Podcasts about lembro

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Presente Diário
"Unidos na fé"

Presente Diário

Play Episode Listen Later Apr 29, 2025 3:36


Devocional do dia 29/04/2025 com o Tema: "Unidos na fé" “Cada um por si, Deus por todos”. Lembro-me de um professor repetindo essa frase enquanto nos entregava uma prova. Claro, estávamos sendo avaliados por aquilo que cada um aprendeu. Mas essa frase tem servido muito além do momento de uma avaliação escolar. Leitura bíblica: 1 Samuel 11.1-15 Versículo Chave: Que o Deus paciente e encorajador dê a vocês um espírito de unidade, segundo Cristo Jesus... Portanto, aceitem uns aos outros, da mesma forma que Cristo os aceitou, a fim de que vocês deem glória a Deus (Rm 15.5,7).See omnystudio.com/listener for privacy information.

Conversas à quinta - Observador
A Vida em Revolução. Helena Roseta: “No cerco ao Parlamento o PCP tinha frango. Lembro-me de ir ao gabinete deles a cantar ‘Eles comem tudo'”

Conversas à quinta - Observador

Play Episode Listen Later Apr 21, 2025 75:12


A alegria libertadora dos abraços a desconhecidos no 1º de Maio e nas filas para votar nas primeiras eleições livres. Os dilemas antes de aderir ao PPD e os boicotes da esquerda aos comícios. As perguntas bizarras nas sessões de esclarecimento em que ensinava como se votava. O plano insensato para defender a sede do PSD no 11 de março, em que adormeceu de cansaço. As discussões épicas e os bastidores dos meses na Assembleia Constituinte, sem receber salário nos primeiros meses. O privilégio de ajudar a escrever a Constituição. E o encontro inesperado com os outros deputados esfomeados no Leitão da Mealhada, depois do cerco ao parlamento, quando iam levar a Constituinte para o Porto.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Conversas de Fim de Tarde
A Vida em Revolução. Helena Roseta: “No cerco ao Parlamento o PCP tinha frango. Lembro-me de ir ao gabinete deles a cantar ‘Eles comem tudo'”

Conversas de Fim de Tarde

Play Episode Listen Later Apr 21, 2025 75:12


A alegria libertadora dos abraços a desconhecidos no 1º de Maio e nas filas para votar nas primeiras eleições livres. Os dilemas antes de aderir ao PPD e os boicotes da esquerda aos comícios. As perguntas bizarras nas sessões de esclarecimento em que ensinava como se votava. O plano insensato para defender a sede do PSD no 11 de março, em que adormeceu de cansaço. As discussões épicas e os bastidores dos meses na Assembleia Constituinte, sem receber salário nos primeiros meses. O privilégio de ajudar a escrever a Constituição. E o encontro inesperado com os outros deputados esfomeados no Leitão da Mealhada, depois do cerco ao parlamento, quando iam levar a Constituinte para o Porto.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Convidado
Papa Francisco "deu o seu contributo para melhorar a Igreja"

Convidado

Play Episode Listen Later Apr 21, 2025 9:03


O Papa Francisco faleceu esta segunda-feira, aos 88 anos, um mês depois de ter tido alta de um internamento que durou cerca de cinco semanas, devido a uma pneumonia dupla. Em 2013, o Papa Francisco foi o primeiro jesuíta a chegar à liderança da Igreja Católica, o primeiro Papa não europeu em mais de 1200 anos, e o primeiro oriundo do hemisfério sul, da Argentina. Durante o seu pontificado de 12 anos, o Sumo Pontífice — conhecido como o Papa da periferia — tentou dar sinais de modernidade à instituição, reformando a Cúria, combatendo os abusos sexuais cometidos na Igreja, e entreabrindo as portas aos divorciados e homossexuais. Decisões que motivaram críticas por parte dos sectores mais conservadores da Igreja. Em entrevista à RFI, Dom Arlindo Furtado, cardeal de Cabo Verde, afirma que o Papa Francisco deu o seu contributo para melhorar a Igreja, que precisava de uma profunda reforma. Como é que recebeu a notícia da morte do Papa Francisco?Era expectável, mas, devido à sua presença permanente junto do público — e mesmo ontem, na celebração da Páscoa — esperava que esse acontecimento viesse mais tarde. Foi uma surpresa, por causa disso, mas parece-me que ele estava consciente do fim derradeiro. A visita que fez a Santa Maria Maior e à Basílica de São Pedro, horas antes do início da cerimónia da Vigília Pascal, dá a impressão de que queria despedir-se.Há duas coisas que me parecem importantes de dizer: o Papa Francisco cumpriu a sua missão até ao fim e morreu no momento em que a Igreja celebra a ressurreição de Jesus Cristo.Doze anos de pontificado. Um Papa jesuíta, argentino, que sempre teve um comportamento modesto. Que herança deixa este Papa?[O Papa Francisco] procurou dar à Igreja o seu devido carácter, a sua personalidade. A Igreja é de Jesus Cristo, e deve viver ao estilo do Mestre, ou seja: "Aquilo que Eu faço, vós também deveis fazer". O Papa, sendo jesuíta e profundo conhecedor de Jesus Cristo, procurou também, nesse aspecto, seguir o exemplo, com simplicidade, despojamento, pobreza, generosidade e atenção a todos. Porque Cristo assumiu a humanidade de todos, e quer salvar a todos.Mostrar que ser católico é estar no mundo com o mundo?Ser católico é estar no mundo com todos, mas sempre em peregrinação rumo à Pátria. Portanto, estar no mundo, vivendo os valores da humanidade, mas com orientação para a nossa Pátria definitiva, segundo Jesus nos ensinou.O Papa Francisco escolheu visitar a República Centro-Africana e nunca veio a Paris. Ele, que era conhecido como o Papa da periferia. Que mensagem pretendia passar?A atitude dele é muito simples: aqueles que estão no centro, sempre estiveram no centro — podem continuar no centro. Mas aqueles que estão na periferia precisam também de estar mais ao centro. É também uma questão de justiça, de igualdade, de sentido, de nós sermos uma só família, uma só comunidade. É preciso promover os que estão mais em baixo, para que possam alcançar, pelo menos, um nível de mediania.O pontificado de Francisco fica ainda marcado pelo escândalo Vatileaks, que revelou corrupção. O Sumo Pontífice levou a cabo uma reforma da Cúria, reforma que lhe valeu alguns inimigos no seio da Igreja…Sim. Em todo o lado, ele falava muito de modernidade. Também dentro da Igreja, onde está o ser humano, há mundanidade, há prevalência da tentação. O Papa tentou reformar a Igreja, reformar a Cúria, para que fosse uma estrutura ao serviço do Evangelho, da missão da Igreja, para além dos interesses privados ou pessoais.Foi o que procurou fazer. Mas nós sabemos que o próprio Jesus Cristo não escapou à traição, porque, no grupo de apóstolos que escolheu, também houve traidores.A Igreja não está imune a essas coisas, mas deve estar atenta, para que aconteçam o menos possível ou, se possível, sejam evitadas, prevenidas, para que a Igreja corresponda mais à imagem de uma família de gente de bem, ao serviço de todos. À imagem de Jesus Cristo. O Papa deu o seu contributo para melhorar a situação da Igreja, que precisava de uma profunda reforma.Ele queria que muitas das reformas fossem irreversíveis. Isso será possível?Espero que sim. Parece-me que a sua grande preocupação era fechar um ciclo, no sentido de não facilitar o retrocesso. Mas, de qualquer maneira, há reformas que não sofrerão retrocesso, porque se criou uma dinâmica na Igreja que, com a ajuda do Espírito Santo, irá prosseguir.Em 2014, o Papa Francisco criou uma comissão para combater os abusos cometidos na Igreja. Onde estamos agora, nessa luta?É um processo complexo, longo. Esta questão não pode retroceder, pois trata-se de uma dinâmica de clarificação, de purificação, de orientação para o futuro. Não pode parar.É um processo que não termina com um Papa. Vai, agora, fazer parte da dinâmica da Igreja ao longo da sua história. Não tem um fim à vista.Essa prevenção, esse cuidado e acompanhamento de todos os abusos, de toda a ordem — não só o abuso sexual, que infelizmente também existe na Igreja — são fundamentais.Várias afirmações do Papa Francisco, de certa forma, chocaram a Igreja. Lembro-me da declaração: “Se uma pessoa é gay e quiser procurar Deus, quem sou eu para o impedir?” Ou quando falava das famílias numerosas: “as pessoas não se devem comportar como coelhos”. Estas afirmações vieram revolucionar a Igreja?Não acho que tenha sido uma revolução, mas sim uma clarificação de alguns pontos onde podia haver ambiguidade. Cristo não nos pediu para julgarmos ninguém — não temos esse direito.Não temos dados sobre a vida das pessoas para as julgarmos, porque, muitas vezes, julgamos pelas aparências. Deus criador não nos permite descartar pessoas que Ele criou por amor.Não podemos julgar o foro interno das pessoas diante de Deus — só Ele o poderá fazer.Quanto à questão da família numerosa: é verdade, não somos coelhos. A paternidade responsável já era um tema abordado há muitas décadas, pelo menos desde o Concílio Vaticano II — mesmo antes disso.Aqueles que geram filhos devem ser responsáveis pela prole — pelo conjunto dos seus descendentes.E, também, em relação ao aborto, o Papa foi claro. A Igreja é clara nesse aspecto: a vida humana deve ser respeitada desde a concepção até à morte natural.O Papa Francisco mostrou-se chocado com o encerramento de fronteiras, com o tratamento dado aos migrantes, com os conflitos globais. Alertou para estes dramas. Também aqui, deixou um legado importante?O Papa era um homem sensível a todos, sobretudo aos que mais precisavam — à periferia e à ultra-periferia.É verdade que cada região, cada continente, cada país tem as suas responsabilidades e as suas estruturas. Mas o ser humano não pode fechar os olhos aos dramas de outros seres humanos.Em 2015, Dom Arlindo Gomes foi nomeado cardeal de Cabo Verde pelo Papa Francisco. Que homem era este Papa?Felizmente, tive muitas oportunidades de estar com ele. Era um homem de Deus, um homem ao serviço da Igreja, e que tinha uma visão do conjunto. Procurava reduzir a situação de periferia de certos sectores do mundo e da própria Igreja, para que todos se sentissem em família, com dignidade, em todas as circunstâncias.Senhor acredita que o próximo Papa poderá vir do continente africano?Penso que, como aconteceu no passado, também agora Jesus providenciará um Papa à altura dos desafios da Igreja e do mundo de hoje. O Papa é da Igreja — por isso pode vir da Europa, da Ásia, das Américas, de África ou da Oceânia.Deve ser um homem da Igreja, e que desempenhe um papel suficiente — se não mesmo extraordinário — para que a Igreja continue a sua missão no mundo, ao serviço da humanidade.Dom Arlindo Gomes poderá desempenhar esse papel na Igreja?O Espírito Santo saberá. Aqui não há ambições pessoais, nem palpites.Confiamos no Espírito Santo e temos a certeza de que surgirá um Papa de que a Igreja precisa, nos tempos de hoje — seja ele quem for.

Aprenda em 5 Minutos
Por que você odeia ouvir sua voz gravada? #135

Aprenda em 5 Minutos

Play Episode Listen Later Mar 24, 2025 6:31


Lembro que fiquei meio em choque quando comecei a criar conteúdo na internet e precisei me ver e me ouvir. Odieeeeeei, gente. Muito mesmo. E, quando falei a respeito com amigos, muitos relatam experiências parecidas — bom, eu imaginava que fosse mesmo algo universal. E é! Em geral, somos avessos a ouvir nossa própria voz gravada. Mas por quê? É o que eu explico neste episódio.Ouça e, se gostar, compartilhe!============================Converse a nossa patrocinadora, a consultoria RiverWay Solutions: - Quero saber sobre o seguro-viagem da Riverwayhttps://wa.me/15612153498?text=Olá,%20vim%20pelo%20Podcast%20do%20Álvaro!%20Quero%20mais%20informações,%20por%20favor.Ou siga a Riverway no Instagram: https://www.instagram.com/riverwaysolutions/============================APRENDA EM 5 MINUTOS é o podcast sobre coisas que você nem sabia que queria saber. Os episódios são roteirizados e apresentados por Alvaro Leme. Jornalista, mestre e doutorando em Ciências da Comunicação na ECA-USP e criador de conteúdo há vinte anos, ele traz episódios sobre curiosidades dos mais variados tipos. São episódios curtos, quase sempre com 5 minutos — mas alguns passam disso, porque tem tema que precisa mesmo de mais um tempinho.Edição dos episódios em vídeo: André Glasnerhttp://instagram.com/andreglasnerDireção de arte: Dorien Barrettohttps://www.instagram.com/dorienbarretto66/Fotografia: Daniela Tovianskyhttps://www.instagram.com/dtoviansky/Narração da vinheta: Mônica Marlihttps://www.instagram.com/monicamarli/Siga o APRENDA no Instagram: http://instagram.com/aprendapodcasthttp://instagram.com/alvarolemeComercial e parcerias: contato@alvaroleme.com.br

Vinil
Vinil: Classix Nouveaux – Never again

Vinil

Play Episode Listen Later Mar 20, 2025 5:06


Os Classix Nouveaux mereciam bem o rótulo de neoromânticos. Som cheio de pinta, com ritmo e com o tal toque romântico. Lembro-me logo do tema Never again. Classix Nouveaux | Never again (single) | 1981

Devocional Verdade para a Vida
Deus recompensa o humilde - Deuteronômio 33.27

Devocional Verdade para a Vida

Play Episode Listen Later Mar 6, 2025 2:23


Deus recompensa o humildeVersículo do dia: O Deus eterno é a tua habitação e, por baixo de ti, estende os braços eternos. (Deuteronômio 33.27)Agora você pode estar passando por coisas que estão dolorosamente preparando-lhe para algum serviço precioso a Jesus e ao seu povo. Quando uma pessoa atinge o fundo do poço com uma sensação de nulidade ou desamparo, pode descobrir que atingiu a Rocha Eterna.Lembro-me de uma frase deliciosa do Salmo 138.6 que lemos nos devocionais do café da manhã no sábado passado: “O SENHOR é excelso, contudo, atenta para os humildes”.Você não pode afundar tão fundo ao desesperar dos seus próprios recursos a ponto de Deus não ver e se importar. Na verdade, ele está no fundo esperando para te segurar. Como Moisés diz: “O Deus eterno é a tua habitação e, por baixo de ti, estende os braços eternos” (Deuteronômio 33.27).Sim, ele vê você tremendo e escorregando. Ele poderia agarrá-lo (e muitas vezes o faz) antes que você chegasse ao fundo. Mas, dessa vez, ele tem algumas novas lições para ensinar.O salmista disse no Salmo 119.71: “Foi-me bom ter eu passado pela aflição, para que aprendesse os teus decretos”. Ele não diz que foi fácil, divertido ou agradável. Ao relembrar, ele simplesmente diz: “Foi-me bom”.Na semana passada eu estava lendo um livro de um ministro escocês chamado James Stewart. Ele disse: “No serviço de amor, somente os soldados feridos podem servir”. É por isso que eu acredito que alguns de vocês estão sendo preparados agora para algum precioso serviço de amor. Porque vocês estão sendo feridos.Não pense que sua ferida lhe ocorreu à parte do propósito gracioso de Deus. Lembre-se da sua palavra: “Vede, agora, que Eu Sou, Eu somente, e mais nenhum deus além de mim... eu firo e eu saro” (Deuteronômio 32.39).Que Deus conceda uma graça especial a você que está gemendo sob algum fardo. Olhe ansiosamente para a renovada ternura de amor que Deus está lhe comunicando agora mesmo.--Devocional Alegria Inabalável, por John Piper | Editora Fiel.Conteúdo oferecido em parceria entre Desiring God e Ministério Fiel.

