República de Ideias

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Este é o podcast República de Ideias do Ateliê de Humanidades! Ele se constitui como espaço de debate de ideias, autores e reflexões sobre questões clássicas e contemporâneas. Ele tem por missão propiciar, por meio de experiências digitais, a ampliação e a difusão de conhecimento e cultivo em filos…

Ateliê de Humanidades


    • May 19, 2025 LATEST EPISODE
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    #153 Conversas de Ateliê - Vivemos na sociedade dos algoritmos? #050

    Play Episode Listen Later May 19, 2025 44:22


    Seja bem-vindo ao Conversas de Ateliê!Na mesa temos Bia Martins, Paulo Henrique Martins e Lucas Faial Soneghet. Nesse episódio conversamos sobre a influência dos algoritmos na sociedade.Numa definição mais simples, um algoritmo é uma sequência de instruções matemáticas usadas para resolver um problema ou performar um cálculo computacional. O que os torna complexos é a possibilidade de processamento de uma grande quantidade de dados. Ao submeter enormes volumes de dados a um processo pré-determinado de sequenciamento, é possível, por exemplo, sugerir um filme em um serviço de streaming com base no comportamento pregresso do usuário. As informações passadas, quando processadas automaticamente, se tornam uma base possível para prever estados de coisa futuros. Por outro lado, algoritmos podem ser usados simplesmente como substitutos para tarefas não complexas outrora realizadas por seres humanos, sem ter qualquer valor preditivo, ou como ferramentas para tarefas complexas que envolvem um grande volume de informação impossível de ser processado por pessoas.Ao longo das últimas duas décadas, esses processos de cálculo e computação automatizados passarem a permear diversos aspectos da vida social. Dos serviços de streaming e aplicativos em nossos celulares até governos e multinacionais, o algoritmo tornou-se uma ferramenta poderosa. O peso dos algoritmos levou alguns como Fourcade e Aneesh Aneesh a se perguntarem: estaríamos vivendo em uma “sociedade dos algoritmos” ou numa “algocracia”? O diagnóstico ecoa em alguns aspectos a “sociedade de controle” conceituada por Deleuze na década de 1990. Na sociedade de controle, os diferentes modos de controle compõem um sistema de geometria variável composto de estados metaestáveis e coexistentes de uma mesma modulação. Em contraste com a sociedade disciplinar, baseada no confinamento, na individualização e na distribuição no espaço, a sociedade de controle é centrada nas cifras, isto é, em senhas que marcam o acesso ou rejeição à informação, e composta de indivíduos “dividuais”, fragmentados em volumes de dados e redes que estão sujeitos ao monitoramento contínuo de suas mais sutis ondulações. Por um lado, a potência das soluções tecnológicas é inegável. Algoritmos e IAs podem ser usados no mapeamento de redes de transporte público, no tratamento de doenças e na facilitação de tarefas que exijam o processamento de enormes volumes de informação. Por outro lado, a automação de processos decisórios e o uso preditivo dessas tecnologias coloca dilemas importantes do ponto de vista de uma sociedade democrática e transparente. É preciso abrir o emaranhado das conexões humano-máquina que já compõem as atuais configurações socio-técnicas em que vivemos para que não sejam opacas ou aparentemente automáticas, mas suscetíveis a deliberações coletivas e bem orientadas.No segundo bloco, exclusivo para sócio-apoiadores, conversamos sobre a visita de Fernando Haddad às big techs e data centers nos EUA e sobre seu plano de atração de investimentos dessas empresas.Tópicos: Algoritmos; Tecnologia; Internet; Soberania Digital.Youtube: Torne-se sócio-apoiador do Ateliê Clube!Clique no link para apoiar o Ateliê de Humanidades nos regimes Padrão, Premium e Sócio-leitor e receba quinzenalmente uma conversa com um dedo de prosa, um tanto de inteligência e um bocado de questões do momento. Você encontra as opções de apoio na página inicial do site, clicando em "Torne-se Sócio-Apoiador Aqui": https://ateliedehumanidades.com/

    #152 Semeando futuros/ESIGS. Mumbuca Futuro: Empreendedorismo em Economia Solidária em Maricá (RJ), #005

    Play Episode Listen Later May 16, 2025 49:29


    Damos início à segunda temporada do programa Semeando Futuros. Esta temporada será realizada em parceria com a pós-graduação em Economia Solidária, Inovação e Gestão Social (ESIGS), uma realização da Universidade do Cariri e do Conservatoire National des Arts et Métiers (CNAM), que tem o Ateliê de Humanidades como instituição parceria associada.O primeiro episódio da temporada tem por tema "Mumbuca Futuro: Empreendedorismo em Economia Solidária em Maricá (RJ)""".Bia Martins conversa com Rayanne Gonçalves, pós-Graduanda da ESIGS e doutoranda em Economia Populares y Transformadoras pela Universidad del Buen Vivir em parceira com o CLACSO. Atualmente está como Gerente-Geral da Incubadora de Inovação Social Mumbuca Futuro.

    #151 Conversas de Ateliê - O Legado do Papa Francisco #49

    Play Episode Listen Later May 5, 2025 75:28


    Seja bem-vindo ao Conversas de Ateliê!Na mesa temos André Ricardo de Souza (UFScar), Claudio de Oliveira Ribeiro (UFJF), André Magnelli e Lucas Faial Soneghet. Nesse episódio conversamos sobre o legado de Papa Francisco.Dom Jorge Mário Cardeal Bergoglio foi eleito papa no dia 13 de março de 2013 e veio a falecer no dia 21 de abril de 2025. Seu papado inspira diversas reações, mas é indiscutível a sua importância na Igreja Católica do século XXI. A escolha do nome deu o tom e estabeleceu expectativas para o papado: inspirado em São Francisco de Assis, o frade católico fundador da ordem mendicante, padroeiro dos animais e da ecologia e dedicado aos pobres, Papa Francisco buscou fazer jus ao nome. Alegria, simplicidade e inclusão foram algumas das palavras que definem seus 12 anos de papado. Nomeou bispos e cardeais de regiões distantes de roma, nomeou santos de países pobres e percorreu o que ele mesmo chamou de “margens” do mundo.Promoveu o diálogo com outras religiões, especificamente com o Islã, permitiu que católicos divorciados e recasados pudessem receber a comunhão e, em um discurso histórico, disse que “não poderia julgar” os homossexuais. Reforçou também a atuação da Igreja Católica na frente ambiental. Por exemplo, no Sínodo da Amazônia em 2019, Francisco afirmou que a igreja deveria reatar as relações com a população da região e não com os seus governantes. Na face menos pública, dedicou-se a reformas administrativas na igreja, submetendo o Banco do Vaticano, prenhe de suspeitas de lavagem de dinheiro, a uma profunda investigação e transformação. Visou a modernização e simplificação da estrutura hierárquica da Igreja, promovendo mudanças na Cúria Romana, a administração central do Vaticano, e incentivando a participação de leigos em cargos importantes. Além disso, formou um conselho de cardeais para aconselhá-lo, um movimento de descentralização incomum na história do papado.Ao que tudo indica, o Papa Francisco conciliou liderança carismática e técnica de governo. Os impactos dos últimos 12 anos de papado são agora, após sua morte, objeto de interpretação e disputa, assim como o próprio cargo de sumo pontífice. Figuras mais conservadoras como os cardeais Ambongo da República Democrática do Congo e Erdo da Hungria, disputam com progressistas da linha de Francisco como Zuppi e Parolin da Itália, e moderados como Tagle das Filipinas. Qual foi a significância desse papado e de seu legado para a Igreja Católica e para a sociedade contemporânea? O que podemos esperar do Conclave vindouro?Tópicos: Papa Francisco; Igreja Católica; Religião e PolíticaYoutube: https://youtu.be/d2YFRsny3rMTorne-se sócio-apoiador do Ateliê Clube!Clique no link para apoiar o Ateliê de Humanidades nos regimes Padrão, Premium e Sócio-leitor e receba quinzenalmente uma conversa com um dedo de prosa, um tanto de inteligência e um bocado de questões do momento. Você encontra as opções de apoio na página inicial do site, clicando em "Torne-se Sócio-Apoiador Aqui": https://ateliedehumanidades.com/

    #150 Conversas de Ateliê - Vivemos na era da denúncia? #48

    Play Episode Listen Later Apr 14, 2025 43:49


    Seja bem-vindo ao Conversas de Ateliê!Na mesa temos Bia Martins, André Magnelli e Lucas Faial Soneghet. Nesse episódio conversamos sobre as denúncias na sociedade contemporânea. Parece que todos os dias há uma nova denúncia tomando de assalto as notícias. O mundo das redes sociais é um terreno fértil para whistleblowers, denunciantes e críticos. Movimentos como o #MeToo, a hashtag #meuprimeiroassédio e práticas de cancelamento virtual, que incluem tanto o boicote de produtos ou pessoas até a acusação direta em plataformas digitais, parecem cada vez mais comuns. Comportamentos que outrora permaneciam ocultos ou eram manejados sem serem exposição enfrentam hoje o teste do tribunal público. Tais práticas e suas consequências são alvos de diferentes avaliações. Para alguns, é o resultado justo de anos de violência, privação e silenciamento de grupos vulneráveis e marginalizados que hoje encontram uma forma de fazer suas vozes serem ouvidas. Para outros, é um erro de percurso ou um exagero denunciativo que muitas vezes serve somente para manipular e deslegitimar pessoas em posição de poder e autoridade. É inegável, porém, que uma quantidade imensa e sem precedentes de pessoas pode se fazer valer de plataformas digitais para se queixar, expor suas questões e ser ouvido, ou pelo menos tentar.  Quais são as consequências dessa extensão das vias de comunicação?Dinâmicas de denúncia, acusação ou nomeação não são, porém, uma novidade do mundo digital. No clássico sobre as práticas e crenças de bruxaria entre os Azande, o antropólogo britânico Evans-Pritchard analisa como o delicado e importante circuito de acusações, defesas e justificativas é crucial para a manutenção de fronteiras sociais, a coibição de comportamentos percebidos como nocivos à comunidade e a explicação de desventuras variadas. O sociólogo francês Émile Durkheim viu nos mecanismos de punição e reparação um indício importante do que uma sociedade é. Segundo seu argumento, infrações ao senso de certo e errado, bem e mal, vigentes em sociedades modernas são punidas de maneira racional, impessoal e burocrática. Porém, a vingança e a punição exemplar, típicas de sociedades tradicionais, ainda emergiriam em casos particularmente escandalosos ou em momentos de crise social.Não obstante a entonação evolucionista do argumento, a questão continua pertinente. O que podemos falar sobre a sociedade numa era de denúncias? O que há de novo e o que é somente a sociedade com seus modos normais de denúncia e reparação? Quais são as consequências? Como proceder em uma esfera pública efervescente com acusações, rapidamente cambiante, polarizada e fragilizada?No segundo bloco, exclusivo para sócio-apoiadores, falamos da série Adolescência (2025), de Jack Thorne e Stephen Graham, disponível na Netflix. Passamos pelos tópicos discutidos no primeiro bloco e conversamos mais sobre uso de mídias sociais na infância e adolescência, regulação das redes e masculinidade.Tópicos: Denúncia; Assédio; Redes Sociais; Masculinidade.Youtube: https://youtu.be/m6R9SubfE7wFontes: Caso Escola Base: https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2024/03/28/caso-escola-base-30-anos.htmTorne-se sócio-apoiador do Ateliê Clube!Clique no link para apoiar o Ateliê de Humanidades nos regimes Padrão, Premium e Sócio-leitor e receba quinzenalmente uma conversa com um dedo de prosa, um tanto de inteligência e um bocado de questões do momento. Você encontra as opções de apoio na página inicial do site, clicando em "Torne-se Sócio-Apoiador Aqui": https://ateliedehumanidades.com/

    #149 Conversas de Ateliê - Mudar é preciso, mas como? #47

    Play Episode Listen Later Mar 31, 2025 71:59


    Seja bem-vindo ao Conversas de Ateliê!Na mesa temos Marco Aurélio Nogueira, Elimar Pinheiro Nascimento, Paulo Henrique Martins e Lucas Faial Soneghet. Nesse episódio conversamos sobre a atual conjuntura política, inspirados por um texto de Elimar Pinheiro Nascimento (link abaixo). Segundo pesquisa do Datafolha divulgada no dia 14 de fevereiro de 2025, o índice de aprovação do governo Lula desabou para 24%, batendo recorde. Uma pesquisa do instituto Ipsos-Ipec, de 13 de março, aponta que 55% dos brasileiros desaprovam o governo. Apesar de margens de erro e eventuais distorções, não dá para negar a existência de problemas.Entre os vários desafios, destaca-se o nó na comunicação, manifestado por exemplo no imbróglio acerca da taxação do Pix. Em um ecossistema de informação plural e infestado de notícias falsas e discursos inflamatórios, a capacidade de comunicação de grupos de direita se mostrou muitas vezes superior, senão nociva. No âmbito da política externa, há de se mencionar a contestada reeleição de Maduro na Venezuela que demandou posição firme do atual presidente brasileiro. Ao mesmo tempo, com duas guerras em andamento e a eleição de Donald Trump nos EUA, o Brasil se vê pressionado entre alianças comerciais com a América do Norte e a China e afetado pelas alterações nas cadeias de produção resultantes dos conflitos. Por fim, a economia, sempre um assunto delicado, tem se mostrado mais um aspecto vulnerável. Sim, houve crescimento macroeconômico indicado pelo PIB e queda do desemprego, além de aumento da renda média dos trabalhadores. Todavia, testemunhamos a disparada de preços de alguns bens de consumo como o café, que não resultam somente da desvalorização do real em relação ao dólar, mas também dos problemas climáticos crescentes e correntes. Ajunta-se aqui a difícil tarefa de implementar novas políticas sobre o imposto de renda, que nunca ajudou a aumentar a aprovação de governo algum.Qual foi o saldo desses últimos dois anos? Como avaliar o momento atual? Se parece ser evidente que uma mudança é bem-vinda, a questão permanece: mudar como?Tópicos: Política; Governo Lula; Economia; Democracia.Youtube: https://youtu.be/F14VZOEx02sFontes: "Mudar, é preciso" por Elimar Pinheiro Nascimento: https://revistasera.info/2025/03/mudar-e-preciso/Torne-se sócio-apoiador do Ateliê Clube!Clique no link para apoiar o Ateliê de Humanidades nos regimes Padrão, Premium e Sócio-leitor e receba quinzenalmente uma conversa com um dedo de prosa, um tanto de inteligência e um bocado de questões do momento. Você encontra as opções de apoio na página inicial do site, clicando em "Torne-se Sócio-Apoiador Aqui": https://ateliedehumanidades.com/

