Esse é um podcast voltado para informar a população sobre saúde: desmistificar a medicina e ligar a ciência de ponta com a público. Promovido pelo Dr. Marcelo de Lima Oliveira doutor pela Universidade de São Paulo e pelo Dr Edson Bor-Seng-Shu médico livre docente pela Universidade de São Paulo, neurocirurgiões e neurosonologistas.
Dr Marcelo Dratcu Médico formando pela Escola Paulista de Medicina, especializado em clinica médica e medicina comportamental, corpo clinico e docente do Instituto Albert EinsteinDr Edson Bor-Seng-Shu professor livre docente pelo departamento de neurologia do Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da USPDr Marcelo De Lima Oliveira doutor pelo departamento de neurologia do Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da USPA medicina comportamental tem como objetivo expandir o período de tempo com qualidade de vida, diferente de longevidade total. Desta forma os últimos anos ou por vezes décadas de vida tem que ser bem vividas. A abordagem da medicina para qualidade de vida por vezes é diferente da medicina convencional o que traz o conceito de medicina comportamental. Essa medicina adequa o comportamento do paciente para melhorar a adesão dos tratamentos e promover hábitos saudáveis e dessa forma, melhorar a eficiência dos tratamentos e prolongar a vida com qualidade.Atividade física é importante para saúde, porém poucas pessoas fazem atividade física regular e movimentam-se pouco durante o dia. Ao longo dos séculos o ser humano passou a movimentar-se menos por vários motivos. A medicina comportamental procura melhorar o hábito de movimentação, hábitos alimentares, adesão aos tratamentos e melhora do sono para que sejam saudáveis. Como traçar estratégias para mudança de comportamento para melhora da adesão aos tratamentos? O ideal seria o que é considerado tratamento mais científico seja colocado para o indivíduo de maneira viável para o paciente. Por exemplo, doenças crônicas como diabetes, hipertensão são doenças crônicas que poderão ocorrer para o resto da vida e essa informação pode assustar o paciente. Durante a consulta o médico deve ter empatia com o paciente para que ele crie um vinculo com o profissional e dessa forma entenda melhora que adesão do tratamento são decisões compartilhadas para que haja melhor adesão aos tratamentos e evitar sofrimentos desnecessários. Com essas regra de compartilhamento a maioria dos pacientes vão entender a aderir aos tratamentos. Algumas outras regras na comunicação com o paciente: 1) não julgar os hábitos do paciente, 2) observação e abordagem comportamental através de perguntas de conhecimento a respeito da doença e o que pode acontecer se não tratar, 3) compartilhamento da decisão, 4) adequar comportamento para ter resultados. A reestruturação cognitiva ensina o paciente a detectar pensamentos automáticos protetores e distorcidos por erros cognitivos. A medicina comportamental ajuda a detectar esses pensamentos e analizar se eles são benéficos ou não para que ele entenda a doença e tenha adesão ao tratamento. As diretrizes e protocolos populacionais na medicina são muito importantes, porém a individualização dos tratamentos para cada paciente é muito importante. Por exemplo, a farmacogenomica pode testar a resposta individual de cada paciente para cada tipo de medicação, como estudo do metabolismo individual de pacientes para substancias especificas. Importante ressaltar que cada paciente tem um comportamento diferente e a área comportamental na medicina contempla os diferentes comportamentos e reações dos pacientes. Por exemplo: atividade física faz parte do tratamento do paciente e o paciente vai aderir esse tratamento quando ele quiser. A medicina comportamental vai conhecer o paciente e os anseios do paciente a fim de convence-lo a adesão do tratamento através da atividade física, pois esse talvez seja o mais importante dos tratamentos das doenças crônicas. O desenvolvimento da musculatura através dos exercícios e movimento é fundamental para independência nas idades mais avançadas. A relação cosa quadril é tão importante quanto ao diâmetro abdominal para prever doenças e morbidade. Portanto, a medicina comportamental é essencial para convencer o paciente na adesão da prescrição a atividade física. #healthspam
Hoje a longevidade é determinada em 70% pelo comportamento ao invés de herança genética. A mudança de hábitos fez com que as pessoas se tornassem mais sedentárias e obesas. A obesidade é uma condição que aumenta a resistência a insulina e dessa forma é ligada diretamente com diabetes. Esse tipo de diabetes pode ter cura com modificações no comportamento. Portanto, o estilo de vida é fundamental para controle e cura do diabetes ligado à resistência à insulina. A ansiedade pode ser uma das palavras associadas à doenças crônicas com aumento do consumo de açúcar que é ligado a outras doenças como câncer, entre outras. O aumento do consumo de telas pode estar associado com redução da interação entre as pessoas, redução da cognição e imobilismo. Hoje o sedentarismo mata mais do que o tabagismo. Hoje há evidencias de que pessoas que caminham mais, levantam-se mais no escritórios ou locais de trabalho, reduzem o risco de morte. O sedentário quando começando a praticar alguns minutos de atividade física diário reduz o drasticamente seu risco de vida. Fragilidade e sarcopenia fazem parte do circulo vicioso do imobilismo e dessa forma, aumentam a probabilidade de morte. Ao longo da vida aprendemos a modificar a nossa alimentação e o corpo mostra essas mudanças ao longo da vida. Após os 60 anos precisamos cuidar dos músculos, pois pode haver redução da massa muscular natural ou acelerada. A perda acelerada esta associada à estilo de vida inadequado, sedentarismo e alimentação deficiente em proteínas e excesso de carboidratos. O consumo de vegetais é importante por serem alimentos de baixa densidade calórica com boa fonte de fibras para modular flora intestinal que melhora absorção de micronutrientes, regula a glicose, etc...O vegetariano tem menos peso em geral do que aqueles que comem carne e também tem níveis pressóricos mais baixos. Os vegetarianos que consomem peixe tem uma pequena vantagem daqueles que são estritamente vegetarianos. A dieta vegetariana não chega ao nível proteico daqueles que consomem carne: é considerado adequado 64 g de proteína por dia, porém, o vegetariano e vegano não alcançam este consumo. Mas, mesmo assim veganos e vegetarianos são saudáveis a despeito de consumir menos proteína. Ao longo do tempo o envelhecimento pode ser ruim por sarcopenia, daí a importância de estudar os músculos dessa população. Ser vegetariano reduz risco de acidente vascular cerebral e infarto do coração, portanto escapam das duas maiores causas de morte na população. Além disso, vegetarianismo reduz causa de cancer. Importante ressaltar que existem vegetarianos saudáveis e não saudáveis: os não saudáveis são os que abrem pacotes, ou seja, consumem muitos alimentos processados.Soja é o grão com maior concentração de proteínas, que pode ser encontrada em natura ou proteína vegetal pasteurizada. A biodisponibidade é menor do que a carne, porém é uma boa fonte de proteínas. Manter cuidados com os músculos exige associação entre consumo de proteína e atividade física. Para os vegetarianos: brocolis, espinafre, feijão, aveia, são fontes de proteínas que podem compor com húmus, pasta de tofu, pães, ovo, leite, etc... quando necessário pode fazer boost proteico. Os vegetais também podem ser adicionados no café da manha. O consumo de refrigerantes que contem açúcar adicionado o risco de se tornar um idoso frágil aumenta em 3 vezes. Trabalhadores noturnos são 6. kg mais pesados em relação aos que trabalham de dia pq as escolhas alimentares podem relação com hormônios associados ao ciclo circadiano, como por exemplo cortisol. Além disso a privação de sono pode modular as escolhas alimentares como aumento no consumo de doces. Humor e ansiedade também tem muita influência na modulação da escolha alimentar.
O que acontece com o corpo se ficar sem movimento. Mas, para otimizar os benefícios do movimento este deve ser consciente. O movimento feito de maneira consciente eu melhoro a eficácia e o resultado final do movimento. O ser humano precisa de ação, movimento o que ajuda o ser humano a tomar decisões pessoas, a ter relacionamentos entre outras ações.Segundo pesquisas recentes, 35% da pppulação é considerada sedentária. Para estimular as pessoas a abandonar o sedentarismo é identificar a razão pela qual ela não gosta de atividade física. Em segundo lugar incentivar as pessoas a fazerem a atividade física que gostem. Em terceiro lugar é o educador físico individualizar a atividade física adequada para cada pessoa. Além disso é necessário saber qual o objetivo de quem pratica o movimento consciente.Existe um estudo que mostra aumento da expectava de vida em media de 5 anos para mulheres e 7 anos para homens. Como as pessoas querem chegar nessa idade? A maioria quer estar independente. No Brasil a dependência no fim da vida é em média 7 anos, na Coreia do Sul, por exemplo é de 2 anos. Por isso o trabalho multidisciplinar na atividade física é importante para reduzir anos de dependência no fim da vida.Na doença de Parkinson o movimento melhora a eficácia da medicação. Esse transtorno do movimento é tratado com movimento. Pacientes que fazem atividade física e submetendo-te-se a cirurgia bariátrica tem recuperação cirurgia mais rápida do que aqueles que são sedentários. É importante perder peso após a cirurgia bariátrica, porém, com atividade física a redução do peso ocorre com qualidade. Além disso, o movimento ajuda a manter músculos e ossos íntegros, ajuda a manter metabolismo do corpo adequada, manter as vias de cognição e equilíbrio íntegras. Durante o movimento os espaços devem ser explorados e dessa forma desenvolvimento-se noção do espaço (propriocepçao), equilíbrio e cognição. Na época da vida quando estamos em desenvolvimento (12 a 16 anos) deve-se praticar esforço com muita repetição, pouca carga sem preocupação com a estética. Hipertrofia muscular pode atrapalhar futuros movimentos que poderiam surgir no futuro por inflexibilidade. Nessa idade é preciso pular, jogar bola, girar e explorar o máximo de movimentos possíveis de maneira natura: não pode haver sedentarismo nessa idade. Após os 30 anos entramos no processo degenerativo. Há redução do metabolismo, perda de massa muscular e aumento da porcentagem de gordura. Isso exige aviação física para ser a situação do paciente e ser onde pode-se chegar com atividade física. A obesidade acelera perda de massa muscular. A partir de 30 anos a musculação é importante, Cross fit, pilates para ganhar ou manter a massa muscular. Setenta por cento do treinamento de força e 30 por cento cardio vascular seria o recomendado. Para os idosos normais é importante trabalhar o equilíbrio para melhorar a propriocepçao, trabalhos coordenativos, experimentar novos movimentos e trabalhos funcionais (exercício de sentar e levantar de uma cadeira, deitar e levantar da cama). Algumas academias ensinam artes marciais para velhinhos acima de 50 anos para aprender a cair. Trabalhar grandes grupos musculares do quadril, das pernas da resultados mais rápidos para força do idoso. O trabalho da propricepçao é feito com movimentos novos para criar consciência corporal a fim de desenvolver realços facilidades de defesas numa queda, andar com melhora equilíbrio, etc… Importante ressaltar que é possível ganhar massa muscular após 50 anos, de maneira mais lenta, porém é possível. A suplementação alimentar e repouso é importante para melhorar a massa muscular. A OMS recorrente de 170 a 300 minutos por semana de atividade fisica moderada ou 150 minutos de atividade intensa. Atividade moderada é uma caminhada leve por 30 minutos. Atividade moderada é aquela que mantem o batimento cardíaca acima de 60% em repouso.#educadorfisico #movimentoconsciente #movimento #educaçãofísica
Síndrome Parkinsoniana ou parkinsonismo é o conjunto de sinais e sintomas caracterizada por lentidão dos movimentos, rigidez muscular plástica e de roda denteada, tremor principalmente de repouso e instabilidade postural. Para ser caracterizada há necessidade de bradicinesia mais um dos sintomas citados. Parkinsonismo é um conjunto de sinais de sintomas cuja principal causa é a Doença de Parkinson, por isso é chamado de parkinsonismo típico. Outras doenças podem causar o parkinsonismo mais outros sintomas além do parkinsonismo e por isso são chamadas de parkinsonismo atípico. Essas são doenças raras e pouco prevalentes. As doenças mais comuns com parkinsonismo atípico por ordem são: 1) paralisia supra nuclear progressiva, 2) atrofia de múltiplos sistemas e 3) degeneração cortiço basal. A demência de corpos de Levy ainda há duvidas na ciência se é uma forma de Doença de Parkinson ou parkinsonismo atípico. Quedas precoces na síndrome parkinsoniana pode indicar um parkinsonismo atípico. Além disso, desequilíbrio grave (síndrome cerebelar), disautonomia precoce como incontinência urinaria, retenção urinaria, hipotensão postural, demência precoce, disfunção erétil antes do 60 anos, uso de cadeira de rodas nos primeiros cinco anos, entre outros. Na degeneração cortico basal é a condição mais rara dos parkinsonismos atípicos. É uma doença assimétrica o que faz confundir com a doença de Parkinson, porém podem aparecer distonias (posturas de torção anormais) e mioclonias (espasmos musculares). Além disso apresentam outras autereções cognitivas como apraxias como funções que ele sabia fazer antes e não conseguem mais fazer como escovar os dentes, manusear uma chave. A degeneração cortico basal é o diagnostico relacionado à presença da proteína Tao. Mas também existem doenças que imitam essa síndrome como por exemplo algumas formas de doença de Alzheimer (25% dos casos). Paralisia supranuclear progressiva (PSP) é a mais frequente no parkinsonismo atípico. A instabilidade postural é precoce (nos primeiros 2 anos) com perda dos reflexos posturais e cai em geral para trás. Os parkinsonismo é simétrico e além disso, tem dificuldades para direcionar o olhar, primeiro para baixo e posteriormente olhar para cima; a principal queixa é a visão dupla. A forma P parece muito com a doença de Parkinson e pode melhorar com medicação e com o tempo parar de responder a medicação e com aparecimento dos sintomas da PSP. Atrofia de múltiplos sistemas (AMS) está no mesmo grupo da doença de Parkinson em termos patológicos (sinucleínopatias). É caracterizada por uma tríade: Parkinsonismo com alterações do cerebelo (ataxia cerebelar) e alterações do sistema nervos autônomo. Tem a forma P muito parecida com doença de Parkinson (é a doença que mais confunde com doença de Parkinson), porém, precocemente paciente tem dificuldade de controlar a urina, disfunção erétil e quedas da pressão. Na AMS forma C tem alterações cerebelares precoces. Ressonância magnética pode ajudar a caracterizar essas doenças. Na atrofia de múltiplos sistemas pode ter o “sinal da cruz” por alterações da ponte. Alterações do Putamen também podem estar associadas a AMS. O aumento da deposição de ferro na região dos núcleos da base estão mais frequentes no parkinsonismo atípico e não ocorre na doença de Parkinson. Na PSP ocorre o sinal do beija flor causado pela atrofia do mesencéfalo. Na degeneração cortico basal pode acontecer atrofia assimétrica do cerebro. A ultrassonografia transcraniana também pode ajudar no diagnostico diferencial da doença de parkinson e do Parkinsonismo atípico. O tratamento multidisciplinar com fonoaudiologia, fisioterapia, educador físico é essencial na síndrome parkinsoniano atípica. A levodopa pode ajudar porém não é significativa como na doença de Parkinson. Outros tratamentos como por exemplo para disautonmia, incontinência urinária são importantes para melhorar a qualidade de vida do paciente. #parkinson #parkinsonism
Dr Romulo Barale, psicólogo doutor pela Universidade de Basilia Romulo é psicólogo e com 29 anos começou com tremor na mão esquerda e logo teve o diagnóstico da doença de Parkinson. O tremor atrapalhava muito no seu trabalho. Logo que ele voltou para o doutorado passou por uma junta médica para redução da carga de trabalho e um dos médicos da junta falou que ele deveria priorizar para estudar psicologia para ajuda-lo e ajudar os pacientes. Desde então ele começou a ler mais a fim de aprender e a lidar melhor com a doença especialmente no estado off, o que tornou o seu estado off mais brando. Passou a usar a psicologia para sua vida. Sentiu-se limitado na socialização com as pessoas especialmente nas festas que gostava de frequentar. Pensou: estou com Parkinson, mas não posso limitar minhas relações. Daí surgiu o lema: “vou tremendo, mas vou”! Nessa festa ele conheceu sua esposa Bruna. Bruna reparou que Romulo tinha doença de Parkinson, porque seu avô tinha a doença. Ele falou a ela que tinha a doença e perguntou se havia algum problema: ela disse que isso era um detalhe. O principal objetivo desse método “vou tremendo, mas vou” é devolver ao paciente parkinsoniano o prazer de fazer as mesmas coisas que fazia antes no dia a dia. Infelizmente o paciente com Parkinson tende a isolar-se pela depressão ou pela vergonha a doença. O terapeuta tem que reformatar 3 crenças: desamparo, desamor e desvalor. Se essas crenças não forem trabalhadas a paciente irá ter um prognóstico pior. O enfrentamento do dia a dia deve ser positivo auxiliado por técnicas de respiração, autocontrole e autoconhecimento. Além disso, deve-se focar os aspectos positivos da vida. Dessa forma, treinando habilidades o período off será mais ameno, ou seja, o paciente torna-se advogado da doença. Importante ressaltar que há uma diferença grande entre comparação e inspiração. O paciente com Parkinson deve inspirar-se em bons exemplos para poder socializar-se e refutar a comparação. Importante ressaltar que ansiedade e pessimismo contagiam, portanto, deve-se tentar usar a positividade para amenizar os sintomas do paciente. Não há nível de evidencia de que a psicoterapia melhora ou ameniza a doença de Parkinson por dificuldades metodológicas para desenho dos artigos, porém a terapia cognitiva comportamental mostrou-se eficaz com evidencias científicas para tratar os sintomas não motores da doença de Parkinson. É certo que futuramente o tratamento psicológico mostrará eficácia no tratamento da doença. Importante ressaltar que a psicoeducação na doença de Parkinson é personalizada respeitando a individualidade dos pacientes. O resgate das qualidades que o paciente tinha antes da doença é fundamental para melhora o enfrentamento da doença, para estimular o pensamento positivo e para enfatizar as qualidades dos paciente. Existem coisas muito positivas nos pacientes além da doença. Os oito principios do vou tremendo mais vou: 1) a dor é inevitável, permanecer nela é opcional, 2) não existe mente forte que habita um corpo fraco, ou seja, medicar-se adequadamente e praticar exercícios físicos é fundamental para o enfrentamento da doença, 3) ficar bem é uma busca diária constante, 4) reclamar me faz parar e esperar que alguém me atenda um pedido, 5) o desconforto é um caminho para evolução, 6) todo sofrimento esconde alguma oportunidade, 7) vaidade não é arrogância, é oportunidade de voce lidar com a autoestima e a saúde mental, 8) ações tem que guiar seu dia a dia. É importante também informar a familia para melhorar a comunicação com o paciente e vice versa. O paciente também precisa aprender a comunicar de maneira adequada para familia e amigos a respeito da sua doença. O tratamento psicológico só funcionará com tratamento médico adequado com remédios, atividade física e cirurgia se necessário. A medicação te dá estabilidade, porém, paciente deve ter um propósito e objetivo de vida. #psicoterapia #doençadeparkinson #psicologiapositiva
