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História em Versões
EP121 | O ENIGMA DE ANASTÁSIA ROMANOV

História em Versões

Play Episode Listen Later Feb 9, 2025 28:25


Anastásia Romanov realmente sobreviveu à execução da família imperial russa? Durante décadas, rumores e supostas sobreviventes alimentaram o mito da jovem grã-duquesa, inspirando livros, filmes e teorias conspiratórias. Neste episódio, mergulhamos na fascinante história de Anna Anderson e outras mulheres que reivindicaram a identidade de Anastásia, analisamos os relatos sobre a possível fuga da princesa e, por fim, exploramos as descobertas científicas que trouxeram uma resposta definitiva para esse mistério.Fonte: https://rainhastragicas.com/2015/01/13/o-mito-de-anastasia-romanov/E-mail: m7studiospodcast@gmail.com

Cultura
Filmes brasileiros fazem sucesso em sessão especial do maior festival de curtas do mundo na França

Cultura

Play Episode Listen Later Feb 7, 2025 8:51


Os vencedores do Festival Internacional do Curta-Metragem de Clermont-Ferrand serão conhecidos neste sábado (8). Nesta edição de 2025, os organizadores receberam cerca de 8 mil filmes de 51 países. Na sessão especial do Mercado do Filme dedicada à apresentação de cinco produções brasileiras, seguida de um debate com o público, o curta Quase Trap! arrancou risadas da plateia, Carlinha e André despertou questões sobre o HIV na terceira idade, enquanto o filme de ação 2 Brasis foi um sucesso. Três filmes brasileiros concorrem a prêmios na competição internacional de Clermont-Ferrand e outros cinco curtas, selecionados pelo festival Kinoforum e a Spcine, de São Paulo, foram exibidos a distribuidores e produtores em uma sessão especial na tarde de quinta-feira (6).Quase Trap!, filme de iniciação dirigido pelo paulistano Filipe Barbosa, e Anastácia, da mineira Lilih Curi, elaborado a partir de uma longa pesquisa da cineasta com mulheres que sofreram violência doméstica na Bahia, são produções da Rede Afirmativa, da Spcine. Já 2 Brasis, de Carol Aó e Helder Fruteira, ganhou destaque por ser um filme de ação sobre a distopia de um país dividido, com uma produção bem elaborada. Filipe Barbosa abraçou o cinema em 2018, primeiro fazendo formações em oficinas, como as organizadas pelo festival Kinoforum na comunidade de Paraisópolis, depois abrindo um cineclube com os amigos em Cidade Tiradentes, distrito da periferia de São Paulo. Seu curta narra a história de Tiunai, um jovem negro de 16 anos que mora na periferia e se vê pressionado a afirmar sua identidade masculina.O realizador disse à RFI que jamais imaginou estar no maior evento do mundo de curtas. "O Fabio Rodrigo, que é um roteirista, escreveu esse projeto. Ele a uma pessoa um pouco mais velha do que eu e vem da Vila Ede, na zona norte de São Paulo. Eu já sou de uma outra geração e também vivenciei isso. É uma pauta que muitas vezes não tem sido falada. Falar sobre a questão de virilidade, a questão da masculinidade, principalmente negra. A maioria dos debates sobre masculinidade não tem esse enfoque na periferia", destaca Barbosa.O próximo projeto do diretor paulistano é o curta de terror Passado Presente, filme que contará a história de um jovem que pega o tênis de outro jovem, já falecido, e isso irá desencadear uma série de acontecimentos sobrenaturais. Com essa trama, Barbosa quer trazer para discussão a questão do pertencimento dentro da periferia, num cenário "funk" de 2010. HIV chega à meia-idadeRicky Mastro, selecionado para participar pela primeira vez da sessão brasileira no Mercado do Filme, é uma das principais vozes do cinema queer no Brasil. Roteirista e diretor de dez curtas-metragens LGBTQIA+, atuante no circuito nacional e internacional de festivais, Ricky mostrou seu curta Carlinha e André, estrelado por Divina Núbia, André Guerreiro Lopes e Gregório Musatti. O filme retrata a história de amor de uma mulher transgênero na meia-idade que está esperando a volta do marido para casa, depois dele ter revelado a ela que estava com Aids.Mastro conta que a inspiração para essa história veio na esteira de um longo projeto que desenvolve sobre pessoas que vivem com HIV, chamado Os Invisíveis. "Com o Carlinha e André, é interessante porque muitas pessoas falam que eu quis falar sobre viver com o HIV, falar sobre um casal sorodiscordante, mas na verdade eu falo sobre se tornar mais velho, sobre os medos e preocupações [que aparecem] ao envelhecer". Muitos questionamentos de Carlinha refletem preocupações pessoais do cineasta como homem gay cis chegando perto dos 40 anos, e a relação próxima que ele tem com a mãe, que completará 75 anos neste ano. Roteirista e realizador engajado, Mastro passa a metade do ano em Toulouse, onde aperfeiçoou sua formação no cinema, e a outra metade em São Paulo. No Festival de Clermont, ele faz contatos com produtores e coprodutores internacionais para seu longa-metragem Tarzan. Nessa nova ficção, dois michês, o bailarino Tarzan e o traficante Gabo, aplicam golpes digitais para realizar o sonho de viver na Europa. Ele também procura coprodutores para a série Mundinho, que explora a juventude queer na vida noturna de São Paulo, produzida pela Manjericão Filmes.Violência doméstica   Em Anastácia, a mineira Lilih Curi leva às telas um drama de violência doméstica baseado em uma longa pesquisa feita com mulheres na Bahia.  "É um filme curto, de 15 minutos, com uma narrativa disruptiva, não linear, mas que resolve ao fim o drama dessa mulher, Anastácia, que sofre violência doméstica na relação abusiva e terrível com o marido. É um filme que trata transversalmente de feminicídio, de racismo, de agressões múltiplas que a mulher sofre. Anastácia, por conta do trauma, sofre de mutismo e ela busca uma maneira de ter saúde de novo e de voltar a viver de novo", descreve Lilih."Eu espero que várias mulheres e homens que assistam esse filme se sensibilizem e consigam diminuir o impacto das violências em suas próprias vidas", acrescenta a diretora mineira. Recém-finalizado, o curta de Lilih Curi deve estrear em breve no Brasil.O curta Migué, de Rodrigo Ribeyro, vencedor do prêmio Revelação no festival de curtas de São Paulo no ano anterior, completou a lista de produções apresentadas no Mercado do Filme, ao contar a história de uma garota paulistana trabalhadora que resolveu tirar um dia de folga. Animação brasileira concorre a prêmioEm sua estreia num curta de animação, o diretor niteroiense Angelo Defanti, conhecido por seus filmes de ficção e documentários, conta ter ficado "espantado" e "lisonjeado" de ter sua produção Eu Sou um Pastor Alemão selecionada na competição internacional de Clermont-Ferrand."Eu comecei a desenvolver um projeto de longa-metragem de animação, mas, para chegar no longa, também pensei que eu podia me exercitar num curta e descobrir um pouco mais desse universo da animação, que não é tão simples assim. Sempre gostei muito dos quadrinhos do Murilo Martins e decidi dar esse pontapé inicial na animação com dois quadrinhos dele: um chamado Eu Sou um Pastor Alemão e o outro, Eu Era um Pastor Alemão", explicou Defanti à RFI.O cineasta recorda que é 'dificílimo' ser selecionado na programação oficial do festival francês e revela estar impressionado com a atmosfera da mostra. "É realmente espantoso. A quantidade de filas, o tamanho das salas sempre cheias para ver curta-metragem. É uma cultura do curta-metragem já muito difundida, você vê que isso vem de muito tempo", diz Defanti com admiração e entusiasmo.  Os outros títulos que concorrem a prêmios em Clermont são Amarela, de André Hayato Saito, e Jacaré, de Victor Quintanilha.A seleção dos curtas trazidos à França foi definida por Anne Fryzsman, programadora internacional do Festival de Curtas de São Paulo – Kinoforum. Ao lado do coordenador Marcio Miranda Perez, Anne dá continuidade ao trabalho iniciado há décadas pela diretora da mostra paulistana, Zita Carvalhosa, que abriu as portas do mercado global de produtores e distribuidores aos cineastas brasileiros. O Brasil está representado no Mercado do Filme de Clermont-Ferrand desde 2011, em uma parceria que envolve, na edição de 2025, a equipe do Kinoforum, a Spcine, o Instituto Guimarães Rosa e a Embaixada do Brasil em Paris.

Reportagem
Com poesia e cinema, indígenas brasileiros reforçam em Paris a luta pela demarcação justa de terras

Reportagem

Play Episode Listen Later Feb 4, 2025 8:30


Com o objetivo de oferecer uma visão geral da diversidade e sobre a produção dos povos indígenas, especialmente do Brasil, nos campos da pesquisa acadêmica e da criação artística, foi realizado nesta segunda (3) e terça-feiras (4), no Collège de France, em Paris, o segundo simpósio internacional sobre povos indígenas. O evento “Ciências Vivas: Perspectivas Indígenas no Mundo da Pesquisa e das Artes” recebeu, dentre outros cientistas e pesquisadores da área, também palestrantes indígenas em intercâmbio na França através do plano de mobilidade acadêmica internacional voltado para os povos originários no Brasil, o programa Guatá. Idjahure Kadiwel, carioca de origem terena e kadiwéu, e doutorando na USP, foi um dos participantes. Ele declamou um poema autoral no primeiro dia do evento para introduzir o tema das estratégias de luta pela demarcação de território e direitos civis do povo indígena.“Eu acho que a arte é muito importante porque é aquela coisa que não tem fronteiras, barreiras ou limitações, para tocar o coração das pessoas, para abrir a mente das pessoas. Cinema, poesia, artes visuais, música, tudo serve para a gente ser afetado e afetar”, declarou Idjahure Kadiwel. “É importante quando a gente consegue trazer um pouco de uma consciência diferente por meio desses trabalhos, dessas obras, esses eventos assim. O limite é a própria criatividade não só nas artes, mas como o colóquio propõe esse mundo da pesquisa das artes”, disse o cientista social em entrevista à RFI. Idjahure Kadiwel também destacou a importância da inserção dos indígenas no meio acadêmico. “A gente ouviu aqui pesquisas muito originais dos nossos colegas antropólogos indígenas. Então é isso que a gente está tentando compartilhar, um pouco dessa novidade que é uma novidade também para o Brasil. Ter os indígenas na pós-graduação, no doutorado. Uma novidade da última década, talvez, esse aumento exponencial. Então, a gente estar desenvolvendo esse trabalho aqui na França, em Paris, já é uma outra etapa dessa história”, comemora. Acampamento Terra LivreO filme “Nosso modo de lutar”, exibido durante o evento no Collège de France, mostra os encontros intergeracionais que acontecem anualmente no movimento indígena brasileiro conhecido como ATL (Acampamento Terra Livre, o maior ato da luta dos povos originários latino-americanos, em Brasília).Uma das diretoras do curta, a liderança indígena Francy Baniwa, original do povo medzeniako da região do Alto Rio Negro, que é doutora em antropologia pela UFRJ e cursa pós-doutorado na USP, comentou sobre a perspectiva feminina no filme e na luta indígena.“Essa presença das mulheres agora que estão com câmeras nas mãos, que estão produzindo cinema, que é um olhar diferente, que é de dentro para fora, de sair dessa coisa ocidental. A gente tem visto que de fato é um diferencial quando é feito e produzido por mulheres, mas também uma ferramenta que tem nos proporcionado essa luta de demarcação através de uma câmera, que também é uma ferramenta de luta e de resistência. Para você poder registrar, você poder denunciar. Então ela [a câmera] tem se tornado o arco e flecha nessa questão do registro de conhecimentos”, enfatizou Francy Baniwa. A força da pesquisa acadêmica na demarcação justa de terrasA ativista Juliana Amanayara Tupinambá, em intercâmbio de doutorado na Universidade Sorbonne Nouvelle, em Paris, e palestrante nos dois dias do simpósio em Paris, reforçou a relevância da presença indígena no meio acadêmico internacional para combater a implementação Marco Temporal. “É de suma importância porque já era um movimento que a gente tinha nacionalmente. No Brasil, então, quando surge a lei de cotas, é a porta para os indígenas ingressarem na universidade. E aí com muitas lutas a gente consegue não só ingressar, mas permanecer nesses espaços e também trazer a nossa própria epistemologia indígena para dentro desses espaços. Atravessar esse mar Atlântico para chegar aqui na Europa e trazer também os nossos projetos de pesquisa é também um ato de militância para buscar formas de defender os direitos indígenas”, afirma.A cientista explica que “através de uma pesquisa antropológica” do território é possível documentar oficialmente ao governo, para “ajudar na própria demarcação do território”. “Hoje temos advogados indígenas que defenderam na corte brasileira o porquê os territórios não se aplicam ao Marco temporal. O decreto 1775, que é o decreto da demarcação indígena, não tem que ser seguido com a tese do Marco temporal. Eu acredito que isso venha através dessa apropriação do papel da caneta, como os meus mais velhos, falam”, considera Tupinambá. Leia tambémDerrota "histórica" do marco temporal no STF é destaque na imprensa internacionalA força feminina na luta territorialA geógrafa e doutoranda na UFGD, Universidade Federal de Grande Dourados, Sandra Cândido, da etnia terena da aldeia Ipegue, que palestrou no segundo dia do evento, falou à RFI sobre a contribuição do intercâmbio em Paris para sua pesquisa. Sandra estuda as semelhanças entre a presença da mulher francesa nas revoluções territoriais camponesas e a mulher indígena como elemento essencial nos conflitos territoriais em solo brasileiro. “As conquistas de Napoleão Bonaparte aqui, a expansão territorial dele aqui afetou diretamente o conflito territorial lá no Brasil e em 1850 foi decretada a lei de terras que consolidou a perda dos nossos territórios. Qual que é a importância de estar aqui? Para ampliar essa visão geral do conflito territorial aonde nós mulheres estamos inseridas. As mulheres francesas são revolucionárias, são fortes e foram as mulheres francesas com crianças, bem parecido quando a gente vai para as retomadas, que vão os velhos, os anciãos, jovem, moça, rapaz, criança, mulher, criança de colo, amamentando, vai todo mundo para a retomada”, exemplifica a geógrafa. Igualmente em doutorado na UFGD, Anastácio Peralta também enfatiza a importância do intercâmbio para seu projeto acadêmico, para a luta indígena e seus objetivos pessoais.“Os estudos também apontam algum novo caminho. Uma pesquisa de conhecimento nosso mesmo, conhecimento indígena, conhecimento Guarani Kaiowá. Isso traz para nós uma fonte de novo renascer. Esse intercâmbio traz para nós também a possibilidade de estar contando para alguém de fora que nós temos problema no Brasil, que talvez futuramente, com a globalização, podemos ter um resultado de parceria, de apoio intelectual, de apoio de denúncia. O intercâmbio traz essa força e os novos amigos e conhecimento que estamos conquistando”, relata Peralta. O evento “Ciências Vivas: Perspectivas Indígenas no Mundo da Pesquisa e das Artes” foi realizado a partir de uma iniciativa da Comissão Nacional Francesa para a UNESCO, da Embaixada da França no Brasil e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) em parceria com o Laboratório de Antropologia Social (LAS) e a sua equipe de Antropologia Linguística. 