    #148 Conversas de Ateliê - Como anda o mercado editorial? #46

    Play Episode Listen Later Mar 17, 2025 60:34


    Seja bem-vindo ao Conversas de Ateliê!Na mesa temos Cristián Jimenez, André Magnelli e Lucas Faial Soneghet. Nesse episódio conversamos sobre o mercado editorial na atualidade. Há muitas formas de abordar essa questão. Podemos, por exemplo, consultar alguns números. De acordo com a Pesquisa Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro, em 2023, o setor editorial brasileiro registrou um faturamento de R$ 4 bilhões nas vendas ao mercado, um recuo nominal de 0,8% em relação ao ano anterior. Em termos de quantidade de livros, a queda foi de 8%. No mesmo período, o preço médio do livro teve aumento nominal de 7,9%, o que significa que houve queda de faturamento mesmo com o aumento de preços.No relatório Painel do Varejo de Livros no Brasil, com dados de novembro de 2024, observa-se um crescimento de 11,31% no faturamento se comparado com o ano de 2023. O crescimento no volume de livros vendido foi modesto e o preço médio dos livros continuou a subir. Nos últimos três anos, então, podemos falar de um aumento contínuo no valor do livro e em oscilações no mercado editorial. Ao olharmos para o fechamento de grandes lojas varejistas do setor, como Saraiva e Livraria Cultura, o cenário parece mais complicado. Nesse âmbito, há algumas mudanças nas plataformas de venda, com sites próprios de editoras ganhando mais importância, mas ainda ficando atrás da venda em livrarias virtuais que, além disso, superam as livrarias físicas desde 2022. No lado dos leitores, a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil divulgada no ano passado conclui que a maioria dos brasileiros não leem livros. O levantamento considera livros impressos e digitais sem restrição de gênero literário. Por que estaríamos lendo menos? Isso impacta a maneira que editoras e varejistas se comportam?Parece que sim, visto que o número de ISBNs ativos caiu 2,78% entre 2023 e 2024, indicando uma redução da diversidade no mercado brasileiro e uma possível concentração em títulos de alta rotatividade. Assim, obras com menos apelo comercial parecem perder espaço. No fim das contas, o cenário é complexo e parece não se prestar a análises totalmente pessimistas ou otimistas. Se de fato lê-se menos livros, isso significa que o hábito de leitura está em declínio ou que os modos de apreender informação estão mudando? As grandes varejistas online como Amazon prejudicam pequenas livrarias e editoras ou podem facilitar a propagação de títulos diversos? Aumento ou queda de faturamento é realmente um indicador confiável para pensar o estado do mercado editorial?Temas: Mercado Editorial; Publicação; Editoração; Tradução; LivrariasVamos conversar?No Youtube: https://youtu.be/YxdC1pdDgLc Fontes:11º Painel do Varejo de Livros no Brasil demonstra crescimento no faturamento e queda nos registros ISBN: https://blog.clubedeautores.com.br/2024/12/11o-painel-do-varejo-de-livros-no-brasil-demonstra-crescimento-no-faturamento-e-queda-nos-registros-isbn.htmlSetor editorial brasileiro apresenta recuo nominal de 0,8% em 2023 nas vendas ao mercado: https://www.publishnews.com.br/materias/2024/05/22/setor-editorial-brasileiro-apresenta-recuo-nominal-de-08-em-2023-nas-vendas-ao-mercadoO Brasil que lê menos: pesquisa aponta perda de quase 7 milhões de leitores em 4 anos; veja raio X: https://g1.globo.com/educacao/noticia/2024/11/19/o-brasil-que-le-menos-pesquisa-aponta-que-pais-perdeu-quase-7-milhoes-de-leitores-em-4-anos-veja-raio-x.ghtmlTorne-se sócio-apoiador do Ateliê Clube!Clique no link para apoiar o Ateliê de Humanidades nos regimes Padrão, Premium e Sócio-leitor e receba quinzenalmente uma conversa com um dedo de prosa, um tanto de inteligência e um bocado de questões do momento. Você encontra as opções de apoio na página inicial do site, clicando em "Torne-se Sócio-Apoiador Aqui": https://ateliedehumanidades.com/

    #147 Conversas de Ateliê - O que o DeepSeek diz sobre o futuro da inteligência artificial? #45

    Play Episode Listen Later Mar 3, 2025 53:36


    Seja bem-vindo ao Conversas de Ateliê!Na mesa temos Leopoldo Lusquino Filho, Bia Martins, André Magnelli e Lucas Faial Soneghet. A Deepseek inc. foi fundada em 2023 na China, mas virou assunto nos últimos meses por se diferenciar dos demais modelos. Com custo menor, transparência e capacidades únicas, o DeepSeek impactou o mercado de investimento em datificação e IAs, além de colocar em questão o atual funcionamento de empresas como a OpenAI, responsável pelo conhecido ChatGPT. A DeepSeek publica seus métodos e disponibiliza seus modelos para pesquisadores, possibilitando sua replicação em menor escala em diversos lugares do mundo. Além disso, seus modelos parecem ser capazes de gerar respostas e resolver problemas complexos, com um processo parecido com o raciocínio humano que envolve um diálogo interno próprio. Isso tudo utilizando um hardware considerado ultrapassado em relação aos seus competidores em países europeus e anglo-saxões.Conversamos sobre a DeepSeek, mas também sobre o cenário atual das inteligências artificiais. No Brasil, temos avançado na pesquisa em IAs sustentáveis e em tecnologias de detecção de conteúdos produzidos por IA. Todavia, estamos longe de algo parecido com soberania digital. Em contraste, pode-se pensar na China, país no qual o DeepSeek foi desenvolvido, onde há investimento pesado e contínuo na criação de novas tecnologias e técnicas em inteligência artificial. A complexificação das IAs coloca questões políticas e éticas: como lidar com os vieses muitas vezes imprevisíveis dessas tecnologias? Como abrir as “caixas-pretas” dos processos automatizados que parecem estar além dos limites da agência e do conhecimento humano?Temas: Inteligência artificial; Tecnologia; Soberania digital; DeepSeekVamos conversar? No Youtube: https://youtu.be/SXOE8X1n4yATorne-se sócio-apoiador do Ateliê Clube!Clique no link para apoiar o Ateliê de Humanidades nos regimes Padrão, Premium e Sócio-leitor e receba quinzenalmente uma conversa com um dedo de prosa, um tanto de inteligência e um bocado de questões do momento. Você encontra as opções de apoio na página inicial do site, clicando em "Torne-se Sócio-Apoiador Aqui": https://ateliedehumanidades.com/Torne-se sócio-apoiador do Ateliê Clube!

    #146 Conversas de Ateliê - Por que temos que ser úteis? #44

    Play Episode Listen Later Feb 18, 2025 64:45


    Seja bem-vindo ao Conversas de Ateliê!Na mesa temos Paulo Henrique Martins, Bia Martins, André Magnelli e Lucas Faial Soneghet. No primeiro bloco discutimos a questão: Por que temos que ser úteis?A pergunta logo evoca outra. O que queremos dizer com “útil”? Essa palavra evoca o fantasma do utilitarismo que, nas palavras de Paulo Henrique Martins, é uma filosofia moral que propõe um individualismo fundado no cálculo interesseiro dos prazeres e dos sofrimentos. Esse modo de pensar teria consequências nefastas, tanto por trazer consigo uma imagem do ser humano como essencialmente egoísta e autointeressado, quanto por negar outros princípios de organização das relações sociais. Por outro lado, podemos pensar em um uso mais coloquial da palavra útil, quando por exemplo dizemos que alguma coisa ou alguém tem utilidade, ou seja, serve para atingir determinado fim. Aqui, o imperativo categórico de Kant nos interpela, pois segundo ele não deveríamos nunca tratar uma pessoa como meramente meio para um fim. Não obstante as reservas éticas, parece que há algo profundamente enraizado na vida em sociedade que nos impele a ser “útil”. Sem um papel social, sem estar imerso em relações de interdependências, onde nos sentimos necessitados e requisitados, o ser humano se sente perdido, desamparado e alienado.Como exemplo, vale mencionar o livro “Bullshit Jobs” de David Graeber, notório pensador anarquista. Publicado em 2018, o livro teve ampla repercussão para além das esferas acadêmicas. O que tocou as pessoas? Muitos se identificaram com a descrição dos “bullshit Jobs” ou “empregos de mentirinha” que Graeber descreve. Aparentemente, muitas pessoas sentem que estão em empregos sem qualquer utilidade e que não contribuem para a sociedade de maneira significativa, o que causa sentimentos de angústia e vazio existencial. Aqui, o sentimento de ser “útil” pode ser compreendido como manifestação do impulso básico pela socialidade, a necessidade de pertencer em uma teia de relações significativas e compensadoras simbólica e materialmente. Em contraste, autores como Jonathan Crary e Hartmut Rosa argumentam persuasivamente que o mundo contemporâneo é caracterizado pela constante aceleração da vida e pela crescente pressão por performance. Somos incentivados (ou até mesmo forçados) a fazer cada vez mais em menos tempo, a transformar todos os momentos da vida, especialmente o “tempo livre” em “tempo útil”. Assim, gradativamente, o ócio, a contemplação e até mesmo o sono perdem espaço e legitimidade em nosso cotidiano.Por que temos que ser úteis? De onde vem esse impulso pela atividade constante? Há espaço para a “inutilidade” na vida contemporânea?No segundo bloco, conversamos sobre Philippe Chanial (in memoriam, 1967-2024), um intelectual importante no Movimento Anti-Utilitarista nas Ciências Sociais (M.A.U.S.S) e querido amigo.Tópicos discutidos: Utilitarismo; Tempo; Ócio; Dádiva.Vamos conversar? No Youtube:https://youtu.be/eMy_qR_fGUcTorne-se sócio-apoiador do Ateliê Clube!Clique no linkpara apoiar o Ateliê de Humanidades nos regimes Padrão, Premium e Sócio-leitor e receba quinzenalmente uma conversa com um dedo de prosa, um tanto de inteligência e um bocado de questões do momento. Você encontra as opções de apoio na página inicial do site, clicando em "Torne-se Sócio-Apoiador Aqui": https://ateliedehumanidades.com/

    #145 Lançamento de "Sociologia como filosofia moral" - com Frédéric Vandenberghe e convidados

    Play Episode Listen Later Feb 11, 2025 121:56


    Conversa de lançamento do livro "Teoria social reconstrutiva, volume 1: a sociologia como filosofia moral", de Frédéric Vandenberghe.Participam, junto com o autor, Raquel Weiss, Luís Roberto Cardoso de Oliveira e Lucas Faial Soneghet, com mediação de André Magnelli.Também disponível no youtube: https://youtu.be/3ixUcO0vjGY***Conheça o livro e o adquira:Site: https://ateliedehumanidades.com/atelie-de-humanidades-editorial/ (Frete grátis para compras a partir de 200,00)Amazon: https://a.co/d/68wMMQy

    #144 Conversas de Ateliê - Política Internacional, com Paulo Roberto de Almeida #43

    Play Episode Listen Later Jan 27, 2025 122:19


    Seja bem-vindo ao Conversas de Ateliê! Na mesa temos Paulo Roberto de Almeida, Paulo Henrique Martins, André Magnelli e Lucas Faial Soneghet. Nosso convidado, Paulo Roberto de Almeida, foi diplomata de carreira entre 1977 e 2021, representando o Brasil ao redor do mundo, e é professor no Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal. No episódio de hoje, conversamos sobre o cenário de política internacional, com foco na posição do Brasil entre China e Estados Unidos. A política internacional no ano de 2024 foi, para dizer o mínimo, conturbada. Os conflitos no Oriente Médio entre Israel e o Hamas se estenderam por 15 meses até o cessar-fogo recentemente acordado no dia 19 de janeiro de 2025. Começando em outubro de 2023 quando 1.200 pessoas foram mortas e outras 251 foram tomadas como reféns pelo Hamas, os conflitos transbordaram em ataques ao Irã e ao Líbano, visando atingir o grupo Hezbollah. Gaza, cenário da guerra, atualmente está em ruínas. Mais de 46 mil palestinos foram mortos durante as ações militares, segundo a o ministério da saúde de Gaza, enquanto as forças armadas israelenses contabilizam 17 mil mortes de combatentes palestinos e menos de 1 mil mortos de soldados israelenses. O cessar-fogo recente prevê a libertação gradual de reféns do Hamas e a retirada de tropas israelenses do território palestino. Em 24 de fevereiro de 2022, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, lançou uma invasão militar na Ucrânia, começando um conflito bélico que no mês que vem completará três anos. A guerra arrasou a Ucrânia e criou milhares de refugiados na região. Em resposta à invasão russa, algumas nações ocidentais impuseram sanções contra Moscou que, posteriormente, fechou um de seus principais gasodutos na Europa. Ao longo dos meses, com sanções, posicionamentos e políticas humanitárias, o conflito dividiu nações e opiniões ao redor do mundo e tem sido chamado de o maior e mais mortal desde a Segunda Guerra Mundial. Estima-se que cerca de 8 milhões de ucranianos deixaram o país, enquanto outros 8 milhões foram deslocados internamente. Atualmente, cerca de 20% do território ucraniano permanece sob ocupação russa. Nas Américas, Donald Trump está de volta após Joe Biden, seu antecessor, decidir não concorrer para reeleição e apoiar a candidatura da democrata Kamala Harris. O processo foi controverso e tenso, redundando em uma vitória marcante para o republicano, que alcançou a maioria dos votos populares e vantagens claras nos principais estados. A campanha contou com apoio direto de Elon Musk, dono da rede social X e atualmente encarregado do Departamento de Eficiência Governamental no governo Trump. No discurso de posse dado no dia 20 de janeiro de 2025, Trump anunciou a revogação de 78 ordens da gestão anterior, a retirada dos EUA do Acordo de Paris, que versa sobre a redução da emissão de gases de efeito estufa, perdão aos invasores do Capitólio em 2021, o fim das políticas de ação afirmativa e diversidade no governo e o fim do uso do termo “gênero” nos documentos e registros oficiais do país, que deverão usar a palavra “sexo” e conter somente as opções “masculino” e “feminino”. Para o Brasil, a eleição de Trump significa um novo cenário de polarização internacional. A diplomacia brasileira terá de se equilibrar entre a China, destino da maioria das suas exportações e grande investidora na América Latina, e os EUA, que busca retomar sua influência histórica no continente americano. Tópicos discutidos: Política Internacional; Globalização; Brasil; China; Estados Unido Vamos conversar? No Youtube: https://youtu.be/wze6Rw3rPyE Torne-se sócio-apoiador do Ateliê Clube! Clique no link para apoiar o Ateliê de Humanidades nos regimes Padrão, Premium e Sócio-leitor e receba quinzenalmente uma conversa com um dedo de prosa, um tanto de inteligência e um bocado de questões do momento. Você encontra as opções de apoio na página inicial do site, clicando em "Torne-se Sócio-Apoiador Aqui": https://ateliedehumanidades.com/