Vinil
Vinil: Tanita Tikaram – Good Tradition

Vinil

Play Episode Listen Later Mar 6, 2025 4:22


Uma voz grave, tranquila, linda, chama-se Tanita Tikaram. Lembro-me da estreia do primeiro LP, Acient heart, de 1988. Tinata Tikaram | Ancient heart (LP) | Good Tradition | 1988

Falar Português Brasileiro
#195 - Conversa com o editor Ricardo

Falar Português Brasileiro

Play Episode Listen Later Feb 17, 2025 32:15


Eu sou a Ju! Você e eu somos o podcast Falar PortuguêsBrasileiro! Isso não vai mudar! Seja bem-vindo ou bem-vinda! Desejo a você uma excelente semana! Uma segunda-feiraabençoada! Lembro-me que logo no começo das gravações do podcast era tudo um sofrimento, tudo difícil. Eu tinha a vontade e acreditava naquilo que estava fazendo!, Bom, eu sempre acredito no que estou fazendo. As vezes me cobro um pouquinho e isso dificulta para algumas realizações. Mas ... resolvi deixar tudo de lado e assumir que eu também erro! Está tudo bem! No primeiro ano do podcast eu fazia as edições. Em algumoutro episodio, falo sobre isso. Felizmente, sempre tive pessoas boas no meu caminho e o podcast recebeu muita ajuda. Quero dizer que com o dinheiro dos apoiadores eu pude contratar um editor para o podcast FPB, afinal, eu levava pelo menos 2 horas para editar um episódio, também levei dias para entender sobre edição. Enfim! Valeu! Durante todo esse período foram 2 editores e, claro, que convidei o Ricardo Gomes para gravar comigo.

Arrepios com a Bilinha
A História da Experiência de Tuskegee

Arrepios com a Bilinha

Play Episode Listen Later Jan 16, 2025 55:15


Boa quinta-feira, pessoas bonitas ❤️ Há algumas semanas, em conversa com uma seguidora, ela pediu-me para que trouxesse mais episódios de experiências psicológicas arrepiantes. Eu sei que é um dos vossos temas favoritos e, na verdade, existem muitos exemplos altamente desumanos e puramente criminosos, portanto sabia que teria de trazer este tema para o nosso Halloween de todas as semanas.

Aprenda em 5 Minutos
Por que os ingleses dirigem do lado oposto ao nosso? #117

Aprenda em 5 Minutos

Play Episode Listen Later Jan 13, 2025 6:27


Lembro de quando eu era criança e vi, acho que num episódio de Jaspion, que os carros no Japão tinham o volante do lado oposto. Ou seja, no lado que aqui no Brasil a gente chama de lado "do carona". Na época achei que fosse algo só dos japoneses, mas alguns anos mais tarde reparei que era assim em vários lugares, inclusive na Inglaterra. Aliás, fiquei sabendo também que isso se deve a um sistema chamado mão inglesa. É desse sistema que a gente vai falar no episódio, que foi sugerido pela ouvinte Scheila Paixão. Como surgiu esse costume de dirigir pela esquerda e ultrapassar pela direita? Onde mais ele é usado? Qual é o nome do sistema que a gente usa aqui no Brasil? Chega de perguntas! Clica aí pra ouvir as respostas! ================= Manter o APRENDA no ar só é possível com a ajuda de patrocinadores como a Riverway Solutions. Se você gosta do programa, não deixe de seguir a empresa no Instagram para fortalecer essa parceria, ok? A Riverway Solutions é uma consultoria que oferece os melhores seguros de saúde do mercado, com preços para todos os bolsos. Não viaje sem falar com Sabrina e Fabiana, as donas da empresa e excelentes profissionais. Para saber mais: https://www.instagram.com/riverwaysolutions/ ================= APRENDA EM 5 MINUTOS é o podcast sobre coisas que você nem sabia que queria saber. Os episódios são roteirizados e apresentados por Alvaro Leme. Jornalista, mestre e doutorando em Ciências da Comunicação na ECA-USP e criador de conteúdo há vinte anos, ele traz episódios sobre curiosidades dos mais variados tipos. São episódios curtos, quase sempre com 5 minutos — mas alguns passam disso, porque tem tema que precisa mesmo de mais um tempinho. Edição dos episódios em vídeo: André Glasner http://instagram.com/andreglasner Direção de arte: Dorien Barretto https://www.instagram.com/dorienbarretto66/ Fotografia: Daniela Toviansky https://www.instagram.com/dtoviansky/ Narração da vinheta: Mônica Marli https://www.instagram.com/monicamarli/ Siga o APRENDA no Instagram: http://instagram.com/aprendavideocast http://instagram.com/alvaroleme Comercial e parcerias: contato@alvaroleme.com.br ====================== Quer saber mais? Confira as fontes que consultei enquanto criava o episódio - Mão inglesa: por que em alguns países o volante fica do lado direito? Por Henrique Rodriguez, Quatro Rodas - Como é dirigir um carro de mão inglesa pela primeira vez Por Cauê Lira, Revista Auto Esporte - De onde veio a “mão inglesa”? Por Leonardo Contesin, Flat Out

PROCAST - B.P.F documento OBRIGATÓRIO e princípio da QUALIDADE
Filosofo que não lembro o nome - RDL 02

PROCAST - B.P.F documento OBRIGATÓRIO e princípio da QUALIDADE

Play Episode Listen Later Jan 7, 2025 10:23


agora é hora sobre falar como é foda ser jovem adulto e ter reflexões sobre o materialismo

Devocional Verdade para a Vida
A brevidade da vida - Salmos 100.15-17

Devocional Verdade para a Vida

Play Episode Listen Later Dec 31, 2024 3:39


Quanto ao homem, os seus dias são como a relva; como a flor do campo, assim ele floresce; pois, soprando nela o vento, desaparece […]. Mas a misericórdia do Senhor é de eternidade a eternidade, sobre os que o temem. (Sl 103.15-17)A vida passa muito mais rápido do que imaginamos. Lembro-me vividamente do nascimento do meu primeiro filho — e então parecia que ele era um adolescente apenas algumas semanas depois. Quando éramos crianças, o tempo entre 1o e 25 de dezembro se estendia por anos; agora os anos correm cada vez mais rápido. De repente, acordamos mais velhos ou ouvimos falar da morte de alguém que tinha a nossa idade, e percebemos que a vida é de fato muito breve. Florescemos por um tempo, mas não para sempre.À medida que envelhecemos, nossas habilidades físicas e mentais desaparecem, velhos amigos se vão, costumes familiares outrora rotineiros se desintegram, e nossas ambições de longa data perdem seu potencial ou apelo. Essas realidades, no entanto, não devem nos levar ao desespero, mas sim nos estimular. Como a grama, temos um número limitado de dias, mas há oportunidades em cada um deles! Como Derek Kidner, estudioso da Bíblia, escreve: “A morte ainda não chegou até nós: deixemo-la sacudir suas correntes para nós e nos impelir à ação”. Com os minutos que restam em nossa vida, podemos levantar os olhos e contemplar os “campos” — aqueles que vivem e trabalham ao nosso redor e ainda não conhecem Jesus como seu Senhor e Salvador, que não estão desfrutando do amor firme e eterno do Senhor. Como Jesus disse, estes campos já “branquejam para a ceifa” (Jo 4.35).A Bíblia não nos encoraja a esperarmos até nos formarmos, ou nos casarmos, ou nos estabelecermos, ou nos aposentarmos, antes de começarmos a servir a Cristo. Em vez disso, ela nos chama a fazer isso hoje. A pessoa sábia entende que temos tempo limitado e que a melhor maneira de vivê-lo é com as incumbências do Senhor.Então, se você está no início da vida, ou sente que está no auge da vida, ou está olhando para a vida que já passou, antes que a força em suas mãos falhe e seus dentes, olhos e ouvidos fiquem fracos, você escolherá viver tudo para Jesus Cristo? Se você esperar até amanhã, amanhã pode ser tarde demais. Como C. T. Studd disse uma vez, há…Apenas uma vida,Que logo passará.Somente o que é feitoPor Cristo durará.Portanto, olhe para seus dias nesta vida como a “relva” que eles são. Viva-os no temor do Deus que o amará eternamente — e não os gaste construindo seu próprio império de areia, mas sim na obra do único reino que dura para sempre. E ore para que, ao fazer isso, o Senhor “[confirme] a obra das [suas] mãos” (Sl 90.17), tanto hoje quanto durante todo o ano que o dia de amanhã trará.

Roberto Gamito
Barco engarrafado

Roberto Gamito

Play Episode Listen Later Dec 28, 2024 8:58


Lembro-me de um tempo em que a vida era mais fácil Sigam no Instagram: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://www.instagram.com/robertogamito/⁠

Podverso da Geek
Degustando Séries 249 – Não posso dizer que me lembro de At Attin

Podverso da Geek

Play Episode Listen Later Dec 23, 2024 34:42


stá na hora de mais um Degustando, o último do ano!! De fato o último Podcast do nosso Podverso. E hoje Alicia e Maro Skywalker continuam seu bate-papo sobre a nova série do Universo Star Wars, Skeleton Crew. Então bora dar o play se quiser o que achamos do episódio 04 da série, da continuação das aventuras das crianças, do Babar, do Droid, dos segredos, da maravilha dos efeitos práticos e muito mai, ou seja, é só dar o play. E muito obrigado á todos que escutam nossos episódios, nos vemos por aqui em 2025!!

Alta Definição
Calema: “A nossa vida era pescar e jogar à bola na praia. De repente, vieram pedir-nos para assinar contracto e a nossa música começou a dar em todas as rádios de São Tomé”

Alta Definição

Play Episode Listen Later Dec 14, 2024 54:24


António e Fradique Mendes Ferreira, dois irmãos nascidos em São Tomé, formam a dupla musical hoje mais conhecida como Calema. Estão esta semana no Alta Definição para contar a Daniel Oliveira como foi a sua infância e adolescência na Roça Água-Izé, cidade no sul da ilha que os viu crescer e iniciar a carreira musical. Desde as idas à pesca, aos jogos de futebol na praia ou apanhar cacau com o avô, os irmão dão a entender que a música sempre esteve presente nas suas vidas. Mas recordam com especial convicção o momento em que assinaram contrato: “Lembro-me perfeitamente. Estávamos a sair de palco e veio o produtor de Cesária Évora ter connosco. O nosso primeiro contrato em São Tomé, para gravar três discos, ainda por cima um deles em França”, contam entre risos, “começámos a passar na rádio, aquilo mexeu com o país inteiro”. Conheça estas e outras histórias dos irmãos Calema com o Alta Definição em podcast. O programa foi emitido na SIC a 14 de dezembro.See omnystudio.com/listener for privacy information.

#BiroscaNews
#BiroscaNews 304: Sikêra Jr. Condenado por Chamar Gays de "Raça Desgraçada"

#BiroscaNews

Play Episode Listen Later Dec 10, 2024 6:01


Falo sobre a recente condenação criminal do apresentador Sikêra Jr. por homofobia por ter, segundo a decisão, falado, em seu programa, que gays eram uma "raça desgraçada", que ele tinha "nojo de gays" e outras coisas. Lembro que ele chegou a ser absolvido de uma ação cível movida por uma modelo trans que teve sua imagem usada quando, justamente, ele falou essas coisas.A discussão agora gira em torno da homofobia como racismo e o abuso da liberdade de imprensa.

Convidado
"Saudade Cité", livro póstumo de Álvaro Morna foi lançado neste domingo em Paris

