Fundação (FFMS) - [IN] Pertinente

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4 comunicadores, 4 especialistas, 4 temas - Economia, Sociedade, Política e Ciência -, todas as semanas no [IN] Pertinente.[IN] Pertinente: um confronto bem disposto entre a curiosidade e o saber. Porque quando há factos, há argumentos.[IN] Pertinente é um podcast da Fundação Francisco Manuel dos Santos que pretende dar respostas às perguntas de todos, contribuindo para uma sociedade mais informada. VOZ Isabel Abreu BANDA SONORA Fred Pinto Ferreira

Fundação Francisco Manuel dos Santos


    • Sep 30, 2025 LATEST EPISODE
    • weekly NEW EPISODES
    • 46m AVG DURATION
    • 237 EPISODES


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    Especial Worten Mock Fest | Olha aí que isso aleija

    Play Episode Listen Later Sep 30, 2025 48:21


    Que impacto tem o humor na vida política? Satirizar os políticos pode, ou não, influenciar o eleitorado? Poderá o trabalho dos humoristas estar ameaçado no atual contexto político?Ricardo Araújo Pereira e João Pereira Coutinho, moderados por Mariana Cabral (Bumba na Fofinha), juntaram-se no Worten Mock Fest para uma Conversa [IN]Pertinente sobre a influência do humor na política. Ao longo da sessão, o humorista e o politólogo concordaram que «o humor tem muito menos influência do que as pessoas pensam», mas reconheceram que ajuda a pôr a realidade em perspetiva – «na História, o riso tem a última palavra».Perante a evidência de que as figuras autoritárias temem a sátira, levantou-se a questão: num regime autoritário, os humoristas têm os dias contados?Por outro lado, a que se deve a tendência crescente da classe política apostar no entretenimento para ganhar popularidade e votos? Ser político significa, cada vez mais, ser um bom ‘entertainer'? Nesta emissão especial também se debate a função do humor: causar desconforto e garantir a independência. «O humor tem de ter de ter uma vertente anarquista. Seria bizarro ser sectário, sempre a defender uma única posição. Se assim fosse, não seria humor», admite o politólogo.Entre risos e provocações, ainda houve tempo para responder à pergunta: «Quem foi o político mais engraçado da História?» E as respostas tiveram, claro, sentido de humor.Não perca esta Conversa [IN]Pertinente, porque quando política e comédia se encontram o riso nunca é inocente, e a reflexão sai sempre a ganhar.

    EP 234 | ECONOMIA - Seguros: o preço de antecipar riscos

    Play Episode Listen Later Sep 26, 2025 50:51


    Qual é o papel dos seguros na nossa vida financeira? O especialista Diogo Mendes e Filipa Galrão dão a resposta e refletem sobre o que estamos dispostos - e obrigados - a pagar, em troca de proteção na adversidade.Os acidentes são, por definição, imprevisíveis. A melhor solução é estarmos precavidos contra despesas inesperadas que podem resultar em altos danos patrimoniais. Neste episódio, ficamos a par de quais são os seguros obrigatórios, e os facultativos, em Portugal. O que devemos ter em conta quando contratamos um seguro, seja automóvel, de vida ou de habitação? Sabemos o que está incluído, por exemplo, num seguro de acidentes de trabalho? E como é que as seguradoras calculam os prémios que pagamos? A conversa também descodifica conceitos como o ‘known unknowns' e o ‘unknown unkonwns' – os riscos previsíveis e os completamente imprevisíveis – que estabelecem os limites entre o que a seguradoras podem, ou não, antecipar.Apesar de haver quem ainda prefira criar fundos de emergência a fazer seguros, há produtos cada vez mais procurados: só a subscrição de seguros de saúde cresceu 17% nos últimos anos. A dupla analisa ainda porque é que quem tem mais escolaridade recorre mais ao seguro, o que são os riscos ‘não seguráveis' e o que é a chamada “seleção adversa”.No fim, coloca-se a questão: que influência têm os seguros no nosso comportamento? Para não arriscar repostas e jogar pelo seguro, ouça este episódio [IN]Pertinente.LINKS E REFERÊNCIAS ÚTEISBonfim, D., Santos, J. A. C. (2020), «The Importance of Insurance Credibility», Banco de PortugalGropper, M., Kuhnen, C. (2025), «Wealth and Insurance Choices: Evidence from U.S. Households», Journal of Finance Panhans, M. T. (2019). «Adverse Selection in ACA Exchange Markets: Evidence from Colorado». American Economic Journal: Applied Economics«Global Insurance Market Trends 2024», OCDE 2024Plano Nacional de Formação Financeira. «Seguro automóvel», Todos Contam Plano Nacional de Formação Financeira. (2024). «Inquérito à Literacia Financeira da População Portuguesa 2023». Relatório da plataforma Todos Contam.Observador (2025). «Subscrição de seguros de saúde aumentou mais de 17% em 2024, revela supervisora do setor»DECO Proteste. (2025). «ADSE ou seguro de saúde: qual a melhor opção?»BIOSDiogo MendesProfessor de Finanças na Stockholm School of Economics. Doutorou-se em finanças pela Nova School of Business and Economics. Tem investigação nas áreas de literacia financeira, finanças da empresa e economia do desenvolvimento. Filipa Galrão Estudou Comunicação Social e Cultural na Universidade Católica. Depois da Mega Hits e da Renascença, é agora uma das novas vozes da Rádio Comercial. Já deu à luz 1 livro infantil - Que Estranho! - e 2 filhos.

    Especial Worten Mock Fest | Maus humores: será que o humor influencia o nosso humor?

    Play Episode Listen Later Sep 23, 2025 60:33


    Pode o nosso estado de espírito ser influenciado pela comédia e pelo riso? Haverá uma propensão genética para uma visão humorística da vida? E será que o consumo do humor melhora a nossa saúde mental?Nesta emissão especial de «Conversas [IN]Pertinentes», gravada ao vivo na primeira edição do Worten Mock Fest, o humor sobe ao palco e dá o mote para um debate científico – e bem disposto – sobre o impacto do riso na nossa saúde e bem-estar.O painel, moderado por Rui Maria Pêgo e composto pelo comediante Diogo Batáguas, pela neurocientista Luísa Lopes e pelo psiquiatra Gustavo Jesus, explora as  causas e efeitos do riso na atividade cerebral, na relação com o outro e na saúde mental.Ao longo da conversa, ficamos a saber que o riso ativa quatro áreas cerebrais e liberta neurotransmissores – como a dopamina, a oxitocina ou a serotonina –, que provocam a sensação de bem-estar, a empatia e a redução de stress. «O riso é uma boa ferramenta na terapia de grupo. Ajuda-nos a enfrentar traumas porque nos vincula aos outros, reduz a ansiedade e aumenta os níveis de prazer», afirma Luísa Lopes. Por outro lado, descobrimos que o humor está ligado à sobrevivência da espécie humana. «O riso surgiu como uma forma de nos sentirmos unidos e vinculados uns aos outros. É como se fosse uma rede social primordial que, virtualmente, nos conecta», explica o psiquiatra Gustavo Jesus.E se é verdade que rir é inato – e por isso é que os bebés riem antes de falar –, ter sentido de humor é mais complexo. Pode depender de fatores genéticos, do contexto cultural ou de traços de personalidade.Mas, afinal, o que é que nos faz rir? Será verdade que os comediantes são menos animados do que o comum dos mortais? E o que é a ‘matemática do humor'?Entre no debate e não perca este episódio [IN]Pertinente, porque «rir também nos salva».

    EP 232 | CIÊNCIA: O que são, afinal, as neurodivergências?

    Play Episode Listen Later Sep 18, 2025 42:40


    Todos podemos temos 'manias' e hábitos peculiares, mas quererá isso dizer que somos neurodivergentes? No primeiro de quatro episódios dedicados ao tema, a psiquiatra Rute Cajão e Rui Maria Pêgo conversam sobre as patologias do neurodesenvolvimento, desde o diagnóstico aos seus impactos.Em Portugal, mais de um quinto dos portugueses sofre de uma perturbação psiquiátrica e somos o segundo país europeu, a seguir à Irlanda do Norte, a ter mais diagnósticos de doença mental.A partir da noção de ‘neurodiversidade', a especialista Rute Cajão explica o que é a doença mental, da vertente biológica à dimensão normativa, passando pela evolução do diagnóstico e pelos tratamentos adequados a cada patologia.Em plena era digital, a conversa também alerta para os riscos do autodiagnóstico e do recurso à inteligência artificial para interpretar sintomas, destacando a importância do acompanhamento especializado em ambiente clínico.A dupla aborda ainda o impacto da perturbação mental em contexto familiar, refletindo sobre o papel da família, da escola e do mercado de trabalho na integração de quem sofre de pertubações do foro psiquiátrico.Porque é urgente combater estigmas e encarar a doença mental como um dos grandes desafios da saúde pública da atualidade, não perca este episódio do [IN]Pertinente.LINKS E REFERÊNCIAS ÚTEISSinger, Judith. 2023. «The mother of neurodiversity: how Judy Singer changed the world», The GuardianDurães, Mariana. 2025. «Eles usam o ChatGPT como psicólogo porque 'não julga' e não se cansa. Mas quais os riscos?», Público.ICD-11 for Mortality and Statistics, 2025. Secção 6 «Mental, behavioural or neurodevelopmental disorders», capítulo «Neurodevelopmental Disorders»«Perturbação Mental em Números», Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde MentalSites de centros especializados para fazer diagnóstico de perturbações do neurodesenvolvimento (adultos e crianças):CADin - neurodesenvolvimento e inclusãoAssociação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo (APPDA Lisboa)Partners in Neuroscience (PIN)BIOSRUTE CAJÃOMédica psiquiatra, é assistente hospitalar de psiquiatria na Unidade Local de Saúde Arco Ribeirinho, EPE. Cofundadora da equipa multidisciplinar e consulta de jovens adultos com patologia grave de início precoce na mesma unidade. Vice-presidente da Secção de Perturbações do Neurodesenvolvimento da Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental. RUI MARIA PÊGOTem 36 anos, 17 deles passados entre a rádio, o teatro e a televisão. Licenciado em História pela Universidade Nova de Lisboa, e mestre em Fine Arts in Professional Acting pela Bristol Old Vic Theatre School. Já apresentou programas nos três canais generalistas de televisão, é autor da série satírica «Filho da Mãe» (Canal Q, 2015),  e está hoje na Rádio Comercial, com o podcast «Debaixo da Língua».

    EP 232 | POLÍTICA - Política e Ética: a virtude ainda é o que era?

    Play Episode Listen Later Sep 11, 2025 38:59


    Será que a política perdeu a virtude? A política e a ética andam de mãos dadas ou de costas voltadas?Para Aristóteles, a política visava fazer cidadãos virtuosos. Já Maquiavel defendeu que, na ação política, a virtude é a capacidade de atingir a glória e, sobretudo, ‘mantenere lo stato'. Nesta conversa, João Pereira Coutinho explora a relação entre ética e política ao longo da história, da teoria política da Grécia Antiga ao esforço renascentista em recuperar a noção de 'virtude', para salvar a cristandade. A discussão passa também pela influência americana: para os Pais Fundadores, um regime político não deve depender da virtude dos homens, mas de uma arquitetura constitucional sólida porque, como dizia James Madison, «se os homens fossem anjos, não era necessário nenhum governo».A dupla foca-se ainda em questões atuais: em política, podem existir 'virtudes públicas e vícios privados'? Até que ponto o populismo recorre a moralismos pouco éticos? Somos hoje capazes de debater ideias ou preferimos julgar o caráter dos políticos? E será verdade que a corrupção e a falta de ética são toleradas pelos cidadãos quando os políticos 'roubam, mas fazem'?  Porque estar informado é uma virtude, não perca este episódio do [IN]Pertinente.REFERÊNCIAS ÚTEISARISTÓTELES, «Ética a Nicómaco» (Quetzal)CÍCERO, «Dos Deveres» (Ed. 70)HAMILTON, Alexander, James Madison e John Jay, «O Federalista» (Gulbenkian)HANKINS, James, «Virtue Politics - Soulcraft and Statecraft in Renaissance Italy» (Belknap Press)MAQUIAVEL, «O Príncipe» (Presença)ROBESPIERRE, Maximilien, «Virtude e Terror» (BookBuilders)BIOSMANUEL CARDOSOÉ humorista e um dos autores do programa de sátira política «Isto É Gozar Com Quem Trabalha», da SIC. Faz parte do podcast «Falsos Lentos», um formato semanal de humor sobre futebol. É o autor da rubrica radiofónica diária «Bem-vindo a mais um episódio de», nas manhãs da Rádio Comercial. Contribui semanalmente para o Expresso, desde 2023, com uma crónica semanal.JOÃO PEREIRA COUTINHOProfessor do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica, onde se doutorou em Ciência Política e Relações Internacionais. É autor dos livros «Conservadorismo» e «Edmund Burke – A Virtude da Consistência». Ao longo de 25 anos tem assinado artigos na imprensa nacional e é colunista do diário brasileiro «Folha de S. Paulo», o maior jornal da América Latina.

    EP 230 | SOCIEDADE: o futuro das tecnologias na escola

    Play Episode Listen Later Sep 4, 2025 41:13


    Que desafios enfrentamos para educar os adultos de amanhã? Como é que a inteligência artificial pode moldar a educação das novas gerações? Neste episódio, Mónica Vieira e Hugo van der Ding desbravam os caminhos do ensino em tempos de mudanças vertiginosas. A evolução tecnológica e as transformações sociais trazem, cada vez mais, grandes desafios. A especialista em educação, Mónica Vieira, e Hugo van der Ding refletem sobre o que significa preparar os mais novos para este mundo em transformação. Quais são as competências para o futuro? Que papel deve ter a escola neste processo?  E quais os impactos mercado de trabalho?Mais do que apostar em ferramentas digitais, é essencial definir as bases da educação: conhecimento sólido, pensamento crítico e capacidade de interpretar o mundo.Será verdade que as novas gerações são ‘nativos digitais'? Ou é só um mito? É certo que crianças e jovens usam tecnologia diariamente, mas fazem-no sobretudo de forma recreativa e não para aprender. A intensa exposição a ecrãs distrai e afasta a interação humana, essencial para o desenvolvimento cognitivo, da linguagem e da concentração.A conversa aborda os efeitos negativos do uso excessivo de tecnologia, bem como o impacto crescente da inteligência artificial na escola. Num tempo em que a informação circula em excesso, urge distinguir informação de conhecimento – uma das competências essenciais para os cidadãos, profissionais e adultos de amanhã.Acompanhe este episódio do [IN]Pertinente, e não falte à chamada para o futuro.LINKS E REFERÊNCIAS ÚTEISMarôco, João, «A pandemia melhorou a literacia digital dos alunos?» (Iniciativa Educação, 2024)Nunes, Ludmila, «Inteligência artificial na sala de aula: perigo para a aprendizagem» (Iniciativa Educação, 2025)«Fala quem sabe: Daisy Christodoulou» (Vídeo, Iniciativa Educação, 2023)  Desmurget, Michel, «A fábrica de Cretinos Digitais - Os Perigos dos Ecrãs para os Nossos Filhos» (Contraponto Editores, 2021)Carr, Nicholas, «Os superficiais: o que a internet está a fazer aos nossos cérebros» (Gradiva, 2012)Prostes da Fonseca, Pedro, «Dependência Digital» (Retratos da FFMS, 2024)BIOSMÓNICA VIEIRADoutorada em Ciências da Educação, com especialidade em Análise e Organização do Ensino, na Universidade de Coimbra. É coordenadora-geral da Iniciativa Educação, um projeto destinado a promover o sucesso dos jovens, apoiando projetos exemplares, com potencial efeito multiplicador no sistema educativo. HUGO VAN DER DINGLocutor, criativo e desenhador acidental. Uma espécie de cartunista de sucesso instantâneo a quem bastou uma caneta Bic, uma boa ideia e uma folha em branco. Criador de personagens digitais de sucesso como a «Criada Malcriada» e «Cavaca a Presidenta», autor de um dos podcasts mais ouvidos em Portugal, «Vamos Todos Morrer», também escreve para teatro e, atualmente, apresenta o programa «Duas Pessoas a Fazer Televisão», na RTP, com Martim Sousa Tavares. 

    EP 230 | ECONOMIA - Impostos: a quanto obrigam?

