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Fala otakeiros e otakeiras, sejam bem-vindos a mais um Otakeiracast, seu podcast com mais rosas sobre animes, filmes e tudo mais que for oriental, e às vezes, nem tão orientais assim. E no episódio de hoje, as flores espinhosas JF, Gabriel, Milo, Jhana e Tainá irão se juntar para falarem de Rosas de Versalhes#otakeiracast #podcast #podcastcollective #anime #animes #animebrasil #animelove #animelover #otaku #otakubr #otakubrasil #otakubrasileiro
Nesse episódio do podcast Nerdebate, comentamos o filme ROSA DE VERSALHES, mais uma adaptação do mangá original de 1972. Participantes:- Allan Nicol- Luiz Felipe Santos- Email: contato@nerdebate.com- TODAS REDES SOCIAIS E PLATAFORMAS PARA OUVIR O NERDEBATE
Fazemos o resumo dos momentos que marcaram este ano em França. 2024 foi um ano em que os franceses assistiram à dissolução do Parlamento, a França acolheu os Jogos Olímpicos e Paralímpicos e tornou-se o único país do mundo a incluir o direito ao aborto na Constituição. A 9 de Junho, dia das eleições europeias, o partido de extrema-direita francês, representado principalmente pela União Nacional, registou um crescimento expressivo, consolidando a sua posição e ganhando mais representação no Parlamento Europeu."Este escrutínio em sistema de listas é proporcional, valoriza sistematicamente a extrema-direita. Enquanto o sistema das legislativas é um escrutínio em duas voltas que exige uma maioria, isso não favorece efectivamente os partidos que têm representações muito fortes em certas partes do território, mas não a nível nacional. Portanto, esta situação [dos resultados das europeias] era previsível", descreve o docente em ciências políticas da Universidade de La Rochelle, Eric MonteiroOs resultados das europeias levaram o Presidente francês a dissolver o Parlamento. Emmanuel Macron convocou eleições antecipadas, numa tentativa de resolver a crise política e as tensões internas.Seguiu-se uma instabilidade política e a França mergulhou num período de incerteza, com protestos e tensões sociais. A falta de uma maioria estável no Parlamento conduziu o país a um impasse político e à dificuldade de o governo aprovar leis."A Constituição não prevê, de nenhuma forma, que se possa destituir um Presidente porque ele é impopular. A única solução será a demissão do Presidente porque o calendário judicial da líder da extrema-direita está em curso e que ela corre o risco de ser inelegível. Portanto, se o Presidente se demitisse amanhã, ela poderia ser candidata e seria provavelmente eleita. No contexto actual, daqui a seis meses, a Justiça terá dado primeiras respostas ao julgamento por desvio de dinheiro europeu da União Nacional. Ela tem essa necessidade de acelerar o processo para que a população tenha consciência que é necessário que o Presidente se demita. Mas ele já disse que não o faria", lembra o analista político.Gisèle Pelicot, um símbolo da luta contra a violência sexualNo dia 2 de Setembro, Gisèle Pelicot chegou ao tribunal de Avignon anónima. Durante três meses e meio, o processo Mazan ganhou uma dimensão internacional e na quinta-feira,19 de Dezembro, Gisèle Pelicot saiu desse mesmo tribunal como um símbolo da luta contra a violência sexual.Ex-marido de Pelicot foi condenado à pena máxima de 20 anos de cadeia, por violação agravada, bem como todos os outros 50 arguidos foram condenados. "Este processo foi extremamente difícil e neste momento penso nos meus três filhos, mas também nos meus netos porque eles representam o futuro. Foi por eles que enfrentei este combate", declarou Gisèle Pelicot à saída do tribunal de Avignon."O que é excepcional neste processo é a quantidade de homens que foram encontrados e acusado. Estes processos levantam a questão da responsabilidade de alguns homens e também sobre o consentimento", defende a advogada em Nice, Catarina Barros.O sucesso dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Paris 2024Os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Paris 2024 foram um sucesso: Foram vendidos um recorde de 12 milhões de bilhetes. Alguns dos locais mais emblemáticos da capital francesa serviram de cenário para as provas, foi o caso da Torre Eiffel, do rio Sena ou ainda do palácio de Versalhes. "Começamos com uma abertura que foi excepcional, que elevou o ambiente dos Jogos a um patamar alto. As pessoas aderiram desde a cerimónia", lembra Bruno Pereira, um dos 45 mil voluntários dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Paris.Os Jogos Paralímpicos de Paris ficaram marcados pelo espírito de inclusão e superação, com a participação de milhares de atletas com deficiência. "Alguns voluntários foram convidados ao evento que o governo francês criou depois dos Jogos Paralímpícos em que todos desfilaram nos Campos Elísio como verdadeiros heróis nacionais", acrescenta Bruno Pereira.
O incêndio na Catedral de Notre Dame, em Paris, escreveu um novo capítulo na prevenção e combate aos incêndios em locais históricos em França e no Mundo. Em entrevista à RFI, Alain Chevallier, o conselheiro de segurança de incêndio do Património no Ministério da Cultura francês, detalhou como se protege agora esta Igreja-mãe renascida das cinzas. Mais de cinco anos depois, não se conhece a causa do incêndio da Catedral de Notre Dame. Isso, segundo o conselheiro de segurança de incêndio do Património no Ministério da Cultura francês, Alain Chevallier, é um assunto que pertence à justiça, já que o inquérito continua para apurar as causas e levar à barra dos tribunais os responsáveis. No entanto, coube a este antigo bombeiro de Paris e especialista no combate aos riscos de incêndio, assegurar que o que aconteceu em 2019 não se voltará a passar. E Alain Chevallier recorreu a todas as tecnicas desde câmaras térmicas a mecanismo de análises de ar para assegurar que Notre Dame não voltará a arder.No início da entrevista a RFI perguntou a este especialista se havia novidades no inquérito judicial quanto às causa do incêncio de há cinco anos.RFI: Sabemos o que aconteceu de certeza há cinco anos?Alain Chevallier: Não é possível responder a esta pergunta porque está a decorrer uma investigação judicial, portanto não posso comentar sobre o inquérito. Mas mesmo com o Ministério Público a investigar, tivemos do nosso lado de efectuar uma análise de risco para podermos trabalhar na reconstrução da Catedral de forma a decidirmos quais os elementos estruturais que iríamos introduzir para reconstruir este edifício de forma idêntica e tivemos de partir de alguns dados adquiridos. Assim, trabalhámos com o INERIS, o Instituto Nacional de Ambiente Industrial e de Riscos, e baseámo-nos no cenário principal possível para o início do incêndio em Notre Dame: a possibilidade que tenha tido início no quadro electrico junto à estrutura em madeira no alto da Catedral. Não quer dizer que tenha sido isso que aconteceu, mas pareceu-nos ser o cenário mais provável e, por isso, a primeira medida foi retirar os quadros eléctricos de lá.Mas sabemos onde começou o incêndio.Sabemos que o incêndio começou perto do pináculo, mas depois disso, mais uma vez, cabe aos peritos judiciais investigar. No entanto para tomarmos decisões sobre o futuro da segurança incêndio da Catedral tivemos de assumir que o quadro eléctrico foi uma fonte de problemas.Como é que se leva a cabo esta investigação e quais são as grandes dificuldades?De acordo com a minha experiência, depois de tudo ter ardido, porque toda a secção superior da Catedral ardeu, é muito complicado provar como é que o incêndio teve realmente início. Dada a importância internacional deste incêndio e repercurssão que teve, torna-se ainda mais difícil provar onde é que ele iniciou. Não estou a ver como é que um juiz pode dizer alguma coisa sem ter provas materiais irrefutáveis. Quais são as medidas tomadas para evitar um novo incêndio nesta Catedral renovada?É preciso ter em conta que trabalhamos com vários riscos, uma situação que enfrento em todas as catedrais em que trabalho, uma vez que sou conselheiro de segurança do património e responsável por 45 catedrais em França, incluindo Notre Dame. Começamos sempre por aquilo a que chamamos o risco de eclosão, ou seja, o que podemos fazer para evitar o início de um incêndio. A primeira coisa que fizemos para evitar um incêndio foi remover todos os painéis eléctricos numa área que não é acessível, que não é de fácil acesso e que não recebe muitas visitas. Na melhor das hipóteses, eram necessários 5 a 10 minutos para chegar ao suposto local de um incêndio na estrutura do tecto de Neotre Dame. No entanto, isso não nos protege de erros humanos que possam ocorrer daqui a 30, 40 ou 50 anos durante um período em que haja obras na Catedral. Mas vamos assumir que, mesmo assim, sem painéis eléctricos, o fogo começa. Vamos então prevenir o risco de deflagração, vamos tentar impedir o risco de o fogo se desenvolver e de se propagar. Assim, para limitar esse risco, decidimos aumentar a espessura das ripas de madeira, trata-se de placas de madeira por baixo das placas de chumbo no telhado. Aumentámo-las de 27 para 40 milimetros porque os bombeiros de Paris acharam que era necessário. Já que é um sítio onde eles precisam de um certo tempo para lá chegar, o receio era que, se houvesse um novo incêndio, o fogo voltasse a trespassar o telhado, o que acelera as combustões já que o ar é combustível para o fogo. De seguida investimos em grandes sistemas de detecção. Adicionámos câmaras de imagem térmica e o objectivo é que o departamento de segurança contra incêndios no andar de baixo possa ver imediatamente se há detecção, onde está e qual a sua importância. Foram instaladas 49 câmaras em toda a Notre Dame. Existe também um sistema de detecção por multipontos, ou seja, tubos que percorrem toda a catedral e aspiram o ar a toda a hora, é silencioso e o ar está em constante análise. Assim, se encontrarem vestígios de carbono no ar, poderão emitir um aviso dizendo que o nível de carbono é demasiado elevado e, portanto, não é normal. Se tivermos um sistema de detecção duplo, este accionará automaticamente o sistema de extinção de incêndios, que acabou de ser instalado. Trata-se de um sistema de nebulização de alta pressão. A ideia não é apagar o fogo. A ideia é evitar que o fogo se propague e progrida. Estes são sistemas muito modernos. Eles já estão a ser utilizados noutros monumentos em França?Quando começaram a falar connosco sobre a possibilidade de sistemas de extinção de alta pressão, fui pessoalmente a outros locais onde este sistema estava instalado para verificar o seu funcionamento. Assim, por exemplo, fui à recém-reaberta Ópera do Palácio de Versalhes, que tem o mesmo sistema. Falámos sobre isso e disseram-me que era bastante fiável. Quais é que foram as lições de Notre Dame e como é que se aplicam noutros monumentos?Agora que estamos a começar a falar sobre o plano de segurança para as catedrais. É preciso compreender que este plano já existia antes do incêndio de Notre-Dame, mas é claro que o incêndio em Notre-Dame lhe deu um novo empurrão e fez com que o Ministério da Cultura acelerasse uma série de medidas. Portanto, havia um plano inicial, um plano de segurança reforçado para a catedral, que foi posto em prática no final de 2019, início de 2020 e nessa altura começaram a tentar implementar uma série de medidas e eu cheguei ao Ministério em 2021 e, em 2021, criámos um grupo de trabalho para ver exactamente em que ponto estávamos em relação às primeiras medidas. Isso permitiu-nos identificar algumas dificuldades e ver que havia novas técnicas disponíveis, como a instalação de sistemas de extinção automática. Assim, continuámos a melhorar o plano de segurança da catedral, acrescentando pontos como a possibilidade de instalar um sistema de extinção. Este sistema será também instalado na Catedral de Beauvais, pois sabemos que se trata de uma catedral particularmente alta e que um ser humano levaria quase dez minutos a subir lá acima para verificar se há fogo ou não. Por conseguinte, haverá um sistema de extinção de incêndios, tal como em Notre-Dame, com câmaras térmicas, tal como em Notre-Dame, para que possamos actuar rapidamente, se necessário. Agora, há outras soluções, outras coisas que pusemos em prática como parte do plano de segurança da catedral, que foi revisto em 2023. Por exemplo, instalámos aspersores automáticos nos quadros eléctricos nas catedrais onde não é possível retira-los. Se houver um incêndio e o dióxido de carbono foi detectado o fogo será extinto assim que começar. Estamos a proceder à sua instalação em todas as catedrais, pelo que penso que pelo menos 50% delas já estão equipadas. Por exemplo, uma das coisas que já existia era a instalação de compartimentação. Mas graças ao plano de recuperação, a compartimentação foi aumentada em muitas catedrais. Mas também aqui, como costumo dizer, não há duas catedrais iguais. Todas elas têm as suas particularidades. Por isso, mesmo que as regras digam que é preciso compartimentar, é preciso colocar colunas secas, ou seja, uma coluna seca é uma coluna ao longo do comprimento da catedral que os bombeiros podem usar para se abastecer de água. Ás vezes funciona, outras vezes não. A compartimentação pode funcionar, mas em alguns casos não funciona. Quanto ao sistema de segurança contra incêndios, bem, por um lado, vamos instalar um sistema multiponto, como está previsto para Notre-Dame e outras catedrais. Noutras catedrais, isso não é possível. Por exemplo, também considerámos isso nos campanários onde temos os sinos. Mas não podemos instalar um detector simples porque está aberto ao vento e, como está aberto a mais pequena partícula de poeira iria activá-lo. Por isso, colocámos câmaras. Assim, temos agora oito catedrais em França equipadas com câmaras nos campanários.Há interesse por parte de outros países de aprenderem com o que se passou em Notre Dame e a vossa resposta desde 2019?Participei num seminário em Florença, há dois meses, um seminário franco-italiano, onde fui falar de um outro assunto que ainda não abordámos, que é o dos planos de salvaguarda dos bens culturais, porque lhe falei há pouco do risco de eclosão, do risco de desenvolvimento, de propagação. Depois há, claro, a intervenção dos bombeiros. Por outras palavras, quando os bombeiros intervêm, o que é que lhes permite saber que têm de salvar prioritariamente um determinado quadro ou um determinado bem em detrimento de outro? Por isso é que criámos os planos de salvaguarda dos bens culturais. Estes planos estão no interior do edifício. Quando os bombeiros chegam, olham para esse plano e sabem imediatamente que esta ou aquela obra deve ser salva com prioridade. Fui a Itália para apresentar este plano. Vimos que os bombeiros italianos estavam a começar a interessar-se, porque lá isto não existe de todo. Como bombeiro, qual foi o sentimento quando viu que Notre Dame estava a arder em 2019?Sim, estava em Estrasburgo, lembro-me muito bem. Estava a dar um curso na Escola Nacional de Administração, rodeado de professores especializados em gestão de catástrofes e de riscos naturais e que, acabaram por incluir desde então a questão dos planos de proteção dos bens culturais no curso de mestrado, porque sentiram quando se trabalha em crises, não se deve cuidar apenas da protecção das pessoas, mas também da protecção dos bens. Não posso esconder que foi um momento difícil para mim, porque comecei como tenente dos bombeiros de Paris em 1987, no mesmo sector de Notre Dame. A catedral era da minha responsabilidade na altura, quando eu era tenente. Depois tornei-me chefe de operações de todo o corpo de bombeiros e também tinha a catedral no meu sector. E, portanto, vê-la em 2019, quando eu já estava reformado, em chamas obviamente mexeu comigo. E quando me ofereceram o lugar em 2021, os bombeiros de Paris, apesar de eu estar reformado disseram-me: "Bem, quer continuar a trabalhar para o Ministério da Cultura?" Eu disse que sim, disse logo que sim. E por isso fiquei particularmente feliz por poder continuar a acompanhar a catedral. É algo que vou continuar a fazer nos próximos tempos, já que mesmo que tenhamos tido a inauguração as obras vão continuar até 2028.
No episódio 151 do podcast Outra Visão, a relações-públicas, executiva de políticas públicas e sustentabilidade Milena Pedrosa nos conta sobre sua experiência de mudança para Londres, onde realizou um mestrado executivo na London Business School. Durante a nossa boa conversa, Milena compartilha sua vivência de morar e estudar em Londres, destacando a diversidade cultural, os desafios acadêmicos e as oportunidades de aprendizado em sua área. Ela também aborda turismo cultural, a indústria de luxo e a importância de estar aberta a novas experiências e oportunidades de crescimento pessoal e profissional. Direto de London Milena compartilha sua experiência na London Business School, destacando a diversidade de nacionalidades entre os alunos e a estrutura impressionante da instituição. Ela menciona disciplinas interessantes, como “Biografia” e “Sabedoria e Felicidade”, que complementam o currículo de negócios. Ela explica o processo de seleção para o curso, que inclui uma candidatura complexa e uma avaliação executiva. Milena enfatiza a intensidade do programa, que abrange mais de 20 disciplinas, incluindo liderança, estratégia e finanças corporativas, além de eletivas focadas em impacto social e sustentabilidade. Milena também fala sobre os desafios de estudar em inglês e morar em Londres, incluindo as diferenças de pronúncia e a adaptação à nova língua e cultura. Casal de estudantes Milena e seu marido, Matheus, estão cursando juntos o mestrado executivo. Para embarcarem nessa jornada de estudos na Inglaterra, passaram por um rigoroso processo de seleção, incluindo provas de lógica matemática, entrevistas e gravações em vídeo. Foram aceitos e decidiram mudar-se juntos para Londres, considerando a cidade mais interessante que outras opções. O casal encontrou um apartamento no sul de Londres por meio de pesquisas e visitas virtuais, enfrentando o desafio de se estabelecer em uma cidade cara e populosa sem conhecê-la pessoalmente. Mercado de luxo Milena compartilha a experiência de uma viagem de estudos a Paris, onde participou de um programa sobre o mercado de luxo, incluindo visitas à Cartier e ao Palácio de Versalhes. Ela destaca como a França transformou sua cultura e arte em negócios, especialmente no setor de luxo, e menciona a necessidade de avanços em sustentabilidade social nesse mercado. Cultura e turismo Milena fala da importância da cultura como base para o turismo, destacando Londres como exemplo de cidade que investe em atrações culturais e transporte eficiente. Ela ressalta que Minas Gerais também está promovendo sua rica cultura, gastronomia, festas populares e patrimônios históricos. Milena menciona ainda a diferença na cultura dos pubs em Londres em comparação com os botecos em Belo Horizonte. Boa conversa O episódio encerra com Milena relembrando suas experiências na área de eventos e turismo e nos encorajando a estarmos abertos a novas oportunidades e ao crescimento pessoal. Entrevista realizada dia 31/10/2024 Texto: Paulo Cunha com Zoom AI Companion LINKS - Milena Pedrosa Instagram - @milenaapedrosa01 - https://www.instagram.com/milenapedrosa01/ Instagram - Janela Lateral - https://www.instagram.com/suajanelalateral/ Spotify - https://open.spotify.com/show/6uiTeb3Yjc2yoDjc3CYYHV?si=b840124f709a4da5 LinkedIn - https://www.linkedin.com/in/milena-pedrosa/
O desfecho da Primeira Guerra definiu o começo da Segunda! Separe trinta minutos do seu dia e aprenda com o professor Vítor Soares (@profvitorsoares) sobre o Tratado de Versalhes. - Se você quiser ter acesso a episódios exclusivos e quiser ajudar o História em Meia Hora a continuar de pé, clique no link: www.apoia.se/historiaemmeiahora Compre o livro "História em Meia Hora - Grandes Civilizações"! https://www.loja.literatour.com.br/produto/pre-venda-livro-historia-em-meia-hora-grandes-civilizacoesversao-capa-dura/ Compre meu primeiro livro-jogo de história do Brasil "O Porão": https://amzn.to/4a4HCO8 Compre nossas camisas, moletons e muito mais coisas com temática História na Lolja! www.lolja.com.br/creators/historia-em-meia-hora/ PIX e contato: historiaemmeiahora@gmail.com Apresentação: Prof. Vítor Soares. Roteiro: Prof. Vítor Soares e Prof. Victor Alexandre (@profvictoralexandre) REFERÊNCIAS USADAS: - MARQUES, Adhemar Martins. História Contemporânea: Textos e documentos. São Paulo: Contexto, 1999 - HOBSBAWM, Eric J.. Era dos Extremos. Trad. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. - SEVCENKO, Nicolau. A Corrida para o século XXI. No loop da montanha-russa. São Paulo: Companhia das Letras, 2001 - TEIXEIRA, F. C. da S. e outros (coord.), Impérios na História. Rio de Janeiro: Elsevier/Campus, 2009,
Depois do Tratado de Versalhes, que formalizou o fim da Primeira Guerra Mundial, o povo alemão se viu sob pesadas reparações de guerra, a perda de territórios e severas restrições militares, mergulhando ainda mais no caos político. No meio de tudo isso, os artistas começaram a expressar seus sentimentos de angústia, medo e alienação. Esse movimento artístico, que mais tarde ficou conhecido como Expressionismo Alemão, tornou-se um dos mais importantes da história da arte, sobretudo do cinema.Foi a partir do Expressionismo Alemão que muitas tendências que conhecemos hoje começaram a surgir. Artistas foram influenciados e passaram a aplicar conceitos muito característicos do movimento, que mais tarde se tornaram pontos em comum de outros gêneros e culturas cinematográficas.Hoje, Rafael Arinelli recebe Fabiana Lima (Cinemafilia), Bel Petit e Pedro Amaro (Clacast) para falar sobre o Expressionismo Alemão. Como esse movimento aparece? O que ele significa? Como influenciou o cinema noir e o horror gótico de Hollywood? Como seus efeitos se espalharam globalmente, deixando uma marca profunda no cinema mundial?É um papo que passa pela história do mundo e da arte, debruçando-se sobre questões às vezes pouco tangíveis, mas que, com o distanciamento temporal, nos ajudam a entender como chegamos até aqui. Coloque seu fone e venha fazer essa viagem no tempo conosco, direto para os anos 20!• 03m53: Pauta Principal• 1h08m44: Plano Detalhe• 1h26m53: EncerramentoOuça nosso Podcast também no:• Feed: https://bit.ly/cinemacaofeed• Apple Podcast: https://bit.ly/itunes-cinemacao• Android: https://bit.ly/android-cinemacao• Deezer: https://bit.ly/deezer-cinemacao• Spotify: https://bit.ly/spotify-cinemacao• Amazon Music: https://bit.ly/amazoncinemacaoAgradecimentos aos patrões e padrinhos: • André Marinho• Bruna Mercer• Charles Calisto Souza• Daniel Barbosa da Silva Feijó• Diego Lima• Eloi Xavier• Gabriela Pastori• Guilherme S. Arinelli• Gustavo Reinecken• Katia Barga• Thiago Coquelet• William SaitoFale Conosco:• Email: contato@cinemacao.com• Facebook: https://bit.ly/facebookcinemacao• Twitter: https://bit.ly/twittercinemacao• Instagram: https://bit.ly/instagramcinemacao• Tiktok: https://bit.ly/tiktokcinemacaoApoie o Cinem(ação)!Apoie o Cinem(ação) e faça parte de um seleto clube de ouvintes privilegiados, desfrutando de inúmeros benefícios! Com uma assinatura a partir de apenas R$5,00, você terá acesso a vantagens incríveis. E o melhor de tudo: após 1 ano de contribuição, recebe um presente exclusivo como agradecimento! Não perca mais tempo, acesse agora a página de Contribuição, escolha o plano que mais se adequa ao seu estilo e torne-se um apoiador especial do nosso canal! Junte-se a nós para uma experiência cinematográfica única!Plano Detalhe:• (Fabi): Filme: Estranhos Prazeres• (Fabi): Filme: Terra Estrangeira• (Fabi): Filme: Nunca fui santa• (Bel): Filme original: Nosferatu• (Bel): Filme: Nosferatu• (Bel): Série: O Indomável• (Pedro): Clipe: Otherside - Chili Peppers• (Pedro): Livro: De Caligari a Hitler• (Pedro): Filme: Chime• (Rafa): Filme: Zona de interesseEdição: ISSOaí
Com uma cerimônia memorável, a Olimpíada de Paris se encerrou no domingo (11), sendo aclamada como o evento esportivo mais espetacular de todos os tempos. Quebra de recordes, um desempenho inédito da França, sucesso das mulheres brasileiras, cenários de tirar o fôlego, polêmicas e muitos memes: os Jogos Olímpicos de Paris serão lembrados por uma série de façanhas e fatos. Daniella Franco, da RFITudo começou com uma cerimônia de abertura grandiosa, com duração de três horas e meia – a primeira em toda a história das Olimpíadas realizada fora de um estádio, com o rio Sena e monumentos como pano de fundo. A festa também foi marcada pela performance de grandes estrelas, como a cantora canadense Céline Dion, que, depois de muito suspense e especulações, interpretou “L'Hymne à L'Amour”, de Edith Piaf, na Torre Eiffel. A abertura dos Jogos Olímpicos de Paris deu o que falar pela beleza, mas também pela ousadia, já que uma das cenas do evento, confundida com a Santa Ceia, suscitou críticas de autoridades religiosas e líderes políticos conservadores em todo o mundo. Artistas e o diretor da cerimônia, Thomas Jolly, chegaram a ser alvo de ameaças de morte. Jolly precisou ir a público explicar que a passagem específica do evento nada tinha a ver com religião, e que teria sido inspirada na pintura “Festa dos Deuses”, obra criada no século 17 pelo holandês Jan Harmens Bilert. "Ninguém jamais encontrará no meu trabalho uma vontade de zombar ou de difamar. Eu quis fazer uma cerimônia para unir e também para reafirmar os valores da República Francesa - Liberdade, Igualdade, Fraternidade - e não para rir de quem quer que seja", afirmou, em entrevista ao canal BFMTV.Polêmicas envolvendo atletasAlgumas polêmicas também envolveram a participação de atletas nos Jogos Olímpicos de Paris. É o caso do jogador holandês de vôlei de praia, Steven van de Velde, condenado por estupro de menor de idade. Ele chegou a ser vaiado na quadra, inclusive pelo público brasileiro, na partida em que ele e seu colega de dupla, Matthew Immers, foram eliminados por Evandro e Arthur nas quartas de final. Já a boxeadora argelina Imane Khelif enfrentou boatos de que seria transgênero. A esportista, que tem hiperandrogenismo, viu sua participação nas competições femininas de Paris 2024 ser contestada. O caso chocou a Argélia, onde Khelif é um ícone. O Comitê Olímpico Internacional defendeu a atleta, que fez um apelo ao público antes de vencer a chinesa Yang Liu e conquistar o ouro na categoria - 66 kg."Envio essa mensagem a todas as pessoas no mundo, para aceitarem as regras e princípios olímpicos e pararem de atacar os atletas porque isso tem consequências, consequências graves", declarou em entrevista à agência American Press. "Esses ataques podem destruir as pessoas, espiritual e mentalmente. E isso divide as pessoas. Por isso, peço que parem com o bullying", disse Khelif.Outra polêmica ocorreu devido à quebra de recorde protagonizada pelo nadador chinês Pan Zhanle, que no dia 31 de julho cravou o tempo de 46:40 na final dos 100 metros do nado livre - um segundo a frente do australiano Kyle Chalmers, que levou a prata. Uma façanha como essa na natação não era vista há cerca de 50 anos, o que levou muitos especialistas a insinuarem a possibilidade de doping, não confirmada nos exames. Quebras de recordesA nadadora canadense prodígio Summer McIntosh, de apenas 17 anos, conquistou três ouros e uma prata nesta edição dos Jogos. Ela ainda registrou um novo tempo nos 200 metros borboleta (2:03:03). A jovem é vista como um dos grandes talentos de Paris 2024, três anos após sua estreia em Tóquio, quando tinha apenas 14 anos.No ciclismo de pista feminino, o recorde de velocidade foi batido cinco vezes em uma única noite, pela Grã-Bretanha, Alemanha, Nova Zelândia e depois duas outras vezes novamente pelas britânicas. Foram elas que levaram o ouro ao chegar à marca final de 45:186. O sueco Armand Duplantis emocionou o Stade de France com seu desempenho no salto com vara, alcançando 6,25 metros. Essa foi a nona vez que o atleta quebrou seu próprio recorde."Estou muito orgulhoso, definitivamente. Recebi mais amor e apoio do que poderia imaginar. Estou tão feliz que pude performar de uma maneira que eu sabia que era capaz. É mais incrível do que eu poderia imaginar, honestamente", declarou. Sucesso nas redes sociais Embora não tenha obtido o mesmo sucesso na competição, o atleta francês Anthony Ammirati viralizou nas redes sociais. Sua eliminação passaria despercebida não fosse sua genitália ter derrubado o sarrafo durante a disputa. Uma plataforma de conteúdo erótico chegou a propor o pagamento de € 250 mil para que o francês posasse diante de suas câmeras por uma hora. Em seu TikTok, Ammirati postou um vídeo em que aparece comendo, com o olhar distante, ao som da trilha sonora do desenho animado Bob Esponja e a seguinte mensagem: "quando você chama mais a atenção por sua genitália que por sua performance".Quem também viralizou nas redes sociais durante os Jogos Olímpicos de Paris foi Snoop Dogg, que se tornou um verdadeiro "mascote do evento". O rapper americano, que participou do revezamento da tocha olímpica, veio a Paris também como comentarista esportivo do canal NBC. Mas não apenas: a estrela experimentou vários esportes - judô, natação, esgrima e halterofilismo. Além disso, vídeos em que o músico aparece falando em francês e até dançando com um cavalo, em Versalhes, divertiram o público.Novas estrelas no mundo do esporteOs Jogos Olímpicos de Paris também entrarão para a história com a ascensão de novos ídolos do esporte. É o caso do nadador francês Léon Marchand, de 22 anos, que se tornou um herói na França ao conquistar cinco medalhas, quatro de ouro e uma de bronze. A RFI conversou com o jovem no estúdio instalado no Club France, espaço do Comitê Olímpico Francês no Parque de la Villette, norte de Paris. "Tenho consciência das minhas conquistas porque as pessoas não param de me perguntar sobre isso. Mas acho que, no fundo, ainda não me dei conta. Vai demorar um pouco, preciso de tempo. Os últimos dias foram muito intensos para mim. Então agora estou começando a voltar à realidade e a compreender o que aconteceu nesses últimos dias. E é uma coisa louca, na verdade", afirmou. O Brasil também fez história em Paris, com várias conquistas. Rebeca Andrade conquistou o primeiro ouro do país na ginástica artística e se tornou a maior medalhista brasileira de todos os tempos: foram quatro pódios apenas nessa Olimpíada, que se somam aos dois realizados em Tóquio. A ginasta de 25 anos conversou com a repórter Maria Paula Carvalho, da RFI, logo após obter o ouro na Arena Bercy e expressou orgulho com sua performance. "Estou muito feliz de estar voltando para o Brasil com o ouro. Os brasileiros mereciam muito! E eu queria muito também, sabe? Eu lutei muito e fiz o meu melhor" celebrou. Sucesso das brasileiras As mulheres brasileiras foram, pela primeira vez, mais numerosas que os homens na delegação nacional: 153 esportistas do sexo feminino contra 124 do masculino. Foram elas também que conquistaram a maioria das medalhas. Além de Rebeca Andrade, subiram no pódio Beatriz Souza e Larissa Pimenta no judô, Tatiana Weston-Webb no surfe, Rayssa Leal no skate street, Bia Ferreira no boxe, além da medalha por equipe da ginástica feminina, do vôlei de quadra, do vôlei de praia, com Ana Patrícia e Duda, e da equipe do futebol feminino, com essa foi a última Olimpíada de Marta. É também uma atleta mulher, a primeira representante do Brasil a disputar uma mesma edição dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, a mesatenista Bruna Alexandre, que avaliou as atletas nacionais. "É algo de muita alegria para o nosso país, ver que a mulher é forte e capaz. Quem sabe em Los Angeles, em 2028, tenha o dobro ou o triplo de esportistas mulheres", disse, em entrevista à RFI.O Brasil também subiu no pódio com William Lima e a equipe mista, no judô; Isaquias Queiroz, na canoagem; Gabriel Medina, no surfe; Augusto Akio, no skate park; Edival Pontes no taekwondo; e Caio Bonfim, na marcha atlética.Os brasileiros também marcaram presença em Paris, colorindo a torcida de verde e amarelo e fazendo muita festa nas arquibancadas e ruas da capital francesa. A gaúcha Roberta Calabro, radicada em Barcelona, veio à Paris assistir a algumas competições. Em entrevista à RFI, ela contou que a experiência foi tão positiva que resolveu prolongar a visita e ir até Marselha, no sul da França, ver a seleção feminina de futebol do Brasil enfrentar e bater a Espanha. "Participar das Olimpíadas sempre foi um sonho para mim, e essa em Paris, uma cidade que eu sempre amei, vai ficar marcada para sempre. Eu assisti a cinco jogos no total e eu fiquei impressionada com a organização. Foi incrível!", comemora.Paris se prepara para Jogos ParalímpicosNa noite de domingo (11), a França se despediu dos Jogos, mas temporariamente. A chama olímpica, exposta em um balão no Jardim das Tulherias, no centro de Paris, se apagou na noite de domingo, durante a cerimônia de encerramento. Mas ela voltará a ser acesa em 28 de agosto, quando iniciam os Jogos Paralímpicos. Enquanto isso, as autoridades francesas cogitam em transformar a escultura de 30 metros de altura e sete de diâmetro em um monumento, como uma lembrança física e permanente dos Jogos Olímpicos de Paris. Leia tambémEm contagem regressiva para Jogos Paralímpicos, atletas brasileiros embarcam rumo a Paris
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Dicas para quem vai à Paris e sobre a Maratona Olímpica. Marathon Pour Tous (Maratona Para Todos) É a primeira vez que atletas amadores poderão correr uma maratona no mesmo percurso da Maratona Olímpica. É um momento histórico no esporte e no mundo da corrida; o Acontece dia 10 de agosto; O Percurso homenageia a Marcha das Mulheres de Paris à Versalhes, ocorrida em outubro de 1789, marco na história da França e da Revolução Francesa; dentre os 20 mil inscritos nas duas distâncias, aproximadamente 191 são brasileiros. Insta da Nana: https://www.instagram.com/shotbynana/ Telegram: https://teniscerto.com/telegram Whatsapp: https://teniscerto.com/zap Site: https://teniscerto.com Contato comercial: contato@teniscerto.com ▬ INFORMAÇÕES IMPORTANTES ▬ O Tênis Certo é um canal de informações que divulga lançamentos e promoções de tênis. Não vendemos nenhum tipo de produto ou serviço. Se você comprar através dos nossos links, recebemos uma pequena comissão que nos ajuda a manter a produção do conteúdo. Isso não mudará o valor final da sua compra. Agradeço muito o seu apoio. TAGS: olimpíada, olimpíada de paris, olimpíada 2024, corrida de rua, maratona, podcast do tênis certo, podcast, valery mello, eduardo suzuki, tênis certo
No sétimo episódio do Rota de Paris, Edson Jr. e Rafa Kawachi levam você para um tour completo pelos principais pontos turísticos de Paris, em um exclusivo tour montado por Sir. O. Gomes. Desde a icônica Torre Eiffel e o majestoso Museu do Louvre até os charmosos bairros de Montmartre e Marais, descubra os melhores roteiros para aproveitar cada canto da Cidade Luz. Entre piadas e dicas práticas, explore as catacumbas, a vibrante Champs-Élysées, e os tesouros escondidos nos cafés e bistrôs parisienses. Além disso, conheça as atrações imperdíveis como a Basílica de Sacré-Cœur, o Museu d'Orsay e o Palácio de Versalhes. Com muito humor e descontração, acompanhe essa divertida jornada pelo universo turístico de Paris na companhia de Edson Jr. e Rafa Kawachi. ---------- O Rota de Paris é um programa especial do Página Laranja que comenta curiosidades e informações sobre a cidade sede das Olimpíadas de 2024, além de mais dados, notícias e informações sobre os jogos em si, com a intenção de levar entretenimento e bom humor. No ar de segunda a sexta, às 20h00, de 22/07 a 09/08/2024. ---------- Compartilhe o nosso conteúdo e nos ajude a alcançar mais pessoas. Não se esqueça de assinar nosso podcast para receber nossos conteúdos. Ajude o Página Laranja a manter seu trabalho a partir de apenas R$ 1 por mês no Apoia.se ou no PicPay: https://paginalaranja.com.br/sobre/#apoie. Participaram deste episódio: Edson Jr (https://www.instagram.com/jrkawachi) e Rafa Kawachi (https://instagram.com/contadorafa). Interaja conosco e acompanhe nosso conteúdo em todas as redes: https://paginalaranja.com.br https://instagram.com/paginalaranja https://youtube.com/@paginalaranja https://facebook.com/PaginaLaranjaOficial
Paris já está transformada na cidade que vai acolher o mundo para os Jogos Olímpicos. O ex-jogador do PSG e da seleção brasileira Raí prevê uma Olimpíada "única", em que a paridade de homens e mulheres será celebrada como uma conquista do país anfitrião. Após nove anos de preparativos, Raí acredita que os franceses irão conseguir transmitir ao mundo toda a magia da cidade. "Será a união de Paris, do esporte e da população com todas as nacionalidades", disse o ex-jogador em entrevista à RFI. A uma semana da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos Paris 2024, Raí organizou na quinta-feira (18), com a sua Fundação Gol de Letra, o "Segundo Encontro de Inclusão Social pelo Esporte", desta vez na universidade Sorbonne, no centro da capital francesa. Especialistas da Austrália, do Canadá, da França e do Brasil trocaram experiências sobre políticas públicas nessa área. A ex-jogadora de vôlei Ana Moser, medalha de bronze em Atlanta (1996), e ex-ministra do Esporte, veio do Brasil para participar dos debates e compartilhar a sua experiência. A ministra francesa dos Esportes e Jogos Olímpicos, Amélie Oudéa Castera, também esteve no encontro e fez um balanço das ações do governo francês no dia em que os atletas começavam a se instalar na Vila Olímpica."Vamos acompanhar todas as chegadas nos próximos dias e sentir aquele ambiente extraordinário na Vila Olímpica", disse a ministra. "As infraestruturas são muito bonitas, foram construídas de acordo com os melhores padrões de sustentabilidade, com fácil acesso aos restaurantes e serviços. Nós realmente tentamos construir o melhor ambiente possível para que todos os atletas do mundo se sintam bem", destacou Amélie Oudéa Castera.A preparação da Olimpíada serviu de alavanca para envolver um número maior de franceses em práticas saudáveis. Segundo a ministra, o número de inscritos nos clubes esportivos aumentou 8% no ano passado. Ela espera que depois do evento, esse número ainda cresça mais 15%. Na Sorbonne, Raí destacou a longa lista de benefícios do esporte. "O esporte, se bem organizado, não é caro e tem muitos resultados: a questão do desenvolvimento humano, da socialização, do desenvolvimento cognitivo, da melhora, por exemplo, da performance dos alunos nas escolas", citou. Na avaliação do ex-capitão do PSG, "o esporte traz benefícios múltiplos, com um custo menor do que a escola, menor às vezes que outra política de compensação para atenuar a falta de esportes para a população", destacou."Não senti problema colateral depois de nadar no Sena", afirma ministra francesa A semana foi marcada pela liberação do rio Sena para mergulho, depois de vários testes revelarem que as águas estão adequadas para o banho e superaram um problema temporário de concentração de bactérias fecais. A ministra dos Jogos Olímpicos falou sobre o mergulho que deu no Sena no último sábado (14):"Eu nadei no Sena e não senti nenhum efeito colateral depois desse mergulho. O rio está pronto e estamos muito confiantes na nossa capacidade de realizar ali todas as provas: o triatlo, a maratona de natação e depois, durante os Jogos Paralímpicos, o paratriatlo", disse Amélie Oudéa Castera à RFI.Ela destacou que o governo francês "sente satisfação ao ver que o rio está recuperando a sua qualidade, a sua biodiversidade e pode proporcionar um ambiente fantástico para atletas de todo o mundo". De acordo com a ministra, "existe uma resiliência que permitirá o uso do Sena, mesmo se chover muito nos próximos dias". Talvez, de acordo com as análises da água, seja preciso adiar as provas por algumas horas, ponderou a ministra. Mas as soluções já teriam sido antecipadas pelos organizadores, caso surja algum risco de última hora.MagiaRaí conhece bem os franceses e prevê uma Olimpíada cercada de magia. Ele tem a dupla nacionalidade franco-brasileira e diz estar ansioso para que a cerimônia de abertura, na sexta-feira 26 de julho, chegue logo. "Minha expectativa aqui em Paris é que será uma Olimpíada única. É a primeira vez que tem homens e mulheres em mesmo número de atletas (no caso da delegação francesa). Será uma Olimpíada sustentável que teve poucas construções – estão usando as instalações da própria cidade ou do país, que já eram existentes. Vão usar o cenário dessa cidade maravilhosa para as provas de arco e flecha nos Inválidos, skate na praça da Concórdia, equitação em Versalhes", explicou o ex-jogador em tom animado. "Os franceses sempre reclamam de alguma coisa, mas vão conseguir transmitir toda essa magia: a união de Paris com o esporte e sua população, misturada com todas as nacionalidades", ressaltou. Ana Moser: "Delegação brasileira irá bem"No final do encontro, falando para a RFI, Ana Moser deu seu palpite para a delegação brasileira: "Em termos de resultado, acho que o Brasil irá bem". Para a ex-campeã em Atlanta, se o Brasil mantiver a mesma posição no ranking olímpico, "já será muito bom".Mas com a experiência de quem dedicou a vida ao esporte e chegou a ocupar a direção do ministério no Brasil – só afastada por uma pressão por cargos dentro do governo Lula –, Ana Moser lamenta que a única referência para o sucesso dos esportistas ainda sejam as medalhas e não "o número de atletas que o país tem, quantas competições promove e o número de clubes esportivos que consegue oferecer à população".
A cidade de Paris, que sediará os Jogos Olímpicos na França, começou a fechar os pontos turísticos que serão utilizados como arenas para as competições. As Olimpíadas acontecerão de 26 de julho a 11 de agosto. Há pontos turísticos que serão palco para os jogos: o Parque de Versalhes sediará provas de hipismo; a área ao redor da Torre Eiffel vai sediar as provas de vôlei de praia dos Jogos Olímpicos e as provas de futebol para cegos dos Jogos Paraolímpicos; e a área ao redor da Torre Eiffel vai sediar as provas de vôlei de praia dos Jogos Olímpicos e as provas de futebol para cegos dos Jogos Paraolímpicos. As informações são do portal "G1". E para quem viajar para a cidade, como será possível aproveitar o turismo por lá? Este é o tema do "Viaje na CBN", com o comentarista Edson Ruy. Ouça a conversa completa!
O Palácio de Versalhes, em França, acolhe, esta segunda-feira, 180 líderes de empresas estrangeiras durante a 7ª edição do fórum económico "Choose France", uma iniciativa do Presidente francês. O Eliseu anunciou que há promessas de investimento no país de mais de 15 mil milhões de euros, através de 56 projectos. “Um recorde” e uma oportunidade para empresas locais e para a criação de emprego, explica o economista Carlos Vinhas Pereira, presidente da Câmara de Comércio Franco-Portuguesa. RFI: O que é este evento “Choose France”?Carlos Vinhas Pereira, presidente da Câmara de Comércio Franco-Portuguesa: “Este encontro é da iniciativa do Presidente Macron e estamos a falar da 7ª edição. Foi ele que introduziu este ‘Choose France' que é um grande 'show' para os grandes empresários internacionais no Château de Versailles, o sítio mais prestigioso de França. O objectivo principal é de apresentar a atractividade de França relativamente aos projectos de investimento, sobretudo projectos internacionais em que há montantes importantes de investimento e também empregos para os franceses inerentes a estes investimentos. É uma maneira de apresentar cada ano tudo o que é atractivo, medidas, incentivos para poder estimular a actividade económica francesa.”A Presidência anunciou que esta edição vai originar mais de 15 mil milhões euros de promessas de investimento em França, num total de 56 projectos. O que é que representam estes valores para a economia francesa? É realmente um recorde de investimento relativamente às outras edições? “Sim, é um recorde. Claro que não é um montante para 2024, é um montante que se vai diluir em função dos anos porque estamos a falar de construções de fábricas, estamos a falar de altas tecnologias, de investigação. Isto implica muitos fundos, implica um grande investimento. Efectivamente, a França foi eleita há poucos dias como campeã da Europa e da atractividade na Europa.”Justamente, de acordo com o Eliseu, a França é o país mais atractivo da Europa há cinco anos. Confirma?“É verdade. O ranking foi feito há pouco por um organismo completamente independente e confirma estes dados da atractividade francesa. Temos que ver que temos grandes faculdades, temos também grandes centros de investigação, estamos a falar do centro da Europa, estamos a falar do quinto país em termos económicos ao nível mundial, que é um dos grandes europeus conjuntamente com a Alemanha. Hoje vão-se reunir 180 empresas, essencialmente das novas tecnologias, da saúde…”Há também empresas na área da inteligência artificial, da descarbonização da economia? Quais é que são as áreas em destaque e porquê? “São aquelas áreas que estão na moda e que também vão implicar grandes investimentos para o futuro. Quando estamos a falar de grandes tecnologias, estamos a falar, por exemplo, em informática quântica, com a IBM. Estamos a falar da Microsoft, que vai fazer um investimento de quatro mil milhões de euros e que será o maior investimento da Microsoft em França para criar tudo o que é ‘data centers' em França. E uns atraem outros. O facto de estarem em conjunto num mesmo sítio, num evento regular, com grandes patrões… Por exemplo, a Amazon anunciou um grande investimento de 1,2 mil milhões de euros e a criação de empregos.Há sempre o destaque da criação de empregos. O Presidente Macron sempre apostou na criação de empregos para os franceses e é verdade que a taxa de desemprego diminuiu fortemente, mas também diminuiu em toda a Europa. Estas grandes empresas vão também contratar subcontratantes. Isto vai ser uma bola de neve. Ou seja, são investimentos que depois vão permitir criar números muito importantes de empregos que justificam o facto de um Presidente da República se mobilizar, assim como o ministro da Economia.”O Presidente da República “mobilizar-se” um mês antes das eleições europeias, com anúncios de investimentos massivos, não soa a oportunismo político?“Efectivamente, poderíamos ter alguma legitimidade para pensar nisso porque estamos a menos de um mês desta eleição. Agora sabemos bem que o Presidente Macron sempre pôs em destaque a Europa. O grande projecto dele é que existissem os Estados Unidos da Europa em que ele fosse o Presidente. Os Estados Unidos da Europa sempre foi o sonho dele, podemos dizer, e um dia pode acontecer. Eu acho que ainda estamos longe disso porque temos alguma dificuldade de mobilizar as tropas para algumas coisas, tanto em termos económicos, como em termos da agricultura, como em termos de muita coisa.Mas quando um cidadão francês ouve que os 180 gerentes das maiores empresas mundiais estão reunidos em França porque estão atraídos pela economia francesa, claro que alguns podem dizer que ele é uma pessoa que nos põe em destaque, que nos põe no seio da Europa. Se calhar, os outros países é que podem não concordar porque tudo o que é feito em França, não é feito nos outros países.”Estamos a falar de uma reunião de grandes multinacionais no Palácio de Versalhes, com toda a criação de oportunidades de investimento para essas multinacionais. Também há o equivalente de criação de oportunidades para as pequenas empresas que já estão implantadas no território francês? Elas têm a mesma igualdade de oportunidades que as que se abrem aos investidores estrangeiros?“Não podemos dizer que há igualdade, mas o que podemos dizer é que quando a Amazon ou a Microsoft ou a IBM ou a AstraZeneca investem em França, obviamente vão ter que empregar pessoal deles, mas também vão fazer trabalhar toda a parte local. Todas estas instalações não são em Paris ou na região parisiense, são na província, onde vão permitir empregar subcontratantes locais. Com certeza que isto será dito pelo ministro da Economia ou até pelo Presidente porque ele não quer que se pense que isto é tudo feito no interesse das grandes empresas, no interesse do capitalismo em geral, mas que isto vai ter um mecanismo de bola de neve para as pequenas e médias empresas francesas. Dentro destas empresas haverá, com certeza, também empresas portuguesas com toda a parte de construção, toda a parte de infra-estruturas. Ou seja, há muitas empresas que vão estar ligadas a estas grandes empresas e a estes grandes investimentos.Os grandes investimentos vão realizar-se, na maioria, fora da região parisiense e nos territórios franceses, o que vai permitir também abranger e criar empregos para as pessoas localmente, onde há mais dificuldade em encontrar emprego.”No ano passado, as promessas de investimento foram de 13 mil milhões de euros. Isso concretizou-se? E ao longo das seis edições, todas as promessas de investimento concretizaram-se?“É muito complicado, efectivamente, de contabilizar porque quando se fala de 15 mil milhões, isto vai-se fazer durante um período alongado. A criação de uma fábrica, por exemplo, de um ‘data center' ou de uma fábrica de informática quântica não vai ser de um dia para o outro. Ou seja, quando eles dizem 15 milhões é para o futuro.É claro que aqui estamos também a falar um pouco de marketing. Tem que se anunciar no momento oportuno e o momento oportuno é quando estão reunidos, quando cada um dos grandes investidores vão falar dos projectos que eles têm em França, quando há toda a comunicação social. Podemos dizer que a contabilidade disto tudo não se materializa imediatamente nas contas públicas e, além disso, não teríamos o pormenor para podermos verificar isto. Mas estamos a falar de anúncios que são concretos porque as fábricas nascem, os empregos são criados.Agora, era uma boa ideia que o governo francês fizesse um apanhado do que é que foi prometido nos anos anteriores, o que é que foi realizado, qual é o grau e percentagem de acabamento dos investimentos que foram anunciados nos anos anteriores. Isto era uma boa sugestão a fazer ao presidente Macron.”Há 180 empresas estrangeiras convidadas. Entre elas há empresas lusófonas?“Não temos noção ou, pelo menos, não estão destacadas. Aquelas grandes empresas destacadas são aquelas que fazem acima de 500 milhões de euros de investimento. Agora haverá, com certeza, empresas subcontratantes ou empresas que podem ter alguns projectos, mas que nunca vão ser deste tamanho.”
À grande e à francesa.
É uma das mais internacionais artistas portuguesas. Durante anos foi conhecida como “a artista do tampão” por causa da obra “A Noiva”, um candelabro feito com 14 mil tampões com que se estreou na Bienal de Veneza, em 2005. Com um percurso de mais de 30 anos, Joana Vasconcelos é reconhecida pelas suas esculturas monumentais e instalações imersivas que andam por todo o mundo. Em 2012 tornou-se a primeira mulher com uma exposição individual no Palácio de Versalhes, em França. Mas não teve autorização para incluir a peça fulcral da sua obra. “Não é possível tampões em Versailhes”, foi-lhe dito. Desde setembro a sua nova exposição “Plug-In”, no MAAT, em Lisboa, já recebeu para cima de 260 mil pessoas, tornando-se a mais vista da história deste museu. Dia 6 de abril celebra-se este feito com uma ‘finissage', ao longo de 12 horas de atividades. Um dos seus maiores desejos é abrir as portas do AMA, um misto de museu e atelier, em Lisboa, para quem quiser visitar o seu lugar de criação. Ouçam-na aqui nesta conversa em podcast com Bernardo MendonçaSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Esse foi um momento esperado por décadas pelas mulheres francesas. A lei "da liberdade garantida de recorrer ao aborto" entrou oficialmente na Constituição francesa nesta sexta, 8 de março, Dia Internacional da Luta pelos Direitos das Mulheres, em uma histórica cerimônia em Paris. Daniella Franco, da RFI“Foi preciso gravar o irreversível”: foi desta forma que o presidente francês, Emmanuel Macron, apresentou a oficialização da entrada da “liberdade das mulheres à recorrerem ao aborto” na Constituição da França. O país se tornou assim o primeiro a inscrever o direito na Carta Magna.Em uma emocionante cerimônia no Ministério da Justiça, no 1° distrito de Paris, o texto recebeu um selo que oficializa a entrada da lei na Constituição. Coube ao ministro francês da Justiça, Éric Dupond-Moretti, fabricar diante do público que acompanhava a cerimônia a peça de cera que gravou a constitucionalização do aborto.Em seguida, o texto da legislação foi repassado a Claudine Monteil, uma das signatárias do “manifesto das 343”, célebre petição redigida por Simone de Beauvoir e publicada em 1971 na revista Nouvel Observateur em apelo à descriminalização do aborto na França. Na época, as 343 mulheres que assumiram ter recorrido ao procedimento clandestinamente corriam o risco de serem processadas e presas.Durante um discurso, o presidente francês justificou a necessidade de inscrever na Constituição “a liberdade garantida às mulheres de recorrerem ao aborto” devido “aos recuos da nossa época”. Macron criticou “as forças reacionárias” que “miram primeiro e sempre nos direitos das mulheres antes de atacar, em seguida, os direitos das minorias, de todos os oprimidos, de todas as liberdades”.Execução na guilhotinaO chefe de Estado lembrou que a interrupção voluntária da gravidez (IVG), como o aborto não-espontâneo é chamado na França, chegou a ser um crime punido com pena de morte durante o sangrento regime de Vichy, quando a França foi ocupada pela Alemanha nazista, de 1940 a 1944. Macron ressaltou o caso de Marie-Louise Giraud, guilhotinada “em nome da proteção da família e da pátria” por realizar abortos durante o período.O presidente também citou o nome de várias mulheres que lutaram pela legalização deste direito na França, como a médica Madeleine Pelletier, que realizava abortos clandestinos no início do século 20, a advogada Gisèle Halimi, que defendeu a adolescente Marie-Claire nos anos 1970, vítima de uma gravidez após um estupro, e a ex-ministra Simone Veil, que defendeu e aprovou a lei que descriminalizou a interrupção voluntária da gravidez em 1975.“O selo da República grava neste dia um longo combate em prol da liberdade”, afirmou o chefe de Estado diante de centenas de personalidades convidadas a participar da cerimônia na Praça Vendôme, suscitando forte emoção e lágrimas entre o público. Entre parlamentares e ministros, marcaram presença celebridades, como a atriz Catherine Deneuve, além de representantes de associações feministas.Sob aplausos, Macron ainda expressou o desejo de inscrever a liberdade de recorrer ao IVG na Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia. “A França se tornou hoje o único país no mundo cuja Constituição protege explicitamente o direito à interrupção voluntária da gravidez, em todas as circunstâncias. E não descansaremos enquanto essa promessa não for cumprida em todo o mundo”, reiterou.Nos arredores do Ministério da Justiça, milhares de pessoas também se reuniram para acompanhar o evento. Foi o próprio presidente que convidou cidadãos e cidadãs a participarem da cerimônia, uma constitucionalização legislativa aberta ao público pela primeira vez na história. Após o discurso, Macron foi em direção à multidão com quem conversou durante quase uma hora.Aprovação em Congresso extraordinárioA constitucionalização do aborto foi uma promessa feita pelo presidente francês a pedidos de organizações feministas. A iniciativa ocorreu após o cancelamento do decreto Roe vs Wade, nos Estados Unidos, em 2022, que suscitou o temor de que o mesmo retrocesso pudesse ocorrer na França.O projeto de lei foi debatido durante 18 meses e passou por votação na Assembleia de Deputados, em janeiro, e pelo Senado, em fevereiro. Em seguida, como ocorre a cada revisão constitucional na França, o texto foi votado em Congresso extraordinário, pelas duas câmaras, em 4 de março. Por 780 votos a favor e 72 contra, deputados e senadores aprovaram a inscrição do IVG na Carta Magna.Apesar de ter obtido o aval massivo dos parlamentares, a constitucionalização do aborto encontrou diversos obstáculos nos últimos meses, como a recusa do termo "direito ao aborto", que deu lugar à expressão "liberdade garantida" às mulheres que desejarem recorrer à prática. Vários parlamentares, entre eles o próprio presidente do Senado, Gérard Larcher, também se manifestaram contra o projeto por acreditarem que a lei que já premitia às mulheres a interromperem gestações legalmente na França não estava ameaçada.Um direito desde 1975O aborto foi descriminalizado em 1975 na França, graças ao combate da ministra francesa Simone Veil, ícone da emancipação feminina e sobrevivente do Holocausto. Em 2022, o prazo máximo para a realização do procedimento aumentou de 12 para 14 semanas. A mudança não alterou o número de gestações interrompidas, como alegavam conservadores. Há cerca de duas décadas, o número se mantém estável: cerca de 230 mil abortos voluntários são realizados por ano no país.Embora em torno de 80% dos franceses apoiem a iniciativa, segundo pesquisas, na segunda-feira (4) bispos expressaram "tristeza" com a decisão do Congresso, assim como grupos conservadores. A organização Marcha pela Vida chegou a realizar uma manifestação durante a votação em Versalhes, "para defender a vida das crianças que ainda não nasceram e todas as vítimas do aborto".