A sigla TDH é a sigla usada para transtorno do déficit de atenção / hiperatividade. Existem tres tipos de apresentação do déficit de atenção: 1) predominância desatenta onde o déficit de atenção é predominante, 2) predominância da hiperatividade e 3) apresentação mista com hiperatividade e déficit de atenção. O TDH é um transtorno do neurdesenvolvimento onde condições crônicas em que há fatores genéticos e ambientais que levam a um processo anormal do desenvolvimento do cerebro no utero e primeiros anos de vida levando a repercussões cognitivas e emocionais com impacto negativo na sua vida. Há algumas doenças neste grupo como autismo, dislexia, discauculia, tic e TDH que é o mais prevalente na população (5 a 7% da população). As causas podem ser genéticas em ambientais. O principal fator ambiental são as telas (celulares). Infelizmente os streamings aumentam o consumo de telas e os celulares potencializam este consumo pq as crianças podem assistir a programação de qualquer lugar. Há estudos que mostram alterações de substancias branca, mielina e tractos em crianças com consumo excessivo de telas. Essas crianças podem ter alteração da linguagem, pobreza semântica, redução de QI e dificuldade na atenção. Essa redução na atenção levou a um aumento importante no consumo de vídeos curtos nas redes sociais. Além disso, a criança pode perder a chance de praticar movimentos importantes para desenvolvimento do prorpriocepção, coordenção motora pela falta de atividade física. A média de consumo de tela nos EUA é de 8h. A recomendação é que até dois anos de idade não se consuma tela, no pré escolar no máximo 1h por dia, no escolar 2h por dia e no adolescente 3h por dia. A sociedade tem que rediscutir o tempo gasto diariamente na tela dos celulares. A educação muito permissiva, privação de sono também podem ser causas ambientais de TDH. O TDH tem base genética com 76% de herditariedade. O uso de álcool, cigarro na gestação e prematuridade no nascimento aumentam as chances de TDH. Um TDH não tratado pode ter riscos em diferentes ambientes. Podem ter fracasso escolar, subemprego, divorcio, gravidez precoce, frustração e baixa autoestima, entre outros eventos. Uma criança com TDH leve no início da doença pode até acompanhar outras crianças com desempenho escolar razoável mesmo se não medicada. Porém, a medida que o nível de dificuldade aumenta haverá sérias dificuldades para manter o desempenho escolar adequado. As crianças com TDH mais acentuado certamente terão desempenho escolar totalmente comprometido. Por isso o diagnóstico precoce é importante para evitar o baixo desempenho escolar. O diagnóstico é clinico e pode ser feito na consulta com médico especialista e testes psicológicos se necessário. Esse diagnóstico vem de dados da anamnese (história do paciente) baseados nos critérios do DSN5. Importante observar características de autismo. Existem 9 critérios de atenção e 9 critérios de hiperatividade e impulsividade e conforme o preenchimento desses critérios os paciente será classificado nas tres formas de TDH. Além disso, a ansiedade, depressão, esquizofrenia, deficiência intelectual leve, transtorno do humor bipolar em criança, hipersexualizaçao precoce, diagnóstico de transtorno bipolar na familia, uso de tela com privação de sono, hipotireoidismo, devem ser descartadas. Mesmo havendo critérios para o diagnóstico deve haver impacto prejudicial na vida do indivíduo para diagnostico e tratamento. Não há marcador biológico para esta doença como achados em tomografia, ressonância ou em outros exames. O remédio é fundamental para tratar os pacientes com TDH, ou seja, a medicação melhora totalmente os sintomas dessa doença. TDH é o único transtorno do desenvolvimento que melhora completamente com medicação. Os melhores remédios para tratamento são os estimulantes (Ritalina e Venvance). #transtornododéficitdeatençãoehiperatividade
Zuleica Menezes pedagoga especializada na educação de autistas @menezes_zuleica Zuleica Menezes professora, mãe de autista cuja vida mudou em função do seu filho. Ella tinha um estereótipo de autismo daquela criança que ficava balançando sozinha. Aos 8 meses seu filho dava alguns sinais de que era diferente: gostava de ficar sozinho, enfileirava carrinhos, entre outras coisas. Na igreja isolava-se no grupo de crianças. Notava também que quando as rotinas eram quebradas seu filho ficava muito irritado. Para dormir precisava de seguir uma rotina. Além disso, demorou para falar e para andar. Tinha muita sensibilidade ao barulho e ao toque. Apesar de apresentar vários comportamentos diferentes de uma criança normal, a família “normalizou” esse comportamento e, dessa foram houve demora para fazer o diagnóstico. Quando entrou na escola tinha dificuldades de entrosamento com os colegas. Primeiro Zuleica procurou psicólogos quando seu filho tinha 3 anos de idade, porém não conseguiu êxito no diagnóstico. Muitas vezes a culpa do comportamento do seu filho era atribuída a ela. Quando ele tinha 5 anos descobriu uma pesquisa no Hospital das Clinicas sobre TDH. Ela inscreveu seu filho nessa pesquisa e lá deram o diagnóstico de autismo. A partir dali sua vida mudou. Tornou-se pedagoga especializada na educação de autistas. Hoje trabalha para orientar pais de autistas, promover e melhorar a inclusão dos autistas nas escolas. #autismo #tea
O transtorno do espectro autista tem como maior causa a genética. Outras causa podem estar associadas como nascimento prematuro, anóxia neonatal, trauma de cranio, meningite, uso de alguns remédios na gestação, pais com idade acima de 50 anos, entre outros. Importante ressaltar que não há relação de vacinas com autismo. Transtorno do espectro autista (TEA) é um termo usado para ajuntar todos os tipos de autismo desde casos leves até casos mais graves. No passado poucos diagnósticos eram feitos pelo desconhecimento dos médicos e da população a respeito da doença. A incidência aumentou em decorrência a melhora de conhecimento dos profissionais e maior acesso das pessoas ao tratamento (1 caso para 36 habitantes). Sinais de alerta: quando a criança mama e não olha no olho da mãe, crianças que nao querem muito colo, crianças com um ano e dois meses não batem palma e não apontam o dedo, mania de enfileirar carrinhos e outros objetos, fixação em objetos que rodam, estereotipais como flapping, rodando em volta de si mesmo ou ao redor da mesa, brigam isoladamente, tem atraso de fala e desinteresse na comunicação não verbal. A criança pode ser hiper ou hipo sensível, mas no geral tem hipersensibilidade e muitos tem aversão a abraços ou a determinadas roupas. Muitos andam na ponta dos pés de devem ser trabalhados para evitar rigidez no tendão de aquiles. Alguns se escondem debaixo da mesa por aversão às pessoas. As crises de birra são mais frequentes, mas exageradas e por qualquer motivo. Os distúrbios do sono e enxaqueca são mais frequentes no autista. Cerca de 32% dos autistas tem deficiência intelectual. 1/3 das crianças que tem um bom desenvolvimento até 3 anos de idade podem ter regressão. A principal comodidade é o TDH (transtorno de déficit de atenção) que pode ocorrer em 50% das crianças. Importante ressaltar que crianças mais velhas podem desenvolver agitação, deficit de atenção e ter TEA e não TDH o que pode retardar o diagnóstico e dessa forma comprometer o desenvolvimento da criança. Alguns tem transtorno obsessivo compulsivo, ansiedade, depressão e a incidência de suicídio é 28% maior do que na população. em geral. Muitos tem problemas com a teoria da mente, ou seja, só conseguem conversar assuntos que eles interessam. O mais importante é fazer o diagnóstico precoce para estimulação com alguns métodos como o ABA. A estimulação precoce vai minimizar os sintomas através da plasticidade cerebral. A classificação é um, dois e tres, ou seja, grave, moderado e leve. O CID classifica TEA com ou deficiência intelectual. Porém, há dificuldades para classificar crianças menores que 5 anos de idade. 80% dos adultos jovens moram com os pais. O diagnóstico é basicamente clinico. O exame genético pode ser requisitado porém, não é essencial. O acompanhamento sequencial do paciente é importante para confirmação diagnóstica. O tratamento requer alguns remédios para aliviar os sintomas do paciente como insônia, depressão, transtorno bipolar, TDHA. Não há remédio específico para cura do Autismo. O principal tratamento é a analise aplicada do comportamento (DENVER e ABA). O ideal na educação é que as escolas normais façam adaptação para crianças com TEA e que elas tenham atendentes terapêuticos a fim de cuidar especificamente da criança. A visão da escola é tentar agrupar a criança, pois a tendencia do TEA é ficar isolado. A educação do professores para aprender a reconhecer e a lidar com essas crianças é importante. Existem alguns grupos de apoio, porém poucos são efetivos para os pacientes. Alguns vídeos educacionais são importantes para população e para os pais de crianças com TEA, especialmente os que não tem condições para terapia. A educação nas escolas para inserção das crianças e empresas também é importante, principalmente aqueles que conseguem lidar ou não com o público. Boa parte dos pacientes com TEA podem ter stress pós traumático no trabalho. #autismo #transtornodoespectroautista
Dr Edson José Boccardo Médico Infectologista Hospital Emílio Ribas A história do HIV iniciou-se em 1978 com alguns casos no Haiti e na África. O vírus foi isolado em 1983 por um cientista francês. Porém, o primeiro relato surgiu com um caso de pneumonia diferente, pneumocistose em 1990. Outos casos de doenças atípicas surgiram como sarcoma de Kaposi. Estudando estes casos demonstraram que a imunidade desses pacientes era muito baixa. Percebeu-se que a população com este vírus era predominante entre homossexuais, pessoas que recebiam transfusão de sangue e usuários de drogas. Pessoas com AIDS (doença associada ao HIV) era fatal em praticamente todos os casos, pois as células do corpo para combate à infecção eram todas atingidas deixando o corpo suscetível a infecções raras que eram fatais para os pacientes. O principal mecanismo de transmissão é a relação sexual, ainda transfusão de sangue apesar de mais raros, e compartilhamento de seringas no uso de drogas injetáveis. Importante ressaltar que atualmente a relação heterossexual é a predominante na transmissão do HIV. Infelizmente a maioria da população jovem não utiliza mais o preservativo para ter relações e a incidência não só da AIDS, como sifilis, hepatites, entre outras infeções, aumentou muito. As novas medicações são muito eficientes e com menos numero de compridos e algumas medicações são injetáveis e podem tomar a medicação uma vez ao mês. A chance de desenvolvimento da doença com essas medicações é muito baixa. O tratamento pós exposição é para pacientes que se descuidaram durante a relação, sem preservativo, com pessoas desconhecidas, etc. Primeiro faz-se o teste rápido em até 72 horas, se for negativo, faz-se a medicação (o coquetel) por 28 dias para impedir a entrada do vírus na célula. Esse tratamento reduz a chance de infecção em mais de 90%. O prep é mais recente, utilizado na pessoa que tem comportamento de risco ou o parceiro: essa pessoa toma medicação para evitar contrair a doença, porém o tratamento é mais longo. Importante ressaltar que esses tratamentos não previnem as outras infecções sexualmente transmissíveis. Alguns pacientes são chamados de “controlador de elite” que é positivo, porém com carga viral baixa ou praticamente zero e não desenvolve a doença. Esses pacientes, que são raros, não necessitam de tratamento. O rastreio das infecções sexualmente transmissíveis deve fazer parte do check up inclusive para HIV pelo menos uma vez ao ano. As técnicas de rastreio para HIV estão muito refinadas e são capazes de detectar baixas quantidades de vírus. As hepatites B e C também são doenças sexualmente transmissíveis. A hepatite B foi primeira hepatite identificada e pode ser transmitida pelas relações sexuais, transfusão e compartilhamento de seringas. Além disso, a hepatite B pode ser transmitida em acidentes com agulhas, uso de alicates, tatuagens, barbeadores, etc.. em 20%, pois o vírus vive muito tempo em superfícies (20% de chance de transmissão). 90% de quem contrai desenvolve anticorpos e eliminam o vírus. Os outros 10 % podem ter cronificação da doença e desenvolver câncer de fígado ou cirrose: as hepatites são as principais causas de cirrose no Brasil. O paciente pode ficar assintomático até 6 meses e o paciente não sabe, podendo transmitir a doença. Após 20 anos pode apresentar alterações hepáticas. Atualmente as novas medicações tem menos efeitos colaterais com maior poder de cura; um comprimido por dia por 12 semanas com redução significativa da carga viral em 98% dos casos. A hepatite B pode ser previnida com vacina. O mecanismo de contágio de hepatite C é a mesmo da B. A chance de cronificação dessa doença é de 70% e também pode causar cirrose e câncer de fígado. Essa doença não tem vacina, porém o tratamento eficaz reduz a carga viral em 2 meses. #aids #hepatite
Dr Herculano Duarte Ramos médico dermatologista HCFMUSP e coordenador dos estágios em IST para médicos residentes no CRT DST - AIDS Prof Dr Edson Bor-Seng-Shu, professor liver docente HCFMUSP Dr Marcelo de Lima Oliveira, doutor pelo departamento de Neurologia HCFMUSP Infecções sexualmente transmissíveis (IST) são aquelas que tem a via de transmissão predominantemente pelo ato sexual. Importante ressaltar que que além do contato sexual, muitas vezes nas preliminares a doença pode ser transmitida e algumas vezes até o beijo pode transmitir um IST como por exemplo a sífilis. Qualquer indivíduo que tenha relação sexual pode encontrar no seu parceiro alguma IST que não manifesta sintomas. Porém, existem grupos onde a incidência aumenta muito como ter relações com múltiplos parceiros e não se protegem na relação, ou seja, tem comportamento de risco. Drogas associadas ao sexo, incluindo bebidas alcóolicas, potencializam o risco para contrair ISTs. O sexo anal é uma atividade sexual de maior risco em decorrência dos pequenos traumas durante a relação. Em dez anos houve aumento de 780% da incidência de sífilis. Na idade média era uma doença grave em decorrência de não haver antibióticos para o tratamento. Dois fatores provocaram o aumento dessa doença: 1) pela redução na proteção da relação sexual e 2) pela redução acentuada no auge do HIV e não se falar mais na doença. Com a melhora no tratamento do HIV e medicações que previnem o HIV as pessoas deixaram de protegerem-se em relações o que aumentou a incidência de sífilis e outras doenças sexualmente transmissíveis. Quando as pessoas entram em contato com o Treponema (bactéria que causa a Siflis) 1/3 se infecta. A sifilis evolui em estágios: 1) a lesão inicial ou cancro duro, indolor, aparece de 10 a 90 dias após o contato. Importante que nesta fase o risco de contrair outras ISTs aumenta em decorrência da lesão da pele. O médico deve ser procurado já nesta fase para diagnóstico e tratamento. 2) Após essa fase os sintomas sistêmicos como dor no corpo, dor de garaganta, lesões em toda pele, entre outros sintomas; nesta fase a doença ainda é transmissível. Ela também “desaparece” espontaneamente sem tratamento; 1/3 pode se curar espontaneamente e o restante pode evoluir para sífilis terciária. Na sifilis terciária pode causar vários sintomas neurológicos como AVCi em decorrência a inflamação das artérias cerebrais, declínio cognitivo, demência, alterações e humor, delírio, perda auditiva, perda visual, inflamação na medula espinhal e crise epiléptica. Na gestação e importante fazer o rastreio de sífilis porque a detecção precoce pode evitar a transmissão da doença da mãe para o feto. Se não tratada a criança pode nascer com sifilis com taxa de mortalidade de 40%. A sífilis latente, ou seja, uma doença não detectada, sem lesões, onde a doença é só detectada pelo exame de sangue (VDRL), pode manifestar-se tardiamente perante a uma redução da imunidade do paciente com diabetes, uso de corticóide, entre outras. A gonorréia e a clamídia são as maiores causas de corrimento uretral, corrimento do colo do útero e corrimento anal. A dor pélvica e dor nas relações sexuais são sintomas importantes também. Diante desses sintomas o tratamento ja deve ser instituído a fim de evitar complicações como esterilidade. HPV é um vírus que causa infecção assintomática e quando provoca sintomas causam o condiloma no penis e na vagina. O tratamento da verruga não elimina a chance de transmissão. Essas lesões são as principais causas de cancer de colo de utero, boca, anus e também podem causar cancer de laringe e faringe. A vacina para HPV pode prevenir a ocorrência dessas feridas e prevenir o cancer. O centros de referencia são importantes para que pessoas com suspeita de ISTs possam ter acesso rápido ao serviço de saúde para rastreio, diagnóstico e tratamento dessas doenças. O tratamento em geral é simples com tratamento simples. #sifilis #gonorrhea #hpviral
O cérebro funciona com uma empresa com diferentes departamentos conectados entre si. Existe uma área especifica para linguagem no cérebro. A informação recebida que pode ser tátil, sonora ou visual é recebida na região temporal, processada, entendida e encaminhada para região anterior do cérebro para planejamento da resposta adequada, ou seja, reposta em linguagem coerente pela fala, escrita ou pela expressão corporal num tempo adequado. Parte importante da resposta é a expressão e a intonação da voz. A gramática é fundamental na comunicação escrita para que a resposta tenha sentido em expressar o que se quer falar. A linguagem pode ser avaliada pelo neurologista. O primeiro pre requisito é a fluência na comunicação, ou seja, quantas palavras a pessoa fala por minuto. Em seguida a nomeação de objetos ou outras coisas corriqueiras é avaliada. A capacidade de nomeação é uma das primeiras funções a serem afetadas em algumas doenças neurológicas. Depois, avalia-se a compreensão do paciente a frases ditas a ele. Dessa forma pode-se identificar a localização do cérebro que esta afetada no distúrbio de linguagem. Paciente com lesão na região posterior do cérebro não conseguem entender os estímulos que são dados para ele e lesões na região anterior do cérebro o paciente tem dificuldade de se expressar com lentidão para falar e achar as palavras adequadas. Algumas pessoas podem ter dificuldade natural para nomear pessoas e alguns objetos, porém a curva de esquecimento é bem mais lenta do que pacientes com comprometimento neurológico. Esse esquecimento natural não gera prejuízos na vida social ou no trabalho do paciente. Essas situações "naturais" podem piorar com o stress, falta de sono, ansiedade, depressão (pseudodemencia), climatério, gestação, entre outras causas. Isso é muito comum na sociedade de alto desempenho. Por vezes uma dica ou "pista" evoca ao resgate da informação que esta armazenada em alguma região do cerebro o que pode indicar esquecimento fisiológico dos dados. A insônia ê uma das principais causas de esquecimento e distúrbios de linguagem. Outra patologia muito importante é a apnéia do sono onde não há sono restaurador. Portanto, insônia, depressão, sedentarismo, anemia, surdez, catarata, sifilis, HIV, deficiência de vitamina B12, hipotireoidismo, hidrocefalia, tumor cerebral, hematomas cerebrais, devem ser investigadas num disturbio de linguagem. Todas essas causas podem ser reversíveis nos distúrbios de linguagem. Importante ressaltar que contato social é fundamental para evitar disturbios de linguagem e cognitivos. A perda súbita da capacidade de comunicação com disturbio de linguagem pode estar associada ao derrame cerebral isquêmico ou hemorrágico e deve ser tratado o mais rápido possível, portanto, nesses casos o paciente deve ir ao hospital urgente mesmo que haja melhora dessa condição. As crises convulsivas e enxaquecas também podem causar perda súbita da capacidade de comunicação. A perda gradual, porém precoce, dos distúrbios de linguagem podem estar associadas a deposição de proteínas em diferentes áreas do cerebro que causam afasias primárias progressivas. Uma delas reduz a capacidade de falar com anomia que pode estar associada à doença de Alzheimer com apresentação atípica. Outra variante é a semântica onde o paciente desconhece um objeto (região temporal) que pode estar associada a demência fronto temporal. Esses pacientes podem ter distúrbios de comportamento com desinibição, piadas adequadas, agressividade, apatia. Outra variante é na gramática onde a pessoa que escrevia bem comete erros gramáticos que pode estar associada à afasia primária progressiva. Os exames neurofuncionais (PET FDG) podem identificar redução metabólica em algumas áreas especificas no cerebro que podem estar associados a algumas demências. Os biomarcadores podem ser identificados em exames de imagem na doença de Alzheimer. #afasia #demencia
