POPULARITY
Oooo...wheeeee...it's time for the holiday's to begin. We kick off the season as always with a fine collection of Christmas ales from Systembolaget. Every year we get more and more to choose from. This year's collection has some interesting choices. We review beers from Omnipollo, Brewski, Dugges, Stockholms Brygghus, Götaälvdalens Brygghus and Rocky Point Brewery. Next week is the start of the 2025 Advent Calendar and we have some fun beers lined up. #beer #craftbeer #drinks #adventcalendar #advent2025 #lager #nabeer #viennalager #schwarzbier #imperialstout #winterale
Há criadores que operam dentro das fronteiras técnicas do seu ofício. E há outros que as redesenham. Manuel Pureza pertence à segunda categoria — a dos artistas que não apenas produzem obras, mas insinuam uma forma diferente de olhar para o mundo. Ao longo da última década, Pureza foi aperfeiçoando um dialeto visual singular: um equilíbrio improvável entre humor e melancolia, entre disciplina e improviso, entre ironia e empatia. Cresceu no ritmo acelerado das novelas, onde se aprende a filmar com pressão, velocidade e um olho permanentemente aberto para a fragilidade humana. Dali trouxe algo raro: um olhar que recusa o cinismo fácil e que insiste que até o ridículo tem dignidade. Na televisão e no cinema, a sua assinatura tornou-se evidente. Ele filma personagens como quem observa amigos de infância. Filma o quotidiano com a delicadeza de quem sabe que ali mora metade das grandes histórias. Filma o absurdo com a ternura de quem reconhece, nesse absurdo, o lado mais honesto do país que habita. Um humor que pensa Pureza não usa humor para fugir — usa humor para iluminar. Em “Pôr do Sol”, o fenómeno que se transformou num caso sério de análise cultural, a comédia deixou de ser apenas entretenimento. Tornou-se catarse colectiva. Portugal riu-se de si próprio com uma frontalidade rara, quase terapêutica. Não era paródia para diminuir; era paródia para pertencer. “O ridículo não é destrutivo”, explica Pureza. “É libertador.” Essa frase, que poderia ser um manifesto, resume bem o seu trabalho: ele leva o humor a sério. Independentemente do género — seja melodrama acelerado ou ficção introspectiva — há sempre, no seu olhar, a ideia de que rir pode ser um acto de lucidez. Num país onde o comentário público tantas vezes se esconde atrás da ironia amarga, Pureza faz o contrário: usa a ironia para abrir espaço, não para o fechar. A ética do olhar Filmar alguém é um exercício de confiança. Pureza opera com essa consciência. Não acredita em neutralidade — acredita em honestidade. Assume que cada plano é uma escolha e que cada escolha implica responsabilidade. Entre atores, essa postura cria um ambiente invulgar: segurança suficiente para arriscar, liberdade suficiente para falhar, humanidade suficiente para recomeçar. Num set regido pelo seu método, a escuta é tão importante quanto a técnica. E talvez por isso os seus actores falem de “estar em casa”, mesmo quando as cenas são emocionalmente densas. A câmara de Pureza não vigia: acompanha. É aqui que a sua realização se distingue — não por uma estética rigorosa, mas por uma ética clara. Filmar é expor vulnerabilidades. E expor vulnerabilidades exige cuidado. Portugal, esse laboratório emocional O país que surge nas obras de Pureza não é apenas cenário: é personagem. É o Portugal das contradições — pequeno mas exuberante, desconfiado mas carente de pertença, irónico mas sentimental, apaixonado mas contido. É um país onde a criatividade nasce da falta e onde o improviso se confunde com identidade. Pureza conhece esse país por dentro. Viu-o nos sets frenéticos das novelas, nos estúdios apressados da televisão generalista, nas equipas improváveis de produções independentes. E filma-o com um olhar feito de amor e lucidez: nunca subserviente, nunca destructivo, sempre profundamente humano. Há nele uma capacidade rara de observar sem desistir, de criticar sem amargar, de rir sem ferir. Infância, imaginação e paternidade Numa das passagens mais íntimas desta conversa, Pureza regressa à infância — não como nostalgia decorativa, mas como território de formação. A infância, para ele, é o sítio onde nasce a imaginação, mas também o sítio onde se aprende a cair, a duvidar, a arriscar. Esse lugar continua a acompanhar o seu trabalho como uma espécie de bússola emocional. Falar de infância leva inevitavelmente a falar de paternidade. Pureza rejeita a figura do pai iluminado, perfeito, imune ao erro. Fala antes da paternidade real: aquela onde se erra, se tenta, se repara, se adia, se volta a tentar. A paternidade que implica fragilidade. A paternidade que obriga a abrandar num mundo que exige velocidade. Talvez seja por isso que, quando dirige, recusa o automatismo: a vida, lembra, é sempre mais complexa do que aquilo que conseguimos filmar. Escutar como acto político Se há uma frase que atravessa toda a conversa, é esta: “Nós ouvimos pouco.” No contexto de Pureza, ouvir é um verbo político. Num país saturado de ruído, opiniões rápidas e indignações instantâneas, escutar tornou-se quase um acto contracultural. Ele trabalha nesse espaço de atenção — aquele que permite às pessoas serem pessoas, antes de serem personagens, headlines ou caricaturas. É por isso que o seu trabalho ressoa: porque devolve humanidade ao que, tantas vezes, o discurso público reduz. O que fica No final, a impressão é clara: Manuel Pureza não realiza apenas obras. Realiza ligações. Realiza espelhos que não humilham. Realiza pontes entre o ridículo e o sublime. Realiza histórias que, ao invés de nos afastarem, nos devolvem uns aos outros. Há artistas que acrescentam ao mundo um conjunto de imagens. Pureza acrescenta uma forma de ver. E num tempo em que olhar se tornou um acto cada vez mais acelerado — e cada vez menos profundo — isso não é apenas uma qualidade artística. É um serviço público da imaginação. LER A TRANSCRIÇÃO DO EPISÓDIO Esta transcrição foi gerada automaticamente. A sua exatidão pode variar. 0:12 Ora, vivam bem vindos ao pergunta simples, o vosso podcast sobre comunicação? Hoje recebemos alguém que não apenas realiza séries e filmes, mas realiza no sentido mais profundo do termo, a forma como olhamos para nós próprios, a maneira como nos espelhamos. 0:28 Manuel pureza é daqueles criadores que trabalham com rigor e com leveza, com inteligência, com humor, com disciplina e com um caos. Ele cresceu nas novelas, aprendeu a filmar sob pressão, descobriu um olhar que combina ternura com ironia e tornou se uma das vozes mais originais da ficção portuguesa. 0:46 E é capaz de pegar no ridículo e transformá lo em verdade, de pegar no quotidiano e transformá lo em drama, de pegar no drama e transformá lo em riso. Tudo sem perder a humanidade, o coração e a ética de quem sabe que filmar é escolher, ter um ponto de vista e que escolher é sempre um ato moral. 1:06 Neste episódio, abrimos as portas ao seu processo criativo, às dúvidas e às certezas, às dores e às gargalhadas, às memórias da infância e às inquietações da idade adultam. Falamos de televisão como um espaço de comunhão. Das novelas como um ginásio, do humor, como o pensamento crítico da arte de ouvir e de ser pai no mundo acelerado, da vulnerabilidade que existe por detrás de uma Câmara e, claro, de Portugal, este país pequeno, cheio de afetos e de feridas, onde tudo é simultaneamente muito absurdo e muito verdadeiro. 1:38 Pureza fala com profundidade e como honestidade às vezes. Desconcertante é uma dessas conversas em que senti que estamos a ver para além do artista, estamos a ver a pessoa, a sensibilidade das dúvidas, a Esperança e a inquietação de alguém que pensa o mundo através das histórias que nos conta. 2:05 Ao longo desta conversa, percebemos como as histórias, para Manuel pureza, não são apenas entretenimento. São uma estrutura emocional de uma forma de organizar o caos, uma linguagem antiga que herdamos mesmo antes de sabermos ler ou escrever. Falamos do poder das narrativas para dar sentido à vida, mas também do seu lado perigoso, porque todas as histórias têm um ponto de vista, todas têm escolhas e omissões, todas moldam a forma como vemos o que é real. 2:33 E ele, pureza. Assume isto sem medo. Assume que filma com olhar assumidamente subjetivo e que essa subjetividade é precisamente a sua assinatura. Não procura parecer neutro, procura ser honesto. Também exploramos a sua relação com o humor. 2:49 O humor que nunca é cínico, nunca é cruel, nunca é gratuito. O ridículo não é uma arma para diminuir os outros. É uma maneira de libertar, de expor o que há de comum entre nós, de desmontar o que é pomposo e de aliviar o peso de viver. 3:04 Diz na própria conversa que tudo pode ser ridículo e isso é uma forma de Redenção. O riso organiza o pensamento, afia o espírito, desarma o mundo e, talvez por isso, o pôr do sol. A série tem sido mais do que um fenómeno cômico, foi um fenómeno emocional quase terapêutico. 3:20 Um espelho carinhoso onde Portugal se reviu e se perdoou, um bocadinho. Falamos da ética, da ética, do olhar, de como se almar alguém. É sempre um ato de intimidade. De como se cria confiança dentro de um set de filmagens, como se dirige atores diferentes, como se acolhe fragilidades? 3:38 Várias. E falamos da amizade e esse tema que atravessa todo o trabalho de pureza, porque para ele, realizar não é apenas uma técnica, é uma escuta, uma presença, um cuidado. Ouvimos muitas vezes ao longo deste episódio, uma afirmação quase simples. Nós ouvimos pouco. 3:55 E quando alguém é capaz de. A olhar tanto e nos diz que ouvimos pouco. Vale a pena parar para escutar. E, claro, falamos de Portugal, um país pequeno, por vezes cínico, com uma profunda tendência para desconfiar do sucesso alheio. Um país que pureza filma com ironia, amor e lucidez. 4:14 E da inveja. Claro que falamos da inveja no país das novelas, do improviso, da criatividade teimosa, das personagens maiores que a vida. O país que ele conhece por dentro e por fora, e que aprende a amar com o humor, mesmo quando o humor é a única forma de suportá lo. Num dos momentos mais belos da conversa, falamos da infância, esse lugar de Liberdade, de curiosidade, de imaginação que pureza tenta manter vivo dentro de si. 4:39 E falamos também do que é ser pai, dos medos que isso acende, da responsabilidade que isso traz. Da paternidade iluminada, mas da paternidade real, onde se falha, se tenta, se repara, se ama e se recomeça. É um episódio cheio de emoções, pontos de vista e algumas surpresas. 5:01 Viva. Manuel pureza, olá, nós encontramo nos e na realidade, temos que dizer às pessoas desde já que há 2 características que nos unem na vida OKA primeira, gostar de pessoas. A segunda, sermos hipocondríacos. Ah, poças? 5:17 Bom, estou em casa sim, sim, sim. Poça altamente hipocondríaco? Sim. Olha, fala me das pessoas, para quem? Para quem não te conhece. Tu és realizador, és um dos mais originais e interessantes realizadores da ficção portuguesa, nomeadamente essa telenovela que subitamente se transformou num objeto de culto, uma coisa chamada pôr do sol. 5:40 Já agora digo te eu, a primeira vez que vi o pôr do sol, o primeiro episódio foi dos enganados. Achavas que era verdade. Pensei assim, é pá, mas o que é isto? Mas o que é que isto está? Mas, mas, mas, mas que coisa tão. EE depois. Lá está à terceira cena. 5:56 É aquela parte do ainda bem que ninguém ouviu o meu pensamento, claro, fala, me fala me desse fenómeno. Então esse fenómeno foi. Uma pulga, uma pulga, uma pulga, várias pulgas. Aliás, eu, eu, enquanto realizador, antes de começar a assinar as minhas séries, fiz 10 anos de telenovelas e fi Los numa lógica de ginásio. 6:22 Eu costumo dizer isto, ou seja, é uma tarefa difícil. É uma tarefa que luta contra. Vários tipos de preconceitos, não só meus, como de quem vê. É uma fábrica? É uma fábrica, sim. Aliás, será a coisa mais próxima de uma indústria audiovisual que nós temos em Portugal. 6:39 É, é, são as novelas. Não é? E isso filma se de que, de, de, de, de que horas? Até que horas? Filma se em horários que AACT se funcionasse não IA não preço, iria sim, iria tudo preço, não em boa verdade, até até podemos falar sobre isso mais à frente que é, eu estive envolvido nalgumas lutas laborais em relação à Malta, que faz novelas em Portugal. 6:58 Porque é pá, chega se a trabalhar trabalhava, se na altura 11 horas mais uma, quer dizer, IA receber colegas meus a receberem me francamente pouco, numa lógica de fazer 40 minutos diários de ficção útil, que é uma enormidade, uma alarvidade e que e que muitas vezes depois tem um efeito nefasto de das pessoas em casa. 7:17 Dizer assim é pá, isto é uma novela, isto não vale nada, mas o esforço das pessoas que estão a fazê la é hercúleo, é desumano. Não tem de ser forçosamente 11. Não tem furiosamente de levar as pessoas a apreciarem esse esforço como sinónimo de qualidade, porque muitas vezes as novelas não têm essa qualidade. 