Reportagem
Doutorandos de povos originários do Brasil discutem produção científica em Paris

Reportagem

Play Episode Listen Later Jan 31, 2025 4:34


Um colóquio na universidade Paris 8 foi organizado nesta sexta-feira (31) para discutir a produção cientifica de pesquisadores indígenas brasileiros que participam de um plano de mobilidade internacional voltado para os povos originários no Brasil, o programa Guatá. Patrícia Moribe, da RFI em Paris“Este encontro marca o encerramento de um ciclo em que nós tivemos, aqui em Paris, oito bolsistas indígenas que foram contemplados no âmbito do programa, que é um programa do governo francês em parceria com o governo brasileiro, que teve como e tem como objetivo apoiar pesquisadores indígenas”, explica Eloy Terena, secretário-executivo do ministério dos Povos Indígenas.“É um momento muito simbólico para nós, porque é muito pouco tempo ainda que nós estamos vivenciando no Brasil essa valorização do que nós chamamos de intelectuais indígenas”, diz Terena. “O programa prioriza você trazer conhecimento tradicional desses povos, dos seus territórios, colocar esses saberes para dialogar. Então você tem aí uma oportunidade única de ter pesquisadores indígenas de diversas áreas do conhecimento, olhando para toda a sistemática global e pensando em resolutividade local a partir dos seus territórios.”“É um colóquio muito importante, porque, na verdade, não é para discutir os problemas indígenas, mas deixar os próprios cientistas indígenas explicarem, apresentarem eles mesmos a questão científica”, explica Armelle Enders, professora de História do Brasil Contemporâneo na Universidade de Paris. “Enfim, os povos que eram estudados agora são atores da própria ciência, são atores científicos importantes.”Maristela Aquino, da etnia Guarani, é uma das doutorandas. Da UFGD (Universidade Federal de Grande Dourados), ela estuda ciência indígena, ancestralidade e resistência feminina nos territórios tradicionais e sagrados de retomadas. “Estou feliz porque eu estou cumprindo minha missão aqui. E voltando para o Brasil. A luta continua lá.”“Eu desenvolvo uma pesquisa no Brasil sobre a cartografia da roça Guarani Kaiowá e sustentabilidade em busca da cura da terra”, explica Anastácio Peralta, também da UFGD. “E isso me encanta muito, porque os tradicionais, os mais velhos, mais antigos, nunca prejudicaram a terra e eu estou em busca desse conhecimento para poder ajudar não só meu povo, mas o próprio planeta”.Sandra Terena, da UFGD, estuda conhecimentos tradicionais que a mulher Terena aciona para poder ocupar o espaço dentro e fora do território. Em seu trabalho, ela faz um contraponto com as mulheres francesas. “Elas são conhecidas como guerreiras revolucionárias, elas são fortes”, explica.Internacionalização e mobilidade“Vimos que os indígenas estão entrando nas universidades, mas são poucos ainda no doutorado. E a questão foi justamente conseguir a internacionalização e mobilidade para esses estudantes”, explica Nadège Mezié, uma das criadoras do programa Guatá. “Na maioria das vezes, não conseguem essa mobilidade porque é complicado, eles não sabem que existe, então essa bolsa é justamente para isso, é uma experiência tanto pessoal, quanto para a carreira”. Ela explica ainda que há, entre os doutorandos, diversidade tanto de perfis quanto de grupos étnicos, com alunos de Odontologia, Ciências Sociais e Humanas, Antropologia etc.”Anne Louyot, comissaria francesa do Ano Brasil França 2025, explica que muitos eventos estarão ligados aos povos indígenas. “É muito importante introduzir essa dimensão de culturas e línguas indígenas na relação entre a França e o Brasil. Ainda mais porque temos também povos indígenas na Guiana Francesa”, explica. ”Vamos ter um colóquio e uma exposição sobre as línguas e as culturas indígenas das fronteiras no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, que vai incluir, claro, o diálogo entre povos indígenas da França e do Brasil”, diz.Durante a COP em Belém, haverá também um encontro entre representantes desses povos indígenas da fronteira franco-brasileira, acrescenta Louyot. “Outro evento importante é um grande encontro sobre a biodiversidade na Amazônia que vai acontecer no Museu Nacional de História Natural de Paris, que trabalha com a Universidade de São Paulo, com uma parte dedicada às culturas indígenas e à presença indígena.”

Rádio PT

O Café PT desta sexta-feira (24) recebeu a artista Anastácia Marshelly, uma artista da cultura Hip Hop e uma pessoa trans que se destaca por sua atuação na música, arte urbana e ativismo social. Com uma trajetória marcada pela luta por representatividade e inclusão, Anastiaca utiliza sua arte como ferramenta de resistência e transformação social. A entrevista é parte da programação especial em celebração ao Mês da Visibilidade Trans.

Trópico utópico
Trópico utópico - Entra e sai - 04/12/24

Trópico utópico

Play Episode Listen Later Dec 4, 2024 61:03


Anexos al abecé de la música popular de Brasil en forma de compilaciones. Intervienen: Heleno dos Oito Baixos, Duda da Passira, José Orlando, Toinho de Alagoas, Luiz Gonzaga, Gal Costa, Jackson do Pandeiro, Dominguinhos, Anastácia y Nando Cordel & Amelinha.Escuchar audio

Convidado
Moçambicanos vivem com medo: "Quem será a próxima vítima?"

Convidado

Play Episode Listen Later Oct 23, 2024 9:56


Milhares de pessoas participaram esta quarta-feira, 23 de Outubro, no funeral de Elvino Dias, advogado do candidato presidencial Venâncio Mondlane. O director executivo do Centro para a Democracia e Direitos Humanos de Moçambique, Adriano Nuvunga, esteve presente nas exéquias, e diz ter visto uma população enlutada mas, simultaneamente, com vontade de lutar pela justiça e pelos direitos humanos. O activista lembra, ainda, que a repressão policial intensificou o medo entre os moçambicanos. RFI: Em que estado de espírito se encontra e em que estado de espírito se encontram os moçambicanos relativamente a estes dois assassínios, às duas mortes que resultaram da repressão das autoridades. Na segunda-feira, a polícia recorreu à força com disparos de tiros, usou de gás lacrimogéneo contra Venâncio Mondlane, jornalistas e manifestantes?Adriano Nuvunga: Hoje, no velório e nas exéquias fúnebres, vi o misto de sentimento das pessoas presentes. Por um lado, as pessoas continuam a chorar este assassínio bárbaro e barulho macabro de Elvino Dias e de Paulo Guambe. O estado de choque nas pessoas ainda está presente. Lembra-se que há cinco anos atrás se matou da mesma forma Anastácio Matável. As pessoas estão ainda em estado de choque, mas ao mesmo tempo as pessoas estão a dizer: já choramos este lutador que tombou nas mãos das forças do mal. É preciso honrá-lo, continuar a sua obra e legado, juntando-se para lutar por justiça. Na verdade, fazendo da luta do Elvino a sua luta. A luta pela defesa do povo, a luta pela justiça no geral e justiça eleitoral em particular, que é o meio através do qual a vontade do povo se expressa. Foi este o sentimento e o estado de espírito que eu vi hoje nas exéquias fúnebres.RFI: Venâncio Mondlane encontra-se em parte incerta. Recaem sobre ele e sobre membros do partido Podemos ordens para o abaterem. Num clima tão tenso, todos temem pela segurança. Há receio e um medo generalizado em Moçambique?Há medo generalizado em Moçambique: de quem será a próxima vítima? Quem será o próximo sangue a ser derramado, particularmente num contexto em que o sentimento é o de que este é um crime do Estado contra cidadãos. É um crime do Estado contra activistas, contra defensores da democracia e dos direitos humanos. São armas de guerra que estão a matar activistas, estão a matar advogados.O regime da Frelimo perdeu a face com críticas internas e externas relativamente a irregularidades que teriam sido cometidas aquando das eleições gerais de 9 de Outubro.Não creio que sejam mais irregularidades. Esse tema não se aplica mais para a situação em Moçambique. Essas eleições são uma charada. São eleições sem credibilidade, eleições que não são o meio através do qual o povo pode falar e as instituições de Moçambique não permitem o respeito pela vontade popular. Por isso não se pode falar em irregularidades. Mas, claro, este regime, que já está ao que se vê a passar para o uso da força, há suspeitas de serem esquadrões de morte ligado ao regime, mas sobretudo na segunda-feira viu-se um regime que saiu a atacar cidadãos indefesos, inclusivamente atacar jornalistas quando estavam a entrevistar o Venâncio Mondlane. Este é um regime que já está a denunciar que não tem mais nada a dar ao povo, que é um regime que já está se a manter pelos meios autoritários e repressivos. Portanto, é um regime que, democraticamente falando, pode-se dizer não ter mais rosto para sair em público.Chegam-nos imagens e informações de que a capital, Maputo, vive nos últimos dias sob um forte dispositivo policial nas ruas. A Comissão Nacional Eleitoral disse, ontem, que vai declarar os resultados oficiais amanhã, quinta-feira, no dia em que o candidato do Podemos apelou a uma paralisação total no país para amanhã e sexta-feira. Venâncio Mondlane apela a um roteiro revolucionário. A seu ver, existe um receio quanto a um escalar de violência em Moçambique?As condições todas estão lá para isso. A repressão a que já me referi, as armas que são para defender o povo, estão a ser usadas para atacar o povo. Quando isso acontece, num quadro onde a juventude, que é cada vez mais o maior segmento populacional, está num quadro de falta de esperança pelo seu futuro. Por causa da corrupção, por causa do crime organizado e por causa da acção dos esquadrões da morte, e particularmente, quando a sua vontade, que devia ser expressa pelas urnas, é desrespeitada. As condições estão criadas para que isso aconteça.A Igreja Católica diz que caucionar uma mentira é sinónimo de fraude. Como é que comenta esta postura por parte da Igreja Católica moçambicana?Penso que é um pronunciamento sábio porque o que a Comissão está a querer dizer. É preciso lembrar que a Comissão Episcopal observou as às eleições através da Igreja Católica, então tem informação bastante substantiva para dizer que se está a negar a verdade eleitoral e negar a verdade eleitoral e cometer injustiça contra o povo. Creio que neste momento, e como em todos os outros contextos de instabilidade, a verdade é que mais sofre. É isto que está a querer dizer à Igreja Católica.Filipe Nyusi está a ter uma saída atrapalhada e manchada por este processo eleitoral, com mortos a lamentar, sabendo que se receia que não haja no futuro avanços na Justiça para apurar quem foram os autores destes assassínios?Esse é um déjà vu, não é? Foi sempre assim. São muitos assassínios, alguns deles que marcaram a entrada de Nyusi no poder, que até hoje não foram esclarecidos, foram arquivados. A luta popular é no sentido de haver um esclarecimento muito rápido, célere, antes até de saírem do poder. Porque, como sempre, quanto mais demora depois aparece uma crise atrás da outra e não se esclarece. A luta é isso, mas não surpreenderia se não houvesse um esclarecimento porque esse é o instrumento através do qual esse tipo de crimes se acobertam e que são parte da manutenção do regime da Frelimo no poder.O que é que se espera para amanhã, Adriano Nuvunga?O que se espera para amanhã é que a Comissão Nacional de Eleições, que é uma vergonha nacional. A CNE é uma vergonha nacional, vai chancelar esta vitória fraudulenta que desrespeita a vontade popular. Mas espera-se um ambiente de um Estado polícia que vai estar presente nos bairros a ameaçar as pessoas para não saírem à rua. Portanto, as pessoas vão ser contidas pela força policial, mas nunca vimos isso durar para sempre em nenhuma parte do mundo.Portanto, os moçambicanos vão ser amanhã persuadidos a ficarem calados e em casa e não reagir à proclamação destes resultados oficiais. É o que está a dizer?Não vão ser persuadidos, vão ser ameaçadas. É isso que a polícia vai fazer: ameaçar as pessoas para não saírem. Quando a polícia sai para a rua com cães, com armas de guerra e usa até meios que nunca vimos. Usou na segunda-feira, helicóptero - Eu nunca tinha visto um helicóptero da polícia. Temos aqui em Moçambique e raptos, temos o conflito em Cabo Delgado e nunca vi a polícia exibir um helicóptero. Vi também snipers em cima dos prédios. Não sabia que Moçambique havia snipers. Estes são instrumentos de repressão, de ameaça à população e não de persuasão.