Convidado

Play Episode Listen Later Dec 9, 2024 13:13


Foi lançado neste domingo 8 de Dezembro de 2024 em Paris, o livro "Saudade cité", um livro sobre a imigração portuguesa em França escrito por Álvaro Morna, escritor e jornalista que os ouvintes mais antigos da RFI em português para África decerto recordam. Quando faleceu em Maio de 2005, o autor estava a trabalhar nesta obra que é uma colectânea de contos. Militante anti-salazarista, o jornalista exilou-se em França por se opor às guerras coloniais que considerava injustas. Nos arredores de Paris, Álvaro Morna continuou a sua militância junto dos numerosos portugueses que tinham também deixado o país então amordaçado pela ditadura.Depois de ter evocado em 1999 em "Timor uma lágrima de sangue", a luta dos timorenses rumo à independência, e após ter evocado a sua própria viagem clandestina para a França no "Caminho para a liberdade", o seu último livro "Saudade Cité" fala precisamente dos portugueses que fugindo à miséria e à guerra se aglomeraram naquilo que nos anos 60 era um enorme bairro da lata, em Champigny, perto da capital francesa.Este livro era a obra na qual ele estava a trabalhar quando faleceu.Ele recordou a primeira greve em que entraram trabalhadores portugueses que nunca tinham participado em nenhum bloqueio, ele contou-nos a odisseia de um português que não sabia nem ler nem escrever e fez duas vezes a viagem a "salto" até França sem nunca cruzar a polícia e também apresentou-nos Alfredo, um homem feio que, como os colegas, vai tentar sair da sua solidão no final de semana. O amigo e editor, João Heitor, recordou as circunstâncias em que nasceu essa colectânea de quatro contos que acaba de publicar em português e em francês."O Álvaro já estava muito doente. Ele de vez em quando convidava-me a mim e à minha esposa para irmos jantar a casa dele e líamos contos. Ele dizia-me 'olha, acabei de escrever tal livro'. Quando o Álvaro foi para o hospital, eu dizia-lhe 'temos que editar o livro'. Ele respondia 'Sim, sim, sim, sim, sim'. Morreu. Eu achei que sobre a questão da emigração, do 'Salto' dos anos 80, as coisas não estão ainda bem esclarecidas a nível dos jovens que hoje se encontram com 40, 45 anos. Porque não era um tabu, mas os pais queriam que os filhos se integrassem através da escola, através do trabalho, através de tudo isso", lembra o editor para quem as histórias -reais- que Álvaro Morna nos dá a conhecer "são documentos escritos por alguém que viveu essa realidade. Não há mais nada. Há o realizador José Vieira que fez algo, há Gerald Bloncourt ao nível da fotografia. Depois há uns pequenos extractos aqui e acolá. E sobretudo, os jovens não conhecem essa história. Conhecem vagamente, porque também os pais não queriam que conhecessem. Portanto, este é o próximo combate"."Teatro de desgostos escondidos, de saudades marejadas nos olhos tristes, de revoltas obscuras, de interrogações sem resposta, o Bidonville de Champigny era um palco onde se reflectia, como numa poça de água, a alma torturada dos portugueses. Era o depositário das suas penas, dos seus gritos silenciosos e das suas esperanças sem rumo", descreve a dada altura o escritor. Esta história pouco conhecida, uma história provavelmente partilhada por todas as diásporas, uma história de separação, de saudade e de incertezas, foi contada por Álvaro Morna, como um testemunho para as gerações vindouras. Um dos filhos, Jean-Paul, presente no lançamento do livro, deu conta da sua emoção."Acho que ele nos contou essas histórias quando éramos crianças, como um pai conta histórias para os filhos que olham para ele com muita admiração, maravilhados", disse.Também presentes estiveram muitas das pessoas com quem se cruzou nas suas andanças e se tornou amigo."Tino" Costa, antigo dirigente de uma rádio associativa, conheceu o jornalista nos anos 80. "Conheci-o quando houve o movimento associativo relativo às rádios livres. Era uma pessoa muito dedicada à comunidade e aos problemas sócio-culturais e políticos também. Era uma pessoa que, com muita dignidade, sabia dominar os seus impulsos, mas também sabia o que queria na vida, para ele e para e para os que o rodeavam", recordou. Gracinda Maranhão, militante e advogada em Paris, também conheceu Álvaro Morna há mais de quarenta anos. "Ele era um homem que tinha um sentido profundo da família. Tinha um sentido profundo da justiça e tinha uma paixão profunda pela humanidade. Lembro-me do encorajamento e da força que ele me inculcava. Ele tinha uma palavra que era comum às palavras que o meu próprio pai que me dizia para nunca renunciar ao seu próprio sonho", lembra a advogada portuguesa. Fernando Marques, cantor naquela época e agora professor universitário em Atenas, também fez questão de estar presente na homenagem. "Primeiro de tudo, era uma pessoa culta e, sobretudo, tinha uma abertura de espírito muito grande, capaz de vir ter com o jovem que eu era na altura e perguntar-me coisas como se eu fosse já uma celebridade, por assim dizer. Tinha uma abertura de espírito muito grande. Guardo dele também o espírito de 'bon vivant' que ele tinha. Há pessoas que passam sobre nós, que a gente esquece. Há outras pessoas que nós encontramos na vida que nunca mais esquecemos e que estão sempre presentes. É o caso do Álvaro Morna", conclui o universitário ao lembrar a pessoa que para uns foi uma voz que acompanhou as tardes e que, para outros, foi um amigo.Para ter mais informações sobre o livro "Saudade cité", eis o contacto:https://www.conviviumlusophone.com/contact/

Roberto Gamito
O mundo real começa mais cedo para quem não tem privilégio

Roberto Gamito

Play Episode Listen Later Dec 8, 2024 15:27


Lembro-me de um tempo em que a vida era mais fácil Sigam no Instagram: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://www.instagram.com/robertogamito/⁠

Artes
"Grand Tour": Estreia em França de filme português premiado em Cannes

Artes

Play Episode Listen Later Nov 27, 2024 24:24


"Grand Tour", que obteve o prémio de melhor realização no Festival de Cannes, em Maio passado, chega agora aos cinemas franceses. O filme é a adaptação de uma obra do romancista britânico Sommerset Maugham e relata um périplo pela Ásia de dois noivos, ele a tentar fugir dela e a noiva que vai no encalce daquele com quem se deveria casar. O realizador português, Miguel Gomes, falou com a RFI sobre o impacto do galardão, as peripécias de um filme que tem como palco uma longa viagem pela Ásia e respectivos projectos.O cineasta começa por se referir à sua surpresa com a obtenção desta prestigiosa recompensa, proeza inédita na história do cinema português no Festival de cinema de Cannes.Como é que vive esta estreia francesa após o prémio para o seu filme no Festival de Cannes ?Foi surpreendente. Eu não esperava nada. Se calhar é uma atitude defensiva da minha parte, mas à partida eu acho que estatisticamente é mais provável não haver prémios do que haver. E então segui esse princípio. Desta vez também, portanto, achei que não ia haver prémios nenhuns. Lembro-me que nesse dia fui para para uma ilha que existe a alguns quilómetros de Cannes, assim a uma meia hora de barco. Há uma ilha de monges, de que eu não me recordo o nome e fui com os meus filhos.Estava com a minha mulher, estava com as pessoas da equipa, com os actores, com os produtores e fomos todos para  para essa ilha nesse dia. À espera que não acontecesse nada. E às tantas o telefone tocou e disseram nos "Onde é que vocês estão? O que é que vocês estão a fazer? Mas vocês têm que voltar. Têm que ir para a cerimónia ! Vai haver um prémio." E havia muito pouco tempo. Aliás, estávamos meio perdidos nessa ilha. Apesar da ilha ser simples e só haver uma estrada, tínhamos decidido ir a um restaurante, mas tomámos a direcção contrária, então estávamos quase a fazer o perímetro da ilha para chegar ao restaurante e tivemos que nos despachar e apanhar o barco para estar presentes na cerimónia.E acho que isto: esta recompensa, este galardão, este prémio recompensa o quê, exactamente ? A estética do filme? Porque porventura talvez seja a matéria prima que está a mais a dar nas vistas e que evoca, obviamente, projectos já seus no passado, que tinham tido bastante incremento, nomeadamente aqui em França. Eu penso no "Tabu" há 12 anos.Eu não sei, eu não consigo separar assim as coisas desta maneira... E essa história da estética e do fundo. Eu acho que são as duas coisas. Um filme conta-se, mas sobretudo, vive-se e vive-se com a imagem, com o som. Com as coisas que o filme conta também, mas sobretudo com as coisas que o filme mostra. E tudo faz parte do mesmo sistema.E para mim não existe assim uma distinção entre aquilo que é o aspecto do filme e aquilo que é o que o filme conta, por exemplo. Faz tudo parte do mesmo sistema e, portanto, acho que a experiência do filme é um filme que tem as suas peculiaridades, tem a sua personalidade.Eu, felizmente não tenho ninguém a dizer-me que tem que fazer as coisas assim, que tenho que por este actor e que tenho que aos 30 minutos de filme tem que haver esta cena e aos 40 minutos esta outra cena.Ou seja, não tenho uma pressão da produção, não tenho uma pressão industrial que me deixe refém de uma mecânica mainstream industrial e, portanto, posso fazer aquilo que me apetece. O que pode ser algo para algumas pessoas bastante chato porque não corresponde àquilo que normalmente as pessoas associam ao cinema mais recorrente.E você pensa mais nos planos contemplativos, na duração das sequências, quando se refere a possíveis vozes detractoras do cinema que você faz?Há vozes detractoras e há...Há vozes muito elogiosas, com certeza !Há vozes muito elogiosas ! Eu não sei se há muitos planos contemplativos... A contemplação também me aborrece um bocadinho. Ou seja, os planos têm que durar o tempo que duram para mim por uma razão precisa. E não porque estamos embasbacados perante qualquer coisa. Isso não funciona assim.Eu penso muito no lugar do espectador dos meus filmes. Para mim, o cinema é um bocadinho como fazer um edifício. Ou seja, quando se fala: qual é que é a arte que terá uma relação maior com o cinema? Há quem diga que é pintura, há quem diga que é literatura. Enfim, o teatro, a música... A música eu acho que é bastante importante, mas eu diria que é a arquitectura.Ou seja, no sentido em que inventar um filme, fabricar um filme é inventar um espaço que vai ser percorrido por alguém, um espectador. E cada espectador é diferente do outro, porque cada um vai accionar a sua sensibilidade, o seu sentido de humor, enfim, os seus interesses. E vais esperar certas coisas do filme. E, portanto, é um encontro: é um encontro entre uma pessoa, com a sua própria personalidade, e um filme que existe no ecrã e nas colunas de som da sala de cinema. E é assim que pode ser um encontro ou um desencontro.Mas o meu trabalho como realizador é inventar um espaço que vai ser percorrido por esse espectador, que não deve ser nem uma prisão. Ou seja, no sentido em que o filme não o deve coagir, de uma maneira completamente autoritária, e dizer "Agora vais para a esquerda, agora vais para a direita. Agora há que sentir isto. Agora tens que pensar isto, porque isto é como tu deves pensar". E, por outro lado, também não deve ser um espaço completamente aleatório onde o espectador fica completamente perdido. Portanto, esse equilíbrio entre inventar uma estrutura que possa acolher alguém que será livre o suficiente para poder percorrer aquele espaço, sem estar completamente coagido, e ao mesmo tempo que não esteja ali perdido... É o nosso trabalho e que é quase um trabalho de arquitecto.Então entremos precisamente mais na obra e no seu filme. Como é que da obra do romancista britânico Sommerset Maugham se chega a este produto final? O "Grand Tour" era um ritual nalguma alta sociedade, precisamente, de fazer um grande périplo antes de assentar arraiais, de contrair matrimónio e de constituir família. E vai ser o pretexto para "um périplo e peras", pela Ásia. Como é que foi, então chegar-se aqui?Essa questão é interessante: do que o que é que era o lado quase pedagógico do Grand Tour que estava estabelecido ? O Grand Tour asiático... Havia um Grand tour europeu também. Mas havia o Grand Tour asiático. Ou seja, muita gente do Ocidente ia fazer um itinerário, no princípio do século XX, do Oeste para este.Normalmente de um ponto da Índia ou da Birmânia, que eram os pontos mais a oeste do Império Britânico, para este. Terminando normalmente no Japão e na China. E havia de facto essa ideia de que era necessário confrontar os elementos, os filhos dessa alta sociedade europeia ou americana com o outro. Ou seja, com uma cultura bastante diferente, nos antípodas. Para que, de facto, pudessem regressar mais iluminados.Neste filme esse Grand Tour é feito, mas quase com a ideia contrária. Ou seja, os personagens não  fazem esse Grand Tour porque querem encontrar um caminho e um rumo. Enfim, é como diz, chegar mais bem preparados, voltar mais bem preparados para a vida. Eles estão completamente perdidos !Há um quer fugir da noiva. O noivo, o Edward, quer fugir da noiva porque está com dúvidas sobre o casamento. Tem uma espécie de um ataque de pânico, uma crise, e decide fugir dela.E ela vai atrás dele para tentar-se casar com ele de uma forma igualmente desesperada e meio perdida. E portanto, o filme esta. Eles acabam por fazer esse caminho não como como uma fuga e não como um momento para fazer um encontro, para conhecer coisas. Eles estão basicamente em movimento para escapar ao seu destino ou para tentar concretizar aquilo que eles acreditam ser o seu destino.Mas como é que você tropeçou neste enredo e decidiu pegar nele e levá lo?Esta história dos noivos deste casal, o noivo e a noiva: um a fugir, ela a perseguir. Veio deste livro do Sommerset Maugham, que é um livro de viagens. Existe uma tradução em português chamada "Um Gentleman na Ásia". E eu estava a ler esse livro. Eu gosto muito de ler livros de viagens: de ver como é que os escritores contam a experiência de viajar e o que é que eles viram. Enfim, essa essa questão do olhar de alguém sobre um relativamente a um território que lhe é estrangeiro, que lhe é desconhecido, que que é uma coisa distante, interessa-me muito.E portanto, eu gosto de ler livros de viagens. E li este por acaso e deparei-me com esta história que o Sommerset conta. Às às tantas, em duas páginas desta história, ele diz que conheceu um senhor que trabalhava para a administração na Birmânia, inglesa, e que contou a história de como fugiu à sua noiva. Porque entrou em pânico, porque teve dúvidas sobre o casamento e sobre a responsabilidade desse casamento. E decidiu partir e deixar-lhe uma nota a explicar-se, a escusar-se com trabalho. E partiu para Singapura. Mas quando chegou a Singapura já tinha uma nota, um telegrama da sua noiva a dizer "Meu querido, eu estou a chegar. Percebo perfeitamente. Mas estou a chegar e já já nos vamos casar." E ele lá partiu de novo. E esse, digamos, movimento que é uma espécie de um "Jogo do gato e do rato", durou vários meses e acabou por ser feito ao longo deste deste "Grand Tour", ou seja, deste itinerário todo que de muitos milhares de quilómetros.Foi um "Jogo do gato e do rato" também para si e para a sua equipa. Porque obviamente, o confinamento e o COVID veio perturbar as rodagens e a preparação do filme. Portanto, houve aqui sequências, pelo que eu entendi, nomeadamente a rodagem na China, que tiveram que ser recebidas a posteriori. Houve uma interrupção óbvia por causa do COVID Portanto, foi necessário congelar o projecto durante X tempo ?!Sim, ou seja, nós decidimos, antes de escrever o argumento, fazer nós próprios a viagem e filmá-la. Filmar a viagem que seria feita pelas personagens, mas que seria feita a posteriori, em estúdio, rodada em estúdio. E decidi-mo-la fazer no mundo de hoje, nós próprios, pelos países. E estavam previstas sete semanas de viagem em Janeiro e Fevereiro de 2020.E nós fizemos as primeiras cinco. Chegámos ao Japão e faltava o último país onde havia uma parte considerável dessa viagem, porque mesmo dentro da China, de Xangai e até quase próximo do Tibete, iríamos fazer 3000 quilómetros, acompanhando mais ou menos o curso do rio Yangtse.E quando chegámos ao Japão percebemos que o ferry boat que ia cobrir a distância entre Osaka, acho eu, e Xangai, tinha sido anulado uma semana antes devido ao COVID, à pandemia.E então, o que nós nós pensamos nessa altura? Bom, "Vamos esperar um mês, dois meses e vamos retomar a viagem quando for reposta a normalidade". Porque nessa altura éramos tão ingénuos, como toda a gente, e achávamos que que era uma coisa meramente circunstancial e que não ia ocupar tanto tempo na nossa vida e ter tantas consequências como teve.E depois percebemos que estávamos enganados. O tempo foi passando, passou um ano, passaram dois anos e passado dois anos nós pensamos: "É impossível. Nós não conseguimos entrar na China para concluir a viagem. Portanto, vamos concluir a viagem em Lisboa, filmando com uma equipa que serão os nossos olhos. Com o material, eles vão filmar esta parte da viagem na China. E nós vamos estar em Lisboa". Alugámos uma casa em Airbnb no bairro do Areeiro e estávamos lá durante a noite. Éramos poucos, dois ou três, e havia uma uma equipa na China que fez os tais 3000 quilómetros, enquanto nós estávamos sempre nessa casa no Areeiro E, enfim, fizemos o filme, assim. Concluímos essa parte da rodagem na China, assim, à distância.É fundamental falar do encadeamento entre planos a preto e branco e a cores. A cores são, de alguma forma, momentos algo etnográficos relacionados com o périplo. O preto e branco é a versão hodierna, actual. O porquê de sua opção por estes planos, ora a preto e branco, ora a cores ?O filme é quase o tempo todo a preto e branco. Eu diria, 90% é a preto e branco. Existem planos a cores por uma questão técnica. Porque nós filmámos em película e na película preto e branco existe apenas uma sensibilidade para 200 ASA para a luz. Portanto, 200 ASA é bom para fotografar, para filmar sequências durante o dia. Mas sequências à noite ou em interiores escuros é necessário outro tipo de sensibilidade: 500 T... que isso só existe em cores. E, portanto, nós decidimos filmar a maioria do filme a preto e branco em 200 D.E depois ter película a cores para em 10% do tempo, para situações de noite ou em interiores muito escuros. E a ideia era montar o filme completamente a preto e branco. Mas houve uma altura em que nós estávamos um bocadinho, estávamos a montar o filme, já tinham passado várias semanas, estávamos um bocado fartos do preto e branco e lembrámo-nos de que havia as cores ali. E portanto decidimos voltar a pôr. "Vamos voltar a pôr o plano tal como ele foi filmado a cores !" E, portanto, não existe nenhuma lógica a não ser por uma questão meramente técnica.Não existe uma lógica racional, não existe um significado dos planos a cores quererem dizer qualquer coisa em especial. É só porque por uma questão técnica. Mas decidimos colocar mesmo que as pessoas se perguntassem "Porquê que estes planos são a cores... e o resto do filme é preto e branco ?"Não havendo razão nenhuma racional, é só pelo prazer de que é uma coisa que me que é importante para mim a lógica do prazer. OK, num filme a preto e branco... o que é que faz falta? Olha, de repente aparecem uns planos a cores e a cor é incrível !Fala em prazer. Já há muito tempo que, imagino, tenha prazer em rodar com Crista Alfaiate. Agora há também a opção pelo Gonçalo Waddington. O porquê deste elenco ?Para nós foram escolhas óbvias: a escolha dos actores que fazem os dois protagonistas. O Gonçalo tem esta capacidade... Ele pode ter um ar assim, perplexo. E eu acho que ele é um actor com grande potencial cómico, mas com a capacidade de transformar esse lado de comédia numa coisa com um outro peso. E, portanto, ele pode fazer a transição entre comédia e drama muito com uma grande facilidade.E a Crista? Eu acho que ela, já disse noutras ocasiões... Eu acho que ela é a melhor actriz daquela geração à volta dos 40 anos. E, portanto, nem sequer pusemos nenhuma outra opção. Para nós, a Molly sempre foi a Crista Alfaite e ficámos muito contentes, depois com depois de ter filmado, com aquilo que... Percebemos, que não estávamos muito enganados relativamente a essas escolhas.E a questão da opção pelo português não foi complicada ? Não é complicada para Gonçalo Waddington, para Crista Alfaiate, mas você põe pessoas do Vietname, do Japão, nomeadamente, a terem diálogos bastante profundos em português. Como é que foi isso? Foi um desafio, imagino, também pô-los a contracenar em português fluente ?!Sim, o facto dos personagens serem britânicos e falar em português para mim foi uma opção, mais ou menos fácil... Porque eu sou português, não sou britânico. E, portanto, eu não queria... Eu acho que a verdade do filme também passa por isso. Ou seja haver um filtro teatral em que, como no teatro... Quando se faz em Portugal, ou que em França se faz Tolstoi ou se faz Tennessee Williams, faz-se em França e faz-se em Portugal. Em França faz-se em francês, em Portugal faz-se em português.E nessas peças de teatro as personagens têm os nomes que tiveram nas peças do Tolstoi: os nomes russos ou nomes americanos, no caso do Tennessee Williams. E é uma convenção, ou seja, as personagens falam na língua do país onde está a ser visto o espectáculo com os actores desse país.E no cinema há mais dúvidas relativamente a isso. Ou seja, parece uma questão completamente resolvida no teatro e no cinema menos. Porque no cinema existe mais a ideia de que o cinema está mais próximo da realidade da vida. Que eu acho que é uma falsa ideia.Há um realizador francês que já morreu, mas que foi muito importante para mim, que também fazia isto. E fez isto com uma grande lata e muito bem, que era o Alain Resnais !Por exemplo, eu lembro-me de um filme dos anos 90 que era um díptico que se chamava de "Smoking" e "No smoking", que era uma adaptação de uma peça inglesa feita com dois actores que entravam muito nos filmes deles dele. Esse filme é muito, muito importante para mim. E portanto, se o Alain Resnais  pode fazer em francês, eu acho, também posso fazer em português.E obviamente que existe este lado de sermos todos mais ou menos dominados, colonizados por uma língua que é uma espécie de língua que é comum a todos os países.Foi a língua que ganhou a batalha das línguas, que é o inglês. E não é problemático ver, sei lá, ao longo da história do cinema, ver imperadores romanos a falar inglês de Brooklyn ! Ou ver, enfim... todas essas coisas passaram a ser normais. E porque não ter em português a mesma coisa? Porque não ter personagens britânicos a falarem português? Eu acho que é mais e mais verdadeiro fazer assim, porque...Também já foi língua franca no mundo [o português]... E finalmente, obviamente, Cannes você já vinha há muito tempo. Mas esta edição de 2024 fica na história por este prémio. Perguntar-lhe-ia:  E agora, depois de Cannes e do seu prémio, como é que você se projecta para a sequência da sua carreira?Agora eu, antes de fazer o "Grand Tour", eu estava a tentar fazer um outro filme, um filme no Brasil, que é uma adaptação de um livro do Euclides da Cunha chamado "Os Sertões" e o filme chama-se "Selvajaria". E estive muitos anos a tentar fazer esse filme. E foi muito difícil, por várias razões. É um projecto exigente em termos financeiros e na altura em que eu estive a tentar fazer esse filme, havia um governo no Brasil que paralisou completamente os apoios públicos ao cinema. O governo do Bolsonaro e também apanhámos a altura do COVID. Portanto, foi tudo muito difícil e houve um momento em que eu pensei que tinha que renunciar a esse projecto.E foi muito complicado para mim, porque apesar de tudo, trabalhei anos nesse filme e estou convencido que é o projecto mais... com o qual eu acho que, provavelmente, existe um um potencial mais incrível do que tudo aquilo que eu fiz até hoje ! Ou seja, estou muito envolvido com esse filme e acho que existe a possibilidade de haver ali um filme que possa nascer, que seja muito, muito forte !  E é, portanto, quase que desistir do filme.Mas depois do "Grand Tour" e de repente passei para o "Grand Tour" e depois do "Grand Tour", o que tem acontecido foi que nós decidimos voltar a esse projecto. E tem havido notícias muito animadoras ! Ou seja, de repente, pela primeira vez, há financiamento do Brasil para esse filme. Tudo parece estar a andar muito rápido e assim uma perspetiva de haver a possibilidade de fazer, de filmar esse filme no final do próximo ano.Portanto, acho que isso também é uma consequência do prémio de Cannes e daquilo que aconteceu com o "Grand Tour em Cannes" e que existe um entusiasmo renovado em torno deste projecto. E vou aproveitar a conjuntura porque sabemos que isto vai mudando e nos momentos em que estamos em alta, é preciso aproveitar esse momento para poder concretizar coisas que estavam mais difíceis de concretizar.

