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Vida em França
Pianista português publica obras inéditas de compositor nascido em São Tomé

Vida em França

Play Episode Listen Later Oct 17, 2024 10:17


O pianista português João Costa Ferreira lança o seu mais recente disco, José Vianna da Motta, Poemas Pianísticos, vol 2, no próximo dia 26 de Outubro, em Portugal. Nos nossos estúdios, João Costa Ferreira destacou a importância de reabilitar o património musical português e partilha o "meticuloso processo de edição inerente à gravação" deste disco. O álbum é composto por 12 obras inéditas de José Vianna da Motta que o compositor escreveu entre os seus 5 e os 14 anos. RFI: Antes de falarmos da relação que tem com a obra de José Vianna da Motta, vamos falar da peça"Resignação", uma peça escrita para ser tocada com a mão esquerda. Apesar de existir um vasto repertório clássico de obras para a mão esquerda, continua a ser curioso ver um pianista a tocar apenas com a mão esquerda. De onde é que vem esta tradição ?João Costa Ferreira: Há toda uma tradição, sobretudo no século XX, quando vários compositores célebres como Ravel ou Prokofiev compuseram obras para o pianista Paul Wittgenstein. A partir daí começou a surgir mais reportório. Mas antes da primeira metade do século do século XX, já havia este repertório composto apenas para a mão esquerda e as razões são diversas: podia estar relacionado com alguma lesão física no braço direito, podia estar apenas relacionado como um desafio composicional. No caso do Vianna da Motta, não conheço a razão que o levou a compor esta obra "Resignação". O título em si carrega algo de negativo, portanto, é possível, e é apenas uma hipótese, que possa estar associado a algum problema que ele teve com o braço direito. O que, por exemplo, é possível de notar quando lemos os diários dele. Embora ele só tenha começado a escrever os diários depois de compor esta peça. Durante muitos anos, durante quatro ou cinco anos, ele refere-se - por mais de 30 vezes - a dores nos dedos e por uma dessas vezes refere-se ao dedo mindinho da mão direita. Pode ser apenas uma hipótese, que ele possa de facto ter tido um problema no braço direito, mas não é de descartar essa possibilidade, até porque nos diários que eu estava a referir, escritos  entre 1884 e 1890, ele escreve sobre sobre essa lesão na mão direita. Em 1907 e 1908 encontramos também cartas que ele escreveu a Margarethe Lemke, onde ele continua a insistir sobre problemas que ele tem nas mãos. Portanto, esse problema era recorrente.Há desafios técnicos para tocar esta peça? Normalmente, a melodia é tocada pela mão direita e  o acompanhamento pela mão esquerda. Há uma complexidade técnica quando se toca apenas com uma mão?Sim, há uma complexidade associada a isso. O repertório para piano é composto no sentido de conferir à mão esquerda a melodia e o acompanhamento à mão direita. Isto é uma regra geral. Obviamente que há muitas excepções e no caso do repertório para a mão esquerda, acaba por ser muitas vezes o polegar que tem a função de produzir a melodia, uma vez que é ele que está próximo dos agudos, embora muitas vezes a melodia esteja nos graves, nem que seja para imitar um instrumento grave, como o violoncelo, por exemplo. Isso, de facto, traz um desafio que é diferente, uma vez que é confiada a uma mão apenas duas funções diferentes, isto é, o acompanhamento e a melodia.Isso muda a dinâmica da interpretação?Sim, de certeza. Quando temos que tocar um baixo muito grave e a seguir uma melodia é diferente de tocar com as duas mãos porque podíamos tocar ao mesmo tempo. Quando se trata de tocar com uma mão apenas, temos que fazer aquilo que nós chamamos arpejos, isto é, tocar primeiro baixo e depois tocar o agudo. E isso acaba até por ter repercussões na expressão musical, acaba por ser diferente do ponto de vista estritamente técnico, mas também do ponto de vista musical. Acaba por ter consequências que muitas vezes são consequências, aliás, que eu diria automaticamente positivas porque num arpejado há uma conotação da expressão associada.Lança o seu mais recente disco, José Vianna da Motta, Poemas Pianísticos, vol 2. O que é que o motiva a continuar  a aprofundar a obra de José Viana da Motta e a publicar este segundo volume?Já tinha publicado um primeiro volume e não podia deixar de publicar um segundo. Este foi um receio que tive durante muito tempo. Será que um dia vai haver um segundo volume? É estranho haver apenas um primeiro volume. Era para mim uma vontade muito grande de publicar este segundo volume. O que é interessante no meu ponto de vista, do ponto de vista da reabilitação do património musical português, que é o trabalho que eu tenho vindo a fazer em torno da obra de Vianna da Motta e não só, mas sobretudo de Vianna da Motta. O interessante na publicação deste volume é que dá a conhecer mais 12 obras inéditas, que eram inéditas até há bem pouco tempo. Comecei primeiro por uma fase de revisão dos manuscritos e edição musical porque as obras nem sequer estavam publicadas e nenhuma delas estava gravada. Há a edição musical e depois a edição discográfica que é, aliás, feita para também dar a ouvir esta música a um público mais alargado porque nem toda a gente sabe ler música e pode ler uma música e tocá-la ao piano. Vejo isto como uma missão e estas 12 obras vêm também mostrar até que ponto Vianna da Motta era uma criança prodígio, fora de série, porque são obras compostas entre os seus cinco e os 14 anos, mas que não parecem nada terem sido compostas em tão tenra idade. É um trabalho do qual eu me orgulho muito, na verdade, e que espero que venha a mostrar uma faceta de Viana da Motta. Uma faceta estonteante, inacreditável. Mais uma faceta de Viana da Motta que valoriza o pianista que ele foi, mas também o compositor.O critério para a escolha destas 12 peças foi o facto de terem sido escritas neste período entre os cinco anos e os 14 anos. Hoje parece difícil perceber como é que uma criança de cinco anos consegue compor uma obra