    #143 Conversas de Ateliê - Retrospectiva Conversas 2024 #42

    Play Episode Listen Later Dec 9, 2024 61:43


    Seja bem-vindo ao Conversas de Ateliê! Na mesa temos Paulo Henrique Martins, Bia Martins, André Magnelli e Lucas Faial Soneghet. Chegamos ao final do ano de 2024. Foram 22 episódios do Conversas de Ateliê com 45 tópicos. Nesse episódio trazemos uma retrospectiva destacando os assuntos e episódios que marcaram nossos integrantes. Em um ano de eleições e guerras, não é de se admirar que a política foi assunto recorrente. Falamos de política externa – as eleições de Maduro na Venezuela, o conflito entre o governo de Israel e o Hamas na Palestina, as eleições na França, a tentativa de golpe na Bolívia e as eleições presidenciais nos EUA – e de política interna – projeto de lei para regulamentação da profissão de motoristas de aplicativo, a PEC das praias, os 20 anos do golpe militar, a demissão do ministro Silvio Almeida mediante acusações de assédio sexual e as eleições municipais de 2024. Alguns assuntos são políticos, mas um pouco mais amplos e não restritos a acontecimentos específicos, como a questão da dependência do Brasil, o status da democracia na ausência de uma sociedade nacional, o debate sobre segurança pública e a qualidade do debate político hoje. A tecnologia se fez presente com debates sobre uso de imagens e vozes de pessoas mortas emuladas por inteligência artificial, arte feita por algoritmos, deep fakes usados em golpes e o embate entre Elon Musk e Alexandre de Moraes sobre o bloqueio de contas na rede social X. Também falamos de ciência e educação, abordando temas como divulgação científica, a greve nas universidades federais, a obrigatoriedade do ensino da língua espanhola no ensino médio e o papel da universidade pública no Brasil. Por fim, abordamos grandes questões sobre o tempo presente: por que andamos tão ansiosos? Para onde vai o nosso tempo? Qual é o lugar do medo e do amor na sociedade hoje? Nessa retrospectiva, você encontra um apanhado das questões que mais tocaram o pessoal do Conversas. Assim nos despedimos por esse ano e desejamos aos ouvintes boas festas e uma ótima virada. Até 2025 para mais conversas aqui no Ateliê! Tópicos discutidos: Liberdade de expressão; Marco civil da internet; Democracia; Educação sentimental Vamos conversar? No Youtube: https://youtu.be/muj9DlatiNM Torne-se sócio-apoiador do Ateliê Clube! Clique no link para apoiar o Ateliê de Humanidades nos regimes Padrão, Premium e Sócio-leitor e receba quinzenalmente uma conversa com um dedo de prosa, um tanto de inteligência e um bocado de questões do momento. Você encontra as opções de apoio na página inicial do site, clicando em "Torne-se Sócio-Apoiador Aqui": https://ateliedehumanidades.com/

    #142 Conversas de Ateliê - Qual é o lugar do medo na sociedade? #41

    Play Episode Listen Later Nov 25, 2024 47:35


    Seja bem-vindo ao Conversas de Ateliê! Na mesa temos Paulo Henrique Martins, Bia Martins, André Magnelli e Lucas Faial Soneghet. No primeiro bloco, aberto ao público, conversamos sobre medo. O medo é uma paixão primordial. Sua ubiquidade parece desafiar diferenças culturais e distâncias temporais. Quem nunca teve medo? Embora não seja privilégio da espécie, o medo caracteriza a existência humana de modo peculiar: se a antropologia filosófica do século XX (Gehlen, Plessner, Merleau-Ponty) e a psicanálise estiverem corretas, somos marcados pela nossa abertura e incompletude em relação ao mundo. Segundo a teoria das instituições de Arnold Gehlen, lidamos com nossa incerteza e impotência – com o medo –, construindo uma segunda natureza, um conjunto de realidades artificiais que nos salvaguardam e dão vazão aos nossos instintos. Aqui, o medo é uma poderosa força motriz na raiz da sociedade como um todo. Na teoria de Hobbes, o medo do outro é o princípio da constituição da política, incorporada no Leviatã. O medo se liga a razão pela via da autopreservação. Na verdade, o medo está no centro, entre as paixões e a razão, pois parte do medo da morte, mas nos direciona para a paz. Todavia, o mesmo medo que pode levar à construção de leis e instituições, também pode ser nocivo ao laço social. Como argumentou Elena Pulcini, o medo pode ser tornar socialmente improdutivo ou mesmo nocivo. Na era global, em face dos riscos de catástrofe ambiental, com acirramento de conflitos na esfera política, guerras e genocídios, o medo parece estar mais presente, impregnado no tecido do cotidiano. A violência urbana e suas reações, tema comum no Brasil, é testemunha de como o medo pode levar a cisões e fraturas no social. Na sociedade do risco (Beck), um estado geral de insegurança que não emana da “natureza”, mas resulta dos meios surgidos na modernidade para lidar com o medo (tecnologias, instituições e política), nos coloca diante de um paradoxo. Os instrumentos que usávamos para mitigar o temor agora são os mesmos que o produzem, multiplicam e dão uma nova face, difusa e onipresente: a ansiedade. É possível recuperar a positividade do medo? Em outras palavras, pode o medo ser uma paixão social que leva não ao isolamento do indivíduo nem ao acirramento das diferenças entre “nós” e “eles”, mas que produz laços e cimenta responsabilidades? Se o medo do outro ou do mundo se transformar em medo pelo outro e pelo mundo, talvez seu potencial positivo possa ser recuperado. Trata-se de pensar, então, no medo como uma emoção socializante, isto é, capaz de nos unir na consciência compartilhada de nossa fragilidade. No segundo bloco, exclusivo para sócio-apoiadores, conversamos sobre eutanásia e suicídio assistido. Tópicos discutidos: Medo; Política; Emoções; Eutanásia; Suicídio Assistido. Vamos conversar? No Youtube: https://youtu.be/lsK8d5UsjpU Torne-se sócio-apoiador do Ateliê Clube! Clique no link para apoiar o Ateliê de Humanidades nos regimes Padrão, Premium e Sócio-leitor e receba quinzenalmente uma conversa com um dedo de prosa, um tanto de inteligência e um bocado de questões do momento. Você encontra as opções de apoio na página inicial do site, clicando em "Torne-se Sócio-Apoiador Aqui": https://ateliedehumanidades.com/

    #141 Conversas de Ateliê - Eleições municipais 2024 e Eleições presidenciais EUA #40

    Play Episode Listen Later Nov 11, 2024 52:21


    Seja bem-vindo ao Conversas de Ateliê! Na mesa temos Alessandra Faria, Elimar Nascimento, Bia Martins e Lucas Faial Soneghet. Nesse episódio especial, conversamos com as eleições municipais de 2024 no Brasil e as eleições presidenciais dos Estados Unidos. As eleições municipais de 2024 no Brasil chegaram ao fim no dia 27/10. Com os resultados do segundo turno, consolida-se a imagem do governo a nível municipal para os próximos quatro anos. Os grandes vencedores, já prenunciados no primeiro turno, são o centrão e a direita, todavia esta segunda merece algumas ressalvas. Na direita, candidatos alinhados a Bolsonaro, que emprestou seu apoio e se fez presente em muitas cidades, e com discurso de direita mais radical conviveram com candidatos mais moderados, vindos do MDB, do PP e do União. Não obstante, PL aumentou em 50% o número de prefeituras conquistadas em relação a 2020 e conquistou o maior número de grandes cidades (com mais de 200 mil eleitores), contabilizando 16 municípios. Do outro lado, o PT foi de 182 para 252 municípios e só conquistou uma capital, Fortaleza, em vitória apertada. No grande centro, o PSD de Gilberto Kassab se destaca com o maior número de municípios, totalizando 887 vitórias. O que esses resultados significam? Podemos falar de uma consolidação da direita no Brasil? Historicamente, eleições municipais tendem à direita, o que não surpreende dada a história da política municipal brasileira, nem a quantidade enorme de partidos desse lado do espectro político. Todavia, parece haver uma diferença entre candidatos de uma direita moderada ou mais tradicional e candidatos emergentes de uma nova direita, como Cristina Graeml em Curitiba, derrotada no segundo turno, e Pablo Marçal em São Paulo, derrotado no primeiro. Do lado da esquerda, há um aumento de vitórias do PT, mas alguns aventam um prognóstico ruim. Quais são as perspectivas para a esquerda nas próximas eleições federais diante da predominância da direita a nível municipal? Por fim, o centrão continua a manobrar, com Kassab na linha de frente, já em campanha pela presidência da Câmara dos Deputados, atualmente ocupada por Arthur Lira. Diante da atual configuração, o que podemos dizer sobre o Brasil dos próximos dois ou quatro anos? Por outro lado, o que essas eleições nos dizem sobre os últimos quatro anos? Em outras palavras, como chegamos aqui e para onde vamos? Tópicos discutidos: Eleições municipais; Extrema direita; Democracia; Eleições presidenciais EUA. Vamos conversar? No Youtube: https://youtu.be/7Y8twJj9MRw Torne-se sócio-apoiador do Ateliê Clube! Clique no link para apoiar o Ateliê de Humanidades nos regimes Padrão, Premium e Sócio-leitor e receba quinzenalmente uma conversa com um dedo de prosa, um tanto de inteligência e um bocado de questões do momento. Você encontra as opções de apoio na página inicial do site, clicando em "Torne-se Sócio-Apoiador Aqui": https://ateliedehumanidades.com/

    #140 Conversas de Ateliê - Onde estamos no debate de segurança pública?

    Play Episode Listen Later Oct 28, 2024 55:36


    Seja bem-vindo ao Conversas de Ateliê! Na mesa temos Emmanuel Rapizo, André Magnelli, Bia Martins e Lucas Faial Soneghet. No primeiro bloco, disponível para todo o público, conversamos sobre segurança pública. Em época de eleições, a segurança pública sempre é protagonista. Ela aparece nos clamores por maior presença policial, nas denúncias à conivência de tal ou qual autoridade com o “crime”, nas propostas de reintegração e reforma, no problema da população carcerária, no debate sobre a pena de morte e ligado até mesmo à dignidade do “cidadão honesto”. O consenso por trás do debate parece ser o mesmo: vivemos em um mundo perigoso e a boa segurança pública é um bem escasso ou um ideal longe de ser alcançado. Estrutura também a divisão entre direita e esquerda: convencionalmente identificamos à direita os clamores por maior policiamento e uma atitude “dura” de “tolerância zero” contra o crime, enquanto do lado da esquerda, fala-se de propostas de “reintegração” e “reabilitação”, bem como dos efeitos nocivos que parecem acompanhar a atual configuração das políticas de segurança. No palanque, dados parecem ser pouco importantes. Se é verdade que a taxa de homicídios está em queda desde 2017, também é verdade, segundo dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2024, que quase dois celulares são roubados ou furtados no país por minuto. De um lado ao outro do espectro político, não parece haver soluções definitivas. Ao passo que houveram iniciativas para redução da atuação do crime organizado no Rio de Janeiro e em São Paulo, por exemplo, tais organizações criminosas migraram para cidades no Nordeste do país, especialmente na Bahia, atual ponto de interesse para o narcotráfico internacional. Podemos nos perguntar em que medida problemas de segurança são resolvidos ou somente deslocados e terceirizados, à semelhança do que ocorreria em bairros em que grupos ligados ao tráfico ilegal de drogas dão lugar às milícias. É certo que a segurança tem diversas faces. O que significa se sentir seguro? Quando falamos de segurança pública, de que público estamos falando? No segundo bloco, exclusivo para apoiadores, conversamos sobre o discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na reunião presidencial da Cúpula do Brics em Kazan, na Rússia. Tópicos discutidos: Segurança pública; Crime; Violência; Políticas públicas de segurança; Política externa. Vamos conversar? No Youtube: https://youtu.be/hCgwzcmz47E No Spotify: Links e dados mencionados:Discurso de Lula na reunião da cúpula do BRICS: https://g1.globo.com/politica/noticia/2024/10/23/lula-discurso-brics.ghtmAnuário Brasileiro de Segurança Pública 2024: https://forumseguranca.org.br/publicacoes/anuario-brasileiro-de-seguranca-publica/ Torne-se sócio-apoiador do Ateliê Clube! Clique no link para apoiar o Ateliê de Humanidades nos regimes Padrão, Premium e Sócio-leitor e receba quinzenalmente uma conversa com um dedo de prosa, um tanto de inteligência e um bocado de questões do momento. Você encontra as opções de apoio na página inicial do site, clicando em "Torne-se Sócio-Apoiador Aqui": https://ateliedehumanidades.com/

    #139 República de Ideias - O que é a universidade brasileira hoje? #38

    Play Episode Listen Later Oct 14, 2024 80:07


    Seja bem-vindo ao Conversas de Ateliê! Na mesa temos Paulo Henrique Martins, André Magnelli, Bia Martins e Lucas Faial Soneghet. No primeiro bloco, conversamos sobre a universidade brasileira. Universidades têm uma longa história, com raízes nos espaços de ensino no medievo europeu e no Oriente Médio que incluíam matemática, lógica, retórica e teologia, dentre outras disciplinas. Com o passar dos séculos, a separação entre Igreja e Estado e um longo processo de secularização fizeram nascer espaços de conhecimentos “universais”, onde vários saberes se articulavam sem a separação disciplinar conhecida por nós hoje. O objetivo, intuído pela palavra latina “universitas”, era justamente o intercâmbio de vários saberes. Com o tempo, a universidade acumulou diversas outras funções e tomou outros modelos. As universidades passaram a simbolizar a demarcação de funções de docência, pesquisa e ensino em novas formas de divisão do trabalho em sociedade. A princípio, seu acesso era de fato restrito a pequenos grupos, principalmente habitantes dos burgos, membros de classes comerciantes ou de corporações de ofício, além de membros de organizações religiosas. Quando vinculadas ao Estado, assumiram papel também de capacitação de profissionais para postos de trabalho cada vez mais especializados e complexos. A tensão entre sua vocação mais “humanista” e “universal” e sua vocação mais “profissional” e de “capacitação” permanece no interior das universidades. Além desse duplo papel, a universidade pública assumiu outras funções ao longo do tempo: fornece moradia, alimentação, cuidado infantil, assistência, são locais de inovação científica e tecnológica, meio de mobilidade social, entre outros. No Brasil, surge como importação de um modelo europeu e, posteriormente, como imitação de um modelo norte-americano. Com o tempo, estabelece-se no cenário público como signo de prestígio, caminho de ascensão social e mecanismo de formação de elites dirigentes, dentre outros. E hoje? Como anda a universidade pública brasileira? Diz-se por aí que ela não anda bem. Seus críticos e seus problemas são muitos e variados, todavia, parecem se desdobrar em faces opostas: sofrem com pouco investimento ou geram muito gasto, baixa qualidade do ensino ou ensino elitizado e inacessível, falta ou excesso de posicionamento político, dificuldade de acesso ou acesso demasiado irrestrito. A divisão pode ser lida como uma entre esquerda e direita, mas será que ela vai além? Haveria um denominador comum? Seria essa multiplicidade de problemas e críticas um sinal que a universidade não dá conta de suas funções? Teríamos que repensar seus propósitos ou até mesmo seus meios de funcionar? No segundo bloco, conversamos sobre as eleições municipais de 2024. Tópicos discutidos: Universidade pública; Academia; Ensino Superior; Eleições municipais. Vamos conversar? No Youtube: https://youtu.be/wiERC9Jwwqg No Spotify: Clique no link para apoiar o Ateliê de Humanidades nos regimes Padrão, Premium e Sócio-leitor e receba quinzenalmente uma conversa com um dedo de prosa, um tanto de inteligência e um bocado de questões do momento. Você encontra as opções de apoio na página inicial do site, clicando em "Torne-se Sócio-Apoiador Aqui": https://ateliedehumanidades.com/ Torne-se sócio-apoiador do Ateliê Clube!

