Podcasts about sociedade portuguesa

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POD Pensar
Risco sísmico: vulnerabilidade máxima, proteção mínima

POD Pensar

Play Episode Listen Later May 15, 2025 58:03


Alguns estudos sugerem que Lisboa é a segunda cidade europeia mais exposta ao risco sísmico, a seguir a Istambul. Uma vulnerabilidade à ameaça sísmica que levanta preocupações sérias quanto à capacidade de resposta do Estado e dos cidadãos, perante abalos de maior magnitude. Por essa razão, desde 2010 que se discute a criação de um fundo sísmico, que garanta mais proteção a todos, embora continue sem avançar. Tanto a Associação Portuguesa de Seguradores (APS) como a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) lutam pela criação de um sistema de proteção de riscos catastróficos, com cobertura de fenómenos sísmicos nos seguros multirriscos-habitação, proposta que já foi entregue ao Governo. Atualmente, apenas cerca de 20% das habitações portuguesas estão protegidas das perdas decorrentes dos abalos sísmicos, uma vez que estes são seguros de contratação facultativa e que encarecem o prémio. Também a DECO PROteste reivindica a obrigatoriedade da cobertura dos fenómenos sísmicos e a criação de um sistema de mutualização do risco, em caso de catástrofe. Será agora que irá avançar? Neste episódio do POD Pensar, o podcast de ideias para consumir da DECO PROteste, Aurélio Gomes reflete sobre o tema com os seus convidados: José Galamba de Oliveira, engenheiro mecânico e presidente da Associação Portuguesa de Seguradores (APS); Luís Guerreiro, engenheiro civil, professor no Instituto Superior Técnico e presidente da Sociedade Portuguesa de Engenharia Sísmica; e Sandra Justino, especialista em seguros na DECO PROteste.

Convidado
Desfazer os mitos do colonialismo que subsistem na sociedade portuguesa

Convidado

Play Episode Listen Later Apr 25, 2025 19:43


“Desconstruir o Colonialismo, Descolonizar o Imaginário” é a exposição que desfaz os mitos construidos pelos colonos para “justificar a ocupação e a exploração das terras e dos Homens de África e identificar legados que hoje permanecem no imaginário português”. Concebida e coordenada pela historiadora Isabel Castro Henriques, a exposição contribui para que seja lançado um novo olhar sobre a História, sobre o colonialismo português. “Desconstruir o Colonialismo, Descolonizar o Imaginário” é a exposição que, em contradição com as narrativas europeias que rebaixam África, reconhece o devido poder das culturas africanas.A exposição, que vai ter uma versão itinerante, pode ser vista no Museu Nacional de Etnologia, em Lisboa, até 2 de Novembro.Link para Museu Nacional de Etnologia: https://museudeetnologia.pt/2024/10/23/exposicao-desconstruir-o-colonialismo-descolonizar-o-imaginario-o-colonialismo-portugues-em-africa-mitos-e-realidades/

Retratos de Abril
As Origens Intelectuais do 25 de Abril (III): a História e as Ciências Sociais foram uma arma contra o Estado Novo?

Retratos de Abril

Play Episode Listen Later Apr 15, 2025 80:52


Neste episódio especial, gravado ao vivo na Biblioteca Nacional, exploramos as raízes intelectuais que moldaram a Revolução de 25 de Abril de 1974. Com a moderação de Victor Pereira, o debate reúne os ilustres convidados João Leal, Jorge Pedreira, Maria de Lurdes Rosa e Miriam Halpern Pereira para discutir as influências e inovações historiográficas que desafiaram o regime ditatorial do Estado Novo. O ponto de partida é o manifesto de Ernesto Melo Antunes, lido em Cascais a 5 de março de 1974, onde se defende que a solução para o problema ultramarino é política e não militar. Esta ideia, também expressa por António de Spínola em "Portugal e o Futuro", reflete os verdadeiros interesses do povo português e os seus ideais de justiça e paz. Durante o Estado Novo, muitos cientistas sociais, tanto em Portugal como no exílio, desafiaram a visão imposta pela ditadura. Eles investigaram a história e a sociedade portuguesa, desvendando os bloqueios e desigualdades, e desconstruindo a propaganda do regime. Apesar das adversidades, as suas obras circularam amplamente, influenciando o pensamento crítico e preparando o terreno para a revolução. Neste episódio, discutimos as contribuições de António Borges Coelho, António Henrique de Oliveira Marques, Miriam Halpern Pereira e Vitorino Magalhães Godinho, e como as suas pesquisas moldaram a compreensão da história de Portugal durante um período de grandes mudanças sociais e económicas. Também exploramos a recepção dessas obras nas vésperas do 25 de Abril e o impacto duradouro que tiveram na sociedade portuguesa. Oiça aqui o debate gravado na Biblioteca Nacional.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Mais lento do que a luz
Ciência e cultura, com José Moura

Mais lento do que a luz

Play Episode Listen Later Feb 24, 2025 33:46


O convidado deste programa é José Moura, professor catedrático jubilado de Química na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, onde foi presidente do Departamento de Química e do Conselho Científico. Especializado em Química Bioinorgânica, tem mais de 400 artigos, em particular sobre proteínas com átomos metálicos. Ganhou o Prémio Ferreira da Silva da Sociedade Portuguesa de Química, é membro da Academia das Ciências de Lisboa e da European Academy of Sciences. Actualmente é comissário das actividades culturais para o Campus da FCT NOVA, onde tem desenvolvido uma notável actividade cultural, incluindo a curadoria de exposições de arte. Falámos de química, da cultura científica e da ciência em Portugal.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Direto ao Assunto
Évora: "só INEM tem estrutura para agir"

Direto ao Assunto

Play Episode Listen Later Feb 19, 2025 17:07


A presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina de Urgência e Emergência, Adelina Pereira, diz que foi seguido o protocolo no caso do doente que se sentiu mal junto ao hospital de Évora.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Vida em França
Limbo: "Não somos nem portugueses, nem moçambicanos"