como algumas destas que integram este álbum...Sim,  isso explica a razão pela qual, quando o pai do Vianna da Motta o levou à corte para tocar perante o Dom Fernando II  e a condessa d'Edla, a família real não hesitou em financiar os estudos de Vianna da Motta no antigo Conservatório Real de Lisboa e depois até mais tarde, quando ele partiu para Berlim, em 1882, também no Conservatório ele continua a beneficiar do mecenato e foi sempre muito acompanhado pela família real. Era de facto uma criança excepcional, mesmo no seu tempo, muito embora talvez na altura as crianças chegassem a um grau de maturidade mais cedo. Mas mesmo assim, para ter tido tanta atenção por parte da família real, durante tantos anos, é porque de facto se tratava, apesar de tudo, de uma criança excepcional, mesmo no seu tempo.Quando procura o repertório de Vianna da Motta, onde é que se encontram as partituras?O espólio de Vianna da Motta encontra-se na Biblioteca Nacional de Portugal. Foi lá que eu trabalhei a maior parte do tempo na realização do meu doutoramento em Musicologia na Sorbonne Université. O trabalho que apresento agora é fruto de cerca de dez anos de investigação, embora já tenha havida outros discos, editado partituras. Foi na Biblioteca Nacional de Portugal, onde a maior parte das coisas de Vianna da Motta estão, que eu encontrei estas obras. Foi uma descoberta no sentido musical porque eram obras que estavam lá, às quais as pessoas tinham acesso e podiam abrir o livro, mas se calhar o interesse não foi despertado para que elas experimentassem ao piano e vissem qual era o interesse musical. Foi o que eu descobri. Foi compreender o interesse musical e trazê-las à luz do dia.E qual é então, portanto, o interesse musical? O facto destas obras serem inéditas, a complexidade ou até mesmo imagino, os desafios da interpretação?Eu não posso nunca deixar de ficar deslumbrado pelo facto de serem obras que exigem uma grande capacidade técnica e musical, tendo em conta a idade que ele tinha quando compôs. Do ponto de vista da revolução ou de algo que ele tenha trazido à música: ele compôs já tarde no seu tempo, num estilo romântico que era um estilo muito próprio da primeira metade do século XIX; a música de Vianna da Motta, mas, como aliás, a maior parte da música dos compositores da época, não foi uma música que permitiu uma revolução na história da música. Mesmo no final do século XIX, já havia compositores que estavam a experimentar outras linguagens musicais, enquanto Viana da Motta ficou sempre muito agarrado ao romantismo do início do século. Talvez isso explique uma porque é que a sua obra tem vindo a ser esquecida ou praticamente ignorada.Porque é tardia?Sim, exactamente. Mas se nós formos a pensar noutros compositores românticos que até no século XX compuseram, embora com traços impressionistas, traços mais modernos e que acabaram por ficar muito célebres. O próprio amigo dele, o Ferruccio Busoni, é pianista e compositor italiano. Viana da Motta tem três fases criativas. Esta série discográfica é dedicada à primeira fase criativa, que é as obras de infância. A terceira e última fase criativa de Vianna da Motta é a fase nacionalista,  isto é, da música de carácter nacional.A fase mais conhecida...Sim, é mais conhecida e nesse sentido Vianna da Motta terá tido um papel importante para aquilo que foi a evolução da história da música em Portugal. Embora já nos outros países em toda a Europa já se fizesse isso, isto e os compositores inspiravam-se imenso, sobretudo na música popular portuguesa, introduziam nas suas obras. Vianna da Motta foi, nesse aspecto, um pioneiro em Portugal e ele foi importante para abrir portas para que se desenvolvessem escolas de composição em Portugal. Escolas no sentido estético que abriram portas a Luís Freitas Branco ou Fernando Lopes Graça, Francisco Lacerda. Para a composição de obras inspiradas no folclore ou na música popular portuguesa. Tendo em conta o conjunto geral da obra de Vianna da Motta, é inegável a importância que ele teve para a história da música em Portugal.As obras de infância são mais uma espécie de reprodução daquilo que já se fazia em termos de danças; danças de salão, valsas, polacas, mazurcas, mas também muitas marchas. O primeiro disco, tinha sobretudo polacas, mazurcas que este disco já não tem e esses géneros musicais foram substituídos aqui por marchas, mas também tem valsas e músicas inspiradas em temas de óperas, por exemplo, que era algo que se fazia muito na época e obras que reflectem, aliás, o quotidiano de Vianna da Motta na vida lisbonense. Temos duas obras, por exemplo, neste disco, inspiradas no universo hípico, nas primeiras corridas de cavalos que tiveram lugar no antigo Jockey Club de Lisboa, que é onde hoje se encontra o Hipódromo do Campo Grande, por exemplo. Mesmo a própria gaité que é um galop, um galope, uma dança também frenética, também é inspirada nesse universo hípico dos cavalos.Estas obras são importantes porque, por um lado, embora não sejam revolucionárias, e eu insisto, houve muito poucas obras a serem revolucionárias na época. Para além de serem estonteantes, tendo em conta a idade dele, reflectem aquilo que ele era capaz de fazer e o quotidiano lisbonense que ele frequentava.De que forma é que este segundo volume se diferencia do primeiro?Para além do facto de já não ter as danças, as polcas, mazurcas, a marcha é mais a música de rua. Tem também uma fantasia inspirada numa ópera que o primeiro volume não tinha. Tinha, sim, uma obra dramática também nesse sentido, mas que era inspirada numa catástrofe que aconteceu na região de Múrcia, no sul de Espanha. E tem uma obra também incrível que é a última faixa As Variações sobre um tema original - ele compôs um tema e a partir dele escreveu várias variações. Isto é o mesmo tema, mas com outra decoração, com outra decoração que revela muitas capacidades, não apenas do ponto de vista composicional, mas pianístico, uma vez que ele tocava as obras que compunha, é por isso que eu falo da questão pianística. Ele