    #138 Conversas de Ateliê - E a qualidade do debate político brasileiro? #37

    Play Episode Listen Later Sep 30, 2024 52:53


    Seja bem-vindo ao Conversas de Ateliê! Na mesa temos Paulo Henrique Martins, André Magnelli, Bia Martins e Lucas Faial Soneghet. No primeiro bloco, conversamos sobre a qualidade do debate político brasileiro. No dia 15 de setembro, durante um debate com os candidatos à prefeitura de São Paulo na TV Cultura, o candidato do PSDB José Luiz Datena agrediu o candidato Pablo Marçal (PRTB) com uma cadeirada. Marçal foi levado ao Hospital Sírio-Libanês e sofreu uma fratura na costela, segundo sua equipe. O evento ocorreu após Marçal perguntar à Datena quando ele “pararia com a palhaçada” e desistiria da candidatura. Antes, o coach havia mencionado a denúncia de assédio sexual contra o apresentador. Datena retrucou chamando Marçal de “bandidinho”. Marçal responde perguntando novamente quando Datena ia desistir e o chama de “arregão”, além de dizer “Você não é homem.” Na sequência, Datena ataca Marçal com uma cadeira. No dia 23, em um debate organizado pelo Grupo Flow em parceria com o Grupo Nexo na Faculdade de Direito da USP, Marçal é protagonista novamente ao ser expulso por desrespeito às regras do debate, já no final do evento. Estavam proibidos ofensas, insultos e xingamentos, e o participante que acumulasse 3 faltas seria expulso. Marçal já havia sido advertido repetidas vezes. Em paralelo, o marqueteiro da campanha de Ricardo Nunes (MDB) foi agredido com um soco por um assessor de campanha de Marçal. Segundo testemunhas, o marqueteiro de Nunes haveria rido após Marçal ser advertido pelo mediador, o que levou à agressão. Em meio à polarização crescente, à fragmentação dos discursos, às discussões em redes sociais e às cadeiradas em oponentes, surge a questão: como chegamos aqui e o que podemos fazer? A noção de “esfera pública”, discutida desde John Dewey até Jürgen Habermas e Nancy Fraser, evoca um espaço de comunicação entre cidadãos e cidadãs engajados no funcionamento de um regime democrático. Para Habermas, a própria ação comunicativa em sua estrutura guarda um potencial racional emancipatório que é vulnerável às distorções sistêmicas, seja pela influência de forças econômicas ou políticas deturpadoras. Para Fraser, a ideia de esfera pública deve ser alargada para pensar como esta se estrutura de acordo com categorias sociais marcantes. Assim, emergiriam esferas públicas subalternas de populações que se sentiriam alienadas da arena política. Quando observamos o Brasil e o mundo hoje, encontramos ânimos exaltados, raiva e violência, lacrações e refutações, em suma, um campo de batalha que em nada lembra a ágora. Será que tal espaço de debate racional e democrático um dia existiu, ou é um ideal regulador que devemos buscar, especialmente em tempos como o presente? Estaríamos ainda vivendo numa democracia, ou já descambamos para um tipo de “hiperdemocracia” ou para uma “democratura”, nos termos de Rosanvallon, com populações reativas e desacreditadas da política e do político? Se é certo que a qualidade do debate político hoje deixa a desejar, podemos imaginar meios de melhora-lo? No segundo bloco, exclusivo para sócio-apoiadores, conversamos sobre a demissão de Silvio Almeida mediante acusação de assédio sexual. Tópicos discutidos: Debate político; Esfera Pública; Democracia; Eleições municipais. Vamos conversar? No Youtube: https://youtu.be/5zU-Yz6lJxM Torne-se sócio-apoiador do Ateliê Clube! Clique no link para apoiar o Ateliê de Humanidades nos regimes Padrão, Premium e Sócio-leitor e receba quinzenalmente uma conversa com um dedo de prosa, um tanto de inteligência e um bocado de questões do momento. Você encontra as opções de apoio na página inicial do site, clicando em "Torne-se Sócio-Apoiador Aqui": https://ateliedehumanidades.com/

    #137 Semeando futuros. Uma vizinhança convivial, sustentável e solidária #004

    Play Episode Listen Later Sep 19, 2024 59:23


    O quarto episódio do programa “Semeando futuros” é dedicado ao tema “Uma vizinhança convivial, sustentável e solidária: o caso Amigos da Praça Radial Sul”. Bia Martins conversa com Silvana Godoi Câmara, que é conciliadora e mediadora, amante da arte e da cidadania. Precursora do movimento dos Amigos da Praça Radial Sul e Maciço da Preguiça. Mais informações: ateliedehumanidades.com/semeando-futuros

    #136 Conversas de Ateliê - Há limites para a liberdade de expressão? #36

    Play Episode Listen Later Sep 16, 2024 81:15


    Seja bem-vindo ao Conversas de Ateliê! Na mesa temos Paulo Henrique Martins, André Magnelli, Bia Martins e Lucas Faial Soneghet. No primeiro bloco, conversamos sobre os limites da liberdade de expressão. A liberdade de expressão é um bem público. Com isso, se diz muito e muito pouco. Não é difícil encontrar defensores desse bem em diversas posições no espectro político. Todavia, há uma distância entre a profissão explícita de adesão à tal liberdade e sua prática, ou as formas que essa adesão assume. A genealogia da liberdade de expressão nos leva às suas raízes liberais em John Locke e John Stuart Mill, por exemplo, que argumentaram a favor, respectivamente, do valor da “tolerância” e de um “mercado de ideias”. Primeiro vinculada à liberdade de profissão de fé nos países europeus onde o problema era menos o pluralismo democrático e mais a proteção do indivíduo em relação aos poderes absolutos do monarca, do Estado ou de qualquer autoridade suprapessoal, a liberdade de expressão transformou-se posteriormente em mecanismo constitutivo do que seria a “vontade geral” ou “vontade do povo” em um sistema representativo de governo. É como se, assim como ocorreria com a mão invisível do mercado, o livre circular de ideias levaria a uma autorregulação do público em direção a um estado benéfico de equilíbrio que não exclui o conflito, mas o institui em limites aceitáveis. A “linha”, para Locke por exemplo, é a mesma da sociedade civil: onde esta acaba, acaba também a tolerância, visto que opiniões contrárias à integridade da sociedade e suas regras não deveriam ser incluídas no guarda-chuva da liberdade de expressão. Na atualidade, parece haver uma tensão inescapável entre a liberdade de se expressar politicamente em um mundo saturado de meios de comunicação e tecnologias de mídia, e os embates entre visões divergentes que não se limitam a uma suposta arena discursiva desincorporada, nem a uma situação ideal de fala, mas podem ganhar concretude em demonstrações públicas, conflitos interpessoais e atos de violência. Mais ainda, a defesa da liberdade, um ideal liberalista clássico, aparece cada vez mais identificada com uma variedade de atores políticos – incluindo conservadores clássicos, a nova direita, movimentos explicitamente fascistas e até mesmo liberais moderados – que dizem opor-se ao que foi chamado pejorativamente de discurso do “politicamente correto”. Este, por sua vez, seria a posição da esquerda na atualidade que supostamente enfatizaria demais os efeitos simbólicos e discursivos das ideias e defenderia assim uma regulação desmesurada do que se pode ou não dizer. Seria mesmo a liberdade de expressão oposta à regulação? Seria ela um bem público inestimável, indiscutível e acima de qualquer situação concreta? O problema é de traçar a linha ou de redesenhar os contornos de toda o debate? No segundo bloco, conversamos sobre a controvérsia em torno da rede social X, os atritos entre Elon Musk e a justiça brasileira, e como isso se relaciona à nossa discussão sobre liberdade de expressão e democracia. Tópicos discutidos: Liberdade de expressão; Regulação; Esfera Pública; Democracia; Mídias sociais; Internet. Vamos conversar? No Youtube: https://youtu.be/6BEsiaFwnMA Torne-se sócio-apoiador do Ateliê Clube! Clique no link para apoiar o Ateliê de Humanidades nos regimes Padrão, Premium e Sócio-leitor e receba quinzenalmente uma conversa com um dedo de prosa, um tanto de inteligência e um bocado de questões do momento. Você encontra as opções de apoio na página inicial do site, clicando em "Torne-se Sócio-Apoiador Aqui": https://ateliedehumanidades.com/

    #135 “O avesso de Marx: conversas filosóficas para uma filosofia com futuro”

    Play Episode Listen Later Sep 15, 2024 109:46


    Conversa de lançamento do livro “O avesso de Marx: conversas filosóficas para uma filosofia com futuro”, de José Crisóstomo de Souza. Participam da conversa, junto com o autor, Pedro Lino de Carvalho Jr., Rodrigo Ornellas e André Magnelli. Conheça o livro e o adquira: https://ateliedehumanidades.com/atelie-de-humanidades-editorial/ Frete grátis para compras a partir de 200,00

    #134 Semeando futuros. Agroecologia e restauração ambiental #003

    Play Episode Listen Later Sep 4, 2024 61:12


    O terceiro episódio do programa “Semeando futuros” é dedicado ao tema “Agroecologia e restauração ambiental”. Bia Martins conversa com Taina Mei, que é historiadora, produtora cultural e cientista ambiental. É colaboradora do Projeto de Extensão Raízes e Frutos: Uma vivência nas Comunidades Caiçaras da Península da Juatinga (IGEO/UFRJ) e faz parte do Grupo de Trabalho de Autogestão da Rede de Grupos de Agroecologia do Brasil. Tendo por eixo a pioneira experiência de conservação ambiental na cidade de Silva Jardim, no estado do Rio de Janeiro, a conversa perpasse por diversas questões relativas à agroecologia, restauração ambiental, orgânicos, produção de sementes, política ambiental, agrária e territorial etc.

    #133 Conversas de Ateliê - Como viver a vida simples na sociedade de consumo? #35

    Play Episode Listen Later Sep 2, 2024 43:20


    Seja bem-vindo ao Conversas de Ateliê! Na mesa temos Paulo Henrique Martins, André Magnelli, Bia Martins e Lucas Faial Soneghet. No primeiro bloco, conversamos sobre patrimonialismo, um tema com longa história no Brasil. O diagnóstico da sociedade de consumo já tem pelo menos seis décadas, se considerarmos o clássico A sociedade do consumo de Jean Baudrillard. Publicado em 1970, seu argumento principal gira em torno de um deslocamento da fórmula marxista clássica de entendimento do capitalismo: em vez da produção, o pivô e impulso central por trás desse modo de produção seria o consumo. As necessidades seriam, na verdade, construídas em sociedade e sua satisfação pelo consumo de um objeto diria sempre alguma coisa sobre aquele que consome, isto é, os objetos e seu consumo significam e sinalizam algo para os outros. Se a construção ideológica da necessidade precede a produção dos bens, a sociedade capitalista não é caracterizada pelas relações e meios de produção em um arranjo específico, mas pelas formas e significados do consumo. Para além da ligação do consumo com o capitalismo, poderíamos pensar nos diversos efeitos do grau atual de produção e consumo em termos globais. Parece que vivemos em um mundo que não suporta mais a quantidade de bens e lixo que a espécie humana produz. Não é plausível imaginar, por exemplo, um meio ambiente que suporte os altos níveis de consumo de uma sociedade abastada como os Estados Unidos. Em paralelo, vivemos os efeitos corporais desse modo de vida, com patologias resultantes ou exacerbadas, por exemplo, pelo consumo alimentos hiper industrializados. Diante disso, algumas perguntas emergem: por que consumimos tanto? As necessidades cresceram por causa da quantidade de produtos ofertados ou vice-versa? O que o consumo significa? E, pensando a contrapelo, é possível viver de outro modo em uma sociedade de consumo? No segundo bloco, conversamos sobre a ascensão de Pablo Marçal nas eleições municipais de São Paulo e no cenário nacional. Mais do mesmo ou algo novo na política? O que Marçal pode dizer sobre a política e a sociedade brasileira hoje? Tópicos discutidos: Consumo; Estoicismo; Meio ambiente; Eleições municipais. Vamos conversar? No Youtube: Torne-se sócio-apoiador do Ateliê Clube!⁠ Apoie o Ateliê de Humanidades nos regimes Padrão, Premium e Sócio-leitor e receba quinzenalmente uma conversa com um dedo de prosa, um tanto de inteligência e um bocado de questões do momento: https://www.catarse.me/atelie_de_humanidades

    #132 Semeando futuros. Um cooperativismo de plataforma para a agricultura familiar: O projeto e-COO #002

    Play Episode Listen Later Aug 21, 2024 53:05


    O segundo episódio do programa "Semeando futuros" é dedicado ao tema "Um cooperativismo de plataforma para a agricultura familiar". Bia Martins conversa com o "e-Coo - cooperativismo de plataformas", no Rio Grande do Sul. O e-COO é uma cooperativa de plataforma que contribui para a comercialização de produtos da agricultura familiar, conscientização sobre a produção local e apoia a nutrição alimentar sob a ótica do desenvolvimento de uma tecnologia social implementada no extremo sul do Rio Grande do Sul. Ver https://ecoo.org.br/. Disponível em vídeo no canal do Ateliê de Humanidades: https://youtube.com/live/Pv68Yh-__Fc?feature=share O que é o programa "Semeando futuros"? "Semeando futuros" é um programa do Ateliê de Humanidades, concebido por Bia Martins e André Magnelli. Diante de tantas crises, nada parece ser possível de mudar, o que resulta em um sentimento generalizado de impotência. Será? em pequenas mas muitas iniciativas, no Brasil e ao redor do mundo, vemos surgirem experiências que podemos enxergar como sementes de futuros possíveis, mais justos, solidários, conviviais e sustentáveis. Nossa proposta é apresentar algumas dessas sementes, como uma espécie de mapeamento desse território de experimentação social ainda pouco conhecido, e assim propiciar um espaço para sua articulação.Como algo novo e em processo, esse mapeamento não só está aberto a sugestões e contribuições, como depende mesmo dessa interação para que consiga ser rico e representativo. Mais informações: ateliedehumanidades.com/semeando-futuros