Vida em França

Play Episode Listen Later Jan 23, 2025 19:17


O espetáculo Limbo está em cena até ao dia 8 de Fevereiro, no Teatro de la Colline, em Paris. A peça foi apresentada em Portugal em 2021, onde recebeu os prémios para Melhor Espectáculo de Teatro e Melhor Texto Português Representado pela Sociedade Portuguesa de Autores (SPA). O encenador e actor Victor de Oliveira nasceu em Moçambique, cresceu em Portugal e vive em França. "Não sabemos quem somos, e fechamo-nos num limbo. Não somos nem somos portugueses, nem moçambicanos", afirma o encenador. RFI: Em palco, conta a sua história familiar, os conflitos entre gerações, o impacto da herança colonial. Menciona que foi "um acidente" nascer noutro lugar, porquê?Victor de Oliveira: Quando faço essa citação do Achille Mbembe, que diz que é um acidente nascer num dado lugar é apenas para dizer que todos nós nascemos num determinado espaço e depois temos toda a vida para criar algo, para criar uma vida e para ver como é que o facto de termos nascido numa época determinada, num país determinado, como é que essa história faz parte de nós e como é que nós nos construímos com essa história. E, obviamente, eu, tendo nascido numa colónia portuguesa durante o período colonial, sendo neto de colonos brancos portugueses e colonizadas negras moçambicanas, como é que eu cresço e como é que eu me defino e como é que eu avanço na minha vida, fazendo parte dessa história, e dessa história que é uma história extremamente complicada, extremamente difícil, que é a história da colonização portuguesa.Mas hoje já estamos em 2025. O ano passado, Portugal comemorou os 50 anos do 25 de Abril. Este ano, Moçambique vai comemorar os 50 anos da independência. Como é que avançamos, sabendo o que foi a colonização, sabendo o que houve de terrível, e como é que hoje nos definimos? Como é que hoje conseguimos criar algo para além do horror que foi a colonização, sem negar aquilo que aconteceu, mas dizendo: ok, aconteceu. Mas hoje, como é que nós fazemos para ir além dessa história e para construir algo que esteja ligado a essa história comum que é nossa e tentar avançar com tudo isso?Todas essas questões são questões que me acompanham, para as quais não tenho respostas precisas, digamos assim. Mas, as questões em si já são suficientemente interessantes para que elas me acompanhem e para que eu tente, no palco, com o limbo, por exemplo, dar algumas respostas ou, pelo menos, fazer com que as pessoas que estejam na plateia e que ouçam e que vejam o que está a acontecer se possam questionar também. E, eventualmente, que essas histórias possam ecoar na própria história de cada um, de cada uma delas.Em palco, durante 1h15 compartilha episódios traumáticos da infância; como o desejo de se esconder do próprio pai, e reflecte sobre a procura de um sentimento de pertença. Pensar no passado é uma forma de sair deste limbo?Sim, é uma forma de voltar a olhar para esse limbo de que eu falo com um pouco mais de distância. Também tem a ver com a idade que eu tenho hoje e com o facto de, há um tempo, todas essas questões andarem à minha volta. E tem a ver com essa distância e com essa maneira de dizer: "Ok, isto aconteceu assim, assim, assim. E por que é que aconteceu assim? Por que é que houve esta reação? Por que é que isto aconteceu?" Não para tentar encontrar respostas, mas porque eu tenho a impressão de que essas situações, digamos, de que eu falo durante o espetáculo, fazem parte dessa dramaturgia, que essas situações são representativas de toda uma parte da história portuguesa e colonial. No meu caso, com Moçambique, mas podia ser com Angola, com Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe.Mas tem a ver com essa relação com as ex-colónias portuguesas. Sim, é uma maneira de olhar para essas situações, de tentar compreendê-las hoje, com a idade que eu tenho e com o trabalho que tentei fazer de dramaturgia e de compreensão enquanto artista, para dizer: "Ok, isto aconteceu assim, porque isto, isto, isto". E, obviamente, há menos sofrimento, um certo apaziguamento, digamos assim, que vai surgindo pouco a pouco, porque a história mesmo se conta a partir de mim. Ela não é apenas a minha história.Quando eu fiz em Lisboa e fiz em Guimarães, e no dia 28 de Março, vou fazê-la no Teatro Circo de Braga, enquadrado no Dia Mundial do Teatro. E toda essa relação é para que as pessoas que venham ver. Cada um faz o seu caminho, mas as questões que estão lá são partilhadas, e cada um de nós pode encontrar as suas respostas.Você recua até 1977 para falar de uma viagem de carro onde viu brancos a serem queimados num Fiat vermelha. Nunca se esquece o que se vê?Quer dizer, quando são coisas tão traumatizantes, é difícil esquecer. E depois tem a ver com o que se passou depois. Porque havia esse período, depois da independência, havia, como eu digo, uma raiva extremamente forte contra os brancos portugueses, contra os mestiços. É por isso que eu conto que, num autocarro em Maputo, de repente, eu estava com os meus pais e com o meu irmão, e as pessoas começaram a gritar: "Abaixo o mulato! Mulato não tem bandeira! Abaixo o mulato!"Tudo isso, obviamente, são coisas que, quando somos crianças, não percebemos muito bem o que se passa, mas percebemos que há uma agressividade extremamente forte e que as pessoas nos têm como responsáveis de algo. Enquanto criança, não percebia muito bem, mas depois consegui compreender. Tinha tudo a ver com o tipo de colonização portuguesa, com o facto de que os mestiços, obviamente, tinham mais direitos que os negros e menos direitos que os brancos. E essa hierarquia das raças, que foi instaurada pela colonização portuguesa, fez com que, de repente, os mestiços estivessem entre dois lados e fossem insultados. De um lado e do outro.Para uma criança da minha idade, nessa altura, era extremamente traumatizante, porque, de repente, não sabemos quem somos, e aí fechamo-nos num limbo, fechamo-nos em algo. Não temos identidade, não sabemos quem somos, e estamos no entre-dois, entre o paraíso e o inferno, que é uma das definições religiosas do que é o limbo. Mas no entre-dois racial também: não somos nem brancos, nem negros. Estamos no