compunha as obras ao piano. Essa obra, por exemplo, revela várias capacidades, uma vez que cada uma das 13 variações exige algo do ponto de vista técnico muito, muito diferente. Seja arpejos, seja acordes, seja oitavas. É como se ele ali explorasse as diferentes dificuldades técnicas que ele acharia que seriam necessárias a desenvolver. Até pode ser visto quase como aquilo que nós chamamos um estudo para piano, isto é, uma obra composta para desenvolver um determinado tipo de jogo, de forma de tocar.Há também uma faixa que se chama Praia das Conchas, Praia das Conchas e uma praia que se situa no distrito de Lobata, na ilha de São Tomé em São Tomé e Príncipe, onde Viana da Motta nasce e vive há alguns anos. Viana da Motta vai guardar memórias que consegue depois transpor na sua música.A Praia das Conchas é a única obra que o Viana da Motta compôs, inspirado no local do nascimento que é São Tomé. É uma obra que é uma quadrilha de contradanças, portanto origem popular da dança, em que ele escreve cinco danças e cada uma delas tem o nome de uma outra praia: a praia Mutamba. Há duas praias que eu não encontrei o nome que é Praia Soares, Praia do Sal. Sei que há muitas salinas no norte, mas são tudo praias ali perto da praia, porque há a praia, Mutamba, a praia do mouro também, acho que hoje é a praia dos Tamarindos. E depois há duas praias que eu não consegui encontrar. Andei à procura nos mapas e não consegui encontrar. Pode acontecer que estes nomes não existissem na época, que eram falados pela população local apenas e que nunca tinham sido registados. Vianna da Motta terá não lembrado das praias, uma vez que ele saiu de São Tomé muito cedo, mas penso que terá sido o pai. Na minha opinião, terá sido o pai a falar daquelas praias que ele provavelmente frequentava quando morava em São Tomé e Príncipe. E foi a partir daí que o Viana da Motta compôs estas cinco danças, inspiradas nas praias que eu acredito que sejam todas as praias no norte temos que encontrar a Praia Soares e a Praia do Sal.Como é que correu o processo de gravação deste disco; a elaboração, a escolha das peças, o estudo das obras seleccionadas e depois a gravação?Este é um objecto pequeníssimo e por trás dele está todo um trabalho absolutamente estonteante. Foram três anos de trabalho, sem contar, obviamente, com os dez anos que eu falei há bocadinho de investigação do doutoramento, os outros discos que eu gravei antes disto. Obviamente que isto também é um bocado fruto desse trabalho. Não foi tudo feito em três anos, mas entre o lançamento do primeiro volume desta série discográfica e este agora, passaram-se praticamente três ou quatro anos. Durante esse tempo houve tanta edição musical, a tal revisão dos manuscritos, que foi essencial porque há manuscritos que estão num estado muito difícil de descodificar, partes que estão rasgadas, um pedaço que está aqui, outro pedaço que está ali.E o que é que se faz nessas situações?É preciso compreender e conhecendo a linguagem da composição de Vianna da Motta. É importante para saber também avaliar e tentar perceber aquilo que ele queria. Conhecer a própria linguagem de Vianna da Motta, a linguagem romântica e trabalhar a partir daí, encontrando a forma como o Vianna da Motta imaginou e concebeu a sua obra. Não há assim tantos pedaços rasgados e perdidos. Apesar de tudo são desafios porque antes de tomar uma decisão é preciso ter mesmo a certeza daquilo que se está a fazer. Muitas vezes não se tratava de pedaços perdidos, mas, por exemplo, numa mesma página, várias versões escritas uma por cima das outras. Era preciso perceber cronologicamente aquilo que aconteceu. E muitas vezes havia indícios. Havia uma coisa feita a caneta, outra coisa feita a lápis, por exemplo, coisas feitas com canetas diferentes ou, aliás, com pontas de canetas diferentes. Houve esse trabalho quase de detective que faz parte do meu trabalho como investigador que foi a edição musical e a publicação. Depois a gravação em estúdio, foram cerca de 20 horas em estúdio. Foi um mês a fazer uma pré montagem de 8 horas todos os dias, a trabalhar numa pré-montagem apenas. Depois foram mais uns cinco ou seis dias de montagem. E depois as ilustrações que também não posso esquecer, uma ilustração para cada uma das faixas feitas pela artista portuguesa Mariana Miserável, que é o nome artístico de Mariana Santos e pôs todo o trabalho também do design gráfico e a produção, encontrar financiamentos junto de várias entidades. Tudo isto é um trabalho colossal, de facto, e que explica a razão pela qual só quatro anos depois de ter lançado o primeiro volume, é que lança agora este segundo.Talvez um próximo volume dedicado à fase mais conhecida de Vianna da Motta, a música mais nacionalista?Já lancei um dedicado às cinco rapsódias portuguesas, que se inspiram em 17 temas populares portugueses. Creio que dessa fase, como disse há pouco e muito bem, é a fase mais conhecida do Viana da Motta, ou já muitas coisas foram gravadas, aliás praticamente tudo. Tenho mais interesse para já em acabar as obras desta fase. E a haver um próximo disco, será um terceiro volume dedicado também à obra de infância, mas o qual terá não apenas obras para piano solo, mas também música de câmara.Nesta fase criativa, portanto, até aos 14 anos, até 1882, que é o período em que ele vai para Berlim e depois muda completamente a sua estética. Nesta fase criativa existe ainda todo um vasto repertório para piano solo, mas obras bastante grandes e exigentes do ponto de vista técnico e físico, mas também música de câmara. Tem piano para seis mãos, ou seja, três pessoas ao piano a tocar uma mesma obra, inspirada numa obra do compositor Meyerbeer, Robert le Diable. Tem também uma grande sonata para piano e flauta. Tenho a partitura a descobrir uma vez mais no sentido musical: abrir a partitura, tocar e tentar perceber porque é muitas vezes aí que se encontra e que reside a descoberta. A haver um terceiro volume, será um volume com uma ou duas obras ainda de piano solo e o resto é música de câmara.

