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"Não me escapa o ridículo de ser o comentador oficial deste assunto, mas prefiro isto a estar calado". Na Edição da Noite da SIC Notícias desta terça-feira, Ricardo Araújo Pereira relata a Rodrigo Pratas a experiência como testemunha no julgamento de Joana Marques em tribunal, processada por uma piada sobre a prestação de Nelson e Sérgio Rosado, dupla conhecida como Anjos, a cantar o hino de Portugal. "O humor não pode ser julgado como se fosse um crime", refere o "comentador oficial", relembrando que "as pessoas ofendem-se com várias coisas. Às vezes, até factos e verdades. Isso não significa que a gente vá proibir factos e verdades". E confessa: "não me senti réu, mas, num certo sentido, senti-me: se a Joana for condenada, eu também sofro. Em primeiro lugar, também sofro. Sofrem todos os que têm a mesma profissão da Joana. E, em segundo lugar, sofre qualquer cidadão".See omnystudio.com/listener for privacy information.
Lembro de quando eu era criança e meus irmãos deram muita risada da minha cara porque, certo dia, achei que lavagem de dinheiro fosse uma coisa bem literal. Ou seja, que consistisse no ato de jogar cédulas e moedas num tanque pra combater germes. Tô ligado que você sabe que não tem nada a ver com isso e que é um crime, até porque você deve ter visto algum filme ou série em que a galera pratica lavagem de dinheiro — Ozark, da Netflix, talvez tenha sido a melhor de todas (Ruth, tudo pra mim!). Mas, se numa conversa num bar, alguém pedisse pra você EXPLICAR o que exatamente é lavagem de dinheiro, você saberia? Não vale se você é do ramo de finanças, poxa! Bom, muita gente não saberia, e foi pensando nessa turma que criei o episódio. Clica aí, que chegou a hora de aprender!============================Use o cupom ALVINO e ganhe 10% de desconto na evino============================APRENDA EM 5 MINUTOS é o podcast sobre coisas que você nem sabia que queria saber. Os episódios são roteirizados e apresentados por Alvaro Leme. Jornalista, mestre e doutorando em Ciências da Comunicação na ECA-USP e criador de conteúdo há vinte anos, ele traz episódios sobre curiosidades dos mais variados tipos. São episódios curtos, quase sempre com 5 minutos — mas alguns passam disso, porque tem tema que precisa mesmo de mais um tempinho.Edição dos episódios em vídeo: André Glasnerhttp://instagram.com/andreglasnerDireção de arte: Dorien Barrettohttps://www.instagram.com/dorienbarretto66/Fotografia: Daniela Tovianskyhttps://www.instagram.com/dtoviansky/Siga o APRENDA no Instagram: http://instagram.com/aprendapodcasthttp://instagram.com/alvarolemeComercial e parcerias: contato@alvaroleme.com.br======================Quer saber mais? Confira as fontes que consultei enquanto criava o episódio - A atuação do Banco Central na prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento ao terrorismoPor Corpo Técnico do Banco Central, Banco Central do Brasil - História da Lavagem de DinheiroPor Nadine Cemin, Jusbrasil - Crime empresarial - Lavagem de dinheiro - Lei 9.613/98Por Marcelo Campelo, Migalhas - Quem é o profissional que atua na área de prevenção à lavagem de dinheiro?AML Reputacional - Operação mira lavagem de dinheiro do CV e do PCC que girou R$ 6 bilhões em 1 ano e criou até banco digitalPor A. Rezende e F. Freire, G1 - Lavagem de Dinheiro: Um Problema MundialCOAF / GOV.BR
DANÇAR é ser conduzida pela canção da PromessaLeva-me a dançar envolta em Seus braços de Amor, enquanto ouço as batidas do nosso coração como uma só.Lembro-me ao ouvir Sua Voz me dizendo:Filha, celebre no caminho!Como poderia?Em meio às lágrimas não ouvia a canção que me deste, em meio a dor minhas vestes carregavam um fardo, não havia mais voz.Celebre o que já está determinado, liberado pelo Pai, a PromessaA nossa confiança irrestrita é DANÇAR enquanto não vemos motivos para celebrar.por Pastora Izza Vieira _Ministry Restored Women for the Nations_@pastoraizzavieira
Nos 50 anos da independência de Cabo Verde, a RFI publica várias reportagens sobre o tema. Neste oitavo episódio, vamos até ao Museu - Campo de Concentraçao do Tarrafal, na ilha de Santiago, guiados pelos antigos presos políticos Gil Querido Varela e António Pedro da Rosa. Nesta viagem a um passado não muito distante, Gil Querido Varela, 90 anos, e António Pedro da Rosa, 76 anos, levam-nos ao Campo de Concentração do Tarrafal, convertido em museu com dez salas de exposição. Os dois fazem parte dos 20 “nomes da liberdade” inscritos na sala dos presos cabo-verdianos, onde também estão expostas as suas fotografias. “Ao chegar recordamos o que tínhamos passado por aqui. E, às vezes, também procuramos esquecer o que passámos por aqui”, começa por dizer António Pedro da Rosa à chegada ao Campo de Concentração do Tarrafal. Gil Querido Varela completa: “O passado volta, lembro-me do primeiro dia em que aqui cheguei. Até hoje. Lembro-me também do dia 1 de Maio de 74, quando regressei e estavam saindo todos.” A viagem começa na Praia, com António Pedro da Rosa, e pelo caminho vamos buscar o seu amigo até chegarmos à aldeia de Chão Bom, no Tarrafal. Uma hora de carro a percorrer a ilha de Santiago, em Cabo Verde, para chegar ao local que ficou conhecido como “campo da morte lenta”, numa primeira fase, entre 1936 e 1954, quando 32 opositores políticos à ditadura ali morreram perante condições tenebrosas para os que ali foram desterrados de Portugal. Sobre essa altura, Gil Querido Varela cita um preso: “Aqui no campo não se vive, aguarda-se a morte. Lenta, mas certa.” Quando Gil e António aqui chegaram, o campo já tinha mudado de nome. O ditador português, António de Oliveira Salazar, tinha sido obrigado a desactivar a colónia penal por pressão da comunidade internacional, alertada pelos relatos do tratamento desumano dado aos presos e pelas condições do espaço. Com o início das lutas pela independência, o campo reabre, em 1962, para prender anticolonialistas de Angola, Guiné-Bissau e Cabo Verde. Passara a ser “Campo de Trabalho de Chão Bom”. Mas de bom pouco havia a não ser os laços que os presos ali criaram e a própria reinvenção da vida. Até 1974, ali estiveram presos 20 cabo-verdianos, 106 angolanos e 100 guineenses. Quatro morreram lá dentro. Gil Querido Varela, conhecido por "Kid Varela", interessou-se pela política desde pequeno, durante uma das grandes fomes de Cabo Verde, em 1947. “Quem viu aquela fome, não podia ficar indiferente”, conta. Em 1965, concorre a um lugar de professor, mas não consegue o emprego por ter uma classificação negativa da polícia política. Nesse ano, adere ao PAIGC num grupo coordenado por Felisberto Vieira Lopes. Junta-se, entretanto, ao grupo de Fernando Tavares, “Toco”, e foi detido depois dele, em 1968, e no mesmo dia que outros membros desse grupo, incluindo o seu parente José Maria Ferreira Querido. Primeiro foi interrogado e torturado na polícia, no Plateau, a seguir foi transferido para a Cadeia Civil da Praia e entrou no Tarrafal em Abril de 1970 com “Toco” e José Querido. Os três foram logo atirados para as celas disciplinares, na obscuridade, e o director da prisão, Eduardo Fontes, conhecido como “Dadinho”, disse-lhe que “escuridão era bom para a vista”. Gil Querido Varela e os seus companheiros eram acusados de “crime contra a segurança interior e exterior do Estado”, nomeadamente por suspeição de estarem a preparar um possível desembarque de elementos de Amílcar Cabral em Cabo Verde. Foram enviados para julgamento em São Vicente, em Outubro, sendo absolvidos por falta de provas e saindo em liberdade a 9 de Janeiro de 1971. Este foi o último julgamento de presos do Tarrafal. “Eles não tinham provas porque não trabalhávamos com papéis”, acrescenta, em referência aos tempos da luta clandestina. António Pedro da Rosa entrou no Tarrafal sem saber por quanto tempo ficaria preso. Ele e vários outros nacionalistas foram detidos no caso Pérola do Oceano, uma operação planeada pela polícia política portuguesa para prender militantes e responsáveis do PAIGC. Um indivíduo tinha fingido ser um elemento do PAIGC vindo da Guiné e convenceu vários militantes de Santa Catarina, em Santiago, que se iria desviar um barco para se juntarem à luta armada na Guiné. No dia da tomada do barco, a 20 de Agosto, António e vários membros do PAIGC são presos, levados para a cidade da Praia, interrogados e torturados. Durante sete meses estiveram às mãos da PIDE e dos seus interrogatórios nocturnos. António Pedro da Rosa foi para o Tarrafal em Fevereiro de 1971 e de lá só saiu três anos depois, a 1 de Maio de 1974. “Veio um senhor chamado José Reis Borges e ele convidou-nos para assaltar o Pérola do Oceano para irmos para o Senegal e, depois, íamos entrar nas fileiras do partido para uma luta da independência na Guiné. Foi assim que viemos parar aqui. Mas o José não era do PAIGC, ele simplesmente veio a mando do próprio Governo português para detectar as pessoas que trabalhavam na clandestinidade pela luta da independência”, lembra. Com a chegada dos presos ligados ao caso do "Pérola do Oceano", o primeiro grupo de cabo-verdianos que lá estava organiza-se para os apoiar nos estudos. As aulas funcionavam na sala comum onde estavam todos os cabo-verdianos. Só tinham direito a sair meia hora de manhã e meia hora à tarde. António Pedro da Rosa conheceu aí referências da luta anticolonial como Lineu Miranda, Luís Fonseca, Carlos Tavares e Jaime Schofield que se ocuparam das aulas. No Tarrafal estudava-se e a luta continuava. Os presos políticos cabo-verdianos aliciaram secretamente para a causa anti-colonialista dois guardas também cabo-verdianos através dos quais conseguiram fazer entrar familiares que lhes passavam informações, mas também um receptor de rádio portátil. Um desses guardas, sobrinho de Gil Querido Varela, ensinou-os até a manejar armas. As escondidas, claro está. “Ele é que nos deu a arma. Ele tirou a munição e entregou-nos a pistola aqui dentro da célula e disse: ‘Quem sabe manejar, ensina os que não sabem.' Assim é que quem não sabia manejar a pistola aprendeu nesta circunstância. Ele trazia consigo um cão que o ajudava se visse o director”, conta António. Gil Querido Varela pensa que foi esse guarda que teria levado o aparelho de rádio para a prisão, o que ajudava a estar a par dos avanços da luta armada na Guiné. Os dois amigos continuam a visita guiada à prisão, como guardiões de um tempo que não querem que seja silenciado. Vamos aos diferentes espaços e vemos a “Holandinha”, uma cela de castigo, minúscula, praticamente sem luz, sem espaço para deitar, em que António tem de baixar a cabeça para estar de pé lá dentro. Esta era a herdeira da ‘frigideira' ou ‘frigorifico', a cela que na primeira fase do campo estava cruelmente exposta ao sol no verão e ao frio no inverno. A “Holandinha” estava construída dentro da arrecadação anexa à cozinha e era uma estrutura de betão dentro de uma sala. “Era só água para beber, uma lata para defecar e fazia tudo aqui, porta fechada. Davam pão e água uma semana ou conforme o castigo. Se fossem três dias, era três dias a pão e água. Recebia uma lata de cinco litros de água, punham aqui”, acrescenta António, sublinhando que nem ele nem o seu camarada tiveram a “holandinha” como castigo. Porém, por se ter recusado a comer pão azedo, uma vez, ficou sem poder ter visitas, recorda. Outra das violências mais difíceis era a fome e a subalimentação. O 25 de Abril só chegou ao Tarrafal a 1 de Maio de 1974, quando uma multidão foi ao campo exigir a libertação de todos os presos políticos. La fora, estava Gil Querido Varela, e lá dentro, António Pedro da Rosa. Os portões abriram-se e os presos foram recebidos em delírio e muitos seguiram em cortejo e festa até à cidade da Praia, a uns 70 quilómetros do Tarrafal, na ponta sul da ilha. “Foi um dia muito feliz”, recorda Gil Varela, enquanto António Pedro da Rosa recorda “a grande emoção” que sentiu. Porém, em Dezembro de 1974, as portas voltaram a fechar-se. No interior ficavam 70 cidadãos cabo-verdianos, adversários do PAIGC e afectos na sua maioria à UDC e à UPICV, formações que não teriam lugar no regime de partido único. Na altura, ainda eram as autoridades portuguesas quem mandava, justificam personalidades do PAIGC. Libertados a pouco e pouco, os últimos presos foram abrangidos por uma amnistia decretada aquando da independência. O campo viria a ser extinto "para sempre" em 19 de Julho de 1975, por uma das primeiras leis de Cabo Verde. No futuro, o Museu do Campo de Concentração do Tarrafal quer ser Património da Humanidade da UNESCO como memória de um dos “cárceres do Império” que tentou condenar ao esquecimento as vozes e as vidas dos resistentes ao colonial-fascismo. A candidatura está a ser trabalhada por Cabo Verde, Portugal, Angola e Guiné-Bissau. No total, entre 1936 e 1974, aqui estiveram encarcerados, na sua maioria sem julgamento, um total de 588 homens, de acordo com o livro “Tarrafal - Campo de Concentração - Presos Políticos e Sociais” de Alfredo Caldeira e João Esteves. Se quiser aprofundar este assunto, pode ouvir aqui a entrevista integral aos nossos dois convidados.