7:35 Portanto, não há tempo no fundo para respirar, para o tédio, para a repetição, para o prazer. Não, nem nem nem. Então por acaso que seja essa a função das novelas, até um certo ponto. As novelas historicamente são feitas para serem ouvidas, não para serem vistas, não é? Ou seja, não em países, não só Portugal, mas outros países machistas, em que as mulheres ficavam a tomar conta da casa e dali da casa, e não tinham trabalho. 7:57 Tinha uma televisão ligada para irem ouvindo. Por isso é que a novela é repetitiva. A novela é. Reiterativa há uma há uma métrica de comunicação. De comunicação, sim. E, portanto, se temos avançado tecnicamente e até qualitativamente nas novelas nos últimos 20 anos, porque temos? 8:13 Ainda estamos nos antípodas do que? Do que uma novela pode ser? A novela pode ser uma arma de educação fantástica. A novela pode ser um retrato. Quase numa perspetiva arqueológica do que é ser português em 2025. E não é disso que estamos a falar. Em quase nenhuma novela falamos disso, não é? 8:30 Talvez tenhamos 2 ou 32 ou 3 casos honestos de portugalidade nas novelas recentes. Ainda estou a falar, por exemplo, de uma novela que eu, eu não, eu não, não sou consumidor de novelas, confesso que não sou. Mas há uma novela que da qual me lembro da premissa que me pareceu interessante, que é uma coisa chamada golpe de sorte. 8:46 Uma mulher numa aldeia que ganhou o euromilhões. Isso pode ser bastante português. Parece me bem. Pode ser bom e tive um sucesso bastante grande e foi uma coisa honesta. Não era de repente alguém que é salvo por uma baleia no ataque de 2 tubarões e sobrevive porque foi atirada? Espera, enfim, ainda vou continuar, porque isso é uma realidade que acontece. Olha, porque é que nós, seres humanos, precisamos tanto de histórias para compreender o mundo? 9:08 Olha, eu acho que as histórias são o que nos estrutura, são aquilo que nos garante a sobrevivência. Até um certo.eu falo disto com os meus alunos. Eu às vezes dou uns workshops para atores e não só é só a palavra workshop dá me logo aqui, carrega me logo aqui umas chinetas um bocado estranhas. 9:24 O workshop downshoising downgraving assim não interessa estamos. Todos AAA praticar o inglês. O inglês neologisticamente falamos. A bom, a bom notícia é que nós, como falamos mal inglês, damos uns pontapés no inglês também terríveis, não é? Sim, sim, sim, mas sim, mas está o inglês. O inglês passou a ser uma espécie de língua Franca, exato, EEA. 9:41 Gente tem palavras bonitas para dizer. EEEEE não, diz. Voltamos às histórias, as histórias. E costumo falar disso com os meus alunos, que é que que passa por nós. Nós não nascemos com direitos humanos, não é? Não nascemos dentro do nosso, do nosso corpo. Não há aqui 11, saca com direitos humanos. 9:56 Houve alguém que inventou essa história e a escreveu numa numa carta universal dos direitos humanos e, portanto, a partir dessa narrativa de que as pessoas têm direito a ser felizes, direito a ter uma casa feliz, direito a ter uma família, direito a ser. A ter um trabalho, et cetera, essa narrativa e estou estou a, estou a, estou AA alargar Oo conceito, evidentemente essa narrativa salva nos todos os dias mais a uns do que a outros, infelizmente. 10:20 Então os dias correm, isso é muito frequente. Há há há zonas do mundo em que essa história não chega, não é? Essas histórias não chegam. A fantasia não chega. A fantasia, sobretudo, é essa coisa mais prática de, de, de, de nos regermos por aquela célebre história do Mello Brooks, não é? A Mello Brooks faz a história mais louca do mundo. 10:36 E o Moisés sobe ao sobe ao ao Monte e Deus dá lhe 15 mandamentos. Só que há uma das pedras que se parte. Ele diz, bom, ele deu me só 10. Inventou um bocado. Isto inventou mas 10 por acaso até um número melhor do que 15. Sim, 15 não dava. Jeito o marketing, ele lá da altura, o homem do marketing, disse disse 15. 10:53 Não dá jeito nada de ser mais redondo que não podem ser 17 nem 13. Não, não. Nem convém, não é para a enologia? Acho que não, não, não, não te ajuda nisso, mas eu acho que sim. As as histórias, sobretudo acima de tudo. Eu sou pai de 3 crianças. Uma criança mais velha que tem 14 anos e outra que tem 3 e outra que tem 11 ano e meio. 11:10 Já tens bom treino de conta histórias. Voltei a recuperá lo, não é? Ou seja, eu sempre andei sempre a treiná lo, porque esta é a minha profissão e é isso que me me entusiasma, não é? Ou seja, mais do que ter um ator que diz bem o texto que lá está e que o diz ipsis verbis como lá está, interessa me um ator que perceba o que é que quer ser dito e que o transforma numa história compreensível e emotiva. 11:29 Ou seja, no limite, é o que o Fellini diz, Oo Fellini diz. Oo cinema serve para para emocionar, seja para eu rir ou para chorar, serve para emocionar. EEO emocionar tem a ver com essa coisa das histórias. Quantas vezes é que tu não vês um é pá, o testemunho de alguém, uma carta que tu descobres 11 texto bonito, um poema simples ou soberbo, ou ou ou o que é que? 11:50 O que é que é uma boa história para mim, sim. Uma boa história é aquela que me lança perguntas, que te provoca sim, que me provoca perguntas, eu faço isso aos meus alunos lhe perguntar, qual é a tua história? E regregelas, confundem, qual é a tua história, qual é que é o meu bilhete de identidade? Então começam, Ah, nasci na amadora, depois foi não sei quê, depois não sei quantos, depois não sei quê, EEA mim, não me interessa, não me interessa mesmo saber se eles vieram da amadora ou não interessa me mais saber. 12:14 No outro dia, uma aluna dizia uma coisa fantástica, eu estou, eu estou aqui porque o meu irmão lê mal, é incrível, uau. E eu disse, então porquê? Eu já quero saber tudo sobre. Essa tua aluna? Queres ver o próximo episódio? Como é? A lógica é essa. Ou seja, eu acho que quando os miúdos estão a ler uma história como a Alice, querem saber quando é que ela cai no fundo do poço que nunca mais acaba. 12:31 Porque é que o poço nunca mais acaba? Porque é que no meio do poço se vão descobrindo retratos e coisas. E que poço é este? Que que coelho é este? Que coelho é que apareceu aqui a correr? E em princípio, não faz sentido nós, mas depois nós, nós nós entramos e embarcamos nesta história. E somos nós que a que a que a construímos. 12:47 Não é na nossa cabeça. Sim, sim. Na nossa cabeça, no nosso coração, de alguma maneira. Quer dizer, pensando, por exemplo, a minha experiência, a minha primeira experiência, aliás, a experiência que definiu a minha. Vontade de ir para para cinema e para o conservatório, et cetera. Conta te quando é que tu descobriste? 13:02 Foi haver uma lodon drive do David Lynch, eu tinha 15 anos. Que é um filme. Estranhíssimo, para filme extraordinário. Eu, eu não o entendo, lá está. Mas estás a ver? Portanto, mudou a tua vida e eu estou a sentir me aqui, o tipo mais perdido do mundo. Não, eu nem entendi o que é que eles estavam a falar. Não. A coisa fantástica desse filme é que é um filme absolutamente clássico, mas não está montado de maneira normal. 13:21 Ou seja, não há princípio, meio e fim por essa ordem. Mas ele é absolutamente clássico. É sobre a cidade dos sonhos, não é? É sobre um sonho. Sobre um sonho de uma mulher que desceu ao mais, mais mais horrível dos infernos de de Hollywood. E, portanto, aí eu vi me obrigado a participar nessa história. 13:39 Estás a ver? Tiveste que montar a história conforme estás a ver. Sim, e acho que isso é isso, é o que determina o que o que é uma boa história e o que é mero, no pior sentido de entretenimento. Podemos estabelecer aqui a diferença entre o que é que é uma. Uma história mais funcional, de uma história que nos que nos expande, porque todos nós, todos nós, temos a história. 14:01 Então, mas como é que foi? Olha o meu dia, eu vim para aqui, trabalhei, sentei, me e escrevi ao computador. E eu digo assim, não quero saber nada dessa história, quero mudas de canal, já não quero saber em cada muda de canal, às vezes mudamos até de conversa. Há há 27 páginas da literatura portuguesa que são muito características e toda a gente se lembra que é AAA caracterização da frente de uma casa chamada ramalhete. 14:24 E na altura, quando tínhamos 1415 anos, a dor achámos que era uma dor. Mas se se recuperarmos isso é provavelmente as coisas mais brilhantes, porque mistura precisamente o que tu estás a dizer, ou seja, uma coisa meramente funcional, não é? É. Esta era a casa e são 27 páginas e, ao mesmo tempo, essa casa é metáfora para o que se vai para o que se vai passar nos capítulos à frente é o. 14:47 Cenário. É EE, mais do que o cenário. É um personagem, não é aquela casa, é uma personagem. Porque os objetos podem ser personagens. Podem? Então não podem? Claro que sim. A Sério? Para mim, sim, claro que sim. Sem falar. Sem falar às vezes, eu prefiro atores que não falam do que com. Atores que? Não, eu digo isto muito dos meus atores. 15:03 É, prefiro filmar te a pensar do que a falar, porque. Porque isso é uma regra antiga do do cinema e da televisão, da ficção para televisão que é mostra me não me digas, não é? As as novelas são reiterativas, porque tem de ser tudo dito. A pessoa entra, diz, faz e pensa a mesma coisa. 15:19 E também não há muito dinheiro para para mostrar com com a qualidade e com é, dá. Há, não há é tempo. Talvez isso seja um sinónimo. Não havendo, se se houvesse mais dinheiro, haveria mais tempo e, portanto, eu acho que ainda assim seria absolutamente impossível alguém humano e mesmo desconfio que o site GPT também não é capaz de o fazer de escrever 300 episódios de uma história. 15:38 Eu estou. Eu estou a pensar aqui. Eu. Eu ouvi alguém a dizer, não me recordo agora quem, infelizmente, que era. Quando quando se faz um roteiro, aquilo que está escrito para se filmar uma determinada coisa, que todos os adjetivos que que lá estão escritos têm que ser mostrados, porque não adianta nada dizer. 15:55 Então entrou agora na cena, EEEE salvou a velhinha, certo? Está bem, mas isso não chega, não é? Sim, eu até te digo, eu, eu prefiro. Regra geral, os argumentos até nem são muito adjetivos, os argumentos, ou seja, o script nem é muito adjetivado. É uma coisa mais prática. Eu acho que essa descoberta está. 16:13 Não sei. Imaginem, imaginem a leres Oo estrangeiro do camus, não é? Tem Montes de possibilidades dentro daquele não herói, dentro daquela vivência, daquela existência problemática. Não é porque não se emociona, et cetera e tudo mais. 16:29 Como é que tu imagina que tinhas um argumento ou um script sobre sobre Oo estrangeiro? Eu acho que seria importante discuti lo profundamente com os atores. Tu fazes isso porque queres ouvir a opinião deles? Quero sempre eu acho que os atores que se os atores e as atrizes que são atores e atrizes, não são meros tarefeiros. 16:52 Qual é o fator x deles? O fator x? Deles, sim. O que é? Eu estou. Eu tive aí uma conversa aqui Na Na, neste, exatamente neste estúdio com com a Gabriela Batista, com a com a com a com a Gabriela Barros. E eu não preciso de saber e não sei nada sobre técnica, mas. 17:09 Eu, eu, eu imagino que qualquer munição que se dei àquela mulher, que ela vai transformar aquilo noutra coisa completamente diferente. O Woody Allen dizia uma coisa muito interessante que Era Eu sempre odiei ler e depois percebi que para conhecer mulheres interessantes, precisava de ler 2 ou 3 livros. 17:27 Para ser um pronto atual à certa. O que é que acontece com a Gabriela? A Gabriela é uma pessoa interessante. Os atores e as atrizes que são atores e atrizes são pessoas interessantes porque são inquietas, porque são atentas, porque percebem, porque conseguem. Conseguem ler não só uma cena, mas as pessoas que estão em cena com elas conseguem ler um realizador, conseguem ler uma história e, sobretudo, perceber. 17:50 Imagina se pensares no rei leão? Muitas vezes a pergunta sobre o que é que é O Rei Leão? As pessoas menos, menos levadas para as histórias dizem, Ah, é sobre um leãozinho. Que sofre? Não, não, não é sobre isso, é sobre família, é sobre herança, é sobre poder, é sobre legado, é sobre. No fundo, é sobre todos os conceitos que qualquer drama shakespeariano ou tragédia shakespeariana também é. 18:14 E, portanto, eu acho que quando tu encontras atores e atrizes a Sério, o fator x é serem interessantes porque têm ideias e porque pensam. Não se limitam a fazer pá. Um ator que se limita a fazer e diz o textinho muito, muito, muito certinho. É um canastal enerva me enerva, me dá vontade de lhes bater. 18:30 Não, não gosto disso, não me interessa. E isso não é sinónimo de desrespeito pelo argumento. É sublimar o argumento ou sublimar o scripta, a outra coisa que não é lida. É fermentar aquilo? Sim, eu diria que sim. É regar? Sim. Olha, eles oferecem te obviamente maneiras de fazer e a interpretação do texto, mas. 18:50 E tu tens a tua parte e a tua parte é aquilo que eu posso te chamar a ética do olhar, que é o teu ponto de vista o ponto de vista como eu queria dizer, como é que tu defines o ponto de vista? Como é que tu escolhes? Se queres fazer uma coisa mais fechada, mais aberta, de cima, de lado, o que é esse? E tu pensas nisso para além da técnica. 