Cuidado paliativo, também conhecido como medicina de suporte, é uma forma de cuidar que pode ser integrada com tratamentos modificadores de doença. É um cuidado humanizado que foca no conforto do paciente e da familia. Geralmente esses pacientes encontram-se no limite da vida. Associa a melhora pratica de evidencia da medicina associada a individualidade do paciente. Foca na visão integral do paciente e foca na redução do sofrimento do paciente. Importante ressaltar que o cuidado paliativo trabalha num modelo paralelo para dar suporte em tratamentos em qualquer doença que requer tratamentos prolongados com muitos efeitos colaterais, mesmo que haja possibilidade de cura. Importante estudo publicado mostrou que os cuidados paliativos são uteis e importantes no momento do diagnostico de doença grave que ameaça a vida. O tratamento paliativo ajuda no enfrentamento da doença cronica pelo paciente e pela familia. O foco principal da paliação e para manter qualidade de vida na vigência de doenças graves. As ferramentas de avaliação é multidisciplinar identificando o comportamento do paciente no passado e identificação de problemas associados ao sofrimento no futuro; conhecer o paciente e importante para criar vinculo e dar tratamento adequado para evitar sofrimento. Dessa forma pode-se evitar falta de tratamento ou excesso de tratamento que prolongue a sobrevida artificialmente de maneira desnecessária. O modelo da medicina no século XX passou por revolução biotecnológica com foco em cura. É um excelente modelo para doenças agudas, porém para pacientes crônicos é questionável por prolongarão da vida com sofrimento. Este cenário resgatou a necessidade de oferecer apoio biopisicosocial para que o paciente não sofra durante tratamento de doenças incuráveis. A medicina paliativa olha para dor muito além da dor tecidual olhando para sofrimento do paciente. Hospital San Cristopher no Reino Unido foi o primeiro hospital que recebeu pacientes terminais de cancer e ofereceu apoio ao paciente, familia e especialmente no tratamento da dor para que estes pudessem morrer com dignidade. Existem ferramentas que, através de questionários, podem identificar pacientes com necessidade de cuidados paliativos. Esses questionários tem indicadores gerais da saude do paciente e especificos que mostram doenças como cancer, doenças cardíacas e neurológicas (demências e ELA entre outras doenças degenerativas). Pacientes com degeneração crônica de alguns órgãos como fígado, rins, pulmão e coração também podem ser indicados para receber tratamento paliativo. Quando o tratamento paliativo é agregado a essas doenças o cuidado sera para o paciente, familia e as equipes de tratamento da doença. Importante ressaltar que as pequenas coisas que fazem diferença para conforto do paciente. Para identificar as pequenas coisas é necessário escutar o paciente e a familia para que haja algum tipo de rotina a fima de aliviar o sofrimento do paciente. Apos a identificação dessa rotina é necessário desenhar estratégias para que o paciente tenha uma rotina dentro de um hospital de alta complexidade. O maior campo de atuação da medicina paliativa é na fase terminal das doenças. O principal objetivo de fazer com que o paciente tenha vida ativa o máximo possível, com postura de facilitar, apoiar e ouvir o paciente o máximo possível sem intervir na espiritualidade ou na individualidade do paciente. É proibitivo impor crença e valores seus! Ortotanásia é trazer a morte no tempo certo, quanto todos recursos para tratamento da doença são esgotados, sem sofrimento, sem abandono do paciente e com dignidade; a lei brasileira permite a ortotanásia. Eutanásia é abreviar a vida de um paciente com doença fatal onde o paciente pede que abrevie a vida dele para que não sofra. Eutansia no Brasil é crime. Na morte assistida o ato de abreviar a vida é feito pelo paciente. Mistanasia é a morte miserável dos excluídos que morrem sem dignidade. #cuidadospaliativos #cancer
Morte encefalica á a parada das funções cerebrais, ou seja, não há função do cerebro na região supraespinhal. Mesmo que o cerebro não funcione é possível que os outros órgãos funcionem o que permite a doação de órgãos. Após o advento do respirador mecânico houve possibilidade de perpetuar o paciente respirando artificialmente após a morte do cerebro que comanda os movimentos respiratórios. O doador com morte encefálica é um paciente muito grave, por isso precisa de cuidados para que os órgãos que ainda funcionam possam ser doados, pois a fila de espera ainda é muito grande. Os orgãos são recurso escasso no Brasil e no mundo pois a necessidade de transplante aumenta sem aumentar a disponibilidade. Na Espanha ocorrem 50 doações por milhão de população por ano, no Brasil 16 doações por milhão, sendo destaque o Estado de Santa Catarina 40 por milhão. Outras soluções para reduzir a fila será o transplante de órgãos de animais em humanos. Nos conceitos modernos a vida faz sentido quando o cerebro funciona: o comportamento do cerebro caracteriza uma pessoa. A perda das funções neurológicas pode comprometer a consciência que quando grave chamamos de coma até uma perda completa e irreversível da função cerebral por uma catástrofe cerebral. Dessa forma, com a perda completa e irreversível faz-se o diagnóstico de morte encefálica. Além disso, a causa da perda da função cerebral deve ter causa conhecida. O critério brasileiro para diagnostico de morte encefálica é um dos mais rigorosos do mundo. Importante ressaltar que coma não é sinônimo de morte encefálica, porém todo paciente com morte encefálica está em coma irreversível. O paciente com morte encefálica declarado após os critérios é considerado como morto pela lei criada em 1997 pelo Conselho Federal de Medicina. A resolução foi atualizada em 2017 mantendo segurança e rigor. O diagnóstico de morte encefálica é uma urgência: 1) primeiro para familia ter definição do prognóstico do paciente, 2) para evitar deterioração dos órgãos que podem ser doados, 3) redução dos custos para familia e para o sistema de saúde, 4) liberar vagas para unidades de terapia intensiva. O protocolo brasileiro determina que um médico capacitado por cursos determinados ou experiencia de 10 exames clínicos, deve fazer o primeiro exame neurológico. O segundo médico deve fazer novo exame para confirmar com capacitação e especialidade médica que tenha relação com cerebro como neurologia, neurocirurgia, neuropediatra. Entre os exames há obrigatoriedade de um tempo de observação (pelo menos 1 hora). Após um exame complementar deve ser realizado como Doppler Transcraniano (o mais utilizado), eletroencéfalo. Após o processo completo é possível realizar o diagnóstico de morte encefálica. A familia deve ser comunicada para optar pela doação ou desligar os aparelhos. Quanto a recepção dos órgãos doados, não existe fila, existe o cadastro único para recepção de órgãos. Cada órgão tem critérios de alocação para definir para quem vai o órgão. O primeiro critério é o ABO (tipagem sanguínea) onde o órgão precisa ser compatível com o doador. Em seguido vem a compatibilidade de peso a altura. O receptor precisa de estar em condições de receber o órgão, ou seja, não pode esta infectado. Para rim existe ainda compatibilidade genética (HLA compatível). Fígado não há prioridade de ordem e sim de gravidade do paciente. A data de ordem será apenas critério de desempate entre dois pacientes. A logística também é considerar em decorrência da demora do deslocamento do órgão. Além disso câmaras técnicas formadas por especialistas podem definir de quem é a prioridade através de análise do quadro clínico do paciente. Os critérios de todos transplante são auditáveis e estão a disposição do ministério público. #doador
Roberta Busch, mestre pela Unifesp, fonoaudiologia e diretora do Centro Avançado em Disfagia. Dr Marcelo de Lima Oliveira Neurossonologista Hospital Albert Einstein e Doutor pelo HCFMUSP Dr Edson Bor-Seng-Shu Professor Livre Docente HCFMUSP Todos os sinais de rigidez e bradicinesia que aparecem no corpo podem aparecer na região da face, boca e língua. A língua pode ficar lenta e tremula com modificação do som da voz. A voz também pode ter alterações pela prega vocal. Além disso pode haver alteração na deglutição com aspiração da comida que deveria ir para o estômago. Ocorrem também alterações no paladar e olfato; um paciente que não sente cheiro e paladar não sente vontade de comer e dessa forma pode perder peso e massa magra. As alterações de voz normalmente estão associadas à voz fraca por rigidez na corda vocal que permite com que a voz fique graça. Além disso o paciente cansa para falar. O monospeech é a perda da modulação da voz e monotonia da voz, e momolaudness com voz baixa sem intenção no discurso. Na atrofia de múltiplos sistemas ocorre ruído na respiração durante a fala onde a prega vocal fecha durante a inspiração. A lingua pode ficar tremula, festinada sao sinais da Doença de Parkinson e estes sinais podem estar associados às alterações da voz. A face também fica congelada que também prejudica a comunicação. As alterações na articulação da fala são complexas e alterações especificas podem estar associadas com doença de Parkinson e síndromes parkinsonianas atípicas. Há dificuldade da coordenação entre respiração e fala que causa cansaço durante a conversa. Alguns pacientes sao discinéticos para falar com saída do som sem articulação da palavra.Por vezes é necessário um distrator para o paciente falar corretamente, ou seja, um estímulo para que o paciente "destrave" a fala. Importante ressaltar que o paciente com Doença de Parkinson tem pensamento lenificado além da dificuldade da fala e ambos atrapalham a comunicação do paciente. O paciente também tem fadiga sensorial com excesso de barulho e palavras. Durante avaliação o fonoaudiologia avalia pela percepção da voz, mensuração da intensidade vocal do paciente. Na analise acústica avalia-se a mediado do temor, frequência e intensidade da voz. A nasofibroscopia também ajuda na avaliação em pacientes com parkinson. LSVT (Lee Sliverman method - penso forte falo forte) é um tratamento fonoaudiológico especifico que dura um mês com repetição de 4 vezes por semana durante uma hora que inicia com "A" prolongado e repetição de frases do cotidiano, segunda semana frases mais longas, terceira semana leitura de textos e ultima semana conversação. A reposta da técnica é muito boa num tempo muito curto. Algumas técnicas manuais, térmicas, massageadores e laser podem ajudar no relaxamento da musculatura a fim de melhora a articulação da fala. A medicação adequada ajuda na melhora da comunicação do paciente e na efetividade da terapia fonoaudiológica. Importante ressaltar que a repetição de frases, fonemas e leituras há estimulaçao de circuitos neurais nao só motores. Disturbios de deglutição são chamados de disfagia. Alguns pacientes por terem disfunções da musculatura ao invés do alimento ir para o estômago vai para via aérea, e alem disso, o paciente pode ficar parado na boca e na garganta. Isso gera risco de infecçao, desidratação e desnutrição. Os principais sinais são pigarro, tosse e engasgo durante a refeição. Coriza durante a refeição pode ser sinal de mal funcionamento do veo palatino. Muitos pacientes com doença de Parkinson tem alimento parado na garganta e não percebem. Por vezes os remédios da medicação não são deglutidos. Clinicamente a dificuldade na deglutição é percebida por aumento da frequência da deglutição para comer pequenas porções de comida. A comida parada na garganta pode pode dessensibilizar a área e dessa forma, o paciente aspira alimentos sem tossir o que facilita a ocorrência de pneumonia. #fonoaudiologia #parkinson #voz
https://www.parkinsonnet.nl/app/uploads/sites/3/2019/11/diretriz_dp_brasil_versao_final_publicada.pdf Recentes artigos publicados em importantes revistas cientificas reforçam a importância da fisioterapia no tratamento da doença de Parkinson, bem como no auxilio do diagnóstico desta doença. Importante ressaltar que a doença tem sintomas motores e não motores. Os principais sintomas motores são: bradicinesia (dentificação dos movimentos), rigidez, tremor e instabilidade postural. Os não motores são: anosmia, depressão, dor, constipação, entre outros. O tratamento da Doença de Parkinson deve ser individualizado com equipe multidisciplinar onde o exercício e fisioterapia se torna extremamente eficiente para retardo da progressão da doença. O fisioterapeuta deve reconhecer os principais sintomas motores da doença de Parkinson. A interação da equipe multidisciplinar (fisioterapeutas, educadores físicos, fonoaudiólogos, médicos neurologistas e neurocirurgiões) também é importante para o tratamento, assim, como o participação dos pacientes no tratamento e na educação através das associações de pacientes que fornecem informações de qualidade. Estudos recentes mostram que exercícios de alta intensidade em esteira e bicicleta são extremamente benéficos para doença de Parkinson com melhora da função motora, porém, foram realizados em pacientes recém diagnosticado. Estes estudos mostraram modificação de estrutura e função cerebral. Há evidencia que o exercício tem efeito neuroprotetor e modificador da progressão da doença. Taish Shuam, dança, tenis de mesa, entre outros movimentos, melhoram a condição da doença na fase 2 por ativar produção de Dopamina. Na fase 3 a fisioterapia tem o papel importante na adaptação de atividades e treino específico como melhora de postura, equilíbrio e melhora do freezing da marcha. O congelamento é definido por bloqueio da atividade mesmo que haja intenção de faze-la como andar e através do treinamento das tarefas específicas o paciente consegue melhorar seus movimentos. Além do freezing, pode haver outras alterações da marcha, como velocidade, alteração no tamanho do passo, equilíbrio e risco de queda que pode ter o risco quantificado. Uma das maiores preocupações da fisioterapia é a queda e imobilismo que leva a perda da independência funcional com piora do prognóstico do paciente com doença de Parkinson. O programa de prevenção de quedas não reduz o risco da queda, porém melhora a defesa do paciente para cair. Através de alguns exercícios específicos com melhora de reação de proteção e exercícios de alta complexidade podem melhorar a segurança do paciente. A dupla tarefa motora como andar falando ao telefone, carregando um copo ou outros estímulos, faz com que o paciente melhore o equilíbrio e redução no numero de quedas e severidade dos ferimentos após quedas. Estudo recente mostrou redução de 50% das fraturas de quadril decorrentes de quedas. Além disso, a sarcopenia, ou seja, perda de massa muscular é uma causa de queda e deve ser devidamente avaliada. Restaurar função motora ocorre na fase mais tardia da doença (fase 4) que são aqueles paciente com independência modificada. Se o paciente não tiver restrições que interfiram na atividade do paciente como encurtamento muscular, dor e sarcopenia, a familia e cuidadores começam a fazer parte do tratamento, pois através do treino dessas pessoas, as técnicas de mobilidade serão aplicadas nos pacientes por eles. Nesse momento a bengala e o andador podem ser aplicados. Com a progressão da doença cuidados mais especias como a fonoaudiologia para exercícios respiratórios, deglutição, etc... Nesta hora o cuidador é treinado para aspirar os pacientes. Cada caso tem conduta específica. As adaptações também devem ser feitas em casa, por exemplo, se o paciente tem tendencia à quedas os tapetes devem ser retirados, barras de proteção devem ser instaladas, colheres devem ser adaptados, entre outras. #reabilitando #parkinson
Dr Sung Ho Joo Otorrinolaringologista Hospital Albert Einstein e HCFMUSP Doutor pelo HCFMUSP Dr Marcelo de Lima Oliveira Neurossonologista Hospital Albert Einstein e Doutor pelo HCFMUSP Dr Edson Bor-Seng-Shu Professor Livre Docente HCFMUSP Sono é uma das funções fisiológicas mais importantes do corpo. Uma das principais funções do sono é a produção da melatonina que melhora o sistema imune e desacelera o envelhecimento. Além disso o sono regula os hormônios do corpo. O sono também regula o sistema cardiocirculatório com regulação da pressão; também regula as atividade cerebrais mantendo a cognição, comportamento e capacidade de raciocínio através da limpeza de toxinas do cerebro. Além disso, o sono regula o sistema de dor. Os principais sintomas de privação do sono é a obesidade, diabetes, arritmia cardíaca por liberação excessiva de cortisol. Ronco é um ruído causado pela passagem do ar pelas estruturas por onde passa (faringe, laringe); não é uma doença, porém é um indicativo que o ar não está passando corretamente. Vários pontos podem causar esse ruído: nasal, palato, amígdalas, língua posteriorizada, entre outras estruturas. A gravação do ronco é importante para identificar qual estrutura é causadora do ronco. Em geral, as pessoas que roncam não conseguem escutar o ronco por filtros no cerebro que cortam a percepção do ronco a fim de permitir com que a pessoa durma. O stress pode ser um fator que piora o ronco, especialmente nas pessoas que tem bruxismo ou tensão da musculatura por onde o ar passa. Apnéia do sono é uma parada respiratória maior do que 10 segundos e inconsciente. Desta forma ocorrem despertares frequentes, com consequente sono superficial e impedimento das funções do sono. Quando a pessoa para de respirar por períodos maiores não há troca gasosa e oxigenação do sangue e desta forma o corpo entra em alerta, pois o cerebro trabalha no sono e necessita de oxigênio. Desta forma, o paciente desperta para voltar a oxigenação do sangue. Existem dois tipos de apneia: obstrutiva e central. A mais comum é apneia obstrutiva. O nariz tem varias barreiras, como tensão muscular, rinite alérgica, hipertrofia de cornetos, etc. Importante ressaltar que respirar pelo nariz além de faltar, trás sensação de prazer ao respirar. Outra estrutura é o palato com úvula pesada e amígdalas. Hipertrofia de amígdalas é causa de apneia do sono em crianças e apneia acentuada pode causar problemas no desenvolvimento por falta de concentração, agitação e dificuldades na memória. Outra barreia é a língua grande por deformação da boca (arcada dentária estreita) e micrognatia desta forma provoca barreia para entrada do ar. A epiglote que protege as vias aéreas da deglutição também pode ser uma barreira para entrada do ar. A região das cordas vocais é o ponto mais estreito da passagem do ar e pode ser causa de apneia do sono; a principal causa de apneia do sono associada à essa condição é a sequela de pacientes que foram entubados em UTIs. A obesidade é causa importante da apneia do sono pelo volume que abdominal que não permite a expansão do diafragma por aumento da da pressão intratorácica; esta é uma das principais causas de apneia do sono. Importante ressaltar que nem todos que roncam tem apneia do sono, porém, todo paciente que tem apneia do sono ronca. Ela é mais frequente no sexo masculino por conta da anatomia. As principais queixa do paciente com apneia do sono são a sonolência diurna e roncos. A polissonografia consegue quantificar os eventos de apneia durante o sono. Consegue também medir a saturação do oxigênio no sangue. O índice de apneia consegue classificar a gravidade da doença: 10 por hora apneia leve, entre 10 e 35 apneia moderada, acima de 35 apneia grave. A apneia do sono aumenta risco e infarto, morte súbita e AVC e deve ser considerar por todos os medicos como grande fator de risco. #apneia #apneiadosono #ronco