Neguinho da Beija-Flor disse adeus este ano como intérprete de sambas-enredo na Marquês de Sapucaí, mas às vésperas de completar 76 anos, não fala em aposentadoria. Em entrevista exclusiva à Rádio França Internacional, Neguinho da Beija-Flor, que nasceu Luiz Antônio Feliciano Marcondes, falou de seu novo trabalho, o álbum Empretecendo, feito com Xande de Pilares, e de seu projetos de levar desfiles das escolas de samba para Portugal. Lizzie Nassar Valença, correspondente da RFI em Portugal Em um bate-papo, Neguinho da Beija-Flor, o eterno intérprete da Beija-Flor de Nilópolis, revelou novidades sobre sua vida pessoal e profissional. Agora morando entre Portugal e o Brasil, o cantor, que completou recentemente 50 anos de carreira, compartilhou sua música inédita, "por toda vida, Beija-Flor", além de falar sobre planos. Neguinho da Beija-Flor e seus planos de levar o samba para a Europa Com novo endereço, em Vila Nova de Gaia, na região do Porto, Neguinho compartilhou seus grandes planos para a música brasileira no continente europeu. “A minha pretensão é levar o desfile das escolas de samba para Portugal. É a mesma língua, temos uma conexão muito forte... Estamos falando nisso já para 2026”, afirmou o cantor. Essa ambição é mais do que um simples sonho, é um projeto que Neguinho já começa a desenhar. A ideia é criar uma grande celebração do samba em terras lusas, algo que pode se tornar um marco para a cultura brasileira no exterior. Entre o Brasil e Portugal: Uma nova fase na vida de Neguinho Apesar de estar se dividindo entre os dois países, Neguinho admite que ainda está em um processo de adaptação. “A minha esposa é neta de português e nós gostamos muito de lá. Mas é difícil, o umbigo está enterrado no Brasil. Quando você vai para lá, dá vontade de voltar, e quando está aqui, pensa que lá estava legal. Estamos ainda indecisos”, brinca o sambista, mostrando a dificuldade de se estabelecer em outro lugar, mesmo com a proximidade da cultura e a língua. Essa fase de transição também trouxe uma nova inspiração para o músico. A canção "Por toda vida, Beija-Flor", escrita em sua nova residência no Porto, é um reflexo desse momento de vida e celebra seus 50 anos de carreira. Em sua nova casa, rodeado por boas memórias e muitas reflexões, Neguinho compôs a canção, que traz um olhar íntimo sobre sua trajetória e sua conexão com o samba. A letra, que traduz o carinho por sua história, está repleta de sentimentos de renovação e reverência aos anos de dedicação ao samba. Memórias de uma vida dedicada à música A entrevista também foi um momento de relembrar o início de sua jornada musical, com imagens de sua juventude e primeiros passos no samba. “Eu venho de uma família de músicos. A música sempre esteve presente. Lembro que ganhei um prêmio de duas latas de goiabada por cantar em um parque de diversão, com apenas 9 anos”, compartilhou, com um sorriso nostálgico. Neguinho também falou sobre sua experiência nas Forças Armadas. “Eu servi na Aeronáutica entre 1967 e 1971, uma época sem celulares ou câmeras. A única pessoa que tem fotos dessa época é o meu amigo Barbosa, um irmão que sempre esteve ao meu lado. E todo dia 29 de junho, no meu aniversário, nos encontramos”, disse emocionado. Aposentadoria? Não Apesar de ter sido anunciado como aposentado, Neguinho desmentiu os boatos e explicou a situação: “Eu não fui feliz na forma como me expressei. O que eu queria dizer é que estou passando o microfone para a nova geração. 50 anos foi o suficiente. A avenida é um ciclo longo, mas poucos conseguem alcançar essa meta na mesma escola. Agora é hora de dar espaço aos novos talentos”, explicou. O cantor afirmou ainda que a Beija-Flor está promovendo um reality show para escolher o próximo cantor a seguir seus passos. "Não tem substituto para o Neguinho. A Beija-Flor vai escolher entre os cantores que já me acompanham na avenida, e está sendo muito difícil, porque todos são meus amigos", afirmou. O futuro: Turnê pela Europa e um projeto com Xande de Pilares Com sua mente voltada para novos horizontes, Neguinho também revelou que está em processo de gravação de um DVD ao lado de Xande de Pilares. O projeto Empretecendo reúne 22 faixas compostas por ele e com convidados especiais como Zeca Pagodinho, Ferrugem, Renato da Rocinha e Alcione. “O Xande me fez uma homenagem cantando todas as músicas que marcaram a minha carreira. Já está nas plataformas digitais, e agora vamos gravar o DVD na Cidade do Samba”, contou. Além disso, Neguinho confirmou que fará uma turnê pela Europa, com shows previstos para Portugal, França, Bélgica e Alemanha. “Vou começar por Portugal, mas a ideia é seguir por vários países. A música brasileira precisa chegar ao mundo e esse é o nosso objetivo”, disse, empolgado. Novos rumos e mais inspirações pela frente Em breve, Neguinho retorna à Europa para continuar seus projetos e, quem sabe, se inspirar em novas músicas e ideias. “Eu devo chegar no dia 20 de julho e ficar até 10 de setembro. Vamos rodar a Europa com esse projeto e ver o que mais vem por aí", concluiu. Com uma carreira sólida, Neguinho da Beija-Flor continua a fazer história e levar o samba para novos públicos, sempre com o espírito renovado e os olhos voltados para o futuro.
Há alguns anos eu trabalhei como garçom em um hotel na Irlanda. Quando vi a vaga em um anúncio, me interessei muito, afinal de contas, além do valor do meu salário, sabia que certamente iria receber gorjetas polpudas e, por isso, me esforcei para ir bem na entrevista. Deu certo.No exterior, os garçons dobram ou triplicam seus ganhos em função das gorjetas. É diferente do Brasil. A grande questão foi que, na entrevista, fui informado que seria garçom do café da manhã, ao invés de jantares e almoços.Automaticamente, imaginei que as gorjetas não viriam como pensei. Como precisava de trabalho, resolvi encarar mesmo assim.No primeiro dia, já fui perguntando para todos os membros da equipe de garçons se recebiam gorjetas ali, naquele horário, e as respostas foram unanimes: "NÃO". Aquilo até me desanimou um pouco, mas lembrei que para muitas coisas na vida querer é poder, e temos que fazer por merecer. Então, comecei uma campanha imensa para conseguir tirar leite de pedra, conseguir uma boa remuneração extra no café da manhã.Alguns dias depois, um homem carrancudo entrou no refeitório. Eu o abordei e o convidei para sentar e ele, nem sequer, responder meu bom dia.Logo em seguida, me pediu algumas coisas, dentre elas um chá. Perguntei se gostaria que eu adoçasse ou não, se queria a xícara cheia ou não. Enfim, vendo aquela cara feia, ao invés de ficar bravo com ele, pensei que ele precisaria um pouco mais de atenção e o fiz com todo carinho do mundo.Ele foi embora depois de meia hora e nem se despediu de mim, mas tudo bem. Fui limpar sua mesa e, ao levantar seu prato, vi que ele havia ali deixado mais de uma dezena de moedas, elas eram douradas e pareciam tesouro.Não podia acreditar no que estava vendo! Fiquei muito grato e, naquele dia, um conceito foi plantado em minha cabeça: vejo muitas pessoas dizendo que esperam algo acontecer para fazer o que precisa ser feito, quando, na realidade, devemos fazer o que precisa ser feito para que algo aconteçaAlguns amigos me diziam que quando o cliente chegava com cara feia, eles nem se esforçavam, como quem diz: ele tem que fazer a parte dele primeiro para eu fazer a minha. Um grande erro, porque só quando fazemos a nossa parte as coisas acontecem.Daquele dia em diante comecei a aprender falar "bom dia" em vários idiomas para fazer um atendimento diferenciado a cada hóspede. Me interessava por fazer com que saíssem do hotel com uma carga extra de energia de manhã, fazia meu melhor, mesmo quando aparentava não ser correspondido.Depois de algumas semanas, naquele mesmo local onde nunca haviam sido dadas gorjetas, eu recebia muito dinheiro extra dos hóspedes, em retribuição aos meu atendimento. Percebi que algumas pessoas da equipe mudarem sua postura ao ver como eu fazia o atendimento e também começaram a receber.Lembro de uma lição que ouvi de alguém muito sábio:"Mude a atmosfera, saia e vá acima das nuvens onde o céu é sempre azul". É isso que tento fazer todos os dias e, realmente, os resultados são outros! Tente você também!
Há alguns anos eu trabalhei como garçom em um hotel na Irlanda. Quando vi a vaga em um anúncio, me interessei muito, afinal de contas, além do valor do meu salário, sabia que certamente iria receber gorjetas polpudas e, por isso, me esforcei para ir bem na entrevista. Deu certo.No exterior, os garçons dobram ou triplicam seus ganhos em função das gorjetas. É diferente do Brasil. A grande questão foi que, na entrevista, fui informado que seria garçom do café da manhã, ao invés de jantares e almoços.Automaticamente, imaginei que as gorjetas não viriam como pensei. Como precisava de trabalho, resolvi encarar mesmo assim.No primeiro dia, já fui perguntando para todos os membros da equipe de garçons se recebiam gorjetas ali, naquele horário, e as respostas foram unanimes: "NÃO". Aquilo até me desanimou um pouco, mas lembrei que para muitas coisas na vida querer é poder, e temos que fazer por merecer. Então, comecei uma campanha imensa para conseguir tirar leite de pedra, conseguir uma boa remuneração extra no café da manhã.Alguns dias depois, um homem carrancudo entrou no refeitório. Eu o abordei e o convidei para sentar e ele, nem sequer, responder meu bom dia.Logo em seguida, me pediu algumas coisas, dentre elas um chá. Perguntei se gostaria que eu adoçasse ou não, se queria a xícara cheia ou não. Enfim, vendo aquela cara feia, ao invés de ficar bravo com ele, pensei que ele precisaria um pouco mais de atenção e o fiz com todo carinho do mundo.Ele foi embora depois de meia hora e nem se despediu de mim, mas tudo bem. Fui limpar sua mesa e, ao levantar seu prato, vi que ele havia ali deixado mais de uma dezena de moedas, elas eram douradas e pareciam tesouro.Não podia acreditar no que estava vendo! Fiquei muito grato e, naquele dia, um conceito foi plantado em minha cabeça: vejo muitas pessoas dizendo que esperam algo acontecer para fazer o que precisa ser feito, quando, na realidade, devemos fazer o que precisa ser feito para que algo aconteçaAlguns amigos me diziam que quando o cliente chegava com cara feia, eles nem se esforçavam, como quem diz: ele tem que fazer a parte dele primeiro para eu fazer a minha. Um grande erro, porque só quando fazemos a nossa parte as coisas acontecem.Daquele dia em diante comecei a aprender falar "bom dia" em vários idiomas para fazer um atendimento diferenciado a cada hóspede. Me interessava por fazer com que saíssem do hotel com uma carga extra de energia de manhã, fazia meu melhor, mesmo quando aparentava não ser correspondido.Depois de algumas semanas, naquele mesmo local onde nunca haviam sido dadas gorjetas, eu recebia muito dinheiro extra dos hóspedes, em retribuição aos meu atendimento. Percebi que algumas pessoas da equipe mudarem sua postura ao ver como eu fazia o atendimento e também começaram a receber.Lembro de uma lição que ouvi de alguém muito sábio:"Mude a atmosfera, saia e vá acima das nuvens onde o céu é sempre azul". É isso que tento fazer todos os dias e, realmente, os resultados são outros! Tente você também!
