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Nos preguntamos cuántas especies de animales existen en el mundo, repasamos las grandes obras de la humanidad y hablamos de beicon con la gran chef María Nicolau
Mensagem ministrada pelo Pr. Miguel Nicolau na Igreja Batista Alameda.
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Nos preguntamos cómo se desarrollan y para que sirven las huellas dactilares y hablamos de la comida de los aviones con la chef María Nicolau.
Fifteen track gift from Analog Africa proving that you can't spell Funaná without F-U-N. Bemba Restrepo's discovery on the shores of São Nicolau adds an extra jolt of weirdness to the traditional sounds of Cabo Verde.
Nos preguntamos por qué el cielo es azul y cuántos colores distingue el ser humano, hablamos de los genios de la creatividad y repasamos las diferencias culturales en cuanto al uso de los animales en la cocina de todo el mundo con la chef María Nicolau
Nos preguntamos el origen de la ropa interior y preparamos un gazpacho en la cocina de María Nicolau
Seja para concordar ou para discordar, o editorial do Estadão é um dos pilares da imprensa brasileira. Entre junho de 2014 e janeiro de 2024, o advogado criminal e mestre em Direito pela USP Nicolau da Rocha Cavalcanti foi um dos editorialistas do jornal, onde, atualmente, também assina uma coluna quinzenal. Agora, ele acaba de lançar pela editora Patuá o livro “O perigoso encanto da indignação: incompreensões contemporâneas sobre Estado, jornalismo e sociedade”, que traz uma seleta dessa produção autoral, destacando a atuação do judiciário, os princípios da democracia e até mesmo questões relativas à vida em sociedade. Na entrevista que concede ao nosso Podcast, Nicolau da Rocha Cavalcanti compartilha a experiência como editorialista; ressalta a importância do jornalismo profissional e responde por que a indignação, por si só, é insuficiente.
What if inflammation didn't just come from your diet but from your digital habits? In this clip, Professor Dan Nicolau shares the overlooked connection between attention, immune response, and the subtle biological cost of modern screen use.Dan NicolauListen to the full episode here.Watch the full episode on YouTube here.***If you enjoyed this episode you might also like:The Brain Immune Expert: ALERT! Social Media Is Reprogramming Your Immune System | Prof Nicolauhttps://youtu.be/2zNw6pzv8qk***Sign up to Sarah's Compassionate Cure newsletter: Science Simplified, Health Humanised. Join thousands in exploring actionable insights that prioritise compassion, clarity, and real-life impact. https://sarahmacklin.substack.com/***Let's be friends!
Nicolau Tuma foi um importante radialista e homem público que viveu 93 anos e presenciou os acontecimentos ocorridos em São Paulo durante a Revolução Constitucionalista de 1932. No ano de 2004, ele concedeu um depoimento inédito a Geraldo Nunes.
Nos 50 anos da independência de Cabo Verde, a RFI publica e difunde várias reportagens sobre este tema. Neste segundo episódio, falámos com antigos combatentes que se prepararam para a luta armada em Cabo Verde através de formações político-militares na Argélia, em Cuba e na antiga União Soviética. Foi planeado um desembarque no arquipélago, mas Cabo Verde acabaria por chegar à independência sem guerrilha no seu território e os cabo-verdianos foram lutar para as frentes de combate na Guiné e também na clandestinidade. Participaram, ainda, em batalhas políticas, de saúde, de formação e de informação. Nesta reportagem, ouvimos Pedro Pires, Silvino da Luz, Osvaldo Lopes da Silva, Maria Ilídia Évora, Amâncio Lopes e Alcides Évora. A 5 de Julho de 1975, depois de cinco séculos de dominação portuguesa, às 12h40, era oficialmente proclamada a independência de Cabo Verde por Abílio Duarte, presidente da Assembleia Nacional Popular, no Estádio Municipal da Várzea, na Praia. A luta tinha começado há muito e acabaria por ser o PAIGC, Partido Africano da Independência da Guiné-Bissau e de Cabo Verde, a consolidar os anseios nacionalistas e a conduzir o arquipélago à independência, quase dois anos depois de a Guiné-Bissau se ter autoproclamado independente. O líder da luta e do partido, Amílcar Cabral, nascido em Bissau e filho de cabo-verdianos, não pôde assistir nem a uma nem a outra por ter sido assassinado em Janeiro de 1973. Considerado como o pai das duas independências, Amílcar Cabral defendeu, desde o princípio, o lema da “unidade e luta”: unir esforços para combater o inimigo comum que era o colonialismo português. No programa, ancorado numa concepção pan-africana de unidade política para o continente, estava a luta pela independência da Guiné e de Cabo Verde e a futura união dos dois Estados, separados por mar alto. Mas ao contrário da Guiné, em Cabo Verde a luta nunca chegou a ser armada, ainda que a intenção tenha estado em cima da mesa. Foi em Julho de 1963, na cidade de Dacar, numa reunião de quadros nacionalistas do PAIGC, que Pedro Pires chegou a dizer não ter cabimento “falar em luta de libertação nacional sem falar em luta armada”. O comandante e destacado dirigente político-militar do PAIGC tinha "dado o salto" em 1961 quando integrou o grupo de dezenas de jovens africanos que abandonou, clandestinamente, Portugal, rumo à luta pela independência. Mais de meio século depois, com 91 anos, o comandante da luta de libertação recebe a RFI no Instituto Pedro Pires para a Liderança, na cidade da Praia, e recorda-nos o contexto em que se decidiu que o recurso à luta armada “era obrigatório” e como é que ele esteve ligado à preparação da luta em Cabo Verde. “A questão da luta armada, colocámos a seguinte questão: ‘Será obrigatório?' Chegámos à conclusão que era obrigatório. Tinha que se ir nessa direcção por causa daquilo que já tinha acontecido porque não é uma questão de qualquer coisa por acontecer, mas a violência já tinha acontecido em Angola, no Congo Kinshasa, na Argélia, de modo que estávamos obrigados a pensar nessa via. É assim que nós abraçamos o projecto do PAIGC de prepararmo-nos e organizarmos o recurso à violência armada. As tarefas que me foram conferidas no PAIGC estiveram, até 1968, sempre ligadas a Cabo Verde e à preparação da possibilidade da luta armada em Cabo Verde”, conta Pedro Pires [que se tornaria o primeiro primeiro-ministro de Cabo Verde (1975-1991) e, mais tarde, Presidente do país (2001-2011)]. E era assim que, meses depois do anúncio do início das hostilidades pelo PAIGC contra o exército português no território da Guiné, se desenhava a intenção de desencadear também a luta armada em Cabo Verde. A Pedro Pires foi confiado o recrutamento e a preparação política dos combatentes. A ajudá-lo esteve Silvino da Luz que, meses antes, tinha desertado do exército português e sido preso em Kanu, na Nigéria. Aos 86 anos, Silvino da Luz recebe a RFI em sua casa, na cidade do Mindelo, na ilha de São Vicente e explica-nos por que é que a acção militar em Cabo Verde era necessária. “A grande decisão tomada em 1963, nessa reunião de Dacar, da qual eu saio como um dos responsáveis militares, era a criação de condições para desencadear a luta armada em Cabo Verde porque estávamos absolutamente seguros que os colonialistas, e Salazar em particular, não aceitariam nunca largar as ilhas que já estavam nos radares da NATO que considerava Cabo Verde e Açores como os dois pontos cruciais para a defesa do Ocidente e no Atlântico Médio eram indispensáveis”, explica Silvino da Luz que foi, depois, comandante das Forças Armadas Revolucionarias do Povo (FARP), ministro da Defesa e Segurança (1975-1980) e dos Negócios Estrangeiros (1980-1991) e depois deputado até 1995. Começou a pensar-se num desembarque de elementos do PAIGC no arquipélago e houve preparação de combatentes na Argélia, em Cuba e na antiga União Soviética. O grupo dos militantes nacionalistas, encabeçado por Pedro Pires, preparou-se na clandestinidade total em Cuba, durante dois anos, e é aqui que nascem as Forças Armadas cabo-verdianas, a 15 de Janeiro de 1967, data em que os cabo-verdianos prestam, perante Amílcar Cabral, o juramento de fidelidade à luta de libertação de Cabo Verde. No grupo de Cuba, havia apenas uma mulher, Maria Ilídia Évora, conhecida como Tutu. Aos 89 anos, recebe a RFI em sua casa, no alto de São Nicolau, no Mindelo. À entrada, destacam-se duas fotografias de Amílcar Cabral, mas há ainda muitas fotografias que ela nos mostra dos tempos da formação político-militar em Cuba. Foi em Dacar, onde estava emigrada, que Tutu conheceu Amílcar Cabral e aderiu logo à luta. “Foi ideia de Cabral. Disse que eu tinha de participar. Em Cuba, os treinos eram de tiro, esforço físico, correr, fazer ginástica, fazer marchas, aprender a lidar com a arma, limpar as armas, e escola também. Tinhamos aulas de matemática e várias aulas porque no grupo havia estudantes que tinham fugido da universidade, eles tinham mais conhecimento do que nós e partilhavam os conhecimentos deles com quem tinha menos”, revela, acrescentando que um camarada lhe disse um dia que “muitas vezes os homens queriam desistir, mas tinham vergonha porque tinham uma mulher no grupo”. Também Alcides Évora, conhecido como “Batcha”, esteve no grupo de Cuba. Entrou na luta pela mão do comandante Pedro Pires, depois de ter estado emigrado em França durante pouco mais de um ano. Viajou para a Argélia e, passados uns meses, seguiu para o treino