Dito e Feito é um podcast do Teatro Bairro Alto em que falar é uma forma de fazer, e vice-versa. A sua periodicidade vai ser irregular. O formato também. Acompanhem este e outros inícios do TBA nas redes sociais e em teatrodobairroalto.pt ///// Dito e Feito (Said and Done) is a podcast by Teatro d…
sonhei o seu pesadelo é uma conversa entre a artista interdisciplinar brasileira Bibi Dória e Helena Ignez, uma das atrizes mais importantes da história do cinema brasileiro, hoje com 85 anos. O encontro acontece na sala da casa de Helena, em São Paulo. Nesta conversa, Bibi conta a Helena sobre os seus trabalhos mais recentes, explicando o processo de criação da performance nome de filme (2021) e do espetáculo cão de sete patas (2024) — ambos projetos que se relacionam com o movimento do Cinema Marginal Brasileiro, que ocorreu em plena ditadura militar no Brasil, com os filmes do realizador Rogério Sganzerla e, em especial, da interpretação da atriz Helena Ignez. Sentada em frente a Helena, Bibi partilha as suas obras e o facto de ter passado dias a decorar e a sonhar com o filme Copacabana Mon Amour, de 1970, no qual Helena é protagonista. Juntas, conversam sobre arquivos, sonhos, memórias e sobre a dualidade entre atriz e personagem, entre o documentário e a ficção. Conversa com: Helena Ignez e Bibi Dória Roteiro: Bibi Dória e Mariana Carvalho Gravação, edição e mixagem: Mariana Carvalho Som adicional: faixa Mr. Sganzerla do disco Copacabana Mon Amour, de Gilberto Gil; som do filme Copacabana Mon Amour de Rogério Sganzerla (Restauração 2013); trilha sonora original do espetáculo O Cão de Sete Patas (Mariana Carvalho); trechos do espetáculo O Cão de Sete Patas n'O Espaço do Tempo (2024). Foto promocional: Maura Grimaldi Agradecimentos: Mercúrio Produções; Cinemateca Brasileira; Rose Choreographic School. Produção: Teatro do Bairro Alto edição: Joana Linda
COOPERATIVA (24 a 27 abril 2025) é a primeira obra levada a cabo coletivamente por Ana Rita Teodoro, Clarissa Sacchelli, Daniel Pizamiglio, Filipe Pereira, João dos Santos Martins, Sabine Macher depois da experiência nos trabalhos Projeto Continuado (Culturgest, 2015) e Companhia (Teatro Maria Matos, 2018), ambos iniciados por João dos Santos Martins. O projeto dá seguimento às dinâmicas de colaboração e pesquisa propostas anteriormente, sustentadas por relações de afeto e labor. Andrei Bessa (Fortaleza, 1987) é performer e dramaturgista, mestre em Artes (UFC, BR). Desde 2007, cria em coletivo a partir da própria coletividade, em diversos grupos de teatro e dança, explorando dimensões éticas e políticas e conectando-se ao movimento político artístico brasileiro. Em 2021, muda-se para Lisboa para estudar no PACAP (Forum Dança), curadoria de João Fiadeiro. COOPERATIVA é formada pelo conjunto de pessoas autónomas - Sabine Macher, João dos Santos Martins, Filipe Pereira, Daniel Pizamiglio, Clarissa Sacchelli e Ana Rita Teodoro. Colaboram desde 2014, e fizeram as peças Projecto Continuado (2015) e Companhia ambos projetos iniciados por João dos Santos Martins. Em 2024 celebram 10 anos de parceria a fazer cooperativamente a peça COOPERATIVA. + www.teatrodobairroalto.pt
Neste episódio do podcast Dito & Feito iremos escutar o escritor, crítico de arte, curador de arte e performance James Oscar e o artista multidisciplinar, produtor cultural, organizador comunitário e fundador do The Blacker The Berry Project Jesualdo Lopes numa conversa sobre presente e futuro com muito passado dentro. James e Jesualdo, a partir de algumas perguntas partilhadas pela programação de discurso e que integraram a Assembleia Imaginação Radical como Prática de Libertação, conversam sobre espaços, cidades, arquitetura, festas, conexões, mudanças, limites, negociações, curadoria e programação. Um encontro intergeracional e transatlântico com Lisboa como pano de fundo. JAMES OSCAR é escritor, crítico de arte, curador de arte e performance e foi investigador de pós-graduação em sociologia e antropologia da arte no Institut National de la Recherche Scientifique. Aperfeiçoou o seu ofício sob a tutela do poeta Édouard Glissant. Como curador, James é o fundador e curador principal do Musée des Arts Libres des Amériques et du Monde (MALAM) em Montréal. Os seus interesses atuais exploram a forma como as práticas artísticas podem contribuir para repensar formas de gestão ecológica e da terra. JESUALDO LOPES (ele/dele) de ascendência guineense, nascido e criado em Lisboa, é um artista multidisciplinar, produtor cultural e organizador comunitário, cujo trabalho se destaca na interseção entre arte, ativismo e representação negra LGBTQ+. Em 2021, fundou The Blacker The Berry Project e, atualmente integra a equipa do London LGBTQ+ Community Centre como Coordenador de Eventos e Comunicação. Com uma abordagem inovadora, tem vindo a redefinir os espaços culturais, promovendo narrativas que desafiam estruturas sistémicas e amplificam vozes marginalizadas. Ficha Artística Pós-produção Joana Linda Música original Dito e Feito Raw Forest
Guião de um movimento Dito e Feito 68 Nuno Viegas/Associação Parasita O áudio-documentário Guião de um movimento de Nuno Viegas acompanha o processo de criação da audiodescrição do espetáculo de dança ONYX, da coreógrafa Piny apresentado no Teatro do Bairro Alto em maio 2024. Esta audiodescrição foi concebida no contexto da formação/pesquisa Pensar a Audiodescrição em Dança Contemporânea desenvolvido ao longo do primeiro semestre de 2024 com organização da Associação Parasita e curadoria de Ana Rita Teodoro. O documentário investiga os desafios e as possibilidades de descrever o movimento, questionando os vocabulários necessários para traduzir a experiência da dança em palavras. Dada a natureza abstrata da arte, Guião de um movimento propõe uma reflexão sobre como construir uma narrativa sensível, precisa e acessível a partir de um diálogo aberto com artistas, coreógrafos, bailarinos e consultores cegos. Guião de um movimento, um trabalho de Nuno Viegas para a Associação Parasita, oferece novas perspetivas sobre a relação entre corpo, linguagem e acessibilidade, ampliando o entendimento da dança para um público diversificado. Ficha Artística: Captação Nuno Viegas e Duarte Gil Ferreira Escrita e edição Nuno Viegas Tratamento, mistura e masterização de som Bernardo Afonso Foto Eliana Franco Produção Associação Parasita Coprodução Fundação GDA, LU.CA - Teatro Luís de Camões, São Luiz Teatro Municipal e Teatro do Bairro Alto Agradecimentos Ângela Teixeira, Catarina Pires, Eliana Franco, Fátima Alves, Inês Gonçalves, Isadora Dantas, João Pedro Barrela, Leo Perene, Lysandra Domingues, Naomi Machado, Piny, Sofia Gomes e Sofia Lopes Pós-produção Joana Linda Música original Dito e Feito Raw Forest
De 14 a 16 de março, o TBA apresenta a estreia de Simbi em águas astronómicas da bailarina e coreógrafa Inés Sybille Vooduness, depois da sua passagem pelo TBA com a peça Santa de Substrato Autónomo, no contexto do projeto OU.kupa 2023. Neste episódio do podcast Dito e Feito, a artista junta-se à curadora e pesquisadora Tania Safura Adam para uma conversa sobre os temas, as práticas e as ideias que fundamentam o seu universo artístico. O encontro revela como o seu trabalho se entrelaça com as pesquisas de Tania sobre as narrativas das diásporas negras, os seus movimentos, resistências, potências e ressignificações culturais. Edição sonora e pós-produção Joana Linda Música original Dito e Feito Raw Forest Produção Teatro do Bairro Alto