Devocional do dia 12/06/2025 com o Tema: "Aparências" Lembro-me do meu casamento. Houve um bom período de relacionamento, entre namoro e noivado. E, como creio que acontece com todo jovem casal, parecia que todas as surpresas já haviam sido expostas. Leitura bíblica: Cantares 1.5-7 Versículo Chave: Não julguem de acordo com as aparências, mas julguem de maneira justa (Jo 7.24, NVT).See omnystudio.com/listener for privacy information.
Mensagem gravada em 01/06/2025Pastor Rodrigo Freitas Deus está levantando Homens e Mulheres, restauradores para Sua Glória ! Lamentações 3:1-26 NVI[1] Eu sou o homem que viu a aflição trazida pela vara da sua ira. [2] Ele me impeliu e me fez andar na escuridão, e não na luz; [3] sim, ele voltou sua mão contra mim vez após vez, o tempo todo. [4] Fez que a minha pele e a minha carne envelhecessem e quebrou os meus ossos. [5] Ele me sitiou e me cercou de amargura e de pesar. [6] Fez-me habitar na escuridão como os que há muito morreram. [7] Cercou-me de muros, e não posso escapar; atou-me a pesadas correntes. [8] Mesmo quando chamo ou grito por socorro, ele rejeita a minha oração. [9] Ele impediu o meu caminho com blocos de pedra; e fez tortuosas as minhas sendas. [10] Como um urso à espreita, como um leão escondido, [11] arrancou-me do caminho e despedaçou-me, deixando-me abandonado. [12] Preparou o seu arco e me fez alvo de suas flechas. [13] Atingiu o meu coração com flechas de sua aljava. [14] Tornei-me objeto de riso de todo o meu povo; nas suas canções eles zombam de mim o tempo todo. [15] Fez-me comer ervas amargas e fartou-me de fel. [16] Quebrou os meus dentes com pedras; e pisoteou-me no pó. [17] Tirou-me a paz; esqueci-me o que é prosperidade. [18] Por isso, digo: “Meu esplendor já se foi, bem como tudo o que eu esperava do Senhor”. [19] Lembro-me da minha aflição e do meu delírio, da minha amargura e do meu pesar. [20] Lembro-me bem disso tudo, e a minha alma desfalece dentro de mim. [21] Todavia, lembro-me também do que pode me dar esperança: [22] Graças ao grande amor do Senhor é que não somos consumidos, pois as suas misericórdias são inesgotáveis. [23] Renovam-se cada manhã; grande é a sua fidelidade! [24] Digo a mim mesmo: A minha porção é o Senhor; portanto, nele porei a minha esperança. [25] O Senhor é bom para com aqueles cuja esperança está nele, para com aqueles que o buscam; [26] é bom esperar tranquilo pela salvação do Senhor.https://bible.com/bible/129/lam.3.1-26.NVI#Jesus #igreja #honra #transformação #Jesus #ressurreição #PalavraDeDeus #DeusPai #EspiritoSanto #PAI #Mensagem #Pregação #Sermão #p4 #p4church #onLine- --Curta, compartilhe e inscreva-se para ficar atualizado com os nossos conteúdos!Para saber mais sobre nossa igreja:Site: https://igrejaprojeto4.com.br/Faça seu pedido de Oração: https://igrejaprojeto4.com.br/pedidosFacebook: https://www.facebook.com/p4church/Instagram: https://www.instagram.com/igrejaprojeto4/Podcast: https://igrejaprojeto4.com.br/p4cast/Youtube: [https://www.youtube.com/@IgrejaProjeto4](https://www.youtube.com/IgrejaProjeto4)- --Culto online todos os domingos no YouTube!
Deambulação que foi encentada graças ao fragmento do livro "Lembro-me" e aproveitámos a viagem para aterrarmos na infância. Falou-se da pertinência das alcunhas sensivelmente ásperas desse tempo. Ensaios humorísticos: https://robertogamito.substack.com
Aprofunde sua devoção a Deus em fiel.in/devocionalNo início de tudoEm amor nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade. (Efésios 1.4-5)A experiência de Charles Spurgeon não está além da capacidade de qualquer cristão comum.Spurgeon (1834-1892) foi um contemporâneo de George Mueller. Ele serviu o Tabernáculo Metropolitano, em Londres, por mais de trinta anos, como o pastor mais notável de seu tempo.Sua pregação era tão poderosa que pessoas se convertiam a Cristo todas as semanas. Seus sermões ainda são impressos hoje e ele é considerado por muitos como um modelo de ganhador de almas.Ele se lembra de uma experiência de quando tinha dezesseis anos que moldou sua vida e seu ministério pelo restante dos seus dias.Quando estava indo a Cristo, pensei que eu estava fazendo tudo sozinho, e embora buscasse o Senhor fervorosamente, não tinha ideia de que o Senhor estava me procurando. Eu não acho que o jovem convertido está ciente disso no início.Lembro-me do dia e da hora em que pela primeira vez acolhi essas verdades [a doutrina da eleição] em minha própria alma — quando, como diz John Bunyan, elas queimaram em meu coração como com um ferro quente, e posso lembrar como senti que eu tinha crescido de repente de um bebê a um homem — que eu tinha feito progressos no conhecimento bíblico por ter encontrado, de uma vez por todas, essa pista para a verdade de Deus.Uma noite da semana, quando eu estava sentado à casa de Deus, eu não estava pensando muito sobre o sermão do pregador, porque eu não cria nele.O pensamento me impressionou: Como você veio a tornar-se um cristão? Busquei o Senhor. Mas como você veio a buscar o Senhor? A verdade veio à minha mente em um momento — eu não o teria buscado, a menos que houvesse alguma influência anterior em minha mente para me fazer buscá-lo. Eu orei, pensei, mas depois perguntei a mim mesmo: Como comecei a orar? Fui estimulado a orar lendo as Escrituras. Como eu li as Escrituras? Eu as li, mas o que me levou a fazê-lo?Então, num instante, vi que Deus estava no início de tudo e que Ele era o autor da minha fé e, assim, toda a doutrina da graça se desvelou para mim, dessa doutrina não me afastei até este dia, e eu desejo fazer dessa a minha confissão constante: “Eu atribuo minha conversão completamente a Deus”.--Devocional Alegria Inabalável, por John Piper | Editora Fiel.Conteúdo oferecido em parceria entre Desiring God e Ministério Fiel.
Aprofunde sua devoção a Deus em fiel.in/devocionalComo pedir perdãoEle é fiel e justo para nos perdoar os pecados. (1 João 1.9)Lembro-me de ouvir um dos meus professores no seminário dizer que um dos melhores testes da teologia de uma pessoa era o efeito que ela tem sobre as suas orações.Isso me pareceu verdade por causa do que estava acontecendo em minha própria vida. Noël e eu havíamos acabado de nos casar e estávamos tendo como nosso hábito orarmos juntos todas as noites. Observei que durante os cursos bíblicos que estavam moldando minha teologia mais profundamente, minhas orações estavam mudando dramaticamente.Provavelmente a mudança mais significativa naqueles dias foi que eu estava aprendendo a argumentar diante de Deus sobre o fundamento da sua glória. Começar com “santificado seja o teu nome” e terminar com “em nome de Jesus” significava que a glória do nome de Deus era o alvo e o fundamento de tudo o que eu orava.E que força adentrou em minha vida quando aprendi que a oração por perdão deve ser baseada não apenas em um apelo à misericórdia de Deus, mas também em um apelo à sua justiça em creditar o valor da obediência do seu Filho. “Deus é fiel e justo para nos perdoar os pecados” (1 João 1.9).No Novo Testamento, o fundamento de todo o perdão dos pecados é revelado mais claramente do que no Antigo Testamento, mas a base do compromisso de Deus com o seu nome não muda.Paulo ensina que a morte de Cristo demonstrou a justiça de Deus ao perdoar os pecados e vindicou a justiça de Deus ao justificar os ímpios que confiam em Jesus e não em si mesmos (Romanos 3.25-26).Em outras palavras, Cristo morreu de uma vez por todas para livrar o nome de Deus do que parece um erro grosseiro de justiça — a absolvição dos pecadores simplesmente por causa de Jesus. Mas Jesus morreu de tal maneira que o perdão “por causa de Jesus” é o mesmo que o perdão “por causa do nome de Deus”.--Devocional Alegria Inabalável, por John Piper | Editora Fiel.Conteúdo oferecido em parceria entre Desiring God e Ministério Fiel.
Devocional do dia 29/04/2025 com o Tema: "Unidos na fé" “Cada um por si, Deus por todos”. Lembro-me de um professor repetindo essa frase enquanto nos entregava uma prova. Claro, estávamos sendo avaliados por aquilo que cada um aprendeu. Mas essa frase tem servido muito além do momento de uma avaliação escolar. Leitura bíblica: 1 Samuel 11.1-15 Versículo Chave: Que o Deus paciente e encorajador dê a vocês um espírito de unidade, segundo Cristo Jesus... Portanto, aceitem uns aos outros, da mesma forma que Cristo os aceitou, a fim de que vocês deem glória a Deus (Rm 15.5,7).See omnystudio.com/listener for privacy information.
A alegria libertadora dos abraços a desconhecidos no 1º de Maio e nas filas para votar nas primeiras eleições livres. Os dilemas antes de aderir ao PPD e os boicotes da esquerda aos comícios. As perguntas bizarras nas sessões de esclarecimento em que ensinava como se votava. O plano insensato para defender a sede do PSD no 11 de março, em que adormeceu de cansaço. As discussões épicas e os bastidores dos meses na Assembleia Constituinte, sem receber salário nos primeiros meses. O privilégio de ajudar a escrever a Constituição. E o encontro inesperado com os outros deputados esfomeados no Leitão da Mealhada, depois do cerco ao parlamento, quando iam levar a Constituinte para o Porto.See omnystudio.com/listener for privacy information.
A alegria libertadora dos abraços a desconhecidos no 1º de Maio e nas filas para votar nas primeiras eleições livres. Os dilemas antes de aderir ao PPD e os boicotes da esquerda aos comícios. As perguntas bizarras nas sessões de esclarecimento em que ensinava como se votava. O plano insensato para defender a sede do PSD no 11 de março, em que adormeceu de cansaço. As discussões épicas e os bastidores dos meses na Assembleia Constituinte, sem receber salário nos primeiros meses. O privilégio de ajudar a escrever a Constituição. E o encontro inesperado com os outros deputados esfomeados no Leitão da Mealhada, depois do cerco ao parlamento, quando iam levar a Constituinte para o Porto.See omnystudio.com/listener for privacy information.