Dr Cristhieni Rodrigues Doutorado HCFMUSP e infectologista do DASA Dr Edson Bor-Seng-Shu Professor Livre Docente pelo departamento de neurologia HCFMUSP Dr Marcelo de Lima Oliveira Doutor pelo departamento de neurologia HCFMUSP Dengue é um arbovirose causada por um vírus que chega no ser humano pelo mosquito Aedes Aegypit; também pode passar da mãe gestante para o filho. Aedes Aegypit é um mosquito listrado bem característico; a dengue é transmitida pela fêmea que quando coloca os ovos, os filhotes podem nascer infectados e transmitir a doença. Os ovos sao resistentes que mesmo quando a agua seca, após um ano podem eclodir gerando novos mosquitos infectados. A Dengue aumentou muito no mundo pelas alterações climáticas mudaram a replicação de mosquitos, além disso, houve crescimento da população e invasão das moradias em áreas perto de mata. A fácil mobilidade no mundo tbém ajudou na transmissão da doença. Áreas com saneamento básico ruim tbem contribuem para proliferação do mosquito. Atualmente 80% da população no Brasil moram em áreas endêmicas no Brasil. Importante ressaltar que os ciclos de Dengue ocorrem a cada 4 anos, porém com a pandemia a infecção voltou com força. É importante lembrar que 80% dos casos os pacientes tem poucos sintomas ou não tem sintomas. Há quatro tipos de sorotipos do vírus e consequentemente as pessoas podem ter reinfecção da Dengue que pode ser mais grave. A gravidade é maior nos pacientes com outras doenças graves, tratamentos imunossupressores, gestantes, crianças e idosos. A infeção leve causa dor de cabeça leve com febre baixa; os quadros mais severos ocorre febre alta, dor no corpo, manchas no corpo a partir do terceiro dia e dor de cabeça; o paciente não tem sintomas respiratórios. A partir do quarto dia a febre melhora a nessa fase duas coisas podem acontecer: 1) cura ou 2) sintomas com sinais de alerta quando o vírus vai embora e o sistema imunológico pode causar sintomas. Nessa fase o paciente apresenta os seguintes sinais de alerta: 1) dor abdominal e vômitos, 2) inchaço e 3) sinais de confusão e letargia e 4) pequenas hemorragias. Nessa fase a pessoa precisa de tratamento adequada com hidratação; os antiinflamatórios e AAS devem ser evitados. Todo paciente deve procurar o pronto socorro na suspeita de dengue para o diagnóstico e receber a informação dos sinais de alerta.; 2 a 5% evoluem com o choque grave da infecção com choque hemorrágico. A dor de cabeça é um sintoma comum da Dengue que pode ser fraca ou forte, atras dos olhos e latejante. Complicações neurológicas podem ocorrer em até 20% dos casos como inflamação das meninges (meningites), inflamação do cerebro, medula, desmilienizaçao dos neurônios por processo inflamatorio auto imune, poliradiculite ascendente (Guillian Barre) e hemorragia intracraniana. A letalidade da dengue é ao redor de 5%. A curva muda com tratamento adequado. Para prevenir a infeção é necessário evitar contato com o mosquito através de educação da população como evitar agua parada e, vasos, pneus, poças, etc... Para os vasos de plantas colocar areia e evitar a agua parada. Importante ressaltar que roupa escura com perfume atrai o mosquito. Repelentes também sao muito importantes; repelente bom é aquele que nao é toxico, que mantem-se ativo para repelir o inseto, que nao saia na agua ou abrasoes. O melhor é a Picaridina que dura mais tempo; os repelentes não devem ser usados em bebes abaixo de 6 meses. A gestante deve usar repelente sempre. A vacina tem como principal função evitar as infeções graves. A vacina da Takeda já não tem esse problema, é ministrada em duas doses e após 30 dias os pacientes apresentam alta quantidade de anticorpos contra o vírus; essa vacina evita 94% das infeções graves para o vírus do tipo dois; essa vacina é ministrada em duas doses para proteção completa. Futuramente teremos a vacina do butantan de dose única e muito eficaz. #dengue #vacina #aedesaegypti
Segundo Dr Ricardo, a clínica médica é uma especialidade onde há uma compreensão abrangente da medicina e proximidade com as pessoas, famílias e comunidades. A clinica médica tem por função resolver a maioria dos problemas de saúde na comunidade. A especialidade tem importante função na medicina, porém, a clínica médica resolve a maioria dos problemas de saúde com baixo custo para o sistema de saúde. Muitos pacientes perdem sua qualidade de vida por causas evitáveis e chegam no sistema de saúde em fases terminais da doença, numa condição irreversível. Portanto, oferecer hábitos que previnam a ocorrência dessas doenças ajudam a evitar complicações. Saúde é muito mais do que não ter doença. Check up é um termo que tem uma conotação comercial segundo Dr Ricardo. Na verdade, rastreamento de doenças não pode ter essa conotação comercial, pois vc deve conhecer o seu paciente para promover a prevenção e rastreamento. A grande preocupação das pessoas é: será que eu tenho uma doença que eu não saiba? A idéia do rastreamento é encontrar doenças que não manifestam no corpo. As doenças rastreáveis são aquelas que progridem lentamente e permitem sua detecção precoce antes de apresentar sintomas, ou seja, período pré clinico prolongado. Além disso, precisa haver exames disponíveis, com fácil acesso para detectar essa doença. Outro ponto é, quando eu rastreio a doença tem que haver tratamento disponível para ela. A doença rastreável tem que ter uma prevalência alta na população para que sejam desenvolvidos exames em larga escala para detecção precoce. Além disso, vários estudos comparam se o rastreamento foi efetivo para cura e melhora da qualidade de vida do paciente ou não. A individualização do rastreamento é muito importante. As principais doenças rastreáveis são divididos em 5 grandes grupos: 1) câncer - câncer de mama, colon, próstata, pulmão, colo de utero. Cancer de colo uterino a partir de 25 anos que tenham atividade sexual com papa Nicolau a cada 3 anos; aos 40 anos para cancer de mama com história familiar, porém a partir dos 50 anos com mamografia; colorretal com pesquisa de sangue nas fezes a partir de 50 anos; cancer de pulmão tomografia de tórax de baixa dose para tabagista 1 maço por dia por 20 anos; próstata: PSA é pouco sensível e pouco específico, portanto há um compartilhamento de risco 2) doenças cardiovasculares e metabólicas: placas de gordura nas artérias: hábitos de vida como alimentação/atividade física e colesterol no sangue; diabetes: historia familiar, hábitos de vida e glicemia; pressão alta através da medida periódica a pressão alta - pessoas com baixo fator de risco a cada 5 anos, a partir de 40 anos anual; pessoas com alto fator de risco para hipertensão medidas frequentes; aneurisma de aorta abdominal através de ultrassonografia de abdômen; osteoporose que provoca fratura de quadril é uma doença grave; 3) infecções sexualmente trasmissíveis, como gonorreia, clamídia (associadas à infertilidade), sifilis, AIDS, hepatites B e C: testes rápidos são eficientes e sensíveis 4) tuberculose e 5) saude mental: depressão, alcoolismo, drogas, violência domestica. Não há exames laboratoriais para o rastreio, porém existem questionários que facilitam o rastreio. Importante ressaltar que a depressão é muito prevalente e a consulta médica é uma chance para detecção. Importante ressaltar que os exames de rastreio tem baixo custo e pouco oneram o sistema de saúde. O excesso de exame podem gerar falsos positivos com desencadeamento de investigação desnecessária para o paciente. A individualização do paciente é importante para o rastreio. Além disso, existem as calculadoras de risco. A historia familiar, características físicas (circunferência abdominal), etc... fazendo um cálculo regressivo pode-se selecionar o paciente para rastreios específicos. Esta seleção ajuda a escolher os exames e determinar a periodicidade do rastreio. #rastreio #cancer #diabetes #hipertensaoarterial #hipertensao
Dra Thaissa Ferrari Marinho neurologista do Hospital Albert Einstein Dr Edson Bor-Seng-Shu Professor Livre Docente pelo departamento de neurologia HCFMUSP Dr Marcelo de Lima Oliveira Doutor pelo departamento de neurologia HCFMUSP A OMS estima que hoje em dia existem 65 milhões de pessoas no mundo com epilepsia. No Brasil a prevalência é de 1 a 2%, ou seja, 4 a 5 milhões de pessoas tem eplepsia e cerca de 1/3 não respondem ao tratamento convencional. O cerebro funciona a base de eletricidade para uma célula se comunicar com a outra. A crise epiléptica é um fenômeno transitório de descargas anormais no cerebro, como se fosse um curto circuito. Ter uma crise convulsiva não significa que o indivíduo tem eplepsia. Um crise isolada pode ser secundaria a um trauma na cabeça, infecçao, desidratação, entre outras. O epilético tem que ter uma crise sem insulto do cerebro, ou seja, uma crise nao provocada. Se esse individuou teve uma crise e uma chance aumentada de ter outra crise há a possibilidade de ser epiléptico. Se o indivíduo tiver 2 crises sem insulto ao cerebro ele já pode ser considerado epléptico. Se tiver 1 crise com eletroencefalografia apresentando descargas elétricas também pode ser considerado como epiléptico. Para considerar cura da epilepsia o paciente tem que ficar 10 anos sem convulsão na ausência de medicamentos. Importante diferencia crise epiléptica de sincope: na sincope a pessoa desmaia por falta de fluxo sanguíneo cerebral, na crise epiléptica há descarga elétrica anormal na presença de fluxo sanguíneo. Na sincope ocorre recuperaçao rápida após o desmaio após o restabelecimento do fluxo sanguíneo cerebral; na crise epiléptica o paciente demora para acordar, acorda confuso, agitado, com dor no corpo, pois há demora de um tempo para o cerebro se reorganizar. Além disso, a pessoa pode ter sintomas premonitórios focais antes de uma crise convulsiva, como formigamento ou tremor de um braço, etc... Perguntar para as pessoas que viram o episódio de desmaio é muito importante para o diagnóstico. A crise epiléptica é uma desordem cerebral transitória que ocorre durante a descarga elétricas em pessoas com pré disposição para isso. Na ressonância pode ser encontradas lesões e na eletroencefalografia pode ter descargas elétricas. A crise convulsiva pode ser motora com espasmo em uma ou mais regiões do corpo, pode ver estrelas e imagens, ou ausência onde a pessoa para de fazer as coisas e volta normalmente (um desligamento rápido com duração de segundos). A convulsao generalizada a pessoa perde a consciência e fica se batendo. As convulsões pode ser focais (atingem uma região específica do cerebro); a crise temporal é a mais frequente delas onde o paciente tem falas desconexas, movimentos mastigatórios, entre outros sintomas. Nas crianças a crise mais frequente é ausência, onde a criança para o que esta fazendo volta após alguns segundos. Nas crises generalizadas a principal e convulsão: a pessoa para, tem contração tônica seguida de abalos, com salivação; a pessoa pode defecar e urinar durante a crise. O que fazer nessa situação: proteja a cabeça da pessoa e vire de lado para que a pessoa nao se afogue com a saliva. Nao coloque a mão da boca do paciente. A duração da crise é de um a dois minutos: se nao passar nesse tempo o SAMU deve ser chamado para socorrer essa pessoa por risco de crises reentrantes. Estado de mal epiléptico é situação mais grave em epilepsia, ou seja, crise epiléptica prolongado (acima de 30 minutos). Essas crises podem provocar lesões cerebrais definitivas. Essa crise deve ser controlada no hospital com drogas mais fortes e ate anestesia. Se o paciente nao acordar em 1h o paciente pode ter crises atônicas, ou seja, sem manifestação motora porém com crises no cerebro. Esse paciente deve ser encaminhado para o hospital também. A epilepsia é mais frequente em crianças e idosos. Nas crianças a causa mais frequente é anóxia peri parto por lesões cerebrais. #epilepsia #convulsao
Há dois tipos de hemorragia cerebral: Intraparenquimatosa que ocorre no meio do tecido cerebral e hemorragia subaracnóidea que acontece nos envoltórios do cerebro (meninges). Nesse espasmo (meninges) é por onde passam as artérias cerebrais onde ocorrem os aneurismas cerebrais. Aneurisma cerebral é uma mal formação adquirida por fraqueza na parede da artéria. Há dois tipos: sacular (como se fosse uma bexiga) e fusiformes (dilatação da artéria). O aneurisma secular é o que mais rompe e sua ruptura é responsável por 5% das hemorragias cerebrais. Aneurismas cerebrais podem surgir por características genéticas onde a medida em que o tempo passa o aneurisma pode se desenvolver no ponto de fragilidade da artéria. A história familiar é importante pois, se 2 ou mais pessoas tiverem aneurisma roto a família deve ser investigada. A mediada que o "balão" vai aumentando a parede fica mais frágil até o rompimento. Os principais fatores de risco associados são: causa infecciosas (endocardite), pacientes com colagenoses (síndrome de Marfan), entre outros. Além disso existem os fatores externos: tabagismo (um forte fatore para ocorrência e rompimento), hipertensão, cocaína. O tabagismo pode promover a inflamação nas paredes da artéria ou destruição dos componentes da parede da artéria pela nicotina. Uma pessoa tabagista que teve um aneurisma se continuar fumando pode ter outro aneurisma; 30% dos pacientes podem ter aneurismas múltiplos, portanto o acompanhamento com neurocirurgião deve ser a longo prazo. Para investigação no acompanhamento houve evolução muito importante dos exames como angiorressonancia e angiotomografia que são exames não invasivos. Na hemorragia aneurismatica ela pode matar metade dos pacientes no momento do sangramento. Mesmo aqueles que chegam, 25% podem morrer no hospital mesmo tratados, por isso da importancia do rastreamento. Uma pequena porcentagem dos pacientes podem ter uma dor de cabeça diferente dias antes do sangramento que pode ser um sinal da presença de aneurismas. Aneurismas gigantes podem provocar déficit motor por compressão de estruturas nervosas como redução da acuidade visual, dor facial, déficit motor, etc (condições muito raras). O principal sintoma do sangramento é uma dor de cabeça repentina muito forte (em explosão) que pode ocorrer durante o esforço físico (evacuação, academia, relação sexual); outros sintomas podem ser sincope, deficit motor, perda da consciência, entre outros. Se a pessoa tiver a dor súbita tem que ir para o pronto socorro imediatamente. Se a dor de cabeça não é súbita, porém diferente da habitual, refratária ao tratamento, também dever ser investigada. No momento do sangramento pode haver aumento importante da pressão intracraniana e provocar morte imediata do paciente. Além disso, a descarga adrenergica no corpo pode provocar infarto e arritmia no coração e morte súbita cardíaca. Na suspeita de sangramento quanto mais intenso é o quadro clinico, ou seja, se o paciente está em coma, pior o prognóstico do paciente. Na suspeita de hemorragia o paciente deve fazer tomografia e angiotomografia para tentar detectar o aneurisma; em alguns casos o aneurisma só e detectado pela angiografia. Se o diagnóstico não for feito corretamente, há risco de ressangramento que ocorre principalmente nas primeiras 24 horas; o ressangramento tem mortalidade em 60% dos casos. Logo no diagnóstico do aneurisma a cirurgia aberta ou tratamento endovascular do aneurisma é proposta para evitar o ressangramento. A técnica cirurgia é mais difícil nessa fase aguda em decorrência do inchaço cerebral, porém é imperativo tratar o aneurisma com urgência para reduzir a mortalidade. A melhora da técnica cirurgica e da anestesia oferecem mais segurança para operar nesta fase. Na cirurgia endovascular não há necessidade de abrir a cabeça, onde por meio de cateteres há colocaçao de molas no aneurisma. A maioria dos tratamentos dos aneurismas são tratados por via endovascular. #aneurisma #avchemorragico #mortesubita
Assoalho pélvico é uma estrutura complexa anatômica funcional, composta de ligamentos e músculos. Ele tem como função de suportar dos órgãos como reto, utero, vagina, bexiga. A fragilização desta estrutura pode haver saída deles pelos orifícios da pelve como vagina, e reto, disfunção urinária e sexual. As principais causas associadas à frouxidão estão relacionadas à constipação, gestação, obesidade, cirurgias de assoalho pélvico, histerectomia, tossidores crônicos, entre outras causas. A disfunção desse assoalho tem redução muito importante da qualidade de vida principalmente por perda urinária e fecal. O prolapso do colo de utero pode causar disfunção sexual e ferimentos no utero. As disfunções ano retais pode provocar perda de gazes e fezes. Desta forma, os pacientes tem o psicológico afetado com depressão, vergonha e isolamento social. Dor pélvica é a dor na região inferior do abdome que quando dura mais de 6 meses é considerada como crônica. Ela pode estar associada ao sistema muculoesqueletico ou a estruturas anatômicas locais. A dor pode ser primaria onde a dor não tem origem determinada e ela é a causa do problema ou secundária associada a doenças como endometriose, infeções como urinaria, sexuais, colites, constipação, etc.. Ela causa algumas disfunções no paciente como sexual, psíquica e laboral. Essa dor deve ser abordada de maneira multidisciplinar. Primariamente o ginecologista e urologista para descartar as causas da dor pélvica secundária. A dor pélvica primaria ou secundaria com dor permanente mesmo com a doença tratada o paciente deve procurar o ginecologista. Importante ressaltar que a dor pélvica na mulher também é associada a abuso que muitas vezes é um tabu para mulher debater sobre o assunto para tratamento correto. Por vezes a dor esta associada à contração muscular muito importante o que necessita de equipe multidisciplinar desde psicólogos até o ginecologista. Na dor pelvica é importante o paciente procurar a equipe multidisciplinar para tratamento adequado da dor e evitar auto medicação. A incontinencia urinaria é uma das maiores consequências da disfunção do assoalho pélvico. Pode atingir até 1/3 da população principalmente as mulheres. É definida como perda involuntária de qualquer quantidade de urina. Pode acontecer ao esforço como tossir, espirrar, rir, etc que é a mais comum. Também por excesso de contração da bexiga que causa urgência urinária, ou as duas associadas. Fatores de risco da perda involuntária: ser mulher, gestação, parto, tabagismo (por tossir em excesso), menopausa, entre outras causas. Geralmente a mulher com incontinência esta com a vida ativa e muitas vezes normaliza esta condição. Para este problema há vários tipos de tratamento. A reabilitação do assoalho pélvico também é importante pois pode minimizar e até curar as disfunções do assoalho pélvico. A avaliação do assoalho pélvico começa pela história seguido do toque vaginal que vai avaliar a propriocepção do assoalho pélvico e a força muscular da pelve. Durante o toque o avaliador da comandos para contração do assoalho pélvico para avaliar as fibras musculares de contração rápida que é a musculatura responsável por segurar a urina antes que ela "escape". Durante o toque pode fazer a massagem para relaxamento da musculatura do assoalho pélvico para alivio da dor. Essa massagem pode ser feita intravaginal e no períneo com os dedos, tubetes com água morna e aplicadores vaginais. O relaxamento da musculatura espástica é importante para contração voluntária da musculatura de fibras rápidas, ou seja, trabalho reverso da musculatura. A respiração diafragmatica baixa também auxilia no relaxamento e redução do stress e ansiedade. O treinamento da musculatura do assoalho pélvico pode ser auxiliado com espelho e visualização da genitália. O movimento do assoalho pélvico durante o auto toque deve ser de puxar a região anal e vagina para dentro seguido de relaxamento. #dor #incontinenciaurinaria #pelvis #bexiga #assoalhopelvico