Presente Diário
"Não brigue"

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Play Episode Listen Later Nov 26, 2024 3:15


Devocional do dia 26/11/2024 com o Tema: "Não brigue" Quando criança, eu costumava brigar muito. Lembro-me de muitas das vezes que ouvi de meus pais uma frase que jamais esqueci: quando um não quer, dois não brigam. Não foram poucas as vezes em que me disseram isso, mas eu permanecia brigando tanto em casa quanto na escola.  Leitura bíblica: 1 Samuel 24.16-22 Versículo Chave: Ao servo do Senhor não convém brigar mas, sim, ser amável para com todos, apto para ensinar, paciente (2Tm 2.24).See omnystudio.com/listener for privacy information.

Presente Diário
"O necessário"

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Play Episode Listen Later Nov 25, 2024 3:15


Devocional do dia 25/11/2024 com o Tema: "O necessário" Q uando eu era criança, lembro-me de ter no máximo dois tênis no armário. Um era o de ir à escola e outro era de sair. Assim que comecei a trabalhar, coloquei na minha cabeça que iria ter todos os tênis que quisesse. Lembro-me de abrir o armário e ter mais de 35 pares. Eu não usava a maioria deles.  Leitura bíblica: Provérbios 30.8 Versículo Chave: Busquem em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas serão acrescentadas a vocês (Mt 6.33).See omnystudio.com/listener for privacy information.

#BiroscaNews
#BiroscaNews 298: Número de Lares Chefiados por LGBT+ sobre 552%

#BiroscaNews

Play Episode Listen Later Nov 18, 2024 6:19


Falo sobre o Censo do IBGE de 2022 que, recentemente, mostrou que o número de lares chefiados por LGBT+ subiu 552%. Lembro a decisão do STF na ADPF. 132, na qual o Tribunal reconheceu que casais homoafetivos deveriam ter os mesmos direitos decorrentes de união estável que os heteroafetivos. Discuto os avanços, omissões e tentativas de retrocesso que vivemos desde então.

Reportagem
Reinauguração do Museu de Arte Urbana de Belém marca contagem regressiva para a COP30

Reportagem

Play Episode Listen Later Nov 17, 2024 4:18


A reinauguração do Museu de Arte Urbana de Belém (Maub) marcou os 365 dias que faltam até a COP30, a Conferência do Clima das Nações Unidas, que terá como sede a capital paraense em novembro de 2025. A reforma é parte das muitas mudanças por que passa a cidade. Para encher de formas e cores fachadas, muros e pontes, foram convidados artistas importantes da cena urbana na capital, que é cercada de floresta e pelo universo paralelo do rio e as suas 39 ilhas. Drika Chagas é um desses artistas. Vivian Oswald, correspondente da RFI no RioMaior museu do gênero da América Latina, o Maub ocupa uma área de seis mil metros quadrados à beira-rio, na Baía do Guajará, no complexo do Ver-o-rio, uma das áreas que estão sendo revigoradas. Drika e os outros foram escolhidos por uma curadoria que busca artistas de diversas regiões do país, em harmonia com outras manifestações culturais juvenis que florescem em grandes capitais cosmopolitas ou cidades menos conhecidas.Nascida e criada em Belém, hoje a artista de 39 anos está baseada em Dijon, na França, onde vive há seis. Seu painel no Maub é imenso: tem 1.200 metros quadrados. Ela trabalhou por dias debruçada em andaimes. Era pequena no meio de tantas cores. Reproduz personagens com a cabeça de animais amazônicos com risco de extinção: o gato maracajá, o gavião real, imenso do tamanho de uma pessoa, e o macaco-prego. Eles chamam o público para a dança, uma espécie de rito do apagamento do fogo – uma conexão com o que se perdeu.“Para os meus murais, eu gosto muito de levar uma temática onírica amazônica, onde trabalho com estéticas um pouco surreais e também o feminismo amazônico, através das formas, dos tecidos, de nuances. Eu trago essa discussão do feminino, assim como a questão do simbolismo amazônico, com essas referências do nosso sincretismo religioso. O misticismo é muito atrelado nos meus murais”, explica. Aos 14 anos, ela entendeu o que queria: ser artista e trabalhar com grafite. "Lembro que eu via muita arte dentro de um museu, de instituições. E quando eu vi pela primeira vez uma revista de grafite, me inspirou muito o dinamismo que a gente vê dentro dessa cultura urbana, que é essa aproximação com o público. Quando tive contato com essa revista, meio que virou a chave. Eu falei: quero fazer isso", conta. "A partir daí surgiu essa busca independente”, afirma.A história de Drika com a França começou com um convite por intermédio da Aliança Francesa, depois de participar de projetos dentro e fora do Brasil. Aos poucos, ela foi se conectando com o país, e conheceu seu futuro marido.Drika participou do Le Lab14, que ocupou as paredes de cada um dos andares do prédio do correio em Montparnasse, em Paris. O velho edifício foi transformado em galeria e residência de artistas, coberto de grafites, colagens e fotos.Com a agenda cheia, Drika hoje tenta organizar seu tempo. Ela está prestes a coordenar um grande projeto de cultura urbana pelos próximos quatro anos em Chalons-sur-Saône, na região francesa da Borgonha. Mas as raízes também falam alto. A artista tem passado de três a quatro meses por ano em Belém. É onde se reconecta.A cada ano, o Maub deve renovar sua imensa exposição. Drika espera estar na próxima, a que será visitada pelas delegações dos quase 200 países que participarão da COP Amazônica, como tem sido chamada a Conferência do Clima de 2025.

#BiroscaNews
#BiroscaNews 297: "Cura Gay" faz nova Vítima

#BiroscaNews

Play Episode Listen Later Nov 15, 2024 7:14


Falo sobre o caso recente em que uma travesti, que frequentava uma igreja chefiada por Flávio Amaral, tirou a própria vida, após passar por um processo de "destransição", genericamente mais conhecido como "cura gay". Lembro que em 2023 uma influencer bolsonarista também se dizia ex-lésbica em razão de ter passado por tais processos em uma igreja.Falo sobre o livro "Entre Curas e Terapias" (https://s3.amazonaws.com/s3.allout.org/images/All_Out_Instituto_Matizes_Relatorio_Completo_Entre_Curas_E_Terapias.pdf), que mostra que no Brasil há mais de 25 tipos de "cura gay" acontecendo e a responsabilidade de igrejas, escolas e profissionais da saúde mental para com isso. Lembro que o CFP possui Resolução desde 1999 proibindo isso e que a Dep. Fed. Erika Hilton propôs o PL. 5034/2023 para tipificar processos de "cura gay" como crime.

