Podcasts about tinham

  • 148PODCASTS
  • 235EPISODES
  • 20mAVG DURATION
  • 1EPISODE EVERY OTHER WEEK
  • May 30, 2025LATEST

POPULARITY

20172018201920202021202220232024


Best podcasts about tinham

Latest podcast episodes about tinham

Convidado
Sana Canté: "Sissoco fez de tudo para me tentar subornar"

Convidado

Play Episode Listen Later May 30, 2025 28:25


O jurista, advogado e activista político guineense Sana Canté publicou recentemente um livro intitulado "Quando desistir não é uma opção", um testemunho pessoal em que relata a sua luta contra o actual poder na Guiné-Bissau e o violento sequestro que sofreu em Março de 2022 em Bissau, devido ao seu activismo político. Recebemo-lo nos estúdios da RFI. O livro intitulado "Quando desistir não é uma opção", com prefácio do jurista Fodé Mané, relata a forma como Sana Canté sobreviveu a um sequestro particularmente violento, filmado pelos agressores e cujo vídeo circulou nas redes sociais na altura do acontecimento, em 2022. Três anos depois, ainda em recuperação física e moral, Sana Canté conta-nos, nos estúdios da RFI, o olhar que tem de uma luta política sem compromissos. RFI: O livro inicia com a descrição do seu rapto. É espancado e abandonado quase morto, antes de ser recuperado por desconhecidos. O texto combina narrativa pessoal e reflexão política. Trata-se também de um apelo à acção?Sana Canté: Exactamente. Para quem já leu, quem acompanhou o nosso percurso e o que nos aconteceu depois de termos sido raptados e sujeitos à aberração da tentativa de assassinato por parte do actual presidente  -que para mim não é presidente nem nunca foi, pode perceber quanto nos custou relatar todo o episódio.Portanto, se a nós nos custou passar por esta situação e ter que relatar tudo de novo para partilhar esta experiência, temos que convocar as forças vivas da nação, o povo guineense, a não se resignar e a manter-se activo na luta de resgate ao nosso Estado.RFI: Conta que o rapto aconteceu à saída do aeroporto em Bissau. Foi em 2022, depois de ter estado dois anos fora do país. O Sana encontra-se com amigos e até mesmo com o sua segurança pessoal e acaba de chegar de Lisboa. Quando é que se apercebe que algo está a correr mal?Sana Canté: Logo quando desci do avião, percebi que estava a ser observado por alguém no primeiro piso do aeroporto. Estranhamente, numa altura em que praticamente todos queriam se aproximar de mim e fazer selfies, cumprimentar, encorajar, este alguém fixava-me com uma certa expressão de rancor.Tentei perceber, mas não conseguia estar atento a tudo, devido à pressão da solidariedade que muitas queriam expressar e me vinham cumprimentar. De resto foi acontecendo tudo muito rápido e infelizmente conseguiram me sujeitar ao bárbaro, à tortura e pronto. Foi o que aconteceu. Não foi por falta de advertência[Umaro] Sissoco Embaló quando foi declarado vencedor das eleições presidenciais, em 2020, mandou alguém pessoalmente para me dar o recado de que era capaz de perdoar a todos, menos a mim.RFI: Que outros dados tem que comprovam que o seu sequestro obedeceu a ordens superiores vindas directamente, como escreve no seu livro, de Embaló?Sana Canté: Antes de mais há este recado directo do próprio Sissoco, que foi, de certa forma, o que me impediu de voltar ao país. Fiquei fora dois anos a tentar me resguardar. Depois, quando já ia no carro, sequestrado, ouvi Sissoco do outro lado da linha telefónica com um dos agentes, sentado no banco da frente, do lado do passageiro. Eu relato essa passagem no livro. Ouvi o próprio Sissoco Embaló dar instruções claras, dizer que já sabiam o que tinham que fazer comigo e que não podiam de todo falhar. Mas, felizmente para mim, falharam. E aqui estou hoje.RFI: O Sana diz que foi uma tentativa de assassínio, mas quando tudo isto acontece, em 2022, não vivia na Guiné-Bissau, não era candidato em nenhuma eleição, de certa forma, não representava um perigo iminente para o poder na Guiné-Bissau. Porque razão foi vítima de uma tentativa de assassínio, como alega?Sana Canté: Não era candidato, mas representava um perigo devido a todas as minhas acções contra o regime que se instalou no país, e que continua até agora com muito medo do poder da manifestação popular. Eu liderava na altura o maior movimento da sociedade civil, o MCCI (Movimento dos Cidadãos Conscientes e Inconformados). O MCCI conseguiu mobilizar a maior manifestação contra este regime, representado agora na figura do Sissoco, mas que na altura estava a ser representado pelo JOMAV (José Mário Vaz). Na altura, Sissoco era Primeiro-ministro e não nos conseguiu demover. Tentou-nos subornar de todas as formas. Não conseguiu. Tivemos, na altura, uma audiência no gabinete do Primeiro-ministro, em que ele me ofereceu somas avultadas em dinheiro que eu recusei.Disse-me que seria capaz de me mandar de férias para qualquer país do mundo que eu quisesse. Mas estou aqui em Paris, sem qualquer subordinação. E portanto, esta capacidade de mobilização, a nossa forma de abordar a crise, de opinar sobre o que tem feito para destruir o nosso país e que sempre incomodou. Por isso fui sempre visado e não pouparam esforços para me atingir.RFI: Houve na altura alguma reacção política ao seu sequestro?Sana Canté: Sim, teve o envolvimento da Liga Guineense dos Direitos Humanos, da Diocese, das Nações Unidas.RFI: E do Governo da altura?Sana Canté: Não, não. O Governo, pelo contrário, esteve engajado em boicotar a emissão do meu passaporte. No sequestro retiraram-me todas as documentações. Depois de terem descoberto que afinal eu não tinha morrido, que precisava de ser evacuado com muita urgência para Portugal, resolveram boicotar a emissão do meu novo passaporte.RFI: Relata no livro os obstáculos administrativos ao fornecimento do seu passaporte, e conta que evocou a possibilidade de utilizar o passaporte do seu irmão gémeo para poder sair do país, tendo em conta as dificuldades. Sana Canté: Foi uma das opções, na altura. Dada a urgência, avaliámos a possibilidade de fazer uma fuga através da via terrestre. mas não foi possível devido ao meu estado de saúde. Então acabámos por nos manter intransigentes na emissão do passaporte e graças ao envolvimento do Departamento dos Direitos Humanos das Nações Unidas é que foi possível, finalmente, obter o documento.RFI: Conta que o chefe de Estado "tentou comprar a sua consciência por uma avultada soma em dinheiro". Qual era a intenção?Sana Canté: A intenção era colaborar com ele [Umaro Sissoco Embaló]. A proposta era clara, tratava-se de permitir a visita do então presidente do Senegal, Macky Sall, com quem Sissoco queria rubricar um acordo de exploração do nosso petróleo, uma coisa totalmente ilegal. Nós não aceitámos. E Sissoco estava disposto, naquele preciso momento, a entregar-me qualquer montante que eu pedisse, sem necessidade de ir ao banco.RFI: De que tipo de colaboração se tratava em troca?Sana Canté: Colaboração com o seu regime. Comigo não conseguiu, mas infelizmente conseguiu com vários dos meus colegas que eu aqui dispenso mencionar os nomes para não dar importância a este grupo de - infelizmente, traidores da causa que temos vindo a ter que defender.Mas entretanto, este episódio foi em 2017, na altura em que Sissoco era Primeiro-ministro. A nossa perseguição já vinha desde 2016 com JOMAV. Com a chegada de Sissoco como Primeiro-ministro, intensificou-se. Depois, quando assumiu a Presidência da República, teve cheque em branco para fazer o que quisesse. Não fui a primeira vítima nem a última.RFI: Continua a receber ameaças, ainda hoje? Sana Canté: Sim, sim. Continuam a enviar-me recados através dos tradicionais canais. Um dos recados que recebi, e aqui agora revelo publicamente pela primeira vez, foi através do seu actual ministro dos Negócios Estrangeiros.Foi quando o PAIGC ganhou as eleições legislativas em 2023, o governo do PAIGC queria colaborar comigo. E Sissoco fez tábua rasa a essa possibilidade. Foi através de Carlos Pinto Pereira, que era na altura meu grande amigo, alguém que eu apreciava muito, sobretudo na advocacia, mas infelizmente fica aqui a minha decepção registada. Foi através dele que me passou o recado. RFI: Qual era o recado? Sana Canté: Que ainda ia me conseguir pegar... A intenção era clara e continua a ser essa a sua intenção, me matar. Eu não tenho dúvida disso.RFI: Neste contexto, ir a Bissau é viável? Sana Canté: Se dependesse só de mim, já estaria lá. Não temo pela minha vida. A causa é que me importa mais. De momento ainda estou a recuperar deste sequestro. Essa é a única razão. Senão já estaria lá. Mas que Sissoco fique tranquilo que a causa não é Sana Canté. Mesmo que morra, isto já ganhou um ritmo que não há como voltar atrás.RFI: Há um detalhe intrigante no seu livro é que todos os nomes próprios têm maiúscula, menos o nome de Umaro Sissoco Embaló e dos seus próximos e aliados.Sana Canté: Ainda bem que notou este detalhe. Foi propositado. Não merecem maiúsculas. Temos que fazer essa menção devidamente quando se trata de humanos, de pessoas com dignidade. Mas quando falta este carácter... O mínimo que eu podia fazer em respeito aos meus leitores era este truque académico. RFI: Estudou na Faculdade de Direito de Bissau, foi presidente do Movimento de Cidadãos Conscientes e Inconformados (MCCI). Na altura, José Mário Vaz era Presidente, Botche Candé era e ainda é ministro do Interior. Já naquela altura havia relatos de espancamentos. As manifestações eram proíbidas, eram dispersadas pela polícia a gás lacrimogéneo, granadas e bastonadas. O que é que mudou e qual é a diferença com o actual poder de Umaro Sissoco Embaló?Sana Canté: Não, nada mudou. Eu continuo a insistir de que se trata do mesmo regime. O regime que sequestrou o país em 2015 é o mesmo regime que se mantém até agora. Apenas mudou a figura. JOMAV foi substituído por Sissoco.Mas o modus operandi continua igual. Nós fomos vítimas de tentativas de sequestro. As técnicas de segurança que utilizamos para escapar dessas tentativas de sequestro, e que relatei no livro, foram instruções dadas por uma célula que as Nações Unidas tinha na Guiné-Bissau.Portanto, o regime apenas substituíu um dos seus elementos. Estão agora a tentar substituir o Sissoco, e ele está a tentar resistir a essa substituição, pelo Nuno Gomes Nabiam, que aqui participou na assinatura do Acordo de Paris, ou pelo Braima Camará ou por um dos seus elementos. Temos a obrigação de continuar a chamar a atenção da opinião pública para todas estas manobras.RFI: No seu livro tecem ainda uma crítica social. Relata que, para além das perseguições políticas e da violência contra activistas políticos, quem sofre na realidade, é a maioria da população. Escreve que "o sistema educativo está completamente inerte. A pobreza é extrema. Morrem crianças nos hospitais por falta de médicos ou morrem em casa por falta de hospitais. Morrem mulheres grávidas por falta de oxigénio ou de ambulâncias. A média da esperança de vida é das mais baixas do mundo". Chega apenas aos 64 anos, de acordo com a ONU. Apesar de tudo, ainda há esperança?Sana Canté: É o que diz o livro "Quando desistir não é opção". Isto não é possível. As pessoas morrem de fome. Neste momento estamos a falar e há quem já morreu porque faltou dinheiro para comprar medicamento, ou porque na sua tabanca nem sequer tem hospital, quanto mais um médico. Precisamos de salvar o nosso país. Portanto, se do regime colonial conseguimos nos livrar... Obviamente que face a este grupinho de  -desculpem-me a expressão, de delinquentes, vamos nos bater para resgatar o nosso país.RFI: E no entanto, reconhece que "é compreensível a falta de esperança do povo que guarda na sua memória colectiva as consequências da luta armada, da guerra civil e dos frequentes golpes de Estado".Sana Canté: Exactamente. A independência trouxe muita esperança. Uma exagerada esperança que, de certa forma, não andou no mesmo ritmo que a realidade, não é? E isto acabou por se frustrar com o golpe de Estado de 1980. Iamos correr com os "tugas", agora com o que é que ficamos?Claro que muita coisa melhorou. Claro que temos agora médicos que com a colonização não tínhamos. Mas entretanto, essa esperança não se concretizou. Faltou aqui uma oportunidade que nós nunca tivemos. A oportunidade de uma liderança estável, capaz de proporcionar o mínimo necessário para o nosso povo. Que o povo não esteja a bater-se tanto para conseguir alguma coisa para comer. Que não tenha dificuldade de recorrer ao hospital quando precisa, ou à escola. Ou seja, o nosso país não está neste mundo.E tudo isto leva as pessoas a não acreditar em ninguém. Qualificam os políticos como farinha do mesmo saco. Essa falta de esperança faz com que o povo não esteja fortemente determinado em acabar com este regime. Essa falta de esperança está a cansar também.Se o povo tivesse experimentado boa vida, desenvolvimento, o mínimo necessário, ninguém estaria em condição de enganar a população, como agora fazem.Sabe o que é que o Sissoco disse durante a sua campanha? Que ia levar um cheque um bilhão e meio de dólares, em quatro aviões. E a maioria dos seus eleitores acreditou.RFI: Que olhar tem sobre a actual oposição política guineense?Sana Canté: De momento, não temos oposição. O que temos é um país cujas instituições democráticas, todas elas, foram sequestradas. A oposição só existe num Estado de direito democrático. Neste momento, perante a realidade do meu país,tenho dificuldades técnicas de qualificar quem é oposição perante quem. RFI: Olhando para as eleições gerais, fixadas por Umaro Sissoco Embaló para Novembro, o que considera que a oposição deveria fazer? Boicotar as eleições? Participar?Sana Canté: Várias possibilidades. Na minha opinião, boicote não resultaria em nada. O que eu acho que a oposição deveria fazer é aplicar o princípio da igualdade de armas. Se Sissoco usa a violência, então usem a violência. O uso da violência é um direito institucionalizado democraticamente. Mas quando é usado fora das regras constitucionais, estás a fazer uma vindita privada, estás a seguir interesses anticonstitucionais. E a reposição da ordem constitucional, quando é urgente, legítima também a oposição a fazer uso desse princípio da igualdade das armas. Se não consegue, tudo bem.Mas a oposição reuniu-se aqui em Paris e assinou o Acordo de Paris, com participação do PAIGC, o meu partido. Acho que faltou muita coisa nesse acordo. O quê? Primeiro, perante a realidade que se está a viver no país, tinham que apresentar um candidato comum logo na primeira volta. E não andar a equacionar a possibilidade de se candidatar individualmente para depois se juntarem na segunda volta... Tinham que definir um único candidato. Dava mais força.Segundo, reconhecem que o Sissoco é ex-Presidente da República. Tudo bem. Sendo ex-presidente, quem é o Presidente da República interino? É o presidente da Assembleia Nacional Popular. Tinham que declarar que reconhecem Domingos Simões Pereira, como Presidente da República da Guiné-Bissau. Faltou também este elemento no Acordo de Paris.Precisavam de ter muita coragem. O que me leva a acreditar que eles não querem o Sissoco mas também não querem o Domingos Simões Pereira, nem querem a verdade.O nosso problema é que culpamos Sissoco de tudo. Mas Sissoco não é detentor da força, do poder que existe na Guiné-Bissau. Nem o JOMAV era detentor desse poder.Na altura, já dizíamos Dissemos que a luta contra JOMAV tinha que ser contra o regime. E agora alguns combatentes, como gostamos de nos chamar, estão a traduzir o regime numa luta pessoal contra Sissoco.Mas se Sissoco for substituído por um dos seus agentes do regime, Nuno Gomes, Braima Camará ou Fernando Dias -que agora felizmente parece estar a seguir pelo caminho da democracia... Tudo isto não passa de estratégias políticas, não estamos propriamente a agir em defesa da ordem constitucional e da verdade.RFI: Fala no seu livro de responsabilidade geracional. O que diria hoje à juventude da Guiné-Bissau que poderá ter perdido a confiança na política?Sana Canté: Como diz o presidente brasileiro Lula, se perdeu a confiança na política, então faz política. Se acha que os políticos actuais não são adequados, então esse político poderás ser tu. Não nos podemos distrair com desânimos, com críticas desnecessárias. Temos que estar comprometidos com a solução dos problemas. A nossa geração, a juventude, sobretudo, não pode ser infiel à sua própria essência. A juventude nunca deve ter medo de enfrentar um problema, Nunca deve ter medo de usar todos os meios necessários para mudar o mal. A juventude tem que ter a coragem de expressar isto.  Ouça a versão curta da entrevista com Sana Canté: 