Preconceito com o tema saude mental, especialmente no trabalho, aumentou muito após a pandemia. O desconhecimento da população sobre o assunto saúde mental pode ser a principal causa de preconceito com a saúde mental. A depressão é altamente prevalente na população. Há algum tempo a depressão não era conhecida pela medicina inclusive se a parte psíquica e orgânica andavam juntas e dessa forma havia grnade desconhecimento sobre o tema. As medicações para depressão são recentes o que fazia com que a população negasse a existência da depressão. Hoje a medicina conhece as vias neurais da depressão, parte da fisiopatologia da depressão, conhecimento das vias responsáveis pela alegria e tristeza. Na pandemia o trabalho foi para casa o que tornou a sociedade mais ansiosa pois o trabalho e a conexão com as redes sociais passou a ser longa suprimindo os momentos de relaxamento. Estatisticamente as mulheres ficaram muito mais sobrecarregadas no trabalho em casa. Além disso, houve que no engajamento por perda da corporeidade, ou seja, numa reunião com pessoas no home office você não consegue saber se a pessoa esta engajado ou não quando uma câmera esta desligada por exemplo. Em resumo houve perda da separação entre trabalho e lazer em casas. Os índices apontam que em casa não há desconexão adequada do trabalho para momentos de relaxamento. No setor ao presencial muitas pessoas se sentiram ansiosas por conta da ausência de filtro na aparência (ausência da corporeidade) ou "encarar" uma reunião presencial. Nesses casos a empresa tem que entender a saúde mental dos funcionários através de programas onde as pessoas possam fazer terapias ou outros programas que levem as pessoas a entender a si e os seus limites. A geração Z não tem como atrativo o salario e sim o que a empresa tem a oferecer para vida dele, isto é, para qualidade da vida. Atualmente as empresas tem que olhar para pessoa sob risco de perder os talentos que trabalha la. Por outro lado, é uma geração que é mais ansiosa e com o conhecimento mais superficial por conta das redes sociais. Esta geração prefere o trabalho híbrido, parte home office, parte na empresa. O engajamento desta geração ocorre desde que haja objetivos claros com eles. Ainda exigem plano de carreira claro, planos de diversidade, responsabilidade social e ambiental. Importante ressaltar que a opção de consumo, ou seja, a nova geração olha para diversidade da empresa. O ideal em uma empresa hoje é ter equipes mistas com a geração Y que ensine a geração Z a ter comprometimento com o trabalho e a geração Z que ensine a geração Y a trabalhar sem comprometer a saúde física e mental. Hoje há empresas com planos de contratar as pessoas com 50 mais para mesclar os propósitos dentro das empresas. A nova pandemia será o Burnout (stress por excesso de trabalho); estima-se que até 2040 serão gastos ao redor de 40 bilhões de dólares ao redor do mundo com essa doença. Com o surgimento da smart phone a rede de comparação entre as pessoas passou a ser infinita e isso contamina as pessoas o que as torna ansiosas. Para evitar esse tipo de contaminação é necessário ter objetivos claros. As pessoas podem tender a ter problemas pessoas e hoje as empresas tendem a ter canais de feedback para ouvir as pessoas a fim de detectar precocemente esses problemas e alinhar as expectativa da pessoas com a empresa e vice-versa. A parte ergonomica é importante também para o desempenho dos funcionários. A atividade física também agrega muitos benefícios no rendimento dos funcionários além da reaproximação do coletivo. A melhora do estado mental aumenta o senso de pertencimento do funcionário pela empresa. A crença da empresa que ve com preconceito o funcionário com problemas mentais é limitante. Empresas que investem na diversidade podem aumentar em até 30% seu lucro. #saudemental #saúdemental #depressão
A doença de Parkinson não é mais chamada de "mal de Parkinson" em decorrência do estigma que o último termo causa nos pacientes com a doença. Hoje a doença de Parkinson é uma doença cronica que tem tratamento, não encurta a vida das pessoas e desde que bem tratada o paciente pode ter qualidade de vida mesmo com a doença. Aproximadamente 3,3% da população acima de 65 anos terão a doença de Parkinson. No Brasil aproximadamente 200 mil pessoas tem a doença e é a segunda doença neurológica degenerativa mais frequente. Normalmente não é doença hereditária. Parkinsonismo é um conjunto de sintomas neurológicos com quatro sintomas cardinais: 1) bradicinesia (lentidão), temor, rigidez e instabilidade postural que é um sinal mais tardio. Aproximadamente 25% dos pacientes nao terão tremor e a bradicinesia ocorre em praticamente todos os pacientes. O paciente tem lentidão nos movimentos diários. A lentidão também ocorre na fala e no pensamento. A letra fica pequena (micrografia). O tremor do parkinsonismo é de baixa frequência e de repouso, unilateral. A rigidez é plástica com dificuldade de realizar movimentos passivos apresentando o sinal da roda denteada. Por fim, vem a instabilidade postural com dificuldade no equilíbrio. O "freezing" de marcha se manifesta pela dificuldade em iniciar o movimento para andar. Cerca de 80% dos casos de parkinsonimo são relacionados à doença de Parkinson que é responsivo ao tratamento com Levodopa. Os outros 20% tem parkinsonismo Plus ou atípico que além dos 4 sintomas cardinais pode ter outros sintomas e geralmente não são respondem a Levodopa durante o tratamento. A principal característica da doença de Parkinson é a deficiência da produção de Dopamina na substancia negra do cerebro em decorrência do acúmulo da proteína alfasinonucleina que formam os corpúsculos de Levy. A dopamina faz parte do sistema de regulação dos movimentos do corpo, além de regular a questão do humor e regula os sistema neurais da dor. Esses sintomas são as manifestações motoras da doença. porém existem os sintomas não motores. A sintomatologia pre motora ocorre anos antes da manifestação motora da doença. Os principais pre motores são as disautonomias (pessão baixa, hipotensão postural) , hiposmia (falta de cheiro), constipação intestinal, urgência urinaria, transtornos do sono REM com excesso de movimentos durante o sono, dor causada pela falta de dopamina ou pela rigidez e falta de movimento, redução da atenção e da memória, depressão e apatia. Na fase mais tardia vem o freezing de marcha, alterações cognitivas e discinesias. Importante ressaltar que a maioria dos pacientes tem sintomas leves moderados durante muitos anos com a doença e pode ter vida normal desde que tratado corretamente. A flutuação motora ocorre quando o efeito da medicação (Levodopa) passa ou efeito do final de dose. As vezes essa flutuação pode ocorrer mesmo no meio do efeito da dose e esse pode ser caso de indicação de cirurgia. "Fase on" é quando a medição esta funcionando e "fase off" quando a medição para de funcionar. A demencia na doença de Parkinson é infrequente e tardia na doença com dificuldade de localização no espaço, apatia etc... A demencia precoce pode estar associada ao Parkinson Plus ou atípico como doença de Levy. Os exames de imagem sao usados para descartar condições clinicas que podem simular doença de Parkinson. A doença é diagnosticada pela caracterização clinica do paciente. Além disso o diagnóstico é feito pela resposta do paciente à dopamina. Além disso, a característica evolutiva é importante, pois o aparecimento do sintomas de outras doenças neurológicas pode levar a outros diagnósticos. Alguns exames podem reforçar a doença de Parkinson com Ressonância com estudo de Nigrossomo, cintilografia cerebral com Trodat e ultrassonografia com estudo de mesencéfalo e substancia negra. . #parkinson #parkinsonismo #doençadeparkinson
A doença de Parkinson se expressa com sintomas motores e não motores. Bradicinesia, rigidez plástica e tremor são os principais sintomas motores. O tratamento é realizado com medicação e reabilitação com equipe multiprofissional. O tratamento cirúrgico é indicado quando na progressão da doença não há ação efetiva das medicações com necessidade de aumento da dose e frequência da medicação. Nessa situação pode haver flutuação motora com tempo de beneficio das medicações ausente (fase off). Outra situação é quando alguns pacientes apresentam hipercinesia (discinesia) quando a Levodopa está no pico da ação. A cirurgia também pode ser indicada no tremor refratário às medicações. Alguns pacientes respondem a Levodopa porém não toleram seus efeitos colaterais e, dessa forma, também podem ter indicação para cirurgia. O tratamento cirúrgico da doença de Parkinson surgiu no fim da década de quarenta com radiofrequência, antes do surgimento da Levodopa. No surgimento da medicação pensou-se que a cirurgia cairia em desuso. Porém com os efeitos colaterais da Dopamina com flutuações motoras e intolerância à medicação houve retorno da cirurgia para doença de Parkinson. Para um paciente ter indicaçao de tratamento cirúrgico deve-se diferenciar a doença de Parkinson com o Parkison Plus (síndromes parkinsonianas atípicas). Na ultima condição a cirurgia está contraindicada pq os resultados cirúrgicos serão ruins. Outro pré requisito é ter doença de Parkinson por 4 anos para descartar o Parkinson Plus. Além disso, o paciente tem que responder a Levodopa através do teste à resposta com Levodopa com exame neurológico específico e após uma sobrecarga de Levodopa (UPDRS). Uma vez indicada a cirurgia o paciente deve ter disponibilidade para acompanhamento com equipe específica, pois ajustes nos parâmetros de estimulação devem ser feitos. A cirurgia faz parte do tratamento da doença de Parkinson, porém, não é o tratamento para cura da doença, ou seja, a medicação e reabilitação têm seu papel, mesmo após cirurgia. A introdução do eletrodo ocorre no núcleo que esta desorganizado em decorrência da degeneração da substancia negra, ou seja, o núcleo nao está degenerado e sim desorganizado. Outro fato importante é que a cirurgia deve ser feita numa fase de vida em que o paciente possa ter recuperação. Na cirurgia existem alvos que devem ser alcançados pelos eletrodos, sendo o principal o núcleo subtalamico que faz parte dos circuitos neurais da dor, motor e cognição. Antes de atingir o núcleo subtalamico deve-se fazer o estudo da função do núcleo com estudo eletrofisiologico intraoperatório que capta pequenas mudanças na posição do núcleo e evitar inserir o eletrodo nos lugares errados. Na cirurgia o paciente deve estar acordado para participar da cirurgia a fim de locação correta do eletrodo, pois a mesma estrutura anatômica pode ter funções diferentes em pessoas diferentes. O primeiro alvo nas cirurgias foi o núcleo globo pálido para interrupção das células que fazem parte da programação motora que estão deturpadas na coordenado dos movimentos. Tem bom efeito na bradicinesia e rigidez. DBS (deep brain stimulation) conduz uma corrente elétrica modulada com geração de pulsos com frequência e intensidade especifica em regiões neurais onde disparo elétrico dos neurônios esta doente. A intenção é abranger uma região com inibição da corrente elétrica anormal e disparar uma frequência fisiológica. A interrupção dessa função também pode ser feita por lesões através de ondas ultrassonograficas de alta intensidade. O DBS deve ser moldado ao longo do tempo para chegar a uma frequência ideal. A palidotomia também requer tempo para o efeito ideal do paciente, com a vantagem de nao depender de estar perto do médico para melhorar. O DBS é mais abrangente do que a palidotomia pois atua na rigidez, bradicinesia, dor e tremor. #doençadeparkinson #parkinson #parkinsonismo #dbs
A doença de Parkinson não é mais chamada de "mal de Parkinson" em decorrência do estigma que o último termo causa nos pacientes com a doença. Hoje a doença de Parkinson é uma doença cronica que tem tratamento, não encurta a vida das pessoas e desde que bem tratada o paciente pode ter qualidade de vida mesmo com a doença. Aproximadamente 3,3% da população acima de 65 anos terão a doença de Parkinson. No Brasil aproximadamente 200 mil pessoas tem a doença e é a segunda doença neurológica degenerativa mais frequente. Normalmente não é doença hereditária. Parkinsonismo é um conjunto de sintomas neurológicos com quatro sintomas cardinais: 1) bradicinesia (lentidão), temor, rigidez e instabilidade postural que é um sinal mais tardio. Aproximadamente 25% dos pacientes nao terão tremor e a bradicinesia ocorre em praticamente todos os pacientes. O paciente tem lentidão nos movimentos diários. A lentidão também ocorre na fala e no pensamento. A letra fica pequena (micrografia). O tremor do parkinsonismo é de baixa frequência e de repouso, unilateral. A rigidez é plástica com dificuldade de realizar movimentos passivos apresentando o sinal da roda denteada. Por fim, vem a instabilidade postural com dificuldade no equilíbrio. O "freezing" de marcha se manifesta pela dificuldade em iniciar o movimento para andar. Cerca de 80% dos casos de parkinsonimo são relacionados à doença de Parkinson que é responsivo ao tratamento com Levodopa. Os outros 20% tem parkinsonismo Plus ou atípico que além dos 4 sintomas cardinais pode ter outros sintomas e geralmente não são respondem a Levodopa durante o tratamento. A principal característica da doença de Parkinson é a deficiência da produção de Dopamina na substancia negra do cerebro em decorrência do acúmulo da proteína alfasinonucleina que formam os corpúsculos de Levy. A dopamina faz parte do sistema de regulação dos movimentos do corpo, além de regular a questão do humor e regula os sistema neurais da dor. Esses sintomas são as manifestações motoras da doença. porém existem os sintomas não motores. A sintomatologia pre motora ocorre anos antes da manifestação motora da doença. Os principais pre motores são as disautonomias (pessão baixa, hipotensão postural) , hiposmia (falta de cheiro), constipação intestinal, urgência urinaria, transtornos do sono REM com excesso de movimentos durante o sono, dor causada pela falta de dopamina ou pela rigidez e falta de movimento, redução da atenção e da memória, depressão e apatia. Na fase mais tardia vem o freezing de marcha, alterações cognitivas e discinesias. Importante ressaltar que a maioria dos pacientes tem sintomas leves moderados durante muitos anos com a doença e pode ter vida normal desde que tratado corretamente. A flutuação motora ocorre quando o efeito da medicação (Levodopa) passa ou efeito do final de dose. As vezes essa flutuação pode ocorrer mesmo no meio do efeito da dose e esse pode ser caso de indicação de cirurgia. "Fase on" é quando a medição esta funcionando e "fase off" quando a medição para de funcionar. A demencia na doença de Parkinson é infrequente e tardia na doença com dificuldade de localização no espaço, apatia etc... A demencia precoce pode estar associada ao Parkinson Plus ou atípico como doença de Levy. Os exames de imagem sao usados para descartar condições clinicas que podem simular doença de Parkinson. A doença é diagnosticada pela caracterização clinica do paciente. Além disso o diagnóstico é feito pela resposta do paciente à dopamina. Além disso, a característica evolutiva é importante, pois o aparecimento do sintomas de outras doenças neurológicas pode levar a outros diagnósticos. Alguns exames podem reforçar a doença de Parkinson com Ressonância com estudo de Nigrossomo, cintilografia cerebral com Trodat e ultrassonografia com estudo de mesencéfalo e substancia negra. #parkinson #parkinsonismo #doençadeparkinson
Fertilização in vitro é um "bypass": ovulo e espermatozóide não estão se encontrando ou quando se encontram não formam o embrião e portanto, a função da fertilização é fazer a fecundação no laboratório. Formado o embrião ele volta para o útero da mulher a fim de prosseguir a gestação. A mulher menstrua, fica fértil em torno de 14 dias quando há retirada dos óvulos (época da fertilidade) e menstrua de novo. O embrião pode voltar para o útero após a menstruação ou pode ser congelado para voltar para o ventre mais tarde. Com as técnicas atuais, o sucesso de um embrião implantado evoluir para gestação completa é de 70 a 75% dos casos. As chances de uma mulher engravidar na idade fértil são de 90% ao ano, ou seja, se ela nao engravidar algum problema esta acontecendo. Há necessidade verificar se o homem tem espermatozoide, se a mulher ovula ou se o caminho do óvulo esta em ordem (anatomia). As principais causas de infertilidade são: 30% a 40% fator masculino, por infecção como doenças sexualmente trasmissíveis, covid 19, homens que nascem com baixa produção de espermatozoide e varicocele; nas mulheres 30 a 40% distúrbios de ovulação por deficiência hormonal, obesidade, síndrome de ovário policístico, doenças autoimunes e por ultimo anatômico como endometriose, infecções sexualmente transmissíveis, infecções virais como caxumba, covid 19, entre outras causas. Importante ressaltar o novo crescimento da incidência das doenças sexualmente trasmissíveis por conta da redução do uso do preservativos e por consequência aumento da infertilidade. Alguns hábitos podem prejudicar a fertilidade: tabagismo, alcoolismo, obesidade, sedentarismo, uso de anabolizantes esteróides e alimentação inadequada. A preservação dos óvulos é muito importante para mulher. A técnica para retirada dos óvulos começa pela visualização dos folículos do ovário. Um hormônio injetável (FSH) é administrado no começo do ciclo da ovulação para fazer com que vários folículos cresçam. O congelamento de óvulos é seguro sob fiscalização da ANVISA. A avaliação de infertilidade inicia-se pela história do casal como idade, analizar a produção de espermatozoides, a ovulação da mulher e alterações anatômicas. O tratamento clinico pode ser feito através da indução da ovulação e coito programado. Pode ser feito ainda a inseminação artificial com a colocação do espermatozoide na vagina ou intrauterina que é feita no laboratório. Na fertilização in vitro ocorre a fertilização no laboratório e depois esse embrião volta para o útero dela no quinto ou sexto dia (transferência a fresco). Na transferencia a fresco pode-se estudar a genética e qualidade do embrião o que aumenta a eficácia da possibilidade de gestação. Engravidar espontaneamente após 45 anos é uma exceção, um evento que não é o comum. Uma paciente que quer engravidar acima de 50 anos se tiver clinicamente bem não há problemas maiores: muitas mulheres tentam a gestação porque perderam um filhos ao longo da vida. Portanto, uma possibilidade para um casal com filhos únicos é congelar óvulos. Considerando os pacientes transsexuais, uma vez que eles não façam a mutilação, ou seja, não retirou-se órgãos como útero, ovários, testiculos, etc... esses pacientes podem querer uma familia no futuro, daí a importancia de congelar óvulos ou espermatozóides. Além disso tem que fazer exames preventivos como exames ginecológicos de rotina ou rastreio de cancer de próstata, testiculos etc.. O pré natal dos pacientes com fertilização in vitro é mais difícil porque muitas mulheres não engravidam por problemas de saúde. Hoje, graças a evolução da medicina, é permitida a transferencia de um ou no máximo dois embriões, o que reduziu muito a incidencia de trigêmeos e quadrigêmeos, o que acarretava o risco da prematuridade nessas crianças com sequelas para o resto da vida. #fertilizaçãoinvitro #fertilização #reproduçãoassistida #reproducaoassistida #infertilidademasculina #infertilidadefeminina #infertilidade