Convidado
Adiamento das eleições "vai traduzir-se no aumento de violações dos direitos humanos"

Convidado

Play Episode Listen Later Nov 4, 2024 15:59


O Presidente guineense decidiu adiar a data das eleições legislativas antecipadas, alegando "não haver condições". Umaro Sissoco Embaló visitou este domingo os oficiais do ministério do Interior, em Bissau, onde prestou declarações aos jornalistas a prometer que vai "permanecer no poder até 2030 e tal". O jurista e professor na Faculdade de Direito e activista de direitos humanos, Fodé Mané, acredita que o adiamento das eleições "vai traduzir-se no aumento de violações de direitos humanos". RFI: Em Setembro, o Presidente guineense começou por dizer que não se iria candidatar às presidenciais, mas poucos dias depois disse estar disponível para se manter no cargo, caso fosse realmente a vontade dos eleitores. Agora, afirma que se vai "manter no poder até 2030 e tal". Como é que interpreta esta afirmação do Presidente?Fodé Mané: Nós temos um país em que há um único chefe, não há parlamento, não há um Supremo Tribunal, não há um governo legítimo, que saiu de eleições e nem há um programa com um orçamento aprovado. Temos um país a funcionar ad hoc. Apesar de estar na ilegalidade, uma das saídas era a realização de eleições gerais justas e transparentes. Convocaram-se eleições sem respeitar todas as condições, mas foi convocado. Nesta condição é claro que não haverá eleições justas, livres e transparentes. Chegámos neste momento em que se vai adiar de uma forma muito amadora. Porque se for marcado um acto eleitoral através de um decreto presidencial no qual, além do cumprimento de determinadas formalidades e determinada solenidade para que seja marcada quando vai ser adiada, deve seguir o mesmo procedimento. Não foi o que aconteceu, os partidos ou os cidadãos estavam convencidos que até o dia dois, se não fossem anunciadas nova datas mantinha-se a data de 24 de Novembro. Para isso, os partidos marcaram o início da campanha e o que veio a acontecer e é importante realçar os modos como o Umaro Sissoco Embaló envia mensagem para o país e para a classe politica.Sempre que vai ao quartel, aparece fardado junto aos militares, depois ataca o adversário e depois anuncia alguma coisa. Na quinta-feira, esteve com o chefe de Estado maior, com alguns membros do governo, no sábado, a Guarda Nacional e no domingo a polícia de Ordem pública. Tudo aparece fardado, mostrando, até alegando que é um chefe militar, que em si é uma violação da Constituição. Vendo a forma, o lugar, a circunstância em que foi feito. Mostra que reuniu aquelas condições para continuar a navegar fora da legalidade. Isso quer dizer que é possível, num ambiente em que nos encontramos, sem Supremo Tribunal, há uma pessoa que faça do presidente que utiliza aqueles expedientes apenas para legitimar. Temos uma parte da comunidade internacional, principalmente a CEDEAO, o seu representante que está a ser muito contraditório na sua isenção. Lembro-me em 2019, José Mário devia terminar o mandato em Março. Não marcou eleições na data anterior e a CEDEAO disse que como está para além do seu mandato, já não é nosso interlocutor e o governo que saiu foi indigitado pelo partido que ganhou as eleições e passou a ter o Aristides Gomes como seu interlocutor. E o que é que nós vimos? É o mesmo sentado à frente de um representante de CEDEAO a dizer que a Constituição é uma emanação ocidental, não corresponde à nossa realidade. A nossa realidade é que deve haver um único chefe a mandar aquilo que pretende e todo o mundo deve obedecer.Aquando da visita aos oficiais do ministério do Interior em Bissau, o Presidente guineense afirmou que existem "mais oficiais nas forças de defesa e segurança do que soldados". Apontou que existe um problema estrutural nas Forças Armadas. Quais é que podem vir a ser as consequências desta desproporção para a segurança nacional e para a estabilidade política da Guiné-Bissau?Quem ouviu a recente entrevista do Chefe de Estado Maior é uma situação que foi assumida como uma situação normal, que não vai dar em nada, a não ser um peso para o orçamento geral do Estado. Qual é a causa desta inversão da pirâmide? Primeiro, porque as pessoas são promovidas de acordo com as suas fidelidades ao regime. As pessoas sabem que eu basta cumprir uma determinada ordem, principalmente uma ordem ilegal. Como compensação, vou ser promovido e toda a gente sabe que a única forma de conseguir patentes, isso é que leva com que tenhamos mais oficiais porque aqueles que não cumprirem estão fora da cadeia. E os que são soldados são esses foram recrutados de uma forma informal. Considerou que vai resolver as necessidades que isso proporciona. Uma parte da sua conversa é dizer que isso cria problemas. Pelo que entendo, oficiais devem ter determinadas regalia, determinado salário mensal e isso acarreta uma determinada obrigação por parte do Estado.Para resolver essa questão ele garantiu que o governo não teria de definir uma estratégia militar, um conceito estratégico do qual vai se delimitar o número de oficiais e o número soldado de determinadas categorias. Não passa por isso. Passa por resolver apenas a preocupação. E enquanto as pessoas continuarem a cumprir ordens ilegais, vão continuar a ser promovidas. Quem está a questionar a legalidade vai ficar de fora.Nós vimos quantas pessoas é que o Umaro Sissoco Embaló promoveu, quantas pessoas já estavam na reserva e já tinham abandonado os quartéis e vimos que já estavam fazendo política activa. Isso sem contar a possibilidade de os próprios ministros e os próprios chefes terem a possibilidade de promover. Não é o governo; dentro do seu plano estratégico, quem orienta toda esta promoção, tendo em conta aquilo que é a sua política de defesa. Foi criar nesta situação, certamente que  todo o orçamento vai para os serviços de segurança. Neste momento temos o orçamento de forças de segurança quase quatro vezes superior ao orçamento para a saúde e educação. Qual é o país que se pode desenvolver se investe mais nas forças de defesa e segurança no que nas áreas dos recursos humanos, promotores de desenvolvimento.De que forma é que o adiamento da data das eleições e o facto de o Presidente querer ficar no poder vai afectar a dinâmica política no país e a percepção do governo entre a população?Este elemento não foi aceite nessas condições e talvez houve no passado em que se procurou um determinado consenso, inclusive com a mediação da comunidade internacional. Isso não acontece e se não acontece é porque vai continuar a haver manifestações de discordância. E como reacção vai haver um aumento de violação dos direitos humanos, aumento de repressão. O adiamento vai traduzir se no aumento de violações dos direitos humanos, no aumento da repressão. Até nós vimos o último Conselho de Ministros presidido por ele, uma das decisões mais importantes que foi tomada é contra os órgãos de comunicação social, instruiu o ministro das Finanças para reverem taxas, reverem leis de acesso às carteiras profissionais. Mostra claramente que há um sector da comunicação social muito visado. Sem contar que o Sindicato dos Técnicos da Comunicação Social, presidido pela senhora Indira Correia Balde recebeu uma notificação do ministério Público a justificar a sua legitimidade, a legalidade do seu mandato, que não pode ser uma associação de direito privado. Só os seus membros é que podem questionar dentro das estruturas. Essa não é tarefa do Ministério Público.O que se pode esperar é o aumento da ilegalidade do qual as pessoas vão reagir. E isso foi mesmo anunciado de que há pessoas que não podem vir para o país. Se vierem, vão ter as consequências. Ele promete e faz. É uma mensagem, um repto contra os activistas que lá fora denunciam, principalmente os subscritores daquela carta aberta para as Nações Unidas, CEDEAO, União Africana.O Presidente guineense referiu-se precisamente a diáspora como "a mais perdida"e à crítica que ela exerce sobre as autoridades guineenses. Qual é o impacto da diáspora, hoje, na política interna na Guiné-Bissau?A diáspora é a única capaz de dar visibilidade àquilo que está a acontecer, devido às redes sociais e a outros canais de comunicação. Isso incomoda porque há coisas que são feitas abertamente, mas que para um representante de uma instituição não acredita ser possível acontecer. Só a diáspora é capaz de fazer pensar. Pode imaginar um comissário da União Europeia (UE) que trata de dossiers UE-África a acreditar que há uma pessoa que pode mandar encerrar o Parlamento, designar o seu Presidente do Parlamento e fazer tudo. Isto é surrealista, não acontece e só a diáspora é que faz com que a visão do mundo seja outra.O peso da diáspora, as suas intervenções, os seus activismos, a forma como organiza a organiza manifestações quando determinados dirigentes do país estão no exterior. Isso cria alguma perturbação porque tirar sono aos dirigentes. A única salvaguarda da Guiné-Bissau neste momento é a sua diáspora, que é muito importante, que não é perdida, para ele é perdida porque a diáspora não se está a alinhar. Uma parte, pelo menos muito importante, da diáspora, mesmo aqueles que tinham apoiado a sua ascensão ao poder já não estão de acordo com os seus actos, com aquilo que eu estava a fazer. Para ele, todos os que não estão na sua linha são pessoas perdidas. Principalmente as pessoas que são da mesma religião, do mesmo grupo étnico, anda a fazer críticas, anda mesmo a atacar. Fez isso, recentemente, com uma chamada de atenção que fez Braima Câmara, que por ser muçulmano, não devia estar na mesma associação com Nuno Gomes Nabiam, com Fernando Dias e Domingos Simões Pereira porque eles são de Leste.O Presidente disse estar aberto a que seja criado "um governo de unidade nacional". Acredita que seja possível restaurar a confiança dos cidadãos desta forma?Primeiro; o que é diálogo? Para ele, o diálogo é chamar as pessoas e dizer isso tem que aceitar. Isso é que é diálogo para ele. Não há possibilidade de ouvir também uma opinião. Segundo, essa ideia de constituir um governo mais alargado é uma ideia ventilada por uma parte da sociedade civil, como uma forma de preparar umas eleições mais transparentes para uma entidade mais ou menos independente ou envolvente e inclusiva. Ele não aproveitou essa ideia para afastar a sua responsabilidade sobre a não realização da eleição. Esse grupo de incompetentes que eu tenho escolhido para formar o governo é que não foram capazes de realizar, por isso vão ser afastados e ele escolhe outras pessoas, quando sabemos que não é assim. É um governo que não é de iniciativa presidencial, que significa criar um governo e deixar que trabalhe.Nós vimos até decretos presidenciais a nomear o pessoal de limpeza na instituição, não é exagero, mas para quem está fora acha que por vezes é exagero, mas existe e é responsabilidade apenas dele. A formação de governo está a ser utilizada como forma de chantagear o actual governo e também abriu possibilidades de atrair algumas pessoas que vão ajudar. Quando se fala de formação de governo, todas as pessoas começam a ganhar corredores para encontrarem tachos. Uma das formas de ter acesso aos recursos está nos lugares públicos. Este anúncio faz com que vários sectores começam a abandonar as suas reivindicações, a tentar encontrar uma forma de serem incluídos, inclusive não só dessas famílias que tem alas inconformados declarados, mas dentro do próprio PAIGC começam a surgir pessoas a fazerem corredores e mesmo nas organizações da sociedade civil. As inscrições devem ser entregues aos ministérios como deve ser entre a sociedade civil ou a administração, ou do interior, como forma de garantir a transparência do acto.O líder do PAIGC da coligação PAI-Terra Ranka, Domingos Simões Pereira, denunciou cargas policiais contra militantes e simpatizantes do partido, apelou à resistência, afirma que não vai aceitar qualquer tipo de adiamento e que o PAIGC está pronto para começar a campanha. Existem condições para o fazer?Não existem condições. Uma das consequências desse adiamento é que vai continuar a haver resistência, vai haver contestação. Como resposta vai haver repressão, violência e vamos ter para ter que formularmos esta opinião e com base na actuação nas declarações de alguns líderes políticos, de alguns sectores da sociedade civil e da própria forma de actuação do actual regime. Vamos ter sempre impedimento de restrição dos adversários, ameaças e retaliações, mesmo na função pública das pessoas que vão ser ignoradas, que vão ser impedidas de viajar. Vamos ser acusados e sabemos que toda a administração pública foi montada para perseguir os adversários, seja na retirada de emprego como na retirada de passaportes. Alguns perderam passaporte de serviço, passaporte diplomático. Toda a administração foi montada para acelerar esta perseguição aos adversários.

Esportes
Amor sem fronteiras: escritor francês é apaixonado pelo Flamengo e tem livro de crônicas sobre o clube carioca

Esportes

Play Episode Listen Later Nov 3, 2024 6:57


A torcida do Flamengo é conhecida por ser a maior do Brasil e uma das maiores do mundo, com mais de 46 milhões de rubro-negros. Alguns deles fora do país. Um amor sem fronteiras, que cativa até mesmo torcedores estrangeiros. Como Marcelin Chamoin, escritor francês que torce desde criança pelo clube carioca. Renan Tolentino, da redação da RFI em ParisAdmirador do futebol brasileiro como um todo, Marcelin tem quatro livros publicados sobre o assunto, retratando como o esporte virou “religião” no país e as carreiras de Garrincha e Pelé. Seu último livro, no entanto, foca justamente na sua maior paixão no futebol e traz um título peculiar: “O Francêsguista: Crônicas de um francês apaixonado pelo Flamengo”.“Quando eu estava na França, lancei um primeiro blog para falar sobre futebol do Brasil em geral, que se chamava ‘Baú Francês'. É minha particularidade, adoro futebol brasileiro. E no caso de ‘Francesguista', é então um flamenguista francês. Achei engraçado o fazer essa mistura”, conta Marcelin.A obra traz uma série de textos escritos por Marcelin com temáticas relacionadas ao Flamengo, sobre ídolos, times históricos e jogos que ficaram marcados na memória, além de crônicas sobre suas experiências como um torcedor estrangeiro do rubro-negro.“Em 2022, eu passei um ano no Rio. Então, criei um blog para falar sobre o Flamengo, comecei a escrever crônicas sobre minha experiência no Brasil, como flamenguista, quando fui ao estádio, quando fui a eventos dos consulados. Encontrei o Zico também quando estava no Rio”, recorda.A ideia de publicar o livro veio do blog que ele mantém online com o mesmo nome e temática. O objetivo era compilar os principais textos em uma só publicação.“Então, tinha todas essas crônicas. Voltei para a França em julho de 2023 e já tinha escrito 137 crônicas. Então, queria só um objeto físico do que eu escrevi quando estava no Brasil (...) sem a pretensão de comercializar, só para ter uma lembrança da minha passagem pelo país”, explica o francês.Raça, amor e paixãoMas a relação com o Flamengo e com o Brasil começou muito antes, quando ele ainda era um menino em Troyes, cidade que fica a 160 km de Paris. Marcelin começou torcendo pela seleção brasileira ainda aos 6 anos, durante a Copa do Mundo de 1998, que aconteceu justamente na França. Por ironia do destino, a final daquela Copa foi entre os donos da casa e Brasil. Mas a torcida do francês e futuro flamenguista ficou do lado brasileiro, a ponto de ele chorar com a derrota da Seleção.“A primeira lembrança que tenho é da Copa de 1998. Eu tinha 6 anos, lembro da final entre França e Brasil e que torci pela seleção. Começou assim. O Ronaldo Fenômeno era meu ídolo e já na final, com seis anos, eu preferi o Brasil”, garante o escritor.“Eu não lembro bem, mas meus pais e minha irmã me contaram depois que eu era o único a chorar, porque eu já torcia muito pelo Brasil (...). Quando ganhou em 2002, eu também chorei, mas agora de alegria (...) Lembro bem dos gols do Ronaldo. Do que ele fez na semifinal contra a Turquia e dos dois que ele fez na final contra a Alemanha. Chorei de alegria, porque ele é meu grande ídolo e a passagem entre as duas Copas foi bem difícil para ele", recorda Marcelin.O resultado negativo na final de 1998 não mudou a relação de Marcelin com o país. Pelo contrário, com o tempo o menino foi se interessando cada vez mais, buscando informações sobre o campeonato brasileiro, até que conheceu o Flamengo nos anos 2000, através de edições da revista France Football, que na época publicava as tabelas de diversos campeonatos, incluindo do Brasileirão.“Talvez seja ainda mais difícil de explicar. Não lembro bem (como começou). Não tenho certeza, porque (na época) na França não tinha muitas informações (sobre times brasileiros), mas a primeira lembrança que tenho é do álbum de figurinhas da Copa de 2002. Tinha a figurinha do Edilson, que jogou no Flamengo. Também tinha a revista France Football, com todos os campeonatos nacionais, lá em 2004 ou 2005 e eu já começava a acompanhar o Flamengo. A dificuldade no início era ter acesso às informações, mas eu já tinha virado um flamenguista”. Consulado rubro-negro em ParisDaí para a frente, a paixão que começou em verde e amarelo ganhou tons rubro-negros e ficou cada vez mais forte. Tão forte que em 2019 ele se juntou com outros flamenguistas que moram na capital francesa e fundou o consulado FlaParis.O ano não poderia ser melhor, já que o clube viveu uma das maiores temporadas de sua história, conquistando a Taça Libertadores da América e o Campeonato Brasileiro.“Esse é um projeto que vem do clube, que apoia a criação de embaixadas e consulados (pelo mundo). O objetivo é se reunir para assistir aos jogos juntos e também fazer campanhas e ajudar projetos sociais. Eu gosto das duas coisas, de me encontrar com amigos e desse lado mais social. E sobre a criação (do consulado), através do Twitter, o Cidel (atual presidente da FlaParis) procurava outros flamenguista para criar este consulado na época. Eu vi essa mensagem e entrei em contato com ele. Agora, já faz cinco anos que temos este grupo”, explica o francês.Bate-bola com ZicoAlém de sofrer e, claro, comemorar títulos com o Flamengo, Marcelin teve a sorte de se encontrar pessoalmente com Zico, ídolo máximo do clube. Não apenas uma, mas duas vezes.“Tinha o objetivo de conhecer o Zico quando eu estava no Brasil (em 2022). Eu e um amigo fomos juntos a um evento em que ele iria estar e consegui encontrá-lo lá. Também vi o Zico ao vivo no Jogo das Estrelas (evento beneficente organizado anualmente pelo ex-jogador). Fui ao Maracanã ver este jogo com amigos franceses que foram me visitar. Foi muito legal. Você sente a paixão dos flamenguistas pelo Zico. Mesmo meus amigos franceses percebem isso”, conta Marcelin.“E encontrei de novo o Zico em Paris, nas Olimpíadas de 2024. Como eu já tinha lançado o livro, tive a possibilidade de oferecer a ele. Foi bem legal também", recorda.Como todo bom torcedor, para o francês Marcelin é difícil entender quando a paixão pelo clube de coração começou e onde ela termina. Mas,se depender dele, será eterna, tal qual diz o hino oficial do clube: Uma vez Flamengo, sempre Flamengo.