É o sonho de muitos atletas amadores: correr no mesmo circuito dos profissionais que disputarão a maratona dos Jogos Olímpicos de Paris. E vai virar realidade para 40 mil participantes de 110 países, que venceram os desafios esportivos propostos pelos organizadores, como corridas de rua e forte engajamento nas atividades virtuais do Club Paris 2024, e que puderam participar de um sorteio da Maratona para Todos, que vai acontecer na noite de 10 de agosto. Por Maria Paula Carvalho, da RFIEntre os 191 brasileiros que já garantiram vaga, está o sergipano Johellyson Bispo, que investe nesse sonho desde 2022. Ele conta que para chegar até aqui já foi uma "verdadeira maratona", cumprindo desafios diários no aplicativo do celular, a fim de garantir vaga em Paris. "Eu fiquei sabendo que haveria a participação de amadores. Então, eu baixei o aplicativo e comecei a cumprir os desafios, juntando pontos. Aquela coisa: até caminhada no supermercado eu ativava lá para contar pontos", relembra em entrevista à RFI. "Ano passado, começaram os sorteios. Mês a mês tinha algo para fazer pela plataforma e até que, no início de novembro, eu recebi o e-mail informando que eu havia sido sorteado. E demorou alguns dias até cair a ficha", comemora o sergipano. Policial de profissão, atleta por acaso. Johellyson conta que a corrida entrou em sua vida por indicação médica e ele nunca mais parou. "Comecei a correr por conta da saúde, pois estava com alguns problemas. Eu tinha que baixar o peso, tinha que reduzir algumas taxas que estavam elevadas e a corrida foi a solução, o caminho encontrado e desde então comecei a participar de corridas, correndo 2,5 km, 5 km, 10 km, 21 km, até conseguir correr uma maratona", conta orgulhoso."Já ajustei as férias para agosto. Estou me preparando para que não dê nada errado. É mágico, né? Participar dessa primeira edição, não sei se nas outras haverá essa possibilidade. É um sonho!", conclui o sortudo. "É algo utópico"Também foi para melhorar a própria saúde que a médica Amanda Sales, de João Pessoa, começou a correr em 2013. Hoje, ela diz estar pronta para enfrentar os 42,195 km da prova clássica da maratona pela décima vez na vida. Depois de Boston, Nova York, Londres e Chicago, ela mal pode esperar para correr em Paris.“A expectativa é que seja o melhor dos eventos. É um evento histórico e a gente está ali pela primeira vez, fazendo parte da primeira maratona olímpica de amador. Desde que recebi o e-mail estou em êxtase. O meu marido corre também, a gente entrou junto no aplicativo, fez os mesmos desafios, mas ele infelizmente não foi sorteado", lamenta."Eu já vi hotel, vou começar a ver passagem. Eu fiz uma maratona em outubro e já entrei em ciclo de maratona, eu não paro. Quem corre tem um 'distúrbio psiquiátrico', a gente cria uma dependência. Você pensa em muita coisa, são três horas em que você está sozinha praticamente, eu gosto de correr só, cada um tem as suas peculiaridades de treino", observa a médica. "É algo utópico, a gente sempre viu na televisão e agora a gente vai estar presenciando aquilo (...). As fotos vão ficar para o resto da vida, para contar para todo mundo”, finaliza Amanda. Malas prontas para ParisGuardar boas recordações também é o objetivo do catarinense Maurício Nunes de Oliveira, que iniciou até um canal no YouTube para contar sobre a preparação para a maratona de Paris e, claro, exibir as lindas imagens que ele espera fazer na cidade luz. O engenheiro de softwares, de 31 anos, revelou que já prepara as malas para viajar junto com a namorada e participar da Maratona para Todos. "A gente ficou muito feliz e já começou a programar toda a viagem, inclusive não só para a maratona em si, mas também para assistir à Olimpíada. Então, eu tive bastante tempo para me planejar e ver passagem, inclusive de comprar os ingressos para assistir às provas que vão acontecer lá", diz em entrevista à RFI."A gente vai assistir a jogos bem bacanas, a gente gosta bastante de vários esportes: tênis, futebol, skate. A gente vai chegar dez dias antes da prova. Nós vamos acompanhar a Olimpíada inteira, assistir aos jogos e ao final fechar com chave de ouro correndo a maratona. Às vezes a gente até custa a acreditar que está para acontecer. Enfim, está tão perto agora", diz entusiasmado. Maurício nunca esteve na Europa e fala da expectativa de conhecer tantos pontos turísticos correndo. "Literalmente estou com arrepios. A gente acompanha Paris através de séries e filmes e pensar em fazer isso tudo correndo? É um esporte que eu amo muito e realmente vai ser uma coisa histórica, um momento único que a gente quer aproveitar e registrar. Eu comecei, inclusive, um canal no YouTube para acompanhar esse treinamento e registrar o processo de preparação, enfim, e culminar com a própria prova. Enfim, para poder mostrar aqui, inclusive para meus filhos no futuro". Programação inédita e legadoA largada da Maratona para Todos está prevista para às 21h, diante da prefeitura de Paris. O circuito irá atravessar nove municípios: a capital, Boulogne-Billancourt, Sèvres, Ville d'Avray, Versalhes, Viroflay, Chaville, Meudon e Issy-les-Moulineaux. A paisagem pelo caminho inclui áreas de floresta, o Castelo de Versalhes e outros marcos do rico patrimônio histórico francês, com chegada no monumento dos Inválidos no coração de Paris. O trajeto passará por monumentos como a Pirâmide do Louvre, a Place Vendôme e a Torre Eiffel. A corrida de 10 km tem largada prevista para às 23h30. Inéditas na história dos Jogos Olímpicos, essas provas serão inclusivas, com a participação de deficientes, e também paritárias: metade dos participantes mulheres e a outra metade, homens. Maurício, que já correu uma maratona em 3 horas e 53 minutos, diz não estar preocupado com o cronômetro dessa vez. "Quero aproveitar o evento histórico e único e não estar preocupado em fazer um tempo na prova. Então, a minha preparação vai ser justamente com o meu treinador aqui, para a gente estar forte e preparado para grandes volumes de distância. Chegando cada vez mais perto da prova, fazer treinos os mais específicos possíveis. Como vai ser uma prova de noite, fazer treinos que vão ser perto desse horário para que meu corpo esteja acostumado, tanto em questão de alimentação, momento de fazer o exercício, enfim, e cada vez mais aumentando o volume de corrida, sempre consciente para não se machucar, porque justamente é uma distância grande, uma distância que demanda", pontua o jovem. Para quem pensa que o traçado será moleza deve se preparar. O percurso tem um desnível positivo de 438 metros e rampas com inclinação de até 13,5%. Será uma corrida exigente e um legado que os Jogos de Paris pretendem deixar para as futuras competições olímpicas.
Os organizadores da Maratona para Todos e da corrida dos 10 km, abertas a esportistas amadores durante os Jogos Olímpicos de Paris 2024, já distribuíram 35 mil números para participantes de 110 países. Até agora, 191 brasileiros já receberam as inscrições que vão exibir em suas camisetas na noite de 10 de agosto. Até o final de março, outros 5 mil "sortudos", como diz o comitê olímpico francês, serão escolhidos em desafios esportivos que contam para a seleção dos eleitos – corridas de rua ou forte engajamento nas atividades virtuais do Club Paris 2024.A largada da primeira prova, uma maratona clássica de 42,195 km, está prevista às 21h diante da sede da prefeitura de Paris, onde fica o marco zero da capital, na margem direita do rio Sena. A chegada será no monumento dos Inválidos, no 7° distrito de Paris. O horário noturno poderá atenuar o impacto das temperaturas elevadas típicas nessa época do ano. O circuito da maratona de Paris irá atravessar nove municípios: a capital, Boulogne-Billancourt, Sèvres, Ville d'Avray, Versalhes, Viroflay, Chaville, Meudon e Issy-les-Moulineaux. A paisagem pelo caminho inclui áreas de floresta, o Castelo de Versalhes e outros marcos do rico patrimônio histórico francês. O traçado da segunda corrida, mais curto e com largada às 23h30, percorre pontos icônicos dentro de Paris. Inéditas na história desse evento esportivo planetário, essas corridas serão inclusivas, com a participação de deficientes, e também paritárias: dos 40.048 esportistas amadores previstos, a metade serão mulheres e a outra metade, homens. 'Interesse excepcional'Tony Estanguet, presidente do Comitê Paris 2024, ficou surpreso com o interesse do público. "Vemos que há uma mobilização bastante excepcional. Para um quarto dos participantes será a primeira maratona de sua vida. Ficamos muito contentes com isso. Fomos assediados com pedidos de informação", disse Estanguet durante uma coletiva de imprensa na quarta-feira (31) . Ele contou que recebeu depoimentos de todas as partes do mundo, de "pessoas que sonham, desde o início do anúncio, de poder fazer parte dessa aventura excepcional".Corredores de 16 a 91 anosEx-tricampeão olímpico de canoagem, o dirigente esportivo francês afirmou ter ficado "orgulhoso" de contar com perfis bastante atípicos para as provas."Pessoas com idades de 16 a 91 anos vão correr os 10 km. Sim, o Charles tem 91 anos e vai correr", relatou Estanguet entusiasmado.Entre os inscritos para os 42,195 km, o mais jovem tem 20 anos, a mais velha, Barbara Humbert, 84 anos, enquanto a idade média dos corredores será de 41 anos. "Acho que será a 60ª maratona da Barbara, mas ela também falou que será a última", acrescentou Estanguet. A proposta dos organizadores é oferecer uma experiência única numa noite quente de verão no hemisfério norte. As duas corridas para amadores não serão cronometradas, assim como não haverá distribuição de medalhas. O objetivo é incitar os maratonistas do mundo inteiro a compartilhar a energia positiva do momento, percorrendo as ruas da Cidade Luz e seu entorno.Atletas premiados para encorajar corredores Nas estações de abastecimento, atletas "inspirantes", alguns ainda em atividade, e embaixadores do esporte francês, como a ex-número 1 mundial do tênis Amélie Mauresmo, Martin Fourcade, cinco vezes campeão olímpico no biatlo, e Michaël Jeremiasz, campeão paralímpico no tênis em cadeira de rodas, irão encorajar os corredores. Aurélie Merle, diretora de competições esportivas de Paris 2024, explicou que a Maratona para Todos acontece entre as duas maratonas olímpicas. "No sábado de manhã teremos a competição masculina e no domingo de manhã, a feminina", detalhou."Para nós, era importante ter essa corrida no meio das outras duas para cumprir a promessa de oferecer aos 40.048 'sortudos' as mesmas condições proporcionadas aos atletas profissionais", completou. A corrida dos 10 km foi criada para permitir a participação de todos. "Queríamos oferecer um percurso realmente espetacular", destacou a diretora de competições. A história e os cartões postais francesesO trajeto passará por monumentos parisienses sublimes: a Pirâmide do Louvre, a Place Vendôme, o Trocadéro, mas também a manufatura de porcelanas de Sèvres, o Castelo de Versalhes e a Torre Eiffel. "A empresa World Athletics, com quem construímos esse percurso, disse que será uma das maratonas mais maravilhosas que eles já organizaram", garante a francesa.Mas quem pensa que o traçado será moleza deve se preparar. "No plano esportivo, temos um desnível positivo de 438 metros e rampas com inclinação de até 13,5%. Será uma corrida exigente, preparem as pernas", alertou Merle em tom de brincadeira.A Maratona para Todos foi inspirada na "Marcha das Mulheres" da Revolução Francesa, um evento marcante na história do país. Em outubro de 1789, milhares de mulheres parisienses saíram da área onde fica hoje a sede da prefeitura de Paris e marcharam até o Castelo de Versalhes, onde morava o rei Luís XVI. Os franceses passavam fome na época, enquanto a nobreza vivia no luxo.Sob pressão das ruas, o monarca acabou assinando a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, que extinguiu direitos feudais. Era o fim do Antigo Regime e o início de uma nova era, como o legado que os Jogos de Paris pretendem deixar para as futuras competições olímpicas.
A história do pianista que assinou o Tratado de Versalhes em nome duma nação europeia.See omnystudio.com/listener for privacy information.
O medo do terrorismo está de volta à Europa. Em apenas uma semana, dois países europeus, a França e a Bélgica, foram palco de atentados, enquanto alertas de bomba se multiplicam em várias nações do continente. Os governos se preocupam com a tensão que a guerra entre Israel e o Hamas suscita na Europa. Daniella Franco, da RFIO clima se acirrou em boa parte da Europa desde o início dessa nova escalada de violência entre Israel e o Hamas. A França, que conta com as maiores comunidades mulçumana e judaica da Europa, viu a tensão do conflito se tranferir rapidamente a seu território.Na última quinta-feira (12), em entrevista à rádio France Inter, o ministro do Interior Gérald Darmanin descartou “o risco de importação do conflito israelo-palestino” à França. Um dia depois, um professor morria em um atentado contra uma escola de Arras, no norte do país. Segundo as autoridades francesas, a motivação do ato, perpetrado por um jovem de 20 anos de origem chechena, tem relação com o conflito no Oriente Médio.Já o atentado de Bruxelas, em que dois cidadãos suecos foram mortos, teria sido motivado pela onda de incidentes envolvendo o Alcorão na Suécia. Mesmo sem relação com a guerra entre Israel e o Hamas, o ataque reforça o clima de tensão e medo com uma nova onda terrorista.Alertas de bombaNos últimos dias, alertas de bomba se multiplicaram na França, obrigando dezenas de escolas e 12 dos maiores aeroportos franceses a serem esvaziados. O museu do Louvre foi fechado no último sábado (14). Já o Palácio de Versalhes teve de ser esvaziado quatro vezes por ameaça de atentado desde o fim de semana passado.Embora de maneira menos frequente que a França, outros países também foram palco de alertas de bomba, como a Bélgica, a Alemanha, o Reino Unido e a Itália. O governo francês também anunciou que tem recebido diariamente dezenas de trotes sobre ataques contra escolas; 18 jovens foram detidos por suspeita de falsos alertas em apenas 48 horas.Para especialistas, a principal ameaça hoje na Europa é o "terrorismo endógeno". As autoridades também se preocupam com a mudança de perfil de potenciais agressores que, segundo o jornal Le Parisien, "podem agir isolados, nunca frequentaram os campos de guerra jihadistas, pessoas às vezes psicologicamente frágeis, frequentemente muito jovens".A metade dos indivíduos envolvidos em projetos de atentados na França desde 2021 tem menos de 20 anos. É o caso de Mohammed Mougouchkov, autor do ataque contra a escola, em Arras, que completou 20 anos recentemente e está preso. Seu irmão, de 16 anos, e um primo, de 15, também foram indiciados.O recrutamento e o treinamento destes jovens têm ocorrido pela internet, através das redes sociais e de aplicativos de mensagens. Os treinamentos, que antes ocorriam nos campos jihadistas na Síria e no Iraque, acabaram virando tutoriais na internet de como agir em modo “lobo solitário”. O último relatório da Europol aponta para o perigo da propaganda terrorista online, que ensina a recrutas como fabricar bombas caseiras e transformar utensílios domésticos em armas.Dispositivo antiterrorismoDepois do ataque de Arras, o governo francês acionou o alerta de “emergência a atentados”, o mais alto nível de vigilância ao terrorismo no país. A segurança foi reforçada nas escolas, em locais de culto, espaços culturais e transportes públicos. Cerca de 10 mil militares foram mobilizados em toda a França.No entanto, algumas medidas vêm sendo criticadas: a mais polêmica delas é a proibição das manifestações em apoio ao povo palestino, sob a ordem do ministério francês do Interior. A justificativa do ministro Gérald Darmanin é que os atos pró-Palestina podem “provocar problemas à ordem pública”.O presidente francês, Emmanuel Macron, foi abordado na rua na quinta-feira (19) por estudantes, que questionaram a decisão. A conversa, que foi filmada por um jornalista, viralizou nas redes sociais. Macron respondeu que tem consciência de que há pessoas que querem protestar de forma pacífica, mas esses atos contam com a participação de “indivíduos radicais e que queimam bandeiras israelenses”.No total, 300 atos antissemitas foram registrados na França em menos de duas semanas: quase o total das violências contra a comunidade judaica registradas em 2022. Já escolas francesas foram palco de quase 400 incidentes durante o minuto de silêncio nacional realizado na quarta-feira (18) em homenagem ao professor assassinado em Arras – boa parte são de recusas de alunos a participar do ato. Em Colmar, no nordeste da França, um estudante chegou a ameaçar um professor de morte durante uma homenagem a Dominique Bernard.A capa do jornal Libération desta sexta-feira (20) ilustra a tensão que vive o país. “Uma França à flor da pele”, diz a manchete. O diário traz uma reportagem especial de seis páginas abordando a volta do temor dos atentados ao cotidiano dos franceses.“A guerra no Oriente Médio é uma espada de Dâmocles sobre a união nacional pedida por Macron. A intensificação do conflito não melhorará as coisas. Mas é preciso considerar que as derrapagens dos representantes políticos contribuem para alimentar a divisão”, diz Libération em seu editorial.
No episódio #197 do Animes Overdrive, Pedro Lobato, Gabi Tozati, Matheus Bianezzi, PH Mota e Luis Hunzecher continuam e encerram o primeiro Clube do Mangá do Animes Overdrive com uma das obras mais clássicas do gênero shoujo: Rosa de Versalhes. Nesse podcast, vamos conversar sobre os os volumes 6 a 10 do mangá Rosa de Versalhes, de Ryioko Ikeda, uma obra que acompanha a história de três personagens no período da Revolução Francesa. Vem desvendar conosco esse mundo de intrigas, poder e romances proibidos. Lembrando que no final desse podcast vamos revelar qual será a próxima obra que vamos conversar no nosso Clube do Mangá, pra você já começar a ler e se adiantar pra quando sair a nova temporada do Clube. Envie comentários e sugestões no twitter do Animes Overdrive (@overdriveanimes), no Instagram ou diretamente no e-mail podcastoverdrive@gmail.com. Caso você goste bastante do nosso podcast e queira nos ajudar, você pode fazer isso de várias formas diferentes: a) a primeira coisa que você pode fazer é obviamente nos indicar por aí e mostrar nosso programa para seus amigos e amigas para que mais pessoas nos conheçam; b) a segunda forma de nos ajudar é participando no nosso financiamento coletivo recorrente no nosso projeto do Catarse, em que poderá escolher uma entre duas categorias de apoio e com isso poder ter acesso a podcasts exclusivos e um grupo de apoiadores; c) a última forma, é sendo um inscrito no nosso canal na Twitch, principalmente se você assina Amazon Prime e pode dar essa inscrição de forma totalmente gratuita. Com o seu apoio na Twitch, você também terá acesso ao nosso grupo de apoiadores no telegram! E um agradecimento mais do que especial a todos os nossos apoiadores do nosso Catarse! Obrigado por acreditarem em nosso projeto! (00:00) Introdução (00:06:37) Conversando sobre a narrativa (com Spoiler) (01:10:46) Conclusão e revelação do próximo Clube do Mangá
O Museu do Louvre e o Palácio de Versalhes, dois dos grandes pontos turísticos de Paris na França, tiveram de fechar as portas para vistação neste sábado. Ouça!
No episódio #196 do Animes Overdrive, Pedro Lobato, Gabi Tozati, Matheus Bianezzi, PH Mota e Luis Hunzecher começam o primeiro Clube do Mangá do Animes Overdrive com uma das obras mais clássicas do gênero shoujo: Rosa de Versalhes. Nesse podcast, vamos conversar sobre os cinco primeiros volumes do mangá Rosa de Versalhes, de Ryioko Ikeda, uma obra que acompanha a história de três personagens no período da Revolução Francesa. Vem desvendar conosco esse mundo de intrigas, poder e romances proibidos. Envie comentários e sugestões no twitter do Animes Overdrive (@overdriveanimes), no Instagram ou diretamente no e-mail podcastoverdrive@gmail.com. Caso você goste bastante do nosso podcast e queira nos ajudar, você pode fazer isso de várias formas diferentes: a) a primeira coisa que você pode fazer é obviamente nos indicar por aí e mostrar nosso programa para seus amigos e amigas para que mais pessoas nos conheçam; b) a segunda forma de nos ajudar é participando no nosso financiamento coletivo recorrente no nosso projeto do Catarse, em que poderá escolher uma entre duas categorias de apoio e com isso poder ter acesso a podcasts exclusivos e um grupo de apoiadores; c) a última forma, é sendo um inscrito no nosso canal na Twitch, principalmente se você assina Amazon Prime e pode dar essa inscrição de forma totalmente gratuita. Com o seu apoio na Twitch, você também terá acesso ao nosso grupo de apoiadores no telegram! E um agradecimento mais do que especial a todos os nossos apoiadores do nosso Catarse! Obrigado por acreditarem em nosso projeto! (00:00) Introdução (00:06:26) Sinopse e Impressões Gerais (sem Spoiler) (00:40:09) Conversando sobre a narrativa (com Spoiler) (01:27:58) Conclusão
Fim do mistério e de um trabalho que durou um ano e meio. Na sexta-feira (23), o Comitê Organizador dos Jogos de Paris 2024 revelou o percurso da tocha olímpica até a chegada a Paris, no dia 26 de julho do ano que vem, para a grande cerimônia de abertura da Olimpíada. O revezamento de um dos maiores símbolos do olimpismo foi apresentado em grande pompa na capital francesa com a presença dos responsáveis pelo evento, mas também por autoridades, atletas e ex-competidores que deixaram seus nomes na história do esporte francês. No dia 16 de abril, 100 dias antes do início dos Jogos, a tocha será acesa, como manda a tradição, por raios de sol em uma cerimônia na cidade de Olímpia, na Grécia, o berço das Olimpíadas. Depois de nove dias circulando pelo país, a tocha será transportada pelo famoso veleiro Belém, de três mastros, atravessará o Mar Mediterrâneo e chegará a Marselha, no sul da França, no dia 8 de maio. Depois, começa o longo périplo. De Marselha, a tocha percorrerá a região sudoeste da França, até subir para a Bretanha, no noroeste, e embarcar de navio para as Antilhas. O retorno será para Nice, no sul, de onde seguirá pelas regiões sudeste e leste até chegar ao norte, antes de descer em direção à capital. No total serão 80 dias, período em que a famosa chama passará por 400 cidades e cinco departamentos ultramarinos franceses: Guadalupe, Martinica, Guiana Francesa, Polinésia e a Ilha da Reunião).O presidente do Comitê Organizador de Paris 2024, Tony Estanguet, se mostrou otimista ao revelar o percurso da tocha entre as diferentes regiões e territórios da França, num trajeto estimado em 12 mil quilômetros. “Vamos envolver milhares de franceses em 64 regiões diferentes. É o fruto de uma enorme colaboração com os departamentos da França, mais de 400 cidades pediram para receber o revezamento da tocha, o que é mágico para nós, é fantástico, porque esse revezamento vai ser bonito, espetacular, vai ser mágico, vai ser nacional, vai ser esportivo", declarou. "Vamos ter uma grande mobilização de atletas que sonham em carregar essa tocha. Também queremos que pessoas anônimas participem. Queremos celebrar todos os que contribuem para o sucesso do nosso país, e é importante envolvê-los. Mesmo que não estejam ligados ao mundo do esporte", acrescentou. Além das dificuldades naturais de elaborar um percurso tão extenso, os organizadores ainda tiveram que contornar a oposição de muitos prefeitos e presidentes de regiões que se negaram a tirar dinheiro do bolso para participar dessa festa. Muitos denunciaram os custos excessivos para participar do evento, estimado em €150 e €180 mil, o equivalente a uma soma entre R$ 790 mil e quase R$ 1 milhão.O valor foi definido pelo Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Paris-2024 e será o mesmo para todas as regiões que queiram participar. Essa contribuição paga uma parte das despesas da organização do revezamento da tocha olímpica, desde segurança, logística e as atrações planejadas como animação. O diretor responsável pelo percurso da tocha, Grégory Murac, explicou os gastos e a posição do Comitê Paris 2024. “A organização desse evento custa muito dinheiro. Muitos recursos são mobilizados para realizá-lo. Então, sugerimos aos departamentos franceses que participassem do revezamento. Era realmente o desejo deles, e eles poderiam organizar como quisessem. Para aqueles que não quiseram se envolver com o revezamento, há outras maneiras de promover os Jogos", defende."Alguns departamentos acharam que era uma boa oportunidade para promover o esporte e unir as pessoas em torno do revezamento da tocha olímpica, então eles se juntaram a esse projeto. Nós do Comitê Olímpico Paris 2024 estamos muito orgulhosos por ter mais de dois terços das regiões da França participando e nos apoiando nesse projeto de revezamento da tocha olímpica”, afirmou.Capitães do revezamentoHá uma estimativa de pelo menos 10 mil pessoas participando deste revezamento. Os critérios de seleção devem ser baseados nos valores em torno do olimpismo. Todos que contribuem para o desenvolvendo do esporte em suas cidades e regiões, assim como os envolvidos na preparação do evento, terão prioridade. Junto aos anônimos, também devem desfilar com a tocha celebridades como o ator Jamel Debbouze, o chefe de cozinha Thierry Marx e o astronauta Thomas Pesquet, que já confirmaram participação. Para dar mais brilho à festa, o Comitê Organizador escolheu quatro capitães para esse revezamento, entre eles os irmãos Laure e Florent Manaudou, campeões olímpicos de natação. Laure Manaudou, medalha de ouro, prata e bronze em Atenas 2004, se aposentou das piscinas, mas é uma das personalidades esportivas mais conhecidas do país. Seu irmão, Florent, já conquistou quatro medalhas olímpicas, sendo uma de ouro. Laure expressou sua emoção com a escolha e com a possibilidade de ver seu irmão competir em Paris, no ano que vem. “Sinto-me honrada por poder participar. Para mim, é um sonho que se tornou realidade. De qualquer forma, é uma honra e uma responsabilidade também carregar a tocha. Será um momento especial. E espero que tudo dê certo para que tenhamos um ano espetacular, mágico… Eu parei minha carreira há alguns anos, mas meu irmão Florent continuou no esporte é vai poder viver um sonho de disputar os Jogos em Paris. É uma consagração para um atleta de alto nível. Então, espero que ele participe e que nos faça vibrar”.Apesar do entusiasmo do Comitê Organizador, atletas e apaixonados pelo esporte, o governo francês também mostra prudência e preocupação com o revezamento. Diante de muitos opositores à realização do evento no país, o ministro do Interior, Gérald Darmanin, alertou prefeitos e autoridades locais de segurança para ficarem atentos a eventuais manifestações e perturbações. Neste percurso da tocha está prevista a passagem por verdadeiros cartões postais e símbolos franceses, como o Mont Saint-Michel, a Polinésia e até o Castelo de Versalhes, já no final do périplo. Se o percurso está definido, o Comitê prefere ainda manter o suspense sobre o local onde a tocha irá chegar. A Torre Eiffel chegou a ser mencionada, mas as apostas continuam abertas, pois o mistério ainda deve durar, pelo menos é o que sugere o diretor responsável pelo revezamento, Grégory Murac. “Há muitas possibilidades, nada está completamente definido, há muitas opções e estamos discutindo. As equipes responsáveis pela cerimônia estão avaliando qual seria o lugar mais interessante e marcante para colocar a estrutura da pira olímpica”, explica.Vale lembrar que a tocha olímpica só surgiu nos Jogos Olimpícos de Amsterdã, em 1928. O revezamento, que teve origem nos Jogos da Grécia antiga, só reapareceu em 1936, na Olimpíada de Berlim.