Qualquer evento que interrompa o fluxo sanguíneo e atrapalhe o metabolismo do cerebro é considerado acidente vascular isquêmico. Na rotura de um vaso sanguíneo no cerebro provoca extravasamento do fluxo sanguíneo para o tecido cerebral ou para o espaço onde se localizam os vasos do cerebro (espaço subaracnóideo). Cerca de 80% dos AVCs são isquemicos. O sangue sai do coração, passa pelos grandes vasos em direção a cerebro e alcança a microvasculatura cerebral. Neste trajeto pode ocorrer formação de coágulos e interrupção do fluxo sanguíneo. Os coágulos podem ser formados no coração, na parede dos grandes vasos quando ocorre a rotura de uma placa de gordura ou na dissecção arterial; os pequenos vasos do cerebro podem sofrer alterações com interrupção do fluxo sanguíneo em pequenas áreas chamadas de lacunas. Existem fatores de risco que podem ser doenças ou condições que levam ao acidente vascular isquêmico. Os fatores de risco podem ser modificáveis ou nao. Fatores de risco não modificáveis: idade (quanto maior a idade maior a chance de AVC), gênero e fatores genéticos. Fatores modificáveis, onde o médico deve focar para prevenção primária: 1) Pressão alta, 2) alimentação, ou seja, dietas que elevam o colesterol, glicose e pressão, 3) diabetes, 4) colesterol, 5) tabagismo e 6) consumo de bebidas alcoólicas. Infelizmente o AVC também pode ocorrer em pessoas jovens. As principais causas são: 1) uso de anticoncepcionais, 2) enxaqueca complicada, 3) forâmen oval patente, onde coágulos do sistema venoso podem alcançar a circulação arterial, 4) doenças inflamatórias como Lupus, doença de Takayatsu, 5) cardiopatias em jovens, 6) dissecção arterial onde ocorre hemorragia na parede da artéria com desprendimento de coágulos para o cerebro, 7) consumo de álcool e energéticos que podem provocar arritmias cardíacas, 8) drogas licitas ou ilícitas que provocam inflamação dos vasos intracranianos (vasoconstrição cerebral reversível). Importante ressaltar que o stress também é um fator de risco para ocorrência do AVC por conta da elevaçao da pressão arterial, aumento dos níveis de glicemia e da atividade inflamatória no corpo. Por outro lado, bons hábitos alimentares e exercícios físicos podem evitar a ocorrência de AVC. Um mineumônico foi criado para que a população consiga lembrar dos principais sintomas associados ao AVC: SAMU. S de sorriso, A de abraço, ou seja, paciente tem que levantar os dois braços para dar um abraço, M de mensagem onde o paciente nao pode ter dificuldades para falar, e U de urgência em caso dos sintomas anteriores para procurar o hospital rapidamente. Ataque isquêmico transitório é a reversão espontânea do déficit motor nas primeiras 24h de inicio dos sintomas. No tratamento do AVC isquêmico, quanto mais demorado o atendimento maior o risco de nao responder ao tratamento com trombolíticos. O tratamento da fase aguda é baseado no desentupimento dos vasos com remedio ou procedimentos e tem que ser instituído rapidamente para evitar a morte do tecido cerebral e sequelas neurológicas. Infelizmente alguns pacientes que tem déficit motor esperam para ir ao hospital e acabam desenvolvendo sequelas. Mesmo que haja melhora espontânea do déficit motor em 5 minutos o paciente deve procurar o hospital. Internar o paciente com AVC ou ataque isquêmico transitorio é importante para tratar a recurrencia do AVC e investigar as causas mais rapidamente, além de correções de desidratação, alterações no coração, etc.. O atendimento hospitalar é especializado com equipe intra-hospitalar alerta que tria o paciente para sala de emergencia e abertura do protocolo AVC: uma vez desencadeado a equipe especializada vai atender o paciente imediatamente incluindo o neurologista e exame de Tomografia. O tratamento inicial é a trombolise intravenosa para tentar dissolver o coagulo de um vaso ocluido até 4:30h após o sintoma. Caso passe o tempo aplica-se as terapias intravasculares. #avc #derramecerebral #avcisquemico
Envelhecimento é moderno, pois nos últimos 50 anos a expectativa de vida aumentou 30 anos. Idoso no Brasil são pessoas a partir dos 60 anos em países em desenvolvimento e 65 anos em países desenvolvidos; importante ressaltar que essa diferença ocorre entre esses países em decorrência da expectativa de vida. No Brasil a expectativa média de vida está em torno de 76 anos. Futuramente idosos serão aqueles acima de 70 anos. Naturalmente o homem é mais ativo por mais tempo porém o declínio é mais rápido, portanto a expectativa de vida na mulher é maior do que no homem. Envelhecer é inflamar, ou seja, todas pessoas inflamam ao longo da vida com a formação da aterosclerose, e alguns fatores podem acelerar essa inflamação como tabagismo, stress e maus hábitos de vida. Blue Zones são regiões do mundo onde há muitos centenários: Okinawa (Japão), Sardenha, Loma Linda (EUA) e Costa Rica. Em Okinawa o segredo é barriga a 80%, ou seja não se estufar para comer com restrição calórica. Lembrar que obesidade é altamente inflamatória e pode causar resistência a insulina e pré diabetes. Na Sardenha em destaque está o hábito do movimento em que as pessoas tem hábito de andar em baixa intensidade mas, de forma constante o dia todo. Loma Linda tem um dia reservado para descansar ,engajamento social na comunidade, crença (fé, positividade, felicidade) e o vegetarianismo. De todas é a mais longeva. Trabalhar com idosos frágil significa melhora a massa muscular para ela tornar-se funcional, como dirigir, andar sem apoio, nadar, etc... Grande preditor de longevidade são os bons relacionamentos humanos. As transformações no corpo durante o envelhecimento ocorre por morte celular gradativa. Além disso, as funções celulares perdem a eficiência. Ocorre desidratação na pele, vértebras e ósseos. A biodinâmica da coluna muda por sobrecarga e por perda da musculatura. Importante ressaltar que não é normal a desfuncionalidade grave dos idosos, como emagrecimento com perda de massa muscular e lentificação. Esse processo é chamado de síndrome de fragilidade. Outra função muito afetada é a memória que muitas vezes revela síndrome demencial como Alzheimer. No sistema imunológico reduz no combate a infecção, porém, algumas são muito ativas levando inflamação no corpo. A digestão do alimento é mais lenta, a absorção dos alimentos diminuiu e a flora intestinal muda. Na boca, a infecção periodontal e gengivites podem estar associadas à pneumonia, estado inflamatório global e mal funcionamento cerebral, inclusive, predispondo ao Alzheimer. Além disso não ter dentes prejudica a nutrição do idoso. Audição é um fator de associação muito forte com demência, especialmente com Alzheimer. Não ouvir bem reduz a estimulação neuronal e favorece a redução cognitiva. A colocação precoce da prótese e fundamental para manter as vias auditivas integras. A função visual também é importante para modular o cerebro e manter as vias neuronais troficas. Idoso frágil é aquele que pequenas infeções como gripe, uma cirurgia simples, um transtorno emocional o idoso tem um stress e não volta mais a ser o que era antes. O diagnóstico de fragilidade pode ser feito pelo critério fenotípico: 1) perda de peso de 5% ou mais em um ano; perda de apetite; 2) fraqueza que pode se manifestar com maior dificuldade para carregar peso, subir escada; 3) lentificação, 4) exaustão (excesso de cansaço) e 5) inatividade física (pessoas ficam mais paradas). A maioria dos idosos frágeis são mulheres, porem, vivem mais. Isso ocorre pela incidencia maior de alterações osteoarticulares e menor massa muscular. Os distúrbios cognitivos estão associados à fragilidade. Na fragilidade o tratamento é multidisciplinar incluindo a família e o entorno do paciente. Em distúrbios da marcha a atuação do fisioterapeuta é fundamental. Além disso, a nutrição, enfermagem, fonoaudiologia educadores físicos também sua muito importantes. #idosos #envelhecimentosaudavel #envelhecer #envelhecercomsaude
Dr Maurício Teixeira, Neurologista do Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da USP especializado em declínio cognitivo no grupo de demências do Hospital das Clinicas da FMUSP. Cognição são funções cerebrais realizadas por redes de neurônios específicas do cérebro como memória, raciocínio, atenção, planejamento, linguagem, capacidade de reconhecimento, comportamento alimentar, sexual, social, entre outros. Em alguns declínios cognitivos uma ou mais funções podem estar preservados ou não. Memórias podem ser divididas em vários tipos. A memória episódica ou autobiográfica lembram os episódios da vida; a memória semântica é a capacidade de nomear objetos previamente conhecidos (armazenada nos lobos temporais); memória de procedimento é uma memória motora dos movimentos automáticos como dirigir, andar de bicicleta, esporte, tocar instrumentos; memória prime é aquela que é associada a um gatinho como sentir um cheiro e lembrar de algo específico. O ser humano percebeu que o cérebro é incapaz de reter todas informações necessárias e expandiu a memória para registros no papel, dispositivos eletrônicos , nuvens e inteligência artificial. A memória e cognição são responsáveis pelo significado da vida! Esquecimento pode estar associado à ansiedade, insônia, lesões em áreas especificas do cerebro, entre outras. Essas causas estão associadas à dificuldade atencional que nao coloca as informações no circuito da memória. Em geral este tipo de esquecimento não está associado à demência. Demência é quando o esquecimento ou a falta de cognição começa a afetar a funcionalidade, ou seja, a pessoa deixa de fazer as coisas que habitualmente ela fazia. Essas coisas podem ser sutis até coisas básicas como se vestir, comer e tomar banho. Reserva cognitiva funcional é a capacidade que o cerebro tem de resistir a insultos e manter a cognição do paciente. Nos adultos jovens o cerebro está em formação e quanto mais estudo melhora a reserva funcional do cerebro; a continuação do estudo ao longo da vida mantém a reserva funcional. Além disso, o esporte e movimento também ajudam na reserva cognitiva. Alguns testes podem avaliar a congniçao. Os mais conhecidos são o minimental, Moca, bateria breve, entre outros que podem ser feitos no consultório. No minimental é feito com questões sobre orientação temporal (acometida precocemente na doença de Alzheimer), espacial, memória, interferência com calculo, repetição de palavras (tres palavras, testes de linguagem e por fim habilidade visoespacial. Dessa forma, consegue-se realizar avaliação global. Doença demencial degenerativa ocorre com o acúmulo de proteínas em regiões especificas do cerebro o que causa morte dos neurônios de maneira progressiva causando sintomas específicos. Cada uma delas produz proteínas diferentes que se acumulam em lugares diferentes. Na doença de Alzheimer o acúmulo é na região temporal que faz com que o paciente se esqueça de fatos recentes. Outro sintoma frequente é a desorientação topográfica, ou seja, a pessoas se perde em lugares que conhecia, desorientação temporal e a medida que há acumulo de mais proteínas os sintomas avançam chegando a alucinações visuais e motoras. Demencia frontemporal é caracterizada com afasia primária progressiva. Nesta demência ocorre perda de neurônios localizada nos lobos frontais e temporais, e dessa forma, ocorre a afasia, ou seja, paciente tem transtorno de linguagem com dificuldade para falar ou nao consegue formular frases completas, não dá resposta adequada. Doença dos corpúsculos de Levy costuma começar com alterações cognitivas com redução do foco atencional, alucinações visuais precoces (complexas), alterações de sono e parkinsonismo. Na doença de Alzheimer existem mecanismos genéticos e ambientais. Os ambientais são pressão alta, diabetes, cigarro, sedentarismo, poluição, baixa escolaridade, dificuldade na audição, ou seja, todas causas evitáveis. #demencia #alzheimer #cognição #reservacerebral
No organismo há dois estados comportamentais: sono e vigília; importante ressaltar que um depende do outro. Sono é um estado fisiológico de um momento de redução da percepção do meio em que estamos com relaxamento musculares; é um estado comportamental reversível, onde há despertar para alguns estímulos específicos. As principais características fisiológicas são: coração bater mais fraco, bexiga retém mais urina e rim filtra menos urina. Durante o sono o cérebro esta ativo, porém de maneira diferente em relação a vigília. A postura habitual do sono porém o sono pode ocorrer em pacientes que estão de pé nas parassonias, como por exemplo no sonambulismo, terror noturno, despertar do sono dissociado. A principal função do sono produção e liberação da melatonina. Além disso, ocorre liberação de hormônios que regulam a pressão arterial sistêmica, regulação e manutenção dos circuitos neurais, reutilização da memória para redefinir as conexões neurais, preservação da cognição, regenera células, reduz a atuação do sistema simpática que ajuda a reduzir a atividade cardíaca, efeitos antinflamatórios, modulação do comportamento, entre outros. Se alguém tiver algum processo biológico (apneia, pernas inquietas, etc) que reduz o sono pode ter prejuízo nas funções do sono. Há tres tipos de pessoas em relação ao horário do sono: vespertinos, matutinos e intermediários. Matutinos são aqueles que o sono vem mais cedo e vai embora mais cedo. Vespertinos são aqueles que o sono vem mais tarde e vai embora mais tarde; os intermediários sao a maioria da população. Importante ressaltar que o vespertino dificilmente vira um matutino e vice versa. Se alguém tentar essa tranformaçao haverá sérios problemas de saúde em relação às funções do sono. Importante ressaltar que o sono tem importante função no sistema imunológico, onde há fortalecimento das células sanguíneas de combate a infecção, liberação de interleucinas e liberação dos radicais livres. Por isso que é natural as pessoas sentirem mais sono durante infecções. Os principais hormônios liberados no sono são o hormônio do crescimento (GH) e melatonina. Quanto tempo tenho que dormir? A resposta correta é dormir o quanto o corpo esta pedindo que pode ser uma pouco mais ou menos da média. Quanto mais tempo ficamos acordados maior a tendencia de vontade para dormir. Existe um sistema que abre as "porteiras" do descanso e avisa que o corpo precisa de descansar, ou seja, o timer das células é avisado da necessidade de descanso. A glândula pineal é avisada que esta no timer de descanso e libera a melatonina que "avisa" as células do corpo da necessidade de descanso. Por observação as pessoas dormem 8h em geral. O sono tem 2 grandes etapas: fase REM (rapit eyes moviments) e fase NREM (nao rem). O NREM é o sono profundo que é a primeira fase. Sono REM é a segunda fase do sono onde o despertar é mais fácil. A maior parte dos sonhos ocorre na fase REM e possivelmente é a fase de modulação da memória e emocional. O maior relaxamento muscular ocorre no sono REM para que não haja movimentos do corpo nos sonhos (interação do corpo no sonho). Nesta fase ocorre roncos e apneia do sono por relaxamento excessivo da musculatura das vias respiratórias. Quando a pessoa tem vontade de dormir depois do acumulo, os alertas devem ser inibidos e essa vontade deve ser respeitada para a fase NREM do sono: é mais importante relaxar para dormir do que dormir para relaxar. Quais fatores que influenciam o sono? Barulho, agitação, luz intensa, drogas e estimulantes cerebrais (cafeína, cigarro), pensamento que pode gerar calma e tranquilidade ou agitação e estado de alerta (preocupações, stress, etc). Para dormir tem que ter local adequado e tempo para dormir. Insônia ê um sintoma noturno que é a dificuldade de iniciar o sono ou continuar o sono. Ela vai levar a um problema diurno como cansaço, stress, irritação, falta de concentração, etc. #insonia #sono #apneiadosono
Ter dor de cabeça é algo da experiência humana: 90% da população terá dor de cabeça, em um ano 70% da população terá dor de cabeça, ou seja, cefaléias secundárias, pontuais. As enxaquecas tem prevalência de 15% da população, porém menos de 5% das pessoas que são candidatas a tratamento procuram o médico, portanto, a maioria destas pessoas tratam nas farmácias onde as pessoas tem acesso quase ilimitado aos analgésicos sem receita e orientação médica. O que dói na cabeça: couro cabeludo, as membranas que recobrem músculos e tendões, músculos, periósteo do crânio e as meninges da base de crânio (capa que envolve o cerebro). Outra importante estrutura que dói na cabeça são os seios da face que doem principalmente na sinusite. O tratamento de rinite pode evitar crises de enxaqueca, porém vasoconstritores nasais não devem ser usados para tratar a rinite porque pode piorar a rinite e provocar vasoconstrição nos vasos do cerebro com risco de AVC. Cefaléia secundária é aquela que é sintoma associada à outras doenças como por exemplo Covid 19, gripe, etc. A cefaléia primária a dor é a doença e tem que ser recorrente. No diagnóstico de enxaqueca, por exemplo, tem que haver pelo menos 5 crises para o diagnóstico, uma dor de moderada para forte, tende a ser de um lado, tende a ser latejante, piora com os esforços, incomodo com luz, barulho e enjoo. A cefaléia tensional ocorre nos dois lados e é mais fraca. Importante ressaltar que o paciente pode ter dois ou mais tipos de cefaléia concomitantemente. Quando o paciente tem mais que três episódios de dor de cabeça por mês é importante procurar tratamento médico para diagnóstico e tratamento adequado. Porém, a dor de cabeça de início recente, em pessoas acima de 50 anos, inédita, início súbito, forte e refratária ao tratamento também deve ser investigada. Quando ir ao pronto socorro: dor de cabeça aos esforços físicos de inicio súbito e repentino, dor com sintomas neurológicos como confusão, perda de força, queda da pálpebra, dificuldade para enxergar, etc, dor de cabeça em doenças crônicas como cancer, diabetes, HIV, transplantados, usuários de aspirina. Cefaléia em salvas é uma dor que vem em surtos, como se fossem tiro de canhão, muito forte, unilateral, duração menor que a enxaqueca, horário específico, fenômenos disautonomicos e apresenta surtos que podem durar de dois a três meses. Ocorre 2 a 3 vezes mais no homem, tem relação com cigarro e bebida alcoólica. A dor pode ser cortada com sumatriptano e oxigênio. Dor hipinica ou noturna (madrugada): hipertensao intracraniana associada a hematoma subdural cronico, hidrocefalia, tumor e idiopática (dor, zumbido e obesidade). Outras causas seriam apneia do sono e diabetes. Enxaqueca é uma doença neurológica, comum e cronica. Critérios diagnósticos: 5 crises na vida, duração de 4 a 72 horas sem tratamento, latejantes pulsátil, de um lado da cabeça, ser de moderada a forte intensidade, piorar com a atividade física, ter fotofobia, fonofobia, náuseas e vômitos e nao ser relacionada com alguma doença. A causa é multifatorial: pré disposição multigenica, hormonal na mulher, fatores externos como sobrecarga física e mental (privação de sono, ansiedade, preocupação irritabilidade, etc), alimentar (sobrecarga de qualquer alimento), porém, a causa mais comum é não alimentar-se, álcool, sedentarismo, atividade física exaustiva, entre outras. A sincope, disautonomia e rinite alérgica podem acompanhar a enxaqueca. Aura é um fenômeno visual que aparecem de 5 minutos a uma hora antes da enxaqueca; esse sintoma pode aumentar o risco e AVC e infarto. A enxaqueca pode ocorrer sem dor, ou seja, somente a aura, sonolência, irritabilidade, fotofobia, fonofobia, etc.. Tratamento profilático da enxaqueca: técnicas de relaxamento e meditação são muito importantes evitando sofrer com o passado e o futuro. Algumas medicações podem ajudar a evitar as crises como antidepressivos, anticonvulsivantes, toxina botulínica e anticorpos monoclonais.