Roberto Gamito
Lembro-me de camisas cor-de-rosa

Roberto Gamito

Play Episode Listen Later Oct 12, 2024 4:53


Camisa cor-de-rosa.  Sigam no Instagram: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://www.instagram.com/robertogamito/⁠

Expresso - A Beleza das Pequenas Coisas
Especial Maria Filomena Mónica: “Não me arrependo de nada, nem dos disparates que fiz — e foram bastantes. Mas já não me lembro”

Expresso - A Beleza das Pequenas Coisas

Play Episode Listen Later Oct 4, 2024 100:32


Em 2022, dezassete anos depois da polémica autobiografia “Bilhete de Identidade”, a socióloga Maria Filomena Mónica voltou a publicar um novo livro íntimo. Mas, desta vez, mergulhou nas centenas de cartas, postais e documentos que herdou da sua família, para arrumar as memórias e desenterrar segredos que nunca imaginara, sobre a sua mãe e a sua avó. Chamou-lhe “Duas Mulheres”, com a chancela da Relógio d´Água, e, através delas, quis perceber melhor o passado e a mulher em que se tornou. Neste episódio especial, gravado em maio de 2022, Maria Filomena Mónica reflete ainda sobre o amor, a finitude e a forma salvífica como a escrita a tem ajudado a sobreviver ao cancro. Ouçam-na no podcast “A Beleza das Pequenas Coisas”, com Bernardo MendonçaSee omnystudio.com/listener for privacy information.

Devocional Verdade para a Vida
O argueiro e a trave - Lucas 6.42

Devocional Verdade para a Vida

Play Episode Listen Later Sep 26, 2024 3:39


Aprofunde sua devoção a Deus em fiel.in/devocionalComo poderás dizer a teu irmão: Deixa, irmão, que eu tire o argueiro do teu olho, não vendo tu mesmo a trave que está no teu? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho e, então, verás claramente para tirar o argueiro que está no olho de teu irmão. (Lc 6.42)Lembro-me de uma vez que, sentado diante da carteira enquanto fazia uma prova, virei o papel e imediatamente comecei a olhar em volta para ver se todos os outros se sentiam tão mal com a primeira questão quanto eu. Então fiquei surpreso com a exortação do professor: “Não perca tempo olhando para os outros. Apenas se concentre em si mesmo!”Jesus faz um argumento semelhante nesses versículos, usando uma metáfora impressionante para instruir seus ouvintes a lidar com o próprio pecado antes de tentarem apontar os pecados dos outros. A palavra que Jesus usa para “argueiro” muitas vezes descreve pedaços muito pequenos de palha ou madeira. Em contraste, a palavra para “trave” se refere a uma viga de suporte de carga em uma casa ou estrutura. Se eu tenho uma trave no meu olho, isso claramente requer minha atenção mais do que um argueiro no de outra pessoa.Como criaturas caídas, tendemos a pensar que é nossa responsabilidade lidar com a condição espiritual de todos os outros antes de lidar com a nossa. No entanto, Cristo não nos chamou para nos preocuparmos primeiro e principalmente com os ciscos dos outros. Não; ele diz que devemos ser diligentes em nos examinarmos à luz da Escritura e do padrão que ele estabeleceu.A instrução de Jesus representa um grande desafio. Às vezes, podemos apontar as falhas dos outros sob o pretexto de nos preocuparmos com sua condição espiritual. Porém, se não formos honestos e implacáveis com nossos próprios pecados, isso é hipocrisia! Muitas vezes somos vítimas da noção equivocada de que, se eu puder encontrar sua falha e lidar com você, não terei de lidar com meus próprios problemas. É muito mais agradável contar a outra pessoa sobre sua condição terrível do que enfrentar a nossa.Se realmente queremos ajudar os outros, devemos primeiro estar preparados para enfrentar o horror de nosso próprio coração — reconhecer, com Robert Murray M'Cheyne, que “as sementes de todos os pecados estão em meu coração”. Quando entendermos e acreditarmos nisso, então, quando nos aproximarmos dos outros, estaremos na posição de humildade e amor genuínos, ao invés da soberba da presunção. Entre essas duas perspectivas, há toda a diferença do mundo.--Devocional Verdade para a vida, por Alistair Begg | Editora Fiel.Conteúdo oferecido em parceria entre Truth For Life e Ministério Fiel.

Para dar nome às coisas
S06EP247 - Descansar: a coragem de deixar espaços vazios

Para dar nome às coisas

Play Episode Listen Later Sep 18, 2024 36:40


A real é que descansar tem muito a ver com confiança e, portanto, tem a ver com topar abrir mão do controle.  Lembro muitas vezes de ouvir a minha mãe dizer: o parquinho não vai sair do lugar, Natália. Amanhã você brinca mais. E essa frase era precisa porque o medo era um pouco disso também. De eu perder aquilo que eu gostava muito, enquanto eu dormia, enquanto eu descansava. Como se ficar na autovigilância fosse impedir que as coisas fossem embora ou sumissem ou se perdessem ou acontecessem do jeito que elas precisavam acontecer. Como se uma vez que eu  ficasse hipervigilante eu fosse mudar o fluxo da vida, por estar assistindo tudo. Não ia. Amadurecer é entender as nossas limitações. E aprender a se colocar limite Porque esse cuidado que, antes, vinha exclusivamente de outra pessoa, em algum momento precisa começar a vir, antes de tudo e primeiro de tudo, da gente. É por aí que vai o episódio dessa semana, cê vem? Nessa quarta-feira no @‌spotify Tava com saudade, meus amigos. edição: @‌valdersouza1 identidade visual: @‌amandafogacatexto: @‌natyops Apoie a nossa mesa de bar: https://apoia.se/paradarnomeascoisas

Convidado
Ana Maria Cabral e as memórias de Amílcar Cabral [1/2]

Convidado

Play Episode Listen Later Sep 14, 2024 8:16


Cabo Verde comemora o centenário do nascimento de Amílcar Cabral, figura que liderou a luta pela libertação da Guiné-Bissau e de Cabo Verde. "Quando conheci Cabral o que me atraiu logo foi o lado político. Nós seguíamos as lutas de todos os povos do mundo. Acompanhámos a libertação de Cuba e precisávamos de gente assim para começar a luta, para mudar o nosso país", conta-nos Ana Maria Cabral, viúva de Amílcar Cabral. RFI: De que forma é que olha para estas celebrações em torno do centenário do nascimento de Amilcar Cabral?Ana Maria Cabral: Foi uma boa iniciativa, mas foi pena não ter oportunidade de mobilizar mais gente, sobretudo jovens. A sala estava muito vazia. Fiquei impressionada, tendo em conta que se realizou no auditório de uma universidade. Claro que as aulas ainda não começaram, mas devíamos ter mobilizado mais alunos, porque foi pena. As intervenções foram muito interessantes. Foi pena realmente a assistência ter sido muito reduzida. Recorda-se do primeiro encontro com Amílcar Cabral?O primeiro encontro foi há muitos anos. Acho que o primeiro encontro terá sido em Lisboa. Havia gente ligada à Casa dos Estudantes do Império, onde eu era muito activa. A Casa dos Estudantes do Império ficava na Rua Actor Vale, 37, onde vivia uma família de São Tomé e Príncipe, se a memória não me falha. Acho que foi nessa casa que eles criaram o Centro de Estudos Africanos, ele, o Agostinho Neto, o Mário de Andrade, já todos falecidos. Mais tarde entrou também o Eduardo Mondlane, de Moçambique, que também já morreu.Organizavam-se bailes, encontros no Natal, porque a maioria não tinha familiares em Portugal e era uma maneira de estarmos juntos. Na Casa dos Estudantes do Império, além das festas, organizavam-se outros actos culturais. Eu conheci o Amílcar numa dessas casas. Um dia disseram que ele era casado com uma portuguesa e eu disse 'ele não quer saber nada da nossa terra'. Foi uma amiga são-tomense que nos apresentou, ela continua a viver em Portugal, chama-se Esperança e também é viúva como eu. Foi ela quem me apresentou o Amílcar Cabral.O que é que a atraiu: o homem ou o político?Quando conheci Cabral o que me atraiu logo foi o lado político, embora fosse um homem extremamente atraente. Nós seguíamos as lutas de todos os povos do mundo. Até acompanhámos a libertação de Cuba e sempre precisamos de gente assim para começar a luta, para mudar o nosso país, libertar os nossos países. Foi interessante.Quais é que foram os maiores desafios de ser esposa de um líder revolucionário?Os desafios foram tantos, tantos, que eu podia ficar um dia inteiro a contá-los. Resumindo: o maior desafio foi acompanhar uma personalidade como ele, com um carácter forte. Além de ter um carácter muito forte, ele era condescendente, aceitava as opiniões de todos, mesmo se ele reparasse que não tínhamos razão. Ele aceitava porque ele aceitava a opinião de toda a gente. Ele dizia que 'todos nós somos úteis para essa nossa luta de libertação' e por isso aceitava a opinião de toda a gente. Lembro-me das reuniões que ele fazia com os mais velhos, com aqueles chefes. A Guiné é um país pequenininho, mas cheio de grupos étnicos, variadíssimos grupos étnicos. Há grupos que são sociedades estratificadas, e ele reunia-se com esses chefes. Uma vez, lembro-me, a propósito das mulheres, ele tinha lançado a ordem de que tínhamos de proteger as nossas mulheres nas áreas já libertadas do colonialismo. Ele insistia que era preciso chamar as mulheres.Integrá-las na luta?Não só integrá-las, havia muitas mulheres. As mulheres foram as primeiras a participar na luta porque elas eram exploradas em casa pelos maridos. Permitia que toda a gente participasse, inclusivamente aqueles que não estivessem de acordo podiam defender os seus ideais, as suas opiniões. Ele aceitou que toda a gente expusesse o seu ponto de vista, mesmo que fossem contrários à opinião dele. Por exemplo, nas áreas libertadas ele e os companheiros dele, se eram cinco membros, três tinham que ser mulheres. Se eram comités pequenos ou de três membros, um tinha de ser uma mulher. Houve muitos protestos da parte dos homens que diziam 'não há mulher para ficar em casa para cozinhar para nós', não sei o quê. Foi muito difícil.Mais tarde, ele e os companheiros dele resolveram criar as milícias, que eram gente que ajudava os combatentes que estavam a participar directamente no combate. Foi também um problema, os homens mais velhos não queriam que a mulher participasse, mas lá se conseguiu. Houve algumas mulheres que se tornaram célebres, como a Carmen Pereira, já falecida, e a Titina Silá, que morreu estupidamente. Ela estava numas áreas libertadas no Norte e como era muito jovem tratava o Cabral como pai. Quando soube da sua morte  quis ir a Conacri assistir aos funerais e os portugueses colonialistas acharam que deviam passar por aquele rio, que era um rio cheio de crocodilos. Ela caiu e como não sabia nadar, os companheiros não conseguiram salvá-la e ela terá sido levada e comida pelos crocodilos. Teve uma morte estúpida. A Titina Silá é considerada uma heroína. Todos os anos, depois de 20 de Janeiro, a data em que mataram o Cabral, as pessoas levam as crianças com flores e vão deitar flores a esse rio.O facto de ter vivido ao lado de Amílcar Cabral, de o ter apoiado, como é que vê para o seu contributo na luta de libertação?Eu, como era militante, eu tinha de contribuir, como toda a gente.Mas mais ainda enquanto esposa..Como militante fui professora na Escola Piloto. Depois foram-se criando áreas libertadas e uma das coisas que se fez foi criar pequenas escolas onde a palavra de ordem era 'quem souber ler e escrever tem de ensinar aos outros'. Os combatentes que sabiam escrever e ler, ensinavam. No início, abriram-se pequenas escolas com os meninos sentados no chão e assim começou a alfabetização nas áreas libertadas. Trabalhei na escola piloto como professora com os alunos, tivemos de fazer livros, tivemos de arranjar todo o material para fazer livros. Mais tarde, com o desenvolvimento e com trabalho de Cabral e dos outros, recebemos muito material escolar da parte dos países nórdicos, sobretudo da Suécia, Alemanha, antiga RDC, de Cuba... e às vezes tinha de interromper o meu trabalho porque o Cabral estava cansado de viajar sozinho e pedia que eu o acompanhasse. Fui a muitas conferências, acompanhando o Cabral.

