Podcasts about europa ocidental

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Retratos de Abril
As Origens Intelectuais do 25 de Abril: as Opções Políticas dos Livros que ajudaram a fazer a Revolução Portuguesa

Retratos de Abril

Play Episode Listen Later Apr 1, 2025 94:07


Portugal conheceu, a partir da década de 1960, os grandes dilemas que vão anunciar a mudança política que desembocou no 25 de Abril de 1974: um acelerado processo de crescimento económico e de mudança social, marcado sobretudo pelo reforço dos laços com a então chamada Europa Ocidental; o desenvolvimento do colonialismo tardio e de Guerras Coloniais; e, finalmente, o crepúsculo do Ditador e a sua substituição por Marcelo Caetano, que protagonizou as contradições de uma modernização autoritária falhada. Desenharam-se nessa década as “opções políticas” que iriam marcar o processo de transição para a democracia. Neste primeiro debate, dedicado às “opções políticas”, percorremos algumas obras marcantes da fase final da Ditadura, expressando a diversidade política e ideológica que marcava o autoritarismo tardio: ‘Portugal Amordaçado’, ‘Na Hora da Verdade’, ‘Católicos e Política’, ‘Rumo à Vitória’, ‘Portugal e o Futuro’ e ‘As conversas de Marcello Caetano’ são os livros em destaque no primeiro episódio do podcast ‘As Origens Intelectuais da Revolução’. Oiça aqui a sessão gravada no auditório da Biblioteca Nacional de Portugal com António Araújo, Jaime Nogueira Pinto, Rita Almeida Carvalho, Tiago Fernandes e António Costa Pinto. See omnystudio.com/listener for privacy information.

Caminhos Globais
António Ferrari

Caminhos Globais

Play Episode Listen Later Mar 15, 2025 31:46


António Ferrari é assessor de comunicação para Portugal no Centro Regional de Informação das Nações Unidas para a Europa Ocidental em Bruxelas.

O Mundo Agora
Ataques de Trump podem levar Europa a um naufrágio geopolítico

O Mundo Agora

Play Episode Listen Later Mar 3, 2025 5:26


Os efeitos do tsunami político gerado pelo catastrófico encontro no Salão Oval da Casa Branca entre os presidentes Donald Trump, dos Estados Unidos, e Volodymyr Zelensky, da Ucrânia, mais o vice norte-americano James David Vance, podem ir muito além da guerra russo-ucraniana. Um destes efeitos pode ser o naufrágio geopolítico da chamada Europa Ocidental. Flávio Aguiar, analista políticoComecemos pelo começo. A Europa é tida e lida como o berço das chamadas Cultura e Civilização Ocidentais, desde os tempos da Grécia e da Roma antigas.Um dos derivados contemporâneos destes conceitos foi o Bloco Ocidental, criado depois do fim da Segunda Guerra Mundial, liderado pelos Estados Unidos e constituído por seus aliados na Europa Ocidental, o Canadá, e, na sua franja distante, por países como Austrália, Nova Zelândia, a China Nacionalista (Taiwan) e, de certo modo, até pelo ex-inimigo Japão.O Bloco Ocidental confrontava o Mundo Comunista, formado pela hoje extinta União Soviética (URSS) e seus satélites no Leste Europeu, a República Popular da China, o Vietnã do Norte, que acabou incorporando seu co-irmão do Sul em 1975, Cuba a partir de 1959, mais alguns países comunistas, como a hoje também extinta Iugoslávia, a Romênia e a Albânia, que não eram satélites da URSS. Os demais países, na América Latina, na África, na Ásia e na Oceania, eram “áreas em disputa”, com forças políticas pendendo para um ou outro lado.Este Bloco Ocidental tinha e tem um braço armado, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), que confrontava o Pacto de Varsóvia, liderado pela URSS. Com a extinção desta, em 1991, o Bloco Ocidental ampliou sua influência para o Leste Europeu.A OTAN estendeu o alcance de sua ação, tornando-se uma espécie de força policial atuante em conflitos como nos Bálcãs Europeus, no Norte da África e até no Oriente Médio. Por fim, passou a ter por alvo a Federação Russa, que herdou da URSS o maior arsenal nuclear mundial.Emergência da União EuropeiaEconomicamente, o Bloco passou a enfrentar também o crescente poderio da China Comunista e sua influência em escala mundial. Paralelamente, a Europa viu a emergência e ampliação da União Europeia, sob a liderança de países da Europa Ocidental, como Alemanha, França e Itália, uma promessa de paz e prosperidade num continente martirizado e destruído por duas guerras mundiais no século 20.O cartão de visitas do Bloco Ocidental compreendia o regime capitalista, a democracia eleitoral, a liberdade cultural e nos costumes sociais, e muitas vezes a proteção econômica da social-democracia europeia. É verdade que nem sempre este cartão correspondia à realidade, dado que os Estados Unidos e seus aliados seguidamente patrocinaram, apoiaram ou conviveram comodamente com ditaduras sanguinárias na América Latina, na África, na Ásia e na Oceania.Mais recentemente, os Estados Unidos e seus aliados se empenharam no apoio ao governo da Ucrânia contra a invasão russa.Mas o encontro da sexta-feira no Salão Oval foi a demonstração de como o Bloco está mudando sua natureza, para dizer o mínimo. Ele não tem mais uma liderança; tem um patrão, Donald Trump, assessorado por um feitor, JD Vance. Dedo em riste, o patrão dita o que os seus ex-aliados, hoje súditos, devem ou não pensar, sentir e fazer. A estes cabe abaixar as orelhas e obedecer às ordens.Surpresa? Nem tanto. Afinal, aquele patrão vem se comportando como os antigos reis europeus ao tempo das grandes navegações. Quer anexar territórios, comprando-os ou ocupando-os, nomear e renomear acidentes geográficos, criar balneários de luxo em terras devastadas por seus auxiliares, como em Gaza, e agora obter concessões comerciais e econômicas explorando as terras raras da Ucrânia como pagamento pelos serviços militares a ela prestados.Quanto ao Zelensky, ficou pendurado no pincel da guerra que está destruindo seu país, com as promessas de apoio por parte de uma União Europeia enfraquecida, acossada por sua extrema direita insuflada por uma das big techs, a de Elon Musk, que apoiam o novo monarca absoluto de Washington. Uma União que se vê ameaçada de afogar-se no redemoinho da irrelevância geopolítica.Este é o novo “design” projetado pelo monarca absoluto da Casa Branca para o antigo Bloco Ocidental, que pode transformar-se em algo parecido com o cercadinho onde um hoje ex-presidente também autoritário fazia prédicas para seus fãs e crentes. .

Vida em França
Guerra na Ucrânia: "É preciso que haja entendimento entre a França, a Alemanha e o Reino-Unido"

Vida em França

Play Episode Listen Later Feb 19, 2025 9:34


Esta quarta-feira, Paris acolheu pela segunda vez na semana uma reunião com líderes europeus para discutir a guerra na Ucrânia e a segurança europeia. Na segunda-feira, Emmanuel Macron reuniu-se em Paris com líderes de países das grandes potências da Europa Ocidental, da NATO e do Reino-Unido, gerando descontentamento por parte de países europeus que não foram convidados. Questionámos dois analistas sobre postura da União Europeia face à guerra na Ucrânia, e as reuniões entre líderes europeus em França. Esta quarta-feira, Paris acolheu pela segunda vez na semana uma reunião com líderes europeus para discutir a guerra na Ucrânia e a segurança europeia. Desta vez estiveram presentes países que não foram representados na primeira cimeira e o Canadá, país aliado da NATO. Os países convidados pelo presidente francês Emmanuel Macron são portanto a Noruega, as três repúblicas bálticas (Lutânia, Letónia e Estónia), República Checa, Grécia, Finlândia, Roménia, Suécia e Bélgica. Na segunda-feira, Emmanuel Macron reuniu-se em Paris com líderes de países das grandes potências da Europa Ocidental, da NATO e do Reino-Unido, gerando descontentamento por parte de países europeus que não foram convidados. Estas reuniões em Paris têm como objectivo elaborar uma estratégia europeia face às conversações promovidas pelos Estados Unidos para acabar com a guerra na Ucrânia. A convocação dessa primeira cimeira de emergência em Paris ocorreu depois de o Governo do Presidente norte-americano Trump ter deixado claro na sexta-feira passada, na Conferência de Segurança de Munique, que a Europa não teria lugar à mesa das negociações dos EUA coma  Rússia para pôr fim à guerra na Ucrânia, o que perturbou as capitais europeias. Para falar deste tema colocámos perguntas a dois analistas, começando pelo professor de Ciência Política na Universidade do Minho, José Palmeira. RFI: Até que ponto é que considera que a Europa pode ser suficientemente forte neste cenário internacional, quando se mostra assim fragmentada? Em primeiro lugar, temos que perceber que a União Europeia não é um Estado federal. A União Europeia não funciona de forma supranacional. Funciona ao nível intergovernamental. O que é que isso significa? Que no plano supranacional, as decisões são por maioria e são por unanimidade. E a unanimidade não é fácil quando a União Europeia já tem a dimensão que tem, que são 27 Estados, sobretudo quando sabemos que países como a Hungria e a Eslováquia têm uma posição muito diferente da maioria dos outros Estados membros. Portanto, eu penso que tudo aquilo que seja apelar ao diálogo, conversar é positivo, porque a União Europeia está numa situação em que, face ao desinvestimento dos Estados Unidos na defesa europeia, vai ter que ser ela própria a assumir essa responsabilidade. RFI: Esta segunda reunião aqui em Paris, acontece um dia depois do primeiro encontro directo entre russos e americanos na Arábia Saudita. Um encontro para pôr fim à guerra na Ucrânia, sem a Ucrânia e sem representantes europeus. O futuro da guerra na Ucrânia já não está, portanto, nas mãos da Europa?Certamente que é um cenário nada propício a uma negociação onde a Ucrânia é a vítima e em que houve uma violação do direito internacional. E ainda por cima, parece que os Estados Unidos estão disponíveis para levantar as sanções económicas à Federação Russa.RFI: Se as negociações não forem possíveis, qual será a solução? Precisamos de uma defesa europeia?Eu julgo que, nesta fase, relativamente ao caso concreto da Ucrânia, aquilo que me parece mais plausível é haver um cessar-fogo, um reconhecimento da ocupação, mas não um reconhecimento de direito. Isto é, a União Europeia e os Estados Unidos também deveriam ter a mesma posição. Nós sabemos que a questão da defesa europeia já se arrasta há muitas décadas... RFI: Mas foi agora muito reforçada e posta em cima da mesa. Como é que esta questão poderá avançar?Esta questão poderá avançar se os países europeus tiverem consciência da sua fragilidade no plano da segurança e no plano da política externa, e avançarem para uma solução, por exemplo, como aquela que Zelensky sugeriu, a de umas Forças Armadas europeias. RFI: Existe uma possibilidade real de que aconteça este envio de tropas europeias para a Ucrânia ou considera que é apenas uma estratégia política?Ora bem, a possibilidade existe, como é óbvio. Haverá, por outro lado, a solução possível que não tem sido muito falada das Nações Unidas. As Nações Unidas é que normalmente criam forças de manutenção de paz para este tipo de situações.Já de acordo com o especialista em relações internacionais Álvaro Vasconcelos Uma das prioridades é a resposta de três potências europeias a França, a Alemanha e o Reino Unido.Primeiro que tudo, é preciso que haja um entendimento entre a França, a Grã-Bretanha e a Alemanha. Porque a França e a Grã-Bretanha são duas potências nucleares. São os países que têm meios militares significativos, e experiência de acção militar, o que não tem a maior parte dos outros países europeus.Em relação à Alemanha, a questão é vital. Porque a Alemanha é a maior potência económica da União Europeia. Para um tal esforço militar é preciso meios económicos significativos. É preciso desenvolver a indústria de defesa europeia. Isso é impossível sem a Alemanha. A Alemanha vai ter eleições já neste fim de semana e espera se que o novo chanceler alemão que eventualmente seja da CDU, e que esteja mais próximo da vontade francesa de assumir uma posição firme no conflito ucraniano.Eu acho que o Presidente francês, Emmanuel Macron, está a fazer o que era absolutamente essencial fazer. Juntar os Estados europeus com capacidade militar significativa para encontrar uma resposta, para continuarem a apoiar a Ucrânia perante uma ofensiva russa que não travou, que não acabou. Todo o período de negociações vai ser acompanhado por conflitos no terreno. A guerra não terminou. E os ucranianos serão extremamente frágeis se perderem todo o apoio europeu durante esse período de guerra.

Fronteiras no Tempo
Fronteiras no Tempo #87 Renascimento

Fronteiras no Tempo

Play Episode Listen Later Jan 14, 2025 79:22


Ao longo dos séculos XIV ao XVI, na Europa Ocidental, diferentes movimentos artísticos, culturais e científicos emergiram, caracterizando um período histórico que conhecemos como Renascimento. A região que hoje conhecemos como Itália foi o epicentro deste processo histórico, que também foi marcado por transformações políticas, econômicas e religiosas. Neste episódio entenda o que foi este período, como ele foi lido e representado em diferentes momentos históricos e se surpreenda com as diferentes conexões, continuidades e rupturas na Europa renascentista. Arte da Capa: Danilo Pastor Errata: Quando o C. A. menciona Santo Agostinho, ele estava se referindo a São Tomas de Aquino Mencionado no Episódio Leonardo da Vinci (SciCast #353) Fronteiras no Tempo #46 Cavalaria Medieval Fronteiras no Tempo #17 – História Medieval Fronteiras no Tempo #20 - Reformas Protestantes Financiamento Coletivo Existem duas formas de nos apoiar Pix recorrente – chave: fronteirasnotempo@gmail.com Apoia-se – https://apoia.se/fronteirasnotempo INSCREVA-SE PARA PARTICIPAR DO HISTORICIDADE O Historicidade é o programa de entrevistas do Fronteiras no Tempo: um podcast de história. O objetivo principal é realizar divulgação científica na área de ciências humanas, sociais e de estudos interdisciplinares com qualidade. Será um prazer poder compartilhar o seu trabalho com nosso público. Preencha o formulário se tem interesse em participar. Link para inscrição: https://forms.gle/4KMQXTmVLFiTp4iC8 Selo saberes históricos Agora o Fronteiras no Tempo tem o selo saberes históricos. O que é este selo? “O Selo Saberes Históricos é um sinal de reconhecimento atribuído a:● Práticas de divulgação de saberes ou produções de conteúdo histórico ou historiográfico● Realizadas em redes sociais ou mídias digitais, voltadas para públicos mais amplos e diversificados● Comprometidas com valores científicos e éticos.”Saiba mais: https://www.forumsabereshistoricos.com/ Redes Sociais Twitter, Facebook, Youtube, Instagram Contato fronteirasnotempo@gmail.com Como citar esse episódio Fronteiras no Tempo #87 Renascimento. Locução Cesar Agenor Fernandes da Silva, Marcelo de Souza Silva e Willian Spengler [S.l.] Portal Deviante, 14/01/2025. Podcast. Disponível em: https://www.deviante.com.br/?p=64277&preview=true Expediente Produção Geral e Hosts: C. A. e Beraba. Recordar é viver: Willian Spengler. Edição e Arte do Episódio: Danilo Pastor (Nativa Multimídia). Material Complementar BURKE, Peter. Cultura popular na Idade Moderna – Europa, 1500-1800. São Paulo: Cia das Letras, 2010 BURKE, Peter. O Renascimento italiano: cultura e sociedade na Itália. São Paulo: Nova Alexandria, 1999 BURKE, Peter; BRIGGS, Asa. Uma história social da mídia – de Guttemberg à Internet. 2.ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2006. CHARTIER, Roger. As práticas da escrita. In:______(org.) História da vida privada 3: da renascença ao século das luzes. São Paulo: Cia de Bolso, Cia das Letras, 2009, p.113-162. DELUMEAU, Jean. A civilização do Renascimento. Lisboa: Estampa, 2.v.1994 GRAFTON, Anthony. O leitor humanista. In: CAVALLO, Guglielmo; CHARTIER, Roger. História da leitura no mundo ocidental. v.2. São Paulo: Ática, 1999, p.5-46 MAQUIAVEL, Nicolau. O príncipe. São Paulo: Folha de S. Paulo, 2011 [Coleção Livros que mudaram o mundo] MORE, Thomas. A Utopia. São Paulo: Folha de S. Paulo, 2011 [Coleção Livros que mudaram o mundo] ROSSI, Paolo. O nascimento da Ciência Moderna. Bauru: Edusc, 2001 SEVCENKO, Nicolau. Renascimento. São Paulo: Contexto, 2024. Madrinhas e Padrinhos Apoios a partir de 12 de junho de 2024 Alexsandro de Souza Junior, Aline Silva Lima, André Santos, André Trapani, Andréa Gomes da Silva, Andressa Marcelino Cardoso, Augusto Carvalho, Carolina Pereira Lyon, Charles Calisto Souza, Elisnei Menezes de Oliveira, Erick Marlon Fernandes da Silva, Flávio Henrique Dias Saldanha, Gislaine Colman, Iara Grisi, João Ariedi, João Luiz Farah Rayol Fontoura, Juliana Zweifel, Klaus Henrique de Oliveira, Manuel Macias, Marlon Fernandes da Silva, Pedro Júnior Coelho da Silva Nunes, Rafael Henrique Silva, Raul Sousa Silva Junior, Renata de Souza Silva, Ricardo Orosco, Rodrigo Mello Campos, Rubens Lima e Willian SpenglerSee omnystudio.com/listener for privacy information.