Convidado
"A Frelimo tem que perceber uma coisa: a população hoje não está com a Frelimo"

Convidado

Play Episode Listen Later Oct 21, 2024 22:20


Centenas de pessoas saíram esta manhã para as ruas em Maputo, mas também noutros pontos do país, em resposta ao apelo à greve e à manifestação lançado para esta segunda-feira pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane, que reclama a vitória nas eleições de 9 de Outubro e pretende igualmente protestar contra o assassínio, no fim-de-semana, do seu advogado, Elvino Dias, e do seu mandatário político, Paulo Guamba.  Ao longo destas últimas horas circularam inúmeras informações sobre situações de extrema tensão em Maputo, mas igualmente noutras partes do país, como por exemplo Pemba, com actos de vandalismo por parte de alguns manifestantes, confrontos, a utilização de gás lacrimogéneo e também tiros para o ar por parte das forças da ordem. Uma situação que acontece numa altura em que ainda se está em período eleitoral, dado que a CNE deve apresentar até quinta-feira os resultados definitivos das eleições gerais. Segundo dados preliminares, a Frelimo no poder saiu vitoriosa deste escrutínio, mas a oposição rejeita estes resultados alegando fraudes massivas. É este cenário que analisámos com João Feijó, investigador do Observatório do Meio Rural, que começa por abordar o duplo assassínio na sexta-feira à noite de Elvino Dias e Paulo Guamba. Acontecimentos que, segundo o estudioso, vêm na linha de outras mortes violentas ocorridas em plena luz do dia nestes últimos anos em Moçambique.RFI: O duplo assassínio do fim-de-semana aconteceu num contexto político já tenso. Qual era o objectivo a seu ver?João Feijó: Isto é algo aqui que infelizmente, se tornou uma realidade deste último mandato. Esta governação que acontece em Moçambique desde 2014, ficou célebre por diversos assassinatos de indivíduos que faziam a luta política de forma institucional. Logo em 2015, houve o assassinato de Gilles Cistac, que era um constitucionalista, um conhecido professor universitário catedrático da Universidade Eduardo Mondlane, que defendia a existência de espaço na Constituição de Moçambique para a descentralização, que era a reivindicação de Afonso Dhlakama (líder histórico da Renamo). Portanto, ele encontrou na Constituição um espaço que permitia o diálogo. Foi assassinado por causa dessas declarações por esquadrões da morte, por indivíduos que até hoje não estão identificados. E o assassinato foi em plena luz do dia, no centro da cidade, numa zona com câmaras. Portanto, é impossível que não se pudesse investigar. Depois, em 2019, assassinaram Anastácio Matavel, que era um indivíduo que tinha pertencido ao Comité Central da Frelimo, mas que estava agora numa organização da sociedade civil a organizar a observação eleitoral independente na província de Gaza e onde tinha já uma máquina que iria de alguma forma incomodar e perturbar o plano de fraude que existia em Gaza. E agora há este assassinato. Isto aqui foi o 'modus operandi' destes dois últimos mandatos deste Presidente. São factos e que demonstram a dificuldade deste Governo conviver com outras alternativas, outras visões e outras interpretações jurídicas. Ilustra o 'modus operandi' que era de agir de uma forma violenta para com aqueles que faziam oposição jurídica. Portanto, não era oposição nas matas, era oposição jurídica. Tudo isto aqui foi um ataque ao Estado de Direito, um ataque à democracia, um ataque aos direitos constitucionais das pessoas. Então, a leitura que os dados nos dão é que estes assassinatos traduzem uma visão de Estado bastante totalitária, bastante intolerante, onde a vontade de uma minoria deve prevalecer sobre uma vontade de uma maioria. Agora, o próximo Presidente vai ter o desafio de se afastar desta linha e de construir um país mais inclusivo, mais respeitador do Estado de direito e da democracia. É isto que está aqui em causa agora, dentro da Frelimo: o próximo Presidente criar a sua linha de governação que seja diferente desta. Não sei se ele vai ter espaço, se ele vai ter força porque vai enfrentar agora aquelas forças conservadoras retrógradas do anterior Presidente. Não sei se vai ter espaço para poder edificar um novo país. RFI: À luz dos casos que acaba de enumerar, julga que haverá um dia condições para se saber o que aconteceu exactamente neste fim-de-semana?João Feijó: Duvido imenso. A forma como estes indivíduos agiram foi semelhante à forma como agiram os indivíduos no assassinato de Gilles Cistac e de Anastácio Matavel, que foi à descarada, sem qualquer preocupação de fazer um crime perfeito, com grande aparato, usando armas militares, denunciando a corporação de onde são originários. Isto demonstra que eles fazem parte de serviços de segurança que são bastante poderosos, que controlam a força e controlam as armas. Então o próximo Presidente, até por uma questão de sobrevivência pessoal, não vai poder coordenar uma investigação independente disto, porque quem for fazer essa investigação, vai ter medo de investigar. Portanto, eu duvido que algum dia seja possível perceber quem foram os mandantes disto. Apesar das pessoas desconfiarem, nunca vai ser possível fazer uma investigação imparcial e responsabilizar estas pessoas, porque isso colocaria em risco o próprio partido. Seria um embaraço para o próprio partido reconhecer publicamente que foi o partido que fez. Isto não faz parte da forma de actuação do partido. Por outro lado, eles têm a obrigação de salvar a face uns dos outros de forma até a garantirem a sua sobrevivência interna dentro do partido e terem aliados dentro do partido. E por uma questão até de segurança dos próprios, porque seriam vítimas económicas ou mesmo mortais destes movimentos sinistros. RFI: Relativamente ao próprio movimento de greve geral, alguns sindicatos (a OTM-CS e o sindicato patronal CTA) reagiram a esse apelo à greve emitido por Venâncio Mondlane, e disseram não ter rigorosamente nada a ver com esse apelo à greve. Como é que interpreta isso? João Feijó: Há duas coisas que aqui é preciso ver: primeiro, os sindicatos em Moçambique são sindicatos politicamente controlados. A OTM é uma organização que esteve sempre debaixo do guarda-chuva do partido Frelimo. Aliás, é uma organização democrática de massas criada pelo partido Frelimo na década de 70, com o objectivo de ideologizar e de controlar politicamente as massas. Nos sindicatos independentes também há mecanismos de controlo político. Muitas vezes eles utilizam instalações para as suas sedes, que são instalações do partido Frelimo e conseguem usar aquilo a preços simbólicos. E então são formas de controlo político. Os sindicatos nunca, em Moçambique, convocaram uma greve nacional, não obstante os enormes problemas laborais que existem no sector formal, não obstante o facto do salário mínimo em Moçambique representar menos de um terço da cesta básica, ou seja, daquilo que é necessário para um trabalhador sobreviver. Não obstante todos os problemas laborais em Moçambique, os sindicatos nunca convocaram uma greve geral e sempre que o tentaram fazer foram coagidos, foram intimidados, foram aliciados a formas do controlo político. Os sindicatos jamais irão fazer uma coisa dessas enquanto existir estes mecanismos repressivos ou aliciadores do controlo deste movimento. Por outro lado, é preciso ver o que significa a palavra 'greve' em Moçambique, que é um conceito polissémico na Europa e no mundo formal. 'Greve' significa paralisação das actividades laborais e obedece a um conjunto de regras. Mas a palavra 'greve' em Moçambique tornou-se um outro conceito que significa paralisação das actividades por parte da população. Portanto, as pessoas não se deslocam, as pessoas impedem a circulação de carros, as pessoas perturbam as actividades normais da economia, bloqueando o trânsito. Ou até pode significar manifestação. Pode significar até na mente de muitas pessoas, o saque e a pilhagem. Portanto, a palavra 'greve' é uma palavra que se aplica não tanto ao sector formal, mas ao sector informal da economia e a esmagadora maioria da população está ativa no sector informal da economia. Então, quer dizer, o sector informal da economia não tem sindicatos. As pessoas estão auto entregues nas suas actividades económicas e vivem do 'desenrasca'. Vender bolinhos na rua ou vender recargas de telefone, ou fazem serviços de táxi ou transporte e por aí fora. Então, a palavra 'greve' é uma palavra que normalmente é dirigida a esta população que vive do 'desenrasca', que vive da sobrevivência diária e que não se revê na governação, que sente que a governação não cria políticas que os protejam e que sentem que não só não há políticas que os protegem, como o Estado, quando está presente, está presente para os oprimir. Porque por serem informais, são vistos como marginais e a Polícia Municipal exige-lhes o pagamento de taxas, confisca-lhes os bens. Então são pessoas que sentem uma grande revolta contra o Estado. O Estado não os protege e quando aparece, aparece para os prejudicar. Então, a palavra 'greve' é uma palavra com uma conotação mais política, dirigida a este lúmpen urbano e não tanto uma palavra de luta sindical, que também é política, claro, mas que tem a sua conotação.RFI: O presidente da Comissão da União Africana pediu hoje calma e "disposição pacífica" aos actores políticos do país. Como é que interpreta estas declarações? Isto é sinal de que Moçambique poderia estar sob escrutínio internacional e que, efectivamente, poderia haver posições mais fortes?João Feijó: Este apelo vai na linha de todos os apelos feitos de vários quadrantes, dos Estados Unidos, da União Europeia, da Noruega e do Canadá que já vieram mostrar a sua preocupação e os países do continente agora também -neste caso a União Africana- vem na mesma linha mostrar a sua preocupação em relação a esta tensão política que se está a radicalizar. E é um apelo positivo. O apelo ao respeito em relação às regras do jogo democrático, um apelo a não enveredar pela violência. É uma zona de grande investimento internacional. É uma zona que é um corredor energético para o exterior e uma instabilidade no país iria colocar em causa, no fundo, a estabilidade desses investimentos. Portanto, todos os países interessados em investimentos em Moçambique estão a ver esta situação com alguma preocupação. RFI: São esperados resultados definitivos por parte da Comissão Nacional de Eleições até 24 de Outubro, ou seja, daqui a muito poucos dias. Quais são as perspectivas, a seu ver?João Feijó: A avaliar pelas experiências anteriores, a CNE vai fechar os olhos a todas as evidências de fraude. Vai fechar os olhos aos problemas denunciados de enchimento de urnas, de editais que não estão assinados, editais falsos produzidos irregularmente, de situações de denúncia de corrupção de membros da assembleia de voto ou de expulsão de membros da assembleia de voto. Vai fechar os olhos a editais com 'números norte-coreanos' de vitórias de 100% de um partido em mesas de voto, em que 100% dos eleitores inscritos foram votar, inclusive em zonas transfronteiriças, como se ninguém tivesse morrido, como se ninguém tivesse viajado e todos os indivíduos recenseados fossem votar, ainda por cima no mesmo partido. Vai fechar os olhos a todas estas situações e vai simplesmente validar os resultados. A CNE é um órgão partidarizado onde todos os partidos estão presentes, mas onde a Frelimo está sobrerrepresentada e vai vencer sempre nas resoluções. O Presidente da CNE, mesmo que não concorde, talvez para salvar a sua face, até pode votar 'neutro', mas não vai impedir que estes resultados sejam validados e que a Frelimo vença com maioria absoluta. Desconfio que não vai haver nenhuma revisão de resultados e que simplesmente vão legitimar esta vitória da Frelimo com mais de 70% dos votos. São números que não convencem as pessoas, sobretudo a população urbana, que hoje vota sobretudo na oposição. Na verdade, não acho que haja algum partido que possa reivindicar a vitória, porque o nível de fraude, o nível de ilícitos eleitorais foi tão grave, tão omnipresente e foi desde o período de recenseamento até ao período de contagem dos votos, que os resultados estão tão 'martelados', que se torna muito complicado alguém poder reivindicar que venceu as eleições, porque na verdade houve tanta adulteração da vontade eleitoral. Começa a ficar complicado dizer que o partido A ou o partido B deve ter ganho as eleições. Vai ficar esta incógnita. Ninguém vai poder demonstrá-lo com evidência estatisticamente que ganhou ou vai ter dificuldades para o fazer. E assim gastou-se muito dinheiro em eleições para no final não haver um resultado que espelhe a vontade da população. Vai ficar a desconfiança de que estes escrutínios são ineficientes e inúteis e que é só um simples processo de gastar dinheiro, vai se tornar depois complicado no futuro Moçambique pedir financiamento para estes escrutínios. Eu penso que vai haver mais pressão no futuro para a revisão das regras eleitorais. Espero que o próximo Presidente tenha a capacidade de alterar essas regras, mas eu acho que ele não vai fazer. Até pode demonstrar alguma vontade política, mas nesse sentido de fazer reformas, mas mantendo sempre o controlo das regras do jogo. Porque o partido Frelimo sabe que a única hipótese de sobrevivência económica é através do acesso ao Estado, através do qual depois conseguem ter acesso aos recursos do Estado, aos concursos, às licenças de exploração de recursos naturais, aos empregos, às comissões destes negócios internacionais que têm sempre estas rendas que são distribuídas pela nomenclatura nacional. Então, por isso é que as lutas pelo acesso ao Estado são tão acesas, são tão incendiárias e por isso é que eu desconfio que o partido faça esta despartidarização das organizações eleitorais. Já vi esta promessa com Nyusi, mas depois não se concretizou, porque sabem perfeitamente que são estas regras do jogo manipuladas que garantem a sobrevivência do partido num contexto em que eles têm noção que estão a ser cada vez mais impopulares. Têm noção disso porque estão sempre rodeados de segurança. Porque se não tivessem medo da população, não estavam sempre tão rodeados de segurança. RFI: Julga que o sentimento de revolta que existe entre os apoiantes de Venâncio Mondlane possa de facto alastrar para outras categorias da sociedade e que isto possa eventualmente resvalar para algo mais grave?João Feijó: Atenção que a maior parte dos sectores da sociedade hoje em dia apoia a oposição. Há 20 anos atrás, os funcionários públicos eram os grandes apoiantes do partido Frelimo. Maputo, que era uma cidade onde se empregavam muitos funcionários públicos no aparelho central do Estado, votava claramente no partido Frelimo. Hoje é o contrário. Percebe-se claramente que em Maputo e Matola, a maioria da população vota na oposição, apesar de os resultados oficiais das eleições não transmitirem isso. O que a gente vê é que muitos funcionários públicos, hoje, votam na oposição. Eu conheço muitos funcionários públicos extremamente descontentes com a introdução da tabela salarial única, coisa que gerou muita frustração entre os funcionários públicos. Isto é evidente nos professores, no pessoal da saúde, no pessoal da Justiça, nas Forças de Defesa e Segurança. Durante estas eleições, houve muitas imagens que circularam de elementos das Forças de Defesa e Segurança a votarem ou até mesmo a apoiarem Venâncio Mondlane, onde na urna de voto tiravam foto ao seu distintivo junto ao X que marcavam em Venâncio Mondlane ou no 'Podemos'. Portanto, isto mostra que muitos sectores da sociedade hoje apoiam Venâncio Mondlane. Não é só aquela juventude urbana com muitos problemas de integração socioeconómica. É também a população empregada no sector formal da economia do Estado, mas também do sector privado, que vê este desgaste todo que teve a Frelimo e toda a trapalhada que a Frelimo fez nos últimos dez anos, desde o escândalo das 'dívidas ocultas' até passando pelo TSU, passando pela forma como foi gerido a guerra em Cabo Delgado, etc. Então, o Estado está muito fragilizado, o governo está muito fragilizado e perdeu o apoio de muitos sectores da população. Agora estes sectores não estão organizados, a oposição não está organizada. A Frelimo está organizada. Quando tomou o poder, em 1974, a Frelimo tinha grupos. Era um partido leninista que tinha uma estratégia. Tinha indivíduos que estavam infiltrados em Portugal a seguir ao 25 de Abril, que identificaram sectores da sociedade portuguesa que apoiavam os movimentos de libertação. O Aquino de Bragança teve essa missão e identificou no MFA, aliados que poderiam apoiar durante as negociações que depois aconteceram em Lusaka. Em Maputo tinha células já bastante organizadas nas escolas, nos bairros, nos locais de trabalho, onde orientavam as populações politicamente e usavam as pessoas politicamente e conseguiam, depois, sem telemóveis, sem redes sociais, transmitir o seu manifesto, as suas orientações, a sua estratégia política. Mas hoje a oposição não está ainda organizada desta forma. A Frelimo tem este lema de que a vitória prepara-se, a vitória organiza-se. Este princípio leninista e este princípio aplica-se inclusivamente à desorganização da oposição. Portanto, a oposição também não se organiza porque a Frelimo não deixa que a oposição se organize. Portanto, a primeira tarefa da Frelimo é desorganizar o seu adversário, bloquear verbas para campanha partidária, eliminar e criar obstáculos àqueles candidatos que possam ser mais desafiadores e incómodos ao partido. Proibindo estas marchas, estas organizações de manifestações, inclusivamente de marchas pacíficas. Então fica muito complicado para a oposição transformar este descontentamento estrutural num projecto organizado e alternativo de governação. Portanto, é um movimento de indivíduos que dão o peito às balas, que dão o peito ao gás lacrimogéneo, que queimam os pneus na rua, que provocam o medo, que paralisa,  mas que não provocam mudança estrutural. Não é uma alternativa ainda, mas não é uma alternativa, porque a Frelimo não permite que seja uma alternativa. E o problema disto é que isto está a dar razão àquele princípio que a Renamo tinha de que a única hipótese de transformação política em Moçambique era através da via militar, através da existência de uma guerrilha nas matas. Aquela ideia de que, como dizia Samora, o poder não se conquista, arranca-se. Ou seja, ao impedir a forma de participação democrática, ao assassinarem juristas, mandatários de partidos da oposição, a informação que estão a dar à população é que a única hipótese de participar politicamente é através da guerrilha agora urbana, porque houve já o DDR. Moçambique não pode ser construído desta forma. E esta músculo, esta musculatura toda, só vai contribuir para a instabilidade política, económica e social. E a Frelimo tem que perceber uma coisa: a população hoje não está com a Frelimo. 