19:09 Sim, penso eu acho que o meu trabalho, Oo trabalho do realizador, no geral, é essa filtragem da realidade. Para, para encaminhar. Para encaminhar a história e encaminhar quem a vê ou quem, quem está a ver, para uma determinada emoção ou para uma determinada pergunta ou para determinada dúvida. 19:31 Para lançar de mistério. Enfim, eu, eu tenho. Eu sinto que eu tenho 41 anos, tenho já alguns anos de de realização, mas sinto que estou sempre não só a aprimorar, mas a encontrar melhor. Qual é a minha linguagem. 19:47 O pôr do sol não tem qualquer espécie de desafio do ponto de vista da linguagem. Ele é a réplica de uma de uma linguagem televisiva chata de de planos abertos, o plano geral. E agora vem alguém na porta, plano fechado na porta, plano fechado na reação, plano fechado na EE. Isso para mim, enquanto realizador, não foi um desafio maior. 20:05 Talvez tenha sido o desafio do corte, o desafio. Do ritmo da cena, da marcação da cena. Para, por exemplo. Há uma coisa que eu digo sempre e que é verdade no pôr do sol, sempre que as pessoas pensam, vão para o pé das janelas. Porque é uma cena de novela, não é? Eu vou aqui passar ao pé de uma janela e põem, se encostadas às janelas a pensar, não é pronto. 20:21 Isso tem muita. Influência olhando para o Horizonte? Horizonte longico não é essa aquelas coisas. Portanto, isso tem muita influência dos Monty Python, tem muita influência dos dos dos Mel Brooks, da vida, et cetera, porque eu, porque eu sou fã incondicional de tudo o que surge dessas pessoas. Mas, por exemplo, se me perguntares em relação à série que eu fiz sobre o 25 de abril, o sempre já é outra coisa, já não tem, já não há brincadeira nesse sentido. 20:45 E como é que eu conto? Como é que eu conto a história das pessoas comuns do dia mais importante para mim enquanto português, da nossa história recente para mim? E, portanto, essa filtragem, essa escolha, essas decisões têm a ver com. 21:03 Eu, eu. Eu sinto que sou um realizador hoje, em 2025, final de 2025, sinto que sou um realizador que gosta que a Câmara esteja no meio das personagens. No meio, portanto, não como uma testemunha afastada. Exato, não como uma testemunha, mas como uma participante. 21:18 Pode ser um, pode ser um personagem da minha Câmara. Pode, pode. Eu lembro me quando estava a discutir com o meu diretor de fotografia com o Vasco Viana, de quem? De quem sou muito amiga e que é uma pessoa muito importante para mim. Lembro me de estar a discutir com ele. Como é que íamos abordar a Câmara na primeira série que nós assinámos coiote vadio em nome próprio que se chama, até que a vida nos cepare era uma série sobre uma família que organizava casamentos e eram eram 3 visões do amor, os avós dessa desse casal que tinha essa quinta de casamentos, que vivia também nessa quinta, esse casal de avós, para quem o amor era para sempre o casal principal nos seus cinquentas, para quem o amor está a acabar por razão nenhuma aparente. 21:56 Desgaste, talvez. O amor às vezes acaba e é normal, e em baixo os filhos. Para ela, o amor às vezes, e para ele o amor é um lugar estranho, ou seja, repara. São uma série de aforismos sobre o amor que eu vou ter de filtrar com a minha Câmara. 22:11 Portanto, a maneira como eu filmo uso a voz em que o amor é para sempre está dependente de toque da mão que se dá da dança que se surge no Jardim dele, acordar a meio da noite, sobressaltado porque ela está junto à janela, porque está a começar a sofrer. De uma doença neurológica e, portanto, ele está a sarapantado e vai ter com ela e cobra com um cobertor. 22:31 Portanto, todos estes toques diferentes. No caso do casal principal que se estava a separar, eles nunca param muito ao pé um do outro e, portanto, a Câmara tem de correr atrás de um para alcançar o outro e nunca lá chega. Há uma tensão. Sim, há sempre uma tensão. E depois nos no. No caso dos mais novos, ainda era o mais específico. Mas diria que o Vasco sugere me e se falemos os 2 sobre isto. 22:51 E se a Câmara não for entre pé? E for respirada, não é, não é não é Câmara mão agitada, mas é eu sentir que há uma respiração Na Na lente que ela está um ligeiramente abanada. É o suficiente para, se eu estiver a esta distância da personagem e a Câmara estiver mais ou menos a respirar, eu sinto que eu próprio o espetador. 23:10 Estou sentado naquele sofá a olhar para aquela pessoa, a olhar para aquele, para aquela pessoa, para aquela realidade, para aquela família, para para aquelas ideias, não é? E para essa ideia? Que se tenta explanar, em 3 gerações, o que é o amor? A pergunta mais inútil que eu tenho para te fazer é, o que raio faz um diretor de fotografia num? 23:28 Filme, então o diretor de fotografia, para quem não sabe, é é Quem é Quem. No fundo, comigo decide a estética. Da imagem, a luz, a luz acima de tudo. Eu trabalhei já com vários direitos da sociografia, de quem gosto muito. O Vasco Viana é um deles, o Cristiano Santos é outro, porque é uma porque é. 23:44 Que se gosta de um e não se gosta tanto de outro? Não. Às vezes não tem a ver com isso. Eu não me lembro de um. Talvez em novelas que tenham trabalhado com diretos de sociografia, que, enfim, que foram bons, outros nem tanto. Mas eles constroem uma estética, constroem uma luz, um ambiente. Nas séries, sim. Não é no cinema, sim. 24:00 Na televisão. Acho que é muito complicado porque. Porque se obedece a critérios, sobretudo dos canais. Que vêm com uma frase, quando eu comecei a fazer novelas, ainda estávamos a discutir se a coisa havia de serem 16:9 ou 4 por 3. Portanto, parecia que ainda estávamos a quase na Roménia dos anos 60. 24:16 EEE não estávamos e, ao mesmo tempo, estávamos muito próximos disso. EEE. No fundo, o que o diretor da fotografia faz é essa escolha da cor, da luz, do enquadramento, claro que em concordância com aquilo que eu pensei, mas é a primeira pessoa que consegue consubstanciar. 24:35 A minha visão sobre a história é isso. Olha, OOA, escolha de um plano para filmar é uma escolha moral. Também estava te a ouvir, agora a falar do 25 de abril e de e, portanto, 11. A ideia que tu tens sobre as coisas depois interfere também na maneira como tu escolhes um plano. 24:51 O que é que vais filmar ou como é que vais? Filmar, eu acho que, sobretudo, tem a ver com o eco que a história tem em ti. Não é uma coisa acética nem agnóstica. É uma coisa implicada, não é uma coisa implicada, isto é, se há uma ideia tua enquanto autor. Sobre a história, que vais esmiuçar em imagens, é mais ou menos a mesma coisa. 25:11 Que tu sabes que a Sophia de Mello breyner aprendeu gramática na escola. Eventualmente português teve aulas de português. Suspeitamos que. Sim, pronto. Aprendeu a escrever, mas ninguém a ensinou a fazer poemas. Vem dela. E essa implicação na escolha das palavras, da métrica do soneto ou do verso, et cetera, ou da ou da Quadra, ou, enfim, seja o que for. 25:30 É uma coisa que lhe vem de uma decisão. Não é de uma decisão, nem que seja do espírito, não é? Eu acho que o realizador tem a mesma função quando quando se permite e, acima de tudo, quando se assume como realizador e não um tarefeiro a mesma coisa que o ator. 25:46 Olha, como é que tu estás a falar de ficção? Obviamente, mas a ficção tem um poder secreto que é alterar a realidade ou a nossa perspetiva sobre a realidade ou não. Quando eu vejo, quando eu vejo que tu filmas uma determinada coisa num determinado prisma, com uma determinada ideia, eu, eu já quase não consigo ver a realidade como a realidade é eu, eu, eu já já tenho mais uma camada de tu vais me pondo umas lentes, não é? 26:15 Quer dizer, olha para aqui, olha para acolá. Sim, mas repara, os livros têm o mesmo poder, não é? Desde que tu te deixes contagiar com uma ideia, a arte. A arte, seja ela. Seja ela sobre a forma de uma Mona lisa ou de uma comédia, não é é essa reconfiguração do real para ser percecionada pelo outro. 26:40 E o outro pode se deixar contagiar ou não se deixar contagiar. Imagina que tu não achavas piada nenhuma ao pôr do sol? Há pessoas que não acharam piadinha nenhuma ao pôr do. Sol desligas te não vais ver? Sequer. Mas não vais ver isso? O teu real continua, ou seja, a minha. A minha pretensão com o pôr do sol não é mudar o mundo. Não é mudar, é divertir, me em primeiro lugar e achar que isto pode pode divertir. 27:02 Pessoas pode fazer umas cócegas à moda? Pode fazer cócegas à moda, aliás, pode pôr o dedo na ferida até rir. Estás a ver. Sim, porque depois tu é assim aqui. A história obviamente é engraçada. EE aquilo dá vontade de rir, mas tu gozas com todo o tipo de preconceitos e mais algum que lá estão em cima da mesa. 27:17 Claro. E esse EE aí também se tem de fazer jus ao ao texto que me chega do Henrique dias. Ou seja. Eu, o Rui e o Henrique discutimos a ideia. Eu e o Rui tínhamos uma lista extensa de tudo o que se passa em novelas, quem é a esta hora, quem é que Há de Ser no meu telemóvel, beber copos, partir, copos, cavalos, bem, famílias ricas, et cetera. 27:36 Mas depois o Henrique tem esse condão de agarrar nessas ideias e de algumas de algumas storylines que nós vamos lançando, é pá. E fazer aqueles diálogos que são absolutamente fabulosos, não é? Quer dizer, lembro, me lembrei, me. Lembro me sempre de vários, mas há uma, há um, há um apidar no na primeira temporada, que é talvez o meu plano favorito, que é um dos membros da banda que vem a correr desde o fundo do plano e que cai em frente à Câmara e diz, não, não, eu estou bem. 27:59 Dê me um panado e um local que eu fico logo bué, pronto. Isto é uma coisa muito nossa, muito proximidade, que tem graça porque tu já ouviste alguém dizer isto e pronto. E quando se tem essa, quando se tem essa junção porreira de de sentidos, de humor. 28:17 A tendência é que isso crie, crie qualquer coisa de reconhecimento. O que nós encontrámos com o pôr do sol foi um reconhecimento, é pá, surpreendeu, me surpreendeu me ao máximo e depois açambarcou nos a todos e foi a Suburbano a sobrevoou me de uma maneira assustadora, foi, imagina, eu tive um acidente de Mota pouco tempo depois da primeira temporada acabar, fui ao chão e fiquei, fiquei magoado e fiz me nada de especial, estava no hospital. 28:46 E o enfermeiro chefe dizia, sistema anel, pureza, agora vou pôr aqui um megaze, não sei quê. Ou sistema anel, pureza, não sei quê, mas assim. 11 trato espetacular. Uma coisa muito, muito solene, muito solene, e é. Pá e nas tantas ele estava a fazer o tratamento e disse assim, é pá e vê lá se tens cuidado e eu, espera aí, houve aqui qualquer coisa, houve aqui um problema na Matrix ou então não sei o que é que aconteceu e o gajo diz, desculpe, desculpa, é que eu sou de massamá e eu sei o que é que é cheirar AIC 19, todos os dias que é uma tirada do pôr do sol posso chamar os meus colegas assim? 29:12 O que é que se passa? Entraram para aí 5 ou 6 enfermeiros. Dizer é pá, obrigado. Pelo pôr do sol, por isso é convidada, portanto, Na Na enfermaria. Todo todo arrebentado. E eles todos quando em dia e eu percebi pronto, isto bateu, bateu a um nível de podemos reconciliar a televisão com uma certa cultura pop que teve alguns exemplos extraordinários na comédia ao longo da nossa história. 29:34 Temos o Raul solnado, temos o Herman José, temos Oo Ricardo Araújo Pereira e o gato fedorento, o Bruno Nogueira. Esses. Esse, atualmente, o Bruno Nogueira e o Ricardo Araújo Pereira continuarão a? Fazer são fundações, no fundo, são coisas que a gente olha e diz assim, uou. Eu acho que experimentei um bocadinho disso. Ele experimentava esta equipa, experimentou um bocadinho disso, quando de repente temos pá, um Coliseu de Lisboa cheio para ver uma banda que está a fazer playback. 29:56 Nós fizemos isso com Jesus Cristo, não é? A banda do pôr do sol foi tocar, não tocou nada, ninguém deles. Nenhum dos tocou, não sabem tocar e. Esgotámos OOO Coliseu para ouvirmos uma cassete em conjunto e as pessoas foram. Para participar num episódio ao vivo que não era episódio, não estava a ser. Filmado sequer tu vendeste, tu vendeste uma fantasia que toda a gente sabe que não existia, mas a ideia de comunhão. 30:16 Foi nessa narrativa e eu acho que isto é uma coisa que nos anda a faltar cada vez mais, não é? Nós nós não temos essas comunhões. Tu vês uma série? Ou melhor, é mais frequente teres um diálogo com um amigo e diz assim, pá, tens de ver aquela série, não sei quê, é espetacular, não sei quê quantos episódios, viste? Vi meio, mas é espetacular. 30:32 E já não é aquela coisa de Bora fazer um? Serão lá em casa, em que juntamos amigos e vemos um filme? Como aconteceu antigamente, antes da televisão se alinear? Antes de antes da da televisão te permitir uma ilusão de poder da escolha, não é? Eu agora escolho o que vejo. E a televisão morreu? Nada, não. 30:49 Nem vai morrer. É como a rádio morreu, não é? Quer dizer, a gente volta e meia a rádio a. Rádio a rádio tem mais vidas que um gato. Não é pronto porque a rádio foi ver o apagão, não é? O apagão foi uma. O apagão foi um delírio. Apagou tudo para. Os da rádio? Claro, claro. Evidentemente, isso era o que havia. E isso é extraordinário, porque isso faz, nos faz nos perceber que a volatilidade das das novas tecnologias etcétera, pá, é porreiro, é óbvio. 