militar em Cuba. É na Fundação Amílcar Cabral, na Praia, que, aos 84 anos, ele recorda essa missão à RFI. “Nós tivemos uma preparação político-militar intensa. Tivemos aulas militares e também havia aulas de política para complementar o nosso curso. A nossa preparação era para desencadear a luta em Cabo Verde, mas não se efectivou o nosso desembarque porque com a morte do Che Guevara na Bolívia, os americanos passaram a controlar todos os barcos que saíam de Cuba. Então, o Fidel mandou chamar o Amílcar e eles depois chegaram à conclusão que realmente não era aconselhável esse desembarque”, afirma Alcides Évora depois de nos fazer a visita guiada às salas da fundação, onde também se vê uma fotografia dele no escritؚório do PAIGC em Conacri. O desembarque estava a ser preparado no maior dos segredos e estava tudo pronto. Amâncio Lopes, hoje com 86 anos, era também um dos membros do grupo. Tinha sido recrutado junto dos emigrantes cabo-verdianos da região francesa de Moselle, onde se encontrava a trabalhar como operário na siderurgia. Amâncio Lopes começou por receber formação em Argel e depois foi para Cuba. “Era um grupo de 31 que foi maioritariamente recrutado na Europa, em Moselle, no seio da emigração. De lá, recebi preparação militar em Argel, depois fomos reunidos em Cuba porque havia dois grupos. Passados os seis meses de instrução, fomos reunidos todos em Cuba. Foram uns dois anos. Era uma preparação inicial e depois recebíamos ajuda para desembarcar em Cabo Verde. Quando já estávamos preparados para desembarcar em Cabo Verde, Cabral fez uma visita e nessa visita fizemos o juramento em 1967”, recorda Amâncio Lopes, quando recebe a RFI na sua casa, na periferia de Mindelo. Ao fim de quase dois anos de treinos e formação político-militar, o grupo de Cuba encontrava-se pronto para a operação de desembarque. Amílcar Cabral desloca-se a Havana para dar instruções e procede-se ao juramento solene da bandeira, a 15 de Janeiro de 1967, mas a morte de Che Guevara na Bolívia, a 8 de Outubro de 1967, é uma das razões que leva à suspensão da operação. Silvino da Luz recorda que estava tudo a postos. “O assunto foi tratado sempre no máximo sigilo, as informações não escapavam. Tínhamos desaparecido do mundo, as pessoas não sabiam, vivíamos em plena clandestinidade em Cuba, lá pelas montanhas interiores da ilha, em acampamentos com bastante segurança. Recebemos preparação militar bastante avançada. Depois, já tínhamos terminado a preparação, Fidel já se tinha despedido de nós, tinha oferecido uma espingarda a cada um de nós, Amílcar já se tinha despedido, mas houve uma série de desastres que aconteceram, como a queda do Che [Guevara] na Bolívia, uma tentativa de infiltração de revolucionários na Venezuela (…) Nós já estávamos no barco à espera da ordem de partida, mas cai o Che, houve essas infelicidades, o cerco à volta de Cuba aumentou, os americanos quase fecharam a ilha e não havia possibilidade de nenhum barco sair sem ser registado. Naturalmente que, para nós, sair era quase que meter a cabeça na boca do lobo”, relembra Silvino da Luz. Também o comandante Pedro Pires admite que “quando se é jovem se pensa em muitas coisas, algumas impossíveis” e o desembarque era uma delas, pelo que se optou por um “adiamento” e por "criar as condições políticas para continuar a luta". “Quando se é jovem, pensa-se em muitas coisas, algumas possíveis e outras impossíveis. Concebemos um projecto, pusemos em marcha a criação das condições para a concretização do projecto, mas verificou-se que era complicado de mais. Uma das características das lutas de libertação e, sobretudo, das guerrilhas, é a problemática da retaguarda estratégica. Em relação a Cabo Verde, em pleno oceano, não há retaguarda estratégica e você vai desenrascar-se por si. É preciso analisar as condições reais de sustentabilidade dessa ideia, se era possível ou não possível. O nosso apoiante mais entusiasta ficava nas Caraíbas, a milhares de quilómetros de distância, não serve de retaguarda, a não ser na preparação, mas o apoio à acção armada ou possivelmente outro apoio pontual era muito difícil. Por outro lado, o que nos fez reflectir bastante sobre isso foi o fracasso do projecto de Che Guevara para a Bolívia”, explica. Adiado o projecto inicial, os cabo-verdianos continuaram a formação e foram para a União Soviética onde receberam formação de artilharia, algo que viria a ser decisivo para a entrada deles na luta armada na Guiné. Amâncio Lopes também foi, mas admite que sentiu “uma certa tristeza” por não ver concretizado o desembarque em Cabo Verde. “Éramos jovens e todos os jovens ao entrarem numa aventura destas querem ver o programa cumprido. Mas o programa tem de ser cumprido sem risco suicida. Em Cuba fizemos preparação política e de guerrilha mas, depois, na União Soviética, já fizemos preparação semi-militar. (…) Os soviéticos foram taxativos: vocês têm um bom grupo, grande grupo, consciente do que quer, mas metê-los em Cabo Verde é suicidar esse grupo. Então, ali avisaram-nos que já não íamos desembarcar em Cabo Verde. Aí ficámos numa certa tristeza porque em Cuba tínhamos a esperança de desembarcar, na União Soviética durante quase um ano também tínhamos essa esperança, mas depois perdemos a esperança de desembarcar em Cabo Verde”, diz Amâncio Lopes. Entretanto, entre 1971 e 1972, houve também um curso de marinha para uma tripulação de cabo-verdianos que deveria vir a constituir a marinha de guerra do PAIGC. O grupo era chefiado por Osvaldo Lopes da Silva que considera que se o projecto tivesse avançado, teria sido decisivo, mas isso não foi possível devido à animosidade que se sentia da parte de alguns militantes guineenses contra os cabo-verdianos. “Da mesma maneira que os cabo-verdianos entraram para a artilharia e modificaram o quadro da guerra, Cabral pensou: ‘Vamos criar uma unidade com cabo-verdianos, aproveitar os cabo-verdianos que havia, concentrá-los na marinha para ter uma marinha de guerra. Eu estive à frente desse grupo. Esse grupo se tivesse entrado em acção seria para interceptar as ligações entre a metrópole e Cabo Verde e a Guiné e as outras colónias. Seria uma arma letal. Da mesma maneira que a entrada dos mísseis anti-aéreos imobilizou completamente a aviação, a entrada dos cabo-verdianos na marinha com as lanchas torpedeiras teria posto em causa a ligação com a metrópole. Podíamos mesmo entrar em combate em território da Guiné e afundar as unidades que os portugueses tinham que não estavam ao nível do armamento que nós tínhamos”, explica. Então porque não se avançou? A resposta de Osvaldo Lopes da Silva é imediata: “As unidades estavam ali, as lanchas torpedeiras, simplesmente não havia pessoal qualificado. Nós é que devíamos trazer essa qualificação. Quando esse meu grupo regressa em 1972, o ambiente na marinha estava completamente degradado. O PAIGC tinha uma marinha e é nessa marinha que foi organizado todo o complô que veio dar lugar à morte de Cabral.” A análise retrospectiva é feita em sua casa, no bairro do Plateau, na Praia, onde nos mostra, aos 88 anos, muitas das fotografias dos tempos da luta, quando também foi comandante das FARP, e imagens de depois da independência, quando foi ministro da Economia e Finanças (1975-1986) e ministro dos Transportes, Comércio e Turismo (1986-1990). Houve, ainda, outras tentativas de aproximação de guerrilheiros a Cabo Verde. O historiador José Augusto Pereira, no livro “O PAIGC perante o dilema cabo-verdiano [1959-1974]”, recorda que a URSS, em 1970, cedeu ao PAIGC um navio de pesca de longo alcance, o 28 de Setembro, que reunia todo o equipamento necessário ao transporte e desembarque de homens e armamento. A luta armada no arquipélago não estava esquecida e no final de 1972 foram enviados a Cuba dois militantes provenientes de Lisboa que deveriam ser preparados para desencadear, em Cabo Verde, ações de guerrilha urbana. Um deles era Érico Veríssimo Ramos, estudante de arquitectura em Lisboa e militante do PAIGC na clandestinidade, que sai de Portugal em Dezembro de 1972 em direcção a Cuba. “Em Dezembro de 1972, saio de Portugal com um passaporte português, vou para Cuba receber preparação para regressar para a luta. Não estava ainda devidamente estruturada essa participação para depois dessa formação. Fui eu e mais um outro colega e mais um elemento que veio da luta da Guiné-Conacri. Quando Amílcar Cabral foi assassinado, nós estávamos em Cuba e, logo a seguir, tivemos de regressar”, conta. De facto, o assassínio de Amílcar Cabral a 20 de Janeiro de 1973 levou à saída da ilha dos activistas por ordem das autoridades de Havana. Entretanto, combatentes cabo-verdianos tinham integrado as estruturas militares da luta armada na Guiné, mas sem abandonarem a ideia de um lançamento futuro da luta armada em Cabo Verde. Porém, isso acabaria por não acontecer. Apesar de a luta armada não se ter concretizado em Cabo Verde, a luta política na clandestinidade continuou nas ilhas e a PIDE apertou bem o cerco aos militantes. Muitos foram parar ao Tarrafal e a outras prisões do “Império”, onde também houve resistência. Os cabo-verdianos destacaram-se na luta armada na Guiné, mas também noutras frentes de batalha como a propaganda, a educação, a saúde, a diplomacia e muito mais. Sobre alguns desses temas falaremos noutros episódios desta série. Pode também ouvir aqui as entrevistas integrais feitas aos nossos convidados.