Canal Amplifica
DANIEL GONZAGA + ANASTACIA - AMPLIFICA #251

Canal Amplifica

Play Episode Listen Later Aug 1, 2024 106:39


Maestria e Uma sanfona Sentida! Daniel é Filho de Gonzaguinha e neto de Gonzaga, e Anastácia uma sumidade feminina do Forró! Juntos em projetos e Homenagens pra todo mundo dançar.

Podcast MiranteFM 96,1
PLUGADO #289 - Anastácia Lia irá integrar elenco do musical Martinho da Vila

Podcast MiranteFM 96,1

Play Episode Listen Later Jul 9, 2024 14:59


Em entrevista ao jornalista PEDRO SOBRINHO, a cantora maranhense fala da moradia em Jundiaí, em São Paulo, da vivência com o teatro musical, importância do Marrom, o Musical e da audição feita para o Martinho Coração de Rei - o Musical.

CNC: 75 ANOS NAS ARTES, NAS LETRAS E NAS IDEIAS
Vanda Anastácio - Disquiet, 2014

CNC: 75 ANOS NAS ARTES, NAS LETRAS E NAS IDEIAS

Play Episode Listen Later Jul 5, 2024 10:22


O programa literário internacional DISQUIET, organizado pelo Centro Nacional de Cultura em parceria com a editora norte-americana Dzanc Books, tem lugar em Lisboa desde 2011, com a participação anual de mais de uma centena de escritores norte-americanos. Publicamos aqui excertos da sessão sobre a obra "Novas Cartas Portuguesas", organizada na Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento a 1 de julho de 2014, com a participação (em inglês) de Vanda Anastácio, interpelada por Patrícia Reis.

Brasis Podcast
0636-brasis-programa-de-radio-da-cultura-brasil-am-19-de-junho-de-2024

Brasis Podcast

Play Episode Listen Later Jun 20, 2024 54:05


BRASIS PROGRAMA DE RÁDIO DA CULTURA BRASIL AM__SELEÇÃO MUSICAL E APRESENTAÇÃO: Teca Lima**__Abertura:__001 - A banda - Chico Buarque**002 - A Permuta dos Santos - Izabel Padovani**003 - Quadrilha - Dominguinhos & Anastácia**__2º Bloco:__004 - O Cio da Terra - Pena Branca & Xavantinho**005 - Levantados do Chão - Chico Buarque, Milton** Nascimento, MPB4 & Quarteto em Cy**006 - Assentamento - Edu Lobo**__3º Bloco:__007 - Baioque - Maria Bethânia88008 - Caçada - Mestre Ambrósio**009 - Não Sonho Mais - Chico Buarque & Elba Ramalho**010 - Se Eu Fosse O Teu Patrão - Adauto Santos & Solange Maria**__4º Bloco:__011 - Funeral de Um Lavrador - Rolando Boldrin & Renato Teixeira**012 - Sinhá - João Bosco**013 - O Velho Francisco - Mônica Salmaso**__Bloco Final:__013 - Xote de Navegação - Chico Buarque**014 - A Violeira - Vanessa Moreno & Michael Pipoquinha**

ES OuVe
#192 - “A primeira vez…”: formação original do Casaca é histórica

ES OuVe

Play Episode Listen Later Jun 8, 2024 45:19


ESHOJE deu em primeira mão uma notícia excelente para os amantes da música capixaba. Depois de 20 anos, a banda Casaca volta ao palco com sua formação original para um show único, que marca o encerramento das atividades de uma das casas de shows mais famosas de Vitória.A reunião dos músicos que formou a banda, em 1999, acontecerá depois de um pedido da influenciadora digital Anastácia Nascimento, fã do grupo.Para contar essa história e muitas outras sobre a trajetória da banda que chegou a tocar até em Marte, convidamos o guitarrista Jura Fernandes, o baixista Marcio Xavier e o percursionista Jean Marcio.Participou também da conversa o colunista Felipe Izar, o primeiro a noticiar a participação da primeira formação da banda Casaca na despedida do Ilha Acústico.ESOUVE sempre te convida a debater, refletir, e, sobretudo, a se informar e tem edição de Eduardo Couto, texto e produção de Carol Boueri e apresentação e direção de jornalismo de Danieleh Coutinho

Troca Fitas
Ep 126 - Gloria Groove, The Network, Kon Kan e Manon Lescaut (feat. Fernando Anastácio)

Troca Fitas

Play Episode Listen Later Mar 18, 2024 78:22


Woodstock em Campinas, bandas com um membro em cada canto, banda independente tocando em casamento, dubladores, previsão de desastres por bandas esquisitas, Jackass e suas trilhas sonoras foram apenas alguns dos assuntos desse assunto do Troca Fitas, onde recebemos Fernando Anastácio (No Bass No Love) e ouvimos o reggae pop canábico de Gloria Groove, o pós-Devo do The Network, o pop de fita K7 do Kon Kan e a guitarrada noventista do Manon Lescaut! BG:  Espionage - "Espionage" (1983) Abertura por ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠Aletrix⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Apoio: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠Porto Produções Musicais⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠

The Bootstrap - Building Startups from Scratch
What startups need to know about the law with Talt Anast from Allied Legal

The Bootstrap - Building Startups from Scratch

Play Episode Listen Later Mar 16, 2024 49:48


Getting a startup up and running seems to come with an endless to do list, and while some things are exciting, others are just plain necessary. Knowing when you need to formalise the legal structure of your business, what to choose and how to do it can be overwhelming, so we've invited Talt Anast from Allied Legal to help us work out w2hat is whatAllied Legal is a Melbourne-base firm that focuses legal solutions and advice to innovative businesses and entrepreneurial minds.--------The Bootstrap is a production of Swivol Media and The Product Bus. It was developed by Scotty Allen, and Declan Magee. This episode was produced and written by Declan Magee and edited by Sammy Perryman. Original sound design by Rob Clarke. Executive Producers are Tiffany Ashdown and Scotty Allen for Hieland Road.If you're an early stage founder looking for resources and practical help, check out theproductbus.com and get in touch Hosted on Acast. See acast.com/privacy for more information.