    Play Episode Listen Later Aug 28, 2025 49:25


    Os impostos são um mal necessário ou um bem comum? Diogo Mendes e Filipa Galrão exploram o mundo dos impostos em Portugal: para que servem, como nos afetam e por que mexem tanto com as nossas carteiras.Ninguém gosta de pagar impostos, mas todos querem ter acesso à saúde, à educação e ao progresso. Num país de ‘taxas e taxinhas' – ao todo, são mais de 4.300! – resta saber como lidam os portugueses com as obrigações fiscais e contributivas.O professor de Finanças analisa para onde vai o dinheiro que entregamos ao fisco, quanto pagamos em média ao longo da vida, e qual é a satisfação dos contribuintes com os serviços públicos que recebem em troca.A dupla fala também sobre ‘moral tributária' – a motivação (ou falta dela) para cumprir com o dever fiscal – e de como a ‘dívida pública de hoje são os impostos de amanhã'.Portugal tem o 4º pior desempenho fiscal da OCDE, e isso levanta questões: quais são os impostos que mais pesam no Orçamento de Estado? O que significa ‘regressividade fiscal'? E que distorções a carga fiscal pode criar na economia? Entre conceitos e estudos recentes, há ainda espaço para dicas práticas sobre como pagar menos impostos... dentro da legalidade, claro.Não perca este [IN]Pertinente e descubra as vantagens de se manter informado, sem pagar imposto.LINKS ÚTEIS«Tax Morale: What Drives People and Businesses to Pay Tax» (OCDE)«OECD Survey on Drivers of Trust in Public Institutions – 2024 Results. Building Trust in a Complex Policy Environment» (OCDE)«Despesas dedutíveis no IRS» (Todos Contam, Plano Nacional de Formação Financeira)«Benefícios de IRS para jovens» (Todos Contam, Plano Nacional de Formação Financeira)«A taxa média do IVA em Portugal é semelhante à da área do euro, mas o imposto pesa mais no rendimento das famílias mais pobres» (Banco de Portugal)«Porque é que aceitamos pagar impostos?» (revista Visão)«Fundos Europeus. Quanto damos e quanto recebemos da UE?» (rádio Renascença)«Portugal tem o quarto pior sistema fiscal da OCDE» (ECO)«A curva de Laffer» (jornal Expresso)BIOSDiogo MendesProfessor de Finanças na Stockholm School of Economics. Doutorou-se em finanças pela Nova School of Business and Economics. Tem investigação nas áreas de literacia financeira, finanças da empresa e economia do desenvolvimento. Filipa Galrão Estudou Comunicação Social e Cultural na Universidade Católica. Depois da Mega Hits e da Renascença, é agora uma das novas vozes da Rádio Comercial. Já deu à luz 1 livro infantil - Que Estranho! - e 2 filhos.

    EP 229 | CIÊNCIA: o futuro dos tratamentos oncológicos

    Play Episode Listen Later Aug 21, 2025 44:55


    A inteligência artificial pode melhorar os tratamentos oncológicos? A especialista Leonor Matos e Rui Maria Pêgo olham para o futuro e tentam antecipar as respostas da Ciência.O cancro afeta mais de 20 milhões de pessoas por ano e é uma das principais causas de morte, em todo o mundo. E os números não páram de crescer. Com os olhos postos no futuro, médicos e investigadores procuram, cada vez mais, soluções inovadoras na abordagem da doença.Leonor Matos percorre a evolução dos tratamentos, desde a descoberta da radioterapia de Marie Curie e do conceito de ‘bala mágica' de Paul Ehrlich, o pai da quimioterapia, até à revolução da oncologia de precisão, nos anos 90. A conversa explora avanços recentes, como a imunoterapia – distinguida com o Prémio Nobel em 2018 –, o alcance da biópsia líquida ou o impacto crescente da Inteligência Artificial no diagnóstico e personalização dos tratamentos. Neste que é o último de quatro episódios dedicados ao cancro, a dupla destaca ainda a importância dos ensaios clínicos e do apoio à investigação científica, apontando as respostas e desafios que existem em Portugal no acesso à inovação.Assista a este episódio do [IN]Pertinente e descubra que o futuro já começou.REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEISMukherjee, Siddhartha, «O Imperador de Todos os Males - Uma biografia do cancro» (Bertrand Editora, 2012) «Inovação e Investigação em Portugal», União Europeia White Paper «Inteligência Artificial na Saúde em Portugal, Regulamentação, Impactos e Perspetivas de Futuro» (Fevereiro, 2025) Projeto «Cinderella» «Zavatar Project»  «A.I. Inteligência Artificial» (Steven Spielberg, 2001)«Living Proof, Experiência de Uma Vida» (Dan Ireland, 2008)BIOSLEONOR MATOSMédica oncologista e investigadora, trabalha na Fundação Champalimaud, onde se dedica ao tratamento do Cancro de Mama, integrando também o grupo de investigação em qualidade de vida e exercício físico. É assistente convidada e orientadora de alunos do mestrado em Exercício e Saúde da Faculdade de Motricidade Humana. Lidera ensaios clínicos na área do cancro de mama.RUI MARIA PÊGOTem 36 anos, 17 deles passados entre a rádio, o teatro e a televisão. Licenciado em História pela Universidade Nova de Lisboa, e mestre em Fine Arts in Professional Acting pela Bristol Old Vic Theatre School. Já apresentou programas nos três canais generalistas de televisão, é autor da série satírica «Filho da Mãe» (Canal Q, 2015),  e está hoje na Rádio Comercial, com o podcast «Debaixo da Língua».

    EP 228 | POLÍTICA - Política e IA: quem governa o futuro?

    Play Episode Listen Later Aug 14, 2025 46:21


    Qual será o futuro da política num mundo dominado pela IA? Neste episódio, João Pereira Coutinho e Manuel Cardoso analisam as implicações de utilizar a inteligência artificial nas decisões políticas, do dia a dia aos contextos de guerra.Numa época em que a inteligência artificial já é utilizada como apoio às decisões políticas, que riscos traz esta delegação de poder? Será que esta tecnologia, utilitarista e centrada em resultados, é compatível com os valores do Estado de Direito? E se a ‘neutralidade algorítmica' não existe, poderá a IA estar a aprofundar desigualdades e formas de exclusão? Com a automação a transformar o mercado de trabalho, o desemprego levanta desafios à estabilidade política e social, e à própria democracia, cujo apoio é influenciado pelas condições socioeconómicas. Sobre o futuro, Henry Kissinger apontava dois caminhos possíveis: tornarmo-nos mais como as máquinas ou tornar as máquinas mais humanas. Estaremos preparados para fazer essa escolha? Descubra a resposta a estas e outras questões neste episódio do [IN]Pertinente.REFERÊNCIAS ÚTEISKISSINGER, Henry, Daniel Huttenlocher e Eric Schmidt, «A Era da Inteligência Artificial» (Don Quixote) KISSINGER, Henry, Craig Mundie e Eric Schmidt, «Génesis - Inteligência Artificial, Esperança e Espírito Humano» (Dom Quixote) OLIVEIRA, Arlindo, «A Inteligência Artificial Generativa» (FFMS) RISSE, Mathias, «Political Theory of the Digital Age - Where Artificial Intelligence Might Take Us» (Cambridge U.P.) VÁLERY, Paul, «O Governo da Máquina» (Orfeu Negro) «Her - Uma História de Amor» (filme de Spike Jonze)BIOSMANUEL CARDOSOÉ humorista e um dos autores do programa de sátira política «Isto É Gozar Com Quem Trabalha», da SIC. Faz parte do podcast «Falsos Lentos», um formato semanal de humor sobre futebol. É o autor da rubrica radiofónica diária «Bem-vindo a mais um episódio de», nas manhãs da Rádio Comercial. Contribui semanalmente para o Expresso, desde 2023, com uma crónica semanal.JOÃO PEREIRA COUTINHOProfessor do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica, onde se doutorou em Ciência Política e Relações Internacionais. É autor dos livros «Conservadorismo» e «Edmund Burke – A Virtude da Consistência». Ao longo de 25 anos tem assinado artigos na imprensa nacional e é colunista do diário brasileiro «Folha de S. Paulo», o maior jornal da América Latina.

    EP 227 | SOCIEDADE - Família: a primeira escola

    Play Episode Listen Later Aug 7, 2025 47:27


    Qual é o papel da família na educação? O que pesa mais: a genética ou o ambiente em que se cresce? Neste episódio, Mónica Vieira e Hugo van der Ding destacam a importância dos primeiros anos de vida no desenvolvimento de uma criança.Longe vai o tempo em que se pensava que os bebés eram indiferentes ao que os rodeava. Hoje, dados científicos comprovam que os primeiros anos de vida, incluindo a gestação, são um período crucial para o desenvolvimento cognitivo.A especialista analisa o impacto do contexto familiar na formação e percurso de crianças e jovens, desde tenra idade. Dos estímulos na primeira infância ao acompanhamento da vida escolar, a conversa percorre temas como a neuroplasticidade, os mecanismos de aprendizagem e a importância da leitura.E porque a educação também se faz de exemplos, ouça conselhos práticos sobre como promover hábitos de leitura ou incentivar a criatividade nos mais pequenos.Sabia que o gosto pelos livros se pode cultivar desde bebé?  Conhece o conceito de ‘os primeiros mil dias' da criança? E quem acha que influencia mais o desempenho dos filhos: o pai ou a mãe?A resposta a estas e outras questões neste episódio.LINKS E REFERÊNCIAS ÚTEISRATO, Joana «Mente, Cérebro e Educação»  (Ensaios da FFMS, 2023) VALLEJO, Irene «O infinito num junco - a invenção do livro na Antiguidade e o nascer da sede de leitura» (Bertrand Editora, 2020)DESMURGET, Michel «Ponham-nos a ler! A leitura como antídoto para os cretinos digitais» (Contraponto Editores, 2024)  KADOSH, Maria Ana «Alimentação e Nutrição, Os Primeiros 1000 Dias de Vida» (FFMS, 2023)«Fluência de leitura: o que é e como se atinge?» Vídeo, Iniciativa Educação (2025) Série ‘Babies' (Netflix, 2021)BIOSMÓNICA VIEIRADoutorada em Ciências da Educação, com especialidade em Análise e Organização do Ensino, na Universidade de Coimbra. É coordenadora-geral da Iniciativa Educação, um projeto destinado a promover o sucesso dos jovens, apoiando projetos exemplares, com potencial efeito multiplicador no sistema educativo. HUGO VAN DER DINGLocutor, criativo e desenhador acidental. Uma espécie de cartunista de sucesso instantâneo a quem bastou uma caneta Bic, uma boa ideia e uma folha em branco. Criador de personagens digitais de sucesso como a «Criada Malcriada» e «Cavaca a Presidenta», autor de um dos podcasts mais ouvidos em Portugal, «Vamos Todos Morrer», também escreve para teatro e, atualmente, apresenta o programa «Duas Pessoas a Fazer Televisão», na RTP, com Martim Sousa Tavares. 

    EP 226 | ECONOMIA - Finanças e jogo: uma aposta arriscada?

    Play Episode Listen Later Jul 31, 2025 49:19


    Acredita que jogar é uma forma de ganhar dinheiro? Diogo Mendes e Filipa Galrão analisam o impacto do jogo na vida financeira – e na saúde – dos portugueses. Será que o jogo pode ser um investimento? Quais são as verdadeiras probabilidades de ganhar ou perder dinheiro em apostas?Entre ilusões de lucro rápido e riscos muito reais, a dupla examina a relação entre o jogo e as nossas finanças, do Euromilhões à raspadinha, dos casinos às criptomoedas.Sabia que cada português gasta, em média, por mês, 184€ em jogo? E que se estima que mais de 30 mil pessoas estejam ‘viciadas' na raspadinha? O jogo não é só uma questão financeira mas também de saúde pública.Entenda o conceito de ‘margem da casa' e porque é que é uma armadilha insisitir no jogo com o intuito de obter retorno financeiro. A conversa explora ainda o universo especulativo das criptomoedas: será um jogo moderno ou uma nova forma de investir? Entre ‘regras de ouro' para jogar no Euromilhões e conselhos para ser um jogador saudável, prepare-se para ficar perplexo com o ‘Paradoxo do Aniversário', que ilustra bem como o nosso cérebro tem dificuldade em calcular probabilidades.Apostamos que não vai querer perder este episódio.LINKS ÚTEIS«Spain's huge Christmas lottery spreads riches worth almost €3bn», The Guardian«Why gamblers get high even when they lose», BBC«Why Does the House Always Win? A Look at Casino Profitability», Investopedia«How Often Do Gamblers Really Win?», The Wall Street Journal«Jogo online: registos de jogadores auto-excluídos cresceram 36%», Público«Mais de 40% dos investidores nacionais tem criptoativos», ECO«Quem paga as raspadinhas?», Universidade do Minho«Gen Z and Investing: Social Media, Crypto, FOMO, and Family», CFA InstituteFontes usadas para chegar ao valor de 184EUR/mês:«Jogos da Santa Casa batem recorde de prémios e vendas superam 3.000 milhões de euros», RTP Madeira«Apostas no jogo online sobem 31% num ano para mais de 20 mil milhões de euros» Executive DigestServiço de Regulação de Inspeção de JogosBIOSDiogo MendesProfessor de Finanças na Stockholm School of Economics. Doutorou-se em finanças pela Nova School of Business and Economics. Tem investigação nas áreas de literacia financeira, finanças da empresa e economia do desenvolvimento. Filipa Galrão Estudou Comunicação Social e Cultural na Universidade Católica. Depois da Mega Hits e da Renascença, é agora uma das novas vozes da Rádio Comercial. Já deu à luz 1 livro infantil - Que Estranho! - e 2 filhos.

    EP 225 | CIÊNCIA - Falar de cancro da mama sem tabus

    Play Episode Listen Later Jul 24, 2025 50:11


    Sabia que o número de casos de cancro da mama está a aumentar? E que atinge mulheres cada vez mais jovens? Neste episódio, a oncologista Leonor Matos e Rui Maria Pêgo falam sobre mitos e verdades que envolvem a doença. É o cancro com maior exposição mediática, muito graças ao testemunho de várias figuras públicas que, ao partilhar a sua história, ajudam a reduzir o estigma da doença. Os números são alarmantes: em Portugal, uma em cada 12 mulheres será diagnosticada com Cancro da Mama. Em 2022, a patologia já afetava cerca de 9 mil pessoas.  Leonor Matos aponta estratégias, implementadas a nível mundial, para alterar esta tendência. Da deteção precoce ao acesso a tratamentos de qualidade, a oncologista analisa as várias fases que antecedem, acompanham e se seguem ao diagnóstico. Sem esquecer os medos e ideias pré-concebidas que rodeiam o tema.  Porque é que tantas mulheres se sentem culpadas quando ficam doentes? Pode a gravidez proteger da doença? O que é o ‘oncobrain'? Estas e outras questões são exploradas nesta conversa, que também explica os tratamentos disponíveis e os seus efeitos, ou o impacto de viver com uma doença incurável, em casos limite. Um episódio do [IN]Pertinente a não perder.REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEISPerfis sobre o cancro (OCDE) International Agency for Research of Cancer (Organização Mundial da Saúde) Breast cancer is projected to rise (Nações Unidas)Global Breast Cancer Initiative (Organização Mundial da Saúde)Breast Cancer Statistics, Portugal (Organização Mundial da Saúde)Fatores de risco do cancro da mama (Liga Portuguesa Contra o Cancro) The impact on productivity costs of reducing unemployment in patients with advanced breast cancer: A model estimation based on a Portuguese nationwide observational study, Vasconcelos de Matos, Leonor et al. The Breast, Volume 79, 103867Cancro de mama no homem: Cardoso F, et al. Characterization of male breast cancer: results of the EORTC 10085/TBCRC/BIG/NABCG International Male Breast Cancer Program. Ann Oncol. 2018 Feb 1;29(2):405-417.  Cancro de mama na gravidez: Loibl etl al. ESMO Expert Consensus Statements on the Management of breast cancer during pregnancy (PrBC). Published 10 August 2023 - Ann Oncol  ‘Dying for Sex', de Liz Meriwether e Kim Rosenstock (Disney+) BIOSLEONOR MATOSMédica oncologista e investigadora, trabalha na Fundação Champalimaud, onde se dedica ao tratamento do Cancro de Mama, integrando também o grupo de investigação em qualidade de vida e exercício físico. É assistente convidada e orientadora de alunos do mestrado em Exercício e Saúde da Faculdade de Motricidade Humana. Lidera ensaios clínicos na área do cancro de mama.RUI MARIA PÊGOTem 36 anos, 17 deles passados entre a rádio, o teatro e a televisão. Licenciado em História pela Universidade Nova de Lisboa, e mestre em Fine Arts in Professional Acting pela Bristol Old Vic Theatre School. Já apresentou programas nos três canais generalistas de televisão, é autor da série satírica «Filho da Mãe» (Canal Q, 2015),  e está hoje na Rádio Comercial, com o podcast «Debaixo da Língua».

    EP 224 | POLÍTICA - Política e história: Quem escreve a narrativa?

