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O Corpo, o Erro e a Imaginação: Uma Conversa Aberta Sobre o Que Nos Torna Humanos Há conversas que não vivem apenas na superfície; conversas que abrem espaço para respirar, repensar e reorganizar o que levamos por dentro. A conversa de Jorge Correia com um dos atores mais intensos e inquietos da ficção portuguesa é uma dessas. Ao longo de quase uma hora, falámos de corpo, erro, infância, imaginação, afeto, tecnologia, masculinidade e do que significa estar vivo com alguma atenção. O episódio gira em torno de uma ideia simples, mas transformadora: a vida é uma negociação permanente entre o que sentimos e o que conseguimos colocar no mundo. E é isso que o convidado pratica — no teatro, no cinema, e na forma como se relaciona com os outros. Essa reflexão nos leva a perguntar: O que nos torna ainda humanos num mundo de máquinas? Albano Jerónimo O corpo como primeiro lugar de comunicação Uma das ideias que atravessa toda a conversa é o papel do corpo — não como acessório do trabalho, mas como a sua raiz. É através da respiração, do gesto, da postura e do ritmo que se organiza a verdade de uma cena. Antes da palavra, antes da técnica, antes da intenção, está o corpo. O que nos torna ainda humanos num mundo de máquinas? Albano Jerónimo Fala-se disso com uma clareza rara: o corpo não mente, não adorna, não otimiza. O corpo não tem discurso — tem presença. E na era da comunicação acelerada, onde tudo é mediado por filtros, algoritmos e versões de nós mesmos, esta é uma ideia que nos devolve ao essencial. Comunicar não é impressionar; é estar presente. O erro como método e como espaço seguro A segunda grande linha desta conversa é o erro — não como desgraça, mas como ferramenta. E aqui há um ponto forte: ao contrário da ideia dominante de que falhar é perigoso ou condenável, o convidado assume o erro como ponto de partida. É no erro que se descobrem novas possibilidades, que se afinam gestos, que se encontra o tom certo. O erro é uma espécie de laboratório emocional. E esta visão não se aplica só à arte. É também um modelo de liderança. No teatro e nas equipas, defende que o ensaio deve ser um lugar onde se pode falhar sem medo — porque a criatividade só existe quando não estamos a proteger-nos o tempo todo. Criar espaço para o erro é criar espaço para a coragem. Infância pobre, imaginação rica A conversa revisita ainda as origens do convidado — um contexto de escassez que se transformou numa máquina de imaginação. Um tapete laranja, bonecos de bolo de anos, uma casa pequena que exigia inventar mundos alternativos. “Há quem estude para aprender a imaginar. Há quem imagine para sobreviver.” Esta frase resume bem o impacto da infância na sua forma de estar. A imaginação não é um escape — é uma estrutura vital. E quando mais tarde se interpretam personagens duras, frágeis ou moralmente difíceis, não se parte de conceitos abstratos; parte-se dessa memória de observar o mundo com atenção e curiosidade. Entrar num personagem é entrar num corpo que podia ter sido o nosso. A relação com a tecnologia e o palco: carne.exe e o confronto com a Inteligência Artificial Uma das partes mais inesperadas e ricas da conversa é a reflexão sobre a peça carne.exe, em que o convidado contracena com um agente de inteligência artificial criado especificamente para o espetáculo. Uma “presença” que responde, improvisa e interage — mas que não sente, não cheira, não erra. A conversa revela uma inquietação legítima: o que acontece ao humano quando se retira o corpo da equação? Quando a imaginação é substituída pela otimização? Quando a falha desaparece? Há uma frase que se tornou icónica: “Uma máquina pode descrever um cheiro… mas não o sente.” É aqui que a arte se torna também crítica do seu tempo: o perigo não está na tecnologia em si, mas na possibilidade de nos esquecermos do que nos diferencia dela. Masculinidade, vulnerabilidade e o lado feminino O episódio toca ainda num tema essencial: as masculinidades contemporâneas. Fala-se de dúvidas, fragilidades, contradições — de como fomos educados para esconder sentimentos e de como isso nos limita. E há uma admissão honesta e importante: a presença de um lado feminino forte — não no sentido identitário, mas sensorial. Esse lado que observa, que cuida, que escuta, que sente. É talvez a parte mais desarmante da conversa: a vulnerabilidade não diminui; amplia. A sensibilidade não fragiliza; afina. A mãe, a sobrevivência e aquilo que nos organiza por dentro Um dos momentos mais humanos surge quando se fala da mãe — do que ela ensinou, do que ficou, do que ainda ressoa. A conversa entra aqui num registo íntimo, afetivo, não sentimentalista, mas cheio de verdade. É um lembrete de que, por muito que avancemos na vida, há sempre uma pergunta que nos organiza: como é que sobrevivi até aqui e quem me segurou? Cuidar dos outros: uma ética para a vida e para o palco A conversa termina com uma ideia simples e luminosa: cuidar é uma forma de estar no mundo. Cuidar do colega, da equipa, do público, de quem está ao nosso lado. Não é um gesto heroico; é uma prática diária. E é a base de qualquer comunicação que queira ser mais do que um conjunto de palavras. Albano Jerónimo está em cena entre 12 e 14 de dezembro, no CAM – Gulbenkian, com o espetáculo carne.exe, de Carincur e João Pedro Fonseca, onde contracena com AROA, um agente de inteligência artificial desenvolvido especificamente para a peça. O projeto explora as fronteiras entre corpo, tecnologia, imaginação e presença — um prolongamento direto dos temas que atravessam esta conversa. LER A TRANSCRIÇÃO DO EPISÓDIO Esta transcrição foi gerada automaticamente. A sua exatidão pode variar. 0:12 Por vivam bem vindos ao pergunta simples, o vosso podcast sobre a comunicação hoje com o ator e encenador albane Jerónimo, alguém que procura o erro para se fertilizar, que acha que tudo começa no corpo, numa respiração, no momento. 0:29 Albano Jerónimo, que fala neste programa, não é só o ator, é uma pessoa que aparece ora com uma simplicidade radical, ora com uma complexidade e a profundidade que nos obriga a seguir atrás. 0:51 Hoje vamos falar do corpo, da imaginação, do erro, do cuidado, do afeto e dessa coisa difícil que é ser pessoa. Porque, sejamos honestos, há dias em que não sabemos comunicar, não sabemos ouvir, não sabemos lidar, connosco e mesmo assim continuamos a tentar. 1:06 É isso que nos salva, é isso que nos torna humanos. O convidado de hoje viu exatamente nesse território onde as palavras às vezes não chegam para ele. Tudo começa numa frase, num gesto, num olhar, numa respiração, na forma como se ocupa um espaço, como se sente o chão. 1:22 Há quem passe anos a tentar treinar a dicção, mas ele comunica da maneira como está e isso, muitas vezes explica mais do que qualquer discurso. Ao longo desta conversa, percebe que o trabalho dele não é só interpretar personagens, é observar o mundo como quem escuta. 1:37 É absorver o que acontece à volta e devolver sem couraça, sem esconder o que é frágil. E no meio disto tudo, há ali sempre um cuidado discreto, uma preocupação em não ferir, em não atropelar, em não roubar espaço ao outro. Ele fala muito de afeto, não como romantismo, mas como ética, e percebe se que para ele comunicar é isso, é cuidar. 1:58 E depois há o erro, o tema que atravessa toda a conversa. Há quem fuja dele e ele corre na direção contrária. Ele procura o erro. Não porque queira provocar, mas porque percebeu que é no erro que acontece qualquer coisa. O erro obriga nos a parar, a ajustar, a aprender outra vez. 2:15 É o momento em que a máscara cai e vemos quem somos e, no fundo, é o lugar onde ficamos mais próximos uns dos outros. Ele diz isso como a simplicidade desarmante, falhar não é cair. Falhar é encontrar. Quer sempre experimentar coisas diferentes. Agora, por exemplo, está a criar uma peça a carne ponto EXEA, peça onde contracena com uma inteligência artificial criada só para estar em palco com ele. 2:40 E aqui abre se uma porta grande, o que é a presença, o que é a relação, o que é que um corpo humano consegue fazer? Ele disse uma frase que me ficou na cabeça, uma máquina pode escrever e bem, um cheiro, mas não o consegue sentir. E percebemos que este confronto com a inteligência artificial. 2:55 Não é só teatro, é uma reflexão sobre o mundo que estamos a construir, onde tudo é rápido, mas muito pouco sentido. Falamos também de masculinidade, não a do peito feito, mas a das dúvidas e contradições. E aqui acontece uma coisa bonita. E ela admite, sem qualquer agitação, que tem um lado feminino muito forte, que contracena quase a tal masculinidade e que a sensibilidade feminina e masculina é uma ferramenta. 3:18 Ainda é uma ameaça. No fim, falamos deste tempo em que vivemos, da pressa da polarização. Do cansaço e de empatia. E eu aprendi 3 coisas principais. A primeira é que comunicar começa no corpo, antes da palavra. Há sempre uma respiração que diz tudo. Um gesto aparece no corpo antes de aparecer dentro da nossa cabeça. 3:37 A segunda? É que o erro não É o Fim, é o princípio, é o lugar onde crescemos e onde nos encontramos com os outros também da comunicação. E a terceira é que a sensibilidade não é um luxo, é uma forma de sobreviver, sim, mas muitas vezes é a única forma de percebermos quem temos à frente. 3:54 Se esta conversa o fizer, aprendar um pouco ou simplesmente respirar fundo já valeu a pena. Viva Albano Jerónimo. Apresentar te é sempre um desafio ou fácil ator? Canhoto, estamos aqui 2 canhotos, portanto já estamos aqui. 4:13 Como é que tu te apresentas? Quando, quando, quando quando aparece alguém que não te que não te conhece, EE tu chegas lá e dizes. Eu, eu sou o Albano. Normalmente nós definimos sempre pela pela profissão, habitualmente não é? Não sei com não sei se é da idade, mas digo o meu nome, Albano. 4:29 Digo que sou pai, sou irmão, sou amigo e que calha ser também ator e às vezes encenador. E às vezes encenador, já gostas mais de ser ator ou encenador, imagino que. São zonas diferentes, zonas de comunicação diferentes. 4:47 Ser ator tenho o privilégio de ser ator e consigo estar por dentro, de certa forma, do processo, junto dos corpos dos atores ou de quem eu convidar para fazer um determinado trabalho e teres uma perspetiva de todo que é construíres um objeto artístico. 5:03 Que é outra perspetiva. Isso enquanto encenador, enquanto encenador, o trabalho do encenador é muito o estimular que os atores façam uma determinada coisa. Como é que funciona o processo mesmo porcas e parafusos, como eu costumo dizer. É, é. É um pouco no sentido em que, no fundo, eu tenho que gerir escutas e sensibilidades em torno de uma determinada zona de ação, ou um momento específico, ou um texto. 5:28 E então, para mim, passa muito por uma gestão quase pessoal. E emocional e obviamente, muito técnica também, muitas vezes. Como a técnica quer dizer o quê diz isto desta maneira dá mais ênfase que eu ou não é preciso, porque tu quer dizer, quando trabalhas com profissionais, eu lembro me sempre mal comparado com com os treinadores de futebol. 5:47 Estava sempre a pensar no Mourinho, por exemplo, que é não se ensina nada um jogador de futebol profissional de topo. Suspeito que no caso de 1/01/1 ator profissional de topo, também há muito pouca coisa que se possa ensinar em termos técnicos ou não. De certa forma, acho que podemos sempre aprender qualquer coisa uns com os outros. 6:05 Mas é um bocado a imagem do pastor. O pastor não muda AA ovelha, por mais que se esforce, e nessa uma teimosa sim, também se apanha. Mas no fundo, aquilo que eu tenho, a minha função central como encenador, é, é, é escolher o pasto onde as ovelhas podem comer. 6:23 E nessa lógica também me permite ter um afastamento e divertir me. Ter uma perspetiva, uma posição de tal forma afastada que me permite olhar e divertir me com esse processo todo. És uma espécie de primeiro espectador. Sim, e sou. 6:39 Tento sempre criar uma zona confortável, uma zona de segurança, uma zona segura de trabalho, onde nós estamos aqui é uma espécie de comunhão em torno de uma coisa concreta. E então isso é uma zona segura. É um safe SPACE, como se costuma dizer, o. Que é que é o que é que é o espaço seguro? Ou ou podemos, ou, pelo contrário, o que é que é um espaço inseguro? 6:57 É um espaço onde tu podes um inseguro. É um espaço onde tu existes com limitações, pelo menos aquilo que eu pretendo no teatro nacional 21, que é a estrutura profissional que eu tenho e não só eu. A Claudia lucaschew e o Francisco Leon tentamos sempre desenvolver zonas de Liberdade, zonas onde tu podes existir, contudo, em pleno, ou seja, com erros, porque é isso que nos interessa. 7:18 No fundo, é quase trazer à superfície. Essas falhas, porque é isso que nos torna de facto mais interessantes. E depois o erro é para aperfeiçoar e para apagar ou para assumir? Não sei como é que eu. Acho um bocadinho disso tudo, mas tendencialmente é para assumir, porque o erro. Eu costumo costumo dizer que o erro é o nosso melhor amigo de facto, porque é o momento onde tu deixas de pensar e te conectas com o momento. 7:40 Não há cá, digamos, preconceitos de qualquer coisa, ideias feitas à partida. Há um erro, há uma falha. Paras a narrativa, a tua própria. E então estás em conexão total com o momento e, de certa forma, na falha. 7:55 Existe uma proximidade com o espectador, com esta coisa de estarmos vivos. A falha tira te essas defesas, dá te corpo. A vulnerabilidade, sem dúvida, então, mas para um ator como tu, com, com, com a capacidade, com o talento e com os anos que tens de profissão, esta ideia de de de falhar não é uma coisa que te perturba. 8:15 Não é mesmo o oposto, eu quero falhar. Eu tento sempre muito, falhar muito, porque é aí que eu me sinto numa espécie de de vertigem qualquer, neste Salto de fé que é um bocado. Aquilo que nós fazemos também é uma vertigem qualquer próxima do corpo. 8:33 EE fazer coisas que eu desconheço, no fundo é pôr me a jeito numa escuta ativa, para aquilo que eu não sei. E fazes isso de uma forma deliberada. Sim, faço como trabalhando imenso, sei lá, no caso específico de um filme, decorar, quando digo decorar é mesmo decorar total a totalidade do guião, as minhas dessas, as tuas deixas para depois em plateau, eu poder destruir tudo e não pensar no texto. 9:03 O texto é o corpo. Portanto, é é mais ou menos como quando nós estamos a conduzir um carro pela primeira vez, em que temos que pensar nas mudanças e nos pedais e fins. O que tu estás a dizer é que tu absorves o texto, o teu e da das outras, da da, da, dos outros atores com quem tu estás a contracenar, para depois ter a Liberdade de dançar sobre sobre esse texto. 9:21 Precisamente. E aí vem o erro. E o erro é o momento de descoberta as pessoas, não sei porque há uma tendência de associar o erro. Não é o erro, é uma coisa má. Na vida, no dia a dia, digo, obviamente há casos e casos, não é? 9:38 Mas o erro é sem dúvida nenhuma a coisa mais interessante, então, nomeadamente nos tempos que hoje correm com tecnologias onde com instagrams, onde temos uma espécie de best of das nossas pessoas e tudo é perfeito. Tudo é bonito, o ângulo perfeito, a luz perfeita. 9:55 O erro é urgente. É trazer me quase um elogio do erro ou o elogio da falha acho que é mesmo necessário. Há uma plasticidade falsa nesse nesse mundo perfeito. Com certeza, há umas personas todos nós representamos. Quando saímos de casa, dizemos, OK, eu sou esta persona e, portanto, vou, vou fazer, vou fazer uma coisa qualquer, mas isso é uma coisa. 10:16 Provavelmente intuitiva, uma inconsciente sequer inconsciente, não é? Sim, sim, sim. Bom, tu com esta vontade de te pores a jeito, porque na realidade eu acho que é quando eu te olho como espectador, eu vejo te como o comunicador que se põe a jeito que é. Ele meteu, se ele meteu, se noutra alhada é sempre aquilo que eu estou à pena, estou bom. 10:34 Princípio. Ele meteu se noutra alhada, como é que como é que ele se vai desenrascar disso? EEE quando quando nós combinamos esta esta conversa? Um passarinho disse me que tu estavas a fazer a montar uma peça AA encenar uma a ensinar não. Neste caso, tu vais ser o ator da peça em que decidiste falar com uma máquina, ó diabo, tu és o novo kasparov. 