CBN Vitória - Entrevistas
42% das ocorrências com morte no trânsito tinham alcool e outras drogas

CBN Vitória - Entrevistas

Play Episode Listen Later May 28, 2025 10:14


Um estudo inédito realizado pela Polícia Científica do Espírito Santo aponta uma estatística preocupante nas estradas capixabas: 42% das pessoas que morreram em sinistros de trânsito haviam consumido álcool ou outras drogas antes do acidente. A análise, que abrange dados de 2013 a 2023, foi feita com base em laudos do Laboratório de Toxicologia Forense (LABTOX) e do Instituto Médico Legal (IML) de Vitória. Em entrevista à CBN Vitória, a perita oficial criminal e chefe do Laboratório de Toxicologia Forense da Polícia Científica, Mariana Dadalto, explica o estudo e discute o impacto das substâncias no comportamento dos condutores. Ouça a conversa completa!

FUSO
Ep.50 - O Regresso da Tralha Emocional

FUSO

Play Episode Listen Later May 12, 2025 31:52


We are back. Tinham saudades minhas?

Expresso - Comissão Política
“O Estado tem de servir as pessoas sem que elas saibam, sequer, que tinham uma necessidade”

Expresso - Comissão Política

Play Episode Listen Later Apr 28, 2025 51:02


O Estado tem conseguido modernizar-se, “está melhor do que parece”, mas há um longo caminho a fazer e desafios urgentes — porque a tecnologia anda muito depressa. Isso cria desafios novos, como uma “desigualdade cada vez mais crescente”; e desafios velhos, a que o Estado não conseguiu ainda responder de forma cabal — “falta agilidade”, “faltam competências”, falta informação (“Há mais de 1250 serviços digitais do Estado disponíveis. Mas o cidadão não sabe”). Neste episódio de “Porque falha o Estado? ”, olhamos para alguns desses desafios, com a atual ministra da Modernização Administrativa, Margarida Balseiro Lopes, e Luísa Ribeiro Lopes, a presidente da entidade responsável pela gestão dos domínios de internet em Portugal — que aconselhou governos de esquerda e de direita nas últimas décadas.See omnystudio.com/listener for privacy information.

E o Resto é História
A descoberta do corpo de Humberto Delgado

E o Resto é História

Play Episode Listen Later Apr 16, 2025 50:55


Há 60 anos, a 24 de Abril de 1965, os corpos de Humberto Delgado e da sua secretária e companheira foram descobertos junto à fronteira espanhola. Tinham sido assassinados dois meses antes pela PIDESee omnystudio.com/listener for privacy information.

Conversas à quinta - Observador
“Na ponte aérea, as pessoas fugiam de Luanda apavoradas e desesperadas. Tinham perdido tudo”

Conversas à quinta - Observador

Play Episode Listen Later Mar 3, 2025 35:08


Pilotos a revistar pilotos para evitar a fuga de capitais. As mudanças nos passageiros. O início do fim do glamour e dos luxos. A senhora que verificava o aspeto do pessoal de bordo. E as lágrimas nos voos da ponte aérea Luanda-Lisboa. Lídia Maria, ex-hospedeira da TAP, recorda como o 25 de abril mudou a vida dentro dos aviões.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Palavra do Dia
Palavra do dia - Mc 8,14-21 - 18/02/25

Palavra do Dia

Play Episode Listen Later Feb 19, 2025 3:55


Naquele tempo, 14 os discípulos tinham se esquecido de levar pães. Tinham consigo na barca apenas um pão. 15 Então Jesus os advertiu: "Prestai atenção e tomai cuidado com o fermento dos fariseus e com o fermento de Herodes". 16 Os discípulos diziam entre si: "É porque não temos pão". 17 Mas Jesus percebeu e perguntou-lhes: "Por que discutis sobre a falta de pão? Ainda não entendeis e nem compreendeis? Vós tendes o coração endurecido? 18 Tendo olhos, vós não vedes, e tendo ouvidos, não ouvis? Não vos lembrais 19 de quando reparti cinco pães para cinco mil pessoas? Quantos cestos vós recolhestes cheios de pedaços?" Eles responderam: "Doze". 20 Jesus perguntou: E quando reparti sete pães com quatro mil pessoas, quantos cestos vós recolhestes cheios de pedaços? Eles responderam: "Sete." 21 Jesus disse: "E vós ainda não compreendeis?"

Mensagens do Meeting Point
32 com paixão

Mensagens do Meeting Point

Play Episode Listen Later Feb 18, 2025 2:22


devocional Lucas leitura bíblica Por essa altura, Jesus subiu a um monte para orar e passou lá a noite em oração a Deus. Quando já era dia, reuniu os discípulos e escolheu doze, a quem chamou apóstolos . Eram eles: Simão, ao qual deu o nome de Pedro; André, irmão de Pedro; Tiago, João, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu; Simão, do partido dos Nacionalistas ; Judas, filho de Tiago, e Judas Iscariotes, aquele que atraiçoou Jesus. Jesus desceu com eles o monte e chegou a um lugar plano com muitos dos que o seguiam. Estava ali uma grande multidão vinda de toda a Judeia e de Jerusalém, e das cidades costeiras de Tiro e Sídon. Tinham vindo para ouvir Jesus e para ser curados dos seus males. E os possuídos de espíritos maus foram igualmente curados. Toda a multidão tentava tocar Jesus, porque dele saía poder que sarava os que lhe tocavam. Lucas 6.12-19 devocional Jesus conversou desde sempre sobre tudo com o Pai. Incluindo as nossas vidas. Jamais por coscuvilhice, mas tão somente por amor. O Seu desejo é ter-nos por perto. Fomos escolhidos para sermos Seus amigos e repassarmos a outros a beleza desse relacionamento. A Sua expectativa é que estejamos prontos para aprender com Ele todos os dias. A disposição para crescer segundo o carácter de Jesus deve ser uma das nossas marcas distintivas enquanto Seus seguidores. Mais, espera-se que sejamos embaixadores com palavra(s), mas igualmente com imenso coração nas mãos. Somos uns privilegiados por Jesus, a despeito da nossas notórias imperfeições, nos ter chamado para Si e ainda por cima nos ter envolvido na Sua missão. Na verdade é Ele o segredo para que, sendo tão diferentes uns dos outros, caminhemos juntos e desafiemos todos os que pudermos a juntarem-se a nós. Tanto mais que sabemos muito bem que só Jesus pode tocar e sarar o íntimo de cada um. - jónatas figueiredo Oramos para que este tempo com Deus te encoraje e inspire. Da a ti próprio espaço para processar as tuas notas e oração e sai só quando se sentires preparado.

Homilias - IVE
”A tarefa salvadora da Igreja”

Homilias - IVE

Play Episode Listen Later Feb 18, 2025 6:21


Homilia Padre Luiz Moscateli, IVE: Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 8,14-21Naquele tempo,os discípulos tinham se esquecido de levar pães.Tinham consigo na barca apenas um pão.Então Jesus os advertiu:"Prestai atenção e tomai cuidadocom o fermento dos fariseuse com o fermento de Herodes".Os discípulos diziam entre si:"É porque não temos pão".Mas Jesus percebeu e perguntou-lhes:"Por que discutis sobre a falta de pão?Ainda não entendeis e nem compreendeis?Vós tendes o coração endurecido?Tendo olhos, vós não vedes,e tendo ouvidos, não ouvis?Não vos lembraisde quando reparti cinco pães para cinco mil pessoas?Quantos cestos vós recolhestes cheios de pedaços?"Eles responderam: "Doze".Jesus perguntou:E quando reparti sete pães com quatro mil pessoas,quantos cestos vós recolhestes cheios de pedaços?Eles responderam: "Sete."Jesus disse:"E vós ainda não compreendeis?"Palavra da Salvação.

Liturgia Diária
Jesus perguntou-lhes: "Por que discutis sobre a falta de pão?Ainda não entendeis e nem compreendeis?

Liturgia Diária

Play Episode Listen Later Feb 18, 2025 3:59


Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 8,14-21 Naquele tempo, 14 os discípulos tinham se esquecido de levar pães. Tinham consigo na barca apenas um pão. 15 Então Jesus os advertiu: "Prestai atenção e tomai cuidado com o fermento dos fariseus e com o fermento de Herodes". 16 Os discípulos diziam entre si: "É porque não temos pão". 17 Mas Jesus percebeu e perguntou-lhes: "Por que discutis sobre a falta de pão? Ainda não entendeis e nem compreendeis? Vós tendes o coração endurecido? 18 Tendo olhos, vós não vedes, e tendo ouvidos, não ouvis? Não vos lembrais 19 de quando reparti cinco pães para cinco mil pessoas? Quantos cestos vós recolhestes cheios de pedaços?" Eles responderam: "Doze". 20 Jesus perguntou: E quando reparti sete pães com quatro mil pessoas, quantos cestos vós recolhestes cheios de pedaços? Eles responderam: "Sete." 21 Jesus disse: "E vós ainda não compreendeis?" Palavra da Salvação.