    Play Episode Listen Later Jul 17, 2025 43:29


    A Política recorre mais à História ou a historietas? Neste episódio, João Pereira Coutinho e Manuel Cardoso refletem sobre a importância da História e sobre o que acontece quando eventos históricos são distorcidos para servir propósitos políticos.O estudo da História é fundamental para compreender o passado e contextualizar o presente, mas são poucos os políticos que o valorizam.De  Churchill a Che Guevara, da derrota alemã na 2ª Guerra ao autoritarismo chinês, a dupla explora o papel da história na formação da identidade e na justificação das decisões do presente. Afinal, como defendeu Maurice Halbwachs, a memória coletiva parece ter mais a ver com o presente do que com o passado.Terá a História leis internas que um estadista pode descortinar e usar a seu favor? E será o ressentimento o principal motor dos acontecimentos? Tem ideia do que é o revisionismo histórico? E o que pensa sobre dilemas contemporâneos como a devolução de artefactos aos territórios de origem?Junte-se a esta conversa, que ficará para a história, pelo menos do [IN]Pertinente.REFERÊNCIAS ÚTEISFERRO, Marc, «A Cegueira - Uma Outra História do Nosso Tempo» (Cavalo de Ferro)FERRO, Marc, «O Ressentimento na História» (Teorema)FIGES, Orlando, «A História da Rússia» (Dom Quixote)JENKINS, Tiffany, «Keeping Their Marbles» (Oxford University Press)MACMILLAN, Margaret, «The Uses and Abuses of History» (Profile)POPPER, Karl, «A Pobreza do Historicismo» (Esfera do Caos)Filme: «O Homem que Matou Liberty Valance» (de John Ford, 1962)BIOSMANUEL CARDOSOÉ humorista e um dos autores do programa de sátira política «Isto É Gozar Com Quem Trabalha», da SIC. Faz parte do podcast «Falsos Lentos», um formato semanal de humor sobre futebol. É o autor da rubrica radiofónica diária «Bem-vindo a mais um episódio de», nas manhãs da Rádio Comercial. Contribui semanalmente para o Expresso, desde 2023, com uma crónica semanal.JOÃO PEREIRA COUTINHOProfessor do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica, onde se doutorou em Ciência Política e Relações Internacionais. É autor dos livros «Conservadorismo» e «Edmund Burke – A Virtude da Consistência». Ao longo de 25 anos tem assinado artigos na imprensa nacional e é colunista do diário brasileiro «Folha de S. Paulo», o maior jornal da América Latina.

    EP 223 | SOCIEDADE: o valor da escola

    Play Episode Listen Later Jul 10, 2025 45:05


    Que papel tem a escola no desenvolvimento de crianças e jovens? Como tem evoluído o ensino em Portugal? Neste episódio, Mónica Vieira e Hugo Van der Ding mergulham no universo escolar para dar nota das respostas educativas que existem atualmente.Quantos de nós conservam amizades que nasceram nos bancos de escola? E quando uma disciplina influencia o que queremos fazer no futuro? Muito do que somos, como indivíduos, e como sociedade, forja-se ao longo do percurso escolar.Mónica Vieira analisa as diferentes fases do sistema de ensino, da creche ao secundário, e revela dados interessantes. Sabia que há estudos que mostram que um bom pré-escolar pode ter influência no sucesso profissional? E que há regiões do país com maior tendência para o abandono escolar? Ou, ainda, que cerca de 40% dos alunos do secundário optam pelo ensino profissional?Numa época em que há cada vez menos professores, e em que o índice de envelhecimento docente atinge números preocupantes, a escola também enfrenta desafios. Fique a par de toda a matéria neste [IN]Pertinente dedicado à educação.REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS«Da desigualdade social à desigualdade escolar nos municípios de Portugal», de Luís Catela Nunes et al. (Edulog, 2023)«Balanço Anual da Educação 2025», de Hugo Figueiredo e Carla Sá (Coord). (Edulog, 2025)«Educar tem ciência: cursos profissionais», podcast com Pedro Freitas e Nuno Crato (2019)«Quando as Escolas Fecharam», de Paulo Guinote (FFMS, 2021)«A turma» («Entre Les Murs») (2008)BIOSMÓNICA VIEIRADoutorada em Ciências da Educação, com especialidade em Análise e Organização do Ensino, na Universidade de Coimbra. É coordenadora-geral da Iniciativa Educação, um projeto destinado a promover o sucesso dos jovens, apoiando projetos exemplares, com potencial efeito multiplicador no sistema educativo. HUGO VAN DER DINGLocutor, criativo e desenhador acidental. Uma espécie de cartunista de sucesso instantâneo a quem bastou uma caneta Bic, uma boa ideia e uma folha em branco. Criador de personagens digitais de sucesso como a «Criada Malcriada» e «Cavaca a Presidenta», autor de um dos podcasts mais ouvidos em Portugal, «Vamos Todos Morrer», também escreve para teatro e, atualmente, apresenta o programa «Duas Pessoas a Fazer Televisão», na RTP, com Martim Sousa Tavares. 

    EP 222 | ECONOMIA: a reforma está em vias de extinção?

    Play Episode Listen Later Jul 3, 2025 40:49


    Será que a reforma, como a conhecemos, tem os dias contados? Neste episódio, Diogo Mendes e Filipa Galrão falam sobre o impacto da longevidade e do envelhecimento da sociedade na economia portuguesa, e mundial. Uma conversa obrigatória, para enfrentar o futuro com tranquilidade.A reforma representa, para a maioria dos cidadãos, uma merecida fase de descanso depois de uma vida de trabalho. Mas... será que estamos preparados para viver uma reforma sem preocupações financeiras? 81% dos portugueses espera financiar a reforma com os descontos que faz para a segurança social durante a vida ativa. No entanto, numa época em que a longevidade é cada vez maior e em que o envelhecimento da população não pára de aumentar, a sustentabilidade do sistema público de pensões está seriamente em risco.Mais do que nunca, é preciso agir cedo para garantir, mais tarde, uma vida confortável. Neste episódio, o especialista Diogo Mendes aponta caminhos alternativos para complementar as reformas convencionais. Já ouviu falar em ‘fundos de pensões corporativos'? Conhece o conceito de ‘juro composto'? Sabe quais são as vantagens, e desvantagens, de fazer um Plano Poupança Reforma?Não perca o próximo episódio de [IN]Pertinente e descubra porque é que a reforma é um tema para se debater na juventude.REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS«Índice de envelhecimento e outros indicadores de envelhecimento» (Pordata)«A Long-Lived Bet» (Science)«Gross pension replacement rates» (OCDE)«Pensões arriscam cair para 38,5% do último salário em 2050, segundo Bruxelas» (ECO)«Pensões: sistemas de repartição vs sistema de capitalização» (Instituto BBVA)«3 soluções para uma boa reforma» (Deco PROteste)«O que é a nua-propriedade?» (Idealista)«Hipoteca reversa em Portugal: o que é e como funciona» (SuperIdeal)«Regra dos 4%: Ainda faz sentido nos dias de hoje?» (Doutor Finanças)BIOSDiogo MendesProfessor de Finanças na Stockholm School of Economics. Doutorou-se em finanças pela Nova School of Business and Economics, tendo passado pela London School of Economics e Imperial College London. Tem investigação nas áreas de literacia financeira, finanças da empresa e economia do desenvolvimento. Faz parte da equipa de coordenação do programa “Finanças para Todos” com o intuito de promover melhores práticas financeiras em Portugal.Filipa Galrão A Filipa vive no campo, mas é à cidade que vai quando precisa de euforia, seja em festivais de música ou no Estádio da Luz. Estudou Comunicação Social e Cultural na Universidade Católica. Em pequena, gravava o diário em K7, em graúda agarrou-se aos microfones da Rádio. Depois da Mega Hits e da Renascença, é agora uma das novas vozes da Rádio Comercial. Já deu à luz 1 livro infantil - Que Estranho! - e 2 filhos.

    EP 221 | CIÊNCIA - Cancro: a vida para além do diagnóstico

    Play Episode Listen Later Jun 26, 2025 49:30


    Até que ponto sabemos lidar com o cancro? Que papel têm a alimentação, o exercício ou os rastreios na prevenção da doença? Neste episódio, a oncologista Leonor Matos e Rui Maria Pêgo falam abertamente sobre o que podemos fazer para reduzir o risco de cancro, e o que está fora do nosso controlo.Nas últimas décadas tem havido avanços importantes na investigação, diagnóstico e tratamento de cancro. No entanto, quem é atingido pela doença, continua a ter mais dúvidas do que certezas. Sem medo de perguntas incómodas, a oncologista Leonor Matos coloca a ciência no centro da conversa para responder às questões que todos queremos saber: há realmente alimentos que previnem – ou provocam - o cancro? A vacinação pode fazer a diferença? Que influência têm os rastreios e quando devem ser feitos? E o estilo de vida, pesa mais do que a genética?Neste episódio, descobrimos ainda os fatores ‘invisíveis' que podem estar a causar doenças oncológicas, os impressionantes benefícios do exercício físico e a importância da relação entre médico e doente - porque enfrentar o cancro não é só uma questão clínica mas também envolve empatia, informação e escolhas difíceis.Oiça o novo episódio do [IN]Pertinente e fique a par de tudo o que a Ciência já sabe... e o que ainda está por explicar.REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEISBynum, William, «A Little History of Science», (editora: Yale University press Trade)Garutti M, Foffano L, Mazzeo R, Michelotti A, Da Ros L, Viel A, Miolo G, Zambelli A, Puglisi F. «Hereditary Cancer Syndromes: A Comprehensive Review with a Visual Tool. Genes (Basel)». 2023 Apr 30;14(5):1025Cancer Control: «Knowledge into Action: WHO Guide for Effective» Programmes: Module 2: Prevention.Normas Direção Geral de Saúde relativas a rastreio. Exemplo: Programa de rastreio de base populacional do Cancro do Colo do Útero - NORMA N.º09/2024 de 17/10/2024«Public health policy and legislation instruments and tools: an updated review and proposal for further research», Organização Mundial da Saúde«The Genetics of Cancer», National Cancer InstituteCancro e fatores de risco (fact sheet), Organização Mundial da SaúdeCancro e fatores de risco, International Agency for Research on Cancer (OMS)«Be physically active», World Cancer Research Fund InternationalBIOSLEONOR MATOSMédica oncologista e investigadora, trabalha na Fundação Champalimaud, onde se dedica ao tratamento do Cancro de Mama, integrando também o grupo de investigação em qualidade de vida e exercício físico. É assistente convidada e orientadora de alunos do mestrado em Exercício e Saúde da Faculdade de Motricidade Humana. Lidera ensaios clínicos na área do cancro de mama.RUI MARIA PÊGOTem 36 anos, 17 deles passados entre a rádio, o teatro e a televisão. Licenciado em História pela Universidade Nova de Lisboa, e mestre em Fine Arts in Professional Acting pela Bristol Old Vic Theatre School. Já apresentou programas nos três canais generalistas de televisão, é autor da série satírica «Filho da Mãe» (Canal Q, 2015),  e está hoje na Rádio Comercial, com o podcast «Debaixo da Língua».

    EP 220 | POLÍTICA: de quantas esquerdas se faz a esquerda?

    Play Episode Listen Later Jun 19, 2025 40:33


    Será que toda a esquerda vira para o mesmo lado? Neste episódio, o politólogo João Pereira Coutinho e o humorista Manuel Cardoso exploram os vários sentidos e encruzilhadas que desenham o mapa da esquerda.Da esquerda revolucionária à social-democracia, dos ideais de «Igualdade, Liberdade e Fraternidade» à «melancolia da esquerda», a conversa percorre as tensões internas e as novas clivagens das esquerdas, causadas pela ascensão da esquerda identitária e da esquerda populista.Além dos desafios da globalização e das mudanças de léxico usado pela esquerda no atual debate político, este episódio ainda tem espaço para curiosidades. Sabe porque é que o nacionalismo nasceu à esquerda, antes de se instalar à direita? Conhece um estudo recente que compara o que vestem e o que bebem a esquerda e a direita americanas? As respostas vão surpreendê-lo.Não perca o debate, que identifica as bússolas das várias esquerdas, desde a Revolução Francesa até aos dias de hoje, para que consiga orientar-se melhor neste campo político.REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEISCASSIDY, John, «Capitalism and its Critics: A Battle of Ideas in the Modern World» (Allen Lane)LASCH, Christopher, «A Rebelião das Elites e a Traição da Democracia» (Relógio d'Água)MOUFFE, Chantal, «Por um Populismo de Esquerda» (Gradiva)NEIMAN, Susan, «A Esquerda Não é Woke» (Presença)SAND, Shlomo, «Breve História Mundial da Esquerda» (Zigurate)BIOSMANUEL CARDOSOÉ humorista e um dos autores do programa de sátira política «Isto É Gozar Com Quem Trabalha», da SIC. Faz parte do podcast «Falsos Lentos», um formato semanal de humor sobre futebol. É o autor da rubrica radiofónica diária «Bem-vindo a mais um episódio de», nas manhãs da Rádio Comercial. Contribui semanalmente para o Expresso, desde 2023, com uma crónica semanal.JOÃO PEREIRA COUTINHOProfessor do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica, onde se doutorou em Ciência Política e Relações Internacionais. É autor dos livros «Conservadorismo» e «Edmund Burke – A Virtude da Consistência». Ao longo de 25 anos tem assinado artigos na imprensa nacional e é colunista do diário brasileiro «Folha de S. Paulo», o maior jornal da América Latina.  

    EP 219 | SOCIEDADE - Educação: aprender (ainda) é desigual?

    Play Episode Listen Later Jun 12, 2025 41:08


    Porque é que 30% dos jovens de 15 anos têm problemas com a matemática e não conseguem interpretar uma simples tabela de dados? O que é que explica que 23% tenham dificuldades com a leitura? Hoje, estar na escola é uma realidade para a esmagadora maioria das crianças e jovens, no entanto, há uma desigualdade que persiste: crianças de contextos socioeconómicos mais vulneráveis continuam a ter piores resultados escolares.Neste episódio do podcast [IN]Pertinente, Hugo van der Ding e Mónica Vieira, coordenadora-geral da Teresa e Alexandre Soares dos Santos - Iniciativa Educação, dão início a uma viagem pelo caminho que a educação tem percorrido nos últimos 50 anos. Um retrato que começa num país com 1/4 de população analfabeta e que se estende aos estudos mais recentes, que ainda nos dão conta de muitos desafios apesar do acesso universal à educação.REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS«Economia da Educação, Um Olhar sobre o Sistema de Ensino Português», de Pedro Freitas (Ensaios da Fundação, n.º 133)«Aprender», de Nuno Crato (Ensaios da Fundação, n.º 144)«E depois da revolução, como evoluiu a educação?» (Documentário FFMS)«PISA 2022: Um retrocesso anunciado», de João Marôco (Iniciativa Educação)FERRANTE, ELENA, «A Amiga Genial», Relógio D'ÁguaBORDIEU, PIERRE e PASSERON, JEAN-CLAUDE, «La Reproduction - Elements Pour Une Theorie Du Systeme D'Enseignement» (Les Editions de Minuit, 1970)BIOSMÓNICA VIEIRADoutorada em Ciências da Educação, com especialidade em Análise e Organização do Ensino, na Universidade de Coimbra. É coordenadora-geral da Iniciativa Educação, um projeto destinado a promover o sucesso dos jovens, apoiando projetos exemplares, com potencial efeito multiplicador no sistema educativo. HUGO VAN DER DINGLocutor, criativo e desenhador acidental. Uma espécie de cartunista de sucesso instantâneo a quem bastou uma caneta Bic, uma boa ideia e uma folha em branco. Criador de personagens digitais de sucesso como a «Criada Malcriada» e «Cavaca a Presidenta», autor de um dos podcasts mais ouvidos em Portugal, «Vamos Todos Morrer», também escreve para teatro e, atualmente, apresenta o programa «Duas Pessoas a Fazer Televisão», na RTP, com Martim Sousa Tavares. 

    EP 218 | ECONOMIA - Crédito: quanto custa antecipar o futuro?

    Play Episode Listen Later Jun 5, 2025 47:47


    Quase metade dos portugueses têm pelo menos um produto de crédito, mas será que sabem a diferença entre TAN e TAEG? Quantos leem as letras pequenas dos contratos ou sabem que fatores devem ter em conta para escolher o crédito mais indicado?Além de permitir antecipar rendimentos individuais, o crédito é também uma ferramenta essencial do Banco Central Europeu para controlar a inflação. Estima-se, no entanto, que 1 em cada 5 pessoas no mundo não tenha acesso a crédito.Neste episódio, Filipa Galrão e o especialista Diogo Mendes conversam sobre as vantagens e desvantagens do crédito e o peso que pode ter no orçamento familiar. Exploram também estratégias e dicas práticas para lidar com situações de sobre-endividamento e para tomar decisões financeiras mais informadas.LINKS E REFERÊNCIAS ÚTEISBursztyn, Ferman, Fiorin, Kanz, Rao, (2018), «Status Goods: Experimental Evidence from Platinum Credit Cards», The Quarterly Journal of Economics, Vol 133, Issue 3, 1561–1595Agarwal, Sumit and Presbitero, Andrea and Silva, André F. and Wix, Carlo, (2025), «Who Pays For Your Rewards? Redistribution in the Credit Card Market», SSRN«How grocery shopping data is unlocking financial inclusion», Fórum Económico MundialBanco de Portugal: Central de Responsabilidades de CréditoBanco de Portugal: Taxas de juro no crédito aos consumidoresBanco de Portugal: Crédito à habitação (séries estatísticas)«International Survey of Adult Financial Literacy», OCDE Relatório do 4º inquérito à literacia financeira da população portuguesa (2023)«7 regras de ouro para usar o cartão de crédito», ECO«Why you should repay your mortgage early», The Economist«Juntar Créditos: Baixe a Prestação Com Crédito Consolidado», ObservadorBIOSDiogo MendesProfessor de Finanças na Stockholm School of Economics. Doutorou-se em finanças pela Nova School of Business and Economics, tendo passado pela London School of Economics e Imperial College London. Tem investigação nas áreas de literacia financeira, finanças da empresa e economia do desenvolvimento. Faz parte da equipa de coordenação do programa “Finanças para Todos” com o intuito de promover melhores práticas financeiras em Portugal.Filipa Galrão A Filipa vive no campo, mas é à cidade que vai quando precisa de euforia, seja em festivais de música ou no Estádio da Luz. Estudou Comunicação Social e Cultural na Universidade Católica. Em pequena, gravava o diário em K7, em graúda agarrou-se aos microfones da Rádio. Depois da Mega Hits e da Renascença, é agora uma das novas vozes da Rádio Comercial. Já deu à luz 1 livro infantil - Que Estranho! - e 2 filhos.