10:57 Neste caso, na sua versão, o homem vai bater a máquina, não é porque kasparov foi aquele que tentou, tentou, na realidade conseguiu. Depois há dúvidas sobre se havia alguma batota naquela máquina na primeira vez que a máquina bateu kasparov. O que é que se fala com uma máquina? 11:14 É um é um projeto, um espetáculo, uma performance. O que for do coletivo zabra, o coletivo zabra já agora faço aqui uma nota que é é um coletivo que eu gosto imenso do trabalho que tem feito, nomeadamente numa zona experimental de vídeo de som. 11:30 Tem objetos artísticos muito interessantes, na minha ótica, onde são sempre muito próximos da filosofia de uma perspetiva existencialista. Juntando isso com uma tecnologia que eu acho isso Superinteressante, aqui há uma otimização desse discurso onde o homem versus máquina surge em cena e, de facto, foi desenvolvido um modelo de inteligência artificial. 11:50 Estamos a falar do espetáculo carne, ponto EXE, que vai estrear agora na gulbenkian, a 1213 e 14, no centro, no cam, no centro de artes modernas, só 3 dias, só 3 dias e já está esgotado. É verdade, mas isto para te dizer o que é que é este diálogo? 12:06 Onde é que nós nos situamos? E é um projeto experimental, nunca feito até hoje em Portugal, pelo menos que eu saiba onde nos colocamos, digamos, frente a frente com uma máquina. O que é que prevalece, o quais é, quais é que são as valências de uma inteligência artificial versus uma inteligência humana? 12:25 E vamos jogar um bocadinho o nosso diálogo por aí com uma dose de improvisação total. Eu posso dizer literalmente o que quero. Perguntar o que quiser à máquina e a máquina vai me responder literalmente o que ela quiser. Quer dizer que tu não vais fazer um ensaio em que as tuas falas estão definidas e a máquina também tem falas definidas? 12:43 Não, não queres este livro? É tudo livre? É tudo livre? Sim. Eu. Não quero estragar o espetáculo, mas o que é que tu perguntas à máquina? O que é que tu queres saber da máquina? Vou deixar isso à consideração do espectador, convido vos sim a irem à sala, mas as? Pessoas vão poder também também ajudar te nesta nesta conversa com a máquina. 13:01 Não sei. Podemos abrir aqui agora essa caixa de Pandora. Podemos abrir aqui 111 espécie de sugestões de perguntas que as pessoas achariam interessantes para para perguntar à máquina. Eu acho que isso é um grande exercício. Como é? Como é que tu te dás com os com os chat GPTS cá da vida? Eu tento não usar ou não uso de todo. 13:17 Eventualmente usei uma vez para desenvolver. Lá está um guião, numa questão dramatúrgica e de possibilidades várias. Então, e se esta personagem fosse assim? Então e se esta trama fosse, ele não tivesse uma relação com esta pessoa, fosse com outra, para perceber as ramificações de um possível outro, guião à volta daquilo que me é dado, não é? 13:36 Assusta te essa ideia. Achas que te que te pode retirar criatividade ou que nos pode pode nos transformar todos no fundo, na linguagem da máquina? Susta me um bocadinho, porque se perde aqui não só a questão do erro que falávamos há pouco, esta otimização do ser humano não é perde. 13:53 Se aqui um bocadinho, é como a caligrafia. Nós hoje em dia já muito pouca gente escreve EE, esse exercício da caligrafia é absolutamente fundamental, não só te define enquanto pessoa através do tipo de letra que tu usas, como escreves da forma como escreves. Então aquilo que eu tenho de certa forma pena ou receio, se quiseres, é que se perca um bocadinho esta. 14:15 Este este usa esta experimentação de se ser humano que é das coisas mais fascinantes que existe, que está intimamente porque ligado com a questão do erro que falávamos há pouco também. Olha, e outra coisa que é profundamente humana é, é a relação tal e qual relação entre pessoas, a relação entre atores que tu estavas a dizer, mas tu neste aqui tens que te relacionar com com aroan, que é que é o nome da precisamente, que é o nome. 14:38 Não sei se lhe posso chamar personagem, não sei o que é que lhe posso chamar. Como é que tu te relacionas lá está com uma máquina, sabendo que a máquina não tem inteligência? Chamo lhe inteligência artificial, mas não tem uma inteligência, não tem seguramente uma sensibilidade, é um modelo. 14:55 Como é que é essa relação? É uma descoberta também em tempo real. Nós estamos estamos a ensaiar, mas existe uma espécie de diálogo com uma ideia de quase de de de uma biblioteca de uma Alexandria. Imagina como é que tu falas com uma coisa destas? 15:12 Sendo que nós temos corpo, o corpo de uma aroa é outra coisa. Digamos que a minha realidade é o meu corpo, como é que eu contraponho a uma realidade toda ela? Informática, de certa forma quase bélica. Como é que tu começas um diálogo em setas, uma conversa, um imaginário, com uma máquina? 15:33 Então um bocadinho estes limites até receios que nós hoje temos. Há pessoas, muitos. Conhecidos e amigos que eu tenho que têm um certo receio desta evolução quase de bruto. Não é brutal, é? Não é. É cavalar da da tecnologia, ou seja, que nos está a colocar numa zona que nós ainda não sabemos qual é. 15:53 Então, o espetáculo também se propõe um pouco AAAA mexer a trazer à superfície estas questões. Porque é uma fala sem rede no fundo não é porque a máquina lá está por um lado, é muito rápida, por outro lado é muito dócil, vai, vai sempre tentar encontrar uma solução, nem que a tenha que inventar ou ou alucinar. 16:09 E nós começamos a perder o controlo de perceber onde é que está ali a Fronteira entre entre a verdade ou ou ou entre o que é que em em que é que nós podemos explorar melhor a máquina ou ou em que é que a gente devia dizer não, obrigado, máquina, eu agora vou escrever aqui o meu texto à mão. Sim, mas que digamos que há uma tendência para ir diminuindo. 16:28 O papel de estarmos aqui vivos não é da tua criatividade, da tua, digamos, o teu trabalho intelectual, emocional. Uma máquina não tem cheiro. Quanto muito pode descrever um cheiro? Esse cheiro é queimado, não é bom. 16:44 Exato. Agora nós podemos sentir esse cheiro. A própria máquina não sente esse cheiro, é queimado, pode detetar, uma falha qualquer. Algures. Portanto, é um bocadinho este diálogo entre aquilo que tu de facto valorizas no fundo, aquilo que me tem dado. Assim, de uma forma muito resumida e não querendo levantar o véu, é que o privilégio das coisas simples e a importância que elas têm no teu dia a dia e. 17:08 Isso é uma necessidade para ti? Sem dúvida, sem dúvida é, é vital. Olha, eu tinha. Eu estava a falar do corpo. EE num dos tópicos desta conversa, tinha tinha escrito aqui o corpo. Que quando te vejo como instrumento político, poético e comunicacional, o teu corpo fala antes da voz, antes de tu dizeres qualquer coisa num palco ou num 7 filmagens. 17:30 É pá, eu espero que sim, porque estou. Eu estou estava aqui a pensar no estávamos a falar bocadinho do do Arruda, da da da série rabo de peixe. Aquele Arruda ainda não disse nada. EEE isso. EE só. Eu estou a olhar a tua testa AA boca. 17:48 E eu já disse, eu não quero, eu não quero encontrar esta pessoa à noite. Quer dizer, porque ele quer dizer, fiquei estendido. Não, não sei o que é que acontece, como é que se compõe isso, como é que se faz isso? Como é que tu usas isso? Como é que tu usas o teu corpo? Acho que é um pouco isso que estavas a dizer há bocado, que é o corpo tem que falar. E a memória do corpo é algo que não engano. 18:06 É um pouco como a memória dos sapatos. Os sapatos nunca mentem. Podes ter uma máscara, mas os teus sapatos? Vão te denunciar no andar que tu tens. Portanto, o corpo imprime uma impressão digital no chão, que se traduz num sapato à partida. 18:22 Portanto, eu tento sempre que o corpo seja um bocadinho. Essa alavanca tem tudo que passar pelo corpo, por mais cerebral que seja um trabalho mais intelectual que seja, mas o corpo tem que lá estar, porque a minha realidade é o meu corpo, não é dentro dessa lógica que falei há pouco. 18:37 E então? Respondendo de outra forma, a melhor definição de um ator que eu ouvi foi esta que é um ator, é um cerco que respira e só isto. E então o respirar vem do corpo, passa pelo teu corpo. 18:54 E se te focares nesses impulsos primários que eu acho que aquilo que eu faço é um elogio, é uma espécie quase Bárbara de existir aos impulsos básicos de vida, de vida, de existência. Procuro sempre que o corpo venha sempre em primeiro lugar, até às vezes faço um exercício que é, como é que eu poderia comunicar isto sem palavras, porque o corpo tem que lá estar primeiro, porque atrás vem tudo. 19:19 Eu posso não saber o meu texto, mas se eu adquirir esta posição que agora adquiri, se calhar aqui neste gesto está associado a 11 solilóquio e eu não sabia. E eu, AI verdade está aqui, esta é a parte que eu ponho aqui a mão, pois é. Um exemplo básico, mas a verdade é que o corpo tem que ser a alavanca de tudo, para mim, pelo menos. 19:37 Que instintos básicos são esses? Quais são esses, essa paleta de cores que tu trabalhas? São os sentidos básicos. É uma coisa meio de sobrevivência. Eu venho do meio pobre também. Importante referir isto neste sentido, e sempre me habituei a gerir aquilo que tinha e não aquilo que gostaria de ter. 19:57 Então, para mim, pequenas coisas eram mundos. Como é que é? Foi essa tua experiência na tua infância? Sim, sim, eu lembro me perfeitamente. Eu brincava imenso no tapete laranja que tinha em casa, que tinha os cantos arredondados, era um tapete assim mesmo, pequeno, e via aqueles bonecos de futebol que vinham nos bolos de anos. 20:13 E pelos tubotios. Exatamente. E eu tinha uma série deles e passava horas, mas horas mesmo, a jogar naquele tapete. E aquilo para mim era o mundo sem fim. Pegando nesse exemplo. Eu amplio para o meu dia a dia e tento que a minha vida seja exatamente que exista diariamente em pequenos mundos, onde um plano apertado em cinema para mim é o mundo muitos atores sentem se enclausurados. 20:37 Mas não. Isto aqui é tão pequenino que eu posso viver nisto tudo. Não é arriscado esses planos de lá? Está da tua cara muito fechado. Não ampliando o conceito também de saber o lugar que tu ocupas, que é muito importante na vida. Num plano apertado em cinema, também é saber o lugar onde tu existes e os olhos são uma arma absolutamente brutal. 20:58 Eu posso ter um olhar aqui contigo, mas se abaixar, sei lá, umas pálpebras. Até metade do meu olhar já é outra coisa. E. Denuncia nos logo porque nós conseguimos ler. Automaticamente qualquer um de nós lê o outro de uma forma parece que viemos com essa programação. No fundo, está a fazer me a dizer, tu vens? De um meio economicamente pobre agarraste a que, mestres, onde é que, onde é que, como é que como é que tu transformaste no fundo, essa escassez em abundância? 21:25 À minha mãe, aos meus irmãos, à capacidade de trabalho, ao conceito de família, ao amor EEA, importância do outro se quiseres em comunidade. 21:41 Como é que tu sobrevives? O que te disse, o que te disse à tua mãe? O que te disse à tua? Mãe disse me muitas coisas, mas destaco aquilo que disse há pouco, saber o lugar que tu ocupas. Se queres alguma coisa, tens de trabalhar para ela. E se não te respeitares a ti, ninguém te vai respeitar. 21:59 Portanto, são princípios que eu hoje ainda uso e tento passar à às minhas filhas e ao meu filho. Olha como é que se constrói? E eu acho que tu és um bom exemplo disso. EE, há bocado estavas a falar da vulnerabilidade e da falha num tempo em que estamos a discutir ou a reorganizar um bocadinho o universo feminino e masculino. 22:18 EE todas as diversidades que cabem aqui, nesta, nesta paleta, como é que se constrói diferentes masculinidades corporais, se quisermos? Onde tu tens que demonstrar isso, lá está desde a fragilidade até à violência, desde a intensidade até à suavidade. 22:39 Eu acho que vêm todas do meu lado feminino. Do teu lado feminino? Sim, eu tenho um lado feminino, tu sentes te. Feminino. Sim, muitas vezes sim. E acho que é dos lados mais interessantes que eu tenho. Pode vir da minha mãe, pode vir do convívio com a minha mulher, com as minhas filhas, dos meus colegas, os meus amigos, colegas atores, o que seja. 22:56 Mas eu sou um homem feminino. Gosto de pensar em mim dentro dessa lógica do sentir ou de absorver aquilo que está à minha volta, porque não gosto de reduzir aquilo que faço ao meu corpo masculino, biologicamente falando. 23:13 Gosto de ampliar o meu espetro de entendimento das coisas e de mim próprio, através do meu ser feminino. Acho que é muito mais fértil, se calhar. Dando te outro exemplo, o meu trabalho é político. No que diz respeito à minha atitude pessoal, tenho obviamente, as minhas tendências ou preferências ou crenças, o que seja. 23:35 Mas o que é interessante não é fechar. Me outro exemplo, eu não fecho. Eu não gosto de pensar em personagens. Acho que me fecha o leque de possibilidades. Eu fecho sozinho quê? Em momentos, momentos que imagina, entrava agora aqui um homem com uma metralhadora neste estúdio. 23:51 A forma como tu reagias ao mesmo acontecimento é que te poderia eventualmente definir como uma possível pessoa ou possível personalidade, portanto, uma vez mais, é no sentido de abrir o meu leque de opressões, aumentar o meu alfabeto de comunicação. E estás sempre a tentar fazer isto. Tento, tento, porque eu gosto muito de viver. 24:10 EEE ficar fechado numa só leitura, no só corpo, numa só pele. Aqui me cria me aqui uma espécie de toiro toiro enraivecido, citando aqui Martin score César. Lá está, mas é curioso tu a definires te como eu quero ir à procura do meu eu feminino, mas o teu corpo e até muito da tua atuação, da tua fórmula, da tua, da tua marca na nos trabalhos que fazes eu eu defino desde já como um, como um ator profundamente masculino também nessa afirmação. 24:40 Nem que seja pelo contraste. Ir buscar o meu lado feminino para fazer o oposto. E dá para misturar? Completamente, completamente. Eu gosto dessa desse menu de degustação, desse melting POT que pode ser por estarmos aqui. 25:00 E acho que é também importante. Por outro lado, hoje em dia, quando se fala em conceitos como masculinidade tóxica, por exemplo, acho muito pertinente e interessante que se fale. Que há homens que não têm receio de assumir uma certa fragilidade, um certo lado feminino, um certo espectro de sensibilidade de outro. 25:23 Porque acho que é importante uma vez mais um homem esta ideia de que homem macho, alfa, branco, o que seja, acho que tudo tão redutor ao mesmo tempo. Foi uma armadilha que nos montaram. Há várias armadilhas sociais que nos catalogam de determinada forma e que nos marcam os comportamentos, quer dizer. 25:43 As mulheres levaram a fatura. Pior não é? Quer dizer, é isso, mas, mas provavelmente agora, nos últimos anos e tempos, as coisas estão estão a mover se mas o que tu estás a dizer é que para os homens também é uma fatura, que é que é uma menor? Permissão de de de estar também nesse espectro da familiaridade. 25:59 Sim, acho que sim. Se não, vejamos os últimos exemplos que temos de jovens vários jovens AA terem opiniões extremadas, nomeadamente de direita, não só de direita, mas também de esquerda, mas os vários casos agora, recentemente no Instagram, 111 espécie de associação, eu não quero dizer o nome de propósito, mas que se pauta exatamente por valores ultramasculinos. 26:19 O que é que é isso? Repressão feminina total, portanto, acho que. Na base de tudo isto, uma das coisas que existe, não tenho dúvidas, é o receio. É o receio de existir de outra forma, porque o que é que há depois deste desta embalagem de masculina tóxica, forte, super bombada, proteína style. 