Por Gilberto Garibal O que descobrimos em uma pintura de museu representando Adão? O primeiro homem não tem umbigo: Ele não se projetou! Ele é a solução, mas não o problema! Conscientemente ou não, seu sucessor é assombrado por sua falta de origem, por seu começo. Ele, portanto, preenche essa lacuna com as construções de sua imaginação. Assim nasceram o mito, a lenda, a alegoria, a parábola, o conto, a fábula, o romance. Porque, tanto quanto as exigências da sua natureza, a fome, a sede, a sexualidade, impõem ao homo sapiens que somos, uma necessidade imperiosa e transmissível: A história! Gostamos de contar histórias uns aos outros! De lenda a mito Para que essas histórias não morram, elas devem ser contadas constantemente. Ou seja, reinventá-las, ampliá-las, até aumentá-las. Até você acreditar! Todos os grupos humanos foram assim construídos a partir de histórias míticas fundadoras. Sob esse ângulo, o mito desempenha um papel de integrador social, ou seja, de manter a coesão dos conjuntos em questão. Os antropólogos afirmam que o mito é uma realidade que determina a vida presente, as atividades e os destinos da humanidade . Olhando mais de perto, podemos dizer que a história, em todas as suas formas, salvou a esperança humana, dando sentido à vida. Falhando em se inventar, o homem inventou céus e deuses, depois um deus e um demônio, um paraíso e um inferno. E assim entraram em cena o logos (a razão personificada pela linguagem) e o mythos(fabulosa história transmitida pela tradição) toda uma série de histórias, religiosas e profanas. Então, após a invenção da escrita e depois da imprensa, impôs-se o livro dos livros, a Bíblia, uma rica mistura de construções imaginárias e realidades ampliadas. Escrito há mais de 3.500 anos, continua sendo o maior sucesso literário ocidental. Oferecendo-nos precisamente a "história humana" com o Verbo como princípio! Todas as ressalvas feitas, pois não esqueçamos que a Bíblia foi escrita na época em um território de 40 quilômetros quadrados: a terra de Canaã. Não é o único livro sagrado do planeta! Desta forma, o Homem é capaz de formar uma estrutura irracional em torno de uma personagem (real ou não), um acontecimento (autêntico ou inventado) até concretizar um fenómeno fundador, por vezes de alcance universal e que se torna significativo. Podemos citar na história que nos é familiar, entre outros, os mitos de Moisés, Salomão, Jesus, Napoleão, Kennedy, Che Guevara, De Gaulle. E mais recentemente, no show business, os cantores Elvis Presley e Johny Halliday. Mito não significa verdade, mas representações de fatos ou elaborações do espírito a partir de tradições e histórias amplificadas pelo imaginário coletivo. Como as sociedades primitivas que veneravam deuses ou glorificavam objetos naturais, também a Maçonaria sentiu a necessidade de “inventar uma história”, partindo de uma criação lendária e depois mítica, assim que se tornou uma sociedade iniciática. Cabe aqui diferenciar a lenda do mito. A lenda é uma história que tem um começo, um coração e um fim. Um mito é uma história que tem um final em aberto. No Rito Escocês Antigo e Aceito, essa diferenciação permite que a lenda de Hiram que aparece no 3º grau, torne-se assim o mito de Hiram, do grau 4 ao 33, com uma série de fábulas, contos e alegorias, espalhando-se no tempo. Os fundadores da maçonaria especulativa moderna, pastores Anderson e Desaguliers, mencionam Hiram Abi, o arquiteto do Templo de Salomão na primeira edição das Constituições Maçônicas (1717). Considerando que ele é apenas um bronzeador artesão na Bíblia. Observe que a palavra "arquiteto" contém a palavra "arca", ou seja, uma "ponte que conecta". Este arquiteto Hiram ainda é citado na segunda edição das Constituições (1738) que evoca o profundo luto causado por sua morte repentina. Mas ainda não se trata de assassinato! Este último só interveio na década de 1740, no seio de várias lojas inglesas, numa “composição trágica” estruturada, diz-se, por um criador rosa-cruzeiro. Ele imagina uma cena de crime, como se o início de uma série de aventuras humanas exigisse primeiro, para o bom funcionamento social do grupo, não apenas uma morte, mas neste caso, um parricídio fundador. Freud apontará para esse tema da “horda primitiva” em sua teoria do “assassinato do pai” por seus filhos, primeiro impacientes para sucedê-lo, depois arrependidos. E depois dele, o antropólogo René Girard verá no fenômeno da violência, o fato histórico repetitivo da vítima inocente - o bode expiatório a ser removido. Hiram em má companhia É precisamente sobre este mesmo tema que o primeiro ritual do 3º grau simbólico foi criado no século XVIII . No REAA, ele nos leva direto da Europa das Catedrais para a Judéia. No templo de Jerusalém em construção, são colocados em situação premeditada, três Companheiros Trapaceiros, Jubelas, Jubelos e Jubelum, ávidos pelo grau de Mestre. Transformando suas ferramentas em armas, eles assassinam Hiram, simbolizando assim respectivamente, diz a lenda, ignorância, fanatismo e ambição excessiva. Observo de passagem que, na década de 1980, o terceiro Companheiro simbolizava na REAA superstição e não ambição. Prova de que o rito vive com os tempos, neste caso o da materialidade que hoje prevalece sobre a espiritualidade religiosa. Vale a pena deter-nos por um momento nas três faltas dos referidos maus Companheiros, com um olhar contemporâneo. D'abord l'IGNORANCE (do latim ignorância, falta de conhecimento). A primeira “ausência de conhecimento” que a define é, sem dúvida, a ignorância de nós mesmos, movidos como somos por nossos impulsos inconscientes. Daí o interesse de estarmos atentos às exigências do nosso EU, constituído pelo nosso “corpo-mente”. E não querer matar o nosso “ego”, como às vezes ouvimos de pessoas precisamente ignorantes! Somos imersos nas palavras que nos construíram desde o nosso nascimento. É bom saber como transmissores: um indivíduo está isolado, frequentemente hostil e exposto ao risco de delinqüência quando tem menos de cem palavras de vocabulário. Duzentas palavras já permitem que ele se comunique melhor. Quatrocentas palavras lhe dão a capacidade de entender o mundo e se encaixar socialmente. Passa então da ignorância à educação, chave das boas relações humanas. Ensuite le FANATISME (do latim fanum, relativo ao templo, e de fanaticushomem inspirado, delirante). Na antiguidade mediterrânea, onde reinava o politeísmo e as multidões de crenças, “fanáticos” eram os sacerdotes que adoravam deuses específicos. Com a particularidade de entrarem em transes brutais, durante os quais infligiam feridas a si próprios, até verem a cor do seu sangue nas feridas abertas. Esse comportamento ocorre ainda hoje na realização de certas cerimônias religiosas monoteístas. E, infelizmente, a série de atentados que atingem a Europa nos mostram a fúria cega, a barbárie dessas mentes manipuladas que são os fanáticos contemporâneos. Tudo considerado é claro, pode-se perguntar se, mesmo na alvenaria, o fato de alguns fetichizarem o rito, a ponto de se tornarem " ritolatras"», não vem do início do fanatismo. Daí a necessidade imperiosa de preservar o livre arbítrio em todas as circunstâncias! Por fim, AMBIÇÃO DESMEDIDA (do latim ambitionio,cobiçar, cobiçar). A ambição tem dois significados distintos. No primeiro sentido, é uma pulsão axial, uma força psíquica inconsciente, presente e preciosa em cada um de nós, que nos impulsiona a crescer, a perseverar em nosso ser e a nos aperfeiçoar. É o nosso capital energético que vai além do simples instinto de autopreservação. No segundo sentido, trata-se, no excesso ditado pelo desejo megalomaníaco de dominar, de tomar o poder, portanto de se impor, à custa da eliminação do outro. Esta manobra é evidentemente não só nociva como contraditória já que, visando receber a admiração dos outros, desencadeia, pelo contrário, a sua rejeição. Convenhamos, essa forma de ambição também existe em nossas fileiras. Aí é prejudicial quando, por exemplo, se volta para a concorrência. Advogado do diabo Na tentativa de ser objetivo, é interessante examinar a aventura hiramica com uma lupa filosófica. Segundo o método atribuído a Georg Hegel, tese, antítese, síntese. Ou seja, com espírito crítico, portanto com dúvida. Assim, é possível ver em Hiram – como advogado de defesa dos três maus companheiros – um personagem tirânico, cego por sua subserviência a Salomão (rei frívolo e caro, não esqueçamos) que reduz à escravidão de milhares de trabalhadores (segundo a Bíblia) para construir um insolente Templo de riquezas. E, continua a defesa, pode-se entender que três companheiros coléricos buscam ganhar mais se revoltando pela força! Uma tese que hoje seria defendida pelos sindicatos! Resta evidentemente o homicídio imperdoável, ou seja, o direito de matar que os três indivíduos assumiram. O advogado de defesa, esse "advogado do diabo", responderá aqui que a precariedade (que gera ciúmes) pode desencadear uma loucura assassina, ela mesma a ser levada em conta quando a faculdade de discernimento do humilhado é abolida. O povo não se saiu melhor em 1789, decapitando o rei Luís XVI e sua esposa, que tentaram fugir pela "porta leste" da França (outra versão do assassinato de Hiram, em suma!). Não foi este rei culpado de ter construído o Palácio de Versalhes, o seu Trianon e os seus suntuosos jardins, enquanto o povo passava fome! Victor Hugo falou muito bem sobre isso! Em suma, tudo está em tudo e seu oposto! Mitos e lendas só são verdadeiramente produtivos quando são estudados pelo menos sob os dois aspectos que sempre encerram, o bem e o mal. Como os dois lados de uma carta de baralho ou de uma moeda. O anverso e o reverso, o lado da coroa e o lado da face, constituem a mesma carta e a mesma moeda! A verdade não é deste mundo, mesmo na Maçonaria. Depois da tese e da antítese, a síntese. Essas falhas humanas, demasiado humanas, simbolizadas pelos três companheiros de maus atores da lenda de Hiram, e que pontuam nossa experiência relacional, têm uma coisa em comum, a incivilidade. A mesma que vivemos atualmente em todo o território, durante as frequentes manifestações sociais nas ruas. São "desnaturados" por bandidos mascarados, vestidos de preto, que desafiam e agridem a polícia, quebram vidros e incendeiam carros! Triste espetáculo da “guerrilha urbana” no século XXI! Ativado pela pulsão de morte, fere gravemente corpos, corações e almas! Longe desta terrível violência atual, o REAA de hoje se apoia em outra dramaturgia - assumidamente livresca, mas baseada na própria violência, característica do ser humano!- aquela imaginada no século XVIII, para tentar dar-lhe sentido . Não apenas resiste ao teste do tempo, mas é completamente, oh, parte da modernidade! Qual é o significante valorizado pela lenda de Hiram, senão a coragem, demonstrada pelo arquiteto de Salomão?! Qual é o significado expresso, senão a verdade , na forma de uma senha, que os três trapaceiros queriam saber antes do tempo?! Esta coragem, da qual devemos nos armar todas as manhãs. Esta verdade, o próprio objeto de nossa pesquisa, mas sem pressa. Você tem que ter tempo para as coisas e fazer tudo no seu tempo! Da palavra perdida, a palavra substituída O interesse primordial do símbolo é a liberdade de interpretação que ele permite! Assim, o aprofundamento da lenda de Hiram nos leva, repetidamente, a refletir sobre essas palavras, essa "palavra perdida" deixada com ele em seu túmulo. Como sempre, uma lenda vem de outra. Iluminemos por um momento a nossa imaginação com a poesia bíblica que nos diz que as palavras em questão são aquelas desenhadas na areia por Jesus para Maria Madalena e apagadas pelo vento, durante sua caminhada às margens do lago Tiberíades! Sabemos que a natureza – cósmica ou humana – abomina o vácuo, palavras substitutas vieram para preenchê-lo nas seguintes lendas! Somos assim referidos, por metáforas interpostas, a uma das nossas faculdades mentais que é a substituição . Graças aos artifícios da linguagem, o homem é capaz de transformar o sentido da fala e disfarçá-la. Claramente, podemos ouvir que com a "palavra substituída" sucedendo a "palavra perdida" ele inventou a mentira! Esta mentira instalada hoje na cidade, onde se tornou um reconhecido exercício de estilo, para não dizer um verdadeiro “esporte nacional”! Tanto nas ruas quanto na mídia, tanto nos negócios quanto na política. Fofoca, manipulação, notícias falsas, falsas promessas: tal é o significado profano de “discurso substituído” hoje! Seduzir, vender, obter, enganar, aparecer, fingir ser e ter, muitas pessoas estão em nossa esfera de imediatismo! Nesse sentido, o jornalismo muitas vezes eleva o acontecimento e a expressão instantânea substituiassim o real para o real. A filosofia notará aqui que essa segmentação do tempo – o império do instante – serve para impedir sua fuga desesperada e equivale a aliviar a angústia individual da morte, portanto, a mentir para si mesmo . É a uma nova visão do mundo, à manutenção de uma palavra sã que o iniciado é convidado. É também, quando necessário, a atos de resistência, quer dizer, pacíficos, que o Maçom, o Maçom, se engaja. A tolerância é limitada pelo intolerável: aquele momento em que é preciso saber dizer não! Com essa vontade constante, podemos enfrentar a má educação e os preconceitos, lutar contra as certezas instituídas, denunciar os ditos mexericos, carregados de palavras que matam. Dar novamente uma chance à verdade, em todos os lugares da “comédia humana”, tanto dentro quanto fora do nosso movimento. Nunca haverá autoridades humanistas suficientes para defender a trilogia republicana, incompatível com a hegemonia! Enquanto as lojas se multiplicarem, estaremos em uma democracia. Sejamos conscientes, orgulhosos e felizes! Com o coração feliz apesar de tudo e a alma em busca de tranquilidade, gosto de ver a Maçonaria como um vasto jardim rico na diversidade de suas flores, sempre novas, sempre brilhantes e coloridas. E perto do túmulo imaginário de Hiram – perdoe-me! – Atrevo-me a este pensamento com um sorriso maroto: Não é porque sou uma velha acácia… que dou velha mimosa! --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/malhete-podcast/message
Mulheres e a Guerra: Os 14 pontos de Wilson; O Tratado de Versalhes --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/pedro-mendes-ju00fanior/message
Após a queda brutal durante a pandemia de Covid-19, a atividade turística em Paris e região voltou a subir em 2022. A capital francesa e seu entorno receberam mais de 44 milhões de visitantes no ano passado, um aumento de 95% em relação a 2021, segundo o Comitê Regional do Turismo de Paris e Île-de-France. Para profissionais do setor, a tendência deve continuar em 2023, apesar das greves que afetam Paris. O turismo gerou 19,6 bilhões de euros de receitas durante 2022, apesar disso, o setor de atividade ainda não voltou ao patamar anterior à pandemia. A diferença no número de visitantes se explicaria, em grande parte, pela falta dos turistas da China, que ainda estavam bloqueados em seu país devido à Covid-19. Os chineses ocupavam a sétima posição em número de visitantes em 2019 e a terceira em termos de consumo.Mas Christophe Décloux, diretor-geral do comitê regional de turismo de Paris e região, acredita que os chineses voltarão a viajar este ano. “Eles devem voltar em 2023 por diversas razões. A primeira é muito simples: a abertura das fronteiras da China e do Japão no fim do ano passado. Claro que temos o problema da capacidade aérea, mas quando os voos voltarem a um bom ritmo para trazer os chineses até o continente europeu, vamos provavelmente reencontrar nossos visitantes chineses”, diz otimista. “Os japoneses, por outro lado, são uma clientela que necessita ser tranquilizada. Então trabalhamos bastante sobre a promoção e a comunicação de Paris como um destino seguro, para que os japoneses que viajam, possam voltar a Paris e sua região de 2023. Seremos com certeza ajudados pela Copa do Mundo de Rugby, que acontece em Paris, em setembro, porque o Japão se classificou”, analisa Décloux. Cidade luz ou cidade da Emily? Além de eventos como a Copa do Mundo de Rugby, a região parisiense conta com outra aliada de peso para atrair turistas: a série Emily em Paris, da Netflix. Entre os estrangeiros que visitam a Cidade Luz, os americanos estão em primeiro lugar com 2,4 milhões de turistas e Décloux não nega que muitos são atraídos pelo sucesso da série. Depois dos americanos, aparecem os turistas europeus. Alguns, como os britânicos, italianos e holandeses são mais numerosos agora que antes da pandemia. Com o marketing, o setor de atividade cresceu 134% em relação à 2021, mas ainda está 10% abaixo dos números de 2019. A frequentação de hotéis da região parisiense teve um aumento de 112% em 2022, mas também não atingiu os índices de 2019, devido principalmente ao aumento dos preços, que chegam a 40% em alguns estabelecimentos de luxo. Já os alugueis por temporada diminuíram 22%, em relação ao período antes da pandemia, uma queda mais acentuada que a dos hotéis.Quase todos os museus, monumentos e pontos turísticos registraram uma forte progressão da frequentação no ano passado, em relação à 2021. Mas a afluência ainda é inferior à de 2019. O Louvre recebeu 19% de visitantes a menos. A mesma tendência é observada em outro ponto turístico célebre, o Palácio de Versalhes, que teve uma redução de 16% da frequentação. Impacto das greves e do lixoAs greves devido à reforma das aposentadorias, que deixaram lixo espalhado pelas ruas das cidades na França, e as manifestações com cenas de violência policial que circularam o mundo, poderia espantar os turistas e atrapalhar o setor em plena retomada neste ano?Para Naldo Silva, da empresa Vai France de turismo, em Paris, ainda é cedo para sentir o impacto das manifestações. "As pessoas que vão viajar sempre perguntam se é seguro viajar, e se estivesse realmente perigoso, eu falaria”, afirma. "Eu acho que está muito recente ainda para as pessoas que vão viajar. Esses vídeos que estão circulando estes dias, principalmente com o acúmulo do lixo, e as manifestações dão uma imagem feia (de Paris), obviamente, mas eu ainda não tive nenhum cliente perguntando se é seguro viajar ou não", diz. Ele acredita que o impacto das greves e protestos no setor não deve ser grande. “Eu não acho que essa situação vai durar tanto tempo assim. Espero pelo menos. E para a alta temporada eu tenho muitos pedidos para abril e maio e espero que continue assim", diz. Otimista, Silva confirma que os turistas realmente voltaram a Paris em 2022. "A gente voltou quase, no nosso caso, ao patamar de antes da pandemia, principalmente a partir do meio do ano e 2023 promete bastante também".
Élisabeth Vigée Le Brun foi a retratista oficial de Maria Antonieta. Célebre em seu tempo, suas obras podem ser vistas nos mais importantes museus do mundo. Nascida em 1755, em Paris, filha de um pintor e uma cabeleireira, Élisabeth passou boa parte de sua infância em um convento; isso não a impediu de começar a pintar muito cedo, e já na adolescência vendia seus quadros. Em 1776, EV se casou com o negociante de artes Pierre Le Brun, junto do qual viajou pela Europa, conhecendo artistas que a ensinaram novas técnicas de pintura. O marido, um adúltero viciado em jogos de azar, perdeu boa parte das vendas das obras de Élisabeth em apostas. Madame Le Brun especializou-se em retratos, tendo alguns membros da realeza europeia como modelos. Em 1779 foi chamada para pintar um retrato da rainha Maria Antonieta no palácio de Versalhes. Agradou muito e tornou-se a retratista oficial da rainha, pintando mais de 30 quadros seus e da família real. As obras de Le Brun melhoravam a imagem pública de Maria Antonieta - frequentemente retratada como uma mãe carinhosa pela artista - a fim de combater os boatos maldosos sobre a rainha estrangeira. Com auxílio da monarca Élisabeth foi aceita na Academia de Real de Pintura, contra a vontade de outros membros – quase todos homens. Entre 1648 e 1793 (quase 150 anos!), apenas 15 mulheres foram aceitas como membros da Académie. Com a eclosão da Revolução Francesa, temendo pela própria vida, ela abandonou o país. Passaria os próximos anos morando em diversas cidades europeias e russas, sempre vivendo da própria arte e retratando as importantes figuras de seu tempo, . Ficaria conhecia por sua técnica e por sua sagacidade ( leia a autobiografia, “Memoirs of Madame Vigée Lebrun”) . Durante sua carreira, ela pintou mais de 900 quadros, 600 dos quais foram retratos. ELB só voltou a viver em Paris por volta de 1810, onde continuou pintando até morrer, em 1842.