Nos 50 anos da independência de Cabo Verde, a RFI publica e difunde várias reportagens sobre este tema. Neste quarto episódio, fomos à procura de pessoas que se dedicaram à luta na clandestinidade, algo que continua a ser uma das frentes menos visíveis na luta de libertação de Cabo Verde. Para conhecermos o trabalho feito nas ilhas, mas também na diáspora, as técnicas para ludibriar a polícia política, assim como as experiências daqueles que a PIDE prendeu nos "cárceres do Império", conversámos com Óscar Duarte, Gil Querido Varela, António Pedro da Rosa, Marline Barbosa Almeida, Adão Rocha e Manuel Faustino. Foi no ano 2000, na cidade da Praia, que os Tubarões Azuis conquistaram a X Edição da Taça Amílcar Cabral, talvez a mais importante vitória da selecção de Cabo Verde. A prova, com o nome do líder da luta pela independência, foi conquistada quando os jogadores eram treinados por Óscar Duarte, um nome que ficou conhecido no futebol português nos finais da década de 70: foi campeão pelo FC Porto em 1979 e chegou a vestir a camisola das Quinas no Parque dos Príncipes, em Paris, em 1978. Antes disso, Óscar Duarte tinha travado uma outra luta, a da libertação de Cabo Verde, o que o levou a estar preso quase dois anos no campo de São Nicolau em Angola, depois de ter passado pelo Tarrafal, da ilha de Santiago, e por Caxias, em Portugal. “Era das piores prisões que havia na era colonial. Quando a pessoa - para eles - cometesse qualquer erro, surravam nas pessoas. A mim também me bateram. Eu sou técnico agrícola e ao trabalhar na agricultura, se tirasse qualquer produto da agricultura batiam-me. Utilizavam esses dois utensílios: palmatória e chicote. Sabe o que é uma pessoa levar às vezes 200 palmatoadas na mão? Quando a mão incha, as veias ficam ensanguentadas. E batiam no rabo com a palmatória. Portanto, houve muita gente que morreu assim. Eu, durante o tempo que lá estive, uma vez houve um problema qualquer e - como era uma prisão natural, não havia prisão lá dentro - eu estive quase três meses numa cela com cinco palmos de comprido, três de largo. Eu sentava-me, esticava a perna e ocupava aquilo tudo. Era sempre escuro, onde fazia as minhas necessidades é que tinha de abrir a torneira também para beber e havia uma refeição por dia”, conta. Essa cela era a “frigideira durante o verão” e “frigorífico na época de cacimbo que é o frio”. “Durante esse tempo que estive na frigideira ou no frigorífico, era uma refeição por dia. Era só o pequeno almoço, fuba, um bocadinho de amendoim e uma chávena de café preto. Depois a pessoa ia perdendo peso. Houve muita gente que foi à loucura. Eu aguentei, mas houve muita gente que morreu por lá. E depois havia uma outra agravante, que era que quando iam buscar uma pessoa à noite, dificilmente apareciam. Matavam-nas”, recorda Óscar Duarte. Era preciso resistir para sobreviver. Resistir à "frigideira" ou "frigorífico", aos espancamentos, à fome, aos trabalhos forçados, à loucura. Óscar Duarte viu muita gente morrer. Um dia, um prisioneiro que tinha tentado fugir foi crucificado para todos verem. Mas Óscar Duarte resistiu. A dada altura, foi transferido do Campo de São Nicolau para o Campo da Foz do Cunene e também aí continuou a resistir e até a jogar à bola, entre lacraus, cobras e jacarés. “Tínhamos de trabalhar todos os dias, era deserto e tal, a temperatura era quase de 50 graus. Hoje, abríamos vala, amanhã tapávamos. Cortávamos pedra, depois arrumávamos. Só para ocupar tempo. Era um castigo. E depois tínhamos muito receio porque não tínhamos sequer uma aspirina, um vidro de álcool. Nada disso. E havia lá muito lacrau, se o lacrau picar uma pessoa é terrível porque tem veneno. Havia lacrau, havia cobras, havia tudo isso. Havia lá um rio e nós fizemos lá alguma agricultura com o limo do rio, misturámos com a terra e tirávamos sempre qualquer coisa. Às vezes íamos para o rio jogar a nossa bola e jacarés com quatro metros e tal! Uma pessoa se se distrai, até podia ser apanhado pelo jacaré!”, lembra. Criado em 1962, o Campo de Recuperação de São Nicolau situava-se num território desértico no litoral angolano, a norte da então Moçâmedes (Namibe). Para lá eram enviados guerrilheiros suspeitos de actividades subversivas, por vezes acompanhados da família. Em 1964, estavam lá presas 651 pessoas. Em 1972, eram 1.123 prisioneiros. Óscar Duarte foi desterrado para lá por fazer parte da rede clandestina de militantes do PAIGC em Cabo Verde. “Eu fui para São Nicolau porque tínhamos um núcleo e trabalhávamos na clandestinidade. Na altura, a PIDE tinha a coisa muito bem controlada e por cada informação que a pessoa desse, eles pagavam 500 escudos. E nessa altura já era algum dinheiro. Deitámos uns panfletos em São Vicente e houve um indivíduo que pertencia ao nosso núcleo, que foi deitar panfletos no cinema, foi apanhado e depois torturaram-no. Inclusive ele falou-nos de um alicate nos testículos. Portanto, ele teve que 'cantar', teve que dizer tudo”, acrescenta. Óscar foi preso na cidade da Praia e submetido a tortura nos interrogatórios: uma semana virado para uma parede sem dormir e a ter alucinações da mãe a chorar. No Tarrafal da ilha de Santiago, em Cabo Verde, também era preciso resistir. Numa primeira fase, entre 1936 e 1956, ali estiveram presos portugueses que contestavam o regime fascista e o local ficou conhecido como “Campo da Morte Lenta”. Em 1962, passou a chamar-se “Campo de Trabalho de Chão Bom” e foi então que se tornou na cadeia de militantes nacionalistas de Angola, Guiné-Bissau e Cabo Verde. Em Cabo Verde, a luta na clandestinidade começou a ser forjada, em 1959, por nomes como Abílio Duarte, do PAIGC, e José Leitão da Graça, ligado ao partido UPICV, que são obrigados a deixar o país devido à polícia política. Depois, vários militantes do PAIGC fizeram trabalho político para mobilizar a população em torno da causa independentista e para criar um ambiente favorável ao desembarque no arquipélago de guerrilheiros armados. Isso acabaria por não acontecer, mas foi minuciosamente preparado. A polícia política portuguesa também não permitiu o desenvolvimento da rede clandestina porque foi prendendo, ao longo do tempo, vários dos responsáveis nas ilhas. Foi o caso de Carlos Lineu Miranda, Fernando dos Reis Tavares, Jaime Schofield, Luís Fonseca e vários outros. Gil Querido Varela foi preso em 1968, interrogado e torturado pela polícia no Plateau, transferido para a Cadeia Civil da Praia e entra no Tarrafal em Abril de 1970. Sai em Janeiro de 71. Era suspeito de prática de “crime contra a segurança interior e exterior do Estado”. Gil Querido Varela era militante do PAIGC e fazia a luta política na clandestinidade. “Nós trabalhávamos, visitávamos amigos. Eu, por exemplo, ia à Ribeira da Barca, aproveitava no momento em que estava trabalhando no campo e lá ia fazer o trabalho político, [dizer] que devíamos entrar no PAIGC para libertar a terra. Quem já tinha visto a fome de 1947 - que eu vi uma parte - não ficava sem fazer nada. Vi crianças morrerem de fome, com o corpo inflamado de fome. Mães com crianças mortas nas costas que não tiravam para poderem achar esmola. Os colonialistas troçando da fome do povo. Eu já estava farto deles e entrei rápido no PAIGC. Quem viu aquela fome era impossível não lutar. Só quem não tem sentimento”, afirma Gil Querido Varela, aos 90 anos, enquanto nos mostra o Tarrafal ao lado do camarada António Pedro da Rosa, de 76 anos. O amigo, António Pedro da Rosa, também lutava na clandestinidade e foi detido em Agosto de 1970, interrogado e torturado, transferido para a Cadeia Civil da Praia e enviado para o Tarrafal em Fevereiro de 1971, de onde saiu a 1 de Maio de 1974. “A luta na clandestinidade nós fazíamos da seguinte forma: Eu tinha um colega, Ivo Pereira, que trazia sempre jornais, panfletos e líamos para os rapazes colegas. E tínhamos um livro também que era “Luta Armada”, líamos e explicávamos a alguns rapazes sobre esta situação. Por isso é que fazíamos este trabalho na clandestinidade, através de panfletos e livros que íamos estudar com os rapazes colegas. Íamos sentar aqui num sítio qualquer porque também já sabíamos que havia alguns rapazes que eram informantes da PIDE, porque cada informação que eles levavam para a PIDE eram 500 escudos e 500 escudos na altura era muito dinheiro. Por isso fizemos todo esse trabalho, mas com muito cuidado”, recorda António Pedro da Rosa, na biblioteca do campo de concentração do Tarrafal que vai ser candidato a Património Mundial da UNESCO. Voltaremos ao Tarrafal guiados por Gil Querido Varela e António Pedro da Rosa no oitavo episódio desta série, mas concentremo-nos, por agora, na luta clandestina que se fazia em Cabo Verde. Havia quem fingisse ser namorada de um dos presos do Tarrafal para levar mensagens do exterior. Foi o que fez Marline Barbosa Almeida que trabalhava na célula clandestina do PAIGC na Praia, criada em 1968, sob direcção de Jorge Querido, o coordenador das actividades clandestinas do PAIGC em Cabo Verde, entre 1968 e 1974. Foi assim que ela conseguiu levar para a prisão informação e mensagens, incluindo dentro de tubos de pasta dos dentes. “Nós tínhamos alguns guardas, conseguíamos conversar, então mandávamos bilhetes através de pastas de dentes que nós abríamos com aquela dobrinha. Então nós tirávamos a maioria da pasta, metíamos as informações num plástico, tornávamos a meter lá e mandávamos. Depois, o director da cadeia era cunhado da minha irmã e sabia no que é que eu andava. Mas como ele era católico, presumidamente democrata, eu arranjei “namoro” com um dos presos. E ia lá e nós éramos obrigados a ir com ele assistir à missa e depois eu ia ver o meu noivo. Foi assim que nós tínhamos informações do que se passava na cadeia e transmitíamos informações aos presos”, recorda. Além da pasta de dentes, as mensagens também circularam dentro de bíblias, acrescenta Marline, quando conversa com a RFI em sua casa, na cidade da Praia. “Houve até um caso interessante de um angolano que tinha sido liberto. Eu tinha ido à praia e ao regressar a casa, eu vi-o a sair da igreja do Nazareno com uma Bíblia na mão. Ele dirigiu-se a minha casa e eu estava precisamente a entrar. ‘É a senhora fulana de tal?' ‘Sim.' ‘Eu sou fulano de tal, saí do Tarrafal ontem e vim com mensagens dos seus amigos. E eu ‘Sim, sim, como é que eles estão? Há muito que não os vejo', enrolando porque eu não sabia quem era. Até que ele abriu a Bíblia, descolou as páginas, tirou o bilhete do Carlos Tavares e mostrou-me para certificar que era uma pessoa de confiança”, recorda. Marline Barbosa Almeida chegou a ser presa e a sofrer tortura. A luta na clandestinidade “era um trabalho difícil” porque “numa ilha não havia onde fugir, não há mato, não há onde esconder”. Por isso, serviam-se de “festas, bailes, piqueniques” para trocar informações e atrair mais pessoas para a causa. Depois, procuravam dar informações à sede do PAIGC, em Conacri, sobre as condições dos presos no Tarrafal. No livro “O PAIGC perante o dilema cabo-verdiano [1959-1974]”, o historiador José Augusto Pereira conta que a PIDE/DGS instalou-se em Cabo Verde em 1959 com a criação da subdelegação da cidade da Praia. Em 1961, são criados os postos da PIDE no Mindelo e no aeroporto do Sal. Em 1965 o posto de Chão Bom, na vila de Tarrafal, em Santiago, em 1968 o posto de São Filipe na ilha do Fogo. Teria 33 efectivos em 1973. Em 1974 a cidade da Praia albergava a sede da DGS e no resto da ilha haviam postos em Santa Catarina e Tarrafal. Depois, havia postos nas ilhas de São Vicente, Sal, Santo Antão, Fogo e Boa Vista. Um dos principais golpes da PIDE/DGS acabaria