26:39 O que é que há? Não sabem? E então eu proponho exatamente a fazer um exercício oposto, não tenho a coragem de tirar essas máscaras de. De não corresponder a um estereótipo, o. Que torna cada vez mais difícil. Lá está estava estava a falar da polaridade da polarização. 26:56 Não, não citando, eu também estou contigo. Acho que há coisas que a gente não deve citar que é para não as propagar. Acho que é. Acho que é uma boa, uma boa estratégia. Aliás, agora que o quando o Nuno markl ficou doente e houve. Algumas probabilidades, uma em particular, mas houve outras que tenta porque perceberam obviamente o carrinho que isso dava de popularidade e fizeram uma declaração profundamente imbecil e infeliz EEE, eu e eu apanho Montes de amigos meus, pessoas de quem eu gosto, a dizer, já viste o que está a acontecer? 27:24 E eu alguns ligo e diz, e tu já viste o que é que estás a fazer quando estás AAA propagar na tua rede aquilo que é uma coisa imbecil, quer dizer, mostra vasos de flores, quer dizer, é preferível quem estás a fazer uma coisa, é a melhor gato a tocar piano, será a fazer qualquer coisa. Menos, menos dar esse esse Lastro a é o que está a acontecer. 27:42 Como é que num mundo tão polarizado e onde tudo está a ficar muito extremado, à esquerda e à direita, mas não só com as pessoas todas cheias de grandes certezas. Oo papel da arte, isto é, quando tu arriscas coisas no Na Na arte, o que é que levas como reação? 27:58 OK, os teus fãs obviamente vão aparecer a dizer que tu és extraordinário e o fel levas com muito fel. Nas re erguesinas, sim, eu espero que sim. Eu costumo dizer que um bom espetáculo é quando algum algum espectador sai, porque acho que um objeto artístico não tem que forçosamente agradar a todos. 28:19 Aliás, até sou da opinião que se não agradar a todos é mais interessante, porque isso significa, entre muitas outras coisas, que está a provocar aqui alguma reação, que alguém está em desacordo, completo e não gosta de tal forma que sai de uma sala de espetáculos. Eu acho isso extremamente interessante e útil. Porque estamos a apelar a um espectador emancipado no sentido em que ele tem que se chegar à frente com uma atitude, tem que tomar uma decisão sobre aquilo que está a haver. 28:41 E se sair, a gente diz, OK, esta pessoa teve esta opinião, não está a gostar disto? Ótimo. O que 11 dos objetivos daquilo que eu faço é que, de facto, aquilo que se constrói, trabalha com todo o amor e profissionalismo e por aí fora, que provoque reações e que as pessoas tenham a coragem de se inscrever nessa reação, nesse gesto que é preciso ter coragem também para se inscrever numa ação tão. 29:03 Barulhenta, como sair de uma sala? Portanto, que a arte surge, surge para exatamente estimular uma atitude em quem recebe, seja ela qual for, seja ela qual for. Eu gosto imenso de fazer espetáculos onde estão escolas, por exemplo. A maior parte dos meus colegas detesta fazer espetáculos. 29:21 As. Crianças são cruéis, não é? Elas são muito viscerais e muito dizem te logo. O que é que pensam sobre aquilo? Eu adoro isso, adoro isso porque não há filtros no sentido em que é um espectador super justo, porque nos coloca ali. Perante aquilo que estamos a fazer de forma justa, muitas vezes cruel e desnecessária e grata até ou gratuita. 29:40 Mas o que é interessante aqui, uma vez mais, é que estamos AA estimular uma reação, um pensamento sobre e acho que uma das funções da arte é, sem dúvida, estimular o pensamento, o pensamento crítico, o pensamento pessoal, questionas te no fundo. Estamos a perder esse essa veia do do pensamento crítico, sem dúvida. 30:00 Porque há uma, há uma higienização, há uma ingenuidade de tudo, do gosto, do sentir. Esta educação do gosto dá muito trabalho. E a cultura tem um papel fundamental nessa nessa perspetiva sobre as coisas e o mundo, não só sobre os objetos artísticos, mas sobre a vida, sobre tudo. 30:16 E a cultura vem exatamente para estimular essa capacidade de reação, de ter a coragem de dizer, não me tocou, não acho interessante porque no fundo, é que há uma ausência de pensamento crítico. E de discurso em si, posso dizer, não gosto nada daquela pessoa XYEZE. 30:35 Porquê vemos isso em debates políticos, quando se prende e se vive em chavões, vamos mandar fora do país determinadas pessoas, mas porquê? Desenvolva com que base baseie, se em quê factos, números, venha. 30:51 Temos OINE que é tão útil muitas vezes, mas. Nós está, mas depois entramos numa discussão que é uma discussão de propaganda e uma discussão de. Naturalista barata, não. É sim, e é. E é o aquele chavão. E eu ponho aquele chavão repetindo a mentira 1000 vezes. Se calhar ela transforma se numa numa verdade EE esta até estamos todos a discutir coisas sem ter esse cuidado até de ir verificar se aquela fonte faz sentido ou se aquela declaração faz sentido. 31:15 Mas, em princípio, se essas coisas deveriam ser até. Relativamente fáceis de parar. A minha sensação é que estamos todos cansados, não é? E quando ficamos frustrados com determinada coisa, uma boa solução populista, apesar de mentirosa, se calhar é aquela que a gente se agarra, porque porque estamos a sentir que que não conseguimos fazer nada. 31:35 No fundo, não. É, acho que uma das coisas que este desenvolvimento agora fala de uma forma geral, não é do desenvolvimento da tecnologia, não querendo empacotar tudo no mesmo saco. Mas as redes sociais, por exemplo, acho que contribuem para, de certa forma, a nossa empatia. 31:52 Está cansada? O algoritmo me deu cabo disto. Acho que é um pouco isso. Acho que estamos um bocadinho anestesiados. Estamos cansados. Ouve lá, temos uma revista que eu costumo comprar, que tinha uma publicação, um número muito interessante que. Exatamente dentro desta lógica que estamos a falar aqui da imagem do cansaço, que isso já deposita numa espécie de anestesíaco geral, que era uma edição sem fotografias e no lugar da fotografia tinha a descrição daquilo que estaria lá, e isso provoca te isso, só esse simples mecanismo. 32:23 Quase um irritante, não é? É irritante, mas é. Foi muito interessante porque, de facto, estimula o teu exercício de imaginar e não sei hoje em dia o que é que é mais horrível. Tu imaginas uma imagem concreta ou imaginares dentro do teu horror. Da tua história, cultura e educação, o que seja imaginares o possível horror através daquela descrição. 32:40 Portanto, no fundo, acho que temos que baralhar aqui o jogo e voltar a dar e ter a clara noção que, de facto, a empatia e os mecanismos de comunicação, de receção, de escutas são outros. O tempo é outro. Sim, porque se nós estivermos num mercado ou se estivermos num num não quer dizer num jogo de futebol, se calhar é um péssimo exemplo. 32:58 Mas Nenhum de Nós, ou a maioria de nós não diz as barbaridades que a gente lê. Nas caixas de comentários dos instagrams e dos facebooks quer dizer de pessoas que estão a dizer coisas completamente horríveis, verdadeiramente um insulto aos outros. Sem dúvida são montras de de disfarce, não é? 33:18 As pessoas escondem se atrás dessas matrículas. Tecnológicas para existirem de formas completamente grotescas. E aproveitam e aproveitam isso no tempo em que nós deixamos praticamente de ir ao cinema. Eixos que aparece uma série chamada rabo de peixe, filmada nos Açores, que para mim 11 série absolutamente fabulosa. 33:42 Onde tu entras? Desempenhando um tal de Arruda. Não sei se podemos descrever te nessa série como o pequeno meliante, o pequeno traficante OOOO pequeno mal, mas na realidade que sabe mais do que os outros no dia em que aparece droga, em que aparece cocaína em rabo de peixe, uma das freguesias mais mais pobres do do país e faz se o rabo de peixe, essa série, o que é que esta série teve de tão? 34:13 Extraordinário. Acho que a história em si é de facto, logo o ponto de partida é é absolutamente brutal e único, não é Na Na Na freguesia mais pobre da Europa, rabo de peixe da Acosta, fardos e fardos de cocaína e logo isso logo só esta. 34:30 Este enquadramento já é suficiente quase e depois passa se nos Açores não é Açores uma ilha que também é muito importante, pelo menos para mim, foi na construção desta deste possível Arruda. Tudo isto acho que traz à superfície para mim, no final do dia, o que é que tu fazes para sobreviver? 34:53 E que mecanismos são esses? E a que é que tu te agarras? E o que é que é mais fácil? O que é que tu optas por um bocado? Se tens a coragem ou não de quebrar os moldes de educação com que tu cresceste. É uma discussão moral interna. Eu acho que também passa por aí, sem dúvida nenhuma. 35:09 Que é uma vida desgraçada. E o que é que a gente faz para sobreviver? O que é que o que é que tens que fazer qualquer coisa? Eu acho que sem dúvida, se queres sobreviver, sim, claro, tens que fazer qualquer coisa e às vezes não é a coisa mais correta de todo, não é? Mas acho que o que é que faz de rap de peixe? 35:26 Acho que é o facto de ser isto que já mencionei ser feito em Portugal. A Geografia também, para mim é absolutamente fundamental. E depois tem esta questão que é universal, que é esta esta necessidade de te reinventares e de repente toma lá fartos de cocaína, o que é que tu fazes com isto? 35:47 Tem o teu euromilhões em cocaína. É para muitas pessoas, alguns sabiam ou muito pouca gente sabia quando de facto, chegou à ilha. E depois, toda a forma como o conceito, a ideia, o conhecimento se propaga é super fascinante para mim. Como é para mim é das coisas mais interessantes. 36:04 Como é que o conceito de que que é isto? Ah, isto é uma caneca, dá para beber coisas, Ah, dá para beber isto já não sabia. E isto e esta descoberta para mim é das coisas mais fascinantes. Eu acho que é das coisas mais inocentes, que eu acho que prende o espectador. Portanto, houve 11. No fundo, uma aprendizagem em rede que é mostrada nessa série. 36:21 Que é, eu não sei se isto é farinha para fazer bolos. Isto é uma coisa que nos vai aditivar a vida ou que vai matar alguém, porque depois também ouve esses esses fenómenos. Como é que se faz a composição desse mauzão, desse, desse Arruda, que contrasta muito com o personagem principal da série, mas nem tanto EE que e que aparece ali um bocadinho, como entre, por um lado, o ameaçador, por outro lado, Oo protetor e acolhedor. 36:46 Quer dizer, há ali, há ali muitos sentimentos que que aparecem no meio de no meio desta desta série. Então, como é que se cria? Eu tento sempre criar algo incompleto, algo que necessita de público. A Sério? Sim, tento sempre criar objetos coxos, objetos que carecem de um outro olhar para serem confirmados de alguma forma como. 37:07 É que é isso? Ou seja, o que é interessante para mim é quando tens 111 personagem ou um ou uma pessoa ou uma ideia de de uma pessoa que é o Arruda e que é 11 aliante como disseste 11 dealer um pequeno dealer. Interessa te só fazer isso ou interessa te que seja, de facto um ser incompleto, que tenha, que tenha essa capacidade de proteger a família, que é perfeitamente legítimo, que goste genuinamente da da sua filha à sua maneira, ou seja, que não seja declaradamente mau. 37:36 Acho que isso tão pouco interessante, uma vez mais, é tão redutor. Então temos que criar coisas incompletas, coisas abrangentes e nessa abrangência, detetas falhas. E é exatamente aí que eu, que eu trabalho, eu tento sempre criar. Objetos que é pá, que que carecem, que estão mal se quiseres ou que estão com falhas ou com rachas e que precisam de alguém para ficar completo, precisa do teu olhar para tu absorveres aquilo que viste do rabo de peixe e de certa forma sintetizar este Arruda. 38:08 Isso cria uma dinâmica de comunicação, sem dúvida. Sem dúvida. E a próxima? Esse sim e aproxima e aproxima das pessoas. Acho que Humaniza de certa forma. Porque a minha pergunta é, porque é que eu gosto deste mau? É um bocado isso. Não era suposto, não é? Quer dizer, então, mas ele é assim. Ele faz bullying ao resto dos seus amigos e ali à comunidade, ele trafica. 38:29 Em princípio, eu devia pôr te uma Cruz em cima e dizer por amor da Santa. Quer dizer, tira, tira me esta pessoa daqui, mas não, a gente tem essa empatia em relação a. Essa não há nada mais fascinante do que isso. Como é que tu tens empatia por um ser abjeto? E isso é fascinante. Como é que tu é quase grotesco? 38:46 E eu acho que é isso. Isso é que é fascinante. Acho que isso revela em parte, a matéria daquilo que nós somos feitos esta quase quase absurda em que vivemos, esta vida com que que é violentíssima? Como é que tu tens empatia por um ser violento? Eu acho isso fascinante em. 39:02 Princípio eu não devia acontecer. Pois. Mas, mas empatia, imagina? Tens um arco incrível para seres altamente violento ou altamente brutal. E isso é que eu acho que é interessante. É fascinante teres numa mesma cena, uma empatia com o público, uma comicidade até se quiseres e de repente acabares essa cena com uma violência Extrema. 39:21 Acho isso super fascinante, porque isso é que é destabilizador para mim enquanto espectador, é uma coisa que não é óbvia. Olha como é que foi a construção da série? Porque tu tu contracenas com? Atores muito jovens que que lá estão e que e que são, quer dizer, e para mim, ainda mais surpreendentes, porque não porque não conhecia o trabalho deles. 39:38 É tão simples como isso é pura ignorância. Mas como é que, como é que tu os ajudas? Como é que tu? Como é que tu? Há muitas cenas em que, em que se sente claramente que tu és o motor daquele. Provavelmente o realizador obviamente escolhe te também por isso. Como é que tu, como é que tu os ajudas? 39:54 Como é que tu, como é que tu os ajudas? Ou como é que tu lhes dás cabo da cena, não faço a mínima ideia se se tu, nesse afã de criar um desequilíbrio que crie comunicação, se os se os se os questionas, se os, se os, se os passas, eletricidade. 40:09 Não, não faço a mínima ideia. Como é que? Como é que é esse movimento? A melhor forma de os ajudar é é ser o mais competente possível. Na minha, na minha função, é a melhor forma que eu posso ter. Eu, eu não. Eu não sou muito de. De dar conselhos, porque não me coloco nessa posição. Obviamente, se alguém me perguntar alguma coisa, estarei sempre cá para isso. 40:27 Mas a melhor forma de os ajudar é eu ser altamente competitivo numa forma saudável. Ser competitivo, literalmente. Eu vou fazer isto muito bem. Se quiseres agora não, eu vou trabalhar tanto. Eu vou trabalhar tanto que eu parto sempre do princípio que eles sabem mais do que eu, isto de uma forma transversal no cinema, teatro, televisão. 40:48 Quem está ao meu lado, à minha volta, sabe mais do que eu. Portanto, eu, para os acompanhar, tenho que trabalhar muito e trabalho, de facto, muito, para quando for a jogo ter alguma coisa a dizer. E se eu for, se eu tiver focado naquilo que trabalhei e acho que o meu desempenho vai ser fiel àquilo que eu trabalhei, acho que é. 41:07 Estou a ser justo, não estou cá como bolshet para ninguém. E é a melhor forma de eu ser colega ou de dar na ideia de conselhos se quiseres. Portanto, não é uma ideia paternalista nesta tua relação com eles. De todo eu vou ser bom, vou trabalhar para ser muito bom e para que este produto seja extraordinário. 41:22 Exatamente isto é, deve criar uma pressão do catano em em em atores mais jovens e que estão a começar a sua carreira ou não. Eu espero que sim. É é difícil contracenar contigo. Eu acho que não. Eu sou muito lá está. Eu trabalho muito numa escuta e eu quero muito quem está ao meu lado. 41:41 Que que esteja no seu, na sua melhor versão, e então eu vou fazer tudo para que isso aconteça. Somos melhores, os outros são melhores também. Sem dúvida nenhuma isso eu espero sempre que os meus colegas sejam muito bons mesmo. E digo muito bons de propósito, sejam mesmo bons naquilo que sejam atores iluminados em estado de graça, porque é a única forma de eu também me quase educar, de de melhorar, de me potenciar naquilo que faço. 42:07 Porque se não for assim, é mesmo desinteressante aquilo que eu faço. Portanto, tu tens um poder secreto verdadeiramente, não é que acabas de confessar aqui que é na realidade, esse é o teu segredo, é conseguir potenciar no outro. Esse esse vislumbre de excelência é, é, é, é não conceder, não dar qualquer concessão a que o nível tem que ser muito elevado. 