Leste Oeste de Nuno Rogeiro
“É irónico que J.D. Vance fale do anulamento de eleições quando apadrinhou quem invadiu o Capitólio, achando que tinham roubado as eleições. Não há autoridade moral”

Leste Oeste de Nuno Rogeiro

Play Episode Listen Later Feb 16, 2025 52:03


Neste episódio de Leste/Oeste, Nuno Rogeiro analisa os acontecimentos da Conferência de Segurança de Munique, com destaque para o discurso do vice-presidente americano, J.D. Vance, que apontou como a maior ameaça à Europa as suas próprias instituições. “Tem alguma razão quando diz que a Europa chegou a um ponto em que há minorias ruidosas que se impõem e que acabam por exigir proteção, que é exagerada. Mas a verdade é que na Europa ainda há pelo menos uma coisa que nos Estados Unidos não existe tanto, que é uma separação de poderes”, afirma o comentador. Em análise estão ainda as negociação para a paz na Ucrânia. Será que os EUA traíram a nação liderada por Zelensky? O Leste/Oeste foi emitido na SIC Notícias a 16 de fevereiro.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Palavra do Dia
Palavra do dia - Mc 8,1-10 - 15/02/25

Palavra do Dia

Play Episode Listen Later Feb 15, 2025 4:48


Naqueles dias, havia de novo uma grande multidão e não tinha o que comer. Jesus chamou os discípulos e disse: 2 "Tenho compaixão dessa multidão, porque já faz três dias que está comigo e não têm nada para comer. 3 Se eu os mandar para casa sem comer, vão desmaiar pelo caminho, porque muitos deles vieram de longe". 4 Os discípulos disseram: "Como poderia alguém saciá-los de pão aqui no deserto?" 5 Jesus perguntou-lhes: "Quantos pães tendes?" Eles responderam: "Sete." 6 Jesus mandou que a multidão se sentasse no chão. Depois, pegou os sete pães, e deu graças, partiu-os e ia dando aos seus discípulos, para que os distribuíssem. E eles os distribuíam ao povo. 7 Tinham também alguns peixinhos. Depois de pronunciar a bênção sobre eles, mandou que os distribuíssem também. 8 Comeram e ficaram satisfeitos, e recolheram sete cestos com os pedaços que sobraram. 9 Eram quatro mil, mais ou menos. E Jesus os despediu. 10 Subindo logo na barca com seus discípulos, Jesus foi para a região de Dalmanuta.

Homilias - IVE
”Jesus nos concede o pão material e o espiritual”

Homilias - IVE

Play Episode Listen Later Feb 15, 2025 4:21


Homilia Padre Tito Paredes, IVE:Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 8,1-10Naqueles dias, havia de novo uma grande multidãoe não tinha o que comer.Jesus chamou os discípulos e disse:"Tenho compaixão dessa multidão,porque já faz três dias que está comigoe não têm nada para comer.Se eu os mandar para casa sem comer,vão desmaiar pelo caminho,porque muitos deles vieram de longe".Os discípulos disseram:"Como poderia alguém saciá-los de pão aqui no deserto?"Jesus perguntou-lhes: "Quantos pães tendes?"Eles responderam: "Sete."Jesus mandou que a multidão se sentasse no chão.Depois, pegou os sete pães, e deu graças,partiu-os e ia dando aos seus discípulos,para que os distribuíssem.E eles os distribuíam ao povo.Tinham também alguns peixinhos.Depois de pronunciar a bênção sobre eles,mandou que os distribuíssem também.Comeram e ficaram satisfeitos,e recolheram sete cestos com os pedaços que sobraramEram quatro mil, mais ou menos.E Jesus os despediu.Subindo logo na barca com seus discípulos,Jesus foi para a região de Dalmanuta.Palavra da Salvação.

Rádio Comercial - Ouvir Falar de Amor
Amor que o andebol criou: a história da Cândida Mota e do Ricardo Costa

Rádio Comercial - Ouvir Falar de Amor

Play Episode Listen Later Feb 7, 2025 31:15


De certa forma, Cândida Mota e Ricardo Costa são responsáveis pelo percurso histórico dos nossos Heróis do Mar, no mundial. Isto porque são pais de Martim e Kiko Costa, dois craques da modalidade. A verdade é que o andebol sempre fez parte da família. Tinham 17 anos... quando ela o viu jogar. Ficou logo encantada e comentou com um árbitro, amigo de ambos. Depressa fizeram o arranjinho entre os dois. Mas Ricardo, atual treinador do Sporting, estava com receio do compromisso. "Era muito jovem". A persistência de Cândida fez com que ainda hoje, passados 31 anos, continuem juntos e felizes. Ela abdicou de muito para poder apoiá-lo. E ele está-lhe grato por isso. Ambos partilham, no podcast Ouvir Falar de Amor, os períodos mais felizes mas também os mais desafiantes de um amor a três... Cândida, Ricardo e o Andebol

Homilias - IVE
”Tinham o coração endurecido”

Homilias - IVE

Play Episode Listen Later Jan 8, 2025 6:04


Homilia Padre Valdinei Santos , IVE:Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 6,45-52Depois de saciar os cinco mil homens,Jesus obrigou os discípulos a entrarem na barcae irem na frente para Betsaida, na outra margem,enquanto ele despedia a multidão.Logo depois de se despedir deles,subiu ao monte para rezar.Ao anoitecer, a barca estava no meio do mare Jesus sozinho em terra.Ele viu os discípulos cansados de remar,porque o vento era contrário.Então, pelas três da madrugada,Jesus foi até eles andando sobre as águas,e queria passar na frente deles.Quando os discípulos o viram andando sobre o mar,pensaram que era um fantasmae começaram a gritar.Com efeito, todos o tinham visto e ficaram assustados.Mas Jesus logo falou:"Coragem, sou eu! Não tenhais medo!"Então subiu com eles na barca. E o vento cessou.Mas os discípulos ficaram ainda mais espantados,porque não tinham compreendido nada a respeito dos pães.O coração deles estava endurecido.Palavra da Salvação.

Ponto de Partida
General que não dá golpe é o quê?

Ponto de Partida

Play Episode Listen Later Nov 29, 2024 25:00


Pedro classificou os generais que fincaram o pé e não permitiram que o Exército se juntasse ao movimento golpista de “legalistas”. Sugeriu que poderia haver heroísmo, até, em seus atos. Muitos dos comentaristas protestaram: na verdade, prevaricaram. Tinham a obrigação de até prender os outros. E aí?See omnystudio.com/listener for privacy information.

Resumão Diário
Polícia Federal prende 19 candidatos das eleições municipais que tinham mandados em aberto; Jogo Eleitoral: ferramenta ajuda eleitor a entender o que pensam os candidatos a prefeito em relação a dez propostas

Resumão Diário

Play Episode Listen Later Sep 20, 2024 3:56


Polícia Federal prende 19 candidatos das eleições municipais que tinham mandados em aberto. Jogo Eleitoral: ferramenta ajuda eleitor a entender o que pensam os candidatos a prefeito em relação a dez propostas. Comediante cega denuncia importunação sexual durante show de stand-up em SP: 'Vamos expor, eles são nojentos'. Novo 'sistema de grupo sanguíneo' é descoberto por cientistas britânicos; achado resolve mistério de 50 anos. Rock in Rio tem sexta-feira de divas pop, com Katy Perry, Cyndi Lauper e Ivete; veja como será o 5º dia.

Convidado
Pedro Pires: "Toda a minha vida gira à volta dos projectos de libertação"