Convidado
"Divisão de Luanda é uma medida para o MPLA se eternizar no poder"

Convidado

Play Episode Listen Later Jun 24, 2024 7:40


O Bureau Político do Comité Central do MPLA recomendou recentemente, ao grupo parlamentar, a criação de mais uma província, resultante da divisão de Luanda, capital de Angola, no âmbito da discussão da divisão administrativa do país. Em entrevista à RFI, Serra Bango, presidente da Associação Justiça, Paz e Democracia, fala num desnorte do MPLA, sublinhado que é mais uma medida para o partido se eternizar no poder.  RFI:  Bureau Político do Comité Central do MPLA recomendou a criação de mais uma província, resultante da divisão de Luanda, no âmbito da discussão da divisão administrativa do país. Considera pertinente a divisão administrativa de Luanda? Serra Bango, presidente da Associação Justiça, Paz e Democracia de Angola: O MPLA não diz claramente o que pretende, qual é o estudo que fez e o que determina que o aconselhável seria a divisão administrativa de Luanda. Ficamos com a impressão que há aqui um desnorte por parte do MPLA relativamente a esta matéria.A primeira iniciativa era dividir cinco províncias, depois recuaram para duas, passando de 18 para 20 províncias. Luanda inicialmente não estava prevista, até porque Luanda já foi dividida várias vezes em municípios, distritos, comunas, etc.Tanto é que Luanda é das províncias mais pequenas em termos de extensão territorial. O problema tem que ver com a densidade populacional, a falta de emprego e o estímulo para o retorno das populações mais jovens às suas zonas de origem.O facto de dividir Luanda, com forte densidade populacional, em duas províncias não poderá trazer melhorias para a população?Não trará. Se não há iniciativas actuais para resolver os problemas para a distribuição de água, energia, emprego e mobilidade, quem ao nível do MPLA- nessa altura- teria iniciativas para aquelas circunscrições mais pequenas? Não há, porque se tratam de vícios perpetrados pela administração do MPLA.Na minha opinião, o que resolve o problema das populações é a de oferta de emprego, soluções para o fornecimento de água, energia e para o problema da mobilidadeActualmente, Luanda tem apenas duas vias para quem circula na capital. Uma via circular que liga Benfica/Cabo Longo e vai até Cacuaco, a via expressa, e há outra que liga Mutamba até à 33. Mas as vias secundárias, terciárias não dependem da divisão política administrativa da província de Luanda. Isso depende da existência de projectos estruturantes que visem o desenvolvimento da cidade de Luanda.O MPLA refere que esta recomendação pretende dar resposta mais eficaz à população, dadas as dimensões da actual província de Luanda...Sim, mas então para isso teriam que dividir todas as províncias, uma vez que os problemas são os mesmos. Parece-me que com esta questão o MPLA quer encontrar formas de acomodar o excesso de membros do grupo e do Comité Central, ou seja repartir os bens com esses membros do partido.Depois, numa perspectiva futura, o partido pretende aumentar o número de deputados e distribuí-los pelo MPLA. Se olharmos para os resultados eleitorais, nas últimas eleições, o MPLA em Luanda não teve bons resultados e quase perdeu a divisão administrativa da cidade. Nestes termos, a divisão de Luanda, faria com que o MPLA, provavelmente, naquelas áreas em que tem algum militante, consiga no futuro, para além das autarquias, ter mais dois ou três deputados. Isto à semelhança do que poderá vir a acontecer no Cuando Cubango e no Moxico.Na proposta de divisão política administrativa do país, em discussão no Parlamento, prevê-se a divisão das províncias do Moxico e do Cuando Cubango. Aquilo que me está a dizer é que com esta divisão administrativa, o MPLA se quer eternizar no poder?O antigo secretário do Grupo Político para a Informação do MPLA, Rui Falcão Pinto Andrade, quando questionado pela Rádio Eclésia sobre a possibilidade do MPLA deixar o poder, respondeu que sim, mas só daqui a 50 anos. Estas declarações permitem-nos concluir que o MPLA fará todas as artimanhas possíveis e imaginárias para se perpetuar no poder.Por outro lado, parece-me que estas permanentes tentativas de divisão política administrativa do país visam protelar para as calendas gregas apesar de já ter sido discutido e aprovado na generalidade a lei da institucionalização das autarquias a efectivação das autarquias.Este é o argumento da oposição UNITA, CASA-CE e o FNLA- que afirma que esta medida pode ter como objectivo adiar as eleições autárquicas. Acha que é disso que se trata? Mesmo que não se faça esta visão política e administrativa, o MPLA não quer realizar as autarquias. Para já, este ano não haverá, porque não foi discutido no Orçamento Geral do Estado. Vamos lá ver se no próximo ano, em Outubro, quando se discutir a proposta do Orçamento Geral do Estado, já consta a proposta de Orçamento para as autarquias.Américo Chivukuvuku referiu que"com 164 municípios, o executivo mostra-se incapaz de resolver os problemas e com estas alterações em que o país passará a contar com 20 províncias neste caso serão 21- 325 municípios e 375 comunas. Como é que vai ser feita esta administração?Quem com uma província não consegue gerir, com duas será ainda pior. As populações serão as mesmas, elas não vão ser deslocadas. Haverá, simplesmente, uma divisão artificial das fronteiras, dos municípios e da administração. Todavia, os vícios continuarão a ser os mesmissimos, quer na administração do Estado, quer no dia-a-dia dos cidadãos.