Ao longo de quatro ciclos temáticos, iniciados em setembro de 2023, fomos atravessadas pelo fogo, queimámos e recomeçámos, adentrámos o húmus, descansámos nas utopias, nutrimos desejos, semeámos revoluções. E aqui estamos, mais uma vez, à beira do abismo, a realidade escorre entre os dedos, a banalização do mal continua. Aqui estamos, entre o silêncio e a esperança. Aqui estamos, pés firmes no chão, sedimentando o caminho das nossas ancestrais. Voltamos ao início e repetimos. É possível produzir mudança numa estrutura em colapso? Nesta conversa que aconteceu em dezembro de 2024 e que encerra o ciclo de ações iniciadas em setembro de 2023, inspiramo-nos em práticas de solidariedade radical como forma de resistência contra o apagamento, a violência de estado e a injustiça epistémica. Edição sonora e pós-produção Joana Linda Música original Dito e Feito Raw Forest Produção Teatro do Bairro Alto
Carolina Varela e Vitória, artistas multidisciplinares nas áreas da música, teatro e performance, apresentam "mic drop: chão sagrado (um ensaio sobre cansaço)", uma colagem áudio que procura encontrar as possibilidades de desvio à exigência excessiva de estímulos externos que se alastram e afetam a experiência interna, a partir de pedaços/fragmentos poéticos e sonoros. Recorrendo à palavra falada e a elementos musicais eletroacústicos, fazem uma "roupa velha" com "restos de ontem", um espaço sonoro que procura um novo todo através das partes. CAROLINA VARELA É criadora, cantora, compositora, sonoplasta e performer. Ingressa na Escola Superior de Música de Lisboa em 2013 em canto Jazz. Faz parte de Rosa Mimosa y Sus Mariposas desde 2016 e Vitória & The Kalashnicoles desde 2017. Já se apresentou no TNDMII, BOOM Festival, Mirada São Paulo, Culturgest, Theatre de Vidy-Lausanne, entre outros. SOFIA VITÓRIA É licenciada na ESTC e concluiu uma pós-graduação em Arte Sonora na FBAUL. É guitarrista, vocalista e compositora em Vitória & The Kalashnicoles. Trabalha como compositora, sonoplasta, atriz e criadora para espetáculos desde 2011. Criação, interpretação e captação Carolina Varela e Sofia Vitória Mistura e sound design Carolina Varela exceto beat de “2. Guia meditativo para a abundância” Luís Perdiz e Carolina Varela Gravado nas Caldas da Rainha e em Lisboa em novembro de 2024. Em memória de Ângela Gama, Vera Melo Gago e Bruno Candé, sempre. Agradecimentos Inês Vaz, Ruan Rocha, Vanessa Amaral Edição sonora e pós-produção Pedro Macedo / Framed Films Música original Dito e Feito Raw Forest Produção Teatro do Bairro Alto
Pensar a cidade e as suas transformações. Novos paradigmas, outras línguas. Observar uma outra cidade que se reinventa e edifica. Lisboa, outrora capital do império, hoje apresenta-se como uma cidade culturalmente efervescente, atraindo artistas e intelectuais das diferentes Diásporas africanas. Este movimento transporta consigo mudanças e questionamentos. Que pontes são possíveis de ser construídas coletivamente? Como podem ser estabelecidos futuros comuns? Uma conversa entre a curadora e produtora cultural Cindy Sissokho, a escritora e artista Gisela Casimiro e a dinamizadora e consultora artística Ekua Yankah. Cindy, Ekua e Gisela falaram sobre a sua relação com a cidade de Lisboa, sobre gentrificação, mudança, responsabilidade, migração, expats, diferenças e desafios. Edição sonora e pós-produção Pedro Macedo / Framed Films Música original Dito e Feito Raw Forest Produção Teatro do Bairro Alto
Antes da estreia da sua nova criação O Centro do Mundo, a dupla Ana Borralho & João Galante conversam com duas das intérpretes da peça, Ana Freitas e Inês Cóias, sobre o processo criativo, os temas e a expetativas de reação da parte do público. Ao longo de uma hora, conversam sobre a importância do ASMR (Autonomous Sensory Meridian Response - Resposta Autónoma do Meridiano Sensorial) e da edição 360º, da inspiração que veio do core core e de quem imita NPC (non-player character ou personagem não-jogadora) nas redes sociais e revelam alguns dos desafios por que passaram para criar este universo em ambiente virtual. Edição sonora e pós-produção Pedro Macedo / Framed Films Estúdio de gravação Guel Música original Dito e Feito Raw Forest Produção Teatro do Bairro Alto
As criadoras e intérpretes Alice Azevedo e Sónia Baptista apresentam este ano no TBA espetáculos sobre o mesmo assunto: pretexto ideal para uma conversa no Dito e Feito. Entre "Se não és lésbica, como é que te chamas?" de Alice Azevedo (em fevereiro passado) e "Dykes on Ice" de Sónia Baptista (de 30 de maio a 2 de junho) assistimos a um jogo de diferenças e semelhanças. Pela primeira vez, este episódio está disponível não apenas em áudio mas também em vídeo no YouTube. Vídeo, edição sonora e pós-produção Pedro Macedo / Framed Films Lisa Persson Música original Dito e Feito Raw Forest Motion graphics Nuno Leite Produção Teatro do Bairro Alto
Regressus, inspirada no repertório poético de Amílcar Cabral, é uma obra artística que explora a ideia de reversibilidade sonora a partir do entrançamento de testemunhos, evocações, rezas, mandingas, oratórias, carpidos, confissões, canto-poemas, vocalizações e inflexões vocais femininas (reais e geradas por Inteligência Artificial). Tendo como fio fonográfico um discurso remoto de Cabral, pela ocasião do dia 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, cria-se uma experiência de multiversidade hibridizada por sonoridades que não distinguem o real e o virtual, conjeturando outras dimensões de memória, temporalidade e experiência sensorial. Esta peça sonora, desenvolvida pelo artista transdisciplinar cabo-verdiano Djam Neguin, é parte constituinte de uma série das manifestações e intervenções artísticas para assinalar, em 2024, o centenário do nascimento de Amílcar Cabral e os 50 anos do 25 de Abril. Djam Neguin é um artista multidisciplinar que tem uma trajetória nas áreas da dança, música, teatro, moda, performance, literatura e audiovisual. Nascido em Cabo-Verde, aos 9 anos muda-se para Braga, onde viveu durante 10 anos. Frequentou a Escola Superior de Teatro e Cinema de Lisboa, mas o seu trabalho entre 2011 e a atualidade destaca-se sobretudo na cidade da Praia onde criou e dirigiu diversos projetos como o Festival Internacional de Dança Contemporânea Kontornu, a Mostra de Dança e o Concurso Nacional de Hip Hop. Desde 2015 cria os seus próprios espetáculos, nomeadamente a série de três solos inspirada nos ritmos e danças tradicionais e folclóricas de Cabo Verde: Mornatomia, Na-Ná e Txabeta e o seu mais recente trabalho Amil.car com estreia em 2024. * Para uma melhor experiência, recomenda-se o uso de auscultadores Conceção e Direção Artística Djam Neguin Contribuição poética Escritora-poetisa Vera Duarte Participantes Rosy Timas, Sandra Horta, Bulan Kora, Ineida Moniz, Isabel Mosso, Inês Sousa, Isabel Sousa, Bibiana Figueiredo, Fattu Djaquité, Ilda Vaz, Nereida Delgado Apoio Sonoro MM Studio, Bender, Fábio Rocha, Margarida Prates Edição sonora e pós-produção Pedro Macedo / Framed Films Música original Dito e Feito Raw Forest Produção Teatro do Bairro Alto