Devocionais Pão Diário
Devocional Pão Diário | Confiança em Seu Nome

Devocionais Pão Diário

Play Episode Listen Later Sep 12, 2024 2:24


Leitura bíblica do dia: Salmo 9:7-12 Plano de leitura anual: Provérbios 13-15; 2 Coríntios 5; Já fez seu devocional hoje? Aproveite e marque um amigo para fazer junto com você! Confira: Houve um tempo em que eu temia ir à escola porque algumas garotas me intimidavam com brincadeiras cruéis. No recreio, escondia-me na biblioteca e lia as histórias cristãs. Lembro-me da primeira vez que li o nome “Jesus”. De alguma forma, eu sabia que era o nome de Alguém que me amava. Nos meses seguintes, temendo o tormento que me esperava na escola, eu orava: “Jesus, protege-me”. Sentia-me mais forte sabendo que Ele cuidava de mim. Com o tempo, elas se cansaram e pararam de me intimidar. Muitos anos se passaram e confiar em Seu nome continua a me sustentar em tempos difíceis. Confiar no nome de Jesus é crer que o que Ele afirma sobre o Seu caráter é verdade, permitindo que eu descanse nele. Davi, também, conhecia a segurança de confiar no nome de Deus. Ao escrever o Salmo 9, ele já havia experimentado Deus como o Todo-poderoso governante que é justo e fiel (vv.7-8,10,16). Davi demonstrou a sua confiança no nome de Deus lutando contra os seus inimigos, confiando não em suas armas ou habilidade militar, mas em Deus, que para ele foi um “abrigo para os oprimidos” (v.9). Quando criança, eu invoquei o nome de Jesus e experimentei como o Senhor cumpre as Suas promessas. Que todos nós possamos sempre confiar em Seu nome, Jesus, o nome Daquele que nos ama. Por: Karen Huang

Alta Definição
Salvador Sobral: "Pergunto-me se a minha filha vai ter uma doença como a que tive. Devia ser ilegal no mundo haver crianças doentes. É completamente inumano"

Alta Definição

Play Episode Listen Later Sep 7, 2024 51:45


Sete anos depois, “com menos 25 quilos e com outro coração, o músico Salvador Sobral regressa ao Alta Definição para conversar com Daniel Oliveira. A vida do músico alterou-se, principalmente desde 2017. "Parece um ano louco. A Eurovisão mudou a minha vida para sempre e o transplante de coração obviamente também", recorda o cantor. O artista confessa que não se reconhecia ao espelho antes da operação, mas com o tempo, a pouco e pouco, conseguiu recuperar a imagem em que se reconhecia. "Lembro-me de acordar da operação e não querer acordar, querer morrer, porque é uma agonia pura. Pode acontecer-me tudo na vida, os concertos mais stressantes, pode cair um piano em cima de mim, que eu acho que nunca vou sentir a dor que senti no pós-operatório", relembra Salvador Sobral. Apesar de reconhecer que terá um lugar na história por ter vencido a Eurovisão, ambiciona ser "considerado um intérprete importante no nosso país" e acredita que "isso ainda não está atingido." O Alta Definição foi exibido na SIC a 7 de setembro.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Convidado
Jogos Paralímpicos: "Cabo Verde é um país cada vez mais inclusivo"

Convidado

Play Episode Listen Later Sep 1, 2024 13:09


"As deficiências físicas de muitos atletas são consequências de guerras, doenças ou acidentes e operações", afirma o presidente do comité paralímpico de Cabo Verde e membro do comité paralímpico internacional, José Rodrigo Bejarano. RFI: Cabo Verde tem dois atletas a participar nestes Jogos Paralímpicos. Pode descrever-nos a delegação de Cabo Verde?José Rodrigo Bejarano: Não vamos só participar. Antes utilizávamos esse termo e agora falamos em competição. Os nossos dois atletas têm resultados bastante interessantes. Começamos com o atleta feminina Heidilene Oliveira; ela é uma atleta com limitações visuais da categoria T12. Ela vai correr com o seu guia e vai fazer a competição de 100 e 200 metros. Depois temos o atleta Marilson Semedo; amputado de perna e vai fazer lançamento de dardo na categoria 57.São atletas que não estão aqui para participar, mas para competir. O que é que mudou para passarmos do verbo participar ao Competir?Eu acho que é o evento, isto não é uma passarela. O evento demonstra atletas de altíssimo nível. São pessoas que treinam igual, mais e têm muito mais desafios que os atletas convencionais, os olímpicos. Além dos já conhecidos obstáculos, desafios diários, têm as suas limitações físicas e sensoriais e isso acrescenta mais ao valor da competição. A terminologia não estava errada porque são participantes de um evento, mas eles estão aqui a competir e isso que nós queremos ver.Enumerou as categorias nos quais os atletas cabo-verdianos vão competir. Como é que se prepararam para estar aqui?A maioria dos atletas já tem um percurso. O Marilson, por exemplo, participou em Tóquio e é a segunda vez que vai participar. São atletas que já estão a preparar-se para a competição há muito tempo.A Heidilene também é uma atleta que está constantemente a treinar. Eles combinam as suas actividades normais escolares, na universidade e as coisas quotidianas com os treinos. Evidentemente que gostaríamos de ter melhores condições, recursos humanos que trabalharem com eles mais de perto. Só para te dar uma ideia, a treinadora de Marilson é cubana e ela treina-o a partir de Cuba para Cabo Verde.É o Presidente do Comité Paralímpico de Cabo Verde. O que é que espera destes dois atletas?Estou contente porque vamos ver a bandeira de Cabo Verde e mostramos, uma vez mais que somos um país inclusivo, resiliente. Temos outros desafios, outras situações, mas esta especificamente, desde o ano 1998, estamos presentes desde que fundamos o Comité. Sempre tivemos apoio de acordo com as possibilidades do nosso país. Lembro  que Cabo Verde é um país muito jovem, tinha os seus próprios desafios, tem seus próprios objectivos. Ver o desporto como uma ferramenta de inclusão é importante.Em Cabo Verde, já há uma inclusão no desporto massiva ou ainda há trabalho por fazer?Não sei se massiva, por exemplo, nas nove ilhas habitadas, todas têm uma instituição, um pequeno comité, uma associação regional de desporto. Isso já quer dizer alguma coisa, inclusive a mais pequena que é a ilha do Maio- onde há menos população. Há jogos escolares, incluíram algumas modalidades para os jovens com algumas limitações físicas, sensoriais, com deficiência. Isso já é algo muito. A lei de base do sistema desportivo cabo-verdiano inclui os atletas paralímpicos. Só para dar uma ideia, os prémios que ganham um ganhador de medalha olímpica têm o mesmo valor de medalha paralímpica, inclusive os nossos dois Comités Olímpicos e Paralímpicos têm uma visão de juntar os dois comités, como fazem os Estados Unidos, os Países Baixos, a África do Sul Queremos ser talvez o primeiro país pequeno em conseguir este. Hoje estamos pelo bom caminho.Por que motivo a maior parte dos países não o faz?Acredito que são vários factores. Eu trabalhei durante 12 anos como secretário-geral do Movimento paralímpico africano. Infelizmente, muitos comités estão de costas viradas, querem protagonismo. Outro motivo é que, talvez, não tenham capacidade e a visão ainda das coisas positivas que podem sair ao juntar as mesmas formações, as mesmas oportunidades, a mesma valorização.Foi secretário do Movimento Paralímpico africano. Como é que se posicionam os países africanos hoje nos Jogos Paralímpicos?O continente africano é a região do Comité Paralímpico Internacional maior. Em África temos 54 países, entre os quais  48 comités paralímpicos registados, ainda faltam uns quatro ou cinco. Temos diferentes níveis; se falarmos de África do Sul, Egipto, Marrocos, Argélia, Nigéria, estamos a falar de comités vencedores de medalhas, de recordes mundiais. Depois há os países médios como Angola, Ruanda, Quénia. Depois os mais pequenos, do nosso tamanho, com a nossa dimensão e capacidade financeira. Evidentemente que Cabo Verde nunca vai ter uma delegação como a que tem a Nigéria, um país com 200 milhões de pessoas, nós só temos meio milhão de habitantes. Mas esta região africana é a que deveria servir, talvez para mim, de exemplo para o mundo inteiro.A maioria dos atletas que participam no movimento paralímpico são produto de guerras tipo Ruanda, Angola, onde há muitos amputados ou algumas doenças que já foram erradicadas há 40 anos, como o pólio. Ainda há alguns casos em África e outras vítimas de acidentes e operações, fenómenos que já foram ultrapassados ou não existem noutros países, são os que fazem com que o continente tenha o desafio de se organizar para dar oportunidade a esta população. Há muitos países que não dão importância suficiente, não somente o desporto convencional, mas muito mais a desporto paralímpico.Há pouco falava das categorias dos atletas cabo-verdianos F57 e T12. Que categorias são estas? É muito interessante. Quando cheguei a primeira vez a umas competições, tive que aprender, eles começaram a perguntar-me que atletas tinha. Eles diziam; ‘tenho uma T12 50' e eu não entendia do que se tratava. As letras são para definir o desporto e o número, por exemplo, 5, quer  dizer que é amputado da perna. Se ele é amputado de perna abaixo de joelho, é um número, na altura do joelho é outro número.. 55, 56, 57. Se for de braço, seriam 40.A Heidilene tem uma deficiência visual. A deficiência visual corresponde aos números 11, 12 e 13. Como é ela corredora  é T de Track. 11 é totalmente cego, 12 vê umas luzes e 13 já tem uma mínima visão para poder competir com mais técnica. Esta terminologia é interessante porque agora é globalizada. Todos utilizam uma classificação para todo mundo geral.A atleta cabo-verdiana vai ser acompanhada por uma guia. A guia tem que treinar também. Como é que tudo acontece ?Eu costumo dizer que tenho três atletas, mas só dois vão competir. Os guias são muito importantes porque têm de acompanhar, tem que se preparar de igual forma que o atleta. Antes de chegar à meta, os guias não podem passar à frente na linha final e devem recuar um pouco. Para isso tem que prestar muita atenção porque se o guia passar primeiro na meta, a corrida é anulada.Têm de estar com muita atenção  para não tropeçar, ir ao mesmo ritmo, saber quando um atleta vai muito mais rápido. Às vezes ele está excitado e tem que acompanhar. São como uma sombra é nisso consiste ser um guia. Este é um trabalho muito louvável, muito profissional.Há três semanas, os Jogos Olímpicos foram vividos com euforia. Cabo Verde conquistou a primeira medalha olímpica. Espera que estes Jogos Paralímpicos também proporcionem esta sensação de euforia e de festa?Gostaríamos muito, seria um sonho. Não fizemos primeiro, vencemos a primeira medalha de uma competição da categoria dos Paralímpicos no Rio de Janeiro, em 2016, independentemente de ser olímpicos ou não. Foi uma alegria nacional, colocámos o nome de Cabo Verde no mapa dos medalhistas paralímpicos.Ficámos muito felizes com David, que ganhou a sua medalha também de bronze para Cabo Verde. Como dizem os brasileiros, tomara que se repita. Sabemos que é um desafio muito grande. O nível dos atletas é muito alto para cada classificação desportiva. Se a medalha vier, vai ser  uma alegria extra, mas também nós sabemos que os cabo-verdianos ficam muito felizes de ver nossa bandeira desfilar nos Campos Elísios, em Paris, onde temos em França uma comunidade muito grande.

Para dar nome às coisas
S06EP237- Ser eu o máximo que eu conseguir

Para dar nome às coisas

Play Episode Listen Later Jul 3, 2024 22:41


Era bem comecinho do ano. Aquele momento em que algumas casas ainda estão com pisca pisca na janela, que ainda tem panetone no armário, que as lojas estão fazendo queima de estoque das roupas brancas e que a maior parte das pessoas tão com a lista de metas de ano novo na cabeça. Era tipo dez de janeiro e eu tava sentada numa padaria de São Paulo tomando um café com um amigo. A gente tinha acabado de pedir um brigadeiro, quando ele me perguntou quais eram as minhas metas para aquele ano. Eu não lembro exatamente do que eu respondi, mas lembro do que ele me disse, quando eu devolvi a pergunta. Ele falou: “ser eu, o máximo que eu conseguir.” Lembro de responder:  “caramba, bacana, e o que mais?” E ele me falar: Nat, já não é o bastante?”. Meses depois, essa história me voltou, junto com outra. É por aí que vai o episódio dessa semana. Cê vem? edição: @‌valdersouza1 identidade visual: @‌amandafogacatexto: @‌natyops Apoie a nossa mesa de bar: https://apoia.se/paradarnomeascoisas

Alta Definição
Clemente: “Sentia-me o dono disto tudo, ganhava muito dinheiro a cantar, era muito conhecido. Foi a pior altura da minha vida, perdi a noção dos meus valores, até a fé eu perdi”

Alta Definição

Play Episode Listen Later Jun 29, 2024 49:55


Daniel Oliveira recebe o cantor Clemente, no Alta Definição em podcast. Nascido em 1955, em Setúbal, sempre quis partir e conhecer o mundo. “É com a música que conheço o mundo, há 54 anos que dou voltas ao mundo consecutivamente a cantar para os portugueses e não só", confessa. A entrevista decorre no Forte de Albarquel, junto à praia da sua infância. “Tive um problema de saúde aos 4 anos na garganta, pré cancerígeno. Podia ter morrido, o ar e o iodo da Praia de Albarquel foram muito importantes”, recorda. O artista relembra ainda a infância, quando o pai passava muito tempo fora de casa a trabalhar no mar, para garantir uma vida estável para a família. “Tinha noção do meu privilégio. Aos 7 anos, fui para a escola com uma sanduíche de fiambre e a maior parte dos miúdos não sabiam sequer o que era. Lembro-me da surpresa, queriam dar uma dentada”. O Alta Definição foi emitido na SIC a 29 de junho.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Meditações Pura Energia Positiva
Ferramentas Práticas de Visualização para Manifestar Seus Desejos Parte 2 - Ep. 8 Temporada 2