42:28 É pá sim, numa premissa de que eles sabem mais do que eu. Isso é o contrário da inveja portuguesa? Ah, eu não tenho nada disso, não tenho nada disso. Acho que isso é uma coisa que não não faz parte do meu alfabeto. Acho isso um sentimento horrível de transportar. 42:43 Não te acrescenta rigorosamente nada e sempre experiência. E o ego, o que é que tu fazes ao ego? O ego está sempre de férias. Tu não, tu és vaidoso. Eu olho para ti, quer dizer, tu pela pela maneira como estás. Como tu és vaidoso ou não? 42:58 Ou ou queres um desmentir já. Obrigado. Pela maneira como te cuidas, pela maneira, pela maneira como entraste no estúdio, pela. Maneira, palavra certa, cuidar. E a minha mãe sempre dizia uma das coisas que a minha mãe dizia não me ensinei há pouco, que é o afeto, o afeto, afeto, o afeto tens dúvidas, afeto e eu parto sempre deste princípio. 43:21 Eu não sei como é que as pessoas estão à minha volta e acho que a narrativa da vida muda quando tu és confrontado com a dor, não é? Portanto, ao saboreares essa experiência da dor, tu, o corpo, a realidade das outras pessoas, daquilo que tu desconheces do estrangeiro, ganha outra sensibilidade em ti. 43:41 Portanto, eu tenho sempre que cuidar das pessoas que estão à minha volta. E digo isto de uma forma transversal e de. Eliminar a sala, porque quando tu entraste aqui no estúdio, tu cruzaste com 34 pessoas e todas as pessoas com quem tu te cruzaste sorriram. É das melhores coisas que me podem dizer porque. 44:00 O meu trabalho passa por aí se quiseres a minha vida passa por aí, que é nesse cuidar do dia a dia de todas as pessoas. E sinceramente, se eu tiver se acabar um dia de trabalho e tiver feito 2 ou 3 pessoas, quebrar a narrativa do seu dia, já tenho o dia a ganho. 44:19 E digo te isto com todo o carinho e com toda a sensibilidade, porque é isso, cuidar, cuidar daquilo que tu desconheces é tão importante e isto é tão importante. EE, ou seja, no fundo, ainda a pergunta que fizeste há pouco em relação aos meus colegas e aquilo que eu faço é através do afeto. 44:39 Esta palavra é mesmo muito importante todos os dias. Cultivar isso em ti é uma espécie de nutrição? Sem dúvida, é a nutrição interessante para mim é essa foi assim que me relacionei com o Augusto Fraga, foi assim que me relacionei com o André schenkowski, que é uma peça absolutamente fundamental para a temporada, um que não esteve na segunda, segunda temporada, nem na terceira. 45:00 Foi assim que eu me é assim que eu me. Ou seja, no fundo, como é que eu posso ser fiel a uma visão de um realizador, de um encenador, o que seja de um colega meu, se eu não cuidar dessa pessoa, se eu, porque através do cuidar eu consigo entrar melhor nessa pessoa, consigo confiar, porque estamos a falar daqui de uma coisa que é basilar, que é a confiança que tu estabeleces com alguém. 45:23 Nem sempre isso é possível. Trabalhas lá fora, não estabeleces, às vezes, muita relação com quem te dirige ou por aí fora. Mas eu tento sempre deixar aberto esse canal da confiança, porque quanto mais eu confiar, mais consigo espreguiçar me naquilo que é a tua ideia sobre um texto. 45:41 Como é que tu lidas com as tuas neuras? É pá que é o contrário disso, não é que é o contrário da da nutrição. Quer dizer, quando tu estiveres solar, quando tu estiveres presente, quando tu acreditas que mudas a vida dos outros, Eu Acredito que tu estás em expansão, mas imagino o dia em que tu acordas ou que tu vais deitar. 46:00 EEE, tu EEEEE, te drenaram energia. E eu tenho muitas vezes essa sensação de quando a gente está com algumas pessoas que por alguma razão não interessa, mas que que que a única coisa que fizeram na nossa vida durante aquele dia foi drenar a nossa energia. EEE geralmente, e essa é a boa notícia, é que são são pessoas que são que que nem sequer são muito significativas para nós. 46:22 O que ainda é mais ainda me leva AO que é que como é que tu? Como é que o que é que tu fazes? Fechas te na conchinha? Não. Começas AAAA restaurar te. Já houve tempos em que me fechava, mas acho que me fechava por inexperiência ou por medo, e depois acho que está intimamente ligado com com esta coisa que te falei há pouco, da dor. 46:43 A dor acho que te devolve o corpo e devolve te o corpo. Numa consciência do agora. E nessa lógica, como é que eu vou gerindo estas estas coisas? Eu tento o facto de ser pai também te limpa muito a porcaria, porque os teus filhos são, podes vir e chegar a casa, todo partido, mas um filho é uma realidade tão forte, pelo menos para mim, e contagiosa. 47:11 Totalmente, que te obriga rapidamente AA ser altamente seletivo. E o hiper foco aí vem. Ou seja, o que é que é o que é que é completamente adereço, o que não é relevante. Tu tiras automaticamente tu limpas. Então tento exercitar me nessa autogestão, em tentar perceber o que é que de facto importa e aí filtrar aquilo que eu posso capitalizar em prol do meu trabalho, em prol do meu dia a dia. 47:37 E tento que não contamine muito aqui outras coisas, porque acho que é pouco interessante. E a no dia seguinte seguramente desaparece. Olha, nós estamos praticamente AA puxar, mas eu quero falar do estamos em tempo de ruído e para mim é muito interessante. E ri me muito a ver a série do Bruno Nogueira, onde tu, onde tu apareces que é? 47:54 Na realidade, é um conjunto de Sketch, mas que é completamente distópico. Em primeiro lugar, nós, quer dizer, estamos num mundo completamente em que é proibido rir. Não sei se é distopia ou se a realidade já está mais próxima. Aquilo é completamente louco, é completamente incongruente, é completamente absurdo e é absolutamente mágico. 48:15 Ali, eu tenho a certeza, apanho as minhas fichas, que houve ali uma comunhão geral na naquela, naquela tribo. Sem dúvida, é uma tribo falaste bem todas essas esses adjetivos que usaste para definir este ruído. 48:30 É, é. Passa tudo por aí que disseste, mas a confiança, a forma como nos conhecemos. A relação que temos já de vários anos, acho que tem ganho ali outra expressão, a expressão através de uma coisa que nos une ainda mais, que é aquilo que fazemos, o amor que sentimos por aquilo que fazemos, juntamente com aquela ideia de de Recreio, não é que é um Recreio? 48:52 Aquilo é um Recreio mesmo, não é? Portanto, vocês devem se ter rido à brava para fazer aquelas coisas. É muito livre, é muito solto e o Bruno tem essa, tem essa característica que é criar objetos soltos, livres, onde? A diferença existe e não só existe como eu. 49:08 É o motor central de tudo isto é o que nos alimenta é sermos tão diferentes e ali encontrarmos 11 ilha onde podemos coexistir em prol de quem está em casa. O que é que aquilo, o que a narrativa é, que aquilo tem de de de especial é, é, quer dizer, porque é que aquela aquela série, por um lado é deprimente, é opressiva. 49:29 Por outro lado, lembro me sempre da Rita cabaço com a mandar calar os os seus entrevistados já completamente fora assim. Quer dizer, há há ali coisas aquilo está escrito, aquelas coisas todas ou ou vocês têm têm essa possibilidade e capacidade de reinterpretar aquilo. Temos a capacidade de ajustar, mas obviamente 9590 a 95%. 49:50 Aquilo que lá está é escrito, como é óbvio, mas tentamos sempre expandir um bocadinho também, não fechar aquilo ao momento. Sei lá as exigências de um decore às vezes, mas há um momento como tu estás, como o meu colega está, como é que eu reajo a uma roupa que eu tenho e depois passas por processos de criação? 50:07 Make up guarda roupa que também são camadas de criatividade. Como é que tu no final desse bolo? Consegues existir, então, nesse momento ajustas sempre uma coisa à outra. Consegues sempre ir levar ou ir levar o discurso e ver onde é que, onde é que se tentar de ver, onde é que o público pode agarrar, o que é que se pode? 50:24 Eu espero que seja elevar. Porque? Porque muitas vezes muita coisa que sugere não é, não é, não é interessante, ponto. Mas sim, tentamos sempre potenciar aquilo que lá está, que por si só ganha. E depois aquilo, aquilo consegue, obviamente consegue, claro, respirar. 50:42 Mesmo nas coisas profundamente obsessivas. Quer dizer, porque há há momentos em que a gente sente até quase quase vergonha alheia, não é? Estamos a ver aqui uma coisa até até se pôr assim, uma Mona cara e outras. E outros momentos em que há momentos de expansão e que nós é é mais fácil fazer rir ou fazer chorar. Então a perguntar, me mais mais clichê do mundo, mas. 50:58 Não, não é. Não é o meu percurso todo. Estou. Estou mais habituado a fazer coisas ditas dramáticas ou sérias, ou o que seja. Mas a comédia também é séria, mas mais dramáticas. A comédia tem sido 111, registo que eu tenho vindo a descobrir nos últimos anos, sobretudo EE. 51:16 Eu acho que é igualmente difícil. Ainda não tenho experiência suficiente para te responder de forma clara que o drama, por assim dizer, é mais difícil que a comédia. Aquilo que eu sei é que exige existências diferentes. Numa zona cómica ou numa zona mais dita dramática, mas o cómico e o trágico está sempre muito junto. 51:37 O dramático está sempre junto com o com o cómico e a comédia com o trágico, portanto. Podemos nos rir de uma de uma boa desgraça? Claro. Então não é essa das coisas mais fantásticas que a evita nos dá. Portanto, não te consigo dar uma resposta certa, porque para mim, está tudo num Horizonte comum. 51:53 Há, há. Há uma atmosfera que se toca inevitavelmente. Olha o que é que tu nos podes oferecer a nós? Cidadãos comuns que ainda por cima não temos como ferramenta a comunicação. Não somos atores para na nossa vida aprender um bocadinho dessa tua arte para comunicarmos melhor. 52:12 É pá. Posso partilhar? Aquilo que eu fui aprendendo ao longo da vida? Nunca tomarem nada como garantido. Não há nada que seja garantido, pelo menos para mim. Acetuando o amor pelos meus filhos, acho que. 52:28 Para já na experiência que eu tenho digo te isto, daqui a uns anos pode ser diferente, mas para já digo te isto não tomar nada como garantido, não te levares a Sério saber o lugar que tu ocupas e esta ideia do pastor que eu te falei ao início. Isto aplica se a muitas coisas, nomeadamente a filhos, por exemplo, os filhos. 52:47 Se tu olhares para eles como ovelhas de um rebanho que não consegues mudar, não consegues, fazer com que pronto uma ovelha seja outra ovelha seja um cão, não dá. Portanto, a única facto, a única coisa que podes fazer é, de facto, escolher o pasto onde elas vão comer. E isso isto para focar o quê? 53:03 Esta posição de de curtires, de apreciares, o crescimento, a vida a acontecer. Ou seja, no fundo, o que é que eu te estou a dizer? Não se esqueçam que viver é uma coisa boa. Às vezes, no stress do dia a dia, isto é tão complicado uma pessoa parar e meteres isto na tua cabeça. 53:23 Mas sim. Eu falo por mim às vezes, não tenho essa capacidade, mas de facto, estar aqui há um prazer nas pequenas coisas e de facto, viver é um privilégio. E é quase uma espécie de não sendo religioso, um milagre. No final desta conversa, fica claro que o trabalho do Albano Jerónimo está encorado numa ideia simples, compreender o mundo através do corpo e da relação com os outros. 53:45 Falamos de infância, da construção de personagens. De direção de atores e desse novo território, um duro humano contracena com inteligência artificial. A forma como ele articula estes temas mostra um criador atento às mudanças do seu tempo, mas firme na importância do que não se pode digitalizar. 54:03 Há um tópico principal desta conversa, que é o erro, não como falha, mas como método. O Albano Jerónimo descreve o erro como um lugar de descoberta, onde se ajusta, se afina e se encontra. Uma voz acerta para cada momento. Até para a semana.
Considera l'armadillo di mercoledì 12 novembre 2025 con Roberto Di Leo, presidente di @radicediunopercento e @Marco Colombo, Naturalista e fotografo pluripremiato, parliamo di @Wildlife Photographer of the year in mostra a Milano al @Museo della Permanente per la tredicesima volta, ma anche di Cop 30 e di @friday for future. A cura di Cecilia Di Lieto.
Luis Herrero y Ayanta Barilli hablan de la exposición del Museo Nacional de Ciencias Naturales.
Ecosistema en les ciutats
Mente Empresarial , invitado Naturalista Baudilio Araya
Ospite Vincenzo Perin, Naturalista e autore del libro Come l'acqua il lupo che ci parla de La festa del lupo al @Castello Manservisi di Castelluccio di Porretta Terme, Bologna organizzato con italianwildwolf.com A cura di Cecilia Di Lieto.
Puntata in tour al Off Campus San Siro con Alessandra Davini, Naturalista e responsabile dei volontari di @Ol bosco in città e Guido Pinoli di @selvatica Milano sui rondoni e gli altri uccelli che vivono allo stadio di San Siro. A cura di Cecilia Di Lieto.
Damián Romay, responsable de denuncia ambiental del Grupo Naturalista Hábitat
Eduardo Viñuales habla del sarrio o rebeco pirenaico, un animal emblemático del Pirineo conocido por su agilidad y adaptación a terrenos escarpados.
Eduardo Viñuales explora las características de las truchas y otros peces con la ayuda del pescador y guía de pesca deportiva en el Pirineo aragonés Adrián Satué.
Eduardo Viñuales nos permite acercarnos a este animal amado por unos y odiado por otros. Nos acompaña en la conversación Luis Miguel Domínguez, naturalista documentalista que siguió los pasos de Félix Rodríguez de la Fuente (el gran valedor de este mamífero) y actual presidente de la plataforma Lobo Marley.
Con Eduardo Viñuales conocemos la Margartifera auricularia, una especie animal en peligro de extinción que ha sobrevivido en Aragón. Además, saludamos all biólogo Manuel Alcántara, que es el Jefe de Servicio de Biodiversidad de la Dirección General de Medio Natural, Caza y Pesca del Gobierno de Aragón.
El naturalista Eduardo Viñuales relata el periplo para recuperar el Quebrantahuesos en el Pirineo y saludamos a Kiko Gil, de la Fundación para la Conservación del Quebrantahuesos.
Martí Boada, Doctor en Ciències Ambientals, Geògraf i Naturalista, ens endinsa en els seus diaris de viatges arreu del planeta. Emissió: Cada quart dimecres de mes, a les 21h. podcast recorded with enacast.com
08 23-06-25 LHDW Veterinarios: Hablamos con Ángel Cobo, naturalista de Osos, Lobos, Víboras y como reaccionar si les ves. El tiburón en Santoña y el peligro de la montaña
08 23-06-25 LHDW Veterinarios: Hablamos con Ángel Cobo, naturalista de Osos, Lobos, Víboras y como reaccionar si les ves. El tiburón en Santoña y el peligro de la montaña
Martí Boada, Doctor en Ciències Ambientals, Geògraf i Naturalista, ens endinsa en els seus diaris de viatges arreu del planeta. Emissió: Cada quart dimecres de mes, a les 21h. podcast recorded with enacast.com
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Per riascoltare Considera l'armadillo noi e altri animali ospite Giuseppe Martino, Naturalista e fondatore di StorCal @Stazione Ornitologica Calabrese per parlare di Adorno day, di bracconaggio, di falchi pecchiaioli e di migratori sullo stretto di Messina. A cura di Cecilia Di Lieto.
Este concurso sirvió para encontrar ideas para el diseño de la futura Plaza Central de Murcia, debido al soterramiento de las vías ferroviarias que liberará 40.000 metros cuadrados. Se ofrecieron cuatros propuestas, dos de ellas fueron de equipos murcianos y los otros dos eran de fuera de la región, tras varios días de deliberación, se anunció el ganador: El equipo Xpiral, con la idea ´La Eliptíca´ de Francisco Javier Peña. Tanto la propuesta ganadora como las demás presentadas al concurso se pueden expuestas ver en la planta baja del Colegio de Arquitectos de la Región de Murcia.