entre-dois. Nem somos portugueses, nem moçambicanos. Não somos nada. E esse "não sermos nada" que nos é imputado, que nos é dado, que nos é mostrado, quer seja pelos brancos, quer seja pelos negros, foi, não apenas para mim, mas também para milhares de outras pessoas, extremamente difícil durante anos e anos e anos, mesmo depois, quando chegamos a Portugal, pelas mesmas razões.Em palco, interpreta também Francisco, o seu pai. Foi importante trazê-lo para a peça?Sim, sim, era extremamente importante, porque o espetáculo começou a ser pensado a partir de uma conversa que tive com ele. Uma das conversas, das discussões que tive durante uma parte da minha adolescência e mesmo durante a minha vida de adulto com o meu pai. Conversas extremamente difíceis, como acontece com muitos pais e filhos. Conflitos de gerações, mas não apenas isso, também sobre o olhar que cada um de nós tinha sobre a colonização e sobre o que se tinha passado em Moçambique.E, de repente, a partir de uma dessas conversas, eu disse: "Não, eu tenho que fazer algo no palco. Eu sou um artista, tenho que tentar encontrar uma maneira de contar tudo isto, porque nunca vi um espetáculo sobre este assunto em palco em Portugal". E a voz, o percurso de todos estes milhares de mestiços, mulatos, como éramos chamados, é importante. E eu penso que há muita gente que se vai identificar, que vai reconhecer e que será tocada pelo facto de estarmos a falar disso. E foi exactamente o que aconteceu em Lisboa, no Porto. Fizemos também no FITEI, no Porto, e em Guimarães. Espero que o mesmo aconteça em Braga, em Março.Essa relação traz toda uma história. E é verdade que, de repente, o pai existe. O meu pai fala assim ainda hoje. É um homem que viveu metade da sua vida em Portugal, mas que continua a ter um sotaque moçambicano, continua a falar com uma musicalidade, com um ritmo próprio que é o dele. Com o seu sotaque moçambicano. Ainda hoje, em Portugal, quando eu o imito, as pessoas percebem logo que ele é moçambicano. E há palavras que só ele diz. E há palavras que os portugueses reconhecem como típicas dos moçambicanos ou angolanos.Houve, no entanto, um trabalho de tradução e de adaptação para que isso pudesse ser ouvido hoje aqui por um público francês. Como é que eu consigo dar um sotaque? Eu não podia, por exemplo, tentar criar um sotaque francófono, quer dizer, um sotaque do Congo ou dos Camarões, ou de outra antiga colónia francesa, porque não é exactamente a mesma coisa. Eu tinha muito receio de cair num clichê. Tive que encontrar uma maneira de dar um ritmo à voz dele, dar um ritmo à sua maneira de falar, para que as pessoas percebessem que tem muito a ver com ele.E, ao mesmo tempo, há pequenas expressões que têm a ver, obviamente, com o facto de ser um africano que fala. Tudo isso, sim, era extremamente importante para que as pessoas pudessem ver que é um homem já de uma certa idade e, sobretudo, um homem que é representativo. Mais uma vez, representativo de pessoas da geração dele, mesmo um pouco mais novas, que continuam a interrogar-se e a olhar de uma certa maneira para aquilo que foi o colonialismo português. E como isso é importante de ser ouvido.Na peça fala também sobre o facto de ter crescido a admirar os brothers americanos e a força do Black Power e dos Black Panthers. De onde vem essa identificação?Tem muito a ver, porque está relacionado com toda a segregação racial. A história da segregação racial americana é uma história que, na Europa, conhecemos relativamente bem. Mas a verdade é que nasci numa colónia portuguesa, numa colónia que enviou bastantes escravos para o Brasil e para os Estados Unidos. Aliás, eu falo disso no espectáculo: digo que a minha avó nasceu em 1910 e que o último barco negreiro clandestino que saiu do porto de Lourenço Marques, na altura, foi em 1920. Quer dizer, a minha avó tinha dez anos. Isso significa que é algo que está presente, que está lá.Essa relação com os americanos é importante. E depois, falo de outra questão: quando nós chegámos a Portugal, nos anos 80, como as séries americanas tratavam esse tema. Falo, por exemplo, de Raízes, que era uma série daquela altura. De repente, víamo-nos nós próprios, víamos os nossos antepassados. E depois há a música americana: Havia uma identificação que era extremamente importante, algo que não existia em Portugal. Não havia, na época, algo semelhante em relação aos negros moçambicanos, porque nessa altura não havia muita produção cultural visível — nem na televisão, nem na rádio, nem na música.Eu falo da música negra americana, que me acompanhou e que acompanhou toda a minha família. Essa identificação era extremamente importante. Como para os americanos, o mestiço é negro — one drop of Black Blood, como eles dizem —, para mim, de repente, veio a conclusão: "Ok, afinal, eu sou negro mesmo". Mesmo que antes já não soubesse muito bem o que era. Toda essa indefinição era extremamente difícil. Mas, quando me conectava à música negra americana, havia algo que trazia orgulho nos meus antepassados, orgulho na minha cor de pele, orgulho na minha história.Os americanos tinham - e ainda têm hoje - uma relação muito forte com esse orgulho. E, ao olhar para a história da colonização moçambicana, eu sentia dificuldade em encontrar essa mesma relação. Era difícil sentir orgulho daquilo que sou e das minhas raízes.Portugal demorou muito a falar abertamente sobre as antigas colónias...Não, não havia. Não havia muita abertura. Não se falava da guerra colonial, nem dos moçambicanos que chegaram a Portugal. Porque, como eu digo no espetáculo, nós obviamente não éramos pessoas escravizadas - isso já tinha acabado há muito tempo. Não éramos retornados, que eram os colonos que tinham voltado para Portugal. E não éramos, como diziam em Portugal, "portugueses de gema". O que significa que não éramos nada disso. Então, o que éramos? Essa indefinição tornava extremamente complicado e difícil encontrar uma identificação própria, ter orgulho naquilo que eu era.A cultura negra americana era uma bóia de salvação, porque havia algo lá, algo muito claro e forte naquilo que eles diziam. Quando eu falo de James Brown e da música I'm Black and I'm Proud, por