Invité Afrique
Constant Mutamba: «Je veux rompre avec les antivaleurs des gestions du passé»

Invité Afrique

Play Episode Listen Later Dec 11, 2023 2:29


Les Congolais sont appelés aux urnes le 20 décembre prochain pour des élections générales et d'ici là, RFI donne la parole aux différents candidats au scrutin présidentiel. Avec son slogan « Rupture 2023 », le plus jeune des vingt-six candidats à l'élection présidentielle promet de mettre en place des mesures ambitieuses pour son pays. RFI : Pourquoi êtes-vous candidat ?Constant Mutamba : Je suis candidat à l'élection présidentielle de décembre prochain pour rompre avec les antivaleurs des gestions du passé, rompre avec les vieux et anciens visages politiques, rompre avec les mêmes idées et les mêmes projets politiques, rompre avec l'insécurité à l'est du pays, rompre avec la faim, le chômage, rompre avec le délabrement de nos routes, bref rompre avec les maux qui rongent la société congolaise.Selon vous, quels devraient être les chantiers prioritaires du prochain chef de l'État ?C'est la sécurité qui sera mon premier chantier prioritaire. Je vais mettre en place une unité spéciale chargée du rétablissement de la paix non seulement dans la partie est du pays, mais aussi et surtout sur l'ensemble du pays. Le deuxième chantier prioritaire sera les mines. Il va falloir transformer nos minerais localement afin que nous puissions leur donner de la valeur ajoutée, qui pourra contribuer à la création d'emplois, à la stabilité de notre économie. Troisième chantier prioritaire pour nous, ça va être l'éducation. Nous allons faire en sorte de remettre en selle la fonction enseignante. Quatrième chantier, ça va être la santé. Nous mettrons en place le système de santé intégré qui permettra de prendre en charge gratuitement des millions et des millions de nos compatriotes. Nous allons également prioriser le chantier justice. Il faudrait de manière urgente mettre en place un parquet économique et financier spécial qui aura pour mission de traquer tous les délinquants économiques et financiers. Nous allons également créer un tribunal spécial contre la corruption afin de pouvoir lutter efficacement contre toute sorte de malversations, toute forme de détournement et d'antivaleur de gestion.Comment est-ce que vous comptez vous y prendre ?Nous allons mobiliser suffisamment de moyens à travers les réformes que nous apporterons dans les secteurs des finances publiques. Nous allons mettre en place une politique de maximisation des recettes, de collectes des recettes publiques qui puisse permettre de renflouer davantage les caisses de l'État. Nous allons également faire en sorte que la dépense publique soit efficace, ceci en mettant fin à toute forme d'interférence dans la chaine des recettes publiques. Ceci nous permettra de mobiliser suffisamment de recettes qui nous permettront de financer tous les projets que nous comptons réaliser une fois élu président de la République.

LifeSci Beat
James Mutamba, CBO of Arrakis Therapeutics, on Biotech BD and IPO financing

LifeSci Beat

Play Episode Listen Later May 4, 2023 33:45


In this episode, we chatted with Dr. James Mutamba, CBO of Arrakis Therapeutics. Our conversation covered biotech IPO financing, the process of business development dealmaking, company creation, and the Arrakis Therapeutics platform. Arrakis Therapeutics is an preclinical private biotech developing RNA-targeted small molecules. They combine insights into RNA structure, chemistry, and biology to pioneer a new class of medicines focused on oncology and genetically validated diseases.

The Nonlinear Library
EA - Why I don't agree with HLI's estimate of household spillovers from therapy by JamesSnowden

The Nonlinear Library

Play Episode Listen Later Feb 24, 2023 14:49


Welcome to The Nonlinear Library, where we use Text-to-Speech software to convert the best writing from the Rationalist and EA communities into audio. This is: Why I don't agree with HLI's estimate of household spillovers from therapy, published by JamesSnowden on February 24, 2023 on The Effective Altruism Forum. Summary In its cost-effectiveness estimate of StrongMinds, Happier Lives Institute (HLI) estimates that most of the benefits accrue not to the women who receive therapy, but to household members. According to HLI's estimates, each household member benefits from the intervention ~50% as much as the person receiving therapy. Because there are ~5 non-recipient household members per treated person, this estimate increases the cost-effectiveness estimate by ~250%. i.e. ~70-80% of the benefits of therapy accrue to household members, rather than the program participant. I don't think the existing evidence justifies HLI's estimate of 50% household spillovers. My main disagreements are: Two of the three RCTs HLI relies on to estimate spillovers are on interventions specifically intended to benefit household members (unlike StrongMinds' program, which targets women and adolescents living with depression). Those RCTs only measure the wellbeing of a subset of household members most likely to benefit from the intervention. The results of the third RCT are inconsistent with HLI's estimate. I'd guess the spillover benefit to other household members is more likely to be in the 5-25% range (though this is speculative). That reduces the estimated cost-effectiveness of StrongMinds from 9x to 3-6x cash transfers, which would be below GiveWell's funding bar of 10x. Caveat in footnote. I think I also disagree with other parts of HLI's analysis (including how worried to be about reporting bias; the costs of StrongMinds' program; and the point on a life satisfaction scale that's morally equivalent to death). I'd guess, though I'm not certain, that more careful consideration of each of these would reduce StrongMinds' cost-effectiveness estimate further relative to other opportunities. But I'm going to focus on spillovers in this post because I think it makes the most difference to the bottom line, represents the clearest issue to me, and has received relatively little attention in other critiques. For context: I wrote the first version of Founders Pledge's mental health report in 2017 and gave feedback on an early draft of HLI's report on household spillovers. I've spent 5-10 hours digging into the question of household spillovers from therapy specifically. I work at Open Philanthropy but wrote this post in a personal capacity. I'm reasonably confident the main critiques in this post are right, but much less confident in what the true magnitude of household spillovers is. I admire the work StrongMinds is doing and I'm grateful to HLI for their expansive literature reviews and analysis on this question. Thank you to Joel McGuire, Akhil Bansal, Isabel Arjmand, Alex Cohen, Sjir Hoeijmakers, Josh Rosenberg, and Matt Lerner for their insightful comments. They don't necessarily endorse the conclusions of this post. 0. How HLI estimates the household spillover rate of therapy HLI estimates household spillovers of therapy on the basis of the three RCTs on therapy which collected data on the subjective wellbeing of some of the household members of program participants: Mutamba et al. (2018), Swartz et al. (2008), Kemp et al. (2009). Combining those RCTs in a meta-analysis, HLI estimates household spillover rates of 53% (see the forest plot below; 53% comes from dividing the average household member effect (0.35) by the average recipient effect (0.66)). HLI assumes StrongMinds' intervention will have a similar effect on household members. But, I don't think these three RCTs can be used to generate a reliable estimate for the spillovers of StrongMinds' program for three reasons. 1. Two of the three RCTs HLI relies on to estimate spillovers are on in...