31:11 Então agora temos aqui 2 telemóveis, estamos anão é? Estamos aqui a filmar. Temos boa parafernália, mas mas. No limite. Naquele momento em que achávamos todos que a Rússia atacar e não era nada disso, o que queríamos era ouvir alguém a falar. Connosco o fenómeno dos podcasts como este é eu, eu dou por mim assim que é. 31:30 Eu gosto de ouvir pessoas à conversa, porque me acalma e me baixa o ritmo do scroll. Há uma. Música, não é? E é EEEE, aprendes qualquer coisa. E por isso é que eu gosto de pessoas. Estás a ver quando eu, eu houve uma vez 11 coisa que me aconteceu que eu acho que que é pá, que eu nunca mais me esqueci, que foi um amigo meu. 31:48 Que, entretanto, nunca mais falámos, é um facto. As histórias foram para os sítios diferentes, mas um dia entrou me para casa, à dentro. Eram para aí 10 da noite e diz me assim, preciso de conversar. E perguntei, lhe mas o Gonçalo de quê? Não, pá de nada, preciso só de conversar. Tens tempo para conversar e eu fiquei. 32:07 Isso é uma grande declaração, isto é. Extraordinário. Pouco tempo depois, estava em Angola a fazer uma série, uma novela. Perdão, uma. A melhor novela que eu fiz na vida é que foi uma novela para Angola, uma coisa chamada jikounisse. E há um assistente meu, Wilson, que chega 2 horas atrasado ao trabalho, é pá e era um assistente de imagem, fazia me falta. 32:25 Ele chega, Ah, presa, peço desculpa, cheguei atrasado e tal só para o Wilson 2 horas atrasado, o que é que aconteceu? Tive um amigo que precisou de falar e eu juro te que me caiu tudo, eu não lhe. Eu quero ter um amigo assim, eu não. Posso, sim. Eu não me lembro disto acontecer em Portugal. 32:42 Para mim, disse. Para mim mesmo, eu não me lembro. De. De. De dar prioridade a um amigo em detrimento do trabalho. Porque o trabalho me paga as contas e os filhos e não sei quê. E o ritmo e a carreira. E eu reconheci me e de repente há um amigo meu que precisa de conversar. 32:58 Estamos a ouvir pouco. Então, não estamos eu acho que estamos. Estamos mesmo muito. Temos mesmo muito a ouvir, a ouvir muito pouco, acho mesmo, acho mesmo. Isso isso aflige me sobretudo porque há um, há um é pá. Eu estou sempre a dizer referências, porque eu, de repente, nestas conversas, lembro me de coisas. O Zé Eduardo agualusa assina 11 crónica, creio no público há, há uns anos, largos da importância de, de, de, de de fazer mais bebés, porque o mundo está tão perdido que só trazendo gente boa, muita gente boa de uma vez em catadupa. 33:29 É que isto melhora e eu acho, essa visão. Uma chuva de. Bebés uma chuva de bebés, mas de, mas de bebés bons, de bebés, inquietos, de bebés que fazem birras pelas melhores razões de bebés, que brincam sem computadores, sem coisas que que se que chafurdam na, na lama, et cetera, fazem asneiras. 33:45 Sim, sim, eu, eu, eu gosto muito de ser pai, mais até do que ser realizador, gosto muito de ser pai e acho que isso é é precisamente por essas, pelos meus filhos, claro que são os meus, mas se tivesse, se houvesse outras crianças. De que eu tomasse conta? Acho que era isso que é. 34:01 Tu perceberes que até uma certa idade nós não temos de nos armar noutra coisa que não ser só crianças. E acho que eu pessoalmente, acho que tenho 41 anos e às vezes sinto uma criança perdida até dizer chega EE, acho que pronto. 34:18 Enfim, o tempo vai adicionando, adicionando te camadas de responsabilidade. Agora temos temos de saber mexer microfones, inverter a água, et cetera, e meter fones, et cetera. Mas, no fundo, somos um bocado miúdos perdidos a quem? A quem se chama pessoas adultas porque tem de ser, porque há regras, porque há responsabilidades e coisas a cumprir. 34:35 Acho que só o Peter Pan é que se conseguiu livrar dessa ideia de poder. Crescer, coitado. Já viste? Pois é mesmo o Peter Pan sem andar com aquelas botas ridículas também. Exato. EE, qual é? Sabemos. E o capitar, não é? Pensando bem, a história dramática é o que quando estás com neuras a tua vida é um drama refugias te na comédia fechas te de ti próprio. 34:55 Não queres falar com ninguém? Quando estou com. Que é frequente é. Frequenta é? Então, o que é que te bate? O que é que te faz o. Que me bate é nos dias que correm e não só não conseguir tocar à vontade na minha função enquanto artista. 35:15 Isto eu vou te explicar o que é. Os artistas não precisam de ser de um quadrante político ou de outro. Eu eu sou de esquerda, assumidamente de esquerda. EEE, defenderei até à última este esses ideais. Ainda à esquerda, direita. Há, há, há. Eu acho que há, há. É cada vez menos gente com quem se possa falar de um lado e de outro. 35:32 Há uma. Polarização sim, sim, porque porque, enfim, isso são são outras conversas, mas o os artistas, no meu entender, estão a perder a sua perigosidade isso enerva me, ou seja, eu às vezes sinto que não estou anão, não estou a transgredir. 35:49 Não estou a ser perigoso, não estou a questionar, não estou. Estou a ir ao sabor de uma coisa terrível, que é ter de pagar as minhas contas. É o rame. Rame mais do que isso é eu deixar me levar pela corrida que é. Tenho de ter mais dinheiro, tenho de conseguir a casa, tenho de conseguir a escola dos putos tenho, não sei quê. 36:07 Devias ser mais um moscado, aquele que que dava umas picadelas aqui à. Eh pá devia questionar. Devia. Os artistas são se nasceram para isso e eu se me se eu me considero artista e às vezes isso é difícil. Dizer isso de mim, de mim para comigo. Eu imagina o Tiago Pereira, o Tiago Pereira que anda AA fazer um acervo da música portuguesa, a gostar dela própria, pelo pelo país todo, com gente antiga, com gente nova, com com gente toda ela muito interessante. 36:36 A importância de um Tiago Pereira no nosso, no nosso país, é é inacreditável. Quantas pessoas é que conhecem o Tiago Pereira? E, pelo contrário, não estamos focados Na Na última Estrela do ou do TikTok ou do big Brother ou de outra coisa qualquer. 36:51 Até podia ser uma coisa boa, estás a ver? Ou seja. Complementar uma coisa e outra. Sim, ou seja, eu, eu. A coisa que mais me interessa é saber quem é que com 20 anos, neste momento está a filmar em Portugal e há muita gente boa. Tu vês os projetos da RTP play e da RTP lab? E é gente muito interessante. Então, e porque é que? 37:06 Nós não estamos a estornar essa gente? E a e a potencial? Porque, porque a corrida? É mais importante, ou seja, tu queres a. Corrida dos ratos Na Na roda. É e é coisa de chegar primeiro, fazer primeiro, ganhar mais que o outro, não a solidariedade é uma, é uma fraqueza AA generosidade é uma fraqueza aplaudires alguém que é teu par é mais, é mais um penso para a tua inveja do que propriamente uma coisa de quem é que ganhamos? 37:34 Todos vamos lá. OOOO rabo de peixe, por exemplo, é um é um caso lapidar nesse sentido. Que é o rapaz? É extraordinário. É extraordinário neste sentido, eu? Posso? A primeira série é uma pedrada No No charco, que é uma coisa mágica o. 37:50 O Augusto Fraga, que é uma pessoa que eu, de quem eu gosto bastante e conheço o mal, mas gosto bastante, assina uma série que a primeira coisa que foi vista sobre essa série, ainda que estivéssemos a com 35000000 de horas ou 35000000 de horas, sim, vistas por todo o mundo. 38:08 Ah, não sei quantas pessoas, minhas colegas, tuas colegas, enfim, colegas de várias pessoas que estão a ver este mote caso dizem assim, ó, mas eles nem sequer fizeram o sotaque açoriano. Ah, e aquela e aquela ideia de não contrataram só atores açorianos? Pronto, sim, vamos ver uma coisa, porque porque é que vamos sempre para essa zona precisamente por causa da corrida, porque isto é importante. 38:32 A inveja é lixada? Nada. Fraga sim, a inveja é lixada e mais do que isso, esta inveja. É patrocinada pelo sistema, o sistema, o sistema sublima. Quando nós achamos que quem, quem, quem é nosso inimigo é quem faz a mesma coisa do que nós, nós temos menos de 1% para a cultura neste país. 38:50 E quando há dinheiro, quando há dinheiro, nós andamos a tentar queimar o outro para conseguirmos chegar ao dinheiro, ou seja, perante as migalhas. Nós não nos organizamos, a dizer assim. Pá a mão que está a dar as migalhas é que está errada. 39:05 Não. O que acontece é não. Mas eu já discutimos isso. Primeiro eu preciso de de amoedar as migalhas para mim e depois então discutimos, é uma. Corrida mal comparado de esfomeados. É, mas em vários. Mas é. Não estou a ver só na cultura, não é? Não é só na cultura. E. Já dizia o Zé Mário branco, arranja me um emprego. 39:22 O Zé Mário branco dizia tanta coisa tão mais importante, tão tão tão importante nos dias que correm, o Zé Mário branco, enfim. Mas eu até diria que isto, que este país que é pequeno. Que é pequeno em escala. Que é pequeno, que é pequena escala. 39:39 Podia ver nisso uma vantagem. Podíamos ver nisso uma vantagem, porque eu acho que o país somos nós e acho que as pessoas não. Não temos essa noção, não é EE essa e essa noção de que não dedicamos tempo suficiente a estarmos uns com os outros e de ligarmos as peças boas e de tornar isto uma coisa mais interessante, claro. 39:57 Interessa me, interessa me. Muito há uma cultura de mediocridade, não? Isso eu acho que não, o que eu acho é que há. Ou melhor, como é que se compatibiliza esse essa corrida dos ratos na roda, em busca da última migalha com coisas de excelência que subitamente aparecem? 40:13 Eu acho que quando tu sentes que isso é um acidente, rapaz, isso é um acidente, não é? É um acidente. Antes tinha tinha havido o Glória e nós tínhamos achado. Tio Glória era a primeira coisa da Netflix. Parece um bocado aquela coisa de o ator que é pá. 40:29 Eu sou um grande ator. Eu fiz uma formação no Bahrain para aprender a ser a fazer de post. Foi uma formação de meia hora, chega cá e dentro e vai dizer assim, é pá. Este gajo é bom meu. O gajo esteve no barrain. Vende-se bem este. Gajo é bom, não é? E de repente não. Ele esteve no barém a fazer de post e é melhor do que um puto que veio da PTC ou 11 miúda que veio da STCE está a tentar vingar. 40:50 Eu tive agora uma conversa por causa da da dos encontros da GDA para para o qual foi foi gentilmente convidado e foi foi incrível estar à conversa com Malta nova. Não é assim tão nova quanto isso, mas Malta entre os 25 e os 35 anos, atores e atrizes, em 4 mesas redondas em que IA assaltando eu, o António Ferreira, a Soraia chaves e a Anabela Moreira, é pá EEAEA dúvida é a mesma de que se houvesse uma mesas redondas de veterinários, de veterinários ou de médicos, ou de ou de assistentes sociais, que é como é que eu começo isto? 41:20 Como é que eu faço isto? Qual é o percurso, onde é que está? O repente GDA faz uma coisa incrível que é, vamos pôr as pessoas a conversar. É um bom início, pá, é um. Excelente início. E nós não andamos a fazer isso, não andamos a fazer isso, por mais associações que haja, por mais coisas, et cetera. E há gente a fazer este, a tentar fazer este trabalho. 41:38 Não há um sindicato da minha área que funcione. O sindicato dos criativos pode ser então? O sindicato, o Sena, o sindicato Sena. As pessoas queixam se que não é um sindicato, mas não estão nele. Quando eu digo que não há um sindicato, é o sindicato, existe. As pessoas é que não vão para lá e queixam se das pessoas que lá estão. 41:55 Isto não faz sentido nenhum. Ou seja, nós estamos sempre à espera que nos dêem. Mas é aquela coisa velha, essa coisa que foi o Kennedy, que disse não é não, não perguntes. O que é que o teu país pode fazer por ti? Pergunta te, o que é que tu podes fazer pelo teu? Portanto, não temos uma mecânica por um lado de devolução à sociedade daquilo que nós estamos AA receber e, por outro lado, de de agregação, num interesse comum, ou numa imaginação comum, ou em alguma coisa que podemos fazer juntos. 42:17 Eu, eu acho que, sobretudo, tem a ver com celebramos? Não, acho que não. Até porque é tudo uma tristeza, não? É, não, não, não. Eu acho que é assim. Eu acho é que é tudo muito triste porque não nos celebramos. Porque há razões enormes para nos celebrarmos, há razões mesmo boas, para nos celebrarmos. Bom, mas eu não quero deprimir te mas um tipo que chuta 11 coisa redonda de couro e que acerta numa Baliza é mais valorizado do que um poeta que escreveu o poema definitivo sobre o amor ou sobre a vida? 42:43 Mas isso, pão e circo? Isso pão e circo. E isso a bola também é importante. E está tudo bem? Eu sou. Mas tão importante. Não é? Porque eu eu gosto de futebol, gosto. Eu gosto de futebol, sou um, sou um. Sou um fervoroso adepto da académica de Coimbra e do. Falibana do Benfica, da da académica, sou da académica. 