DO LIVRO NÃO ME LIVRO
ENTREVISTANDO A AUTORA E PSINALISTA ANDREA ANASTÁCIA

DO LIVRO NÃO ME LIVRO

Play Episode Listen Later Jan 21, 2024 46:40


Cultura
Retrospectiva 2023: a cultura como forma de protesto e de alívio em tempos difíceis

Cultura

Play Episode Listen Later Dec 29, 2023 18:35


O ano de 2023 foi de muita cultura na programação da RFI Brasil. Nossa equipe vistou as principais exposições de arte não só da França, mas pelo continente europeu. Acompanhamos juntos o lançamento de obras de escritores brasileiros na Europa, comemoramos o reconhecimento de diretores nacionais nos principais festivais de cinema do mundo e nos encantamos com as histórias contadas por meio de fotografias, quadrinhos e encenações teatrais. Porém, foi também um ano em que guerras e conflitos tomaram conta do noticiário, e a cultura, como não podia deixar de ser, respondeu como forma de protesto contra esses movimentos ou para mostrar que a arte e o belo ainda prosperam, mesmo em tempos difíceis.Pinturas, esculturas e artes plásticasNo campo das artes é possível destacar homenagens a grandes nomes da pintura e da escultura, como a mostra que comemorou os 50 anos da morte de Pablo Picasso e a exposição que reúne, no Museu d'Orsay, as obras de Vincent Van Gogh no período passado no pequeno vilarejo de Auvers-sur-Oise, a cerca de 30 km de Paris, onde o artista viveu, morreu e está enterrado.Ainda no d'Orsay, uma outra exposição traçou um paralelo entre as obras de Edouard Manet e Edgard Degas, dois pintores que foram contemporâneos, frequentaram os mesmos círculos artísticos, mas seguiram caminhos diferentes, sempre mantendo uma certa rivalidade artística.Voltando um pouco mais no tempo, até o século 17, fomos até Amsterdam e Delft, na Holanda, para acompanhar duas exposições em homenagem ao mestre holandês Johannes Vermeer, nascido em 1632. Hester Schölvinck, chefe de coleção e apresentação do museu Prinsenhof, falou sobre a exposição “Delft de Vermeer”.“O objetivo da exposição é mostrar a Delft do século 17, período em que Vermeer viveu na cidade. Partimos do começo, com o que conhecemos e tentamos ir além,” contou. Artistas estrangeiros também foram destaque neste último ano aqui em Paris. A Fundação Louis Vuitton apresentou uma retrospectiva do artista americano Mark Rothko, um dos nomes mais importantes da pintura do século 20, ligado ao expressionismo abstrato.Já a exposição Paris et Nulle Part Ailleurs (Paris e nenhum outro lugar), reproduz a efervescência da capital francesa nos anos 1950 e 1960. Destacando os artistas estrangeiros que influenciaram a cidade-luz no pós-guerra, a mostra reuniu obras que narram o exílio, voluntário ou não, e a relação estabelecida com a França, como explica o curador, Jean-Paul Ameline:“Havia cerca de 7 mil a 8 mil artistas estrangeiros presentes em Paris nesses anos do pós-guerra, o que é evidentemente enorme. Nós escolhemos 24 que são característicos de diferentes tipos de expressão neste momento. Não mostramos apenas pinturas e esculturas, mas também colagem de objetos, que são importantes, e instalações, porque Paris era também um lugar onde outros movimentos se desenvolviam”.Meio ambiente como expressão culturalO meio ambiente e a cultura brasileira também foram temas de exposições artísticas. A mostra “Antes da tempestade”, apresentada pela coleção Pinault, no prédio histórico da Bolsa de Comércio de Paris, convidou a uma reflexão sobre as mudanças climáticas. E em Lodève, no sul da França, um misterioso mecenas francês apresentou a Ivonne Papin-Drastik, diretora do museu local, a sua curiosa e vasta coleção de pinturas brasileiras datadas do século 20. As obras foram catalogadas, organizadas e apresentadas na mostra "Brasil, Identidades", como ela mesma conta.“Para dizer a verdade, foi ele quem entrou em contato comigo e sugeriu que eu fosse ver sua coleção. A principio não vi uma maneira de como poderia encontrar uma forma coerente de mostrar esses pintores diferentes no Museu de Lodève. Então decidi pesquisar sobre esses artistas e percebi que havia um aspecto interessante, que é essa questão da identificação com o território e a impregnação desse imaginário que podemos ter”, explicou."Arado Torcido"Na literatura, diversos lançamentos de autores brasileiros marcaram o ano por aqui. O best-seller “Torto Arado” ganhou uma versão em espanhol, intitulada “Arado Torcido”. O autor, Itamar Vieira Júnior, participou de uma série de eventos em Madri sobre realidade rural brasileira relacionados à obra.Foi também a vez de obras focadas em temas sensíveis. O repórter João Alencar contou à RFI a experiência de cobrir um dos conflitos de maior impacto na geopolítica mundial no início do século 21. No livro “Ao Vivo da Ucrânia”, ele revela atrocidades cometidas por russos na guerra que dura quase três anos.Já a advogada e escritora Ruth Manus percorreu as cidades francesas de Paris e Lyon, além de fazer uma visita à Genebra, para o lançamento em francês de seu "Guia Prático do Antimachismo", que busca tratar do tema com pedagogia e, ao mesmo tempo, com ativismo e combatividade, como ela contou em visita aos nossos estúdios.“Eu adoraria que este fosse um livro 'démodé', que fosse um tema que já ficou no passado. Mas não é. Não é no Brasil, nem em Portugal, nem na França e imagino que isso se estenda a outros países. Fico muito feliz pela oportunidade de publicar aqui, mas ao mesmo tempo, fico triste de ver que num país desenvolvido como a França isso também seja necessário” comentou. Histórias do Brasil em QuadrinhosApesar de ser um tipo de literatura muito apreciada pelas crianças, as histórias em quadrinhos também podem abordar temas sociais e históricos bastante complexos. No último mês de setembro, o quadrinista franco-brasileiro Matthias Lehmann lançou o álbum “Chumbo” que, mesmo sendo em francês, conta a saga de uma família durante os anos de ditadura no Brasil. O autor contou para a RFI de onde surgiu a inspiração para o trabalho.“A minha mãe casou com um francês, veio morar na França há 40 anos e ela tinha uma saudade tremenda da familia, do Brasil e ela transmitiu esse sentimento para mim e minhas irmãs. Crescemos com esse apego muito forte pelo Brasil e sempre quisemos reafirmar esse lado brasileiro. Fazer o 'Chumbo' foi uma maneira de explorar a história brasileira, entender melhor o que é o Brasil e qual é o meu relacionamento com este país,” explicou.Vale destacar que as HQs são tema de um importante evento literário, que acontece na França todos os anos no mês de janeiro, o Festival Internacional de Histórias em Quadrinhos de Angoulême. O quadrinista brasileiro Marcello Quintanilha, que já conquistou dois prêmios no festival, teve uma retrospectiva da sua obra apresentada no icônico Museu de História em Quadrinhos de Bruxelas.“É incrível ter a possibilidade de expor no Centre Belge de la Bande Dessinée aqui em Bruxelas, porque Bruxelas é quase uma segunda pátria para as pessoas que se dedicam aos quadrinhos. Todo esse ambiente no que se refere ao quadrinho belga e franco-belga em maior medida é um ambiente no qual eu estou muito familiarizado”, afirmou.A sétima arte em 2023No cinema, os festivais europeus, mais uma vez, deram espaço para as temáticas brasileiras. O realizador carioca Leonardo Martinelli foi o vencedor do prêmio de melhor curta do Festival de Cinema Latino-Americano de Biarritz, com o filme Fantasma Neon.Já a edição de 2023 do Festival do Curta-Metragem de Clermont-Ferrand premiou as cineastas brasileiras Clara Anastácia e Gabriela Gaia Meirelles pelo filme “Escasso”. Elas conversaram com a RFI e falaram um pouco sobre esse projeto. Anastácia explica que a obra mistura um melodrama com a estética das favelas do Rio, focando no audiovisual brasileiro.“Escasso é uma entrevista, basicamente é um falso documentário. Um grupo de estudantes, ou de jornalistas, ou de filmmakers – a gente não coloca isso em pauta –  vai entrevistar essa mulher para entender qual é a dela nessa casa. A partir disso, ele discute território, ocupação, identidade, fé, culinária, entre muitas outras coisas, dentro de uma estética da comédia e desse humor trágico que o carioca tem”, descreve.Impossível falar em cinema sem falar no Festival de Cannes. Apesar de o Brasil não ter sido premiado, a participação do país na última edição do evento foi considerada um sucesso. Seis filmes foram selecionados em várias mostras e a presença no “Mercado do Filme” foi relevante.O chefe de Promoção Cultural do Instituto Guimarães Rosa do Itamaraty, Adam Jayme Muniz, falou sobre a importância da promoção do audiovisual como mecanismo de diplomacia cultural do Brasil.“O audiovisual é estratégico porque, de todas as linguagens artísticas e culturais, é a que consegue de forma mais eficaz promover a imagem do país no exterior. O audiovisual dialoga com todas as outras linguagens, a literatura, a música, a arte. É nesse contexto que o audiovisual se posiciona de forma estratégica e conta com esse apoio grande de diferentes agências do governo federal”, disse.Fotojornalismo ovacionadoNa fotografia, 2023 teve, como destaque, o mestre Sebastião Salgado apadrinhando um prêmio com tema humanista e ambientalista em Paris; moradores apresentando seus olhares pessoais do 11º distrito da capital francesa e o fotógrafo Emílio de Azevedo fazendo uma releitura das expedições do marechal Rondon, através do resgate dos arquivos militares e de viagens à Amazônia.  Teve também o festival de fotojornalismo Visa pour l'Image, que aproximou o público europeu de temas latino-americanos em Perpignan, no sul da França, no mês de setembro. O fotógrafo brasileiro Francisco Proner, que cobriu as eleições presidenciais de 2022 para o jornal francês Le Monde, teve sua obra apresentada e ovacionada pelo público presente.“O Brasil está muito em alta na Europa, tem muitas matérias sobre o Brasil, muito interesse, e acredito que os aplausos que recebi também foram para a vitória do Lula e para a derrota do Bolsonaro, não necessariamente para as fotos”, opinou. Teatro, circo e dançaNo teatro, circo, dança e política se misturaram em "23 fragments de ces derniers jours" (23 fragmentos dos últimos dias), um espetáculo bilíngue apresentado no Teatro Silvia Monfort. Enquanto o Festival de Avignon, no sul da França, destacou o trabalho da diretora Carolina Bianchi, uma das apostas da programação. E o Brasil esteve presente ainda no maior festival de marionetes do mundo, que contou com a participação do diretor Paulo Balardim com o espetáculo Habite-Moi, ou Habite-me, numa tradução livre para português."O espetáculo não apresenta uma história linear, mas três quadros que são intercalados por entreatos, que vão mesclar teatro de bonecos, máscaras e dança", diz. "É um jogo da atriz em cena. Ele vai orbitar no limite entre o inanimado e a vida e, dessa forma, fazer surgir presenças que vão contracenar com ela. Para isso, os bonecos vão adquirir vida e, à medida que vão sendo evocados, criam uma realidade ficcional íntima", completou. Há 60 anos, o Festival de Charleville-Mézières reúne artistas, marionetistas e um público de 170 mil pessoas para assistir às produções de mais de 80 companhias, de 25 países.No campo da cultura, o ano de 2023 foi de grandes eventos e importantes realizações não só para artistas e produtores, mas também para o público interessado, que pôde se divertir, se informar, torcer e se apaixonar com as obras, filmes, coreografias e espetáculos. E se “A arte é a mentira que nos permite conhecer a verdade”, como disse Pablo Picasso, que em 2024 possamos continuar a descobrir o mundo por meio da arte em todas as suas formas de expressão.

Programa Antenados
Antenados #197 - Danilo Gobatto entrevista Anastácia

Programa Antenados

Play Episode Listen Later Dec 28, 2023 61:27


Antenados #197 - Danilo Gobatto conversa com a cantora e compositora Anastácia, a "Rainha do Forró" sobre vida e carreira. Nascida Lucinete Ferreira, a recifense compôs, junto de Dominguinhos, mais de 250 canções, entre elas, "Eu Só Quero um Xodó", "Tenho Sede" e "De Amor eu Morrerei". Apresentação e produção: Danilo Gobatto. Sonorização: Cayami Martins

Becker’s Healthcare Podcast
Helen Margellos-Anast, President of Sinai Urban Health Institute

Becker’s Healthcare Podcast

Play Episode Listen Later Dec 8, 2023 23:09


Helen Margellos-Anast, President of Sinai Urban Health Institute joins the podcast to discuss her background, top priorities right now, how her organization will evolve over the next couple years, and one change that she or her team has made that yielded great results.

Becker’s Women’s Leadership
Helen Margellos-Anast, President of Sinai Urban Health Institute

Becker’s Women’s Leadership

Play Episode Listen Later Dec 8, 2023 23:09


Helen Margellos-Anast, President of Sinai Urban Health Institute joins the podcast to discuss her background, top priorities right now, how her organization will evolve over the next couple years, and one change that she or her team has made that yielded great results.