    #131 Conversas de Ateliê - Como anda o patrimonialismo à brasileira? #34

    Play Episode Listen Later Aug 19, 2024 81:21


    Seja bem-vindo ao Conversas de Ateliê! Na mesa temos Paulo Henrique Martins, André Magnelli, Bia Martins e Lucas Faial Soneghet. No primeiro bloco, conversamos sobre patrimonialismo, um tema com longa história no Brasil. Além de evocar uma linhagem de intelectuais – Oliveira Vianna, Sérgio Buarque de Holanda, Raymundo Faoro –, também nos remete a questões comuns do dia-a-dia, especialmente quando o assunto é política. Trata-se aqui da feição peculiar dos comportamentos e instituições políticas no Brasil, em particular daquilo que se pode chamar do baralhamento entre público e privado. O conceito de patrimonialismo, que tem uma de suas fontes principais em Max Weber, indica uma configuração política em que as relações de dominação são pessoalizadas e de dependência, os recursos públicos são usados para fins privados e os interesses privados influem a todo momento e em cada instância a esfera pública. Para Weber, o patrimonialismo era uma derivação histórica do patriarcado, isto é, do domínio do patriarca sobre o ambiente doméstico. Porém, se no patriarcalismo a dominação ainda passava por um prisma de obrigações do senhor aos dominados, no qual estes deveriam ser resguardados e beneficiados pela conduta tradicionalmente fundamentada do patriarca, no patrimonialismo o domínio é irrestrito, ilimitado e arbitrário. Os dominados são dependentes e estão suscetíveis ao arbítrio daquele ou daqueles que detém os recursos administrativos e econômicos. Por muito tempo, o fantasma do patrimonialismo assombrou o pensamento brasileiro. De um escândalo de corrupção ao outro, da caça aos marajás até a nova administração pública, entre pedaladas, mensalões e rachadinhas, parecemos estar acossados por todos os lados por impropriedades, deturpações e mau uso da coisa pública. Alguns atribuem a renitência desse modo (não tão) peculiar de vida política ao nosso passado colonial e à herança ibérica em nossa cultura (Freyre e Buarque de Holanda), outros à maneira pela qual o Estado e seu aparato burocrático chegou em terras brasileiras (Faoro), e outros ainda aos efeitos do latifúndio e dos modos de organização social no meio rural (Vianna e Leal). Há aqueles que, de outro modo, rejeitam hipóteses que ancoram nossos dilemas presentes em feridas do passado, procurando identificar a racionalidade em comportamentos aparentemente irracionais e tradicionais (Maria Isaura Pereira de Queiroz) e ressaltar as atualizações e transformações nas estruturas de dominação ao longo da história (José Murilo de Carvalho e Jessé Souza). Independente das variações, o tema permanece na agenda política e intelectual. Estamos fadados ao patrimonialismo? Público e privado permanecem enredados em estranhas e instáveis composições no Brasil? No segundo bloco, conversamos sobre a querela em torno da obrigatoriedade do ensino da língua espanhola no novo Ensino Médio. Após a notícia que as embaixadas da França, Alemanha e Itália se articularam para impedir tal medida, ficamos com as questões: o que está em jogo nas discordâncias em torno do ensino obrigatório da língua espanhola? Como isso se relaciona ao lugar do Brasil na América Latina? Tópicos discutidos: Patrimonialismo; Dominação; Política no Brasil; Público e Privado; América Latina. Vamos conversar? No Youtube: https://youtu.be/kuvcWO8oF0o Links:"Pressão das embaixadas: França, Itália e Alemanha atuaram para barrar espanhol obrigatório no ensino médio": https://www.cnnbrasil.com.br/blogs/larissa-rodrigues/politica/pressao-das-embaixadas-franca-italia-e-alemanha-atuaram-para-barrar-espanhol-obrigatorio-no-ensino-medio/ ⁠Torne-se sócio-apoiador do Ateliê Clube! Apoie o Ateliê de Humanidades nos regimes Padrão, Premium e Sócio-leitor e receba quinzenalmente uma conversa com um dedo de prosa, um tanto de inteligência e um bocado de questões do momento: https://www.catarse.me/atelie_de_humanidades

    #130 A democracia como problema: a tetralogia de Pierre Rosanvallon - com Celso Rocha de Barros, Alessandra Maia e Diogo Cunha

    Play Episode Listen Later Aug 17, 2024 78:56


    A conversa de lançamento do segundo volume da Tetralogia das Mutações da Democracia de Pierre Rosanvallon, "A legitimidade democrática" (Ateliê de Humanidades Editorial, 2024) teve a participação de Celso Rocha de Barros (Folha de São Paulo / Piauí), Alessandra Maia (PUC-RJ) e Diogo Cunha (UFPE), com moderação de André Magnelli (Ateliê de Humanidades). https://ateliedehumanidades.com/2024/08/12/conversa-de-lancamento-a-democracia-como-problema-uma-conversa-sobre-a-tetralogia-de-rosanvallon-com-celso-rocha-de-barros-alessandra-maia-diogo-cunha/ *** Você pode assistir também em vídeo: no canal youtube do Ateliê de Humanidades: https://youtube.com/live/X4fAK2FL4yA?feature=share * Conheça os livros de Pierre Rosanvallon, publicados pelo Ateliê de Humanidades Editorial: "O século do populismo", "A contrademocracia", "A legitimidade democrática" e "A sociedade dos iguais". Adquira no site da editora ou na Amazon. Desconto em combo e frete grátis a partir de 200,00 reais em nosso site: https://ateliedehumanidades.com/atelie-de-humanidades-editorial/

    #129 Semeando futuros - O crédito e a moeda sob o controle comunitário: a experiência do Banco Palmas - com Joaquim Melo #001

    Play Episode Listen Later Aug 9, 2024 73:24


    O primeiro episódio do programa "Semeando futuros" é dedicado ao tema "A moeda e o crédito sob o controle comunitário". Bia Martins conversa com o líder comunitário Joaquim Melo sobre a experiência do Banco Palmas, na comunidade das Palmeiras, Fortaleza, Ceará. Joaquim Melo é teólogo, especialista em desenvolvimento local, Bancos Comunitários e Moedas Sociais. Foi o criador da metodologia dos Bancos Comunitários e das Moedas Sociais Circulante do Brasil. Para mais informações: joaquimmelo.com. O que é o programa "Semeando futuros"? "Semeando futuros" é um programa do Ateliê de Humanidades, concebido por Bia Martins e André Magnelli. Diante de tantas crises, nada parece ser possível de mudar, o que resulta em um sentimento generalizado de impotência. Será? em pequenas mas muitas iniciativas, no Brasil e ao redor do mundo, vemos surgirem experiências que podemos enxergar como sementes de futuros possíveis, mais justos, solidários, conviviais e sustentáveis. Nossa proposta é apresentar algumas dessas sementes, como uma espécie de mapeamento desse território de experimentação social ainda pouco conhecido, e assim propiciar um espaço para sua articulação.Como algo novo e em processo, esse mapeamento não só está aberto a sugestões e contribuições, como depende mesmo dessa interação para que consiga ser rico e representativo. Mais informações: ateliedehumanidades.com/semeando-futuros

    #128 Conversas de Ateliê - Otimismo ou Pessimismo? #33

    Play Episode Listen Later Aug 5, 2024 50:50


    Seja bem-vindo ao Conversas de Ateliê! Na mesa temos Roberto Dutra, André Magnelli, Bia Martins e Lucas Faial Soneghet. No primeiro bloco, aberto para o público, conversamos sobre um antigo dilema: otimismo ou pessimismo? O escritor francês Romain Rolland, em frase retomada por Antonio Gramsci, escreveu que devemos ser pessimistas na razão e otimistas na vontade. A associação entre pessimismo e inteligência, de um lado, e otimismo e ingenuidade ou mesmo tolice, do outro, é bem assentada no nosso imaginário. Como não se exasperar e esperar o pior diante de problemas como o aparente esgarçamento do tecido da esfera pública, o enfraquecimento dos regimes democráticos, guerras e genocídios, a persistência de preconceitos de raça, gênero e sexualidade, sem falar da perspectiva da extinção da própria espécie humana? Parece que qualquer um com os olhos abertos não pode fazer nada a não ser se tornar um pessimista. Por outro lado, o amargor e o fatalismo que acompanha tal visão de mundo não parece deixar espaço para a outras formas de perceber o presente e imaginar o futuro. Seria mesmo o otimismo contrário à razão? Não haveria espaço para uma nova equação entre razão e desejo que acomode algo além do pessimismo amargo e do otimismo ingênuo? Nas palavras de Ariano Suassuna, entre o otimismo e o pessimismo, talvez haja um caminho pelo realismo esperançoso. No segundo bloco, exclusivo para sócio-apoiadores, conversamos sobre as controvérsias em torno das eleições de Nicolas Maduro na Venezuela. Como devemos nos posicionar? O que pensar sobre as diversas perspectivas e informações em jogo? Tópicos discutidos: Otimismo; Pessimismo; Crítica; Realismo; Transformação social; Venezuela. Vamos conversar? No Youtube: https://youtu.be/RRMdnuOb6cI Links:Livro Teoria Sistêmica da Desigualdade, de Roberto Dutra: https://ateliedehumanidades.com/produto/teoria-sistemica-da-desigualdade-social/ Torne-se sócio-apoiador do Ateliê Clube!⁠ Apoie o Ateliê de Humanidades nos regimes Padrão, Premium e Sócio-leitor e receba quinzenalmente uma conversa com um dedo de prosa, um tanto de inteligência e um bocado de questões do momento: https://www.catarse.me/atelie_de_humanidades

    #127 Conversas de Ateliê - Qual é o lugar do amor na sociedade hoje? #32

    Play Episode Listen Later Jul 22, 2024 81:02


    Seja bem-vindo ao Conversas de Ateliê! Na mesa temos Licia Paglione, Maria das Graças S. Da Rocha, André Magnelli, Bia Martins e Lucas Faial Soneghet. No episódio de hoje conversamos sobre um dos assuntos mais falados no mundo: o amor. Nas ciências sociais, o amor pode ser entendido como uma espécie de rio cársico que flui por baixo das rochas sem ser percebido, para tomar emprestada a expressão de Silvia Cataldi, presente no texto de André Magnelli. Não quer dizer que ninguém fale sobre o amor nas Humanidades, pelo contrário. Todavia, ele parece perder espaço diante de questões como desigualdade, poder, conflito, dominação, justiça, entre outros. Junto com a dádiva, a solidariedade e o cuidado, o amor aparece em outro registro, como lente para enxergar e entender fenômenos sociais que podem ser mal compreendidos se submetidos a um escrutínio meramente desconstrucionista. Além de pensar o amor como ideologia ou construto, procuramos refletir, na esteira de autores como Gennaro Iorio e Silvia Cataldi, sobre o amor como força social. Falamos das várias facetas do amor (ágape, philia e eros) e de sua natureza: é um sentimento? Uma ação? Um conceito? Uma força? Não podemos deixar de reconhecer que o amor pode ser usado para mistificar e distorcer relações, servindo pra reproduzir assimetrias de gênero ou justificar regimes totalitários, por exemplo. Mas a crítica não nos exime da questão: e se houver um potencial também positivo nessa mesma ideia? Como podemos pensar iniciativas concretas em que o amor se manifesta como criatividade, solidariedade e colaboração? Conversamos também sobre quais são os desafios e entraves para um fluir amoroso na sociedade hoje. Tópicos discutidos: Amor; Solidariedade; Dádiva; Criatividade. Vamos conversar? No Youtube: https://youtu.be/8qVHU_lRubs Links:Livro Sociologia do Amor, de Gennaro Iorio: https://ateliedehumanidades.com/2021/10/03/sociologia-do-amor/Economia da comunhão: https://youtu.be/eFrUiKv3q0k?si=YVUAdg_Lj7POm9_YLiving Peace International: https://youtu.be/UvbFVDhznvo?si=k4CaOUMDhbeDs7dZ Torne-se sócio-apoiador do Ateliê Clube!⁠ Apoie o Ateliê de Humanidades nos regimes Padrão, Premium e Sócio-leitor e receba quinzenalmente uma conversa com um dedo de prosa, um tanto de inteligência e um bocado de questões do momento: https://www.catarse.me/atelie_de_humanidades

    #126 Conversas de Ateliê - Por que andamos tão ansiosos? #31

    Play Episode Listen Later Jul 8, 2024 66:59


    Seja bem-vindo ao Conversas de Ateliê! Na mesa temos André Magnelli, Bia Martins e Lucas Faial Soneghet. No primeiro bloco, conversamos sobre ansiedade. Parece que nunca estivemos tão ansiosos. A Organização Mundial de Saúde estimou, em 2019, que transtornos de ansiedade são os transtornos de saúde mental mais comuns, afetando cerca de 301 milhões de pessoas. Uma pesquisa feita no Brasil em 2023 aponta para a prevalência dessa condição entre jovens de 18 e 24 anos. Como entender esse fenômeno? Estamos realmente mais ansiosos ou só encontramos um novo diagnóstico para problemas antigos? Exploramos essas questões passando por tópicos como o impacto de novas tecnologias, mudanças nos regimes de subjetividade e o papel da religião na contemporaneidade. A ansiedade, além de um diagnóstico psicológico ou psiquiátrico, pode ser uma porta de entrada para um diagnóstico do tempo presente. Uma sociedade de futuros incertos, regida por um imperativo de performatividade à todo custo e aparentemente pobre de caminhos para a autorrealização, viceja impulsionada por um motor ansiogênico. Como a imaginação sociológica e filosófica podem nos ajudar a lidar com isso? No segundo bloco, conversamos sobre as eleições na França e a recente tentativa de golpe na Bolívia. Discutimos o mérito de nossas categorias de análise para pensar o momento político e os rumos da democracia ou, nas palavras de Rosanvallon, da democratura e do populismo. Tópicos discutidos: Ansiedade; Incerteza; Risco; Redes sociais; Democracia; Populismo. Vamos conversar? No Youtube: https://youtu.be/K9-hDbgMRLg Links:Dados da OMS: https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/anxiety-disordersEstudo sobre ansiedade no Brasil: https://www.cnnbrasil.com.br/saude/mais-de-26-dos-brasileiros-tem-diagnostico-de-ansiedade-diz-estudo/ ⁠Torne-se sócio-apoiador do Ateliê Clube! Apoie o Ateliê de Humanidades nos regimes Padrão, Premium e Sócio-leitor e receba quinzenalmente uma conversa com um dedo de prosa, um tanto de inteligência e um bocado de questões do momento: https://www.catarse.me/atelie_de_humanidades

    #125 Conversas de Ateliê - Para onde vai o nosso tempo? #30

    Play Episode Listen Later Jun 24, 2024 55:37


    Seja bem-vindo ao Conversas de Ateliê! Na mesa temos André Magnelli, Bia Martins, Cristian Jiménez e Lucas Faial Soneghet. No primeiro bloco, conversamos sobre o tempo e sua falta. Quem nunca sentiu que está sem tempo? Estamos cercados de tecnologias e recursos que, a princípio, tornariam o uso de nosso tempo mais eficaz, todavia, é cada vez mais comum a sensação de falta de tempo, cansaço e "correria". Da filosofia de Byung Chul-Han até a sociologia de Hartmut Rosa, encontramos diagnósticos de uma mudança significativa nas estruturas e experiências temporais na contemporaneidade. Segundo Rosa, vivemos em tempos de aceleração social, em que os diversos processos e esferas sociais encontram-se dessincronizados. Segundo Han, vivemos na sociedade do cansaço, exauridos por causa de um imperativo de constante ocupação e performance. Entre testemunhos pessoais e diagnósticos do tempo, conversamos sobre os efeitos do capitalismo sobre a organização do tempo, os desafios de encontrar um trabalho satisfatório e suficiente para a subsistência que não engula todo o cotidiano, e estratégias para usufruir e não somente usar o tempo que temos. No segundo bloco, André Magnelli traz uma surpresa na mesa musical, com músicas de Lenine e Caetano Veloso. Tópicos discutidos: Tempo; Aceleração; Trabalho; Capitalismo; Ócio. Vamos conversar? No Youtube: https://youtu.be/CBcvdMvsMOA No Spotify: Torne-se sócio apoiador do Ateliê! Apoie o Ateliê de Humanidades nos regimes Padrão, Premium e Sócio-leitor e receba quinzenalmente uma conversa com um dedo de prosa, um tanto de inteligência e um bocado de questões do momento: https://www.catarse.me/atelie_de_humanidades Torne-se sócio-apoiador do Ateliê Clube!