Síncope, ou popularmente conhecida como desmaio é a perda súbita da consciência. Existem várias causas de perda da consciência, porém a síncope é causada pela falta de fluxo sanguíneo no cérebro com rápida recuperação assim que houver restabelecimento desse fluxo; as vezes o paciente tem uma amnésia dos acontecimentos. Importante saber a definição de autorregulação cerebrovascular: a gravidade dificulta o sangue chegar no cérebro e facilita a saída do sangue no cérebro. Portanto, o sistema circulatório cerebral e cardiocirculatório matem constância do fluxo no cerebro mesmo em posição bípede. Na crise convulsiva existe descarga elétrica no cérebro que dá sintomas específicos da área de descarga como movimentação das mãos, da boca, etc que pode generalizar-se com preda da consciência e movimentos tônico clínicos; por vezes há excesso de fluxo sanguíneo cerebral o que a diferencia da síncope. Frequentemente paciente demora para acordar com despertar confuso e agitado. Em raros casos há dificuldade em diferenciar síncope da convulsão. As principais causas de síncope são hipotensão posturais por queda de pressão (posturais), as causas cardíacas por arritmias (alterações nos batimentos cardíacos) ou alterações estruturais do coração (músculo do coração ou válvulas do coração) e tromboembolismo pulmonar. A síncope associada às alterações do batimento cardíaco (arritmias) estão associadas à risco de morte súbita e sempre devem ser descartadas. Para o diagnóstico é importante ter informações de quais sintomas o paciente sentiu antes do desmaio e de alguma testemunha que viu o desmaio. Por vezes, coletar filmagens de câmeras de segurança ajuda muito no diagnóstico. Geralmente as síncopes de origem cardíaca são do tipo desliga liga, ou seja, desmaia sem sentir nada antes do desmaio seja por redução ao aumento acentuado da frequência do batimento do coração; em casos de aceleração o paciente pode sentir palpitação antes do desmaio. Sempre que o paciente for examinado deve ser auscultado com estetoscópio e medir a pressão deitado e em pé. Se houver sopro no coração uma doença cardíaca estrutural pode ser diagnosticada. Se a pressão do paciente cair em posição de pé pode estar associada à falta de fluxo por queda dessa pressão. A síncope em posição ortostática (em pé) pode estar associada à síncope reflexa (vaso vagal) ou por queda da pressão associada à desidratação, remédios, etc... (disautonomias). As disautonomias podem estar associadas à doenças crônicas como Parkinson, demências, diabetes, Covid longo, entre outras. Os sintomas preliminares do desmaio podem ocorrer como calor, palidez, moleza, náusea, entre outros. A frequência cardíaca pode cair e por vezes pode ocorrer ausência de pulso por segundos: imediatamente o paciente deve ser deitado para recuperação do paciente. O maior perigo para esses pacientes é cair e sofrer um trauma de face, crânio ou fraturas pelo corpo. Esses pacientes devem ter cuidado ao levantarem-se quando vão urinar a noite, em ambientes lotados, momentos de stress; também devem evitar tomar banho sozinho na piscina, não andar no local da calçada perto de onde os carros passam, quando for tomar banho no hotel abrir a agua fria antes da agua quente. Na academia ou treinos ocorrem dois tipos de síncope: 1) no esforço que sugere arritmias cardíacas (risco de morte súbita) e 2) pós esforço que podem ocorrer por redução da pressão arterial. No segundo exemplo, o paciente deve evitar parar o esforço abruptamente e evitar exercícios de agachamento. É importante que nesses pacientes o exercício é importante. Principais medicações associadas às síncopes: alfa bloqueadores para hipertrofia prostática, anti-hipertensivo vasodilatores como anlodipina, diuréticos, entre outros, antidepressivos como quetiapina. Consumo de álcool também pode causar síncope. Tratamento das síncopes por hipertensão: tomar água, usar meia calça, mudar de posição gradativamente. #desmaio #síncope #arritmiacardiaca
Dra Telma Antunes especialista e doutora em pneumologia pelo Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da USP. Quando Cristovão Colombo chegou as Américas observou que índios mascavam a folha de alcatrão (rapé) picada e isso dava prazer. Ele levou essa folha até a Europa e lá as pessoas picavam a folha e partículas mínimas para cheira-la. Em 1880 essas partículas foram introduzidas no cigarro e dessa forma começou a industria do tabaco. A indústria prosperou porque a nicotina, substancia da folha de alcatrão gera dependência por proporcionar prazer. A cada 10 pessoas que usam nicotina 8 ficam dependentes, ou seja, é uma droga muito viciante.A nicotina funciona como qualquer outra droga porque se liga a um receptor no cérebro que reduz a ansiedade e quando o efeito da nicotina passa gera angústia, desconforto que só melhora com mais ingestão de nicotina o que cria um ciclo que faz com que o fumante aumente o consumo de cigarro para ter prazer. Porém no final da década de 80, após 100 anos de consumo, percebeu-se as doenças causadas pelo tabagismo e dessa forma deu-se início às campanhas para combate ao tabagismo. O filtro do cigarro tem a principal função de reduzir a temperatura do cigarro na boca que pode chegar a 400 graus na ausência de filtro e dessa forma reduz a incidência de cancer de boca. Há várias substancias tóxicas no cigarro (ao redor de 4000) que são reduzidas pelo filtro. Problema é que o fumante passivo pode inalar a fumaça e ter chances de desenvolver bronquite, enfisema e cancer de pulmão, embora numa taxa menor do que em fumantes. Apesar do filtro, o cigarro esta relacionado a diversas doenças. Os dois tumores mais frequentes associados ao cigarro são pulmão e bexiga. Além disso, as doenças arteriais sistêmicas com entupimento dos vasos periféricos, doenças arteriais cardíacas e hipertensão. O enfisema pulmonar é uma doença muito frequente no tabagista pela redução da elastina no pulmão que cria uma bolha dentro do pulmão que reduz a troca de oxigênio com o sangue. A bronquite também relacionada ao tabagismo aumenta o espessamento do brônquio que impede a saída do ar no pulmão. O cigarro também é um desencadeador de cefaléia (dor de cabeça). A perda gradual de audição, tontura e zumbido é mais frequente em fumantes. Vários estudos também mostram a redução do sono relacionado ao número de cigarros consumidos/dia. O agravamento de doenças autoimunes como Miastenia Gravis, artrite reumatóide e esclerose múltipla são agravadas pelo tabagismo. Porém, as principais doenças neurológicas associadas ao cigarro são o acidente vascular isquêmico e hemorrágico em decorrência da doença da parede arterial associada ao cigarro. É o principal causador de aneurismas cerebrais. Há tres tipos de cigarro de palha: 1) tabaco enrolado em palha de milho que tem uma combustão mais rápida por causa da palha de milho. Essa palha concentra mais a fumaça do cigarro que proporciona a inalação de muita fumaça. Além disso provoca aumento da temperatura da boca o que causa cancer de boca (pior forma de tabagismo). 2) tabaco enrolado no papel de ceda que concentra menos da fumaça. 3) Palheiro industrializado que tem filtro, porém mais fraco. Narguile surgiu no Oriente médio para mulheres fumarem. É um pote com tabaco com carvão para inalar, portanto inala-se muito mais substancias do cigarro, monóxido de carbono: uma hora de narguilé equivale de 100 a 200 cigarros. Cigarro eletrônico: surgiu como forma de redução de dano para cigarro normal. Porém, a industria do tabaco colocou sal de nicotina que é mais absorvida pelo alvéolo e chega mais rápido no cerebro o que da mais prazer com um ciclo mais curto, e dessa forma induz a dependência de uma forma mais rápida. Esta forma de tabagismo esta associada a inflação pulmonar especifica e no futuro podem aparecer outras doenças ainda desconhecidas por tratar-se de dispositivo novo. #tabagismo #cigarro #cancer
Neste episódio Dr Marcos Valério fala a respeito da morte súbita, definição, prevenção primária como rastreamento dos principais fatores de risco e prevenção secundária (manobras de ressuscitação). Morte súbita é definida pela OMS que é a morte que ocorre até uma hora após os sintomas ou até morte que ocorre em 24 sem testemunho; pela American Heart Sociation que é a perda súbita da consciência com a parada cardíaca e sea nada for feito de 4 a 6 minutos o indivíduo entra numa condição irreversível de morte. Isso pode acontecer em pessoas comuns fora do hospital e não há muito tempo para instituir tratamento a fim de reverter essa situação. A incidencia é aproximadamente de 300 mil mortes por ano fora do ambiente hospitalar. No grupo dos atletas é menor do que na população mundial em decorrência dos hábitos de vida porque o esporte é protetor do coração, porém atletas de alta performance e que usam drogas ilícitas para melhorar a performance a mortalidade é maior. A morte súbita é mais frequente no sexo masculino, a maioria das pessoas entre 60 e 65 anos com doenças adquiridas como doença coronariana. Em atletas houve um pouco de aumento da morte súbita nos atletas de alta performance por conta do aumento das modalidades esportivas com menos rastreio. A hipertrofia patológica do coração é uma das causas mais frequentes de morte súbita em atletas. Para os atletas praticantes de exercícios físicos regulares a incidência de morte súbita é mais baixa, porém aquele que pratica exercícios casuais o exercício pode ser um gatilho para morte súbita. Em jovens, a testosterona e seus derivados podem estar associados à morte súbita por alterações nas fibras cardíacas, aumento do colesterol LDL, etc... Outra substancia é a cocaína por aumento do consumo do miocárdio associada à vasoconstrição dos vasos. Por fim, consumo de energéticos com cafeína associados ao álcool que estão associados à arritmias cardíacas e morte súbita. O mecanismo da morte súbita pode ser por conta de um "curto circuito" nas fibras cardíacas com aceleração patológica do coração (taquicardia que evoluiu para fibrilação ventricular onde o coração não consegue mandar fluxo para o corpo). Também pode haver a assistolia onde o coração não tem atividade elétrica nenhuma ou pode haver um ritmo que chama-se atividade elétrica sem pulso: nessas duas condições a chance de reverter a parada cardíaca é menor. Uma pessoa com sintoma de infarto, que geralmente é típico: dor no meio do peito opressiva, pode ser em queimação que aumenta com o tempo, irradia para o braço ou para mandíbula, dor no estômago, palidez, mal estar, etc... associados a fatores de risco tem que ir urgente para o hospital: 5 a 10% dos infartos causam morte súbita fora do Hospital: a cada minuto de demora para o socorro aumenta de 8 a 10% a chance de morte. Única maneira de tratar a morte súbita é estar perto de um médico, hospital e de um desfibrilador. Qual a principal característica da parada cardíaca: perda da consciência sem pulso. A prevenção primária para rastreio: 1) história familiar de morte súbita (muito importante), 2) diabetes 3) hipertensão 4) sedentarismo, 5) obesidade. Exame físico também é importante. Exames complementares: para avaliar arritmia cardíaca, performance física (teste ergométrico), Ecocardiografia identidade, eletrocardiografia: com a estratificação pode fazer angiotomografia e/ou cinecoronariografia. Frente a uma suspeita de parada cardíaca: 1) ver se o paciente tem consciência, 2) chamar ajuda, 3) verificar pulso (ausência de pulso) 4) 100 compressões torácicas / minuto (ventilação é secundária na parada cardíaca) no ritmo adequado. #mortesubita #infarto #paradacardíaca
Neste episódio, Dr Pedro Henrique, especialista em dor, aborda a definição, sintomas, principais doenças associadas a dor e tratamento. O Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da USP em São Paulo tem um departamento específico para tratamento da dor onde equipe multidisciplinar que aborda o paciente com profundo conhecimento das causas da dor e de como aliviar a dor do paciente com medidas medicamentosas e não medicamentosas. Os principais especialistas são: neurocirurgiões, neurclinicos, anestesistas, fisiatrias, anestesistas, dentistas, psicólogos, educares físicos e fisioterapeutas. Dor é uma experiencia emocional ou sensorial desagradável relacionada a uma doença real, ou doença potencial: você não precisa de ter uma lesão ou doença que cause a dor, a doença pode ser a dor, ou seja, paciente tem dor por dor. Há três tipos de dor: 1) Dor neuropatica que é um dano no sistema neurosenssorial, 2) Dor nociceptiva que é o mecanismo de defesa para evitar lesões e 3) dor nociplastica que é uma dor proveniente do centro da dor e das vias da dor, sendo essa dor a mais comum, como por exemplo dor lombar, cefaleias, entre outras. É muito importante saber o tipo de dor para tratamento específico e prognostico dos pacientes. A dor pode ser aguda (dor que ocorre em 3 meses ou em 6 meses com menos de tres meses com dor). Dor crônica, mais que 6 meses: ela pode ser inespecífica (idiopáticas, nociplastica, emocional) ou pode estar associada à alguma doença, como artrites, cancer). Adicionando ao grupo de dor, existem as dores crânio faciais como por exemplo disfunção da ATM, neuralgia do trigêmeo, entre outras. O tratamento da causa de uma dor aguda não significa que haverá redução da dor. Na síndrome complexa regional, após o tratamento de uma fratura pode haver o surgimento de uma dor maior do que a dor aguda da fratura em decorrência da imobilização do membro. A dor pode ser classificada através de questionários e pode ser medida subjetivamente através de notas e/ou algiometro que pode calcular a pressão aplicada à pele e testa o limiar da dor que é o estímulo mais baixo que provoca a dor. As principais doenças associadas ao tratamento de dor: 1) Cefaléias como enxaqueca, tensional, por uso excessivo de analgésicos - maior causa de afastamento do trabalho, 2) Algias craniofaciais, como neuralgia do trigêmeo, 3) Lombalgia que atinge 80% da população e 90% das causas são inespecíficas, 4) Dores articulares (artroses) que tende a acontecer em pacientes com obesidade, sedentarismo, com fatores genéticos, 5) Dor oncológica que reduz a sobrevida do paciente, 6) Dor pélvica crônica que ocorre principalmente em mulheres com endometriose, 7) Dor muscular ou miofacial causada por contraturas musculares, 8) fibromialgia é uma doença onde não há entendimento da causa; possivelmente esta associada à redução das vias inibitórias da dor, 9) neuralgia pós herpética também conhecida como "cobreiro" que ocorre após três meses da remissão da doença de herpes zoster; a dor pode ser prevenida com vacina, 10) síndrome complexo regional causada por imobilização de um membro, 11) neuralgia do trigêmeo. O uso desenfreado de medicação além de retardar o tratamento pode causar dependência. Além disso, pode haver efeitos colaterais sérios como ulceras gástrica, insuficiência renal, diabetes, hipertensão, entre outros. Principais medicações: antidepressivos que atuam nas vias da dor, suplementos como fitoterapia, colágeno tipo II para articulações, atividade física, melhora do sono, terapia física com fisioterapeutas, canabidiol e bloqueio dos nervos que causa dor com intervenção. #dor #analgesia #analgesicos
Dr Paulo Campregher, Doutor pela UNICAMP, médico hematologista e patologista do Hospital Albert Einstein. Tratamento dos tumores: cirurgia, quimioterapia, poliquimioterapia (junção de vários quimioterapia), hormonoterapia, radioterapia e terapias celulares que surgiram do entendimento do funcionamento da célula tumoral. Quimioterapia atua na proliferação celular inclusive nas células normais dos tecidos do corpo; tem papel importante no tratamento dos tumores, porém com vários efeitos colaterais por toxicidade nas células (queda do cabelo, alterações no intestino, pele, etc). Terapias alvo: são mais acertavas porque atuam num alvo previamente conhecido o que direciona o tratamento do câncer com menos efeitos de toxicidade. Um dos exemplos de terapia alvo são os anticorpos monoclonais: o sistema imune reconhece as células tumorais porem, na maioria dos casos, é incapaz de combater essas células. Recentemente criou-se medicamentos que desbloqueiam a resposta do sistema imune para combate do câncer: imunoterapia. A terapia alvo pode ser feita de um anticorpo específico contra uma célula tumoral, ou um anticorpo ligado a uma droga que coloca fármacos ou até substancias radioativas dentro da célula. Existe ainda a terapia alvo tumor agnóstica, ou seja, atua na célula com mutações não importa o tecido do corpo. As vacinas contra o cancer ainda estão em desenvolvimento para atuar nas celulas tumorais. Outro aspecto importante na medicina de precisão é a farmacogenética que estudo como o corpo do indivíduo lida com os medicamentos. Cada pessoa metaboliza a droga de tratamento do câncer de maneira diferente porque alguns medicamentos são tóxicos para serem eficazes e portanto a farmacogenética otimiza uma doze menor, menos tóxica que trata o tumor de maneira efetiva. Recentemente, patologistas podem estudar as características celulares, do DNA e RMNA do tumor e apontar prognóstico, a melhor terapia para o tumor e as terapias que não funcionarão no tratamento do tumor. Os tumores mais impactados com a terapia de precisão foram: Pulmão, mama, ovário, pâncreas, prostata, melanoma, alguns tumores do sistema nervoso central, leucemias, linfomas, entre outros. #saude #cancer #terapiaalvo #imunoterapia #oncologia
Dr Paulo Campregher cita que em tumores familiares existem alterações genéticas de alta penetrância, ou seja, se o indivíduo tem um determinado defeito familiar no DNA ele tem altas chances de desenvolver o tumor, como por exemplo no câncer de mama, leucemias, câncer de próstata, intestino, entre outros. Porém, alguns tumores familiares podem ter características genéticas de baixa penetrância e para detecção precoce do tumor destes indivíduos a medicina preditiva caminha para os "scores de risco" onde faz-se um calculo de acumulo de modificações no DNA (scores de risco poligenicos) para ver o risco do indivíduo desenvolver o cancer. Nas alterações genéticas adquiridas existem algumas iniciativas para detecção através de exames de sangue (biópsia liquida) para indivíduos sem sintomas a fim da deteção precoce do tumor ou em pacientes ainda assintomáticos. Importante ressaltar que esses testes para serem validados tem que detectar esses tumores precocemente, portanto, esses testes ainda estão sendo avaliados. A detecção desses tumores é feita através de pequenas moléculas de DNA liberadas pelos tumores na corrente sanguínea. Em geral, os marcadores tumores clássicos existentes não devem ser usados para rastreio do cancer: devem ser usados para monitoramento da evolução dos tumores. O rastreio tradicional dos tumores deve ser realizado pois ajuda na detecção precoce dos tumores como por exemplo para mama, próstata, colo de útero, câncer colo retal e pulmão através da tomografia de tórax. O cancer de pele deve ser rastreado pelo exame clínico no dermatologista que deverá examinar o corpo inteiro do paciente. #cancer #oncologia #medicinadeprecisão #rastreio
Dr Luis Otavio Caboclo nesse podcast detalha as formas da planta Cannabis: para uso recreativo a planta tem altas concentrações de THC (cannabis sativa) e para uso medicinal a planta tem altas concentrações de CBD (cannabis sativa com muito canabidióde) e baixas concentrações de THC conhecida como cânhamo. Existem mais de 120 substancias (terrenos e flavonóides, entre outros) na planta cannabis sendo as duas principais CBD e THC. A cannabis é estudada há mais de 2000 mil anos antes de Cristo para tratar certas condições clinicas na China. Em Bagdá (Mesopotâmia) no século VII um médico usou a Cannabis para fins medicinas. No século XIX um médico inglês usou a Cannabis Índica na Índia para tratar uma forma de epilepsia grave (síndrome de West). Esse médico levou esse conhecimento para o Reino Unido que incluiu a Cannabis na farmacopéia britânica e nessa corrente também foi incluída na farmacopéia americana. Porém, na década de 40 percebeu-se os efeitos psicotrópicos da Cannabis com alto teor de THC e dessa forma, o governo americano proibiu o uso de Cannabis para qualquer forma de uso e consequente interrupção das pesquisas. Na década de 60 em Israel, Raphael Mechoulam iniciou novamente as pesquisas com Cannabis a partir de uma porção de maconha apreendida pela polícia. Este cientista foi o primeiro a identificar as moléculas CBD e THC. Na década de 70 professor Elisaudo Carlini publicou um periódico com tratamento de crises epiléticas com CBD em animais sem efeitos no comportamento deles. Mais tarde esse mesmo professor publicou um artigo com 6 pacientes que foram tratados com ótimos resultados com CBD. Na década de 90 identificou-se o sistema endocanabidióide onde achou-se receptores para o CBD em varias partes do corpo humano (pele, olhos, sistema gastrointeistal, etc..) inclusive no cérebro que são os principais alvos de CBD. As principais medicações com Cannabis sativa: 1) CBD isolado e purificado, sem THC, 2) Extrato integral da planta com CBD, THC e flavonóides e no Brasil a concentração de THC é de 0,2%, 3) Extrato integral sem THC, 4) CDB com THC com concentração mais alta de THC. Na pratica clinica é mais utilizada CBD isolado e Extrato integral de Canbbis. Efeito Entourage é o efeito que quando todas as substancias da Cannabis atuam juntas elas melhoram os efeitos do CBD. Principais indicações: Eplepsias refratárias (síndromes de Dravet, West, Lenox Gastaut, entre outras), dor crônica, espasticidade em pacientes com esclerose múltipla e caquexia com anorexia em pacientes com AIDS. Estas indicações tem nível de evidencia forte. Ainda com níveis de evidencias baixos: Autismo, controle comportamental de pacientes com Alzheimer, entre outros. Acesso no Brasil: desde 2014 a Cannabis foi liberada para uso medicinal no Brasil. A primeira forma de acesso foi a importação direta para pessoas que precisam da medicação, porém este processo é demorado e trabalhoso. Recentemente as farmácias foram autorizadas a importar as medicações o que facilitou o acesso à Cannabis. Algumas ONGS conseguiram autorizações liminares para plantar Cannabis no Brasil e extrair o óleo da planta e fornecer para pessoa de baixo poder aquisitivo, pois o produto na farmácia tem alto custo; atualmente estado de SP vai fornecer a medicação custeada pelo SUS. Há famílias que tem autorização judicial para plantar a Cannabis para consumo próprio do CBD. #cannabis #CBD #sistemaendocanabiode #eplepsia #dor #autismo #alzheimer #THC
A medicina de precisão é a nova tendência mundial para fazer diagnóstico e produzir novas terapias para os pacientes. Dr Paulo Campregher inicia o podcast falando da importancia da medicina de precisão nos avanços do estudo da célula do câncer afim de melhorar o diagnóstico e tratamento. Cancer é definido como proliferação anômala e desordenada das células dos tecidos do corpo. Essa proliferação está associada a alterações no DNA das células. Esses problemas no DNA podem ser herdados (10% dos casos) e o restante dos pacientes os "erros" do DNA celular são adquiridos ao longo da vida. O envelhecimento leva ao acumulo de mutações do DNA nos tecidos. O estudo genético dos pacientes é capaz de detectar mutações nos tecidos, porém apesar de detectadas, são necessárias várias mutações para causar o câncer. Apesar da maioria dos pacientes apresentar mutações no DNA, a minoria terá câncer pela necessidade de haver um conjunto de mutações para o desencadeamento de um tumor. Os carcinógenos podem acelerar essas mutações, ou seja, a exposição de alguém a estes carcinógenos pode acelerar essas mutações. Os principais são o cigarro e o sol. Medicina dos 5Ps: 1) Prevenção: qualidade de vida, 2) Predição: enxergar a doença antes de ela se desenvolver, 3) Precisão: conhecer a doença profundamente a doença para melhorar o tratamento, 4) Participação: paciente participa da gestão da sua saúde, 5) Personalização: individualização do tratamento. Nos tumores familiares há chances de herdar o cancer (70%) pela alta penetrância das mutações. Nos tumores não familiares as mutações são de baixa penetrância, porém, o acúmulo de várias mutações podem resultar em tumor o que aumenta a chance de ocorrência de tumor: scores de risco poligênico. Alguns centros de pesquisa ao redor do mundo estão desenvolvendo testes para rastrear um tumor na fase inicial através de moléculas de DNA tumoral que circulam no sangue (biópsia do sangue). Apesar desse desenvolvimento, os testes de rastreio clássicos do câncer deve ser feito, como por exemplo, pulmão, mama, próstata, colo de útero, cólon, pele, entre outros. Importante ressaltar que a inteligência artificial tem papel no rastreio através da analise de fotos de lesões na pele. Tratamento dos tumores: cirurgia, quimioterapia, poliquimioterapia (junção de vários quimioterapia), hormonoterapia, radioterapia e terapias celulares que surgiram do entendimento do funcionamento da célula tumoral. Quimioterapia atua na proliferação celular inclusive nas células normais dos tecidos do corpo; tem papel importante no tratamento dos tumores, porém com vários efeitos colaterais por toxicidade nas células (queda do cabelo, alterações no intestino, pele, etc). Terapias alvo: são mais acertavas porque atuam num alvo previamente conhecido o que direciona o tratamento do câncer com menos efeitos de toxicidade. Um dos exemplos de terapia alvo são os anticorpos monoclonais: o sistema imune reconhece as células tumorais porem, na maioria dos casos, é incapaz de combater essas células. Recentemente criou-se medicamentos que desbloqueiam a resposta do sistema imune para combate do câncer: imunoterapia. A terapia alvo pode ser feita de um anticorpo específico contra uma célula tumoral, ou um anticorpo ligado a uma droga que coloca fármacos ou até substancias radioativas dentro da célula. Outro aspecto importante na medicina de precisão é a farmacogenética que estudo como o corpo do indivíduo lida com os medicamentos. Cada pessoa metaboliza a droga de tratamento do câncer de maneira diferente porque alguns medicamentos são tóxicos para serem eficazes e portanto a farmacogenética otimiza uma doze menor, menos tóxica que trata o tumor de maneira efetiva. Os tumores mais impactados com a terapia de precisão foram: Pulmão, mama, ovário, pâncreas,prostata. Dr Paulo Campregher, Doutor pela UNICAMP, médico hematologista e patologista do Hospital Albert Einstein.
