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O coreógrafo brasileiro Calixto Neto apresentou o mais recente trabalho, “Bruits Marrons”, no Festival de Outono de Paris, entre 7 de Outubro e 21 de Novembro. O espectáculo resgata o legado musical e humano do compositor afro-americano Julius Eastman e inspira-se nos quilombos, as comunidades livres criadas nas matas por escravos fugitivos. Nesta peça, o palco é “o quilombo de Calixto Neto”, um espaço de liberdade e de afirmação, onde uma comunidade de artistas negros e queer “lambem feridas” da história e “se fortalecem” para enfrentar o mundo, contou o coreógrafo à RFI. RFI: Qual é a história de “Bruits Marrons”? “'Bruits Marrons' é uma peça que é um encontro de vários artistas da dança e da música em torno de um diálogo e de uma música do Julius Eastman, que é um compositor afro-americano que morreu em 1990 e que criou um corpo de trabalho belíssimo, incrível. Ele vem da música clássica minimalista.‘Bruits Marrons' acaba sendo um diálogo com esse músico, especialmente com uma música do Julius, que é Evil Niger, numa ideia de criar uma comunidade tanto para Julius, quanto para a música de Julius. A gente na nossa pesquisa entendeu ou interpretou uma certa solidão desse compositor na época dele porque ele era um homem negro, gay, evoluindo numa sociedade muito branca, muito heteronormativa, um músico solitário no meio em que ele evoluía. A gente quis criar essa comunidade de pessoas racializadas, imigrantes, queers e, para além disso, expandir o lugar de onde essa música vem, uma música clássica, minimalista - que é como ela é classificada hoje em dia, mesmo que existam algumas controvérsias entre os músicos e musicistas - mas trazer para essa música também uma família de outros sons, de outros ruídos, de outros barulhos que podem compor a escuta para que quando essa música chegue nos nossos ouvidos a gente já tinha dado uma família para ela.” Falou em ruídos. O título é “Bruits Marrons”. O que é que quer dizer este título? Qual será depois, em português, o equivalente? “No caso de ‘Bruits Marrons', a língua francesa tem essa subtileza de permitir um duplo sentido para a palavra ‘marron'. Em português seria ‘Ruído Marron' ou, no duplo sentido da palavra em francês, poderia ser também ‘ruído quilombola'. O que acontece é que 'marron', em francês, além da cor, também designa as pessoas que estavam em situação de escravidão e que fugiam do sistema de escravidão nas plantações e se embrenhavam nas matas e criavam essas comunidades autónomas e livres, onde tinham suas vidas e trabalhavam.” É o equivalente dos quilombos no Brasil? "Exactamente, é o equivalente dos quilombos. É uma peça que é inspirada dos quilombos e, especialmente, da reflexão que a gente tem hoje em dia em torno do uso dessa palavra no Brasil. No Brasil, a gente usa essa palavra de forma mais actualizada para as comunidades de pessoas racializadas, de pessoas negras, em vários contextos. A gente não tem mais o sistema de escravidão no Brasil, mesmo que ainda exista, em alguns contextos, o que a gente chama de escravidão moderna, mas a palavra quilombo é usada em vários contextos de ajuntamento de pessoas negras, que seja formal ou informalmente, por vários motivos: para estudar, para festejar, para se cuidar, para celebrar a cultura. Então, por exemplo, lá em São Paulo tem um lugar mítico para a comunidade negra que se chama Aparelha Luzia, que é um centro cultural, um lugar de festas, um lugar de encontro de associações que foi criado pela ex-deputada Érica Malunguinho, que é uma mulher negra, trans, que saiu de Pernambuco e que em algum momento se muda para São Paulo e fez lá a sua vida. Esse é um lugar que chamam de quilombo urbano. Eu, na minha juventude, há alguns anos, quando morei com dois outros amigos negros e gay em Recife, a gente chamava à nossa casa de quilombo. Então, tem esse sentido de um espaço de emancipação que a gente cria autonomamente e que a gente actualiza hoje em dia, mesmo que o uso dessa palavra, a comunidade em si, a função dela seja actualizada. Dito isso, existem também, hoje, as comunidades remanescentes quilombolas, que são essas terras onde as pessoas que fugiram da escravidão criaram as suas comunidades e que reclamam até hoje a posse dessas terras, como as comunidades indígenas brasileiras. Então, existe essa reflexão em torno dessa palavra, de criar uma comunidade que seja em torno do som, em torno do ruído, como o ruído é um incómodo para a harmonia dos ouvidos e isso era um pouco o que Julius representava: era um homem negro num meio muito branco, um homem gay num meio muito heteronormativo e ele era um homem gay muito frontal com a sua identidade sexual e, numa das várias entrevistas que ele deu, ele disse que só desejava na vida ‘poder ser 100% gay, 100% negro, 100% músico', 'gay to the fullest, black to the fullest, musician to the fullest'". Aquilo que se passa em palco, a comunidade que reúne em palco, corpos queer, corpos negros, corresponde a esta ideia de se poder ser “100% gay, 100% negro e 100% músico”? Esta peça tem um cunho de reparação e daí este grupo que juntou em palco? “Na verdade, esta peça tem uma temporalidade extensa. Encontrei [a música de] Julius, em 2019, no estúdio, alguém estava usando a música de Julius e houve esse encontro auditivo em que eu ouvi e meio que me apaixonei pela música dele. Em 2022, eu tive a oportunidade de começar um trabalho em torno dessa música, do trabalho dele, e na época eu queria trabalhar em torno do ‘Evil Nigger' e do ‘Crazy Nigger', mas nessa época eu tive a intuição de trabalhar só com pessoas negras porque eu queria entender qual é essa solidão de estar num meio em que a gente é sempre o único, em que a gente sempre está acompanhado de, no máximo, mais duas pessoas na sala. Foi uma aposta meio intuitiva e criou dentro do grupo uma sensação de segurança e de apaziguamento mesmo das histórias e das referências, de onde vem, o que é muito precioso e muito raro num ambiente de trabalho. Para a criação da peça, eu continuei com essa aposta, especialmente no que concerne à escolha da pessoa que toca a música porque, em 2025, mesmo com essa quantidade imensa que a gente tem de conservatórios, é uma missão hercúlea encontrar um pianista negro que tem uma formação sólida ou suficiente para tocar Julius Eastman. Hoje em dia, é praticamente impossível encontrar na Europa. Eu não sei se em Londres talvez a gente tenha mais, mas na França e na Bélgica, que foi onde concentrei