Web Rádio Censura Livre
ACESSANDO LUCÍLIA – Reprise - Outubro Rosa e a Lembrança de Alexandra Anastácio (10/10)

Web Rádio Censura Livre

Play Episode Listen Later Oct 10, 2023 66:30


No Outubro Rosa de 2022, Alexandra Anastácio, pró-reitora de Graduação da Universidade Federal Fluminense - UFF e professora na área de Ciências dos Alimentos e do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Nutrição, na mesma universidade, participou do Podcast Acessando Lucília. Enfrentando o tratamento de um câncer de mama, em que ela própria foi fundamental para o diagnóstico, nos falou de cuidado e autocuidado com a sabedoria construída na vida e na academia.  Este episódio também contou com a participação fundamental de Maria Angélica Duarte, subsecretária de Saúde de Niterói, mestre em Saúde Coletiva e graduada em Serviço Social. Alexandra nos deixou em julho em razão da doença e em sua homenagem faremos a reprise desta necessária conversa para a conscientização e prevenção do câncer de mama. Oportunidade de lembrar Alexandra e seu exemplo de coragem neste enfrentamento. O bate-papo será transmitido ao vivo, às 18h, na página do ACESSANDO LUCÍLIA no Youtube: @acessandolucilia5059, na Web Rádio Censura Livre, no Youtube, (youtube.com/c/Censuralivre), no Facebook facebook.com/webradiocensuralivre-e/), site (www.clwebradio.com) e nos aplicativos: RadiosNet (http://l.radios.com.br/r/100204), no App exclusivo da emissora (http://webapp.hoost.com.br/clwebrad/) e também no Twitter@wrcensuralivre. #audiodescrição Na parte superior à esquerda, a figura de um microfone estilizado e ao centro: Podcast Acessando Lucília À direita, dentro de círculos verde e rosa, a foto da titular do Podcast: À esquerda, dentro de círculos verde e rosa, a foto de uma mulher negra sorridente, cabelo loiro curto, batom vermelho e brincos prateados: Alexandra Anastácio Ao centro: Outubro Rosa e a Lembrança de Alexandra Anastácio. Na parte inferior à esquerda, o logo da Web Rádio Censura Livre. À direita: https://www.youtube.com/@acessandolucilia5059 http://facebook.com/webradiocensuralivre/ http://youtube.com/c/CensuraLivre https://twitter.com/wrcensuralivre.   Você pode ouvir a Web Rádio Censura Livre no aplicativo RadiosNet (http://l.radios.com.br/r/100204), no App exclusivo da emissora (http://webapp.hoost.com.br/clwebrad/) ou no site www.clwebradio.com @radiocensuralivre   WhatsApp: (21) 9 6553-8908   Ouça o podcast dos programas em: Anchor FM, Spotify e Google Podcast.   #outubrorosa #lembrançadeAlexandraAnastácio. #AcessandoLucília #WebRádioCensuraLivre  

Gana Real
Resumindo as idéias Ep.2 Anastácia

Gana Real

Play Episode Listen Later Oct 4, 2023 5:09


O resumindo as idéias é um quadro do podcast Gana Real, da qual falamos sempre sobre um(a) personagem marcante na história negra, ou algum fato marcante que talvez nem todos saibam, já que a nossa história foi e ainda é neglicenciada nos livros de história das escolas. A idéia é deixar um gostinho de quero mais, e fazer com que as pessoas busquem saber mais sobre cada história e cada personagem, pois quando você mesmo acaba pesquisando, começa a se interessar e a buscar mais coisas relacionadas. Vamo junto? No episódio de hoje falaremos sobre Anastácia! Embora a história de Anastácia seja lendária e não haja registros históricos definitivos sobre sua vida, ela continua a ser uma figura importante na cultura e na memória popular brasileira, lembrando-nos dos desafios enfrentados por muitos africanos e afrodescendentes durante o período da escravidão no Brasil.

90 Segundos de Ciencia
Pedro Anastácio

90 Segundos de Ciencia

Play Episode Listen Later Sep 19, 2023 2:05


Curta Musical
Anastácia

Curta Musical

Play Episode Listen Later Jun 30, 2023 4:38


Não deixe de conferir este episódio dedicado à cantora e compositora Anastácia, conhecida como a Rainha do Forró, responsável pelo clássico Eu Só Quero um Xodó, que compôs em parceria com o sanfoneiro e ex-marido Dominguinhos.  Depois de conferir a história desta grande artista, com mais de trinta discos lançados, vamos ouvi-la na música Folia do Forró.

Debate da Super Manhã
Vozes de São João

Debate da Super Manhã

Play Episode Listen Later Jun 28, 2023 52:59


Debate da Super Manhã: É véspera da festa de São João, uma das maiores expressões culturais, artísticas e populares do Brasil e que ganha destaque espetacular no festejo nordestino. E nesta sexta-feira (23) a comunicadora Natália Ribeiro conversa com convidados sobre a história, a tradição da festa junina e a memória de Luiz Gonzaga, o rei do baião. Participam os cantores e compositores Daniel Gonzaga e Anastácia.

#MulherDeFibra
Janete Clair

#MulherDeFibra

Play Episode Listen Later Jun 26, 2023 4:00


Janete Clair, maior autora de novelas da história do Brasil. Foi a única novelista a atingir a marca de 100% de audiência nos capítulos finais de “Selva de Pedra”. Janete Emmer nasceu em 1925, na cidade de Conquista - MG. A família se mudou para o estado de São Paulo durante sua infância. Aos treze anos, trabalhava como datilógrafa para contribuir com a renda familiar. Aos vinte Janete trabalhava como bacteriologista. Passou num teste para locutora e rádio-atriz da Rádio Tup. Aderiu o nome artístico “Janete Clair”, inspirada por sua música favorita, “Clair de Lune”, de Debussy, e seguiu seu sonho. Foi na Rádio Tupi que J. e Dias Gomes se conheceram, e começaram uma história de amor que duraria 36 anos. Incentivada pelo marido Janete começou a escrever radionovelas. Mais de 30 tramas. Em 1967, foi chamada para salvar uma telenovela da Globo, cuja produção caríssima, contava com muitos atores em uma trama confusa. JC resolveu o problema matando praticamente todos os personagens da novela “Anastácia” em um terremoto, cortando os custos da emissora e reconquistando o público. Essa ousadia garantiu seu espaço definitivo na Rede Globo. A recém-fundada TV Globo passou a ser líder de audiências no horário nobre. “Irmãos Coragem”atraiu o público masculino c/ sua linguagem cinematográfica. Essa novela registraria índices de audiência maiores do que os de jogos do Brasil na Copa do Mundo do México. Com “Selva de Pedra”, J. C. atingiu a maior audiência já registrada na história do Brasil: cem pontos! Aproximadamente 100% dos televisores ligados naquela ocasião estavam exibindo a novela. J.C. escreveu dezenas de telenovelas para a Globo, sempre surpreendendo pela qualidade dos enredos e pelo sucesso de público. Em 1983, a autora escrevia a novela “Eu Prometo”, mas, muito abatida por um câncer, não conseguiu terminar a trama. A novela foi finalizada por Glória Perez, com a supervisão de seu marido, o tb autor Dias Gomes. Janete Clair morreria alguns meses depois, aos 58 anos. 

Papo Corrida
#157 Os campeões da Maratona Internacional de Olinda!

Papo Corrida

Play Episode Listen Later Jun 22, 2023 93:23


O Podcast Papo Corrida realizou mais um episódio ao vivo no canal no YouTube no PE Running na última quarta-feira (21), recebendo os campeões das quatro distâncias da Maratona Internacional de Olinda, que aconteceu no domingo (18). A prova teve largada na Praça Duque de Caxias e contou com a participação de corredores amadores e profissionais de diversas regiões do país, inclusive de atletas estrangeiros. Os convidados do podcast foram Sandra Maria Aguiar, atleta do Recife, da equipe Coiotes Corredores, que venceu os 5 km com o tempo de 20:46; Anastácia Rocha e Joilson Bernardo, da Apa Petrolina, que venceram os 10 e 21 km com os tempos de 38:45 e 01:08:17, respectivamente; e Marco Antonio Pereira, da equipe Bingo Corridas e Silvia Torres Assessoria, que venceu a maratona com o tempo de 02:21:46. Os quatro atletas contaram tudo sobre suas vitórias, seus treinamentos, suas dificuldades e seus planos para o futuro. O podcast também contou com a participação da audiência, que fez perguntas ao vivo para os campeões. O episódio do Podcast Papo Corrida está disponível no canal do YOUTUBE.COM/PERUNNING e nas principais plataformas de streaming. O podcast é uma iniciativa do portal www.perunning.com.br, apresentado por Washington Vaz e Lidianne Andrade. --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/papocorrida/message

Elas na Palavra
40. Pureza sexual fora do casamento | com Ana Beatriz Anastácio

Elas na Palavra

Play Episode Listen Later May 23, 2023 62:34


Pureza sexual não é só não fazer sexo antes do casamento! Nesse episódio conversei com a Bia sobre o que a Bíblia diz sobre pureza sexual na solteirisse, no namoro e noivado... e sobre as implicâncias práticas de a praticarmos - ou não. Ouve aqui! *Nossos episódios agora são acompanhados de estudos temáticos escritos, que você pode baixar gratuitamente aqui. Acompanhe os episódios fazendo o estudo temático, faça sozinha, com amigas ou com o grupo de mulheres da sua comunidade!* Visite nosso site para ter acesso aos materiais gratuitos, e para fazer parte da comunidade EPG e dos nossos Grupos de Oração EQO! Vem nos dar um oi no nosso Instagram, também. Vamos gostar muito de ouvir de você.

Radio Praga - Español
Chequia en 30 minutos 21/04/2023

Radio Praga - Español

Play Episode Listen Later Apr 21, 2023 29:31


Se cumplen 110 años del nacimiento de Anastáz Opasek, el abad “travieso” que desafió a nazis y comunistas. De los muertos no se habla.Un recorrido por el impresionante refugio antiatómico de Žižkov.

Chequia en 30 minutos
Chequia en 30 minutos 21/04/2023

Chequia en 30 minutos

Play Episode Listen Later Apr 21, 2023 29:31


Se cumplen 110 años del nacimiento de Anastáz Opasek, el abad “travieso” que desafió a nazis y comunistas. De los muertos no se habla.Un recorrido por el impresionante refugio antiatómico de Žižkov.

Podcast MiranteFM 96,1
Plugado #114 - Jô Santana & Anastácia Lia

Podcast MiranteFM 96,1

Play Episode Listen Later Mar 16, 2023 36:24


O Plugado, programa apresentado pelo Pedro Sobrinho, na Mirante FM, recebeu, no quadro Troca de Ideia, o ator e produtor Jô Santana, e a cantora Anastácia Lia, que falaram sobre o espetáculo "Marrom, O Musical".

Notícias MP
MPAC recebe diretoria da Escola do Poder Judiciário do Acre

Notícias MP

Play Episode Listen Later Feb 27, 2023 1:21


Nesta sexta-feira, 24, o procurador-geral de Justiça Danilo Lovisaro do Nascimento recebeu a visita institucional do diretor da Escola do Poder Judiciário do Acre (Esjud), desembargador Elcio Mendes, que esteve acompanhado dos magistrados Lois Arruda e Anastácio de Menezes, além de demais integrantes da equipe técnica do órgão de ensino.

A História do Dia
Padre confessou abusos mas não foi detido. Porquê?

A História do Dia

Play Episode Listen Later Feb 17, 2023 15:17


Anastácio Alves está em fuga há mais de 4 anos, é acusado e confessa a autoria de vários crimes de abuso sexual de menores. Sónia Simões, jornalista do Observador, conta-nos esta história.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Central de Jornalismo Liberdade
Corpo do ex-prefeito de Caruaru Anastácio Rodrigues será sepultado nesta quarta-feira

Central de Jornalismo Liberdade

Play Episode Listen Later Feb 8, 2023 3:00


Reportagem
"É importante reafirmar nossas histórias latino-americanas", diz cineasta premiado em festival de curtas na França

Reportagem

Play Episode Listen Later Feb 6, 2023 5:29


O filme “Takanakuy”, primeiro curta-metragem do consagrado diretor de arte peruano Gustavo Bockos, mais conhecido como Vokos, radicado em São Paulo, recebeu menção especial do júri da competição internacional do festival do Curta-Metragem de Clermont-Ferrand, encerrado no sábado (4).  Ficção em preto e branco, “Takanakuy”, leva o espectador às montanhas remotas do Peru, onde povoados andinos têm seus próprios códigos de organização e regras de vida. Entre eles, Vokos descobriu, já adulto, a existência dos festivais de luta chamados “Takanakuy”. Uma vez por ano, em 25 de dezembro, os moradores fazem um acerto de contas no braço, com o objetivo de iniciar um novo ano livre de rancores e culpas. “Eles usam a violência como catarse para criar a paz e esperar a chegada de um período de novas alegrias, sempre juntos”, conta o cineasta. Partindo de uma experiência pessoal, a de ter sido criado por mulheres e nunca ter conhecido seu pai, o cineasta explora aspectos da masculinidade nesse contexto que reflete “a cultura real do Peru”. No curta, Fausto, um menino que está entrando na puberdade, vive só com o pai, um homem distante, bruto e violento que não dá atenção ao garoto. Fausto encontra conforto para a ausência da mãe e sua solidão nos momentos compartilhados com Chaska, um rapaz da vizinhança que se preocupa com ele e tem respostas para suas inquietações de pré-adolescente. “Só de ver a relação de amizade entre os dois meninos, o pai de Fausto pressupõe que Chaska teria um interesse homossexual no filho, o que nunca aparece no filme", destaca o diretor. Vokos disse ter ficado surpreso com a recompensa do júri do concorrido festival francês. "Muitos amigos brasileiros me apoiaram no sentido de ter talentos brasileiros na equipe do filme", afirmou, citando Pepe Mendes, que "fez uma direção de fotografia impressionante", e Fabrício Ide, coautor do roteiro, entre outros colegas. "Foi bonito porque conseguimos levar todos esses talentos brasileiros para passar duas semanas juntos no Peru", recorda. "É importante reafirmar nossas histórias latino-americanas, fiquei muito orgulhoso de trabalharmos juntos", acrescentou.Para o cineasta, a menção especial do júri também representa uma recompensa para a língua quechua, um idioma que resiste há muitos anos; "Ter tido a oportunidade de ter contato com essas pessoas que se mostraram tão abertas e nos deram confiança para levar adiante esse projeto foi lindo", concluiu Vokos. Curta brasileiro premiado por estudantesO curta "Escasso", da carioca Clara Anastácia, com codireção de Gabriela Gaia Meirelles, ficou com a menção especial do júri estudante de Clermont-Ferrand. A protagonista do filme é Rose, uma passeadora de pets interpretada por Anastácia, que também assina o roteiro. Rose encontra uma casa aberta no meio da pandemia e resolve morar nela. A diretora, que cresceu numa comunidade muito pobre do Rio de Janeiro, parte de um conceito que tem desenvolvido em sua pesquisa universitária e cinemátografica, o “melodrama decolonial”. Com uma boa dose de humor e de indignação, o filme discute território, ocupação, identidade, fé, culinária, entre outras tematicas. Ao todo, 157 curtas do mundo inteiro estiveram em competição neste ano no Festival de Clermont-Ferrand. 