Neste episódio transitamos entre o ciclo Fertilizar/Nutrir que se encerra, ou melhor se transforma e o ciclo Semear que agora começa ou recomeça. Antônio Bispo dos Santos, poeta, filósofo, quilombola, professor, ativista, também conhecido como Nêgo Bispo, no livro A Terra dá, a Terra quer, propõe uma cosmovisão contracolonial. A contracolonização como um modo de vida ainda não nomeado e que precede a própria colonização. Um pensamento afro-pindorâmico, conceito de Nêgo Bispo para se referir às alianças, troca de saberes, resistências comuns entre povos indígenas, quilombolas, negros/as e povos de santo. Pensar a Terra, é evocar esse pensamento, essa cosmovisão. Esse lugar de outras possibilidades, de alianças, nutrição e fertilização coletiva. Pensar a Terra é pensar territórios, lugares, existências. Identidades. Pensar a Terra é também pensar o invisível, para além do palpável, do material. Escutaremos Ellen Lima Wassu e Bàbálórìsà Pedro Barbosa numa conversa poética, um reencontro cósmico, sob o signo do cuidado. Semeando futuros ancestrais. Conversa com Ellen Lima Wassu e Bàbálórìsà Pedro Barbosa Acompanhamento Técnico Thiago Godim Estúdio Hangar - Centro de Investigação Artística Edição sonora e pós-produção Pedro Macedo / Framed Films Música original Dito e Feito Raw Forest Produção Teatro do Bairro Alto
Depois do fogo veio a terra. Fertilizar e Nutrir, territórios-corpos-lugares. De janeiro a março de 2024 na programação de discurso, mergulhámos no húmus, no invisível, no ventre. Escutámos o pulsar da matéria. Aliámos prática e afetos. Descansámos como ato político, de resistência. Neste episódio iremos escutar Tobi Ayé e Sarah Jordão conversar, a partir das suas práticas, sobre a importância do descanso, o descanso não capitalista. É preciso parar, poder parar. Reconectar com o corpo, os corpos, o toque, a pele, o abraço. Respirar. Desacelerar em comunidade. Este episódio é em inglês. Será disponibilizado em português em teatrodobairroalto.pt em breve. Conversa com Tobi Ayé e Sarah Jordão Acompanhamento Técnico Thiago Godim Estúdio Hangar - Centro de Investigação Artística Edição sonora e pós-produção Pedro Macedo / Framed Films Música original Dito e Feito Raw Forest Produção Teatro do Bairro Alto
Nos dias 22 e 23 de março de 2024 o TBA apresenta Notebook da coreógrafa e artista visual Alexandra Bachzetsis, depois da sua passagem por Lisboa com a obra 2020: Obscene. Neste episódio, Alexandra conversa com a artista portuguesa e investigadora na área da performance, Ana Dinger, sobre os temas, as práticas, os interesses e as ideias que atravessam o seu percurso artístico. Abordam tópicos como o fragmento, a imagem, a exposição, o corpo como arquivo, a multiplicidade do corpo, o alter ego e o gesto. Neste enquadramento biográfico, o gesto é analisado não só retrospetivamente, mas também tendo em vista o futuro, o vocabulário artístico é encarado como algo vivo quando performado, examinado no modo como é construído, como evolui e é desenvolvido com e através do outro. A conversa é em inglês. Conversa com Alexandra Bachzetsis e Ana Dinger Edição sonora e pós-produção Pedro Macedo / Framed Films Música original Dito e Feito Raw Forest Produção Teatro do Bairro Alto
Esta é uma conversa (em inglês) com Greg Wohead, Mariana Sá Nogueira, Paula Sá Nogueira e Tiago Jácome sobre o espectáculo The Man Who Was a Spoon, que vai estar no TBA de 6 a 9 de Março. Fala-se de fantasmas e ilusões, de coisas sérias, parvas e estranhas, de tentativas e erros, de jogos, experiências e manifestações. Também se fala sobre falar. Aqui e ali, há uma urgência - política - que vem ao de cima. Conversa com Greg Wohead, Mariana Sá Nogueira, Paula Sá Nogueira e Tiago Jácome Edição Francisco Frazão Edição sonora e pós-produção Pedro Macedo / Framed Films Música original Dito e Feito Raw Forest Produção Teatro do Bairro Alto
"Nosotros también os estamos viendo. Aquí estamos, escribiendo como sentimos, en nuestros tiempos que son muchos; ninguno lineal ni precipitado a la muerte como el reloj del tiempo blanco" A partir dos diálogos do livro homónimo, Francisco Godoy Vega, curador, artista e poeta QPOC (Queer Person of Color) convida-nos a transitar com desconfiança pelos mundos da história colonial espanhola e portuguesa, da teoria decolonial, da prática anticolonial, dos estudos críticos da branquitude, da museografia e das instituições culturais, para pensar e fazer perguntas incómodas aos nossos companheiros de habitat: os brancos. A conferência que aconteceu no dia 7 de novembro de 2023 no TBA dentro do ciclo do Fogo abordou questões e problemáticas relacionadas com mestiçagem, colonialidade, linguagem, apagamento e memória da dor e do prazer como lugares de aliança e resistência de corpos e identidades racializadas. No dia 16 de janeiro, ficará disponível no nosso website a transcrição em português deste episódio, ilustrada com imagens escolhidas por Francisco Godoy Vega. Textos originais e locução Francisco Godoy Vega Gravação Teatro do Bairro Alto Edição sonora e pós-produção Pedro Macedo / Framed Films Música original Dito e Feito Raw Forest Produção Teatro do Bairro Alto
Este episódio encerra o ciclo O Fogo como Tecnologia cósmica da programação de discurso. Tendo como referência e ponto de partida a peça A Missão da Missão de Aurora Negra (Cleo Diára, Isabél Zuaa e Nádia Yracema) que esteve em cena no TBA de 7 a 16 de dezembro de 2023, neste episódio iremos escutar a comunicação que a historiadora Aurora Almada e Santos fez como introdução à conversa com as Aurora Negra no âmbito da programação de discurso. Após a comunicação da investigadora do Instituto de História Contemporânea chamada A Luta pela Independência das Colónias Portuguesas no Feminino: Uma História por Descobrir, escuta-se o poema Code Noir: corta as cabeças, queima as casas de Raquel Lima. Poema que fecha o ciclo do Fogo. Olhar para trás, para o passado em busca de utopias, desejos por cumprir. Inscrever os seus nomes, os seus rostos, as suas vontades na História. Quem foram as mulheres que lutaram pela liberdade? Quem foram as mulheres que participaram e sonharam as lutas de libertação e independência africanas? Code Noir: corta as cabeças, queima as casas é um poema de 2021 de Raquel Lima, poeta, artista transdisciplinar e investigadora. O poema foi inspirado pela leitura de textos da 5.ª edição do jornal Yanda PanAfrikanu, no qual Raquel Lima integra a comissão editorial. O n.º 5 do Ano II do jornal Yanda PanAfrikanu dedicado à recuperação da soberania Ayitiana, e com a esperança que entidades Panafrikanas na diáspora e no continente Africano se comuniquem cada vez mais com os movimentos sociais endógenos do Ayiti. Esta edição traz vários olhares sobre o tema e vários caminhos possíveis para esse resgate e celebração. Yanda PanAfrikanu projeto editorial coletivo unificado a partir de vários continentes para a continuidade das tradições informativas de um povo, que já teve algumas edições impressas a partir do Brasil. Textos originais e locução Aurora Almada e Santos, Raquel Lima Gravação Estúdio GUEL, Teatro do Bairro Alto Captação do poema de Raquel Lima feita por Sebastião Bergmann Edição sonora e pós-produção Pedro Macedo / Framed Films Música original Dito e Feito Raw Forest Produção Teatro do Bairro Alto