mais as minhas pesquisas em 2022, foi uma tarefa muito difícil. Agora, para 2024, 2025, eu tive a ajuda de uma amiga pesquisadora, musicista, que tem uma pesquisa em torno da música de Julius e conhece alguns músicos e musicistas que se interessam pelo universo do Julius. Ela indicou-me algumas pessoas, mas, no geral, mesmo contando com pessoas da música, falei com pessoas de conservatórios, o teatro onde eu sou associado também me ajudou nessa busca, mas encontrar um pianista negro hoje em dia em França é uma tarefa possível, mas bem difícil." O piano é uma personagem, entre aspas, central na peça. É quase como a fogueira ou o batuque à volta do qual se reúnem as comunidades? “Pois é, a gente quis que o piano virasse um personagem dentro da estrutura da peça, às vezes, um objecto que pela imobilidade dele, acaba-se impondo no espaço. A gente pode atribuir várias imagens, mas, às vezes, eu penso que ele é um caixão que a gente está carregando com todo o cuidado e cantando essa música que é entre um lamento e uma canção de ninar. Às vezes, é um personagem que compõe uma estrutura sonora junto com a gente, num momento de explosão e de raiva. Às vezes é o centro da caldeira, como fala Isabela [Fernandes Santana] no começo da peça. Às vezes, é a lava ou o fogo em torno do qual a gente está girando e evocando o universo.” Até que ponto o piano ajudou a conceber os diferentes quadros de dança que variam entre a união muito forte e o êxtase e a libertação total dos corpos? Como é que criou a narrativa coreográfica da peça? “Teve um duplo trabalho. Primeiro, existiam duas imposições. Uma é a imposição da música em si porque eu decidi que a música entraria na sua integralidade, eu gostaria de propor ao público a escuta dessa música na sua inteireza - o que não foi o caso em 2022, quando era mais um jazz em torno dos universos que a música atravessa. Tem uma outra imposição, que é o objecto piano, que é um objecto imenso. Ele é imponente, ele é grande e ele ocupa o espaço. O piano não é como uma caixa de madeira que a gente muda de um lado para o outro e que está tudo bem assim. Ele tem uma carga histórica, ele tem uma carga simbólica e espacial que a gente não tem como se desenvencilhar dele. Em paralelo a essas duas imposições, existia o meu desejo de trabalhar com essa comunidade matérias que fossem em torno da alegria, em torno da criação de outros sons, uma travessia de uma floresta - que é uma cena inspirada da minha visita ao Quilombo dos Palmares, no Brasil - uma explosão raivosa e essa ideia de deslocamento desse objecto que, para mim, retoma uma tradição que a gente tinha no Brasil, no final do período da escravidão e no pós-escravidão, dos homens que carregavam o piano. As pessoas que, no processo de mudança carregam o piano, eram pessoas especializadas nisso, que tinham uma cadência específica para andar nas ruas não pavimentadas da cidade e há uma classe trabalhadora específica, com um universo musical também específico, ligado à cadência do passo. Essa é uma história que eu ouvi há muitos anos, quando eu estudava teatro, e que ficou na minha cabeça, até porque há uma expressão que a gente tem no Brasil, que são os carregadores de piano, que são as pessoas que vão carregar o peso mais pesado de um processo. Por exemplo, eu ouvi essa expressão num podcast de análise da situação económica do Brasil, em que o analista dizia que as pessoas que vão carregar o piano, as pessoas que vão carregar o peso mais pesado de uma mudança e de uma decisão para uma mudança económica, são as pessoas mais fragilizadas, as pessoas mais expostas. Então, tinha esse desejo de trazer o piano para estas histórias que a gente está contando, que ele pudesse ser um obstáculo que a gente atravessa, que ele pudesse ser talvez até um dos performers que dança com a gente e que produz esses ruídos, para além da música.” O que está neste momento a preparar? “A gente acabou de estrear a peça, houve apresentações no Teatro de Cergy-Pontoise, que é o teatro onde estou em residência até 2026. Depois, apresentámos em Bruxelas, na Bienal de Charleroi Dance e agora no MC93. A gente está preparando a tournée da peça, com algumas apresentações, e alguns projectos ligados à minha residência do Points Communs. Tem um outro projeto com o CCN de Grenoble ligado à tradição do carnaval e à ideia da noção de gambiarra.” O que é a gambiarra? “Gambiarra são essas reparações, esses consertos improvisados para problemas reais. A imagem clássica da gambiarra no Brasil é consertar uma havaiana quebrada com um prego. É uma tradição muito comum na nossa sociedade, ao ponto de ter virado uma estética em si, é quase um jeito de pensar as coisas, um jeito de pensar a solução de problemas. A gente não vai reparar ali na base da coisa, mas a gente vai deixar com um pedaço de fita, com um prego, a coisa em estado de uso e a gente vai usar desse jeito. É um objecto de pesquisa para mim, há muitos anos, desde o meio do meu mestrado. A Shereya também fez um mestrado no mesmo lugar que eu, lá em Montpellier e é também um objecto de pesquisa para ela.” A Shereya que é outra coreógrafa e bailarina... “Ela é uma bailarina de ‘Bruits Marrons' e coreógrafa também. A gente tem uma parceria em vários outros trabalhos, ela entra em um outro trabalho meu, a ‘Feijoada'. Quando eu fui chamado pelo CCN de Grenoble para fazer esse projecto com comunidades que vivem em torno do CCN, eu tive a ideia de fazer um carnaval - porque vai acontecer no período do carnaval - então, vai ser o nosso carnaval improvisado no CCN de Grenoble. Há um outro projecto para 2027 que vai ser um solo e uma plataforma de encontros com outros trabalhos em torno da ideia da Travessia Atlântica e é inspirado no nome do meu bairro, o bairro onde eu cresci, que se chama Jardim Atlântico. É também um diálogo com a minha história, com a história da minha mãe que era bailarina, e essas histórias de migração entre um lado do Atlântico e um outro lado.” Esta é a segunda vez que conversamos, a primeira foi também no âmbito do Festival do Outono, quando apresentou ‘Il FAUX' , em 2023. A ideia que tenho é que a sua pesquisa anda sempre em torno do racismo, da História, da escravatura, dos corpos negros permanentemente ameaçados. Por que é que faz questão de levar estes temas para cima do palco e até que ponto é que o seu palco é o quilombo para os “carregadores do piano” serem reparados? “Na verdade, isso é uma prática que não planeei que ia acontecer assim. No começo do meu percurso, quando