nova York e Washington, uma iniciativa do coletivo Mulheres na Escrita. "Ela é uma pensadora do Brasil e representa, de alguma forma, a mulher, especialmente a mulher negra, fora do Brasil, como é o caso agora aqui nos Estados Unidos, em Nova York", disse Tom Farias, biógrafo de Carolina e também presente nos debates. Vera, uma das personagens principais de Quarto de Despejo, tinha apenas 21 anos quando Carolina morreu. Foi nesse momento que ela e seus irmãos deixaram de receber os direitos autorais da escritora no Brasil."O que ainda ajudava a gente a sobreviver eram os direitos autorais dos Estados Unidos, que nunca deixaram de pagar", conta Vera.Quarto de Despejo foi publicado nos Estados Unidos como Child of the Dark em 1962 e logo se espalhou pelo mundo. A iniciativa de Mulheres na Escrita, ao revisitar a obra da escritora, busca colocar Carolina de volta no radar literário e incluí-la como leitura obrigatória nos programas de faculdades que estudam obras brasileiras."Espero que, com essa abertura, Carolina volte a ser reconhecida mundialmente, como nos anos 1960", diz a filha, Vera.Quem foi Carolina de JesusCarolina nasceu na cidade de Sacramento, no início do século 1920. Tom Farias, que está reescrevendo uma biografia dea autora a ser lançada no ano que vem, afirma que, ao contrário do que se pensava, Carolina não nasceu em 1914, mas em outubro de 1915. Filha de uma família de lavradores, ela frequentou a escola por apenas dois anos, período no qual se apaixonou pela leitura. Os livros, no entanto, tiveram que esperar, já que ela precisava ajudar a sustentar a família."Ela começou a trabalhar cedo como empregada doméstica, babá e cozinheira, mas nunca perdeu o amor pelos livros e pela escrita", conta Tom.Carolina se mudou para São Paulo em 1937, depois de ser injustamente acusada de roubo em Minas Gerais. Na capital paulista, trabalhou como empregada doméstica na casa do renomado cardiologista Euryclides de Jesus Zerbini. Nas horas livres, saciava sua sede de leitura na biblioteca da casa."Foi em São Paulo que ela se revelou como escritora, morando na favela do Canindé e criando seus três filhos sozinha", relata o biógrafo.Durante esse período, Carolina acumulou muitos textos em seus diários, que foram descobertos pelo jornalista Audálio Dantas em 1958. Durante uma reportagem em Canindé, seu caminho se cruzou com o da escritora. Dantas ajudou Carolina a publicar suas obras, e em 1960, Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada foi lançado."O livro se tornou um sucesso instantâneo, chegando a vender mais de dois mil exemplares por dia", relembra Tom.No mesmo ano, Carolina foi homenageada pela Academia Paulista de Letras e recebeu o título honorífico da Orden Caballero del Tornillo, na Argentina. Publicou outros livros de forma independente, como Pedaço da Fome (1963) e Provérbios (1964), mas nenhum alcançou o sucesso de sua primeira obra."Carolina foi uma figura importante para a literatura brasileira, porque era mulher, negra e favelada", celebra Vera, ao ressaltar que a mãe foi a primeira a contar a história do negro pobre brasileiro em primeira pessoa. Tom Farias destaca que Carolina, ao contrário de pensadores da época como Gilberto Freyre e Sérgio Buarque de Holanda, conseguiu pensar o Brasil sob a ótica da miséria."Minha mãe tinha tudo para não dar certo,mas ela era ousada. E agora estou aqui para ver sua ascensão no Brasil e no mundo", festeja Vera, que luta para reunir o acervo deixado pela mãe e concretizar o sonho de inaugurar um centro cultural, onde o público possa conhecer melhor a sua obra.
A 27ª edição da Bienal do Livro aconteceu nos dias 06 a 15 de setembro de 2024 e a equipe da Rádio Gazeta Online esteve presente em desses dias para entender o processo de escrita de autores independentes no mercado literário brasileiro, tema deste especial. A reportagem conta com a participação das escritoras independentes Isadora César Pacello - estudante do curso de Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero - e Helena DeLuca; da casperiana e influenciadora digital Melissa Carraro; de André Conti - fundador da editora Todavia - e do presidente da Academia Paulista de Educação e curador do Prêmio Jabuti, Hubert Alqueres.
Graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina do ABC, com mestrado, doutorado e pós-doutorado em Psicologia pela PUC-SP, Francisco Assumpção Jr. é pesquisador, professor, escritor e um dos profissionais mais longevos ligados à comunidade do autismo. É professor livre docente da Universidade de São Paulo (USP) e membro da Academia Paulista de Medicina e da Academia Paulista de Psicologia. Com essas credenciais, é o entrevistado do Espectros deste mês. O Espectros é o podcast de entrevistas da Revista Autismo. Acesse em: http://canalautismo.com.br/espectros
Recuperamos de nossos arquivos uma reportagem sobre Abílio Diniz e o Grupo Pão de Açúcar e para finalizar uma entrevista com Israel Dias Novaes, então presidente da Academia Paulista de Letras, sobre o Brasil e a sua genealogia.
Neste episódio especial do podcast "Garotas da Capa", mediado por André Aloi, as renomadas escritoras Djamila Ribeiro e Conceição Evaristo compartilham suas experiências, discutindo representatividade, solidão institucional e o impacto de suas trajetórias. Djamila, imortal da Academia Paulista de Letras, revela seu novo projeto literário, enquanto Conceição, recentemente premiada como intelectual do ano no Prêmio Juca Pato, detalha os desafios à frente Casa Escrevivência, no Rio de Janeiro. Uma reflexão profunda sobre legados e perspectivas no cenário cultural brasileiro. Edição: Will Dias
O resumindo as idéias é um quadro do podcast Gana Real, da qual falamos sempre sobre um(a) personagem marcante na história negra, ou algum fato marcante que talvez nem todos saibam, já que a nossa história foi e ainda é neglicenciada nos livros de história das escolas. A idéia é deixar um gostinho de quero mais, e fazer com que as pessoas busquem saber mais sobre cada história e cada personagem, pois quando você mesmo acaba pesquisando, começa a se interessar e a buscar mais coisas relacionadas. Vamo junto? Luiz Gonzaga Pinto da Gama Nasceu em 1830 na Bahia e foi um importante líder abolicionista, jornalista, advogado e poeta brasileiro. É o patrono da cadeira n.º 15 da Academia Paulista de Letras.