    #124 Conversas de Ateliê - Qual é o valor da autenticidade hoje? #29

    Play Episode Listen Later Jun 10, 2024 65:13


    Seja bem-vindo ao Conversas de Ateliê! Na mesa temos André Magnelli, Bia Martins e Lucas Faial Soneghet. No primeiro bloco, conversamos sobre autenticidade. Ligada ao Romantismo, a ideia de autenticidade pressupõe um indivíduo igual e fiel a si mesmo. Mais do que ser sincero, que implica na correspondência entre ser e aparência, ser autêntico é tornar-se a si mesmo. Discutimos alguns sentidos do termo na filosofia, especialmente a relação entre autenticidade e individualidade, bem como suas versões perniciosas e virtuosas. Falamos também sobre a possibilidade de ser autêntico/a hoje, em um mundo permeado de tecnologias de comunicação e imagem que colocam em jogo a relação com nossas próprias experiências. Vivemos em uma sociedade inautêntica? A autenticidade é um valor sobre o qual ainda devemos pautar nossas vidas? No segundo bloco, conversamos sobre a polêmica PEC das Praias. De relatoria do senador Flávio Bolsonaro, a proposta de emenda à Constituição autoriza que "terrenos de marinha" – áreas na beira do mar, rios e lagos que pertencem à União – sejam transferidos a estados, municípios ou proprietários privados em certas condições. Falamos sobre as possíveis consequências da PEC como especulação mobiliária, impactos ambientais e deslocamento das populações que habitam perto das praias. Tópicos discutidos: Autenticidade; Sinceridade; Mídias Sociais; PEC das Praias. Vamos conversar? No Youtube: https://youtu.be/DoFjVX0UByw Torne-se apoiador do Ateliê de Humanidades! Apoie o Ateliê de Humanidades nos regimes Padrão, Premium e Sócio-leitor e receba quinzenalmente uma conversa com um dedo de prosa, um tanto de inteligência e um bocado de questões do momento: https://www.catarse.me/atelie_de_humanidades Torne-se sócio-apoiador do Ateliê Clube!

    #123 República de Ideias: Conversa de lançamento de "A Igreja e a Política"

    Play Episode Listen Later Jun 10, 2024 54:07


    No dia 29 de maio tivemos a uma conversa de lançamento do livro "A Igreja e a Política: católicos e catolicismos em metamorfose" (Ateliê de Humanidades Editorial, 2024) na auditório da sala multimídia do CCH da UENF (Campos dos Goytacazes). Participaram Nelson Lellis, Gustavo Smiderle e André Magnelli, com mediação de Nilo de Azevedo. Disponibilizamos a gravação em áudio de nossa conversa no episódio #123 do República de Ideias. Acesse os textos mencionados em nossa conversa: - https://ateliedehumanidades.com/2023/08/06/fios-do-tempo-repensando-a-secularizacao-uma-agenda-para-a-investigacao-do-mundo-religioso-por-andre-magnelli/ Conheça e adquira o livro em nosso site: https://ateliedehumanidades.com/atelie-de-humanidades-editorial/

    #122 Conversas de Ateliê - Quais são os limites do humanismo?/Enchentes no Rio Grande do Sul #28

    Play Episode Listen Later May 27, 2024 30:06


    Seja bem-vindo ao Conversas de Ateliê! Na mesa temos André Magnelli, Bia Martins, Cristian Jimenez e Lucas Faial Soneghet. No primeiro bloco, exclusivo para sócio-apoiadores, conversamos sobre os limites do humanismo e, inevitavelmente, do humano. Vivemos a era do Antropoceno, na qual o impacto das ações humanas deixa marcas indeléveis e irreversíveis no meio ambiente. Os humanos ganham força antropogênica sem precedentes e, concomitantemente, encontram seus limites e suas fronteiras enquanto espécie. Com isso, todo pensamento e saber que toma o ser humano como pressuposto ou horizonte normativo deve se perguntar: o que é esse ser humano que defendemos ou assumimos como dado? Quais são os limites de uma ética, uma teoria e um imaginário orientado pela humanidade? O humanismo, como a democracia e a liberdade, é uma noção poderosa, plena de antinomias e contradições, o que nos coloca a tarefa de pensá-lo em seus benefícios e malefícios. Assim nos perguntamos: quais são os limites do humanismo? No segundo bloco, aberto ao público, conversamos sobre as inundações no Rio Grande do Sul a partir da fala do historiador Tau Golin (link abaixo). Falamos sobre as dificuldades de fazer política da natureza, os problemas de um humanitarismo sensacionalista e a necessidade de medidas de longo prazo para lidar com emergências climáticas. No terceiro bloco, com a surpresa na mesa, falamos sobre o documentário Ex-Pajé, dirigido por Luiz Bolognesi (link do trailer abaixo). Tópicos discutidos: Humanismo; Humanidade; Humano; Inundações no Rio Grande do Sul; Tragédias climáticas; Emergências climáticas. Vamos conversar? No Youtube: https://youtu.be/Bll4qEhaEdc Links mencionados no episódio: Entrevista com Tau Golin no canal Tutaméia TV: https://www.youtube.com/watch?v=oZ-LjiLdnGUTrailer do documentário Ex-Pajé: https://www.youtube.com/watch?v=guKfz2x8g_U ⁠Torne-se sócio-apoiador do Ateliê Clube!⁠ Apoie o Ateliê de Humanidades nos regimes Padrão, Premium e Sócio-leitor e receba quinzenalmente uma conversa com um dedo de prosa, um tanto de inteligência e um bocado de questões do momento: https://www.catarse.me/atelie_de_humanidades

    #121 Conversas de Ateliê - O que significa ser corrupto? #27

    Play Episode Listen Later May 13, 2024 75:17


    Seja bem-vindo ao Conversas de Ateliê! Na mesa temos André Magnelli, Bia Martins, Paulo Henrique Martins e Lucas Faial Soneghet. No primeiro bloco, conversamos sobre corrupção, um fenômeno que não é jaboticaba, mas sem dúvida tem um jeitinho brasileiro. No sentido mais simples do termo, ser corrupto é desviar-se de uma norma ou desvirtuar essa norma, distorcendo algum padrão de comportamento estabelecido. Em termos políticos e institucionais, a corrupção pode ser o uso privado de coisas públicas, como no caso de desvios de dinheiro público ou subornos de agentes estatais. No cotidiano, a corrupção pode aparecer nas pequenas coisas, nos ajustes, arranjos, negociatas e "jeitinhos" que usamos para contornar regras, seja para benefício próprio ou para os de nossos entes queridos. Conversamos então sobre as diversas faces da corrupção, do pessoal ao sistêmico, do cultural ao político, do local ao global. Há alguma virtude na corrupção? Ser corrupto é um efeito necessário de viver em uma sociedade nacional com um Estado burocrático? Quem se beneficia e quem sofre com a corrupção? No segundo bloco, conversamos sobre a greve nos institutos de ensino federais e falamos sobre os méritos da mobilização, os problemas da universidade pública no Brasil e as dificuldades de criticar o que se deseja preservar. Tópicos discutidos: Corrupção; Estado; Burocracia; Ação Coletiva; Greve; Universidade Vamos conversar? No Youtube: https://youtu.be/XEslIHU6uPU Torne-se sócio-apoiador do Ateliê Clube!⁠ Apoie o Ateliê de Humanidades nos regimes Padrão, Premium e Sócio-leitor e receba quinzenalmente uma conversa com um dedo de prosa, um tanto de inteligência e um bocado de questões do momento: https://www.catarse.me/atelie_de_humanidades

    #120 Conversas de Ateliê - Como pensar com as cosmologias indígenas? #26

    Play Episode Listen Later Apr 29, 2024 53:59


    Seja bem-vindo ao Conversas de Ateliê! Na mesa temos Cristián Jimenez, Bia Martins, Paulo Henrique Martins e Lucas Faial Soneghet. No primeiro bloco, aberto ao público, conversamos sobre como pensamos junto e em diálogo com cosmologias indígenas. Os modos de pensar e saberes de povos originários passaram enfrentaram e enfrentam uma longa história de violência, apagamento, deslegitimação e apropriação indevida, ligada inextricavelmente ao colonialismo em suas várias facetas. Seja como objeto de estudo das ciências sociais (em particular a antropologia) ou como "crença" e "pensamento primitivo", as visões de mundo, conhecimentos e formas de construir saber dessas populações são costumeiramente colocadas em posição de inferioridade, implícita ou explicitamente. Todavia, graças à luta por reconhecimento, direitos e sobrevivência, os povos indígenas e originários conquistam cada vez mais espaço para suas cosmologias. Como podemos pensar junto com essas formas de saber? Como lidar com a diferença sem reduzi-la, negá-la ou torna-la "exótica"? O que podemos aprender com outras formas de pensar que, há muito tempo, já fazem parte da nossa vida em sociedade, mas por muito tempo foram relegadas às margens? Questões de identidade, ambiguidade e assimetrias enquadram o choque e as trocas de conhecimento possíveis nas fronteiras do pensamento. No segundo bloco, exclusivo para sócio-apoiadores, conversamos sobre a nomeação de Ailton Krenak para a Academia Brasileira de Letras, trazendo à baila os problemas de tokenização, reconhecimento e comoditização das identidades indígenas. Na surpresa na mesa, exclusiva para sócio-apoiadores, discutimos um vídeo da música "Brincar de Índio" no Xou da Xuxa em 1989. Tópicos discutidos: Cosmologias indígenas; Povos originários; Identidade; Pensamento ocidental; Cosmologias ameríndias. Vamos conversar? No Youtube: https://youtu.be/skd-XzmUtEw ⁠Torne-se sócio-apoiador do Ateliê Clube!⁠ Apoie o Ateliê de Humanidades nos regimes Padrão, Premium e Sócio-leitor e receba quinzenalmente uma conversa com um dedo de prosa, um tanto de inteligência e um bocado de questões do momento: https://www.catarse.me/atelie_de_humanidades

    #119 Conversas de Ateliê - Temos privacidade no mundo contemporâneo? #25

    Play Episode Listen Later Apr 15, 2024 69:43


    Seja bem-vindo ao Conversas de Ateliê! Na mesa temos André Magnelli, Bia Martins, Paulo Henrique Martins e Lucas Faial Soneghet. Nesse episódio conversamos sobre a privacidade no mundo contemporâneo. Com as tecnologias de informação e comunicação, bem como de coleta e armazenamento de dados, colocam-se em xeque as noções modernas de privacidade. Se outrora poderíamos falar de uma separação entre esfera pública e privada, na qual a segunda seria o reduto da intimidade privada em contraponto à primeira, hoje fenômenos como redes sociais e novas tecnologias de vigilância reconfiguram as divisões entre indivíduo e sociedade, privado e público, eu e mundo. De um lado, cedemos nossas informações voluntariamente para corporações ou para o Estado, seja para fins comerciais e de conveniência ou para fins burocráticos de administração. De outro, somos acossados por novas tecnologias de controle, perfilamento e monitoramento que constroem categorias de população (os perigosos e potenciais ameaças de segurança), além de participarem da comoditização de desejos, emoções e corpos. Nesse mundo de configurações sociais complexas de controle, coesão e ordem, onde está a privacidade? A intimidade é coisa do passado? No segundo bloco, conversamos sobre o embate entre Elon Musk e Alexandre de Moraes em torno das contas bloqueadas no X, antigo Twitter, estendendo a conversa sobre privacidade para incluir suas implicações em regimes democráticos. Na surpresa na mesa, discutimos uma breve fala de Silvio Meira, cientista da computação e professor, sobre memória e arquivos digitais. Tópicos discutidos: Privacidade; Vigilância; Sociedade de controle; Democracia; Memória e arquivos. Vamos conversar? No Youtube: Torne-se sócio-apoiador do Ateliê Clube! Apoie o Ateliê de Humanidades nos regimes Padrão, Premium e Sócio-leitor e receba quinzenalmente uma conversa com um dedo de prosa, um tanto de inteligência e um bocado de questões do momento: https://www.catarse.me/atelie_de_humanidades O que é o Conversas de Ateliê? O Conversas de Ateliê, o novo programa do República de Ideias, podcast do Ateliê de Humanidades, faz o encontro dos nossos colaboradores com todos os que nos apoiam. Em cada episódio, temos uma conversa sobre um tema emergente do momento e uma questão de interesse geral, alternando nossas perspectivas em um diálogo intelectual, agradável e acessível. No final de cada programa, há uma Surpresa na Mesa. Um convidado trará algo (uma reflexão, poesia, música, obra de arte etc.) para nossa conversa, sem que saibamos o quê… Mais informações: https://ateliedehumanidades.com/2023/03/08/conversas-de-atelie-um-programa-do-republica-de-ideias/

    #118 Conversas de Ateliê - Divulgação científica: para que e para quem? #24

    Play Episode Listen Later Apr 1, 2024 55:21


    Seja bem-vindo ao Conversas de Ateliê! Na mesa temos André Magnelli, Bia Martins, Paulo Henrique Martins e Lucas Faial Soneghet. Nesse episódio conversamos sobre divulgação científica, comunicação em ciência e a relação entre conhecimento científico e sociedade. Como tornamos o conhecimento científico disponível e inteligível? O que significa "divulgar" e "publicar" na ciência? A ciência deve ser útil? A princípio, ninguém é contrário à divulgação científica. Todavia, do que estamos falando quando falamos disso? Parece haver uma grande distância entre as ciências naturais e o cotidiano das pessoas. As ciências humanas e sociais, por outro lado, tem "objetos" reflexivos e capazes de apropriar-se do conhecimento por elas produzido. Cientistas muitas vezes se sentem alienados do "público", produzindo somente para si e para seus pares. Ao mesmo tempo, alguns setores da ciência - a biomedicina e a computação por exemplo - e se fazem presentes na vida de todos através das tecnologias e técnicas. Conversamos sobre o que significa um diálogo entre cientistas e não cientistas, o papel da ciência no cotidiano e os pressupostos da divulgação científica. No segundo bloco, exclusivo para apoiadores, conversamos sobre os 60 anos do golpe militar e as atitudes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a respeito dessa data. Tópicos discutidos: Divulgação científica; Ciência e sociedade; Universidades; Ditadura Militar Vamos conversar? No Youtube: https://youtu.be/taCAtJ5YV8Y Torne-se apoiador do Ateliê de Humanidades! Apoie o Ateliê de Humanidades nos regimes Padrão, Premium e Sócio-leitor e receba quinzenalmente uma conversa com um dedo de prosa, um tanto de inteligência e um bocado de questões do momento: https://www.catarse.me/atelie_de_humanidades O que é o Conversas de Ateliê? O Conversas de Ateliê, o novo programa do República de Ideias, podcast do Ateliê de Humanidades, faz o encontro dos nossos colaboradores com todos os que nos apoiam. Em cada episódio, temos uma conversa sobre um tema emergente do momento e uma questão de interesse geral, alternando nossas perspectivas em um diálogo intelectual, agradável e acessível. No final de cada programa, há uma Surpresa na Mesa. Um convidado trará algo (uma reflexão, poesia, música, obra de arte etc.) para nossa conversa, sem que saibamos o quê… Mais informações: https://ateliedehumanidades.com/2023/03/08/conversas-de-atelie-um-programa-do-republica-de-ideias/