Neste episódio do Dito e Feito a coreógrafa Dinis Machado partilha connosco quatro poemas avulsas escritas entre 2012 - quando deixou Portugal para se mudar para a Suécia devido à crise económica - e 2023 - quando se prepara para deixar a Suécia devido à coligação populista eleita em 2022. Estas poemas pedestres materializam a voz interior de um corpo em deslocação: tanto num sentido literal de um corpo inquietado que se urge na rua em direção a um lugar mais intuído do que conhecido, como num sentido mais vasto, em busca de articular uma constelação política habitável para uma corpa trans-queer. Habitável no sentido literal de ter uma vida possível que permita ter uma casa, mas habitável também num sentido mais ambicioso de reinventar formas de articular e entender a sua corpa, a sua sexualidade e a sua forma de estar presente para além do cadáver cisgénero que nos prescrevem como inescapável. Dinis Machado Autoria: Dinis Machado Música original do podcast Dito e Feito: Raw Forest Edição sonora do podcast Dito e Feito: Pedro Macedo / Framed Films
Challenging the Memory é uma tapeçaria sonora tecida por Dewa Alit que exala uma riqueza tímbrica e complexidade rítmica reconhecíveis no seu extenso percurso como compositor e pioneiro da nova música balinesa. A peça é elaborada a partir de uma coleção de experiências passadas, ensaios e gravações não editadas, entrelaçando memórias com o exercício de memorização inerente à tradição oral de aprendizagem do gamelão balinês. Sou formado na música tradicional balinesa chamada gamelão e a maioria das minhas composições são escritas para gamelão. O gamelão é tradicionalmente tocado de memória, o que significa que os músicos não usam notação escrita não apenas na execução, mas também durante todo o processo de aprendizagem. O meu conjunto, Gamelan Salukat, não é exceção. Os músicos aprendem e tocam a música de memória. Mas porque a minha música é diferente daquela a que estão habituados, como padrões invulgares entrelaçados, camadas de ritmos e códigos diferentes, o método comum para memorizar a música é constantemente desafiado. Nesta coleção de trabalhos, encontrarão o resultado da experiência dos músicos que superaram esse desafio. Também incluí obras escritas para músicos exteriores à tradição do gamelão, como conjuntos de câmara ocidentais. Estas peças são tocadas normalmente com partituras escritas. Aqui não desafio a sua capacidade de memorização, mas continuo a desafiar as suas memórias da música como um todo. Dewa Alit Nascido em 1973 numa família de artistas na aldeia de Pengosekan, Dewa Alit está imerso no gamelão balinês desde a infância e é geralmente reconhecido como o principal compositor da sua geração no Bali. Alit fundou seu grupo Gamelan Salukat em 2007 como forma de encontrar um caminho mais amplo para expressar uma nova abordagem à nova música do gamelão, introduzindo um novo conjunto de instrumentos de sua própria afinação e design. Gravações usadas na peça: Keti Kepung, 2010, Sanggar Nata Raja, Bali Gunung dan Air, 2013, Gamelan Salukat Simalakama, 2018, UBC Rhythm Research Cluster, Canada Ngejuk Memedi/Chasing the Phantom, 2016, Gamelan Salukat Ameriki, 2017, musicians from University of British Colombia, Canada Kapupungan, 2012, Yayasan Kryasta Guna, Bali Open my Door, 2015, Ensemble Modern, Germany Caru Wara, 2005, Sanggar Cenik Wayah, Bali Edição sonora: Pedro Macedo/Framed Films Música original do podcast Dito e Feito: Raw Forest Gravação da conversa e Produção: Teatro do Bairro Alto
Neste episódio do Dito e Feito recuperamos a conversa que abriu a programação de Discurso da atual temporada do TBA. Queimar – Verbo-ação. Uma conversa a várias vozes tendo o fogo como terreno comum. Como praticar gestos de mudança e especular arquiteturas de cuidado e de futuro em espaços onde a reprodução da invisibilidade e apagamento de corpos e narrativas acontecem como uma suposta neutralidade? Como pensar o fogo e a ação coletiva enquanto mecanismos e tecnologias de reconfiguração política? É possível produzir mudança numa estrutura em colapso? Estas são algumas questões para refletirmos em conjunto. Edição sonora: Pedro Macedo/Framed Films Estúdio da gravação da introdução: GUEL Música original do podcast Dito e Feito: Raw Forest Gravação da conversa e Produção: Teatro do Bairro Alto
"Não." é o título do terceiro episódio da série de audiodramas, Ritual de Escuta, produzida pela Afrolis. O direito ao “não”. Quem pode dizer “não”? Quando dizemos “não”? Que consequências daí advêm? O que nos motiva? Poderá ser apenas libertador? O terceiro episódio da série Ritual de Escuta explora as possibilidades e limitações desta palavra, que tanto pode simbolizar uma limitação como imensas possibilidades. No universo do que percecionamos enquanto justo ou injusto, qual o papel desta palavra? Argumento: Manuela Paulo Atrizes: Lucília Raimundo, Inês Vaz Encenação: Carla Gomes, Carla Fernandes (Diretora Afrolis) Edição: Edson Sousa Parceria e gravação: Hangar – Centro de Investigação Artística Apoio: República Portuguesa – Cultura / Direção-Geral das Artes Música original do podcast Dito e Feito: Raw Forest Edição sonora do podcast Dito e Feito: Pedro Macedo / Framed Films
MEXA é um coletivo de São Paulo que junta artistas e ativistas, pessoas negras, trans, LGBTQIA+ e mães. Na sua prática, utilizam estratégias artísticas para defender e promover o encontro de uma diversidade de pessoas em situação de vulnerabilidade social. Na sua estreia em Portugal, trazem ao TBA Poperópera Transatlântica, uma performance que relaciona as histórias pessoais de cada performer com a obra literária A Odisseia. Neste Dito & Feito, o grupo revela-nos como foi a experiência da construção de cada personagem e de como a viagem de Odisseu se cruza com a viagem individual e coletiva do elenco. Vozes: Aivan Siqueira, João Turchi, Anita Silvia, Dourado, Ale Tradução, Suzy Muniz, Tatiane Arcanjo, Daniela Pinheiro, Laysa Elias Edição: Laysa Elias Música original do podcast Dito e Feito: Raw Forest Edição sonora do podcast Dito e Feito: Pedro Macedo / Framed Films
"A Promoção" é o título do segundo episódio da série de audiodramas Ritual de Escuta, produzida pela Afrolis. Neste episódio com argumento de Manuela Paulo, a Afrolis debruça-se sobre a temática da síndrome da impostora vivida por várias mulheres negras que chegam a lugares de poder. Duas irmãs de gerações diferentes assumem posturas opostas perante a mesma situação. Entre a incerteza e o entusiamo, as irmãs, Milena e Alice, levam-nos a um lugar bastante familiar para a maioria das pessoas, o da autodúvida. Argumento: Manuela Paulo Atrizes: Catarina Amaral (interpreta a irmã mais nova, Milena), Cirila Bossuet (interpreta a irmã mais velha, Alice) Encenação: Carla Costa Gomes Edição: Elton Sousa Produção: Afrolis Parceria: Hangar – Centro de Investigação artística Apoio: República Portuguesa – Cultura / Direção-Geral das Artes Música original do podcast Dito e Feito: Raw Forest Edição sonora do podcast Dito e Feito: Pedro Macedo / Framed Films