Podcast – Fronteiras no Tempo
Fronteiras no Tempo #87 Renascimento

Podcast – Fronteiras no Tempo

Play Episode Listen Later Jan 14, 2025 79:22


Ao longo dos séculos XIV ao XVI, na Europa Ocidental, diferentes movimentos artísticos, culturais e científicos emergiram, caracterizando um período histórico que conhecemos como Renascimento. A região que hoje conhecemos como Itália foi o epicentro deste processo histórico, que também foi marcado por transformações políticas, econômicas e religiosas. Neste episódio entenda o que foi este período, como ele foi lido e representado em diferentes momentos históricos e se surpreenda com as diferentes conexões, continuidades e rupturas na Europa renascentista. Arte da Capa: Danilo Pastor Errata: Quando o C. A. menciona Santo Agostinho, ele estava se referindo a São Tomas de Aquino Mencionado no Episódio Leonardo da Vinci (SciCast #353) Fronteiras no Tempo #46 Cavalaria Medieval Fronteiras no Tempo #17 – História Medieval Fronteiras no Tempo #20 - Reformas Protestantes Financiamento Coletivo Existem duas formas de nos apoiar Pix recorrente – chave: fronteirasnotempo@gmail.com Apoia-se – https://apoia.se/fronteirasnotempo INSCREVA-SE PARA PARTICIPAR DO HISTORICIDADE O Historicidade é o programa de entrevistas do Fronteiras no Tempo: um podcast de história. O objetivo principal é realizar divulgação científica na área de ciências humanas, sociais e de estudos interdisciplinares com qualidade. Será um prazer poder compartilhar o seu trabalho com nosso público. Preencha o formulário se tem interesse em participar. Link para inscrição: https://forms.gle/4KMQXTmVLFiTp4iC8 Selo saberes históricos Agora o Fronteiras no Tempo tem o selo saberes históricos. O que é este selo? “O Selo Saberes Históricos é um sinal de reconhecimento atribuído a:● Práticas de divulgação de saberes ou produções de conteúdo histórico ou historiográfico● Realizadas em redes sociais ou mídias digitais, voltadas para públicos mais amplos e diversificados● Comprometidas com valores científicos e éticos.”Saiba mais: https://www.forumsabereshistoricos.com/ Redes Sociais Twitter, Facebook, Youtube, Instagram Contato fronteirasnotempo@gmail.com Como citar esse episódio Fronteiras no Tempo #87 Renascimento. Locução Cesar Agenor Fernandes da Silva, Marcelo de Souza Silva e Willian Spengler [S.l.] Portal Deviante, 14/01/2025. Podcast. Disponível em: https://www.deviante.com.br/?p=64277&preview=true Expediente Produção Geral e Hosts: C. A. e Beraba. Recordar é viver: Willian Spengler. Edição e Arte do Episódio: Danilo Pastor (Nativa Multimídia). Material Complementar BURKE, Peter. Cultura popular na Idade Moderna – Europa, 1500-1800. São Paulo: Cia das Letras, 2010 BURKE, Peter. O Renascimento italiano: cultura e sociedade na Itália. São Paulo: Nova Alexandria, 1999 BURKE, Peter; BRIGGS, Asa. Uma história social da mídia – de Guttemberg à Internet. 2.ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2006. CHARTIER, Roger. As práticas da escrita. In:______(org.) História da vida privada 3: da renascença ao século das luzes. São Paulo: Cia de Bolso, Cia das Letras, 2009, p.113-162. DELUMEAU, Jean. A civilização do Renascimento. Lisboa: Estampa, 2.v.1994 GRAFTON, Anthony. O leitor humanista. In: CAVALLO, Guglielmo; CHARTIER, Roger. História da leitura no mundo ocidental. v.2. São Paulo: Ática, 1999, p.5-46 MAQUIAVEL, Nicolau. O príncipe. São Paulo: Folha de S. Paulo, 2011 [Coleção Livros que mudaram o mundo] MORE, Thomas. A Utopia. São Paulo: Folha de S. Paulo, 2011 [Coleção Livros que mudaram o mundo] ROSSI, Paolo. O nascimento da Ciência Moderna. Bauru: Edusc, 2001 SEVCENKO, Nicolau. Renascimento. São Paulo: Contexto, 2024. Madrinhas e Padrinhos Apoios a partir de 12 de junho de 2024 Alexsandro de Souza Junior, Aline Silva Lima, André Santos, André Trapani, Andréa Gomes da Silva, Andressa Marcelino Cardoso, Augusto Carvalho, Carolina Pereira Lyon, Charles Calisto Souza, Elisnei Menezes de Oliveira, Erick Marlon Fernandes da Silva, Flávio Henrique Dias Saldanha, Gislaine Colman, Iara Grisi, João Ariedi, João Luiz Farah Rayol Fontoura, Juliana Zweifel, Klaus Henrique de Oliveira, Manuel Macias, Marlon Fernandes da Silva, Pedro Júnior Coelho da Silva Nunes, Rafael Henrique Silva, Raul Sousa Silva Junior, Renata de Souza Silva, Ricardo Orosco, Rodrigo Mello Campos, Rubens Lima e Willian SpenglerSee omnystudio.com/listener for privacy information.

#DNACAST
A IMPORTÂNCIA do Mar para os Brasileiros (FLÁVIO AUGUSTO E MARINHA DO BRASIL) JOTA JOTA PODCAST #202

#DNACAST

Play Episode Listen Later Dec 10, 2024 76:45


Conheça o livro "A Bordo do Contratorpedeiro Barbacena", que inspira líderes e destaca a importância da Amazônia Azul na história nacional.

Emissão Especial
Vitória de Trump é vitória de Putin?

Emissão Especial

Play Episode Listen Later Nov 6, 2024 8:08


Lívia Franco, especialista em Relações Internacionais, antevê um cenário de imprevisibilidade para a Europa Ocidental e reflete: "Putin venceu? Tudo depende da leitura e vontade de Trump".See omnystudio.com/listener for privacy information.

Corvo Seco
#337 Tenzin Wangyal Rinpoche - Eu Não Sou Ninguém

Corvo Seco

Play Episode Listen Later Aug 18, 2024 10:40


Poemas “Who am I?” e “I Am No One” de Tenzin Wangyal Rinpoche. Tenzin Wangyal Rinpoche é escritor e um professor altamente respeitado da tradição Bön do Budismo Tibetano. Tenzin Rinpoche nasceu em Amritsar (Índia), pouco tempo depois de seus pais fugirem do Tibete (em 1959) devido a ocupação chinesa. Aos 10 anos de idade, Tenzin foi ordenado como monge no Mosteiro Menri (Índia), onde foi reconhecido pelo professor titular Lopon Sangye Tenzin Rinpoche como sendo a reencarnação do mestre Khyung Tul Rinpoche, um mestre de meditação de renome que morreu em meados do século 20. Em 1988, Tenzin foi convidado pelo mestre Dzogchen Chögyal Namkhai Norbu Rinpoche a ensinar na Itália, o que lhe trouxe oportunidades adicionais para ensinar em outros locais em toda a Europa Ocidental, sendo um dos primeiros a trazer os ensinamentos Bön ao Ocidente. Tenzin Rinpoche é conhecido pela profundidade de sua sabedoria; seu estilo envolvente de ensino claro; e sua capacidade de fazer os antigos ensinamentos tibetanos altamente acessíveis e relevantes para a vida dos ocidentais. Atualmente Tenzin continua transmitindo seus ensinamentos, preservando sua tradição através da criação de centros e de grupos em todo o mundo, traduzindo e publicando textos, e ensinando o Bön initerruptamente aos estudantes ocidentais em todo o mundo. Saiba mais em: https://ligmincha.com.br/quem-somos/5...

Devocionais Pão Diário
Devocional Pão Diário | Não existe amor maior

Devocionais Pão Diário

Play Episode Listen Later Jul 4, 2024 2:32


Leitura bíblica do dia: João 15:9-17 Plano de leitura anual: Jó 28-29; Atos 13:1-25; O devocional de hoje está uma bênção! Marque um amigo aqui nos comentários para ler com você! As comemorações do 75º aniversário do Dia D, em 2019, homenagearam os mais de 156.000 soldados que participaram da maior invasão marítima da história para libertar a Europa Ocidental. Na oração transmitida pelo rádio, em 6 de junho de 1944, o presidente Roosevelt pediu a proteção de Deus, dizendo: “Eles não lutam pelo desejo da conquista. Eles lutam para acabar com a conquista. Eles lutam para libertar”. A vontade de colocar-se em perigo para conter o mal e libertar os oprimidos traz-nos à mente as palavras de Jesus: “Não existe amor maior do que dar a vida por seus amigos” (João 15:13). Essas palavras foram ditas quando Cristo ensinava os Seus seguidores a se amarem. Mas Ele queria que eles entendessem o custo e a profundidade desse tipo de amor: um amor exemplificado por alguém que voluntariamente sacrifica sua vida por outra pessoa. O chamado de Jesus para amar sacrificialmente é a base de Seu mandamento: “amem uns aos outros” (v.17). Talvez possamos demonstrar amor sacrificial cuidando das necessidades de um membro idoso da família. Podemos fazer as tarefas domésticas de um irmão durante uma semana escolar estressante. Podemos até ter cuidados extras à noite com um filho doente para permitir que nosso cônjuge durma. Na medida em que amamos sacrificialmente aos outros, demonstramos a maior expressão de amor. Por: Lisa Samra

História em Meia Hora
História da França

História em Meia Hora

Play Episode Listen Later Jun 22, 2024 33:04


A história do país que pra muitos é o centro da Europa Ocidental! Separe trinta minutos do seu dia e aprenda com o professor Vítor Soares (@profvitorsoares) como foi a História da França. - Se você quiser ter acesso a episódios exclusivos e quiser ajudar o História em Meia Hora a continuar de pé, clique no link: www.apoia.se/historiaemmeiahora Compre o livro "História em Meia Hora - Grandes Civilizações"! https://www.loja.literatour.com.br/produto/pre-venda-livro-historia-em-meia-hora-grandes-civilizacoesversao-capa-dura/ Compre meu primeiro livro-jogo de história do Brasil "O Porão": https://amzn.to/4a4HCO8 Compre nossas camisas, moletons e muito mais coisas com temática História na Lolja! www.lolja.com.br/creators/historia-em-meia-hora/ PIX e contato: historiaemmeiahora@gmail.com Apresentação: Prof. Vítor Soares. Roteiro: Prof. Vítor Soares e Prof. Victor Alexandre (@profvictoralexandre) REFERÊNCIAS USADAS: - CARVALHO, Daniel Gomes de. Revolução Francesa. São Paulo: Editora Contexto, 2023. (@danielgomesdecr)  - MORAES, Luís Edmundo. História Contemporânea: da Revolução Francesa à Primeira Guerra Mundial. São Paulo: Editora Contexto, 2017. - MONTERO, Severiano. Historia de las Civilizaciones. Madri: Akal Ediciones, s/data.  - PRODANOV, Cleber Cristiano. O mercantilismo e a América. São Paulo: Contexto, 1998. - VENANCIO, Rafael Duarte Oliveira. Primavera dos Jornais: imprensa e revoluções de 1848. Anagrama, v. 2, n. 2, p. 1-13, 2008. - VOVELLE, Michael (orgs.) França Revolucionária: 1789-1799. São Paulo: Brasiliense, 1981. - SCHAMA, Simon. Cidadãos: Uma Crônica da Revolução Francesa. São Paulo: Companhia das Letras, 1989. - ANDRESS, David. A Revolução Francesa: O Povo e a Política. São Paulo: Record, 2012. - LUCAS, Colin. A Revolução Francesa e os Pobres. São Paulo: Paz e Terra, 1988.

International Affairs Network
Portugal e as eleições europeias

International Affairs Network

Play Episode Listen Later Jun 6, 2024 71:56


Um dos projetos económicos mais bem-sucedidos do mundo, a União Europeia evoluiu para uma experiência única de integração política. Adaptando-se a novos desafios, a Europa Ocidental aborda estas questões com influência, diretrizes e financiamento - e talvez seja a primeira vez que os desafios sociais estejam no centro dos debates dos líderes europeus. Na véspera de novas eleições para o Parlamento Europeu, tópicos como o envelhecimento demográfico, a migração, o posicionamento militar e a natureza em mutação do estado de bem-estar social aparecem como temas importantes nos debates. Será que os desafios sociais podem ameaçar uma União que sobreviveu por tanto tempo? Relativamente a Portugal, continuarão dois grandes partidos de centro a serem capazes de coexistir? E qual papel o país pode desempenhar na próxima União Europeia, num momento em que parece estar a se mover mais para leste do que para o Atlântico? Será que estes desafios e frustrações estão a alimentar algumas das propostas mais extremas e a afastar as pessoas de seus padrões de voto clássicos? Participantes: Margarida Davim (Analista Política CNN/TSF) Ricardo Santos Ferreira (Diretor Jornal NOVO e subeditor do Jornal Económico) Luís Tavares Bravo (Presidente IAN) Laura Lisboa (vice-presidente IAN)

Convidado
“Dia D” representa “união das forças aliadas e democráticas contra a ditadura”