criei a minha primeira peça fora do mestrado, 'oh!rage', eu estava saindo de um mestrado em que eu passei dois anos numa instituição de ensino francesa e em que não tive a oportunidade de cruzar com nenhum professor, nenhum artista ou mesmo pessoas que estavam ali em torno do festival Montpellier Danse, não encontrei artistas negros, talvez um ou dois. Isso marcou-me muito porque eu tenho uma formação em teatro no Brasil, tenho um longo percurso na companhia da Lia Rodrigues, em que comecei a me dar conta que o leque de referências nesses espaços, tanto o espaço académico quanto o espaço profissional de Lia Rodrigues era quase exclusivamente branco e o mestrado Exerce [Montpellier] serviu para confirmar isso. Então, em 2018, quando eu criei o ‘oh!rage', fiz a aposta de dialogar apenas com criadores, com pensadores, com artistas visuais, da dança, de teatro negros, da comunidade negra - muito inspirado também do programa Diálogos Ausentes do Itaú Cultural de 2016. Fazendo essa aposta em 2018, eu me deparei - porque eu tinha um letramento racial tardio porque isso não foi uma questão na minha formação, na minha família - deparei-me com um universo de criação que me alimenta imensamente. Eu, junto com outras pessoas, com outros artistas, também experimento, experiencio, no meio das artes e na vida real, situações de subalternidade que me são impostas. Então, eu entendo a arte como um espaço de discussão do que atravessa a sociedade nos dias de hoje. Eu não acho que isso é uma ferida que esteja apaziguada e curada. Pelo contrário, ela demanda ainda reflexão, ela demanda um olhar específico, ela é muito presente, é uma chaga aberta. Eu tento fazer da arte um espaço de diálogo, de abrir uma discussão em torno disso mesmo e sempre dialogando com outros artistas que trazem as suas referências nesse sentido para criar esse espaço de emancipação, de liberdade mesmo. Esse é o meu quilombo, o palco é meu quilombo, a minha comunidade ‘marron', um espaço de autonomia e de liberdade. E nesse espaço de autonomia e liberdade a gente vai louvar os nossos, celebrar as nossas criações e lamber as nossas feridas juntos. Em alguns momentos, a gente vai abrir esse espaço e receber pessoas, como em outras peças como ‘Feijoada', que é uma peça em torno da generosidade e do gesto. Em outras peças, a gente vai estar entre a gente, celebrando as nossas existências entre a gente e lambendo as nossas feridas antes de se fortalecer para o resto do mundo.”
C'est la semaine européenne de réduction des déchets, du 22 au 30 novembre, une semaine de sensibilisation aux bonnes pratiques pour l'environnement. À cette occasion, RFI vous propose d'écouter un reportage sur un centre de tri « dernier cri » à Cergy-Pontoise, en banlieue parisienne. Inauguré en juin dernier, il allie les dernières technologies en vigueur : tri optique et robotisation. À lire aussiPollution plastique: un ramasseur de déchets parle de son métier À lire aussiPourquoi le recyclage seul ne suffit pas pour en finir avec la pollution plastique?
On peut être insolent, avoir eu une scolarité rebelle et devenir fondateur d'une école de design comme CY Ecole de design, aujourd'hui au top des classements en France après seulement 4 ans d'existence. Dominique Sciamma donne l'impression à la fois d'une grande assurance, d'une grande liberté et d'une fougue certaine...Une enfance en banlieue parisienne, un père professeur de mathématiques puis engagé dans la promotion du logement social expliquent sûrement ses deux moteurs depuis toujours : « la volonté de changer le monde » et une passion pour les maths et l'informatique, une grille de lecture du monde, une parmi d'autres, dit-il.« Je suis quelqu'un qui se fait virer de partout. Le déclic pour moi a été la découverte des mathématiques. J'aime dire non. J'ai découvert un langage. Je voulais être maître du monde. Les maths représentent un moyen de découvrir les structures du monde. Et l'informatique, c'est de la mathématique en action. Donc je dirais : les maths, c'est lire, l'informatique, c'est agir. L'important, c'est de savoir quel outil on se donne pour découvrir le monde ».Son parcours n'était pas tracé. Après des études en mathématiques, il devient professeur en lycée professionnel, se fait virer. Il reprend des études d'informatique puis entre chez Bull, où il reste pendant 12 ans cette fois. Il en garde la conviction que : « Les grandes entreprises ne sont pas toujours au courant qu'elles peuvent être des acteurs du changement. L'entreprise peut être un lieu de transformation ». Mais aussi que l'informatique, c'est de la politique, et que le numérique allait changer le monde.Il fait aussi un passage dans la presse comme directeur des éditions électroniques de La Tribune. Ces expériences le conduisent ensuite à l'école STRATE, où il devient responsable multimédia en 1998, au moment de l'explosion d'internet, avant d'être nommé directeur général en septembre 2013.On ne s'attardera pas sur la fin de son mandat à STRATE, mais il rebondit très vite et très fort en fondant CY École de Design au sein de l'université de Cergy-Pontoise. On comprend que Dominique Sciamma a créé l'école de ses rêves : une école pluridisciplinaire à l'image de ce qu'il conçoit comme le « profil complet » du designer. Il en parle avec passion et énumère :« CY a un contenu pédagogique qu'on ne trouve nulle part ailleurs : culture générale, histoire des idées politiques, culture du soin, culture du vivant, formation au dessin, volumes, perspectives, peinture, couleur, graphisme, cartographie, mais aussi philosophie, sciences humaines, design sensoriel, anthropologie... ».Dominique Sciamma a une définition très large du design qui, selon lui, n'appartient pas qu'aux designers : « ils en sont les porteurs éloquents, les garants, mais pas les propriétaires. Pour moi, le design, c'est contribuer à créer les conditions d'une expérience de vie réussie pour tous et chacun. C'est un travail d'équipe ».Il porte aussi la conviction que les écoles de design prendront la place qu'occupent aujourd'hui les écoles de management et d'ingénieurs, car la question « Pourquoi ? » remplacera les questions « Combien ? » et « Comment ? ».Bonne écoute.https://letraitpodcast.paris/
durée : 00:10:20 - Journal de 18h - Le tribunal administratif de Cergy-Pontoise, dans le Val d'Oise, a ordonné samedi à la mairie de Malakoff de retirer de son fronton un drapeau palestinien, hissé en amont de la reconnaissance par la France d'un Etat de Palestine.