Convidado

Play Episode Listen Later Sep 12, 2024 19:48


Comemora-se esta quinta-feira, 12 de Setembro, o centenário do nascimento de Amílcar Cabral. Pedro Pires, antigo Presidente de Cabo Verde e um dos líderes da luta de libertação da Guiné e de Cabo Verde recorda a sua relação com Amílcar Cabral. RFI: No Simpósio Internacional Amílcar Cabral, disse que "Cabral é uma personalidade excepcional, que não nasce todos os dias" porquê?Pedro Pires: Na verdade é ou foi uma pessoa excepcional. Quando avaliamos o seu percurso pessoal, o seu percurso político, chegamos a essa conclusão porque Amílcar Cabral, quando decidiu dedicar-se 100% às lutas de libertação de Cabo Verde, da Guiné e das outras colónias portuguesas em África já era um técnico muito conhecido e tinha a vida organizada do ponto de vista material. Estava muito bem e é a pergunta que se coloca. Porquê? O que é que o motivou? Aí é que chegámos à conclusão da sua excepcionalidade, porque geralmente uma pessoa nessas condições teria dúvidas, teria reservas. Mas ele não teve dúvidas. Estava convencido daquilo que fazia ou estava convencido do valor das suas opções. É dessa forma que eu avalio a personalidade de Amílcar Cabral.Ao mesmo tempo, o seu percurso político foi excepcional. Afirma-se naturalmente como um grande líder, um grande dirigente e afirma-se como um teórico, um pensador, alguém que foi capaz de fazer duas coisas ao mesmo tempo: dirigir uma luta de libertação que obriga a um esforço grande e a ocupação do tempo disponível. Mas, ao mesmo tempo, há a reflexão, criatividade, a inovação, a busca de razões e a busca de explicações. Cabral, quando morreu tinha uma visão completamente diferente - espero que não esteja a exagerar - da luta que conduzia, das possibilidades e das capacidades dos povos que dirigia. Amílcar Cabral é o símbolo de tudo isso. O que marca ainda mais é a sua morte trágica. Apesar de tudo isso, não fugiu a uma morte trágica e isso também faz dele uma personalidade excepcional.Lembra-se do primeiro dia em que conheceu Amílcar Cabral?Quando conheci Amílcar Cabral já tinha tomado uma decisão, uma opção de integrar o partido que Amílcar Cabral dirigia. Depois desse encontro inicial, tivemos a oportunidade de conviver durante cerca de 12 anos. Isso deu-me a oportunidade conviver com ele, discutir com ele, debater com ele, de apreciar as suas qualidades de líder, apreciar as suas qualidades humanas. Tive essa oportunidade e as minhas conclusões derivam dessa convivência, mas também da avaliação que eu tenho estado a fazer do percurso dele.Amílcar Cabral é para mim uma interrogação por que é que isso aconteceu: Por que motivo optou por isso? Por que motivo agiu assim? É sempre uma interrogação para mim. Para mim, há dois ou três conceitos. Nesse aspecto, a doação, a dádiva, o reconhecimento. Ando a reflectir à volta disso. Tenho gratidão por aquilo que fez, gratidão por aquilo que doou e reconhecimento por aquilo que fez.Ele doou a sua vida?O mais trágico é ter doado a vida. Isso é o final trágico de tudo isso. Esse final trágico, eu acho que talvez seja a razão da nossa ligação. A razão da minha dívida para com ele.Que momentos mais marcantes viveu ao lado de Amílcar Cabral na luta pela independência?Vivi vários momentos e, mais do que isso, tenho todas as correspondências trocadas com ele quando me encontrava no sul da Guiné. No simpósio estava a ver a plataforma apresentada para o Alfredo Caldeira e veio-me à memória o seguinte: afinal, quando ele foi interceptado no aeroporto de Orly, eu estava lá à espera dele, afinal a polícia francesa roubou-lhe os documentos que tinha, certamente algumas notas que tinha. Ele vinha da Suíça e polícia francesa roubou, retirou, mas o pior não era o ter roubado para uso próprio. O pior é ter enviado à PIDE essa documentação. Foi um momento extremamente complicado para mim, agora tenho os dados da polícia DGS, a polícia francesa tem os dados e posso avaliar os riscos que tínhamos corrido. Se ele foi interceptado depois Mantido, não diria detido porque seria exagerado utilizar a palavra detenção, eles identificaram que eu era companheiro dele. Quais os riscos que pairavam sobre mim? Ele podia ser mandado para Portugal. Eu podia ser preso.Tinham consciência dos riscos que corriam na altura?Não. Francamente, eu acho que fui nessa matéria - porque eu estive cerca de dez meses em França a fazer um trabalho clandestino. Talvez eu acreditasse que a polícia francesa não não se interessasse por aquilo que eu andava a fazer. Afinal, interessava-se, interceptou as minhas correspondências, interceptou o meu líder e tudo isso foi um momento de grande tensão e de grande risco.Estávamos em 1968, mas eu tinha estado em França durante todo o ano de 65. Não diria que presenciei nem testemunhei, mas tive conhecimento directo do rapto do Ben Barka, que era o líder da oposição, líder esquerda da oposição marroquina, era o presidente da comissão organizadora da Conferência Tricontinental, foi raptado em França, numa outra avenida do Quartier Latin, é raptado em pleno Paris e desaparece para sempre. Quando aconteceu esse acidente ou incidente com Amílcar Cabral, eu lembrei me imediatamente do destino do Ben Barka. Esse foi o momento de grande tensão, mas ao mesmo tempo teríamos de ter alguma coragem para tomar as iniciativas que pudessem oferecer-lhe a garantia de que não seria preso e enviado a Portugal.Há pouco falou da troca de correspondências quando se encontrava no sul da Guiné com Amílcar Cabral. Do que é que falavam na altura?Já falava da luta armada na Guiné e dos objectivos que tínhamos em vista, era uma correspondência operativa sobre aquilo que nós deveríamos fazer, sobre aquilo que eu devia fazer, sobre algumas operações que ele achava que nós devíamos elaborar. Uma dessas cartas fala precisamente da operação que veio constituir o fim da guerra, que era o ataque ou assalto ao quartel de Guileje, no sul da Guiné. Houve três correspondências em que insistia nessa questão que era preciso resolver o problema de Guileje, que nós conseguimos resolver quatro meses após a sua morte.Que problema era esse?O problema é o facto de haver um quartel que devíamos eliminar. Esse era o desafio. Se não é problema, era o desafio. A operação decorre de Março a Maio 1973 e organizámos a operação fins de Fevereiro, início de Março até 22 de Maio de 1973. Foi o golpe final e o abandono do quartel pelas tropas portuguesas.De que forma Cabral conciliava a luta armada, a diplomacia e a formação política do povo?O Cabral era um líder excepcional porque, para além de tudo isso, ele formava-se, melhorava as suas capacidades, melhorava os seus conhecimentos. Essa excepcionalidade de conseguir fazer tudo isso ao mesmo tempo. Nesse aspecto, lembro-me de também eu estava em Paris, naquela missão de 1965. Ele pediu me um livro de um antropólogo polaco, mas trabalhou na Inglaterra de nome Malinowski. Andei o Quartier Latin inteiro para encontrar esse livro, até que o encontre. Ele disse Bom, tens de me arranjar e mandar esse livro. Encontrei o livro de Malinowski sobre uma das etnias da Nova Guiné. Isso é para dar ideia que, para além de tudo, ainda se cultivava, investigava. Aí está a sua excepcionalidade. A capacidade era muito maior do que a nossa para fazer tanta coisa ao mesmo tempo.Ele ficou conhecido pela capacidade de unir diferentes grupos étnicos e culturais. Como é que ele conseguiu formar uma frente unida no contexto de uma luta diversificada?Está claro que há perguntas para as quais não tenho resposta. A minha resposta vem da observação e da convivência pela entrega plena, completa. O espírito de entrega, a coerência, o seu sentido de compromisso, mas a sua fidelidade à causa. Só isso é que poderia inspirá-lo a fazer tudo isso ao mesmo tempo. Mas, ao mesmo tempo, posso introduzir um outro conceito ou uma outra avaliação é a ligação. Podemos chamar isso até o amor que ele tinha para os guineenses, para os cabo-verdianos, é esse amor, a identificação, o espírito de pertença, o sonho de ver esses povos livres.Em Cabo Verde e na Guiné-Bissau, decorre desde segunda-feira o Simpósio Internacional Amílcar Cabral. Numa altura em que já passaram mais de 50 anos da morte de Cabral, que legado é que ele deixa em Cabo Verde, na Guiné-Bissau, em África e no mundo?O legado é interessante porque ia comentar como é que está a decorrer o simpósio. O interessante aqui é que o número de intervenientes, o número de conferencistas de Cabo Verde da Guiné em número elevado, significa que os jovens, a mensagem passou. A mensagem chegou. Caso não tivesse chegado, não haveria essa parte, a ideia, a presença ou pensamento de Amílcar Cabral está difundido. Veja tudo isso junto, diz-nos que, na verdade, Amílcar Cabral e seu pensamento está presente entre nós nas várias instituições de ensino. Para mim, esse é o lado mais importante.O que é que significa para si Amílcar Cabral enquanto amigo e enquanto líder da libertação?As nossas relações eram relações de amizade e de camaradagem. Diria que é algo que ultrapassa muita coisa porque nós corríamos o risco juntos, investíamos o que nós tínhamos nesse projecto e essa ligação e nós estávamos a correr o risco, mas sonhávamos o mesmo sonho.Valeu a pena?Acho que sim. Acho que valeu a pena pessoalmente. Toda a minha vida gira à volta desse projecto que é o projecto da libertação dos nossos países e ao mesmo tempo, o projecto da sua afirmação, mas também que é o projecto da mensagem de Amílcar Cabral: a mensagem da libertação. A mensagem que nós devemos pensar pelas nossas cabeças, mas nós devemos assumir o nosso destino.O Miguel de Barros abordou essa questão da soberania, das nossas opções, da soberania, das nossas decisões. Nós devemos assumir como responsáveis pelo nosso futuro. Por vezes é extremamente complicado ou difícil porque há todo um movimento internacional no sentido de nos tirar, déposséder em francês, da nossa soberania de decisão, através dos métodos médicos e dos agentes mais diversos, de modo estamos sem saber, sem descobrir e estamos em competição permanente quanto ao futuro do mundo.No início da entrevista falava das questões que se coloca, das respostas que ficaram por responder. Imagino que falava de quem disparou em 1973 contra Cabral. Acredita que tenha sido alguém dentro do partido do PAIGC?A questão da traição nos movimentos de libertação, nas guerras, são fenómenos provocados pelos traidores. Ele são aqueles que são utilizados pelos nossos inimigos para trair a nossa causa e, eventualmente, assassinar os líderes. Foi o que aconteceu e Amílcar Cabral abordou a questão da traição de diversos ângulos: a primeira vez que ele aborda a questão foi em 1961 no Cairo, numa comunicação em que dizia que a crise africana é uma crise do conhecimento. Ele diz os imperialistas não dispensam os seus agentes, os traidores. Em 1961 já tinha abordado essa questão. Ele aborda essa questão da traição na homenagem a Kwame Nkrumah, em que aborda a questão do cancro, da traição. Isso dá-nos a ideia da dimensão do homem africano.Ele aborda essa questão já num contexto interno, quando do assalto a Conacri, perguntamos por que é que os guineenses, depois de terem a independência, depois de ter ganho a dignidade da independência, da soberania, decidem trair a pessoa que encarna tudo isso Sékou Touré. Por que é que decidiram trair? O que é que faltava? Colocava-se a questão mas as instituições que nós criámos dão plena confiança às pessoas que dirigimos. A questão da confiança, a questão da desconfiança, o medo do futuro, mas isso vem de longos anos de dominação colonial que nos fez perder essa capacidade.A traição é corrente no seio dos movimentos de libertação. O traidor, ou seja, aquele que ia assassinar Amílcar Cabral, teria que estar no nosso meio. Ele disse isso, alertou para isso várias vezes, não é nada de incomum que houvesse traição no nosso meio. O trabalho do nosso inimigo era precisamente criar traidores, alimentar traidores, fazer com que esses traidores traíssem a luta e isso é derivado da fraqueza enorme em matéria de consciência nacional, uma fraqueza enorme em matéria de dignidade e uma fraqueza enorme em matéria de confiança em si. São fraquezas que nos conduzem à traição.

Convidado
"Preocupações com as memórias do futuro" no centenário de Amílcar Cabral