Per riascoltare Considera l'armadillo noi e altri animali ospite @Marco Colombo, Naturalista e fotografo, autore con Francesco Tomasinelli e Giulia De Amicis del libro Chele, piccolo catalogo di granchi, gamberi, paguri. @Nomos edizioni per parlare di antenne chele e altre curiosità. A cura di Cecilia Di Lieto.
Sofía es, además, arquitecta de los Servicios Técnicos del Colegio y nos ha contado cómo perciben la Arquitectura los estudiantes de Primaria y Secundaria. Además, hemos podido conocer un par de cómics que han formado parte de las iniciativas de esta semana y que nos sirven también para ilustrar este podcast.
Martí Boada, Doctor en Ciències Ambientals, Geògraf i Naturalista, ens endinsa en els seus diaris de viatges arreu del planeta. Emissió: Cada quart dimecres de mes, a les 21h. podcast recorded with enacast.com
Se advierte de que la lluvia no cae de manera vertical, sino de manera lateral o en rachas. Se debe tener precaución con el embalsamiento del agua en las cubiertas de los edificios y con los sumideros de los garajes y terrazas.
Per riascoltare Considera l'armadillo noi e altri animali ospite Paolo Fontana, Naturalista, Entomologo e presidente di @WBA World Biodiversity Association per parlare degli insetti delle vette e riscaldamento globale. A cura di Cecilia Di Lieto.
La muestra se llama “En Detalle”, está comisariada, entre otros y otras, por el propia Juan Pedro Sanz, y expone fotografías de Joaquín Zamora. Podrá visitarse hasta el próximo mes de mayo en la sede del Colegio y nosotros hemos tenido entre manos el catálogo de la exposición con cuya imagen ilustramos este podcast.
Per riascoltare Considera l'armadillo noi e altri animali ospite Anna Maria Gibellini, Naturalista, responsabile @Sportello Pipistrelli, @oasi Wwf Valpredina per parlare di chirotteri, ma anche di Oasi Smeraldino. A cura di Cecilia Di Lieto.
Las actividades que ha organizado el COAMU con el motivo del Día Internacional de la Mujer, comenzó el día 6 de marzo con una campaña de difusión por las redes sociales que se mantendrán activo durante todo el año. El vídeo publicado consistía en mostrar mujeres arquitectas o equipos mixtos y dar visibilidad a las mujeres de este oficio, sobre todo en el aspecto del sector de la construcción debido a la poca influencia que hay. La semana que viene habrá un mesa redonda que se enlazan con la campaña del año pasado 2024. donde diferentes mujeres arquitecturas participarán.
Un muerto, un pueblo leonés, personajes humanos rurales, animales salvajes, osos, lobos... y una trama de descubrimiento, lucha y persecución, de amor y deseo, de miedos. Todo eso y mucho más es “Cordillera”, el último libro de Marta del Riego Anta.El retrato de un mundo primitivo que se nos escapa, y con él también un mundo de olores y también de silencios. Estas páginas nos llevan a ellos, los encumbran, los dan valor, autenticidad y, sobre todo, poder: el poder de sentirse parte de la naturaleza. Con su autora descubrimos esta noche otros muchos matices.También conectamos con Joaquín Araújo, muy preocupado por las derivas de las declaraciones y actuaciones ambientales del presidente Donald Trump. Peligra la conservación de la naturaleza en Estados Unidos?, se pregunta.Escuchar audio
Martí Boada, Doctor en Ciències Ambientals, Geògraf i Naturalista, ens endinsa en els seus diaris de viatges arreu del planeta. Emissió: Cada quart dimecres de mes, a les 21h. podcast recorded with enacast.com
Send us a textKate y José conversan con Celia Rodríguez Tejuca, doctoranda en Historia del Arte de la Universidad Johns Hopkins, sobre el gabinete del naturalista portugués Antonio Parra, creado para La Habana en la isla de Cuba (1787)
Esta semana, Eduardo Viñuales hace referencia al entorno de Tarazona, donde nos encontramos. El Moncayo es el epicentro de esta nueva sección. Le acompañan Alfonso Calvo, Director general del Medio natural, caza y pesca del Gobierno de Aragón e Ismael González, el Jefe de los agentes forestales del Ayuntamiento de Tarazona.
Most birders know that Costa Rica is the place to go. So many birds in a diversity of habitats - you could spend your whole life exploring it! We spent several days at the world-renowned Rancho Naturalista and were lucky to see so many beautiful birds and places.Main Story Begins at: 6:50Show notesBuy me a CoffeeBirding is the World BrazilFlock To Marion AgainInternational Conference for Women BirdersRio Grande Valley Birding Festival Rancho Naturalista Bocadito Del Cielo Achiote (lipstick tree) eBird Trip ReportBirds/Animals mentionedWhite-Collared ManakinSnowcap Scarlet-thighed DacnisSlaty Spinetail Intro Bird Call: Young, Begging Brown Jay (Recorded August 2024, Costa Rica)Outro Bird Call: Keel-billed Toucan (Recorded August 2024, Costa Rica)Support the Show.Connect with us at... IG: @Hannahgoesbirding and @ErikgoesbirdingTwitter: @WeGoBirdingFacebook: @HannahandErikGoBirdingEmail us at HannahandErikGoBirding@gmail.comWebsite: http://www.gobirdingpodcast.com
El escritor y naturalista Eduardo Viñuales nos conduce a uno de los paisajes más curiosos de Aragón, en plena estepa ibérica mediterránea. Un ecosistema muy valioso pero denostado que hay que valorar como especial e inédito.
El naturalista Eduardo Viñuales nos propone mirar a los ibones y glaciares pirenaicos. ¿Cómo han cambiado en los últimos años? ¿Podrían desaparecer?
El naturalista Eduardo Viñuales nos propone mirar a nuestro alrededor aunque no tengamos vacaciones ni salgamos de la ciudad, porque siempre podemos encontrar elementos de la naturaleza dignos de contemplar. Además, hablamos con Eva Amaral de su afición por la observación de pájaros.
UTP verde Toni cian Yane magenta abriendo amarillo puntal de Dios 04 Argentina y Francia, colonialismo sin honor 10,5 0401 Hablar de Francia es hablar de la Revolución Francesa y hablar de la Revolución Francesa es hablar de masonería por mucho que el autoproclamado mayor experto en el tema en España, el señor Garcia Trevijano, nunca hablase sobre ello y optase por esquivarlo ante preguntas directas. También calló siempre sobre su pertenencia a la masonería por otra parte. Muchos autores modernos han hablado sobre esto, yo desde luego os recomendaría que leyerais los dos trabajos de Jüri Lina “Bajo el Signo del Escorpión” y “Arquitectos del engaño: La historia secreta de la masonería” y que veáis el estupendo video “REVOLUCION FRANCESA Y MASONERIA” que como es habitual tendréis en la descripción del podcast en Ivoox. En el territorio patrio contamos con autores como Alberto Bárcena Perez con libros que tratan del asunto de la masonería y la revolución. El primero de ellos se titula “La guerra de la Vendée: una cruzada en la revolución”. Donde nos cuenta desde su punto de vista católico (El es profesor de la Universidad CEU San Pablo) una de las facetas más desconocidas de la revolución francesa que es el genocidio y represión que llevaron a cabo los revolucionarios en el Oeste de Francia, en dicho departamento. Con episodios como el bombardeo con cañones como método más expeditivo y práctico que el fusilamiento de prisioneros de guerra (civiles incluidos). Hundimiento de barcas en el río con personas atadas dentro y todo tipo de atrocidades, violaciones, asesinatos etc etc. Por contra en la novela histórica de “Viva la república” de Blasco Ibáñez ante tan importantes acontecimientos históricos, no cabe duda acerca de la actitud del narrador, en absoluto objetiva ni imparcial, aun cuando no silencie e incluso llegue a condenar los horrores consecuencia de los hechos de esa fuerza desbordada que es la masa popular. 0402 “La consciente selección y especialmente la morosa detención en la presentación de las atrocidades de los partidarios del antiguo orden, representados en los feroces y sanguinarios bretones, son claros indicios de la manipulación ideológica que domina la obra. Resulta curioso respecto a la descripción de los horrores llevados a cabo por estos últimos –esa muchedumbre enardecida de fanáticos que blasco llamaba Chusma realista–, la aparición de determinadas escenas que bien podrían catalogarse de naturalistas, por lo descarnadas y repulsivas. Los tormentos que sufre ese gigantesco Goliat apresado por los bretones, alcanzan unos extremos verdaderamente nauseabundos, por el detallismo descriptivo. Y así si una pedrada acaba de aplastarle un ojo, destacándose en su rostro como «un horrible agujero la vacía cuenca, de la que colgaban rojas piltrafas», cuando finalmente la multitud se abalanza sobre él, convierte su cadáver «en una masa informe, pegajosa y aplanada, en una papilla cuyos jugos absorbió la tierra y en la cual mezclábanse los músculos aplastados con los fragmentos de hueso y los harapos de tela” 0403 Contemporánea de Blasco tenemos a la escritora Nesta Helen Webster con obras como “The French Revolution”, “Revolución mundial; el complot contra la civilización” donde habla de los illuminatis y “Secret societies” donde obviamente habla de la masonería entre otras muchas. Pero si hay un libro que deja el tema claro es “Memorias para servir a la historia del jacobinismo” escrito por el abate Barruel y traducido al castellano en 1813. Allí nos explica como los iluminados de Baviera y la masonería fueron los iniciadores y los jacobinos los ejecutores. Se abrieron logias por toda Francia para difundir la ideas revolucionarias. Luego se cerraron las logias de los pobres, las de nivel seguirían abiertas. El introductor de la masonería en Francia fue el conde de Mirabeau que resultó fundamental en los primeros compases de la Revolución Francesa y Luis Felipe II de Orleans, llamado Felipe Igualdad durante la Revolución, fue gran maestre del Gran Oriente de Francia y primo de Luis XVI…votó para asesinar a su primo y posteriormente también fue guillotinado al igual que otros muchos iniciadores como Robespierre. Luego vendría el Napoleón imperial. La Orden Nacional de la Legión de Honor es la más conocida e importante de las distinciones francesas. Fue establecida por el emperador Napoleón I de Francia en 1802, y otorgada por primera vez en 1804. No hay registros oficiales de todos los condecorados, pero se estiman en alrededor de 1 millón desde 1804. El presidente de la República francesa es el gran maestro de la orden. O sea, es una orden paramasónica. Hay cinco grados que van desde caballero o dama, oficial, comendador, gran oficial, gran cruz y gran collar. La Legión de Honor se creó en Francia para olvidar a la nobleza del Antiguo Régimen y a la antigua orden de San Luis para reconocer el mérito individual adquirido y no transmitido y por tanto supuestamente es otorgada con independencia del origen social. En la pág 76 del libro de 1901 sobre masonería titulado “LA MASONERÍA.Objeto de la institución—Sus fines—Autoridades de la Orden” podemos leer: 0404 “Los masones no deben negar nunca su calidad de tales; al contrario, debe ser en ellos como un timbre de honor declarar que pertenecen á la Institución Masónica, sin importarles nada las censuras que con frecuencia se escuchan de personas timoratas, para quienes la Masonería no es comprendida ni lo será, porque en ciertos cerebros atrofiados por el fanatismo religioso, no puede penetrar la luz de la verdad y del progreso.” 0405 Es por esto que los masones no pueden negar su pertenencia ante una pregunta directa o un interrogatorio. Tan solo pueden negarse a hablar o intentar borrar sus huellas como en el caso de la persona nombrada por Napoleon para crear la legión de honor. 0406 Lacépède fue nombrado oficialmente Gran Canciller en la primera reunión del Gran Consejo, el 14 de agosto de 1803. Napoleón le habló del “Templo cuya construcción ordené ” y le pidió que continuara las obras. Siendo bien conocidas en los círculos parisinos la calidad y las múltiples responsabilidades masónicas del erudito naturalista, es difícil no ver aquí un guiño del Emperador. Naturalista, coronel y conocido masón, dijo que "viejos amigos acostumbrados a mi manera de trabajar” desempeñaron un papel eminente en la puesta en marcha de la administración de la Legión de Honor. La elevada proporción de sus conexiones masónicas en los primeros "cargos" de la nueva orden nacional sugiere que las logias fueron la fuente de inspiración del Gran Canciller. Fue uno de los Grandes Oficiales del Gran Oriente de Francia, Gran Administrador desde 1804 hasta 1813, año en que fue nombrado Gran Conservador. 0407 Leemos textualmente del trabajo “LOS INICIOS DE LA LEGIÓN DE HONOR Y LA MASONERÍA” del historiador Pierre Mollier: (0408) “Bajo el magisterio de Lacépède, la administración de la Gran Cancillería se organizó en cinco divisiones. Los jefes de las divisiones primera (Amalric), segunda (Davaux) y quinta (Lavallée) eran masones de renombre, al igual que el jefe adjunto de la tercera, Barouillet. El abogado encargado de los contenciosos, Raoul, y dos de los cinco miembros del bufete, Tardif y Aussignac, también eran masones en activo. Además, Amalric - "Secretario General de la Legión de Honor "y Raoul eran dignatarios del Gran Oriente, ya que en 1804 el primero era uno de los "Grandes Expertos del Gran Capítulo General" y el segundo era "Experto" dentro de la "Gran Logia de Administración". Amalric, Davaux y Barouillet fueron de los primeros en ser reclutados por la Gran Cancillería, el 19 de agosto de 1803, seguidos poco después por Joseph Lavallée, el 24 de octubre de 1803. Resulta pues muy tentador ver a los hermanos como estos "viejos amigos acostumbrados a mi manera de trabajar", ¡como confidentes del Gran Canciller!” 0409 Joaquin Sorolla y Blasco Ibañez recibieron la Legión de Honor de forma conjunta el 11 de diciembre de 1906, ambos con el rango de comendador de la legión de Honor francesa, aunque el pintor ya había sido nombrado caballero en 1901. En España seguía sin ser muy bien visto ser honrado en Francia como vertía el poeta Venancio Serrano Clavero: (video Berlanga Parte 2 4:29 a 5:16 Salon legión de honor.mp4) 0410 «La ingratitud, la envidia / me atacaron, más ¿qué importa! / Francia, la gran justiciera, /cerró mis heridas todas / poniendo sobre mi pecho / banda que guarece la honra» (0411) Decir sin embargo que mientras que Blasco fue masón y presumió de ello, su amigo Sorolla no lo fue aunque como dice José Antonio Ferrer Benimeli en “El Dr. Simarro y la masonería”: (0412) “…mientras el escritor perteneció a la masonería, Sorolla no fue masón y no tengo constancia de que se lo hubiera planteado alguna vez. Dicho esto, abro un pequeño paréntesis para precisar que esto no quiere decir que Sorolla fuera refractario a impregnar su producción con los conceptos filosóficos de la ética masónica. Es un tema muy interesante que se merecería un estudio serio. De hecho, entre sus amigos muchos serían masones, algunos de ellos tan eminentes como Luis Simarro Lacabra, que llegó a ser Gran Maestre del Grande Oriente Español.” 0413 Blasco fue nombrado hijo predilecto de Valencia también en diciembre de 1906, una distinción que Sorolla ya había obtenido en 1901 junto a Mariano Benlliure y muchos ateneos, centros, casinos y periódicos afines contribuyeron a la divulgación de estos actos de veneración. Un año antes iba a acabar de forma abrupta su participación en política debido al triunfo del partido rival fundado por Soriano, el Republicano Radical, con el que gano en las elecciones de 1905. En las págs 98 y 99 del tremendo libro de León Roca “Los amores de Blasco Ibañez” leemos: 0414 “La noche del día de las elecciones, o sea el 10 de septiembre, Blasco, en el casino de la calle de Libreros deploró el triunfo de Soriano y pronunció la oración más patética de toda su vida de político. (video Berlanga Parte 2 22:11 a 22:58 simpatizantes de Soriano.mp4) Precisamente, aquella noche, a la salida del círculo republicano, cuando iba acompañado por numerosos correligionarios, sufrió Blasco Ibáñez el atentado que determinó el fin de su actuación en la política. Desde el café llamado de Iborra, y en el momento en que el grupo salía de la calle de Poeta Querol, los partidarios de Soriano, amparados por la oscuridad, hicieron fuego a mansalva. La confusión y el pánico, así como la sorpresa por la agresión, dispersó a los republicanos. Blasco Ibáñez pudo llegar a la cercana redacción de «El Pueblo. Otros muchos quedaron en el suelo, heridos por las balas enemigas. Fue tal la impresión sufrida por Blasco Ibáñez, que aquella misma noche y en aquel instante, decidió marcharse a vivir a Madrid. Vendía el periódico, vendía el chalet de la Malvarrosa y, definitivamente abandonaba Valencia.” 