    EP 2017 | CIÊNCIA: a anatomia do cancro

    Play Episode Listen Later Jun 1, 2025 45:08


    É a palavra que ninguém quer ouvir e que quando verbalizada num diagnóstico médico tem o poder de mudar uma vida. Uma em cada quatro pessoas pode vir a desenvolver algum tipo de cancro ao longo da vida e a incidência entre os mais jovens está a aumentar.Os números são impressionantes, mas também nos dizem que a mortalidade está a diminuir. Estima-se que haja no mundo, segundo os dados mais recentes, mais de 50 milhões de sobreviventes de cancro.No primeiro de quatro episódios sobre o tema, Rui Maria Pego e a oncologista Leonor Matos exploram a trajetória do cancro: da origem da palavra, passando pelo primeiro registo histórico, até aos dias de hoje.  Nesta conversa, deixamos a Ciência explicar o que é afinal o cancro e desmontar ideias feitas sobre causas e curas milagrosas, que proliferam nas redes sociais.REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEISMUKHERJEE, Siddhartha,«O Imperador de Todos os Males» (2012, Bertrand)SOBRINHO SIMÕES, Manuel, «O Cancro» (2014, Fundação Francisco Manuel dos Santos)«Global Cancer Observatory», OMS Liga Portuguesa Contra o CancroBIOSLEONOR MATOSMédica oncologista e investigadora, trabalha na Fundação Champalimaud, onde se dedica ao tratamento do Cancro de Mama, integrando também o grupo de investigação em qualidade de vida e exercício físico. É assistente convidada e orientadora de alunos do mestrado em Exercício e Saúde da Faculdade de Motricidade Humana. Lidera ensaios clínicos na área do cancro de mama.RUI MARIA PÊGOTem 35 anos, 16 deles passados entre a rádio, o teatro e a televisão.Licenciado em História pela Universidade Nova de Lisboa, e mestre em Fine Arts in Professional Acting pela Bristol Old Vic Theatre School.

    EP 216 | POLÍTICA: quantas direitas cabem na direita?

    Play Episode Listen Later May 22, 2025 43:13


    Neste episódio, o politólogo João Pereira Coutinho e o humorista Manuel Cardoso conduzem-nos pelo caminho atribulado da(s) Direita(s), da Revolução Francesa aos dias de hoje.Da liberal à radical, da democrática à tecnocrática, da nostálgica à futurista, a direita não é toda igual. Por isso, há valores e propostas de sociedade em conflito.Assim foi durante as ditaduras do século XX e assim é também hoje, desde logo no seio do Partido Republicano. Enquanto uns são adeptos da globalização, outros defendem medidas protecionistas – não só da economia, mas também da identidade.Certo é que nos últimos anos a direita passou a ser cool e popular entre os jovens. Neste processo, onde ficou a esquerda? Este episódio explora as várias faces da direita contemporânea, com uma participação especial e involuntária de Bad Bunny. Um mapa através dos séculos para compreendermos melhor a atualidade.No próximo episódio viramos à Esquerda.REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEISBOBBIO, NORBERTO, «Direita e Esquerda: Razões e Significados de uma Distinção Política» (Presença)DENEEN, Patrick J., «Porque Está a Falhar o Liberalismo?» (Gradiva)FAWCETT, Edmund, «Conservadorismo» (Edições 70)LAND, Nick, «The Dark Enlightenment» (Imperium)PINTO, António Costa, «O Estado Novo de Salazar: Uma terceira via autoritária na era do fascismo» (Edições 70)VERMEULE, Adrian, «Common Good Constitutionalism: Recovering the Classical Legal Tradition» (Polity)YORAM, Hazony, «Conservatism: A Rediscovery» (Regnery)«O Comboio Apitou Três Vezes», realizado por Fred Zinnemann (1952)BIOSMANUEL CARDOSOÉ humorista e um dos autores do programa de sátira política «Isto É Gozar Com Quem Trabalha», da SIC. Faz parte do podcast «Falsos Lentos», um formato semanal de humor sobre futebol. É o autor da rubrica radiofónica diária «Bem-vindo a mais um episódio de», nas manhãs da Rádio Comercial. Contribui semanalmente para o Expresso, desde 2023, com uma crónica semanal.JOÃO PEREIRA COUTINHOProfessor do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica, onde se doutorou em Ciência Política e Relações Internacionais. É autor dos livros «Conservadorismo» e «Edmund Burke – A Virtude da Consistência». Ao longo de 25 anos tem assinado artigos na imprensa nacional e é colunista do diário brasileiro «Folha de S. Paulo», o maior jornal da América Latina.  

    EP 215 | SOCIEDADE - Habitação: aproveitar o que temos, construir o que falta

    Play Episode Listen Later May 15, 2025 45:02


    Fala-se muito sobre a falta de casas e a sobrelotação, mas menos do cenário de subocupação que já perfaz 64% do parque habitacional em Portugal - casas com divisões a mais e moradores a menos.Neste último episódio dedicado à habitação, Hugo van der Ding e a demógrafa Alda Azevedo analisam este e outros desequilíbrios que estão a afetar o mercado imobiliário, propondo estratégias concretas para enfrentar o que muitos consideram ser um problema sem solução.Um estudo sobre Lisboa ilustra bem o descompasso estrutural: o fluxo de entrada de jovens adultos supera em quase o dobro o ritmo natural de renovação do parque de habitação existente.Numa altura em que a ineficiência energética dos edifícios continua a ser uma realidade, exploram-se soluções como a requalificação de grandes apartamentos em unidades menores e a partilha intergeracional.A conversa estende-se ainda ao papel estratégico das universidades e empresas como catalisadores de desenvolvimento regional e à revitalização das cidades médias como alternativa à concentração urbana - já que metade da população vive em apenas 31 dos 308 municípios portugueses.Este é um episódio que nos convida refletir: não se trata apenas de construir mais, mas de distribuir e aproveitar melhor o que já temos.REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEISDEMOGRAPHIC RESEARCH, «Low fertility in Europe: Is the pension system the solution?» (2006, Demographic Research)MDPI, «Housing as a Determinant of Mental Health Equity: A Systematic Review» (2021, MDPI) SCIENCE DIRECT, «Breaking down the Housing First model: Examining program implementation challenges from a European perspective» (2024, Cities)BIOSALDA AZEVEDODoutorada em Demografia pela Universidade Autónoma de Barcelona. É investigadora auxiliar no Instituto de Ciências Sociais (ICS) da Universidade de Lisboa e professora auxiliar convidada no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas. É coordenadora do doutoramento em Population Sciences (ULisboa) pelo ICS e membro da Comissão Científica. A sua investigação centra-se no estudo da demografia da habitação, do envelhecimento demográfico e, mais recentemente, no estudo da emigração portuguesa nos EUA.HUGO VAN DER DINGLocutor, criativo e desenhador acidental. Uma espécie de cartunista de sucesso instantâneo a quem bastou uma caneta Bic, uma boa ideia e uma folha em branco. Criador de personagens digitais de sucesso como a Criada Malcriada e Cavaca a Presidenta, autor de um dos podcasts mais ouvidos em Portugal, Vamos Todos Morrer, também escreve para teatro e, atualmente, apresenta o programa Duas Pessoas a Fazer Televisão na RTP, com Martim Sousa Tavares. 

    EP 214 | ECONOMIA: as nossas decisões são racionais?

    Play Episode Listen Later May 8, 2025 45:20


    Por que razão achamos que um produto mais caro é sempre melhor? E que estratégia devemos seguir numa negociação salarial? Neste episódio, Filipa Galrão e o especialista Diogo Mendes exploram os mecanismos da economia comportamental, para lhe responder a esta e a outras questões.Descubra como o nosso cérebro, longe de ser uma máquina 100% racional, recorre a atalhos mentais que nos levam, muitas vezes, a tomar decisões financeiras pouco sensatas. As empresas conhecem bem essas vulnerabilidades - não é por acaso que a Amazon é hoje a segunda maior empregadora de economistas doutorados nos EUA.Ao longo da conversa, são desvendados alguns dos truques de marketing mais eficazes: o «efeito isco», por exemplo, que explica por que o pacote médio de pipocas no cinema existe apenas para nos fazer comprar o grande; ou a razão pela qual o antigo «leite gordo» passou a chamar-se «leite inteiro», mesmo sem qualquer alteração no produto.Uma conversa essencial para perceber como funciona o comportamento humano e para agir de forma informada na hora de consumir e investir.REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEISARIELY, Dan, «Predictably Irrational: The Hidden Forces That Shape Our Decisions» (2008, HarperCollins)KAHNEMAN, Daniel, «Thinking, Fast and Slow» (2011, Farrar, Straus and Giroux)HARVARD BUSINESS REVIEW, «How to Answer 'What Are Your Salary Expectations?'» (2023, Harvard Business Review)OBSERVADOR, «As armadilhas mentais que os investidores enfrentam» (2022, Observador)THE STRATEGY STORY, «Economist Magazine: A Story of Clever Decoy Pricing» (2020, The Strategy Story)VOX, «Airport Prices Make No Sense, Except When You Consider the Monopoly Factor» (2023, Vox)BIOSDiogo MendesProfessor de Finanças na Stockholm School of Economics. Doutorou-se em finanças pela Nova School of Business and Economics, tendo passado pela London School of Economics e Imperial College London. Tem investigação nas áreas de literacia financeira, finanças da empresa e economia do desenvolvimento. Faz parte da equipa de coordenação do programa “Finanças para Todos” com o intuito de promover melhores práticas financeiras em Portugal.Filipa Galrão A Filipa vive no campo, mas é à cidade que vai quando precisa de euforia, seja em festivais de música ou no Estádio da Luz. Estudou Comunicação Social e Cultural na Universidade Católica. Em pequena, gravava o diário em K7, em graúda agarrou-se aos microfones da Rádio. Depois da Mega Hits e da Renascença, é agora uma das novas vozes da Rádio Comercial. Já deu à luz 1 livro infantil - Que Estranho! - e 2 filhos.

    EP 213 | CIÊNCIA: O lado (in)visível do nosso estilo de vida

    Play Episode Listen Later May 2, 2025 50:32


    Quantas vezes já ouviu que devia dormir mais, comer melhor ou fazer exercício? E se lhe disséssemos que um bom estilo de vida não é igual para todos? Neste episódio, o psiquiatra Gustavo Jesus e Rui Maria Pêgo desafiam as ideias feitas sobre saúde física e mental.Entre mitos e verdades científicas, percebemos por que motivo o sono é um autêntico «seguro de vida» para o cérebro - numa altura em que um em cada dez portugueses sofre de perturbações significativas neste domínio. Surpreendentemente, também ficamos a conhecer o poder do nosso «segundo cérebro» e como o microbioma e uma dieta não inflamatória podem influenciar diretamente a nossa saúde mental.Além disso, percebemos que os influencers e especialistas em produtividade que se gabam de dormir apenas 4 horas e fazer várias «power naps» durante o dia estão, afinal, a prejudicar a própria saúde. E, contrariando a ideia do «trabalho como o mau da fita», descobrimos que cerca de 30% das pessoas o consideram essencial para o seu bem-estar.O mais fascinante? A forma como os nossos genes e personalidade se combinam com as circunstâncias socioeconómicas para definir o estilo de vida que realmente funciona para cada um de nós. A verdade é que as rotinas que beneficiam uma pessoa podem ser devastadoras para outra.Numa era em que as redes sociais e os «gurus» do bem-estar nos dizem constantemente como devemos viver através dos seus métodos universais, este episódio oferece uma perspectiva libertadora: não há uma fórmula única para uma vida saudável. E sim, é possível construir relações significativas com quem tem um estilo de vida completamente diferente do nosso.REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEISTrabalho:GLASSDOOR, Q3 2015 Employment Confidence Survey (2015, Glassdoor)ORGANISATION FOR ECONOMIC CO-OPERATION AND DEVELOPMENT, Health and Work (2024, OECD)ORGANISATION FOR ECONOMIC CO-OPERATION AND DEVELOPMENT, OECD Better Life Index: Portugal (2024, OECD)SALVAGIONI, Denise A. J. et al., Physical, psychological and occupational consequences of job burnout: A systematic review of prospective studies (2017, PLoS One)THE JOBLIST, The Elusive Work-Life Balance (2023, JobList Trends)Exercício físico:CHEKROUD, Sammi R. et al., Association between physical exercise and mental health in 1·2 million individuals in the USA between 2011 and 2015: a cross-sectional study (2018, The Lancet Psychiatry)KHAN, Asaduzzaman et al., Dose-dependent and joint associations between screen time, physical activity, and mental wellbeing in adolescents: an international observational study (2021, The Lancet Child & Adolescent Health)PEARCE, Matthew et al., Association Between Physical Activity and Risk of Depression: A Systematic Review and Meta-analysis (2022, JAMA Psychiatry)Alimentação:JACKA, Felice, Brain Changer (2019, Yellow Kite)Sono:GOMES, Sofia, O Sono dos Portugueses (2023, Oficina do Livro)BIOSRUI MARIA PÊGOTem 35 anos, 16 deles passados entre a rádio, o teatro e a televisão.Licenciado em História pela Universidade Nova de Lisboa, e mestre em Fine Arts in Professional Acting pela Bristol Old Vic Theatre School.GUSTAVO JESUSMédico psiquiatra e trabalha há mais de 10 anos no PIN – Partners in Neuroscience. É atualmente diretor de Serviço no Hospital de Vila Franca de Xira, professor na Católica Medical School e membro da direção da SPPSM. Publicou artigos e trabalhos científicos, participou em livros técnicos e em muitas iniciativas de divulgação das neurociências clínicas, como forma de aumentar a informação e mitigar o estigma associado às doenças mentais.

    EP 212 | POLÍTICA: A cultura toma sempre partido?

    Play Episode Listen Later Apr 24, 2025 47:12


    Quando uma canção da Eurovisão se torna senha de uma revolução, percebemos que a fronteira entre cultura e política é mais porosa do que imaginamos. Neste episódio, Manuel Cardoso e o politólogo João Pereira Coutinho exploram esta relação complexa com uma dose generosa de humor e perspicácia.Será possível criar arte apolítica? Existirá uma cultura «de direita» e outra «de esquerda»? E qual o papel do Estado – mecenas, curador ou censor?Da alta cultura aos memes, do cinema de Hollywood aos blogs dos anos 2000, a conversa navega pela forma como a cultura molda – e é moldada por – ideias políticas.Descubra por que razão os vilões do cinema já não são chineses ou como as artes, que influenciaram a Revolução Francesa e os nacionalismos, são hoje condicionadas pelas redes sociais. Um episódio que promete fazer pensar.REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEISBERARDINELLI, Alfonso, «Direita e Esquerda na Literatura» (2021, Âyiné)CARVALHO, Mário de, «Era bom que trocássemos umas ideias sobre o assunto» (1995, Caminho)DOUTHAT, Ross, «The Decadent Society: How We Became a Victim of Our Own Success» (2020, Simon & Schuster)KANG, Han, «A Vegetariana» (2017, Dom Quixote)LAMPEDUSA, Giuseppe Tomasi di, «O Leopardo» (2007, Dom Quixote)MIŁOSZ, Czesław, «A Mente Aprisionada» (2018, Cavalo de Ferro)ORWELL, George, «1984» (2021, Antígona)PERL, Jed, «Authority and Freedom: A Defense of the Arts» (2022, Knopf)STEINER, George, «No Castelo do Barba Azul: Algumas Notas para a Redefinição da Cultura» (1992, Relógio D'Água)WILDE, Oscar, «A Intransigente Defesa da Arte» (2022, Guerra & Paz)BIOSMANUEL CARDOSOÉ humorista e um dos autores do programa de sátira política «Isto É Gozar Com Quem Trabalha», da SIC. Faz parte do podcast «Falsos Lentos», um formato semanal de humor sobre futebol. É o autor da rubrica radiofónica diária «Bem-vindo a mais um episódio de», nas manhãs da Rádio Comercial. Contribui semanalmente para o Expresso, desde 2023, com uma crónica semanal.JOÃO PEREIRA COUTINHOProfessor do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica, onde se doutorou em Ciência Política e Relações Internacionais. É autor dos livros «Conservadorismo» e «Edmund Burke – A Virtude da Consistência». Ao longo de 25 anos tem assinado artigos na imprensa nacional e é colunista do diário brasileiro «Folha de S. Paulo», o maior jornal da América Latina.  