Convidado

Play Episode Listen Later Sep 10, 2024 19:41


"Chegar aos 100 anos de Cabral e encontrar toda esta panóplia de iniciativas ao nível do mundo para celebrar esta data é algo que não só nos orgulha, mas encoraja a continuar esse debate e a questionar o passado, a desafiar o presente e acreditar que o futuro será muito melhor", descreveu o sociólogo, investigador guineense, Miguel de Barros, sobre o simpósio internacional Amílcar Cabral que decorre em Cabo Verde e na Guiné-Bissau. RFI: Assinalam se esta terça-feira os 50 anos do reconhecimento da independência da Guiné-Bissau. A Guiné-Bissau declarou unilateralmente a sua independência a 24 de Setembro de 1973 e foi reconhecida por Portugal a 10 de Setembro de 1974, depois da Revolução portuguesa. Como é que este reconhecimento mudou a dinâmica da luta pela libertação e quais é que foram as implicações internacionais?Miguel de Barros: O reconhecimento não mudou a dinâmica da luta, no sentido em que o PAIGC já tinha proclamado a própria independência unilateral e com o reconhecimento de alguns países, inclusive das Nações Unidas. O reconhecimento veio trazer três questões fundamentais: A primeira questão tem que ver com o Acordo de Argel que permitiu, por um lado, não só o reconhecimento da independência da Guiné-Bissau, mas o princípio, a auto-determinação e o reconhecimento também da independência de Cabo Verde, criando as condições necessárias do ponto de vista político, para que essa decisão se tome baseado naquilo que foi a luta de libertação na Guiné-Bissau. Outro elemento importante é que esse processo abriu o caminho para o próprio reconhecimento da independência de São Tomé e Príncipe, que não teve uma luta de libertação nacional. O terceiro elemento que é mais simbólico, no meu ponto de vista de uma forma implícita, o regime fascista português decapitou-se a partir do processo da luta de libertação na Guiné-Bissau. O facto de o 25 de Abril ter acontecido depois da proclamação da independência na Guiné-Bissau abriu espaço às negociações para depois se dar o reconhecimento de independência de outros países, que vieram demonstrar por um lado, aquilo que era a máxima da acção política a curto prazo ao médio prazo do direito à auto-determinação dos povos.Hoje, na memória histórica política desses Estados, tanto na Guiné-Bissau, em Cabo Verde, em São Tomé e Príncipe, por exemplo, essa data não tem relevo nenhum, nem do ponto de vista político constitucional, nem do ponto de vista popular. Se olharmos, por exemplo, para as questões da independência, mesmo havendo disputas de memória entre correntes políticas partidárias, procuram trazer a sua versão daquilo que é a independência. Nós encontramos no campo popular, na sociedade civil, aquilo que é uma espécie de reposição da verdade histórica. Quanto mais conseguirmos avançar nessa perspectiva de uma maior apropriação de elementos históricos ao nível das novas gerações e de instituições não estatais, teremos, de facto, a conseguir, pelo menos fazer prevalecer não só a questão da memória histórica, mas também aquilo que são as memórias do futuro. E perceber como é que esses povos constroem a sua própria identidade baseada naquilo que é a sua representação histórica.Desde a sua independência, a Guiné-Bissau experimentou vários golpes de Estado, instabilidade política, uma democracia frágil, qual é que é o legado político dos últimos 50 anos?O legado político dos últimos 50 anos tem que ser completamente separado do ponto de vista histórico. O processo da luta de libertação que levou à independência permitiu efectivamente à construção de uma sociedade mais livre, uma sociedade pluralista e, ao mesmo tempo, onde é possível que os guineenses determinam a sua própria condição. Do ponto de vista da construção do Estado, nós não conseguimos construir o Estado naquilo que são as funções vitais, em termos de capacidade de prestação de serviços à população, em termos de capacidade da salvaguarda da segurança humana em termos de capacidade daquilo que é representação do Estado a partir daquilo que são as convenções, os protocolos e também como é que esse próprio Estado foi conceptualizado no sentido de permitir, numa primeira linha, a construção de uma ideia endógena de como é que esse Estado se imerge no pós-colonialismo.Por outro lado, também, como é que a sua estrutura económica favorece, de algum modo, a coordenação de políticas públicas que levam a capacidade de decisão com autonomia. A construção desse Estado, olhando tanto para a questão histórica da independência como para a questão, por exemplo, da construção do Estado, há uma terceira linha, que é como é que nós construímos a democracia, que é o grande elemento. Aí nós também não fomos felizes, porque, por um lado, nós partimos para o processo democrático, sem consolidação daquilo que seriam os pilares da própria democracia, uma sociedade com maior nível de educação e de instrução, uma sociedade com maior capacidade de construir o seu pilar de infra-estrutura económica e uma sociedade que tem a capacidade de primar pela liberdade para favorecer a possibilidade de construção pública da capacidade crítica e, ao mesmo tempo, de permitir aquilo que seria a construção de organizações cívicas e políticas que iriam inspirar, a partir desse pressuposto, a independência da autonomia de liberdade. Desse ponto de vista, nós não conseguimos construir uma sociedade com esses pilares, de todo esse processo da Guiné-Bissau e da sociedade guineense, aquilo que são elementos de maior resiliência.Alguns desses pilares chegam-nos através de Amílcar Cabral e é por isso que também estamos aqui em Cabo Verde. Esta segunda-feira arrancou o Simpósio Internacional "Amílcar Cabral, um património nacional e universal", que decorre aqui em Cabo Verde, mas também na Guiné-Bissau. Dois países que um dia estiveram para ser um só?Do ponto de vista da conceptualização de um único país, Cabral foi muito claro na perspectiva de que o pós independência ia dar lugar a um referendo para que os povos se posicionassem. Mas isso não aconteceu, o que também, no meu ponto de vista, colocou o próprio projecto político em causa. Por outro lado, havia condições históricas e políticas para que essa união se justificasse. Os cabo-verdianos estavam na administração pública portuguesa, tinham uma maior possibilidade de acesso ao sistema de ensino e, ao mesmo tempo, isso poderia favorecer uma luta política do ponto de vista diplomático, mas também a própria capacidade de contrabalançar aquilo que eram os efeitos da colonização, porque conheciam a máquina administrativa colonial, os guineenses não só tinham um território profícuo para a própria luta de libertação, mas tinha também a densidade humana para essa luta. Tinham as tais tecnologias sociais e culturais que permitiam resistir nesse contexto.Ao mesmo tempo, tinha, por um lado, nos dois povos a capital de resistência e bravura que favoreciam a uma luta colectiva. Porque, por exemplo, levar a derrota do colonialismo no território da Guiné-Bissau implicitamente ia levar a derrota do colonialismo português nos outros países e acabou por acontecer. Mas, por exemplo, levar a derrota do colonialismo em Cabo Verde não ia levar a derrota do colonialismo na Guiné-Bissau, porque Portugal incutiu uma matriz extremamente segregacionista e que criou uma ideia identitária a partir do território que hoje é Cabo Verde, que não se conectava com outras realidades e colocava como se fosse uma classe intermediária que também apoiava o serviço da própria colonização e instrumentalizou isso enquanto elemento também divisionista. Felizmente, Cabral conseguiu posicionar-se, tirou as mais valias desse processo e levou a uma luta conjunta que favoreceu as independências.Hoje, aquilo que têm sido os pontos de encontro entre a sociedade cabo-verdiana ou a população que os guineenses têm sido, sobretudo a nível de colectivos activistas de movimentos africanistas que não estão limitados só a partir de uma visão binacional. Mas olhem como é que as suas experiências, como é que os modelos culturais, como é que os modelos de solidariedade podem favorecer intercâmbios e diálogos é que projecta a questão do pan africanismo no Brasil como uma possibilidade de reconstrução identitária, mas também de reorganização de formas de participação de formas de criação de instituições que respondem à capacidade efectivamente da agenda pública nacional e que criam a tal autonomia que leva ao progresso que Cabral tanto advogava.Ainda há marcas dessa segregação criada pelos portugueses aqui em Cabo Verde, por exemplo?Sim, sim, há bastante. As questões identitárias não se esgotam a partir, por exemplo, de decretos. As questões identitárias não se esgotam a partir daquilo que são as memórias que as pessoas têm mais próximas ou não dos fenómenos sociais. As questões identitárias colocam-se sobretudo em formas de convivência. Como é que essas formas de convivência favorecem acesso a determinados níveis de privilégio e ou a determinados níveis de segregação? Em Cabo Verde posso dar dois exemplos interessantes. Quando uma cabo verdiana se casa, por exemplo, com um emigrante do Norte global, o termo que utilizado em crioulo é kompu raça , ou seja, construir a raça, arranjar a raça. Mas quando, por exemplo, há um casamento entre uma cabo verdiana e o imigrante, por exemplo oeste africano, o termo que utilizar straga raça estragar a raça, então esse é o elemento do colonialismo. Esse é o elemento da segregação, porque se criou essa ideia efectiva na construção dessa sociedade crioula.Uma outra ideia importante, por exemplo, aqui em Cabo Verde, quando as pessoas têm acesso ao dinheiro ou ao capital económico e têm alguma possibilidade de influência, de alguma decisão, de alguma escolha ou alguma capacidade aquisitiva. O termo que utilizar dja mbranku dja, ou seja, já estou branco. Quando ouvimos essas narrativas, quando há essas práticas, quando há essas representações, isso demonstra, de algum modo, que o processo colonial que levou à segregação e à construção da ideia do branco superior ou preto é algo que ainda tem que ser desconstruído e tem que ser desmistificado para criar formas mais inclusivas que favorecem depois a tal integração social. Essa integração favorecer todas as manifestações não só de norte global, mas também das pessoas do Sul global e das pessoas oeste africanas que constituem parte importante dessa sociedade cabo-verdiana.É preciso levar a cabo um trabalho sociológico ou que a mudança aconteça através da educação?É um trabalho político no qual entra a dimensão sociológica entre a dimensão educativa, entre a dimensão sociocultural, entre a dimensão económica, entre a dimensão geográfica e espacial e entre, sobretudo aquilo que são a capacidade de construir compromisso inter-geracional para permitir com que se dispa todo esse elemento de segregação e que pairam e trazem novas formas de racismo, de exclusão na sociedade cabo-verdiana.Não há comemorações oficiais em torno do centenário de Amílcar Cabral na Guiné-Bissau. Os eventos são organizados pela sociedade civil. Faz parte da organização que leva este simpósio e que o traz aqui a Cabo Verde?Nós estamos há dois anos a trabalhar sobre esse processo. Lançamos inicialmente à celebração do simpósio em 2022. Em 2023, começámos o processo de intervenção muito mais localizado ao nível de conferências, debates, estruturas, mas também no meio do processo discutimos com Cabo Verde sobre qual seria a possibilidade do evento ter uma coordenação. Essa coordenação levou-nos à ideia, perfeitamente partilhada e com unanimidade, que deveríamos ter uma iniciativa conjunta, entre as organizações académicas e organizações da sociedade civil, mas também onde entra a Fundação enquanto elemento que trabalha sobretudo na preservação do legado da memória de Amílcar Cabral. E funcionou. Funcionou, por um lado, porque havia muita gente que queria ter um nível de debate orientado com o método e que favorece a melhor compreensão dos vários ensinamentos teóricos e práticos de Amílcar Cabral, mas também porque há uma preocupação agora das memórias do futuro, de como é que as novas gerações que não conviveram com Cabral, que não tiveram luta de libertação, estão a conceptualizar Amílcar Cabral? E depois, como é que Cabral nos dá elementos que nos permitem interpelar a nossa condição no momento actual e que tecnologias que nos oferece para orientar também face ao futuro.Nessa perspectiva, mais de 50 comunicações foram apresentadas e iniciativas socio-culturais, movimentos, por exemplo, nas comunidades da diáspora africana a nível do mundo. Isso demonstra não só a vitalidade do pensamento do Cabral, mas mostra em que medida Cabral continua a inspirar processos de construção do Estado e a  construção do processo de participação. Como dizia Pedro Pires, se o Cabral estivesse vivo, acho que estaria feliz porque ele não está sitiado nem pelos militares, não está sob controlo nem dos partidos políticos, mas está efectivamente junto do povo. As questões que Cabral traz, por exemplo, sobre o lugar do povo na construção da sua história enquanto sujeito da sua historia e como é que o povo deve estar vigilante face os processos que levam a derrapagens políticas e como é que o povo deve ser entidade que deve estar na vigilância da acção pública.Chegar aos 100 anos de Cabral e encontrar toda essa panóplia de iniciativas ao nível do mundo em celebrar esses 100 anos é algo que nós devemos ficar não só orgulhosos e contentes, mas encoraja-nos a continuar esse debate e a questionar o passado, a desafiar o presente e acreditar que o futuro será muito melhor.É impossível responder a esta questão, mas se Cabral estivesse vivo, de que forma é que ele olharia para Cabo Verde e Guiné-Bissau?Fazer futurologia é difícil, mas mais complicado é estar no futuro e olhar para trás. Ele faria uma leitura diferente, porque ele, mais do que ninguém, compreendeu as dinâmicas socioculturais e históricas dos dois povos, dos dois países. Creio que Cabral estaria não só numa situação difícil em termos de encarar aquilo que são hoje as possibilidades de construção de uma governança autónoma com capacidade de prevalecer a soberania dos países. Cabo Verde é um país que tem muita dependência económica na condução das suas políticas públicas, no seu posicionamento internacional. Isso foi claramente comprovado, por exemplo, com a oposição de Cabo Verde em relação à guerra na Ucrânia, em relação, por exemplo, ao massacre de Israel na Palestina. Mas também estaria numa situação muito complicada com a Guiné-Bissau, para ver, por exemplo, a questão de como é que a falta de ética na política e na governança levou a Guiné-Bissau a autoritarismos ou à questão do narcotráfico. Muito mais difícil ainda será como, por exemplo, lutar pela independência, pela liberdade e hoje encontrar o país também dependente da ajuda externa e onde os jovens têm que enfrentar muitos desafios para conseguirem protestar. A posição de Cabral perante essas circunstâncias desses países não seria de lamento, seria, em primeiro lugar, de confronto e, ao mesmo tempo, da busca das alternativas que poderiam levar a novos caminhos. Hoje, por aquilo que são as manifestações vindas sobretudo de colectivos não partidarizados da sociedade civil, acredito que acabará. Estaria a encontrar se exactamente nesses movimentos, nesses colectivos, as bases para uma nova revolução.O Presidente do Pedro Pires, que participou neste primeiro dia do simpósio em torno do centenário Amílcar Cabral, dizia que "ninguém falhou porque ninguém sabia e que a falha foi a ignorância". Concorda?Por um lado, sim, eles foram jovens, foram muito, muito novos para o processo da luta e tiveram pouco contacto com aquilo que era a realidade social urbana desses países e também por aquilo que era a máquina necessária em termos de funcionamento. Mas, por outro lado, havia também ameaças, embora militarmente o regime colonial foi derrotado, mas o regime colonial, derrotado militarmente, não abdicou das influências políticas para condicionar também o destino desses países e ou para pôr em causa a própria revolução e voltar a tomar o poder. A partir do momento que essas questões existiram, não permitiu também uma maior abertura desses regimes para algo que podia favorecer uma entrada de tecnocratas de jovens e que não tivessem estado no processo de luta, de libertação. Agora, a partir do momento que se toma a decisão e se pensa que se está em condições de decidir em nome do povo, tem que se avaliar como é que essas medidas permitirão efectivamente cumprir aquilo que foi o compromisso e o engajamento das partes. Como é que a condução dos destinos do país levou aquilo que o camarada dizia à dignidade e ao progresso. Temos sempre que ter esses elementos como uma bússola no sentido de permitir uma maior justiça social, uma maior equidade entre comunidades, entre povos, entre territórios e que favorecem a emancipação que hoje nós estamos a discutir nesse simpósio.

Resumão Diário
Justiça concede habeas corpus para Deolane Bezerra; Vídeos mostram que viúva e irmã presas pela morte de comerciante após traição tinham relação muito próxima

Resumão Diário

Play Episode Listen Later Sep 9, 2024 4:01


Justiça concede habeas corpus para Deolane Bezerra; influenciadora ficará em prisão domiciliar, com tornozeleira eletrônica. Vídeos mostram que viúva e irmã presas pela morte de comerciante após traição tinham relação muito próxima: 'meu amor'. 'Perda da hélice em voo': ouça mensagem do piloto para torre antes de avião cair sobre van e moto em Teresina. Fumaça de incêndios cobre o céu do Brasil e pode chegar à Argentina e ao Uruguai. Golpe do Bike Rio': bandidos colam adesivos e trocam QR Codes para pedalar à custa dos outros.

LIVRA-TE
#136 - Wrap Up de Verão & Clube do Livra-te de Agosto

LIVRA-TE

Play Episode Listen Later Sep 4, 2024 44:24


Estamos de voltaaaaa! Tinham saudades? Nós já tínhamos e, além de um recap das nossas leituras de verão, trouxemos as nossas opiniões (com spoilers) sobre os livros do Clube do Livra-te de agosto. Livros mencionados neste episódio: - Just for the Summer, Abby Jimenez (5:41) - The Catch, Amy Lea (5:55) - Bellies, Nicola Dinan (6:06) - French Braid, Anne Tyler (6:52) - Unsteady, Peyton Corinne (8:02) - Flawless, Elsie Silver (8:23) - What You are Looking for is in the Library, Michiko Aoyama (9:13) - I Have Some Questions for You, Rebecca Makkai (10:20) - The End of the Moment We Had, Toshiki Okada (12:29) - The Temple of Fortuna, Elodie Harper (13:42) - No Tempo das Cerejas, Célia Correia Loureiro (14:43) - The Priory of the Orange Tree, Samantha Shannon (16:22) - Os Crimes do Verão de 1985, Miguel d'Alte (18:00) - Learwife, J.R. Thorp (18:50) - Play It As It Lays, Joan Didion (20:00) - O Meu Pai Voava, Tânia Ganho (20:20) Sobre os livros de Agosto: - Torto Arado, Itamar Vieira Junior (22:30) - Dear Edward (Querido Edward), Ann Napolitano (30:11) ✨ Livros de Setembro do Clube do Livra-te: ✨ - Vista Chinesa, Tatiana Salem Levy (38:25) - A Malnascida, Beatrice Salvioni (3:15 & 40:43) - Os Irmãos Karamázov, Fiódor Dostoiévski // Leitura exclusiva do Discord (42:30) ________________ Enviem as vossas questões ou sugestões para livratepodcast@gmail.com. Encontrem-nos nas redes sociais: www.instagram.com/julesdsilva www.instagram.com/ritadanova twitter.com/julesxdasilva twitter.com/ritadanova Identidade visual do podcast: da autoria da talentosa Mariana Cardoso, que podem encontrar em marianarfpcardoso@hotmail.com. Genérico do podcast: criado pelo incrível Vitor Carraca Teixeira, que podem encontrar em www.instagram.com/oputovitor.