No #Provocast desta semana, Marcelo Tas recebe Mauricio de Sousa, um dos cartunistas mais famosos do Brasil e criador da amada Turma da Mônica. Além disso, Maurício é membro da prestigiada Academia Paulista de Letras. Nesta conversa descontraída, Mauricio compartilha momentos especiais de sua infância e nos leva em uma viagem pelo início de sua carreira, repleta de desafios e obstáculos. Ele revela os "nãos" que recebeu ao longo do caminho, mostrando como perseverança e determinação foram fundamentais para alcançar o sucesso. Durante a entrevista, Mauricio de Sousa ainda canta um trechinho da música "Granada", demonstrando seu talento também como cantor.
“O Peru de Natal” (1942) é um dos contos mais conhecidos do escritor modernista Mário de Andrade (1893-1945) sobre uma ceia de Natal deliciosa e muito necessária, em uma família em luto prolongado pela perda do pai. A história é narrada pelo filho Juca, de 19 anos, com uma paixão imensa pela vida, ecoando um milagre de amor, enquanto recebia dos outros o apelido de “louco”. Na opinião do filho, o pai “desmancha-prazeres” sempre atrapalhava o Natal. E ele orquestrou para fazer diferente, na ceia daquele ano, já que “Peru era manjar mesmo, do Jesusinho nascido”. Publicado originalmente em 1942, na Revista da Academia Paulista de Letras, em 1947, dois anos após a morte de Mário, o conto foi incluído na antologia póstuma Contos Novos (1947). Um dos maiores representantes do Modernismo Brasileiro, foi crítico literário, musicólogo, folclorista e ativista cultural criou o Manifesto do programa do Modernismo Brasileiro, no qual ele funda o “Desvairismo”. Os modernistas escreveram, pintaram, arquitetaram, poetizaram, sobre uma nova maneira de viver, ressoando desde a Europa, com a reviravolta da Revolução Industrial. O movimento é irreversível no país e celebrou seu centenário, em 2022. Boa leitura! Apoie pela chave PIX: leituradeouvido@gmail.com Apoie pelo financiamento coletivo: https://apoia.se/leituradeouvido Entre em contato: leituradeouvido@gmail.com Instagram e Facebook: @leituradeouvido Direção e narração: @daianapasquim Direção, edição, trilha de abertura e arte de capa: @lucaspiaceski Uma produção @rockastudios #leituradeouvido #audiobook #audiolivro #mariodeandrade #contodenatal
Guilherme Serrano, editor da TC Rádio, e Ivan Finotti, correspondente da Folha de São Paulo na Europa, conversam sobre e eleição de Tom Zé como imortal da Academia Paulista de Letras; os 80 anos de Tim Maia; e a cinebiografia do Sublime.
Governo edita regras e uso de máscaras deixa de ser obrigatório para atendimento ao público; Atlas/Intel BAHIA: Jerônimo vira e abre vantagem contra ACM Neto na intenção de votos; Tom Zé é eleito imortal da Academia Paulista de Letras - e mais notícias desta quinta-feira, 29 de setembro de 2022.
Neste episódio, André Barrocal, Fabíola Mendonça e Rodrigo Martins comentam os desdobramentos da operação da Polícia Federal contra os empresários que apoiam um golpe de Estado caso Lula seja eleito em outubro. Eles são suspeitos de financiar os grupos que disseminam fake news e organizam atos antidemocráticos convocados por Jair Bolsonaro. O programa também fala sobre o aumento da participação feminina nas eleições deste ano e a expectativa do movimento feminista de reforçar suas bancadas para resistir aos retrocessos nos direitos reprodutivos e outras pautas caras às mulheres. Por fim, a editora de Cultura, Ana Paula Sousa, fala sobre a reportagem de capa da próxima edição de CartaCapital, um perfil da filósofa e ativista Djamila Ribeiro, única negra a integrar a Academia Paulista de Letras. O programa é transmitido ao vivo, em nosso canal no YouTube, às 19h. Na tevê aberta, será retransmitido pela TVT às 22h30. --- Send in a voice message: https://anchor.fm/cartacapital/message
Tópicos:- Como agregar Educação Profissional Técnica na graduação- Verticalização Curricular: Itinerários formativos e Planos de Curso- Pense fora da caixa: como atender as Redes Públicas de EducaçãoConferencistas:Bahij Amin Aur. Titular da Academia Paulista de Educação, e consultor junto à UNESCO e MEC-SETEC. Foi diretor do SENAC-SP e presidente do Conselho Federal de Mão de Obra.Francisco Borges. Especialista em Educação Profissional e Tecnológica. Diretor Acadêmico da Faculdade Descomplica.Jucimara Roesler. Consultora da HoperMediação:João Vianney. Sócio-consultor da Hoper e Diretor do Blog do Enem
Âncora: Augusto Nunes Bancada do Debate: Thamea Danelon:Professora de Processo Penal e procuradora da República Dircêo Torrecillas Ramos:Jurista e Prof. Dr. Livre Docente pela USP, professor de pós-graduação no EPD- Direito Constitucional Militar e no Instituto Federalista, membro da Academia Paulista de Letras Jurídicas, do Conselho de Estudos Avançados da FIESP, do Conselho Superior de Direito da Fecomércio Marcos da Costa:Advogado e presidente da OABSP nas gestões 2013 a 2018. See omnystudio.com/listener for privacy information.
Morreu, neste domingo (03), em São Paulo, a escritora Lygia Fagundes Telles. Nascida na capital paulista em 1923, ela era integrante da Academia Brasileira de Letras, desde 1985, e também da Academia Paulista de Letras. Ao longo da carreira, recebeu prêmios importantes como o Camões (2005), e o Jabuti (1966, 1974 e 2001). Suas obras foram traduzidas para diversas línguas como o alemão, espanhol, francês, inglês, italiano, além de adaptadas para o cinema, teatro e TV. Nesta edição extra do Autores e Livros, Anderson Mendanha e Ana Beatriz Santos falam da biografia da Lygia Fagundes Telles e comentam sobre a importância da autora para a literatura brasileira e sobre uma de suas principais obras, “As Meninas”, de 1973.