exemplo, era isso - uma música incrível, Black and Proud. E os meus primos e eu ouvíamos isso e dizíamos: “Sim, sim, sim!” Mesmo naquela época, quando estávamos no Norte, numa aldeia, fosse em São Pedro do Sul ou depois na Serra do Caramulo, ou no Barreiro, ou mais tarde em Sintra. Tudo isso, mesmo que o que estava à nossa volta não fosse aquilo, fazia-nos ver quem éramos, apesar dos insultos que nos rodeavam.Havia os insultos com os quais eu e os meus primos crescemos: "preto" e todas essas coisas terríveis. Crescemos com isso, mas, pouco a pouco, surgiu uma vontade de ir além disso, de nos construirmos enquanto homens, enquanto adultos, e de dizermos: “Ok, tudo bem, nós somos isso tudo. Mas isso tudo é importante, porque tem a ver com a minha história”.Essa história está ligada à história das minhas avós, ao facto de eu ter nascido numa colónia. Mas, ao mesmo tempo, não posso esquecer que há outra parte de mim - a história dos meus avós, que eram brancos, colonos do Norte de Portugal, do centro de Portugal. Isso também faz parte da minha história. É necessário encontrar um equilíbrio, um equilíbrio que me permita caminhar com serenidade e deixar o limbo para trás.Na peça, fala de agressões que sofreu e menciona a morte de Bruno Candé. Apesar de avanços, ainda há muito trabalho pela frente em Portugal?Ainda há muito trabalho, como mencionou António de Almeida Mendes, o historiador, porque, embora em Portugal se tenha feito um grande esforço, especialmente nos últimos 20 anos, para olhar para a colonização e questionar a história comum enquanto sociedade, ainda persistem velhos hábitos. Há ainda uma forma de olhar para as pessoas que vieram das ex-colónias e para os seus descendentes, os afrodescendentes, que vivem e nasceram em Portugal, de uma maneira que perpetua preconceitos. E isso é extremamente difícil de superar.Quando menciono o Bruno Candé, faço-o porque, antes, falei de Alcindo Monteiro, que morreu em 1995, três anos após eu próprio ter sido agredido por skinheads no Porto. Tudo isso serve para reflectir sobre como a sociedade portuguesa lida com estas questões. A morte do Bruno Candé, que ocorreu em 2020, é algo que eu trago à tona porque foi muito recente. 2020 foi ontem. E, ainda hoje, vemos episódios chocantes, como o que aconteceu recentemente em Lisboa, onde pessoas foram encostadas à parede numa rua do centro da cidade. São situações que, para mim, são incompreensíveis e me deixam em estado de choque. Não sou o único - felizmente, muitos ficaram igualmente chocados, porque é algo que não conseguimos aceitar.Não consigo entender como, em pleno 2025, a sociedade portuguesa e o Estado português ainda possam justificar acções que são absolutamente horríveis, absolutamente terríveis. Que algo assim possa acontecer... É como se estivéssemos a recuar no tempo, para períodos de segregação racial. Falávamos antes sobre os Estados Unidos nos anos 40 e 50, mas agora estamos em 2025. Não é admissível que, hoje, em Portugal, ainda haja formas de menosprezar, rotular e rebaixar o outro de maneira tão flagrante. Isso deixa-me completamente desamparado.Sei que houve uma grande manifestação em Lisboa, onde as pessoas saíram às ruas para dizer: "Não nos encostem à parede". Este tipo de resposta é essencial, porque não é possível que, num país como Portugal, que faz parte da União Europeia há tantos anos, ainda hoje estejamos presos a uma mentalidade que menospreza o outro, que rebaixa, e que mantém uma relação racista tão profundamente enraizada. Não é possível. Não é aceitável.Imagino que acompanhe a actualidade moçambicana. Como é que observa os recentes protestos e agitações políticas?Olho com grande preocupação, porque é uma outra história que, embora não tenha directamente a ver com esta peça, de certa maneira tem, já que está ligada ao período da colonização. Quer dizer, Moçambique é um país extremamente jovem. Este ano, Moçambique festeja 50 anos de independência. Desde 1975, o mesmo partido tem gerido todo o país. Até 1992, sob um regime marxista-leninista, e, a partir de 1992, deixou de ser a República Popular de Moçambique para se tornar a República de Moçambique. Portanto, é uma democracia em que há eleições. Durante muitos anos, essas eleições eram fraudulentas. As pessoas sabiam, mais ou menos, que eram fraudulentas. Mas tudo isso era feito com o aval, digamos assim, quer de portugueses, quer de outros países, porque era necessário que o país continuasse num caminho para a democracia.E isso não é apenas a história de Moçambique; está ligado a muitas outras democracias no continente africano pós-independência. Mas a verdade é que, 50 anos depois, estamos num caminho que, infelizmente, vejo como um beco sem saída. Não apenas porque houve outra pessoa que ganhou as eleições - e está provado, não sou só eu que digo isto, está provado que Venâncio Mondlane ganhou as eleições - mas, por outro lado, também porque há uma juventude que já não quer absolutamente continuar da mesma maneira. E o que estamos a assistir é a uma juventude extremamente forte, que diz "Basta, basta! Não podemos continuar assim".Essa forma de os jovens, essencialmente jovens, irem para a rua e serem mortos - com mais de 200 mortos - é absolutamente terrível. Mas há uma vontade extremamente grande de fazer com que isso mude, porque um país com uma riqueza natural tão grande, como é que ainda hoje pode ser um dos países mais pobres do mundo? Obviamente, isso também está relacionado com a forma como a descolonização foi feita e como os países europeus e o Ocidente olharam para a descolonização feita pelos países africanos. Tudo isso está ligado à história.Estou bastante preocupado porque não consigo prever o que poderá acontecer. Sei que houve uma tomada de posse com os deputados do partido Podemos e, ao mesmo tempo, Venâncio, que foi quem realmente ganhou, diz que "Não, isto não é possível". As pessoas voltam novamente para a rua e, novamente, são baleadas. O que é que poderá acontecer para que tudo isso termine e para que haja algo em que as pessoas aceitem que o país tem que mudar? Por enquanto, confesso que não sei muito bem o que poderá acontecer. Estou bastante inquieto.