Prova de Contacto
T06E01 - Convidados: Portuguese Street Photography Collective

Prova de Contacto

Play Episode Listen Later Aug 31, 2024 68:41


Olá malta, esperamos que estejam bem! Estamos de volta! Tinham saudades nossas ou nem por isso? Preparados para mais uma temporada cheia de boas conversas? Está lançado o primeiro episódio da 6a temporada do Prova de Contacto… e nesta temporada contamos ter algumas surpresas para os nossos ouvintes e para a comunidade. Estejam atentos! ;) Esta semana recebemos alguns dos membros do primeiro Colectivo de Fotografia de Rua em Portugal! Venham daí conhecer melhor este projeto nacional e algumas das actividades que estão planeadas para o futuro. Sigam o trabalho deles em @ptstreetcollective, não se irão arrepender! Como sempre, contamos com o vosso feedback sobre este episódio e, se gostarem do que ouviram, deixem o vosso “gosto” na plataforma onde nos estão a ouvir e partilhem com os vossos amigos que possam estar interessados nas nossas conversas! Obrigado por continuarem desse lado e vamos lá então dar início a mais uma temporada!

Uma Semente
EP491 - A COBERTURA DE GADE

Uma Semente

Play Episode Listen Later Aug 5, 2024 2:39


"Da tribo de Gade alguns aliaram-se a Davi em sua fortaleza no deserto. Eram guerreiros corajosos, prontos para o combate, e sabiam lutar com escudo e com lança. Tinham a bravura de um leão e eram ágeis como gazelas nos montes."(ICr 12:8) Gade atravessava rios que transbordavam, fixava seus alicerces nas fortalezas junto ao deserto e estava sempre pronto para o combate. Seus rostos eram como de leões e a essência de domínio era a cobertura de suas cabeças. Gade era uma tribo, e tribo fala de identidade, de intensidade de propósito. Àquilo que era comum entre eles tornava-se a marca, o DNA que os fundamentava. Todos os líderes do clã de Gade eram chefes de exército, e durante as conquistas de Israel, eram eles que comandavam as outras tribos. Penso que eles lideravam não porque sabiam lutar, mas porque estavam totalmente entregues a um propósito. Estavam sempre prontos. O menor valia por cem, e o maior enfrentava mil. A prontidão te impulsiona ao domínio e a coragem supera os títulos. Governo não é dado para quem tem habilidade, é dado para quem se oferta. Quem se entrega para um propósito é capacitado para novas batalhas. Novos níveis de autoridade são liberados para quem se dispõe nos enfrentamentos do Reino. Gadita que está pronto para lutar, está pronto para conquistar. Quem não guerreia, não possui. Quem não governa, não destrona. Num exército, aquele que se dispõe, se alista. O que se alista, guerreia e o que guerreia, conquista. Que a unção de Gade te faça excelente como o governo do leão, e ainda que haja pouca força, que o Senhor te torne grande em territórios e possessão.

Crime e Castigo
Vítimas de abusos sexuais na igreja tinham medo de ir para o Inferno

Crime e Castigo

Play Episode Listen Later Jun 19, 2024 17:23


Foram identificados 53 padres que abusaram sexualmente de crianças nas últimas décadas, sobretudo no confessionário e na sacristia. A média de idades dos menores abusados é de 11 anos. Manipulavam as suas crenças religiosas para obterem o seu silêncio. Diziam-lhe que iam para o Inferno. Este o tema principal do Crime e Castigo desta semana, onde falaremos ainda da mulher assassinada num tiroteio de gangues. Um podcast de Paulo João Santos e Magali Pinto, apresentado por Rita Fernandes Batista e editado por Bernardo Franco.

RPG Next Podcast
CNa#039: A Câmara do Terror | Conto de Horror

RPG Next Podcast

Play Episode Listen Later Jun 12, 2024


A câmara do terror lhe mostra seus maiores medos. Do que você tem medo? Um conto para maiores de 16 anos.   Contos Narrados. Aqui você encontra mais um conto sonorizado produzido pelo do RPG Next. Coloque seu fone de ouvido e curta! ▬ Autor: Leo Rodrigues. ▬ Narração e Edição: Wevison Guimarães. ▬ Pós-Produção: Rafael 47. Contos Narrados apresenta, “A Câmara do Terror”, um conto de horror. Ricardo não via a hora de chegar à câmara do medo, ele já estava fazendo o tour do parque do terror de North Ville há duas horas ou talvez fossem duas horas e meia, ele não sabia ao certo. Contudo, sabia que nada ali lhe assustara até então. Ele ouvira falar a respeito da câmara do terror, diziam que ela lhe mostrava o seu maior medo e, não só isso, tornava-o real. E ele, como muitos adolescentes da sua idade, adorava se colocar à prova e desafiar seus limites. Ricardo gabava-se para os amigos de ser completamente destemido e desejava que eles estivessem ali para que pudesse provar. Finalmente chegara a hora, ele entrou na fila do brinquedo, após montanhas russas com robôs realistas sem graça, casa fantasma com atores mal maquiados e labirintos de espelhos que mostravam reflexos tão distorcidos que mais pareciam massas disformes nada assustadoras. Assim que chegou, ele pôde ver uma pessoa sendo carregada em uma maca, chegou até a se animar com aquela cena, será que finalmente sentiria medo? Tinham oito pessoas em sua frente, ficou observando o funcionário do parque entregar um pequeno bastão com um botão na ponta para a pessoa que adentraria à câmara, pois, se o medo fosse demais, ela poderia apertar o botão, que acenderia uma luz vermelha do lado de fora e o funcionário abriria a porta, dando fim à experiência. O primeiro entrou e Ricardo contou, 1… 2… a luz acendeu, o homem barbado que entrou chorava como um bebê. Foi a vez do segundo, aparentava ter sua idade, 1… 2… 3… acendeu a luz, o garoto não chorava, mas estava pálido como neve fresca. E então, a terceira pessoa, a quarta, a quinta, ninguém aguentava mais que três segundos lá dentro. Agora, ele era o terceiro da fila, se desafiou a ficar pelo menos cinco segundos dentro da câmara, deveria ser o recorde do parque e ele, dentre todos, era a pessoa certa para batê-lo. Logo chegou sua vez, e o funcionário lhe explicou as instruções que ele já ouvira diversas vezes enquanto estava na fila. Ao mesmo tempo ansioso e confiante, pegou o pequeno bastão em sua mão direita e adentrou a câmara. Enquanto a porta se fechava, ele percebeu dois jatos de gelo seco, dando à sala um clima misterioso. Começou a contar: 1… nada aparecera até então, o jovem indagou mentalmente se ele realmente não tinha medo algum. 2… sentiu seu estômago revirando, o coração acelerou. 3… estava arrepiado dos pés à cabeça e sentia calafrios pelo corpo todo. 4… finalmente ele entendera, aquele era então o seu único medo, caiu de joelhos, não podia respirar, seu coração já não batia mais e sua visão rodopiava como um peão. 5… sorriu fracamente, ele bateu o recorde e finalmente sentiu medo de verdade, caiu no chão, com os lábios roxos e inchados, os olhos arregalados, com as pupilas dilatadas e com uma coloração esbranquiçada como leite, a pele fria e pálida. Quando abriu a porta e viu aquele corpo estirado no chão, o funcionário reclamou: – Puts… Mais um. Jonas! Marcão! Dois homens fortes colocaram o corpo de Ricardo numa maca e levaram-no dali. O funcionário exclamou: – Próximo!! O fim! APOIE NOSSA CAUSA! Nosso Plano de Assinaturas do APOIA.SE! Acesse e veja nossas recompensas para os apoiadores.   COMPARTILHE! Se você gostou desse Podcast de RPG, então não se esqueça de compartilhar! Facebook RpgNextPage, Grupo do Facebook RPGNext Group, Twitter @RPG_Next,  Canal do YouTube,  Instagram @rpgnext, Vote no iTunes do Tarrasque na Bota e no iTunes do RPG Next Podcast com 5 estrelas para também ajudar na divu...

Soundbite
IRS: Galamba entrou na ala direita do PS?

Soundbite

Play Episode Listen Later Jun 5, 2024 9:29


Tinham passado no primeiro teste; confirmaram agora no segundo. Os socialistas conseguiram, com a ajuda do Chega, da IL, e de toda a esquerda, fazer aprovar a sua versão da redução do IRS para os seis primeiros escalões para, possivelmente, ser aplicada já em Julho. Ao mesmo tempo, levaram a que o texto de substituição do PSD/CDS à proposta de lei do Governo, que mexia nas taxas nos oito primeiros degraus, ficasse pelo caminho. Mas o socialista João Galamba criticou o sentido de voto do PS. Está Galamba a querer afirmar-se como alternativa interna entre os socialistas?See omnystudio.com/listener for privacy information.

Amorosidade Estrela da Manhã
HUMILDADE, O ANTÍDOTO PARA OS ANJOS CAÍDOS POR VAIDADE, UM PERFECCIONISMO QUE SÓ FAZ ENXERGAR ERRO ∙ SE CONSELHO FOSSE BOM TINHAM DUAS BOCAS E NÃO DUAS ORELHAS

Amorosidade Estrela da Manhã

Play Episode Listen Later May 26, 2024 2:56


Leitura de Ouvido
Graciliano Ramos - Dois Dedos (conto)

Leitura de Ouvido

Play Episode Listen Later May 24, 2024 39:46


“Dois dedos” é o conto homônimo de Graciliano Ramos (1892-1953), no livro publicado em 1945, com dez textos. Essa foi a primeira coletânea de contos de sua carreira de escritor. Na história, dr. Silveira rememora sua infância com o amigo que hoje, é um importante político, um governador! É tão interessante que quando escreveu esse conto, Graciliano já tinha uma boa experiência como político e em cargos públicos e já havia sido preso e solto. O conto é uma espécie de sátira, repleta de fluxo de consciência. Quando criança, dr. Silveira, hoje médico do povo do Arrabalde, considerava o amigo como um irmão, unha com carne, “assim”, unia os dedos médio com o indicador, para ilustrar a proximidade entre ambos. Durante a narrativa, feita por alguém que observa dr. Silveira, este nos revela em profundidade as brincadeiras entre eles, a atenção que recebiam de dr. Silveira Pai, a reprovação e o sofrimento por isso, do amigo hoje político, etc. Eram tão próximos! Ainda assim, dr. Silveira fica desconcertado em se sentir inferior, em escorregar na madeira envernizada do palácio, diante da mesa e cadeiras de tamanho absurdo, livros caros que na verdade são do Diário Oficial. Tinham-se passado 20 anos. Não conseguiu abraçar o amigo, mas algo imprevisível acontece. Boa leitura! Apoie pela chave PIX: leituradeouvido@gmail.com Apoie pelo financiamento coletivo: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://apoia.se/leituradeouvido⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Livro Trincas, de Daiana Pasquim: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://www.editorapenalux.com.br/loja/trincas⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Entre em contato: leituradeouvido@gmail.com Instagram e Facebook: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@leituradeouvido⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Direção e narração: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@daianapasquim⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Padrinho: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@miltonhatoum_oficial⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Direção, edição, trilha de abertura e arte de capa: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@LPLucas⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Uma produção ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@rockastudios

Jovem Pan Maringá
Lula diz que “não sabia” que tinham tantos negros no Rio Grande do Sul

Jovem Pan Maringá

Play Episode Listen Later May 16, 2024 62:51


Ontem (15) durante evento em São Leopoldo para anunciar repassar para o Rio Grande do Sul, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manifestou surpresa ao constatar a expressiva presença de pessoas negras no estado. A fala repercutiu nas redes sociais. --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/jovempanmaringa/message