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durée : 00:38:32 - Questions du soir : le débat - par : Quentin Lafay, Stéphanie Villeneuve - La chute probable du gouvernement Bayrou illustre une impasse française qui dure depuis juin 2024, voire depuis 2022 : un exécutif privé de majorité, incapable de faire voter son budget. - invités : Vincent Martigny Historien et politologue français; François Roux Diplomate, ancien représentant de la Belgique auprès de l'Union européenne et ancien Chef de cabinet du Président du Conseil européen; Michèle Weinachter Maître de conférences en études germaniques contemporaines à l'Université de Cergy Pontoise et à Sciences-po Saint-Germain-en-Laye, membre du comité de rédaction de la revue Allemagne d'aujourd'hui
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Les mots de « Dieu » ? « C'est un sujet infini », prévient d'emblée le linguiste Jean Pruvost dans le premier chapitre de son livre, Dieu à travers les mots et leur histoire (paru aux éditions Desclée de Brouwer). Avec un lexique de mille mots et expressions, l'auteur nous invite à nous plonger dans les racines de ces vocables, de « basilique » à « mosquée », « synagogue » ou « saperlipopette » et « lavabo » qui se retrouvent étonnamment reliés à Dieu. Jean Pruvost explore toutes les facettes et les interstices de la langue française, son histoire, sa littérature, à travers tout ce qui entoure Dieu, l'Église, les bâtiments, les vêtements, les objets, les accessoires, les officiants et officiantes… une profusion impressionnante de mots, d'adjectifs, d'adverbes et d'expressions, un véritable lexique à part entière. Sans oublier le diable et les démons, ainsi que toutes les créatures, de Satan à Belzébuth ou Bélial. Invité : Jean Pruvost, professeur émérite de lexicologie et de lexicographie de l'Université de Cergy-Pontoise, auteur de Dieu à travers les mots et leur histoire (Éd. Desclée de Brouwer, août 2025), Le féminin : au fil des mots et de l'histoire (Éd. Tallandier, 2024), et de plus de 400 ouvrages
Les mots de « Dieu » ? « C'est un sujet infini », prévient d'emblée le linguiste Jean Pruvost dans le premier chapitre de son livre, Dieu à travers les mots et leur histoire (paru aux éditions Desclée de Brouwer). Avec un lexique de mille mots et expressions, l'auteur nous invite à nous plonger dans les racines de ces vocables, de « basilique » à « mosquée », « synagogue » ou « saperlipopette » et « lavabo » qui se retrouvent étonnamment reliés à Dieu. Jean Pruvost explore toutes les facettes et les interstices de la langue française, son histoire, sa littérature, à travers tout ce qui entoure Dieu, l'Église, les bâtiments, les vêtements, les objets, les accessoires, les officiants et officiantes… une profusion impressionnante de mots, d'adjectifs, d'adverbes et d'expressions, un véritable lexique à part entière. Sans oublier le diable et les démons, ainsi que toutes les créatures, de Satan à Belzébuth ou Bélial. Invité : Jean Pruvost, professeur émérite de lexicologie et de lexicographie de l'Université de Cergy-Pontoise, auteur de Dieu à travers les mots et leur histoire (Éd. Desclée de Brouwer, août 2025), Le féminin : au fil des mots et de l'histoire (Éd. Tallandier, 2024), et de plus de 400 ouvrages
durée : 00:36:42 - Cultures Monde - par : Mélanie Chalandon - Qu'est devenu le slogan “Faire la paix sans les armes” qui faisait florès dans les années 1980 en Allemagne ? Les sujets de défense seront au menu du premier conseil des ministres franco-allemand depuis l'arrivée au pouvoir début mai de Friedrich Merz à Berlin. - réalisation : Vivian Lecuivre - invités : Marie Krpata Chercheuse au Comité d'études des relations franco-allemandes (Cerfa) à l'Ifri; Michèle Weinachter Maître de conférences en études germaniques contemporaines à l'Université de Cergy Pontoise et à Sciences-po Saint-Germain-en-Laye, membre du comité de rédaction de la revue Allemagne d'aujourd'hui
durée : 00:59:01 - Cultures Monde - par : Julie Gacon, Mélanie Chalandon - Comme chaque vendredi, une émission d'actualité en deux parties : retour de terrain avec Harold Thibault qui rentre de Chine, puis table-ronde sur les questions de défense en Allemagne à l'occasion du premier conseil franco-allemand de défense depuis l'arrivée au pouvoir de Friedrich Merz. - réalisation : Vivian Lecuivre - invités : Harold Thibault Correspondant du journal Le Monde à Pékin; Michèle Weinachter Maître de conférences en études germaniques contemporaines à l'Université de Cergy Pontoise et à Sciences-po Saint-Germain-en-Laye, membre du comité de rédaction de la revue Allemagne d'aujourd'hui; Marie Krpata Chercheuse au Comité d'études des relations franco-allemandes (Cerfa) à l'Ifri
durée : 00:02:00 - Esprit sport - Esprit sport termine sa semaine à la base de loisirs de Cergy-Pontoise, dans le Val-d'Oise. Dernier épisode avec Shamseddine. Il est agent de sécurité sur la plage de la base de loisirs qui accueille jusqu'à 8.500 personnes par jour en période estivale. Vous aimez ce podcast ? Pour écouter tous les autres épisodes sans limite, rendez-vous sur Radio France.
durée : 00:01:54 - Esprit sport - Esprit sport s'est installé cette semaine à la base de loisirs de Cergy-Pontoise, en Ile-de-France. Un site fréquenté par de nombreux passionnés de sport comme Arnaud Comyn, président de Project X Aquapark. C'est notre quatrième invité de la semaine. Vous aimez ce podcast ? Pour écouter tous les autres épisodes sans limite, rendez-vous sur Radio France.
durée : 00:02:00 - Esprit sport - Esprit Sport est cette semaine à la base de loisirs de Cergy-Pontoise où les activités sont nombreuses : Rafting, kayak, escalade, padel, manège et accrobranche. Une aubaine pour les parents et grands-parents, surtout le mercredi, jour des enfants. Brigitte, Jessica et Soraya sont nos invitées. Vous aimez ce podcast ? Pour écouter tous les autres épisodes sans limite, rendez-vous sur Radio France.
durée : 00:01:53 - Esprit sport - Esprit Sport est cette semaine dans le Val d'Oise, à la base de Loisirs de Cergy Pontoise. Beaucoup d'activités sont possibles, dont une pas forcément fréquente en Ile-de-France : le wakeboard. Shayne, 15 ans, est un passionné. Tout comme son coach Valentin. Ce sont nos deuxièmes invités. Vous aimez ce podcast ? Pour écouter tous les autres épisodes sans limite, rendez-vous sur Radio France.