por ser a detenção de Jorge Querido em Janeiro de 1974, depois de anos a fintar a apertada vigilância da polícia política. O elemento básico da luta clandestina eram as células, cada uma tinha um responsável e o conjunto de responsáveis formava uma secção. Por sua vez, os responsáveis de secção formavam um sector e os responsáveis de sector formavam zonas. O trabalho político clandestino em Cabo Verde consistia em fazer agitação política e em capitalizar em prol da causa nacionalista todas as carências, como a pobreza, a fome e as injustiças sentidas pela população. Por outro lado, havia que acicatar o espírito de revolta, predispor as massas para o apoio a acções armadas, recolher e enviar informação para a direcção do PAIGC em Conacri e dar apoio logístico aos guerrilheiros nacionalistas quando se desse o desembarque no arquipélago. O que não viria a acontecer, como já explicámos noutros episódios desta série de reportagens. Havia, ainda, mobilização junto da diáspora cabo-verdiana. Adão Rocha fazia parte do grupo de Lovaina, na Bélgica, e o trabalho político era também essencial. “Tínhamos várias frentes de luta. A frente diplomática, que Amílcar Cabral prezava muito, ele achava que era uma parte importante da luta mesmo. Ele mesmo se distinguiu como um exímio diplomata. No fundo, era tentar contactar as autoridades dessa zona e sensibilizá-las para a justeza da luta de libertação das ex-colónias e, particularmente de Cabo Verde e da Guiné-Bissau. Também tínhamos uma frente de apoios, mobilização para a luta, o que se conseguia através de organizações não governamentais ali dessa zona, da Bélgica e também da Holanda, que na altura apoiavam as lutas de libertação. Também alguns governos, poucos, já apoiaram a luta ainda antes da independência. Tínhamos, ainda, a frente de divulgação da luta junto da sociedade europeia para sensibilizá-la mais uma vez sobre a questão da repressão colonial, a questão do fascismo em Portugal e criar um ambiente propício para que os seus governos também tivessem uma posição mais favorável em relação à luta. Mas o essencial da nossa luta prendia-se com a mobilização das comunidades emigradas”, conta. Na conversa com a RFI na Fundação Amílcar Cabral, na Praia, onde é membro do Conselho de Administração, Adão Rocha destaca que é preciso que a juventude saiba que, naquela altura, em muitos países, várias pessoas abandonaram os estudos para se juntarem à luta armada ou clandestina. Em Portugal, também havia luta clandestina e a cantiga também foi uma arma para os cabo-verdianos. Manuel Faustino era estudante de medicina em Coimbra quando compôs a primeira música, “Ca bo ba pa tropa”, em 1968, que era um apelo à fuga ao serviço militar. Em 1973, é lançado o LP “Música Cabo-Verdiana-Protesto e Luta”, gravado na Holanda e editado pelo PAIGC, em que aparece outra composição de Manuel Faustino. Chamava-se “Nho Queiton” e era uma denúncia directa à política de Marcello Caetano e à miséria no arquipélago. “Nho Queiton era uma referência a Marcello Caetano que tinha feito uma viagem a Cabo Verde e, então, era uma música que denunciava os propósitos políticos, demagógicos da visita dele. A visita dele inscrevia-se num contexto de tentar seduzir as pessoas, tentar aparecer como um rosto diferente de Salazar. E essa música que vem nesse ‘Long Play' era uma denúncia dessa visita, tentando desmascarar, dizendo que era uma manobra política que serve para nada e que a solução aos problemas era a independência”, conta Manuel Faustino, lembrando que o seu nome não aparece no disco “senão ia preso”. A historiadora Ângela Benoliel Coutinho, autora de “Os Dirigentes do PAIGC: da fundação à ruptura: 1956-1980” admite que tenham havido algumas centenas de pessoas na luta clandestina, mas diz que é preciso um centro de pesquisa histórica sobre Cabo Verde para se poder estudar todas as temáticas da história contemporânea do país. “Há uma Associação dos Combatentes pela Liberdade da Pátria em Cabo Verde, que tem várias pessoas inscritas. Portanto, serão centenas. Pelas entrevistas que tenho feito, tenho presente o facto de que há pessoas que participaram e alguns até que tiveram um papel importante em dados momentos e não se inscreveram nessa associação. Já pude ter essa conversa com alguns dirigentes e penso que terão sido - entre os que integraram as células - algumas centenas. E depois há todo este apoio por parte da população, não só em Cabo Verde”, sublinha. Em Cabo Verde, em Portugal, na Guiné-Bissau, em Angola, mas também na Bélgica, na Holanda, no Senegal e noutros países para além das fronteiras do então Império Colonial Português, foram muitos os militantes e nacionalistas que lutaram na clandestinidade. Um número ainda não calculado de pessoas foram presas, torturadas e mortas, depois de perseguidas pela PIDE/DGS. Porém, mais de meio século depois, a acção na clandestinidade continua a ser uma das frentes menos visíveis na luta pela independência de Cabo Verde. Se quiser aprofundar este assunto, pode ouvir aqui as entrevistas integrais feitas aos diferentes convidados.
Nos 50 anos da independência de Cabo Verde, a RFI publica uma série de reportagens sobre este tema. Neste 12° e último episódio, fomos perguntar a antigos combatentes e também aos filhos e netos da independência como está Cabo Verde e se a luta valeu a pena. “Claro que valeu a pena”, respondem muitos, de imediato, mas há reservas e alertas de que se podia "estar muito melhor”. Cinquenta anos depois da proclamação da independência, como está Cabo Verde? Fomos perguntar a quem lutou pela libertação nacional, como Pedro Pires, Silvino da Luz, Osvaldo Lopes da Silva, Amâncio Lopes, Maria Ilídia Évora, Josefina Chantre, Marline Barbosa Almeida, Alcides Évora, Manuel Boal, Óscar Duarte. Mas também quisemos saber a opinião dos filhos e netos da revolução, como a historiadora Iva Cabral, o rapper Hélio Batalha e os sociólogos Redy Wilson Lima e Roselma Évora. “Não se pode negar que Cabo Verde cresceu em várias áreas”, considera Pedro Pires, o comandante que foi alto dirigente do PAIGC durante a luta de libertação e que depois ascendeu a primeiro-ministro e a Presidente da República. Mas é preciso continuar a trabalhar neste que é um “desafio permanente” de desenvolver o país, alerta. “Valeu a pena” é uma frase que se repete em muitos dos antigos combatentes. Comecemos por Silvino da Luz, que foi combatente e ministro nos primeiros governos de Cabo Verde, lembrando que o país é considerado um exemplo. “Fomos um exemplo nos países que acabavam de chegar à independência e, sobretudo, nas nossas condições. Fomos um exemplo a destacar e temos orgulho nisso.” Josefina Chantre, que tinha como frente de batalha a comunicação social quando trabalhava no secretariado do PAIGC em Conacri, também sublinha que valeu a pena, que voltaria a fazer “a mesma coisa de novo”, que foram feitas várias conquistas em todos os quadrantes, nomeadamente no estatuto da mulher. Mas ainda há desafios. “É gratificante comemorar os 50 anos. Os desafios mantêm-se, sobretudo a nível de mudança de mentalidade, para conseguirmos chegar a um patamar maior, porque estamos sempre a querer mais e melhor para as nossas populações, para as nossas crianças. É um desafio que eu faço aqui: que os nossos jovens realmente se apropriem da nossa história e que continuem o legado de Amílcar Cabral.” Iva Cabral, filha de Amílcar Cabral, o líder da luta de libertação, sublinha que a independência cumpriu o desejo essencial do pai: que o povo cabo-verdiano decida a sua história. “Eu acho que cumpriu muito. Estruturou-se um Estado, a educação para todos, saúde e uma sociedade que está avançando, apesar de todos os males. Mas, principalmente, o meu pai lutou por isso: o poder de construção da sua história e que o povo cabo-verdiano decida qual é a história futura dele. Isso era o principal que o meu pai queria, que os africanos tivessem o direito de construir a sua história.” A maior conquista é a auto-estima do povo cabo-verdiano, avalia outro comandante que foi ministro na primeira República de Cabo Verde, Osvaldo Lopes da Silva, apontando outras conquistas alcançadas em 50 anos. “Haverá sempre motivos de queixa. Haverá sempre razões para dizer que podíamos ter feito mais. Mas a verdade é que Cabo Verde era considerado um país inviável. Hoje em dia, ninguém tem dúvidas de que Cabo Verde é um país viável. Para mim, essa é a maior conquista. A autoestima do cabo-verdiano e a convicção de que podemos ir longe." “Claro que valeu a pena” porque de "ilhas esquecidas" se fez um povo, considera Amâncio Lopes, um dos antigos combatentes que lutou na Guiné pela independência da Guiné e Cabo Verde. “Eu considero que valeu a pena porque Cabo Verde eram umas ilhas pura e simplesmente esquecidas. Tornámo-nos um povo e isso vale a pena ou não vale? Vale." Ver as crianças a saírem alegres e numerosas da escola é a maior vitoria de Maria Ilídia Évora, que durante a luta, depois da formação militar, recebeu formação na área de enfermagem e obstetrícia para poder ajudar as mulheres e as crianças no país independente. “Valeu e muito. Uma coisa que preocupava muito o nosso líder em Cabo Verde e na Guiné era a educação, toda a gente ir para a escola, meninas e rapazes. A preocupação principal dele era ver o povo a desenvolver. Ele dizia: ‘Não há nenhum país no mundo que desenvolve com analfabetos, para o país desenvolver, tem que ter quadros.' Fico radiante quando vejo os alunos a saírem da escola e que não tinham essa possibilidade no tempo colonial. Quando eu vejo as crianças a sairem da escola com aquela alegria toda, eu também fico alegre porque eu digo sacrifiquei-me, mas valeu a pena.” Também o médico Manuel Boal, cuja frente de batalha era a saúde, faz um balanço positivo porque apesar dos parcos recursos, Cabo Verde consegue ser um exemplo em África. “Não há dúvida nenhuma que, 50 anos depois, Cabo Verde é um país que, apesar de pobre em recursos materiais, Cabo Verde consegue ter uma política e um programa de desenvolvimento que é considerado exemplar na região africana. Isso para nós, mostra que a luta valeu a pena.” “Evidentemente que a luta valeu a pena”, resume Alcides Évora que também foi treinado com armas mas acabou por fazer a maior parte da luta ao serviço do secretariado do PAIGC em Conacri. Para ele, Cabo Verde vingou-se de todos os que consideravam que seria um país inviável.