Em setembro do ano passado, o investigador Luís Trindade e o jornalista José Marmeleira foram protagonistas de uma sessão de Práticas de Leitura dedicada ao livro "Silêncio Aflito". No livro, Luís Trindade reflete sobre a sociedade portuguesa entre 1940 e 1970 através da música que se fazia e se ouvia nesses anos. Lembramos neste novo Dito e Feito essa conversa focada na canção como um dos objetos culturais de maior circulação. A playlist de canções pode ser escutada aqui: https://open.spotify.com/playlist/2AxJDFgr917eTvIJB5fQLV Com: Luís Trindade Edição sonora: Pedro Macedo/Framed Films Música original do podcast Dito e Feito: Raw Forest Produção: Teatro do Bairro Alto
Hidden track é um termo conhecido, na área da música, como uma peça musical não listada ou uma canção fantasma que está presente num dispositivo áudio de forma secreta ou invisível. Nesta peça sonora, Hidden track é um passeio secreto. Propõe uma paisagem submersa através de gravações de campo realizadas em zonas consideradas periféricas como Lavre, uma vila do Município de Montemor-o-Novo, a Floresta Sonian, uma reserva natural nos arredores de Bruxelas e as zonas de “terill”, montes que se tornaram território natural da cidade de Charleroi e que testemunham a intensidade da atividade mineira na Europa, em particular na Bélgica. Esta paisagem é intercalada por uma narrativa de Nádia Yracema que propõe uma ideia de diário para traçar tangentes entre a procura e o oculto. Sara Anjo sugere partituras enquanto propostas para nos fundirmos no ordinário e no extraordinário da natureza. Esta narrativa resulta de uma improvisação feita em dezembro de 2022, numa residência no Grand Studio em Bruxelas. Esta peça sonora faz parte do projeto TRAÇA, um projeto de criação artística sobre a relação do corpo com o território e o ecossistema, que desde 2020 tem desenvolvido diversos objetos artísticos nomeadamente partituras. Estas partituras são escritas a partir de ideias que convocam um conjunto de ações que ligam o corpo à terra e vice-versa na procura de um lugar de força. Recorre às ações de respirar, caminhar e parar como ações principais para a inscrição do corpo no mundo. São ações coreopolíticas que propõem uma relação do corpo e do movimento com o meio envolvente e procuram refletir sobre o sistema político estabelecido. Criação Sara Anjo em colaboração com Nádia Yracema e Duarte Ferreira Field recording e Desenho sonoro Duarte Ferreira Textos e Voz Nádia Yracema e Sara Anjo Produção Agência 25 | Vítor Alves Brotas e Janine Lages Residência Casa do Povo de Lavre, Casa da Dança (Almada), Futurama, Grande Studio – Materiais Diversos e Oficinas do Convento Coprodução Câmara Municipal do Funchal, Teatro do Bairro Alto e Teatro Municipal de Ourém – Ciclo de Artes RGB
No período de 13 a 25 de junho de 2023 apresentamos OU.kupa - Onde estão as outras danças?, um projeto com curadoria da artista Piny dedicado à investigação, escrita e criação artística de danças urbanas - rua e clubbing em Portugal. Ao longo destas duas semanas, haverá uma exposição, um ciclo de conversas, sessões de treino com Dj set e espetáculos de dança. Neste episódio, Piny junta-se a Lúcia Afonso e Leo Soulflow, numa conversa intimista e informal entre três pessoas que se conhecem há cerca de 20 anos, para partilharem connosco os seus percursos e motivações, bem como a contextualização, o processo de pesquisa e o pensamento que sustenta o desenho de um programa que procura dar visibilidade, inscrever e reivindicar o lugar de pertença destas outras danças nos espaços institucionais, como o da academia e do teatro. OU.kupa - Onde estão as outras danças?, de 13 a 25 junho 2023 Mais informações teatrodobairroalto.pt com Piny, Lúcia Afonso e Leo Soulflow Música original do podcast Dito e Feito Raw Forest Edição sonora do podcast Dito e Feito Pedro Macedo / Framed Films produção Teatro do Bairro Alto
This session glosses Zeca Afonso's song 'Utopia' (from the 1983 album Como se fora seu filho) in the light of English theorist Mark Fisher's writings on the disconcerted temporality of music and its refusal to give up on the future in the face of its apparent blockage. It attempts to make heard the contradictions of the hangover from the revolutionary process in Portugal in the early 1980s and the echoes that still reach us today. In 1983, the future of the revolution was past. More past is now. What is the temporality of Zeca Afonso's 'Utopia', forty years later? What future can still be heard in the lost tomorrows, in the unfulfilled promises of that time? Can 'Utopia' still sound and resonate in the present, contain futures between the lines of its ritual repetition in the form of the commemoration of "Abril"?" Miguel Cardoso is a translator and poet. He has published poems, essays and other texts in several anthologies and journals. He conceived this episode of Fito e Feito in the context of a session of the Kismif Conference (Porto, 2022) entitled "MARK FISHER & MUSIC: A COLLECTIVE LISTENING SESSION", with Simon Reynolds, Ana Bigotte Vieira, David Wilkinson, Felipe Felizardo, Matthew Worley, Miguel Cardoso, Paula Guerra and Pedro Quintela. Songs and sounds used in this episode Utopia”, Zeca Afonso, Como se fora seu filho (1983) “Fireworks, Siouxsie and the Banshees – um single de 1982 “Grândola, Vila Morena”, Zeca Afonso, Cantigas do Maio (1971) “Canção da Jorna”, Casal do Leste, Guardador de Ódios (2013) Casal do Leste – Guardador de Ódios (2013, File) - Discogs Soundtrack from the film Bom Povo Português, by Rui Simões (1981) “Papuça”, Zeca Afonso, Como se fora seu filho (1983) “Nature Boy”, John Coltrane, New Wave in Jazz (1965) Recorded at PontoZurca Estúdio Dito e Feito original music Raw Forest Dito e Feito sound editing Pedro Macedo / Framed Films
Esta sessão glosa a canção ‘Utopia', de Zeca Afonso (do álbum Como se fora seu filho, de 1983) à luz dos escritos do teórico inglês Mark Fisher sobre a temporalidade desconcertada da música e da sua recusa em desistir do futuro perante o seu aparente bloqueio. Tenta dar a ouvir as contradições da ressaca do processo revolucionário no início dos anos 1980 em Portugal e os ecos que ainda hoje nos chegam. Em 1983, o futuro da revolução era passado. Mais passado é agora. Que temporalidade é a da ‘Utopia' de Zeca Afonso, quarenta anos depois? Que futuro ainda se ouvem nos amanhãs perdidos, nas promessas incumpridas, de então? Pode ainda a ‘Utopia' soar e ressoar no presente, conter futuros nas entrelinhas da sua repetição ritual na forma da comemoração de “Abril?” Miguel Cardoso é tradutor e poeta. Tem poemas, ensaios e outros textos publicados em diversas antologias e periódicos. Concebeu este episódio do Fito e Feito no contexto de uma sessão da Conferência Kismif (Porto, 2022) com o título “MARK FISHER & MUSIC: A COLLECTIVE LISTENING SESSION”, com Simon Reynolds, Ana Bigotte Vieira, David Wilkinson, Felipe Felizardo, Matthew Worley, Miguel Cardoso, Paula Guerra e Pedro Quintela. Música Utopia”, Zeca Afonso, Como se fora seu filho (1983) Trechos breves de (por ordem de audição) “Fireworks, Siouxsie and the Banshees – um single de 1982 “Grândola, Vila Morena”, Zeca Afonso, Cantigas do Maio (1971) “Canção da Jorna”, Casal do Leste, Guardador de Ódios (2013) Casal do Leste – Guardador de Ódios (2013, File) - Discogs Banda sonora do filme Bom Povo Português, de Rui Simões (1981) (especificamente a partir de 4'30'') “Papuça”, Zeca Afonso, Como se fora seu filho (1983) “Nature Boy”, John Coltrane, New Wave in Jazz (1965) Estúdio PontoZurca Estúdio Música original do podcast Dito e Feito Raw Forest Edição sonora do podcast Dito e Feito Pedro Macedo / Framed Films