Was it a hoax, a cover-up, or a genuine encounter with extraterrestrial life?Tonight, we revisit one of France's most compelling and controversial abduction cases—one that still defies explanation decades later.The veil is thin—let's step through it together.Unlock a world of mystery!Join our exclusive community and instantly access over 1,000 ad-free episodes, mind-blowing bonus segments, and much more. Dive deeper into the unknown with content that challenges what you think you know.For nearly a decade, Mysterious Radio has taken listeners on a journey through the strange, the unexplained, and the downright chilling. And now, we're taking things to the next level—with even more immersive content available only to our most dedicated listeners.With millions of listeners around the globe, the next era of Mysterious Radio is unfolding. The majority of episodes and exclusives will be reserved for our inner circle of members.Step beyond the veil and claim your place in the next chapter of the unknown. OPEN THE DOORGet the ultimate experience and easy access to everything from the Patreon app!Download Patreon for IOS Download Patreon for AndroidFollow Our Other ShowsFollow UFO WitnessesFollow Crime Watch WeeklyFollow Paranormal FearsFollow Seven: Disturbing Chronicle StoriesJoin our Patreon for ad-free listening and more bonus content.Follow us on Instagram @mysteriousradioFollow us on TikTok mysteriousradioTikTokFollow us on Twitter @mysteriousradioFollow us on Pinterest pinterest.com/mysteriousradioLike us on Facebook Facebook.com/mysteriousradio]
Le conflit entre Israéliens et Palestiniens est pourvoyeur de nombreux mots ou expressions qui égrènent son histoire : " processus de paix ", " territoires occupés ", " colonies " ou encore " Intifada". Le 13 septembre 1993, les accords d'Oslo apparaissent sur toutes les télés du monde et créent la surprise, par l'image devenue historique de la poignée de main entre Yasser Arafat et Itzhak Rabin. L'espoir renaît parce que, déjà à ce moment-là, on pensait la situation sans issue. Rencontre avec Jean-Claude Lescure, Professeur à l'Université de Cergy-Pontoise. Il est au micro d'Anaïs Kien.
Depuis la création de l'Etat d'Israël en 1948, le conflit au Proche Orient oppose Israéliens et Palestiniens avec ses moments de crise et d'accalmie. En 1991, après la chute de l'Union soviétique, on assiste à l'arrivée de près d'un million de personnes qui viennent accroître la population des colonies. On retrouve Jean-Claude Lescure, Professeur à l'Université de Cergy-Pontoise au micro d'Anaïs Kien.
Des accords Sykes-Picot en 1916 aux accords d'Oslo en 1993, en passant par la déclaration Balfour en 1917 et par le partage de la Palestine par les Nations Unies en 1947, les grands Etats d'Europe occidentales et les Etats Unis, anciens alliés vainqueurs des deux guerres mondiales, sont directement impliqués dans l'apparition du conflit au Proche Orient. Loin de n'être qu'un conflit régional, la guerre entre Israéliens et Palestiniens intéresse et embrase une bonne part de la planète. Jean-Claude Lescure, Professeur à l'Université de Cergy-Pontoise et spécialiste du Proche-Orient est au micro d'Anaïs Kien.
Dans cet épisode, je reçois Clarisse Magnin. Clarisse est un pur produit de la méritocratie: elle grandit à Cergy Pontoise au milieu de ses deux frères Passionnée de natation elle y développe son esprit de compétition et son gout du challenge. Avec Clarisse nous avons parlé de sa trajectoire personnelle et professionnelle au travers de plusieurs questions dont vous tirerez des enseignements précieux: - Comment provoquer sa chance pour ouvrir des portes à priori fermées grâce à l'audace et au culot ? - Comment continuer à avancer et à progresser lorsque l'on ne se trouve pas dans sa zone de comfort ? - Comment créer sa place dans l'un des plus grands cabinets de conseil au monde jusqu'à en devenir la dirigeante ? - Quelles astuces clés justement pour renforcer sa présence, sa légitimité, son impact en tant que femme et rester dans la pièces lorsque les discussions informelles et les décisions clés se font - Comment s'autoriser à être plus douce envers soi même et accueillir la vulnérabilité autrement que comme une faille ? - Comment vivre 4 maternités, post partum et avoir 4 enfants tout en conservant son ambition et son énergie professionnelle ? - Comment gérer une crise réputationnelle - Comment l'IA transforme t-il le métier du consulting ? - Comment aborder l'ambition et en faire un moteur ? Des réponses à ces questions et d'autres encore à retrouver sur l'épisode disponible sur Youtube et sur toutes les plateformes d'écoute ! Belle écoute ! NOTES DE L'ÉPISODE: Le podcast vous plaît ? Prenez 30 secondes pour le noter 5 étoiles sur Apple podcast ou Itunes, et commentez si vous le souhaitez, c'est très précieux pour moi !