“Evidentemente que a luta valeu a pena. Nós quando chegámos a Cabo Verde, os cofres do Estado não tinham absolutamente nada lá dentro. Muitos acharam que Cabo Verde era inviável, dada a sua escassez de chuva e falta de quadros. Muitos estrangeiros que chegavam cá diziam: ‘Vocês estão a tentar o impossível'. Mas esse impossível, tornou-se possível.” A luta também valeu a pena para Óscar Duarte, um dos cabo-verdianos que combatia na clandestinidade e que foi preso no campo de São Nicolau, em Angola, conhecido como "o Tarrafal angolano", mas onde as condições de sobrevivência eram bem piores. Meio século depois, admite que “Cabo Verde deu um pulo grande” e vai continuar a crescer. “Bem, eu penso que Cabo Verde deu um pulo grande porque, como é sabido, Cabo Verde não tem nada em termos de recursos naturais. Na altura, quando nos tornámos independentes, os bancos não tinham dinheiro, portanto não havia praticamente nada. As ajudas começaram a aparecer e foram muito bem empregues. Eu estou contente, a evolução não irá parar e daqui a mais alguns anitos, Cabo Verde vai estar muito melhor ainda." Outra pessoa que tinha estado na clandestinidade em Cabo Verde, mas que não escapou aos temíveis interrogatórios da polícia política, foi Marline Barbosa Almeida. Para ela, 50 anos depois o balanço é também positivo. “Valeu a pena. Claro que valeu a pena. Cabo Verde podia estar melhor, sem dúvida, nós sempre ambicionamos por melhor. Mas eu acho que estamos muito bem e estamos a caminhar para uma vida melhor para todos. Há altos e baixos, como na vida." Os jovens são mais críticos e dizem que “a luta continua”. Claro que o país está melhor, mas é preciso o salto qualitativo para se cumprir Cabral, comenta o sociólogo Redy Wilson Lima. “Falta essa parte qualitativa. Cabo Verde deu um salto enorme, claramente, eu fui crescendo aqui, dá para perceber o progresso que nós fizemos em todos os aspectos. Agora, falta é qualificar este progresso. É isto que falta para realmente realizarmos o sonho de Cabral, que é ter uma terra diferente dentro da nossa terra, que infelizmente ainda não temos. Está melhor, mas ainda faltam desafios. Claro que não se compara com há 50 anos, mas podíamos estar muito, mas muito melhor.” Os ideais dos que lutaram pela libertação dos povos africanos em geral foram traídos, adverte o rapper Hélio Batalha que diz que “o futuro é longe e há que lutar hoje”. “O legado de Amílcar Cabral, 50 anos depois da independência e 52 anos depois da sua morte, eu acho que deixa muito a desejar. Eu acho que o jovem cabo-verdiano conhece muito pouco a história, o legado e todo o projecto que Amílcar Cabral tinha para Cabo Verde, Guiné-Bissau e para a África no geral. Politicamente, há uma dicotomia de visão, o que atrapalha muito a imersão da juventude, o conhecer da juventude. Eu acho que se precisa fazer mais a nível de a nível dos sucessivos governos do PAICV e do MpD para impulsionar ainda mais o que é a nossa história.” Ainda há grandes desafios, mas também houve muitas conquistas a nível social, económico e político, avalia Roselma Evora, pesquisadora em ciência política e sociologia. Uma das principais é ter ultrapassado o problema histórico das fomes. “Cabo Verde é um país que por causa das secas, sofreu muito com a fome. É um país que teve sempre grandes quantidades de gente a morrer por causa de fome, por causa da seca. Teve alturas em que um terço da população morreu. Eu não digo que não continuemos a ter desafios e famílias a passarem por grandes necessidades de colocar comida à mesa, mas foi ultrapassada a questão da segurança alimentar. É uma conquista deste país.” Se não for para beneficiar a população, não vale a pena lutar, considerava Amílcar Cabral. Muito se pode fazer ainda, mas muito também já foi feito. Basta olhar para alguns indicadores. Cinquenta anos depois, Cabo Verde está entre os países africanos com melhor classificação no Índice de Desenvolvimento Humano do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, que mede três dimensões básicas do desenvolvimento humano: renda, educação e saúde, encontrando-se, em 2025, na posição 135 de 193 países. Em 1975, Cabo Verde tinha uma economia muito frágil e uma população de cerca de 270 mil habitantes. A esperança média de vida era de aproximadamente 63 anos. De acordo com o Instituto Nacional de Estatísticas, em 2023, a população é de 509 mil habitantes, a esperança média de vida, segundo o Banco Mundial, é de 74 anos. No início dos anos 80, o desemprego era massivo e generalizado, em 2025, a taxa de desemprego é de 10,3%, de acordo com o INE. Na altura da independência, a taxa de analfabetismo era de 70%. Em 2023, esse valor era de 11,2%. Hoje em dia, a economia de Cabo Verde é impulsionada pelo turismo, que representa 25% do seu PIB, e o crescimento económico tem sido robusto, com 7,3% em 2024 (INE). Ainda de acordo com o Instituto Nacional de Estatísticas, a taxa de pobreza absoluta em Cabo Verde foi de 24,75% em 2023 e a pobreza extrema, segundo o limiar internacional de 2,15 dólares por dia e por pessoa, era de 2,28% em 2023. Cabo Verde é ainda reconhecido pela sua estabilidade democrática, com transições pacíficas entre os dois principais partidos políticos desde a introdução do multipartidarismo em 1991. Por tudo isto, “valeu a pena”, mas “a luta continua”. Pode ouvir aqui as entrevistas integrais:
Monção e Melgaço, na fronteira com a Galiza, é a mais recente aposta da família Symington para vinhos brancos, com o regresso da mais antiga marca de Alvarinho, Casa de Rodas. Depois, é na cidade do Porto que paramos para conhecer a mesa da Adega de S. Nicolau, em plena Ribeira.
O Palavra Aberta desta semana recebe o advogado, Dr. em Direito Previdenciário e professor da FUMEC, Marcelo Barroso e advogado, mestre em Direito Previdenciário e e Professor da PUC do Paraná, Nazário Nicolau, para debater sobre os próximos passos da investigação sobre a fraude no INSS. Eles falam sobre a devolução do dinheiro e outros tópicos envolvendo o escândalo.
I'm excited to share this week's Live Well Be Well episode with you all! I had Dr. Dan Nicolau join me to explore the fascinating intersection of our brain and immune system - a relationship that could completely transform how we understand health and disease."Neuroimmunology" - the powerful two-way communication between our brain and immune system. We often think of these systems separately, but Dan reveals how they're constantly in dialogue, influencing everything from allergies and autoimmune conditions to mental health and chronic disease.We dive into how modern life - particularly our relationship with social media and screens - might be disrupting this delicate balance and potentially driving inflammation throughout our bodies. Dan shares insights from his groundbreaking research on how what we scroll through might literally be changing our biology, and offers practical wisdom on how we can become more mindful of these connections in our daily lives.About Dr. Dan Nicolau:Dr. Dan Nicolau is a polymath researcher whose work spans mathematics, engineering, medicine, and computer science. As a leading voice in neuroimmunology, his research explores how the brain and immune system communicate and how this relationship affects our health from allergies to cancer. His multidisciplinary approach combines rigorous science with profound philosophical insights about what it means to live well in the modern world.Connect with Dr. Dan Nicolau:Email: dan.nicolau@kcl.ac.ukLove,Sarah Ann
Slováci na Cypre: Zuzana Nicolau o živote v cyperskom meste Nikózia; Slováci vo Francúzsku: Lýdia Lichvárová o slovenských aktivitách v meste Lyon; Slováci v Rumunsku: Farár Ján Mlynarčík o živote slovenskej komunite v meste Oradea;
Na rubrica Vida em França, damos destaque à actualidade política na Guiné-Bissau, com o presidente da Liga dos Direitos Humanos, Bubacar Turé, a denunciar as tentativas de sequestro e ameaças que tem enfrentado, sublinhando que está disponível para colaborar com a justiça. Em entrevista ao jornal O Democrata, o presidente da Liga dos Direitos Humanos, cujo paradeiro continua indefinido, afirmou que, neste momento, é o homem mais procurado e que o objectivo do regime “é prendê-lo e levá-lo para o Ministério do Interior para ser torturado”.Ministério Público exige comparecimentoO Ministério Público notificou o activista para que comparecesse nesta quinta-feira, 17 de Abril, mas a Liga dos Direitos Humanos solicitou que a audiência fosse adiada para uma nova data, de forma a permitir que Bubacar Turé pudesse chegar a Bissau em segurança.O Ministério Público instou Bubacar Turé a comparecer perante as autoridades no quadro de um "inquérito aberto para investigar as denúncias feitas pelo presidente da Liga, de que todos os doentes em tratamento de hemodiálise no Hospital Simão Mendes de Bissau teriam morrido". Bubacar Turé: “Não sou fugitivo”Bubacar Turé, em resposta às acusações, afirmou que não é fugitivo e garantiu que está disposto a colaborar com a Justiça, diante dos órgãos competentes.Por sua vez, o Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, considerou que Bubacar Turé “se está a esconder”, mas acrescentou que “terá de enfrentar a Justiça para provar as suas declarações”, as quais considera falsas. Umaro Sissoco Embaló comparou a Liga Guineense dos Direitos Humanos a “um partido político”, devido à forma como tem sido dirigida pelo actual líder, o jurista Bubacar Turé.Em entrevista à RFI, o jurista e membro do colectivo de advogados da Liga dos Direitos Humanos da Guiné-Bissau, Fodé Mané, descreveu a perseguição a Bubacar Turé como uma forma de calar a crítica."Eles sabem que a Liga dos Direitos Humanos e a Ordem dos Advogados são os últimos redutos dos cidadãos, onde eles recorrem no caso de violações desses direitos. O objectivo é atingir a voz mais crítica, para amedrontar quase toda a sociedade", referiu. Transferência de cidadãos estrangeirosAinda na Guiné-Bissau, quatro cidadãos estrangeiros que estavam detidos em Bissau, condenados por tráfico de droga, foram transferidos para os Estados Unidos da América. Os advogados de defesa não concordam com a medida, devido à inexistência de um acordo de extradição entre a Guiné-Bissau e os Estados Unidos. Todavia, o Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, justificou a decisão do Governo com a falta de prisões de alta segurança no país, acrescentando que a transferência foi efectuada ao abrigo da cooperação judiciária entre os dois países.Cimeira da CPLP na Guiné-BissauA Guiné-Bissau deverá acolher a próxima cimeira de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) no dia 18 de Julho, a data avançada pelas autoridades guineenses que deve ser agora avaliada pelos pares. Na ocasião, a Guiné-Bissau assumirá a presidência rotativa da CPLP por dois anos, sucedendo a São Tomé e Príncipe.Angola quer criminalizar a disseminação de informações falsasEm Angola, o Executivo propôs uma nova lei para criminalizar a disseminação de informações falsas na internet, com penas entre um e dez anos de prisão. A medida está expressa na proposta de Lei sobre a Disseminação de Informações Falsas na Internet, uma iniciativa do Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social. O Governo justifica a proposta com a necessidade de combater o elevado número de notícias falsas no actual contexto nacional e internacional.Em entrevista à RFI, Cesaltina Abreu, investigadora independente em ciências sociais e humanidades, afirmou que, se o objectivo é combater as notícias falsas, o Governo deveria começar por regular os órgãos de comunicação públicos, que acusa de serem os principais agentes de desinformação no país."A sensação que temos é que isto é um atentado às liberdades individuais das pessoas e que, se o objectivo for combater a desinformação, então o Governo que olhe para si próprio e que pergunte até que ponto não é o Governo, enquanto entidade colectiva, e os meios de comunicação social públicos que são os principais agentes da desinformação", notou. Violação dos direitos humanos em MoçambiqueA Amnistia Internacional denunciou, num novo relatório, a violação dos direitos humanos pelas forças de defesa e segurança em Moçambique, mencionando o uso de balas reais, gás lacrimogéneo e a falta de assistência às vítimas durante as manifestações pós-eleitorais. As acusações foram, entretanto, negadas pelo comando-geral da polícia, Leonel Muchina.Riscos ambientais em Cabo VerdeEm Cabo Verde, especialistas alertam para os riscos ambientais do afundamento do navio Nhô Padre Benjamim, quando chegava à ilha de São Nicolau, no Barlavento. O Presidente da República, José Maria Neves, chamou a atenção para a necessidade de prevenir riscos ambientais decorrentes deste tipo de acidentes marítimos e pediu medidas para garantir a segurança marítima.