43:00 Está péssima, não é? A académica está terrível, mas é isso. Ou seja. Eu acho que tem, Maura continua, tem? Maura, claro. E terá sempre. Eu sou, sou, sou da briosa até morrer, mas. Mas de qualquer das maneiras, sinto que essa coisa que é, há espaço para tudo. Eu acho que eu o que faz falta? E animar a Malta? 43:17 É educar a Malta? É educar a Malta. Faz muita falta. Eu acho que faz muita falta a educação neste país. E isso tem a ver com política, tem a ver com escolhas, tem a ver com coragem. EAAA educação não tem sido muito bem tratada nos últimos tempos. 43:35 Se há gente que se pode queixar são os professores e os. Alunos, porque nós só descobrimos daqui a 10 anos ou 20 que isto não correu bem. Claro, mas já estamos a descobrir agora, não é? Depois, já passaram algum tempo sim. Quais é que são as profissões de algumas das pessoas que estão no hemiciclo que tu reconheces profissões não é? 43:52 De onde é que vêm? Vêm das jotas vêm. São juristas, normalmente economistas, certo? Mas um médico. Há um ou 2? Há um ou 2, há alguém que tu, um professor? Deixa de ser atrativo. A política devia ser essa coisa de eu reconhecer. 44:10 Figuras referenciais. Os melhores entre nós que que escolhidos para liderarmos, sim. Escolhidos por nós. Ou seja, porque é que eu acho isto? Mas eu acho isto desde sempre, sempre, sempre. Eu sei isto. Aliás, eu venho de uma casa que é bastante politizada. A minha casa, a minha família é bastante politizada. O apelido. 44:27 De pureza não engana. Pois não engana. Às vezes acham que ele é meu irmão, mas é meu pai. EE pá é um gajo novo. De facto, é um gajo novo. Mas é isso que é caneco. Quem são estas pessoas? Porque é que eu vou votar nestas pessoas, estas pá. A prova agora de Nova Iorque não é 11 Mayer de 34 anos, chamado zoranmandani, que de repente ganha as eleições sem os mesmos apoios, que teve outro candidato. 44:50 Não houve Bloomberg, não houve Trump, não houve nada. Houve um tipo que veio falar para as pessoas e dizer lhes o que é que vocês precisam, de que é que precisam, o que é que vos aflige, de que é que têm medo, que sonhos é que vocês têm? Isso é tão importante e tão raro. 45:06 Afinal, o método que funciona sempre não é fala com pessoas, conta uma história ou houve cria uma expectativa? Olha, porque é que o humor explica tão bem o mundo? Eu sei, também há o choro, porque é que o humor explica tão bem? Porque tudo pode ser ridículo. E é e é tão ameaçador, não é? 45:22 Claro, claro, claro. Olha o Rio, vai nu. Exatamente tal e qual tem a ver com isso, não é? E mais do que isso, é eu, eu acho. Eu sinto que nós vivemos num país que não tem assim tanto sentido de humor. E explico porquê nós não nos rimos tanto de nós. Rimos mais dos outros quando nos rimos de nós? 45:39 É é tipo, Ah, então, mas mas estão a falar de mim. Rimos de escárnio. Sim, os os melhores, as melhores pessoas, as melhores pessoas portuguesas a terem sentido humor são os alentejanos. Porque são eles que têm as melhores notas sobre eles. Que eles próprios contam? Exatamente quando tu tens um. 45:54 Eu não sou lisboeta, portanto, posso dizer mal à vontade de vocês todos que estão a ouvir. Quando o lisboeta disse assim também. Sou alto minhoto, portanto, já estamos. Estás à vontade, não é pronto quando o lisboeta disse. Tudo que seja abaixo, abaixo, ali do cavado é soul. É soul? Exatamente. Está resolvido, pá. A minha cena é coisa do quando o lisboeta diz, tenho aqui uma nota sobre alentejana dizer, Hum. 46:11 A minha família toda alentejana, pá. Não, não acho que acho que não é bem a coisa eu diria isso, ou seja, porque é que o amor explica tão bem o mundo, explica no sentido em que, de facto, isto esta frase não é minha, é do Henrique dias. E ele acho que acho que ressintetiza isto muitíssimo bem. O argumentista do pôr do sol, que é tudo, pode ser ridículo. 46:28 O gajo da bola de couro, um círculo de de de couro que é chutado para uma Baliza, é tão ridículo como é eventualmente alguma. De algum ponto de vista sobre a religião, sobre a política, sobre a economia, sobre os cultos? 46:46 Não é os cultos pessoalizados em líderes que de repente parece que vêm resolver isto tudo e são ridículos. Quer dizer, são ridículos acima de tudo. O mito do Salvador da pátria. O mito do Salvador da pátria não é? Depois ficou substanciado em 60 fascistas. Isso é para mim. Era expulsos ao ridículo. 47:02 Incomoda os imensos. Mas a gente já viu isto em vários momentos, desde momentos religiosos até momentos políticos que é. E este vem lá ao Messias, vem lá ao Messias. E o cinema português também. O próximo filme vem sempre salvar isto tudo. E é só um filme percebes o que eu estou a dizer? Ou seja, não. 47:18 Este é que é o filme que toda a gente vai ver e vai rebentar com as Caldas. Não, não tem de ser assim, é só um filme. Só me lembro da Branca de Neve, do João César Monteiro, não é que filmou uma coisa para preto, para negro? Sim, mas mais do que isso, estava a falar de termológica comercial que é, os exibidores estão sedentos? 47:35 Que venham um filme que faça muitos números e que salve o cinema, et cetera. A pressão que se coloca, se fosse fácil fazer um filme desses, até eles próprios administradores teriam ideias. Sim, faz mesmo. A campanha viral lembro me sempre é. Faz uma coisa que vai ocupar toda a gente vai falar exatamente e que vai ser uma coisa. 47:51 Extraordinária. Um escândalo, no melhor sentido. Não sei quê, não sei quê e depois não acontece porque não é assim que as coisas não é, as pessoas não vão, não vão. Nessas modas, aliás, as pessoas estão cada vez mais dentro. O paradoxo é que as pessoas estão cada vez mais exigentes. O que é bom? Sim, mas dentro desta lógica que temos falado, que é tiktoks, et cetera, volatilidade é uma coisa superficial e de repente já nem tudo cola. 48:12 O humor repara o humor. O Bruno Nogueira, por exemplo, é um bom exemplo disso que é o Bruno Nogueira faz 111 programa extraordinário vários. Faz os contemporâneos, faz o último a sair, depois faz o princípio meio e fim, que é uma coisa arrojadíssima. Sim, ele faz coisas sempre diferentes. 48:28 Não é ele. Ele. Ele quebra os padrões sempre. Mas se reparares agora, neste, no, no, no ruído, ele já não é a mesma coisa. É um programa de Sketch que tem lá uma história que num tempo distópico em que. Sim, mas aquilo resolve se a um conjunto de de Sketch e as. 48:45 Pessoas aderiram massivamente, portanto, eu acho que isto é assim. A roda vai dando voltas. Depois voltamos um bocado à mesma coisa. O Herman, por exemplo, o Herman que é um dos meus heróis da televisão. O Herman andou por todas essas ondas e agora está numa onda de conversa e tudo mais. 49:04 E continua a ter imensa. Graça mas ele pode fazer tudo o que? Quiser, não é? Pode. Chegou este mundo do mundo para poder fazer tudo. Sim, talvez não chegue a todas as gerações como chegava. Não é dantes. Eu lembro me, por exemplo, No No no célebre Sketch da da última ceia, não é? 49:20 Ele chegou a todas as gerações, houve umas gerações que odiaram isso foi incrível, eu adorei, eu adorei esse momento iá, e ele é também um dos meus heróis por causa desse momento, porque, porque, enfim, porque qual que lá está transgressor, perigoso artista? 49:38 O Herman é tudo isso sim. Pode a qualquer momento fazer dinamitar isto olha fora o humor, tu tens, posso chamar lhe maturidade emocional entre o felps e os infanticidas. O que, o que muda no teu olhar quando quando tu transpassas da comédia para, para, para o drama, o humor e a dor são são irmãos. 49:58 O sim, diria que sim, mas mais do que isso, é há coisas que me que me inquietam, não é? Eu com 41 anos e 3 filhos, EEE uma história já muito porreira. O que? É que te inquieta. Várias coisas. Olha esta coisa da do dos artistas, esta coisa da sociedade portuguesa, esta coisa de o que é que é ser português em 2025, o que é que é ter 41 anos em 2025? 50:21 A amizade, a amizade inquieta me há amigos que desaparecem e não é só porque morrem, há há. Há outros que desaparecem porque. Perdemos lhe o rasto. Ou isso, ou porque nos zangamos EEA coisa vai de vela e é assim. E a vida é dinâmica e. E às vezes questiono, me, não é? 50:37 Questiono me sobre quanto é que vale uma amizade, por exemplo, os enfatisídeos é sobre isso, não é? Ou seja, 22 amigos de 2 amigos de infância que aos 17 anos dizem, se aos 30 anos não estivermos a fazer aquilo que queremos fazer, matamo nos daquelas promessas adolescentes e de repente um deles apaixona se e casa se. 50:57 E ele às vezes não quer morrer e a amizade vai à vida. E aquele que ficou para sempre com 17 anos, que sou um bocado eu, não é? Porque eu acho os problemas aos 17 anos é que são os verdadeiros problemas da existência humana. Os outros são chatices da EDPE da epal estás a ver isso? São outros chatices pagar as contas, pagar contas é só isso, porque tudo o resto é só o que é que eu estou aqui a fazer? 51:17 Porque é que eu me apaixonei, porque é que ninguém gosta de mim, porque é que essas coisas são tão ricas, são tão boas de testemunhar eu tenho. Tenho um exemplo incrível de ter 11 filho extraordinário chamado Francisco, que tem 14 anos e que tem umas inquietações muito. 51:34 Muito boas pá, muito, muito poéticas, muito. É uma idade difícil. E boa. E tão boa. E tenho. Tenho muita sorte. Francisco é um miúdo incrível. Mas mesmo que não fosse, eu diria assim. Para ele e tu e tu estimulas ou acalmas as ânsias dele. Eu eu acho que sou eu e a mãe dele, acho que somos estimuladores da sua, das suas várias consciências, social, política, artística. 52:02 Mas temos uma, o respaldo que encontrámos naquele naquele ser humano, foi maior do que qualquer um incentivo que nós pudéssemos dar. Ou seja, nós lançámos um bocadinho, as paisadas para os pés dele e ele de repente floresceu. E é hoje em dia uma pessoa é um ser humano extraordinário e pronto. 52:19 E eu costumo dizer aos meus amigos que o primeiro filho muda a nossa vida, o segundo acaba com ela, uma terceira. Esta turística, sim, é pá. Eu acho que os 3 deram um cabo da minha vida. É uma dinâmica diferente, não é? 3. É, é ainda por cima estão os passados, não é? Um tem 14, outro tem 3, outro tem 1 ano e meio e para o ano provavelmente quero ter mais um filho, porque acho que é lá está eu estou com água, luz a tatuar aqui, algures, portanto, tu. 52:43 Vais salvar o nosso problema de de de naturalidade e demográfico. Eu espero que sim, eu já sou Oo chamado povoador dos olivais. Portanto, vão para sim, sim, olha o que é que te falta fazer para fecharmos o que é que anda o que é que andas a escrever o que é que anda, o que é que te anda a inquietar o que é que te anda aí a. 53:01 Debaixo do teu olho. Olha, estou concorri a uma bolsa para escrever um livro. Pode saber sobre o quê? Sim, sim, é um filme que eu não, que eu não tenho dinheiro para fazer e, portanto, vou fazer o livro. E depois pode ser que o livro reúna. E os bons livros dão sempre grandes filmes. 53:17 Ao contrário, os maus livros, eu sei que eu sei que vou ser fraquinha e, portanto, os maus livros dão bons filmes, os bons livros. Portanto, a tua expectativa é que o livro seja mau que é um grande filme? Sim, sim, não. Mas pelo menos seja seja livro. Isso é importante. Eu gosto imenso de livros. Gosto imenso de ler. É das coisas que eu mais gosto de fazer, é de ler. Fiz isso candidatei me EE. 53:33 Entretanto, estou a preparar uma série de outro género, completamente diferente, que é uma série de de fantástico de terror, escrita por 5 amigos, de que eu tenho muita estima. Por quem tenho muita estima, o Tiago r Santos Oo Artur, o Artur Ribeiro, o Luís Filipe Borges, o Nuno Duarte e o Filipe homem Fonseca. 53:51 Que é uma série chamada arco da velha, que terá estreia na RTPE, que se passa entre Portugal e a galiza e também vai ter uns toques de Brasil. E estou também a preparar outro projeto lá mais para a frente, que é provavelmente os projetos que eu mais quero fazer na vida até hoje, que estou a desenvolver com a Ana Lázaro, com a Gabriela Barros e com o Rui Melo. 54:13 É impossível falhar, já ganhaste. Completamente impossível falhar porque esta ideia original é da Gabriela e do Rui. Ei, e eles vieram ter comigo. E eu fiquei para já muito conten
Salted butter made from tears, 1 massive jerk off, and a potential Inbetweeners reboot... Actor, podcaster & 1/4 of the ICONIC Inbetweeners cast - Joe Thomas joins Mel at the Pearly Gates this week! Oooo podcast friends! Want the episodes ad free AND extra content from Mel and the guests, PLUS everything from the Kathy Burke archive? 6 Feet Under gets knee deep in all your cracking correspondence. Head to wheretheresawilltheresawake.com to subscribe. AND If you've got a story for us, send it over to mel@deathpodcast.co.uk A Sony Music Entertainment production. Find more great podcasts from Sony Music Entertainment at sonymusic.com/podcast Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices
This was supposed to be an interesting game, but Steve Angeli's Achilles had other plans. Oooo, double-digit winning picks! (PAY NO ATTENTION TO THE .500 RECORD)See omnystudio.com/listener for privacy information.