    EP 211 | SOCIEDADE - Habitação pública: um direito por cumprir

    Play Episode Listen Later Apr 17, 2025 44:42


    Neste terceiro episódio dedicado à habitação, Hugo van der Ding conversa com a investigadora Alda Azevedo sobre o papel – ainda por cumprir – da habitação pública em Portugal: um direito constitucional desde 1976, mas que continua a aguardar políticas efetivas.Analisam-se as fragilidades das políticas públicas, a degradação e gestão deficiente dos bairros municipais, a estigmatização dos seus residentes e ainda o fenómeno «Not in my backyard»: quando a sociedade apoia a habitação pública em teoria, mas a rejeita nas proximidades da sua residência.Neste contexto, ganha destaque um novo perfil de exclusão que desafia as respostas tradicionais: pessoas com emprego, perfeitamente integradas na sociedade e no mercado de trabalho, mas que, face aos preços inacessíveis, se veem obrigadas a viver em tendas, roulottes ou carros.No entanto, surgem também exemplos de esperança e alternativas viáveis, como o modelo dinamarquês, onde 20% do parque habitacional é acessível e gerido por associações sem fins lucrativos, ou o caso do projeto DASH (Deliver Safe and Social Housing), que junta universidades, municípios e organizações em quatro cidades europeias, incluindo Braga.Uma reflexão que vai além do diagnóstico: aponta caminhos, propõe soluções e desafia-nos a repensar a cidade como um espaço inclusivo – onde a habitação pública possa realmente integrar a malha urbana e dar resposta a necessidades prementes.REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEISASSEMBLEIA DA REPÚBLICA, Direito à Habitação (1976, Diário da República)ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA, Lei de Bases da Habitação (2019, Diário da República)AGAREZ, Ricardo Costa, «A habitação apoiada em Portugal» (2022, Fundação Francisco Manuel dos Santos)DASH PROJECT, «Decent and Affordable Sustainable Housing» (2023, União Europeia)EXPERTS PROJECT, PER Atlas (2023, Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa)BIOSALDA AZEVEDODoutorada em Demografia pela Universidade Autónoma de Barcelona. É investigadora auxiliar no Instituto de Ciências Sociais (ICS) da Universidade de Lisboa e professora auxiliar convidada no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas. É coordenadora do doutoramento em Population Sciences (ULisboa) pelo ICS e membro da Comissão Científica. A sua investigação centra-se no estudo da demografia da habitação, do envelhecimento demográfico e, mais recentemente, no estudo da emigração portuguesa nos EUA.HUGO VAN DER DINGLocutor, criativo e desenhador acidental. Uma espécie de cartunista de sucesso instantâneo a quem bastou uma caneta Bic, uma boa ideia e uma folha em branco. Criador de personagens digitais de sucesso como a Criada Malcriada e Cavaca a Presidenta, autor de um dos podcasts mais ouvidos em Portugal, Vamos Todos Morrer, também escreve para teatro e, atualmente, apresenta o programa Duas Pessoas a Fazer Televisão na RTP, com Martim Sousa Tavares. 

    EP 210 | ECONOMIA - Investir: entre o medo e o risco calculado

    Play Episode Listen Later Apr 12, 2025 44:18


    Imagine a sua riqueza a encolher silenciosamente, ano após ano. Não é ficção: é o que acontece ao dinheiro de 70% dos portugueses, «adormecido» em depósitos a prazo.Neste episódio, Filipa Galrão conversa com o especialista em finanças, Diogo Mendes, que nos explica por que motivo apenas 2% dos portugueses investem em ações, enquanto nos países nórdicos essa percentagem está próxima dos 20%.Se formos além da realidade europeia, os contrastes são ainda mais significativos: sem um Estado Social robusto, 62% dos americanos participam no mercado acionista.O que explica estas diferenças? Um fator-chave é precisamente o nível de literacia financeira. Mas há outros: o género, a educação e, naturalmente, o rendimento influenciam as nossas decisões financeiras e o nosso grau de aversão ao risco ao longo da vida.Quer seja um investidor experiente ou alguém que nunca comprou uma ação, junte-se à conversa e aprenda a navegar o mundo dos investimentos com mais conhecimento e confiança.REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEISBANCO DE PORTUGAL, CMVM, ASF,«4º Inquérito à Literacia Financeira da População Portuguesa» (2023, Todos Contam)CMVM, «Perfil do Investidor» (2023, Comissão do Mercado de Valores Mobiliários)DECO PROTESTE, «Custos de corretagem: simulação Deco para corretoras online vs. Bancos» (2023, Deco Proteste)EFAMA, «Household participation in capital markets» (2023, European Fund and Asset Management Association)«MONSTER OF WALL STREET», Madoff: The (2023, Netflix)«THE MEASURE OF A PLAN, Investment returns by asset class - Last 50 years» (2023, The Measure of a Plan)«WORLD FEDERATION OF EXCHANGES, Number of listed companies» (2023, Focus World Federation of Exchanges)BIOSDiogo MendesProfessor de Finanças na Stockholm School of Economics. Doutorou-se em finanças pela Nova School of Business and Economics, tendo passado pela London School of Economics e Imperial College London. Tem investigação nas áreas de literacia financeira, finanças da empresa e economia do desenvolvimento. Faz parte da equipa de coordenação do programa “Finanças para Todos” com o intuito de promover melhores práticas financeiras em Portugal.Filipa Galrão A Filipa vive no campo, mas é à cidade que vai quando precisa de euforia, seja em festivais de música ou no Estádio da Luz. Estudou Comunicação Social e Cultural na Universidade Católica. Em pequena, gravava o diário em K7, em graúda agarrou-se aos microfones da Rádio. Depois da Mega Hits e da Renascença, é agora uma das novas vozes da Rádio Comercial. Já deu à luz 1 livro infantil - Que Estranho! - e 2 filhos.

    EP 209 | CIÊNCIA: Um cérebro analógico viciado num mundo digital

    Play Episode Listen Later Apr 3, 2025 49:48


    Sabia que cada vez que interrompemos uma tarefa para espreitar as redes sociais, demoramos 25 minutos a recuperar a concentração por completo? Neste episódio, o psiquiatra Gustavo Jesus e Rui Maria Pêgo analisam a forma como a tecnologia e, em especial, os smartphones estão a capturar a nossa atenção e a reconfigurar o funcionamento do cérebro.Ao longo da conversa, a dupla desconstrói o «circuito da recompensa» e explica como os algoritmos tentam monopolizá-lo para nos manter ligados a todo o momento. Resultado? Nos últimos dez anos, a capacidade de concentração (attention span) das crianças diminuiu de 12 para 8 segundos.Os dados sobre exposição digital precoce são reveladores: 50% das crianças até aos 3 anos já têm o seu próprio dispositivo e a percentagem de jovens com smartphone saltou de 30% para 80% entre 2015 e 2020. Esta digitalização acelerada não é inócua - estudos recentes demonstram a correlação entre o uso crescente de redes sociais e o aumento das taxas de ansiedade e depressão em adolescentes.Perante este cenário, abordam-se questões como a regulação do uso de telemóveis nas escolas e os riscos e oportunidades das «IA-terapeutas». Uma discussão necessária num momento em que mecanismos digitais colocam o nosso cérebro analógico em modo SOS, forçado a processar um fluxo incessante de estímulos para os quais não está biologicamente preparado.REFERÊNCIAS ÚTEISHAIDT, Jonathan, «A Geração Ansiosa» (2023, Lua de Papel)HARI, Johann, «Sem Foco» (2023, Lua de Papel)THORNE, Jack, GRAHAM, Stephen, «Adolescence» (2023, Netflix)GIRELA-SERRANO, Braulio M., et al., «Impact of mobile phones and wireless devices use on children and adolescents' mental health: a systematic review» (2024, European Child & Adolescent Psychiatry)VAN DEN HEUVEL, Meta, et al., «Mobile Media Device Use is Associated with Expressive Language Delay in 18-Month-Old Children» (2019, Journal of Developmental Pediatrics)RAYCE, Signe Boe, et al., «Mobile device screen time is associated with poorer language development among toddlers: results from a large-scale survey» (2024, BMC Public Health)SANTOS, Renata Maria Silva, et al., «The Association between Screen Time and Attention in Children: A Systematic Review» (2022, Scientific Reports)SKOWORONEK, Jeanette, et al., «The mere presence of a smartphone reduces basal attentional performance» (2023, Scientific Reports)TYMOFYEYEVA, Olga, et al., «Neural Correlates of Smartphone Dependence in Adolescents» (2020, Frontiers in Human Neuroscience)KEMP, Elyria, CHILDERS, Carla Y., «Insta-Gratification: Examining the Influence of Social Media on Emotions and Consumption» (2021, The Journal of Social Media in Society)ANDERL, Christine, et al., «Directly-measured smartphone screen time predicts well-being and feelings of social connectedness» (2024, Journal of Social and Personal Relationships)BIOSRUI MARIA PÊGOTem 35 anos, 16 deles passados entre a rádio, o teatro e a televisão.Licenciado em História pela Universidade Nova de Lisboa, e mestre em Fine Arts in Professional Acting pela Bristol Old Vic Theatre School.GUSTAVO JESUSMédico psiquiatra e trabalha há mais de 10 anos no PIN – Partners in Neuroscience. É atualmente diretor de Serviço no Hospital de Vila Franca de Xira, professor na Católica Medical School e membro da direção da SPPSM. Publicou artigos e trabalhos científicos, participou em livros técnicos e em muitas iniciativas de divulgação das neurociências clínicas, como forma de aumentar a informação e mitigar o estigma associado às doenças mentais.

    EP 208 | POLÍTICA - Entre Marte, Vénus e Saturno: o novo mapa do poder

    Play Episode Listen Later Mar 28, 2025 38:20


    O que acontece quando o mundo muda tanto em tão pouco tempo? Neste episódio, o politólogo João Pereira Coutinho e Manuel Cardoso analisam as dinâmicas que estão a redesenhar o mapa do poder global e que vão constar nos futuros manuais de História.A conversa revisita o famoso «Fim da História», de Fukuyama, que proclamou a vitória definitiva da democracia liberal após a Guerra Fria, e contrasta este otimismo com a visão mais cética de Huntington sobre o choque das civilizações.Explorando a tese de Robert Kagan sobre os americanos serem de Marte e os europeus de Vénus, questiona-se o futuro da NATO, a vulnerabilidade de uma Europa desarmada e o papel da China – essa potência de «Saturno», que parece operar num horizonte temporal bem distinto do ocidental.REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEISALLISON, Graham, «Destinados à Guerra: Poderão a América e a China escapar à armadilha de Tucídides?» (2017, Gradiva)FASTING, Mathilde, ed., «After the End of History: Conversations with Francis Fukuyama» (2021, Georgetown)FUKUYAMA, Francis, «O Fim da História e o Último Homem» (1992, Gradiva)HUNTINGTON, Samuel, «O Choque das Civilizações e a Mudança na Ordem Mundial» (1996, Gradiva)KAGAN, Robert, «O Paraíso e o Poder: A América e a Europa na Nova Ordem Mundial» (2003, Gradiva)KAPLAN, Robert, «Waste Land: A World in Permanent Crisis» (2023, C. Hurst & Company)KUPCHAN, Charles, «Isolationism: A History of America's Efforts to Shield Itself from the World» (2020, Oxford)BIOSMANUEL CARDOSOÉ humorista e um dos autores do programa de sátira política «Isto É Gozar Com Quem Trabalha», da SIC. Faz parte do podcast «Falsos Lentos», um formato semanal de humor sobre futebol. É o autor da rubrica radiofónica diária «Bem-vindo a mais um episódio de», nas manhãs da Rádio Comercial. Contribui semanalmente para o Expresso, desde 2023, com uma crónica semanal.JOÃO PEREIRA COUTINHOProfessor do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica, onde se doutorou em Ciência Política e Relações Internacionais. É autor dos livros «Conservadorismo» e «Edmund Burke – A Virtude da Consistência». Ao longo de 25 anos tem assinado artigos na imprensa nacional e é colunista do diário brasileiro «Folha de S. Paulo», o maior jornal da América Latina.  

    EP 207 | SOCIEDADE - Habitação: o novo luxo português?

    Play Episode Listen Later Mar 21, 2025 46:56


    O que está na origem da atual crise da habitação em Portugal? Neste episódio, a demógrafa Alda Azevedo e Hugo van der Ding analisam as causas e consequências de um problema que afeta a vida de tantas pessoas.Afinal, qual foi o contributo dos vistos gold, do alojamento local, dos fundos de investimento estrangeiros ou do Estatuto de Residente Não Habitual? E como aumentar a oferta disponível, nomeadamente entre as casas que já existem, mas continuam vazias?Com dados concretos e exemplos internacionais, discute-se como Portugal chegou a liderar o ranking da OCDE em dificuldade de acesso à habitação, com preços que aumentaram 106% entre 2015 e 2023.De forma inevitável, este aumento vertiginoso traduziu-se no adiamento da saída dos jovens de casa dos pais, na impossibilidade de muitos casais terem filhos ou de se divorciarem, e ainda na descaracterização dos centros históricos - muitas vezes, verdadeiras 'Disneylands' para turistas.Mas este problema tão português é, também ele, global e as medidas adotadas noutros países podem trazer novas perspetivas sobre a realidade portuguesa. Uma reflexão que este episódio aprofunda e contextualiza, no sentido de compreendermos o papel das decisões políticas e o que pode ser feito para garantir um futuro habitacional mais justo e acessível.REFERÊNCIAS ÚTEISAZEVEDO, Alda B. & SANTOS, João P., «Barómetro da Habitação» (2023, Fundação Francisco Manuel dos Santos)AZEVEDO, Alda B.; LÓPEZ-COLÁS, Julián; MÓDENES, Juan A., «Is living in the parental home a housing decision? Southern Europe's young working adults from a comparative perspective» (2021, Revista de Demografía Histórica-Journal of Iberoamerican Population Studies)GONÇALVES, Duarte; PERALTA, Susana; PEREIRA DOS SANTOS, João, «Short-Term Rental Bans and Housing Prices: Quasi-Experimental Evidence from Lisbon» (2022, IZA Discussion Papers)PEREIRA DOS SANTOS, João; STROHMAIER, Kristina, «All that glitters? Golden visas and real estate» (2024, EU Tax Observatory Working Paper)BIOSALDA AZEVEDODoutorada em Demografia pela Universidade Autónoma de Barcelona. É investigadora auxiliar no Instituto de Ciências Sociais (ICS) da Universidade de Lisboa e professora auxiliar convidada no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas. É coordenadora do doutoramento em Population Sciences (ULisboa) pelo ICS e membro da Comissão Científica. A sua investigação centra-se no estudo da demografia da habitação, do envelhecimento demográfico e, mais recentemente, no estudo da emigração portuguesa nos EUA.HUGO VAN DER DINGLocutor, criativo e desenhador acidental. Uma espécie de cartunista de sucesso instantâneo a quem bastou uma caneta Bic, uma boa ideia e uma folha em branco. Criador de personagens digitais de sucesso como a Criada Malcriada e Cavaca a Presidenta, autor de um dos podcasts mais ouvidos em Portugal, Vamos Todos Morrer, também escreve para teatro e, atualmente, apresenta o programa Duas Pessoas a Fazer Televisão na RTP, com Martim Sousa Tavares. 

    EP 206 | Economia - Literacia financeira: no poupar é que está o ganho?

    Play Episode Listen Later Mar 14, 2025 38:44


    Quanto estaria disposto a pagar por um bilhete para um grande jogo de basquetebol? E será que o método de pagamento – dinheiro físico ou cartão – influencia essa decisão?Neste episódio, Filipa Galrão e o especialista em finanças Diogo Mendespartilham estratégias para criar um orçamento familiar equilibrado, incluindo a regra 50/30/20 e a técnica «Pay Yourself First» – capazes  de transformar as nossas fragilidades psicológicas numa motivação para poupar.À boleia da neurociência, exploram ainda como a desmaterialização do dinheiro está a transformar os nossos hábitos de consumo.Se quer saber como passar de um gasto de 72 para 4 euros num ano, mas ainda acha que «no poupar é que está o ganho», então esta é mesmo a conversa certa para si.REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEISWARREN, Elizabeth & TYAGI, Amelia Warren, «All your worth: The Ultimate Lifetime Money Plan», 2005, Free Press. (livro que populariza a regra 50/30/20)PRELEC, Drazen & SIMESTER, Duncan, «Always Leave Home Without It: A Further Investigation of the Credit-Card Effect on Willingness to Pay», 2001, Marketing LettersBANKER, Sachin & Prelec, Drazen, «How credit cards activate the reward center of our brains and drive spending», 2021, MIT Sloan«Mais de metade dos portugueses têm serviços de streaming», jornal Público (Marktest)«Salário médio subiu para 1142€», Rádio RenascençaRelatório do 4º Inquérito à Literacia Financeira da população portuguesaBIOSDiogo MendesProfessor de Finanças na Stockholm School of Economics. Doutorou-se em finanças pela Nova School of Business and Economics, tendo passado pela London School of Economics e Imperial College London. Tem investigação nas áreas de literacia financeira, finanças da empresa e economia do desenvolvimento. Faz parte da equipa de coordenação do programa “Finanças para Todos” com o intuito de promover melhores práticas financeiras em Portugal.Filipa Galrão A Filipa vive no campo, mas é à cidade que vai quando precisa de euforia, seja em festivais de música ou no Estádio da Luz. Estudou Comunicação Social e Cultural na Universidade Católica. Em pequena, gravava o diário em K7, em graúda agarrou-se aos microfones da Rádio. Depois da Mega Hits e da Renascença, é agora uma das novas vozes da Rádio Comercial. Já deu à luz 1 livro infantil - Que Estranho!- e 2 filhos.