Como é que se fala com uma criança negra sobre o que ser negra significa, no contexto do domínio branco? "A conversa" é o ensaio para essa conversa. No ensaio, mãe negra e pai branco mergulham, nadam e flutuam na complexidade inerente à conversa. Este é o primeiro episódio de uma série de três audiodramas criados pelo Afrolis e que dá mote a uma conversa que vai acontecer no TBA no dia 6 abril 2023. Argumento Lara Mesquita Ator (Pai) Daniel Moutinho Atriz (Mãe) Manuela Paulo Voz introdutória e outro Carla Fernandes Direção Artística Carla Gomes Edição e produção Elton Sousa Músicas no episódio “Kongo” de Trio Particular, “Anomalous Hedges” de Mini Vandals Estúdio Hangar Estúdio Música original do podcast Dito e Feito Raw Forest Edição sonora do podcast Dito e Feito Pedro Macedo / Framed Films
Acompanhando o trabalho em volta da tradução e edição em Portugal da obra Exhausting Dance: Performance and Politics of Movement de André Lepecki, recuperamos neste episódio do Dito & Feito a conferência dos filósofos José Gil e Ana Godinho, que contou ainda com a presença da coreógrafa Vera Mantero e do próprio Lepecki. Pensador central para pensar a contemporaneidade a partir das suas cinéticas, André Lepecki trabalha na interseção dos Estudos de Performance, Estudos de Dança, Filosofia, Antropologia e Teoria Crítica. Curador, Professor Catedrático e Diretor do Departamento de Performance na Universidade de Nova Iorque, nasceu no Brasil, mas cresceu em Portugal, onde participou na onda de entusiasmo que caracterizou o que veio a chamar-se Nova Dança Portuguesa. edição sonora Pedro Macedo / Framed Films música original Raw Forest produção Teatro do Bairro Alto
Nasceu em 1908. Achava que o teatro devia ser outra coisa: "capaz de falar à inteligência e à sensibilidade, capaz de ajudar-nos a compreender a meada enredada que é a vida, capaz de colocar-nos em frente dos múltiplos problemas coletivos e individuais das humanas criaturas, obrigando-nos a pensar neles e a por nós próprios lhes buscarmos soluções." Suicidou-se em 1950. Ficou conhecida por ser declamadora. Ficou conhecida? Não. De facto, já ninguém a conhece. Mas ainda dá o nome a algumas ruas. E ao foyer deste teatro, porque foi assim que o Teatro da Cornucópia lhe resolveu chamar. Mas afinal quem foi esta atriz, escritora, jornalista e ativista feminista e antifascista? E como foi sendo habitada a Sala Manuela Porto? Neste episódio do Dito e Feito, a investigadora em estudos de teatro Diana Dionísio constrói um retrato que também desenreda várias camadas da vida cultural de uma cidade. guião e montagem Diana Dionísio locução Diana Dionísio e Toni edição sonora do Dito e Feito Pedro Macedo / Framed Films música original do Dito e Feito Raw Forest produção Teatro do Bairro Alto
Depois de uma passagem pelo Teatro do Bairro Alto em junho de 2022, Susana Caló e Godofredo Pereira apresentação a sua investigação em curso sobre os processos analíticos desenvolvidos na clínica La Borde e como estes foram mobilizados enquanto ferramentas militantes pela cooperativa de investigação CERFI (Centre d'Études, de Recherches et de Formation Institutionnelles). Edição sonora: Sara Morais Produção: Teatro do Bairro Alto
Para o Dito e Feito, Luísa Saraiva (bailarina e coreógrafa) e Francisco Antão (produtor, músico e artista) propõem uma viagem pelas sonoridades da música polifónica portuguesa da Beira Baixa e de Terra de Arões. Num cruzamento de registos e gravações de campo de diferentes vozes e instrumentos, procuram evocar a experiência quotidiana e performativa associada a estes cantares femininos. A sobreposição de texturas e camadas sonoras abre novos espaços de escuta e explora o potencial mórfico deste repertório, os limites da voz feminina e o espaço entre a respiração e o som, a voz falada e o canto, a dimensão semântica e sonora da voz. O canto feminino polifónico português está na base da composição musical de Tirana, peça que Luísa Saraiva apresenta no TBA nos dias 9, 10 e 11 de fevereiro de 2023. Conceito e estrutura: Luísa Saraiva e Francisco Antão Edição e pós-produção sonora: Francisco Antão Captação: Julius Gabriel e Duarte Ferreira Inclui gravações de Grupo de Cantares do Paúl, Grupo de Folclore Terras de Arões, Conjunto Etnográfico de Moldes de Danças e Corais Arouquenses, Grupo de Danças e Cantares Etnográficos Orfeão da Universidade do Porto, excertos da peça Tirana Fotografia: Dinis Santos Edição sonora: Sara Morais Produção: Teatro do Bairro Alto
Em junho de 2022, a performer e teórica brasileira Eleonora Fabião juntou-se a nós num encontro informal promovido pelo TBA e pelo PACAP 5/Forum Dança. Nele apresentou várias ações performáticas que tem vindo a realizar com coletivos de colaboradoras em contextos diversos, sobretudo nas ruas. Recuperamos excertos desse encontro para este episódio do podcast Dito e Feito aqui convertido numa teorização sobre o que Eleonora Fabião chamaria de "coisas que precisam de ser feitas". gravação e produção: Teatro do Bairro Alto glossário: Eleonoro Fabião edição sonora: Sara Morais
"Miquelina e Miguel" é a nova peça do coreógrafo português Miguel Pereira que fala da relação pessoal e lúdica que tem vivenciado com a sua mãe desde que esta foi diagnosticada com uma demência. À luz desta sua nova condição, convenções, tabus e pudores que existiam entre os dois foram sendo destronados e um novo lugar de encontro emergiu. Juntos têm criado um espaço próximo e cúmplice onde a dança e a exploração da imaginação são os elementos preponderantes. Neste episódio, a escritora e artista Paula Caspão conversa com Miguel Pereira sobre o processo criativo, os condicionalismos éticos, os limites entre a esfera pública e privada e o lugar de risco e de experimentação que esta peça convoca. conversa: Miguel Pereira e Paula Caspão estúdio de gravação: Roda dos Sons edição sonora: Sara Morais música original: Raw Forest produção: Teatro do Bairro Alto