Até 17 de Dezembro, o actor português Tónan Quito sobe ao palco da sala Christian-Bérard do Théâtre de l'Athénée, em Paris, com a peça “Entrelinhas”, de Tiago Rodrigues. Sozinho em palco e com a cumplicidade do público, Tónan Quito põe a nu, numa aparente simplicidade, a essência da criação teatral. Uma matriosca de histórias que parte de uma “grande amizade” entre um actor e um autor e que mostra que errar talvez seja a melhor das histórias. Oiça aqui a entrevista a Tónan Quito. RFI: “Logo no início da peça, o Tónan Quito dirige-se ao público e pergunta, em francês ‘Quando é que a gente perdeu as palavras? Quando é as palavras se tornaram tão difíceis para nós ou quando é que se tornaram tão fáceis que deixaram de ser nossas?' Esta peça é afinal uma homenagem à palavra e ao texto. Durante hora e meia, está num palco quase vazio que enche apenas com a sua presença e com a palavra. É isto a essência do teatro?” Tónan Quito, Actor: “A essência do teatro é haver uma pessoa que comunica com outras. O teatro é feito destes dois espaços, o espaço do público e o espaço do actor ou dos actores que supostamente deveria funcionar como uma grande assembleia, como se fosse só um espaço e, lá está, com duas dimensões que se encontram no mesmo espaço. Foi assim, com esta simples ideia, quer dizer com outras ideias, que eu e o Tiago nos fomos atirando para este falhanço que foi construir este espectáculo.” “Ou suposto falhanço… Inicialmente, era suposto a peça ser um monólogo em torno de Édipo Rei, de Sófocles, mas vai bem mais longe. Consegue dizer-nos em poucas linhas do que fala ‘Entrelinhas'?” “O ‘Entrelinhas' é uma peça de uma grande amizade entre um autor e um actor que juntos tentam construir um espectáculo que não é possível acontecer, que falhou. Há muitas coisas dentro da peça, mas aquilo que realmente faz a peça é este encontro de duas pessoas que têm dois ‘métiers' diferentes, que querem construir um espectáculo e aquilo que acaba por ser revelado é esta ligação muito forte entre estas duas pessoas que vai originar uma criação, um objecto artístico.” “A história começa com um projecto de peça entre o Tónan e o encenador, Tiago Rodrigues, que se atrasa a entregar o texto e, a dada altura, fica com problemas de visão que o impedem de terminar o texto. Depois, tudo fica nas mãos do actor, Tonan Quito, que vai ter de criar a peça...” “É! É um clássico do Tiago, não é? Estou a brincar! Quer dizer, ele atrasa-se a entregar os textos, mas depois a coisa acaba a correr bem [Risos].” “Falámos há quase meio ano em Lisboa, quando encenou uma peça de Molière, nos 400 anos do dramaturgo francês. Molière tem outra peça, “O Impromptu de Versalhes”, sobre a criação de uma obra que nunca fica terminada. Este espectáculo também fala sobre a impossibilidade de se terminar uma peça, mas é uma peça em si. Este espectáculo é o próprio processo de criação dramatúrgica e teatral a ser encenado?” “Sim, foi uma coisa que descobrimos ao início, sobre o que é que seria a peça. Havia esta ideia, que o Tiago já tinha, de uma carta escrita nas entrelinhas do Édipo e depois todo o processo de encenação e de escrita do texto - porque com o texto começou a surgir logo a encenação do que é que seria o espectáculo. Mas interessava-nos muito colocar em cena o erro que é criar, a impossibilidade que é construir um espectáculo e expor isso. Nós criámos o espectáculo em 2013, já lá vai algum tempo e às vezes a memória também cria, portanto, já nem sabemos bem o que é que foi verdade e o que é que foi mentira neste processo. Mas a ideia, se calhar, nem passava por um espectáculo, passava só por uma espécie de conversa com o público sobre o processo de criação e como é que podemos expor o erro que é uma coisa que nas criações tentamos sempre esconder para estar tudo perfeito ali para apresentar ao público. Como é que podíamos mostrar as imperfeições e como é que nos podemos permitir errar - que é uma coisa que é comum aos dois na nossa maneira de trabalhar. O ‘Entrelinhas' acabou por surgir dessa necessidade nossa de falar sobre como é que nós trabalhamos, como é que nos relacionamos, o que é que nos inquieta na criação dos espectáculos e, sobretudo, esta possibilidade de nos atirarmos mesmo para o erro e falar sobre isso.” “Nesta peça, em que tempos, espaços, textos se confundem, questiona-se o próprio acto de criação. Quem cria é apenas quem escreve? Mas o criador é também o actor. Tanto é que a dada altura, não se sabe quem é o autor da peça: se o dramaturgo/encenador que fica cego e não pode escrever, se o actor obrigado a continuar a peça. O objectivo é também questionar a própria autoria de uma peça de teatro?” “Eu acho que essa não foi tanto uma preocupação, ou seja, se calhar a preocupação é realmente o esbater dessas fronteiras.” “Dinamitar as fronteiras?” “Exactamente, porque aquilo que nós queremos fazer, e que fizemos, era uma co-criação. O Tiago tem esta característica dele: ele escreve para os actores. Já tinha trabalhado com ele, antes de criarmos esta peça, e ele escolhe as pessoas com quem quer trabalhar e depois escreve para elas. Ele não está em casa a escrever e depois ‘toma, toma, toma tu fazes isto, tu fazes aquilo'. Não. Ele traz o texto, vê-nos a trabalhar e nós vamos discutindo as ideias que vêm no texto. Esta, tratando-se da nossa relação e quando surgiu a ideia de fazermos esta peça juntos, só teria interesse se nós falássemos de nós: como é que eu e o Tiago trabalhamos juntos. Claro que depois ficcionámos uma quantidade de coisas, mas aquilo que interessa ao Tiago trabalhar e a mim ao trabalhar com ele também é este diálogo em que o texto chega, pensamos, mastigamos, está bom, não está bom, podemos ir para aqui, podemos ir para acolá, o Tiago vai para casa escrever, depois cancela os ensaios porque precisa ainda de mais tempo para escrever e depois telefona à noite a dizer ‘Já sei o que é que vou fazer'. No outro dia encontramo-nos e continuamos sempre assim. E aqui é que as coisas se tornam indefinidas. Para mim, é muito claro que é o Tiago quem escreve e eu não escrevo. Eu trabalho assim em criação e com o Tiago também. É uma mútua provocação. Depois, o que é que cada um faz, isso não interessa tanto.” “Na peça avisa que este é o seu primeiro monólogo, que nunca quis fazer um monólogo porque para si o teatro é estar em palco com outros. Diz que o Tiago Rodrigues o convenceu com a frase ‘Vai ser uma descoberta para ti', mas admite que a descoberta é apenas pessoal porque somos simplesmente ‘exploradores que mais parecem turistas a pisar terrenos que outros já descobriram'… Como tem sido esta descoberta e porque é que ‘o medo e a dúvida nos fazem sentir que vale a pena'?” “Para nós, para mim e para o Tiago, sim, a gente gosta sempre de se colocar em situações desconfortáveis e das quais não vamos saber sair. Eu próprio também nos meus trabalhos procuro isso, mas sempre que trabalhei com o Tiago era muito evidente colocarmo-nos em situações de desconforto. Aqui, a gente sabia que íamos fazer um monólogo. Para mim, realmente dá-me muito medo porque não há jogo, portanto, o jogo é sempre comigo e com o público, não há defesas, não havia uma personagem a que me agarrar, não havia nada. Mas tem sido mais surpreendente e mais prazeroso do que eu pensava. Mas, pronto, medo tenho sempre.” “O medo alimenta?” “O medo alimenta e, sobretudo, o que é incrível é sempre este diálogo constante que temos com o público, como é que à medida que o espectáculo vai avançando - e, neste caso, estou a falar numa língua que não é minha, é o francês - há aqui uma grande necessidade também minha de sobreviver e de conseguir comunicar a história com o público. Eu tenho que estar sempre a alimentar-me do público e precisar dele para construir o próprio espectáculo. Às vezes falho, outras vezes acerto, outras vezes faço parvoíces. Há sempre aqui um lado que não é controlável dentro deste espetáculo, apesar de eu saber o texto, apesar de saber mais ou menos o que é que vou fazer, mas há sempre aquelas pessoas que naquele dia estão lá que são sempre diferentes das do dia anterior.” “Além de um jogo de actor já louvado pela crítica francesa, fala em francês durante a peça, a não ser quando lê excertos do livro… Porque esta opção e de onde vem esse francês tão bem falado?” “Bem falado mais ou menos [risos]! Acho que foi em 2014 quando fomos convidados para ir a um festival, que é o Terre de Paroles, na Normandia, e o Tiago já tinha uma coisa que era fazer, em peças mais simples, uma versão na língua para onde a gente vai, francês ou inglês, que são as línguas que nós estudamos em Portugal e poderemos saber melhor para comunicar e para o espectáculo poder circular mais e poder ir a mais sítios. E foi assim que surgiu a questão de fazer em francês. Em Portugal temos até ao nono ano de francês. Eu ainda eu estive na Alliance Française também três anos e depois foi a Cristina Vidal, que era ponto no teatro Nacional que me ajudou....” “A personagem principal de ‘Sopro'...” “Do ‘Sopro', exactamente. Tenho que estar eternamente grato à Cristina Vidal porque realmente foi ela quem me pôs a fazer o espectáculo em francês.” “Uma das principais histórias das tantas histórias que estão em palco gira em torno de uma carta de um prisioneiro à mãe, escrita entre as linhas de um volume de Édipo Rei a partir de uma cela de prisão. Como nasceu esta ideia? E também a ideia de que o livro não é apenas a história que conta mas também a história pessoal de todos os que o lêem?” “Pois, isso é uma pergunta complicada. A ideia da carta do prisioneiro nas entrelinhas do Édipo já existia. O Tiago já tinha escrito essa pequenina história que foi a partir daí que nós começámos a trabalhar. Eram três, quatro páginas, não sei, que ele tinha escrito para um encontro de novas dramaturgias em Lisboa. Portanto, acho que interessava ao Tiago essa fricção daquela história do Édipo, que é uma história fundadora da nossa cultura ocidental e que é um marco do teatro, e depois essa história pessoal de um prisioneiro que, por coincidência, matou o pai e que está a escrever a carta à mãe. Depois, a partir daí, como é que isso se reflecte na história pessoal de cada um, eu acho que foi o que ficou por descobrir, que foi o que nós criámos à volta, a partir de coisas autobiográficas - que é uma coisa que é comum nos trabalhos do Tiago que é partir sempre de histórias verdadeiras – tentar partir da nossa história pessoal e que isso possa vibrar nas outras pessoas. E quantas histórias é que nós não escrevemos nas entrelinhas da nossa própria história, não é? Acho que a ideia veio um bocado daí, das várias camadas: como é que poderíamos complicar ainda mais.” “E criar uma nova camada em palco junto do público e ter todas as noites uma história, se calhar, diferente. Justamente, estamos a falar de um clássico, Édipo Rei. O Tónan também diz na peça que acha completamente estúpido perguntarmo-nos se um texto antigo ainda faz sentido hoje em dia, se é oportuno ou pertinente porque, na verdade, no caso dos grandes clássicos, dos grandes textos como Édipo deveria funcionar no sentido inverso. Ou seja, ‘somos nós que nos devemos questionar se a nossa época faz sentido à luz destes textos'. Porquê levantar esta questão tão política e tão actual?” “Eu lembro-me desse dia. Estávamos nas nossas manhãs de ensaios, sentados à mesa a falar sobre tudo e mais alguma coisa.” “São tertúlias filosóficas, imagino...” Sim, era basicamente isso, e falar de coisas da vida que não tinham nada a ver com o teatro. Eu enceno clássicos sobretudo e gosto muito de ler romances e o Tiago também gosta e falámos do que é que gostávamos e não gostávamos. Houve um dia que realmente começámos a pensar nisso. Fazemos peças com 300 ou 400 anos e as questões de hoje em dia acabam por ser mais ou menos as mesmas: o amor, o poder, a ambição, os conflitos, a violência. Começamos a pensar: o que é que a gente aprendeu há 400 anos quando lemos Shakespeare, por exemplo, e agora olhamos para o nosso mundo no estado das coisas e, quando lemos essas peças, há sempre aquela tendência de dizer ‘é muito actual esta peça ainda'. Claro que é actual, está publicado, está nas livrarias, portanto existe hoje. E o Tiago saiu-se com essa um dia: ‘Não devíamos estar a pegar neste texto e ver o nosso mundo através disto'. E é uma coisa que ainda nos continua a fazer sentido e é uma coisa que eu tenho sempre na minha cabeça sempre que estou a ler um texto só por ler ou a pensar qual é o sentido de o encenar hoje em dia. E, às vezes, parece que a realidade é toda uma grande encenação a partir ainda destes grandes textos.” “A história de ‘Entrelinhas' é uma história que deveria acontecer mas não aconteceu - enfim, aconteceu muito mais do que isso. Você pergunta ao público se ‘uma coisa que não aconteceu pertence ao passado da mesma forma que uma coisa que aconteceu'? Ou se ‘fica eternamente no futuro, condenada a nunca pertencer ao passado'? Ou seja, a tal peça - que não aconteceu no passado nem no futuro - gera a peça que acontece no presente. Então, a encenação é a invenção do real?” “Pois, é isso tudo e aquilo que ainda está por descobrir porque o suposto monólogo sobre o Édipo que o Tiago deveria ter escrito para mim não aconteceu. Mas por que é que isso não há-de pertencer ao passado? Por que é que esse espectáculo não terá acontecido? A peça torna-se muito ‘borgiana', de uma grande ficção que se torna realidade e que passa para outras coisas e é esta nossa prisão de ‘Ok, não aconteceu, então não aconteceu, mas por que é que não aconteceu? Só por não ter acontecido?' Claro que é uma questão filosófica...” “Mas está a acontecer porque estamos a vê-la...” “Mas está a acontecer, estamos a vê-la e estamos a construir e estamos a falar sobre ela. Eu acho que essa pergunta, no final do espectáculo, abre muitas possibilidades. O espectáculo no final já é tudo, já é uma matriosca, e eu acho que essa pergunta no final é só mais uma explosão que atira as coisas um bocado para o universo e depois quem quiser que apanhe as partículas...” “Uma matriosca porque é um texto dentro de um texto dentro de um texto, nas entrelinhas… Porquê este jogo de levar o espectador para um labirinto? Para mostrar que somos ‘os exploradores de terras já descobertas?' ou ainda há coisas a descobrir?” “Claro que há coisas a descobrir. Acho que em cada um de nós há muita coisa a descobrir e enquanto nos conseguirmos espantar uns com os outros, como seres humanos que somos, há muito para descobrir dentro das coisas que nos atormentam ou que nos fascinam. E como acho que ainda está tudo por fazer, em diversas áreas, enquanto houver esta nossa curiosidade e a nossa vontade de avançar, há muita coisa por descobrir.”
Com a Revolução Francesa e as Guerras Napoleônicas de 1803 a 1815, o feudalismo caiu por causa das reformas e da dissolução do Sacro Império Romano. Depois disso, o liberalismo e o nacionalismo entraram em confronto com a reação. As revoluções alemãs de 1848-49 falharam. A Revolução Industrial modernizou a economia alemã, levou ao rápido crescimento das cidades e ao surgimento do movimento socialista na Alemanha. A Prússia, com sua capital Berlim, cresceu em poder. As universidades alemãs tornaram-se centros de classe mundial para ciências e humanidades, enquanto a música e a arte floresciam. A unificação da Alemanha (excluindo a Áustria e as áreas de língua alemã da Suíça) foi alcançada sob a liderança do chanceler Otto von Bismarck com a formação do Império Alemão em 1871. Isso resultou na Kleindeutsche Lösung, ("pequena solução da Alemanha" , Alemanha sem Áustria), em vez do Großdeutsche Lösung, ("solução da maior Alemanha", Alemanha com Áustria). O novo Reichstag, um parlamento eleito, tinha apenas um papel limitado no governo imperial. A Alemanha juntou-se às outras potências na expansão colonial na África e no Pacífico. Em 1900, a Alemanha era a potência dominante no continente europeu e sua indústria em rápida expansão ultrapassou a da Grã-Bretanha, provocando-a em uma corrida armamentista naval. Desde que a Áustria-Hungria declarou guerra à Sérvia, a Alemanha liderou as Potências Centrais na Primeira Guerra Mundial (1914-1918) contra as Potências Aliadas. Derrotada e parcialmente ocupada, a Alemanha foi forçada a pagar reparações de guerra pelo Tratado de Versalhes e foi despojada de suas colônias e território significativo ao longo de suas fronteiras. --- Send in a voice message: https://anchor.fm/manuel-velez61/message
A jornalista Rachel Sabino nasceu em Brasília, mas sempre teve certeza que não queria escrever sobre política, e sim, Moda! Começou escrevendo as colunas de moda, beleza e lifestyle do Correio Brasiliense, e hoje é mestranda em Jornalismo de Moda pelo London College of Fashion (UAL). Ela já entrevistou grandes nomes da moda brasileira como Costanza Pascolato, Consuelo Blocker, André Carvalhal, Cris Guerra e Glória Kalil, e hoje escreve para a Frasson Gallery Magazine. Se você tem interesse por comunicação de moda, jornalismo e vida em Londres, pegue sua mochila e vamos viajar pela trajetória da Rachel! ANFITRIÃ | Mariana Lima @marianasdelima CONVIDADO | Rachel Sabino @rachelsabino_
Paris já está na contagem regressiva para receber a Olimpíada de 2024, que se inicia daqui a dois anos (26 de julho) na cidade. Mas num contexto de alta da inflação e de incertezas na economia mundial, o custo final do evento tira o sono do comitê organizador – o orçamento já subiu 19% desde a atribuição dos Jogos à capital francesa, em 2017. Lúcia Müzell, da RFI Que o gasto real de um grande evento esportivo sempre é maior do que as estimativas iniciais, não é novidade. Desta vez, porém, um componente inesperado entrou na equação: a inflação, “impossível de imaginar até poucos meses atrás”, como descreveu uma auditoria do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Paris (Cojop), revelada à instância internacional (COI) em maio. O orçamento da Olimpíada em Paris disparou desde o começo do ano, um reflexo direto da escassez de matérias-primas no mundo e da guerra na Ucrânia. As obras que restam a finalizar já são impactadas, mas o economista do esporte Christophe Lepetit, Centro do Direito e da Economia dos Esportes da Universidade de Limoges, observa que Paris 2024 fez questão de impor cláusulas de revisão dos valores dos contratos para a maioria das construções para os Jogos. “É uma forma de gerenciar os riscos e poderá ser interessante para evitar uma explosão preventiva do orçamento, ou pelo menos para limitar a alta ao real aumento da inflação”, afirma. Efeito bola de neve nos custos Não é só a subida dos valores do material de construção civil e do frete internacional que preocupam. A inflação pode resultar também em aumentos salariais, o que geraria um efeito de bola de neve sobre os custos da Olimpíada de Paris. Uma revisão do orçamento deve ser apresentada no fim do ano. O presidente do Cojop, Tony Estanguet, antecipou, em entrevista ao jornal Le Monde, que “sim, a inflação vai impactar na Paris 2024 e precisaremos redobrar a vigilância”. Do custo total do evento, estimado em € 8 bilhões até agora, 97,5% serão financiados por receitas privadas, como as do Comitê Olímpico Internacional (COI), dos patrocinadores e da bilheteria. Mesmo assim, a explosão dos preços preocupa a cúpula do governo francês, que realizou nesta segunda-feira (25) uma reunião extraordinária para avaliar as consequências da alta dos preços na finalização das obras. O objetivo de Jogos “sóbrios”, uma tendência das últimas Olimpíadas, se mostra ainda mais pertinente. Mas embora 95% das competições ocorrerem em infraestruturas já existentes ou temporárias – para reduzir os custos e o impacto ambiental –, as falhas no orçamento inicial começam a aparecer. As provas de equitação, previstas para acontecerem no castelo de Versalhes, deverão custar entre € 60 milhões e € 70 milhões – quase o triplo do valor orçado. “Maldição do vencedor” A título de comparação, os Jogos Olímpicos não têm saído por menos do que €10 bilhões há várias décadas. “É um típico caso da maldição do vencedor do leilão, já modelizado na economia do esporte. As cidades-candidatas têm a tendência de minimizar os custos da realização dos Jogos, para conseguir vencer a disputa”, sublinha. “Uma vez que elas ganham, precisam fazer de tudo para cumprir as promessas da candidatura. As explosões do orçamento quase sempre são ligadas às infraestruturas necessárias. Isso aconteceu em Tóquio, mas também em Atenas, Rio, Pequim etc.” Face a um orçamento que transborda, o Cojop tem duas alternativas: economizar e encontrar novas fontes de recursos. Para a primeira, resta a etapa da organização, uma vez que a fase de construções já foi lançada. “Há margens de manobra, como em relação a certas exigências do COI, que poderiam cair, e na coordenação entre as diferentes entidades francesas, como as prefeituras de Paris e de outras cidades que receberão modalidades”, destaca o especialista. “Há um trabalho de racionalização possível e, se necessário, de diminuição da envergadura de alguns programas que estavam previstos, ou até o cancelamento deles, se quiserem mesmo manter o orçamento.” Em busca de mais receitas Além disso, o encanto da Cidade Luz vai ajudar a capital a calibrar as receitas. A cidade está perto de fechar um pacote de € 1,1 bilhão em parcerias de marketing “VIP”, com gigantes como Carrefour, que já assinou a participação, e a LVMH, que deve confirmar a entrada até o fim do ano. Além disso, ainda é possível arrecadar mais com a venda de ingressos, em especial para as competições mais prestigiosas, e aumentando o índice de lotação dos estádios, previsto inicialmente em 85%. Nesta semana, os organizadores revelaram que as entradas para os Jogos custarão entre € 24 e € 950. Os detalhes finais da tabela de preços só serão divulgados em dezembro.
Os clássicos não envelhecem e 400 anos depois do nascimento de Molière, o “sítio inventado” pelo dramaturgo francês continua de portas abertas e “é um edifício que se manterá até ao fim dos tempos”. As palavras são de Miguel Loureiro, actor e encenador português que levou a palco, em 2016, o “Impromptu de Versalhes”, “um improviso sobre a própria condição de estar em cena” num assumido jogo de espelhos. Os 400 anos do nascimento de Molière continuam a levar-nos à descoberta das releituras em língua portuguesa do dramaturgo francês. Em Lisboa, fomos conversar com o actor, encenador e dramaturgo Miguel Loureiro. Miguel Loureiro passeia com a poesia nos palcos e na esplanada de café que escolheu para nos falar sobre Molière: o jardim no alto de Santo Amaro, em Alcântara. Uma poesia que rima com os esboços de vozes e palavras no ar, com o sol a cruzar as guirlandas de uma Lisboa naturalmente alegre de um final de manhã de Junho. De todo o repertório de Molière, Miguel Loureiro escolheu revisitar uma das peças menos conhecidas de Molière e que mais homenageia a criação teatral: “O Impromptu de Versalhes”. “Eu gosto muito de Molière, até me sinto, muitas vezes, mais atraído por Molière que por Shakespeare. Molière tem a questão do jogo teatral, é intrinsecamente teatral, enquanto Shakespeare é maior do que teatro, é um mundo, é uma coisa literária. Eu gosto muito mais desse jogo de espelhos em que através de Molière se reflecte o mundo e não ir ao mundo em si para chegar ao jogo teatral”, começa por explicar o encenador. “A ficção nas peças de Molière tem consciência de si própria enquanto jogo teatral e é isso que eu acho ultramoderno em Molière que é uma coisa que voltou a aflorar muito no final do século XX e que continua connosco hoje nas práticas performativas, que é denunciado por Brecht logo no início do século, ter consciência que estamos a fazer o jogo teatral, não querer impingir a ficção pela ficção porque não estamos para alienar. O espectador tem que perceber que temos de reflectir com ele, estamos a utilizar pensamento com ele - através da ficção, certo - mas estamos a utilizar pensamento com ele. Molière nisso é moderníssimo”, continua. O "Impromptu de Versalhes" é apresentado por Molière a Luís XIV, em 1663. Em palco, Molière é dramaturgo e actor de si próprio e lança à sua trupe o desafio de escrever e encenar um espectáculo para o rei em apenas oito dias. A peça acaba por falar de um ensaio que nunca acontece, para uma peça que nunca foi escrita, para um espectáculo que nunca foi preparado, mas que mesmo assim pode ser apresentada ao Rei. Uma espécie de teatro dentro do teatro que pensa a própria disciplina teatral e que seduziu Miguel Loureiro mais de 350 anos depois. “O Impromptu, como o próprio nome diz, é um improviso sobre essa condição de estar em cena e sobre esse mundo dentro de outro mundo que é o mundo maior. É o mundo teatral dentro do outro mundo, um mundo que é de reflexos convexos, côncavos, deformadores, ampliadores. É muito engraçado porque é uma auto-reflexão, uma consciência de si que depois só temos no século XX em Pirandello, o teatro dentro do teatro - e vamos tendo, não só em Pirandello, mas não de uma forma sistemática. Isso é muito moderno porque hoje uma das temáticas dos criadores contemporâneos é sempre um bocadinho a questão do processo, fazer espectáculo do próprio processo”, descreve. “É uma coisa muito moderna e inaudita ter Molière a escrever sobre Molière, a escrever sobre a madame Molière e a escrever sobre os actores que o acompanharam sempre e a escrever sobre as próprias condições de encomenda aos artistas porque aquilo é uma diligência do rei que pede a peça para divertimento. Ficamos com uma perspectiva do que se passava no século XVII sobre essas questões que também são importantes, são as condições de produção”, acrescenta. Além disso, Molière “dá-se em espelho contaminado com todos esses defeitos e essas virtudes que ele emprestava às personagens ficcionais nos outros textos”. Miguel Loureiro não teve medo de também se dar em espelho. Ao texto original, que usa como estrutura fundamental, Miguel Loureiro somou trechos de textos de outras peças de Molière e citações de Shakespeare, Gil Vicente, Ésquilo, Diderot, Racine. Desafiando o “jogo de perigo” a que Molière se sujeitou, o encenador português apropriou-se da peça com liberdade e acrescentou ao texto comentários seus e apartes, por vezes cáusticos, sobre personalidades do meio teatral. “Era um jogo de espelhos”, explica. “Como se fosse uma caixa dentro de uma caixa dentro de uma caixa”, em suma, uma matriosca em palco. “As críticas eram dirigidas ao patético que existe em todas as profissões e, sim, usei nomes de pessoas do meio. Tinha que ter esse jogo de perigo. Molière também se expôs a esse jogo de perigo, criou muitos inimigos por causa disso. Mas eu não era para me comparar sequer a nada do sistema de Molière. O que gosto é do sistema em si que ele utiliza, do mecanismo que ele utiliza e escudado pelo humor superior dele, pelo alto humor, pela alta comédia”, continua. No fundo, “é uma peça que dá o teatro em espectáculo.” Quanto ao texto, Miguel Loureiro explica que “é muito vivo no diálogo, sem grandes tiradas monologais, muito contracenado, com frases curtas e um ping pong intenso”. “As pessoas iam connosco ao texto de Molière sem grandes elaborações de tradução nem adaptações. Eu não gosto de actualizações forçadas. Eu acredito na inteligência do público e na capacidade para furar as metáforas temporais e o próprio jogo temporal”, sublinha o encenador, admitindo que “o clássico, por si, não envelhece”. “Ele [Molière] constrói quase um país, uma nação ligada àquela maneira própria de pôr poesia no mundo e é trágico também porque o humor dele é perigoso e deixa-nos desolados (…) Era de génio. O génio às vezes não se explica, mas é um sítio que está inventado e que está ali aberto para nós o visitarmos, profissionais de teatro e o público connosco. Nós abrimos as portas e o público entra para um edifício que se manterá até ao fim dos tempos como um sítio para visitas”, conclui. E é por aqui que termina esta viagem ao “sítio inventado” por Molière, à boleia do encenador português Miguel Loureiro. Para ir mais longe, pode ouvir a entrevista completa neste podcast.
Tudo o que Luís XIV fazia (ou mandava fazer) era para ser visto e admirado.
A cimeira europeia em Versalhes trouxe novidades na defesa e na energia. Há pseudo-pacifistas na Europa e armas reais na Rússia. Portugal perde influência na Comissão Europeia. See omnystudio.com/listener for privacy information.
Sobre a declaração de Versailles produzida entre 10 e 11 de Março pelos líderes do regime totalitário da EU. Vivemos num mundo de tese, antítese e síntese e este conflito na Ucrânia, nada mais que é outra fase do projecto de consolidação do projecto pan-europeu, onde pela desculpa da guerra, novamente cederemos soberania e direitos aos burocratas. https://www.consilium.europa.eu/media/54773/20220311-versailles-declaration-en.pdf https://eeas.europa.eu/headquarters/headquarters-homepage_en/106337/A%20Strategic%20Compass%20for%20the%20EU
Os líderes dos países da União Europeia (UE) se reuniram no Palácio de Versalhes, nos arredores de Paris, para discutir as consequências da guerra na Ucrânia e como a bloco deve se organizar diante das ações da Rússia. Após dois dias de conversas, o grupo ameaçou lançar novas sanções ainda mais rígidas contra Moscou caso a ofensiva militar continue. A suspensão da importação de gás e petróleo russos, até então poupada, não foi descartada. “Se o presidente [Vladimir] Putin intensificar os bombardeios, o cerco a Kiev e as cenas de guerra, sabemos que teremos que adotar sanções maciças novamente", disse o presidente francês, Emmanuel Macron, no final da reunião de dois dias no Palácio de Versalhes, nesta sexta-feira (11). Macron disse que o bloco fará tudo o que considerar eficaz para impedir a progressão da violência na Ucrânia. “Nada é proibido, nada é tabu", insistiu o presidente francês, indicando que as sanções poderiam visar até mesmo as importações de gás ou de petróleo russos, um setor que vinha sendo poupado até então em razão da dependência europeia dos hidrocarbonetos vendidos por Moscou. Atualmente, 45% do gás e 25% do petróleo usados pelos países da UE são fornecidos pela Rússia. Essa dependência torna mais delicada a imposição de um embargo a esse tipo de produto. Os líderes europeus também assinaram uma declaração conjunta na qual confirmaram a intenção de aumentar, de maneira substancial, os gastos com a Defesa no bloco. Desde a Segunda Guerra Mundial os países europeus vêm reduzindo seu orçamento de proteção, o que torna o anúncio feito em Versalhes um fato histórico. Ajuda aos ucranianos O chefe da diplomacia Europeia, Josep Borrell, também propôs a aprovação de um envelope adicional de € 500 milhões (mais de R$ 2,7 bilhões) em ajuda militar à Ucrânia. Com a medida, Bruxelas dobraria sua contribuição às Forças ucranianas. Segundo Borrell, esse volume sairia do Fundo Europeu de Apoio à Paz, um instrumento financeiro dotado de cerca de € 5 bilhões disponibilizados pelos Estados-membros do bloco, que não faz parte do orçamento comum. Mas o uso destes recursos exige a aprovação por unanimidade dos países da UE. Os membros do bloco têm a possibilidade de se abster, a fim de evitar o bloqueio da ajuda às forças ucranianas. Adesão da Ucrânia à União Europeia descartada No entanto, os europeus se mostraram menos abertos à possibilidade de uma adesão da Ucrânia ao bloco, uma hipótese almejada por Kiev. O processo de entrada no grupo geralmente leva anos e o primeiro ministro holandês, Mark Rutte, jogou um balde de água fria nas esperanças ucranianas, declarando que não existe nenhum procedimento para integração acelerada. Emmanuel Macron disse que a porta não está fechada para sempre. Mas diante de um gigante russo cada vez mais agressivo, criar uma fronteira direta entre a União Europeia e a Rússia não parece ser uma prioridade, nem uma vontade para o bloco europeu. Essas declarações não foram bem vistas do lado de Kiev. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse, logo após a reunião de Versalhes, que a União Europeia deve fazer mais para ajudar a Ucrânia, alegando que seu país está diante de uma catástrofe humanitária. (Com informações da AFP)
O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, destacou uma das conclusões do encontro em Versalhes, França: “sem demora, reforçaremos ainda mais os nossos laços e aprofundaremos a nossa parceria para apoiar a Ucrânia na prossecução do caminho europeu”.