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Parte 30 Dom está com Zóio e Nicolau não entende
Marcos Nicolau, diretor de antifraude do Banco Efí, compartilha sua visão sobre os desafios da segurança cibernética no mercado financeiro, destacando o impacto do Pix Recorrente e as inovações do Banco Central. A conversa abrange a evolução do Pix por Aproximação, os avanços em automação e como o banco utiliza a inteligência de dados para identificar e prevenir fraudes. Marcos e Marcelo Braga também discute as regulamentações que fortalecem a segurança e as medidas para garantir que as transações sejam rápidas e seguras.Participantes:Marcos Nicolau, Diretor Antifraude, Efí Bank.Host(s):Alexandre Abreu, Apresentador, Tracto.Marcelo Braga, Sócio do Financial Services, Forvis Mazars.
Executive Director of Business Sydney, Paul Nicolaou joins John for the News Hour. Listen to John Stanley live on air from 8pm Monday to Thursday, and 7pm on Friday on 2GB/4BCSee omnystudio.com/listener for privacy information.
If Sydney loses its Star casino, what sort of flow-on effects could that have on the tourism & hospitality industries?See omnystudio.com/listener for privacy information.
La cuinera Maria Nicolau va venir al Casal de Perpinyà per fer una xerrada sobre la cuina catalana. Aquesta cuinera defensa que la cuina catalana no es limita només als plats de diumenge, com les boles de picolat o la vedella amb bolets, sinó que la cuina catalana de veritat és allò que hem cuinat tota la vida els dies laborables al vespre, és a dir, una sopa, un pa amb tomàquet o unes verdures amb oli.
Executive Director of Business Sydney, Paul Nicolaou joins John to discuss Australian's return to work, a burgeoning nighttime economy, and mounting pressure to crack down on E-Bikes on footpaths. Listen to John Stanley live on air from 8pm Monday to Thursday, and 7pm on Friday on 2GB/4BCSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Ao longo dos séculos XIV ao XVI, na Europa Ocidental, diferentes movimentos artísticos, culturais e científicos emergiram, caracterizando um período histórico que conhecemos como Renascimento. A região que hoje conhecemos como Itália foi o epicentro deste processo histórico, que também foi marcado por transformações políticas, econômicas e religiosas. Neste episódio entenda o que foi este período, como ele foi lido e representado em diferentes momentos históricos e se surpreenda com as diferentes conexões, continuidades e rupturas na Europa renascentista. Arte da Capa: Danilo Pastor Errata: Quando o C. A. menciona Santo Agostinho, ele estava se referindo a São Tomas de Aquino Mencionado no Episódio Leonardo da Vinci (SciCast #353) Fronteiras no Tempo #46 Cavalaria Medieval Fronteiras no Tempo #17 – História Medieval Fronteiras no Tempo #20 - Reformas Protestantes Financiamento Coletivo Existem duas formas de nos apoiar Pix recorrente – chave: fronteirasnotempo@gmail.com Apoia-se – https://apoia.se/fronteirasnotempo INSCREVA-SE PARA PARTICIPAR DO HISTORICIDADE O Historicidade é o programa de entrevistas do Fronteiras no Tempo: um podcast de história. O objetivo principal é realizar divulgação científica na área de ciências humanas, sociais e de estudos interdisciplinares com qualidade. Será um prazer poder compartilhar o seu trabalho com nosso público. Preencha o formulário se tem interesse em participar. Link para inscrição: https://forms.gle/4KMQXTmVLFiTp4iC8 Selo saberes históricos Agora o Fronteiras no Tempo tem o selo saberes históricos. O que é este selo? “O Selo Saberes Históricos é um sinal de reconhecimento atribuído a:● Práticas de divulgação de saberes ou produções de conteúdo histórico ou historiográfico● Realizadas em redes sociais ou mídias digitais, voltadas para públicos mais amplos e diversificados● Comprometidas com valores científicos e éticos.”Saiba mais: https://www.forumsabereshistoricos.com/ Redes Sociais Twitter, Facebook, Youtube, Instagram Contato fronteirasnotempo@gmail.com Como citar esse episódio Fronteiras no Tempo #87 Renascimento. Locução Cesar Agenor Fernandes da Silva, Marcelo de Souza Silva e Willian Spengler [S.l.] Portal Deviante, 14/01/2025. Podcast. Disponível em: https://www.deviante.com.br/?p=64277&preview=true Expediente Produção Geral e Hosts: C. A. e Beraba. Recordar é viver: Willian Spengler. Edição e Arte do Episódio: Danilo Pastor (Nativa Multimídia). Material Complementar BURKE, Peter. Cultura popular na Idade Moderna – Europa, 1500-1800. São Paulo: Cia das Letras, 2010 BURKE, Peter. O Renascimento italiano: cultura e sociedade na Itália. São Paulo: Nova Alexandria, 1999 BURKE, Peter; BRIGGS, Asa. Uma história social da mídia – de Guttemberg à Internet. 2.ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2006. CHARTIER, Roger. As práticas da escrita. In:______(org.) História da vida privada 3: da renascença ao século das luzes. São Paulo: Cia de Bolso, Cia das Letras, 2009, p.113-162. DELUMEAU, Jean. A civilização do Renascimento. Lisboa: Estampa, 2.v.1994 GRAFTON, Anthony. O leitor humanista. In: CAVALLO, Guglielmo; CHARTIER, Roger. História da leitura no mundo ocidental. v.2. São Paulo: Ática, 1999, p.5-46 MAQUIAVEL, Nicolau. O príncipe. São Paulo: Folha de S. Paulo, 2011 [Coleção Livros que mudaram o mundo] MORE, Thomas. A Utopia. São Paulo: Folha de S. Paulo, 2011 [Coleção Livros que mudaram o mundo] ROSSI, Paolo. O nascimento da Ciência Moderna. Bauru: Edusc, 2001 SEVCENKO, Nicolau. Renascimento. São Paulo: Contexto, 2024. Madrinhas e Padrinhos Apoios a partir de 12 de junho de 2024 Alexsandro de Souza Junior, Aline Silva Lima, André Santos, André Trapani, Andréa Gomes da Silva, Andressa Marcelino Cardoso, Augusto Carvalho, Carolina Pereira Lyon, Charles Calisto Souza, Elisnei Menezes de Oliveira, Erick Marlon Fernandes da Silva, Flávio Henrique Dias Saldanha, Gislaine Colman, Iara Grisi, João Ariedi, João Luiz Farah Rayol Fontoura, Juliana Zweifel, Klaus Henrique de Oliveira, Manuel Macias, Marlon Fernandes da Silva, Pedro Júnior Coelho da Silva Nunes, Rafael Henrique Silva, Raul Sousa Silva Junior, Renata de Souza Silva, Ricardo Orosco, Rodrigo Mello Campos, Rubens Lima e Willian SpenglerSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Ao longo dos séculos XIV ao XVI, na Europa Ocidental, diferentes movimentos artísticos, culturais e científicos emergiram, caracterizando um período histórico que conhecemos como Renascimento. A região que hoje conhecemos como Itália foi o epicentro deste processo histórico, que também foi marcado por transformações políticas, econômicas e religiosas. Neste episódio entenda o que foi este período, como ele foi lido e representado em diferentes momentos históricos e se surpreenda com as diferentes conexões, continuidades e rupturas na Europa renascentista. Arte da Capa: Danilo Pastor Errata: Quando o C. A. menciona Santo Agostinho, ele estava se referindo a São Tomas de Aquino Mencionado no Episódio Leonardo da Vinci (SciCast #353) Fronteiras no Tempo #46 Cavalaria Medieval Fronteiras no Tempo #17 – História Medieval Fronteiras no Tempo #20 - Reformas Protestantes Financiamento Coletivo Existem duas formas de nos apoiar Pix recorrente – chave: fronteirasnotempo@gmail.com Apoia-se – https://apoia.se/fronteirasnotempo INSCREVA-SE PARA PARTICIPAR DO HISTORICIDADE O Historicidade é o programa de entrevistas do Fronteiras no Tempo: um podcast de história. O objetivo principal é realizar divulgação científica na área de ciências humanas, sociais e de estudos interdisciplinares com qualidade. Será um prazer poder compartilhar o seu trabalho com nosso público. Preencha o formulário se tem interesse em participar. Link para inscrição: https://forms.gle/4KMQXTmVLFiTp4iC8 Selo saberes históricos Agora o Fronteiras no Tempo tem o selo saberes históricos. O que é este selo? “O Selo Saberes Históricos é um sinal de reconhecimento atribuído a:● Práticas de divulgação de saberes ou produções de conteúdo histórico ou historiográfico● Realizadas em redes sociais ou mídias digitais, voltadas para públicos mais amplos e diversificados● Comprometidas com valores científicos e éticos.”Saiba mais: https://www.forumsabereshistoricos.com/ Redes Sociais Twitter, Facebook, Youtube, Instagram Contato fronteirasnotempo@gmail.com Como citar esse episódio Fronteiras no Tempo #87 Renascimento. Locução Cesar Agenor Fernandes da Silva, Marcelo de Souza Silva e Willian Spengler [S.l.] Portal Deviante, 14/01/2025. Podcast. Disponível em: https://www.deviante.com.br/?p=64277&preview=true Expediente Produção Geral e Hosts: C. A. e Beraba. Recordar é viver: Willian Spengler. Edição e Arte do Episódio: Danilo Pastor (Nativa Multimídia). Material Complementar BURKE, Peter. Cultura popular na Idade Moderna – Europa, 1500-1800. São Paulo: Cia das Letras, 2010 BURKE, Peter. O Renascimento italiano: cultura e sociedade na Itália. São Paulo: Nova Alexandria, 1999 BURKE, Peter; BRIGGS, Asa. Uma história social da mídia – de Guttemberg à Internet. 2.ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2006. CHARTIER, Roger. As práticas da escrita. In:______(org.) História da vida privada 3: da renascença ao século das luzes. São Paulo: Cia de Bolso, Cia das Letras, 2009, p.113-162. DELUMEAU, Jean. A civilização do Renascimento. Lisboa: Estampa, 2.v.1994 GRAFTON, Anthony. O leitor humanista. In: CAVALLO, Guglielmo; CHARTIER, Roger. História da leitura no mundo ocidental. v.2. São Paulo: Ática, 1999, p.5-46 MAQUIAVEL, Nicolau. O príncipe. São Paulo: Folha de S. Paulo, 2011 [Coleção Livros que mudaram o mundo] MORE, Thomas. A Utopia. São Paulo: Folha de S. Paulo, 2011 [Coleção Livros que mudaram o mundo] ROSSI, Paolo. O nascimento da Ciência Moderna. Bauru: Edusc, 2001 SEVCENKO, Nicolau. Renascimento. São Paulo: Contexto, 2024. Madrinhas e Padrinhos Apoios a partir de 12 de junho de 2024 Alexsandro de Souza Junior, Aline Silva Lima, André Santos, André Trapani, Andréa Gomes da Silva, Andressa Marcelino Cardoso, Augusto Carvalho, Carolina Pereira Lyon, Charles Calisto Souza, Elisnei Menezes de Oliveira, Erick Marlon Fernandes da Silva, Flávio Henrique Dias Saldanha, Gislaine Colman, Iara Grisi, João Ariedi, João Luiz Farah Rayol Fontoura, Juliana Zweifel, Klaus Henrique de Oliveira, Manuel Macias, Marlon Fernandes da Silva, Pedro Júnior Coelho da Silva Nunes, Rafael Henrique Silva, Raul Sousa Silva Junior, Renata de Souza Silva, Ricardo Orosco, Rodrigo Mello Campos, Rubens Lima e Willian SpenglerSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Hola, hola, bunquerines i bunquerins! Us donem la benvinguda a l'especial de Cap d'Any d'"El b
Na coluna desta segunda-feira (30), o professor Milton Teixeira conta a história da origem de Papai Noel e sua relação com São Nicolau.