0415 Este atentado de la oposición política de Blasco Ibáñez en contra de varios de sus compañeros de periódico hizo que el escritor se mudara definitivamente a Madrid en 1906, renunciase a su acta de diputado y vendiese el periódico El Pueblo a su amigo Azzati por diecisiete mil pesetas. Lo que no se suele contar sobre este acto es que hubo uno anterior donde Soriano también podia haber resultado muerto o herido, al parecer derivado de la rivalidad entre ambos y que ya rayaba lo personal. Lo podemos leer también en el libro de León Roca: 0416 “Una de las tretas que empleó Rodrigo Soriano para desprestigiar a Blasco Ibáñez, fue la publicación de las cartas que tenía en su poder y que amenazó con hacerlas públicas. Publicó, en efecto, una, escrita por Blasco Ibáñez a él, en la que le daba cuenta del arreglo, en Madrid, del arriendo de consumos. Amenazó con publicar una segunda carta, esta, sin duda, la de doña María, que hacía referencia posiblemente a los amores entre la Pardo Bazán y Blasco. No llegó a publicarla en «El Radical, porque al día siguiente del anuncio, Soriano sufrió un atentado en el camino de Benimaclet, del que salió milagrosamente ileso.” (0416a) En un articulo del digital Cultur Plaza podemos leer: El escritor Pío Baroja confesó en una carta en 1902 a su amigo y compañero de la Generación del 98 José Martínez Ruiz (Azorín) que veía la ciudad de València "repugnante" y que le parecía el "pueblo más antipático de toda España”. […] añade que "la catedral, fea" hasta el punto de que "la reja de Villena es mejor que todas las que hay en la catedral de la encantadora ciudad de las flores, de Blasco Ibáñez y Rodrigo Soriano". 0417 «La maja desnuda» (1906), «La voluntad de vivir» y «Oriente» en 1907 mantienen ocupado a Blasco que decide embarcarse en una de sus aventuras y cruzar el Atlantico. Hablamos de Argentina a la que podemos considerar el pais más masónico de Hispanoamérica con un impresionante obelisco colocado en Buenos Aires. Allí lo celebran todo y desde luego la energia es extraída como nos contó el ingeniero Carlos Urria mostrándonos esas alineaciones de los tres poderes de la nación dejando en el centro a una logia.Ya su escudo con ese gorro frigio por encima de un saludo masónico y vigilado de cerca por el culto al Sol nos indica de que va esto. El padre de la patria, el llamado “libertador”, Jose de Sanmartin, lo deja también claro con muchas fotografías icónicas realizando la posición de la mano escondida, el saludo secreto de los masones. Un articulo en Valencia Plaza titulado “El legado desconocido de Blasco Ibáñez” nos habla sobre unos documentos originales descubiertos en una notaria de Valencia que nos cuentan de donde saco el dinero para su aventura Argentina. Se lo donó su amante multimillonaria. (0418) “Allí se encontraba un documento clasificado como testimonio notarial en el que el diplomático chileno Luis Elguín Rodríguez, quien fuera primer esposo de doña Elena Ortúzar, con fecha de 23 de junio de 1913, le confiere un poder especial a Blasco para colocar con garantías hipotecarias los capitales que le otorgó, los cuales utilizaría para su proyecto de colonización en las dos ciudades que fundó en Argentina.” 0419 Blasco realizó tres viajes a la República Argentina: en 1906 fue designado corresponsal del diario La Nación; en 1909, contratado por un empresario porteño para ofrecer un programa de conferencias que le llevo por Argentina, Uruguay, Paraguay y Chile; en 1911, por sugerencia del también masón presidente Figueroa Alcorta. Después de su segunda estancia y de la publicación de Argentina y sus grandezas (1910) obra que supone un homenaje al Centenario de la Independencia de la República Argentina que se conmemoró el 25 de mayo de 1910, Blasco elaboró un proyecto de colonización motivado por la política de Inmigración y Colonización dispuesta por el gobierno desde mediados del siglo XIX. Así, pues, en marzo de 1911 arribó al país acompañado por un contingente de casi treinta familias valencianas que se instalaron a trabajar las tierras del Alto Valle del río Negro. 0419a En la pag 765 de “Argentina y sus grandezas” Blasco dice: 0420 “La República Argentina necesita gente. «No será el humo de las batallas — dijo Alberdi — , sino el humo de las locomotoras el que liberte á Sud-América de su principal enemigo, que es el desierto.» (video Berlanga Parte 2 27:28 a 29:48 valencianos argentina.mp4) Otro pensador argentino, Sáenz Peña, ha clamado elocuentemente contra el estado actual de la población de la República. ¡Seis millones y medio de seres sobre una extensión de tres millones de kilómetros cuadrados! . . . Una décima parte de tan enorme extensión de suelo está únicamente cultivada. El resto se ofrece á la actividad y las iniciativas de todos los hombres de la tierra.” “…El agricultor, el hombre de pastoreo, el dependiente de comercio, el obrero hábil en las artes manuales, pueden embarcarse sin temor con rumbo a la Argentina. Hay en ella espacio, trabajo abundante y bienestar para todos. Ellos son los hombres que necesita la República. Los ineptos, que jamás tuvieron una profesión determinada y carecen de energía para improvisarla en el Nuevo Mundo, esos, fatalmente, están destinados á engrosar la muchedumbre inútil amontonada en Buenos Aires, sin pan y sin tranquilidad; sedimento indigerible, peso muerto de la corriente inmigratoria. Vayan á la Argentina labradores, comerciantes y obreros manuales. Quédense en Europa abogados, médicos y empleados, si es que no se sienten con valor para cambiar de profesión.” 0421 ¡Qué gran diferencia con la inmigración que promulgan hacia Europa en la actualidad las mismas elites que militan en sectas como la masonería! A la primera la llamó Colonia Cervantes situada en Río Negro en los desiertos de la Patagonia, y a la segunda Nueva Valencia en el estado de Corrientes en Río de la Plata, donde llevó a unos 200 colonos valencianos del pueblo de Sueca. En ambas ocasiones Blasco Ibáñez dejo tiradas a aquellas personas que no tenían los recursos económicos que el escritor el cual sin embargo según el libro “Blasco Ibáñez, fundador de pueblos” en su primera tournée de 1909 había regresado a España con 200.000 pesos argentinos, medio millón de pesetas de la época…una pequeña fortuna vaya. En Don Vicente Hombre de acción leemos: 0422 “Las noticias que han pervivido acerca de la etapa «colonizadora de don Vicente son oscuras y contradictorias. El demonio de los odios políticos locales enturbió una vez más la cuestión. Las malas lenguas antiblasquistas propalaron recriminaciones obstinadas: despilfarros administrativos, explotación de los inmigrantes, inepcia, trampas económicas. En el «Diario de Valencia» (26-5-1912) se llegó a insertar la foto de un edificio, no demasiado suntuoso precisamente, con estos títulos y pie: «Argentina y sus grandezas. Se atan los perros con longanizas. A los obreros se les mata de hambre. El palacio de la Malvarrosa de la Nueva Valencia, en donde habita el sultán don Vicente I "el banquero". Las casas con tres departamentos para los obreros las publicaremos cuando se construyan, que ahora no hay de qué».” 0423 José María Carretero Novillo en su libro “El novelista que vendió a su patria o Tartarin, revolucionario” nos da algunos detalles más: 0424 “Blasco, en el año de 1908, y con el crédito que le daba su nombre de escritor español, se asoció con un aventurero, de apellido Ruiz Díaz, presidente, en aquel entonces, de un Banco que él fundara con el título de «Popular Español». (video Berlanga Parte 2 29:49 a 32:06 Ruiz Diaz.mp4) En connivencia Blasco Ibáñez con una alta personalidad política, a la que el valenciano deslumbró, solicitó del Gobierno argentino una concesión de 5.000 hectáreas de tierra en la provincia de Corrientes y a diez kilómetros de esta ciudad. Para otorgarle esta concesión, el Gobierno tuvo que expropiar las tierras, que eran propiedad de un señor Alvarez de Toledo, pariente del actual ministro de la Argentina en París. Dichas tierras tenían que ser subdivididas en pequeñas parcelas para dedicarlas al cultivo intensivo y entregarlas a familias valencianas, que irían a trabajarlas.” “Simultáneamente, a esta concesión que hizo a Blasco el Gobierno argentino, otorgó al socio del novelista, Ruiz Díaz, la creación de un Banco, que se llamó «Banco de la provincia de Corrientes», y estaba formado, parte por suscripción, entre españoles residentes allí, y parte por un empréstito garantizado por el Gobierno argentino. El empréstito lo hacia el Banco Popular Español de Buenos Aires. Y, en este punto, surge el Blasco Ibáñez, rapaz y defraudador. El Banco Popular Español, prestó al Banco de Corrientes un millón y medio de pesos, procedentes de sus depósitos, y el Gobierno provincial impuso, a su vez, en el Banco de Corrientes, no sólo sus fondos propios, sino los valores en depósito que son custodia sagrada. Blasco Ibáñez llevó su concesión al Banco de Corrientes y éste le abrió un crédito de un millón de pesos. (Video Berlanga parte 2 34:37 a 36:27 baño argentino.mp4) Como las tierras debían pagarse en veinte años, Blasco no había abonado por ellas sino la primera cuota de 100.000 pesos. La primera operación del valenciano, fué entonces retirar, integro, del Banco, su crédito de un millón. Dió de prima al personaje influyente que le había ayudado, trescientos mil pesos, y él se quedó, audazmente, con el resto hasta seiscientos mil. Pero no es esto todo. Al fin y al cabo, no pasa de ser ésta una operación entre compinches que burlan la honradez y la buena fe de unos establecimientos de crédito. Es una rapiña vulgar de gentes que burlan el Código.(Video Berlanga parte 2 36:31 a 37:07 banquero.mp4) El sucio negocio tenía una segunda parte, más dramática, un complemento, en el que no se traficaba con dinero, sino con carne humana, con vidas y no con monedas, y Blasco Ibáñez lo hizo también. Por convenio con el Gobierno argentino, Blasco debía percibir una prima de cien mil pesos; cuando cien familias de agricultores españoles poblaran las tierras de la concesión. Blasco Ibáñez fué entonces a Valencia. Con su facundia y sus embusteras promesas deslumbrantes, convenció a cien familias de agricultores fanáticos, paisanos suyos, y los arrastró tras si a la Argentina. Aquellas tierras no podían cultivarse sin maquinaria apropiada; Blasco la contrató con una casa de Génova. Tornó a Buenos Aires, cobró los cien mil pesos de la prima y se embarcó para Europa. La huída de Blasco descubrió el affaire.(Video Berlanga parte 2 43:16 a 44:00, 45:57 a 46:27 huida argentina.mp4) Su socio, Ruiz Diaz, se presentó en quiebra con el Banco Popular Español de Buenos Aires, y simultáneamente empezó la liquidación del Banco de la Provincia de Corrientes. La casa de Génova, que había proporcionado la maquinaria, como no le pagaron, volvió a incautarse de ella. Y las consecuencias del escandaloso negociejo no se hicieron esperar. El aventurero, Ruiz Díaz, fué encerrado en una cárcel; BLASCO IBAÑEZ, EL FUGITIVO, ESTÁ CONDENADO EN REBELDIA POR ESTAFADOR, y cien familias españolas, compatriotas de Blasco Ibáñez, engañadas por él, quedaron sumidas en la más horrenda miseria, lejos de su Patria, sin medio alguno de vida, entregadas a la pública caridad, mientras el hombre que las arrastró, el que las deslumbró con sus falsas promesas, ponía a buen recaudo y recontaba, con delectación, el millón de pesos oro, que le había valido su engaño a un país hidalgo, el presidio de un cómplice y la miseria de sus compatriotas. ¿Qué os parece?” 0425 La crisis financiera de 1890 que afectó gravemente a Argentina y haber realizado inversiones riesgosas junto a una gestión deficiente en algunos aspectos, dejó vulnerable a este banco a los shocks económicos cuya intención era servir a la creciente comunidad de inmigrantes españoles y ofrecer servicios financieros a esta población. A medida que los problemas financieros se hicieron más evidentes, se inició una investigación sobre las prácticas del banco. Esta investigación reveló actos de fraude y mala gestión, lo que llevó a la detención de Ruiz Díaz. Fue acusado de fraude financiero debido a la manipulación de los fondos del banco y la falsificación de documentos contables. La quiebra afectó gravemente a la comunidad de inmigrantes españoles en Buenos Aires, quienes dependían de este banco para sus transacciones financieras diarias y para enviar dinero a sus familias en España. 0426 Al regreso de su fallida aventura colonizadora en tierras argentinas, Blasco Ibáñez es un escritor que no escribe ya que desde mayo de 1909 con “Luna Benamor” hasta 1914 donde viaja de nuevo a París, estableciendo su residencia definitiva allí no escribe nada destacable. Hasta la publicación de «Los Argonautas» ha estado en dique seco. Allí trata de encontrar un tema novelístico atractivo para su público lector y que le pueda proporcionar ganancias económicas inmediatas. En Blasco Ibáñez i la Generació del 98 de Francisco Fuster podemos leer una anécdota con su archienemigo Pio Baroja: 0427 “En 1913 Baroja se encontraba de viaje en París. Cuando anunció su retorno a España, varios amigos españoles e hispanoamericanos decidieron organizarle un banquete de homenaje que tuvo lugar en el entresuelo del restaurante La Closerie des Lilas, a la parisiense Avenue de la Observatoire. Entre veinte y treinta personas se reunieron en una cena que transcurrió con total normalidad hasta que, en el momento de la sobremesa, Blasco —a quién Baroja se había encontrado en la entrada del café y había invitado a unirse a la velada— pronunció un discurso en el cual, al parecer, habló mal de América y de Argentina, donde acababa de fracasar en su experiencia como fundador de dos colonias de valencianos. Para evitar que diversos comensales hispanoamericanos se sintieran ofendidos, Baroja intentó calmar la verborrea de Blasco, pero este hizo caso omiso y siguió con su alocución. Esto provocó la respuesta de uno de los presentes, que lo acusó poco menos que de ser un «negrero» y de haber dejado abandonados a sus compatriotas en tierras argentinas, así como la natural contrarréplica de Blasco, ya en un tono claramente violento, según el testimonio “barojiano”. Por si esto fuera poco, en sus memorias contó Baroja que en aquel mismo banquete, Blasco le había dicho una cosa que, conociendo al autor de Zalacaín el aventurero, quien siempre se quejó de no haber tenido mucho éxito con la venta de sus libros, lo tuvo que molestar especialmente: «Diez años más tarde me aseguraba [Blasco Ibáñez] en París, en el café la Closerie des Lilas: “Que digan que yo soy un autor bueno o malo, me tiene sin cuidado. Lo que es evidente es que yo soy el escritor mundial que gana más dinero de la época”» “ 0428 En una entrevista perdida de Valle-Inclán, se lee un duro ataque a la actuación de Lerroux y Blasco Ibáñez en Argentina, que, según el escritor gallego, es una de las causas del desprestigio de la cultura española. Critica sus conferencias, calificándolas de improvisadas e insustanciales, motivadas exclusivamente por el ansia de enriquecimiento económico. Se detiene especialmente en relatar algunas anécdotas protagonizadas por el escritor valenciano, donde se evidencia su afán de lucro y tacañería, además de su falta de moralidad, comparando esta conducta con la honradez y grandeza moral del escritor Anatole France en situaciones similares. 