Da Europa aos Estados Unidos, passando pelo Brasil ou pelo continente africano. O mundo inteiro começa a sentir os impactos provocados pela guerra na Ucrânia. Desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro, o futuro do setor financeiro e das trocas comerciais se tornou imprevisível. As sanções dos países ocidentais contra o país de Vladimir Putin já trouxeram consequências imediatas, como a disparada dos preços de commodities e muitos países se preparam para absorver o choque Candidato declarado à reeleição na França, desde a quinta-feira (3), Emmanuel Macron se equilibra nos discursos, ora como presidente, ora como político em campanha. Contudo, o tom grave das mensagens que ele martela é o mesmo. Nesta terça-feira (8), o presidente francês deixou bem claro: “Nossa agricultura, nossa indústria, muitos setores econômicos estão sofrendo e sofrerão, seja porque dependem da importação de matérias-primas da Rússia ou da Ucrânia, seja porque exportam para esses países. Nosso crescimento, que está atualmente no auge, será inevitavelmente afetado". “O aumento do preço do petróleo, gás e matérias-primas tem e terá consequências para o nosso poder de compra", disse o presidente. "Amanhã, o preço de um tanque cheio de gasolina, o valor da conta do aquecimento e o custo de certos produtos poderão se tornar ainda mais caros”, completou Macron. Consciente das consequências econômicas e sociais da guerra, o chefe de Estado orientou o primeiro-ministro francês, Jean Castex, a apresentar, nos próximos dias, um “plano de resistência econômica e social” para enfrentar essas dificuldades. “Apoiaremos os setores econômicos mais expostos, procurando novos fornecedores e novos pontos de venda comerciais. E é com esse objetivo que conversei com os líderes europeus, americano e do Oriente Médio”, ressaltou. “Daremos respostas adequadas à interrupção dos fluxos comerciais e ao aumento dos preços”, declarou Macron. Durante dois dias, a partir desta quinta-feira (10), o presidente francês vai coordenar, na cidade de Versalhes, na região parisiense, uma reunião de cúpula informal com líderes europeus para discutir um novo modelo econômico para a Europa. Sobretudo, será uma oportunidade para debater alternativas para contornar a dependência de petróleo e gás da Rússia, país que garante o fornecimento de 40% do volume de gás consumido no bloco europeu. Grande produtor e exportador de petróleo, a Rússia também sabe que a ordem dos ocidentais de parar de comprar esse produto vai ter um impacto forte no futuro econômico do país. O anúncio dos Estados Unidos de cortar as importações de petróleo russo já fez o preço do barril ultrapassar os US$ 130, neste terça-feira. O governo americano já iniciou contatos com a Venezuela para compensar essa redução nas importações. O presidente Nicolás Maduro confirmou o início das discussões. No tabuleiro geopolítico mundial, não apenas países, mas regiões inteiras serão impactadas pela guerra. Perdas e ganhos No caso da África, Carlos Lopes, ex-secretário executivo da Comissão Econômica das Nações Unidas para África e especialista em planejamento estratégico prevê dois cenários distintos. O primeiro favorece os países produtores de commodities, que terão o preço nas alturas. “A África e a Rússia têm grande dependência econômica de algumas commodoties e algumas delas são comuns, como o petróleo. Para a África, o petróleo representa 40% das exportações”, afirma. “Qualquer turbulência neste mercado vai favorecer países africanos que são exportadores desse produto”, diz o especialista, fazendo referência a Angola, Nigéria e Argélia. De acordo com Carlos Lopes, outra commodity que sofrerá impacto será a platina, metal produzido na África do Sul e Zimbábue. “Para esses países, as notícias são boas porque vão aumentar os preços e muitos vão se beneficiar com a turbulência”, avalia. Por outro lado, Carlos Lopes ressalta as muitas dificuldades que irão surgir para os países africanos com o aumento de preços de produtos importados. “No caso do trigo, a África é um grande importador e a Rússia é um grande exportador. A falta de acesso a esse mercado, porque os russos vão ter disrupções logísticas, e a falta de uma substituição fácil, farão com que países principalmente do norte da África e da África Subsaariana paguem um preço muito alto por um produto de primeira necessidade”, conclui.
Angola doou a França duas esculturas que pertenciam ao Palácio de Versalhes. O papel da cultura e património cultural é importante para a identidade e soberania de um país. O ministro da Cultura, Turismo e Ambiente de Angola esteve em Paris para assinar o primeiro acordo de cooperação cultural entre Angola e França. Filipe Zau foi recebido pela homóloga francesa, Roselyne Bachelot, no Palácio de Versalhes. O responsável pela pasta da cultura em Angola chegou ao cargo há pouco mais de 90 dias e lembrou que vem do meio universitário. Angola assinou na sexta-feira passada, 4 de Fevereiro, um acordo de cooperação cultural com a França e oficializou a devolução de duas esculturas encomendadas pelos reis Luís XIV e Luís XV, que se encontravam nos jardins da embaixada de Angola em França em 1979. Esta doação marca "um momento histórico", sublinhou a ministra da Cultura da França, Roselyne Bachelot. "Queria agradecer, calorosamente, caro Filipe Silva de Pina Zau, em nome da República francesa por este gesto de profunda amizade que será gravado para sempre no mármore das placas dos grandes mecenas do Palácio de Versalhes. Congratulo-me, desde já, pelos vários projectos de cooperação cultural que os nossos ministérios prevêem implementar a partir deste ano", afirmou a ministra da Cultura francesa. É significativo um país africano dar uma oferta a um país africano de algo que lhe pertence, explicou-nos o ministro da Cultura, Turismo e Ambiente, Filipe Zau. O momento ficou registado por um momento musical e pela oferta aos dois ministros da cultura angolano e francesa de dois Kalimba, um instrumento típico angolano.
Em 18 de janeiro de 1919, algumas das mais poderosas personalidades políticas do mundo se reuniram perto de Paris para dar início às longas negociações que marcariam oficialmente o fim da Primeira Guerra Mundial.Veja a matéria completa em: https://operamundi.uol.com.br/politica-e-economia/2596/hoje-na-historia-comeca-a-convencao-do-tratado-de-versalhes----Quer contribuir com Opera Mundi via PIX? Nossa chave é apoie@operamundi.com.br (Razão Social: Última Instancia Editorial Ltda.). Desde já agradecemos!Assinatura solidária: www.operamundi.com.br/apoio★ Support this podcast ★
Depois de uma gigantesca reforma que durou cinco anos, o Museu Carnavalet abre os trabalhos de um ano dedicado ao gênio de Marcel Proust na capital francesa, com duas efemérides de peso em 2022: os 150 anos de nascimento e os 100 anos da morte deste escritor francês criado na efervescência da rive droite parisiense do fim do século XIX. A exposição Marcel Proust, um romance parisiense, retraça os passos do escritor na capital, seguindo os do protagonista de Em Busca do Tempo Perdido. Márcia Bechara, da RFI A curadora da exposição Marcel Proust, um romance parisiense no Carnavalet, museu dedicado à história de Paris, Anne-Laure Sol, explica que a mostra é dividida em duas partes principais, entre a realidade da Paris habitada pelo escritor e aquela imaginada por seus livros. "A primeira parte da exposição é, em parte, biográfica, e se interessa pela vida de Proust em Paris, depois da chegada de sua família materna na capital francesa no começo do século XIX", aponta. "É uma família judia, que chega da Alsácia, e essa parte biográfica vai até a morte do escritor, no 6° distrito da capital. O percurso museográfico é organizado seguindo os diferentes domicílios da família de Marcel Proust, e os seus após a morte de seus pais, e isso nos permite juntar os pedaços de sua vida e entender melhor sua formação estética, suas relações profissionais, seus amores. Isso nos permitiu mostrar também em que Paris viveu Proust", explica Sol. Um homem da "Rive Droite" A exposição no Museu Carnavalet contextualiza a dimensão decisiva de Paris no despertar da vocação literária de Marcel Proust, desde seus primeiros textos no final da década de 1890 com seus colegas do liceu Condorcet, até sua entrada na alta sociedade parisiense. "É muito interessante observar que Proust era uma homem da rive droite", diz a curadora, fazendo referência à margem direita do Sena, rio que corta a cidade de Paris em rive gauche (esquerda) e droite (direita). "Ele vivia em torno de um perímetro pequeno, no 8° distrito. A aristocracia francesa durante muito tempo viveu na rive gauche, do lado esquerdo, era mais prático para ir a Versalhes e encontrar a Corte", detalha Anne-Laure Sol. "Sob o império de Napoleão 3°, essa elite parisiense vai se instalar do lado direito do rio, porque era uma Paris mais moderna, com grandes avenidas e espaços para mansões, e acontece então esse deslocamento da elite da capital no meio do século XIX para o oeste de Paris e a margem direita do Sena", lembra a curadora da exposição. O quarto de Proust Cerca de 280 obras, entre pinturas, esculturas, fotografias, maquetes arquitetônicas e vestimentas, manuscritos e documentos de arquivo, de coleções públicas e privadas, evocam o universo parisiense de Marcel Proust, oscilando entre a realidade e a reinvenção. Um dos colecionadores que foram interlocutores ativos da curadora Anne-Laure Sol, do Museu Carnavalet, foi o brasileiro Pedro Corrêa do Lago. "Gostaria de agradecer a participação deste colecionador tão erudito e tão importante para esta mostra", sublinhou a francesa. Lago é historiador da arte e o colecionador brasileiro que reune o maior acervo particular de cartas e manuscritos originais do mundo. "Nós conservamos o quarto de Marcel Proust graças a doações destes bibliófilos. Há a sua cama, mas também uma certa quantidade de objetos que lhe pertenciam. Trata-se da cama onde ele redigiu o essencial de Em Busca do Tempo Perdido, que é também a cama onde ele morreu", diz Anne-Laure Sol, que também coordena o patrimônio do Museu Carnavalet. "[A cama] É um objeto particularmente emocionante e a colocamos no centro do percurso dessa exposição para que as pessoas se deem conta que entre a Paris biográfica e real e a Paris ficcional recriada pelo escritor, na segunda parte da exposição, existe esse quarto, que é o laboratório dessa criação", diz. Em Busca do Tempo Perdido A segunda parte da exposição se abre sobre a Paris fictícia criada por Marcel Proust, seguindo a arquitetura do romance Em Busca do Tempo Perdido através de lugares parisienses emblemáticos, e oferecendo uma viagem pela obra e pela história da capital francesa, focalizando os principais protagonistas do romance. “Quisemos oferecer ao público uma viagem pelos principais lugares presentes no Em Busca do Tempo Perdido”, diz Sol. “Nos interessamos pelos valores simbólicos desses lugares de iniciação de Proust. Fomos em busca desses lugares míticos, o Bois de Boulogne, a Champs Elysée, o Faubourg de Saint-Germain, qual a relação do herói do romance com esses lugares e, sobretudo, como o escritor demarcava a questão da passagem do tempo, contando a transformação da cidade”, diz a curadora. "Proust se mostra verdadeiramente um produto desta cidade parisiense, desse ambiente sociocultural único no mundo do fim do século XIX, Paris estava então no apogeu de sua dominação cultural", pontua Sol. "O escritor leva no centro disso tudo uma vida extremamente mundana e sabe também perceber o declínio desse mundo. Observando o romance proustiano, vemos que ele se interessa em descrever uma sociedade que vai desaparecer com a guerra no fim do século", conta a curadora. A exposição Marcel Proust, um romance parisiense fica em cartaz no Museu Carnavalet até o dia 10 de abril de 2022.
Anos 80, o suor é derramado nas pistas de dança, a humanidade experimenta o pico de sua tecnologia, a modernidade invade a ruas. Os sintetizadores e as televisões a cores começam a despontar em todos os cantos. O mundo está mais colorido, uma onda de liberdade invade as ruas, os tempos estão mudando, o muro caiu, mas a guerra fria continua. Uma pequena cidade na França, nos arredores de Paris passa a experimentar o as benesses e o terror das modernidades da virada do século. As drogas sintéticas começam a surgir nos arredores de paris, e os jovens cada vez mais se perdem em meio as gangues e a maldita música eletrônica. Numa pacata cidade na periferia de Paris, uma garota de 12 anos desaparece de um internato para jovens mocinhas. A comunidade está aterrorizada, pois a escola foi engolida pelas chamas. Corpos despedaçados e chamuscados são encontrados pelas chamas. A comunidade está horrorizada, pois naquela mesma noite, a imprensa havia divulgado a o ressurgimento de um serial killer pelas ruas de Paris. Uma jovem garota loira desaparecida foi encontrada morta e esquartejada no jardim do palácio de Versalhes. O jardim dos reis. Se prepare, proteja sua sanidade e venha conhecer o chamado de 80thullu, com neon, suor e sangue. --- Send in a voice message: https://anchor.fm/ocanecofurado/message
Voa o homem. O homem liga e sua voz corre por distâncias, mas não grita. E molda o ferro como massa de modelar. O homem encurta o tempo. E parece que ele não terá limites. Os burascos que rasgam o chão, acabam com as fronteiras. O limite é cavado a sangue, fezes e barro. As trincheiras são o limite humano e moral. E ela é recheada por um nacionalismo exacerbado. Homem sobre o homem. Não é um francês morto, não é um marroquino morto, é um homem morto. Mas os canhões parecem não ter sentimentos. Versalhes não é um tratado de paz, é um armistício de vinte anos. De um mundo que não terá mais onde se esconder. Não haverá mais trincheiras. Não haverá refúgio. E sobre os escombros de um mundo combalido se erguerá o Nazi-fascismo. O Navio dos loucos apresenta aquela que foi a Grande Guerra. O marco do século XX. Solta o play!
Uma análise dos fatos históricos que envolveram o Império Áustro-Húngaro, com destaque nos fatores que levaram à sua queda. Para contato e doações (pix/PayPal): tradtalk@mail.com Telegram: https://t.me/tradtalk Participantes: Prof. Eduardo Cruz e Luciano Takaki FONTES CITADAS AO LONGO DO VÍDEO: (1) As resoluções aprovadas no Congresso Maçônico Internacional de Paris e no Congresso Internacional Maçônico de Luxemburgo podem ser lidas nas seguintes fontes: - 'Congrès Maçonnique International du Centenaire 1789-1889: Compte Rendu des Séances du Congrès et Discours Compte rendu des séances du congrès et discours' [Paris: Editora Champion, 1989] - 'Ve Manifestation Maçonnique Internationale' [Berna: Editora Büchler & Companhia, 1912] Sendo que na primeira consta o seguinte: "Uma república universal e democrática, este é o ideal da Maçonaria, um ideal concebido e formulado por nossos predecessores meio século antes da Revolução Francesa" (p. 42) (2) Resoluções aprovadas no Congresso Maçônico Internacional de Bruxelas: - Restaurar os laços de fraternidade entre todos os maçons; - Organizar a Festa da Paz em todo o mundo; - Lutar contra o nacionalismo e o militarismo; - Promover o livre comércio e abolir as barreiras alfandegárias. Conforme consta em "Hiram entre paix et guerre: L'humanisme maçonnique à l'épreuve de la Grande Guerre". Palestra proferida pelo historiador Yves Hivert-Messeca no Ciclo Anual de Estudos da Loja Maçônica Villard de Honnecourt, em 3 de novembro de 2016: https://yveshivertmesseca.wordpress.com/2016/11/10/2584/ (3) Livro "The southern Slav question and the Habsburg Monarchy", de Robert Seton-Watson, mentor do desmembramento do Império Austro-Húngaro. Publicado pela primeira vez em 1911: https://archive.org/details/southernslavques00seto/mode/2up (4) Livro "O americanismo e a conjuração anticristã", do Monsenhor Henri Delassus: https://archive.org/details/lamericanismeetlaconjurationantichretiennemonsenhorhenridelassus1898 (5) Livro "Le Grand Orient de France: ses Doctrines et ses Actes", de Jean Bidegain, ex-maçom, outrora adjunto do Secretário-Geral do Grande Oriente da França, Narcisse-Amédée Vadecard. Merece especial atenção a informação fornecida na página 277: https://archive.org/details/le-grand-orient-de-france-ses-doctrines-et-ses-actes-jean-bidegain-ex-adjunto-do (6) Livros "Le Drame Maçonnique, Volume I: le pouvoir occulte contre la France", "Le Drame Maçonnique, Volume II: la conjuration juive contre le monde chrétien" e "La Guerre Occulte: les sociétés secrètes contre les nations", escritos por Paul Copin-Albancelli, ex-maçom grau 29.: https://archive.org/details/le-drame-maconnique-le-pouvoir-occulte-contre-la-france-paul-copin-albancelli-ex-macom-grau-29-1908 https://archive.org/details/le-drame-maconnique-la-conjuration-juive-contre-le-monde-chretien-paul-copin-alb https://archive.org/details/la-guerre-occulte-les-societes-secretes-contre-les-nations-paul-copin-albancelli (7) Livro "Lusitania", de Colin Simpson. O autor documenta como Winston Churchill premeditou o afundamento do Lusitania para indispor a opinião pública norte-americana contra as potências centrais: https://pt.scribd.com/document/386878452/The-Lusitania www.facebook.com/TrincheiraMoral/posts/726429164423394 (8) Livro "Requiem pour un empire défunt: Histoire de la destruction de l'Autriche-Hongrie", de François Fejtö. O capítulo XXX reproduz as resoluções aprovadas no Congresso Maçônico realizado em Paris, de 18 a 30 de junho de 1917, depois adotadas pelos governos das potências vencedoras da guerra em Versalhes: https://archive.org/details/requiem-pour-un-empire-defunt-francois-fetjo-1988
É no meio das montanhas da Ardèche, no sudeste da França, que a pintora brasileira Dalva Duarte fez o seu refúgio. Em 2005, ela transformou uma antiga fábrica de fio de seda, do século XIX, num ateliê e residência de 5.000 metros quadrados onde realiza trabalhos de grandes dimensões. ARFI visitou este espaço e conversou com a artista sobre a virada na carreira para a arte abstrata, após receber encomenda de um grande colecionador. Foi em Paris, onde ela mantém outro pequeno ateliê, que Dalva conheceu o renomado arquiteto francês Jacques Garcia. Designer de interiores e jardins reconhecido internacionalmente, ele é o proprietário do castelo Champs-de-Bataille, uma obra da arquitetura do século XVII, localizada a uma hora e meia ao norte de Paris. Não por acaso, a construção é conhecida como Versalhes da Normandia. Garcia restaurou a edificação como na época. “Sentimentos não têm cara” Um dos maiores colecionadores de arte da França, ele agora desafia Dalva Duarte a trocar a arte figurativa pela abstrata. “Eu tive o privilégio de ele gostar do meu trabalho, especialmente os trabalhos abstratos e vamos atuar juntos. Então, a minha vida está mudando outra vez, a cada dez anos eu começo alguma coisa nova na minha vida”, destaca a pintora. “Antes deste encontro com o Jacques, eu não me permitia ser uma pintora abstrata. Quando ele viu o meu trabalho, ele disse: ‘Dalva você é uma pintora fantástica abstrata. Eu nunca vi um trabalho tão forte desse'. E eu voltei para o ateliê e comecei a olhar o meu trabalho e gostar e passei a pintar tentando traduzir algum sentimento, porque os sentimentos não têm cara. O medo, o ódio, a frustração, a alegria, tudo isso pode ser traduzido num trabalho abstrato”, observa. Sonho realizado Dalva trabalha no lugar que escolheu para viver com a família e para pintar, atividade que exerce desde os 12 anos. “Este ateliê foi uma fábrica de seda de 1850. Eu estava morando nos Estados Unidos e eu queria voltar para a França e um amigo disse: ‘você tem que vir à Ardèche' e ele, então, me trouxe aqui. Quando eu vi este lugar, eu não tive dúvidas. Então, passei cinco anos reformando e, sobretudo, abrindo todas as janelas porque havia máquinas aqui dentro, era escuro”, conta a artista. “Toda a minha bagagem de vida está neste lugar, perto de Privas, em Saint-Priest, cheio de montanhas, de verde, tem o rio que passa embaixo, a floresta e isso me inspira muito. Aqui tem uma luz muito boa”, completa. Com obras espalhadas em vários continentes em coleções de personalidades como o empresário Bill Gates, que tem quatro trabalhos da artista, Dalva diz que o sucesso é um estado de bem estar consigo mesma. “Eu me permiti ter um ateliê de quase mil metros quadrados, o sonho para qualquer pintor. Uma coisa que eu sempre quis e eu consegui. Isso para mim é chegar lá. De me permitir trabalhar uma tela de 14 metros dentro do meu ateliê com toda a liberdade”. Alerta para a Amazônia As telas de grandes dimensões foram necessárias para pintar a floresta Amazônica, uma série de trabalhos que ela realizou apenas de lembranças de infância. “Esses são os curumins tomando banho no rio, brincando no rio Amazonas. O rio é verde, um pouco marrom e as crianças têm este corte de cabelo tradicional de algumas tribos”, conta, ao mostrar um de seus quadros. “Eu não quis fazer um trabalho muito realista, só as silhuetas deles misturadas com a água”, descreve. “Isso não é um retrato do índio, porque a fotografia do índio quem faz bem é o Sebastião Salgado [fotógrafo]. Isso aqui é um produto da minha imaginação e também das memórias que eu guardei do tempo que eu fui à Amazônia com o meu pai, quando eu tinha 21 anos”, diz. “Este trabalho tem que ser visto de muito longe. Porque a gente vê as manchas, as cores a textura. Quando se fica a seis metros, aí você vê a floresta e sente a umidade, as cores”, aponta ela, diante da tela de 14 metros de comprimento em que se vê grandes árvores e alguns indígenas. “Quando eu vi como está queimando, como está sendo destruída e a falta de respeito com os seres que habitam na Amazônia, eu pensei: eu vou fazer o meu pedacinho, o que eu posso para mostrar o que é a Amazônia e como a gente tem que salvar o planeta, o pulmão da humanidade”, alerta. Saudades do Brasil Quando perguntada se tem saudade do Brasil, Dalva Duarte revela um misto de emoções. “A minha relação com o Brasil é muito estranha, porque eu tenho saudade, mas daquele Brasil que eu conheci nos anos 1970. Aquele Brasil que tinha uma energia, mesmo que estivéssemos na ditadura, tinha uma esperança e uma coisa muito forte”, relembra. “Agora, quando eu volto, a música mudou. Naquela época, tinha Caetano, Tom Jobim, Vinícius de Moraes, aquela música doce e gostosa. Hoje, é uma música que eu não gosto e não entendo mais. Eu tenho saudade das feiras, dos cheiros das frutas, das cores”, diz. “Hoje, quando eu chego no Brasil, eu fico insegura, eu tenho medo da violência. Eu não gosto de viajar porque tudo é difícil. Tudo é diferente. Eu acho que quando eu volto, eu fico procurando a minha juventude que não existe mais”, conclui. A maranhense, que também tem cidadania americana e é casada com um arquiteto dos Estados Unidos, conta que é na França que ela se sente em casa. “A França é minha mãe. Eu amo tudo na França: a cultura, a língua, o povo, a maneira de viver, a facilidade, a segurança, a beleza. Eu me sinto acolhida aqui, valorizada. No Brasil eu não me sinto valorizada. No Brasil parece que eu tenho que justificar o que eu sou. Aqui não”, conclui.
Pioneiro de uma expressão artística inédita, combinando equitação, circo, música, dança e teatro, o diretor e cavaleiro francês Bartabas criou um novo tipo de performance cênica: o teatro equestre, gênero que inaugurou na França com a Companhia Zingaro em 1984. Desde 2003, no entanto, ele dirige também a Academia Hípica de Versalhes, que reabre ao público neste verão francês com o espetáculo “La Voie de l'écuyer, Opus 2021". Bartabas brinca com a cumplicidade entre as amazonas e seus cavalos, num espetáculo construído em uma sucessão de cenas curtas, alternando diferentes disciplinas equestres, como esgrima, adestramento, acrobacias e canto. Com trilha de Johann Sebastian Bach (1685-1750), as primeiras passagens das cavaleiras e alunas da academia no picadeiro são introduzidas por trechos de textos de grandes nomes da arte equestre europeia. Laure Guillaume, coordenadora da escola-teatro da Hípica de Versalhes e fiel escudeira de Bartabas há 18 anos, relata que o manejo dos animais é feito de forma gradual. "Aqui os cavalos chegam como potros muito novinhos, então os tocamos bastante para se sentirem em confiança, deixamos que eles tomem posse do espaço. Nós os habituamos a saírem juntos em liberdade, deixamos que eles brinquem sozinhos e depois voltem para junto de nós, para que depois, pouco a pouco, eles se sintam confiantes no manejo com o público. Em geral os colocamos em cena depois de um ano e meio, dois anos", conta. Uma das cenas mais encantadoras e selvagens do espetáculo é quando os jovens animais são liberados sem comandos, correias ou rédeas, e evoluem sozinhos no meio do picadeiro dos estábulos reais de Versalhes, fazendo charme para a plateia, completamente hipnotizada pelos animais. "É realmente necessário que os cavalos se sintam em confiança, porque senão depois eles ficam com medo em frente ao público e não vão se divertir. O mais bonito é quando estão confiantes e também se divertem", diz Laure Guillaume. Em cena, nove amazonas manipulam cerca de 35 animais de diferentes raças, com destaques para os lusitanos de olhos azuis, uma tradição de Versalhes, a raça de cavalo preferida de Luís 14. Entre as intrépidas cavaleiras, mulheres como Salomé Belbacha-Lardy, de 22 anos, que abandonou a carreira de advogada para viver sua paixão, entre o teatro e os cavalos. "Faço parte do grupo desde julho de 2020 e antes disso eu estudava Direito, sou formada em Direito. Foi uma mudança radical de vida", relata. "Conheço a academia equestre de Versalhes desde pequenininha, porque nasci na região parisiense e vinha ver os espetáculos. Era uma coisa que sempre me interessou, fiz dez anos de balé clássico, eu já montava a cavalos e competia há pouco tempo", explica. "Estava me inscrevendo no mestrado de Direito quando a academia colocou um anúncio procurando cavaleiras para espetáculos. Minha mãe me incentivou a me inscrever, eu fui sem acreditar muito, mas fui aprovada nas audições e depois tive que escolher entre o Direito e minha paixão, e escolhi estar aqui", afirma a jovem amazona, responsável por Kodály, um lusitano raça pura, com nome que homenageia o compositor húngaro Zoltán Kodály. Todos os animais recebem nomes de personalidades da filosofia, do teatro e das artes, e basta uma visita às estrebarias reais depois do espetáculo para conhecer "Molière", "Voltaire", "Gauguin", dependendo de quem já tenha sido escovado ou jantado sua porção de feno preparada carinhosamente por sua amazona. Salomé explica um pouco mais sobre a rotina com os cavalos. "Normalmente, temos quatro animais cada uma. Um “tema”, com o qual geralmente fazemos a cena do carrossel; um “Isabelle” com o qual fazemos a cena dos braços, e também a cena final, além da esgrima a cavalo; um pequeno pônei “Soraya”, que na verdade são os ancestrais dos “Lusitanos”, e depois temos ou um potrinho ou um “Przewalski”. Eu tenho esse magnífico cavalo negro do final, então temos um grupo de quatro cavalos cada", relata Salomé. A cumplicidade com os animais é essencial, segundo a jovem atriz e cavaleira. "É a Laure [Guillaume, coordenadora] quem nos atribui cada cavalo, ela fica atenta para que a dupla cavalo e mulher esteja bem e equilibrada, e que todas as duplas estejam em harmonia. Este é o caso, acredito, para a maioria de nós", afirma. O espetáculo “La Voie de l´écuyer” fica em cartaz na Hípica de Versalhes até 29 de agosto de 2021. Durante o Festival de Outono de Paris, Bartabas apresentará também a nova criação, um trabalho "minimalista" que tem encantado a crítica francesa, um duo do mestre do teatro equestre com seu cavalo "Tsar". Em outubro, a Cia Zingaro volta a botar o pé na estrada depois da estreia em Paris de "Cabaré do Exílio", em Aubervilliers, na periferia da capital francesa.