durée : 00:58:40 - Le Cours de l'histoire - par : Xavier Mauduit, Maïwenn Guiziou - Les Payan et les Jullien sont deux familles drômoises prises dans la tourmente de la Révolution française. Comment un événement politique d'une telle magnitude traverse-t-il une famille ? À quelles dissensions, divisions, solidarités et entraides donne-t-il lieu ? - réalisation : Anna Holveck - invités : Annie Duprat Historienne, professeure émérite d'histoire moderne à l'Université de Cergy-Pontoise; Nicolas Soulas Docteur en histoire moderne, chercheur associé au LARHRA et chargé de cours dans les Universités de Nîmes et d'Avignon
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A UFO Adduction in Cergy PontoisePlease support Charles Lear by picking up his books from Amazon or your local bookstore. Follow Our Other ShowsFollow UFO WitnessesFollow Crime Watch WeeklyFollow Paranormal FearsFollow Seven: Disturbing Chronicle StoriesJoin our Patreon for ad-free listening and more bonus content.Follow us on Instagram @mysteriousradioFollow us on TikTok mysteriousradioTikTok Follow us on Twitter @mysteriousradio Follow us on Pinterest pinterest.com/mysteriousradio Like us on Facebook Facebook.com/mysteriousradio]
durée : 01:59:21 - Les Matins du samedi - par : Nicolas Herbeaux - . - réalisation : Jean-Christophe Francis - invités : Walter Guadagnini Directeur artistique de CAMERA; Muriel Arnal Présidente de l'association Once Voice; Mathieu Lours Historien de l'architecture, directeur du département histoire de l'architecture à l'école de Chaillot, spécialiste des cathédrales et du patrimoine religieux, enseignant à l'université de Cergy-Pontoise; Claude Gauvard Historienne, professeure émérite à l'Université Paris 1 Panthéon-Sorbonne, spécialiste d'histoire politique, sociale et judiciaire du Moyen Âge; Bernard Gorce journaliste à La Croix
durée : 00:37:27 - Questions du soir : le débat - par : Quentin Lafay, Stéphanie Villeneuve - Plus de cinq ans après l'incendie de Notre-Dame, la Cathédrale ouvrira à nouveau ses portes au public et au culte le 8 décembre. Des cendres de sa charpente et de sa flèche renaissent un monument et une émotion globale. Qu'est-ce qui fait de Notre-Dame un pilier du patrimoine culturel ? - réalisation : François Richer - invités : Mathieu Lours Historien de l'architecture, directeur du département histoire de l'architecture à l'école de Chaillot, spécialiste des cathédrales et du patrimoine religieux, enseignant à l'université de Cergy-Pontoise; Nathalie Heinich Sociologue, directrice de recherche au CNRS (Centre national de la recherche scientifique)
Cet épisode est réservé aux abonnés Minuit +.Vous souhaitez entendre la suite ? Retrouvez cet épisode en intégralité sur la chaîne Crimes Histoires Vraies l'Intégrale, ainsi que des centaines d'autres histoires et trois épisodes inédits par semaine, sans publicité et avec un mois d'exclusivité. Crimes, Espions, Paranormal, et Catastrophes Histoires Vraies l'Intégrale, sont disponibles dans l'abonnement Minuit +Après six ans d'enquête et face au peu d'éléments recueillis, le meurtre de Francis Montmaud a fini sa course en cold case, récupéré par la section de la gendarmerie de Cergy-Pontoise dédiée à ce type d'affaires. Quatre nouvelles années se sont écoulées, et tant que celle-ci n'aura pas déterré un indice inespéré ou recueilli un témoignage inattendu, la question restera posée : qui a tué Francis Montmaud, homme apprécié pour sa simplicité, personnage le plus sympathique de cet internat du Vieux Collège, à Magnac-Laval près de Limoges ? L'établissement accueille ces jeunes que la société voit d'un œil méfiant, et sept d'entre eux seront les suspects idéals, uniques témoins d'un crime survenu en pleine nuit, dans un environnement fermé. Francis exerçait le métier de veilleur de nuit. Il appréciait ces pensionnaires, ils le lui rendaient bien. Du moins jusqu'au terrible soir du 10 janvier 2014."Crimes : Histoires vraies" est un podcast Studio Minuit. Minuit est une chaîne de podcast française axée sur la diffusion d'un large catalogue de productions originales grand public. Affaires criminelles, Aventure et Histoire : Minuit raconte dans le détail des centaines d'histoires vraies qui fascinent des centaines de milliers d'auditeurs. Découvrez les autres contenus de Minuit par ici :Paranormal - Histoires vraiesMorts Insolites - Histoires VraiesLes Zéros du Crime - Histoires VraiesCélèbres et Assassinés - Histoires VraiesComparutions Immédiates - Histoires VraiesSherlock Holmes, les enquêtesArsène Lupin, les aventuresSurvivants - Histoires vraiesHistoires Insolites de Trésors - Histoires VraiesCatastrophes - Histoires VraiesSports Insolites Histoires VraiesLes Pires Dictateurs Histoires VraiesConspirations et Complots - Histoires VraiesEspions - Histoires VraiesEscrocs de Légende - Histoires Vraies Hébergé par Audion. Visitez https://www.audion.fm/fr/privacy-policy pour plus d'informations.
Il faut écouter un athlète olympique qui a pris 15 jours de vacances après les Jeux de Paris avant de reprendre l'entraînement pour comprendre ce que signifie réellement la passion, la vraie, la pure, celle qui vous fait vous lever la nuit pour "regarder des vidéos d'empannage de Peter Burling". Après trois participations aux JO, Jérémie Mion n'en a pas fini avec sa quête olympique : à peine sa 6e place en 470 avec Camille Lecointre digérée qu'il se relançait sur une nouvelle campagne pour LA 2028 en 49er avec Jean-Baptiste Bernaz !Sur le papier, un tel destin n'était pas vraiment écrit, car Jérémie Mion est né à Paris, élevé dans le Val d'Oise par des parents qui ne naviguaient pas... Mais c'est sur le lac de Cergy-Pontoise qu'il découvre la voile à 11 ans et se lance dans le jeu de la régate. Et ça va très vite très bien marcher, au point qu'il part au Havre pas encore majeur pour s'entraîner avant d'entrer au pôle France de Brest.Il a tout juste 20 ans quand il décroche les titres européens et mondiaux jeunes en 470 avec Sofian Bouvet, en 2009 et 2010. Trois ans plus tard, ils sont champions d'Europe, rebelote en 2016 avec, en plus, une médaille de bronze aux mondiaux avant une place de 7e aux Jeux de Rio. Il change de barreur et multiplie les perfs, : 2018, c'est l'or qu'il décroche avec Kévin Peponnet, puis un troisième titre européen en 2021, avant d'échouer à Tokyo, avec une 11e place aux JO.Ni une, ni deux, il tente l'aventure en Class40 sur la Transat Jacques Vabre 2021, 3 mois après les JO, sans avoir jamais passé une nuit en mer ! Bilan : une incroyable 3e place avec Cédric Chateau, l'un de ses premiers entraîneurs...Nouveau changement de barreur avec le passage au 470 mixte avec Camille Lecointre où, là aussi les résultats sont au rendez-vous : bronze aux Mondiaux de 2022 quelques semaines après avoir débuté l'entraînement, victoire dans le test event en 2023, victoire dans deux étapes de la Coupe du Monde en 2024, nouvelle médaille de bronze à l'Européen...Ils font clairement partie des favoris pour les Jeux de Paris, mais ne finissent que 6e, une déception. Le debrief est en cours, mais déjà Jérémie Mion est reparti en campagne. La passion, toujours...Diffusé le 29 novembre 2024Générique : In Closing – Days PastPost-production : Grégoire LevillainHébergé par Ausha. Visitez ausha.co/politique-de-confidentialite pour plus d'informations.