O Papa Francisco faleceu esta segunda-feira, aos 88 anos, um mês depois de ter tido alta de um internamento que durou cerca de cinco semanas, devido a uma pneumonia dupla. Em 2013, o Papa Francisco foi o primeiro jesuíta a chegar à liderança da Igreja Católica, o primeiro Papa não europeu em mais de 1200 anos, e o primeiro oriundo do hemisfério sul, da Argentina. Durante o seu pontificado de 12 anos, o Sumo Pontífice — conhecido como o Papa da periferia — tentou dar sinais de modernidade à instituição, reformando a Cúria, combatendo os abusos sexuais cometidos na Igreja, e entreabrindo as portas aos divorciados e homossexuais. Decisões que motivaram críticas por parte dos sectores mais conservadores da Igreja. Em entrevista à RFI, Dom Arlindo Furtado, cardeal de Cabo Verde, afirma que o Papa Francisco deu o seu contributo para melhorar a Igreja, que precisava de uma profunda reforma. Como é que recebeu a notícia da morte do Papa Francisco?Era expectável, mas, devido à sua presença permanente junto do público — e mesmo ontem, na celebração da Páscoa — esperava que esse acontecimento viesse mais tarde. Foi uma surpresa, por causa disso, mas parece-me que ele estava consciente do fim derradeiro. A visita que fez a Santa Maria Maior e à Basílica de São Pedro, horas antes do início da cerimónia da Vigília Pascal, dá a impressão de que queria despedir-se.Há duas coisas que me parecem importantes de dizer: o Papa Francisco cumpriu a sua missão até ao fim e morreu no momento em que a Igreja celebra a ressurreição de Jesus Cristo.Doze anos de pontificado. Um Papa jesuíta, argentino, que sempre teve um comportamento modesto. Que herança deixa este Papa?[O Papa Francisco] procurou dar à Igreja o seu devido carácter, a sua personalidade. A Igreja é de Jesus Cristo, e deve viver ao estilo do Mestre, ou seja: "Aquilo que Eu faço, vós também deveis fazer". O Papa, sendo jesuíta e profundo conhecedor de Jesus Cristo, procurou também, nesse aspecto, seguir o exemplo, com simplicidade, despojamento, pobreza, generosidade e atenção a todos. Porque Cristo assumiu a humanidade de todos, e quer salvar a todos.Mostrar que ser católico é estar no mundo com o mundo?Ser católico é estar no mundo com todos, mas sempre em peregrinação rumo à Pátria. Portanto, estar no mundo, vivendo os valores da humanidade, mas com orientação para a nossa Pátria definitiva, segundo Jesus nos ensinou.O Papa Francisco escolheu visitar a República Centro-Africana e nunca veio a Paris. Ele, que era conhecido como o Papa da periferia. Que mensagem pretendia passar?A atitude dele é muito simples: aqueles que estão no centro, sempre estiveram no centro — podem continuar no centro. Mas aqueles que estão na periferia precisam também de estar mais ao centro. É também uma questão de justiça, de igualdade, de sentido, de nós sermos uma só família, uma só comunidade. É preciso promover os que estão mais em baixo, para que possam alcançar, pelo menos, um nível de mediania.O pontificado de Francisco fica ainda marcado pelo escândalo Vatileaks, que revelou corrupção. O Sumo Pontífice levou a cabo uma reforma da Cúria, reforma que lhe valeu alguns inimigos no seio da Igreja…Sim. Em todo o lado, ele falava muito de modernidade. Também dentro da Igreja, onde está o ser humano, há mundanidade, há prevalência da tentação. O Papa tentou reformar a Igreja, reformar a Cúria, para que fosse uma estrutura ao serviço do Evangelho, da missão da Igreja, para além dos interesses privados ou pessoais.Foi o que procurou fazer. Mas nós sabemos que o próprio Jesus Cristo não escapou à traição, porque, no grupo de apóstolos que escolheu, também houve traidores.A Igreja não está imune a essas coisas, mas deve estar atenta, para que aconteçam o menos possível ou, se possível, sejam evitadas, prevenidas, para que a Igreja corresponda mais à imagem de uma família de gente de bem, ao serviço de todos. À imagem de Jesus Cristo. O Papa deu o seu contributo para melhorar a situação da Igreja, que precisava de uma profunda reforma.Ele queria que muitas das reformas fossem irreversíveis. Isso será possível?Espero que sim. Parece-me que a sua grande preocupação era fechar um ciclo, no sentido de não facilitar o retrocesso. Mas, de qualquer maneira, há reformas que não sofrerão retrocesso, porque se criou uma dinâmica na Igreja que, com a ajuda do Espírito Santo, irá prosseguir.Em 2014, o Papa Francisco criou uma comissão para combater os abusos cometidos na Igreja. Onde estamos agora, nessa luta?É um processo complexo, longo. Esta questão não pode retroceder, pois trata-se de uma dinâmica de clarificação, de purificação, de orientação para o futuro. Não pode parar.É um processo que não termina com um Papa. Vai, agora, fazer parte da dinâmica da Igreja ao longo da sua história. Não tem um fim à vista.Essa prevenção, esse cuidado e acompanhamento de todos os abusos, de toda a ordem — não só o abuso sexual, que infelizmente também existe na Igreja — são fundamentais.Várias afirmações do Papa Francisco, de certa forma, chocaram a Igreja. Lembro-me da declaração: “Se uma pessoa é gay e quiser procurar Deus, quem sou eu para o impedir?” Ou quando falava das famílias numerosas: “as pessoas não se devem comportar como coelhos”. Estas afirmações vieram revolucionar a Igreja?Não acho que tenha sido uma revolução, mas sim uma clarificação de alguns pontos onde podia haver ambiguidade. Cristo não nos pediu para julgarmos ninguém — não temos esse direito.Não temos dados sobre a vida das pessoas para as julgarmos, porque, muitas vezes, julgamos pelas aparências. Deus criador não nos permite descartar pessoas que Ele criou por amor.Não podemos julgar o foro interno das pessoas diante de Deus — só Ele o poderá fazer.Quanto à questão da família numerosa: é verdade, não somos coelhos. A paternidade responsável já era um tema abordado há muitas décadas, pelo menos desde o Concílio Vaticano II — mesmo antes disso.Aqueles que geram filhos devem ser responsáveis pela prole — pelo conjunto dos seus descendentes.E, também, em relação ao aborto, o Papa foi claro. A Igreja é clara nesse aspecto: a vida humana deve ser respeitada desde a concepção até à morte natural.O Papa Francisco mostrou-se chocado com o encerramento de fronteiras, com o tratamento dado aos migrantes, com os conflitos globais. Alertou para estes dramas. Também aqui, deixou um legado importante?O Papa era um homem sensível a todos, sobretudo aos que mais precisavam — à periferia e à ultra-periferia.É verdade que cada região, cada continente, cada país tem as suas responsabilidades e as suas estruturas. Mas o ser humano não pode fechar os olhos aos dramas de outros seres humanos.Em 2015, Dom Arlindo Gomes foi nomeado cardeal de Cabo Verde pelo Papa Francisco. Que homem era este Papa?Felizmente, tive muitas oportunidades de estar com ele. Era um homem de Deus, um homem ao serviço da Igreja, e que tinha uma visão do conjunto. Procurava reduzir a situação de periferia de certos sectores do mundo e da própria Igreja, para que todos se sentissem em família, com dignidade, em todas as circunstâncias.Senhor acredita que o próximo Papa poderá vir do continente africano?Penso que, como aconteceu no passado, também agora Jesus providenciará um Papa à altura dos desafios da Igreja e do mundo de hoje. O Papa é da Igreja — por isso pode vir da Europa, da Ásia, das Américas, de África ou da Oceânia.Deve ser um homem da Igreja, e que desempenhe um papel suficiente — se não mesmo extraordinário — para que a Igreja continue a sua missão no mundo, ao serviço da humanidade.Dom Arlindo Gomes poderá desempenhar esse papel na Igreja?O Espírito Santo saberá. Aqui não há ambições pessoais, nem palpites.Confiamos no Espírito Santo e temos a certeza de que surgirá um Papa de que a Igreja precisa, nos tempos de hoje — seja ele quem for.
Lembro que fiquei meio em choque quando comecei a criar conteúdo na internet e precisei me ver e me ouvir. Odieeeeeei, gente. Muito mesmo. E, quando falei a respeito com amigos, muitos relatam experiências parecidas — bom, eu imaginava que fosse mesmo algo universal. E é! Em geral, somos avessos a ouvir nossa própria voz gravada. Mas por quê? É o que eu explico neste episódio.Ouça e, se gostar, compartilhe!============================Converse a nossa patrocinadora, a consultoria RiverWay Solutions: - Quero saber sobre o seguro-viagem da Riverwayhttps://wa.me/15612153498?text=Olá,%20vim%20pelo%20Podcast%20do%20Álvaro!%20Quero%20mais%20informações,%20por%20favor.Ou siga a Riverway no Instagram: https://www.instagram.com/riverwaysolutions/============================APRENDA EM 5 MINUTOS é o podcast sobre coisas que você nem sabia que queria saber. Os episódios são roteirizados e apresentados por Alvaro Leme. Jornalista, mestre e doutorando em Ciências da Comunicação na ECA-USP e criador de conteúdo há vinte anos, ele traz episódios sobre curiosidades dos mais variados tipos. São episódios curtos, quase sempre com 5 minutos — mas alguns passam disso, porque tem tema que precisa mesmo de mais um tempinho.Edição dos episódios em vídeo: André Glasnerhttp://instagram.com/andreglasnerDireção de arte: Dorien Barrettohttps://www.instagram.com/dorienbarretto66/Fotografia: Daniela Tovianskyhttps://www.instagram.com/dtoviansky/Narração da vinheta: Mônica Marlihttps://www.instagram.com/monicamarli/Siga o APRENDA no Instagram: http://instagram.com/aprendapodcasthttp://instagram.com/alvarolemeComercial e parcerias: contato@alvaroleme.com.br
Os Classix Nouveaux mereciam bem o rótulo de neoromânticos. Som cheio de pinta, com ritmo e com o tal toque romântico. Lembro-me logo do tema Never again. Classix Nouveaux | Never again (single) | 1981
Deus recompensa o humildeVersículo do dia: O Deus eterno é a tua habitação e, por baixo de ti, estende os braços eternos. (Deuteronômio 33.27)Agora você pode estar passando por coisas que estão dolorosamente preparando-lhe para algum serviço precioso a Jesus e ao seu povo. Quando uma pessoa atinge o fundo do poço com uma sensação de nulidade ou desamparo, pode descobrir que atingiu a Rocha Eterna.Lembro-me de uma frase deliciosa do Salmo 138.6 que lemos nos devocionais do café da manhã no sábado passado: “O SENHOR é excelso, contudo, atenta para os humildes”.Você não pode afundar tão fundo ao desesperar dos seus próprios recursos a ponto de Deus não ver e se importar. Na verdade, ele está no fundo esperando para te segurar. Como Moisés diz: “O Deus eterno é a tua habitação e, por baixo de ti, estende os braços eternos” (Deuteronômio 33.27).Sim, ele vê você tremendo e escorregando. Ele poderia agarrá-lo (e muitas vezes o faz) antes que você chegasse ao fundo. Mas, dessa vez, ele tem algumas novas lições para ensinar.O salmista disse no Salmo 119.71: “Foi-me bom ter eu passado pela aflição, para que aprendesse os teus decretos”. Ele não diz que foi fácil, divertido ou agradável. Ao relembrar, ele simplesmente diz: “Foi-me bom”.Na semana passada eu estava lendo um livro de um ministro escocês chamado James Stewart. Ele disse: “No serviço de amor, somente os soldados feridos podem servir”. É por isso que eu acredito que alguns de vocês estão sendo preparados agora para algum precioso serviço de amor. Porque vocês estão sendo feridos.Não pense que sua ferida lhe ocorreu à parte do propósito gracioso de Deus. Lembre-se da sua palavra: “Vede, agora, que Eu Sou, Eu somente, e mais nenhum deus além de mim... eu firo e eu saro” (Deuteronômio 32.39).Que Deus conceda uma graça especial a você que está gemendo sob algum fardo. Olhe ansiosamente para a renovada ternura de amor que Deus está lhe comunicando agora mesmo.--Devocional Alegria Inabalável, por John Piper | Editora Fiel.Conteúdo oferecido em parceria entre Desiring God e Ministério Fiel.
Uma voz grave, tranquila, linda, chama-se Tanita Tikaram. Lembro-me da estreia do primeiro LP, Acient heart, de 1988. Tinata Tikaram | Ancient heart (LP) | Good Tradition | 1988
Eu sou a Ju! Você e eu somos o podcast Falar PortuguêsBrasileiro! Isso não vai mudar! Seja bem-vindo ou bem-vinda! Desejo a você uma excelente semana! Uma segunda-feiraabençoada! Lembro-me que logo no começo das gravações do podcast era tudo um sofrimento, tudo difícil. Eu tinha a vontade e acreditava naquilo que estava fazendo!, Bom, eu sempre acredito no que estou fazendo. As vezes me cobro um pouquinho e isso dificulta para algumas realizações. Mas ... resolvi deixar tudo de lado e assumir que eu também erro! Está tudo bem! No primeiro ano do podcast eu fazia as edições. Em algumoutro episodio, falo sobre isso. Felizmente, sempre tive pessoas boas no meu caminho e o podcast recebeu muita ajuda. Quero dizer que com o dinheiro dos apoiadores eu pude contratar um editor para o podcast FPB, afinal, eu levava pelo menos 2 horas para editar um episódio, também levei dias para entender sobre edição. Enfim! Valeu! Durante todo esse período foram 2 editores e, claro, que convidei o Ricardo Gomes para gravar comigo.
Boa quinta-feira, pessoas bonitas ❤️ Há algumas semanas, em conversa com uma seguidora, ela pediu-me para que trouxesse mais episódios de experiências psicológicas arrepiantes. Eu sei que é um dos vossos temas favoritos e, na verdade, existem muitos exemplos altamente desumanos e puramente criminosos, portanto sabia que teria de trazer este tema para o nosso Halloween de todas as semanas.