Cultura
Curtas brasileiros discutem estereótipos e preconceitos em festival francês

Cultura

Play Episode Listen Later Feb 3, 2023 7:10


A edição de 2023 do Festival do Curta-Metragem de Clermont-Ferrand volta a celebrar a vida e o cinema, passado o choque da Covid-19. Apesar dos longos períodos de isolamento da pandemia e das dificuldades de financiamento, os cineastas brasileiros continuaram trabalhando em seus projetos e finalizando filmes. Neste sábado (4) serão conhecidos os vencedores dos 17 prêmios distribuídos pelo prestigiado festival francês. Adriana Moysés, enviada especial a Clermont-FerrandO Brasil tem três filmes selecionados na competição internacional de Clermont-Ferrand, enquanto “Big Bang”, de Carlos Segundo, já premiado como melhor curta autoral no Festival de Locarno, na Suíça, concorre na competição nacional por ser uma coprodução franco-brasileira.“Big Bang” narra a história de Chico, um homem com nanismo que trabalha consertando fornos. Ele leva uma vida solitária e sofrida, tanto pelo sentimento de abandono familiar, principalmente do pai, quanto pela exclusão social decorrente de sua condição fisica. Mas Chico descobre pouco a pouco uma forma de resistência e, por que não, de vingança. Chico é interpretado pelo ator Giovanni Venturini, que viveu o filme como um presente, por ter retirado os corpos dos deficientes da invisibilidade.Carlos Segundo já havia tido boa repercussão no circuito internacional com seu curta “Sideral”, que em 2021 concorreu à Palma de Ouro no 74º Festival de Cannes e entrou, neste ano, na lista de inscritos ao Oscar.Para o professor de cinema da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, realizador, roteirista e montador, essas indicações prestigiosas não diminuem em nada a importância de estar com o quarto curta em competição em Clermont-Ferrand. "Esse festival é a meca do curta-metragem mundial, um encontro de diferentes países, diferentes culturas, estilos, ou seja, a gente oxigena o olhar quando vem para cá", disse Carlos Segundo à RFI. "É sempre um prazer, uma alegria estar aqui, encontrar as pessoas e fazer novos amigos", acrescentou.Na disputada competição internacional, que reúne 78 filmes, o curta “Escasso”, da carioca Clara Anastácia, com codireção de Gabriela Gaia Meirelles, tem Rose como protagonista, uma passeadora de pets interpretada pela própria diretora e roteirista. Rose encontra uma casa aberta no meio da pandemia e resolve morar nela.Anastácia parte de um conceito que tem desenvolvido, o “melodrama decolonial”, que utiliza métodos tradicionais do melodrama, com personagens estereotipados, para descolonizá-lo. “O filme é uma entrevista, basicamente é um falso documentário. Um grupo de estudantes, ou de jornalistas, ou de filmmakers – a gente não coloca isso em pauta –  vai entrevistar essa mulher para entender qual é a dela nessa casa. A partir disso, ele discute território, ocupação, identidade, fé, culinária, entre muitas outras coisas, dentro de uma estética da comédia e desse humor trágico que o carioca tem”, descreve Anastácia.O curta foi filmado durante a pandemia. “Se encontrar naquele momento com o governo do Bolsonaro, sem perspectiva de vacina, sem políticas públicas de assistência, poderia querer dizer morrer, mas a gente escolheu a vida através do cinema”, recorda Gabriela Gaia Meirelles, convidada para a codireção de “Escasso” em parte por ser branca.“A gente tem uma ideia de autoria, que é uma autoria sempre do diretor, que é um homem branco. É recente ter mulheres brancas na direção e corpos negros sendo filmados. A grande diretora de cena é a Rose. A todo momento ela está exorcizando, ridicularizando a diretora branca e a equipe como um todo. Ela está manejando essa equipe e é ela quem comanda a cena. Eu gosto do conflito que o filme propõe e acho que é um conflito que move. É a nossa relação, sendo uma relação interracial de duas artistas que trabalham juntas e que partem de lugares periféricos, mas diferentes”, analisa Gabriela.O filme das realizadoras cariocas compete em Clermont-Ferrand depois de ter conquistado os prêmios de melhor curta-metragem nos festivais IndiLisboa, do Rio e Brasília.Universo estético e temático do caipira “Ainda Restarão Robôs nas Ruas do Interior Profundo”, também selecionado para a competição internacional de Clermont-Ferrand, é o terceiro filme do paulista Guilherme Xavier Ribeiro. O curta parte de uma história baseada em fatos reais de uma vila periférica de Assis, cidade do interior de São Paulo, onde vários moradores do campo chegaram desde a mecanização do trabalho na zona rural. Desse lugar, surgiu a história de um garoto que tinha uma égua de estimação e essa égua fugia para o centro da cidade.“No filme, os garotos se juntam para ir atrás dessa égua e encontram nesse contexto um pouco dessa complexidade política e social que o Brasil tem vivido nos últimos anos, com essa ascensão da extrema direita e que estava muito forte nas ruas do interior profundo”, descreve o cineasta.Segundo Guilherme, o povo caipira não tem uma tela para se ver e refletir sobre a realidade. “Eu acho que esse é um ponto de partida, se não a gente tem um vácuo de representação e um vácuo de questionamento sobre a nossa própria história, sobre a nossa realidade, sobre a nossa complexidade e o caipira”, avalia.Ao lado de dezenas de outros diretores e roteiristas, Guilherme integra o Fórum de Cinema do Interior Paulista. Esta rede conecta cineastas de 92 cidades e atua no fomento e na promoção desse cinema interiorano, que busca novas narrativas. “A gente tem a periferia das cidades interioranas, que traz essas pessoas que vêm do campo, que têm outras origens”, explica. “É um universo estético e temático que é muito novo e muito potente para o cinema. E são pessoas que precisam ter um espaço e precisam ser vistas porque nunca tiveram esse espaço antes”, afirma.Masculinidade e preconceitosFicção em preto e branco, “Takanakuy”, primeiro curta-metragem do consagrado diretor de arte peruano Gustavo Bockos, mais conhecido como Vokos, radicado em São Paulo, leva o espectador às montanhas remotas do Peru, onde as comunidades andinas têm seus próprios códigos de organização e regras de vida. Entre eles, Vokos descobriu, já adulto, a existência dos festivais de luta chamados “Takanakuy”.Uma vez por ano, em 25 de dezembro, os moradores de povoados andinos fazem um acerto de contas no braço, com o objetivo de iniciar um novo ano livre de rancores e culpas. “Eles usam a violência como catarse para criar a paz e esperar a chegada de um período de novas alegrias, sempre juntos”, conta o diretor peruano.Partindo de uma experiência pessoal, a de ter sido criado por mulheres e nunca ter conhecido seu pai, o cineasta explora aspectos da masculinidade nesse contexto que reflete “a cultura real do Peru”. “É uma história sobre preconceitos”, resume Vokos.Fausto, um menino que está entrando na puberdade, vive só com o pai, um homem distante, bruto e violento que não dá atenção ao garoto. Fausto encontra conforto para a ausência da mãe e sua solidão nos momentos compartilhados com Chaska, um rapaz da vizinhança que se preocupa com ele e tem respostas para suas inquietações de pré-adolescente.“Só de ver a relação de amizade entre os dois, o pai de Fausto pressupõe que Chaska teria um interesse homossexual no filho, o que nunca aparece no filme. “É como se não pudesse haver na cabeça daquele homem violento uma amizade desinteressada”, diz o cineasta. A tensão cresce entre os personagens com a aproximação de “Takanakuy”.Enfim livres das restrições da pandemia, o Festival do Curta-Metragem de Clermont-Ferrand reencontrou o seu público, com salas lotadas, profissionais do mundo inteiro presentes nas projeções e festas noturnas. Os vencedores serão conhecidos neste sábado.

Pretoteca
#80 | "Nos foi negado o direito ao romantismo. Na voz de Alcione nós somos românticos." - Marrom, o Musical

Pretoteca

Play Episode Listen Later Dec 16, 2022 42:05


O Pretoteca dessa semana é sobre celebração, pois todo dia é dia de exaltar a rainha Alcione. E falamos sobre a peça 'Marrom, O Musical" que comemora a vida, obra e os 50 anos de carreira da maranhense Alcione. Cynthia Martins conversa com as atrizes Anastácia Lia, Milena Mendonça, que dão vida à cantora no palco, e também com o diretor de produção da peça, Renato Araújo. Com texto e direção de Miguel Falabella, 'Marrom, O Musical' foi visto por mais de 25 mil pessoas na estreia nacional em São Paulo e agora chega ao Rio de Janeiro.Em 2023 o espetáculo segue para São Luís, Belém do Pará, Salvador, Recife, Aracaju, Belo Horizonte e Vitoria e também Portugal. no Porto e Lisboa.

Entrevistas - Show da Cidade
Juliene Araújo- Jornalista e escritora - lança livro com memórias e sonhos de Onildo Almeida, Arary Marrocos e Anastácio Rodrigues

Entrevistas - Show da Cidade

Play Episode Listen Later Nov 12, 2022 16:26


Juliene Araújo- Jornalista e escritora - lança livro com memórias e sonhos de Onildo Almeida, Arary Marrocos e Anastácio Rodrigues

tak bolo
LENIN NEZOMREL NA SYFILIS

tak bolo

Play Episode Listen Later Sep 15, 2022 39:24


Výstrel z Aurory bol síce dôležitý, ale revolúciu nezačal. Čo povedal Lenin na smrteľnej posteli a je možné, aby jedna z dcér posledného ruského cára Anastázia prežila krvavý masaker? „Mier, pôda a chlieb!“ – opakovali. Boľševici boli považovaní za radikálnych anarchistov. Nakoniec za tri dni prevzali moc. Na sklonku prvej svetovej vojny sa v cárskom Rusku odohrala séria revolúcií, ktorá zmenila veľkú časť sveta na najbližšie desaťročia. Robotnícky ľud na čele s “profesionálnym revolucionárom” Vladimírom Iľjičom Leninom, a tajnou políciou za chrbtom, odstránil cársku rodinu, odmietol výsledky volieb a zaviedol takzvanú diktatúru proletariátu. Začnime ale Krvavou nedeľou... @takbolo_podcast ti prináša ČESKÁ MINCOVŇA  https://ceskamincovna.sk/sk/strieborna-medaila-kult-osobnosti---karl-marx-proof-2588-15468-d/  Produkcia by ZAPO  https://www.zabavavpodcastoch.sk/  NEXT?  ...A RÁNO UŽ BUDEME VŠETCI MŔTVI  https://open.spotify.com/episode/3Jgtd1Rt0PBuqzmjgw7KoL   

Lado B do Rio
Lado B Notícias #114 -Juliana Drumond (Psol_Baixada Fluminense),Bancada Manas de Luta (PT_PA)

Lado B do Rio

Play Episode Listen Later Aug 9, 2022 34:50


No programa dessa semana, Fernanda Castro conversa com Juliana Drumond, candidata a deputada federal pelo Psol da Baixada Fluminense. Hévilla Wanderley, na sua coluna, fala com Anastácia Marshelly, travesti negra, do coletivo Bancada Manas de Luta que concorre à Assembleia Legislativa do Pará, pelo PT.Música: Guilhotina, da MC Nic Dias (@nicdiasmc).