Why are the Dursleys so mean to Harry? What if Neville is The Chosen One? And other fun theories!!⚡️
A Clusterfuck the likes of which have never been attempted. Our brave Clusterfuckers venture into the macabre, and even into the veins of forbidden romance. We're covering THE ENTIRETY of the Twilight Franchise, THE ENTIRETY of the Denton Dismember the Alamo marathon, and ONE episode of Bob's Burgers.For posterity's sake, the films/TV episodes covered are:Twilight (2008)New Moon (2009)Eclipse (2010)Breaking Dawn Part 1 (2011)Breaking Dawn Part 2 (2012)Full Bars (Bob's Burgers, S03E02)The Wizard of Gore (1970)Fade to Black (1980)Effects (1979)Magic (1978)The true terror is not having a timecode! Oooo! Ahhhhh!!! Plus thirtyyYyyYYy!!!!
No news is good news? Maybe? Well Optimus definitely thinks so. Be prepared for.. well something? Draft? Maybe. Sports? Definitely. Star Wars? You bet your sweet ass. Fan questions and a coaster or two in there as well!
Oooo... It's Halloween! A spooky time for kids, big and small. Everyone goes door-to-door in the dark, having fun and getting treats. And those pumpkins... they're perfect for the season! Uitgegeven door Moon Tunes B.V. Spreker: Loulou en Lou
What are you putting up with in your life?
Today On The Show - 0.00 - sadersallmfknday 6.34 - What A Piece Of Shit 10.03 - Health Test 13.28 - Mel Has Been Flossing 17.17 - Rogs Teeth 25.40 - Paul Gallen 38.22 - Medical Mondays W/ Dr. John 53.48 - Monday Mastermind 58.51 - Mandatory Metallica
Say it like you're from Finland!See Privacy Policy at https://art19.com/privacy and California Privacy Notice at https://art19.com/privacy#do-not-sell-my-info.
When my son was 16 he was quite a "hunk"! I mean, we didn't tell him that, but I think he probably was. He didn't start out that way. But he began lifting weights and he did it regularly. And he loved to report his new "max" to us...you know, the maximum amount he was able to lift - his bench press. And occasionally he'd flex and have us see how particular muscles had grown. I guess I was supposed to go, "Oooo, Ahhhh!" I didn't exactly do that, but... Now, there are a number of factors that go into making a man achieve his full strength. Of course, lifting, lots of protein, certain vitamin supplements, sufficient rest, workouts, and a woman. Yeah! Yeah, he needs a woman to be really strong where it really counts. I'm Ron Hutchcraft and I want to have A Word With You today about "The Strongest Men in the World." Now, our word for today from the Word of God comes from Proverbs 31:23. It's in that famous passage where we meet what's called the Proverbs 31 woman - that's what a lot of people call it. It's about the virtuous woman, and it says, "Her husband is respected at the city gate, where he takes his seat among the elders of the land." Now, in those days, to be at the city gate was the equivalent to being kind of in the top management office today. It means that you're one of the leaders of the community, and that's where her husband is. This guy is a strong man; he's a winner, but the rest of the passage is about his wife strangely enough. Here are some excerpts: "Her husband has full confidence in her and lacks nothing of value. She brings him good not harm all the days of her life. She opens her arms to the poor and extends her hands to the needy. When it snows, she has no fear for her household." Verse 26 says, "She speaks with wisdom and faithful instruction is on her tongue." This is one strong woman! Verse 28: "Her children arise and call her blessed. Her husband, he praises her. He says, 'Many women do noble things, but you surpass them all.'" Okay, you get the distinct impression here that the reason this man is such a winner is because of the woman in his life. You know the old saying, "Behind every man is a great woman and an astonished mother-in-law." Well, I don't know about that, but this man is smart enough to lean heavily on the woman in his life. It says, "He has full confidence in her." It says, "She speaks with wisdom." "He praises her for what she has done for him." How unlike many modern men and their attitude toward the women in their life. I know men who just can't take advice from a woman. They think a woman's perspective isn't as strong as a man's; that they're weak if they listen to a woman. They kind of think women are superficial. We're logical, they just deal with feelings all the time. Actually truth is usually in the middle. We need the male logic and we need that unique feminine insight to get the real truth. Sometimes because a man has felt dominated by a woman at some time in his life, he rejects any strength that a woman might offer him. Well, let me tell you, a truly strong man, like the man here in the Bible, is open to a strong, spiritual woman. Not being dominated by her, but being helped by her. I have to say over the years my wife's counsel was the best counsel I ever had in my life and it made me stronger. A wise man knows that we as men are incomplete. Our logic, our aggressiveness give us only half the story. We need the sensitivity, the radar, the attention to detail, the instinctive insight of a woman. Listen to your mother, listen to your sister, listen to your wife...the women in your life. One measure of the strength of a man is his openness to the strength of a woman. The men who listen to and respect the women in their life? They're the strongest men in the world.
Welcome to our podcast series from The Super Network and Pop4D called Tubi Tuesdays Podcast! This podcast series is focused on discovering and doing commentaries/watch a longs for films found on the free streaming service Tubi, at TubiTVYour hosts for Tubi Tuesdays are Super Marcey, ‘The Terrible Australian' Bede Jermyn, Prof. Batch (From Pop4D & Web Tales: A Spider-Man Podcast) and Kollin (From Trash Panda Podcast), will take turns each week picking a film to watch and most of them will be ones we haven't seen before.Film Starts Playing At: 00:09:21Welcome back to The Tubi Tuesdays Podcast, the number one Tubi related podcast that's hosted by two Australians, one Canadian and one American! Some how the two Australians Super Marcey and Bede Jermyn got lost in champions (or Bede is trying to avoid Kraven, we don't know), so that leaves Prof. Batch and Trash Panda Kollin to steer the ship for the week! So without the Aussies, Batch and Kollin have gone with a bonus pick to celebrate the great nation of Canada with Goon (2011)! Will this podcast get cancelled? I guess you'll have to listen in and find out!Goon was directed by Michael Dowse, it stars Sean William Scott, Jay Baruchel, Alison Pill, Kim Coates, Eugene Levy and Liev Schreiber.If you have never listened to a commentary before and want to watch the film along with the podcast, here is how it works. You simply need to grab a copy of the film or load it up on Tubi (you may need alcohol), and sync up the podcast audio with the film. We will tell you when to press and you follow along, it is that easy! Because we have watched the films on Tubi, it is a free service and there are ads, however we will give a warning when it comes up, so you can pause the film and provide time stamps to keep in sync.Highlights include:* Batch and Kollin this week!* Is Bede avoiding Kraven?* Oooo hockey, Canada eh!* How much did the boys smoke?* Did Ray Cist show up again?* How can Kollin not like Letterkenny or Shoresy?* The boys definitely paid attention to the movie!* Plus much, much more!Check out The Super Network on Patreon to gain early access to The Tubi Tuesdays Podcast!DISCLAIMER: This audio commentary isn't meant to be taken seriously, it is just a humourous look at a film. It is for entertainment purposes, we do not wish to offend anyone who worked on and in the film, we have respect for you all.Music provided by DeNNo, introduction and podcast editing by Super Marcey & Bede Jermyn Hosted on Acast. See acast.com/privacy for more information.
The multi-talented singer/songwriting duo from Torquay, UKMidnight 5-6 talk about their releases “When”, “Wishing I Was Gone”, “The Sea”,“Oooo!!” and more! The duo of Simon and Helen met online after the death ofboth of their partners with common music interests including John Martyn,Little Feat, etc., and formed the group in Christmas of '16; Simon is the lead vocalist/guitaristborn in a military family in Singapore later joining the Navy but by land;Helen is the bass guitarist/vocalist from Southell, West London and worked as aDesign Engineer after leaving college; they have a loyal following on all majorplatforms plus share the stories behind the music! Check out the amazingMidnight 5-6 on your favorite platform today! #midnight56 #singersongwritingduo#torquay #UK #when #wishingiwasgone #thesea #oooo #simon #helen #johnmartyn#littlefeat #militaryfamily #navy #singapore #southell #westlondon#designengineer #spreaker #iheartradio #spotify #applemusic #youtube #anchorfm#bitchute #rumble #mikewagner #themikewagnershow #mikewagnermidnight56 #themikewagnershowmidnight56
The multi-talented singer/songwriting duo from Torquay, UKMidnight 5-6 talk about their releases “When”, “Wishing I Was Gone”, “The Sea”,“Oooo!!” and more! The duo of Simon and Helen met online after the death ofboth of their partners with common music interests including John Martyn,Little Feat, etc., and formed the group in Christmas of '16; Simon is the lead vocalist/guitaristborn in a military family in Singapore later joining the Navy but by land;Helen is the bass guitarist/vocalist from Southell, West London and worked as aDesign Engineer after leaving college; they have a loyal following on all majorplatforms plus share the stories behind the music! Check out the amazingMidnight 5-6 on your favorite platform today! #midnight56 #singersongwritingduo#torquay #UK #when #wishingiwasgone #thesea #oooo #simon #helen #johnmartyn#littlefeat #militaryfamily #navy #singapore #southell #westlondon#designengineer #spreaker #iheartradio #spotify #applemusic #youtube #anchorfm#bitchute #rumble #mikewagner #themikewagnershow #mikewagnermidnight56 #themikewagnershowmidnight56
The multi-talented singer/songwriting duo from Torquay, UK Midnight 5-6 talk about their releases “When”, “Wishing I Was Gone”, “The Sea”, “Oooo!!” and more! The duo of Simon and Helen met online after the death of both of their partners with common music interests including John Martyn, Little Feat, etc., and formed the group in Christmas of '16; Simon is the lead vocalist/guitarist born in a military family in Singapore later joining the Navy but by land; Helen is the bass guitarist/vocalist from Southell, West London and worked as a Design Engineer after leaving college; they have a loyal following on all major platforms plus share the stories behind the music! Check out the amazing Midnight 5-6 on your favorite platform today! #midnight56 #singersongwritingduo #torquay #UK #when #wishingiwasgone #thesea #oooo #simon #helen #johnmartyn #littlefeat #militaryfamily #navy #singapore #southell #westlondon #designengineer #spreaker #iheartradio #spotify #applemusic #youtube #anchorfm #bitchute #rumble #mikewagner #themikewagnershow #mikewagnermidnight56 #themikewagnershowmidnight56Become a supporter of this podcast: https://www.spreaker.com/podcast/the-mike-wagner-show--3140147/support.
OOOO today's episode is loaded with gems! Grab your journal because I am not gatekeeping anything. A LOT of women get stuck when it comes to manifesting because they are FORCING, striving, trying, and "figuring out how..." and the truth is, ALL of these frequencies are stopping you from actually receiving! Autumn shares the QUANTUM PHYSICS insights behind being a woman who is no longer in the hustle... but becomes spoiled by life instead. If you are a hit-or-miss manifester or just wanting to receive even MORE... this one is for you. SIGN UP FREE FOR SPOILED: Master the art of successfully getting what you want, when you want, simply BECAUSE you want it- guilt free + brimming with miracles, magick and MONEY. Find Autumn on Instagram Autumn's Youtube
The JIT continues as we wrap up the quarters and find our way into the first semifinal with some awesome games featuring some of our favorite sweeties! Some of John's favorite Canadians are here too (ooo OOOO) and we have a blast recapping an epic battle between Ben Chan and Shane Whitlock, a buzzer masterclass from Luigi de Guzman, and Ken really having a lot of fun with a category about fascism. Plus, J! fans aren't really fuming but we do get the first instance of a J! player blaming their tiny hands on a loss and we dive deep on Harry Houdini. Or do we? It's magic! Donate to the show and get our first-ever bonus episode the second you do, plus access to our Discord! patreon.com/jeopardypodcast! Support your favorite J! recappers! SOURCE: The New Yorker: "Harry Houdini and the Art of Escape" by David Denby; Appleton Post-Crescent: "When Harry Met Edna: 115 Years Ago, Two of Appleton's Most Famous Residents Crossed Paths" by Shane Nyman; Wisconsin Life: "Harry Houdini and His Unbreakable Chain to Appleton" by Corinne Hess; History: "What Killed Harry Houdini?" by Evan Andrews Special thank you as always to the J-Archive and The Jeopardy! Fan. This episode is produced by Producer Dan. Music by Nate Heller. Art by Max Wittert.