A convidada do Contraponto é jurista, pesquisadora em Harvard e professora renomada: Angela Gandra Martins. Angela Vidal Gandra da Silva Martins é uma jurista e advogada brasileira, atualmente secretária nacional da Família no Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos e professora da Universidade Presbiteriana Mackenzie. É membro da Academia Brasileira de Filosofia e da Academia Paulista de Letras Jurídicas. _______ Siga a Brasil Paralelo: Site: https://bit.ly/portal-bp Instagram: https://www.instagram.com/brasilparalelooficial/ Facebook: https://www.facebook.com/brasilparalelo Twitter: https://twitter.com/brasil_paralelo Sobre a Brasil Paralelo: Somos uma empresa de entretenimento e educação fundada em 2016. Produzimos documentários, filmes, séries, trilogias, cursos, podcasts e muito mais. Nosso foco é o conteúdo informativo e educativo relacionado ao contexto social, político e econômico brasileiro. See omnystudio.com/listener for privacy information.
O jornalista, radialista, escritor e integrante da Academia Paulista de História, Geraldo Nunes relembra - em episódio especial de aniversário de SP - várias histórias relacionadas à política na cidade de São Paulo. Fatos curiosos e que impactaram o País.
Âncora: Augusto Nunes Bancada do Debate: Thamea Danelon:Professora de Processo Penal e procuradora da República Dircêo Torrecillas Ramos:Jurista e Prof. Dr. Livre Docente pela USP, professor de pós-graduação no EPD- Direito Constitucional Militar e no Instituto Federalista, membro da Academia Paulista de Letras Jurídicas, do Conselho de Estudos Avançados da FIESP, do Conselho Superior de Direito da Fecomércio Marcos da Costa:Advogado e presidente da OABSP nas gestões 2013 a 2018. See omnystudio.com/listener for privacy information.
O Amigos das Letras se propõe a falar sobre os grandes livros e autores da literatura. Nesta semana, falamos sobre Maurício de Sousa. Empresário, cartunista e escritor, Maurício é simplesmente o criador da Turma da Mônica, que foi o ponto de partida na leitura de diversas gerações desde os anos 1960. É um dos mais famosos cartunistas do país e membro da Academia Paulista de Letras. Confira!
O convidado desta semana é Fernando José de Almeida. Fernando possui graduação em Filosofia e Pedagogia pela Faculdade Nossa Senhora Medianeira, mestrado e doutorado em Filosofia da Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), e pós-doutorado no IRPEACS em Lyon na França. É professor e pesquisador do Programa de Pós-Graduação em Educação da PUC-SP. Fernando foi Vice-Reitor Acadêmico da PUC-SP, Secretário Municipal de Educação da Cidade de São Paulo, Vice-Presidente e Diretor de Educação da Fundação Padre Anchieta - Rádios e TV Educativas SP. Também foi Diretor de avaliação, currículo e formação (COPED) da Secretaria de Educação Municipal da Cidade de São Paulo e Diretor Nacional do SESC nas áreas de Educação e Cultura. Fernando é membro honorário da Academia Paulista de Educação. Fernando fala sobre a quem interessa a morte da escola, a importância da permanência e da qualidade para todos, a diferença entre escola e colégio, o papel da universidade e de uma formação para a sociedade. Saiba mais sobre o Instituto para Inovação em Educação em unisinos.br/institutoinovacao Idioma do episódio: Português
A proposta de alteração na Medida Provisória 1045 pelo relator, o deputado Christino Áureo (PP-RJ), pegou de surpresa as entidades e instituições que trabalham com qualificação, treinamento e geração do primeiro emprego para jovens, justamente porque desconsidera a estrutura atual e coloca em risco a geração de vagas qualificadas que atendam a demanda de empresas e sociedade. No texto original da MP, conhecida como “MP do Bem”, havia consenso entre o Governo Federal, Congresso e entidades sobre a preservação e geração de emprego e renda nas medidas tomadas ainda no ano de 2020 para o enfrentamento social da pandemia. No entanto, a alteração do relator, que incluiu uma proposta do próprio governo para a criação de novos empregos sem atender a requisitos mínimos de qualificação da mão de obra, travou a votação da medida, apresentada em abril deste ano. Em entrevista ao “Pensando o Brasil com Adalberto Piotto”, o CEO do CIEE, Humberto Casagrande, disse que a proposta do relator, além de não ter sido discutida abertamente, tem uma série de problemas e retrocessos, como a canibalização nas vagas oferecidas pelo mercado – visto que a cada vaga criada pelo novo programa desobriga a empresa em contratar um aprendiz -, cria insegurança jurídica para as empresas, porque a forma de contratação está abaixo das regras mínimas da lei do estágio, do aprendiz ou da CLT e, sobretudo, se distancia da combinação transformadora de escola/emprego na formação dos jovens trabalhadores. A MP recebeu forte campanha contra das entidades que, há décadas, trabalham com a formação, qualificação e encaminhamento dos jovens ao mercado de trabalho e que já haviam proposto, como também fez o CIEE no ano passado, medidas para preservar e gerar novas vagas de trabalho para jovens com subsídios do governo e contrapartida das empresas. Um manifesto público foi divulgado pelas entidades pedindo aos parlamentares que rejeitem a criação dos programas REQUIP e PRIORE, apresentados no relatório do deputado relator da matéria Christino Áureo – capítulos III e IV da Medida Provisória 1045/2021, solicitando uma audiência pública para a criação de um novo projeto. Assinam o manifesto o CIEE Nacional, a Academia Paulista de Educação, o ESPRO, a FEBRAEDA, a Fundação Abrinq, GERAR, ISBET, Instituto Saber de Aprendizagem, a Rede Cidadã e a Societá Formação Profissional.
Gabriel Chalita, membro da Academia Brasileira de Educação e da Academia Paulista de Letras, falou sobre o lançamento do álbum da Marisa Monte, Portas, com Mauro Tagliaferri e Adriana Couto no Nova Manhã (07/07/2021) da Novabrasil. Comece o dia com a gente! Sintonize em nosso canal do YouTube ou em novabrasilfm.com.br de segunda a sexta a partir das 6h.Nova Manhã - Seu dia mais leve. Você mais informado.Rádio Novabrasil FM - Mais moderna. Mais brasileira.