    EP 205 | Ciência - Doença mental: do prazer ao vício

    Play Episode Listen Later Mar 7, 2025 48:49


    O que acontece quando os mecanismos cerebrais que nos ajudam a sobreviver são sequestrados por substâncias ou comportamentos?  Neste episódio, o psiquiatra Gustavo Jesus e Rui Maria Pêgo exploram a ciência das adicções, relevando o que acontece no cérebro quando o prazer se transforma em vício.Nesta conversa, explica-se o funcionamento do «circuito da recompensa» e de que forma a dopamina e o glutamato criam hábitos que se tornam compulsões. Da tolerância à abstinência, esclarecem-se os critérios que definem uma verdadeira dependência e exploram-se dados preocupantes sobre consumos contemporâneos.Pelo caminho, desmistifica-se a canábis – muitas vezes vista como inofensiva, mas cujas variedades de alta potência têm aumentado casos de psicose – e fala-se sobre a ameaça crescente das apostas online, que já levaram quase 300 mil portugueses a pedir autoexclusão de plataformas de jogo.Sem esquecer o tema dos psicadélicos ou o papel-chave da comunidade na recuperação, este é um episódio que nos mostra como, numa sociedade de consumo e de gratificação imediata, compreender a neurobiologia das adições nos pode ajudar a combater tanto o estigma, como a dependência.REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEISKAUER, Julie A. & MALENKA, Robert C., «Synaptic plasticity and addiction» (2007, Nature Publishing Group)MYRAN, D. T. et al., «Changes in Incident Schizophrenia Diagnoses Associated With Cannabis Use Disorder After Cannabis Legalization» (2025, JAMA Network Open)FELTENSTEIN, M. W., SEE, R. E., FUCHS, R. A., «Neural Substrates and Circuits of Drug Addiction» (2021, Cold Spring Harbor Perspectives in Medicine)CARAPINHA, Ludmila et al., «Comportamentos Aditivos aos 18 Anos: Inquérito aos Jovens Participantes no Dia da Defesa Nacional» (2022, Sicad)KELMENDI, B., KAYE, A. P., PITTENGER, C., KWAN, A. C., «Psychedelics» (2022, Current Biology)EMCDDA, «Understanding Europe's drug situation in 2024 – key developments» (2024, European Union Drugs Agency)CARAPINHA, Ludmila & LAVADO, «Emília, Consumo Problemático/Alto Risco» (2023, Sicad)BALSA, Casimiro et al., «V Inquérito Nacional ao Consumo de Substâncias Psicoativas na População Geral» (2022, Sicad)GRUPO ESPAD, «The European School Survey Project on Alcohol and Other Drugs» (2019, ESPAD GROUP)TORRES, Anália et al., «Inquérito Nacional sobre Comportamentos Aditivos em Meio Prisional» (2014, Sicad)Aplicação «I Am Sober»BIOSRUI MARIA PÊGOTem 35 anos, 16 deles passados entre a rádio, o teatro e a televisão.Licenciado em História pela Universidade Nova de Lisboa, e mestre em Fine Arts in Professional Acting pela Bristol Old Vic Theatre School.GUSTAVO JESUSMédico psiquiatra e trabalha há mais de 10 anos no PIN – Partners in Neuroscience. É atualmente diretor de Serviço no Hospital de Vila Franca de Xira, professor na Católica Medical School e membro da direção da SPPSM. Publicou artigos e trabalhos científicos, participou em livros técnicos e em muitas iniciativas de divulgação das neurociências clínicas, como forma de aumentar a informação e mitigar o estigma associado às doenças mentais.

    EP 204 | SOCIEDADE - Habitação em Portugal: o que mudou nos últimos 50 anos?

    Play Episode Listen Later Feb 28, 2025 44:52


    Por que razão deixámos de ser um país de arrendatários e passámos a ser um país de proprietários? Neste episódio, a especialista em demografia Alda Azevedo e Hugo van der Ding fazem um retrato da habitação em Portugal, revelando os bastidores de uma crise aparentemente recente. A conversa percorre cinco décadas de mudanças que moldaram o nosso território: do Portugal pré-25 de Abril, onde metade das casas não tinha água canalizada, até ao boom do alojamento local, que tem retirado muitas casas do mercado nos centros urbanos. Pelo caminho, descobre-se como decisões aparentemente técnicas – o congelamento das rendas, a construção de uma ponte ou a localização de um bairro social - deixaram marcas que persistem por gerações. Das ilhas do Porto aos bairros de lata em Lisboa (sem excluir as bidonvilles parisienses), discutem-se fenómenos como a gentrificação, o regresso às periferias e o despovoamento do interior.  Este é um episódio que nos mostra que na história das nossas casas também mora a história de Portugal e os desafios que hoje enfrentamos – tanto ao nível individual, como coletivo. REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEISAZEVEDO, A. B., «Como Vivem os Portugueses: população e famílias, alojamentos e habitação» (2020, Fundação Francisco Manuel dos Santos) GARHA, N. S., AZEVEDO, A. B., «Airbnb and the housing market in the COVID-19 pandemic: A comparative study of Barcelona and Lisbon» (2022, Análise Social) GARHA, N. S., AZEVEDO, A. B., «Geography of AirBnb in Barcelona and Lisbon: A comparative study» (2021, Finisterra) «Vamos Todos Morrer: Gérald Bloncourt» (RTP PLAY)«As Operações SAAL» (Memoriale Cinema Português)«As Operações Saal» (Filmin)«L'IMMIGRATION PORTUGAISE» (Blog de Gérald Bloncourt)BIOSALDA AZEVEDODoutorada em Demografia pela Universidade Autónoma de Barcelona. É investigadora auxiliar no Instituto de Ciências Sociais (ICS) da Universidade de Lisboa e professora auxiliar convidada no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas. É coordenadora do doutoramento em Population Sciences (ULisboa) pelo ICS e membro da Comissão Científica. A sua investigação centra-se no estudo da demografia da habitação, do envelhecimento demográfico e, mais recentemente, no estudo da emigração portuguesa nos EUA.HUGO VAN DER DINGLocutor, criativo e desenhador acidental. Uma espécie de cartunista de sucesso instantâneo a quem bastou uma caneta Bic, uma boa ideia e uma folha em branco. Criador de personagens digitais de sucesso como a Criada Malcriada e Cavaca a Presidenta, autor de um dos podcasts mais ouvidos em Portugal, Vamos Todos Morrer, também escreve para teatro e, atualmente, apresenta o programa Duas Pessoas a Fazer Televisão na RTP, com Martim Sousa Tavares. 

    EP 203 | POLÍTICA: pode a política governar o desejo?

    Play Episode Listen Later Feb 21, 2025 41:29


    Nesta conversa «íntima», Manuel Cardoso e João Pereira Coutinho analisam a relação entre poder político, desejo e sexualidade. Discute-se a forma como estados e governos têm procurado regular a sexualidade e questiona-se se o acesso ao sexo deveria ser (ou não) um direito social.Da vida privada dos políticos ao impacto da revolução sexual, a discussão atravessa vários territórios, explorando tanto a influência de diferentes sistemas políticos na experiência sexual como as condições ideológicas que podem moldar o desejo.De fora não ficam fenómenos contemporâneos como os incels (celibatários involuntários), a sologamia e o debate sobre os efeitos das apps de encontros no modo como concebemos o outro – um ser humano ou um produto? E sendo este o tempo dos robots e do desenvolvimento de comprimidos que prometem mimetizar o que sentimos quando estamos apaixonados, será legítimo questionar se, no futuro, a genuína sensação de borboletas na barriga poderá ter os dias contados?O paradoxo da solidão numa era hiperconectada emerge não apenas como uma questão individual, mas como um desafio político do nosso tempo: que tipo de cidadãos e sociedades estamos a construir quando perdemos a capacidade de nos relacionarmos verdadeiramente uns com os outros?REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEISHAN, Byung-Chul, «A Agonia do Eros» (2014, Relógio D'Água)PERRY, Louise, «The Case Against the Sexual Revolution» (2022, Polity)SRINIVASAN, Amia, «The Right to Sex» (2021, Bloomsbury)VAN VOORST, Roanne, «Six in Bed: The Future of Love - From Sex Dolls and Avatars to Polyamory» (2024, Polity)VIDAL, Gore, «Sexually Speaking: Collected Sex Writings» (1999, Cleis Press)KIERKEGAARD, Søren, «Diário de um Sedutor» (2022, Relógio D'Água)KASDAN, Lawrence, «O Turista Acidental» (1988, Warner Bros.)BIOSMANUEL CARDOSOÉ humorista e um dos autores do programa de sátira política «Isto É Gozar Com Quem Trabalha», da SIC. Faz parte do podcast «Falsos Lentos», um formato semanal de humor sobre futebol. É o autor da rubrica radiofónica diária «Bem-vindo a mais um episódio de», nas manhãs da Rádio Comercial. Contribui semanalmente para o Expresso, desde 2023, com uma crónica semanal.JOÃO PEREIRA COUTINHOProfessor do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica, onde se doutorou em Ciência Política e Relações Internacionais. É autor dos livros «Conservadorismo» e «Edmund Burke – A Virtude da Consistência». Ao longo de 25 anos tem assinado artigos na imprensa nacional e é colunista do diário brasileiro «Folha de S. Paulo», o maior jornal da América Latina.  

    EP 202 | ECONOMIA - Literacia financeira: 75 mil euros = Felicidade?

    Play Episode Listen Later Feb 14, 2025 40:54


    Precisamos de 75 mil euros para ser felizes? Neste episódio, Filipa Galrão e Diogo Mendes, professor de Finanças na Universidade de Estocolmo, conversam sobre a forma como nos relacionamos com o dinheiro – da infância à reforma. Um tema que desperta cada vez mais interesse, mas sobre o qual ainda há muitas dúvidas, como revela o 4.º Inquérito à Literacia Financeira da População Portuguesa. Com uma abordagem prática, ficamos a conhecer os três pilares fundamentais de uma vida financeira saudável e esclarecem-se conceitos-chave como o de «juro composto», que Einstein considerava a oitava maravilha do mundo.Além disso, fica claro um contraste: enquanto nos países nórdicos a transparência salarial é norma, em Portugal falar de dinheiro permanece tabu - algo que um novo diploma europeu pode transformar a partir de 2026.Mas e a educação financeira nas escolas? Será uma solução viável? O Diogo apresenta-nos dados surpreendentes de várias geografias. Não só resultados promissores de países que foram pioneiros, mas também casos, como o de Portugal, em que ainda é cedo para avaliar a eficácia de projetos-piloto.No final, há um desafio inesperado que mostra como as nossas decisões financeiras estão cada vez mais automáticas e, ao mesmo tempo, desmaterializadas. Não perca!Referências úteis Conselho da União Europeia. (2024). Transparência salarial: Conselho e Parlamento chegam a acordo provisório para combater a discriminação salarial. Conselho da União Europeia.Friedman, M. (1957). Uma Teoria da Função de Consumo. Revista de Economia Política, 65(6), 446-464.Jennings, J. (2024, 12 de fevereiro). O Dinheiro Compra a Felicidade Afinal. Forbes.OCDE. (2023). Resultados PISA 2022 (Volume IV): O que a Vida Escolar Significa para a Vida dos Estudantes. Publicações OCDE.Plano Nacional de Formação Financeira. (2023). Inquérito à Literacia Financeira da População Portuguesa 2023. Todos Contam.Powdthavee, N., Burkhauser, R. V., & De Neve, J. E. (2023). Rendimentos Elevados e Bem-estar Humano em Todo o Mundo. The Economic Journal, 133(651), 1147-1173.Tversky, A., & Kahneman, D. (1986). Escolha Racional e o Enquadramento das Decisões. The Journal of Business, 59(4), S251-S278. BiosDiogo Mendes Professor de Finanças na Stockholm School of Economics. Doutorou-se em finanças pela Nova School of Business and Economics, tendo passado pela London School of Economics e Imperial College London. Tem investigação nas áreas de literacia financeira, finanças da empresa e economia do desenvolvimento. Faz parte da equipa de coordenação do programa “Finanças para Todos” com o intuito de promover melhores práticas financeiras em Portugal.Filipa Galrão A Filipa vive no campo, mas é à cidade que vai quando precisa de euforia, seja em festivais de música ou no Estádio da Luz. Estudou Comunicação Social e Cultural na Universidade Católica. Em pequena, gravava o diário em K7, em graúda agarrou-se aos microfones da Rádio. Depois da Mega Hits e da Renascença, é agora uma das novas vozes da Rádio Comercial. Já deu à luz 1 livro infantil - Que Estranho!- e 2 filhos.

    EP 201 | CIÊNCIA - Saúde mental: entre o normal e o patológico

    Play Episode Listen Later Feb 7, 2025 48:38


    Com referências inesperadas ao Rei Leão, neste episódio do [IN]Pertinente, o psiquiatra Gustavo Jesus e o comunicador Rui Maria Pêgo exploram o tema da saúde mental, sobretudo em Portugal – o país que lidera o ranking mundial da ansiedade. Nesta conversa, faz-se a distinção entre stress positivo e nocivo, desmistifica-se a diferença entre tristeza e depressão e esclarece-se o que é, afinal, o burnout – um fenómeno que só foi reconhecido pela Organização Mundial de Saúde em 2019.Mas compreender a saúde mental vai além destas definições. Num tempo em que se evita a palavra "doença" e se romantiza a "saúde mental", este episódio propõe um olhar científico sobre as teses de falsos especialistas que, tantas vezes, reduzem a complexidade humana a métodos instantâneos ou a fórmulas universais.Um olhar que se torna especialmente relevante quando se analisam as raízes do problema. A par de heranças históricas e pressões da vida contemporânea (sem esquecer os efeitos duradouros da pandemia), percebe-se como fatores genéticos, sociais e económicos se entrelaçam quando se fala de doença mental e o porquê de poder ser desafiante pedir ajuda profissional – mesmo quando precisamos dela.REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEISJESUS, Gustavo, «300 mil anos de ansiedade» (2023, Lua de Papel)SAPOLSKY, Robert, «Why zebras don't get ulcers» (2004, Henry Holt and Company)EDMONSON, Amy, «The fearless organization» (2018, Wiley)MILLER, Richard, «Drugged: The Science and Culture Behind Psychotropic Drugs» (2013, Oxford University Press)HAIDT, Jonathan, «The anxious generation» (2024, Penguin Press)Mark Manson, «Understanding the Most Anxious Country in the World» (vídeo)BIOSRUI MARIA PÊGOTem 35 anos, 16 deles passados entre a rádio, o teatro e a televisão.Licenciado em História pela Universidade Nova de Lisboa, e mestre em Fine Arts in Professional Acting pela Bristol Old Vic Theatre School.GUSTAVO JESUSMédico psiquiatra e trabalha há mais de 10 anos no PIN – Partners in Neuroscience. É atualmente diretor de Serviço no Hospital de Vila Franca de Xira, professor na Católica Medical School e membro da direção da SPPSM. Publicou artigos e trabalhos científicos, participou em livros técnicos e em muitas iniciativas de divulgação das neurociências clínicas, como forma de aumentar a informação e mitigar o estigma associado às doenças mentais.

    EP 200 | Política e redes sociais

    Play Episode Listen Later Jan 31, 2025 49:27


    Da Ágora ateniense às redes sociais de hoje, como mudou o espaço do debate público?Neste episódio, o politólogo João Pereira Coutinho e o comunicador Manuel Cardoso exploram o  impacto das novas formas de comunicar na política atual.O que começou como uma promessa de liberdade irrestrita acabou por trazer novos desafios para a democracia: câmaras de eco, desinformação e a crescente transformação da política em entretenimento.Esta influência sem precedentes das plataformas digitais faz-nos questionar: «Podem as redes sociais ser verdadeiramente neutras? Quem tem a última palavra: as grandes empresas tecnológicas ou o Estado?».Num momento em que a esfera pública se fragmenta em bolhas digitais e as decisões parecem reduzir-se a narrativas virais, esta conversa ajuda-nos a compreender como as redes sociais estão a reconfigurar o exercício do poder.Uma discussão fundamental para entender o presente e perspetivar o futuro do poder político na era das redes sociais.REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEISARENDT, Hannah, A Condição Humana (1958, Relógio D'Água)EPSTEIN, Greg, Tech Agnostic: How Technology Became the World's Most Powerful Religion, and Why It Desperately Needs a Reformation (2023, MIT Press)FELDSTEIN, Steven, The Rise of Digital Repression: How Technology is Reshaping Power, Politics, and Resistance (2021, Oxford University Press)RUNCIMAN, David, Como Acaba a Democracia (2019, Gradiva)SUNSTEIN, Cass, #Republic: Divided Democracy in the Age of Social Media (2017, Princeton)BIOSMANUEL CARDOSOÉ humorista e um dos autores do programa de sátira política «Isto É Gozar Com Quem Trabalha», da SIC. Faz parte do podcast «Falsos Lentos», um formato semanal de humor sobre futebol. É o autor da rubrica radiofónica diária «Bem-vindo a mais um episódio de», nas manhãs da Rádio Comercial. Contribui semanalmente para o Expresso, desde 2023, com uma crónica semanal.JOÃO PEREIRA COUTINHOProfessor do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica, onde se doutorou em Ciência Política e Relações Internacionais. É autor dos livros «Conservadorismo» e «Edmund Burke – A Virtude da Consistência». Ao longo de 25 anos tem assinado artigos na imprensa nacional e é colunista do diário brasileiro «Folha de S. Paulo», o maior jornal da América Latina.  