Les policiers municipaux de Poitiers menacent de faire grève à partir de dimanche (1er décembre 2024) et pendant tout le mois de décembre. Ils réclament d'obtenir des armes létales, suite à une fusillade qui a fait un mort et 4 blessés, le 31 octobre. Aujourd'hui, plus d'un policier municipal sur deux est armé en France : faut-il une harmonisation pour répondre à la hausse de la délinquance ? Quelle est la situation dans les autres pays voisins ? Pour en débattre :- Virginie Malochet, sociologue à l'Institut Paris Région, spécialiste des organisations policières et sécurité locale- Serge Haure, secrétaire fédéral interco CFDT, chargé de mission de la Police Municipale et Forces de sécurité publique et civile- Jean-Paul Jeandon, maire de Cergy, président de la Communauté d'agglomération de Cergy-Pontoise et co-président de la Commission sécurité de l'Association des Maires de France.
Les policiers municipaux de Poitiers menacent de faire grève à partir de dimanche (1er décembre 2024) et pendant tout le mois de décembre. Ils réclament d'obtenir des armes létales, suite à une fusillade qui a fait un mort et 4 blessés, le 31 octobre. Aujourd'hui, plus d'un policier municipal sur deux est armé en France : faut-il une harmonisation pour répondre à la hausse de la délinquance ? Quelle est la situation dans les autres pays voisins ? Pour en débattre :- Virginie Malochet, sociologue à l'Institut Paris Région, spécialiste des organisations policières et sécurité locale- Serge Haure, secrétaire fédéral interco CFDT, chargé de mission de la Police Municipale et Forces de sécurité publique et civile- Jean-Paul Jeandon, maire de Cergy, président de la Communauté d'agglomération de Cergy-Pontoise et co-président de la Commission sécurité de l'Association des Maires de France.
durée : 00:51:49 - Le Cours de l'histoire - par : Xavier Mauduit, Maïwenn Guiziou, Sophie-Catherine Gallet - Marchand, ambassadeur, moine, femme du peuple... un bon espion (ou une bonne espionne) au Moyen Âge n'en a pas l'habit. Alors que la guerre de Cent Ans se joue sur les champs de bataille, une lutte d'influence s'opère également dans l'ombre. - réalisation : Laurence Millet - invités : Valérie Toureille Maître de conférences d'Histoire du Moyen Age à l'Université de Cergy-Pontoise; Rudi Beaulant Docteur en histoire médiévale, chercheur associé à l'UMR Artehis de l'Université de Bourgogne-Franche-Comté
durée : 00:58:47 - Avec philosophie - par : Géraldine Muhlmann, Antoine Ravon - Le corps est une métaphore récurrente du politique, dès Platon et Aristote, reprise et critiquée par Hobbes dans ses théories sur l'État. Pourquoi l'image du corps pour parler du politique est-elle si féconde ? Quelles sont au contraire ses limites, et qu'est-ce qui lui échappe ? - réalisation : Nicolas Berger - invités : Blaise Bachofen Maître de conférences en philosophie à l'université de Cergy-Pontoise; Philippe Crignon Maître de conférences en philosophie politique et juridique à l'université de Nantes
Haïti a été à l'honneur à la 26è édition du festival international des arts de la rue et du cirque Cergy, soit ! qui s'est déroulé cette année du 13 au 22 septembre dans l'agglomération de Cergy-Pontoise (France). Retour sur ce festival itinérant organisé dans 13 communes et qui a reçu plusieurs artistes haïtiens, entre autres, Lorrane Stessie Charles, Kettly Noël, Guy Régis Jr. Invité : Sébastien Bris, directeur artistique du festival. Programmation musicale : - Pawòl Tanbou & Tafa Mi Solèy – Mizik lakay an nou.
Lorrane Stessie Charles, artiste haïtienne passionnée de musique, vient de participer au festival international de la rue et du cirque, « Cergy, Soit », organisé par l'agglomération de Cergy-Pontoise après un mois passé en résidence dans l'hexagone. De retour en Haïti, la jeune femme veut se concentrer sur la préparation de son premier album. Programmation musicale :- Lorrane Stessie Charles – Nostalgie (Cover) - Lorrane Stessie Charles & Mirla – Ginen.
En moyenne, sur 100 km de routes nationales et départementales, les limitations de vitesse changent 17 fois. C'est le résultat d'une enquête de l'application Coyote pour RTL basées sur les données officielles et les constats d'une communauté de 5 millions d'automobilistes. Sur certains tronçons les compteurs s'affolent. C'est le cas sur la Nationale 12 entre Dreux et Alençon : 34 changements. Soit le double de la moyenne nationale. Sur la Nationale 186 entre Versailles et Cergy Pontoise, là sur 28 kilomètres Coyote pointe pas moins de 18 changements de vitesse. Un vrai casse-tête pour les automobilistes, pour respecter les limitations et éviter les PV. Ecoutez RTL Evènement avec Christophe Bourroux du 30 avril 2024
Aujourd'hui Flora Ghebali, Jean-Loup Bonnamy et Didier Giraud débattent de l'actualité autour d'Alain Marschall et Olivier Truchot.