Lembro de quando eu era criança e vi, acho que num episódio de Jaspion, que os carros no Japão tinham o volante do lado oposto. Ou seja, no lado que aqui no Brasil a gente chama de lado "do carona". Na época achei que fosse algo só dos japoneses, mas alguns anos mais tarde reparei que era assim em vários lugares, inclusive na Inglaterra. Aliás, fiquei sabendo também que isso se deve a um sistema chamado mão inglesa. É desse sistema que a gente vai falar no episódio, que foi sugerido pela ouvinte Scheila Paixão. Como surgiu esse costume de dirigir pela esquerda e ultrapassar pela direita? Onde mais ele é usado? Qual é o nome do sistema que a gente usa aqui no Brasil? Chega de perguntas! Clica aí pra ouvir as respostas! ================= Manter o APRENDA no ar só é possível com a ajuda de patrocinadores como a Riverway Solutions. Se você gosta do programa, não deixe de seguir a empresa no Instagram para fortalecer essa parceria, ok? A Riverway Solutions é uma consultoria que oferece os melhores seguros de saúde do mercado, com preços para todos os bolsos. Não viaje sem falar com Sabrina e Fabiana, as donas da empresa e excelentes profissionais. Para saber mais: https://www.instagram.com/riverwaysolutions/ ================= APRENDA EM 5 MINUTOS é o podcast sobre coisas que você nem sabia que queria saber. Os episódios são roteirizados e apresentados por Alvaro Leme. Jornalista, mestre e doutorando em Ciências da Comunicação na ECA-USP e criador de conteúdo há vinte anos, ele traz episódios sobre curiosidades dos mais variados tipos. São episódios curtos, quase sempre com 5 minutos — mas alguns passam disso, porque tem tema que precisa mesmo de mais um tempinho. Edição dos episódios em vídeo: André Glasner http://instagram.com/andreglasner Direção de arte: Dorien Barretto https://www.instagram.com/dorienbarretto66/ Fotografia: Daniela Toviansky https://www.instagram.com/dtoviansky/ Narração da vinheta: Mônica Marli https://www.instagram.com/monicamarli/ Siga o APRENDA no Instagram: http://instagram.com/aprendavideocast http://instagram.com/alvaroleme Comercial e parcerias: contato@alvaroleme.com.br ====================== Quer saber mais? Confira as fontes que consultei enquanto criava o episódio - Mão inglesa: por que em alguns países o volante fica do lado direito? Por Henrique Rodriguez, Quatro Rodas - Como é dirigir um carro de mão inglesa pela primeira vez Por Cauê Lira, Revista Auto Esporte - De onde veio a “mão inglesa”? Por Leonardo Contesin, Flat Out
PROCAST - B.P.F documento OBRIGATÓRIO e princípio da QUALIDADE
agora é hora sobre falar como é foda ser jovem adulto e ter reflexões sobre o materialismo
Quanto ao homem, os seus dias são como a relva; como a flor do campo, assim ele floresce; pois, soprando nela o vento, desaparece […]. Mas a misericórdia do Senhor é de eternidade a eternidade, sobre os que o temem. (Sl 103.15-17)A vida passa muito mais rápido do que imaginamos. Lembro-me vividamente do nascimento do meu primeiro filho — e então parecia que ele era um adolescente apenas algumas semanas depois. Quando éramos crianças, o tempo entre 1o e 25 de dezembro se estendia por anos; agora os anos correm cada vez mais rápido. De repente, acordamos mais velhos ou ouvimos falar da morte de alguém que tinha a nossa idade, e percebemos que a vida é de fato muito breve. Florescemos por um tempo, mas não para sempre.À medida que envelhecemos, nossas habilidades físicas e mentais desaparecem, velhos amigos se vão, costumes familiares outrora rotineiros se desintegram, e nossas ambições de longa data perdem seu potencial ou apelo. Essas realidades, no entanto, não devem nos levar ao desespero, mas sim nos estimular. Como a grama, temos um número limitado de dias, mas há oportunidades em cada um deles! Como Derek Kidner, estudioso da Bíblia, escreve: “A morte ainda não chegou até nós: deixemo-la sacudir suas correntes para nós e nos impelir à ação”. Com os minutos que restam em nossa vida, podemos levantar os olhos e contemplar os “campos” — aqueles que vivem e trabalham ao nosso redor e ainda não conhecem Jesus como seu Senhor e Salvador, que não estão desfrutando do amor firme e eterno do Senhor. Como Jesus disse, estes campos já “branquejam para a ceifa” (Jo 4.35).A Bíblia não nos encoraja a esperarmos até nos formarmos, ou nos casarmos, ou nos estabelecermos, ou nos aposentarmos, antes de começarmos a servir a Cristo. Em vez disso, ela nos chama a fazer isso hoje. A pessoa sábia entende que temos tempo limitado e que a melhor maneira de vivê-lo é com as incumbências do Senhor.Então, se você está no início da vida, ou sente que está no auge da vida, ou está olhando para a vida que já passou, antes que a força em suas mãos falhe e seus dentes, olhos e ouvidos fiquem fracos, você escolherá viver tudo para Jesus Cristo? Se você esperar até amanhã, amanhã pode ser tarde demais. Como C. T. Studd disse uma vez, há…Apenas uma vida,Que logo passará.Somente o que é feitoPor Cristo durará.Portanto, olhe para seus dias nesta vida como a “relva” que eles são. Viva-os no temor do Deus que o amará eternamente — e não os gaste construindo seu próprio império de areia, mas sim na obra do único reino que dura para sempre. E ore para que, ao fazer isso, o Senhor “[confirme] a obra das [suas] mãos” (Sl 90.17), tanto hoje quanto durante todo o ano que o dia de amanhã trará.
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stá na hora de mais um Degustando, o último do ano!! De fato o último Podcast do nosso Podverso. E hoje Alicia e Maro Skywalker continuam seu bate-papo sobre a nova série do Universo Star Wars, Skeleton Crew. Então bora dar o play se quiser o que achamos do episódio 04 da série, da continuação das aventuras das crianças, do Babar, do Droid, dos segredos, da maravilha dos efeitos práticos e muito mai, ou seja, é só dar o play. E muito obrigado á todos que escutam nossos episódios, nos vemos por aqui em 2025!!
António e Fradique Mendes Ferreira, dois irmãos nascidos em São Tomé, formam a dupla musical hoje mais conhecida como Calema. Estão esta semana no Alta Definição para contar a Daniel Oliveira como foi a sua infância e adolescência na Roça Água-Izé, cidade no sul da ilha que os viu crescer e iniciar a carreira musical. Desde as idas à pesca, aos jogos de futebol na praia ou apanhar cacau com o avô, os irmão dão a entender que a música sempre esteve presente nas suas vidas. Mas recordam com especial convicção o momento em que assinaram contrato: “Lembro-me perfeitamente. Estávamos a sair de palco e veio o produtor de Cesária Évora ter connosco. O nosso primeiro contrato em São Tomé, para gravar três discos, ainda por cima um deles em França”, contam entre risos, “começámos a passar na rádio, aquilo mexeu com o país inteiro”. Conheça estas e outras histórias dos irmãos Calema com o Alta Definição em podcast. O programa foi emitido na SIC a 14 de dezembro.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Falo sobre a recente condenação criminal do apresentador Sikêra Jr. por homofobia por ter, segundo a decisão, falado, em seu programa, que gays eram uma "raça desgraçada", que ele tinha "nojo de gays" e outras coisas. Lembro que ele chegou a ser absolvido de uma ação cível movida por uma modelo trans que teve sua imagem usada quando, justamente, ele falou essas coisas.A discussão agora gira em torno da homofobia como racismo e o abuso da liberdade de imprensa.
Foi lançado neste domingo 8 de Dezembro de 2024 em Paris, o livro "Saudade cité", um livro sobre a imigração portuguesa em França escrito por Álvaro Morna, escritor e jornalista que os ouvintes mais antigos da RFI em português para África decerto recordam. Quando faleceu em Maio de 2005, o autor estava a trabalhar nesta obra que é uma colectânea de contos. Militante anti-salazarista, o jornalista exilou-se em França por se opor às guerras coloniais que considerava injustas. Nos arredores de Paris, Álvaro Morna continuou a sua militância junto dos numerosos portugueses que tinham também deixado o país então amordaçado pela ditadura.Depois de ter evocado em 1999 em "Timor uma lágrima de sangue", a luta dos timorenses rumo à independência, e após ter evocado a sua própria viagem clandestina para a França no "Caminho para a liberdade", o seu último livro "Saudade Cité" fala precisamente dos portugueses que fugindo à miséria e à guerra se aglomeraram naquilo que nos anos 60 era um enorme bairro da lata, em Champigny, perto da capital francesa.Este livro era a obra na qual ele estava a trabalhar quando faleceu.Ele recordou a primeira greve em que entraram trabalhadores portugueses que nunca tinham participado em nenhum bloqueio, ele contou-nos a odisseia de um português que não sabia nem ler nem escrever e fez duas vezes a viagem a "salto" até França sem nunca cruzar a polícia e também apresentou-nos Alfredo, um homem feio que, como os colegas, vai tentar sair da sua solidão no final de semana. O amigo e editor, João Heitor, recordou as circunstâncias em que nasceu essa colectânea de quatro contos que acaba de publicar em português e em francês."O Álvaro já estava muito doente. Ele de vez em quando convidava-me a mim e à minha esposa para irmos jantar a casa dele e líamos contos. Ele dizia-me 'olha, acabei de escrever tal livro'. Quando o Álvaro foi para o hospital, eu dizia-lhe 'temos que editar o livro'. Ele respondia 'Sim, sim, sim, sim, sim'. Morreu. Eu achei que sobre a questão da emigração, do 'Salto' dos anos 80, as coisas não estão ainda bem esclarecidas a nível dos jovens que hoje se encontram com 40, 45 anos. Porque não era um tabu, mas os pais queriam que os filhos se integrassem através da escola, através do trabalho, através de tudo isso", lembra o editor para quem as histórias -reais- que Álvaro Morna nos dá a conhecer "são documentos escritos por alguém que viveu essa realidade. Não há mais nada. Há o realizador José Vieira que fez algo, há Gerald Bloncourt ao nível da fotografia. Depois há uns pequenos extractos aqui e acolá. E sobretudo, os jovens não conhecem essa história. Conhecem vagamente, porque também os pais não queriam que conhecessem. Portanto, este é o próximo combate"."Teatro de desgostos escondidos, de saudades marejadas nos olhos tristes, de revoltas obscuras, de interrogações sem resposta, o Bidonville de Champigny era um palco onde se reflectia, como numa poça de água, a alma torturada dos portugueses. Era o depositário das suas penas, dos seus gritos silenciosos e das suas esperanças sem rumo", descreve a dada altura o escritor. Esta história pouco conhecida, uma história provavelmente partilhada por todas as diásporas, uma história de separação, de saudade e de incertezas, foi contada por Álvaro Morna, como um testemunho para as gerações vindouras. Um dos filhos, Jean-Paul, presente no lançamento do livro, deu conta da sua emoção."Acho que ele nos contou essas histórias quando éramos crianças, como um pai conta histórias para os filhos que olham para ele com muita admiração, maravilhados", disse.Também presentes estiveram muitas das pessoas com quem se cruzou nas suas andanças e se tornou amigo."Tino" Costa, antigo dirigente de uma rádio associativa, conheceu o jornalista nos anos 80. "Conheci-o quando houve o movimento associativo relativo às rádios livres. Era uma pessoa muito dedicada à comunidade e aos problemas sócio-culturais e políticos também. Era uma pessoa que, com muita dignidade, sabia dominar os seus impulsos, mas também sabia o que queria na vida, para ele e para e para os que o rodeavam", recordou. Gracinda Maranhão, militante e advogada em Paris, também conheceu Álvaro Morna há mais de quarenta anos. "Ele era um homem que tinha um sentido profundo da família. Tinha um sentido profundo da justiça e tinha uma paixão profunda pela humanidade. Lembro-me do encorajamento e da força que ele me inculcava. Ele tinha uma palavra que era comum às palavras que o meu próprio pai que me dizia para nunca renunciar ao seu próprio sonho", lembra a advogada portuguesa. Fernando Marques, cantor naquela época e agora professor universitário em Atenas, também fez questão de estar presente na homenagem. "Primeiro de tudo, era uma pessoa culta e, sobretudo, tinha uma abertura de espírito muito grande, capaz de vir ter com o jovem que eu era na altura e perguntar-me coisas como se eu fosse já uma celebridade, por assim dizer. Tinha uma abertura de espírito muito grande. Guardo dele também o espírito de 'bon vivant' que ele tinha. Há pessoas que passam sobre nós, que a gente esquece. Há outras pessoas que nós encontramos na vida que nunca mais esquecemos e que estão sempre presentes. É o caso do Álvaro Morna", conclui o universitário ao lembrar a pessoa que para uns foi uma voz que acompanhou as tardes e que, para outros, foi um amigo.Para ter mais informações sobre o livro "Saudade cité", eis o contacto:https://www.conviviumlusophone.com/contact/