0429 “Muchos escritores e intelectuales españoles y europeos daban conferencias en América con la esperanza de engrosar sus recursos económicos, pues según la costumbre local, para acceder a las conferencias había que pagar una entrada. Del dinero recaudado un tanto por ciento iba para el conferenciante. Esta práctica habitual se incrementa en Argentina en 1910 debido a la multitud de actividades y festejos que se desarrollan en el país con motivo del centenario de su independencia. La prensa local comenta, en ocasiones con bastante sarcasmo, la proliferación de conferenciantes que disertan sobre los temas más peregrinos, en discursos pronunciados a veces por personajes de escasa talla intelectual, criticando la inocencia del público argentino ávido de novedades del extranjero y la labor publicitaria de los medios que encumbran como celebridades a escritores mediocres con la consiguiente desilusión de sus oyentes.” 0430 Carretero Novillo nos sigue contando en su libro como Blasco intento meterse en bolsillo al político que terminaría siendo parte importante en la proclamación de la Segunda República Española en abril de 1931: (0431) “Fué, entonces, cuando Blasco Ibáñez, por derrotar a Soriano, se vendió al Gobierno, hizo traición a sus ideas, a sus ideas republicanas, para tener el apoyo oficial en las elecciones a diputados; vino a París, en un período de agitación política española, y desde aquí mandaba al Gobierno delaciones sobre la vida de sus compatriotas emigrados... Aún existe un viejo ex ministro español que conserva estos informes del espionaje de Blasco Ibáñez... Cuando surgió el golpe de Estado, que dió el Poder a los militares de España, Blasco Ibáñez tuvo la tartarinesca inspiración de escribir a Alejandro Lerroux, ofreciéndosele para gobernar, e incluso a interrumpir su viaje alrededor del mundo.” 0432 Amparo de Juan Bolufer en su ensayo Valle-Inclán iconoclasta: una entrevista olvidada de 1910 nos cuenta como “Lerroux y Blasco han precedido a Valle en su recorrido oratorio, provocando una mala imagen, que para Valle se mantiene por la escasa relevancia intelectual de la legación española enviada a los fastos.” 0433 “Curiosamente la visión de Lerroux de la actividad desarrollada en América por el valenciano coincide con las apreciaciones del escritor gallego. En las Memorias (314 y ss.) de este controvertido político ( Lerroux) menudean las anécdotas que subrayan la codicia, tacañería, grosería y falta de aseo de Blasco Ibáñez, insistiendo en su mercantilismo. No es ni mucho menos el único testimonio que corrobora las maliciosas pala- bras de Valle. El mismo escritor se encarga de recortar un artículo periodístico argentino en el que se descalifica e insulta a Blasco para mandárselo por carta a Azorín (Hormigón 133). Anatole France, que reconoce que asiste más público a las conferencias del valenciano que a las suyas propias, lo califica de hombre-orquesta y músico ambulante (Brousson). Resulta sumamente ilustrativa la lectura del volumen de José Sors Cirera Verdades amargas para don Vicente Blasco Ibáñez de 1910, pues aunque es evidente el tono panfletario del escrito, recoge las mismas críticas realizadas por Valle: Blasco sólo se mueve por el interés material, le precede una campaña publicitaria cuyo único fin es lograr la venta de los diez mil volúmenes de novelas que el escritor trae consigo desde España, Blasco no viene en representación de la España intelectual como él afirma porque nadie le ha autorizado para hacerlo y ha provocado una imagen pésima en público e intelectuales argentinos. Ciertamente Blasco Ibáñez fue un escritor que suscitó en su momento tantas entusiastas adhesiones como odios profundos, pues a nadie parecía causar indiferencia su fuerte personalidad.” 0434 Y aquí Valle-Inclan habla con extraordinaria vehemencia sobre incluso la forma de “estafar” que gastaba nuestro Blasco: 0435 “¡Nunca se debía haber permitido que esos dos politicastros, especie de aventureros, ávidos de riquezas, se arrogaran la representación de la actualidad española! Lerroux actuó de verdadero empresario de circo ecuestre; él mismo preparaba sus espectáculos, ejercía de reporter, actuaba de taquillero y de acomodador, y cuando tenía la gente reunida, la propinaba cuatro banalidades, de prisa y corriendo, y los mandaba en paz. Blasco Ibáñez hizo peor: desprovisto de valor intelectual, con un afán desmedido de dinero, portóse indignamente al querer demostrar ejemplarmente la cultura española. Uno de sus primeros actos al llegar a la Argentina fue vender al precio corriente millares de ejemplares de sus novelas, numerosas ediciones que llevaba de repuesto, y al dejar abarrotadas de sus libros las librerías bonaerenses, vendió al diario La Nación la propiedad de una formidable edición de sus novelas a un precio bajísimo, ludibriando así a los infelices libreros que le agotaron las ediciones corrientes. Vaya otro ejemplo demostrativo: un compatriota riquísimo, dueño del mejor hotel de Buenos Aires, se vio honrado con la visita de Blasco Ibáñez que deseaba instalarse en su casa; para honrar al huésped ilustre, el hotelero puso a la disposición del escritor valenciano las habitaciones del primer piso, dignas de un verdadero príncipe de las letras. Dormitorio regio, salón de visitas, fumoir, etc. Al presentarle el hotelero la cuenta modestísima, un precio de hospedaje verdaderamente de amigo, unas diez pesetas diarias, para no ofender la altivez del literato con la oferta gratuita de una pensión de hotel, Blasco Ibáñez se sublevó contra la pretensión del hotelero que reputó excesiva e impertinente. Y todo ello, tan vergonzoso y deplorable, contrastaba con la noble conducta observada por Anatole France, príncipe insigne de las letras francesas, que se portó tan gallardamente como lo indica el negarse a dar más conferencias que las estipuladas en el contrato con el Instituto francés que le invitó ... mientras que Blasco Ibáñez se ofrecía a discursear en todas partes y a quien le diera más. El gobierno argentino quería comprar un ejemplar por cien mil francos de la obra de Anatole France sobre la República Argentina; el gran escritor agradeció el homenaje y rehusó la dádiva. Felizmente para España y para la literatura, el gobierno argentino no hizo a Lerroux y a Blasco lbáñez idéntico ofrecimiento.” 0436 Hubo un tiempo en el que un presidente de Francia encargaba a un escritor español una novela para ganar una guerra. Capítulo de “La sangre de los libros” de Santiago Postiguillo: “El arma secreta 0437 Mientras Pessoa intentaba persuadir a los editores británicos de la calidad de sus poemas en lengua inglesa, en Francia la primera guerra mundial llevaba al país al límite de sus fuerzas. Necesitaban nuevos ingenios bélicos. Necesitaban un arma secreta. 0438 Palacio del Elíseo, París, 1915(Video Berlanga parte 2 50:19 a 51:33 Poincare.mp4) El escritor se detuvo frente a la gran puerta. Los soldados lo miraban con desconfianza. En el frente sus compañeros caían como moscas, y allí el presidente de Francia se reunía con escritores extranjeros, en lugar de con generales de otros países, para buscar más aliados contra Prusia. Les parecía indignante, pero no podían hacer nada más que abrir aquellas malditas puertas y dejar pasar a aquel extraño hombre regordete y bigotudo que lo observaba todo con ojos inquietos. El escritor entró en la sala de audiencias del líder de Francia. Al otro lado de una gran mesa con adornos dorados, el presidente Raymond Poincaré examinaba con aire intranquilo y expresión concentrada varios documentos. En cuanto vio al escritor, dejó los papeles y se levantó, aliviado de tener, por fin, un motivo razonable para dejar de leer todos aquellos informes pésimos sobre el frente de guerra. Poincaré rodeó la mesa y se acercó al autor, tendiéndole la mano para recibirlo en un claro gesto con el que buscaba manifestarle su interés y su agradecimiento por haber acudido a la llamada. Últimamente no eran tantos los que acudían en ayuda de Francia... —Merci, merci, monsieur. Muchas gracias por venir. La conversación discurrió en francés. —Pero, señor presidente, ¿acaso pensaba que no vendría? —dijo el escritor. Raymond Poincaré no respondió: no era momento ni cuestión de hacer más visible aún la debilidad de Francia en aquellos meses. Asió al escritor por un brazo y lo invitó a sentarse en una de las cómodas butacas que había en la sala. El presidente francés hizo lo mismo y se sentó en otra. —¿Coñac? ¿Un puro? ¿Café? —ofreció Poincaré. El escritor aceptó el coñac y el puro. Estaba seguro de que querían algo de él —tanto agasajo no podía ser por otro motivo—, pero aún no sabía qué. Él, en su faceta de periodista, había escrito varios artículos claramente a favor de Francia en su cruenta guerra contra Prusia y tal vez por eso lo habían llamado. Le estarían agradecido por ello, pero ¿tanto? No: debía de tratarse de algo de más envergadura. —Iré directamente al grano —continuó Poincaré—. Usted sabe que la guerra se ha estancado en las trincheras del norte de Francia. Nuestros soldados caen uno tras otro sin que consigamos avances. Esto se lo confieso en la más estricta confidencialidad. —Por supuesto —replicó con rapidez el escritor y periodista—. Puedo asegurarle que soy persona totalmente discreta cuando se trata de asuntos de Estado. —Bien. No esperaba menos de usted. El asunto es que la situación militar se ha complicado enormemente. De nuevo insisto en que todo esto se lo revelo confiando en su discreción, como usted mismo dice. —Aquí el presidente calló un momento e inspiró profundamente antes de continuar —. Necesitamos algo nuevo, un arma especial...; un arma secreta. —¿Un arma secreta? —Exacto —insistió Poincaré—. Necesitamos a los americanos. Me cuesta admitirlo, pero nos son absolutamente necesarios. Y para tener a sus soldados aquí, en las trincheras del norte, hemos de persuadir a su presidente para que acepte enviar tropas a Europa; y para eso hace falta que la opinión pública francesa, la de toda Europa y la de Estados Unidos entiendan que no hay otro camino. Y sí: para poner en marcha toda esta cadena de alianzas, para eso necesito un arma secreta. —Entiendo lo de necesitar refuerzos y lo de la opinión pública —admitió el escritor—, pero me pierdo en cuanto a lo del arma secreta. ¿Qué arma? Poincaré apretó los labios y se reclinó en la butaca. —Usted —dijo al fin el presidente de Francia. El escritor español no dijo nada. Echó un trago largo de su copa de coñac. —Sigo sin entender bien. —Necesito que vaya al frente y que vea lo que está pasando allí. Ha de verlo usted y contarlo. —Ya veo. Quiere que escriba para la prensa lo que vea allí, como he estado haciendo hasta ahora... Pero de pronto, con furia, el presidente Poincaré lo interrumpió. —¡No, no, no! ¡Si hubiera querido un periodista, hay otros muchos a los que habría podido recurrir! Francia le agradece sus artículos, pero no es eso lo que necesito. La prensa es importante, pero no basta. Las cosas a veces hay que contarlas de otra forma. Usted, usted más que ningún otro debería entenderlo: lo que necesita Francia es una novela. —Una novela sobre el frente y las trincheras —precisó el escritor español, tratando de confirmar lo que se esperaba de él. —Exactamente, querido amigo. Una novela sobre el frente y esas malditas trincheras. El escritor apuró el resto de su copa de un trago. Dio una profunda calada a su puro y miró fijamente a Poincaré. —Francia tendrá esa novela —sentenció. No se habló más.” 0439 Vicente Blasco Ibáñez había publicado por entonces muchas de sus más famosas obras. Era un escritor de fama en Francia. (video Berlanga Parte 2 59:30 a 1:00:30 frente.mp4) Viajó al frente y vio con sus ojos los desastres más brutales y descarnados de aquella guerra horrible. Las trincheras, las alambradas, las ametralladoras, la sangre. Y lo retrató todo a la perfección en una de sus obras más sorprendentes, Los cuatro jinetes del Apocalipsis, en la que narraba los desastres que padecía Francia por el ataque prusiano. El libro impactó. ¿Hasta qué punto influyó la novela de Blasco Ibáñez sobre la primera guerra mundial en la participación de Estados Unidos a favor de Francia? Es difícil decirlo, pero “Los cuatro jinetes del Apocalipsis” se tradujo al inglés con rapidez y se publicó en Estados Unidos con un éxito arrollador de ventas. Quizá se viera favorecida porque la propia presidencia americana quería justificar su participación en la guerra, o quizá fuera tan sólo porque es una obra magníficamente escrita, pero el caso es que la novela de Blasco Ibáñez fue el primer bestseller en Estados Unidos de un autor español. Algo sin precedentes históricos. Cierto es que no se trata de una obra objetiva, sino maniquea, de buenos buenísimos y malos malísimos: la bondad de Francia y sus derechos humanos contra la belicosa, autoritaria y despiadada Prusia. No, no es una novela contra la guerra en sí, sino contra Prusia; pero pese a ello, las imágenes de muerte son tan impactantes que penetran hasta el tuétano. En 1920 Blasco, interesado por la revolución mexicana, viaja, invitado por el presidente Carranza, a este país, desde donde envía sus crónicas al Chicago Tribune. El presidente Venustiano Carranza también es masón como podemos leer en el libro “Influencia de la masonería en la Constitución de 1917” que aupó a dicho presidente. Aunque los dirigentes mexicanos lo reciben con la esperanza de que, al igual que hiciera en la Francia bélica, se convierta en su mejor propagandista, las impresiones del novelista, en consonancia con el interés del periódico que le encarga la tarea, son negativas y así lo hará patente en su obra El militarismo mexicano. Una de las batallas que retrató Blasco Ibáñez fue la Batalla del Marne donde participaron 2 millones de soldados resultando muertos 67.000 soldados, 128.000 desaparecidos y 325.000 heridos. Una verdadera carnicería. Este enclave es, valga la redundancia, clave para esta historia y lo trataremos en el episodio donde hablemos de la linea ley principal que orbita en torno a Blasco y el chalet de la Malvarrosa. ……………………………………………………………………………………………………. Bibliografia completa https://www.cervantesvirtual.com/portales/vicente_blasco_ibanez/su_obra_bibliografia/ Cronología de Vicente Blasco Ibáñez https://www.cervantesvirtual.com/portales/vicente_blasco_ibanez/autor_cronologia/#anyo_1900 Cronologia literaria Blasco Ibáñez https://anyblascoibanez.gva.es/va/cronologia-literaria Time line de su vida https://www.timetoast.com/timelines/vicente-blasco-ibanez-5ac50faf-ff35-40dd-be42-708435362932 Galeria de imágenes https://www.google.com/imgres?imgurl=https%3A%2F%2Fwww.cervantesvirtual.com%2Fimages%2Fportales%2Fvicente_blasco_ibanez%2Fgraf%2Fcronologia%2F03_cro_blasco_ibanez_retrato_1018_s.jpg&tbnid=s0ix0VfxLAJ4aM&vet=12ahUKEwi45LKn8vr-AhVYmycCHf1fDVMQMygkegUIARDGAQ..i&imgrefurl=https%3A%2F%2Fwww.cervantesvirtual.com%2Fportales%2Fvicente_blasco_ibanez%2Fautor_cronologia%2F&docid=rpcl3y5OiYotjM&w=301&h=450&q=Mar%C3%ADa%20Blasco%20blasco%20iba%C3%B1ez&hl=es&client=firefox-b-d&ved=2ahUKEwi45LKn8vr-AhVYmycCHf1fDVMQMygkegUIARDGAQ ….. Capitulo 4 “La guerra de la Vendée: una cruzada en la revolución” Alberto Bárcena Perez Las novelas históricas olvidadas de Blasco Ibáñez. Ana L. Baquero Escudero