    #117 Conversas de Ateliê - Existe democracia sem sociedade nacional? #23

    Play Episode Listen Later Mar 18, 2024 64:31


    Seja bem-vindo ao Conversas de Ateliê! Na mesa temos André Magnelli, Bia Martins, Paulo Henrique Martins e Lucas Faial Soneghet. Nesse episódio conversamos sobre a relação entre democracia e sociedade nacional. Em tempos de globalização, neoliberalismo, autoritarismo e populismo, parece que a ideia de uma sociedade nacional faz menos sentido. Não obstante, a nação emerge como protagonista em discursos nacionalistas, fluxos migratórios, conflitos armados e políticas de mercado. A ligação entre nação e democracia, entre um regime de governo e uma comunidade política composta de diferentes classes sociais, comunidades étnicas e grupos de interesse, esteve historicamente ligada à figura do Estado, tanto em sua face de assistência quanto de controle e policiamento. Diante desse legado, e de seu aparente esmorecimento, é possível pensar uma democracia sem a ideia de nação? Podemos ser democráticos para além das fronteiras do Estado nacional? No segundo bloco, exclusivo para apoiadores, conversamos sobre a crítica de uma atriz estadunidense sobre a arte feita por algoritmos e inteligências artificiais. Na surpresa na mesa, exclusiva para apoiadores, conversamos sobre os perigos dos deep fakes e o uso de novas tecnologias de emulação de voz e imagem. Tópicos discutidos: Democracia; Estado; Nação; Capitalismo; Arte; Inteligência Artificial; Indústria cultural Vamos conversar? No Youtube: https://youtu.be/pB_gnTEdiG8 Torne-se sócio-apoiador do Ateliê Clube! Apoie o Ateliê de Humanidades nos regimes Padrão, Premium e Sócio-leitor e receba quinzenalmente uma conversa com um dedo de prosa, um tanto de inteligência e um bocado de questões do momento: https://www.catarse.me/atelie_de_humanidades

    #116 Conversas de Ateliê - Somos espectadores do sofrimento? #22

    Play Episode Listen Later Mar 5, 2024 38:27


    Seja bem-vindo ao Conversas de Ateliê! Na mesa temos André Magnelli, Bia Martins, Paulo Henrique Martins e Lucas Faial Soneghet. Nesse episódio conversamos sobre a nossa relação com o sofrimento do "outro" na contemporaneidade. Hoje temos acesso a uma quantidade e variedade de imagens, relatos e narrativas de sofrimento como nunca antes na história da humanidade. Sabemos de tragédias em lugares distantes em questão de segundos e somos capazes de testemunhar, a distância e por vezes em proximidade, eventos de violência, privação e dor em suas várias formas. O que fazemos diante do sofrimento na era do espetáculo? Temos ferramentas simbólicas para lidar com acontecimentos que rompem com o sentido da vida e do mundo dos que sofrem? No segundo bloco, exclusivo para apoiadores, conversamos sobre a proposta de projeto de lei para regulamentação da profissão de motorista de aplicativos no Brasil. Na surpresa na mesa, exclusiva para apoiadores, Lucas Faial Soneghet traz o filme Ficção Americana, escrito e dirigido por Cord Jefferson, e nominado ao Oscar na categoria de melhor filme. Vamos conversar? Tópicos discutidos: Sofrimento; Espetáculo; Precarização do trabalho; Raça No Youtube: https://youtu.be/-2KsJGTFAs0 Torne-se sócio-apoiador do Ateliê: https://www.catarse.me/atelie_de_humanidades Apoie o Ateliê de Humanidades nos regimes Padrão, Premium e Sócio-leitor e receba quinzenalmente uma conversa com um dedo de prosa, um tanto de inteligência e um bocado de questões do momento. O que é o Conversas de Ateliê? O Conversas de Ateliê, o novo programa do República de Ideias, podcast do Ateliê de Humanidades, faz o encontro dos nossos colaboradores com todos os que nos apoiam. Em cada episódio, temos uma conversa sobre um tema emergente do momento e uma questão de interesse geral, alternando nossas perspectivas em um diálogo intelectual, agradável e acessível. No final de cada programa, há uma Surpresa na Mesa. Um convidado trará algo (uma reflexão, poesia, música, obra de arte etc.) para nossa conversa, sem que saibamos o quê… Mais informações: https://ateliedehumanidades.com/2023/03/08/conversas-de-atelie-um-programa-do-republica-de-ideias/

    #115 Conversas de Ateliê - O Brasil é um país dependente? #21

    Play Episode Listen Later Feb 22, 2024 88:31


    Seja bem-vindo ao Conversas de Ateliê! Na mesa temos Felipe Maia, Bia Martins, Paulo Henrique Martins e Lucas Faial Soneghet. Nesse episódio conversamos sobre a teoria da dependência e sua atualidade. O conjunto de pensamentos e teorizações agrupados sob a rubrica "teoria da dependência", que teve seu auge no fim da década de 1960 e início da década de 1970. Pensadores latino-americanos, em particular do Chile e do Brasil, discutiram as formações socio-históricas da América Latina não por uma suposta excepcionalidade, mas à luz de processos e mecanismos de reprodução do capitalismo internacional em suas relações desiguais e assimétricas. A dependência em relação a países estrangeiros, especificamente os de "primeiro mundo" como Estados Unidos e Inglaterra, seria a marca decisiva da história latino-americana. Não se trata somente de relações econômicas desiguais, mas de uma padrão de dependência impregnado nas dimensões política, cultural, artística, intelectual, científica e tecnológica. Conversamos sobre a atualidade dessas ideias na atualidade. Ainda somos um país dependente? Quais são as novas faces da dependência no século XXI? No segundo bloco, conversamos sobre a fala do presidente Luís Inácio Lula da Silva comparando os ataques do Estado israelense ao povo palestino na faixa de Gaza ao extermínio dos judeus pelo regime nazista alemão. Na surpresa na mesa, Lucas Faial Soneghet recupera um tópico já discutido no Conversas do Ateliê: a reprodução da imagem e da voz de artistas mortos por meio de tecnologias digitais, em particular Inteligência Artifical. Tópicos discutidos: Teoria da Dependência; Desenvolvimento; Capitalismo mundial; Lula; Israel e Palestina; Inteligência Artificial Vamos conversar? No Youtube: https://youtu.be/pPnlHsEU01A

    #114 Conversas de Ateliê - O conceito 'indústria cultural' ainda é relevante? #20

    Play Episode Listen Later Feb 5, 2024 65:39


    Seja bem-vindo ao Conversas de Ateliê! Na mesa temos Bia Martins, Paulo Henrique Martins, André Magnelli e Lucas Faial Soneghet. Nesse episódio discutimos o conceito "indústria cultural", sua relevância e atualidade. O conceito foi cunhado por Theodor Adorno e Max Horkheimer no livro Dialética do Esclarecimento, para descrever o sistema de produção de bens culturais no capitalismo monopolista de meados do século XX. Segundo os teóricos críticos, o modo de produção capitalista haveria tomado a cultura de tal modo a suprimir suas funções e expressões históricas. No lugar, encontra-se um complexo de mídias (TV e rádio na época) que pela oferta de bens culturais inócuos e padronizados suprime as potencialidades da experiência humana e assim a possibilidade de emancipação. A cultura torna-se uma indústria: produção de mercadorias intercambiáveis e superficiais visando o lucro. Na era da internet e das redes sociais, com o avanço das tecnologias de informação e comunicação e demais transformações no ambiente cultural, nos perguntamos: esse conceito ainda é relevante? O que podemos dizer sobre a cultura hoje sob a ótica das divisões entre cultura erudita e popular, cultura de elite e de massa, que se encontravam na teoria crítica? Há monopólio ou oligopólio na indústria cultural em sua versão digital? Ainda há espaço para uma crítica dos bens culturais e da cultura? Na surpresa na mesa, André Magnelli continua nosso papo cultural com um exemplar da música popular brasileira. Tópicos discutidos: Indústria Cultural; Cultura; Capitalismo; Música. Vamos conversar? No Youtube: https://youtu.be/OvZcqCFxbfE Torne-se sócio-apoiador do Ateliê Clube: https://www.catarse.me/atelie_de_humanidades O que é o Conversas de Ateliê? O Conversas de Ateliê, o novo programa do República de Ideias, podcast do Ateliê de Humanidades, faz o encontro dos nossos colaboradores com todos os que nos apoiam. Em cada episódio, temos uma conversa sobre um tema emergente do momento e uma questão de interesse geral, alternando nossas perspectivas em um diálogo intelectual, agradável e acessível. No final de cada programa, há uma Surpresa na Mesa. Um convidado trará algo (uma reflexão, poesia, música, obra de arte etc.) para nossa conversa, sem que saibamos o quê… Mais informações: https://ateliedehumanidades.com/2023/03/08/conversas-de-atelie-um-programa-do-republica-de-ideias/

    #113 O espírito crítico como obscurantismo, por Marcel Gauchet

    Play Episode Listen Later Jan 17, 2024 61:13


    Seja bem-vindo à República de Ideias! Nesse episódio, Lucas Faial Soneghet, André Magnelli e Thiago Panica conversam sobre o texto "O espírito crítico como obscurantismo", do filósofo e historiador Marcel Gauchet, traduzido por André Magnelli e publicado no Fios do Tempo. O problema da crítica acompanha as Ciências Sociais desde sua gênese. Seríamos herdeiros do legado Iluminista, sua missão de descortinar, conhecer e iluminar. Todavia, como argumenta Gauchet, parece que entramos em uma era de desconfiança generalizada, um clima de deturpação do espírito crítico em que o que vale é somente a pura negação e denúncia do outro como forma de afirmar-se a si mesmo. Nesse caminho, a crítica haveria perdido seus necessários companheiros na compreensão e na razão, bem como seu momento positivo, que viria após o necessário momento negativo de desconstrução e descortinação. Haveria a crítica se tornado ela mesma fonte do pensamento obscurantista? Quais são os parâmetros para uma crítica bem feita e eficaz? O que falta para que a crítica não se condene à sua própria alienação? Tópicos discutidos: Crítica; Marcel Gauchet; Educação. Texto discutido: https://ateliedehumanidades.com/2020/08/01/fios-do-tempo-o-espirito-critico-como-obscurantismo-por-marcel-gauchet/ No Youtube: https://youtu.be/6xsDFeRXzdQ

    #112 Conversas de Ateliê - Retrospectiva do Conversas 2023 #019

    Play Episode Listen Later Dec 11, 2023 63:05


    Seja bem-vindo ao Conversas de Ateliê! Na mesa temos Bia Martins, Paulo Henrique Martins, André Magnelli e Lucas Faial Soneghet. Nesse episódio especial de fim de ano, fazemos uma breve retrospectiva de alguns assuntos que marcaram presença na mesa esse ano. Bia Martins traz o tema do episódio 11: "É tarde de mais para o planeta Terra?" A luz dos acontecimentos desse ano, falamos sobre a urgência da crise climática. Parece que os sinais são cada vez mais fortes e, ainda assim, há uma distância entre a ideia de uma crise ambiental global e o cotidiano de cada um. O que fazer em um momento de "guerra" pelo planeta? Depois, Paulo Henrique Martins traz a mesa um tópico que se fez presente em vários episódios do Conversas: qual é o lugar das Ciências Sociais no mundo de hoje? Falamos sobre a interface com outras disciplinas, os ambientes institucionais da ciência e a lado pragmático do fazer intelectual. Vamos conversar? No Youtube: https://youtu.be/p6mRXnhfYNc Torne-se sócio-apoiador do Ateliê Clube!⁠ O que é o Conversas de Ateliê? O Conversas de Ateliê, o novo programa do República de Ideias, podcast do Ateliê de Humanidades, faz o encontro dos nossos colaboradores com todos os que nos apoiam. Em cada episódio, temos uma conversa sobre um tema emergente do momento e uma questão de interesse geral, alternando nossas perspectivas em um diálogo intelectual, agradável e acessível. No final de cada programa, há uma Surpresa na Mesa. Um convidado trará algo (uma reflexão, poesia, música, obra de arte etc.) para nossa conversa, sem que saibamos o quê… Mais informações: https://ateliedehumanidades.com/2023/03/08/conversas-de-atelie-um-programa-do-republica-de-ideias/

    #111 Conversas de Ateliê - Temos o dever de rejeitar o ódio? #018

    Play Episode Listen Later Nov 27, 2023 81:07


    Seja bem-vindo ao Conversas de Ateliê! Na mesa temos Bia Martins, Paulo Henrique Martins, André Magnelli e Lucas Faial Soneghet. No primeiro bloco conversamos sobre a questão: temos o dever de rejeitar o ódio? Partindo do texto de Edgar Morin sobre a guerra entre o Hamas e o Estado de Israel, discutimos o ódio, sua propagação e natureza, bem como o que podemos e devemos fazer diante dele. No segundo bloco, discutimos a eleição de Javier Milei para presidente da Argentina. O que isso significa para o futuro das direitas no mundo? Há algo além do neoliberalismo radical e do neodesenvolvimentismo de esquerda? Na surpresa na mesa, falamos sobre o filme "Chega de Demanda/Cartola" (1973), dirigido por Roberto Moura. O episódio 18 está disponível na íntegra para o público geral. Vamos conversar? No Youtube: https://youtu.be/04BT7_v5Ag0 O que é o Conversas de Ateliê? O Conversas de Ateliê, o novo programa do República de Ideias, podcast do Ateliê de Humanidades, faz o encontro dos nossos colaboradores com todos os que nos apoiam. Em cada episódio, temos uma conversa sobre um tema emergente do momento e uma questão de interesse geral, alternando nossas perspectivas em um diálogo intelectual, agradável e acessível. No final de cada programa, há uma Surpresa na Mesa. Um convidado trará algo (uma reflexão, poesia, música, obra de arte etc.) para nossa conversa, sem que saibamos o quê… Mais informações: https://ateliedehumanidades.com/2023/03/08/conversas-de-atelie-um-programa-do-republica-de-ideias/

    #110 Metamorfoses da Sociologia - Deslocamento, mulheres intelectuais e modernidade global #009

    Play Episode Listen Later Nov 21, 2023 71:22


    No nono episódio da série Metamorfoses da Sociologia, no podcast República de Ideias, conversamos com Aurea Mota (Universitat Oberta de Catalunya) sobre seu artigo "Displacement, women intellectuals and entangled knowledge in the making of global modernity", publicado no European Journal of Social Theory. Lucas Faial Soneghet, Raquel Weiss e Felipe Maia participam do debate. Aurea traz uma proposta baseada no conceito de deslocamento como forma de analisar processos de formação do conhecimento e transformação pelo movimento de intelectuais na modernidade. O deslocamento indica tanto o movimento pelo espaço, quanto os encontros e atritos daí resultantes. Abrindo novas formas de entender as categorias de "intelectual" e "teoria", a autora discute os atos de "mediação cultural" de Flora Tristan e Nísia Floresta, duas intelectuais cujas contribuições para as ciências sociais permanecem pouco valorizadas, e cujas vidas e escritos possibilitam um entendimento descentrado da modernidade. Tópicos discutidos: Teoria Social; História da Modernidade; Mulheres Intelectuais; No Youtube: https://youtu.be/qPfNZkrpDvQ O que é Metamorfoses da Sociologia? O projeto Metamorfoses da Sociologia é apoiado pelo CNPq e tem como objetivo investigar como múltiplas experiências de crise contemporâneas se apresentam como objeto de reflexão teórica na sociologia. Pretendemos problematizar a sociologia como um conhecimento sobre crises, investigando transformações recentes nos processos de construção de teoria e formação de conceitos, que se dão como parte do esforço interpretativo de processos sociais, bem como de transformações na comunidade epistêmica dos sociólogos e nas condições de institucionalização do campo intelectual.