Il était une fois, l'histoire d'un enfant né sous le signe du taekwondo, qui avait décidé très jeune que les tatamis seraient son royaume. Le petit Dylan, à l'âge de 5 ans, ne savait pas encore que les rues de Cergy-Pontoise allaient être le théâtre de ses premiers pas vers l'excellence.
durée : 00:08:17 - La Question du jour - par : Marguerite Catton - L'ancien directeur Fabrice Leggeri a annoncé rejoindre la liste du Rassemblement national pour les élections européennes. L'occasion de se demander quel est le mandat de Frontex, et quel droit régule cette agence chargée de contrôler les frontières européennes. - invités : Ludivine Richefeu maître de conférences en droit privé et sciences criminelles à l'université de Cergy-Pontoise
durée : 00:59:17 - Entendez-vous l'éco ? - par : Tiphaine de Rocquigny - Le rôle des femmes dans la recherche en économie a été en grande partie effacé par l'histoire de la discipline... Quels sont ces mécanismes d'invisibilisation à l'œuvre ? Quels sont les apports réels de leurs travaux ? - invités : Béatrice Cherrier Historienne de l'économie, Chargée de recherche CNRS et THEMA, Université de Cergy Pontoise; Cléo Chassonnery-Zaïgouche Économiste, chercheuse à l'Université de Cambridge
Des accords Sykes-Picot en 1916 aux accords dʹOslo en 1993, en passant par la déclaration Balfour en 1917 et par le partage de la Palestine par les Nations Unies en 1947, les grands Etats dʹEurope occidentales et les Etats Unis, anciens alliés vainqueurs des deux guerres mondiales, sont directement impliqués dans lʹapparition du conflit au Proche Orient. Loin de nʹêtre quʹun conflit régional, la guerre entre Israéliens et Palestiniens intéresse et embrase une bonne part de la planète. Jean-Claude Lescure, Professeur à lʹUniversité de Cergy-Pontoise et spécialiste du Proche-Orient est au micro dʹAnaïs Kien.
Depuis la création de lʹEtat dʹIsraël en 1948, le conflit au Proche Orient oppose Israéliens et Palestiniens avec ses moments de crise et dʹaccalmie. En 1991, après la chute de lʹUnion soviétique, on assiste à lʹarrivée de près dʹun million de personnes qui viennent accroître la population des colonies. On retrouve Jean-Claude Lescure, Professeur à lʹUniversité de Cergy-Pontoise au micro dʹAnaïs Kien.
Le conflit entre Israéliens et Palestiniens est pourvoyeur de nombreux mots ou expressions qui égrènent son histoire : "processus de paix", "territoires occupés", "colonies" ou encore "Intifada". Le 13 septembre 1993, les accords dʹOslo apparaissent sur toutes les télés du monde et créent la surprise, par lʹimage devenue historique de la poignée de main entre Yasser Arafat et Itzhak Rabin. Lʹespoir renaît parce que, déjà à ce moment-là, on pensait la situation sans issue. Jean-Claude Lescure, Professeur à lʹUniversité de Cergy-Pontoise est au micro dʹAnaïs Kien.
durée : 00:34:53 - Le Temps du débat - par : Emmanuel Laurentin - La Cisjordanie est peuplée de 3 millions de Palestiniens et 500.000 colons. La population de ces derniers a quadruplé depuis les accords d'Oslo de 1993. Que recouvre le terme de "colons" dans le contexte israélo-palestinien ? - invités : Jérôme Bourdon Historien et sociologue des médias, enseignant à l'Université de Tel Aviv; Jean-Claude Lescure Professeur des universités en histoire contemporaine à l'Université de Cergy-Pontoise
durée : 00:58:41 - Affaires culturelles - par : Arnaud Laporte - Alors qu'elle vient de faire paraître "La jeune artiste" (P.O.L.), récit d'une vocation et d'une formation passée à l'École nationale supérieure d'arts de Cergy-Pontoise, c'est en artiste désormais accomplie que nous recevons Valérie Mréjen. - invités : Valérie Mréjen Romancière, Plasticienne et Vidéaste
NOUVEAU - Abonnez-vous à Nouvelles Écoutes + pour profiter du catalogue Nouvelles Écoutes en intégralité et en avant premières, sans publicité. Vous aurez accès à des enquêtes, documentaires, séries et fictions exclusives passionnantes, comme « Au Nom du fils », « Roulette russe à Béziers », ou encore « Oussama Le Magnifique ».
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durée : 00:11:23 - Les Enjeux internationaux - par : Guillaume Erner - Pourquoi l'économie allemande peine-t-elle tant à redémarrer ? Les indicateurs de ce pilier de l'économie européenne ne sont pas réjouissants, avec un PIB qui a encore stagné voire diminué au cours des trois derniers trimestres… - invités : Patricia Commun Professeure de Civilisation Allemande à l'Université de Cergy-Pontoise, membre du laboratoire AGORA et directrice du master Langues et Commerce international
durée : 00:58:56 - Entendez-vous l'éco ? - par : Tiphaine de Rocquigny - Que nous dit la série The Wire du marché de la drogue et de ses acteurs à Baltimore ? - invités : Marie-Hélène Bacqué Sociologue et urbaniste, elle enseigne à l'Université Nanterre Paris-Ouest - la Défense; Béatrice Cherrier Historienne de l'économie, Chargée de recherche CNRS et THEMA, Université de Cergy Pontoise
durée : 00:07:03 - franceinfo junior - À l'occasion des championnats du monde de hockey sur glace, les jeunes intervieweurs de franceinfo junior interviewent Patrick Coulombe, capitaine de l'équipe des Jokers de Cergy-Pontoise.
durée : 00:59:05 - Entendez-vous l'éco ? - par : Tiphaine de Rocquigny - Comment la politique économique allemande du XXe siècle, fondée sur un soutien discret de l'Etat à ses entreprises, lui a-t-elle permis de devenir une grande puissance compétitive ? - invités : Hervé Joly historien et directeur de recherche au CNRS au Laboratoire Triangle; Brigitte Lestrade Professeur émérite de civilisation allemande contemporaine à l'Université de Cergy-Pontoise
durée : 00:59:18 - Le Cours de l'histoire - par : Xavier Mauduit - Daniel Roche, historien spécialiste de l'histoire culturelle et sociale de la France des Lumières, nous a quittés ce dimanche 19 février 2023. Aujourd'hui, nous évoquons ses travaux, ses apports dans la discipline, mais aussi l'homme qu'il était, passionné et profondément humain. - invités : Christophe Charle Professeur émérite d'histoire contemporaine à l'université Paris 1 Panthéon-Sorbonne; Antoine Lilti Historien spécialiste de l'époque moderne et des Lumières, professeur au Collège de France; Annie Duprat Historienne, professeure émérite d'histoire moderne à l'Université de Cergy-Pontoise