Sounding like old macdonald out here
Bibs and Reese discuss the Mavs' current situation after losing Dereck Lively to a stress fracture. The season up to this point has been a rough road, especially since Luka went down, and that road got even bumpier with Lively now on the shelf for 1-3 months (depending on who you ask). Bibs and Reese discuss whether or not it's time to tank, as well as the options the Mavs could pursue. (times may be slightly off due to ads) Mavs talk: First 1 hour and 7 minutes Movie/TV talk: The last 28 minutes Enjoy You can always find Bibs on X/Twitter @Bibscorner, Bluesky @bibscorner.bsky.social, and Instagram @MBibs. You can find Reese on X/Twitter @MofR25 and Instagram @MindofReese. Also, subscribe to MindofReese on YouTube. Finally, ensure you're following the show on Twitter @MavsOutsiders, Bluesky @MavsOutsiders.bsky.social, and Instagram @MavsOutsidersPod. Purchase the Mavs Outsiders merch at the Mavs Outsiders Shop on Etsy! Subscribe to our Patreon for bonus content!: Patreon Link Help the show by leaving a 5-star review on Apple Podcasts and Spotify. We appreciate every listen and, of course, every review. Learn more about your ad choices. Visit megaphone.fm/adchoices
Bibs and Reese discuss the Mavs' current situation after losing Dereck Lively to a stress fracture. The season up to this point has been a rough road, especially since Luka went down, and that road got even bumpier with Lively now on the shelf for 1-3 months (depending on who you ask). Bibs and Reese discuss whether or not it's time to tank, as well as the options the Mavs could pursue. (times may be slightly off due to ads) Mavs talk: First 1 hour and 7 minutes Movie/TV talk: The last 28 minutes Enjoy You can always find Bibs on X/Twitter @Bibscorner, Bluesky @bibscorner.bsky.social, and Instagram @MBibs. You can find Reese on X/Twitter @MofR25 and Instagram @MindofReese. Also, subscribe to MindofReese on YouTube. Finally, ensure you're following the show on Twitter @MavsOutsiders, Bluesky @MavsOutsiders.bsky.social, and Instagram @MavsOutsidersPod. Purchase the Mavs Outsiders merch at the Mavs Outsiders Shop on Etsy! Subscribe to our Patreon for bonus content!: Patreon Link Help the show by leaving a 5-star review on Apple Podcasts and Spotify. We appreciate every listen and, of course, every review. Learn more about your ad choices. Visit megaphone.fm/adchoices
Today, we're kickin' of the process of creating your ultimate 2025 training plan and strategy. Oooo yes we are girl. I'm going to take you through a core theme—Simple, Right, Better, Deeper—that will guide everything you do in your training and health this year. You don't need to do more—you need to do the right things better and go deeper into them. I'll also break down the three non-negotiables you need for a strong plan—structured training, eating enough damn food, and proper recovery. Let's create a plan that's elegant, simple, and something you can actually stick to. Sound good? Let's dive in. Key Takeaways 1. Your 2025 Core Theme: Simple, Right, Better, Deeper Simple: Strip it back. You don't need more variety or complexity—you need simplicity. Simple = consistent. Right: What's right for you right now? Where's your body at? What's the season of your life? Focus on what you need in this moment. Better: It's not about adding more—it's about improving what's already working. Dial it in. Make it better. Deeper: You don't need to find the next shiny thing—you need to go deeper into the foundational stuff: proper training, eating, and recovery. 2. Three Essentials for 2025 A Proper Training Program: No random workouts, no guessing. You need a structured plan that meets you where you're at, helps you move better, and builds serious strength. Eat Enough Damn Food: Food is fuel. If you want more energy, more strength, and better results, you need to eat. Period. 3. Rest and Recovery: Sleep, manage your stress, get outside, and move intentionally. Recovery isn't optional—it's essential.Set Less Goals (Less is More) Stop overloading your plate. Pick 1-2 key goals and focus on them. Shift from long-term planning to shorter-term blocks: 7 days, 30 days, 90 days max.Close the Expectation-Reality Gap - So many of us set goals based on where we want to be rather than where we are. You can't expect big results if your foundation isn't strong. Focus on building health first, then performance, and aesthetics will follow. 5. Traffic Light Assessment Use the traffic light system to figure out what needs your attention: Red: Stop. Needs urgent focus. Orange: Needs improvement. Green: Good to go—keep doing it. 6. The Warrior School Framework: Health, Performance, Aesthetics Health: This is your foundation. Hormonal health, metabolic balance, and nervous system resilience matter. Performance: Train with intention. Learn how to move well, own your movement, and build strength. Aesthetics: This is a byproduct of doing the first two well. It happens over time as you go deeper into health and performance. I want you to join me for a free live workshop where I'll guide you through this process. We'll use this core theme and my Warrior School framework to build your ultimate 2025 training plan - sign up will be out this week.
Wheeler Dealer Radio - A Ridiculous Tottenham Hotspur Podcast
Oooo ah ah ah ah.
Oooo that time between Christmas and New Year where no one knows what day of the week it is. Just a normal waffle from me to you! If you enjoyed this podcast, please share or leave a review or rating as it's really appreciated. Any questions or would like to get in touch about 1:1 coaching EMAIL: fionamaunder@me.com Insta- @fitnessfi
OOOO today's conversation get “Juicy” with special guest, Amanda Smith, as she shares her medical intuitive insights on intuitive eating. Connect with Amanda: Website: www.BodyWhisperHealing.com www.GutsyChickQuiz.com YouTube: www.YouTube.com/@body.whisper.healing Insta: https://www.instagram.com/amanda.g.smith FB: https://www.facebook.com/body.whisper.healing Mama T is a Healer, Oracle, and Spiritual Guide. She guides you in loving your life through channeled messages and energy work. Simply being in her energy allows you to up level your frequency and manifest magick. She is a lover of life and it is her mission to guide millions to loving life as well.
The Homestead Challenge Podcast | Suburban Homesteading, Food From Scratch, Sustainable Living
Oooo these are a few of my favorite things! While I will always recommend making items for wellness first, sometimes it is nice to treat yourself. You can't pour into your homestead from an empty cup! Join the Email List -> PRODUCTS MENTIONED
Oooo the stakes are HIGH in this episode of And Just Like That! Lily is entering her “emo era” and needs a new keyboard to help share her inner turmoil about being raised on Park Avenue. Meanwhile, Miranda still can't manage to function in society and loses her cell phone on a beach, which turns into what we think is supposed to be “physical comedy”. Lastly, Carrie…THE SEX WRITER, absolutely refuses to do an ad for vaginal lubrication because she couldn't possibly relate to this extremely common issue, and quite honestly, the thought of even uttering the word “vagina” for Carrie is just plain icky. Enjoy!!!Check us out on Youtube! Like and subscribe, and join our LIVE Weekly Roundups!EMAIL us with any thoughts, questions, or your most salacious sex stories at patcpod@gmail.comThis month on Patreon:The Golden Girls S1 E11 "Stan's Return"Broad City S2 E1 "In Heat"Girls S2 E1 "It's About Time"Pillow Talk Hosted on Acast. See acast.com/privacy for more information.
Oooo this is a fun one! If you're a self proclaimed people pleaser OR you think you might be pleasing others more than yourself, you're going to love this episode.The truth is, on some level most of our decisions are with other people in mind. Where it becomes a problem is when we people please without checking in with ourselves first.This episode breaks down how to identify when you should put other people's needs above our own and when you need to think about you!The good news is there's room for everyone!And if you want to dive into this further with me in your corner, let's do it! Message me kennarenee.co@gmail.com
Oooo, they're back and are going to rap about two motion pictures. First, after the intro, open up Paramount Plus and maybe start carrying the devil's baby when they watch Apartment 7A with Julia Garner, Diane Wiest and Jim Sturgess. Is it worthy prequel to Rosemary's Baby or does it fall short? Then, after news, we talk about Francis Ford Coppola's supposed magnum opus Megaopolis starring Adam Driver, Giancarlo Esposito, Nathalie Emmanuel and many more. Was it worth Coppola funding it himself wit $120 million or is it a megaflopolis? Listen to find out. Oh yeah, if you want a 100% free sticker(we even pay postage) send us a message! www.moviesthatdontsuck.net https://w2mnet.com/category/podcasts/movies-that-dont-suck-and-some-that-do www.patreon.com/moviesthatdontsuck https://www.bonfire.com/movies-that-dont-suck-and-some-that-do-logo/ FB: facebook.com/moviesthatdontsuckpodcast X: @mtdspodcast https://www.youtube.com/@moviesthatdontsuckpodcast Email us at moviesthatdontsuckpodcast@gmail.com
I was having a conversation with a dear friend and mentor of mine - Erika Cramer (AKA the Queen of Confidence) last week, and she said somethin' that blew my mind. "You need this skill if you're going to be successful: RESOURCEFULNESS" She went on to say ... "You may not have the resources. You may not know how to do something. But you figure it out. You commit to making it happen. You find a way instead finding a reason why you can't. This is a skill you must cultivate especially if you have huge dreams to impact Get good at YouTube searching, get good at Google, get good at asking, investing, reading, watching and researching. THIS is what separates the Dreamers from the Doers. Do not wait for someone else to bring you the answer, go out and find it." Oooo yeah, told you it was good. So, of course I wrote this word down in my notebook and spent a week thinking about it and how you can use this idea in your health and training. In today's EP we are talking about resourcefulness. I talk about knowing how to adapt, pivoting when things don't go as planned, and maximising results even when life gets messy and you don't have allll the answers. ‘Cause remember—it's not about what you've got, it's about what you do with it. Grab a notebook (or just listen close) ‘cause you're gonna wanna put this into action right away. Key Takeways: 00:00 Struggles with Podcast Recording Setup 01:26 Turning to Carson for Tech Help 03:50 The Importance of Resourcefulness 06:01 Defining Resourcefulness 06:58 Applying Resourcefulness in Training 19:20 Resourcefulness in Business and Life 22:38 Learning New Skills and Overcoming Challenges 23:41 Resourcefulness in Survival Skills 26:27 Pre-scripting for Success 27:34 Introduction to Prescripting for Athletes 27:58 Applying Prescripting to Food Strategy 28:55 Overcoming Obstacles with Resourcefulness 29:50 Practical Steps for Food Prescripting 30:59 Building Resourcefulness Skills 31:43 Reflecting on Personal Goals and Challenges 35:15 Testimonials from Warrior School Members 36:35 Personal Transformations and Achievements 46:40 Advice for New Members 48:03 Final Thoughts and Welcome Quotes from the Episode: "You don't need perfect conditions to succeed; you need the mindset to make the best of what's in front of you." "The ability to adapt, to pivot, and to continue with purpose is the hallmark of a true warrior." "Sometimes, you have everything you need—you just have to see it differently." Connect with Me: If you loved this episode, make sure to subscribe to the podcast so you never miss a new one! Website: Warrior School Instagram: @amykatebowe
Hello, hello, hello, and welcome to another episode of “Give Me One More Chance” at Max and Mike's House of Magic *poof* *cough, hack* uh, yes, magic smoke! Stupid, semi-toxic magic smoke . . . I mean, Oooo! Such magic! Now I have here the very magical Dagger of Dennak, which I assure you is … Continue reading "Episode 304 – Dr. Strange in the Multiverse of Madness (2022)"
We all sing in our bathtubs, Vont stirs the pot, and our group therapy caller is hearing some strange sounds in her building...
We talk Skinny behaviour and also what mundane things your partner does that you think is sexxxxyyy! Also special guest Joseph Parker on the showSee omnystudio.com/listener for privacy information.
BestPodcastintheMetaverse.com Canary Cry News Talk #748 06.12.2024 - Recorded Live to 1s and 0s SO CRYPTOTERRESTRIAL | Harvard Aliens, Desperate Democrats, Stinky Beast Deconstructing Corporate Mainstream Media News from a Biblical Worldview Declaring Jesus as Lord amidst the Fifth Generation War! TJT Youtube (backup) Channel: https://www.youtube.com/@TheJoyspiracyTheory The Show Operates on the Value 4 Value Model: http://CanaryCry.Support Join the Supply Drop: https://CanaryCrySupplyDrop.com Submit Articles: https://CanaryCry.Report Submit Art: https://CanaryCry.Art Join the T-Shirt Council: https://CanaryCryTShirtCouncil.com Podcasting 2.0: https://PodcastIndex.org Resource: Index of MSM Ownership (Harvard.edu) Resource: Aliens Demons Doc (feat. Dr. Heiser, Unseen Realm) Resource: False Christ: Will the Antichrist Claim to be the Jewish Messiah Tree of Links: https://CanaryCry.Party Join the Canary Cry Roundtable This Episode was Produced By: Executive Producers Sir LX Protocol V2 Knight of the Berrean Protocol*** Sir Darrin Knight of the Hungry Panda*** Producers of Treasure Sir Aaron Knight of the Cute Little Piggies, Sir Tristan Knight of the Garden, Sir Morv Knight of the Burning Chariots, DrWhoDunDat, Sir Scott Knight of Truth, Misses TinFoilHatMan, Veronica D, Sir Casey the Shield Knight CanaryCry.ART Submissions Kalub, Psalm40, Sir Dove Knight of Rusbeltia, Warrior of Yah CONTENT PRODUCTION (Microfiction etc.) Stephen S - Shouts through the house. “Honey, were you expecting an Amazon package?” “No, what is it?” “It's a lava lamp with a built in speaker. Oooo, it's wi-fi capable too!” After a few minutes of fiddling with the IoT device, it responds, “Good Morning.” TIMESTAMPERS Jade Bouncerson, Morgan E CanaryCry.Report Submissions JAM REMINDERS Clankoniphius SHOW NOTES/TIMESTAMPS PreShow Prayer: Anthony H HELLO, RUN DOWN *NEPHILIM/ALIENS/UFOs/DAYS OF NOAH Aliens might be living among us disguised as humans — or in a base inside the moon, according to new Harvard study (NY Post) VALUE FOR VALUE FOR THE WIN! FLIPPY The Wild Robot: Fly Inside Dreamworks' Latest Animated Epic (SyFy) POLYTICKS Democratic efforts to lure young voters include beer and birth control (Wapo) PANDEMIC SPECIAL Customers limited to two egg cartons as bird flu outbreak hits Victoria (SkyNews) Australia locks down farms as avian influenza spreads (VOA) EU Policy. Commission secures 40 million vaccines against avian flu (Euro News) V4V/TALENT BEAST SYSTEM Rare rotting flesh-scented flower called ‘The Beast' to bloom (Michigan Live) OUTRO END
Follow us on social @doseofblkjoy and learn more about “A Dose of Support” from the 4A's (American Association of Advertising Agencies): https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSdEW1U3sVdZRCQHPVtmwxAITUEA5I4ojWGAgKJMMp3Tc63l-A/viewform?usp=sf_link Trent Walters is a Brand Management Principal at TRG (formerly The Richards Group). This May he will celebrate 27 years at the agency. He's a graduate of the University of North Texas. He graduated on a Saturday and started at TRG the next Monday. Trent is an alum of the 4A's Multicultural Advertising Intern Program (MAIP), and he was also named to the inaugural class of the American Advertising Federation's Top 25 Most Promising Multicultural Students, which led to his job at TRG immediately after graduation. During his time at TRG, Trent has led and helped grow dozens of brands including AT&T, Starz, Scotts lawn care products, PGA TOUR Superstores, The American Cancer Society and the Southeastern Conference to name just a few. He's helped the agency partner with groups like The Marcus Graham Project, the Dallas Independent School District, Project Unity, and other organizations as a key leader of TRG's diversity and inclusion initiatives. In fact, last summer Trent partnered with his Atlanta-based client, Gas South and Clark Atlanta University to spearhead a one-of-a-kind internship for a deserving HBCU student. The student was able to do half of her summer internship on the “client side” with Gas South in Atlanta, and the other half on the “agency side” with TRG in Dallas, allowing her to see both sides of the marketing board room. Trent recently published a novel called Exactly How It's `Posed to Be which chronicles the decisions of three young men at fictional HBCU (Winton College) around dating, women and sex…and the consequences of these decisions. (Oooo!)