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"Grand Tour", que obteve o prémio de melhor realização no Festival de Cannes, em Maio passado, chega agora aos cinemas franceses. O filme é a adaptação de uma obra do romancista britânico Sommerset Maugham e relata um périplo pela Ásia de dois noivos, ele a tentar fugir dela e a noiva que vai no encalce daquele com quem se deveria casar. O realizador português, Miguel Gomes, falou com a RFI sobre o impacto do galardão, as peripécias de um filme que tem como palco uma longa viagem pela Ásia e respectivos projectos.O cineasta começa por se referir à sua surpresa com a obtenção desta prestigiosa recompensa, proeza inédita na história do cinema português no Festival de cinema de Cannes.Como é que vive esta estreia francesa após o prémio para o seu filme no Festival de Cannes ?Foi surpreendente. Eu não esperava nada. Se calhar é uma atitude defensiva da minha parte, mas à partida eu acho que estatisticamente é mais provável não haver prémios do que haver. E então segui esse princípio. Desta vez também, portanto, achei que não ia haver prémios nenhuns. Lembro-me que nesse dia fui para para uma ilha que existe a alguns quilómetros de Cannes, assim a uma meia hora de barco. Há uma ilha de monges, de que eu não me recordo o nome e fui com os meus filhos.Estava com a minha mulher, estava com as pessoas da equipa, com os actores, com os produtores e fomos todos para para essa ilha nesse dia. À espera que não acontecesse nada. E às tantas o telefone tocou e disseram nos "Onde é que vocês estão? O que é que vocês estão a fazer? Mas vocês têm que voltar. Têm que ir para a cerimónia ! Vai haver um prémio." E havia muito pouco tempo. Aliás, estávamos meio perdidos nessa ilha. Apesar da ilha ser simples e só haver uma estrada, tínhamos decidido ir a um restaurante, mas tomámos a direcção contrária, então estávamos quase a fazer o perímetro da ilha para chegar ao restaurante e tivemos que nos despachar e apanhar o barco para estar presentes na cerimónia.E acho que isto: esta recompensa, este galardão, este prémio recompensa o quê, exactamente ? A estética do filme? Porque porventura talvez seja a matéria prima que está a mais a dar nas vistas e que evoca, obviamente, projectos já seus no passado, que tinham tido bastante incremento, nomeadamente aqui em França. Eu penso no "Tabu" há 12 anos.Eu não sei, eu não consigo separar assim as coisas desta maneira... E essa história da estética e do fundo. Eu acho que são as duas coisas. Um filme conta-se, mas sobretudo, vive-se e vive-se com a imagem, com o som. Com as coisas que o filme conta também, mas sobretudo com as coisas que o filme mostra. E tudo faz parte do mesmo sistema.E para mim não existe assim uma distinção entre aquilo que é o aspecto do filme e aquilo que é o que o filme conta, por exemplo. Faz tudo parte do mesmo sistema e, portanto, acho que a experiência do filme é um filme que tem as suas peculiaridades, tem a sua personalidade.Eu, felizmente não tenho ninguém a dizer-me que tem que fazer as coisas assim, que tenho que por este actor e que tenho que aos 30 minutos de filme tem que haver esta cena e aos 40 minutos esta outra cena.Ou seja, não tenho uma pressão da produção, não tenho uma pressão industrial que me deixe refém de uma mecânica mainstream industrial e, portanto, posso fazer aquilo que me apetece. O que pode ser algo para algumas pessoas bastante chato porque não corresponde àquilo que normalmente as pessoas associam ao cinema mais recorrente.E você pensa mais nos planos contemplativos, na duração das sequências, quando se refere a possíveis vozes detractoras do cinema que você faz?Há vozes detractoras e há...Há vozes muito elogiosas, com certeza !Há vozes muito elogiosas ! Eu não sei se há muitos planos contemplativos... A contemplação também me aborrece um bocadinho. Ou seja, os planos têm que durar o tempo que duram para mim por uma razão precisa. E não porque estamos embasbacados perante qualquer coisa. Isso não funciona assim.Eu penso muito no lugar do espectador dos meus filmes. Para mim, o cinema é um bocadinho como fazer um edifício. Ou seja, quando se fala: qual é que é a arte que terá uma relação maior com o cinema? Há quem diga que é pintura, há quem diga que é literatura. Enfim, o teatro, a música... A música eu acho que é bastante importante, mas eu diria que é a arquitectura.Ou seja, no sentido em que inventar um filme, fabricar um filme é inventar um espaço que vai ser percorrido por alguém, um espectador. E cada espectador é diferente do outro, porque cada um vai accionar a sua sensibilidade, o seu sentido de humor, enfim, os seus interesses. E vais esperar certas coisas do filme. E, portanto, é um encontro: é um encontro entre uma pessoa, com a sua própria personalidade, e um filme que existe no ecrã e nas colunas de som da sala de cinema. E é assim que pode ser um encontro ou um desencontro.Mas o meu trabalho como realizador é inventar um espaço que vai ser percorrido por esse espectador, que não deve ser nem uma prisão. Ou seja, no sentido em que o filme não o deve coagir, de uma maneira completamente autoritária, e dizer "Agora vais para a esquerda, agora vais para a direita. Agora há que sentir isto. Agora tens que pensar isto, porque isto é como tu deves pensar". E, por outro lado, também não deve ser um espaço completamente aleatório onde o espectador fica completamente perdido. Portanto, esse equilíbrio entre inventar uma estrutura que possa acolher alguém que será livre o suficiente para poder percorrer aquele espaço, sem estar completamente coagido, e ao mesmo tempo que não esteja ali perdido... É o nosso trabalho e que é quase um trabalho de arquitecto.Então entremos precisamente mais na obra e no seu filme. Como é que da obra do romancista britânico Sommerset Maugham se chega a este produto final? O "Grand Tour" era um ritual nalguma alta sociedade, precisamente, de fazer um grande périplo antes de assentar arraiais, de contrair matrimónio e de constituir família. E vai ser o pretexto para "um périplo e peras", pela Ásia. Como é que foi, então chegar-se aqui?Essa questão é interessante: do que o que é que era o lado quase pedagógico do Grand Tour que estava estabelecido ? O Grand Tour asiático... Havia um Grand tour europeu também. Mas havia o Grand Tour asiático. Ou seja, muita gente do Ocidente ia fazer um itinerário, no princípio do século XX, do Oeste para este.Normalmente de um ponto da Índia ou da Birmânia, que eram os pontos mais a oeste do Império Britânico, para este. Terminando normalmente no Japão e na China. E havia de facto essa ideia de que era necessário confrontar os elementos, os filhos dessa alta sociedade europeia ou americana com o outro. Ou seja, com uma cultura bastante diferente, nos antípodas. Para que, de facto, pudessem regressar mais iluminados.Neste filme esse Grand Tour é feito, mas quase com a ideia contrária. Ou seja, os personagens não fazem esse Grand Tour porque querem encontrar um caminho e um rumo. Enfim, é como diz, chegar mais bem preparados, voltar mais bem preparados para a vida. Eles estão completamente perdidos !Há um quer fugir da noiva. O noivo, o Edward, quer fugir da noiva porque está com dúvidas sobre o casamento. Tem uma espécie de um ataque de pânico, uma crise, e decide fugir dela.E ela vai atrás dele para tentar-se casar com ele de uma forma igualmente desesperada e meio perdida. E portanto, o filme esta. Eles acabam por fazer esse caminho não como como uma fuga e não como um momento para fazer um encontro, para conhecer coisas. Eles estão basicamente em movimento para escapar ao seu destino ou para tentar concretizar aquilo que eles acreditam ser o seu destino.Mas como é que você tropeçou neste enredo e decidiu pegar nele e levá lo?Esta história dos noivos deste casal, o noivo e a noiva: um a fugir, ela a perseguir. Veio deste livro do Sommerset Maugham, que é um livro de viagens. Existe uma tradução em português chamada "Um Gentleman na Ásia". E eu estava a ler esse livro. Eu gosto muito de ler livros de viagens: de ver como é que os escritores contam a experiência de viajar e o que é que eles viram. Enfim, essa essa questão do olhar de alguém sobre um relativamente a um território que lhe é estrangeiro, que lhe é desconhecido, que que é uma coisa distante, interessa-me muito.E portanto, eu gosto de ler livros de viagens. E li este por acaso e deparei-me com esta história que o Sommerset conta. Às às tantas, em duas páginas desta história, ele diz que conheceu um senhor que trabalhava para a administração na Birmânia, inglesa, e que contou a história de como fugiu à sua noiva. Porque entrou em pânico, porque teve dúvidas sobre o casamento e sobre a responsabilidade desse casamento. E decidiu partir e deixar-lhe uma nota a explicar-se, a escusar-se com trabalho. E partiu para Singapura. Mas quando chegou a Singapura já tinha uma nota, um telegrama da sua noiva a dizer "Meu querido, eu estou a chegar. Percebo perfeitamente. Mas estou a chegar e já já nos vamos casar." E ele lá partiu de novo. E esse, digamos, movimento que é uma espécie de um "Jogo do gato e do rato", durou vários meses e acabou por ser feito ao longo deste deste "Grand Tour", ou seja, deste itinerário todo que de muitos milhares de quilómetros.Foi um "Jogo do gato e do rato" também para si e para a sua equipa. Porque obviamente, o confinamento e o COVID veio perturbar as rodagens e a preparação do filme. Portanto, houve aqui sequências, pelo que eu entendi, nomeadamente a rodagem na China, que tiveram que ser recebidas a posteriori. Houve uma interrupção óbvia por causa do COVID Portanto, foi necessário congelar o projecto durante X tempo ?!Sim, ou seja, nós decidimos, antes de escrever o argumento, fazer nós próprios a viagem e