Tesouros da Igreja
Anastácio Sinaíta - século VII -06/08/2022

Tesouros da Igreja

Play Episode Listen Later Aug 6, 2022 1:03


MakaguiCast
MakaguiCast | EP7 - Anastácio Langa

MakaguiCast

Play Episode Listen Later May 30, 2022 50:56


Conheça a história de Anastácio Langa, empreendedor e fundador de uma das maiores empresas de serviços de limpezas em Moçambique, a Clean África, presente no mercado há quase duas décadas.

Deboche com Pipoca
Episódio 21 - 50 Tons nem tão escuros assim

Deboche com Pipoca

Play Episode Listen Later May 28, 2022 59:02


E aí, lixinhos e lixinhas!!! Em 50 Tons Mais Escuros, Anastácia dá uma lição de como se fingir de santa para conseguir tudo de um homem. Entenda nesse podcast como essa moça conseguiu tirar até as cuecas desse ricaço tarado, mesmo não fazendo nada por ele. Agora é simples, basta você usar esse seu dedo sujo e clicar no play! Nos siga nas redes sociais: www.instagram.com/debochecompipicapodcast www.instagram.com/yo.naminecarol Apresentação e Edição: Diego de Sousa - Criador do Instagram "Deboche Com Pipoca"

Esportes
Torneio de Roland Garros começa neste domingo; Brasil tem apenas uma atleta na disputa

Esportes

Play Episode Listen Later May 22, 2022 6:05


Após dois anos de pandemia e restrições, o torneio de Roland Garros volta em grande estilo à Paris. Desta vez, com capacidade completa de público, retorno dos espectadores estrangeiros e do entretenimento nas arenas do tênis francês. As partidas principais começam neste domingo (22) e vão até 5 de junho. O Brasil estará representado pela paulista Beatriz Haddad Maia, que acabou de estrear no top 50 do ranking mundial, garantindo seu lugar na chave principal. Os admiradores do tênis mundial estavam com saudades. “É muito bonito, há muitas melhorias, muito bem organizado. É muito bacana e relaxante”, disse à RFI Brasil a aposentada Sílvia du Chemin. Ela visitava Roland Garros com uma amiga. “É apaixonante: a virilidade, o entusiasmo dos jogadores e a vitalidade. É diferente do futebol, pois é individual e tem de ser determinado”, afirmou a amiga Marie Therese. Como todos os anos, Roland Garros reúne na capital francesa as principais estrelas do tênis em busca do cobiçado título nas categorias simples feminino e masculino, duplas femininas e masculinas, juvenil simples e duplas em cadeira de rodas. O mestre do saibro, Rafael Nadal, é um dos mais aguardados. Bala veio da Índia na esperança de ver o ídolo. “Estar aqui é muito bom. A atmosfera, obviamente, vai ser melhor nos próximos dias, quando o torneio oficial começar. E espero ver alguns grandes jogadores como o Nadal,” contou. Outros nomes que devem jogar nas quadras de Roland Garros são Novak Djokovic, Stefanos Tsitsipas e a nova sensação do tênis, Carlos Alcaraz. As chaves femininas terão jogadoras como Iga Swiatek, Paula Badosa, Aryna Sabalenka e Garbine Muguruza. “Tênis é movimento, reação e ar fresco”, disse à RFI Thesing Hermann, ex-tenista de 91 anos, campeão do torneio master de Berlim, em 2019, quando tinha 89. O alemão veio à Paris acompanhado do filho para a sua terceira temporada de Roland Garros. “Esse é um presente para o meu pai. Ele está em forma na sua idade, e então viemos. Mas mudou muito desde a última vez,” comparou Christoph Thesing. “Agora, há mais cercas que diminuem a visibilidade das quadras, há mais controle e filas para alguns jogos”, destacou. Tênis urbano Ao lado das arenas principais, a Federação Francesa de Tênis (FFT) instalou uma novidade. Uma quadra de 6 x 12 metros, em que os jogadores usam uma bola de espuma. “É o tênis urbano, uma nova disciplina que estamos desenvolvendo na Federação Francesa de Tênis para tornar a prática do esporte acessível a todos”, explica Florian Lecef, da FTT. "Adorei. Dá vontade de seguir no tênis", comentou Amadou, de 9 anos. Roland Garros acontece todos os anos em Paris, no final de maio e início de junho, exceto durante a edição de 2020, que foi adiada para o outono, devido à pandemia de Covid-19. Dos quatro torneios de Grand Slam do mundo, é o único disputado no saibro. Costuma atrair olhares do mundo inteiro e normalmente muitos famosos. Esta é também uma oportunidade para homenagear aquele que deu nome ao torneio e que não era jogador. “Roland Garros foi um aviador que morreu em combate na primeira Guerra Mundial. É um personagem muito célebre e é a ocasião para lembrarmos desta história”, destaca, com visível orgulho, o cardiologista francês Emanuel, um apaixonado por tênis. Uma mulher no comando Esta edição é dirigida, pela primeira vez, por uma mulher. Com 25 títulos de WTA, sendo dois de Grand Slam, um master 1.000 e a medalha de prata dos Jogos Olímpicos de Atenas, em 2004, Amélie Mauresmo tem experiência para o posto. "Queremos ver este estádio cheio, porque para vibrar de verdade, ele precisa estar cheio", disse numa entrevista coletiva. “Mais de 90% dos ingressos já foram vendidos”, comemorou a diretora, que espera todas as quadras lotadas para a quinzena parisiense de tênis. Mauresmo prometeu um estádio mais confortável, com mais espaço para o público e os jogadores. Criadas na edição de 2021, as “sessões noturnas” de Roland Garros continuam este ano. Agora sem o toque de recolher ou as restrições de público impostas pela pandemia. Estas sessões permitirão acomodar até 150 mil espectadores a mais do que em uma edição clássica, para um total de 600 mil espectadores esperados. As dez sessões à noite, que começam às 20h30 pelo horário local (15h30 pelo horário de Brasília), prometem ser eletrizantes. Poucos minutos antes do início dos jogos, haverá um espetáculo musical com DJs que deve fazer a temperatura subir na quadra, numa época em que já faz bastante calor na França. Beatriz Haddad representa o Brasil A semana classificatória do torneio de Roland Garros foi aberta na segunda-feira (16). Os sete tenistas brasileiros que tentaram uma vaga foram desclassificados ainda na etapa eliminatória. Em 2022, a única a representar o Brasil no quadro de simples será Beatriz Haddad Maia. Na segunda-feira, a brasileira apareceu oficialmente entre as melhores tenistas do mundo na atualização do ranking da WTA, atingindo sua melhor colocação da carreira, a 49ª posição. Beatriz faz história para o Brasil, se tornando a 5ª tenista brasileira a atingir tal desempenho. “O Brasil já teve outras mulheres entre as 50 melhores, mas é especial. Cada uma tem sua história, seu momento e a época em que jogou. Todas são motivo de orgulho e inspiração para mim. Ser mulher já não é fácil. O mundo ainda é machista,” afirma a jogadora. Ao longo da carreira, Bia sofreu com muitas lesões, que resultaram em diversas cirurgias e pausas no circuito de tênis, além de ter passado por uma  suspensão por doping, em 2019. Em entrevista à RFI Brasil, a número 1 da América Latina exaltou a importância de estar em boa forma. "Estou muito feliz por estar saudável. Esse sempre foi o foco principal da minha carreira. Estou cuidando do corpo essa semana e me sentindo bem, preparada e competitiva para começar Roland Garros", declarou. "Hoje me sinto pronta para competir contra qualquer adversária”, revelou. “A minha maior rival sou eu mesma. Eu contra a Bia, meus pensamentos, meus anseios, minha vaidade, meu ego. Cada vez mais eu tento ficar mais concentrada e impor meu jogo", completou. Na primeira fase de Roland Garros, são realizadas três rodadas, seguindo para as oitavas de final, quartas, semifinais e a tão esperada final em cada categoria. Nas arquibancadas das classificatórias, os estudantes Toni e Anastásia torciam por seus conterrâneos portugueses. “Nuno Borges conseguiu passar e estamos felizes. Infelizmente, Pedro e Gastão Dias não conseguiram, mas é assim. Agora temos dois jogadores e vamos ver como vai ser”, conta Toni. “É a terceira vez que eu venho e gosto muito, é sempre divertido e o tempo hoje está muito bom”, disse Anastásia. “É um grande prazer estar de volta e poder compartilhar desse momento com os jogadores portugueses e brasileiros”, acrescentou. Recorde de prêmios Em 2022, Roland Garos distribuirá uma premiação em dinheiro histórica: um total de € 43,6 milhões. Comparado ao da edição de 2019, a última disputada antes da crise sanitária, o prêmio em dinheiro do torneio de tênis aumentará mais de 6,8% (€ 42,66 milhões, há 3 anos) para atingir um novo valor recorde. O atleta vencedor de Roland Garros vai levar um cheque de € 2,2 milhões, o equivalente a mais de R$ 11 milhões. A edição de 2021 foi vencida pelo sérvio Novak Djokovic, numa partida contra o grego Stefanos Tsitsipas, em 13 de junho de 2021.

Falando De VO
22. Indução dada, não se olham as condições

Falando De VO

Play Episode Listen Later May 20, 2022 41:24


Neste episódio começamos a destrinchar o que efetivamente foi adequado ou não durante o trabalho de parto de Anastácia.  Será que é um pilar da assistência humanizada ao parto e nascimento intervir, ou será que toda mulher sabe parir e todo bebê sabe nascer? Como será que a indução foi oferecida a Anastácia, e o quanto ainda precisamos nos preparar para entender esse contexto de interrupção de gestação?  . Conta para gente o que você achou no falandodevopodcast@gmail.com ou em nosso Instagram @falandodevopodcast. . Sentiu vontade de contar seu relato? Mande para gente no link https://forms.gle/sBPhsoqqKDXHn5e98 . Nossas indicações são: . Diretrizes Nacionais de Assistência ao Parto Normal - https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_nacionais_assistencia_parto_normal.pdf . Indução do trabalho de parto e indicações de cesárea - https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/atencao-mulher/inducao-do-trabalho-de-parto-e-indicacoes-de-cesarea/ . Indução de trabalho de parto com feto vivo - http://files.bvs.br/upload/S/0100-7254/2010/v38n9/a469-480.pdf . Indução de trabalho de parto: conceitos e particularidades - http://files.bvs.br/upload/S/0100-7254/2010/v38n4/a003.pdf . Você pode nos mandar sugestões, dúvidas, críticas e elogios em: ⠀⠀⠀⠀ instagram.com/falandodevopodcast ⠀⠀⠀⠀ falandodevo@gmail.com ⠀⠀⠀⠀ .⠀⠀⠀⠀ Nossas redes são: ⠀⠀⠀⠀ Andreza Santana: instagram.com/maequeadvoga e twitter.com/DezaSantana Bruna Bronzato: instragram.com/advogandocomfilhos Bruna Thayses: instagram.com/brunathayses

Falando De VO
21. A história de Anastácia

Falando De VO

Play Episode Listen Later May 13, 2022 29:27


Neste episódio contamos o relato de parto de Anastácia. Descobrir uma gestação inesperada assusta muito no primeiro impacto, agora imagine como fica a cabeça de adolescentes que recebem essa notícia? Como será que recebemos e acolhemos essas jovens mães, e como podemos acreditar no SUS considerando seu atual sucateamento? . Conta para gente o que você achou no falandodevopodcast@gmail.com ou em nosso Instagram @falandodevopodcast. . Sentiu vontade de contar seu relato? Mande para gente no link https://forms.gle/sBPhsoqqKDXHn5e98 . Você pode nos mandar sugestões, dúvidas, críticas e elogios em: ⠀⠀⠀⠀ instagram.com/falandodevopodcast ⠀⠀⠀⠀ falandodevo@gmail.com ⠀⠀⠀⠀ .⠀⠀⠀⠀ Nossas redes são: ⠀⠀⠀⠀ Andreza Santana: instagram.com/maequeadvoga e twitter.com/DezaSantana Bruna Bronzato: instragram.com/advogandocomfilhos Bruna Thayses: instagram.com/brunathayses

Tak Bolo
10. Profesionálni revolucionári (Boľševická revolúcia v Rusku)

Tak Bolo

Play Episode Listen Later May 17, 2021 44:57


Na sklonku prvej svetovej vojny sa v cárskom Rusku odohrala séria revolúcií, ktorá zmenila veľkú časť sveta na najbližšie desaťročia. Robotnícky ľud na čele s “profesionálnym revolucionárom” Vladimírom Iľjičom Leninom, a tajnou políciou Čekou za chrbtom, odstránil cársku rodinu, odmietol výsledky volieb a zaviedol takzvanú diktatúru proletariátu. Čo to presne znamenalo a ako to ovplyvnilo boje Ruska v prvej svetovej vojne? Čo povedal Lenin na smrteľnej posteli a je možné, aby jedna z dcér posledného ruského cára Anastázia prežila krvavý masaker? Dozviete sa v dejepisom podcaste Tak bolo plnom príbehov zo začiatku 20. storočia.

Notícia no Seu Tempo
Na Quarentena: morre o cineasta americano Joel Schumacher, os 80 anos da cantora Anastácia

Notícia no Seu Tempo

Play Episode Listen Later Jun 23, 2020 3:28