Convidado Extra
3 milhões de portugueses sofrem de alergias várias

Convidado Extra

Play Episode Listen Later Jan 20, 2025 41:00


Mário Morais de Almeida, médico imunoalergologista que foi presidente da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica, é o 1º português a presidir à Organização Mundial de AlergiaSee omnystudio.com/listener for privacy information.

Conversas com Partes
A vertente Somática em IFS

Conversas com Partes

Play Episode Listen Later Jan 16, 2025 40:57


Neste episódio Sara Costa e Ana Freire conversam com Andreia Pacheco acerca da vertente Somática dos Sistemas Familiares Internos. É abordada a história da Somática IFS e explorados pontos de convergência entre a abordagem Somática e os Sistemas Familiares Internos, com recurso a exemplos práticos da experiência da Andreia. Andreia é psicóloga clínica, doutorada em Psicologia e Psicoterapeuta, membro da Sociedade Portuguesa de Psicoterapias Construtivistas. Passou por diferentes contextos profissionais, nacionais e internacionais, como docente universitária, investigadora e como psicóloga e psicoterapeuta, em contexto hospitalar, comunitário e de clínica privada. Dedica-se atualmente à vertente clínica, como terapeuta, e é também formadora e supervisora certificada no modelo de Sistemas Familiares Internos. Distingue-se ainda pelo trabalho que desenvolve com casais e pessoas em relação, no modelo IFIO, bem como na vertente Somática dos Sistemas Familiares Internos, colaborando na formação de novos terapeutas em todos os três. É uma amante da leitura, gosta de viajar e a culinária é também para si uma fonte de prazer.

Porque Sim Não é Resposta
"A sociedade portuguesa"

Porque Sim Não é Resposta

Play Episode Listen Later Jan 14, 2025 13:01


O psicólogo Eduardo Sá acredita que a sociedade portuguesa foge às responsabilidades e que se vitimizam. See omnystudio.com/listener for privacy information.

Olho Clínico
EP.14 ANTIBIÓTICOS - Conversas Contagiosas | O poder da abordagem multidisciplinar - Cuidados Intensivos, Infeciologia e PPCIRA

Olho Clínico

Play Episode Listen Later Jan 2, 2025 64:24


Para darmos continuidade à discussão sobre as multirresistências, uma das prioridades da Organização Mundial de saúde para 2024, a MSD em colaboração com o Grupo de Infeção e Sepsis continua a promover as já conhecidas “Conversas contagiosas” onde colocamos à conversa profissionais de saúde de diferentes especialidades, mas com um interesse comum: a infeção por bactérias multirresistentes.Desta vez queremos abordar a colaboração entre o PPCIRA, Cuidados Intensivos e Infeciologia e, para isso, juntam-se a nós a Drª Isabel Neves, infeciologista e coordenadora do Programa de Apoio à Prescrição Antibiótica na ULS de Matosinhos e o Dr. Paulo Mergulhão, coordenador PPCIRA e da unidade de cuidados intensivos no Hospital Lusíadas e presidente da Sociedade Portuguesa de Cuidados intensivos. Quais são os principais desafios na abordagem a infeções multiresistentes? Como é que a colaboração multidisciplinar pode ajudar nesta gestão? O que deve ser priorizado no desenvolvimento de novas estratégias para combater as resistências antimicrobianas? Drª Isabel NevesAssistente Hospitalar Graduada Sénior de Infeciologia da ULSM;Diretora do Serviço de Controlo de Infeção e Resistência aos Antimicrobianos da ULSM;Coordenadora do Programa de Apoio à Prescrição Antibiótica (PAPA) da ULSMDr. Paulo MergulhãoCoordenador da Unidade de Cuidados Intensivos e PPCIRA no Hospital Lusíadas;Presidente da Sociedade Portuguesa de Cuidados intensivosOlho Clínico é um Podcast da MSD de atualização científica, direcionado exclusivamente a Profissionais de Saúde. O conteúdo do mesmo não tem por objetivo induzir qualquer alteração de comportamento na prescrição ou toma de medicamentos. PT-NON-03420 12/2024