Nesse episódio, Dr. José Renato Nalini, ex-presidente do TJSP e atual presidente e imortal da Academia Paulista de Letras, fala de condutas antiéticas no cenário atual do país e ressalta a importância da ética como ciência do comportamento que aprimora e desenvolve o sentido moral e influencia a conduta.
Quando um animal predador quer meter medo, ele mostra os dentes.Mas nós, humanos, mostramos os dentes para sorrir.Afinal, por que sorrimos?Confira no papo entre o leigo curioso, Ken Fujioka, e o cientista PhD, Altay de Souza.OUÇA (51min 26s)*PARTICIPAÇÃO ESPECIAL IN MEMORIAM: Prof. Cesar AdesFoi docente do Departamento de Psicologia Experimental e do Programa de Pós-Graduação em Neurociências e Comportamento no Instituto de Psicologia da USP. Ocupou o cargo de Diretor do IP entre 2000 e 2004 e Vice-Diretor de 1998 a 2000. Além de Diretor do Instituto de Estudos Avançados da USP até janeiro de 2012 . Ades fez sua história no IPUSP: graduou-se em Psicologia em 1965 e no mesmo ano iniciou sua atividade docente. Em 1969, desenvolveu sua dissertação de Mestrado em Psicologia Experimental intitulada A retenção dos itens irrelevantes numa tarefa de busca visual. Obteve o título de doutor em 1973 com a tese A teia e a caça da aranha Argiope argentata. Em 1991, concluiu a livre-docência com o trabalho Instinto e Aprendizagem na Aranha Argiope argentata e, em 1994, tornou-se professor titular. Em 2008, Prof. César Ades assumiu a cadeira número 19 da Academia Paulista de Psicologia. Faleceu em 2012.*Naruhodo! é o podcast pra quem tem fome de aprender. Ciência, senso comum, curiosidades, desafios e muito mais. Com o leigo curioso, Ken Fujioka, e o cientista PhD, Altay de Souza.Edição: Reginaldo Cursino.http://naruhodo.b9.com.br*PARCERIA: ALURAA Alura tem mais de 1.000 cursos de diversas áreas e é a maior plataforma de cursos online do Brasil -- e você tem acesso a todos com uma única assinatura.Aproveite o desconto de R$100 para ouvintes Naruhodo no link:https://www.alura.com.br/promocao/naruhodo *REFERÊNCIASArashiyama Monkey Parkhttps://www.youtube.com/watch?v=UkDIGxl7XlU&ab_channel=DiscoverKyotoPara uma abordagem biológica do comportamento animal - Cesar Adeshttps://www.youtube.com/watch?v=lo8zZ9Ju2rY&ab_channel=InstitutodePsicologiadaUSPA GENERAL PSYCHOEVOLUTIONARY THEORY OF EMOTIONhttps://www.sciencedirect.com.sci-hub.st/science/article/pii/B9780125587013500077Spontaneous Rem Behaviors in a Microcephalic Infanthttps://journals.sagepub.com/doi/abs/10.2466/pms.1972.34.3.827“I'm smiling back at you”: Exploring the impact of mask wearing on communication in healthcarehttps://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1111/1460-6984.12578Masked smiles matter – employee verbal expertise and emotion display during COVID-19https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/02642069.2021.1873296“What does a torture survivor look like?” Nonverbal communication in US asylum interviews and hearingshttps://nca.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/17513057.2021.1881146?journalCode=rjii20#.YEr3BFVKiHsDynamics of facial actions for assessing smile genuinenesshttps://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0244647Observers Pupillary Responses in Recognising Real and Posed Smiles: A Preliminary Studyhttps://arxiv.org/abs/2102.03994The Impact of Culture in Deception and Deception Detectionhttps://link.springer.com/chapter/10.1007/978-3-030-54383-9_3The first smile: spontaneous smiles in newborn Japanese macaques (Macaca fuscata)https://link.springer.com/article/10.1007%2Fs10329-016-0558-7Neonatal Smiling in Rem States, IV: Premature Studyhttps://www.jstor.org/stable/1127940?seq=1Smiling asleep: A study of happy emotional expressions during adult sleephttps://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1111/jsr.12814Sinais não-verbais da dissimulação: inatos ou adquiridos?https://www.redalyc.org/pdf/4518/451844612004.pdfSmiles as Multipurpose Social Signalshttps://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S1364661317301870Be Careful Where You Smile: Culture Shapes Judgments of Intelligence and Honesty of Smiling Individualshttps://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4840223/Decoding Spontaneous and Posed Smiles of Children Who Are Visually Impaired and Sightedhttps://journals.sagepub.com.sci-hub.st/doi/abs/10.1177/0145482X9909301004?journalCode=jvbaNaruhodo #189 - Por que reviramos os olhos?https://www.b9.com.br/shows/naruhodo/naruhodo-189-por-que-reviramos-os-olhos/Naruhodo #149 - Por que damos risadas?https://www.b9.com.br/shows/naruhodo/naruhodo-149-por-que-damos-risadas/Naruhodo #206 - Por que choramos?https://www.b9.com.br/shows/naruhodo/naruhodo-206-por-que-choramos/Naruhodo #164 - Podemos ler emoções com base em expressões faciaishttps://www.b9.com.br/101840/naruhodo-164-podemos-ler-emocoes-com-base-em-expressoes-faciais/Naruhodo #244 - Por que mentimos?https://www.b9.com.br/shows/naruhodo/naruhodo-244-por-que-mentimos/Naruhodo 198 - Existe instinto materno? Parte 1https://www.b9.com.br/shows/naruhodo/naruhodo-198-existe-instinto-materno-parte-1-de-2/Naruhodo 199 - Existe instinto materno? Parte 2https://www.b9.com.br/shows/naruhodo/naruhodo-199-existe-instinto-materno-parte-2-de-2/Podcasts das #Minas: VOZES QUE CARREGO NA MOCHILA#MulheresPodcastershttps://open.spotify.com/show/2RhlSTljM77PtxNFadOj2T*APOIE O NARUHODO!Você sabia que pode ajudar a manter o Naruhodo no ar?Ao contribuir, você pode ter acesso ao grupo fechado no Telegram, receber conteúdos exclusivos e ter vantagens especiais.Assine o apoio mensal pelo PicPay: https://picpay.me/naruhodopodcast