Convidado

Play Episode Listen Later Jun 6, 2024 12:22


Os aliados celebram, neste 6 de Junho, os 80 anos do desembarque na Normandia, o "Dia D" decisivo para o início da vitória contra a Alemanha nazi. O aniversário acontece em vésperas de eleições europeias e numa altura em que a guerra assola novamente o continente, desde que a Rússia invadiu a Ucrânia em Fevereiro de 2022. Excluído das comemorações ficou o Presidente russo, enquanto o chefe de Estado ucraniano é um dos convidados de destaque. O Presidente russo, Vladimir Putin, foi excluído do aniversário dos 80 anos do "Dia D", apesar do papel da Rússia na luta contra o nazismo. Já o chefe de Estado ucraniano,Volodymyr Zelensky, é uma das personalidades em destaque nestas comemorações, ao lado dos presidentes de França, Emmanuel Macron, dos Estados Unidos, Joe Biden, de Itália Sergio Mattarella, do Rei britânico Carlos III, do chanceler alemão, Olaf Scholz, do primeiro-ministro canadiano Justin Trudeau, entre muitos outros.Que imagem ficará deste encontro nas vésperas de eleições europeias, em ano de eleições nos Estados Unidos e numa altura em que o conflito continua na Ucrânia? Fomos perguntar ao historiador Victor Pereira, para quem o dia representa “a união das forças aliadas e democráticas que se juntaram contra a ditadura”. Nesse caso, ficará a Ucrânia associada às actuais forças democráticas e a Rússia, outrora essencial na guerra contra o nazismo, definitivamente rotulada como autocrática? O que é certo é que “o espectro” de uma nova guerra mundial ensombra as comemorações.RFI: Qual o peso do Dia D, do desembarque de 6 de Junho, para acabar com a ocupação alemã em França e rumar para o fim da II Guerra Mundial?Victor Pereira, Historiador: "Foi um papel fundamental. Obviamente não foi o único. Houve o desembarque das tropas americanas na África do Norte, logo em Novembro de 1942, mas foi o início da presença aliada - americana, inglesa, canadiana, também de alguns franceses - para começar a entrar na Europa. Também houve o desembarque na Sicília [Julho de 1943] e no sul de França [15 de Agosto de 1944], mas foi o início de uma longa batalha, a batalha da Europa contra a Alemanha, que apenas acabou um ano depois. Foram precisos 11 meses ainda para que a Alemanha perdesse e houvesse rendição sem capitulação."Na noite de 6 para 7 de Junho, durante bombardeamentos aliados, houve entre 50.000 a 70.000 vítimas civis, 10.000 só na Normandia. Fala-se suficientemente disto?"Sim. Na Normandia, em todas as praias há cemitérios enormes. Em Caen, que é uma das capitais da antiga Basse-Normandie, há um museu ligado à Segunda Guerra Mundial. É um território mesmo muito ligado a essa memória da guerra. Aliás, o Arquivo em França sobre as vítimas de guerra é em Caen. Há um conhecimento desta zona e, além disso, é um dos pontos que todos os alunos de colégio e liceu conhecem, na disciplina de História. No território francês, como noutros países, há uma memória de pedra da guerra, no sentido em que há monumentos aos mortos em qualquer aldeia com os mortos da Primeira Guerra Mundial, da Segunda Guerra Mundial, da Guerra da Argélia. Acho que isso está bastante presente nas memórias, obviamente talvez não dos mais jovens que não vão saber isso ao pormenor, mas neste território, em qualquer sítio, há um monumento ligado a esses mortos - tantos militares, quanto civis."O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, participa nas comemorações do Dia D, em que estão também o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, o presidente italiano, Sergio Mattarella, e o rei britânico Carlos III, por exemplo. Qual é a simbologia destas personalidades juntas? "O dia 6 de Junho é para estes países ocidentais uma data muito importante porque é o início da vitória contra a Alemanha nazi, contra a ditadura nazi, contra uma ditadura que matou, massacrou e cometeu um genocídio. Então, é a união das forças aliadas e democráticas que se juntaram contra a ditadura e o sacrifício de milhares de homens dos Estados Unidos, ingleses, do Canadá, franceses e do Império Inglês. Este ano, uma das grandes mudanças é que tradicionalmente havia um representante da Rússia. Agora, obviamente não é o caso e o facto de ser a Ucrânia convidada coloca a Ucrânia nos países democráticos que defendem a democracia, enquanto a Rússia do Putin é uma autocracia. Então, a simbólica é muito forte porque obviamente houve muitos ucranianos que, nessa época, estavam na União Soviética e que combateram na Frente de Leste."A Rússia não foi convidada para as cerimónias dos 80 anos do desembarque. Antiga aliada contra a Alemanha nazi, a Rússia é hoje o país pária das comemorações?"Sim, é o país pária. Nas outras comemorações, houve a vontade de incluir Vladimir Putin e a Rússia nas comemorações porque houve milhões e milhões de russos que morreram durante a Segunda Guerra Mundial a combater depois do ataque alemão em 1941 e depois do contra-ataque russo a partir de 1942, 1943. Havia uma vontade de incluir e de manter essa relação entre a Europa Ocidental e a Rússia, mas a última invasão [russa] da Ucrânia acabou por colocar de lado completamente."O evento é uma demonstração de força contra a Rússia, com a presença do Presidente ucraniano?"Não diria que é uma demonstração de força porque, de todos os modos, os países ocidentais iam comemorar uma data tão importante nos vários países. Neste caso, a mudança é ter incluído a Ucrânia para não descartar o esforço e o sacrifício de milhões de soldados da antiga União Soviética."Mas não vai simbolicamente mais além? Não é mostrar que os aliados ocidentais estão em peso contra uma Rússia cada vez mais isolada? "Não sei se é propriamente contra a Rússia. De todas as formas, era impossível, neste momento, com a guerra da Ucrânia, Vladimir Putin ir a um país ocidental. Mostra, sobretudo, a união entre os países ocidentais e, nesta data, eles não podiam não comemorar por causa da não vinda do Putin. Era obrigatório comemorar, sobretudo porque vai ser provavelmente uma das últimas vezes em que há comemorações com antigos soldados - devem ser muito poucos. Provavelmente nos 90 anos [do Dia D], já não haverá nenhum soldado que desembarcou nas praias da Normandia."Oitenta anos depois desse desembarque, a guerra está de volta à Europa. Paira, de novo, o espectro de uma guerra mundial? "Sim, com o que se passa na Ucrânia, também com o que se passa em Gaza, mas sobretudo na Ucrânia, há de novo esse espectro. Um dos últimos pontos que foi referido por Macron e Biden é o uso de armas ocidentais dentro do próprio território russo e isso não foi feito até agora porque houve sempre o medo de uma retaliação russa e de um alargamento da guerra. Obviamente que esse aspecto de uma eventual nova guerra mundial está sempre presente, também com o medo que se a Rússia ganhar à Ucrânia, ela continue a tentar invadir os países bálticos. Essa ameaça de uma guerra com a Rússia está sempre presente. Agora estamos um bocadinho a esquecer, mas essa possibilidade está sempre presente também com a China, com Taiwan e as tensões que agora falamos menos na Europa, mas as tensões continuam a existir na Ásia."Estamos também nas vésperas das eleições europeias. A mensagem da luta pela liberdade é suficientemente forte perante a subida dos extremismos na Europa? Esta comemoração também passa essa mensagem?"Obviamente que para pessoas como Emmanuel Macron, comemorar o 6 de Junho, o início da derrota do nazismo e do fascismo, tem um papel importante nas vésperas das eleições. No entanto, o que se vê há vários anos é que a extrema-direita continua a subir e que muitas pessoas, nomeadamente os mais jovens e grande parte do eleitorado, não ligam assim tanto ao que foi a extrema-direita nos anos 30 e o que foi o nazismo e o fascismo. Apesar de eu ser historiador, acho que parte das pessoas não pensa nos quadros históricos."De onde vem a responsabilidade? O que é que se passa? Não há transmissão da memória?"Eu não sei se há uma falta de memória. Por exemplo, nos Estados Unidos, há o papel dos veteranos na Segunda Guerra Mundial e o facto de milhares de americanos visitarem a Normandia para verem os cemitérios onde foram sepultados soldados. Em França, muitos feriados estão ligados à guerra e às vitórias: 11 de Novembro, 8 de Maio... Não sei se há propriamente falta de comemorações e falta de memória. Mas para muitas pessoas, isto já não é assim tão actual nas vidas delas, já não as toca e já não fazem a relação entre o que foram as ditaduras e as guerras e o que é hoje a União Europeia.  No caso francês, por exemplo, o Rassemblement National apresenta-se como patriota, como país de resistentes, quando parte da extrema-direita francesa vem de Vichy e da colaboração. O Rassemblement National fala muito do Charles de Gaulle e do Gaullismo quando inicialmente a extrema-direita francesa tentou matar o De Gaulle várias vezes. Muitas pessoas conhecem a História mais ou menos, mas já não a ligam à actualidade porque há outros elementos como as condições económicas e sociais, o sentimento de desclassificação, os medos que vão passando por alguns media em França ou nos Estados Unidos, com a Fox News… Então, acho que há uma disrupção entre a História e a memória e vê-se nos Estados Unidos com Trump que tem valores da extrema-direita, quando muitos americanos têm uma memória familiar da Segunda Guerra Mundial e da luta contra o nazismo."O facto de Emmanuel Macron fazer as comemorações três dias antes das eleições europeias e ao longo desses três dias, não pode ser visto como oportunismo político?"Ele não tem culpa que o 6 de Junho seja três dias antes das eleições. Isto é, ele não podia deixar de comemorar."Mas calha bem…"Bom, eu não sei se as pessoas vão ligar. Por exemplo, as pessoas que iam votar na extrema-direita, seja no Rassemblement National ou no Reconquête ou outros partidos da extrema-direita, não sei se vão pensar: 'Ah, afinal não vou votar no partido da extrema-direita porque há 80 anos milhares de pessoas morreram nas praias da Normandia para combater o fascismo'. Isso não acredito muito. Acho que o problema até do próprio Emmanuel Macron e de parte da classe política é que o discurso que eles têm sobre história já não toca as pessoas. Então, cai bem, mas acho que não vai fazer muita diferença nos resultados eleitorais. As pessoas que iam votar na extrema-direita, votam na extrema-direita. O que talvez pode mudar um pouco é nas pessoas indecisas ou nas pessoas que não pensavam ir votar, talvez… Mas mesmo assim, eu tenho algumas dúvidas."O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, também vai visitar um cemitério de soldados que morreram na Primeira Guerra Mundial. Em 2018, durante a sua visita, Donald Trump não o fez, alegando que não havia condições meteorológicas. Simbolicamente, num ano em que também há eleições nos Estados Unidos, esta visita de Joe Biden, do lado dos Aliados, tem peso?"Sim porque os Estados Unidos combateram duas vezes na Europa, nas duas grandes guerras, e vai além de um certo isolacionismo. Donald Trump era mais essa tradição americana de não se envolver nos outros conflitos e houve muitos conflitos dentro da NATO, com a ideia que os americanos pagavam pela defesa da Europa e aquela ideia da “America First”. O Joe Biden com esta dupla comemoração, da segunda e da primeira guerras mundiais, vai, em primeiro lugar, comemorar os mortos, os soldados - sabemos que Trump não fez a tropa e pôs em relevo esse discurso de ser patriota, mas ter conseguido não ir combater. Em segundo, vai comemorar esse lado dos Estados Unidos como democracia que interveio duas vezes na Europa para defender democracias contra regimes autoritários. Então, nesse quadro das eleições em breve, é uma dupla mensagem."

Fora da Política Não há Salvação
Revolução dos Cravos: 50 anos | com João Paulo Avelãs Nunes | 224

Fora da Política Não há Salvação

Play Episode Listen Later Apr 27, 2024 107:30


Neste último 25 de abril completaram-se 50 anos da Revolução dos Cravos, que instaurou em Portugal, pela primeira vez, uma democracia.  Além de derrubar a mais longeva ditadura da Europa Ocidental – o Estado Novo português –, o Movimento das Forças Armadas (MFA) inaugurou a terceira onda de democratização. Em seu âmbito ocorreram as transições à democracia noutros países do sul da Europa (Espanha e Grécia), na América Latina, no Leste Europeu, na África e na Ásia. Hoje, quatro em cada cinco portugueses avaliam positivamente o 25 de Abril, mas ao mesmo tempo ganha terreno no país uma extrema-direita autoritária, racista e xenófoba, representada pelo partido Chega, saudoso do Salazarismo. Qual o significado do 25 de Abril? Qual a natureza do Estado Novo português, derrubado em 1974? Que mudanças a revolução dos capitães permitiu que ocorressem em Portugal desde então?  Para discutir tais temas, este #ForadaPolíticaNãoháSalvação recebe o historiador João Paulo Avelãs Nunes, professor da Universidade de Coimbra e pesquisador de seu Centro de Estudos Interdisciplinares. As músicas deste episódio são "Grândola, vila morena", de Zeca Afonso (hino da Revolução dos Cravos), "Infados", de Kevin Macleod e "A Trip Around the Moon", dos Unicorn Heads. Leia o blog do #ForadaPolíticaNãoháSalvação no site da CartaCapital. Apoie o e ajude o canal e o podcast a se manter e a melhorar! Apoiadores contarão com agradecimentos nos créditos dos episódios (claro, desde que desejem) e terão acesso a brindes relacionados ao tema do canal: a política. Agradecemos aos apoiadores do #ForadaPolíticaNãoháSalvação, Rúbens Tayei Nakashima, Clarice Myiagi, Leandro Gonzaga, Bárbara Mota, Mariana Peçanha, Ana Maria Santeiro, Antonio Silva, Leandro Gonzaga, Marcos Pedro de Carvalho Lima, Ademar Borges, Marisa Yamashiro, Cláudio Graziano Fonseca, Luís Henrique do Amaral Vinha, Pedro Raúl de Paula Goes, Chrystian Ferreira, Clalter Rocha Melgaço, David Ribeiro dos Reis, Camilo Rodrigues Neto, bem como a todos e todas que têm apoiado por meio do botãozinho do "Valeu Demais".

Convidado
Atentado de Moscovo: " Daesh quer mostrar que reforçou capacidade de ataque"