Convidado
As lutas estudantis contra a ditadura

Convidado

Play Episode Listen Later Apr 23, 2024 23:38


Em vários momentos, os estudantes enfrentaram o Estado Novo e as suas forças repressivas. Reclamaram liberdade de expressão e de associação, criticaram o autoritarismo do regime e pediram o fim da guerra colonial. Neste programa, ouvimos algumas pessoas que participaram nas crises académicas de 1962, de 1965 e no movimento contestatário dos liceus no início da década de 70. A luta estudantil é outro dos capítulos da resistência ao regime ditatorial português. Foi na década de 1960 que conheceu maior intensidade, radicalização e repressão.O Estado Novo teve, em 1962, um ano negro de agitação universitária e a crise académica constituiu o baptismo político de muitos jovens. O Governo de Salazar tinha proibido as comemorações tradicionais do Dia do Estudante a 24 de Março e, nesse dia, a polícia de choque invadiu a Cidade Universitária de Lisboa, carregando sobre centenas de jovens. Em reacção, os estudantes declaram luto académico, na prática, greve geral às aulas.Presente nas lutas estudantis de 1962, esteve Isabel do Carmo, que viria a ser co-fundadora das Brigadas Revolucionárias, uma das organizações de luta armada contra a ditadura portuguesa. Tinha entrado para o Partido Comunista Português com 17 anos e era dirigente estudantil. No meio dos plenários essencialmente masculinos, mostrou que as mulheres também contavam.Eu atrevi-me. Havia os grandes plenários no Estádio Universitário, onde falavam só os rapazes, rapazes meus amigos, que eu conheço bem. E eu pensei: “Isto não pode ser, isto não pode ser”. E então subi ao palanque e pedi a palavra. Fui realmente a única, com rapazes muito aflitos e eu um bocado stressada, não é? Mas cheguei-me à frente e falei de lá de cima e disse que as mulheres não eram só o repouso do guerreiro, que as mulheres eram o guerreiro também.Em Lisboa, a 9 de Maio de 1962, um plenário de estudantes aprovou uma greve de fome colectiva na cantina da Cidade Universitaria. A 11 de Maio, chegou a polícia de choque e os estudantes foram detidos, cerca de 1200 no total, segundo Helena Pato, que foi parar aos calabouços do Governo Civil junto com um grupo de 50 alunas, enquanto as centenas de rapazes foram para o quartel da PSP.Aquilo começou a encher, a encher, a encher. Era estudantes por todo o lado, sentados nas cadeiras, à beira das mesas. Lá em cima, aquilo tem uma galeria com cadeiras e mesas, montes de estudantes sentados no chão porque já não havia mais espaço. Eram 1200 e foram todos presos. Tudo preso, tudo preso!A repressão de 1962, em Lisboa e em Coimbra, acabou por aumentar a politização dos estudantes portugueses e a consciencialização de que a luta ia para além dos interesses meramente estudantis e associativos. Surgia a defesa de uma "nova Universidade" que rompesse com a perpetuação de uma elite moldada pelos interesses da ditadura e que pusesse em causa o próprio regime. Os estudantes começaram a criticar o fraco índice democrático na frequência das universidades, a guerra colonial e o autoritarismo do regime.A participar nas lutas estudantis de 1962 esteve também Fernando Rosas que, em 1965, viveu outro momento de força do movimento académico e foi preso pela primeira vez quando o governo ordena à PIDE a detenção dos principais líderes estudantis. Andava no segundo ano da Faculdade de Direito e fazia parte da direcção do sector universitário do Partido Comunista Português para o qual tinha sido recrutado em 1961. Tinha 18 anos e completou 19 na cadeia. A repressão acabaria por ser um tiro no pé do próprio regime, desencadeando uma onda de protestos no meio universitário português e com ecos fora de fronteiras. Nós fomos julgados. Foi um grande processo. Foram 30 e tal, não me lembro bem, mas 36 ou 37 estudantes presos. Juntaram-se todos os principais advogados que defendiam presos políticos em Portugal, e que trabalhavam “pro bono”, juntaram-se na defesa e o julgamento transformou-se num grande episódio da denúncia do regime, da polícia política, da situação na universidade. Depuseram, como testemunhas de defesa dos presos, figuras como Maria Barroso, o professor Lindley Cintra, uma série de personalidades ligadas à cultura e, portanto, foi um momento político que se virou contra a própria polícia política, contra o regime. Até porque combinámos entre nós, cada um de nós, denunciar na sala de audiências, apontando-os a dedo, os polícias que nos tinham torturado e, portanto, isso teve um grande impacto.Enquanto a luta se fazia em Portugal, de França vinham os ventos da contestação do Maio de 68, em que participaram muitos exilados portugueses. Nesse ano, em Portugal, a PIDE ocupou a Associação de Estudantes do Instituto Superior Técnico de Lisboa, acusada pelo regime de ser subversiva, e desencadeando novo “luto académico”. Em 1969, a crise académica continua e tem como epicentro a Universidade de Coimbra.Em 1971, a reforma educativa promovida por Veiga Simão determinou o encerramento de quase todas as associações de estudantes e a colocação de elementos do Ministério do Interior nas universidades, que viriam a ficar conhecidos como "gorilas". Um ano depois, a 12 de Outubro de 1972, um estudante universitário era assassinado por um agente da PIDE durante um protesto contra a repressão e o imperialismo em Económicas (actual ISEG), em Lisboa.Ainda que tenha havido uma certa fragmentação do movimento estudantil, houve lutas que continuaram, nomeadamente no ensino secundário.Octávio Espírito Santo fez o Liceu Passos Manuel, em Lisboa, onde iam parar os estudantes e professores considerados mais problemáticos para o regime. Esta foi uma escola que ele descreve como “um sítio de revolução”. Aí circulavam vários jornais, de mão em mão, a denunciar a política repressiva do ensino. Octávio integrou a CEDL, Comissão de Estudantes Democratas de Lisboa, que era uma organização ligada à CDE, Comissão Democrática Eleitoral, em tempo de eleições. Pertenceu também à organização clandestina da União de Estudantes Comunistas.Fazíamos documentos e, pronto, eu tinha a responsabilidade de encontrar contactos e falar com malta de liceus. Cada um tinha as suas tarefas (…) Por exemplo, lembro-me que depois da morte do Amílcar Cabral, sozinho, entrei à noite no Passos Manuel. Os liceus estavam fechados, mas como havia treinos da Associação de Andebol do Passos Manuel, entrei com o argumento de ir assistir a um treino. Entrei no recinto e, no outro dia, estava tudo pintado. “Contra a guerra colonial, a denunciar a morte do camarada Amílcar Cabral, contra o fascismo, por um ensino igualitário e popular.Naquela altura, havia uma multiplicidade de tendências estudantis que alimentavam a contestação nas escolas e que se movimentavam no MAEESL (Movimento Associativo dos Estudantes do Ensino Secundário de Lisboa), criado em 1967, depois da desagregação da Comissão Pró-Associação dos Estudantes do Ensino Liceal de Lisboa.A 16 de Dezembro de 1973, a polícia do Estado Novo prendeu 151 estudantes do ensino secundário de Lisboa que se reuniam na Faculdade de Medicina. Tinham entre 13 e 18 anos e foram levados nas carrinhas da polícia para os calabouços do governo civil naquela que ficou conhecida como “a noite da carecada”. Durante a noite, 12 estudantes do ensino secundário e cinco do ensino superior são conduzidos à prisão de Caxias.Octávio Espírito Santo não foi preso porque, como era filho de um oposicionista, tinha sido aconselhado a não participar na reunião. Em contrapartida, esteve nos chamados “acantonamentos” criados para receber os camaradas que tinham estado detidos.Cada um de nós teve os seus acantonamentos para receber os camaradas que sofreram essa humilhação. Era à estudante, quer dizer, a polícia, às tantas, com aquela coisa toda, controlava certamente. Por exemplo, o meu foi na praia, ao pé da Trafaria, de noite, com fogueiras, com tendas na praia, a receber os camaradas, vindos da prisão, com canções.A resistência dos estudantes de liceu, entre 1970 e 1974, foi tema de uma exposição na Torre do Tombo, em Lisboa, intitulada “Há Sempre Alguém Que Diz Não! A oposição estudantil à ditadura no ensino secundário de Lisboa (1970-1974)” entre Dezembro e Fevereiro. A exposição vai estar, até final de Maio, na câmara municipal de Grândola. O tema é também tratado no livro “A Urgência da Palavra Impressa – A imprensa dos “intrépidos adolescentes” contra a ditadura (1970 – 1974)" de Rui M. Gomes e Jorge Ramos do Ó.Em vários momentos, os estudantes enfrentaram o Estado Novo e as suas forças repressivas. Reclamaram liberdade de expressão e de associação, criticaram o autoritarismo do regime e pediram o fim da guerra colonial. E, acima de tudo, fizeram tremer a matriz ideológica da ditadura que estava inculcada em todo o sistema de ensino português.

Quinta Misteriosa
Eles foram pegos por roubo, mas tinham feito algo pior.. | Caso Erika e Benjamin Sifrit

Quinta Misteriosa

Play Episode Listen Later Apr 4, 2024 24:17


No feriado do Memorial Day em 2002, Erika e Benjamin Sifrit cometeram crimes porque foram levados pela emoção de não serem pegos. Os crimes marcaram a cidade de Ocean City, em Maryland, para sempre.

Conversas à quinta - Observador
Trailer “Operação Papagaio”. Estreia a 27 de fevereiro

Conversas à quinta - Observador

Play Episode Listen Later Feb 16, 2024 2:49


Esta é a história nunca contada de como um grupo improvável de artistas surrealistas e revolucionários profissionais se juntou em 1959 para derrubar Salazar. Tinham nomes de código, uma oficial de ligação, armas e um plano louco para acabar com a ditadura. Mas, no final, tudo terminou com um deles a ser assassinado pelos companheiros — um crime que, anos mais tarde, serviria de inspiração para o livro “A Balada da Praia dos Cães”, de José Cardoso Pires. "Operação Papagaio" é o novo Podcast Plus do Observador. A narração é de Miguel Guilherme e a banda sonora original de Rita Redshoes.  See omnystudio.com/listener for privacy information.

O Sargento na Cela 7
Trailer “Operação Papagaio”. Estreia a 27 de fevereiro

O Sargento na Cela 7

Play Episode Listen Later Feb 16, 2024 2:49


Esta é a história nunca contada de como um grupo improvável de artistas surrealistas e revolucionários profissionais se juntou em 1959 para derrubar Salazar. Tinham nomes de código, uma oficial de ligação, armas e um plano louco para acabar com a ditadura. Mas, no final, tudo terminou com um deles a ser assassinado pelos companheiros — um crime que, anos mais tarde, serviria de inspiração para o livro “A Balada da Praia dos Cães”, de José Cardoso Pires. "Operação Papagaio" é o novo Podcast Plus do Observador. A narração é de Miguel Guilherme e a banda sonora original de Rita Redshoes.  See omnystudio.com/listener for privacy information.

Aprender a Comer
Trailer “Operação Papagaio”. Estreia a 27 de fevereiro

Aprender a Comer

Play Episode Listen Later Feb 16, 2024 2:49


Esta é a história nunca contada de como um grupo improvável de artistas surrealistas e revolucionários profissionais se juntou em 1959 para derrubar Salazar. Tinham nomes de código, uma oficial de ligação, armas e um plano louco para acabar com a ditadura. Mas, no final, tudo terminou com um deles a ser assassinado pelos companheiros — um crime que, anos mais tarde, serviria de inspiração para o livro “A Balada da Praia dos Cães”, de José Cardoso Pires. "Operação Papagaio" é o novo Podcast Plus do Observador. A narração é de Miguel Guilherme e a banda sonora original de Rita Redshoes.  See omnystudio.com/listener for privacy information.

E o Resto é História
Trailer “Operação Papagaio”. Estreia a 27 de fevereiro

E o Resto é História

Play Episode Listen Later Feb 16, 2024 2:49


Esta é a história nunca contada de como um grupo improvável de artistas surrealistas e revolucionários profissionais se juntou em 1959 para derrubar Salazar. Tinham nomes de código, uma oficial de ligação, armas e um plano louco para acabar com a ditadura. Mas, no final, tudo terminou com um deles a ser assassinado pelos companheiros — um crime que, anos mais tarde, serviria de inspiração para o livro “A Balada da Praia dos Cães”, de José Cardoso Pires. "Operação Papagaio" é o novo Podcast Plus do Observador. A narração é de Miguel Guilherme e a banda sonora original de Rita Redshoes.  See omnystudio.com/listener for privacy information.