Adventgemeinde Darmstadt Marienhöhe - Podcast
Laurent Mutamba – Fruehstuecken mit Gott

Adventgemeinde Darmstadt Marienhöhe - Podcast

Play Episode Listen Later Oct 16, 2021 25:00


gott laurent darmstadt predigt adventisten mutamba adventgemeinde siebenten
JEUNESSE CHRÉTIENNE-JC
Rallume ta flamme : Prophétesse Raissa Mutamba à l'église MEPRECC Kinshasa

JEUNESSE CHRÉTIENNE-JC

Play Episode Listen Later Aug 25, 2021 92:31


Un puissant message que tu dois écouter --- Send in a voice message: https://anchor.fm/christianyouth/message

ComingHOME Darmstadt
9. Januar 2021 - Laurent Mutamba - Das Gute im Schlechten

ComingHOME Darmstadt

Play Episode Listen Later Feb 6, 2021 27:51


Gedanken von Laurent Mutamba zur Geschichte von Ahabs Tod aus dem Buch Könige. Ein Online-Gottesdienst mit Musik, Gebet, mehrere Gesprächsgruppen für das Bibelgespräch und einer Predigt.

Atem der Hoffnung
Endlich nicht mehr einsam, , Live-Gottesdienst mit Laurent Mutamba

Atem der Hoffnung

Play Episode Listen Later Apr 25, 2020 19:58


Gottesdienst mit Laurent Mutamba.

The Love of the Game
David Miakanda & Youri Mutamba

The Love of the Game

Play Episode Listen Later Mar 11, 2020 68:42


David & Youri. Family over EVERYTHING! The bond that these two men have is amazing! They are continuously motivating one another to accomplish their goals and are dedicated to getting better each day as men and as a basketball player!

Atem der Hoffnung
Ein Weg aus der Trauer - Predigt mit Laurent Mutamba

Atem der Hoffnung

Play Episode Listen Later Nov 22, 2019 23:57


Wo ein Mensch Verluste erlebt, Schmerzen durchläuft, trauert er. Dies ist eine wichtige Zeit, um Erlebtes zu verarbeiten. Aber auch eine Zeit, in der ein tröstender Gott auf ihn wartet.

PEACE THROUGH BUSINESS®
Ep. 6-Jeannette Gakwandi: We Develop Courage by Surviving Difficult Times

PEACE THROUGH BUSINESS®

Play Episode Listen Later Nov 5, 2019 15:44


The start to young Jeannette Gakwandi’s life was beyond tragic - her parents and siblings were killed in the Rwanda genocide. It was the remainder of her fractured family who sustained her and nourished her to find a path forward. While much of her story is painful, Gakwandi’s inner strength is palpable in this interview. One way to overcome her experience was a vow one day build a house of her own. Her ambition then grew to make this skill a livelihood, slowly and meticulously learning the trade of construction and building her own business. Her company now has several employees and contractors working to advance housing in Rwanda. Being a woman in housing construction has come with many challenges — some men have refused to work with her, and she must continually assert herself to keep the business moving forward. It took a lot of scrambling for resources and learning skills on the fly, but today she has a steady business with an eye towards further expansion. Her message to young girls is to not be afraid to tackle industries that have traditionally been closed to them. If you liked what you heard, please hit the SHARE button above and share this episode with your network! Please visit our website for more inspiring stories: www.TrailBlazersImpact.com/peacethroughbusiness and FOLLOW US! Subscribe to our email list to get all our latest podcasts directly to your inbox: http://bit.ly/2ZBeoW9 Did this episode get you thinking? Please share your thoughts with us at hello@trailblazersimpact.com Keep in touch with Trailblazers Impact here: Twitter: @TrailblzrsImpct Facebook: @TrailBlazersImpact Instagram: @trailblazersimpact LinkedIn: TrailBlazers Impact Podcast Rated #27 in Pretty Progressive: https://prettyprogressive.com/inspiring-podcasts-for-women-in-their-20s/ Rated #2 in Feedspot: https://blog.feedspot.com/trailblazers_podcasts/

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Ep. 7-Manizha Wafeq: Creating Peace And Well-being Through Business IS Women’s Rights