Nesse podcast Dr Eloy Rusafa aborda todos aspectos da dor lombar, desde a definição até diagnóstico e tratamento. A lombalgia é definida como dor que localiza-se entre o último par de costelas até a bacia (cristas ilíacas) podendo irradiar-se para coxa. Essa dor pode ser causada por fraturas das vértebras, inflamação do disco lombar, inflamação ou microfraturas nas articulações intervertebrais, espondilolistese (escorregamento das vértebras), inflamação do sacro (região terminal da coluna vertebral na bacia) conhecida como sacrileíte, entre outras causas. Além isso, alguns tumores também podem causar lombalgia e geralmente os sintomas de dor são acompanhados de sudorese, perda de peso, dor ao deitar-se, entre outros. O diagnóstico diferencial da causa da dor é muito importante para tratamento adequado. A incidencia da dor lombar varia entre 5 a 16% da população, ou seja, em um ano essa porcentagem da população passará a ter dor. A prevalência da dor lombar chega até 80% da população e isso significa que a grande maioria da população teve lombalgia em algum momento da vida. O diagnóstico da dor lombar deve ser feito por médico especialista (neurocirurgião e/ou ortopedista). Inicia-se com a história do paciente e em seguida por exame físico minucioso. Por vezes é difícil localizar o ponto exato da dor em decorrência da baixa inervação sensitiva dessa região. Os principais fatores que estão associados a ocorrência de lombalgia são: 1) Postura inadequada, 2) carga de trabalho pesada, 3) sedentarismo, 4) desmotivação, depressão, entre outros. Os principais exames complementares são: Radiografia simples, radiografia dinâmica para diagnóstico de escorregamento das vértebras e ressonância magnética de coluna lombar e pode mostrar além da coluna, ligamentos e discos intervertebrais. A tomografia de coluna lombar é um exame mais utilizado para diagnóstico de fraturas vertebrais. Importante ressaltar que parte da população tem alterações tomográficas na coluna, ou mesmo, alterações na ressonância magnética que não tem relação com os sintomas. Por isso que associação entre queixa, achados do médico especialista e dos exames é fundamental para o diagnóstico da causa da lombalgia. O tratamento da lombalgia em geral é realizado através de medicamentos antinflamatórios de preferência não hormonais para alívio da dor. Importante avaliar a tolerância do paciente à dor: pacientes mais ansiosos, depressivos tendem a sentir dor mais intensa do que pacientes mais calmos: portanto tratamento psicológico pode ser importante para recuperação da lombalgia. Outro pilar importante é a fisioterapia que ajuda a identificar e tratar os pontos gatilho da da dor, corrige postura e auxilia o fortalecimento da musculatura através da movimentação passiva. A melhora no da ansiedade, depressão, etc do paciente é fundamental principalmente para elevar o limiar de tolerância à dor e por vezes o tratamento psicológico auxilia no tratamento. Porém, o mais importante é retomar a atividade física o mais breve possível porque exercícios físicos são muito importantes para evitar novos episódios de lombalgia. Se possível, mesmo na crise de lombalgia o paciente não deveria parar de exercitar-se. #lombalgia #dorlombar #dornascostas #neurocirugia #fisioterapia #herniadedisco
Menopausa é a parada da produção dos hormônios sexuais da mulher: estrógeno e progesterona; ocorre em média no Brasil com 51 anos. Porém duas coisas são importantes: 1) a menopausa não é só restrita a redução desses hormônios: ocorrem alterações em outros hormônios do corpo como tiroideanos, cortisol, melatonina, vitamina D, DHEA, testosterona, entre outros e 2) ocorrem transformações importantes no corpo da mulher em decorrência das reduções hormonais. Importante ressaltar que antecedendo a menopausa há o período transição menopausal que acontece em torno de 10 anos antes da menopausa; a detecção dessa fase é fundamental para tratamento para reposição hormonal se indicada e alivio dos sintomas com objetivo de reduzir as chances de doenças orgânicas e evitar o declínio da qualidade de vida. A idade menopausal pode ser prevista através do exame para dosagem de hormônio anti-milleriano em fases mais precoces da vida a fim de planejamento do tratamento da gestação, uma vez que a mulher contemporânea engravida mais tarde, e desta forma, pode optar em congelar óvulos, por exemplo. A gestação na transição menopausal é de risco para ocorrência de diabetes, hipertensão e malformações. Portanto duas coisas são importantes: 1) planejamento da gestação e 2) acompanhamento adequado dessa gestação com especialista. Ao redor de 35% dos ciclos menstruais na transição menopausal são ovulatórios na transição e desta forma, mulheres nesta fase podem engravidar espontaneamente. Porém, essa gestação não altera a idade da menopausa e não influencia as transformações do corpo da mulher durante a menopausa. Dra Paula Palacio indica por ordem quais são os hormônios mais importantes para dosagem, acompanhamento e reposição durante a transição menopausal. Primeiro é a melatonina pois melhorar o sono é fundamental para regulagem dos outros hormônios. Além disso, a menopausa é hormônio anti-oxidante que possivelmente inibe ação de substancias oxidantes no corpo que podem causar danos às células. Depois hormônios tiroidianos que são fundamentais no metabolismo do corpo. O cortisol, hormônio de defesa, mantem o paciente alerta e concentrado durante o dia e é produzido durante o sono: o pico sérico ocorre pela manhã, portanto o sono é fundamental para reposição desse hormônio. Em por último os hormônios sexuais (estrógenos, progesterona). Quais os principais sintomas? Aparelho Genito urinário: secura vaginal, irritação urinária por alteração do PH da urina e da vagina e dor na relação sexual. Aparelho ósteo muscular: perda óssea e da massa magra (músculos). Cérebro: irritabilidade, falta de concentração e depressão. Vasomotor: fogachos. Além disso a obesidade, principalmente visceral Quanto ao tratamento há dois tipos: o hormonal e o não hormonal. Importante que para ambos tratamentos a paciente tem que estar preparada e o principal preparo é: estar desinflamada. Mas o que isso significa? A paciente tem que procurar ter um bom estilo de vida com boas práticas alimentares, físicas e psíquica. Isso ajuda muito na reposição dos hormônios, especialmente dos sexuais que poderão ser feitos de forma mais fisiológica, ou seja, com doses mais baixas. Quais contraindicações do tratamento hormonal? A principio, antecedente de câncer de mama, hipertensão e diabetes refratária. Ter parentes de primeiro grau com câncer de mama não contraindica reposição dos hormônios sexuais. O sono regular, alimentação adequada e preparo físico tem papel importante na regulação hormonal e desta forma a reposição hormonal será com doses mais baixas e fisiológicas. Dra Paula Palacio citou as principais formas de reposição, como subcutânea, oral e tópica, sendo a tópica no sistema Genito urinário muito usada nas pacientes com contraindicação. #menopausa #mulher #transição menopausal #hormonios sexuais #exercício fisico #sono
O traumatismo cranio encefálico é uma das principais causas de morte e sequelas no Brasil e no mundo. Neste episódio Dr Wellingson Paiva fala a respeito das causas mais frequentes no país: 1) acidente de carro, 2) queda de altura e 3) violência. Foi abordado também de forma bem ampla o trauma cranioencefálico no esporte incluindo futebol, futebol americano e esporte de luta (boxe, jiu jitsu, vale tudo, entre outras). Neste parte do esporte Dr Wellingson Paiva aborda que em caso de traumatismo craniano moderado / grave ou mesmo leve com perda da consciência, quando um jogador pode voltar a praticar o esporte. No caso das lutas cujo objetivo é o nocaute, quais os prejuízos a saúde um lutador pode ter ao longo de sua vida e como a ciencia trabalha para tentar minimizar esse problema. A sistematização do atendimento ao doente com trauma incluindo o traumatismo crânio encefálico melhorou muito o desfecho, ou seja, o prognóstico dos pacientes. Essa sistematização começou na cena do trauma, chegou ao pronto socorro e as unidades de terapia intensiva. Hoje a grande mudança ocorre na reabilitação dos pacientes sequelados pelo trauma: a tecnologia está revolucionando a área de recuperação desses pacientes através das equipes multidisciplinares (fisoterpia, enfermagem, medicos, fonoaudiólogos, entre outros). #medicina #traumatismo cranioencefálico #traumanacabeça #coma #pacientegrave #esportes #futebol #lutamarcial #boxe #reabilitação #uti #sequelas
Este vídeo é divido em duas metades. A primeira parte Dr Raphael Spera fala sobre as principais sequelas neurológicas associadas à forma grave da Covid 19 (0 a 44 minutos). A principal delas é o acidente vascular isquêmico (minuto 2:30s) causado pelo stress da inflamação na parede dos vasos do corpo que provoca formação de coágulos que por sua vez migram para o cérebro, entopem os pequenos vasos causando bloqueio do fluxo sanguíneo e consequentemente o AVCi. Infelizmente, em decorrência da inflamação descontrolada, quando tratava-se o AVCi através da anticoagulação, muitos desses paciente tiveram hemorragias intracranianas. Outra complicação neurológica grave foi a trombose venosa profunda cerebral (minuto 9:56s) onde coágulos bloqueiam o sistema venoso cerebral que congestiona a drenagem sanguínea do cérebro e consequente inchaço cerebral maligno que muitas vezes causava hemorragia intracraniana. A síndrome de Guillain Barré também foi uma complicação da Covid 19 grave (minuto 16:10s). Essa polirradiculoneurite provoca paralisia ascendente dos músculos do corpo em decorrência de reação inflamatória nas raízes nervosas que saem da coluna vertebral: muitos desses pacientes tiveram essa síndrome após extubação na UTI: isso causou prolongamento da internação desses paciente e infelizmente muitos não recuperaram os movimentos. Os nervos periféricos também foram afetados em decorrência da posição em prona que esses pacientes ficavam: lesão do plexo braquial e dos nervos periféricos foram frequentes (minuto 15:12s). A dissecção arterial também foi frequente nesses pacientes (minuto 15:33s). A encefalopatia associada à condição grave do paciente também foi descrita na Covid 19 em decorrência dos distúrbios metabólicos, hipóxicos e hidroeletrolítico do paciente. Importante ressaltar que há tratamento dessas sequelas, embora o caminho seja longo: 1) reabilitação cognitiva, 2) estimulo aos movimentos com robôs, 3) exercício físico e 4) possivelmente estimulação transmagnética. A Covid longa é definida como persistência dos sintomas de Covid 19 por mais de 4 semanas após a cura da Covid 19 (minuto 44:10s) e chega a atingir 50% dos paciente com Covid leve / moderada. A Covid longa ocorre por redução da atividade do neurônio ou por aceleração da atrofia cerebral (minuto 58:16s). Possivelmente a vacina reduz em até 10% dos casos de Covid longa. O Brain Fog, ou cérebro "nublado" é uma das principais complicações neurológicas da Covid longa. O paciente queixa-se de lentificação do pensamento, dificuldade para tomar decisões, dificuldade de concentração e esquecimento (amnésia) (1h:10min). Muitos pacientes não conseguem ter a mesma performance no trabalho e algumas vezes são demitidos. Outros pacientes tem dificuldade para memorizar textos e estudar. A grande questão é: consigo melhorar a função do cérebro e ser a mesma pessoa antes da Covid 19? Sim, isso é possível na maioria dos pacientes através do exercício físico, melhora do sono e reabilitação cognitiva através de novas atividades ou retorno das atividades habituais por vezes com supervisão (1h:17minutos). Autorregulação cerebrovascular é a capacidade que o cérebro tem de manter o fluxo sanguíneo constante independente das variações da pressão arterial sistêmica e da posição do paciente, especialmente em pé (vertical). Pacientes com Covid 19 podem ter esse mecanismo comprometido o que pode causar desmaios e tontura (1h31min). A perda de olfato era a principal complicação das primeiras cepas causadoras da Covid 19. Uma das maneiras de minimizar este efeito colateral é a reorganização neuronal do bulbo olfatório com aromas (1h38min). Enfim, o importante é ressaltar que apesar das sequelas associadas à Covid grave ou à Covid longa podem ser minimizadas pela reabilitação física e cognitiva. Dr Raphael Spera, neurologista do grupo de cognição do Hospital das Clinicas da FMUSP, São Paulo.
Nos últimos anos houve grande avanço da neurocirurgia para diagnóstico de tratamento dos tumores cerebrais. Neste vídeo, Dr Iuri Neville fala a respeito dos tumores cerebrais. O que são tumores cerebrais? Os tumores cerebrais podem ser benignos, malignos, podem ser das células do cérebro ou ser provenientes de células de tumores malignos fora do cérebro (metástases cerebrais). Os sintomas dos tumores podem ser dor de cabeça, déficit motor, convulsões, entre outros. A dor de cabeça é um sintoma muito comum da população e muitos acreditam que dor de cabeça constante e forte pode estar associada a um tumor no cérebro. A maioria das dores de cabeça não tem qualquer relação com tumores cerebrais, porém, existem alguns sinais de alarme que podem relacionar a dor de cabeça com um tumor no cérebro: 1) mudança nas características da dor, dor ao levantar-se, dor ao fazer esforços, turvação da vista, entre outros que são explanados neste vídeo pelo doutor Iuri Neville. Vale pena ressaltar que alguns tumores não tem relação com a dor de cabeça, sendo a primeira manifestação o déficit motor, convulsões, entre outros. Alguns tumores cerebrais quando diagnosticados são acompanhados por serem benignos, pequenos e com localização em áreas pouco importantes no cérebro. Outros tumores necessitam ser removidos através de cirurgia cujo objetivo é retirar o máximo de tumor com preservação da função do paciente. Alguns tumores são tratados com radioterapia total do cérebro ou com radiocirurgia que é a técnica que foca as ondas ionizastes exclusivamente no tumor e desta forma, atingir os neurônios do cérebro. Outra forma de tratar tumores cerebrais é através da quimioterapia seja ela local (infusão de quimioterápicos diretamente no cérebro) ou sistêmica através da infusão no sangue ou comprimidos. A revolução está na medicina de precisão: estuda-se o tumor e suas características genéticas e desta forma oferecer tratamento mais específico para os tumores. A medicina de precisão está revolucionando o tratamento dos tumores. Em caso de cirurgia, o principal objetivo é tirar o máximo de tumor sem deixar sequelas no paciente. Primeiro há um meticuloso planejamento para navegação no cérebro através de exames como tractografia e na sala cirúrgica a neuronavegação. Operar o paciente acordado é muito importante para preservar funções como linguagem e movimentos do corpo. Antes de ressecar o tumor o neurocirurgião faz um mapeamento detalhado das principais funções do cérebro, como por exemplo, movimentos, linguagem para individualizar a localização das funções no cérebro do paciente e aumentar a segurança contra possíveis sequelas durante a ressecção do tumor. #medicina #saude #medicos #tumorcerebral #tumor #cancer #cancernocerebro #neurocirugia #cirurgiaacordado #dordecabeca #dordecabeça #oncologiaporamor #oncología #oncologiabrasil #tumorescerebrais
Neste episódio do podcast Dra Christieni falou sobre o Coronavirus: origem, transmissão e o porquê do alto número de infectados e casos graves causados pelo vírus. Também fez um retrospecto sobre a primeira e sobre a segunda onda abordando os principais grupos atingidos e qual aprendizado da medicina para o tratamento da infeção ao longo das ondas. Depois abordou as sequelas da Covid e descreveu a Covid longa que provoca sintomas nos pacientes curados da Covid 19. Na sequencia Dra Christieni descreveu as vacinas para Covid 19 aprovadas pela Anvisa e o esquema vacinal do momento no Brasil. Também falou do tratamento precoce aprovado pela Anvisa e descreveu as principais drogas utilizadas nesse tratamento. Em seguida fala sobre o seu ponto de vista a respeito da nova onda com a subvariante BQ1. E no fim do vídeo Dra Christieni enfatizou a epidemia tripla que vivemos no Brasil com a Covid 19, influenza (gripe) e virus sincial respiratório. #covid19 #covid #varianteómicron #varianteomicron #variantedelta #pandemia #vacinacovid #vacinadagripe #gripe #medicina #saúde #saude #varianteBQ1