filmá-la. Filmar a viagem que seria feita pelas personagens, mas que seria feita a posteriori, em estúdio, rodada em estúdio. E decidi-mo-la fazer no mundo de hoje, nós próprios, pelos países. E estavam previstas sete semanas de viagem em Janeiro e Fevereiro de 2020.E nós fizemos as primeiras cinco. Chegámos ao Japão e faltava o último país onde havia uma parte considerável dessa viagem, porque mesmo dentro da China, de Xangai e até quase próximo do Tibete, iríamos fazer 3000 quilómetros, acompanhando mais ou menos o curso do rio Yangtse.E quando chegámos ao Japão percebemos que o ferry boat que ia cobrir a distância entre Osaka, acho eu, e Xangai, tinha sido anulado uma semana antes devido ao COVID, à pandemia.E então, o que nós nós pensamos nessa altura? Bom, "Vamos esperar um mês, dois meses e vamos retomar a viagem quando for reposta a normalidade". Porque nessa altura éramos tão ingénuos, como toda a gente, e achávamos que que era uma coisa meramente circunstancial e que não ia ocupar tanto tempo na nossa vida e ter tantas consequências como teve.E depois percebemos que estávamos enganados. O tempo foi passando, passou um ano, passaram dois anos e passado dois anos nós pensamos: "É impossível. Nós não conseguimos entrar na China para concluir a viagem. Portanto, vamos concluir a viagem em Lisboa, filmando com uma equipa que serão os nossos olhos. Com o material, eles vão filmar esta parte da viagem na China. E nós vamos estar em Lisboa". Alugámos uma casa em Airbnb no bairro do Areeiro e estávamos lá durante a noite. Éramos poucos, dois ou três, e havia uma uma equipa na China que fez os tais 3000 quilómetros, enquanto nós estávamos sempre nessa casa no Areeiro E, enfim, fizemos o filme, assim. Concluímos essa parte da rodagem na China, assim, à distância.É fundamental falar do encadeamento entre planos a preto e branco e a cores. A cores são, de alguma forma, momentos algo etnográficos relacionados com o périplo. O preto e branco é a versão hodierna, actual. O porquê de sua opção por estes planos, ora a preto e branco, ora a cores ?O filme é quase o tempo todo a preto e branco. Eu diria, 90% é a preto e branco. Existem planos a cores por uma questão técnica. Porque nós filmámos em película e na película preto e branco existe apenas uma sensibilidade para 200 ASA para a luz. Portanto, 200 ASA é bom para fotografar, para filmar sequências durante o dia. Mas sequências à noite ou em interiores escuros é necessário outro tipo de sensibilidade: 500 T... que isso só existe em cores. E, portanto, nós decidimos filmar a maioria do filme a preto e branco em 200 D.E depois ter película a cores para em 10% do tempo, para situações de noite ou em interiores muito escuros. E a ideia era montar o filme completamente a preto e branco. Mas houve uma altura em que nós estávamos um bocadinho, estávamos a montar o filme, já tinham passado várias semanas, estávamos um bocado fartos do preto e branco e lembrámo-nos de que havia as cores ali. E portanto decidimos voltar a pôr. "Vamos voltar a pôr o plano tal como ele foi filmado a cores !" E, portanto, não existe nenhuma lógica a não ser por uma questão meramente técnica.Não existe uma lógica racional, não existe um significado dos planos a cores quererem dizer qualquer coisa em especial. É só porque por uma questão técnica. Mas decidimos colocar mesmo que as pessoas se perguntassem "Porquê que estes planos são a cores... e o resto do filme é preto e branco ?"Não havendo razão nenhuma racional, é só pelo prazer de que é uma coisa que me que é importante para mim a lógica do prazer. OK, num filme a preto e branco... o que é que faz falta? Olha, de repente aparecem uns planos a cores e a cor é incrível !Fala em prazer. Já há muito tempo que, imagino, tenha prazer em rodar com Crista Alfaiate. Agora há também a opção pelo Gonçalo Waddington. O porquê deste elenco ?Para nós foram escolhas óbvias: a escolha dos actores que fazem os dois protagonistas. O Gonçalo tem esta capacidade... Ele pode ter um ar assim, perplexo. E eu acho que ele é um actor com grande potencial cómico, mas com a capacidade de transformar esse lado de comédia numa coisa com um outro peso. E, portanto, ele pode fazer a transição entre comédia e drama muito com uma grande facilidade.E a Crista? Eu acho que ela, já disse noutras ocasiões... Eu acho que ela é a melhor actriz daquela geração à volta dos 40 anos. E, portanto, nem sequer pusemos nenhuma outra opção. Para nós, a Molly sempre foi a Crista Alfaite e ficámos muito contentes, depois com depois de ter filmado, com aquilo que... Percebemos, que não estávamos muito enganados relativamente a essas escolhas.E a questão da opção pelo português não foi complicada ? Não é complicada para Gonçalo Waddington, para Crista Alfaiate, mas você põe pessoas do Vietname, do Japão, nomeadamente, a terem diálogos bastante profundos em português. Como é que foi isso? Foi um desafio, imagino, também pô-los a contracenar em português fluente ?!Sim, o facto dos personagens serem britânicos e falar em português para mim foi uma opção, mais ou menos fácil... Porque eu sou português, não sou britânico. E, portanto, eu não queria... Eu acho que a verdade do filme também passa por isso. Ou seja haver um filtro teatral em que, como no teatro... Quando se faz em Portugal, ou que em França se faz Tolstoi ou se faz Tennessee Williams, faz-se em França e faz-se em Portugal. Em França faz-se em francês, em Portugal faz-se em português.E nessas peças de teatro as personagens têm os nomes que tiveram nas peças do Tolstoi: os nomes russos ou nomes americanos, no caso do Tennessee Williams. E é uma convenção, ou seja, as personagens falam na língua do país onde está a ser visto o espectáculo com os actores desse país.E no cinema há mais dúvidas relativamente a isso. Ou seja, parece uma questão completamente resolvida no teatro e no cinema menos. Porque no cinema existe mais a ideia de que o cinema está mais próximo da realidade da vida. Que eu acho que é uma falsa ideia.Há um realizador francês que já morreu, mas que foi muito importante para mim, que também fazia isto. E fez isto com uma grande lata e muito bem, que era o Alain Resnais !Por exemplo, eu lembro-me de um filme dos anos 90 que era um díptico que se chamava de "Smoking" e "No smoking", que era uma adaptação de uma peça inglesa feita com dois actores que entravam muito nos filmes deles dele. Esse filme é muito, muito importante para mim. E portanto, se o Alain Resnais pode fazer em francês, eu acho, também posso fazer em português.E obviamente que existe este lado de sermos todos mais ou menos dominados, colonizados por uma língua que é uma espécie de língua que é comum a todos os países.Foi a língua que ganhou a batalha das línguas, que é o inglês. E não é problemático ver, sei lá, ao longo da história do cinema, ver imperadores romanos a falar inglês de Brooklyn ! Ou ver, enfim... todas essas coisas passaram a ser normais. E porque não ter em português a mesma coisa? Porque não ter personagens britânicos a falarem português? Eu acho que é mais e mais verdadeiro fazer assim, porque...Também já foi língua franca no mundo [o português]... E finalmente, obviamente, Cannes você já vinha há muito tempo. Mas esta edição de 2024 fica na história por este prémio. Perguntar-lhe-ia: E agora, depois de Cannes e do seu prémio, como é que você se projecta para a sequência da sua carreira?Agora eu, antes de fazer o "Grand Tour", eu estava a tentar fazer um outro filme, um filme no Brasil, que é uma adaptação de um livro do Euclides da Cunha chamado "Os Sertões" e o filme chama-se "Selvajaria". E estive muitos anos a tentar fazer esse filme. E foi muito difícil, por várias razões. É um projecto exigente em termos financeiros e na altura em que eu estive a tentar fazer esse filme, havia um governo no Brasil que paralisou completamente os apoios públicos ao cinema. O governo do Bolsonaro e também apanhámos a altura do COVID. Portanto, foi tudo muito difícil e houve um momento em que eu pensei que tinha que renunciar a esse projecto.E foi muito complicado para mim, porque apesar de tudo, trabalhei anos nesse filme e estou convencido que é o projecto mais... com o qual eu acho que, provavelmente, existe um um potencial mais incrível do que tudo aquilo que eu fiz até hoje ! Ou seja, estou muito envolvido com esse filme e acho que existe a possibilidade de haver ali um filme que possa nascer, que seja muito, muito forte ! E é, portanto, quase que desistir do filme.Mas depois do "Grand Tour" e de repente passei para o "Grand Tour" e depois do "Grand Tour", o que tem acontecido foi que nós decidimos voltar a esse projecto. E tem havido notícias muito animadoras ! Ou seja, de repente, pela primeira vez, há financiamento do Brasil para esse filme. Tudo parece estar a andar muito rápido e assim uma perspetiva de haver a possibilidade de fazer, de filmar esse filme no final do próximo ano.Portanto, acho que isso também é uma consequência do prémio de Cannes e daquilo que aconteceu com o "Grand Tour em Cannes" e que existe um entusiasmo renovado em torno deste projecto. E vou aproveitar a conjuntura porque sabemos que isto vai mudando e nos momentos em que estamos em alta, é preciso aproveitar esse momento para poder concretizar coisas que estavam mais difíceis de concretizar.
Falo sobre o Censo do IBGE de 2022 que, recentemente, mostrou que o número de lares chefiados por LGBT+ subiu 552%. Lembro a decisão do STF na ADPF. 132, na qual o Tribunal reconheceu que casais homoafetivos deveriam ter os mesmos direitos decorrentes de união estável que os heteroafetivos. Discuto os avanços, omissões e tentativas de retrocesso que vivemos desde então.
Falo sobre o caso recente em que uma travesti, que frequentava uma igreja chefiada por Flávio Amaral, tirou a própria vida, após passar por um processo de "destransição", genericamente mais conhecido como "cura gay". Lembro que em 2023 uma influencer bolsonarista também se dizia ex-lésbica em razão de ter passado por tais processos em uma igreja.Falo sobre o livro "Entre Curas e Terapias" (https://s3.amazonaws.com/s3.allout.org/images/All_Out_Instituto_Matizes_Relatorio_Completo_Entre_Curas_E_Terapias.pdf), que mostra que no Brasil há mais de 25 tipos de "cura gay" acontecendo e a responsabilidade de igrejas, escolas e profissionais da saúde mental para com isso. Lembro que o CFP possui Resolução desde 1999 proibindo isso e que a Dep. Fed. Erika Hilton propôs o PL. 5034/2023 para tipificar processos de "cura gay" como crime.
Em 2022, dezassete anos depois da polémica autobiografia “Bilhete de Identidade”, a socióloga Maria Filomena Mónica voltou a publicar um novo livro íntimo. Mas, desta vez, mergulhou nas centenas de cartas, postais e documentos que herdou da sua família, para arrumar as memórias e desenterrar segredos que nunca imaginara, sobre a sua mãe e a sua avó. Chamou-lhe “Duas Mulheres”, com a chancela da Relógio d´Água, e, através delas, quis perceber melhor o passado e a mulher em que se tornou. Neste episódio especial, gravado em maio de 2022, Maria Filomena Mónica reflete ainda sobre o amor, a finitude e a forma salvífica como a escrita a tem ajudado a sobreviver ao cancro. Ouçam-na no podcast “A Beleza das Pequenas Coisas”, com Bernardo MendonçaSee omnystudio.com/listener for privacy information.