En este episodio tenemos a Christian solo leyendo los correos:
durée : 00:24:49 - Les goûts d'ici en Béarn Bigorre - Le 2 décembre dernier à Lyon, Olivier Nicolau, chef de l'Arraditz à Lescar a participé au championnat du monde de pâté en croûte. C'était la 4ème fois que le chef se qualifiait pour cette évènement prestigieux.
L'eau, nous la buvons évidemment mais nous la mangeons aussi. Savez-vous par exemple que pour produire 1kg de bœuf, nous avons besoin de 15 000 litres d'eau, au passage c'est 150 fois plus que pour faire pousser un kilo de légumes ! L'eau : nous la portons aussi : la fabrication d'un jean, du champ à nos jambes, consomme 11 000 litres. La production de notre smartphone absorbe aussi de l'eau : de l'extraction des matières premières à son assemblage, ce petit objet nécessite en moyenne 13 000 litres !!! Et n'oublions pas l'eau nécessaire au refroidissement des data-centers qui se multiplient à une vitesse vertigineuse notamment grâce à la formidable Intelligence Artificielle. Nos besoins ne cessent d'augmenter mais la ressource, elle, n'est pas illimitée. Déjà dans certaines régions, chaque goutte compte. Nous vous emmènerons dans un pays très aride : au Cap-vert ! Sur l'île de Sao Nicolau, la population survit grâce à une galerie creusée dans la montagne qui capte l'eau qui irrigue les champs, mais le niveau baisse chaque année… Mais même si vous vivez dans une région où l'eau abonde, savoir l'économiser s'apprend et c'est justement le travail de notre invitée Charlène Descollonges, ingénieure hydrologue engagée pour préserver l'eau et l'ensemble du vivant. Son ouvrage Agir pour l'eau, vient de paraître aux Éditions Tana.Reportage de Quentin Bleuzen au Cap-Vert « L'archipel du Cap-Vert est extrêmement aride, la plupart des îles subissent de plein fouet le réchauffement climatique et les agriculteurs cap-verdiens essuient chaque année de nouvelles sécheresses. Ce n'est pas le cas de la vallée de Fajã à São Nicolau, qui reste verte toute l'année grâce à un ingénieux système d'irrigation. Une galerie drainante de 2 kilomètres de long, creusée dans la montagne entre 1980 et 1986, permet de récolter l'eau d'une nappe souterraine, se trouvant à 200 mètres de profondeur et de la redistribuer grâce à un réseau de tuyaux bien entretenu. Alors que la plupart des autres îles de l'archipel sont en difficulté, São Nicolau fait figure d'exception et produit toute l'année de nombreux fruits et légumes… »
MMALOTN is back to give you breakdowns and predictions for UFC Vegas 99: Hernandez vs Pereira. THIS PATREON IS FOR THE FIGHT LINK DATABASE, NOT MY PICKS/BETS/WRITE UPS.
#048 Rebroadcast New College-Style Sweatshirt! And the Ghost Halloween Design is Back! This week, Melissa and Jam dive into spiciness. What is it? Is it a flavor? Is it a feeling? Is it both? Is it more? Why can some people handle more than others? Does spiciness have any benefits? References from this episode https://www.sciencedirect.com/topics/pharmacology-toxicology-and-pharmaceutical-science/vanilloids Solomon's Organic Chemistry 11th edition Analogues of Capsaicin with Agonist Activity as Novel Analgesic agents; Structure-Activity Studies 2. The Amide Bond “B-Reigion” byWalpole et. al Similarities and Differences in the Structure−Activity Relationships of Capsaicin and Resiniferatoxin Analogues by Walpole et. al Detailed Analysis of the Binding Mode of Vanilloids to Transient Receptor Potential Vanilloid Type I (TRPV1) by a Mutational and Computational Study by Ohbuchi et. al The Art and Science of Organic andNatural Products Synthesis - by Nicolau et. al https://www.acs.org/content/acs/en/pressroom/reactions/videos/2015/why-are-hot-peppers-hot-and-how-milk-helps.html Find us on Instagram, Twitter, and Facebook @ChemForYourLife. Email us at chemforyourlife@gmail.com And check out our chill, simple little website at https://chemforyourlife.transistor.fm/ Thanks to our monthly supporters Scott B Jessie Reder Ciara Linville J0HNTR0Y Jeannette Napoleon Cullyn R Erica Bee Elizabeth P Sarah Moar Rachel Reina Letila Katrina Barnum-Huckins Suzanne Phillips Venus Rebholz Lyn Stubblefield Jacob Taber Brian Kimball Emerson Woodhall Kristina Gotfredsen Timothy Parker Steven Boyles Chris Skupien Chelsea B Bri McAllister Avishai Barnoy Hunter Reardon ★ Support this podcast on Patreon ★ ★ Buy Podcast Merch and Apparel ★ Check out our website at chemforyourlife.com Watch our episodes on YouTube Find us on Instagram, Twitter, and Facebook @ChemForYourLife
O desfecho da Primeira Guerra definiu o começo da Segunda! Separe trinta minutos do seu dia e aprenda com o professor Vítor Soares (@profvitorsoares) sobre o Tratado de Versalhes. - Se você quiser ter acesso a episódios exclusivos e quiser ajudar o História em Meia Hora a continuar de pé, clique no link: www.apoia.se/historiaemmeiahora Compre o livro "História em Meia Hora - Grandes Civilizações"! https://www.loja.literatour.com.br/produto/pre-venda-livro-historia-em-meia-hora-grandes-civilizacoesversao-capa-dura/ Compre meu primeiro livro-jogo de história do Brasil "O Porão": https://amzn.to/4a4HCO8 Compre nossas camisas, moletons e muito mais coisas com temática História na Lolja! www.lolja.com.br/creators/historia-em-meia-hora/ PIX e contato: historiaemmeiahora@gmail.com Apresentação: Prof. Vítor Soares. Roteiro: Prof. Vítor Soares e Prof. Victor Alexandre (@profvictoralexandre) REFERÊNCIAS USADAS: - MARQUES, Adhemar Martins. História Contemporânea: Textos e documentos. São Paulo: Contexto, 1999 - HOBSBAWM, Eric J.. Era dos Extremos. Trad. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. - SEVCENKO, Nicolau. A Corrida para o século XXI. No loop da montanha-russa. São Paulo: Companhia das Letras, 2001 - TEIXEIRA, F. C. da S. e outros (coord.), Impérios na História. Rio de Janeiro: Elsevier/Campus, 2009,
Jim and Matt are joined by two longtime friends of the show in UFC featherweight Aljamain Sterling and Beneil Dariush for today's episode of UFC Unfiltered. Calling in first is Aljamain Sterling, who expresses his honest thoughts on those downplaying the outcome of his dominant UFC featherweight debut against Calvin Kattar at UFC 300. Understanding that he's likely not next in line for the 145-pound title shot, Aljo explains why the next best fight to make is him against Brian Ortega for a top featherweight contender spot. Shortly after Sterling's call ends, the guys invite Beneil Dariush on the show to congratulate the lightweight veteran for being awarded the 2024 Forrest Griffin Community Award — an award that recognizes a UFC athlete for their exceptional volunteer/charity work and the meaningful impact their efforts have on the community. Beneil wraps up his interview by filling the guys in on his state of mind coming off two losses and how he plans to bounce back into the win column. Finally, Matt wraps up the show by “humbly” pointing out how much better he did than Jim picking winners from this past Saturday's UFC Fight Night: Nicolau vs. Perez card.
Back from recovering from the UFC 300 hangover, we have another great episode, so let's get into it. We start things off with a huge win for Alex Perez with his knockout of Matheus Nicolau. This was a great bounce-back win for Perez, who saw his victory for the first time since 2020. But also, this win puts him in a great spot in the division with so many contenders either injured or coming off a loss. From there, we give a quick recap of the rest of the card. Some great fights and performances from names that we will be seeing on bigger cards in the future. Next, we move into our picks and predictions for UFC 301. We were doing so much picking and predicting with UFC 300 that we decided to just preview the main and co-main events. In the main event, we have Alexandre Pantoja defending his title against the fast-rising Steve Erceg. In the co-main, we have the return from retirement fight of the King of Rio himself, Jose Aldo. He will be greeted by the always-dangerous Jonathan Martinez. Lastly, we move into the news, where we catch up on two weeks worth of fight announcements, some weird actions by the NSAC, and the announcement of UFC 304 being in Manchester, England. We even expand a little bit about how huge we think the event will be with all of the UK talent on the roster currently! Like always, please be sure to rate, like, comment, and share.