    EP 199 | SOCIEDADE: best of 2024

    Play Episode Listen Later Jan 24, 2025 22:33


    Em 2024, o [IN]Pertinente Sociedade não teve mãos a medir: o anfitrião Hugo van der Ding recebeu nada mais, nada menos, que três especialistas das áreas da Psicologia Social e Cognitivo-Comportamental.Sibila Marques, Ana Moniz e Isabel Rocha Pinto trouxeram para o estúdio temas incontornáveis do nosso tempo: os desafios da longevidade, a ditadura da felicidade, o perfecionismo, a violência e a desinformação, entre muitos outros.Fazer uma escolha dos melhores seria deveras complicado para o comunicador, razão pela qual desafiámos Rui Maria Pêgo a sair da Ciência para recomendar o seu best of da Sociedade do ano que passou.Venha ouvir.LINKS ÚTEISA ditadura da felicidadeQuando o trabalho se torna tóxicoOnde nos leva o extremismo?Longevidade é o futuroTodos os episódiosBIOSHUGO VAN DER DINGNasceu numa praia de Saint-Jean-de-Luz, nos Pirenéus Atlânticos, filho de um pastor belga e de mãe argentina de quem se perdeu o rasto pouco depois. Dedicou-se, nos primeiros anos, ao negócio de pastorícia da família até fugir para Bayonne, onde completou o curso dos liceus.ISABEL ROCHA PINTOPsicóloga social, diretora do Laboratório de Psicologia Social e professora associada na Universidade do Porto. É investigadora no Centro de Psicologia da Universidade do Porto.Os seus principais interesses de investigação focam-se nas consequências sociais do crime (nomeadamente económico e de ódio), da adesão a extremismos e radicalização social.ANA MONIZPsicoterapeuta de adultos e adolescentes, e professora convidada na Nova SBE. É executive e team coach, certificada pela ACTIVISION, formadora na Associação Portuguesa de Terapias Cognitivas, Comportamentais e Integrativas, atuando também em contexto organizacional nas áreas comportamentais.SIBILA MARQUES Professora auxiliar no ISCTE-IUL e membro integrado do Centro de Investigação e de Intervenção Social (CIS-IUL). É diretora do Mestrado em Psicologia Social da Saúde no ISCTE. Tem desenvolvido os seus trabalhos principalmente em duas áreas: Psicologia do Ambiente e Psicologia do Envelhecimento.RUI MARIA PÊGOTem 35 anos, 16 deles passados entre a rádio, o teatro e a televisão.Licenciado em História pela Universidade Nova de Lisboa, e mestre em Fine Arts in Professional Acting pela Bristol Old Vic Theatre School.

    EP 198 | ECONOMIA: best of 2024

    Play Episode Listen Later Jan 17, 2025 26:19


    O ano que passou trouxe a Macroeconomia aos microfones do [IN]Pertinente. Conhecido por ser complexo, este tema tornou-se acessível pela mão do economista José Alberto Ferreira, guiado pela radialista Mariana Alvim. Na verdade, depois de os ouvir, parece que a macroeconomia está um pouco por toda a parte: das decisões que tomamos, aos fundos europeus, ou à importância que os Bancos (comerciais e reguladores) têm nas nossas vidas.Escolher as melhores conversas seria difícil para Mariana Alvim, daí que tenhamos pedido ao humorista Manuel Cardoso para largar a Política e escrutinar os 12 episódios em busca dos seus preferidos.LINKS ÚTEISPequenas coisas com grande impactoCapital intangívelPode haver ganhos com a fuga de talento?Vamos ao BancoTodos os episódiosBIOSMARIANA ALVIMLocutora da rádio RFM há 15 anos. Depois de quase 10 a fazer o «Café da Manhã», agora leva os ouvintes a casa, com Pedro Fernandes, no «6PM». É autora de livros para adolescentes e criou o podcast «Vale a Pena», no qual entrevista artistas enquanto leitores.JOSÉ ALBERTO FERREIRADoutorando em Economia no Instituto Universitário Europeu, em Florença. Trabalhou no Banco Central Europeu, com foco na investigação em modelos de política monetária e macroprudencial.MANUEL CARDOSOÉ humorista e um dos autores do programa de sátira política «Isto É Gozar com Quem Trabalha», da SIC. Faz parte do podcast «Falsos Lentos», um formato semanal de humor sobre futebol. É o autor da rubrica radiofónica «Pão Para Malucos», que esteve no ar diariamente na Antena 3 de 2018 a 2021.

    EP 197 | CIÊNCIA: best of 2024

    Play Episode Listen Later Jan 10, 2025 25:58


    Em 2024, o [IN]Pertinente trouxe para a temporada de Ciência um dos temas que não pára de nos fascinar: o cérebro. A especialista Luísa Lopes fez as honras do conhecimento, acompanhada pela simpatia e curiosidade natural do Rui Maria Pêgo.A dupla falou sobre o sono, a memória, o cérebro dos psicopatas e também sobre o dos animais. Os assuntos foram tão variados, que pedimos à radialista Mariana Alvim, também ela fã deste tema, que deixasse a área da Economia e escolhesse os seus quatro episódios preferidos.Será que escolheu o episódio dos psicopatas? Ou preferiu o do cérebro dos animais? Só ouvindo, saberá.LINKS ÚTEISAs escolhas de Mariana AlvimAlimentos para o cérebroAs fascinantes capacidades do cérebroTerapias alternativasO cérebro em curto-circuitoTodos os episódiosBIOSRUI MARIA PÊGOTem 35 anos, 16 deles passados entre a rádio, o teatro e a televisão.Licenciado em História pela Universidade Nova de Lisboa, e mestre em Fine Arts in Professional Acting pela Bristol Old Vic Theatre School.LUÍSA LOPESNeurocientista, coordenadora de um grupo de investigação no Instituto de Medicina Molecular e professora convidada de Neurociências na Faculdade de Medicina de Lisboa. É licenciada em Bioquímica e doutorada em Neurociências pela na Faculdade de Ciências de Lisboa.MARIANA ALVIMLocutora da rádio RFM há 15 anos. Depois de quase 10 a fazer o «Café da Manhã», agora leva os ouvintes a casa, com Pedro Fernandes, no «6PM». É autora de livros para adolescentes e criou o podcast «Vale a Pena», no qual entrevista artistas enquanto leitores.

    EP 196 | POLÍTICA: best of 2024

    Play Episode Listen Later Jan 3, 2025 28:15


    O [IN]Pertinente Política entrou por caminhos verdadeiramente inusitados em 2024: quem diria que há política no ócio, nos direitos dos animais ou até na felicidade? Mas, ao longo do ano, falou-se também de temas clássicos, como as quatro principais ideologias políticas, de democracia e de religião, das cinco décadas da Revolução de Abril e do fim do «fim da História».Foram 12 episódios em que o conhecimento do João Pereira Coutinho, misturado com o sentido de humor do Manuel Cardoso, fizeram a dupla perfeita.Quais os melhores? Difícil dizer, em causa própria. Daí que tenhamos convidado o cartunista Hugo van der Ding a sair, por momentos, da dupla de Sociedade para fazer as suas escolhas do ano, no terreno da Política.Recorde os melhores momentos deste ano.LINKS ÚTEIS:As escolhas de Hugo van der Ding:Ideologias de A a ZA ética da guerraDemocracia: o Estado a que chegámosPolítica e religiãoTodos os episódiosBIOS: MANUEL CARDOSOÉ humorista e um dos autores do programa de sátira política «Isto É Gozar com Quem Trabalha», da SIC. Faz parte do podcast «Falsos Lentos», um formato semanal de humor sobre futebol. É o autor da rubrica radiofónica «Pão Para Malucos», que esteve no ar diariamente na Antena 3 de 2018 a 2021JOÃO PEREIRA COUTINHOProfessor do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica, onde se doutorou em Ciência Política e Relações Internacionais. É autor dos livros «Conservadorismo» (2014) e «Edmund Burke – A Virtude da Consistência» (2017), publicados em Portugal e no Brasil. HUGO VAN DER DINGNasceu numa praia de Saint-Jean-de-Luz, nos Pirenéus Atlânticos, filho de um pastor belga e de mãe argentina de quem se perdeu o rasto pouco depois. Dedicou-se, nos primeiros anos, ao negócio de pastorícia da família até fugir para Bayonne, onde completou o curso dos liceus.

    EP 195 | SOCIEDADE: desinformação e sabotagem

    Play Episode Listen Later Dec 27, 2024 50:58


    «As pessoas acham que são imunes à propaganda.» Assim o diz a psicóloga social Isabel Rocha Pinto neste último episódio da Sociedade desta temporada 4 do [IN] Pertinente.  Parece ser factual esta falta de consciência da maioria da população relativa não apenas à propaganda como também relativamente à desinformação e à sabotagem. Porém, continuam a estar na ordem dia. E, ao que parece, com maior pujança.O que é que as distingue? E, como devemos enfrentar a desinformação e nos tornarmos conscientes da propaganda? Isabel e Hugo van der Ding vão levar-nos pela História para dar a conhecer como estes mecanismos foram atravessando várias épocas, servindo guerras e ditadores, fomentando o caos ou o medo, privilegiando grupos. Vão falar da importância dos diferentes meios de comunicação até chegar à guerra cibernética dos dias de hoje, à perversão das redes sociais ou à falta de controlo da Inteligência Artificial.Haverá formas de prevenção ou estaremos irremediavelmente ‘condenados' a viver na desinformação, permeáveis à propaganda e à sabotagem?REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEISArtigo científicoPennycook, G., & Rand, D. G. (2021). The psychology of fake news. Trends in Cognitive Sciences, 25(5), 388-402. Livros Da Empoli, G. (2023). Os engenheiros do caos. Gradiva. Greifeneder, R., Jaffé, M. E., Newman, E. J., & Schwartz, N. (2021). The Psychology of Fake News: Accepting, Sharing,and Correcting Misinformation. Routledge. Guriev, S. & Treisman, D. (2023). Spin dictators: The changing face of tyranny in the 21st century. Princeton University Press. Orwell, G. (1949/2019). 1984. Publicações Dom Quixote. Documentários «The social dilema/ O dilema das redes sociais». Documentário Netflix «Nada é privado: O escândalo da Cambridge Analytica». Documentário Netflix «War on truth». BBC Site que compila vários documentários sobre desinformação, propaganda e sabotagemJogo Fake it to make itBIOSHUGO VAN DER DINGNasceu numa praia de Saint-Jean-de-Luz, nos Pirenéus Atlânticos, filho de um pastor belga e de mãe argentina de quem se perdeu o rasto pouco depois. Dedicou-se, nos primeiros anos, ao negócio de pastorícia da família até fugir para Bayonne, onde completou o curso dos liceus.ISABEL ROCHA PINTOPsicóloga social, diretora do Laboratório de Psicologia Social e professora associada na Universidade do Porto. É investigadora no Centro de Psicologia da Universidade do Porto.Os seus principais interesses de investigação focam-se nas consequências sociais do crime (nomeadamente económico e de ódio), da adesão a extremismos e radicalização social.

    EP 194 | ECONOMIA: bancos em apuros

    Play Episode Listen Later Dec 20, 2024 44:40


    No episódio anterior, Mariana Alvim e o economista José Alberto Ferreira acompanharam-nos numa visita guiada aos bancos. Compreendemos a sua interdependência e a forma como se ajudam uns aos outros, neste negócio de emprestar dinheiro a longo prazo garantindo um nível mínimo de liquidez a curto prazo, que vive na base da confiança.Neste episódio, que será o último desta temporada, a dupla vai abanar o setor financeiro e falar de como e quando um banco entra em apuros.O que significa a falência de um banco? E que semelhanças tem com a de uma empresa?Quando um banco entra em falência, para além dos impactos no setor financeiro, pode haver consequências na Economia como um todo.E para nós, cidadãos comuns, o que é que isto significa? Estaremos sempre à mercê do que acontece aos bancos, sem possibilidade de nos defendermos e sem podermos intervir? Verá que não: todos temos um papel muito mais ativo do que geralmente pensamos. Referências e links úteisArtigos científicos e livros:Bail-in ou bail-out: quem salva os bancos?Philippon, T., & Salord, A. (2017). Bail-ins and bank resolution in Europe: A progress report (Geneva Reports on the World Economy Special Report 4). ICMB and CEPR.Sobre as consequências económicas da falência do BES para o tecido empresarial português:Beck, T., Da-Rocha-Lopes, S., & Silva, A. F. (2021). Sharing the pain? Credit supply and real effects of bank bail-ins. Review of Financial Studies, 34(4), 1747–1781Coluna VoxEU sobre o artigo.Outros links úteis:As falências bancárias em perspetiva histórica (nos EUA)O que é a União Bancária? (pela Vice-Governadora do Banco de España)O Mecanismo Único de ResoluçãoComo funciona a garantia de depósitos?Filmes sobre a dinâmica da crise de 2008:The Big Short (2015)Margin Call (2011)BIOSMARIANA ALVIMLocutora da rádio RFM há 15 anos. Depois de quase 10 a fazer o «Café da Manhã», agora leva os ouvintes a casa, com Pedro Fernandes, no «6PM». É autora de livros para adolescentes e criou o podcast «Vale a Pena», no qual entrevista artistas enquanto leitores.JOSÉ ALBERTO FERREIRADoutorando em Economia no Instituto Universitário Europeu, em Florença. Trabalhou no Banco Central Europeu, com foco na investigação em modelos de política monetária e macroprudencial.

    EP 193 | CIÊNCIA: o cérebro em curto-circuito

    Play Episode Listen Later Dec 13, 2024 55:15


    Pessoas que estando vivas têm a certeza de que estão mortas.Outras que não reconhecem um braço ou uma perna como seus.Ainda outras que vêem quem os rodeia como ‘sósias' de si mesmo.Ou indivíduos que depois de um acidente, falam com pronúncia estrangeira.Está preparado? A temporada quatro de Ciência não pode terminar sem um dos lados mais fascinantes da Neurociência: como é que o cérebro reage quando acontecem lesões.A neurocientista Luísa Lopes e o comunicador Rui Maria Pêgo vão falar de vários casos emblemáticos: o paciente HM, de Phineas Gage, dos Síndromas de Capgrass, Cotard, Ekbom e Alice no Pais das Maravilhas, de Prosopagnosia e de Paramnésia Reduplicativa.Não se assuste, são lesões raras e que apenas acontecem em casos de acidentes graves.Todos os exemplos atrás descritos estão documentados; ainda existem mais, alguns passíveis de regressão outros apenas com possibilidade de serem atenuados com fármacos ou terapia.Haverá um lado «simpático» nestes curto-circuitos do cérebro? Sim. Como diz a especialista, muitos deles serviram para compreender a importância de certas zonas do cérebro, e qual o papel de lesões na compreensão dos circuitos e áreas cerebrais, mesmo se muitos anos depois.Não perca este último episódio do [IN]Pertinente Ciência 2024.REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEISLivros:«O erro de Descartes», de António Damásio«Permanent Present Tense: The Man with No Memory, and What He Taught the World», de Suzanne Corkin«De Profundis, Valsa Lenta», de José Cardoso Pires«O Ano Sabático», de João TordoArtigo:«Teaching rare unusual syndromes»Documentários, filmes e séries:«Memory Hackers» (2016, National Geographic)«Faces in the Crowd» (2011)     «The Broken» (2008)     «Eternal Sunshine of the Spotless Mind» (2004)«Nip/Tuck» (2003)BIOS:RUI MARIA PÊGOTem 35 anos, 16 deles passados entre a rádio, o teatro e a televisão.Licenciado em História pela Universidade Nova de Lisboa, e mestre em Fine Arts in Professional Acting pela Bristol Old Vic Theatre School.LUÍSA LOPESNeurocientista, coordenadora de um grupo de investigação no Instituto de Medicina Molecular e professora convidada de Neurociências na Faculdade de Medicina de Lisboa. É licenciada em Bioquímica e doutorada em Neurociências pela na Faculdade de Ciências de Lisboa.

    EP 192 | POLÍTICA: política e religião

    Play Episode Listen Later Dec 6, 2024 46:40


    Em época natalícia, o politólogo João Pereira Coutinho e o humorista Manuel Cardoso reúnem-se para falar de política e religião.Neste episódio, trazem-nos conceitos da teoria política e exploram as razões por trás do declínio da influência da religião no Ocidente.Falam depois da relação entre a fé e a democracia: poderá este regime político conviver com a religião? Alexis de Tocqueville, pensador político e historiador francês do século XIX, defendia que sim, mas estaremos hoje a ficar menos democratas e mais próximos do fanatismo religioso?Mas a dupla vai falar também desta realidade em Portugal. Viaja pelo calor da Primeira República anticlerical e urbana num país fortemente católico e discute a ambiguidade tática de Salazar, com o seu lema ‘Deus, Pátria e Família'.Chegaremos, por fim, à atualidade e às recentes decisões relacionadas com a interrupção voluntária da gravidez, a eutanásia ou o tão falado palco das Jornadas Mundiais da Juventude.REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEISBibliografia:Aron, Raymond, «L'opium des intellectuels» (Fayard)Cruz, Manuel Braga Da, «Os Católicos, a Sociedade e o Estado» (UCP)Dusenbury, David Lloyd, «The Innocence of Pontius Pilate» (C. Hurst)Lilla, Mark, «The Stillborn God: Religion, Politics and the Modern West» (First Vintage)Lindsay, A.D., «The Modern Democratic State» (Oxford University Press)Tocqueville, Alexis De, «Da Democracia na América» (Relógio D'Água)Filmes:«Um Homem para a Eternidade», de Fred Zinnemann (1966)«Persépolis», de Vincent Paronnaud e Marjane Satrapi (2007)BIOSMANUEL CARDOSOÉ humorista e um dos autores do programa de sátira política «Isto É Gozar com Quem Trabalha», da SIC. Faz parte do podcast «Falsos Lentos», um formato semanal de humor sobre futebol. É o autor da rubrica radiofónica «Pão Para Malucos», que esteve no ar diariamente na Antena 3 de 2018 a 2021JOÃO PEREIRA COUTINHOProfessor do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica, onde se doutorou em Ciência Política e Relações Internacionais. É autor dos livros «Conservadorismo» (2014) e «Edmund Burke – A Virtude da Consistência» (2017), publicados em Portugal e no Brasil. 