    #109 Conversas de Ateliê - O que podemos aprender com o (neo)barroco? #017

    Play Episode Listen Later Oct 24, 2023 66:08


    Seja bem-vindo ao Conversas de Ateliê! Na mesa temos Pablo González Velasco, Cristián Jimenez, Paulo Henrique Martins e Lucas Faial Soneghet. No primeiro bloco conversamos sobre a questão: o que podemos aprender com o (neo)barroco? Com o convidado especial Pablo González Velasco, conversamos sobre a ideia do neobarroco como paradigma interpretativo iberoamericano. O que um movimento estético do século XVII pode nos dizer sobre o mundo contemporâneo? Há algum caminho aberto pela aproximação entre países ibéricos e a América Latina? Falamos sobre interpretações da modernidade, estética, tropicalismo e decolonialidade. Na surpresa na mesa, falamos sobre a matéria da Revista Piauí acerca do cinema no Brasil. O episódio 17 está disponível na íntegra para o público geral. Vamos conversar? No Youtube: https://youtu.be/rQnlkv0xuVo Links mencionados no episódio: Canal El Trapezio: https://www.youtube.com/@eltrapezio Jornal El Trapezio: https://eltrapezio.eu/es/ O que é o Conversas de Ateliê? O Conversas de Ateliê, o novo programa do República de Ideias, podcast do Ateliê de Humanidades, faz o encontro dos nossos colaboradores com todos os que nos apoiam. Em cada episódio, temos uma conversa sobre um tema emergente do momento e uma questão de interesse geral, alternando nossas perspectivas em um diálogo intelectual, agradável e acessível. No final de cada programa, há uma Surpresa na Mesa. Um convidado trará algo (uma reflexão, poesia, música, obra de arte etc.) para nossa conversa, sem que saibamos o quê… Mais informações: https://ateliedehumanidades.com/2023/03/08/conversas-de-atelie-um-programa-do-republica-de-ideias/

    #108 Metamorfoses da Sociologia - A vocação das Ciências Sociais ante um mundo em desrazão #008

    Play Episode Listen Later Oct 16, 2023 61:35


    No oitavo episódio da série Metamorfoses da Sociologia, no podcast República de Ideias, conversamos com Thiago Panica Pontes (UFPB) sobre seu texto "A vocação das Ciências Sociais ante um mundo em desrazão", apresentado na mesa redonda "A Sociologia diante das crises: metamorfoses e reflexividade" da SBS 2023. Lucas Faial Soneghet, Frédéric Vandenberghe e Felipe Maia participam do debate. O que as Ciências Sociais podem fazer em um mundo onde parecem perder seu lugar? Thiago Panica Pontes aposta na busca pela razão prática em vez de tentativas de síntese teórica. Mais do que um novo paradigma, as Ciências Sociais devem encontrar sua razão de ser naquilo que já fazem, embora de maneira implícita e não reconhecida. O exercício é hermenêutico e explicativo, histórico e racional. Entender o tempo presente e a si mesma é tarefa dupla e concomitante da Sociologia. Para esse fim, o ideal regulativo de uma comunidade epistêmica das Ciências Sociais, que não existe a não ser enquanto ideal, orienta a busca por (auto)esclarecimento histórico, no qual a ciência apredne sobre e com o mundo para que o mundo aprenda sobre si mesmo. Tópicos discutidos: Teoria Social; Ciências Sociais; Razão; HIstória; Crítica No Youtube: https://youtu.be/RjlV_a-wCks O que é Metamorfoses da Sociologia? O projeto Metamorfoses da Sociologia é apoiado pelo CNPq e tem como objetivo investigar como múltiplas experiências de crise contemporâneas se apresentam como objeto de reflexão teórica na sociologia. Pretendemos problematizar a sociologia como um conhecimento sobre crises, investigando transformações recentes nos processos de construção de teoria e formação de conceitos, que se dão como parte do esforço interpretativo de processos sociais, bem como de transformações na comunidade epistêmica dos sociólogos e nas condições de institucionalização do campo intelectual.

    #107 Conversas de Ateliê - O que há de novo nos estudos da religião? #016

    Play Episode Listen Later Oct 9, 2023 28:36


    Seja bem-vindo ao Conversas de Ateliê! Na mesa temos Nelson Lellis, André Magnelli e Lucas Faial Soneghet. No primeiro bloco, exclusivo para sócio-apoiadores, conversamos sobre a questão: o que há de novo nos estudos da religião? Com o convidado especial Nelson Lellis, falamos sobre tópicos contemporâneos na Sociologia e Antropologia da Religião, incluindo o protestantismo no Brasil, a relação entre religião e política, laicidade, secularização e fundamentalismos. No segundo bloco, aberto ao público, continuamos o assunto falando da proibição do abaya, indumentária típica da religião islâmica, nas escolas públicas francesas. Quais são os desafios que um mundo multicultural coloca para o papel do Estado e para nossas ideias de liberdade? Quais são as formas que a violência, a intolerância e o racismo religioso assumem em diferentes contextos? Na surpresa na mesa, exclusiva para sócio-apoiadores, André Magnelli fala das Heurigen, tavernas tradicionais em Vienna, Áustria, onde famílias cultivam e vendem seus produtos. Vamos conversar? No Youtube: https://youtu.be/wO_AhsKrycE Links mencionados no episódio: Notícia discutida no segundo bloco: https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/franca-vai-proibir-o-uso-de-abaya-nas-escolas-publicas-diz-ministro-da-educacao/ O que é o Conversas de Ateliê? O Conversas de Ateliê, o novo programa do República de Ideias, podcast do Ateliê de Humanidades, faz o encontro dos nossos colaboradores com todos os que nos apoiam. Em cada episódio, temos uma conversa sobre um tema emergente do momento e uma questão de interesse geral, alternando nossas perspectivas em um diálogo intelectual, agradável e acessível. No final de cada programa, há uma Surpresa na Mesa. Um convidado trará algo (uma reflexão, poesia, música, obra de arte etc.) para nossa conversa, sem que saibamos o quê… Mais informações: https://ateliedehumanidades.com/2023/03/08/conversas-de-atelie-um-programa-do-republica-de-ideias/

    #106 Conversas de Ateliê - Julian Assange, segredos de Estado e liberdade de imprensa #015

    Play Episode Listen Later Sep 25, 2023 90:42


    Seja bem-vindo ao Conversas de Ateliê! Na mesa temos Thiago Pacheco, André Magnelli, Lucas Faial Soneghet, Bia Martins e Cristián Jiménez. No primeiro bloco, conversamos sobre o caso de Julian Assange, preso na Inglaterra e sob perseguição do governo dos Estados Unidos. Thiago Pacheco, pesquisador da espionagem e inteligência, se junta a mesa para falar da tensão entre democracias e segredos, o lugar da imprensa em face aos abusos de grandes poderes mundiais, quais são os limites da liberdade de imprensa diante dos sergredos de Estado, entre outras questões. No segundo bloco, conversamos com Cristián Jiménez sobre a Biblioteca Básica Latinoamericana, iniciativa da Fundação Darcy Ribeiro em parceria com o Ateliê de Humanidades Editorial e a Tucán Ediciones. Falamos sobre a motivação por trás da biblioteca, sua forma de operação e sua importância no cenário intelectual. Na surpresa na mesa, Lucas Faial Soneghet traz um poema de Mário de Andrade, citado no volume "A arte interessada", publicado pela BBLA. Links mencionados no episódio: Biblioteca Básica Latinoamericana: www.bbla.com.br Livro "Espionagem e Democracia", de Marco Cepik: https://professor.ufrgs.br/marcocepik/publications/espionagem-e-democracia Vamos conversar? No Youtube: https://youtu.be/fVTdk-BLwCQ O que é o Conversas de Ateliê? O Conversas de Ateliê, o novo programa do República de Ideias, podcast do Ateliê de Humanidades, faz o encontro dos nossos colaboradores com todos os que nos apoiam. Em cada episódio, temos uma conversa sobre um tema emergente do momento e uma questão de interesse geral, alternando nossas perspectivas em um diálogo intelectual, agradável e acessível. No final de cada programa, há uma Surpresa na Mesa. Um convidado trará algo (uma reflexão, poesia, música, obra de arte etc.) para nossa conversa, sem que saibamos o quê… Mais informações: https://ateliedehumanidades.com/2023/03/08/conversas-de-atelie-um-programa-do-republica-de-ideias/

    #105 Conversas de Ateliê - Outras finanças públicas: financiamento solidário e moedas sociais #014

    Play Episode Listen Later Sep 11, 2023 62:17


    Seja bem-vindo ao Conversas de Ateliê! Na mesa temos Jeová Torres, Ariádne Rigo, André Magnelli, Lucas Faial Soneghet, Bia Martins e Cristián Jimenez. No primeiro bloco, aberto ao público, conversamos com Jeová e Ariádne, pesquisadores das economias solidárias, sobre finanças alternativas e moedas sociais. Continuando o papo do episódio 12, falamos de formas de financiamento, moedas sociais e modelos de finanças diversos que existem no Brasil e no mundo. Desde o Banco Palmas, iniciativa pioneira em bancos solidários surgida no Ceará, até o microcrédito, financiamento direto e moedas comunitárias, há um leque de maneiras inovadoras de fazer circular os recursos. Qual é o sentido político dessas práticas? Há vida econômica para além dos grandes bancos e das moedas oficiais? Jeová Torres e Ariádne Rigo atualmente pesquisam os bancos comunitários e solidários no Brasil, bem como suas moedas e formas de financiamento, e tem desenvolvido novas formas de avaliar o que é de fato "útil" e "eficaz" economicamente, para além dos padrões já estabelecidos. Para escutar o episódio na íntegra, você pode se tornar sócio-apoiador do Ateliê Clube: catarse.me/atelie_de_humanidades Apoie o Ateliê de Humanidades nos regimes Padrão, Premium e Sócio-leitor e receba quinzenalmente uma conversa com um dedo de prosa, um tanto de inteligência e um bocado de questões do momento. No segundo bloco, exclusivo para sócio-apoiadores, conversamos sobre os 50 anos do início da ditadura de Pinochet no Chile, completos na data de lançamento do episódio. Cristián Jimenez traz o assunto e nos conduz em uma conversa sobre memória, justiça e verdade. Excepcionalmente, não temos a surpresa na mesa nesse episódio. Vamos conversar? No Youtube: https://youtu.be/bs3GfPmCvjs O que é o Conversas de Ateliê? O Conversas de Ateliê, o novo programa do República de Ideias, podcast do Ateliê de Humanidades, faz o encontro dos nossos colaboradores com todos os que nos apoiam. Em cada episódio, temos uma conversa sobre um tema emergente do momento e uma questão de interesse geral, alternando nossas perspectivas em um diálogo intelectual, agradável e acessível. No final de cada programa, há uma Surpresa na Mesa. Um convidado trará algo (uma reflexão, poesia, música, obra de arte etc.) para nossa conversa, sem que saibamos o quê… Mais informações: https://ateliedehumanidades.com/2023/03/08/conversas-de-atelie-um-programa-do-republica-de-ideias/

    #104 Metamorfoses da Sociologia - Três lugares para a crise de legitimidade da ciência, com Renan Springer de Freitas #007

    Play Episode Listen Later Sep 6, 2023 66:47


    No sétimo episódio da série Metamorfoses da Sociologia, no podcast República de Ideias, conversamos com Renan Springer de Freitas (UFMG) sobre seu artigo "Três lugares para a crise de legitimidade da ciência", publicado em 2021 na revista Tempo Social. Lucas Faial Soneghet, André Magnelli e Felipe Maia participam do debate, conversando sobre as condições para que haja uma crise de legitimidade na ciência, o que constitui uma crise e se há, nos dias de hoje, indicadores de uma crise como essa. Renan Springer de Freitas identifica três lugares para a crise, dois fictícios e um real. Os dois primeiros residem nos escritos de filósofos que, embora bem intencionados, não indicam condições reais de uma crise de legitimidade. Esta só ocorreria em uma situação na qual a atividade científica é diretamente posta em dúvida, forçando cientistas a reavaliarem os princípios basilares de suas disciplinas, tal como na Alemanha da República de Weimar. Portanto, crise seria o momento em que nos veríamos diante de um momento crítico de decisão entre duas alternativas existenciais mutuamente excludentes. Tópicos discutidos: Ciência; Crise de legitimidade da ciência; Crises; Negacionismo No Youtube: https://youtu.be/LjJXhtq9RDE O que é Metamorfoses da Sociologia? O projeto Metamorfoses da Sociologia é apoiado pelo CNPq e tem como objetivo investigar como múltiplas experiências de crise contemporâneas se apresentam como objeto de reflexão teórica na sociologia. Pretendemos problematizar a sociologia como um conhecimento sobre crises, investigando transformações recentes nos processos de construção de teoria e formação de conceitos, que se dão como parte do esforço interpretativo de processos sociais, bem como de transformações na comunidade epistêmica dos sociólogos e nas condições de institucionalização do campo intelectual.

    #103 Conversas de Ateliê - A educação pode resolver os problemas do Brasil? #013

    Play Episode Listen Later Aug 28, 2023 43:36


    Seja bem-vindo ao Conversas de Ateliê! Na mesa temos Lucas Faial Soneghet, Michele Guerreiro, Bia Martins e André Magnelli. No primeiro bloco, aberto ao público, falamos sobre a questão: a educação pode resolver os problemas do Brasil? A máxima "o problema do Brasil é a educação" já tem força de senso comum. É verdade que mudanças nas instituições educacionais afetam as hierarquias e desigualdades históricas da nossa formação social. Também sabemos que, apesar de melhoras significativas, a educação no Brasil ainda tem um longo caminho pela frente. Será que a educação é realmente uma chave para as mazelas dessa nação? Para escutar o episódio na íntegra, você pode se tornar sócio-apoiador do Ateliê Clube: catarse.me/atelie_de_humanidades Apoie o Ateliê de Humanidades nos regimes Padrão, Premium e Sócio-leitor e receba quinzenalmente uma conversa com um dedo de prosa, um tanto de inteligência e um bocado de questões do momento. No segundo bloco, exclusivo para sócio-apoiadores, conversamos sobre duas notícias referentes aos impactos de parques de energia eólica. De um lado, as hélices construídas em Caetés, no agreste pernambucano, afetam a saúde de moradores do entorno. De outro, as onças pardas da Caatinga encontram seu ecossistema perturbado, o que prejudica as chances de sobrevivência de uma espécie já ameaçada. O que esses fenômenos dizem sobre a maneira que habitamos e construímos nosso ambiente comum? No terceiro bloco, também exclusivo, temos a surpresa na mesa trazida por André Magnelli, que traz a personagem Jeca Tatu, de Monteiro Lobato, para a discussão. Vamos conversar? No Youtube: https://youtu.be/rVOxPiR13lo O que é o Conversas de Ateliê? O Conversas de Ateliê, o novo programa do República de Ideias, podcast do Ateliê de Humanidades, faz o encontro dos nossos colaboradores com todos os que nos apoiam. Em cada episódio, temos uma conversa sobre um tema emergente do momento e uma questão de interesse geral, alternando nossas perspectivas em um diálogo intelectual, agradável e acessível. No final de cada programa, há uma Surpresa na Mesa. Um convidado trará algo (uma reflexão, poesia, música, obra de arte etc.) para nossa conversa, sem que saibamos o quê… Mais informações: https://ateliedehumanidades.com/2023/03/08/conversas-de-atelie-um-programa-do-republica-de-ideias/

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