Um dos artistas mais versáteis da música brasileira, ele fala sobre sua vida nômade, a profissão de maestro e a falta de incentivo à cultura "A música é a mais racional das artes", diz o maestro Júlio Medaglia. “Na pintura existe mais subjetividade. O cara tira ou põe um pouco de amarelo, apaga ali, e pode ficar bonito e dar prazer. Mas na música, não. Se você colocar um oitavo de segundo depois já desarma com o esquema”. Fundador da Amazonas Filarmônica, o maestro regeu as orquestras mais importantes do Brasil e da Alemanha e foi aluno de Pierre Boulez, Karlheinz Stockhausen, John Barbirolli e Hans-Joachim Koellreutter Surfando com versatilidade na música, além do seu lado erudito, colaborou para uma das obras-primas da música popular brasileira, assinando os arranjos de Tropicália, canção de Caetano Veloso que marcou o início do movimento tropicalista. Eram tempos, lembra o maestro, em que as rádios reproduziam músicas que não pertenciam ao circuito comercial e a televisão abria espaço para a música erudita. Fora do universo musical, o maestro Júlio Medaglia escreveu mais de 500 artigos e 5 livros, o que o levou a ocupar a cadeira número três na Academia Paulista de Letras, que já pertenceu a Mário de Andrade. “Eu me encantei muito com o poder semântico da palavra. A palavra é feiticeira, é uma bomba”, conta. Aos 82 anos, ele é responsável pelo programa Prelúdio, concurso musical para instrumentalistas da TV Cultura que recebeu o prêmio de melhor projeto cultural da TV brasileira. O maestro bateu um papo com a Trip sobre música erudita e popular, a solidão dos artistas e a falta de incentivo à cultura no Brasil. [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2021/02/602fe67515e55/maestro-julio-medaglia-cultura.jpg; CREDITS=Creative Commons; LEGEND=] Trip. A gente admira muito as pessoas que surfam, que conseguem obter prazer e ao mesmo tempo influenciar as mais diferentes praias. Você se mudou para Salvador muito jovem, depois foi para a Alemanha, para a Amazônia, para Brasília, navegando em mundos musicais muito distintos. Um dia você está fazendo trilha de cinema, preparando um especial da Globo, no outro está escrevendo um livro ou regendo uma orquestra para milhares de pessoas no meio da rua. Essa mobilidade intelectual é fascinante. De onde vem essa inquietude? Maestro Júlio Medaglia. A minha aliança com a música foi acidental. Na minha família ninguém é músico. Meu pai vendia peças de automóvel importadas, minha mãe era costureira da alta sociedade de São Paulo e minha irmã trabalhava numa empresa química. Mas um dia apareceu uma empregada lá em casa, que morava no interior de Minas, e na mochila ela trouxe um pequeno violino, para criança. Eu passei a brincar com aquele instrumento e, certo dia, numa corda só, eu consegui tocar Noite Feliz e comecei a me encantar com aquela sonoridade. A minha mãe se deu conta que tinha uma prima de segundo grau que tocara violino e ela começou a me dar aulas. E comecei a tocar com orquestras amadoras, até que me encontrei com professor alemão Koellreutter, que morava em São Paulo. Ele iluminava nossa mente com ideias, filosofias, exposições, provocações culturais, e eu comecei a me encantar não só com a música, mas com todo aquele arcabouço cultural gigantesco. Na realidade a música é fruto de um monte de coisas sociais, políticas, étnicas e éticas e, com isso, eu fui me interessando por outros campos dentro do universo sonoro e cultural. Consegui uma boa bolsa de estudos do governo alemão e me formei na Universidade de Friburgo como regente sinfônico, mas o Brasil me chamava. Naquela segunda metade da década de 60 tinha a bossa nova, os festivais na TV Record, que eram verdadeiras loucuras em termos de geração de uma nova turma para a música brasileira de primeira qualidade. Nessa época comecei a estudar e a escrever também as trilhas sonoras para peças de teatro. E aí quando eu fiz uma para Cacilda Becker e Walmor Chagas, uma peça de teatro chamada “Isso devia ser proibido”, tinha lá um baiano que tinha chegado de Salvador e me pediu para fazer um arranjo da música dele, que “talvez vá se chamar Tropicália”. Aí nascia a minha relação com o Caetano [Veloso]. O arranjo acabou propondo uma série de novas soluções, de falas no meio, ruídos de pássaros e assim foi. Eu fui ampliando o meu universo de relacionamentos e de atividades também. Comecei a escrever no jornal O Estado de S. Paulo, escrevi uma história da bossa nova e a história da música do século XX. Eu me encantei muito com o poder semântico da palavra. A palavra é feiticeira, é uma bomba. Abrindo meu leque de opções culturais e fui parar nos Estados Unidos a convite do Conservatório de Boston, criei uma orquestra no teatro maravilhoso que existe em Manaus, fui convidado para dirigir o Theatro Municipal em São Paulo, no Rio de Janeiro e no Teatro Nacional, em Brasília. Fui me deslocando de uma cidade para outra, de um universo para outro, mas sempre mantendo esse espírito de não só fazer música, mas ser o animador cultural, porque no Brasil precisa ter essa função educativa. Eu espero ter cumprido alguma coisa nesse sentido. Essa vida nômade que você acaba de relatar, riquíssima do ponto de vista profissional e cultural, muitas vezes gera certas disfunções na vida pessoal. Ela foi atrapalhada por essa riqueza profissional? No fundo o artista é um grande solitário. Você está regendo um grande concerto, na grande sala, com uma grande orquestra e, quando acaba, você vai para o hotel e fica sozinho, quietinho lá assistindo televisão. Aí o táxi te leva, você está outra vez sozinho, em outro hotel do mundo. Existe esse conflito entre a solidão e a coletividade, mas isso faz parte da coisa. Minha mulher é alemã, eu casei na Alemanha e ela veio para o Brasil. Eu tive a sorte de ter uma pessoa que compreendesse essa vida nômade e isso nunca atrapalhou, felizmente, nosso relacionamento. Eu estou o tempo todo viajando, mas isso faz parte da vida do artista. O artista que tem que estar onde o povo está, como diz o velho Milton Nascimento. [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2021/02/602fe683a65d6/trip-fm-podcast-radio-maestro-julio-medaglia.jpg; CREDITS=Creative Commons; LEGEND=] Quem é leigo tem uma noção, vê a figura do maestro cuidando da harmonia ali, daquele grupo de música. Mas como é que uma pessoa resolve ser maestro? O que é ser maestro? O maestro, com os dedos e sua energia pessoal, transfere a técnica e a emoção que ele tem na mente. A dificuldade maior é passar suas ideias, a sua emoção e sua concepção artística para 80 pessoas. Exige um bom tempo de estudo, de trabalho e amadurecimento para você se relacionar com essa comunidade, essa grande empresa chamada orquestra. Você está à frente de um time de primeira, se você vacilar está perdido. A regência é aquela que exige o maior número de matérias, harmonia, contraponto, fuga. E conhecer muito bem todos os instrumentos, senão você não pode chegar para um flautista e dizer: “Faça isso”. Depois do domínio deste gigantesco arcabouço técnico, aí começa um relacionamento com a parte artística, cultural da música. Depois o seu relacionamento como o líder de uma comunidade, porque você tem que passar através de um gesto de mão, às vezes muito simples, toda a concepção de uma grande sinfonia. Então de fato é uma profissão complicada, exige muito esforço, conhecimento e talento. O que a gente mais ouve são queixas da falta de reconhecimento, da falta de estrutura, da falta de condição para trabalhar nessa área. Nesse momento então, nem se fala. Maestro ganha dinheiro ou são só dois ou três e o resto fica na pindaíba? A seleção é mesmo muito rigorosa, mesmos nos países do mundo que têm muita atividade orquestral. Existem maestros que são muito bons, mas falta um pouco de talento para determinadas coisas e não chegam a ocupar cargos importantes. Mas aí ele presta serviço de outra maneira: cria orquestras jovens, prepara novas gerações ou então vai dar aula de regência. Na Alemanha tem 80 casas de ópera e cada uma delas troca a ópera toda noite, como o projecionista do cinema troca a bobina do filme. No Brasil existem muito poucas orquestras, as excelentes são só três ou quatro. Então de fato é muito complicado profissionalmente sobreviver com essa profissão. Tive a sorte de encontrar um caminho e poder dirigir algumas boas orquestras do país. Não posso me queixar. Tem uma entrevista sua ao saudoso Abujamra em que você fala que a música é uma ciência exata. Tem até uma frase que é: “A música é alma da geometria”, alguém disse isso. E você descreve uma partitura como sendo equações, aquelas que tem milhões de sinais, números e algarismos. Me explica um pouco esse aspecto da sua visão sobre a música. A música é a mais matemática das artes. Quando você imagina uma orquestra tocando, eu faço ‘pá’ e nesse acorde, que durou um oitavo de segundo, vinte músicos fizeram juntos. Como é que eles fizeram juntos? Eles têm uma sensibilidade para aquela geometria musical montada que faz com que, quando o maestro faz um sinal, eles saibam onde entrar. Mas no ‘pá’ teve um trompete que tocava um 'Lá', este 'Lá' tinha 444 vibrações, porque se tiver 400 vibrações já desafina. A própria formação da orquestra, como os músicos se entrelaçam, cada um jogando com seu código matemático na frente, quer dizer, ela é a mais racional das artes. Se você ver as obras de Bach, tem todo um relacionamento acústico, melódico, harmônico e rítmico, que é um projeto de uma arquitetura, uma arquitetura sonora complicadíssima. Na pintura existe mais subjetividade. O cara tira ou põe um pouco mais de amarelo ali, um vermelhinho ali, apaga aquilo ali e pode ficar bonito e dar prazer. Mas na música, não. Se você colocar um oitavo de segundo depois já desarma com o esquema. Então toda a orquestra funcionando é um grande computador que provoca emoções. [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2021/02/602fe691a8454/julio-medaglia-maestro.jpg; CREDITS=Creative Commons; LEGEND=] Você trabalhou com Caetano Veloso, Jards Macalé e outros artistas populares de alta qualidade. Existem pessoas como você, que têm o privilégio, o talento e a condição de estudar com os melhores do mundo, mas tem também gente que de repente sai tocando ali e tem um outro tipo de talento, faz coisas que também mudam o mundo. Onde é que está a linha que separa o artista popular que não estudou, mas que é capaz de produzir emoção, e o pessoal que produz porcaria enlatada e que hoje tem facilidade para espalhar isso pelo planeta? Na realidade o talento musical é uma coisa espontânea e vem das profundezas da alma. O Cartola não estudou em nenhuma universidade, ele limpava automóvel, morava numa favela, mas desenvolveu essa musicalidade, espontaneamente, sem estudar teoricamente a música. Então existe a música extremamente elaborada, aquela que você faz com orquestra sinfônica, em sinfonias, concertos, óperas, e existe a música espontânea, que tem poucos elementos, mas pode ser extremamente rica. O Jobim não fez uma música com uma nota só? Se repete 50 vezes a mesma coisa e, quando ouve, o mundo inteiro cai de joelhos. "Águas de Março", repete duas notas 50 vezes e o Leonard Feather, que é o maior crítico de jazz dos EUA, diz que é uma das 15 maiores melodias do século. Existe essa sensibilidade, esse talento feiticeiro que alguns tem – o Jobim tem, que Mozart tem, que o Cartola tem. Ser popular não quer dizer ser inferior à música erudita. Agora, evidentemente, tanto na área da música sinfônica, super elaborada, como na da música espontânea, tem muita porcaria. Tem muita gente que tem conhecimento técnico que faz porcaria. Tem gente que não tem conhecimento técnico nenhum e faz jóias como essas. Eu já vi você falando que a televisão não põe mais música e que a rádio está a serviço dessa indústria que você qualifica como "essas porcarias enlatadas". Por outro lado, você vê a distribuição da música facilitada hoje por plataformas digitais. Quer dizer, o artista que tem alguma coisa para mostrar não precisa bater na porta de uma gravadora ou da rádio. Por que é que a televisão se divorciou da música? A gente está melhor ou pior na nossa capacidade de dar acesso ao talento? Infelizmente a boa música saiu da televisão. Nos áureos tempos, a música era mais da metade da programação. Grandes nomes da música brasileira que nós temos até hoje em nossos corações vieram do rádio e da televisão. Dos anos 70 ou 80 em diante o artista ia bater na porta das gravadoras e, depois de algum tempo, as gravadoras começaram a pagar para pôr no ar a música. E as televisões aceitavam isso, davam nota fiscal, assim como põe uma garrafa de Coca-Cola no ar numa novela. Pode ser uma música maravilhosa, pode ser uma porcaria, você paga vai para o ar. Então a boa música desapareceu do rádio e da televisão, e perdeu esse aspecto de revelação da musicalidade espontânea do povo brasileiro, que é riquíssima. Nós fizemos a melhor música popular do mundo durante muito tempo. Essa música ainda existe. O próprio Macalé, que você citou, mas você não vê esse pessoal no rádio. O próprio Caetano, o Gil, que são os mais famosos compositores da atualidade, eu não vejo esse pessoal na TV Globo, na Record. A indústria da comunicação transformou a música popular num objeto