O encerramento do projeto ReMapping Memories Lisboa – Hamburg: Lugares de Memória (Pós-)Coloniais do Goethe-Institut Portugal serve de ocasião para a produção conjunta de um podcast com o TBA, que é também uma proposta para um passeio áudio em torno da zona de São Bento. Pela voz literária do escritor cabo-verdiano Joaquim Arena, visitam-se lugares históricos esquecidos, do Poço dos Negros ao Bairro do Mocambo, que se enredam nas memórias recentes da juventude vivida em Lisboa. A história da zona de São Bento ficou marcada por gentes do continente africano e das ilhas. Elas fizeram o espírito do lugar. PARAGENS QUE SUGERIMOS PARA OUVIR AS DIFERENTES PARTES DO PASSEIO-ÁUDIO NO BAIRRO DE SÃO BENTO Saibam mais sobre o projeto ReMapping Memories Lisboa – Hamburg: Lugares de Memória (Pós-)Coloniais, um projeto do Goethe-Institut Portugal: https://www.re-mapping.eu/pt Cada zona corresponde a segmentos do texto de Joaquim Arena que se iniciam nos minutos enumerados em baixo. (01:25) Bifurcação Calçada do Combro/Rua Poço dos Negros (09:30)Rua das Gaivotas, em frente do nº 19, a casa onde viveu Joaquim Arena em criança (12:20) Esquina Rua Poço dos Negros / Rua de São Bento (16:32)Travessa da Peixeira (20:56) Rua da Cruz dos Poiais, 62-64 gravação e texto: Joaquim Arena edição sonora: Sara Morais produção: Teatro do Bairro Alto coapresentação: Goethe-Institut Portugal
A propósito da apresentação de Danza y Frontera, a artista Amanda Piña e a criadora Piny conversam sobre os seus percursos e ferramentas de trabalho, as suas proximidades e distâncias, a partir de um ponto de vista que questiona o olhar da branquitude. A conversa centra-se na ideia de descolonização da arte e na valorização de referências e perspectivas não ocidentais na história do movimento e do corpo. Este episódio é em português e espanhol. gravação: Piny edição sonora: Sara Morais música original: Raw Forest produção: Teatro do Bairro Alto
Um espetáculo a que David Marques assistiu em 1992 em Torres Novas é o ponto de partida para "Teorias da Inspiração". Esta nova criação do coreógrafo é uma peça que questiona, através da sua mitologia pessoal, o que pode ser a ideia de inspiração ou de vanguarda. O espetáculo chamava-se "Mulher Traço Variações" e tinha sido criado pela professora Helena Azevedo e alunas da sua escola com o intuito de agradar ao público torrejano que, no ano anterior, teria abandonado a sala insatisfeito. Professora e aluno voltam a este e outros episódios numa conversa que antecede a estreia de "Teorias da Inspiração". edição sonora: Sara Morais música original de genérico: Raw Forest produção: Teatro do Bairro Alto
Neste episódio do Dito e Feito, recuperamos a sessão de Práticas de Leitura que reuniu as autoras do livro O Desensino da Arte numa conversa que extrapolou o próprio livro. Maria Sequeira Mendes, Marisa Falcón e Marta Cordeiro sistematizaram ideias, entrevistas e testemunhos num livro que propõe um modelo diferente de ensino para as artes. “Sabemos que uma escola de artes que não se repensa, que não improvisa, que não convida pessoas diferentes para conversar com os seus alunos, que mantém uma estrutura virada para o passado não procurando imaginar o presente, será sempre uma escola pobre. A nossa esperança é a de que este livro, que propõe um modelo de ensino, ajude a fazer vingar a hipótese de uma Escola Ideal.” https://teatrodobairroalto.pt/espetaculo/praticas-de-leitura-o-desensino-da-arte-maria-sequeira-mendes-marisa-falcon-e-marta-cordeiro-20220205/ edição sonora: Sara Morais música original do genérico: Raw Forest gravação e produção: Teatro do Bairro Alto
“Pelas reentrâncias côncavas dos espaços públicos que já não mais pudemos frequentar em nosso contexto pandêmico. Pelos buracos entre distanciamentos, ausências que somente multiplicam-se. Esforço-me por adentrar um outro espaço côncavo, este entre nossas bocas, orelhas e memórias. Coloquei num saco um pequeno apanhado de reflexões através das seguintes palavras: testemunho | resto | desaparecimento | apagamento | ponto-cego | sobrevivência | experiência | coreografia | presença | peça ou pedaço | memória | esquecimento | amizade | fofoca | estratégia | repetição | transmissão | especulação. Ao sacudir estas palavras-mundo, saquei dali de dentro a pergunta: Para onde vão as peças? (peças de dança, de teatro, de artes performativas -- trabalhos-artísticos baseados na ideia de presença). Para onde é que vão essas coisas fugazes? Desaparecem? Quais são as possibilidades delas enquanto aparições e reaparições?! Este pequeno episódio inaugura um campo gigante de perguntas e interesses em torno do problema coreografia, aparição e palavra. É um prazer enorme partilhar com vocês.” Josefa Pereira proposição, escuta e edição: Josefa Pereira testemunhos: Alina Ruiz Folini, Calixto Neto, Camila Venturelli, Daniel Lühmann, Jajá Rolim, Maura Grimaldi, Maurício Florez Raigosa, Natália Mendonça, Rita Natálio, Ves Liberta, Suiá Burguer Ferlauto pós-produção sonora: Sara Morais música original de genérico: Raw Forest produção: Teatro do Bairro Alto peças-aparições: Acapela - Javiera Peón Veiga Assombro - Ana Rita Teodoro Corpo Contra Conceito - Maria Eugêna Matricarde Cutlass Spring e Yellow Towel - Dana Michel Biblioteca de Dança - Jorge Alencar e Neto Machado Eles Fazem Dança Contemporânea - Leandro de Souza Fim - Grupo Vão Florescerei para Ti, Florescendo Orgulhosamente - Yoshito Ohno e Akira Kasai NoirBLUE - Ana Pi #PUNK ,100% POP, *N!GGA - Nora Chipaumire Ventos do Tempo - Yoshito Ohno imagem de divulgação: da série Sinistras de Josefa Pereira e Maura Grimaldi agradecimentos: às amigues que conversam comigo sobre peças que eu nunca vi e à Alina Ruiz Folini e Catalina Lescano pela linda beca de Arqueologias del Futuro (2020, Ian Capilé e Natalia Loyola
Yasuhiro Morinaga é um criador japonês que tem desenvolvido um extenso trabalho como artista sonoro em áreas tão diversas como o cinema, a performance, e as artes plásticas. É também diretor da editora Concrete, selo onde reúne gravações de campo e projetos colaborativos de diferentes partes do mundo, com especial enfoque na região do sudeste asiático. Atualmente sediado em Lisboa, Morinaga propõe uma revisitação ao espólio privado para a criação de uma peça áudio que combina uma seleção do catálogo da editora, orientada para a música ritualística, com a sua produção musical pessoal, marcada pela pesquisa da teoria da estereofonia, estudo da perceção, e da relação imagem-som. Morinaga traz para o Dito e Feito uma remistura, colagem e manipulação eletrónica de fronteiras e costumes, numa forma de repensar o experimentalismo à luz dos mecanismos e paradigmas da criação de formas tradicionais e comunitárias. Artista: Yasuhiro Morinaga Dramaturgia: Yudi Ahmad Tajudin Texto: Gunawan Maryanto Voz: Gunawan Maryanto +Bambang Mbesur Técnico de Som Adjunto: Tecy Hirai Masterização Binaural: Mine-chang Agradecimentos especiais : Teatro Garasi Indonésia pós-produção sonora: Sara Morais música original de genérico: Raw Forest produção: Teatro do Bairro Alto Esta peça é dedicada a dois mestres das artes indonésios, Gunawan Maryanto, falecido em 2021, um dos poetas mais proeminentes da Indonésia, com o qual Morinaga trabalhou em vários projectos, e Bambang Mbesur, artista vocal falecido em 2020. Os textos foram criados para o projeto de teatro sónico “Gong ex Machina”, de Yasuhiro Morinaga e Yudi Ahmad Tajudin. Aconselha-se o uso de auscultadores na escuta da peça.