https://www.cervantesvirtual.com/research/las-novelas-historicas-olvidadas-de-blasco-ibanez/f91f05b6-2817-4560-bc24-2ab8e6f1295e.pdf Memorias para servir a la historia del jacobinismo. Abate Barruel http://cdigital.dgb.uanl.mx/la/1080012274_C/1080012274_T1/1080012274.PDF Memorias para servir a la historia del jacobinismo. Abate Barruel https://archive.org/details/MemoriasParaServirALaHistoriaDelJ12/page/n15/mode/2up REVOLUCION FRANCESA Y MASONERIA https://www.youtube.com/watch?v=hJS0duJopcY Luis Felipe II de Orleans https://es.wikipedia.org/wiki/Luis_Felipe_II_de_Orleans Bajo el Signo del Escorpión. Jüri Lina https://www.amazon.es/Bajo-el-Signo-del-Escorpi%C3%B3n/dp/1910220701 Arquitectos del engaño: La historia secreta de la masonería. Jüri Lina https://www.amazon.es/Arquitectos-del-enga%C3%B1o-historia-masoner%C3%ADa/dp/1911417525/ref=pd_sim_d_sccl_2_2/260-0979256-5312402?pd_rd_w=YIrYp&content-id=amzn1.sym.dd9c6b63-93f9-4645-bb56-a5f25dce3ab9&pf_rd_p=dd9c6b63-93f9-4645-bb56-a5f25dce3ab9&pf_rd_r=M93EQSTNA3K3ZAQQM995&pd_rd_wg=rfhmS&pd_rd_r=8b79a080-923c-4c8a-9ade-07bc6feeece1&pd_rd_i=1911417525&psc=1 Nesta Webster https://es.wikipedia.org/wiki/Nesta_Webster The French Revolution https://archive.org/details/in.ernet.dli.2015.220409 World revolution; the plot against civilization https://archive.org/details/worldrevolutionp00webs Secret societies https://archive.org/details/Secret_Societies_-_Nesta_Webster FERRER BENIMELI, José Antonio, “El Dr. Simarro y la masonería”, en Los orígenes de la psicología experimental en España, Investigaciones Psicológicas, nº 4 (monográfico), 1987, pp. 209-344. LA FERTILIDAD DEL 42, LA INFERTILIDAD DEL 33 Y EL HOMBRE COMO UN 6 https://tecnicopreocupado.com/2023/01/01/la-fertilidad-del-42-la-infertilidad-del-33-y-el-hombre-como-un-6/ Leon roca “Los amores de Blasco Ibáñez” https://www.amazon.es/Amores-blasco-iba%C3%B1ez-Jose-Luis/dp/8460427099 A Pío Baroja València le parecía "repugnante" https://valenciaplaza.com/a-pio-baroja-valencia-le-parecia-repugnante Masones en el interior argentino: su funcionamiento, sus redes de vinculación y su disidencia religiosa (1907-1924) https://www.scielo.sa.cr/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1659-42232018000100179 Valle-Inclán iconoclasta: una entrevista olvidada de 1910 https://www.academia.edu/4994849/Valle_Incl%C3%A1n_iconoclasta_una_entrevista_olvidada_de_1910 Ribera y Rovira, "Las palabras de Valle-Inclán", La Cataluña, Barcelona, IV, 134, 30 de abril de 1910, pp. 269-271. El legado desconocido de Blasco Ibáñez https://valenciaplaza.com/el-legado-desconocido-de-blasco-ibanez Blasco Ibáñez, el gaucho https://www.blascoibanezelgaucho.com/blasco-ibanez-documental-online/ Argentina y sus grandezas https://archive.org/details/argentinaysusgra00blas/page/742/mode/2up?ref=ol&view=theater https://www.ç¨/es/71345-la-aventura-de-vicente-blasco-ibanez-en-argentina https://www.zendalibros.com/la-aventura-argentina-de-vicente-blasco-ibanez/ Vicente Blasco Ibáñez: utopía de la huerta valenciana en Patagonia https://cvc.cervantes.es/literatura/aih/pdf/14/aih_14_3_067.pdf VICENTE BLASCO IBÁÑEZ: SU VISITA A LA ARGENTINA A TRAVÉS DE EL DIARIO ESPAÑOL https://idus.us.es/bitstream/handle/11441/87681/Vicente_Blasco_Ib%C3%A1%C3%B1ez-_su_visita_a_la_Argentina_a_trav%C3%A9s_de_el_diario_espa%C3%B1ol_.pdf?sequence=1&isAllowed=y Don Vicente Hombre de acción https://annanoticies.com/wp-content/uploads/2022/04/3-ACCIO-BLASCO_compressed.pdf Vicente Blasco Ibáñez, hombre de acción https://justoserna.com/2021/08/30/vicente-blasco-ibanez-hombre-de-accion/ Blasco Ibáñez, fundador de pueblos https://books.google.es/books?redir_esc=y&hl=es&id=l44KAQAAMAAJ&focus=searchwithinvolume&q=200.000+pesos Blasco Ibáñez i la Generació del 98 https://roderic.uv.es/bitstream/handle/10550/85159/05_Fuster_Espill-66.pdf?sequence=1 Concepción Iglesias (1985). Blasco Ibáñez. Un novelista para el mundo. Madrid: Silex. La obra periodística de Vicente Blasco Ibáñez: Ideales y propaganda https://uvadoc.uva.es/bitstream/handle/10324/17671/TFG_F_2016_11.pdf?sequence=1&isAllowed=y Legión de Honor https://es.wikipedia.org/wiki/Legi%C3%B3n_de_Honor La Casa Museo Blasco Ibáñez celebra los 100 años de la medalla de la Legión de Honor concedida al escritor https://www.europapress.es/cultura/exposiciones-00131/noticia-casa-museo-blasco-ibanez-celebra-100-anos-medalla-legion-honor-concedida-escritor-20061208090008.html La difusión periodística de los homenajes en Valencia a Blasco Ibáñez y Joaquín Sorolla de 1906 https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&opi=89978449&url=https://dialnet.unirioja.es/descarga/articulo/7654439.pdf&ved=2ahUKEwiN4v-U8uyFAxXA8gIHHeAlAdU4FBAWegQIBxAB&usg=AOvVaw1eByRmkXKPkelHwUNRA4wZ LA MASONERÍA.Objeto de la institución—Sus fines—Autoridades de la Orden https://obtienearchivo.bcn.cl/obtienearchivo?id=documentos/10221.1/55921/1/131071.pdf&origen=BDigital Los inicios de la Legión de Honor y la Masonería https://pierremollier.wordpress.com/2015/01/02/les-debuts-de-la-legion-dhonneur-et-la-franc-maconnerie/ Los inicios de la Legión de Honor y la Masonería (articulo académico completo en pdf en francés) https://pierremollier.files.wordpress.com/2013/03/pm-84-dc3a9buts-lc3a9gion-d-honneur.pdf Pánico de 1890 https://es.wikipedia.org/wiki/P%C3%A1nico_de_1890 Monumento Nacional de la Victoria del Marne https://fr.wikipedia.org/wiki/Monument_national_de_la_Victoire_de_la_Marne Batalla del Marne (1914) https://fr.wikipedia.org/wiki/Bataille_de_la_Marne_(1914) Influencia de la masonería en la Constitución de 1917 https://www.inehrm.gob.mx/work/models/inehrm/Resource/455/1/images/Consititucion_1917_y_Masoneria.pdf La masoneria y la Constitucion de 1917 https://archivos.juridicas.unam.mx/www/bjv/libros/9/4376/4.pdf José María Carretero Novillo https://es.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_Mar%C3%ADa_Carretero_Novillo EL NOVELISTA QUE VENDIO A SU PATRIA O TARTARIN, REVOLUCIONARIO. (TRISTE HISTORIA DE ACTUALIDAD) https://www.iberlibro.com/NOVELISTA-VENDIO-PATRIA-TARTARIN-REVOLUCIONARIO-TRISTE/972584489/bd
Con el naturalista Eduardo Viñuales nos perdemos por la riqueza y biodiversidad de los páramos turolenses en compañía del geólogo José Luis Simón. Forma parte de la organización de la jornada 'Sonidos del páramo' que se celebra el 13 de julio en Pozondón.
Naturalista britânico, que era abolicionista convicto, fez descrições horrorizadas sobre escravidão no país - além de comentários pouco apreciativos sobre os 'brasileiros'.
El naturalista Eduardo Viñuales nos lleva hasta Ordesa para descubrir algunos de los aspectos más desconocidos de este popular paisaje. Allí saludamos a la directora del Parque Nacional, Elena Villagrasa.
I Corintios 15:41 "Uno es el resplandor del sol, otro el de la luna y otro el de las estrellas, pues una estrella es diferente de otra en resplandor”. To support this ministry financially, visit: https://www.oneplace.com/donate/1235/29
I Corintios 15:41 "Uno es el resplandor del sol, otro el de la luna y otro el de las estrellas, pues una estrella es diferente de otra en resplandor”. To support this ministry financially, visit: https://www.oneplace.com/donate/1235/29
Giovanna Olivieri"Animali meravigliosi"e come salvarliPendragonwww.pendragon.itAppassionata naturalista e capace divulgatrice, Giovanna Olivieri in queste pagine esplora il magico mondo dei piccoli animali dalle sembianze inconsuete. E per farlo, non è dovuta andare lontano, anzi ha cominciato dal suo giardino, incontrando e facendo amicizia con l'Insetto stecco e la Cavalletta vescovo. Da lì, una sorpresa dopo l'altra, tanti altri animaletti sono passati sotto il suo sguardo curioso e attento: coleotteri, libellule, ragni, zigotteri, gerridi, uccellini, rospi, salamandrine… esempi di biodiversità che arricchiscono di bellezza il nostro Pianeta e, come tali, devono essere preservati. Oltre quaranta spettacolari fotografie accompagnano le minuziose descrizioni di queste straordinarie creature, delle loro imprese e abitudini, dei pericoli che corrono e delle loro strategie di difesa; il tutto con uno stile entusiasta e coinvolgente, che porterà il lettore alla scoperta di un mondo inaspettato e colorato.Venti capitoli agili, dove l'autrice svela tutto il suo amore per questi “animali meravigliosi”, che dobbiamo salvaguardare per proteggere la Terra e il suo futuro.Giovanna Olivieri è una naturalista autodidatta che vive in campagna, sulle colline a ridosso della costa pesarese. Da sempre impegnata in progetti di conservazione ambientale, da anni esplora, osserva e approfondisce lo studio della biodiversità rurale e urbana. Conduce laboratori di educazione ambientale per bambini e adulti e tiene conferenze su varie tematiche di grande attualità, dallo spreco alimentare al declino della biodiversità. Vive di libri, traduzioni e del suo lavoro in campagna (orto, pollaio, frutteto e uliveto biologico). Ha pubblicato Io lo faccio da me (Terra Nuova Edizioni, 2014), Io cucino a occhio (Altreconomia, 2017) e Guida alle meraviglie nel tuo giardino (Ediciclo, 2021). Con Pendragon sono usciti Ronzii. Storie di api e di altri impollinatori (2023) e Animali meravigliosi e come salvarli (2024).IL POSTO DELLE PAROLEascoltare fa pensarewww.ilpostodelleparole.itDiventa un supporter di questo podcast: https://www.spreaker.com/podcast/il-posto-delle-parole--1487855/support.
Ignacio Bolívar Urrutia fue uno de los grandes científicos de la Edad de Plata española. Naturalista de prestigio mundial, fue director y renovador del Museo Nacional de Ciencias Natural y presidente de la Junta de Ampliación de Estudios a la muerte de Ramón y Cajal. Bolívar es protagonista de uno de los libros de la nueva colección "Naturalistas del Mundo Hispánico" y en Más cerca (Radio 5) hemos hablado con su autor y director de la colección, Miguel Ángel Puig-Samper. Escuchar audio
La silla donde escribió "El Origen de las Especies", el dormitorio donde murió hace 142 años y el invernadero donde estudió el comportamiento de las plantas son algunas de las cosas que se pueden visitar en la casa del naturalista inglés, en las afueras de Londres.
Howdy! Estamos de volta com um episódio inédito com uma entrevista SENSACIONAL com o grande cientista, Prof. Dr. Mauro Galetti! Mauro Galetti é um renomado cientista brasileiro, reconhecido internacionalmente por suas contribuições significativas no campo da ecologia e biodiversidade. Sua trajetória acadêmica e profissional é marcada por uma busca incessante pelo entendimento dos impactos humanos na fauna e nos ecossistemas naturais. Graduou-se em Biologia pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) em 1991, dando início a uma jornada que o levaria a se destacar como uma das principais mentes científicas do país. Logo após sua graduação, em 1992, concluiu o mestrado em Ecologia também pela UNICAMP, consolidando sua base acadêmica. Sua busca por conhecimento o levou além das fronteiras brasileiras, rumo à Universidade de Cambridge, na Inglaterra, onde obteve seu Ph.D. em Ciências Biológicas entre os anos de 1992 e 1996. Como pós-doc, ainda em Cambridge, teve a oportunidade de trabalhar na Ilha de Bornéu, na Indonésia, enriquecendo sua experiência com a biodiversidade global. Retornou ao Brasil como bolsista Jovem Pesquisador da FAPESP, iniciando uma fase prolífica em sua carreira científica. Sua expertise e paixão pela pesquisa o levaram a colaborar com instituições de renome mundial, como o Consejo Superior de Investigaciones Científicas (CSIC) em Sevilha, Espanha, e o Center for Latin American Studies na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos. Ao longo dos anos, Mauro Galetti demonstrou sua versatilidade como pesquisador, atuando como professor visitante em universidades ao redor do mundo, incluindo a Aarhus Universitet, na Dinamarca, e a Universidade de Miami, nos Estados Unidos, onde exerceu o cargo de professor associado e diretor do Gifford Arboretum. Em sua terra natal, contribuiu significativamente para o avanço da pesquisa científica como um dos diretores do Centro de Dinâmica da Biodiversidade e Mudanças Climáticas (CEPID) e como curador do maior banco de dados de biodiversidade da Mata Atlântica, o Atlantic Data Papers. Como bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq e um dos cientistas brasileiros mais citados na área de Ecologia e Evolução, Mauro Galetti tem deixado uma marca indelével no cenário científico nacional e internacional. Sua influência vai além das publicações em periódicos renomados, estendendo-se às suas palestras como keynote speaker em diversas universidades ao redor do mundo. Além de sua atuação como pesquisador, Galetti é também um dedicado divulgador científico, tendo participado de programas de TV, podcasts e contribuído para jornais, compartilhando sua paixão pela natureza e pelo conhecimento científico. Em 2023, lançou seu primeiro livro, "Um Naturalista no Antropoceno", uma obra que reflete não apenas sua formação como biólogo, mas também suas experiências em alguns dos lugares mais selvagens do planeta, destacando sua preocupação com os desafios ambientais enfrentados pela humanidade neste século. Mauro Galetti continua a ser uma figura proeminente no campo da ecologia e biodiversidade, inspirando estudantes e colegas com seu compromisso inabalável com a ciência e sua incansável busca por respostas para os desafios ambientais do nosso tempo. Baixe o ebook ou compre a edição impressa do livro "Um naturalista no Antropoceno: um biólogo em busca do selvagem": https://editoraunesp.com.br/catalogo/9786557144541,um-naturalista-no-antropoceno Siga o perfil do Prof. Mauro nas redes sociais: @dr.mauro_galetti Dá uma força para manter o DesAbraçando online e com episódios no cronograma contribuindo financeiramente com nosso projeto: O DesAbraçando é um projeto independente e conta com o apoio dos ouvintes para se manter online e pagar a edição de áudio. Se você curte o projeto, considere apoiar financeiramente. Você pode contribuir a partir de R$ 1,00 no www.apoia.se/desabrace Segue a gente lá nas redes sociais:
El 17 de febrero de murió el anatomista y zoólogo holandés, Jan Swammerdam, quien se dedicó al estudio de la anatomía y costumbres de los insectos a los que estudio con microscopios construidos por él mismo.
El naturalista y especialista en aves Juanjo Ramos pasa por los micrófonos de Onda Cero para hablar de la riqueza natural de Lanzarote, del equilibrio climático y de la Muestra de Cine de Lanzarote, que busca ser sostenible.
Madre mía! Pero qué voy a contar yo de Humboldt que no se haya dicho ya!? Ah, claro, pues que era uno de los nuestros, o sea, un Gran Marica de la Historia, vamos... Además de recorrerse el mundo, también se recorrió algún que otro lecho, por acá por la vieja Europa y por allá por el Nuevo Mundo, y ojo, que conoció a Simón Bolívar y fue nuestro Humboldt quien... bueno, no seáis malpensados y escuchad el episodio, que no os quiero hacer espoiler de nada. Y, como siempre, la música, hoy romantiquísima, está en esta lista de Spotify: https://open.spotify.com/playlist/10QQ45mqQYC59ALDMR8MCP?si=b036f9b5941b4356
Como é a visão que explica todos os fenômenos usando apenas causas naturais. --- NeuroYoga é um Método que apresenta o Yoga à Luz das Neurociências. Yoga que apresenta evidências comprovadas. Sem Dogmas e Sem Misticismo! Daniel é criador do NeuroYoga e fundador do YogIN App® Professor de Yoga há mais de 25 anos certificado pelo Yoga Alliance E-RYT 500. Escritor de mais de 10 livros sobre Yoga, Filosofia da Mente e Meditação. Para entender melhor o NeuroYoga leia no link: https://bit.ly/3QYi3V0 Assista ao vídeo de apresentação do NeuroYoga: https://bit.ly/3SZmG38 Podcast NeuroYoga explicando https://bit.ly/3wh6zEo