Convidado
Marias de Abril: As vozes silenciadas na luta pela liberdade

Convidado

Play Episode Listen Later Dec 4, 2024 31:22


A exposição "Marias de Abril: o cravo no feminino" é inaugurada esta quarta-feira, 4 de Dezembro, na Casa de Portugal André de Gouveia, na cidade universitária de Paris. O vernissage junta a artista plástica Melanie Alves e a cantora A Garota Não, nome artístico de Cátia Oliveira. A exposição homenageia mulheres que resistiram à ditadura do Estado Novo, muitas vezes esquecidas pela história, incluindo pintura, instalações, bordados ou ainda cerâmicas. RFI: Como é que surge este encontro entre os vossos trabalhos?Melanie Alves: Eu acho que é quase o destino. Quando começámos a falar com a Maison du Portugal acerca de fazer uma exposição, e com o aniversário dos 50 anos do 25 de Abril, comecei a ver que não havia vozes de mulheres. A história era sempre contada no masculino. Eram sempre generais, políticos,  polícias, o ditador. Quando comecei a procurar, achei que fazia todo o sentido fazer esta homenagem a mulheres e retirá-las da sombra. Dizem que atrás de um grande homem está sempre uma grande mulher. Comecei a questionar onde é que estavam as grandes mulheres. Sinto que há uma grande ligação com a Cátia, admiro imenso o trabalho dela - ela sabe-o e para mim é importante contar histórias, tentar mexer com as pessoas, tentar mostrar a importância e a valorização da vida humana e neste caso das mulheres, fazer realmente com que haja outras perspectivas, outros pensamentos ou unir comunidades. E sinto que a Cátia fala disto muito bem nas suas canções.Cátia, como recebeu este convite por parte da Melanie?Cátia Oliveira: Tenho de confessar logo à partida que não conhecia de todo a obra da Melanie, muito infelizmente, mas cheguei, como se diz; tarde, mas com muita vontade. Este e-mail da Melanie e da sua produtora fez-me sentir muito lisonjeada. Não é a minha primeira vez em Paris, mas é a primeira vez em Paris no sentido em que vim convidada para trabalhar. Depois lisonjeou-me sobretudo a ideia de poder fazer parte de um encontro que também a mim me significava muito. Não era a ideia de só vir dar um pequeno concerto em Paris. Não era esse o deslumbre, mas era a ideia de vir participar num encontro onde as peças, a ideologia por detrás das peças, a preocupação ambiental, a preocupação activista com o papel da mulher no que é que foi e no que é agora e no que nós queremos que seja agora o papel da mulher.Depois de perceber o percurso da Melanie porque eu também sou um bocadinho exigente com as parcerias que faço, e não tem nada a ver com vaidade, mas com a ideia de precisar de perceber se o nosso encontro vai ser um encontro de almas. Não tem a ver com estatuto ou não ter estatuto. Pode ter começado agora, mas se tem a ideia, se tem a beleza do que quer passar, se me faz sentido, se tem intenção, para mim está tudo bem. Quando fui um bocadinho ao passado da caminhada artística que a Mélanie tem feito, percebi que ela também tem este trabalho muito envolvido com o trabalho social, com esta matriz transformadora do tempo. Um dos projetos que me tocou, que ela tinha feito anteriormente, foi um trabalho grande com mulheres reformadas, com um projecto sobre a terceira idade.Melanie: O projecto As vozes da Avó.Cátia: Esta consciência e este desejo de fazer um trabalho artístico e consequente. Esta parte para mim é que é a ponte que nos faz trabalhar em conjunto aqui em Paris. Depois há uma coisa muito curiosa: num mundo tão imenso e a Melanie é misturada, todos somos, mas ela poderá falar disso melhor, mas viveu muito tempo fora de Portugal, mas somos curiosamente da mesma cidade, Setúbal, que é a coisa curiosa. Temos a mesma idade....Melanie: Temos a mesma idade, somos da mesma cidade, provavelmente até temos as mesmas referências de crescer lá da zona. Dou por mim a pensar que nos cruzamos nos sítios sociais, não no Liceu, mas se calhar nos sítios de convívio. É muito interessante. O destino tem destas coisas.Parte destas oito mulheres que tomaram a palavra a dada altura na História. Estas mulheres representam aquelas que não puderam fazê-lo?Melanie: Com a escolha destas mulheres, tentei demonstrar que no mundo de hoje estamos todos em correria, estamos todos demasiado estimulados pela tecnologia, pelos media, pelas redes sociais e tudo mais, estamos cada vez mais individualistas e estamos a perder o toque humano. Estamos a desvalorizar a vida humana.Acho que ainda há muitas grandes mulheres para saírem da sombra do Estado Novo. Estas foram as que mais tocaram, que mais me intrigaram por certos detalhes, mas o que acho que é importante realçar é que, cada uma à sua maneira, directa ou indirectamente, mais ou menos conhecida, cada uma tem a sua história com valor e importância. Não é só a escritora mais conhecida ou a poeta mais impactante, que realmente tem uma história importante para ser contada.Temos o caso de, por exemplo, da Conceição Ramos, cuja história é pouco conhecida. Ela foi praticamente a vida toda criada de serviço, antes disso trabalhou no campo, desde os 14 anos. No entanto, foi tentando perceber como ajudar, foi encontrando a sua comunidade até na sua paróquia, na igreja e fundou o Sindicato do Trabalho Doméstico. Não estamos a falar de uma pessoa que foi à faculdade, que estudou, que tinha influências a nível familiares, ou seja o que for, não: ela disse basta! E defendeu que ser criada de serviço é um trabalho que decidiu fazer, um trabalho digno...Cátia: Um trabalho com horários e que não implica extras sexuais.Mélanie: Exactamente! Com direitos, defendendo que tinha de haver regras e respeito. Hoje em dia ainda se vê muito isto, infelizmente. Mas é preciso perceber, para o motor gigante do mundo consiga rodar a 24 horas, que todos os trabalhos são importantes; desde a empregada doméstica até ao Presidente da República.No vosso trabalho vocês também dizem basta?Cátia: Dizemos todos os dias. Posso falar com mais propriedade sobre a música e menos das artes plásticas ou de outro sector das artes. Sinto que enquanto música, para ser a música que quero ser, abdico de muita coisa. Também digo que não a muita coisa e isso faz com que as consequências a seguir sejam que haja menos disponibilidade para nos receber, menos visibilidade dada ao trabalho. Fala-se do assédio sexual no cinema, por exemplo, mas também na música. Isto é muitíssimo sentido.Começa a falar-se e, mais recentemente, no jazz português...E o jazz português é um exemplo tristíssimo porque é uma coisa muito mais transversal a qualquer género porque aquilo não é só na casa do jazz. Nós vamo-nos conhecendo enquanto artistas, vamos marcando uma espécie de identidade. É o que tenho de fazer. Muitas vezes é preciso perceber que não quero tocar no Festival X porque aquele festival, para mim, não cumpre nenhum papel cívico, consciente, constructivo, transformador, alargador de consciência.As ligações de que falava no início da entrevista?Sim, claro. Porque determinado evento é patrocinado por pelo banco Y ou pela gasolineira tal. Eu até posso ir a esse festival, mas é importante que eu diga nesse festival que a gasolineira tal me envergonha enquanto cidadã, pelos lucros multimilionários que têm anualmente num país que está a viver com tantas dificuldades e tantas misérias. Depois percebo que isto há de ter consequências.Tem consequências?Sim. Esse festival, por exemplo, a que me refiro, duvido que mais algum dia me convidem para fazer um concerto, mas fico muito mais tranquila se pensar que cumpri o meu papel de artista. Para mim, ser artista tem que ter algum papel de transformação e de provocação.Neste ano em que se assinalam 50 anos de liberdade em Portugal, o que significa para vocês a palavra a liberdade?Melanie: Tenho assim, como se diz em inglês mixed feelings, por um lado, dou graças às mulheres e homens que lutaram, que foram oprimidos, que foram agredidos, que lutaram por nós para pavimentar o nosso caminho, para nós podermos sentir que somos livres hoje. Por outro lado, às vezes sinto-me um bocado desiludida. Sinto-me desiludida de termos que continuar a