PEACE THROUGH BUSINESS®

Play Episode Listen Later Nov 5, 2019 23:03


Menizha Wafeqh was raised by her parents to believe that women could be strong, confident, and achieve great things. She’s put that ethos to work in her life as an advocate for women in her native Afghanistan, who often face discrimination. Wafeqh is the co-founder and president of Afghanistan Women Chamber of Commerce and Industry, which supports women in their entrepreneurial pursuits. She has spent almost two decades working with governments to assist women in business, leading seminars for how women can forge ahead, and training men to be allies. Her journey saw the struggles that women still face in Afghanistan, with many men she’s encountered still believing that women don’t belong in the working world or shouldn’t have equal access. Much of her work involves debunking this thinking misconceptions regarding Islam and the role of women. Through the PEACE THROUGH BUSINESS PROGRAM®, she has been an ally for training women to pursue business opportunities in Afghanistan and changing the narrative about what women can achieve. Her goal is that Afghan women will continue to move from just being economic beneficiaries to economic actors who drive change and opportunity. If you liked what you heard, please hit the SHARE button above and share this episode with your network! Please visit our website for more inspiring stories: www.TrailBlazersImpact.com/peacethroughbusiness and FOLLOW US! Subscribe to our email list to get all our latest podcasts directly to your inbox: http://bit.ly/2ZBeoW9 Did this episode get you thinking? Please share your thoughts with us at hello@trailblazersimpact.com Keep in touch with Trailblazers Impact here: Twitter: @TrailblzrsImpct Facebook: @TrailBlazersImpact Instagram: @trailblazersimpact LinkedIn: TrailBlazers Impact Podcast Rated #27 in Pretty Progressive: https://prettyprogressive.com/inspiring-podcasts-for-women-in-their-20s/ Rated #2 in Feedspot: https://blog.feedspot.com/trailblazers_podcasts/

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Ep. 2-Nan McKay: My Life-Changing Experience

PEACE THROUGH BUSINESS®

Play Episode Listen Later Nov 5, 2019 5:19


When attending the PEACE THROUGH BUSINESS PROGRAM® training sponsored by the Institute for Economic Empowerment of Women, podcast host Nan McKay intended to record an episode with the organization’s founder and then return back to her regular schedule with the Trailblazers Impact podcast. Instead she met so many inspiring women who had overcome life-shattering tragedy, she was compelled to tell their stories. The business women are connected with a mentor who equips them with leadership and entrepreneurial principles to excel in their home countries of Afghanistan and Rwanda. The program has trained over 755 business leaders, who are responsible for more than 16,000 employees. This episode introduces listeners to the work of the IEEW and discusses how the PEACE THROUGH BUSINESS PROGRAM® is empowering women to be entrepreneurs and leaders in their fields.   If you liked what you heard, please hit the SHARE button above and share this episode with your network! Please visit our website for more inspiring stories: www.TrailBlazersImpact.com/peacethroughbusiness and FOLLOW US! Subscribe to our email list to get all our latest podcasts directly to your inbox: http://bit.ly/2ZBeoW9 Did this episode get you thinking? Please share your thoughts with us at hello@trailblazersimpact.com Keep in touch with Trailblazers Impact here: Twitter: @TrailblzrsImpct Facebook: @TrailBlazersImpact Instagram: @trailblazersimpact LinkedIn: TrailBlazers Impact Podcast Rated #27 in Pretty Progressive: https://prettyprogressive.com/inspiring-podcasts-for-women-in-their-20s/ Rated #2 in Feedspot: https://blog.feedspot.com/trailblazers_podcasts/

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Ep. 3-Judith Mutamba: Medals for Hand-to-Hand Combat

PEACE THROUGH BUSINESS®

Play Episode Listen Later Nov 5, 2019 25:44


Judith Mutamba recalls at a very early age losing her father and four siblings due to the uprising in Rwanda. She wanted to be in Rwanda and wanted Rwanda to be free, so at a young age she was one of the first to to join the fighting. She heard that if you got training, the instructor would make you his wife. They thought she had served in the military in Uganda, but instead she trained herself and “added some age” to her 14 years so she would be accepted. It was guerilla fighting with hand-to-hand combat. Eventually she became company commander and then captain. After the war, she was the only woman who received a medal and was the best in the training and one of the best fighters in the infantry. She always competed with men. After leaving the military, she started a church in Rwanda with now more than 100 people. Through the church, Judith trains women to empower themselves. Judith also owns a tour company called Amazing Eco-Africa. Today, she knows “we are all Rwandans.” If you liked what you heard, please hit the SHARE button above and share this episode with your network! Please visit our website for more inspiring stories: www.TrailBlazersImpact.com/peacethroughbusiness and FOLLOW US! Subscribe to our email list to get all our latest podcasts directly to your inbox: http://bit.ly/2ZBeoW9 Did this episode get you thinking? Please share your thoughts with us at hello@trailblazersimpact.com Keep in touch with Trailblazers Impact here: Twitter: @TrailblzrsImpct Facebook: @TrailBlazersImpact Instagram: @trailblazersimpact LinkedIn: TrailBlazers Impact Podcast Rated #27 in Pretty Progressive: https://prettyprogressive.com/inspiring-podcasts-for-women-in-their-20s/ Rated #2 in Feedspot: https://blog.feedspot.com/trailblazers_podcasts/

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Ep.5-Chantal Munanayire: From Genocide Survivor to Woman of Courage

PEACE THROUGH BUSINESS®

Play Episode Listen Later Nov 5, 2019 15:31


Chantal Munanayire lost her mother, sisters, and other members of her family in the Rwanda genocide. Yet she was determined to build a life and overcome the tragedy, doing so in a society where women have to work extremely hard to enter into business and entrepreneurship. In this episode she describes how a typical happenstance, the need to fix her car, became the catalyst she needed to move forward with building a business. Chantal became a female repair garage owner — extremely rare in Rwanda at the time. This was the start of a remarkable turning point in her life, as she went on to build a successful business and was elected as the first woman president of the Rwanda Garage Association. Chantal was also honored by the American Embassy as a Woman of Courage for her entrepreneurial contributions and leadership. She remains committed to being a model to low-income women and girls, who can look up to a powerful and strong example of leadership and courage. If you liked what you heard, please hit the SHARE button above and share this episode with your network! Please visit our website for more inspiring stories: www.TrailBlazersImpact.com/peacethroughbusiness and FOLLOW US! Subscribe to our email list to get all our latest podcasts directly to your inbox: http://bit.ly/2ZBeoW9 Did this episode get you thinking? Please share your thoughts with us at hello@trailblazersimpact.com Keep in touch with Trailblazers Impact here: Twitter: @TrailblzrsImpct Facebook: @TrailBlazersImpact Instagram: @trailblazersimpact LinkedIn: TrailBlazers Impact Podcast Rated #27 in Pretty Progressive: https://prettyprogressive.com/inspiring-podcasts-for-women-in-their-20s/ Rated #2 in Feedspot: https://blog.feedspot.com/trailblazers_podcasts/