com Nuno Leão, Miguel Cardoso e Filipe Felizardo A propósito do ciclo Mark Fisher, Ana Bigotte Vieira conversa com Nuno Leão co-organizador do ciclo (em conjunto com Mariana Pinho), o músico Filipe Felizardo, e o poeta e tradutor Miguel Cardoso sobre a obra do autor. pós-produção sonora: Sara Morais música original de genérico: Raw Forest produção: Teatro do Bairro Alto
A arquiteta Patrícia Robalo conversa com Catarina Botelho, artista, e David Guéniot, editor, sobre o ciclo que desde 2019 levam a cabo no TBA em que olhares e representações da cidade vão sendo discutidos por fotógrafas, urbanistas, arquitetas, artistas e habitantes da cidade, contribuindo para a constituição de um projeto editorial sobre a cidade de Lisboa hoje. Nestes encontros, trata-se de, através da fotografia contemporânea, olhar para a cidade no que quotidianamente é (ou foi), para, a partir desse olhar (e questionando esse olhar), a poder então pensar. pós-produção sonora: Sara Morais música original de genérico: Raw Forest produção: Teatro do Bairro Alto
O Teatro morreu!”, ouviu-se dizer cá fora. (…) A morte do Teatro não interessava e felizmente o Teatro já cá não estava para ser confrontado com a sua insignificância. Depois da viagem feita no PLANETÁRIO (podcast Dito e Feito #20), em FUTURO-ANTERIOR encontramos uma fábula arcaica e futura. texto: José Maria Vieira Mendes e André e. Teodósio gravação e ambiente sonoro: Miguel Lucas Mendes estúdio: Foco Musical pós-produção sonora: Sara Morais música original de genérico: Raw Forest produção: Teatro do Bairro Alto
(untitled) Part III para Long String Instrument, slide guitar, percussão de altura determinada, box bows, shovelers e shovelettes Ellen Fullman tem vindo a desenvolver o Long String Instrument, uma instalação de dezenas de fios de quinze metros ou mais de comprimento, desde o início dos anos 1980. Este projeto engloba o estudo da teoria da afinação em entonação justa , uma prática composicional centrada no fenômeno harmônico de cordas vibrantes , no desenvolvimento de um sistema de notação gráfica de partituras, e no design e fabricação de instrumentos musicais. A natureza envolvente dos ricos tons acústicos produzidos pelo long string instrument evoca a sensação de estar dentro de um instrumento musical Esta é uma gravação multipista, em que todas as partes são tocadas por mim. Eu componho gravando, misturando e editando trechos de áudio de performances ao vivo. Às vezes, faço afinações digitais sobre esse material, e adiciono outras partes tocadas em instrumentos midi (incluindo o meu próprio instrumento, long string instrument). Quando esta colagem de áudio está completa, anoto-a graficamente para a performance ao vivo. Trabalho apenas com afinação em entonação justa , ou afinação natural, buscando ressonâncias em intervalos puros e também surpreendentes invenções em progressões harmônicas e melódicas. Esta peça emprega uma inovação recente para o long string instrument, o shoveler e shovelettes. Concebi estas ferramentas em forma de caixa para poder aplicar arcadas percussivas e rítmicas no meu instrumento, pense: tocar violino ou percussão de mão. O shoveler toca nove cordas de uma vez só e a shovelette, seis. Descobri técnicas de execução com estas ferramentas que se assemelham ao acordeão ou à guitarra dedilhada. Sinto que com este trabalho transmito uma atmosfera que pode ter sido experienciada pelos meus antepassados por volta da virada do século no Mississippi rural. Os elementos sônicos evocam música caseira ou sons de um rádio obscurecidos pelo tempo, vento ou chuva. Ellen Fullman música: Ellen Fullman edição sonora: Sara Morais música original do genérico: Raw Forest coprodução: Teatro do Bairro Alto, The Living Earth Show (Travis Andrews e Andy Meyerson) e a Gerbode Foundation Special Awards in the Arts
De 14 a 18 de dezembro apresentamos a estreia de O Lugar do Meio-Dia, segunda parte do díptico Caminho para a Meia-Noite que Mónica Calle preparou para o TBA. A primeira parte, Noite Fechada, estreou em outubro e era um divertimento a partir de um conto de Edgar Allan Poe. Agora o ponto de partida é a peça Eu vi o Epidauro da poeta Fiama Hasse Pais Brandão: uma revisitação da história do teatro que permitirá a Mónica Calle revisitar também a sua própria história. Nesta conversa, para além da encenadora, participaram Mónica Garnel, Inês Vaz, Guilherme Barroso, José Miguel Vitorino, Laura Garcia e Luís Elgris. gravação: Miguel Abreu edição: Sara Morais música original de genérico: Raw Forest produção: Teatro do Bairro Alto
De 5 a 12 de novembro o TBA estreia Exposição de Amantes de Raquel André. Não é um espetáculo para ver se ver sentado numa plateia: é uma visita guiada a uma casa-labirinto construída por José Capela e forrada com fotografias de um arquivo: a coleção de amantes que Raquel iniciou há sete anos e que deu origem à peça do mesmo nome, bem como às suas outras coleções e espetáculos. Duas semanas antes da estreia, Miguel Branco falou com Raquel André e José Capela para este podcast. conversa: Miguel Branco, Raquel André e José Capela edição sonora: Sara Morais música do genérico: Raw Forest produção: Teatro do Bairro Alto
Uma conversa entre a investigadora Paula Caspão (organizadora do ciclo Expanded Practices All Over, espaço de reflexão coletiva em torno da expressão “práticas expandidas, no âmbito do qual o poeta norte-americano Fred Moten deu uma conferência no programa digital do TBA) e Francisco Silva, Vitória Auer e Nuno Cerqueira (editora Maio Maio), por um lado, e Luhuna Carvalho (editor independente), por outro. Em causa, um interesse partilhado pela escrita e pensamento de Fred Moten. edição sonora: Sara Morais música do genérico: Raw Forest produção: Teatro do Bairro Alto
O trabalho colaborativo de Pedro Tudela e Miguel Carvalhais tem-se desenvolvido em duas frentes complementares: uma primeira dedicada à composição e performance musical, e uma outra focada na criação de instalações sonoras. As instalações sonoras de Tudela e Carvalhais apropriam-se de espaços que são transformados em palcos, mas também em instrumentos musicais e em agentes da experiência estética. Esta nova peça, intitulada VOC(x), foi criada para o foyer do Teatro do Bairro Alto, onde deveria ter sido instalada em abril de 2020. Numa repetição contínua e ritual, as duas vozes questionam-se e contradizem-se, e tecem um discurso dramático que convida o visitante a questionar os sons e as suas relações com um discurso que descreve e questiona o espaço, os objetos nele colocados, os sons, os visitantes e as experiências aí desenvolvidas. Neste episódio do podcast do Dito e Feito, ouvimos uma mistura recorrendo aos sons e ao sistema da peça. Esta versão apresenta um excerto de VOC(x), uma articulação entre as muitas possibilidades desta peça e uma simulação de uma possível visita a este espaço, por enquanto apenas virtual. peça sonora: Miguel Carvalhais e Pedro Tudela edição sonora: Pedro Gancho música do genérico: Raw Forest produção: Teatro do Bairro Alto
Em antevisão ao lançamento do site Ditas e Desditas da Estatuária Lisbonense, a artista Isabel Brison conversa com o investigador em Estudos Urbanos António Brito Guterres sobre a cidade, as suas estátuas e narrativas num novo episódio do podcast Dito e Feito. Nesta série online, em seis episódios lançados ao longo de 2021, Brison vai visitar, estátua a estátua, essas figuras impávidas que nos olham por entre a cidade, pondo-se no seu lugar, interrogando-as, traçando-lhes destinos outros – e reinventando com isso os nossos, abrindo-lhes possibilidades. Como horizonte, sem nunca serem mencionadas, são apresentadas as várias polémicas recentes em torno da estatuária e do espaço público que o mostram terreno de conflito e de debate. conversa: Isabel Brison & António Brito Guterres edição sonora: Sara Morais música do genérico: Raw Forest produção: Teatro do Bairro Alto
"Essa foi a sua experiência mais desafiante...?" pergunto eu, e depois ela diz "Não, preciso de falar sobre ela. No entanto, preciso primeiro de um lenço de papel". Tenho de fazer aí um corte e pensar no resto. Não posso partilhar tudo o que é dito, legal ou eticamente. Tenho de escolher as coisas que quero partilhar, e tenho de pensar nas ouvintes, e se estarão preparadas para ouvir. Durante o verão de 2020, fiz retratos-vídeos de 47 profissionais de saúde para um projeto chamado EXPOSURE (EXPOSIÇÃO). Estou agora paralisado com material que talvez seja demasiado desafiante ou eticamente problemático para ser trabalhado. O que é que eu vou fazer? Ainda não sei. Mas estou a usar este registo áudio como uma forma de teste, para tentar trabalhar com uma pequena parte das horas de filmagens que tenho. How to hold the bug (Como travar o bicho) resulta de uma encomenda feita ao artista britânico the vacuum cleaner (James Leadbitter) para o podcast Dito e Feito. Nas suas performances, filmes e intervenções site specific, the vacuum cleaner recorre a várias estratégias criativas legais e ilegais para ridicularizar e subverter as concentrações de poder. Com raízes no ativismo e na arte radical, o seu trabalho aborda questões sociopolíticas, incluindo o consumismo, a discriminação na saúde mental e a institucionalização. Em inglês. Para aceder ao texto em português, vá a teatrodobairroalto.pt criação: the vacuum cleaner assistente de produção: Becky Sumerling excertos de música: “Edge of Seventeen” e “Leather and Lace” por Stevie Nicks integra o projeto EXPOSURE: the vacuum cleaner em colaboração com Dra. Emma Young, Dra. Cecilia Wee e profissionais de saúde do Hospital de Newham. apoio a EXPOSURE: Paul Hamlyn Foundation e Wellcome Collection fotografia: Richard Pelham edição sonora: Sara Morais música do genérico: Raw Forest produção: Teatro do Bairro Alto