Piratinha do Ar
Trailer “Operação Papagaio”. Estreia a 27 de fevereiro

Piratinha do Ar

Play Episode Listen Later Feb 16, 2024 2:49


Esta é a história nunca contada de como um grupo improvável de artistas surrealistas e revolucionários profissionais se juntou em 1959 para derrubar Salazar. Tinham nomes de código, uma oficial de ligação, armas e um plano louco para acabar com a ditadura. Mas, no final, tudo terminou com um deles a ser assassinado pelos companheiros — um crime que, anos mais tarde, serviria de inspiração para o livro “A Balada da Praia dos Cães”, de José Cardoso Pires.  “Operação Papagaio” é o novo Podcast Plus do Observador. É narrado por Miguel Guilherme e a banda sonora original é de Rita Redshoes. Pode ouvir todos os episódios da “Operação Papagaio” na playlist própria do podcast na Apple Podcasts, Spotify, Youtube Music ou outras plataformas de podcast.   See omnystudio.com/listener for privacy information.

O Encantador de Ricos
Trailer “Operação Papagaio”. Estreia a 27 de fevereiro

O Encantador de Ricos

Play Episode Listen Later Feb 16, 2024 2:49


Esta é a história nunca contada de como um grupo improvável de artistas surrealistas e revolucionários profissionais se juntou em 1959 para derrubar Salazar. Tinham nomes de código, uma oficial de ligação, armas e um plano louco para acabar com a ditadura. Mas, no final, tudo terminou com um deles a ser assassinado pelos companheiros — um crime que, anos mais tarde, serviria de inspiração para o livro “A Balada da Praia dos Cães”, de José Cardoso Pires.  “Operação Papagaio” é o novo Podcast Plus do Observador. É narrado por Miguel Guilherme e a banda sonora original é de Rita Redshoes. Pode ouvir todos os episódios da “Operação Papagaio” na playlist própria do podcast na Apple Podcasts, Spotify, Youtube Music ou outras plataformas de podcast.   See omnystudio.com/listener for privacy information.

Emagrecer é outra coisa!
"Meus avós NÃO tinham hábitos saudáveis e estão firmes até hoje". Comer saudável é BALELA? Eis o que descobri... | Emagrecer é outra coisa T3 #04

Emagrecer é outra coisa!

Play Episode Listen Later Feb 13, 2024 35:43


Seus avós ou pais não tinham hábitos saudáveis, mas contrariando todo o senso comum estão firmes e saudáveis hoje? Eu te entendo, pois tenho isso em minha família também. Pesquisando, descobri 7 MOTIVOS para isso acontecer! Vou revelar com você neste 4º episódio da Temporada 3 do Emagrecer é outra coisa. Me conte aqui se você tem alguém assim em sua família também (rs): https://www.youtube.com/live/eJUD3XxtJDY?si=buvT69fo2BH-Ae1M Minhas redes: Instagram: @nutrirafaelfrata Youtube: https://bit.ly/Inscricao-EmagrecerOutraCoisa Já avaliou o Podcast? Você pode fazer enquanto ouve, pois me ajuda muito saber o que está achando, além de fazer os episódios serem sugeridos para mais pessoas. Muito obrigado!

Portugalex
Os Beatles tinham inveja do José Cid

Portugalex

Play Episode Listen Later Nov 8, 2023 2:44


Marcelo diz coisas, desta vez sobre o photoshop da Fernanda Serrano.

Economia Falada
Episódio #125 – Desenrola desnegativou 6 milhões de brasileiros que tinham dívidas de até R$100 em atraso.

Economia Falada

Play Episode Listen Later Sep 20, 2023 2:24


Pessoas com dívidas em atraso não têm acesso a crédito, por consequência, sua capacidade de consumo é diminuída. Isso poderia ser um grave entrave para o crescimento da economia brasileira daqui pra frente, considerando que o número de brasileiros com alguma dívida em atraso, chegou perto de 100 milhões de pessoas. Felizmente, esse número vem caindo. O Programa Desenrola é uma das razões por que isso tem acontecido.     #desenrola #economia #credito #divida #negativados #ricardoamorim    Gostou do episódio? Avalie e mande o seu comentário aqui na plataforma.    Votação do Prêmio iBest. Se meu conteúdo já ajudou de alguma forma em seus negócios, carreira, ou finanças, humildemente, peço o seu voto pelo link: https://linkme.bio/ibest-ricardo-amorim Conto com sua ajuda, divulgando também.

Pauta Segura - Os bastidores da reportagem
#40 - A transformação das gangues em facções

Pauta Segura - Os bastidores da reportagem

Play Episode Listen Later Jul 31, 2023 28:52


Que as facções criminosas existem e atuam no Ceará é de conhecimento público e reconhecido pelo Estado. Mas como elas se instalaram? Em que contexto surgiram e como atuam? Como a Polícia reagiu? E qual o futuro dessas organizações criminosas? Essas são algumas das perguntas que o minidocumentário "Facções - A Origem", do Diário do Nordeste, e este episódio do Pauta Segura tentam responder.  No programa desta semana, o editor Emerson Rodrigues e o repórter Messias Borges contaram os bastidores da reportagem que resultou no minidocumentário. Sociólogo e professor do Laboratório de Estudos da Violência (LEV), da Universidade Federal do Ceará (UFC), Luiz Fábio Paiva, explica, no vídeo e no podcast, o fenômeno chamado de facções criminosas.  O estudioso tem quase 20 anos de pesquisa sobre dinâmicas criminais no Ceará, o que foi consolidado com o artigo "'Aqui não tem gangue, tem facção': as transformações sociais do crime em Fortaleza, Brasil", publicado em 2019. As gangues precederam as facções, no Estado. "As gangues eram grupos que, a partir do final da década de 90, vão incorporar algumas dinâmicas relacionadas aos mercados ilegais, de drogas, dos enfrentamentos armados. Eram muito vinculados ao território. Tinham gangues muito tradicionais, que, em geral, tinham uma rivalidade com uma gangue de outro território", explica o sociólogo, no minidocumentário. --------------- Siga nosso podcast na plataforma de áudio da sua preferência ou no Youtube do Diário do Nordeste. Compartilhe com parentes e amigos.  Deixe seu comentário e avalie nosso programa. Se você tiver qualquer sugestão, crítica, dúvida ou foi citado e quer direito de resposta, envie um e-mail para ⁠podcastpautasegura@svm.com.br⁠. Produção e roteiro: Emerson Rodrigues e Messias Borges Gravação, edição e masterização: Emerson Rodrigues. Músicas: Músicas originais de Savfk e Alexandros T (www.youtube.com/savfkmusic https://soundcloud.com/alexandros_t)  Savfk - Architecture - Savfk - City - Savfk - Reloaded - Savfk - The Path Savfk and AlexandrosT - White Walls e Youtube Library  Supervisão do conteúdo, distribuição e redes sociais: Alan Barros/Aline Conde/Geovana Rodrigues. Coordenação de Núcleo: Karine Zaranza Gerente de jornalismo: Ívila Bessa.

Super Feed
A Fonte - 057: As Pernas Tinham Virado Paçoca

Super Feed

Play Episode Listen Later Jul 24, 2023 95:29


José Adorno volta ao podcast para falar o quanto ele correu, o que ele testou, e o que espera do Apple GPT.

A Fonte
057: As Pernas Tinham Virado Paçoca

A Fonte

Play Episode Listen Later Jul 24, 2023 95:29


José Adorno volta ao podcast para falar o quanto ele correu, o que ele testou, e o que espera do Apple GPT.

Frei Gilson Podcast - Oficial
Vendo a fé que eles tinham | (Mt 9, 1-8) #1170

Frei Gilson Podcast - Oficial

Play Episode Listen Later Jul 6, 2023 7:55


Qual parte dessa meditação mais te marcou?

Devocional Elegante Sempre
Devocional Elegante Sempre 06.04

Devocional Elegante Sempre

Play Episode Listen Later Apr 6, 2023 2:35


Leia: Ester 4 “Quem sabe se não foi para um momento como este que você chegou à posição de rainha" Ester 4:14 Reflita:  Preparada para um tempo como esse Quando Mardoqueu, pela graça de Deus, percebeu os planos perversos de Hamã e alertou Ester, única judia em posição de chegar ao rei, pediu que ela fizesse algo perigoso: aparecer diante do rei sem ser convidada e interceder em favor dos judeus. Imagine o que se passou na cabeça de Ester? O povo judeu estava ali por conta do pecado de seus antepassados, não dela! Tinham recebido tudo das mãos de seu Deus, quando escravos no Egito, mas foi um povo teimoso, não ouviu a voz dos profetas, pecou e agora sobraria para ela remediar a situação? Ester morava exilada naquele país distante casada com um rei megalomaníaco. Isso já não era o bastante? Ela era órfã e tinha que carregar esse monte de parente nas costas? Quer dizer que quando precisava de ajuda ninguém a ajudou e agora tinha que salvar o povo todo? O que você diria no lugar dela? Talvez “Ah, tenha paciência! Cada um com seus problemas” ou “Agora que eu tô no conforto não venham me aborrecer” Mas Deus busca aqueles que o adorem em espírito e em verdade. E a obediência é um ato de adoração. Ester não foi escolhida em meio a tantas moças apenas pela beleza, mas porque Deus conhecia tão bem o coração dela que fez com que os olhos do rei vissem algo invisível: o bom perfume e o brilho de Deus. Ela já estava preparada para um tempo como o que viveu. Que sejamos encontradas prontas. Ore Pai amado, como Ester quero estar preparada. Sei que me colocou com uma pessoa cristã e de fé para um tempo como esse! Eu quero honrá-lo com a minha vida e o meu testemunho.  

O Antagonista
"Já recuperamos quase todas as políticas sociais que tinham sido desmontadas pelo governo anterior", diz Lula em reunião com ministros

O Antagonista

Play Episode Listen Later Apr 3, 2023 0:45


Inscreva-se e receba a newsletter:  https://bit.ly/2Gl9AdL Confira mais notícias em nosso site:  https://www.oantagonista.com​ https://crusoe.uol.com.br/ Acompanhe nossas redes sociais:  https://www.fb.com/oantagonista​ https://www.twitter.com/o_antagonista ​https://www.instagram.com/o_antagonista https://www.tiktok.com/@oantagonista_oficial No Youtube deixe seu like e se inscreva no canal: https://www.youtube.com/c/OAntagonista

Nota 6
#210 - Meus alunos tinham medo, não respeito - Sânia Lima - Scripter

Nota 6

Play Episode Listen Later Dec 5, 2022 46:24


"Quando comecei a dar aulas, me tornei aquela professora séria, que não está lá para brincadeira. Depois de um bom tempo, eu reparei que eu tinha essa atitude porque queria respeito dos meus alunos, mas o que eles tinham, na verdade, era medo." Não tenho mais nada de interessante a colocar nessa descrição do episódio. Ouvir a Sânia falar é maravilhoso para qualquer um que faça apresentações e precisa lidar com o público. Ela é professora de Engenharia Química na UNIFESP e passou por uma linda jornada de transformação da sua atividade docente. Confira e se emocione. --- Send in a voice message: https://anchor.fm/nota-6/message

Sermões Adventistas
Eles tinham certeza - Pr. Maurício Lima

Sermões Adventistas

Play Episode Listen Later Nov 8, 2022 38:48


#sermão #pregação --- Send in a voice message: https://anchor.fm/sermoes-adventistas/message

Colunistas Eldorado Estadão
Mulheres Reais | Obama e Kadafi tinham mulheres à frente da segurança

Colunistas Eldorado Estadão

Play Episode Listen Later Sep 5, 2022 10:18


“Um resgate histórico está em curso'', na avaliação do jornalista Roberto Godoy. Na segunda parte da entrevista, o repórter especialista em assuntos estratégicos do Estadão, afirma que as mulheres ainda são minoria, mas têm ocupado cada vez mais posições de comando nas Forças Armadas no Brasil e no mundo. Como exemplo, Godoy afirma que a equipe de segurança do ex-presidente americano, Barack Obama, era chefiada por uma mulher. Até o ditador líbio Muammar Kadafi, cujo governo foi marcado pela brutalidade, violação de direitos humanos e associação ao terrorismo global, confiava sua segurança pessoal a uma tropa de elite formada exclusivamente por agentes femininas. O Mulheres Reais vai ao ar sempre às segundas-feiras, a partir das 8h20, no Jornal Eldorado. O quadro é apresentado por Luciana Garbin e Carolina ErcolinSee omnystudio.com/listener for privacy information.

barack obama brasil frente seguran estad godoy armadas tinham kadafi mulheres reais jornal eldorado roberto godoy
Sacadas de Empreendedor
ELES NÃO TINHAM TEMPO A PERDER | ERICO ROCHA

Sacadas de Empreendedor

Play Episode Listen Later Aug 25, 2022 2:15


ELES NÃO TINHAM TEMPO A PERDER | ERICO ROCHA by Erico Rocha