falar sobre igualdades. Sinto-me um bocado desiludida de sentir que quando estamos a falar de igualdade de direitos estamos a falar de igualdade de direitos perante homem e mulher. Mas eu estou a falar de igualdade perante; empregada doméstica e político. Percebemos que as coisas são diferentes e que isto é tudo muito complexo. Tudo bem que as coisas têm hierarquias diferentes, mas eu acho que há um grande basta: Como é que falamos sobre liberdade e, no entanto, vemos situações no nosso país, em Portugal, de pessoas por causa de taxas, por causa de inflação, seja por que razão, perdem empregos, não podem pagar rendas. Ainda há uma situação muito complexa e sinto-me desiludida por não estar resolvida, passados 50 anos.Cátia, sente que ainda hoje, o impacto da censura e das desigualdades do Estado Novo se refletem nas nossas gerações, 50 anos depois?Cátia: É que nem consigo comparar. Se eu pensar na música e pensar no percurso como o do Zeca Afonso, do Sérgio Godinho, doJosé Mário Branco que tiveram que sair do país porque ali a palavra deles era terminantemente proibida. Acho que não estou num momento em Portugal em que possa sequer comparar. Daí que eu até tenho aqui um problema quando me apresentam como cantora de intervenção, fico com um bocadinho de desconforto porque cantor de intervenção, para mim tem este período cronológico muito marcado e está muito associado àquela pré 25 de Abril, toda aquela fase final da ditadura pela qual contra a qual esta gente lutou muito.Para preparar esta entrevista e ao descobrir este trabalho da Melanie Alves foi impossível não pensar no trabalho do livro pioneiro As mulheres do meu país de Maria Lamas e mais recentemente no filme de Marta Pessoa Um nome para o que sou e no livro da Susana Moreira Marques Lenços Pretos, Chapéus de Palha e Brincos de Ouro. São mulheres que viajaram com um livro para perceber a própria história. É isso que também procura fazer? Mélanie: A certa altura da minha vida não fazia sentido continuar a fazer arte que fosse o eu e eu e o que me acontece a mim mesmo, sentia que faltava qualquer coisa e foi aí que comecei a virar-me para os problemas sociais e para o que acontece em tanto sítios onde estou, como no mundo. Começo logo a sorrir, a pensar nas mulheres do meu país, porque eu sinto uma grande proximidade, relativamente ao facto de Maria Lamas ter dito um basta. Foi um basta também porque estava a ser censurada, simplesmente por estar a demonstrar que a mulher portuguesa era maioritariamente analfabeta camponesa, vivia em situações precárias e trabalhava imenso. Foi censurada por isso e decidiu durante dois anos viajar de norte a sul e descrever essa realidade.Até me arrepio porque quando eu acabei as vozes da avó, essa era a minha ideia; fazer dois anos e provavelmente ainda vai acontecer, mas como eu sentia que os avós e os senhores estavam tão isolados, queria ir de norte a sul as aldeias assim mais remotas, falar e entrevistar e dar a conhecer a história.A exposição para mim não é para ter simplesmente a minha perspectiva ou a minha retórica. É para intrigar e para fazer as pessoas pensar, para terem curiosidade. Porque quando decidi fazer esta exposição sobre as mulheres conhecia muito poucas mulheres que tinham lutado contra a opressão da ditadura. Dei por mim a achar que era ignorância minha de realmente conhecer tão poucas. Mas quanto mais pesquisei, estudei e mais comecei a falar com o meu núcleo de pessoas, notei que não era só minha ignorância. Há uma ignorância geral, muita gente não conhece até os nomes mais mediáticos.Cátia: A Maria Barroso, por exemplo.Mélanie:A Maria Barroso é completamente uma mulher sombra. Ainda hoje, a maioria de nós ainda pensa nela como a primeira-dama, mulher de Mário Soares, mãe de João Isabel. Não fazia ideia que ela foi a única mulher e co-fundadora do Partido Socialista na Alemanha. Pensava que era erro meu, ignorância minha, mas afinal não. É somente isso que eu quero com esta exposição: apreciarmos, ouvirmos, haver mais união, haver mais conversa e intrigar as pessoas para que tenham realmente vontade de saber. Levar as pessoas a querer pesquisa mais acerca da Conceição, da Celeste ou da Maria Barroso.  Até posso lançar aqui um desafio para quem nos estiver a ouvir: pesquisar ainda mais, mais mulheres de Abril, mais Marias de Abril. Porque decerto e eu acredito piamente nisto, que todos temos uma história importante para ser contada. Há aí mais mulheres à espera para serem reveladas.Canta como se nos estivesse a fazer uma confidência, com uma entoação que revela tanto vulnerabilidade como uma força ou uma impulsão. De onde é que vêm?Cátia: Eu acho que até a maior parte das canções que escrevo vêm exactamente desse lugar de vulnerabilidade. Acho muitas vezes que a música salva-me de lugares muito angustiados. Falava há pouco de uma certa desilusão e às vezes a desilusão também me angustia muito. Acho que sou um bocadinho fantasiosa sobre o poder popular e o poder do colectivo. E depois também me desiludo com alguma frequência. Acho que a maneira de transformar isto é fazer canções que possam ser um reflexo ou que possam ter um reflexo disto, mas que sejam as canções que contenham uma certa dose de esperança para não cantar só a angústia e o desespero e o mal-estar, acho que o activismo na música também não passa por aí e eu não penso nada em mim como uma activista, mas estou a pegar mais nisto, até porque é uma palavra que a Mel usa bastante e estou a pregar por aí. Sinto que sim, que a música acaba por reflectir a forma como eu apreendo o mundo e como movimento no mundo. Há muita vulnerabilidade e, às vezes, instabilidade, mas também há uma grande vontade de que isto possa ser sempre um dia melhor.A Cátia Oliveira é hoje uma das cantoras mais ouvidas em Portugal. Ganhou o prémio de Melhor Trabalho Popular em 2024 da Sociedade Portuguesa de Autores. O último trabalho de 2 de Abril foi considerado um dos melhores discos do ano. O que é que este reconhecimento, o que é que estes prémios acrescentam, mudam alguma coisa?Não mudam nada. Não vou dizer que também não sabem nada porque todos nós precisamos de alguma espécie de validação e aquela validação que nos chega no mais imediato. Comigo funciona em mandar música ao meu pai, eu mando um texto que escrevi ao meu pai e ele é um barómetro muito interessante e muito curioso. A validação dele importa. Às vezes não é validação, é opinião dele. O que é que ele sente sobre aquilo porque ele sente bem a coisa, percebe quando a música tem alguma coisa que possa ser interessante.A música chega a si pelo seu pai?Não, acho que vem mais da minha mãe. Eu acho que a minha mãe usava muita música para cantar aquele dia a dia difícil.Cantava?Cantava muito, cantava a fazer a lida da casa, trabalhar na costura. Ela teve tantas amarguras, tantas agruras na vida que o canto realmente espanta alguns demónios. E as mulheres da minha família tem muito isso. A minha avó também adora cantar. Às vezes o mundo estava a cair dentro de casa, mas ela ia para o postigo, no bairro de pescadores, lá em Setúbal, abria o postigo e cantava e as vizinhas juntavam se à porta. É muito engraçado porque há vizinhas que ainda me dizem a tua avó cantava tão bem e às vezes lá dentro aquilo estava tudo assim, muito frágil. Acho que também herdei um bocadinho isso, mas pronto. Voltando à questão dos prémios, não mudam nada, mas há sempre um certo sentimento de que eu, na verdade, só tenho 30.000 ouvintes nas plataformas digitais, o que é um número irrisório para uma população como a de Portugal.As plataformas e o número de seguidores dizem muito?Até diz sobre a minha música e sobre aquilo que eu escrevo, o que é que representa para o outro. Se há 30.000 pessoas a ouvir.30.000 pessoas que têm acesso, mas há quem não tenha acesso ou quem use outras formas para ouvir música?Também e eu vendo muitos CDS. Não muda nada, mas acaba por dar uma espécie de conforto de olha, não tens muitos ouvintes, não tens muitos seguidores, mas há sempre alguém que acha que aquilo que tu estás a fazer é importante e pode acrescentar alguma coisa. Eu acho que é isso.