A ascensão de Hitler ao poder sempre levantou muitas questões. Para entendermos o fenômeno hitlerista, precisamos entender o período anterior ao da ascensão em si. Com a derrota na Primeira Guerra, o Império Alemão rui dando lugar a uma república chamada República de Weimar. Juntamente com o novo modelo político, os alemães também tiveram que se acostumar com o Tratado de Versalhes, uma imposição dos países vencedores da Guerra que prejudicava o desenvolvimento econômico alemão, além de outras várias delimitações. Nesse contexto a Alemanha teve dificuldade de se reconstruir, mas os EUA promoveram uma série de empréstimos com baixos juros e venderam produtos industrializados para suprir a urgente demanda alemã necessitando de meios para reconstruir o país. Entretanto, com a Crise de 29, o país entra novamente em um buraco, um ainda mais profundo. A Crise de 29 bateu em cheio na Alemanha, fazendo com que o país se encontrasse no que os economistas e historiadores chamam de hiperinflação, onde a moeda (na época, o Marco) ficasse completamente desvalorizada. Esse caos econômico somado a um caos político e social, criou as condições perfeitas para que Hitler com um discurso radical, objetivo e populista ganhasse força política no país.
A ascensão de Hitler ao poder sempre levantou muitas questões. Para entendermos o fenômeno hitlerista, precisamos entender o período anterior ao da ascensão em si. Com a derrota na Primeira Guerra, o Império Alemão rui dando lugar a uma república chamada República de Weimar. Juntamente com o novo modelo político, os alemães também tiveram que se acostumar com o Tratado de Versalhes, uma imposição dos países vencedores da Guerra que prejudicava o desenvolvimento econômico alemão, além de outras várias delimitações. Nesse contexto a Alemanha teve dificuldade de se reconstruir, mas os EUA promoveram uma série de empréstimos com baixos juros e venderam produtos industrializados para suprir a urgente demanda alemã necessitando de meios para reconstruir o país. Entretanto, com a Crise de 29, o país entra novamente em um buraco, um ainda mais profundo. A Crise de 29 bateu em cheio na Alemanha, fazendo com que o país se encontrasse no que os economistas e historiadores chamam de hiperinflação, onde a moeda (na época, o Marco) ficasse completamente desvalorizada. Esse caos econômico somado a um caos político e social, criou as condições perfeitas para que Hitler com um discurso radical, objetivo e populista ganhasse força política no país.
VOLTAMOS! Alguns estudiosos entendem a Segunda Guerra Mundial como uma continuação direta da primeira e é um consenso entre os historiadores de que um dos grandes motivos que levou a Alemanha a agir da maneira que agiu, foi a humilhação que ela sentiu por conta do Tratado de Versalhes.
No teatro, na ópera, no cinema e nas séries há um universo pouco conhecido que dá forma, cor, realismo e poesia aos actores. É das mãos de profissionais da sombra que saem as maquilhagens, os penteados, as perucas e toda uma caracterização que ajuda a acreditar nas personagens. David Carvalho Nunes, de 41 anos, vive dessa arte de transfigurar actores e transportar-nos para outras épocas. O lusodescendente participou na série de ficção histórica Versalhes e esteve à conversa com a RFI.
Morre em Munique, em 14 de junho de 1920, Max Weber, intelectual alemão, jurista, economista, considerado um dos fundadores da sociologia moderna. Personalidade influente na política alemã, foi consultor dos alemães no Tratado de Versalhes (1919) e na Comissão encarregada de redigir a Constituição de Weimar. ----Quer contribuir com Opera Mundi via PIX? Nossa chave é apoie@operamundi.com.br (Razão Social: Última Instancia Editorial Ltda.). Desde já agradecemos!Assinatura solidária:www.operamundi.com.br/apoio★ Support this podcast ★
Nesse episódio falamos sobre o décimo primeiro presidente do Brasil, Epitácio Pessoa, um político, magistrado, diplomata, professor universitário e jurista brasileiro, presidente da república entre 1919 e 1922. O período de governo foi marcado por revoltas militares que acabariam na Revolução de 1930, a qual levou Getúlio Vargas ao governo central.Foi deputado federal em duas oportunidades, ministro da Justiça, do Supremo Tribunal Federal, procurador-geral da República, senador três vezes, chefe da delegação brasileira junto à Conferência de Versalhes e juiz da então Corte Permanente de Justiça Internacional.CURSO DE HISTÓRIA DO BRASIL: https://www.udemy.com/course/historia-do-brasilPARA DOAÇÕESPIX: matheussouzasantosl9@gmail.comMATÉRIAL USADO NESSE EPISÓDIOhttps://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia-brasil/governo-epitacio-pessoa-1919-1922-revoltas-e-agitacao-cultural.htmPara entrar em contato conosco para qualquer sugestão de tema, correção histórica, etc., é só nos enviar um e-mail: lotusproducoes.sd@gmail.com ou entrar em contato conosco pelo direct do nosso instagram @historiaemversoes
Um Dia na História - 6 Maio 2021
Neste famoso excerto de 1919, John Maynard Keynes (1883-1946), um dos economistas e conselheiros políticos mais influentes da primeira metade do séc. XX, descreve com esplêndida persuasão e admirável brevidade os efeitos nefastos das políticas inflacionistas implementadas vezes sem conta por quase todos os governos ao longo da História.Este excerto é parte do livro The Economic Consequences of the Peace (1919), obra que catapultou Keynes para a fama pela sua crítica ao Tratado de Versalhes assinado após a Primeira Guerra Mundial. O texto foi depois também incluído na sua compilação Essays in Persuasion (1931), recentemente editada em Portugal.Tradução: Patrícia PaixãoRevisão: Francisco SilvaNarração: Tiago Soares
“Os mártires [da Comuna] estão guardados como relíquias no grande coração da classe operária”– Karl Marx [A guerra civil na França] – Quem é o chefe aqui? – Não tem chefe, somos uma Comuna. – Não sei o que é isso, mas preciso falar com alguém para que me explique essa algazarra. Eles se amontoavam ao lado da parede do Père-Lachaise e não paravam de chegar. Eram muito diferentes dos mortos comuns que chegavam todos os dias. Falavam muito, riam e se abraçavam. Faziam discursos acalorados, discordavam uns dos outros, por vezes descambando para a força física, mesmo agora sem o físico, na imaterialidade etérea de seus espíritos. – Fiquem calmos… mantenham-se em fila… pelo amor de deus, largue essa arma… – Você está ao lado de Versalhes, canalha, capacho de Thiers! – Quem? Não, não… represento o Reino de Deus… – Capacho de Napoleão III… Paris ardia em chamas, os cadáveres lotavam os campos e jardins, transformados em uma enorme sopa de lama e corpos em decomposição. O cheiro era insuportável. Um jornal conservador proclamava: “estes miseráveis que nos fizeram tanto mal em vida não podem continuar a fazê-lo depois da morte”. Os mortos reagiam como podiam. Cheiravam, apodreciam, permaneciam incômodos como testemunhas do massacre. Mostravam seus crânios amassados pelas coronhadas, os tiros na nuca, os membros decepados. Mulheres tombadas ao lado de seus baldes de petróleo ou simplesmente por trazer um lenço vermelho preso ao braço ou ao pescoço. Ao lado do muro do cemitério forma-se um enorme comício de almas desgarradas de seus corpos. O anjo, bastante assustado voltou com alguém que parecia ser seu superior, o guardião do portão, que com uma voz poderosa dirigiu-se a turba: – O negócio é o seguinte. Vocês estão mortos, precisam ficar calmos para a próxima etapa. Sigam a luz e… – Não. – Como não? – Decidimos em assembleia que vamos ficar aqui. – Veja, não cabe a vocês decidirem… – É o que sempre nos disseram, mas… – As coisas do mundo ficaram para trás meu irmão, seus corpos se foram, tem que pensar em suas almas. – Pois é, mas estávamos nessa de corpo e alma seu padre. – Eu não sou padre. – Cansamos de chefes, prefeitos, generais e esta gente que faz guerra para que os pobres morram. Você entende, eminência? – Eu não sou… – Certo, certo. Pessoal, o barba aqui quer falar com a gente, vamos ouvi-lo. – Sou contra! Este cara veio com aquele guarda de Versalhes… – Não sou guarda… eu… – Certo, certo. A gente escuta ele e depois vota. – Obrigado irmão. Eu entendo a revolta de vocês, mais ou menos, vem de um mundo de injustiças e violência, de privações da carne e desesperança. A morte é a passagem para uma outra dimensão… – Que dimensão, o que tem lá? – Ele disse que é um reino… – Reino… monarquia? – Capacho de Bismark! – Não… não… essas são coisas do mundo dos homens… – Por que? Nós mulheres não podemos entender de política. Sei muito bem a diferença entre Monarquia e República, meu senhor… – Não, não… falei “homens” no sentido geral do termo… – Vou te dar um tiro… bem no sentido geral do termo… – Calma gente, deixa o barba concluir. Fala barba, você dizia de outra dimensão que é diferente desta merda de mundo. Como é lá? – Como é lá? Veja bem… não sei… você tem que acreditar sem ver… a fé… – É tramoia, o cara é padre… – Eu não sou padre… – O cara é protestante… tá do lado dos prussianos… (Mauro Iasi) Texto integral no blog da Boitempo.
Bolas, esta semana foi hora e meia a conversa com o Francisco! Este mês e o MEU MÊS DE ANOS YAYY ABRIL - which means, vou falar só de coisas que falam ao meu coração. No episódio de hoje faço outro walk down memory lane mas com o Francisco Silva! (@franciscogcsilva). Falamos de bandas que amamos mutuamente, festivais favoritos, histórias de Verão e na importância que estes momentos tiveram na nossa vida e que influenciaram as profissões que temos hoje em dia. Disclaimer Nerd: Vamos falar de muita banda e acabamos a falar nos croquetes da Versalhes. Espero que gostem!
“O cerco de Paris leva a um caso extremo de fome. E as mulheres se rebelam. Elas se rebelam muito fortemente contra a Terceira República. Quando é determinado que os canhões de Paris deveriam ser tomados pelas tropas de Versalhes, Louise Michel é uma das que dão o sinal de que as tropas estão vindo, e essas mulheres rapidamente se colocam na rua. Se colocam diante dos soldados, numa tentativa de proteger aqueles equipamentos, que eram considerados da população. Eles não queriam ficar desarmados. Diante dessas mulheres e dos canhões, por mais que os generais dessem ordem de fogo!, os soldados não atiraram. E acabaram aderindo à Comuna de Paris. Temos a figura feminina como muito importante. Elas vão às ruas, tomam os espaços em frente aos canhões, algumas inclusive com suas crianças, afirmando: ‘Paris vai resistir. Nossa cidade não será tomada'!” Assim a historiadora Samantha Lodi descreve os acontecimentos da manhã de dia 18 de março de 1871, quando é deflagrado o movimento que ficou conhecido na história como a Comuna de Paris. Lodi e a também historiadora Samanta Colhado Mendes participaram de programa especial de Eleonora e Rodolfo, do TUTAMÉIA, dedicado a lembrar a participação das mulheres naquela insurreição e debater o seu legado para a história, para os homens e as mulheres de hoje.
Frágeis, delicadas e efémeras. As flores resistem às modas e atravessam os séculos. Durante a pandemia de Covid-19 foram consideradas "essenciais" em França e os floristas puderam manter as lojas abertas. Daniel Ribeiro conseguiu mesmo abrir uma segunda loja em Paris em plena crise sanitária. Das orquídeas cor-de-rosa de Neymar, à encenação de uma selva numa sala setecentista do Palácio de Vaux-Le-Vicomte, passando pela decoração floral no Palácio de Versalhes ou num mega-casamento na Índia, Daniel Ribeiro contou-nos um pouco da sua história de "amor pela perfeição" com as flores. Frágeis, delicadas e efémeras. As flores resistem às modas e atravessam os séculos. Durante a pandemia de Covid-19 foram consideradas essenciais em França e os floristas puderam manter as lojas abertas. Daniel Ribeiro, de 33 anos, conseguiu abrir uma segunda loja em Paris em plena crise sanitária. O lusodescendente cultiva o que chama de “amor pela perfeição”, um amor que investe tanto na composição de um “simples” ramo campestre quanto na decoração floral de grandes eventos no mundo do luxo, seja no Palácio de Versalhes, no Museu do Louvre, na Opera de Paris ou até no estádio de futebol do Paris Saint-Germain. Para tentar perceber porque é que hoje mais do que nunca as flores são tão importantes, fomos ao número 35 da Rua Condorcet, no nono bairro de Paris, onde Daniel Ribeiro nos recebeu numa das suas lojas Adonis Fleurs. Das orquídeas cor-de-rosa de Neymar, à encenação de uma selva numa sala setecentista do Palácio de Vaux-Le-Vicomte, Daniel Ribeiro, o jovem que comprou a primeira loja de flores aos 21 anos em Paris e que abriu a segunda em plena pandemia de Covid-19, aposta agora mais do que nunca no comércio de proximidade e espera continuar a levar aromas e cores para as casas dos seus clientes.
A crise sanitária revelou um declínio terrível da França na área da pesquisa científica. Os franceses têm encarado como uma humilhação não dispor de uma vacina contra a Covid-19 desenvolvida em laboratórios do país, enquanto as outras potências mundiais – Estados Unidos, Grã-Bretanha, Alemanha, Rússia e China – ocupam essa liderança. O país do cientista pioneiro da microbiologia, Louis Pasteur, fundador há mais de um século (4 de julho de 1887) de uma das instituições de pesquisa mais notáveis na luta contra doenças infectocontagiosas, se vê ultrapassado pelos concorrentes. Na última década, a França privilegiou investimentos supostamente mais rentáveis, como na indústria de armamento e aeroespacial, inteligência artificial, neurociência e tratamentos contra o câncer, no caso da Medicina. Entre 2011 e 2018, o financiamento público para a pesquisa básica caiu 28% no país, enquanto aumentou 11% na Alemanha e 16% no Reino Unido. As parcerias entre laboratórios públicos e grandes empresas privadas são muito menos desenvolvidas na França do que no exterior, o que limita a transformação das descobertas em produtos comercializáveis. No final de janeiro, o Instituto Pasteur abandonou seu principal projeto de imunizante contra a Covid-19, após os resultados decepcionantes dos primeiros testes. Era um produto adaptado de uma vacina já existente contra o sarampo. O Pasteur mantém dois projetos: o de uma vacina anti-Covid administrável por via nasal, e outro à base da tecnologia do RNA mensageiro, que deu resultados nos fármacos da Pfizer/BioNTech e da Moderna. Mas esses estudos estão em fase preliminar. Sanofi: "o fiasco francês" Em dezembro, outro grande laboratório francês, o Sanofi, anunciou que seu projeto de vacina não estaria pronto até o final de 2021. O caso da Sanofi representa outra humilhação. Reportagem da revista L'Express mostrou esta semana que, na corrida pelas vacinas contra a Covid-19, a Sanofi cometeu dois erros graves: para ganhar tempo, em vez de desenvolver seu próprio reagente, comprou o produto de um fornecedor que se mostrou incapaz de detectar a quantidade de antígenos presentes nas injeções. A empresa fez esta descoberta no final dos testes clínicos de fase 2 e teve de recomeçar do zero. Segundo erro fatal: a Sanofi estava em negociação avançada com a Moderna, mas recuou diante do volume de investimento necessário e preferiu se associar, em 2018, a uma empresa de biotecnologia de porte menor, a Translate Bio, cuja especialidade são doenças raras. Resultado: a farmacêutica francesa largou atrasada e foi relegada ao posto de "fabricante" de seu principal concorrente, já que aceitou envasar o soro da Pfizer-BioNTech, enquanto torce para que seu projeto de vacina dê certo até o fim do ano. A Sanofi sai de dez anos de governança errática, CEOs sucessivos que tomaram decisões contraditórias, como vender a área de imunoterapia, uma das mais promissoras no tratamento de doenças que vão do câncer à Covid-19. O atraso na criação de uma vacina contra o coronavírus é atribuído a erros estratégicos desse tipo. A gigante farmacêutica é comparada ao Castelo de Versalhes do capitalismo francês. Durante muito tempo, a Sanofi liderou o ranking da Bolsa de Valores de Paris em volume de capitalização. Nesta sexta-feira (5), a farmacêutica publicou um balanço excepcional: lucro de € 12,3 bilhões em 2020, o que representa uma alta de 340%. Mas, paradoxalmente, está demitindo 1.700 empregados na Europa, a maioria na França, enquanto vai distribuir € 4 bilhões em dividendos a seus acionistas. Vacina da AstraZeneca a partir de sábado O governo francês continua às voltas com o atraso na campanha de vacinação. Até quinta-feira (4), 1.687.026 pessoas receberam a primeira dose da vacina contra a Covid-19, o que representa 2,5% da população. As mulheres estão na frente na aceitação da vacina, numa proporção de 61% de todos os imunizados, contra 39% de homens. Mas ainda é muito pouco. Esse dado coloca a França perto do 40º lugar na lista de países que iniciaram a vacinação desde dezembro. A União Europeia, que distribui as vacinas aos países membros, também tem 2,5% de cidadãos vacinados até agora. Mas o diretor-regional da Organização Mundial da Saúde (OMS), o belga Hans Kluge, disse nesta sexta que é preciso ir mais rápido e imunizar pelo menos 20% da população do bloco, antes que novas variantes surjam e se tornem mais resistentes, o que já vem ocorrendo. O belga vê a situação mais complicada atualmente do que em dezembro, quando chegaram as primeiras doses. A partir deste sábado (6), a França começará a administrar a vacina da AstraZeneca/Oxford. Este terceiro imunizante em uso no país será destinado aos profissionais da saúde que ainda não receberam as vacinas da Pfizer/BioNTech e da Moderna, e a pessoas de 50 a 65 anos, conforme recomendou a Alta Autoridade da Saúde (HAS, na sigla em francês). O governo francês espera receber 5,5 milhões de doses adicionais das três vacinas até o final de fevereiro. A meta é ter 4 milhões de pessoas imunizadas, pelo menos com a primeira injeção, até o final do mês.
Embora o Império Alemão já existisse formal e juridicamente, é em 18 de janeiro de 1871 que ocorre a proclamação do rei da Prússia, Guilherme I, como imperador. A solenidade, que ocorreu na cidade francesa de Versalhes, entrou para a história como o dia da fundação de um moderno estado-nação reunido sob Berlim – o II Reich.★ Support this podcast ★
A pandemia de coronavírus obrigou milhões de empresários do mundo a fazer à distância o que sempre fizeram face a face. O impacto no turismo de negócios, dizimado desde o aparecimento da Covid-19, é de difícil reversão. O ano de 2020 foi o pior da história da aviação, na qual as viagens profissionais representam a maior fatia das vendas dos bilhetes mais caros. Na hotelaria não foi diferente – em países como a França, a clientela corporativa ocupa 70% dos quartos. Na capital Paris, cidade mais visitada do mundo, a fatia é menor, entre 36% e 50%, mas o impacto é igualmente devastador. O especialista em turismo Mark Watkins, presidente da respeitada consultoria Coach Omnium, avalia que a pandemia terá um impacto irreversível nas reuniões curtas, que provaram ser eficazes por videoconferência. Entretanto, ele crê na recuperação do segmento ligado a grandes feiras e seminários. "A longo prazo, não acredito nem um pouco no fim das convenções porque precisamos continuar nos vendo. Já faz quase 30 anos que estudamos esse mercado e percebemos que as reuniões virtuais, que melhoraram muito com o desenvolvimento de tecnologias, são perfeitas para reuniões de duas horas no máximo”, afirma. "Se você tem muitas reuniões em um dia ou tem um evento que vai durar vários dias, não é possível. É insuportável." Nas redondezas dos centros de convenções, hotéis às moscas Em bairros como Porte Maillot ou Porte de Versalhes, onde se localizam importantes centros de eventos profissionais, hotéis gigantescos estão às moscas. Para Watkins, esse cenário ilustra o que era uma evidência bem antes da pandemia: a multiplicação de estabelecimentos dependentes de encontros empresariais foi um erro estratégico das redes hoteleiras. “Em 12 anos, reduzimos em média um dia a duração de eventos com reuniões, inclusive em convenções de seminários, que agora duram em geral dois, e não mais três dias. Por consequência, há menos necessidade de hotéis e as pessoas também estão dispostas a percorrer menos distâncias para as viagens profissionais”, constata o especialista. "Antigamente, era legal fazer uma convenção no Marrocos ou na Grécia, mas isso já estava acabando. Ir de Paris à Irlanda, a duas horas daqui, já é algo a ser evitado." No Brasil, país de dimensões continentais, o presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas (Abracorp), Gervasio Tanabe, acompanha essa tendência. "Se a gente tiver uma notícia boa da vacinação, por exemplo, talvez o cenário mude bem. Fazer negócios por vídeo ainda não pegou. Ainda não acontece. Mas na nossa percepção, sim, haverá uma redução do número de viagens”, assume Tanabe. "Por enquanto, ainda não conseguimos dizer que vai ser 15, 20 ou 30%. Mas os nossos associados estão reduzindo estruturas porque anteveem uma queda do volume de viagens. No que antes precisavam de cinco viagens para viabilizar a assinatura de um contrato, talvez agora esse número caia para duas”, indica o presidente da Abracorp. Reuniões mais enxutas Desde a pandemia, os empresários demonstram a intenção de descentralizar grandes reuniões presenciais das equipes espalhadas pelo país. Tanabe conta o exemplo do CEO de uma multinacional que, duas vezes por ano, costumava reunir centenas de colaboradores em São Paulo. A partir de agora, é ele quem vai se deslocar às cinco regiões do Brasil. "É uma expectativa positiva porque movimenta o turismo regional e a infraestrutura de eventos corporativos. Por mais que tenha a vacina, a gente acha que as grandes aglomerações de pessoas vão diminuir”, avalia Tanabe. Neste contexto, a adaptação de hotéis ao famoso “novo normal” é uma exigência – não apenas com adoção de rígidas normas sanitárias, mas também com melhorias na oferta de tecnologias, como uma internet eficiente. O presidente da Abracorp lembra ainda que o turismo corporativo abrange muito além de hotéis e transportes. "Esse é um ponto crucial: não estamos só impactando hotelaria, agências corporativas e companhias aéreas. Estamos impactando uma cadeia enorme que flutua nessa rede corporativa”, ressalta. "Por isso a nossa preocupação de que esse mercado tem que voltar – por mais que seja em 50% ou 40%." Na Europa, a França é o país que mais recebe congressos internacionais, longe à frente de Lisboa e Berlim. A pandemia significou a anulação de 800 feiras e congressos no ano passado, conforme a Secretaria de Turismo e de Congressos. Os cancelamentos geraram um prejuízo estimado em 4 bilhões de dólares para a capital.
A Agência Europeia de Medicamentos se reunirá na próxima segunda-feira, dia 21, e deverá autorizar o uso da vacina Pfizer BioNtech nos 27 países do bloco. O início das campanhas nacionais está previsto para 27 de dezembro – a Espanha, por exemplo, já confirmou esta data. O governo francês definiu que o primeiro grupo será o de residentes das 7.200 casas de repouso do país (43% públicas), o que representa cerca de 600 mil idosos, e os 400 mil cuidadores dessa população. A vacinação contra a Covid-19 começará na França com uma grande interrogação no ar: qual será o grau de adesão dos franceses à imunização? Uma pesquisa interna realizada no início de dezembro pela federação nacional de casas de repouso, conhecidas na França pela sigla Ehpad, mostrou que 76% dos cuidadores profissionais não pretendem tomar a vacina. Apenas 19% disseram que irão se vacinar; 5% estavam indecisos. Os aposentados estão um pouco mais animados: 53% dos idosos ouvidos querem tomar a vacina, enquanto 38% rejeitam a imunização. Se o pessimismo ligado à vacina perdurar, essa situação poderá comprometer os principais objetivos do governo: atenuar a pressão nos hospitais e proteger os mais vulneráveis. Os cuidadores são importantes para incentivar os idosos sobre os benefícios da vacinação. Dos 59.000 mortos pela Covid-19 na França, cerca de 25.000 (42%) eram residentes de casas de repouso. Caberá ao idoso dar um consentimento por escrito à vacinação, depois de passar por uma consulta médica que irá avaliar se existe ou não contra-indicação em seu caso. Esse processo, que sequer começou na maioria das casas de repouso, deve intensificar a campanha na segunda semana de janeiro. Uma comissão de ética ainda irá decidir neste fim de semana sobre a situação dos dependentes, pacientes de Alzheimer, por exemplo, que contam com uma tutela judicial. Os ensaios clínicos da vacina da Pfizer/BioNtech não incluíram pessoas nessa situação, já que elas não podiam dar seu consentimento para os testes. O Ministério da Saúde francês quer tomar todas as precauções nesses casos específicos. Campanha começa em ritmo lento A primeira fase da vacinação vai cobrir relativamente um pequeno número de pessoas, em relação aos 67 milhões de habitantes do país. A França vai receber cerca de 1,16 milhão de doses da vacina da Pfizer/BioNTech até o dia 31 de dezembro. Para alcançar a proteção contra a Covid-19, são necessárias duas doses num intervalo de três semanas. A fase 2 do plano está prevista de fevereiro a junho, para 14 milhões de pessoas que apresentam um fator de risco ligado à idade ou a uma patologia crônica, bem como determinados profissionais de saúde. Só a partir do verão, em junho, está prevista uma campanha ampla para maiores de 18 anos. Alguns especialistas questionam essa estratégia: por que não vacinar primeiro as pessoas que estão mais expostas ao contágio em razão do trabalho, ou pelo menos simultaneamente aos idosos, para conter globalmente a epidemia? É um debate entre especialistas. Macron diz que está bem, mas reduziu atividade O presidente francês publicou um vídeo nas redes sociais nesta sexta-feira (18) para dar informações sobre seu estado de saúde, um dia depois de ser diagnosticado positivo para o coronavírus. Sem terno, vestido com um sueter de gola alta e olhos avermelhados, ele disse que estava bem, mas com os mesmos sintomas da véspera: cansaço, dor de cabeça, tosse seca e com um ritmo de atividade mais lento. O presidente prometeu que irá regularmente informar os franceses sobre seu estado de saúde e de forma transparente. Macron está isolado em Versalhes, em um antigo pavilhão de caça que se tornou residência de fim de semana da presidência. No vídeo, Macron tenta encerrar a polêmica que agita o país desde o comunicado oficial sobre sua contaminação. Uma parte da imprensa condenou os vários almoços e jantares que o presidente promoveu nesta semana, no Palácio do Eliseu, alguns com 12 convidados, ao mesmo tempo em que o governo repete diariamente aos franceses que eles só podem se reunir com seis pessoas. Macron garantiu que respeita as regras de prevenção, que usa máscara e álcool gel, mas que, sem dúvida, contraiu o coronavírus "em um momento de negligência e de falta de sorte". Ele argumentou que se não prestasse atenção, com a quantidade de pessoas que encontra diariamente desde o início da epidemia, teria pego a infecção mais cedo e contaminado um grande número de pessoas. "Ontem, 18 mil franceses testaram positivo como eu, esse vírus não poupa ninguém", disse no vídeo. Ele pediu aos franceses que tomem todo o cuidado para não se contaminar durante as festas de fim de ano. Macron vai completar 43 anos na próxima segunda-feira (21). Ele disse acreditar que não sofrerá com complicações da doença por causa da idade. O chefe de Estado é tratado por um médico das Forças Armadas. O ministro da Saúde, Olivier Verán, acredita que o contágio aconteceu na semana passada, durante a cúpula de líderes da União Europeia em Bruxelas. Em princípio, o presidente francês ficará em isolamento em Versalhes por mais seis dias.