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Ep.4-Hasina Aimaq: Growing Up in Her Brave Mother's Burqa

PEACE THROUGH BUSINESS®

Play Episode Listen Later Nov 5, 2019 18:54


Hasina Aimaq’s father died in Afghanistan, leaving his wife and a daughter. Girls were not allowed to go to school or study under the Taliban. Her mother took her to a house who taught children and always hid Hasina under her burqa since both would have been killed if discovered. She talks about how men feared educating women because “they might not listen to us anymore.” Finally, when the Taliban left, she was able to go to school. her mother sat outside the school gate all day for 12 years, waiting for Hasina. At one point, she raised her burqa to see and “they beat her with wooden things.” Hasina says her mother is her role model. Hasina now has a food business, specializing in selling desserts her mother makes. If you liked what you heard, please hit the SHARE button above and share this episode with your network! Please visit our website for more inspiring stories: www.TrailBlazersImpact.com/peacethroughbusiness and FOLLOW US! Subscribe to our email list to get all our latest podcasts directly to your inbox: http://bit.ly/2ZBeoW9 Did this episode get you thinking? Please share your thoughts with us at hello@trailblazersimpact.com Keep in touch with Trailblazers Impact here: Twitter: @TrailblzrsImpct Facebook: @TrailBlazersImpact Instagram: @trailblazersimpact LinkedIn: TrailBlazers Impact Podcast Rated #27 in Pretty Progressive: https://prettyprogressive.com/inspiring-podcasts-for-women-in-their-20s/ Rated #2 in Feedspot: https://blog.feedspot.com/trailblazers_podcasts/

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Ep.1-Terry Neese: Empowering Women Entrepreneurs in the Developing World

PEACE THROUGH BUSINESS®

Play Episode Listen Later Oct 30, 2019 27:27


Terry Neese is a prolific entrepreneur who is dedicated to mentoring women both locally and abroad in starting their own businesses and turning their ambitions into reality. As founder of the Institute for Economic Empowerment of Women (IEEW), her organization has grown a network of women business owners in Afghanistan and Rwanda who are provided with leadership skills and business strategies to reach their goals. In this episode, Neese talks about her Oklahoma upbringing and what she learned about the value of hard work and honesty on her parents’ farm. Her passion and commitment to hard work led her to several successes, such as founding Neese Personnel in 1975, an Oklahoma City staffing agency. Her advocacy and philanthropic work in business led to a call from The White House, and the inspiration to create IEEW to help women in the developing world develop business strategies and advocate for policy change with local governments. Neese shares why passion is at the heart of any successful entrepreneurial endeavor, and what it takes to create large-scale change for women in business. Please visit our website for more inspiring stories: www.TrailBlazersImpact.com/peacethroughbusiness and FOLLOW US! If you liked what you heard, please hit the SHARE button above and share this episode with your network! Subscribe to our email list to get all our latest podcasts directly to your inbox: http://bit.ly/2ZBeoW9 Did this episode get you thinking? Please share your thoughts with us at hello@trailblazersimpact.com Keep in touch with Trailblazers Impact here: Twitter: @TrailblzrsImpct Facebook: @TrailBlazersImpact Instagram: @trailblazersimpact LinkedIn: TrailBlazers Impact Podcast Rated #27 in Pretty Progressive: https://prettyprogressive.com/inspiring-podcasts-for-women-in-their-20s/ Rated #2 in Feedspot: https://blog.feedspot.com/trailblazers_podcasts/

Pleasure Studies
Born To Bond: Modern Intimacy Is On Acid

Pleasure Studies

Play Episode Listen Later Jul 28, 2019 20:44


Is monogamy really so tied to stability—or can a more open approach lead to stronger and deeper relationships? As social psychologist Lucia O’Sullivan shares findings from decades of intimacy research, two couples shed light on their unconventional partnerships: Adult-film actress/director/writer Joanna Angel and her actor husband Small Hands speak to the complexities of commitment in the alt-porn world, while polyamorous couple Mutamba and Olivia discuss navigating their wildly different backgrounds and supporting each other in striving for total freedom. The result is an eye-opening look at connection and communication, one that reveals how undoing our assumptions of what’s “normal” in relationships may lead to a more expansive experience of love. See acast.com/privacy for privacy and opt-out information.

The #PopHealth Show
James Mutamba @ Longwood Fund - BioTech Innovation

The #PopHealth Show

Play Episode Listen Later Apr 17, 2019 19:48


Join us today as we speak with James Mutamba from Longwood Fund about biotech innovation.

Lusofonia
Lusofonia: Uma nova Luanda

Lusofonia

Play Episode Listen Later Apr 14, 2019 31:23


Do Baleisão à Mutamba, da Buraca a Santos, de S. Paulo Leste à Paulista, em todos estes lugares há uma nova Luanda. Alinhamento Buraka Som Sistema ft. Petty - Ya (2008) Makongo + DJ Malvado - Kisselenguenha (2009) Pongo - Baia (2018) Quantic ft. Pongo - Duvidó (2014) Pedro - Rapazes (2019) Ricon Sapiência - Afro rep (2017) Djeff e Silyvi ft Mamukueno - Tambuleno (2010) Branko + Pedro - MPTS (2019)

Himmel auf Erden
26. #3 Wenn es Gott gibt... - Interview mit Laurent Mutamba

Himmel auf Erden

Play Episode Listen Later Mar 21, 2019 19:06


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25. #2 Gott im Ghetto - Interview mit Laurent Mutamba

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24. #1 Eine Kindheit im Ghetto - Interview mit Laurent Mutamba

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