mercadológico muito rápido, muito ágil e muito veloz – para vender logo e o cara comprar, gostar, depois jogar fora e comprar outro. Nesse sentido, a música popular brasileira está submersa num mar de mediocridade, infelizmente. A Osesp, Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, tem a Sala São Paulo como uma espécie de templo, e os assinantes, uma espécie de sócios, pagam para ter acesso àqueles concertos semanais. E também há iniciativas como a Orquestra de Heliópolis, numa comunidade de periferia. Essa música, da qual o senhor é um dos grandes pilares aqui do Brasil, está a serviço da democratização? Ela vive ainda desses feudos de marajás que se reúnem em salas exclusivas? Qual é a da música erudita? O que tem acontecido de muito bom no Brasil ultimamente é que várias empresas estão se dando conta que elas têm que ter um relacionamento com a sociedade. Há inclusive leis que facilitam isso no Brasil, além da Lei Rouanet. Agora o governo está querendo acabar com ela, e é uma sacanagem. A Lei Rouanet recebe 0,4% dos bilhões que o governo dá para companhias de automóveis, para empresas que fazem outros produtos, e estão querendo acabar com esse mínimo, como se artista fosse bandido ou não soubesse como usar o dinheiro. Nos Estados Unidos não precisa de incentivo fiscal, porque o norte-americano se deu conta que investir em projetos culturais valoriza a sua marca ou empresa. Então a coisa virou ao contrário: hoje, o cara que não se relaciona com a comunidade em projetos dessa natureza está por fora e é discriminado na sociedade. Esse caso você citou de Heliópolis é maravilhoso. Começou com o padre Bacacheri ensinando crianças, a Votorantim colocou dinheiro, a Petrobrás também, e criou-se uma orquestra sinfônica maravilhosa, feita pelos filhos dos meninos da favela, que foram para a Alemanha tocar na cidade onde nasceu o Beethoven e povo aplaudiu de pé. Ou seja, a música salvou a criançada da droga que existia na região. Então existe esse poderio feiticeiro, positivo da música, pelo qual algumas empresas agora estão interessadas em financiar projetos desse tipo, que usam a música como elemento de inserção social para jovens de periferia. Isso a música consegue fazer e as empresas que investiram nesses projetos não se arrependerão.
Dr. Luiz Gonzaga BertelliMembro da Academia de Medicina de São Paulo; da Academia Paulista de História, da Academia Cristã de Letras, da Academia Paulista de Educação e da Academia Paulista de Letras Jurídicas.Advogado, jornalista e professor;Presidente emérito do CIEE – Centro de Integração Empresa-Escola;Membro da FIESP – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo;Membro da ACSP – Associação Comercial de São Paulo;Diretor, Vice-presidente e Presidente de empresas de equipamentos e de produção de açúcar e álcool, e de entidades de classe e de distribuidoras de gás e combustível;Autor de vários livros e artigos em diversos periódicos; eMembro da Academia de Medicina de São Paulo; da Academia Paulista de História, da Academia Cristã de Letras, da Academia Paulista de Educação e da Academia Paulista de Letras Jurídicas.Site da Faculdade: https://bit.ly/39xI7RI ;Facebook: https://bit.ly/39Bvtkq ;Instagram: https://bit.ly/39AUhZC ;Twitter: https://bit.ly/2OVNNfZ ;Youtube: https://bit.ly/2uD4LsV
“No dia em que o Brasil tiver mais creches e mais escolas, ele terá menos hospitais e menos cadeias” (Lygia Fagundes Telles) Em edição especial, o podcast Peças Raras homenageia uma das mais importantes representantes da literatura de língua portuguesa. Aos 97 anos de idade, Lygia Fagundes Telles estudou direito antes de se dedicar exclusivamente à literatura. A autora de obras como As Meninas e Ciranda de Pedra ocupa a cadeira 28 da Academia Paulista de Letras e, desde 1985, foi eleita para a cadeira 16 da Academia Brasileira de Letras. Em 2005, foi contemplada com o Prêmio Camões. Um dos áudios que você acompanha aqui foi extraído do Encontro com a escritora na Livraria da Vila, da Vila Madalena, em São Paulo, no final de 2010. Nos trechos selecionados, você descobre como o contato com as pajens (babás), que contavam histórias assustadoras, foi fundamental para que – ainda menina – passasse a escrever os próprios contos; fica por dentro das motivações presentes nos livros; descobre qual o conto preferido da própria autora e ouve pensamentos instigantes na voz dela. Em uma das passagens, Lygia explica como driblou a censura ao colocar o relato de um torturado na voz de uma de suas “Meninas”, no romance publicado em 1974, período em que vivíamos o período do golpe militar. Ousadias como essa garantem a atualidade da obra e fazem com que os livros sejam adaptados para rádio, teatro, novelas e filmes. A outra peça rara é a nossa adaptação para um radioteatro roteirizado por José Medina, a partir do conto "Praia Viva", em 1944, para a Rádio Bandeirantes. Fizemos uma reconstituição no quadro Interferência, com participações de Marcelo Duarte, Silvania Alves, Chico Prado e Fernanda Albino. Crédito: a trilha em BG (de fundo) do podcast Peças Raras é executada, ao violão, por Reynaldo Bessa --- Send in a voice message: https://anchor.fm/pecasraras/message
Neste podcast: Descubra o que levou o Dr. Venosa à magistratura, como é sua rotina de escritor e conheça algumas histórias curiosas e engraçadas do início de sua carreira de juiz. Ouça já! ========= INDICAÇÕES NO PROGRAMA: Coleção Direito Civil, Sílvio de Salvo Venosa http://bit.ly/2GIIQnJ Introdução ao Estudo do Direito, Sílvio de Salvo Venosa http://bit.ly/2RSfmd5 ========= FALE CONOSCO . Email: genjuridico@genjuridico.com.br . Blog: genjuridico.com.br/silviovenosa/ . Youtube: www.youtube.com/EditoraMetodo . Facebook: www.facebook.com/GEN.Juridico . Instagram: www.instagram.com/genjuridico ou www.instagram.com/editora.metodo ========= Sílvio de Salvo Venosa é juiz aposentando do Primeiro Tribunal de Alçada Civil de São Paulo, tendo exercido a magistratura nesse Estado por 25 anos. Integrante do corpo de profissionais de grande escritório jurídico brasileiro. Consultor e assessor de escritórios de advocacia. Foi professor em várias faculdades de Direito no Estado de São Paulo. Professor convidado e palestrante em instituições docentes e profissionais em todo o País. Membro da Academia Paulista de Magistrados.