Também conhecido como Fantasmas de Versalhes, o Incidente Moberly-Jourdain é provavelmente o mais famoso de todos os casos de lapso de tempo. A estranha história é de Charlotte Anne Moberly e Eleanor Jourdain sobre a visita que fizeram ao Petit Trianon, um pequeno castelo nos terrenos do Palácio de Versalhes. Elas alegaram que os jardins estavam como no final do século XVIII, assim como visão de fantasmas, incluindo Maria Antonieta. Enquanto a maioria dos críticos não as levou a sério, existem muitas explicações alternativas para as alegações, levando a debates até os dias de hoje. Neste episódio os investigadores Andrei Fernandes, Tupá Guerra e Hell se juntam a convidada Danielle Mozena, do canal Spooky Houses Casas Assombradas para contar e especular sobre esta misteriosa história.
Também conhecido como Fantasmas de Versalhes, o Incidente Moberly-Jourdain é provavelmente o mais famoso de todos os casos de lapso de tempo. A estranha história é de Charlotte Anne Moberly e Eleanor Jourdain sobre a visita que fizeram ao Petit Trianon, um pequeno castelo nos terrenos do Palácio de Versalhes. Elas alegaram que os jardins estavam como no final do século XVIII, assim como visão de fantasmas, incluindo Maria Antonieta. Enquanto a maioria dos críticos não as levou a sério, existem muitas explicações alternativas para as alegações, levando a debates até os dias de hoje. Neste episódio os investigadores Andrei Fernandes, Tupá Guerra e Hell se juntam a convidada Danielle Mozena, do canal Spooky Houses Casas Assombradas para contar e especular sobre esta misteriosa história.
Abrimos esta revista de imprensa com LE MONDE a titular covid efeitos importantes na saúde mental. Os centros especializados estão a rebentar pelas costuras com admissões de crianças apresentando certos transtornos psiquícos e certos hospitais alertam para o aumento de tentativas de suicídio. A ansiedade relacionada com a doença e os efeitos do confinamento têm graves consequências na saúde psíquica de uma parte da população. Os estados depressivos estão a crescer exponencialmente e são verificados em doentes com depressões pós-infeccciosas e um aumento de dependdntes de drogas. Os centros especializados estão a rebentar pelas costuras com admissões de crianças apresentando certos transtornos psiquícos e certos hospitais alertam para o aumento de tentativas de suicídio. Na primeira linha cerca de 30% do pessoal da saúde apresentam sintomas pós-traumáticos e na mesma proporção sinais de depressão. Esta crise é sempre inscrita no quadro da emoção considera o psiquiatra, Michel Lejoyeux. Ansiedade, stress e depressão, constituem uma autêntica pandemia com consequências nefastas para a saúde mental, nota, LE MONDE. LE FIGARO, titula, os desiludidos do desconfinamento pressionam o executivo. Confrontado com a raiva dos franceses forçados ao confinamento, o Primeiro ministro, Jean Castex, apresentou hoje os últimos ajustes de um desconfinamento acente em três etapas: abertura dos comércios já no sábado depois da revolta dos comerciantes, ûma segunda etapa de passagem de confinamento para recolher obrigatório em dezembro e para janeiro a terceira etapa com a abertura de restaurantes e de aulas presenciais nas Universidades e mesmo o levantamento do recolher obrigatório até uma vida normal. Mas tudo teoricamente porque ninguém sabe como evolui esta pandemia da Covid, nota, LE FIGARO. Versalhes, o Palácio que nunca dorme, titula, LA CROIX. Confinado desde 30 de outubro, o Palácio está em obras quase 24 horas por dia esperando reabrir as portas ao público a 15 de dezembro. 70 técnicos e operários especializados de 40 empresas renovam Versalhes nomeadamente a restauração espectacular da sua capela real que apresentará uma exposição retrospectiva do retratista, Hyacinthe Rigaud, quando abirá em grande as suas portas em dezembro, nota, LA CROIX. Morreu o menino de ouro da bola redonda Maradona Adios compañero, Diego Maradona, 1960-2020, titula, L'HUMANITÉ, exibindo uma foto do menino de ouro do futebol argentino e mundial. Mito do futebol mundial, o argentino, morreu ontem. É um dos futebolistas mais carismáticos e dos mais controversos da história que nos deixou. Diego, Dieguito, Armando Maradona partiu. Desta vez aquele que esteve várias vezes às portas da morte devido aos seus excessos mas que tuteou o sublime mais do que ninguém, conseguiu agarrar mesmo a mão de Deus, observa, L'HUMANITÉ, numa referência à sua morte mas também ao famoso golo que marcou com a mão, marcando espíritos em todo o mundo . Por seu lado, LIBÉRATION, titula, celeste, em relação a Maradona cuja foto ocupa a primeira página. Morreu a lendária figura do futebol mundial, El Pibe de Oro, o menino prodígio da bola redonda. Diego Maradona, conhecido também por El Diez, número 10 da sua camisola morreu ontem em Buenos Aires fulminado por um ataque cardíaco. Teve uma vida de excessos de todo o tipo, desde a sua dependência a cocaína, suspensão por dopagem, ataques a jornalistas com espigarda de ar comprimido, suas viagens a Cuba para ver o amigo Fidel Castro, a ponto de os seus fãs pensarem que o craque de futebol era imortal. Mas acaba de morrer aos 60 anos depois de fazer sonhar o mundo inteiro pela sua habilidade a jogar o futebol, nota, LIBÉRATION. Em relação ao continente africano, o mesmo LIBÉRATION, destaca Líbia, Jabir Zaien do militantismo às masmorras. Devido ao seu combate a favor dos direitos humanos, o sudanês, que chegou à Líbia aos 6 anos foi vítima em 2016 de um desaparecimento forçado, um rapto levado a cabo pelas forças armadas com a cumplicidade do Estado. Jabir Zaien, conseguiu sair da Líbia e hoje está refugiados em Paris, nota, LIBÉRATION.
Em 6 de Outubro de 1789 uma marcha a Versalhes obrigaria a família real a ir para perto do povo. Esse ato protagonizado por mulheres carregando lanças e canhões serve de inspiração para todos nós, hoje na luta.
Neste programa, Judeu Ateu, Estranho, Luki, Pachi (Blymecast) e Izzo (Dentro da Chaminé) finalizam a bilogia falando sobre um dos maiores clássicos dos mangás, Rosa de Versalhes Contato: contato@aoquadra.do
Neste episódio você acompanha a temática da nossa décima sexta semana, intitulada “Questões ambientais e antropoceno”. Nossa convidada é Nathalia Capellini, doutora em história pela Universidade de Versalhes. O título da sua fala é "Ditadura militar brasileira entre destruição e proteção ambiental".
Neste programa, Judeu Ateu, Estranho, Luki, Pachi (Blamecast) e Izzo (Dentro da Chaminé) começam mais um projeto mensal de analisar volumes de um mangá, desta vez com um absoluto clássico das artes sequências: Rosa de Versalhes
Luis XIV é provavelmente o monarca mais famoso da história da França e um dos mais conhecidos do mundo. O seu reinado durou nada menos que 72 anos...
Tratado de Versalhes
Em 1919 é firmado o tratado que põe fim a Primeira Guerra Mundial.
Saiba mais sobre a Nature Urbaine, a maior horta urbana do mundo, localizada nos telhados do Parque de Exposições de Versalhes. Uma parceria da Agência Radioweb com a Rádio França Internacional.
Tão logo a França afrouxou a quarentena contra o coronavírus, Paris inaugurou aquela que pretende se transformar na maior horta urbana do mundo. Sobre os telhados do Parque de Exposições de Versalhes, no sul da capital, a Nature Urbaine vai ocupar um total de 14 mil metros quadrados. Reportagem de Florent Guignard, da RFI No local, as técnicas mais avançadas de agricultura urbana tomam espaço, como aquaponia e aeroponia, que dispensam o uso da terra e tornam a estrutura mais leve e adaptada para um telhado. No lugar, é usado um substrato de coco onde crescem as raízes de morangos ou tomates. “O objetivo das hortas urbanas não é de abastecer uma metrópole como Paris, mas contribuir para alimentar a cidade, de uma maneira mais ecológica”, como explica a coordenadora da iniciativa, Sophie Hardy. “São produtos de alta qualidade gustativa, com circuito curto de produção. Evitamos, assim, os 1.500 quilômetros que costumam percorrer os tomates que chegam nos nossos pratos.” Estruturas verticais Na Nature Urbaine, as plantas crescem para cima, apoiadas em colunas verticais de PVC e bambu, e não espalhadas em fileiras no chão, como nas plantações tradicionais. Desta forma, um metro quadrado se torna cinco vezes mais produtivo do que o habitual, garante Sophie. Um local para a população urbana se reconectar com a natureza; “Eu acho que a Nature Urbaine encarna o espírito do famoso 'mundo depois da Covid-19'. Aqui nesta coluna, por exemplo, vemos acelgas crescendo, mas também temos flores, como as capuchinhas, que colocamos para atrair polinizadores”, conta. “Uma coisa que nos surpreendeu quando chegamos é que não havia nenhum inseto. Nada. Ficamos até um pouco preocupados, no início. Percebemos que, alguns meses depois de nos instalarmos aqui, que já temos abelhas, joaninhas, borboletas.” Água reaproveitada e monitoramento eletrônico Por enquanto, são quatro mil metros quadrados de área plantada, onde os agrotóxicos não têm vez. As cerca de 20 espécies de plantas são regadas e adubadas automaticamente, e 90% da água utilizada é reciclada, ressalta Kahlia Gauthier, técnica agrônoma do local. “Temos computadores que gerenciam tudo. Recebemos alertas no telefone se tem algum problema. Tudo é eletrônico”, revela a jovem. “Ganhamos muito tempo, ao não manejar diretamente a terra. Não tem ervas daninhas, por exemplo. Tudo é bastante técnico, mas a gente aprende rápido.” Os métodos mais modernos são o carro-chefe, mas a “terra de verdade” não está ausente do projeto. Uma parte do telhado abriga jardins compartilhados que são alugados por chefs, hotéis e ou simplesmente moradores da região, que podem plantar e participar de cursos de jardinagem. “Para o público em geral, os nossos sistemas são complexos demais. Nessa parte, podemos nos reconciliar com a terra. As famílias poderão vir com crianças, afinal queremos que essas práticas se transmitam de geração em geração”, afirma Sophie. Ilha verde em meio aos congestionamentos As frutas e legumes já são consumidos no próprio local: o recém inaugurado bar e restaurante Le Perchoir, de uma rede descolada de rooftops de Paris, absorve uma parte da produção. O restante é vendido em mercados do bairro, no 15º distrito da capital francesa. Durante todo o ano, em tempos normais, o Parque de Exposições de Versalhes recebe algumas das feiras mais conhecidas do mundo – como, ironicamente, o Salão do Automóvel. Logo ao lado, passa também o anel rodoviário de Paris, sempre congestionado. O Nature Urbaine vira uma ilha verde em meio a este cenário consumista e poluído. “Os legumes não estão poluídos. A poluição entra nas plantas pelas raízes, e no nosso caso, as raízes ficam protegidas dentro das colunas”, frisa a coordenadora. “Além disso, estamos num telhado a 15 metros de altura. Os metais pesados não chegam a essa altura. Quanto às partículas finas expelidas pelos carros, basta lavar as frutas e legumes normalmente para poder consumi-los. Não tem nenhum problema.” A previsão é de que, em dois anos, todo o telhado do pavilhão 6 do Parque de Exposições esteja tomado pela agricultura urbana.
Neste episódio (gravado em 30/05/2020) fazemos um exercício de imaginação, ou de história contrafactual, baseado em perguntas que ouvimos frequentemente. E se o Tratado de Versalhes não tivesse imposto tantas punições a Alemanha? E se o Brasil fosse colonizado por outra nação? E se a Família Real não tivesse vindo para o Brasil? Também estreamos o quadro "quem avisa amigo é!".
Um dos pontos turísticos mais emblemáticos e mais visitados da França, o Palácio de Versallhes reabre suas portas neste sábado (6). Fechado há 82 dias por causa das medidas sanitárias ligadas à da pandemia de Covid-19, o monumento histórico poderá por enquanto receber um número limitado de visitantes e o uso de máscaras de proteção será obrigatório. Esta é apenas uma das novidades do relaxamento progressivo da quarentena no país. A França retoma aos poucos suas atividades em mais uma fase de saída do confinamento. Desde terça-feira (2), cafés, bares e restaurantes voltaram a funcionar, apesar de alguns restrições. A principal delas é que os comerciantes podem servir os clientes apenas em terraços nas calçadas, evitando assim o acúmulo de pessoas dentro dos estabelecimentos. A medida provocou uma multiplicação de mesas no exterior. E para incentivar o comércio, penalizado desde março, a prefeitura de Paris decidiu flexibilizar a regulamentação da instalações de mesinhas e cadeiras nas ruas, pelo menos até setembro. Os museus também reabrem de forma gradual. Se os estabelecimentos menores já começaram a funcionar com entradas restritas, o Museu d’Orsay recebe visitantes novamente a partir de 23 de junho, enquanto o Louvre, um dos mais frequentados do mundo, só terá suas portas abertas em 6 de julho, seguido dos museus Rodin e Picasso, no mesmo mês. Visita na casa dos reis A partir deste sábado (6), os visitantes também vão poder novamente passear pelo palácio de Versalhes, complexo construído no século 17 e que serviu de residência para os principais reis da França. O monumento e seus famosos jardins recebem, em média, 27.000 pessoas por dia. Mas com as restrições ligadas ao Covid-19, esse número cairá para cerca de 4.500 visitantes diariamente. A entrada será feita com hora marcada para que o fluxo seja controlado e a administração aconselha aos visitantes que comprem seus ingressos pela internet, para evitar as filas na porta. Os principais espaços do complexo, como a Galeria dos Espelhos, os grandes apartamentos e a Grande Trianon, continuarão funcionando com acesso livre. Já os espaços considerados mais frágeis, como a Opera Real, ou o Petit Trianon, refúgio de Maria Antoinette, serão abertos apenas para visitas guiadas. “Será possível ver os aposentos do rei e da rainha em pequenos grupos. Vai ser um programa diferente”, promete Catherine Pégard, administradora do monumento. Percursos específicos para os jardins e para a crianças também estão previstos. Essa foi a primeira vez em mais de 80 anos que Versalhes fechou suas portas. “A última vez foi em 1939, quando a (Segunda) Guerra foi declarada”, lembra Catherine Pégard. Mas durante esse período de quarentena por causa da pandemia, os poucos funcionários que continuaram trabalhando fizeram tudo para manter o monumento impecável. Foi o momento, por exemplo, de cuidar da Galeria dos Espelhos, que não passava por uma limpeza completa desde 2007. Queda no orçamento Os administradores do Palácio se questionam sobre o impacto da pandemia em suas contas. Afinal, 70% do orçamento do local vem da bilheteria, que ficou fechada durante três meses. Além disso, 80% dos oito milhões de visitantes anuais vêm do exterior, dos quais norte-americanos e asiáticos representam 30%. Mas agora, com o fechamento temporário das fronteiras pelo menos até 15 de junho e a diminuição no número de turistas estrangeiros esperado nos próximos meses, os administradores já avisaram que vão precisar da ajuda do Estado para manter o Palácio funcionando. “Nosso modelo econômico desmoronou”, desabafa Catherine Pégard.
1. Compreender os conceitos de: Imperialismo e nacionalismo; 2. Identificar os principais movimentos nacionalista que desencadearam a guerra; 3. Descrever o que foi a corrida armamentista; 4. Enumerar as alianças militares e os países componentes de cada uma delas; 5. Relatar o episódio que desencadeou a Primeira Guerra; 6. Citar as características das três fases da guerra; 7. Explicar como se deu o final da Guerra; Descrever o que foi o Tratado de Versalhes (1919);
Esta é a segunda conversa da nossa quinta memória, dedicada ao ódio. Até 1870, a França é um império governado por um Napoleão: o Segundo Império e o Imperador é o Luís Napoleão Bonaparte, Napoleão III Imperador dos franceses e sobrinho do Napoleão Bonaparte. Mas o Império perdeu-se por causa de um telegrama. Em 1870, uma troca de mensagens entre o Embaixador de França e o Rei da Prússia é adulterada pelo Chanceler Bismarck de maneira a parecer que o Rei da Prússia se referira ao embaixador francês de forma humilhante. O episódio, em si insignificante, vai excitar o nacionalismo francês e levar Napoleão III a declarar guerra à Prússia. Grave erro. O que era para ser um momento de glória transformou-se numa catástrofe: a França perde rapidamente a guerra e, com ela, as suas Províncias da Alsácia e da Lorena e, finalmente, o próprio império. Humilhação suprema: é em Versalhes que o Rei da Prússia vai ser coroado imperador do Império Alemão. Agora, agora e mais agora — seis memórias do último milénio, é um podcast de história para tempos de quarentena. Mais programas em publico.pt/podcasts.
Em 18 de março de 1871, os parisienses, sentindo-se traídos pelo governo que capitulou diante das tropas prussianas e se instalou em Versalhes, estavam à beira da insurreição. Política, economia, diplomacia, cultura, sociedade e ainda mais: www.operamundi.com.br/apoio★ Support this podcast ★
Gustavo Abdala é historiador formado pela PUC-SP e, neste episódio irá abordar o que foi o Tratado de Versalhes, suas consequências para os vencedores e derrotados da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), bem como, seus reflexos também para a Europa e para o resto do mundo.
Embora o Império Alemão já existisse formal e juridicamente, é em 18 de janeiro de 1871 que ocorre a proclamação do rei da Prússia, Guilherme I, como imperador. A solenidade, que ocorreu na cidade francesa de Versalhes, entrou para a história como o dia da fundação de um moderno estado-nação reunido sob Berlim – o II Reich. Apoie o Opera Mundi a continuar oferecendo informação democraticamente sem jamais perder o pensamento crítico. Acesse: www.operamundi.com.br/apoio★ Support this podcast ★
Com a Revolução Francesa como plano de fundo, o mangá Rosa de Versalhes marcou época trazendo questões sobre gênero, justiça e direitos humanos. O gibi, produzido originalmente entre 1972 e 1973, quebrou paradigmas e revolucionou a forma de fazer mangás para o público feminino.
O nome deste episódio faz referência aos eventos históricos acontecidos em anos terminados no dígito 9, ao longo do século XX. Começamos pelo tratado de Versalhes de 1919, passamos para a crise do capitalismo de 1929, lembramos o inicio da 2ª Guerra Mundial em 1939, em 1949 vemos o COMECON do bloco comunista, em 1959 vamos de revolucionários e chegamos à ilha cubana, em 1969 lembramos a missão Apolo XI, o movimento Hippie e o album Abbey Road. Em 1979, rapidamente falamos da revolução iraniana, já na década dos 80, especificamente em 1989 pontuamos a repressão na praça de Tiananmen e a queda do Muro de Berlim e para fecharmos este recorrido histórico, em 1999 aconteceu e lembramos o bug do milênio e o Euro como moeda europeia. Viagem com a gente, vai que cai no vestibular. É o fim da História.
O episódio #03 é sobre os 100 anos da Organização Internacional do Trabalho, a OIT. Criada em 1919, após a Primeira Guerra Mundial e fazendo parte do acordo de Versalhes, a OIT tinha como objetivo padronizar e pacificar as relações de trabalho no mundo, de diferentes correntes. A trajetória do órgão e a sua relação com o Brasil serão temas da nossa conversa com o historiador argentino e professor da Universidade Federal Fluminense, Norberto Ferreras. Produção: Deivison Amaral, Heliene Nagasava, Paulo Fontes e Yasmin Getirana. Roteiro: Heliene Nagasava e Paulo Fontes. Com a colaboração de Isabelle Pires, Philip Mazza Guimarães, Renata Moraes, Thompson Alves, Yasmin Getirana. Apresentação: Yasmin Getirana.
O episódio #03 é sobre os 100 anos da Organização Internacional do Trabalho, a OIT. Criada em 1919, após a Primeira Guerra Mundial e fazendo parte do acordo de Versalhes, a OIT tinha como objetivo padronizar e pacificar as relações de trabalho no mundo, de diferentes correntes. A trajetória do órgão e a sua relação com o Brasil serão temas da nossa conversa com o historiador argentino e professor da Universidade Federal Fluminense, Norberto Ferreras. Produção: Deivison Amaral, Heliene Nagasava, Paulo Fontes e Yasmin Getirana. Roteiro: Heliene Nagasava e Paulo Fontes. Com a colaboração de Isabelle Pires, Philip Mazza Guimarães, Renata Moraes, Thompson Alves, Yasmin Getirana. Apresentação: Yasmin Getirana.
Sabe a nova minissérie de Sanditon, exibida no canal ITV? Pois é, já vimos os primeiros dois episódios e resolvemos conversar sobre o que achamos da adaptação até agora. E a conversa rendeu... Mais de uma hora de episódio, mas garantimos que o papo tá bem legal! Participação de Moira Bianchi (escritora e autora do blog Moira Bianchi), Valéria Fernandes (historiadora e autora do blog Shoujo Café), Adriana Sales (pesquisadora e fundadora da Jane Austen Sociedade do Brasil - JASBRA) e Thaís Brito (jornalista e autora do blog Fantástico Mundo de Jane Austen). Quer mandar um oi pra gente? Estamos no instagram: @cafecomjaneausten. Também no e-mail cafecomjaneausten@gmail.com. Trilha sonora: Advent Chamber Orchestra - Handel - Entrance to the Queen of Sheba for Two Oboes Strings and Continuo Allegro (Disponível em freemusicarchive.org) *** Links dos conteúdos comentados na discussão *** Minissérie - Sanditon (2019): https://imdb.to/2lHSzSw Post - Um Resumo de Sanditon: https://bit.ly/2k2WqsY Post - Sanditon, um resumo de capítulos: https://bit.ly/2lHSw9i Post - Sanditon, os personagens da minissérie: https://bit.ly/2kxioEN *** Algumas outras produções do roteirista Andrew Davies *** Minissérie - Orgulho e Preconceito (1995): https://imdb.to/2kyaVoY Minissérie - Filhas e Esposas (1999): https://imdb.to/2lJO1en Minissérie - Daniel Deronda (2002): https://imdb.to/2lD7FsA Minissérie - Razão e Sensibilidade (2008): https://imdb.to/2k0ADSG *** Nossas dicas *** Revista (em inglês) - Persuasions Online #38, Número 2 - Edição especial sobre Sanditon: https://bit.ly/2kA5ANN Artigo (em inglês) - Is Sidney Parker the Intended Hero of Sanditon?, de David Bell: https://bit.ly/2k8tb8g Livro - Nove Vezes Orgulho e Preconceito, de Moira Bianchi: https://bit.ly/32zbrEe Mangá - Rosa de Versalhes vol. 1, de Riyoko Ikeda: https://amzn.to/2m4fRlY Futura adaptação (estreia em 17/setembro) - Websérie Rational Creatures (Persuasão): https://bit.ly/2svxiyK Futura adaptação (sem data definida) - Filme The Janeites, baseado no poema de Rudyard Kipling: https://bit.ly/2kAqI6L **** Onde nos encontrar **** Grupo no Facebook - Jane Austen Society of Brazil: https://bit.ly/2kArhgT Jane Austen Brasil Blog: janeaustenbrasil.com.br Instagram: @janeaustenbrasil Moira Bianchi Blog: www.moirabianchi.com Instagram: @moirabianchi Fantástico Mundo de Jane Austen Tumblr: mundojaneausten.tumblr.com Instagram: @mundojaneausten Shoujo Café Blog: www.shoujo-cafe.com Instagram: @shoujofan
Anos 80, o suor é derramado nas pistas de dança, a humanidade experimenta o pico de sua tecnologia, a modernidade invade a ruas. Os sintetizadores e as televisões a cores começam a despontar em todos os cantos. O mundo está mais colorido, uma onda de liberdade invade as ruas, os tempos estão mudando, o muro caiu, mas a guerra fria continua. Uma pequena cidade na França, nos arredores de Paris passa a experimentar o as benesses e o terror das modernidades da virada do século. As drogas sintéticas começam a surgir nos arredores de paris, e os jovens cada vez mais se perdem em meio as gangues e a maldita música eletrônica. Numa pacata cidade na periferia de Paris, uma garota de 12 anos desaparece de um internato para jovens mocinhas. A comunidade está aterrorizada, pois a escola foi engolida pelas chamas. Corpos despedaçados e chamuscados são encontrados pelas chamas. A comunidade está horrorizada, pois naquela mesma noite, a imprensa havia divulgado a o ressurgimento de um serial killer pelas ruas de Paris. Uma jovem garota loira desaparecida foi encontrada morta e esquartejada no jardim do palácio de Versalhes. O jardim dos reis. Se prepare, proteja sua sanidade e venha conhecer o Chamado de Cthullhu, com neon, suor e sangue. Sistema: Chamado de Cthulhu 7e Guardião: Eduardo Marie Louise Lechapelle: Aline Terumi Detetive Darlan: Diego Mezencio Charmoso Gangster Sinclair: Murilo Dr. Victor Krum: Emerson Edição: Morde-assopra Conheça a Taverna do Beholder Cego! Seja um padrinho da taverna e participe dos Jogos da Cozinha da Gnoma! https://www.padrim.com.br/obeholdercego www.picpay.me/beholdercego
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Neste Episódio: Aproveitando que neste mês comemoramos o dia internacional da mulher resolvi trazer um Comentando sobre a obra que é um referencial em diversas questões que debatemos hoje em dia; mais do que isso, é uma obra sobre uma mulher incrivelmente forte. O assunto de hoje é o mangá Rosa de Versalhes que a Editora JBC trouxe para solo brasileiro e lançou no mês passado. Então se acomodem e venham conferir meus comentários referente a obra - sempre lembrando que ele complementa o Estante do Dollars sobre a obra (e vice versa). Links Relacionados: Onde Comprar: Amazon Estante do Dollars: Rosa de Versalhes #1 & #2 Apresentação: Paulo Raposo Duração: 13:31' Críticas, Sugestões, elogios, pedidos e afins: contato@dollarscast.com.br Redes Sociais: Instagram/Twitter/Facebook --- Support this podcast: https://anchor.fm/comentando-no-qg/support
Sejam bem-vindos ao quadrigentésimo décimo sétimo Spin de Notícias, o seu giro diário de informações científicas... em escala sub-atômica. E nesse Spin de Notícias falaremos sobre... Spin de Notícias! *Este episódio, assim como tantos outros projetos vindouros, só foi possível por conta do Patronato do SciCast. Se você quiser mais episódios assim, contribua conosco!*
. Dans ce podcast, nous parlons du château de Versailles, monument historique et troisième lieu touristique de France. In this podcast, we talk about the palace of Versailles, a historical monument and the third tourist attraction in France. Neste podcast, falamos sobre o palácio de Versalhes, um monumento histórico e a terceira atração turística na […]
Theaster Gates, oleiro de profissão e ativista social por vocação, queria fazer algo com relação ao estado lamentável de seu bairro no lado sul de Chicago. E assim ele fez, transformando casas abandonadas para criar centros comunitários que conectam e inspiram aqueles que ainda vivem lá, e atraem quem vem de fora. Nesta apaixonante palestra, Gates fala sobre os seus esforços para construir uma "pequena Versalhes" em Chicago, e compartilha sua fervorosa crença de que a cultura pode ser uma catalisadora para a transformação social em qualquer cidade, em qualquer lugar.