    EP 191 | SOCIEDADE: anatomia do ódio

    Play Episode Listen Later Nov 29, 2024 45:53


    Os discursos de ódio estão na ordem do dia, parecem ressurgir um pouco por todo o mundo, dividindo as pessoas, acentuando a discriminação. O que é o ódio coletivo? Quais são os rastilhos que o propagam? Que processos psicológicos lhe estão subjacentes?A psicóloga social Isabel Rocha Pinto e o comunicador Hugo van der Ding levam-nos às profundezas do ódio, descrevendo os processos psicossociais associados e chamando a atenção para as consequências históricas do ódio coletivo. Nunca é demais relembrar o seu efeito pernicioso: veja-se o Holocausto ou os linchamentos raciais nos Estados Unidos perpetrados pelo Ku Klux Klan. Numa altura em que se assiste à disseminação e legitimação de discursos de ódio coletivo, importa lembrar as consequências desastrosas que pode gerar, para que a história não se repita.REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEISArtigo disseminação:Pinto, I. R., Carvalho, C. L, Magalhães, M., Alves, S., Bernardo, M., Lopes, P. & Carvalho, C. (2023). «Understanding the rise in online hate speech in Portugal and Spain: a gap between occurrence and reporting». The Social Observatory: Fundação La Caixa. Livros:Allerfeldt, K. (2024). «Ku Klux Klan: Uma História Americana». Tradução Rui Elias. Casa das Letras. Di Fátima, B. (Org. 2024). «Online hate speech trilogy». Labcom, Comunicação e Artes. Solano Gallego, E. (Org., 2018). «O ódio como política: a reinvenção das direitas no Brasil». Boitempo Editorial. Strossen, N. (2018). «HATE: Why we should resist it with free speech, not censorship (inalienable rights)». Oxford University Press Documentários:«Hitler e os Nazis: O Mal no Banco dos Réus» (série documental Netflix)«Our Boys » (série documental HBO)«America after Charleston» (documentário PBS)BIOSHUGO VAN DER DINGNasceu numa praia de Saint-Jean-de-Luz, nos Pirenéus Atlânticos, filho de um pastor belga e de mãe argentina de quem se perdeu o rasto pouco depois. Dedicou-se, nos primeiros anos, ao negócio de pastorícia da família até fugir para Bayonne, onde completou o curso dos liceus.ISABEL ROCHA PINTOPsicóloga social, diretora do Laboratório de Psicologia Social e professora associada na Universidade do Porto. É investigadora no Centro de Psicologia da Universidade do Porto.Os seus principais interesses de investigação focam-se nas consequências sociais do crime (nomeadamente económico e de ódio), da adesão a extremismos e radicalização social.

    EP 190 | ECONOMIA: vamos ao banco

    Play Episode Listen Later Nov 22, 2024 45:13


    Qual é a importância dos bancos no ecossistema de uma sociedade?O economista José Alberto Ferreira responde: os bancos nasceram com o objetivo de democratizar o acesso a financiamento, e para permitir que possamos receber os nossos salários num lugar seguro, em vez de sermos pagos em malas de euros ou barras de ouro. Porém, pela enorme influência que têm na Economia, os bancos encontram-se por vezes envolvidos em situações polémicas.Como explica o especialista, os bancos são empresas especiais, com um modelo de negócio peculiar: comprar dinheiro a curto prazo para poder emprestá-lo a longo prazo, apoiando a iniciativa privada, ajudando a economia a crescer, e cidadãos a comprar casa, entre muitas outras funções que ficará a conhecer neste episódio.Este modelo acarreta algum grau de fragilidade: os bancos vivem da circulação de dinheiro e da confiança; em momentos de crise, quando a confiança se perde e o pânico impera, a corrida para levantamento dos depósitos pode descapitalizar um banco. É nessa altura que se observa uma outra característica do sector bancário: as instituições que dele fazem parte são interdependentes e emprestam (muito!) dinheiro umas às outras. Sendo os governos parte integrante deste setor, em que situações pode justificar-se a intervenção do Estado para ajudar um banco?O economista vai dar a conhecer diferentes tipos de bancos, desde os comerciais aos de investimento, passando pelas fintech, pelos bancos de fomento, e também a nova tendência: os bancos digitais. Nesta ida ao banco, a comunicadora Mariana Alvim tentará compreender melhor a influência e a relevância que estes têm nas nossas vidas.REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEISArtigos científicos e livros:Brunnermeier, M. K., & Reis, R. (2023). «A crash course on crises: Macroeconomic concepts for run-ups, collapses, and recoveries». Princeton University Press.Reis, R. (2020). «Do FMI à pandemia: Portugal entre crises». Relógio D'Água (capítulos 2 e 3)Diamond, D. W., & Dybvig, P. H. (1983). «Bank runs, deposit insurance, and liquidity». Journal of Political Economy, 91(3), 401-419.Diamond, D. W., & Rajan, R. G. (2001). «Liquidity risk, liquidity creation, and financial fragility: A theory of banking». Journal of Political Economy, 109(2), 287–327.Ashcraft, A B (2005). «Are banks really special? New evidence from the FDIC-induced failure of healthy banks». The American Economic Review 95(5): 1712–1730.Links úteis:Sobre risco sistémico: o caso do BPN (Jornal de Negócios)Entrevista (de vida e de obra) a Ben Bernanke, Nobel da Economia 2022BIOSMARIANA ALVIMLocutora da rádio RFM há 15 anos. Depois de quase 10 a fazer o «Café da Manhã», agora leva os ouvintes a casa, com Pedro Fernandes, no «6PM». É autora de livros para adolescentes e criou o podcast «Vale a Pena», no qual entrevista artistas enquanto leitores.JOSÉ ALBERTO FERREIRADoutorando em Economia no Instituto Universitário Europeu, em Florença. Trabalhou no Banco Central Europeu, com foco na investigação em modelos de política monetária e macroprudencial.

    EP 189 | CIÊNCIA: terapias alternativas

    Play Episode Listen Later Nov 15, 2024 54:47


    Hipnose, terapias regressivas, canabinóides, LSD, ketamina, psilocibina, ayahuasca, anfetaminas…Não, este episódio não é um regresso (ou uma ‘trip') aos anos 60: é uma viagem factual aos efeitos destas substâncias no contexto terapêutico, que voltaram a estar na ordem do dia, e agora por melhores razões.Demonizados durante décadas, os psicadélicos estão, neste momento, a ser objeto de estudo profundo, como formas de mitigar eficazmente as chamadas depressões «major» ou como adjuvantes da psicoterapia, para que se obtenham resultados mais rápidos e eficazes. A neurocientista Luísa Lopes vai explicar onde e como atuam no cérebro, e a razão para deverem ser sempre administrados com acompanhamento médico: é que não existe um efeito comum a todos os seres humanos, ou seja, estas substâncias dependem do contexto físico e psíquico de cada um.Mas Rui Maria Pêgo quis saber mais: fascinado pelas terapias regressivas e pela hipnose, questionou a especialista sobre a sua validade, os seus efeitos ao nível cerebral, e ainda quis conhecer melhor o Dr. Placebo.Conhece o Dr. Placebo? Será mais um que teremos todo o gosto em lhe apresentar.REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEISLivros:Teresa Mota, «Admirável placebo» (Caminhos de Pax, 2013) Seybert, C., Cotovio, G., Madeira, L. et al. «Psychedelic treatments for mental health conditions pose challenges for informed consent». Nat Med 29, 2167–2170 (2023) Artigos:«A mente como medicamento?», de Luísa Lopes (Público)«Do Psychadelics have a role in psychiatrics?», de Walter S. Dunn (UCLA Health)BIOSRUI MARIA PÊGOTem 35 anos, 16 deles passados entre a rádio, o teatro e a televisão.Licenciado em História pela Universidade Nova de Lisboa, e mestre em Fine Arts in Professional Acting pela Bristol Old Vic Theatre School.LUÍSA LOPESNeurocientista, coordenadora de um grupo de investigação no Instituto de Medicina Molecular e professora convidada de Neurociências na Faculdade de Medicina de Lisboa. É licenciada em Bioquímica e doutorada em Neurociências pela na Faculdade de Ciências de Lisboa.

    EP 188 | POLÍTICA: Israel e Palestina - haverá solução?

    Play Episode Listen Later Nov 8, 2024 46:28


    Desde 7 de outubro de 2023, ouvimos falar do conflito israelo-palestiniano todos os dias. Mas as tensões naquela parte do globo não são de agora. Nas últimas décadas, o conflito que se intensificou brutalmente no último ano, tem sido parte habitual das notícias.Como se explica tanta discórdia com consequências tão nefastas sobre um território do tamanho do Alentejo?O politólogo João Pereira Coutinho vai levar-nos às origens do sionismo, e às tensões, perseguições antisemitas e atrocidades históricas cometidas sobre os judeus que levaram boa parte a defender a necessidade de encontrar um lar para «um povo com excesso de História e déficit de geografia». Vai falar também de quem, dentro do judaísmo, se afastava desta solução, por motivos religiosos e políticos.Levar-nos-á, de seguida, numa viagem até ao outro lado, o dos palestinianos, que legitimamente reivindicam a criação do seu próprio Estado num território por si já habitado.E se os caminhos deste conflito são sinuosos, vão todos dar a Inglaterra, que no início do século XX, alimentou desejos que se têm provado irreconciliáveis. De lá para cá, tudo se complicou.Haverá solução? E como se parecerá?REFERÊNCIAS ÚTEISBensoussan, Georges, «As Origens do Conflito Israelo-Árabe, 1870-1950» (Guerra & Paz)Cohn-Sherbok, Dan e Dawoud El-Alami, «The Palestine-Israeli Conflict: A Beginner's Guide» (Oneworld)Ghattas, Kim, «Black Wave: Saudi Arabia, Iran and the Rivalry That Unravelled the Middle East» (Wildfire)Herzl, Theodore, «The Jewish State» (Skyhorse)Milton-Edwards, Beverley e Stephen Farrell, «Hamas: The Quest for Power» (Polity)Shambrook, Peter, «Policy of Deceit: Britain and Palestine, 1914-1939» (Oneworld)Stanislawski, Michael, «Zionism: A Very Short Introduction» (Oxford)BIOSMANUEL CARDOSOÉ humorista e um dos autores do programa de sátira política «Isto É Gozar com Quem Trabalha», da SIC. Faz parte do podcast «Falsos Lentos», um formato semanal de humor sobre futebol. É o autor da rubrica radiofónica «Pão Para Malucos», que esteve no ar diariamente na Antena 3 de 2018 a 2021JOÃO PEREIRA COUTINHOProfessor do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica, onde se doutorou em Ciência Política e Relações Internacionais. É autor dos livros «Conservadorismo» (2014) e «Edmund Burke – A Virtude da Consistência» (2017), publicados em Portugal e no Brasil. 

    EP 187 | SOCIEDADE: onde nos leva o extremismo?

    Play Episode Listen Later Nov 1, 2024 53:29


    Através da distinção entre nós e os outros - o ‘nosso grupo' e o grupo dos ‘outros' - construímos a nossa identidade e ganhamos sentido de pertença, compreendemos as relações entre uns e outros e damos-lhes significado.Mas quando não toleramos opiniões diferentes da nossa (mesmo que moderadas), quando discriminamos e desumanizamos os outros que consideramos diferentes, deixamos de ter uma visão binária da realidade e estamos então perante o chamado extremismo.A psicóloga social Isabel Rocha Pinto e o comunicador Hugo van der Ding levam-nos às profundezas do radicalismo e das formas subtis que pode tomar para atrair aqueles que se sentem excluídos da sociedade, e que, por isso, estão mais vulneráveis a discursos que lhes dão um sentido de identidade e de propósito.Certamente já depreendeu que este episódio está recheado de exemplos que explicam as razões que podem levar um jovem a pertencer a grupos extremistas como o Daesh, a acreditar num regime Nazi, a pertencer a uma seita ou a um culto ou, no passado, a contribuir para o extermínio de povos em nome da religião.No final, uma pergunta fica no ar: haverá solução para o extremismo?LINKS E REFERÊNCIAS ÚTEISDocumentários«Jonestown» «Relato de extremista»LivrosVentura, J. P. & Carvalho, C. M. (2020). «Da radicalização ideológica ao terrorismo: Uma digressão». Diário de Bordo.Breton, A., Galeotti, G., Salmon, P. & Wintrobe, R. (2002). «Political extremism and Rationality». Cambridge University Press.Hogg, M. & Blaylock, D. L. (2011). «Extremism and the Psychology of Uncertainty». Wiley-BlackwellBIOSHUGO VAN DER DINGNasceu numa praia de Saint-Jean-de-Luz, nos Pirenéus Atlânticos, filho de um pastor belga e de mãe argentina de quem se perdeu o rasto pouco depois. Dedicou-se, nos primeiros anos, ao negócio de pastorícia da família até fugir para Bayonne, onde completou o curso dos liceus.ISABEL ROCHA PINTOPsicóloga social, diretora do Laboratório de Psicologia Social e professora associada na Universidade do Porto. É investigadora no Centro de Psicologia da Universidade do Porto.Os seus principais interesses de investigação focam-se nas consequências sociais do crime (nomeadamente económico e de ódio), da adesão a extremismos e radicalização social.

    EP 186 | ECONOMIA: pode haver ganhos com a fuga de talento?

    Play Episode Listen Later Oct 24, 2024 50:39


    Cada vez mais jovens altamente qualificados mudam-se para os EUA, o Canadá ou os Países Baixos fazendo da exportação de talento um dos maiores «assets» de Portugal dos últimos anos.Esta tendência é uma novidade para um país que nas décadas de 1960, 1970 e 1980 se caracterizava por exportar mão-de-obra pouco qualificada.Mas já é bem conhecida noutras geografias. E a globalização tornou mais fácil essa mobilidade. A livre circulação de pessoas com recursos especializados ou com vontade de os melhorar abriu-se aos jovens portugueses: «já temos um milhão de bebés Erasmus», refere o economista José Alberto Ferreira, a propósito dos efeitos secundários desta diáspora de cérebros.Contudo, a ‘fuga' de talento levanta questões sobre o impacto económico no país. Se é uma realidade que se perdem empreendedores e oportunidades para a criação de empresas, também é verdade que o conhecimento continua a circular entre os que vão e os que ficam.Por outro lado, as empresas portuguesas precisam de evoluir no que toca à valorização destas pessoas. Será que vamos conseguir reter jovens qualificados em Portugal?REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEISPires, R. P., Vidigal, I., Pereira, C., Azevedo, J., & Veiga, C. M. (2024). Emigração Portuguesa 2023: Relatório Estatístico. Observatório da Emigração e Rede Migra, CIES-Iscte.Instituto Nacional de Estatística, I.P. (2023). O que nos dizem os Censos sobre a população de nacionalidade estrangeira residente em Portugal. Três estudos sobre a nova emigração portuguesa (pp. 7–36). Observatório da Emigração, CIES-Iscte.Docquier, F., & Rapoport, H. (2012). Globalization, brain drain, and development. Journal of Economic Literature, 50(3), 681–730.Gibson, J., & McKenzie, D. (2011). Eight questions about brain drain. Journal of Economic Perspectives, 25(3), 107–128.Breschi, S., Lissoni, F., & Miguelez, E. (2017). Foreign-origin inventors in the USA: Testing for diaspora and brain gain effects. Journal of Economic Geography, 17(5), 1009–1038.Choudhury, P., Ganguli, I., & Gaulé, P. (2023). Top talent, elite colleges, and migration: Evidence from the Indian Institutes of Technology. Journal of Development Economics, 164, 103120.In Pertinente Economia: Dicionário de Inovação, Ensino Superior - Para todos?,  Como ajudar um pequeno negócio a crescer?BIOSMARIANA ALVIMLocutora da rádio RFM há 15 anos. Depois de quase 10 a fazer o «Café da Manhã», agora leva os ouvintes a casa, com Pedro Fernandes, no «6PM». É autora de livros para adolescentes e criou o podcast «Vale a Pena», no qual entrevista artistas enquanto leitores.JOSÉ ALBERTO FERREIRADoutorando em Economia no Instituto Universitário Europeu, em Florença. Trabalhou no Banco Central Europeu, com foco na investigação em modelos de política monetária e macroprudencial.

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