Convidado

Play Episode Listen Later Mar 25, 2024 7:27


O ataque de sexta-feira, 22 de Março, a uma sala de concertos nos arredores de Moscovo, que provocou pelo menos 137 mortos e mais de 180 feridos, foi reivindicado por um grupo filiado no Daesh e considerado o mais mortífero em solo russo os últimos anos. João Henriques, vice-presidente do Observatório do Mundo islâmico, considera que com este atentado o Daesh mostra à comunidade internacional que reforçou a capacidade de ataque. O que é que se sabe deste ataque?Sabe-se que aconteceu numa sala de espectáculos, em Krasnoyarsk, nos arredores de Moscovo. [Este atentado] surge como mais uma reacção do Daesh à intervenção das forças russas na Síria e no Iraque. Aquilo que pretendem através destas acções, com grande número de vítimas, é alertar para o aumento da capacidade [de ataque], depois de terem sido afastados pelas forças de coligação internacionais na Síria e no Iraque. Estas acções representam uma demonstração para toda a comunidade internacional de que estão preparados [para regressar].Pode falar-se no regresso do Daesh?Sim, é o regresso. Se bem que já houve cerca de 50 ataques nos últimos 25 anos, quando o Daesh foi afastado pelas forças da coligação internacional da Síria e do Iraque. Todavia, ficaram pequenas franjas nestes dois países que se deslocalizaram para a Ásia Central e também para África. E em África aproveitaram-se…Da fragilidade de Moçambique?Moçambique, Cabo Delgado, é um bom exemplo. Mas diria que os exemplos mais gritantes estão na região do Sahel. Não só o Daesh, como também a própria Al-Qaeda e grupos afiliados, aproveitam a fragilidade destes Estados, alguns deles considerados mesmo Estados falhados, para prepararem novas investidas, particularmente no mundo ocidental.Este ataque revela as fragilidades da Rússia em matéria de segurança?A Rússia terá alegadamente estado distraída com a guerra na Ucrânia.Os Estados Unidos já vieram dizer que avisaram a Rússia…Sim, mas também já houve uma declaração, por parte das autoridades do Kremlin, a dizer que que não foram avisados, apesar dessa informação estar internacionalmente a ser divulgada. Mas mesmo que tivessem sido alertados, nada desculpa que os serviços de informações se tenham alheado dessa possibilidade. A verdade é que aconteceu e é admissível que a guerra na Ucrânia tenha desviado o foco [das autoridades russas].O Presidente Vladimir Putin disse que os serviços de segurança tinham capturado quatro suspeitos quando tentavam fugir para a Ucrânia. A Ucrânia, que já veio negar qualquer implicação neste ataque, todavia esta manhã várias explosões foram ouvidas em Kiev. Moscovo terá aproveitado este ataque para aumentar os ataques sobre a Ucrânia?Essa é a posição dos países ocidentais. Que se trata de uma manobra para justificar a intensificação dos ataques em território ucraniano. Mas deixe-me dizer que a Rússia não precisava desta justificação para intensificar os ataques na Ucrânia. Agora, uma coisa parece ser evidente, estes alegados terroristas foram identificados e dois já foram apresentados em tribunal. Quando fugiram de Moscovo, iam a caminho da Ucrânia, estavam muito perto da fronteira com a Ucrânia. Isto pode revelar que tenha havido por parte de algumas entidades ucranianas, porque não até do próprio Governo ucraniano, algum envolvimento no sentido de lhes dar um refúgio.A ser verdade, é muito grave…É grave. Mas a Ucrânia também pretende dar uma resposta à invasão [russa] que aconteceu há dois anos. Essa gravidade não é considerada pelas autoridades ucranianas, são formas de retaliação. Portanto, em tudo aquilo que as autoridades ucranianas puderem participar, nem que seja na sombra, como terá sido o caso.Embora isso não seja entendido da mesma maneira pelo Kremlin, porque afirma categoricamente que a Ucrânia está envolvida nisto para fazer o enfraquecer, para atenuar a agressão russa em território ucraniano, provocando alguma distracção. E temos um exemplo próximo, que é o que está a acontecer também no Médio Oriente.Um dos detidos supostamente envolvidos no ataque confessou que lhes prometeram 500.000 rublos, cerca de 5.000 € para participar neste atentado, um atentado que começou há apenas um mês com oferta monetária. O que é que isto revela?A ser verdade, é um investimento que é feito para que haja motivação por parte destes grupos terroristas, destes grupos jihadistas salafistas, para que possam, de alguma maneira, sentir-se motivados para este tipo de iniciativas. Mas a motivação é de outra natureza. É uma motivação religiosa também. A motivação está sobretudo centrada na resposta àquilo que consideram ser uma péssima gestão por parte de Moscovo, nomeadamente os grupos jihadistas, estamos a falar do Daesh e deste ramo do Estado do grupo do Islâmico- EI-K- da região de Khorasan- que dizem que os russos têm as mãos com o sangue dos muçulmanos.Aqui em França, o primeiro-ministro Gabriel Attal anunciou o reforço do plano de segurança do país para o nível mais elevado, na sequência do ataque, Várias escolas francesas receberam, na semana passada, alguns e-mails com ameaças. A ameaça da Daesh volta a assombrar a Europa?Eu, pessoalmente, nunca acreditei que essa ameaça estivesse extinta. Na verdade, estas duas organizações- estou a falar da Al-Qaida e do Daesh- reorganizaram-se nos últimos tempos. A estratégia foi alterada e o próprio Daesh aproximou-se da estratégia que estava ligada à Al-Qaeda.Neste momento,  o Daesh e  Al-Qaeda também, estão a promover uma expansão deste flagelo, considerando a participação de filiais aqui perto da Europa. Há pouco falei da região do Sahel, porque, mais a leste, estou a lembrar-me da Somália. O Al-Shabab, uma filial da Al-Qaeda, também já ameaçou internacionalizar a sua acção não só no continente africano, como também na Europa.Embora o que aconteceu há dois dias tenha sido na Europa de Leste, quando falamos na Europa Ocidental, a França é um dos países visados nas comunicações que tem havido através das redes sociais por parte do Daesh.Estas comunicações têm visado a França e isso, naturalmente, provoca uma reacção defensiva por parte dos países visados, neste caso a França, que elevou para o nível máximo o estado de alerta, reactivando o modelo de Vigipirate.

O Mundo Agora
Os dilemas da direita na Europa; o que a eleição em Portugal ensina sobre acordos com radicais

O Mundo Agora

Play Episode Listen Later Mar 18, 2024 6:41


O resultado da eleição legislativa de 10 de março passado em Portugal provocou uma onda de comentários assinalando o progresso da extrema direita no país. O partido Chega, liderado pelo jurista André Ventura, obteve 18,06% dos votos,  conseguindo o terceiro lugar e catapultando seu número de deputados na Assembleia da República para 49 entre 230. Alguns comentaristas chegaram a afirmar que, ainda que não venha a fazer parte do futuro governo, o Chega e Ventura foram os grandes vencedores do pleito, e provavelmente serão o fiel da balança no parlamento.  Flávio Aguiar, analista políticoAo mesmo tempo, o resultado eleitoral expôs o dilema da Aliança Democrática, de centro-direita, liderada pelo Partido Social-Democrata que, apesar do seu nome, pertence ao campo conservador tradicional. A AD ficou com 29,49% dos votos e 79 deputados, apenas 2 a mais do que o Partido Socialista, de centro-esquerda, que ficou com 77 deputados e 28,66% dos votos, numa diferença mínima de 0,83% em relação ao vencedor.A AD vê-se agora diante do dilema: ou negocia com o Chega para governar ou com seus tradicionais adversários, os socialistas. Ou ainda assume governar em minoria, tendo de negociar caso a caso com estes dois contendores, além dos pequenos partidos que, seja à direita, seja à esquerda, não têm condições para oferecer uma maioria estável de votos.De momento, o líder da AD, Luís Montenegro, do Partido Social-Democrata, anunciou que não pretende formar uma aliança com o Chega. Sua posição é frágil, pois, por exemplo, se não conseguir aprovar o Orçamento, o presidente do país, Marcelo Rebelo de Sousa, será forçado a chamar novas eleições.A situação complicada de Montenegro em Portugal é a mesma de outros líderes conservadores tradicionais na Europa. A extrema direita é parte integrante do governo conservador na Finlândia e dá apoio decisivo para o governo igualmente conservador na Suécia. A ultra-direitista Giorgia Meloni, com seu partido Fratelli d'Italia, atropelou os demais conservadores e  lidera hoje o governo em Roma, saindo de 1,9% dos votos  e nenhum deputado eleito em 2013 para 26% em 2022, com 26 deputados. Na Espanha o tradicional Partido Popular aceita negociar regionalmente com o Vox, que se declara herdeiro do Falangismo do ditador Francisco Franco. Na Holanda, o radical Gert Wilders desistiu de formar um governo por falta de alianças, mas a situação dos demais partidos está longe de ser confortável.Na França Marine Le Pen, do Rassemblement National (Reunião Nacional) vem crescendo de eleição para eleição presidencial, e é uma séria candidata na próxima, prevista para 2027.Na Alemanha, o Alternative für Deutschland, que tem membros acusados de serem neonazistas, é a segunda força eleitoral nas atuais pesquisas de intenção de voto para 2025. Na União Democrata Cristã, da direita tradicional, a posição ainda dominante é a de não negociar com o AfD, mas há correntes dentro do partido que admitem essa possibilidade.Na Áustria o Partido da Liberdade, radical de direita, é o líder em intenções de voto nas eleições previstas para o segundo semestre deste ano e, se confirmar esta posição, deverá propor uma aliança com o tradicional direitista Partido do Povo.Por trás deste crescimento da extrema direita tirando votos de todos os partidos mas, sobretudo, da direita tradicional, jaz uma condição que raramente é comentada nas mídias mainstream da Europa e também de outros continentes.União EuropeiaA Europa tem um carro-chefe, que é a União Europeia. Esta começou a ser construída após o fim da Segunda Guerra, num momento em que na Europa Ocidental o pensamento hegemônico, mesmo entre os conservadores, era de raiz social-democrata, com suas consistentes politicas sociais, como uma alternativa ao comunismo dominante na “outra Europa”, a Oriental, sob a batuta da hoje extinta União Soviética. Entretanto, ela foi criada formalmente pelo Tratado de Maastricht, assinado em 7 de fevereiro de 1992 e em vigor a partir de novembro do ano seguinte. Nesta altura, a União Soviética já não existia, o mundo comunista se esboroava e a hegemonia do pensamento social-democrata na Europa entrava em declínio. Em seu lugar crescia a hegemonia do pensamento neo-liberal, com seus planos de austeridade e o retraimento das políticas sociais, criando passo a passo uma sensação de insegurança e desamparo. A atual guerra na Ucrânia acentuou esta sensação, promovendo saltos inflacionários em toda a parte e empurrando o continente para um beco recessivo. Ou seja, a política economicamente conservadora que se impôs na União e na Europa do século XXI minou as bases dos políticos conservadores tradicionais, levando de roldão os social-democratas, verdes e socialistas que também foram enfraquecendo suas plataformas sociais. As esquerdas, divididas, não têm conseguido se afirmar como opção. As extremas direitas começaram a faturar votos, com suas bandeiras fáceis e simplistas de xenofobia, nacionalismos excludentes e dúvidas quanto a própria União.Seguindo uma triste tradição, diante de crises econômicas profundas a Europa volta a adernar para a direita radical e busca um culpado “diferente”. Antes foram os judeus; hoje são os muçulmanos, os imigrantes ou refugiados do “Sul do Mundo”. E os conservadores tradicionais se vêem diante do impasse: se forem mais para a direita, poderão ser engolidos pela extrema direita; se permanecerem onde estão, pode lhes suceder o mesmo… Poderão dar um salto mágico, mudando suas políticas e sua forma de pensar, contribuindo para a sobrevivência de uma Europa democrática? Só podemos glosar o poeta português Fernando Pessoa:  “Tudo é incerto e derradeiro/Tudo é disperso, nada é inteiro/Ó Europa, hoje és nevoeiro”.

Convidado
Legislativas em Portugal: "Agora é tempo de Montenegro e de Pedro Nuno Santos"

Convidado

Play Episode Listen Later Mar 11, 2024 13:55


Portugal foi ontem a votos no âmbito das legislativas antecipadas convocadas pelo Presidente Marcelo Rebelo de Sousa, na sequência da demissão do socialista António Costa do cargo de Primeiro-ministro em Novembro, após terem sido levantadas contra ele suspeitas de corrupção que ainda estão a ser indagadas. As eleições deste domingo foram marcadas pela derrota do PS que passou de uma maioria absoluta para um pouco mais de 28% dos votos, praticamente lado a lado com a coligação Aliança Democrática do PSD e do CDS-PP que, segundo os resultados já apurados, venceu as eleições com um pouco mais de 29% dos escrutínios, o que lhe dá apenas uma maioria relativa.Em terceiro lugar ficou o partido de extrema-direita Chega que conquistou um pouco mais de 18% dos votos e que se apresenta doravante como um potencial fiel da balança na vida política portuguesa.Em entrevista à RFI, Adelino Maltez, professor catedrático de Ciência Política do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa analisou os resultados destas eleições.RFI: O voto no Chega é um voto de protesto ou é um voto de convicção?Adelino Maltez: É um voto. E não arranja modelos, porque se eu comparar o Chega com o irmão dele francês, União Nacional, neste momento em França, este grupo de extrema-direita existe com uma tradição de 100 anos. O Chega é uma novidade. Uma coisa com cinco anos não vem de nenhuma tradição organizativa da direita radical ou da extrema-direita que existisse antes do 25 de Abril ou na primeira fase do Abrilismo. Isto é uma novidade. Tem uma liderança, até pela idade correspondente a essa qualidade. É dissidente do PSD e, portanto, conquistou o seu espaço na política portuguesa. E agora, vamos ver como é que correm as coisas. Ele aspira a ser uma terceira força que acabe com o bipartidarismo dominante em Portugal. É uma boa intenção, mas ainda está longe disso, porque os grandes partidos portugueses mostraram que eram muito resilientes e que tinham penetração em todo o território nacional. O PSD e o PS, não lhes aconteceu o que aconteceu a partidos deste género noutros países da Europa Ocidental. O Chega mostrou pela primeira vez isso. Só não elegeu deputados em Bragança. De resto, Açores, Madeira, Faro, Alentejo. Norte, Sul, está a caminhar para poder levar o sistema político português a ter um novo pólo. Potencialmente, que é o que já chega. Não parece ser um vento que passa. Vai persistir.RFI: O Chega elegeu bastantes deputados, nomeadamente no Sul de Portugal e também no Alentejo, que tradicionalmente era mais esquerdista. Como é que se pode analisar estes resultados? Adelino Maltez: Isso são filmes a pôr o Alentejo a rimar com reforma agrária, quando os grandes partidos que conquistaram eleições, quer o PS quer até ao PSD, já tinham essa posição há muitos e muitos anos. O PCP não era a força dominante no Alentejo. Portanto, o Chega demonstrou que consegue ser um partido urbano, consegue ser um partido rural, consegue ser um partido do Sul, do centro e das ilhas. Consegue ter uma dimensão nacional. É a primeira vez que o conquistou. Nada é definitivo, mas tem aqui um programa para se consolidar. E o Chega é muito frágil, precisa de ter opinadores, precisa de ter pensamento próprio, precisa de dizer que é um bocadinho mais do que o André Ventura. Portanto, o Chega tem muito trabalho a fazer para poder atingir a dimensão de permanência do PSD e do Partido Socialista. Pronto, temos tudo. Temos o Rui Tavares (do Livre), que também fez um trabalho excelente de multiplicação do seu projecto. Mantemos o PAN, o PCP ainda tem bandeira, o Bloco de Esquerda, a mesma coisa. Portanto é um espaço bastante pluralista, competitivo. E essa coisa da governabilidade, a maior parte das democracias da Europa são democracias "consociativas". Os eleitorados fragmentados não são símbolo da falta de qualidade da democracia, antes pelo contrário. E as maiorias relativas são o normal numa democracia ocidental. Portanto, cada um tem que mostrar o que vale permanentemente. Nesse sentido, o acto eleitoral correu muito bem, menos na questão dos emigrantes. Devemos ter mais cuidado nisso, porque senão sentem-se marginalizados. RFI: Relativamente ao desempenho do Partido Socialista, há quem aponte o dedo a António Costa relativamente a esta derrota. Isto prende-se com a actuação de Costa ou com o desempenho de Pedro Nuno Santos?Adelino Maltez: Os números passaram de 40 e tal para quase 30. Foi perder, não é? Quer dizer, António Costa desleixou-se de escolher os melhores para serem ministros e números dois. Desleixou-se porque pensou que ainda estava na primeira fase do Governo e que bastava uma entrevista dele, um discurso, para recuperar erros de governo e falta de política pública quanto ao fenómeno da corrupção, quanto à degradação da saúde, da educação, etc. Portanto, um homem só não consegue vencer estes desafios. Foi o que se verificou. Agora, isso não significa que houvesse um ódio, uma onda social, contra o António Costa, antes pelo contrário.  Desempenhou e ainda vai continuar a desempenhar uma função que é reconhecida pelos portugueses. E os resultados não foram uma derrota esmagadora. Foi ela por ela.RFI: Há quem também aponte o dedo a Marcelo Rebelo de Sousa, que tem sido apontado como quem andou a tentar fazer com que o seu partido voltasse ao poder e, no fundo, ganhou a aposta, mas por uma unha negra.Adelino Maltez: Não. Os Presidentes portugueses, incluindo Marcelo Rebelo de Sousa, quando vão para Belém, deixam o cartão partidário para trás. É injusto dizermos isso de Marcelo. Como Marcelo é muito interventivo no plano do discurso, até parece que a Constituição lhe dá assim muitos poderes para este efeito. O Presidente da República em Portugal, Marcelo e os antecessores, são notários do regime. O que eles vão é subscrever a escritura que dá um momento de primazia ao Parlamento sobre o presidente. Portanto, nós temos um sistema semipresidencial. Só se houvesse uma crise institucional grave é que o Presidente tinha intervenção, nomeadamente usando aquilo a que chamamos a "bomba atómica" (dissolução do parlamento e convocação de legislativas antecipadas). Agora não é tempo de Marcelo. Agora é tempo de Montenegro e de Pedro Nuno Santos.RFI: Mencionou o voto emigrante. Ainda se está à espera dos resultados dos círculos eleitorais fora de Portugal que representam quatro deputados. Dados os resultados que foram apurados até agora, julga que pode haver uma mudança significativa?Adelino Maltez: Julgo que não. Em termos de preferências, julgo que devia haver uma mudança significativa, para pelo menos 40, nunca quatro. Portanto, isto passava para um esforço de mobilização pedagógica e de dizer aos emigrantes que vale a pena votar, porque podem decidir. O que nós estamos a dizer é que com quatro deputados vocês não interessam para nada, é só para fazer uns discursos no 10 de Junho. Portanto, é muito pouco para aquilo que é a realidade da emigração portuguesa.RFI: Entretanto, estamos num cenário em que a AD tem neste momento uma posição maioritária, mas não tem maioria absoluta. Luís Montenegro (cabeça de lista da AD) disse que "não e não" ao Chega. Mas julga que esta possibilidade de haver um acordo com o Chega está de fora? Adelino Maltez: Não. Eu julgo que os políticos têm palavra. Muita gente duvidou do que Montenegro dizia sobre o assunto e ele reafirmou-o ainda ontem. Vamos ter um governo de maioria relativa, até simbolicamente, entrando no número de deputados do PSD, considerando que pelo menos 2 são do CDS. O PSD e o PS vão ter o mesmo número de deputados. Portanto, acho que está tudo dito. Têm que mostrar o que valem a partir do governo. Portanto, significa que o PS não foi esmagado, não houve nenhuma goleada. Até há formalmente um empate entre o PS e o PSD.RFI: Qual é a margem de manobra de um governo de maioria relativa? Adelino Maltez: Pode ser muita, se tiver muita qualidade no governo e se conseguir mostrar que estão ali para fazer reformas. O Cavaco Silva (Primeiro-ministro de 1985 a 1995, antes de se tornar Presidente da República entre 2006 e 2016) começou com maioria relativa e depois transformou-se numa máquina de maiorias absolutas. Depende da disponibilidade de bons nomes e de pessoas com vocação para a política que existam na sociedade, que podem não ser inscritos no PSD, mas que querem mostrar que têm uma ideia sobre determinadas políticas públicas. E este governo não vai ter tempo para pensar muito. Vai ter que resolver o problema imediatamente -como ele promete, em 60 dias- da saúde. E vai ter que ter uma coisa chamada também "sorte". Sorte na política europeia e sorte no discurso. Depende. Tem que criar confiança que vá além dele, a partir de agora. RFI: O PS já garantiu que vai ser partido de oposição e isto poderá expressar-se, nomeadamente, no voto da lei mais importante do ano, o Orçamento Geral do Estado. Que estratégia é que poderia ser adoptada pelo PS, pelo Chega que gostaria de participar no Governo e que já disse que poderia ser também um factor de bloqueio no Parlamento? E que estratégia poderia ser adoptada pela AD? Adelino Maltez: Se o governo tiver prestígio, nessa altura, chumbar o orçamento, convocar novas eleições, o PSD poderia ganhar as eleições. Eles também têm medo disso, os opositores. Dava o exemplo de Cavaco Silva que reforçou claramente a sua votação depois de incidentes, na altura, desencadeados pelo partido (PRD) de Ramalho Eanes e o PSD esmagou os adversários eleitoralmente. Cuidado. Deitar abaixo um Governo tem custos para quem o deita abaixo. Depende das circunstâncias. RFI: Olhando retrospectivamente para o período que Portugal acaba de conhecer, a campanha eleitoral, qual acha que foi o desempenho, por exemplo, da comunicação social durante todo este processo? Adelino Maltez: Há uma coisa que é a comunicação social, olhar de forma isenta e procurar a informação última sobre a matéria. A comunicação social foi impecável. Não temos jornais partidarizados no sentido de declararem para que lado é que vão votar. A chamada comunicação social interpretativa, os comentadores, sobretudo das televisões, revelaram muito que não tinham representantes de vários sectores importantes da sociedade portuguesa. Portanto, deviam ter o cuidado de ter comentadores comunistas, comentadores pró-Chega, um comentador católico. Estão muito dependentes dos jogos de corte que tentam pôr um funil e tentam ser missionários de determinado número de estados de espírito. Mas isso não é a comunicação social, é uma parcela que é mais barata de produzir, que é o comentador, o "Achismo". Não esqueçamos que aqui, dado o exemplo do Marcelo Rebelo de Sousa, nós entregamos as noites de domingo ao Marques Mendes ou ao Paulo Portas. Não há aqui espaços opinativos plurais. RFI: Quais são os cenários, a seu ver, mais plausíveis neste momento em Portugal?Adelino Maltez: Que este Governo vai resultar. Como português, e adepto deste regime competitivo, gostaria que acontecesse. Vai dar tempo ao PS para se distinguir e portanto, vai introduzir aqui elementos competitivos que são necessários para a democracia poder funcionar. E vai obrigar o Chega a deixar de ser o senhor André Ventura. Tem que mostrar mais valores, coisa que não fez até agora. 

Os Protagonistas
Durão Barroso: “Portugal é hoje o país mais pobre da Europa Ocidental, como foi antes de Abril de 74”

Os Protagonistas

Play Episode Listen Later Jan 30, 2024 37:16


Numa conversa marcada por duas efemérides especiais para si, José Manuel Durão Barroso fala à SIC dos momentos mais definidores do seu percurso público e pessoal. Vinte anos depois de se tornar presidente da Comissão Europeia e meio século depois do 25 de Abril, que viu de perto, o português reconhece que não é tão unânime no seu país de origem quanto os pares europeus, mas não mostra ressentimento: “Na política, não podemos estar sempre à espera da gratidão. Caso contrário, não se faz nada”, desdramatiza. Um dos seus lemas é mesmo “manter o entusiasmo mesmo depois de perder a ilusão”.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Corvo Seco
#282 Tenzin Wangyal Rinpoche - Basta Ser Consciente

Corvo Seco

Play Episode Listen Later Jan 28, 2024 20:20


Trechos retirados de gravações em palestras de Tenzin Wangyal Rinpoche. Tenzin Wangyal Rinpoche é escritor e um professor altamente respeitado da tradição Bön do Budismo Tibetano. Tenzin Rinpoche nasceu em Amritsar (Índia), pouco tempo depois de seus pais fugirem do Tibete (em 1959) devido a ocupação chinesa. Aos 10 anos de idade, Tenzin foi ordenado como monge no Mosteiro Menri (Índia), onde foi reconhecido pelo professor titular Lopon Sangye Tenzin Rinpoche como sendo a reencarnação do mestre Khyung Tul Rinpoche, um mestre de meditação de renome que morreu em meados do século 20. Em 1988, Tenzin foi convidado pelo mestre Dzogchen Chögyal Namkhai Norbu Rinpoche a ensinar na Itália, o que lhe trouxe oportunidades adicionais para ensinar em outros locais em toda a Europa Ocidental, sendo um dos primeiros a trazer os ensinamentos Bön ao Ocidente. Tenzin Rinpoche é conhecido pela profundidade de sua sabedoria; seu estilo envolvente de ensino claro; e sua capacidade de fazer os antigos ensinamentos tibetanos altamente acessíveis e relevantes para a vida dos ocidentais. Atualmente Tenzin continua transmitindo seus ensinamentos, preservando sua tradição através da criação de centros e de grupos em todo o mundo, traduzindo e publicando textos, e ensinando o Bön initerruptamente aos estudantes ocidentais em todo o mundo. Saiba mais em: https://ligmincha.com.br/quem-somos/5...

Convidado
Taiwan: Vitória de Lai Ching-te "será o pior cenário para Xi Jinping"

Convidado

Play Episode Listen Later Jan 12, 2024 8:00


Taiwan realiza eleições presidenciais e legislativas neste sábado, 13 de Janeiro. Para o lugar de Presidente estão três candidatos e, segundo as sondagens, o actual vice-presidente, Lai Ching-te, do Partido Democrático Progressista é o favorito. Em causa está a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan, mas as questões económicas também vão ditar as escolhas dos eleitores, reconhece Carlos Gaspar, Investigador do Instituto de Relações Internacionais. RFI: Nestas eleições, a questão da China não é o único elefante branco a ocupar a sala. Há ainda questões económicas, com o aumento do custo de vida, associado ao elevado preço da habitação. De que forma estas questões poderão influenciar a votação dos mais jovens? Carlos Gaspar, investigador do Instituto de Relações Internacionais: Têm, com certeza, os efeitos normais que tem qualquer democracia pluralista. Taiwan é uma democracia consolidada e, portanto, nas eleições, essas múltiplas dimensões jogam. As questões internas são sempre as mais importantes numa eleição democrática. A questão da China não é uma questão interna para Taiwan, trata-se de uma questão externa. A República Popular da China deixou, não só de ter amigos em Taiwan, mas a esmagadora maioria dos eleitores identificam-se com taiwanêses e não como chineses.De acordo com as sondagens, a maioria da população é favorável à manutenção do Status Quo, ou seja, nem independência nem reunificação. Esta é uma das propostas do actual vice-presidente, Lai Ching-te, do Partido Progressista Democrático, favorito na corrida, que promete, entre outros, o apoio "inabalável" à manutenção do status quo no Estreito de Taiwan. Esta é a solução? Certamente, é a posição que os Estados Unidos e a União Europeia preferem, mas que entre em choque com a posição da República Popular da China. A China suspeita, não sem uma parte de razão, que o candidato presidencial do Partido Democrático Progressista- independentemente das suas tomadas de posições formais- dirige um partido que é fortemente a favor da independência de Taiwan. Neste partido existem correntes políticas fortes que querem formalizar a independência, a separação entre Taiwan e a República Popular da China. Ou seja, a transformação de Taiwan num Estado normal como qualquer outro. A possibilidade dessa posição ganhar terreno é o maior pesadelo para a China.Num caso de vitória do candidato presidencial, Lai Ching-te, esse resultado poderá ser visto por Pequim como uma humilhação? Xi Jinping repetiu na mensagem de ano novo que a reunificação será inevitável.A reunificação será, com certeza, inevitável. A questão é saber quando é que ela se irá realizar. A reunificação com Taiwan é uma prioridade de todos os dirigentes do regime comunista, defendida desde o tempo de Mao Tsé-Tung, mas que tem sido adiada sucessivamente. Designadamente, porque existe uma garantia implícita dos Estados Unidos a Taiwan contra uma tentativa chinesa de mudar pela força o status quo. Obviamente que uma vitória do candidato do Partido Democrático Progressista será o pior cenário possível para Xi Jinping e para a direcção do Partido Comunista.Para além das retaliações militares e económicas, Pequim poderá servir-se do direito, adoptando leis que visem punir cidadãos taiwaneses, vistos pelas autoridades como separatistas?Com certeza que pode sancionar cidadãos,  de Taiwan em particular, embora isso não tenha um grande efeito. Pelo menos até agora, essas sanções nunca tiveram qualquer efeito significativo, designadamente para as relações económicas entre Taiwan e China. Há um número importante, dezenas de milhares de taiwaneses, que trabalham na China e vivem em Taiwan.  Isso é importante, desde logo, porque é um laço entre a China e Taiwan. Cortar os laços- humanas económicos- é obviamente contra-producente.Pequim instou os taiwaneses a não votarem em Lai Ching-te. Este acto de ingerência poderá favorecer o candidato o Kuomintang, principal partido da oposição, Hou Yu-ih e favorável à aproximação com Pequim?Eu acho que as tomadas de posição de Pequim não têm nenhum efeito na eleição interna de Taiwan e isso é problema para a China. As autoridades apercebem-se que as suas posições não têm eco na comunidade política taiwanesa, que tem a sua própria agenda, os seus próprios problemas e que olha para a República Popular da China como uma ameaça distante, mais do que como um jogador activo, relevante na política interna de Taiwan.O terceiro candidato surpresa, Ko Wen-je, do partido popular Partido do Povo Taiwanês, ex-presidente de Taipei, pretende fortalecer as capacidades de autodefesa da ilha para que Pequim entenda que uma guerra "tem um preço alto". Trata-se de um candidato muito presente nas redes sociais e muito próximo dos jovens. Que hipóteses tem este candidato nesta eleição presidencial?[Ko Wen-je] foi presidente da Câmara de Taipé, com o prestígio, e tem esse eco. Porém, todos os candidatos defendem que Taiwan deve aumentar a capacidade de defesa, perante a pressão estratégica, constante, da República Popular da China- que é o único efeito que tem na campanha eleitoral. Na vida dos taiwaneses estão as várias demonstrações de força militar que faz à volta da ilha, no espaço aéreo e marítimo.Ko Wen-je poderá, de certa forma, destacar-se junto dos mais jovens?É possível que sim. Todavia, as sondagens indicam que o candidato do Partido Democrático Progressista está à frente. Lai Ching-te tem uma posição política mais consistente. O Partido Democrático conseguiu quebrar o isolamento de Taiwan, apesar de todos os esforços da República Popular da China. Taiwan, hoje em dia, é reconhecido como uma democracia por outras democracias, designadamente da Europa Ocidental. Há múltiplas delegações parlamentares que partem para Taiwan, manifestando o reconhecimento da ilha como uma democracia. Essa dimensão, julgo ser importante, pode fazer a diferença na competição presidencial. Refiro-me à dimensão diplomática e ao  reconhecimento internacional. O fim do isolamento perigoso de Taiwan é muito evidente desde o início da guerra na Ucrânia. Taiwan ganhou um outro estatuto internacional. Que impacto terão estas eleições entre as relações China e EUA?Na eventualidade do Partido Democrático Progressista ganhar a eleição presidencial, como indicam as sondagens, de certa maneira e ironicamente, a China vai precisar mais dos Estados Unidos. Isto porque, nesse contexto, os Estados Unidos, tal como a União Europeia, são a favor do status quo. Esse status quo também implica impedir as autoridades e os partidos de Taiwan de declararem ou realizarem um referendo sobre a independência. O status quo é o mesmo para Pequim e para Taipé.  

Em directo da redacção
2023 em revista: "Um ano de conflitos graves"

Em directo da redacção

Play Episode Listen Later Dec 27, 2023 19:38


No virar da página para um novo ano, revistamos os acontecimentos que marcaram o ano 2023: uma guerra que se prolonga na Ucrânia até outra que começou entre Israel e o grupo islamita Hamas. Este foi também o ano mais quente já registado na história. Israel decretou estado de alerta de guerra depois de ter sido alvo de um ataque do grupo islamita Hamas a 7 de Outubro. O líder do braço armado do grupo palestiniano confirmou a ofensiva e disse "ter disparado mais de cinco mil rockets". O ataque do Hamas durou mais de uma hora e tirou a vida a 1200 pessoas. Em resposta a este ataque sem precedentes, Israel anunciou um “cerco total” a Gaza, “sem electricidade, comida e combustível”.Foi a partir do enclave palestiniano, onde vivem cerca de 2,3 milhões de pessoas, que o Hamas se defende. O governo israelita recrutou 300.000 reservistas para "ir para a ofensiva".Ao 47º dia de conflito, o governo israelita deu luz verde a um acordo para garantir a libertação de 50 reféns detidos pelo Hamas em troca de prisioneiros palestinianos e de uma trégua de quatro dias na Faixa de Gaza. A ajuda humanitária foi reforçada com a entrada em vigor, a 24 de Novembro, de um cessar-fogo de quatro dias, prorrogada por 48 horas segundo o Hamas e o Qatar, insuficiente segundo as agências da ONU. Cinquenta reféns foram libertados, em conformidade com o acordo, em troca da libertação planeada de 150 palestinianos detidos em Israel. A passagem pelo ano destaca também um acontecimento que nos chega de 2022: a invasão russa na Ucrânia. Mortes às dezenas de milhares num conflito ofuscado por Gaza: em 2023, a contra-ofensiva não teve os efeitos esperados e Kiev receia que o apoio ocidental perca força.Em Janeiro, o exército russo, reforçado por 300.000 reservistas e apoiado pelos paramilitares do grupo Wagner, voltou a atacar Donbass, no leste da Ucrânia. A 23 de Fevereiro assinalou-se um ano ano do início da invasão russa na Ucrânia. Um conflito que tirou a vida a milhares de pessoas, destruiu infra-estruturas e mudou um país. No último ano, com a ajuda de aliados, Kiev resistiu aos ataques russos e acreditou na vitória. A 9 de Março Kiev ficou sem electricidade e em Lviv, os ataques fizeram mortos entre os civis. Em Maio, Moscovo acabava por reivindicar a captura de Bakhmut, no final da batalha mais longa e sangrenta desde o início da invasão russa. A contra-ofensiva de Kiev, aguardada pelos aliados ocidentais, foi lançada no início do mês de Junho para tentar reconquistar os territórios ocupados por Moscovo. Apesar dos milhares de milhões de ajuda militar ocidental, o exército ucraniano só conseguiu retomar aldeias no sul e no leste.A  24 de Junho, combatentes do grupo Wagner marcham em direcção a Moscovo. O Presidente Vladimir Putin denuncia a “traição” do líder, Yevgeni Prigojine, que ordena aos homens que “voltem” aos seus postos. A morte, dois meses depois, do chefe de Wagner num acidente de avião levantou questões, com os ocidentais e a Ucrânia a suspeitarem do envolvimento do Kremlin.Segundo o Observatório Europeu Copernicus, os meses de Junho a Outubro foram os mais quentes alguma vez registados. Estas temperaturas são acompanhadas por secas, incêndios ou furacões. O Canadá viveu assim este ano incêndios florestais, com mais de 18 milhões de hectares queimados e 200 mil pessoas deslocadas.Este foi também um ano de corrida espacial para encontrar água na Lua. A primeira missão lunar da Rússia em 47 anos falhou: a nave Luna-25 despenhou-se na Lua. A agência espacial russa, a Roskomos, disse que perdeu contacto com a nave não tripulada, pouco depois de ocorrer um problema quando a nave entrava em órbita de pré-aterragem. A Índia tornou-se no quarto país do mundo a conseguir aterrar na Lua, depois dos Estados Unidos, da Rússia na época da União Soviética e da China.A 20 de Agosto, poucos minutos depois da sagração da Espanha no mundial Feminina em Sydney, Luís Rubiales, então presidente da Federação Espanhola de Futebol, beijou de surpresa a atacante Jenni Hermoso na boca, provocando indignação internacional. Enquanto Jenni Hermoso denunciou um acto “sexista, impróprio e sem qualquer consentimento”, Luís Rubiales sustentou por muito tempo que se trata apenas de “um beijinho consentido”, antes de renunciar a 10 de Setembro do cargo. Acusado de “agressão sexual” pela Justiça, foi suspenso durante três anos de qualquer actividade relacionada ao futebol pela Fifa.A 19 de Setembro, o Azerbaijão atacou Nagorno-Karabakh, um território separatista de maioria arménia que Baku e Yerevan disputam há mais de três décadas. Este enclave montanhoso - que proclamou unilateralmente a sua independência em 1991, depois da queda da União Soviética, com o apoio da Arménia - foi palco de duas guerras entre as antigas repúblicas soviéticas do Cáucaso (de 1988 a 1994 e no outono 2020). Em 24 horas, as autoridades territoriais abandonadas por Yerevan capitularam e foi concluído um cessar-fogo. Após esta ofensiva relâmpago, que deixou quase 600 mortos, a maioria dos 120 mil habitantes fugiu para a Arménia, enquanto Nagorno-Karabakh anunciou a sua dissolução para dia 1 de Janeiro de 2024.O economista ultraliberal Javier Milei, 53 anos, tomou posse como presidente da Argentina a 10 de Dezembro, depois da vitória contra o centrista Sergio Massa. O “anti-sistema” prometeu uma terapia de choque para a terceira maior economia da América Latina, nas garras de uma inflação recorde: privatizações totais, cortes de “serra eléctrica” nos gastos públicos, e substituição do peso argentino pelo dólar, com a extinção do Banco Central. Entre as  ideias polémicas estão a desregulamentação da venda de armas e uma “solução de mercado” para a doação de órgãos.Para 2024 estão previstas eleições presidenciais na Rússia e nos Estados Unidos da América e eleições europeias. "Os futuros actos eleitorais vão ser um teste à capacidade da Europa Ocidental e dos Estados Unidos de manterem intactos os modelos e democracias liberais", sublinha a internacionalista e docente no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, Maria João Ferreira.

Bunker X
Atlântida, a cidade perdida (ou não) | BUNKER X #024

Bunker X

Play Episode Listen Later Oct 11, 2023 107:32


A primeira vez que a humanidade ouviu falar sobre Atlântida ou Atlantis foi pelo filósofo grego Platão em suas obras "Timeu" e "Crítias". Nos contos de Platão, Atlântida era uma potência naval localizada "para lá das Colunas de Hércules", que conquistou muitas partes da Europa Ocidental e África há aproximadamente 9600 a.C. Após uma tentativa fracassada de invadir Atenas, Atlântida afundou no oceano "em um único dia e noite de infortúnio". Isso gerou milhares de teorias sobre a cidade e seu povo e vamos debater isso tudo neste episódio! ___________

Malhete Podcast
DANTE NA CONQUISTA DA JERUSALÉM CELESTIAL

Malhete Podcast

Play Episode Listen Later Oct 10, 2023 4:48


“No meio da jornada da nossa vida me encontrei em uma floresta escura onde o caminho reto se perdeu”. Provavelmente não existe incipit mais conhecido e eficaz em toda a história da literatura mundial. Estamos na noite da Sexta-Feira Santa do ano 1300, o equinócio da primavera. O poeta nascido em maio de 1265 atingiu simbolicamente a metade da sua jornada terrena. Ele se encontra, ao mesmo tempo, no auge de sua fase de transformação espiritual. Dante, consciente da decadência da sua época, empreendeu no momento da sua plena maturidade uma fantástica peregrinação para mostrar à humanidade um caminho de salvação espiritual, moral e até política. A ideia das viagens físicas, mas também espirituais, como método de aquisição da salvação era, na Idade Média, um costume dos fiéis mais sensíveis ao chamado da Igreja. Houve três peregrinações mais importantes na época: a de Jerusalém, no leste, em direção ao sol nascente, para ir rezar no Sepulcro de Nosso Senhor Jesus. Esses peregrinos eram chamados de Palmieri, desde que retornaram da Terra Santa trouxeram consigo um ramo de palmeira simbólico da Ressurreição e do Triunfo sobre a morte. Depois houve as peregrinações a Roma para visitar a sede dos pontifícios e o túmulo do príncipe dos Apóstolos. Logicamente eles receberam o nome de Romei. Por fim, houve a peregrinação a Santiago de Compostela na Espanha, em direção ao oeste onde estão as matrizes, onde teria sido sepultado São Tiago Apóstolo, seu símbolo era a concha de São Tiago, que usavam como placa para comer e como tigela para recolher esmolas. Foi também o símbolo da vida emergindo das profundezas do mar onde a morte dominava No mesmo ano em que Dante iniciou o seu caminho sobrenatural, o Papa Bonifácio VIII anunciou o primeiro Jubileu de Roma, atraindo multidões de fiéis de toda a Europa ansiosos por ir ao centro do cristianismo para reabastecer os vorazes cofres do Vaticano, convencidos de comprar desta forma, um pedaço do além. Dante opta idealmente por começar em Jerusalém, não em Roma. O poeta aventura-se, portanto, no Inferno, um abismo que se assemelha a um enorme funil invertido cujo círculo base, com Jerusalém ao centro, tem um raio equivalente à distância entre esta cidade e Roma, enquanto o ápice se posiciona no centro da terra. A imagem de um abismo infernal, provocado pela queda de Lúcifer na Terra com a consequente extrusão da crosta terrestre nos Antípodas para formar o Monte Purgatório, também nos informa como Dante estava certo da esfericidade da Terra muito antes de Cristóvão Colombo. Os filósofos pitagóricos já haviam afirmado que os planetas eram esferas que se moviam no espaço, criando, em suas viagens, uma nota musical, a chamada Harmonia das Esferas. A jornada de Dante tem como objetivo conquistar a Jerusalém Celestial após chegar à Terrestre. Isto é idealmente verdade, mas não só, pois há também uma confirmação precisa tanto na ficção poética como na construção cênica dos lugares da própria comédia. Conforme demonstrado por Robert John. o Paraíso Terrestre localizado no topo da montanha do Purgatório tem a mesma topografia da Jerusalém real: as distâncias e os lugares são os mesmos, a aparência do Monte do Templo é a mesma, assim como inúmeros outros detalhes. O Poeta, numa das suas alegorias maravilhosas mas subtis e ocultas, quis indicar com precisão um caminho composto por três etapas sucessivas: a Jerusalém real, a Jerusalém terrena, a Jerusalém celeste, em harmonia com a tripartição cíclica dos fenómenos naturais. O ritual do grau XVIII da Maçonaria "Príncipe Rosacruz" diz: "os antigos Irmãos Rosacruzes, intrépidos naturalistas que sob o exterior mais ou menos sincero do altruísmo foram os promotores da investigação científica através da observação real, sob o pretexto da medicina eles viajaram pela Europa Ocidental durante dois séculos, reunindo os elementos que outros tinham para tornar frutíferos e espalhando a semente do método científico." Não temos provas de que Dante fosse um adepto Rosacruz no termo comumente entendido hoje, mas a necessidade da viagem e da doação de sementes durante a viagem é a mesma. Que Dante foi iniciado numa seita esotérica é comprovado antes de tudo pelas suas obras, pela sua adesão ao Fedeli d'Amore e também pela presença de Mestres ao seu lado, que de vez em quando guiam os seus passos. (Retirado de: O Inferno de Marcello Vicchio e O Inferno Esotérico de Dante de A. e G. Malvani). --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/malhete-podcast/message

Corvo Seco
#235 Tenzin Wangyal Rinpoche - Permaneça na Consciência Não-dual

Corvo Seco

Play Episode Listen Later Aug 23, 2023 10:10


Trechos retirados de gravações em palestras de Tenzin Wangyal Rinpoche. Tenzin Wangyal Rinpoche é escritor e um professor altamente respeitado da tradição Bön do Budismo Tibetano. Tenzin Rinpoche nasceu em Amritsar (Índia), pouco tempo depois de seus pais fugirem do Tibete (em 1959) devido a ocupação chinesa. Aos 10 anos de idade, Tenzin foi ordenado como monge no Mosteiro Menri (Índia), onde foi reconhecido pelo professor titular Lopon Sangye Tenzin Rinpoche como sendo a reencarnação do mestre Khyung Tul Rinpoche, um mestre de meditação de renome que morreu em meados do século 20. Em 1988, Tenzin foi convidado pelo mestre Dzogchen Chögyal Namkhai Norbu Rinpoche a ensinar na Itália, o que lhe trouxe oportunidades adicionais para ensinar em outros locais em toda a Europa Ocidental, sendo um dos primeiros a trazer os ensinamentos Bön ao Ocidente. Tenzin Rinpoche é conhecido pela profundidade de sua sabedoria; seu estilo envolvente de ensino claro; e sua capacidade de fazer os antigos ensinamentos tibetanos altamente acessíveis e relevantes para a vida dos ocidentais. Atualmente Tenzin continua transmitindo seus ensinamentos, preservando sua tradição através da criação de centros e de grupos em todo o mundo, traduzindo e publicando textos, e ensinando o Bön initerruptamente aos estudantes ocidentais em todo o mundo. Saiba mais em: https://ligmincha.com.br/quem-somos/5...

Cultura
Mostra revela a Normandia como palco desconhecido do tráfico negreiro e a presença do pau-brasil

Cultura

Play Episode Listen Later Jun 23, 2023 5:58


A região da Normandia, no noroeste da França, organiza uma exposição em quatro partes divididas por três cidades – Rouen, Honfleur e o Havre. A mostra “Escravidão, memórias normadas”, em cartaz até 10 de novembro, mostra o papel ativo da Normandia no tráfico de escravos. Patrícia Moribe, enviada especial da RFI à NormandiaRouen, Honfleur e o Havre são cidades portuárias, pitorescas e turísticas. Mas por trás da história do enriquecimento dessas cidades, está a ativa participação no nefasto tráfico negreiro. A França foi um dos países mais ativos no tráfico negreiro durante os séculos XVII e XVIII, principalmente nas regiões do Caribe e da América do Norte, onde ficavam suas colônias.As estimativas são de que a França tenha transportando aproximadamente 1,4 milhão de africanos escravizados para suas colônias nas Américas. “Há uma grande demanda na Europa Ocidental por produtos supérfluos, de luxo, como açúcar, café, algodão e cacau”, explica a curadora Emmanuelle Riand. “Os franceses se dão conta que os territórios ocupados nas Índias Ocidentais parecem propícios ao cultivo desses bens. [Mas] rapidamente percebemos que não podemos mobilizar as populações locais porque elas são dizimadas muito rapidamente”, acrescenta.Os franceses buscam, na sequência, outras fontes de mão de obra. “Primeiro, tenta-se na própria Franca, com trabalhadores contratados – franceses ou europeus – enviados por três anos”, explica Riand. “Mas rapidamente percebe-se que essa força de trabalho não é resistente o suficiente, pois as condições de trabalho são muito difíceis. E foi mais ou menos na época em que o rei Luís XII autorizou o comércio de escravos. Assim começamos a praticar deportações sistemáticas de cativos da África para as Américas”.A cidade de Nantes, no oeste da França, foi um dos principais centros do comércio de escravos, com navios partindo de lá em direção à África para comprar e transportar escravos. A exposição na Normandia traz à luz a participação de cidades portuárias da região no comércio de negros escravizados. "Madeira de brasa"O tráfico negreiro organizado pelos franceses foi essencialmente direcionado às suas próprias colônias. No entanto, o comércio transatlântico levou à descoberta de matérias até então desconhecidas, como o pau-brasil, que era chamado de madeira de brasa. Na exposição de Rouen, uma peça esculpida em pau-brasil retrata uma festa tupinambá realizada na cidade. “Esta peça pertence à coleção do Museu de Antiguidades de Rouen”, explica Mathilde Schneider, co-comissária da exposição. “Ela foi certamente esculpida por ocasião da chegada de um navio em 1550. Foi quando as autoridades de Rouen reconstituíram um vilarejo tupinambá na atual margem esquerda da cidade. Esta aldeia era para mostrar ao rei até que ponto os normandos já se dedicavam ao comércio do que chamamos madeira de brasa, que deu o nome ao Brasil, claro. O painel foi esculpido por um artista normando, com uma estética completamente maneirista retratando os nativos e os representantes europeus. Podemos ver a madeira derrubada que vai ser carregada em barcos e depois nas caravelas ao fundo. Essa madeira chega à Normandia onde vai ser triturada e usada para tingir de vermelhos os tecidos como linho e, depois, o algodão”. As exposições nas três cidades remetem constantemente à história da escravidão no Brasil. Há relatos sobre famílias e cidades que enriqueceram às custas dos negros, documentos de contabilidade com números de cativos e valores. Há coleiras, algemas, tornozeleiras e muitos relatos de maus tratos. Os documentos originais também mostram os famigerados navios negreiros e sua evolução no tempo, pois no início eram navios de segunda mão, adaptados para separar os brancos dos negros, e depois embarcações feitas especialmente para o tráfico. Para fazer um contraponto artístico, os organizadores convidaram artistas contemporâneos para “dialogar” com os objetos históricos, por meio de instalações, vídeos e fotografias.

JE Notícias
Inflação no Reino Unido abranda ligeiramente para 10,1% em março | O Jornal Económico

JE Notícias

Play Episode Listen Later Apr 19, 2023 0:48


Apesar do abrandamento em março, a taxa de inflação britânica foi a mais elevada na Europa Ocidental, com o Reino Unido a ser o único país da região a registar uma evolução de dois dígitos no mês passado.

Volta ao mundo em 180 segundos
28/03: Netanyahu adia reforma judicial | Escócia tem novo primeiro-ministro muçulmano | Ucrânia começa a receber tanques

Volta ao mundo em 180 segundos

Play Episode Listen Later Mar 28, 2023 3:20


Benjamin Netanyahu adia reforma judicial para acalmar crise em Israel. Escócia tem seu novo primeiro-ministro, primeiro líder muçulmano de uma nação da Europa Ocidental. Ucrânia começa a receber tanques de guerra da Alemanha e Reino Unido. Veja esses destaque e muito mais em headline.com.br --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/voltaaomundoem180s/message

Serviço Público - Bloco de Notas
História 62 : As Especiarias e os Descobrimentos

Serviço Público - Bloco de Notas

Play Episode Listen Later Mar 23, 2023 11:54


A busca de cristãos e de especiarias, no contexto da Europa Ocidental. A pimenta preta. Com Luís Mendonça de Carvalho, Professor titular da cátedra da Unesco de Etno Botânica no Politécnico de Beja

Clube dos Generais
CGCast #103 - Batalha de Poitiers, 732

Clube dos Generais

Play Episode Listen Later Jan 18, 2023 78:22


Um dos grandes marcos da expansão islâmica na Idade Média, a Batalha de Poitiers (ou de Tours, se você preferir) provavelmente determinou a sobrevivência da cristandade na Europa Ocidental. Além disso, ali nasceram as bases militares, políticas e sociais que determinaram boa parte da vida europeia nos séculos seguintes. Encontre aqui: - Contexto geral: visigodos, francos e a expansão islâmica - A invasão da Península Ibérica - Batalhas preliminares - A batalha decisiva - Erros, acertos e consequências Episódios citados: CGCast #37 - Expansão Islâmica - Parte 1: https://youtu.be/OoJOJwbMMo8 CGCast #38 - Expansão Islâmica - Parte 2: https://youtu.be/C-m46cmd0jE O Clube dos Generais é associado Amazon.com.br - compre com nossos links e ajude o CG! Episódio em áudio e vídeo, consuma como preferir! Ouça Podcasts - conteúdo interessante onde, como e quando você quiser! Assine o Clube dos Generais pelo seu aplicativo de podcasts favorito. Nosso agradecimento aos membros do nosso canal no YouTube! Categoria Coronel: Wolfgang Categoria Capitão: Geraldo "Schulz" Domiciano, Marcelo Barros e Rafael Andrade Categoria Sargento: Anderson Puttow, Claudio Calaza, Rubens "Sopa" Toledo e Breno Achete Mendes Categoria Cabo: João Felipe Müller, Vinícius, Pablo Maicá, Fabiano Bittencourt, Marcio Leandro "Wood" Montanha, Rogério Batista, Mauro Rached, Gustavo Grossi, Dani Dani e Paulo Roberto Categoria Recruta: Iago "BT-7" Bovi, Vader Brasil, Lyndon Johnson, Carlos Eduardo Perez de Moraes e Marcio Matias Acompanhe as atividades do Clube dos Generais direto no nosso site! https://clubedosgenerais.com.br/ Cansado do YouTube? Dá uma olhada na Odysee: https://odysee.com/@ClubedosGenerais:c Quer contribuir direto, sem intermediários? Pix para estadomaiorcg@gmail.com --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/clubedosgenerais/message

Rádio Senado Entrevista
Hamilton Mourão afirma que Brasil deve trabalhar com pragmatismo e flexibilidade nas relações internacionais

Rádio Senado Entrevista

Play Episode Listen Later Jan 5, 2023 7:56


Senador eleito com quase 2 milhões e 600 mil votos, Hamilton Mourão (Republicanos – RS), fala da vontade de participar da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado. Para o senador, o cenário internacional está conturbado, apresenta disputa geopolítica forte entre China e Estados Unidos, grave questão energética na Europa Ocidental, dificuldades na América do Sul, entre outras questões. Mourão reforça que o Brasil precisa trabalhar com pragmatismo e flexibilidade para aproveitar as melhores posições nesse cenário, com destaque para a importância da defesa das fronteiras e da Amazônia.

Ecos da História
Por trás das Lendas - EP8: Niccolò e Matteo Polo

Ecos da História

Play Episode Listen Later Nov 3, 2022 16:29


Polo é um nome gravado nas lendas das grandes explorações. Certamente, Marco contribuiu muito para isso, ao descrever em detalhes sua viagem para China e sua vida junto ao imperador Mongol Kublai Kan. Mas Marco deve muito desse sucesso a seu pai, Niccolo e seu tio, Matteo. Estes dois mercadores iniciaram o estabelecimento de pontos de negociação no caminho para a Europa Ocidental e Ásia, antes de fazerem a viagem completa à China…Duas vezes! Na segunda vez, eles levaram o jovem Marco, de 17 anos, estabelecendo o início de sua lenda. Mas não existe razão para os dois irmãos permanecerem à sombra do seu descendente.  Textos originais: Abdelhakim Rezgui, Clément LesaffreTradução para português: Luiz FerrazApresentador: Diegho Kozievitch Produção: Axelle Gobert, Clément LesaffreAssistente de produção: Aimie FaconnierGravação: Théo AlbaricMixagem e edição: Adrien Le Blond, Jimmy BardinVersão brasileira: Tumpats Coordenação internacional: Martin StahlMúsica original: David SpinelliMúsicas pré-existentes: UbisoftIllustração: © Ubisoft Entertainment. All Rights Reserved.Produtores executivos Lorenzo Benedetti, Louis Daboussy, Benoit DunaigreUbisoft: Etienne Allonier, Aymar Azaizia, Etienne Bouvier, Leslie Capillon, Julien Fabre, Louis Raynaud, Justine Villeneuve Uma série original Ubisoft, produzida pela Paradiso Media Se você gostou deste podcast, inscreva-se e nos dê muitas ⭐⭐⭐⭐⭐ ! E para compartilhar é fácil : https://lnk.to/ecosdahistoriaSee omnystudio.com/listener for privacy information.

História em Meia Hora
Império Mongol

História em Meia Hora

Play Episode Listen Later Oct 26, 2022 36:18


A história de um império que foi praticamente O DOBRO do tamanho do Império Romano. Com direito a Khan liberal. Separe trinta minutos do seu dia e aprenda com o professor Vítor Soares (@profvitorsoares) sobre o poderoso Império Mongol. - Se você quiser ter acesso a episódios exclusivos e quiser ajudar o História em Meia Hora a continuar de pé, clique no link: www.apoia.se/historiaemmeiahora - Compre nossas camisas, moletons e muito mais coisas com temática História na Lolja! www.lolja.com.br/creators/historia-em-meia-hora/ - PIX e contato: historiaemmeiahora@gmail.com Apresentação: Prof. Vítor Soares Roteiro: Prof. Vítor Soares e Prof. Victor Alexandre (@profvictoralexandre) Edição: Victor Portugal. REFERÊNCIAS USADAS - Uma breve história da Ásia. Colin Mason - As relações político-religiosas entre o Império Mongol e a Europa Ocidental em meados do século XIII: Missionários franciscanos no Oriente. Luiz Rafael Xavier Vicente - São Luís: biografia. Jacques Le Goff - Pluvials, droughts, the Mongol Empire, and modern Mongolia. Neil Pederson; Amy E. Hesslb; Nachin Baatarbileg

Geopizza
Os Bretões e Júlio César #89

Geopizza

Play Episode Listen Later Oct 14, 2022 156:42


Júlio César foi um dos responsáveis por expandir a as fronteiras da República Romana, o que envolveu praticar um verdadeiro genocídio contra muitos povos nativos da Europa Ocidental. Os bretões, na Grã-Bretanha, foram um desses povos. Anexando vários territórios da Europa Ocidental à Roma, os romanos buscavam substituir a cultura de qualquer povo estrangeiro à sua cultura. Entretanto, César encontrou inimigos fortíssimos, muitos dos quais não conseguiu vencer. Na Alemanha, os romanos foram derrotados pelo Germanos, nunca conseguindo colocar bases militares além do Rio Reno. Já na Gália, atual França, César ordenou o massacre dos gauleses, em um dos primeiros genocídios registrados de forma escrita na Europa Ocidental. Outros milhares de gauleses foram vendidos como escravizados por todo o Império Romano, tornando César imensamente rico. Já na Grã-Bretanha, várias campanhas militares e acordos diplomáticos com os bretões foram necessários para que a ilha fosse ocupada por Roma. Mobilizados, alguns bretões resistiram por séculos contra romanos, liderando movimentos de resistência de escalas gigantescas. Entretanto, a história dos bretões remonta muito antes de seu embate contra Roma. Desde o Neolítico, os bretões construíram templos, como Stonehenge, construíram cidades fortificadas, como Old Sarum e até criaram cumes e montes artificiais, como Salisbury. Nessa edição, vamos conhecer as cidades e crenças dos bretões, até as suas lutas nas falésias britânicas contra as tropas de César. ____________________ Se curte o conteúdo do Geo, agradecemos quem contribuir com nossa campanha mensal no: Picpay: https://picpay.me/geopizza Apoia.se: https://apoia.se/geopizza ou Patreon: https://patreon.com/geopizza Confira a Geostore, nossa loja do Geopizza

EM BUSCA DE UMA HISTÓRIA
A MAIS BREVE HISTÓRIA DA ALEMANHA PARTE 3 - DA REPÚPLICA DE WEIMAR ATÉ A ATUALIDADE

EM BUSCA DE UMA HISTÓRIA

Play Episode Listen Later Sep 13, 2022 71:24


A Revolução Alemã de 1918-1919 pôs fim ao Império Alemão e estabeleceu a República de Weimar, uma democracia parlamentar infelizmente instável. Em janeiro de 1933, Adolf Hitler, líder do Partido Nazista, usou as dificuldades econômicas da Grande Depressão junto com o ressentimento popular sobre os termos impostos à Alemanha no final da Primeira Guerra Mundial para estabelecer um regime totalitário. Essa Alemanha nazista fez do racismo, especialmente do antissemitismo, um princípio central de suas políticas, e tornou-se cada vez mais agressiva com as suas demandas territoriais, ameaçando guerra se não fossem atendidas. A Alemanha rapidamente se remilitarizou e anexou a Áustria e as áreas de língua alemã da Tchecoslováquia em 1938. Depois de tomar o resto da Tchecoslováquia, a Alemanha lançou uma invasão da Polônia, que rapidamente se transformou na Segunda Guerra Mundial. Durante a guerra, o regime nazista estabeleceu um programa sistemático de genocídio conhecido como Holocausto, que matou 17 milhões de pessoas, incluindo 6 milhões de judeus (representando 2/3 da população judaica europeia de 1933). Após a invasão aliada da Normandia em Junho de 1944, o exército alemão foi empurrado para trás em todas as frentes até o colapso final em maio de 1945. Sob ocupação pelos Aliados, a Áustria foi novamente transformada em um país separado, esforços de desnazificação ocorreram, grandes populações sob antigos territórios ocupados pela Alemanha foram deslocadas , os territórios alemães foram divididos pelas potências vitoriosas. A Alemanha passou toda a era da Guerra Fria dividida entre a Alemanha Ocidental, alinhada à OTAN, e a Alemanha Oriental, alinhada ao Pacto de Varsóvia. Os alemães também fugiram das áreas comunistas para a Alemanha Ocidental, que experimentou uma rápida expansão econômica e se tornou a economia dominante na Europa Ocidental. Em 1989, o Muro de Berlim foi aberto, o Bloco Oriental desmoronou e a Alemanha Oriental foi reunificada com a Alemanha Ocidental em 1990. A amizade franco-alemã tornou-se a base para a integração política da Europa Ocidental na União Europeia. Em 1998-1999, a Alemanha foi um dos países fundadores da zona do euro. A Alemanha continua sendo uma das potências econômicas da Europa, contribuindo com cerca de um quarto do produto interno bruto anual da zona do euro. No início de 2010, a Alemanha desempenhou um papel crítico na tentativa de resolver a escalada da crise do euro, especialmente no que diz respeito à Grécia e outras nações do sul da Europa. Em meados da década, o país enfrentou a crise migratória europeia como principal receptor de requerentes de asilo da Síria e de outras regiões conturbadas. --- Send in a voice message: https://anchor.fm/manuel-velez61/message

Petit Journal
BP 350 - Liz Truss; Gazprom fecha a torneira

Petit Journal

Play Episode Listen Later Sep 6, 2022 33:14


O Bate-Papo chega a mais um episódio inteiro, racional, redondo e não-primo e traz para vocês as principais pautas das últimas horas, com a escolha de Liz Truss ao cargo de primeira-ministra do Reino Unido. Além disso, os professores Tanguy Baghdadi e Daniel Sousa discutem a decisão da Gazprom de fechar a torneira - e deixar clara a ideia em um vídeo - do gás para a Europa Ocidental; a nova doutrina de política externa de Putin, baseada no Mundo Russo; o corte na produção de petróleo definida pela OPEP+; o futuro da energia na Alemanha; o Talibã preocupado com o terrorismo; a Polônia pedalando pra conter a Rússia; e os atores de Hollywood sancionados pela Rússia. 
Vem com a gente! Quer conhecer nossos cursos e aulas gratuitas? Acesse www.petitcursos.com.br Se você quiser contribuir com o nosso projeto em reais, acesse: https://escute.orelo.audio/petit/apoios Se você vive no exterior: https://www.patreon.com/petitjournal Prefere fazer o Pix? A chave é o e-mail: petitjournal.pj@gmail.com Que tal um PicPay? Link: https://app.picpay.com/user/daniel.henrique.sousa Quer apoiar pelo Youtube? Clique em “Valeu”, logo abaixo do vídeo e deixe seu apoio Aos nossos apoiadores, nosso muitíssimo obrigado! Para patrocínios e outras parcerias, entre em contato conosco pelo e-mail: contato@petitjournal.com.br Aos nossos apoiadores, nosso muitíssimo obrigado!

Petit Journal
BP 349 - Referendo no Chile; retrospectiva dos oligarcas

Petit Journal

Play Episode Listen Later Sep 5, 2022 37:40


O Bate-Papo 349 chega ao seu feed nesse domingão, com os temas mais importantes do fim de semana na Política Internacional e na Economia. E o tema de maior destaque é o referendo de hoje no Chile, que rejeitou a proposta de uma nova constituição para o país. O Chile agora debate os rumos do país e se mantém com a Constituição de 1980 em vigor. Ainda na pauta de hoje, a situação do gás na Europa Ocidental, em especial na Alemanha; a proposta europeia e do G7 de estabelecer um teto para o preço da energia russa; as incertezas com relação aos convidados para a Cúpula do G20, em Bali; a Coreia do Sul incentivando o nascimento de bebês; a Polônia em rota de colisão com a Alemanha por conta do Rio Oder; e o inventário dos oligarcas russos mortos e forma “suspeita”. Quer conhecer nossos cursos e aulas gratuitas? Acesse www.petitcursos.com.br Se você quiser contribuir com o nosso projeto em reais, acesse: https://escute.orelo.audio/petit/apoios Se você vive no exterior: https://www.patreon.com/petitjournal Prefere fazer o Pix? A chave é o e-mail: petitjournal.pj@gmail.com Que tal um PicPay? Link: https://app.picpay.com/user/daniel.henrique.sousa Quer apoiar pelo Youtube? Clique em “Valeu”, logo abaixo do vídeo e deixe seu apoio Aos nossos apoiadores, nosso muitíssimo obrigado! Para patrocínios e outras parcerias, entre em contato conosco pelo e-mail: contato@petitjournal.com.br Aos nossos apoiadores, nosso muitíssimo obrigado!

JE Notícias
Oppo investiu mais de 7 mil milhões em investigação e desenvolvimento entre 2020 e 2022 | O Jornal Económico

JE Notícias

Play Episode Listen Later Aug 24, 2022 0:56


Billy Zhang revelou ainda que a empresa de Dongguan terá uma nova abordagem aos mercados europeus, que envolve expandir para novos países, maximizar os recursos, reestruturar operações e unir os mercados da Europa Ocidental e alguns da Europa Central e Oriental.

McKinseyTalks
O que está na mente do agricultor brasileiro em 2022

McKinseyTalks

Play Episode Listen Later Aug 19, 2022 22:27


Uma pesquisa anual da McKinsey mostra que os agricultores brasileiros estão entre os que mais adotam práticas digitais e de sustentabilidade, liderando essas tendências no mundo. Em sua terceira edição, o estudo “Como pensa o agricultor brasileiro” reuniu dados de mais de dois mil produtores em cinco tipos de cultivos no país. O levantamento indica que 71% dos agricultores pesquisados já combinam experiências presenciais e digitais em suas jornadas de compras, sendo que mais de 80% adotam práticas sustentáveis como o plantio direto. Em 2022, o estudo também traz dados coletados na América do Norte, Europa Ocidental e Ásia, além da América do Sul. O próximo episódio do McKinsey Talks abordará os insights dessa última edição da pesquisa, os desafios e oportunidades para o setor, considerando o cenário econômico atual e a potencial atuação no mercado regulado e voluntário de carbono.

Petit Journal
BP 321 - Gazprom segura o gás; Referendo na Tunísia

Petit Journal

Play Episode Listen Later Jul 26, 2022 38:26


Putin avisou que o gás russo poderia não fluir para a Europa Ocidental como vinha acontecendo anteriormente. E é exatamente o que aconteceu hoje: a Gazprom reduziu o fluxo de gás natural para apenas 20% da capacidade total. Na pauta de hoje, a dupla de costume™ fala ainda sobre a guerra de drones, o referendo para a aprovação de uma nova constituição na Tunísia, a crise que se prolonga no Sri Lanka, a sede do Eurovision 2023; o bloqueio digital a Luhansk e Donetsk; além da Polônia sem freio e da caça aos oligarcas russos. Quer conhecer nossos cursos e aulas gratuitas? Acesse www.petitcursos.com.br Se você quiser contribuir com o nosso projeto em reais, acesse: https://escute.orelo.audio/petit/apoios Se você vive no exterior: https://www.patreon.com/petitjournal Prefere fazer o Pix? A chave é o e-mail: petitjournal.pj@gmail.com Que tal um PicPay? Link: picpay.me/daniel.henrique.sousa Quer apoiar pelo Youtube? Clique em “Valeu”, logo abaixo do vídeo e deixe seu apoio Aos nossos apoiadores, nosso muitíssimo obrigado!

Rádio Gaúcha
Roberta Bastos, moradora de Londres fala sobre o forte calor que atinge a Europa - 21/07/2022

Rádio Gaúcha

Play Episode Listen Later Jul 22, 2022 9:47


A onda de calor que atinge a Europa Ocidental e causa incêndios florestais continua atingindo com força a Península Ibérica. Cerca de metade do território da União Europeia está atualmente em risco de seca devido à prolongada falta de chuva. Isso coloca países como França, Romênia, Espanha, Portugal e Itália em risco de ver seus rendimentos agrícolas reduzidos, alertou a Comissão Europeia. Mas, poucos países europeus estão tão mal preparados para altas temperaturas quanto o Reino Unido. Segundo o Departamento de Energia britânico, apenas 5% das casas do país têm ar-condicionado, a maioria portáteis. As residências, em vez disso, são tradicionalmente construídas para reter calor. Roberta Bastos, que mora há quase oito anos em Londres, relata como está a situação.

PontoCom
PontoCom: Mafalda Carmona – “Quero ser a primeira Portuguesa a chegar ao UFC!”

PontoCom

Play Episode Listen Later Jul 19, 2022 15:07


Mafalda Carmona, também conhecida por Monstrinho, é portuguesa, tem 21 anos e já é uma lutadora profissional de MMA. Dia 4 de junho tem a sua próxima luta no Reino Unido, onde vai disputar o título da categoria de 61 kilos. Pela primeira vez na história do evento Golden Ticket Fight Promotions, a luta principal da noite será uma luta feminina. Monstrinho está neste momento na 8ª posição do ranking da Europa Ocidental de Pound for Pound,  que significa todos os pesos, não somente a categoria dela, e quer ser a primeira portuguesa a chegar ao UFC, o Ultimate Fighting Championship. Uma entrevista gravada em maio, no âmbito da unidade curricular de Atelier de Rádio da licenciatura em Ciências da Comunicação da Universidade Autónoma de Lisboa

Jorge Kadowaki
[Outra Liga] Matheus Leiria - Atacante do Kataller Toyama (Japão)

Jorge Kadowaki

Play Episode Listen Later Jul 9, 2022 64:58


Matheus Leiria dos Santos é pelotense e de família torcedora do Brasil de Pelotas (para a alegria do entrevistador). Com um começo de carreira ainda bem jovem, foi morar em Caxias do Sul para jogar no Juventude, mas foi pelo Progresso FC de Pelotas que viu crescer seu futebol como atacante. Fazendo bons torneios estaduais de base pelo time de sua cidade, foi para a capital do Estado e jogou com as camisas do Inter e do São José, quando chamou a atenção do Fluminense ao disputar um Brasileiro Sub17 no Passo D'areia. Indo terminar a base em Xerém, conviveu com vários outros grandes talentos da bola e chegou ao time principal. O ano era 2014 e como colegas de time havia gente como Ronaldinho, Deco e outros craques do nosso futebol. Ainda que não viesse a ter chances de jogo, viveu um momento de grande aprendizado ao lado e gente de renome. Com o fim de seu contrato com o Tricolor das Laranjeiras, foi para Santa Catarina e fez parte de projetos reveladores de talentos para o exterior. Na época em Jaraguá do Sul e jogando pelo Juventus, viu surgir a primeira oportunidade no exterior: a Dinamarca. Em dois anos na elite dinamarquesa, jogou pelo FC Helsingor e viveu uma realidade de um país que funciona muito bem e ainda teve a chance de conhecer vários países da Europa Ocidental. No ano de 2019, preferiu ir a segunda divisão grega jogar na paradisíaca Ilha de Creta e acabou disfrutando do local de maneira incomum na pandemia, pois somente os locais podiam acessar a Grécia. Em 2021, querendo mais jogos e visibilidade, optou por ir à elite da Albânia, reforçando o FK Kukësi. Com menos de uma temporada, voltou a ter os números da Dinamarca e acabou chegando no Japão! Em sua segunda temporada no Kataller Toyama, Matheus fala da carreira e experiência pelo mundo. #matheusleiria #katallertoyama #pelotas

Across Seven Seas
PARAR É MORRER! Este é o conselho de Dona Albertina Madeira,99 anos e diretora do Jornal de Alte, no Algarve.

Across Seven Seas

Play Episode Listen Later Jun 25, 2022 21:42


PARAR É MORRER! Este é o conselho de Dona Albertina Madeira de 99 anos. Quando li a notícia sobre a Dona Albertina Madeira, de 99 anos, que dirige o Jornal Ecos da Serra e ainda iguarias da culinária portuguesa, de imediato quis conhecê-la pessoalmente para, e compartilhar, os seus conselhos e a sua receita para uma vida longeva e ativa. Dirigi-me, então, à Freguesia de Alte, no concelho de Loulé, pertencente aoAlgarve, aquela famosa região portuguesa por suas praias maravilhosas, seu clima e também pela grande personalidade local,a Dona Albertina Madeira, minha colega da área do jornalismo. Acompanhou-me minha amiga Marisa Cruz, Repórter 60+ de Portugal. Dona Albertina de Sales de Paula Madeira, que fará 100 anos no dia 29 de janeiro, recebeu-nos com um grande sorriso em sua casa assobradada, onde funciona também o Jornal Ecos da Serra fundado por um grupo de amigos de Alte, há mais de 50 anos. Na entrevista, dona Albertina conta um pouco da bela história e propósito deste jornal bimestral que alcança leitores em Portugal e fora dele. Acomodadas em uma confortável sala repleta de fotos de família e imagens religiosas, apresentei-me e iniciamos uma longa, descontraída e muito doce conversa sobre a vida e parentes no Brasil. Ao final de nossa conversa, mal sabíamos nós o que nos aguardava. Dona Albertina levou-nos a outra sala onde nos serviu seu famoso, e delicioso, licor de medronho, acompanhado dos saborosos docinhos de figo que faz, inclusivamente para presentear suas visitas. Claro que pedi uma segunda taça para degustar, de verdade, este exclusivo´delicioso licor de Portugal. O medronho é uma fruta típica da região mediterrânica e Europa Ocidental, muito encontrado no Alentejo e no Algarve. Passamos a identificar os ingredientes desta iguaria, ao passo que Dona Albertina ia dizendo se estávamos certas, ou não. São vários e fazem do licor de medronho da Dona Albertina uma bebida exclusiva do Algarve. As surpresas não tinham fim. Dona Albertina levou-nos ao belo pomar e horta aos fundos de sua casa, alcançável mediante a subida de várias escadas íngremes, as quais a brava senhora subiu sem qualquer tipo de ajuda. Vimos as suas belas árvores de laranja, limão, medronho, figos, nesperas, pera abacate e muitas especiarias. Fez questão de colher galhos de louro para nós. Fomos embora com nossos corações aquecidos e nossas almas radiantes de tanta energia e carinho vindos de Dona Albertina Madeira. Conheça Dona Albertina e aprenda com ela nesta conversa que nunca sairá de minha memória.

Bloco de Leste
Cazaquistão. A "espargata" de um país entalado entre a Rússia e a China

Bloco de Leste

Play Episode Listen Later Jun 23, 2022 30:23


O Cazaquistão é o maior dos países de uma região asiática composta por várias antigas repúblicas soviéticas, que incluem o Quirgustão, o Tajiquistão, o Turquemenistão e o Uzbequistão. Esta é uma zona de forte influência russa. Se só ouviu falar do Cazaquistão por causa do personagem Borat, criado pelo humorista britânico Sacha Baron Cohen, este é o momento certo para ficar a saber um pouco mais sobre o 9º maior país do planeta… e o maior sem acesso ao mar (é maior que a Europa Ocidental, por exemplo). Uma conversa com o professor e investigador Daniel Pinéu. Ele é especialista em Relações Internacional, professor e investigador na Universidade de Amesterdão.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Hoje na História - Opera Mundi
05 de junho de 1947 - Secretário de Estado dos EUA anuncia o Plano Marshall

Hoje na História - Opera Mundi

Play Episode Listen Later Jun 5, 2022 6:32


Num dos mais significativos discursos da Guerra Fria, pronunciado no dia 5 de junho de 1947, na Universidade de Harvard, em Nova York, o Secretário de Estado, George Marshall, conclama os Estados Unidos a prestar assistência à recuperação econômica da Europa pós-guerra. Seu discurso forneceu as bases do chamado Plano Marshall, que enviou bilhões de dólares à Europa Ocidental para a reconstrução dos países destruídos pelo conflito.Veja a matéria completa em: https://operamundi.uol.com.br/politica-e-economia/12461/hoje-na-historia-1947-secretario-de-estado-dos-eua-anuncia-o-plano-marshall----Quer contribuir com Opera Mundi via PIX? Nossa chave é apoie@operamundi.com.br (Razão Social: Última Instancia Editorial Ltda.). Desde já agradecemos!Assinatura solidária: www.operamundi.com.br/apoio★ Support this podcast ★

Ping - The Enemy
Sucesso global do Xbox Series X/S anima a Microsoft

Ping - The Enemy

Play Episode Listen Later Apr 27, 2022 23:08


O Xbox Series X e S parecem estar encontrando cada vez mais público e abocanhando cada vez mais o mercado de games, de acordo com o CEO da Microsoft, Satya Nadella Durante a reunião com investidores sobre os resultados do último trimestre, Nadella celebrou o fato de que os consoles aumentaram sua parte no mercado global por dois trimestres consecutivos. Não só isso, o Xbox Series foi líder de mercado no último trimestre nos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e Europa Ocidental entre consoles de nova geração — ou seja, vendeu mais que o PlayStation 5. Nesta edição do Ping, Isadora Basile e Guilherme Dias discutem essa e outras notícias como Sony PlayStation se ligou e está criando equipe de preservação de jogos, aparentemente tem um Rocket League de moto está em desenvolvimento e mais. Confira!

Oficina de Filosofia
II. 03 - AS RAZÕES DA GUERRA (Rússia x Ucrânia x EUA)

Oficina de Filosofia

Play Episode Listen Later Mar 4, 2022 56:04


A Rússia declara guerra contra a Ucrânia! A Ucrânia se defende. Os EUA lideram a Europa Ocidental na resistência moral contra os Russos. Enquanto isso, um monte de gente em tudo que é canto de tudo que é rede toma partido. Uns defendem a Rússia, como se fosse a própria União Soviética comandada por mais um dditador socialista. Uns defendem a Rússia por ser comandada por um homem forte e corajoso. Outros defendem a Ucrânia e seu presidente como um símbolo de coragem e resistência em nome da paz e da liberdade. Outros ainda defendem os EUA e seus comparsas como os mocinhos que fazem de tudo, do outro lado do mundo, para salvar a Ucrânia dos vilões russos! Mas, será que dá pra ver as coisas assim mesmo? Não aqui no Podcast Oficina de Filosofia! Aqui Diogo Bogéa e Emanoel Taboas mandam a real! Essa guerra não tem mocinho! É um Império decadente fazendo de tudo e mais um pouco para se manter como grande império do mundo (inclusive invadir países, fabricar guerras, financiar golpes, roubar riquezas naturais). Do outro lado um Império megalomaníaco embalado pela ideologia Tradicionalista querendo reunir o povo "rus" numa grande e forte Rússia para combater os males do iluminismo, globalismo, individualismo e cientificismo ocidentais e fazer valer uma sociedade fundamentalista religiosa e com hierarquias fixas pré-modernas, medievais... SIm, essa é a onda da Rússia! E do lado da resistência ucraniana muitas forças e milícias de extrema direita por vezes abertamente nazistas. Se tem algum "lado" que vale a pena defender é o dos milhares de civis que estavam apenas vivendo suas vidas e agora têm bombas caindo sobre suas cabeças... o maior horror de qualquer guerra. --- Send in a voice message: https://anchor.fm/oficinadefilosofia/message

Folha no Ar 1 – Entrevista o Infectologista Nélio Artiles
Folha no Ar 1 –Entrevista com o Historiador João Monteiro Pessôa professor do IFF-Guarus #922

Folha no Ar 1 – Entrevista o Infectologista Nélio Artiles

Play Episode Listen Later Feb 23, 2022 93:58


Ele fala sobre a crise na Ucrânia, com o reconhecimento da independência de regiões separatistas do país pelo presidente russo Vladimir Putin, e suas consequências ao mundo.o historiador também analisa a visita do presidente Jair Bolsonaro (PL) à Rússia na semana passada. Assim como a queda de braço entre a grande potência militar do Leste Europeu e da Ásia com os EUA e a Europa Ocidental. Por fim, deu sua projeção às eleições de outubro no Brasil, a deputado, governador e presidente.

Estação Brasil
004 - O liberalismo no Brasil: uma ideia fora de lugar?

Estação Brasil

Play Episode Listen Later May 25, 2020 74:30


Nascido na Europa Ocidental no final do século XVIII, o liberalismo chegou no Brasil no século XIX e encontrou uma sociedade escravocrata e regida por um governo monárquico. Sendo o liberalismo defensor do trabalho assalariado e de uma democracia representativa, havia lugar para o liberalismo no Brasil neste contexto? Ou, de forma mais profunda, faz sentido falar em liberalismo no Brasil ou este seria uma ideia fora do lugar num país com uma história tão distinta da europeia? É por meio destas perguntas, e do debate iniciado pelo grande crítico literário Roberto Schwarz, que este episódio do Estação Brasil discute a história do liberalismo no Brasil, atentando para suas contradições, tensões e principais características.