Um dos principais fotógrafos brasileiros fala sobre sua especialidade - o retrato - e reflete sobre fotografia digital e Instagram Marcio Scavone é um importante fotógrafo brasileiro que acaba de ser eleito para a Academia Paulista de Letras. É isso mesmo. Ele vai ser o primeiro artista visual a ocupar uma cadeira de imortal em uma Academia de Letras no Brasil. Sua trajetória na fotografia começa ainda na infância, com a Rolleiflex do seu pai, o escritor Rubens Teixeira Scavone. Quando percebeu que a brincadeira de criança estava ficando séria, resolveu se mandar pra Londres, onde se formou em Fotografia Profissional na Ealing Technical College. De volta ao Brasil, fez muito sucesso na década de 80 trabalhando com publicidade, atividade que lhe rendeu prêmios importantes, como o Clio Awards e o cobiçado Leão de Ouro de Cannes. Na década de 90, passou a atuar com mais frequência no mercado editorial e acabou consagrado por seus retratos de empresários e celebridades como Oscar Niemeyer, Fernanda Montenegro, Pelé, Burle Marx, entre muitos outros. Em 1997 lança seu primeiro livro, Entre a Sombra e a Luz, obra que reúne fotos de suas viagens pelo mundo. Nos anos seguintes lança novos trabalhos, como Luz Invisível (uma reunião de seus melhores retratos), Cidade Ilustrada (um passeio pelos grafites de São Paulo) e Viagem à Liberdade (um estudo sobre o famoso bairro japonês aqui de São Paulo). Aqui no Trip FM Scavone conta detalhes sobre seu próximo livro, Copo de Luz - Ensaio Sobre Fotografia como Arte e Memória, que chega no fim de março às livrarias. O fotógrafo também fala sobre ensaios sensuais e, sua especialidade, o retrato, além de refletir sobre fotografia digital e Instagram. ESCUTE A ENTREVISTA COMPLETA NO PLAY ABAIXO: [AUDIO=https://p.audio.uol.com.br/trip/2018/3/marcioscavone_pod.mp3; IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2018/03/5aa6e81f7e087/1233x693x960x540x156x51/frame-2.jpg] SET LISTThe Rolling Stones — Miss YouCody Chesnutt — The SeedOs Mutantes — She's my Shoo ShooM Ward — Chinese TranslationOuça todas as músicas que rolaram no Trip FM em 2018
No bate-papo com Paulo Lima, o escritor relembra a paixão pela literatura desde a infância Ignácio de Loyola Brandão, atual dono da cadeira 37 da Academia Paulista de Letras, cronista do jornal Estado de S. Paulo, é um homem que não só sobreviveu à um aneurisma cerebral há pouco mais de 10 anos, como também sobrevive há mais de 50 anos exclusivamente da escrita.Nasceu em Araraquara, cidade do interior do estado de São Paulo, em 1936. Incentivado pelo pai, um contador e funcionário da Estrada de Ferro Araraquarense, apaixonou-se por literatura ainda criança. Escreveu seu primeiro romance, nunca publicado, em um caderno de escola quando cursava o ginásio. Aos 16 anos publicou seu primeiro texto, uma crítica do filme Rodolfo Valentino feita na Folha Ferroviária, semanário de sua cidade natal, em 1952. Veio para São Paulo em 1956 e conseguiu seu primeiro emprego no jornal Última Hora, de Samuel Wainer. Nove anos depois lançou seu primeiro livro de contos, intitulado Depois do Sol.Como jornalista trabalhou nas revistas Cláudia, Realidade, Setenta, Planeta e Vogue (de onde saiu da direção, em 2004, para trabalhar no conselho da Carta Editorial). Escreveu mais de trinta títulos, entre eles, o clássico da literatura nacional, Zero. No bate-papo, o jornalista e escritor relembra a paixão pela literatura desde a infância, comenta sobre literatura e novas tecnologias, como lidou com o aneurisma cerebral há pouco mais de dez anos e como surgiu o livro O Menino Que Vendia Palavras, vencedor do prêmio Jabuti do ano passado de melhor livro de ficção.
O professor de direito penal da USP conversa sobre o tema com base nos mais de 40 livros que já publicou Professor de Direito Penal da USP e livre-docente da Universidade de Roma, na Itália, ele é um dos advogados criminalistas mais respeitados do Brasil. Autor de mais de quarenta livros sobre o tema, também assinou, três anos atrás, o ensaio fotográfico Meu São Paulo... Nunca Mais, repleto de imagens nostálgicas da cidade no século passado. Em mais de cinqüenta anos de profissão, defendeu alguns dos casos mais célebres do país, como o do playboy Raul Fernando Amaral, o Doca Street, acusado de matar com quatro tiros a socialite Ângela Diniz em 1976, sua namorada na época. Defensor ferrenho da redução da maioridade penal no Brasil, ele também luta por outros métodos de correção com os menores encaminhados à Febem. Agora, aos 80 anos de idade, acaba de lançar pela editora Arx o livro Os Júris da Minha Vida, no qual reúne histórias verídicas - e algumas bem assustadoras! - dos casos que defendeu nos tribunais. Membro da Academia Paulista de Letras, o advogado Paulo José da Costa Jr. vai contar pra gente, daqui a pouco, algumas dessas histórias, como a do mordomo que matou a patroa por causa de um vaso quebrado, e também dizer sua opinião sobre o caso de Suzane Richthofen e sobre o famoso caso da esquartejadora da Casa Verde