Oooo, it's fun getting old! It's also fun reminiscing about certain classic sitcoms, particularly one that went off the air 42 years ago. So... there ya go. Music: Tom Wells Words, guitars, bass, drums, keyboards, arrangement, production: SG Backing vocal and voice-over: Deb Guy Helpful suggestions: Niamh Bagnell, Sharon Goodie, Susan "Sulu" Dubow, Burpo
Oooo, I have been feeling it in the air recently, this April has been a heavy month for a lot of folks, including myself. Is it mercury retrograde or just a sign that this is our time to focus on Acceptance & Self Concept??? (obviously the main focus of our time in the ARC this month) This episode is a deep one - sharing the passing of my dad and the process of continuing to share my story. Worthy Wealthy Creative Retreat! Are you ready to experience what it's like to make quantum leaps in your business as a tattoo artist, healer, and spiritual entrepreneur by creating a well rounded, magnetic brand that reflects you as a multi-passionate creative. 3 days of business uplevelment, much needed creative relaxation, and doing it all in the power sisterhood. Time to feed your creative intuition. https://www.theedgeink.com/wwcretreat Check out Align & Rise Collective! This membership is for spiritual tattoo artists & creative entrepreneurs who know that true success, wealth, & freedom not only come from mastering the art of business, but also mastering the art of embodiment. https://www.theedgeink.com/alignandrise — Follow me on Instagram: https://www.instagram.com/theartofreese/ Follow the Podcast on IG! https://www.instagram.com/themindofreese/ Follow me on YouTube: https://www.youtube.com/channel/UClRdVuF9wXIAaEXp-RrVaHA
Oooo boy this is a weird one! Ryan and Grace chat about Ryan's pork streak, the car, and Grace's cripitis(sp?).
“Social media's business model is not your business model…” Oooo - yep, that is something to ponder on! And with that so are these FOUR elements your marketing might be lacking. On The Content Queen Podcast we are joined by Dre Baldwin who is a definition of content king, is everywhere and has learnt a lot along the way that he will share with us. If you LOVED this episode, make sure you share this on your Instagram stories and tag us @contentqueenmariah and @drebaldwin. ✨ JOIN CONTENT BOOTCAMP FOR CONTENT STRATEGY ✨ KEY EPISODE TAKEAWAYS
Oooo la la - it's Fantasy Suite week and Your Mom and Dad are here to break it down! They discuss aa Joey revelation, Rachel, Kelsey, Daisy, THAT letter, and give all their predictions. FYI Fam - Bachelor recap starts at (00:19:55)! ***Tune in Monday March 18th for our Love is Blind Reunion Recap! THANKS TO OUR SPONSORS: ***ROCKET MONEY: Cancel your unwanted subscriptions by going to https://RocketMoney.com/MOMDAD ***VIIA: Try VIIA Hemp! https://bit.ly/viiamomdad and use code MOMDAD! ***DAILY HARVEST: Go to https://DAILYHARVEST.com/momdad to get $30 off your first box + free shipping! ***VEGAMOUR: Get 20% off your first subscription order by going to https://VEGAMOUR.com/MOMDAD and use code MOMDAD at check out!
We're kicking off Season 11 by celebrating that motley group of messy-haired kids who wore the coveted striped shirts and ran amuck in a big, open, Boston studio singing silly songs off-key, playing silly games, performing silly skits, and speaking in a silly language that SOME of us (cough… Kristin …) can still speak in today. Zoom taught us more than how to fold a cootie-catcher or blow cheerios across the floor with a straw, it was a show that provided us with lessons that we weren't getting in our classrooms and a show that made us feel seen and included … not to mention taught us all that zip code that has lived in our brains for decades — sing it with us — OOOO…21…34!
Air Date 11/14/2023 The Supreme Court turned the table on average, working people back in the 70s when they empowered wealthy individuals and corporations to have an outsized role in our politics. Now we're trapped in the reality that shift in power created and are dreaming of a better way to manage our economic and political systems for the benefit of all people. Be part of the show! Leave us a message or text at 202-999-3991 or email Jay@BestOfTheLeft.com Transcript BestOfTheLeft.com/Support (Members Get Bonus Clips and Shows + No Ads!) Join our Discord community! Related Episodes: #1247 The Fight for the Four Freedoms (FDR vs. Libertarianism) SHOW NOTES Ch. 1: Citizens United Has Destroyed America Why Is Nobody Talking About It - Thom Harmann Program - Air Date 10-27-23 If America is to recover any semblance of meaningful democracy in our country, we have to cut out the cancer of big money in our political system. We MUST overturn Citizens United. Ch. 2: How Things Work Congress's Revolving Door - Jim Hightower's Lowdown - Air Date 11-9-23 Hear it? What's that sound? “Whoop-whoop-whoop.” Oooo, it's Washington's revolving door, allowing corporate interests to come directly inside Congress to pervert public policy. Ch. 3: Corporate Bullsh*t Legal Bullsh*t - Ralph Nader Radio Hour - Air Date 11-11-23 Donald Cohen discusses the long history of corporate propaganda covering for corporate greed, and his new book Corporate Bullsh*t: Exposing the Lies and Half-Truths That Protect Profit, Power, and Wealth in America. Ch. 4: What Socialism Needs to Succeed - Economic Update - Air Date 10-32-23 This week's episode covers the crisis of today's left, the need to build upon and go beyond successful socialism of the 19th and 20th century, the state and micro focus on the workplace, and democratizing workplaces. Ch. 5: Redefining Wealth–with Aisha Nyandoro - OFF-KILTER - Air Date 11-2-23 As Aisha Nyandoro—CEO of Springboard to Opportunity and architect of the Magnolia Mother's Trust—argues in her recent Tedx Talk, it's time to redefine wealth in the United States. Ch. 6: Prof. Richard Wolff Why Not Democratize Big Auto Companies - The Zero Hour - Air Date 10-28-23 Prof Wolff joins Zero Hour with RJ Eskow to discuss the recent agreement between the Ford Motor Company and the United Auto Workers and how it relates to the larger issues of labor, capitalism, and democratizing workplaces. Ch. 7: Inside West Virginia's New Economic Bill of Rights–with Troy N. Miller - OFF-KILTER - Air Date 11-9-23 For this week's episode, Rebecca sat down with Troy N. Miller, who's long served as the Off-Kilter podcast's beloved “man behind the curtain,” aka executive producer. MEMBERS-ONLY BONUS CLIP(S) Ch. 8: How Media's Use of 'The Economy' Flattens Class Conflict - Citations Needed - Air Date 11-1-23 Kim Kelly joins to discuss the term "the economy," how and why metrics reflect interest of capital- GDP, the DOW - which are positioned as more important indicators of economic strength versus the needs of the average person. Ch. 9: Redefining Wealth–with Aisha Nyandoro Part 2 - OFF-KILTER - Air Date 11-2-23 FINAL COMMENTS Ch. 10: Final comments on how a shifting baseline obscures the inequity of our economic system MUSIC (Blue Dot Sessions) SHOW IMAGE: Description: A photo of a protest banner depicting a drawn human figure with its arms out standing on top of the symbol for dollars ($). The words “People Over Profits” are written across the middle. Credit: “World Bank/IMF demonstration [06]” by Ben Schumin, Flickr | License: CC BY-SA 2.0 | Changes: Cropped Produced by Jay! Tomlinson Visit us at BestOfTheLeft.com Listen Anywhere! BestOfTheLeft.com/Listen Listen Anywhere! Follow at Twitter.com/BestOfTheLeft Like at Facebook.com/BestOfTheLeft Contact me directly at Jay@BestOfTheLeft.com
Hear it? What's that sound? “Whoop-whoop-whoop.” Oooo, it's Washington's revolving door, allowing corporate interests to come directly inside Congress to pervert public policy.That door is now spinning fast, because there's a new boss operator in Congress. He's Mike Johnson, who was recently unanimously chosen by Republicans to be their Speaker of the House. He's a corporate wet dream – an affable ultra-conservative from Shreveport, who consistently backs the plutocratic agenda of Big Business over workers, the poor, consumers and most other Americans. Moreover, Johnson maintains it was God (!) who elevated him to his new position of authority, and that the Bible will guide his policy views.Well, selected parts of the Bible – don't expect much mercy, justice, and peacemaking from this hard-core laissez-faire ideologue. For example, guess who he's chosen to be his director of policy? Big Pharma's top Washington lobbyist! Dan Ziegler has been the chief influence peddler for a dozen multibillion-dollar drug giants, including Eli Lilly, Merck, and Pfizer. Ziegler has furiously opposed every legislative effort to stop the rampant price gouging by profiteering drug makers – even though 90 percent of Americans are clamoring for Congress to clamp down on their rip-offs. But we 90-percenters don't control the revolving door… Mike does.Johnson piously cloaks himself in both the Christian gospel and libertarian myth of “free markets,” yet he has consistently pushed government action to restrict competition and protect drug monopolies. Now, in his first substantive action as speaker, he is literally bringing Big Pharma inside to sit beside him in the seat of legislative power. Drug pricing reform will soon come up for a vote in Congress. Before Mike's lobbyist buddy tells him what to do, let's demand that he re-read the Sermon on the Mount.Enjoyed this post? Please consider sharing with friends and on social media!Jim Hightower's Lowdown is a reader-supported publication. To receive new posts and support my work, consider becoming a free or paid subscriber. This is a public episode. If you'd like to discuss this with other subscribers or get access to bonus episodes, visit jimhightower.substack.com/subscribe
Listen now (2 mins) | Hear it? What’s that sound? “Whoop-whoop-whoop.” Oooo, it’s Washington’s revolving door, allowing corporate interests to come directly inside Congress to pervert public policy. That door is now spinning fast, because there’s a new boss operator in Congress. He’s Mike Johnson, who was recently unanimously chosen by Republicans to be their Speaker of the House. He’s a corporate wet dream – an affable ultra-conservative from Shreveport, who consistently backs the plutocratic agenda of Big Business over workers, the poor, consumers and most other Americans. Moreover, Johnson maintains it was God (!) who elevated him to his new position of authority, and that the Bible will guide his policy views.
Total Soccer Show: USMNT, EPL, MLS, Champions League and more ...
Taylor, Joe, and Gass gather to preview the MLS playoffs! After taking a look back at Decision Day and flaming Joe for whiffing on his preseason predictions, we chat about the new playoff format (best-of-three series! Oooo, ahhhh), the teams and matchups we're most interested in, and make some Very Specific Predictions for the wildcard round (which kicks off on Wed.) and the first round (which kicks off on Sat.).---Today's show is brought to you by...Shopify! Sign up for a one-dollar-per-month trial period at shopify.com/tss!Harry's! Get a $13 Starter Set for just $3 at Harrys.com/TSS.---JOIN THE TSS+ PATREON!Check out our brand-new Patreon, which houses bonus podcasts, access to our exclusive Discord, blog posts, videos, and much more.Become a member today at patreon.com/totalsoccershow! Hosted on Acast. See acast.com/privacy for more information.
Total Soccer Show: USMNT, EPL, MLS, Champions League and more ...
Taylor, Joe, and Gass gather to preview the MLS playoffs! After taking a look back at Decision Day and flaming Joe for whiffing on his preseason predictions, we chat about the new playoff format (best-of-three series! Oooo, ahhhh), the teams and matchups we're most interested in, and make some Very Specific Predictions for the wildcard round (which kicks off on Wed.) and the first round (which kicks off on Sat.). --- Today's show is brought to you by... Shopify! Sign up for a one-dollar-per-month trial period at shopify.com/tss! Harry's! Get a $13 Starter Set for just $3 at Harrys.com/TSS. --- JOIN THE TSS+ PATREON! Check out our brand-new Patreon, which houses bonus podcasts, access to our exclusive Discord, blog posts, videos, and much more. Become a member today at patreon.com/totalsoccershow! Learn more about your ad choices. Visit megaphone.fm/adchoices
Welcome to the Dark History podcast. It's spooky season babbyyy. Ghosts, goblins, ghouls, and witches. Oooo witches. It's hard to have a spooky season without witches. But many people hundreds of years ago tried real hard to get rid of all the witches. In today's episode we're going to talk about Witch Hunts, but not the ones in Salem. The Witch Hunts we are talking about make those ones look like childsplay. We're going back to the original hunts that spread across the world. Episode Advertisers Include: Apostrophe, ZipRecruiter, MeUndies, and Stitch Fix US