Meditações Pura Energia Positiva

Play Episode Listen Later Jun 24, 2024 9:54


Baixe agora o aplicativo Pura Energia Positiva PREMIUM clicando neste link https://puraenergiapositiva.com/app-premium-no-ar Bem-vindo de volta! No último episódio, discutimos a importância do diário de manifestação e como visualizar seus desejos. Agora, vamos aprofundar na criação de filmes mentais e no uso de quadros de visualizações. Quando você quer manifestar algo, como um relacionamento saudável, veja-se no seu filme mental com alguém com todas as características que você gosta. Sinta-se feliz como se tudo isso estivesse realmente acontecendo para você. Se você se sentir engraçado ou bobo fazendo isso, lembre-se de que você é um ser poderoso que já está visualizando e criando filmes mentais. Criando Filmes Mentais Conscientemente Tudo o que você está fazendo é criar conscientemente o que deseja. Continue assistindo seus filmes mentais até que se tornem claros e fáceis de percorrer. Imagine seus filmes mentais como uma realidade virtual da vida que deseja viver. Sua mente não sabe se o que você está imaginando está realmente acontecendo ou se você está apenas fingindo. É por isso que, quando você vê algo que parece um inseto ou cobra, você pode se assustar e depois, quando percebe que não é, se acalma. Se sua mente soubesse que era um alarme falso, não teria reagido exageradamente com medo. No entanto, você pode ter feito seu cérebro acreditar que era um inseto ou uma cobra quando era apenas um pedaço de pau. Por isso, o que você acredita e visualiza importa mais do que a realidade. Sua mente acreditará no que você lhe disser e criará essa experiência para você. Então, continue visualizando o que deseja manifestar. Quadro de Visualizações Se tiver dificuldade em focar inicialmente no seu filme mental, você pode usar um quadro de visualizações para ajudar a ver as imagens com mais clareza. Um quadro de visualizações é uma ferramenta usada para ajudar a esclarecer, concentrar e manter seu foco em uma meta de vida específica. Literalmente, um quadro de visualizações é qualquer tipo de quadro no qual você exibe imagens que representam o que você quer ser, fazer ou ter na sua vida. Isso permite que seu cérebro capture as imagens e palavras para desencadear um humor e uma sensação. Imagem mais emoção iguala a criação de uma experiência. Ver seu quadro de visualizações diariamente mudará sua mente e começará a alinhá-lo com essas experiências de maneiras que você não pode nem imaginar. Confiando no Processo É por isso que você não deve se preocupar muito com como isso vai acontecer. Tentar usar sua mente consciente apenas limitará você ao que já conhece, mas permitir que sua mente subconsciente guie você na direção certa trará oportunidades ilimitadas. Você só precisa confiar no processo. Você pode de repente encontrar alguém ou ir a algum lugar que o alinhe com a conexão que precisa para alcançar seu objetivo. Lembro-me de que depois de começar a trabalhar no meu diário de manifestação e criar filmes mentais diariamente, obtive resultados de maneiras que nem consigo descrever em palavras. Manifestação e Poder da Mente O universo e o poder da fonte são algo que não acho que possamos compreender totalmente. Gosto de não saber como porque isso permite que o universo entregue mais rapidamente e eficientemente. Se eu pensasse muito sobre isso, limitá-lo-ia com base em quem conheço e no que sei. No entanto, quando decidi me render ao universo, comecei a sintonizar-me com uma frequência maior que alinha e conecta todos e tudo. Encontro a pessoa perfeita no momento certo. Apareço em algum lugar no momento exato para encontrar a resposta para algo que preciso saber. É como se você estivesse sendo guiado para receber o que deseja. Conclusão Manifestar não é brincadeira. O poder da sua mente não é brincadeira. Percebi isso quando olhei para o meu diário de manifestação e vi que tinha literalmente manifestado tudo o que tinha escrito lá. Até olhei para o meu quadro de visualizações e fiquei impressionado com os resultados. Às vezes, ficamos tão ocupados criando a próxima coisa que esquecemos que já manifestamos quase tudo o que ansiávamos. Gosto de olhar para meus diários de manifestação mais antigos e usá-los como inspiração para minha próxima visão e meta. Lembre-se de manter o foco e ser consistente. A razão pela qual a maioria das pessoas não alcança seus objetivos é porque eles não são o foco principal. Elas veem isso como um cenário de "um dia". No entanto, cada momento é uma chance de impressionar sua mente com exatamente o que você deseja. O quadro de visualizações permite que você mantenha o foco e atue como um lembrete constante para a visão da sua mente. Isso pode ser uma ótima ferramenta para você adicionar à sua vida para trazer clareza, foco e propósito para a realização dos seus maiores desejos. Quanto mais específico você for sobre o que deseja, maiores serão suas chances de receber exatamente o que pediu. Seja detalhado. Seus sonhos estão esperando você mudar sua mente para vê-los.   Saiba tudo sobre a Pura Energia Positiva (PEP) https://beacons.ai/puraenergiapositiva #questõespositivas #vanessascott #leidaatração #cocriacao #mindfulness

Alta Definição
Frederico Varandas sobre o Afeganistão: "Lembro-me de pensar que tinha 28 anos e não ia sair dali"

Alta Definição

Play Episode Listen Later Jun 8, 2024 50:31


Frederico Varandas, presidente do Sporting Clube de Portugal, recorda as marcas que deixou na sua memória a data de 8 de junho de 2008, dia em que achou que "não continuaria cá, neste mundo". Estava a regressar para Cabul depois de uma missão com o exército no pior local do Afeganistão, quando a coluna em que seguia foi emboscada. "A bravura daqueles homens fez com que hoje eu estivesse aqui". Frederico Varandas revive o momento de forma inédita, na entrevista mais pessoa da sua vida, com Daniel Oliveira. Oiça aqui o programa em podcastSee omnystudio.com/listener for privacy information.

Som a Pino Entrevista
Pedro Miranda: 'Eu lembro dos aplausos'

Som a Pino Entrevista

Play Episode Listen Later May 23, 2024 42:37


Roberta Martinelli conversa com Pedro Miranda, sobre carreira, pandemia, arte e o seu novo disco, “Atlântica Senhora”.See omnystudio.com/listener for privacy information.

#BiroscaNews
#BiroscaNews 258 - Empresa se Recusa a Atender Casal Gay

#BiroscaNews

Play Episode Listen Later May 14, 2024 12:01


Falo sobre a ilegalidade e inconstitucionalidade de uma empresa que se recusou a fazer o convite de casamento de um casal gay. Lembro disposições da Constituição, Código de Defesa do Consumidor e outras normas para mostrar que os donos da empresa não podem alegar razões religiosas para se recusar a prestar o serviço.Curta, Comente, Assine o Canal! Quer saber mais? Veja: https://linktr.ee/AlexandreBahia

#BiroscaNews
#BiroscaNews 255 - Empresa Condenada por Homofobia

#BiroscaNews

Play Episode Listen Later May 6, 2024 3:38


Falo sobre sentença de um juiz do trabalho de Muriaé (MG) que condenou uma empresa varejista por danos morais em razão da conivência da mesma sobre episódios de homofobia de funcionários contra um colega. Lembro que a Constituição proíbe qualquer forma de discriminação, inclusive no mercado de trabalho (art. 7o, XXX) - vale citar também a lei 9.029/1995.

Palavra Amiga do Bispo Macedo
Lembro-Me do amor do teu noivado, quando Me seguias no deserto... - Meditação Matinal 28/03/24

Palavra Amiga do Bispo Macedo

Play Episode Listen Later Mar 28, 2024 19:07


"Assim diz o Senhor: Lembro-ME de ti, da piedade da tua mocidade, e do amor do teu noivado, QUANDO ME SEGUIAS NO DESERTO, numa terra que não se semeava." Jeremias 2:2

Devocionais Pão Diário
Devocional Pão Diário | O nome perfeito

Devocionais Pão Diário

Play Episode Listen Later Dec 7, 2023 2:22


Leitura bíblica do dia: Isaías 7:10-17 Plano de leitura anual: Daniel 5–7; 2 João; Lembro que o dia estava quente e úmido quando minha esposa deu à luz o nosso segundo filho. Mas ele permaneceu sem nome enquanto decidíamos. Levou tempo e não conseguíamos decidir. Ele foi chamado de “bebê Williams” por três dias até finalmente ser chamado de Miqueias. Escolher o nome certo pode ser um pouco frustrante. Bem, a menos que você seja Deus, que decidiu o nome perfeito para aquele que mudaria as coisas para sempre. Através do profeta Isaías, Deus orientou o rei Acaz a pedir a Ele “um sinal” para fortalecer sua fé (Isaías 7:10-11). Embora o rei se recusasse a pedir um sinal, Deus lhe deu um: “A virgem ficará grávida! Ela dará à luz um filho e o chamará de Emanuel” (v.14). Deus nominou a criança, e Ele seria um sinal de esperança para as pessoas que enfrentam o desespero. O nome ficou decidido e Mateus lhe deu um novo significado quando escreveu a narrativa do nascimento de Jesus (Mateus 1:23). Jesus seria “Emanuel”. Ele não seria apenas um representante de Deus, mas Ele seria Deus encarnado, que viria resgatar o Seu povo do desespero do pecado. Deus nos deu um sinal. O sinal é um Filho. O nome do Filho — Emanuel, Deus conosco reflete Sua presença e amor. Hoje, o Senhor nos convida a aceitar o Emanuel e a saber que Deus está conosco. Por:  Marvin Williams

Meditação Diária com o Pe. João Carlos
26 de novembro - Meditação da Palavra do Senhor

Meditação Diária com o Pe. João Carlos

Play Episode Listen Later Nov 26, 2023 15:10


Devocionais Pão Diário
Quando você não consegue prosseguir | Devocional Pão Diário

Devocionais Pão Diário

Play Episode Listen Later Nov 19, 2023 2:15


Leitura bíblica do dia: Lamentações 3:21-23 (ARC) Plano de leitura anual: Ezequiel 11–13; Tiago 1; Em 2006, meu pai foi diagnosticado com uma doença neurológica que lhe tirou a memória, a fala e o controle sobre seus movimentos. Ficou acamado em 2011 e continua sob os cuidados de minha mãe em casa. O início de sua doença foi sombrio. Eu estava com medo: não sabia nada sobre como cuidar de uma pessoa doente e estava preocupada com as finanças e a saúde da minha mãe. As palavras de Lamentações 3:22 me ajudaram a me levantar de manhã, quando a luz era tão cinza quanto o meu coração: “As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos”. A palavra hebraica para “consumidos” significa “ser totalmente consumido” ou “chegar ao fim”. O grande amor de Deus nos permite prosseguir, levantar-nos para enfrentar o dia. As provações podem parecer insuportáveis, mas não seremos destruídos por elas porque o amor de Deus é muito maior! Lembro-me de muitas vezes quando Deus mostrou Seus caminhos fiéis e amorosos para minha família. Vi Sua provisão na bondade de parentes e amigos, no sábio conselho dos médicos, na provisão financeira e no lembrete em nosso coração de que, um dia, meu pai estará são novamente, no Céu. Se você estiver enfrentando um momento difícil, vá em frente! Você não será consumido pelo que enfrenta. Confie no amor fiel de Deus e Sua provisão. Por:  Karen Huang

Para dar nome às coisas
S05EP206 - Nomeie, ritualize e recomece

Para dar nome às coisas

Play Episode Listen Later Nov 1, 2023 43:37


Eram duas pessoas sentadas numa muretinha de uma cidade praiana. Uma delas dizia que tinha terminado uma relação há algum tempo, mas ainda não conseguia fechar a porta. Aquela que existia do lado de dentro. O amigo, depois de escutar a história, tirava um bloco de notas do bolso e pedia para ela escrever tudo que estava difícil de deixar pra trás. Ela fazia. Então eles iam para casa de um deles e colocava fogo no papel. Era um ritual de despedida. Lembro de ver essa cena e primeiro achar bonito e significativo. Depois de alguns anos achar raso e superficial, porque ninguém desapega por queimar um papel. E por último achar que aquilo era a representação de um primeiro passo. Ritualizar não muda o cenário, mas muda a intenção. Muda a clareza. Eu não percebi isso vendo o filme, mas ouvindo a minha intuição que um dia - anos mais tarde - disse: “escreve uma carta e guarda no fundo da gaveta. Só abre se isso que você temeacontecer.” Naquele dia levantei do sofá com coragem. edição @valdersouza1 identidade visual @amandafogaca texto @natyops

Sem Barbas Na Língua
Cenas várias que agora não me lembro para meter no título

Sem Barbas Na Língua

Play Episode Listen Later Oct 4, 2023 66:46


No episódio desta semana falamos sobre desigualdades, xenofobia, e cenas várias que agora não me lembro.

Resenha Tricolor SPFC
Resenha Tricolor 284 - Se fui triste eu não lembro!

Resenha Tricolor SPFC

Play Episode Listen Later Oct 4, 2023 61:40


Enfim a tranquilidade de um time campeão. Foram muitos resenhas de terapia de grupo mas pelo menos até o ano que vem é só felicidade por aqui. E você torcedor? Link do financiamento do livre 1993: https://www.kickante.com.br/pre-venda...

Portuguese For Listening With Eli And Friends
Episode 234: Talking about Products You Buy

Portuguese For Listening With Eli And Friends

Play Episode Listen Later Sep 2, 2023 46:28


For the assessment, please follow this link: https://portuguesewitheli.com/assessment Tem gente que nutre um saudosismo exagerado pelo passado... e eu sou uma dessas pessoas. Sabe, antigamente eu adorava fazer compras pelo telefone. Tinha um canal na televisão que passava televendas de madrugada. E como eu passava noites e noites e sem pregar o olho, acabava assistindo aquela maravilha. Via tantas bugigangas que prometiam mundos e fundos e ficava encantado. Eu precisava daquilo tudo. Lembro que uma vez comprei um espremedor de frutas elétrico. Chegou numa caixa enorme. Era um trambolho deste tamanho que prometia fazer um suco em menos de dez segundos. E, de fato, em menos de dez segundos tinha suco pela casa toda. Ele espirrava suco para todo lado e fazia uma barulheira infernal. Tremia como se estivesse possesso e, apesar de não parecer quebradiço, se desfez todo na primeira vez que se espatifou no chão. Depois foi a vez de um aspirador de pó. Quando desliguei o telefone, fiquei tão orgulhoso – era o primeiro vizinho que abandonava aquelas vassouras antiquadas por um aspirador. Na primeira vez que fui aspirar, não consegui controlar bem a mangueira e acabei batendo no vaso da sala. O vaso caiu no chão e se estilhaçou todo. Eu fiquei desesperado – o vaso tinha sido da minha avó – e, no embalo, acabei pisando num caco, furando meu pé, caindo no chão e me estropiando todo. Depois do primeiro uso, porém, o aspirador funcionou que foi uma beleza e só queimou porque houve um curto-circuito. Mas era top de linha. Pena que nunca encontrei outro no mercado... Hoje em dia, porém, não tem mais graça. Antigamente eu sentia a emoção de tirar o telefone do gancho, ouvir o sinal de chamada, discar o número, esperar o atendente do outro lado e ficar “oi, alô, tá me ouvindo? Pode repetir, por gentileza?” e, dias depois, às vezes semanas, receber o produto em casa. Tudo bem que eu acumulei muita tralha assim, tudo caía aos pedaços depois do primeiro mês de uso, mas era divertido. Podiam ser produtos vagabundos, mas tinham personalidade. Hoje, então? Liga-se o computador, insere-se os dados do cartão e clica-se em “confirmar”. Pronto. No outro dia, o produto chega na sua casa. Se ele tiver com algum defeito, a empresa não demora nem um dia para ressarcir o dinheiro. A publicidade hoje não é mais enganosa como antigamente. --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/portuguesewitheli/message