A real é que descansar tem muito a ver com confiança e, portanto, tem a ver com topar abrir mão do controle. Lembro muitas vezes de ouvir a minha mãe dizer: o parquinho não vai sair do lugar, Natália. Amanhã você brinca mais. E essa frase era precisa porque o medo era um pouco disso também. De eu perder aquilo que eu gostava muito, enquanto eu dormia, enquanto eu descansava. Como se ficar na autovigilância fosse impedir que as coisas fossem embora ou sumissem ou se perdessem ou acontecessem do jeito que elas precisavam acontecer. Como se uma vez que eu ficasse hipervigilante eu fosse mudar o fluxo da vida, por estar assistindo tudo. Não ia. Amadurecer é entender as nossas limitações. E aprender a se colocar limite Porque esse cuidado que, antes, vinha exclusivamente de outra pessoa, em algum momento precisa começar a vir, antes de tudo e primeiro de tudo, da gente. É por aí que vai o episódio dessa semana, cê vem? Nessa quarta-feira no @spotify Tava com saudade, meus amigos. edição: @valdersouza1 identidade visual: @amandafogacatexto: @natyops Apoie a nossa mesa de bar: https://apoia.se/paradarnomeascoisas
Leitura bíblica do dia: Salmo 9:7-12 Plano de leitura anual: Provérbios 13-15; 2 Coríntios 5; Já fez seu devocional hoje? Aproveite e marque um amigo para fazer junto com você! Confira: Houve um tempo em que eu temia ir à escola porque algumas garotas me intimidavam com brincadeiras cruéis. No recreio, escondia-me na biblioteca e lia as histórias cristãs. Lembro-me da primeira vez que li o nome “Jesus”. De alguma forma, eu sabia que era o nome de Alguém que me amava. Nos meses seguintes, temendo o tormento que me esperava na escola, eu orava: “Jesus, protege-me”. Sentia-me mais forte sabendo que Ele cuidava de mim. Com o tempo, elas se cansaram e pararam de me intimidar. Muitos anos se passaram e confiar em Seu nome continua a me sustentar em tempos difíceis. Confiar no nome de Jesus é crer que o que Ele afirma sobre o Seu caráter é verdade, permitindo que eu descanse nele. Davi, também, conhecia a segurança de confiar no nome de Deus. Ao escrever o Salmo 9, ele já havia experimentado Deus como o Todo-poderoso governante que é justo e fiel (vv.7-8,10,16). Davi demonstrou a sua confiança no nome de Deus lutando contra os seus inimigos, confiando não em suas armas ou habilidade militar, mas em Deus, que para ele foi um “abrigo para os oprimidos” (v.9). Quando criança, eu invoquei o nome de Jesus e experimentei como o Senhor cumpre as Suas promessas. Que todos nós possamos sempre confiar em Seu nome, Jesus, o nome Daquele que nos ama. Por: Karen Huang
Sete anos depois, “com menos 25 quilos e com outro coração, o músico Salvador Sobral regressa ao Alta Definição para conversar com Daniel Oliveira. A vida do músico alterou-se, principalmente desde 2017. "Parece um ano louco. A Eurovisão mudou a minha vida para sempre e o transplante de coração obviamente também", recorda o cantor. O artista confessa que não se reconhecia ao espelho antes da operação, mas com o tempo, a pouco e pouco, conseguiu recuperar a imagem em que se reconhecia. "Lembro-me de acordar da operação e não querer acordar, querer morrer, porque é uma agonia pura. Pode acontecer-me tudo na vida, os concertos mais stressantes, pode cair um piano em cima de mim, que eu acho que nunca vou sentir a dor que senti no pós-operatório", relembra Salvador Sobral. Apesar de reconhecer que terá um lugar na história por ter vencido a Eurovisão, ambiciona ser "considerado um intérprete importante no nosso país" e acredita que "isso ainda não está atingido." O Alta Definição foi exibido na SIC a 7 de setembro.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Era bem comecinho do ano. Aquele momento em que algumas casas ainda estão com pisca pisca na janela, que ainda tem panetone no armário, que as lojas estão fazendo queima de estoque das roupas brancas e que a maior parte das pessoas tão com a lista de metas de ano novo na cabeça. Era tipo dez de janeiro e eu tava sentada numa padaria de São Paulo tomando um café com um amigo. A gente tinha acabado de pedir um brigadeiro, quando ele me perguntou quais eram as minhas metas para aquele ano. Eu não lembro exatamente do que eu respondi, mas lembro do que ele me disse, quando eu devolvi a pergunta. Ele falou: “ser eu, o máximo que eu conseguir.” Lembro de responder: “caramba, bacana, e o que mais?” E ele me falar: Nat, já não é o bastante?”. Meses depois, essa história me voltou, junto com outra. É por aí que vai o episódio dessa semana. Cê vem? edição: @valdersouza1 identidade visual: @amandafogacatexto: @natyops Apoie a nossa mesa de bar: https://apoia.se/paradarnomeascoisas
Daniel Oliveira recebe o cantor Clemente, no Alta Definição em podcast. Nascido em 1955, em Setúbal, sempre quis partir e conhecer o mundo. “É com a música que conheço o mundo, há 54 anos que dou voltas ao mundo consecutivamente a cantar para os portugueses e não só", confessa. A entrevista decorre no Forte de Albarquel, junto à praia da sua infância. “Tive um problema de saúde aos 4 anos na garganta, pré cancerígeno. Podia ter morrido, o ar e o iodo da Praia de Albarquel foram muito importantes”, recorda. O artista relembra ainda a infância, quando o pai passava muito tempo fora de casa a trabalhar no mar, para garantir uma vida estável para a família. “Tinha noção do meu privilégio. Aos 7 anos, fui para a escola com uma sanduíche de fiambre e a maior parte dos miúdos não sabiam sequer o que era. Lembro-me da surpresa, queriam dar uma dentada”. O Alta Definição foi emitido na SIC a 29 de junho.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Baixe agora o aplicativo Pura Energia Positiva PREMIUM clicando neste link https://puraenergiapositiva.com/app-premium-no-ar Bem-vindo de volta! No último episódio, discutimos a importância do diário de manifestação e como visualizar seus desejos. Agora, vamos aprofundar na criação de filmes mentais e no uso de quadros de visualizações. Quando você quer manifestar algo, como um relacionamento saudável, veja-se no seu filme mental com alguém com todas as características que você gosta. Sinta-se feliz como se tudo isso estivesse realmente acontecendo para você. Se você se sentir engraçado ou bobo fazendo isso, lembre-se de que você é um ser poderoso que já está visualizando e criando filmes mentais. Criando Filmes Mentais Conscientemente Tudo o que você está fazendo é criar conscientemente o que deseja. Continue assistindo seus filmes mentais até que se tornem claros e fáceis de percorrer. Imagine seus filmes mentais como uma realidade virtual da vida que deseja viver. Sua mente não sabe se o que você está imaginando está realmente acontecendo ou se você está apenas fingindo. É por isso que, quando você vê algo que parece um inseto ou cobra, você pode se assustar e depois, quando percebe que não é, se acalma. Se sua mente soubesse que era um alarme falso, não teria reagido exageradamente com medo. No entanto, você pode ter feito seu cérebro acreditar que era um inseto ou uma cobra quando era apenas um pedaço de pau. Por isso, o que você acredita e visualiza importa mais do que a realidade. Sua mente acreditará no que você lhe disser e criará essa experiência para você. Então, continue visualizando o que deseja manifestar. Quadro de Visualizações Se tiver dificuldade em focar inicialmente no seu filme mental, você pode usar um quadro de visualizações para ajudar a ver as imagens com mais clareza. Um quadro de visualizações é uma ferramenta usada para ajudar a esclarecer, concentrar e manter seu foco em uma meta de vida específica. Literalmente, um quadro de visualizações é qualquer tipo de quadro no qual você exibe imagens que representam o que você quer ser, fazer ou ter na sua vida. Isso permite que seu cérebro capture as imagens e palavras para desencadear um humor e uma sensação. Imagem mais emoção iguala a criação de uma experiência. Ver seu quadro de visualizações diariamente mudará sua mente e começará a alinhá-lo com essas experiências de maneiras que você não pode nem imaginar. Confiando no Processo É por isso que você não deve se preocupar muito com como isso vai acontecer. Tentar usar sua mente consciente apenas limitará você ao que já conhece, mas permitir que sua mente subconsciente guie você na direção certa trará oportunidades ilimitadas. Você só precisa confiar no processo. Você pode de repente encontrar alguém ou ir a algum lugar que o alinhe com a conexão que precisa para alcançar seu objetivo. Lembro-me de que depois de começar a trabalhar no meu diário de manifestação e criar filmes mentais diariamente, obtive resultados de maneiras que nem consigo descrever em palavras. Manifestação e Poder da Mente O universo e o poder da fonte são algo que não acho que possamos compreender totalmente. Gosto de não saber como porque isso permite que o universo entregue mais rapidamente e eficientemente. Se eu pensasse muito sobre isso, limitá-lo-ia com base em quem conheço e no que sei. No entanto, quando decidi me render ao universo, comecei a sintonizar-me com uma frequência maior que alinha e conecta todos e tudo. Encontro a pessoa perfeita no momento certo. Apareço em algum lugar no momento exato para encontrar a resposta para algo que preciso saber. É como se você estivesse sendo guiado para receber o que deseja. Conclusão Manifestar não é brincadeira. O poder da sua mente não é brincadeira. Percebi isso quando olhei para o meu diário de manifestação e vi que tinha literalmente manifestado tudo o que tinha escrito lá. Até olhei para o meu quadro de visualizações e fiquei impressionado com os resultados. Às vezes, ficamos tão ocupados criando a próxima coisa que esquecemos que já manifestamos quase tudo o que ansiávamos. Gosto de olhar para meus diários de manifestação mais antigos e usá-los como inspiração para minha próxima visão e meta. Lembre-se de manter o foco e ser consistente. A razão pela qual a maioria das pessoas não alcança seus objetivos é porque eles não são o foco principal. Elas veem isso como um cenário de "um dia". No entanto, cada momento é uma chance de impressionar sua mente com exatamente o que você deseja. O quadro de visualizações permite que você mantenha o foco e atue como um lembrete constante para a visão da sua mente. Isso pode ser uma ótima ferramenta para você adicionar à sua vida para trazer clareza, foco e propósito para a realização dos seus maiores desejos. Quanto mais específico você for sobre o que deseja, maiores serão suas chances de receber exatamente o que pediu. Seja detalhado. Seus sonhos estão esperando você mudar sua mente para vê-los. Saiba tudo sobre a Pura Energia Positiva (PEP) https://beacons.ai/puraenergiapositiva #questõespositivas #vanessascott #leidaatração #cocriacao #mindfulness
Frederico Varandas, presidente do Sporting Clube de Portugal, recorda as marcas que deixou na sua memória a data de 8 de junho de 2008, dia em que achou que "não continuaria cá, neste mundo". Estava a regressar para Cabul depois de uma missão com o exército no pior local do Afeganistão, quando a coluna em que seguia foi emboscada. "A bravura daqueles homens fez com que hoje eu estivesse aqui". Frederico Varandas revive o momento de forma inédita, na entrevista mais pessoa da sua vida, com Daniel Oliveira. Oiça aqui o programa em podcastSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Roberta Martinelli conversa com Pedro Miranda, sobre carreira, pandemia, arte e o seu novo disco, “Atlântica Senhora”.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Falo sobre a ilegalidade e inconstitucionalidade de uma empresa que se recusou a fazer o convite de casamento de um casal gay. Lembro disposições da Constituição, Código de Defesa do Consumidor e outras normas para mostrar que os donos da empresa não podem alegar razões religiosas para se recusar a prestar o serviço.Curta, Comente, Assine o Canal! Quer saber mais? Veja: https://linktr.ee/AlexandreBahia
Falo sobre sentença de um juiz do trabalho de Muriaé (MG) que condenou uma empresa varejista por danos morais em razão da conivência da mesma sobre episódios de homofobia de funcionários contra um colega. Lembro que a Constituição proíbe qualquer forma de discriminação, inclusive no mercado de trabalho (art. 7o, XXX) - vale citar também a lei 9.029/1995.
"Assim diz o Senhor: Lembro-ME de ti, da piedade da tua mocidade, e do amor do teu noivado, QUANDO ME SEGUIAS NO DESERTO, numa terra que não se semeava." Jeremias 2:2
26 de novembro -
Eram duas pessoas sentadas numa muretinha de uma cidade praiana. Uma delas dizia que tinha terminado uma relação há algum tempo, mas ainda não conseguia fechar a porta. Aquela que existia do lado de dentro. O amigo, depois de escutar a história, tirava um bloco de notas do bolso e pedia para ela escrever tudo que estava difícil de deixar pra trás. Ela fazia. Então eles iam para casa de um deles e colocava fogo no papel. Era um ritual de despedida. Lembro de ver essa cena e primeiro achar bonito e significativo. Depois de alguns anos achar raso e superficial, porque ninguém desapega por queimar um papel. E por último achar que aquilo era a representação de um primeiro passo. Ritualizar não muda o cenário, mas muda a intenção. Muda a clareza. Eu não percebi isso vendo o filme, mas ouvindo a minha intuição que um dia - anos mais tarde - disse: “escreve uma carta e guarda no fundo da gaveta. Só abre se isso que você temeacontecer.” Naquele dia levantei do sofá com coragem. edição @valdersouza1 identidade visual @amandafogaca texto @natyops
No episódio desta semana falamos sobre desigualdades, xenofobia, e cenas várias que agora não me lembro.
For the assessment, please follow this link: https://portuguesewitheli.com/assessment Tem gente que nutre um saudosismo exagerado pelo passado... e eu sou uma dessas pessoas. Sabe, antigamente eu adorava fazer compras pelo telefone. Tinha um canal na televisão que passava televendas de madrugada. E como eu passava noites e noites e sem pregar o olho, acabava assistindo aquela maravilha. Via tantas bugigangas que prometiam mundos e fundos e ficava encantado. Eu precisava daquilo tudo. Lembro que uma vez comprei um espremedor de frutas elétrico. Chegou numa caixa enorme. Era um trambolho deste tamanho que prometia fazer um suco em menos de dez segundos. E, de fato, em menos de dez segundos tinha suco pela casa toda. Ele espirrava suco para todo lado e fazia uma barulheira infernal. Tremia como se estivesse possesso e, apesar de não parecer quebradiço, se desfez todo na primeira vez que se espatifou no chão. Depois foi a vez de um aspirador de pó. Quando desliguei o telefone, fiquei tão orgulhoso – era o primeiro vizinho que abandonava aquelas vassouras antiquadas por um aspirador. Na primeira vez que fui aspirar, não consegui controlar bem a mangueira e acabei batendo no vaso da sala. O vaso caiu no chão e se estilhaçou todo. Eu fiquei desesperado – o vaso tinha sido da minha avó – e, no embalo, acabei pisando num caco, furando meu pé, caindo no chão e me estropiando todo. Depois do primeiro uso, porém, o aspirador funcionou que foi uma beleza e só queimou porque houve um curto-circuito. Mas era top de linha. Pena que nunca encontrei outro no mercado... Hoje em dia, porém, não tem mais graça. Antigamente eu sentia a emoção de tirar o telefone do gancho, ouvir o sinal de chamada, discar o número, esperar o atendente do outro lado e ficar “oi, alô, tá me ouvindo? Pode repetir, por gentileza?” e, dias depois, às vezes semanas, receber o produto em casa. Tudo bem que eu acumulei muita tralha assim, tudo caía aos pedaços depois do primeiro mês de uso, mas era divertido. Podiam ser produtos vagabundos, mas tinham personalidade. Hoje, então? Liga-se o computador, insere-se os dados do cartão e clica-se em “confirmar”. Pronto. No outro dia, o produto chega na sua casa. Se ele tiver com algum defeito, a empresa não demora nem um dia para ressarcir o dinheiro. A publicidade hoje não é mais enganosa como antigamente. --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/portuguesewitheli/message