Alex Perez has the weight of the world on his shoulders, likely putting his UFC career on the line against Matheus Nicolau in the main event of UFC Vegas 91. In the end, the one-time UFC title challenger was able to pick up his first win inside the octagon in nearly four years with a sensational knockout of Nicolau to close the show on Saturday. Now that he's back in the win column, what should come next for Perez? On an all-new edition of On To the Next One, MMA Fighting's Mike Heck and Alexander K. Lee discuss who Perez could face next following his big win. Additionally, future matchups are discussed for Bogdan Guskov following his second-round finish of Ryan Spann in the co-main event, Karine Silva after earning a hard fought unanimous decision victory over Ariane da Silva in the featured flyweight bout, along with fellow main card winners Jhonata Diaz, David Onama, Uros Medic, and more. Follow Mike Heck: @MikeHeck_JR Follow Alexander K. Lee: @AlexanderKLee Subscribe to MMA Fighting Check out our full video catalog Like MMA Fighting on Facebook Follow on Twitter Read More: http://www.mmafighting.com Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices
Alex Perez has the weight of the world on his shoulders, likely putting his UFC career on the line against Matheus Nicolau in the main event of UFC Vegas 91. In the end, the one-time UFC title challenger was able to pick up his first win inside the octagon in nearly four years with a sensational knockout of Nicolau to close the show on Saturday. Now that he's back in the win column, what should come next for Perez? On an all-new edition of On To the Next One, MMA Fighting's Mike Heck and Alexander K. Lee discuss who Perez could face next following his big win. Additionally, future matchups are discussed for Bogdan Guskov following his second-round finish of Ryan Spann in the co-main event, Karine Silva after earning a hard fought unanimous decision victory over Ariane da Silva in the featured flyweight bout, along with fellow main card winners Jhonata Diaz, David Onama, Uros Medic, and more. Follow Mike Heck: @MikeHeck_JR Follow Alexander K. Lee: @AlexanderKLee Subscribe to MMA Fighting Check out our full video catalog Like MMA Fighting on Facebook Follow on Twitter Read More: http://www.mmafighting.com Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices
Alex Perez has the weight of the world on his shoulders, likely putting his UFC career on the line against Matheus Nicolau in the main event of UFC Vegas 91. In the end, the one-time UFC title challenger was able to pick up his first win inside the octagon in nearly four years with a sensational knockout of Nicolau to close the show on Saturday. Now that he's back in the win column, what should come next for Perez? On an all-new edition of On To the Next One, MMA Fighting's Mike Heck and Alexander K. Lee discuss who Perez could face next following his big win. Additionally, future matchups are discussed for Bogdan Guskov following his second-round finish of Ryan Spann in the co-main event, Karine Silva after earning a hard fought unanimous decision victory over Ariane da Silva in the featured flyweight bout, along with fellow main card winners Jhonata Diaz, David Onama, Uros Medic, and more. Follow Mike Heck: @MikeHeck_JR Follow Alexander K. Lee: @AlexanderKLee Subscribe to MMA Fighting Check out our full video catalog Like MMA Fighting on Facebook Follow on Twitter Read More: http://www.mmafighting.com Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices
UFC Fight Nicolau vs Perez Full Card Preview & DraftKings/FanDuel DFS Picks with Greg Ehrenberg.
UFC Vegas 91 Picks | Nicolau vs. Perez | DFS MMA DraftKings Picks Brett Appley provides his quick preview and makes his UFC Vegas 91 DraftKings Picks including his favorite Cash Game and GPP play of the week, and the fighter to fade. Show Index: 00:00 - Intro 01:00 - DraftKings Cash Play Of The Week 02:52 - DraftKings Tournament Play Of The Week 04:55 - DraftKings Salary Play Of The Week 06:32 - Draftkings Fight to Target 08:16 - Outro Check out all of Brett's work at https://linktr.ee/establishtherun Newsletter: https://mayomedia.substack.com/ Subscribe to DFS: The Mix Apple: http://bit.ly/DFSMixApple Stitcher: http://bit.ly/DFSStitcher Spotify: http://bit.ly/DFSSpotify Google: http://bit.ly/DFSGoogle Dog or Pass UFC Vegas 91 Picks, Bets and Full Preview Apple: https://apple.co/2EO5trZ Spotify: https://spoti.fi/34EZVLk Stitcher: https://bit.ly/DOPStitcher Google: https://bit.ly/DOPGoogle Pocket Casts: https://pca.st/hkktfrex RSS: https://anchor.fm/s/3352942c/podcast/rss #UFC #MMAPicks #ufcVegas91 Follow Brett on Twitter: https://twitter.com/BrettAppley Learn more about your ad choices. Visit megaphone.fm/adchoices
Fans of MMA and DraftKings, are you ready!? Check out this week's episode of the MMA Killshot podcast, breaking down every fight on the card. Sign up for a DFS Army VIP Subscription with code "SNIPER" for 10% off: https://www.dfsarmy.com/pricing
On today's episode of UFC Unfiltered, Jim Norton and Matt Serra are joined by a pair of fighters on this Saturday's card in women's flyweight Ariane Lipski and men's lightweight Austin Hubbard. Riding a three-fight winning streak going into Saturday's fight against Karine Silva, Lipski outlines how she's managed to stay even-keeled through the ups and downs of her career — and one tidbit from her favorite book comes as a hilarious shock to Matt! In between interviews, Jim reacts to the breaking news of UFC 304's return to Manchester, England before Matt eventually takes the conversation to his thoughts on Colby Covington's stance on fighting Ian Machado Garry. When Austin Hubbard joins the show, he and Matt bond over their respective stints in The Ultimate Fighter house. Hubbard then talks through how he battled adversity to return to the UFC for a second go-around. Finally, the guys end the show with some predictions from Saturday's UFC Fight Night: Nicolau vs. Perez card, with Jim looking to make up substantial ground in the head-to-head standings.
Host Dan Levi & guest Mike (@CouchWarriorPod) break down UFC Vegas 91: Matheus Nicolau vs Alex Perez from a betting, fantasy, insider, and analyst perspective. Levi & Mike cover the entire UFC Vegas 91 fight card from the main event to the opening prelim and provide a pick for each fight. This is episode 515 of Half The Battle! TIMESTAMPS: 0:00 - Matheus Nicolau vs Alex Perez 7:03 - Ryan Spann vs Bogdan Guskov 10:14 - Karine Silva vs Ariane Lipski 15:23 - Jhonata Diniz vs Austen Lane 18:28 - Jonathan Pierce vs David Onama 25:40 - Tim Means vs Uros Medic 30:27 - Victor Henry vs Rani Yahya 35:43 - Michal Figlak vs Austin Hubbard 41:14 - Caio Machado vs Don'Tale Mayes 50:00 - Ketlen Souza vs Marnic Mann 51:11 - James Lontop vs Chris Padilla 54:05 - Ivana Petrovic vs Na Liang 56:16 - Maheshate vs Gabriel Benitez - SUBSCRIBE TO HALF THE BATTLE PODCAST: ITUNES: https://podcasts.apple.com/us/podcast/half-the-battle/id1040391940 SOUNDCLOUD: https://soundcloud.com/bestfightpicks YOUTUBE: https://youtube.com/BestFightPicksHalfTheBattle/Streams SPOTIFY: https://open.spotify.com/show/1R7NuoyetaVaPbsRMStE5f?si=75d790f0811e47ba STITCHER: https://stitcher.com/show/half-the-battle - FOLLOW/CONTACT ME: TWITTER: https://twitter.com/BestFightPicks, https://twitter.com/HalfTheBattleHQ INSTAGRAM: https://instagram.com/HalfTheBattlePod FACEBOOK: https://facebook.com/HalfTheBattlePod - DAN'S BET RECORD: https://betmma.tips/BestFightPicks If my picks helped you win money or you're simply interested in supporting HALF THE BATTLE: PAYPAL: BestFightPicks@gmail.com VENMO: @Daniel-Levi CASHAPP: $DFLonDrums All donations are incredibly appreciated and go directly to paying for the show & improving the quality of the channel. Thank you so much for your support! *I DO NOT OWN THE RIGHTS TO ANY OF THESE VIDEO CLIPS OR SONGS* Video sample credits: https://www.youtube.com/watch?v=RRnfksMAgx0 https://www.youtube.com/watch?v=Xe9PgMJbiMk https://youtu.be/nCg3ufihKyU?si=4dW6nW76mr3o_iaP
We survived another break week with no UFC. Thank God for Cage Warriors and the PFL to keep us entertained. It is Monday again and we have a fresh dumpster to dive straight into!! Join myself and this week's special guest LIVE to preview UFC Vegas 91 from a betting perspective as we break down every single fight on this card! Lets make some money!Guest: Pepe Silvia@pepe_silvia716 on X (Twitter)Join the Home of Fight Discord: https://discord.gg/aSxceK8WMRFor $5 off your HOF Picks Subscription Code: DieHard*Bet Openly*: https://app.betopenly.com/?s=dhmNew Die Hard MMA Merch!!Check out the shop! https://die-hard-mma-podcast-merch.myspreadshop.com/allFollow Spectation Sports @SpectationNet for Regional MMAPromo Code: DIEHARD for 20% off your subscription https://spectationlink.com/DIEHARD0:00 Intro 6:50 Maheshate Hayisaer vs Gabriel Benítez11:28 Ivana Petrović vs Na Liang19:15 James Llontop vs Chris Padilla23:03 Ketlen Souza vs Marnic Mann30:19 Don'Tale Mayes vs Caio Machado39:46 Austin Hubbard vs Michal Figlak49:12 Rani Yahya vs Victor Henry55:59 The Gauntlet 2 - $600 in prizes58:24 Tim Means vs Uros Medic1:09:13 Jonathan Pearce vs David Onama1:17:09 Jhonata Diniz vs Austen Lane1:23:50 Karine Silva vs Ariane Lipski1:32:48 Ryan Spann vs Bogdan Guskov1:41:55 Matheus Nicolau vs Alex Perez
The 'Bout Business "Sneak Teep" podcast presents listeners with positions of advantage after reviewing early lines. After another win in UFC 300 last weekend, Sneak Teep releases now sit 6-3-2 with a +3.41 Unit profit! Check out exclusive 'Bout Business Podcast membership access to Lou's picks at GAMBLOU.COM, where you can sign up for a full year of picks for under $5 per card! Here are this week's fights where we have identified value in early line movement ahead of UFC Las Vegas 91: Diniz (-230) vs Lane (+200) Petrovic (-560) vs Liang (+410) Maheshate (-200) vs Benitez (+170) Medic (-300) vs Means (+250) Silva (-155) vs Lipski (+135) Spann (-200) vs Guskov (+170) Nicolau (-170) vs Perez (+145) Follow us on Twitter @GambLou @greenrollmedia and visit www.gamblou.com & www.greenrollmedia.com Gambling Problem? Call 1-800-GAMBLERSee omnystudio.com/listener for privacy information.
MMA Fighting's Mike Heck drops a breaking news update after Manel Kape's 3.5 pound weight miss led to his UFC Vegas 84 co-main event bout with Matheus Nicolau to be cancelled altogether. Follow Mike Heck: @MikeHeck_JR Subscribe to MMA Fighting Check out our full video catalog Like MMA Fighting on Facebook Follow on Twitter Read More: http://www.mmafighting.com Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices