Para mudar o mundo, eles mantêm-se na sombra. Um programa da SIC Notícias com João Miguel Tavares, Pedro Mexia, Ricardo Araújo Pereira e coordenação de Carlos Vaz Marques

Esta semana, na estante, temos, em verso, um dos primeiros livros de Umberto Eco: “Filósofos em Liberdade”; “Histórias da PIDE”, de José Pedro Castanheira; a reedição de um clássico da antropologia portuguesa: “Ricos e Pobres no Alentejo (Uma sociedade rural portuguesa)”, de José Cutileiro; e a reunião dos cadernos ilustrados do Nobel da literatura Orhan Pamuk em “Memória de Montanhas Distantes”.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Terá a moda dos “debates interruptus” vindo para ficar? Ventura aproveitou todo o tempo de antena televisivo que tinha à disposição e um instante antes de lhe agradecerem e de se despedirem dele, levantou-se, arrancou o microfone da lapela e fez o número do ofendido. A semana foi marcada, entretanto, pelo debate sobre as condições da Ministra da Saúde para se manter no cargo. Até foi noticiado que a própria já terá tirado senha para poder ter alta do governo; mas terá ficado em lista de espera. Também à espera de uma conclusão do julgamento de José Sócrates, que não está para breve, o país assistiu esta semana a mais um golpe de teatro. O acusado perdeu o advogado, mas parece ser o menos incomodado por não ter agora quem o defenda em tribunal. Nos Estados Unidos, os democratas ganharam em toda a linha quatro votações importantes. O trumpismo não está em risco, mas percebeu-se que não é invulnerável. See omnystudio.com/listener for privacy information.

A rábula dos três salazares, três vezes repetida, percorreu a semana política. Os cartazes também vieram ajudar na campanha desesperada pela obtenção de tempo de antena por parte do candidato que o tem tido abundantemente. Siga o circo, portanto. Outro candidato (ao contrário do primeiro, que afirmou três vezes) por três vezes negou a sua pertença ideológica; parece que por uma questão de gaveta. Há quem diga que para não correr o risco de ir parar à gaveta onde Mário Soares em tempos, celebremente, disse ter metido o socialismo. Entretanto, o orçamento passou viabilizado pelo PS, enquanto o PSD se entendia com o Chega para definir as regras da arte de ser português. Enquanto se fala de imigrantes e nacionalidade, não se fala tanto de saúde e habitação. E dos 10 cêntimos de aumento no subsídio de refeição. (Calma, não é já: só a partir de 2027.) See omnystudio.com/listener for privacy information.

Esta semana, temos na estante “Volúpia. A nona arte: a gastronomia”, de Alberto Forjaz Sampaio; as fotografias de Daniel Blufuks, em “Tentativa de Esgotamento (depois do adeus); o primeiro documento oficial do Papa Leão, com o título “Dilexi Te”; e o romance de estreia de um nosso velho conhecido, WoodyAllen, com o título “que se passa com o Baum?”See omnystudio.com/listener for privacy information.

Foi uma semana fantasma. O parlamento legislou sobre uma questão inexistente: quantas burqas, burkas ou burcas viram, caros ouvintes, caros espectadores, na última semana? No último mês, vá? Outro exemplo fantasma: que segurança pode esperar-se de um cabo sem certificação para transporte de passageiros que estica quatro metros? Será um cabo de plasticina? E ainda: que papel fantasma terá sido o do intelectual que descobriu, ao fim de cinco anos, estar num partido dirigido por um “predador narcísico”. Já agora que tipo de predação preda um predador narcísico? Predar-se-á a si próprio? Tudo questões para as quais a inteligência artificial ainda não tem respostas. Embora o painel desta desbunda, apesar de integralmente analógico, tenha voltado a ser convidado para encerrar o Portugal Digital SummitSee omnystudio.com/listener for privacy information.

Na edição especial dedicada a Francisco Pinto Balsemão, Ricardo Araújo Pereira recorda o fundador da SIC e do Expresso como um verdadeiro democrata e defensor intransigente da liberdade. O humorista sublinha que, em cerca de duas décadas de colaboração com o grupo, nunca sentiu qualquer tipo de censura ou interferência, e elogia o facto de Balsemão proteger os criadores para que trabalhassem sem constrangimentos. Destaca ainda o seu espírito jornalístico e curiosidade intelectual, que o levaram a manter-se atento à inovação até ao fim da vida, interessando-se por temas como a inteligência artificial e os podcasts. Ricardo Araújo Pereira considera que a fundação de meios como a SIC Radical foi decisiva para o surgimento de novas gerações criativas, incluindo o Gato Fedorento. Lembra-o como um homem visionário, generoso e curioso, que acreditava na liberdade de expressão e na força da comunicação como instrumento essencial da democracia portuguesa.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Durante a gravação deste episódio, registaram-se alguns problemas de rede que afectaram o áudio. Foi como em todas as eleições: houve vencedores vencedores, vencedores vencidos e os outros de que não reza a história. Montenegro deu mais uma vitória eleitoral ao PSD, nalguns casos com a habilidade de cooptar gente de outras proveniências: até uma antiga autarca comunista. De tal modo que os dois nomes de que se fala para a presidência da Associação Nacional de Municípios, no rescaldo das autárquicas, são os de Santana Lopes e Isaltino Morais, dois antigos barões laranja que abandonaram o partido e foram agora a votos como trunfos pródigos do PSD. Entretanto, com o lavar dos cestos a nível local, instala-se em força a vindima das presidenciais. E quando o PS se prepara para apresentar o apoio formal à candidatura de António José Seguro, o Expresso descobriu que, entre os apoiantes de Passos Coelho, Seguro é visto como o candidato ideal. Socialistas e passistas, estranho caldo. Será o empurrão que faltava ao candidato ou o beijo da mulher-aranha?See omnystudio.com/listener for privacy information.

Durante a gravação deste episódio, registaram-se alguns problemas de rede que afectaram o áudio. Esta semana temos na estante “Lynch sobre Lynch”, um conjunto revelador de entrevistas ao realizador de “Eraserhead”; “Marginalizados”, um ensaio da historiadora polaca Agata Bloch sobre o império colonial português, intitulado “Marginalizados”; as reflexões de um filósofo progressista, Slavoj Zizek, “Contra o Progresso”; e as reflexões de uma escritora Nobel, Annie Ernaux, sobre o processo de escrever em “A Escrita como uma Faca”.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Trump não ganhou o Nobel da Paz, mas promoveu uma janela de esperança. A tragédia em Gaza ainda não acabou e a clivagem do momento é entre os optimistas e os cépticos. Na actualidade política portuguesa, o caso Spinumviva foi ressuscitado a três dias de eleições. Montenegro diz-se simultaneamente “tranquilo” e “revoltado”. Como no domingo vamos a votos, reflitamos.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Esta semana, na estante, um novo livro do poeta António Manuel Pires Cabral: “A Partilha do Lume”; o ensaio “O Canto das Sirenes”, de Chris Hayes; a novela “O Lavagante”, de José Cardoso Pires, agora adaptada ao cinema; e o novo romance de Ian McEwan: “O Que Podemos Saber”.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Esta semana, na estante, temos uma antologia do Cancioneiro Geral de Garcia de Resende, organizada por Graça Videira Lopes; o ensaio Porque Se Enganam os Intelectuais, de Samuel Fitoussi; uma história do estado judaico intitulada O Enigma de Israel, de Henrique Cymerman; e o novo romance de Valério Romão: O Desfufador.See omnystudio.com/listener for privacy information.

A “paz eterna” está ao virar da esquina. O presidente norte-americano dá o tudo por tudo pelo Nobel da Paz. Ao mesmo tempo que o seu Departamento de Guerra exige às altas patentes militares os mais altos níveis de masculinidade; sem excesso de peso, nem pilosidades faciais. Enquanto isso a chamada flotilha foi interceptada e os activistas que iam a bordo, levados para Israel. No governo português há quem lhes chame cúmplices de terroristas. Como há quem considere uma renda de casa de 2300 euros uma renda moderada.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Montenegro deu um “chega p’ra lá” ao Chega no debate quinzenal. A geometria variável da política portuguesa continua mais táctica do que estratégica. A parceria Ventura / Passos Coelho, que nasceu em Loures, será uma relação por amor ou por interesse? Ninguém sabe. Como não se sabe também que utilização pretende Passos dar ao capital político que tem acumulado à direita. Enquanto isso, Portugal reconheceu o estado da Palestina e as opiniões dividiram-se; mesmo dentro do governo. A tal ponto que o primeiro-ministro, em contramão com o que aconteceu em França ou no Reino Unido, fugiu à fotografia do momento e entregou o palco, por inteiro, ao seu ministro dos negócios estrangeiros. Nas Nações Unidas, Trump e Lula encontraram a química que pode vir a dissolver uma relação difícil. É aquilo a que se pode chamar a “química de Estado”; quem sabe se uma solução para alcançar entendimentos diplomáticos por vias alternativas. As outras, já se percebeu, não estão a funcionar, apesar de Trump o continuar a sonhar com o Nobel da Paz.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Esta semana, temos na estante um livro que reúne quatro ensaios sobre a leitura e marca o nascimento de uma nova editora: “Um Boato sobre o Romance” é publicado pela livraria virtual “De A a Zola”; há também um livro infantil em tiragem reduzida: “A Loja dos Defeitos”, de Joana Rocha e ilustrações das Goonas; recomenda-se ainda o mais recente romance do brasileiro Bernardo Carvalho: “Os Substitutos”; e as quase-ficções do poeta Daniel Jonas, num conjunto de micro-ensaios sob o título “A Justa Desproporção”.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Os políticos não se cansam de fazer campanhas eleitorais, o Guilherme Geirinhas não se cansa de conversar com eles sobre tudo menos a campanha eleitoral. A 4ª temporada do Bom Partido regressa a tempo das Autárquicas, e vai passar pelos dois principais municípios do país (Lisboa e Porto), o mais pequeno, com cerca de 400 habitantes (Ilha do Corvo), e também aquele cujo critério é ser o local de residência do apresentador (Oeiras), que prefere não se afastar muito de casa para trabalhar. Mais uma vez, os políticos portugueses vão mostrar o seu lado menos conhecido, e partilhar as suas lições de vida. “Aprendi a rir com Isaltino Morais, a ressuscitar os mortos com Manuel Pizarro, e a escavacar placas de esferovite à martelada com Carlos Moedas”, confessa Guilherme. Estreia-se no dia 25 de Setembro no YouTube, e no dia seguinte em podcast no Expresso. Também sairá na SIC Notícias, ainda em data a anunciar. Esta temporada tem o apoio do Meo e da Sword, e é uma produção KILT FILM. NOTA: Todos os partidos com representação nas câmaras municipais foram convidados.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Ventura e o Almirante almoçaram juntos, sob o alto patrocínio do dono da TVI. Concluíram, segundo o candidato submarinista, que não há “intersepções” entre eles. Vai daí, Ventura fez-se candidato presidencial. Contra o sistema partidário, sendo o único presidente de um partido a concorrer. Na corrida à Câmara de Lisboa, Moedas e Ferreira espremeram Leitão, numa rara “entente” PPD-PCP. Ao mesmo tempo, em plena campanha para a direcção do Benfica, Rui Costa foi buscar o treinador que o Benfica afastou da Liga dos Campeões. Um treinador com aura, é certo, não como esses professores que, segundo o ministro da educação, andam para aí em manifestações, por mais razões de queixa que possam ter.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Os drones foram protagonistas numa semana em que continuaram a cair sobre Ucrânia; em que invadiram o território polaco, numa acção russa cujas intenções ainda não são claras; e em que mesmo a chamada flotilha humanitária a navegar para Gaza denunciou ter sido vítima do ataque de um drone ao largo da Tunísia. O mundo está perigoso e a América viveu mais um momento de tragédia com a morte de um apoiante de Trump. À escala nacional, no rescaldo do desastre do elevador da Glória, Carlos Moedas tem estado debaixo de fogo depois da entrevista que deu à SIC. Protagonista da semana, André Ventura atirou-se ao Presidente da República num momento burlesco: confundiu “cidadãos” com “hambúrgueres” e pôs os 60 deputados a votarem contra um requerimento que não perceberam. Como disse o próprio Ventura, sem se dar conta de que estava a legendar-se a si próprio: “quão estúpido é isto”?See omnystudio.com/listener for privacy information.

Na estante desta semana, temos “Desobediência Civil”, de Henry David Thoreau; “O Cérebro Ideológico”, de Leor Zmigrod; “Os Costumes do País”, de Edith Wharton; e “Latim em Pó”, de Caetano Galindo.See omnystudio.com/listener for privacy information.

No arranque do novo ano lectivo, uma emissão especial inteiramente dedicada às questões da educação, em Barcelos, no âmbito do seminário ‘Educamos Juntos’, promovido pela Câmara Municipal de Barcelos. Emissão gravada no dia 08 de setembro.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Na estante desta semana, temos “Ódio à Civilização Moderna”, de Willaim Morris; “Guerras Culturais - Os ódios que nos incendeiam e como vencê-los”, de João Ferreira Dias; “Ambição Moral”, de Rutger Bregman; e “A Boba da Corte”, de Tati Bernardi.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Ainda mal refeitos da tragédia de Agosto, entramos em Setembro também em modo trágico. O descarrilamento do funicular da Calçada da Glória matou 17 pessoas e ameaça tornar-se o tema central da campanha autárquica em Lisboa. Os incêndios que reduziram a cinzas mais de dois por cento do território nacional também vão alimentar a luta política, com a comissão de inquérito que se anuncia. Enquanto isso, Marcelo já está em modo melancólico de balanço presidencial, enquanto Trump (“o activo russo”) sonha despudoradamente com o Nobel da Paz, embora as guerras a que prometeu pôr termo continuem sem fim à vista.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Neste verão, recorde o podcast 'Entre Deus e o Diabo', um retrato falado de André Ventura sobre o caminho contraditório do líder do Chega para o extremismo político. A narrativa de 2023 que deu origem ao livro Na Cabeça de Ventura, da autoria do jornalista do Expresso Vítor Matos, conta a história de André antes do venturismo, um fura-vidas à procura de uma oportunidade, e que ascende na Igreja, na academia e no comentário, até ceder às tentações da notoriedade e do populismo. Hoje, André Ventura é líder da oposição e o Chega a segunda força parlamentar. Este é o percurso de maior sucesso em menor espaço de tempo na política portuguesa. Por isso, ao longo das próximas semanas, o Expresso relembra todos os capítulos das outras vidas do presidente do partido que passou a condicionar todo o sistema político português.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Esta semana, na estante, temos um clássico com mais de dois mil anos: “A Arte da Guerra”, de Sun Tzu; o detective Pepe Carvalho em “Assassinato no Comité Central”, de Manuel Vásquez Montalbán; duas histórias de J.D. Salinger: “Carpinteiros, Levantai Alto a Cumieira” e “Seymour - Uma Introdução”; e o quarto volume da Obra Édita de Camilo Castelo BrancoSee omnystudio.com/listener for privacy information.

Um drama que se repete e que nos obriga a repetirmo-nos: os incêndios florestais. Um escândalo que tanto pode ser um ‘fait divers’ da ‘silly season’ como uma história política de alto coturno a abalar a Casa Branca: o caso Epstein. Um acordo comercial que há quem considere razoável e quem ache um momento de capitulação da União Europeia: as tarifas de Trump. Uma tragédia a indignar muitos e a convocar os ‘mas’ de alguns. E um texto programático do candidato submarinista a que já há quem chame o “BanAlmirante”. Voltamos em Setembro.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Tão inimigos que eles eram. Montenegro até pôs Ventura em tribunal. Já este ano. Agora considera que o Chega tem sido “responsável”. Um sentido de responsabilidade de que fará parte, porventura, o esquecimento de levar por diante uma comissão parlamentar de inquérito à Spinumviva. Na frente presidencial, continuam a perfilar-se candidatos e proto-candidatos. Talvez as comemorações do 25 de Abril, que ainda decorrem, possam incluir uma rubrica intitulada “50 anos, 50 candidatos”. Entretanto, aquele que chegou a aparecer como vencedor antecipado, parece estar a perder gás. Talvez a farda – que teve de despir – fosse a “criptonite” de Gouveia e Melo. Tudo isto, numa semana em que esteve em exibição a série “O sexo e a cidadania”. See omnystudio.com/listener for privacy information.

Esta semana, temos na estante, o primeiro volume dos “Contos Completos” de Julio Cortázar, reunidos pela primeira vez em edição portuguesa; um ensaio sobre o conflito no Médio Oriente intitulado “Sobre Democracias e Cultos de Morte”, do Douglas Murray; “Intelectuais Portugueses e a Ideia de Esquerda num Tempo de Transição (1968-1986)”, de João Moreira; e a reedição de “As Velas Ardem até ao Fim”, do húngaro Sandór Márai.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Na estante desta semana temos o “ABC da Leitura", de Ezra Pound; "A Alegria do Descobrimento", de Ruy Cinatti; "Hitler" e o primeiro volume de "Showa – Uma História do Japão", de Shigeru Mizuki; e "Para lá do Muro", de Katja Hoyer. See omnystudio.com/listener for privacy information.

Em Espanha houve caça aos estrangeiro, em Portugal mudança da lei dos estrangeiros. A pressa com que a AD e o Chega aprovaram a alteração legislativa deixou a batata quente nas mãos do Presidente da República. Haverá desenvolvimentos. Como há-de haver também na novela das tarifas. Trump ameaça a Europa, o Brasil e a Rússia mas se recuar não será a primeira vez. Também recuou na teoria da conspiração em torno da morte de Jeffrey Epstein. Só que desta vez a sua base de apoio parece não estar disposta a perdoar-lhe o recuo. Enquanto isso, o estado da nação depende, como acontece sempre, do ponto de vista. E do grau de indignação, seja ele frouxo ou fanfarrão.See omnystudio.com/listener for privacy information.

O presidente da Assembleia da República diz que temos de ter a “capacidade de ouvir a coisa mais abjecta”. Nomes de crianças do pré-escolar, para as apontar a dedo como indesejáveis, contam? Como classificar a indignação por haver crianças a irem à escola? Entretanto, na câmara de Oeiras, a filha do presidente está ao serviço da autarquia há anos como psicóloga dos funcionários. Que tal estamos de incompatibilidades? E em que momento pode um jornalista tornar-se notícia? Se Sócrates critica a comunicação social, pode a comunicação social dizer que se recusa a “dar-lhe palco”? A capacidade de ouvir certas coisas está muito mal distribuída. See omnystudio.com/listener for privacy information.

Esta semana temos na estante “A Corte das Mulheres”, de André Canhoto Costa; o álbum “Zé Povinho nos dias de hoje, a comemorar os 150 da figura icónica criada por Rafael Boldalo Pinheiro; “As Casas da Vida de Agustina”, em que a filha Mónica Baldaque volta a escrever sobre a mãe; e “Máquinas de Ficção”, de Paulo José Miranda, com crónicas do primeiro vencedor do Prémio Saramago.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Pela primeira vez um ex-primeiro-ministro está sentado no banco dos réus acusado de corrupção. E ainda há quem diga que não acontece nada neste país. Para memória futura fica a hipótese de Augusto Santos Silva vir a ser candidato presidencial. A possibilidade não se concretizou, mas Seguro é que nem com molho de tomate: Santos Silva espera que avance um independente. No Brasil, Lula da Silva quer comemorar a consolidação da independência; a expulsão das últimas tropas portuguesas pode resultar num novo feriado a 2 de Julho. E se o comemorássemos também em Portugal?See omnystudio.com/listener for privacy information.

Esta semana, temos na estante “A Hora dos Predadores”, de Giuliano da Empoli; “A longitude do mundo”, de José María Moreno e Henrique Leitão; “O estilo paranóico na política americana”, de Ricardo Hofstadter: e a poesia de António Franco Alexandre com a reedição de “Os Objectos Principais”See omnystudio.com/listener for privacy information.

"Não me escapa o ridículo de ser o comentador oficial deste assunto, mas prefiro isto a estar calado". Na Edição da Noite da SIC Notícias desta terça-feira, Ricardo Araújo Pereira relata a Rodrigo Pratas a experiência como testemunha no julgamento de Joana Marques em tribunal, processada por uma piada sobre a prestação de Nelson e Sérgio Rosado, dupla conhecida como Anjos, a cantar o hino de Portugal. "O humor não pode ser julgado como se fosse um crime", refere o "comentador oficial", relembrando que "as pessoas ofendem-se com várias coisas. Às vezes, até factos e verdades. Isso não significa que a gente vá proibir factos e verdades". E confessa: "não me senti réu, mas, num certo sentido, senti-me: se a Joana for condenada, eu também sofro. Em primeiro lugar, também sofro. Sofrem todos os que têm a mesma profissão da Joana. E, em segundo lugar, sofre qualquer cidadão".See omnystudio.com/listener for privacy information.

Trump mandou bombardear o Irão. Depois obrigou israelitas e iranianos a um cessar-fogo. Agora quer o Nobel da Paz. Diz que o mereceu umas quatro ou cinco vezes. Entretanto, esteve na cimeira da NATO, onde os europeus se comprometeram a pagar À GRANDE (as maiúsculas são da mensagem lambuzada do secretário-geral da organização numa mensagem privada para Trump que Trump, com a elegância que o caracteriza, decidiu partilhar). Na ordem interna, agora que António Vitorino esclareceu que não será candidato a Belém, parece só haver dois temas: imigração e lei da nacionalidade. Também se debateu porque é que o nazi não está no RASI e a bancada do PSD argumentou que é para não espantar a caça. O debate marcou a estreia da nova ministra da Administração Interna no Parlamento. Não deixou de ser notado que, entre a ministra e o partido que sustenta o Governo, a sintonia (ainda) não é perfeita. Para ver a versão vídeo deste episódio, clique aquiSee omnystudio.com/listener for privacy information.

Esta semana, temos na estante o “Livro das Cinco Mil Palavras”, de Lao Tsé; “O Prato do Diabo - Um dicionário pachecal”; “Fotografia e Direito - Notas de bom senso e direito para não juristas”, de Mário Serra Pereira; e “Gramática & Pontuação - Guia prático para escrever melhor”, de Marco Neves.See omnystudio.com/listener for privacy information.

O MAL está entre nós. A Polícia Judiciária desmantelou uma milícia que dá pelo nome de Movimento Armilar Lusitano. Neo-nazis bem armados com planos para atacar o Parlamento. Enquanto isso, os deputados debateram o programa de governo e rejeitaram a rejeição comunista. Montenegro, em espargata entre o PS e o Chega, cheio de auto-confiança, acredita que está seguro por quatro anos. Tempo suficiente para se perguntar onde anda a Dona Constança. Talvez a alusão seja um pouco críptica, colocada assim, a cru, mas pode ser que deste modo haja algum incentivo para que os leitores desta síntese se tornem ouvintes do podcast. Enquanto cá dentro se discutem coisas comezinhas, o mundo está confrontado com mais uma guerra. Israel e Irão trocam bombardeamentos, Trump ainda está a pensar se também entra na festa e há comentadores a pôr a hipótese de que talvez venha a ser possível “amanteigar o míssil”. Para ver a versão vídeo deste episódio, clique aquiSee omnystudio.com/listener for privacy information.

O mundo está em pé de guerra. Israel e o Irão incendeiam (ainda mais?) o Médio Oriente. Trump envia militares para as ruas de Los Angeles, à revelia do governador da Califórnia. E, à nossa escala, a extrema-direita protagonizou episódios violentos em várias frentes para assinalar o 10 de Junho. Enquanto isso, exprimir opiniões está caríssimo, como se comprova pelo pedido de indemnização dos guardas prisionais, indispostos por palavras de um activista que os criticou: querem quatro milhões de euros. Quatro milhões - por uma opinião.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Esta semana, temos na estante um breve guia da literatura portuguesa desde as origens: Iniciação à Literatura Portuguesa, de António José Saraiva; viajamos por duas obras de banda desenhada, com histórias de irmãos: “Eu, Fadi - O Irmão Raptado”, de Riad Sattouf, e “O meu irmão”, de JeanLouis Tipp; folheamos as “Cartas a um Jovem Dissidente”, de Christopher Hitchens; e aprendemos com Robert Musil, muito apropriadamente, “Como reconhecer um estúpido (num mundo cheio deles)”.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Esta semana, na estante, assinala-se o regresso das obras de José Rodrigues Miguéis, durante muito tempo inacessível, começando por “Um Homem Sorri à Morte – com meia cara”; folheamos a volumosa biografia de Herberto Helder, com uma das frases mais famosas do poeta como título: “Se eu Quisesse Enlouquecia”; mergulhamos no “Dicionário da Geração de 70”; e evocamos Fernando Venâncio, falecido esta semana, com o ensaio “Assim Nasceu uma Língua”.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Contratado para optimizar, Elon Musk entrou em rota de colisão com Trump. Que surpresa! O homem mais rico do mundo e o presidente do país mais poderoso do mundo são agora duas comadres desavindas, cada uma à janela da sua rede social. Em Portugal, depois do interregno eleitoral, está tudo mais ou menos na mesma. Mais ou menos o mesmo Governo, mais ou menos os mesmos ministros, o mesmo presidente da Assembleia da República. Diferença de monta: o Chega tem agora mais deputados do que o PS. Nas presidenciais, sem surpresa, o socialista Seguro anunciou uma candidatura presidencial que tem dentro do PS os seus maiores adversários. Ironias políticas. See omnystudio.com/listener for privacy information.

Esta semana, há na estante „A Ditadura em 101 Objectos“, de Fernanda Cachão; dois ensaios de Jonathan Haidt: „A Infantilização da Mente Moderna“ e „A Hipótese da Felicidade“; e ainda os artigos de imprensa na primeira pessoa da italiana Natalia Ginzburg reunidos no volume „Nunca me Perguntarás“. See omnystudio.com/listener for privacy information.

O almirante ainda não teve quem lhe levasse a corda com que tinha intenção de se enforcar se entrasse na política. Mas teve sala cheia para o acolher como candidato presidencial. Embora tenha de treinar melhor o uso do teleponto. À mesma hora, o Presidente da República entregava a Luís Montenegro o “brevet“ que lhe permitirá dirigir os destinos do país até nova crise política. Os socialistas, ultrapassados pelo Chega, tencionam entrar em reflexão, mas pelo sim pelo não já deram o lugar de secretário-geral ao adversário do anterior líder: rei morto, rei posto. Ainda se fala também do Benfica e do médico que descobriu como fazer uma fortuna com sinais.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Que farei quando tudo arde? A pergunta do vetusto e sempre actual Sá de Miranda ecoa agora nos corredores do Largo do Rato (metonímia em referência à sede do Partido Socialista, sita no largo do dito). A novela eleitoral revelou-nos um perdedor em toda a linha, um vencedorzinho convencido de ter tido uma grande vitória e um ganhador efectivo, que já sonha abocanhar tudo o resto. E, enquanto isso, nós, na bolha, cá nos vamos desentendendo à procura de explicações minimamente racionais. Como dizia o outro: boa sorte para isso.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Esta semana, temos “Almas Delirantes - do Telhal a Rilhafoles”, um livro centenário, com organização de Stefanie Gil Franco, reunindo textos e desenhos de doentes confinados em instituições psiquiátricas; temos um volume (volumoso) de textos de Pedro Paixão sobre o holocausto e o judaísmo; um romance de uma autor austríaco do início do século XX, Leo Perutz, intitulado “O Marquês de Bolibar”; e o título mais recente, um conjunto de confereências, de Julian Barnes, sob o título “Mudar de Ideias”See omnystudio.com/listener for privacy information.

Já estamos em reflexão. Depois de tanto entretenimento, chegou a hora da verdade. E nem nos furtamos a uma declaração de voto. No rescaldo de dias com pouco jornalismo e muita azia, este é o fim de semana das decisões: ficaremos a conhecer o campeão de futebol e a canção vencedora de Eurovisão. Parece que também há eleições, mas ainda não aquelas de que o Almirante veio falar, num anúncio de que já se arrependeu. Arrepende-se muito o Almirante. Não nos arrependamos nós também, no domingo à noite.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Esta semana, temos na estante o livro mais recente de um naturalista quase centenário: David Attendorough - chama-se “Oceano - o último reduto selvagem” e foi escrito em co-autoria com Colin Buttfield; temos também a BD argentina de Muñoz & Sampayo, com “Alack Sinner, Bófia ou Detective”; e o trauma do nazismo em “Nós, Filhos de Eichmann”, de Günther Anderson; e finalmente “SPQR - Uma história da Roma antiga”, de Mary Beard.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Sétimo episódio da terceira temporada de Bom Partido, uma minissérie de sete conversas. Guilherme Geirinhas conversa com Inês Sousa Real. Não perca, ‘Bom Partido’ no canal do You Tube de Guilherme Geirinhas e agora também no formato podcast nos sites da SIC Notícias e do Expresso, em parceria com a Fundação Francisco Manuel dos Santos e o apoio do MEO.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Sexto episódio da terceira temporada de Bom Partido, uma minissérie de sete conversas. Guilherme Geirinhas conversa com Rui Rocha. Não perca, ‘Bom Partido’ no canal do You Tube de Guilherme Geirinhas e agora também no formato podcast nos sites da SIC Notícias e do Expresso, em parceria com a Fundação Francisco Manuel dos Santos e o apoio do MEO. 01:10 Intro super verdadeira02:20 Rui é mau a artes03:39 Rap Tuga05:00 Quizz de rappers06:38 Depoimento07:50 Uma memória bizarra08:55 Depoimento09:25 Cumprimento à skater10:13 Cumprimento à boomer12:02 Rui despede Primeiro-Ministro12:33 Depoimento12:55 Juventude de Rui13:48 Desportos que Rui praticou15:09 Vestuário16:12 Cabelos16:55 Interesse pela Escrita17:27 Basquetebol e Futebol18:16 Rui na Disneyland19:05 Comissão Parlamentar de Inquérito26:55 Geringonça28:35 Debate Interno29:56 O Rui Rocha e o Paulo Raimundo podiam ser amigos?30:55 Como são os almoços da Iniciativa Liberal?31:25 Briefing da Iniciativa Liberal32:37 Moção de Confiança37:00 As férias do Rui Rocha39:05 Pesquisar “Rui Rocha” no Google44:51 Rui, és um bom partido?45:30 CréditosSee omnystudio.com/listener for privacy information.

Quinto episódio da terceira temporada de Bom Partido, uma minissérie de sete conversas. Guilherme Geirinhas conversa com Pedro Nuno Santos. Não perca, ‘Bom Partido’ no canal do You Tube de Guilherme Geirinhas e agora também no formato podcast nos sites da SIC Notícias e do Expresso, em parceria com a Fundação Francisco Manuel dos Santos e o apoio do MEO. 00:42 Intro super verdadeira01:50 my space e xadrez02:22 Pedro e Lili03:35 Depoimento04:40 Quem é mais beto: Gui ou Pedro?07:32 O Tratado dos Betos07:50 Pedro é ou não beto?08:50 Pedro não tem modos à mesa09:50 Mais um almocinho à pala10:06 Comer sapateira e chanfana11:15 A roupa do Mini Pedrinho12:39 Comissão Parlamentar de Inquérito14:45 Depoimento15:18 Comissão Parlamentar de Inquérito20:50 Guilherme e Pedro num mosh21:15 Comissão Parlamentar de Inquérito27:53 Geringonça 30:25 Debate Interno32:15 Pequeno-almoço e Weetabix34:58 Ministério da Música 36:42 Spotify de PNS42:33 Decorar letras de músicas 43:10 Duetos de sonho43:40 Moção de Confiança48:05 O Pedro lê os comentários?49:20 Tiktok do Pedro50:10 Como é que o Pedro vendia bolas de Berlim?51:20 Lili Canecas surpreende o Pedro Nuno Santos53:34 Pedro, és um bom partido?See omnystudio.com/listener for privacy information.

Quarto episódio da terceira temporada de Bom Partido, uma minissérie de sete conversas. Guilherme Geirinhas conversa com Rui Tavares. Não perca, ‘Bom Partido’ no canal do You Tube de Guilherme Geirinhas e agora também no formato podcast nos sites da SIC Notícias e do Expresso, em parceria com a Fundação Francisco Manuel dos Santos e o apoio do MEO. 00:42 Intro bué de verdadeira01:41 Rui tentou subornar Gui com o seu livro02:50 Pentear sobrancelhas04:04 Rivalidade com Rui Ramos05:01 Rivalidade com João Miguel Tavares05:29 Depoimento06:25 "Estamos fodidos"08:31 "Isto é censura, merda"09:45 Etimologia de fodido10:00 Parlamento islandês institucionalizou palavrão10:30 Ofensas eruditas11:00 Rui gosta de novelas11:14 Livre tem candidato que entrou nos Morangos11:38 Depoimento12:20 Patrulha Pata strikes again13:20 Ergobaby vs. panos para bebés15:15 Comissão parlamentar de inquérito20:45 Depoimento21:42 Comissão parlamentar de inquérito24:40 Depoimento25:40 Geringonças27:50 Debate interno28:55 Ser esquecido e esquecer rostos30:06 Prosopagnosia33:00 Teste Ocular34:10 Rui Traidor Futebolístico 35:22 Rui Comenta Jogo de Portugal x Espanha 37:09 Jogo Autores de Música Portuguesa37:52 Comentários de Futebol 40:57 Rui Fez um Treino de Captação no Benfica43:07 Hóquei em Patins46:56 Moção de Confiança51:52 Rui Tavares no Boom53:11 Programa do Livre53:42 Rui Tavares diz asneiras54:48 Livros de Jornalistas55:05 Rui, és um Bom Partido?See omnystudio.com/listener for privacy information.

Houve quem tivesse tido um calafrio. A notícia de que o colégio cardinalício escolheu um norte-americano para suceder a Francisco ocorreu no final da semana em que a página oficial da Casa Branca publicou uma imagem de Donald Trump como Papa. Afinal era fumo (branco) sem fogo. Robert Prevost, daqui em diante Leão XIV, até já publicou nas redes sociais palavras pouco meigas acerca de J.D. Vance. Enquanto isso, a imigração e a lei da greve entraram na campanha eleitoral por iniciativa da AD e sob forte contestação da esquerda. Montenegro e Gouveia e Melo foram desautorizados judicialmente, em dois processos que perderam. Enquanto no mundo, em pano de fundo, está em curso um crime contra a humanidade quase em surdina: Israel acelerou a ocupação militar da Faixa de Gaza e mantém um cerco que está a matar palestinianos à fome. O novo Papa tem muito por quem rezar.See omnystudio.com/listener for privacy information.