Favas Contadas
O gastrónomo responsável pela chegada de Salazar ao poder

Favas Contadas

Play Episode Listen Later Nov 12, 2024 15:34


Escreveu um dos mais importantes livros de culinária em Portugal, fundou a Sociedade Portuguesa de Gastronomia, mas também teve uma longa carreira política e terá sido o responsável pela chegada de Salazar ao Governo. Conheça a história incrível de António Maria de Oliveira Bello.

Expresso - Expresso da Manhã
Um em cada três portugueses é obeso e é discriminado pelo SNS

Expresso - Expresso da Manhã

Play Episode Listen Later Oct 29, 2024 14:21


Desde 2004 que, em Portugal, a obesidade é considerada uma doença crónica mas, ao contrário das restantes doenças crónicas, aos obesos não é dada a oportunidade de serem tratados com todo o armentário que o Serviço Nacional de Saúde tem ao seu dispor. Neste episódio, conversamos com o médico José Silva Nunes, presidente da Sociedade Portuguesa para o Estudo da Obesidade  See omnystudio.com/listener for privacy information.

Resposta Pronta
Que impacto tem a mudança de hora no sono?

Resposta Pronta

Play Episode Listen Later Oct 27, 2024 6:36


O presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia explica que a mudança de hora impacta a regulação do sono. António Morais sublinha ainda: "Trabalhar de noite tem implicações para a saúde".See omnystudio.com/listener for privacy information.

Noticiário Nacional
13h Sociedade Portuguesa de Obstetrícia discorda do Governo

Noticiário Nacional

Play Episode Listen Later Oct 22, 2024 12:39


Fundação (FFMS) e Renascença - Da Capa à Contracapa
Estamos preparados para um novo grande sismo em Portugal?

Fundação (FFMS) e Renascença - Da Capa à Contracapa

Play Episode Listen Later Oct 22, 2024 76:48


O sismo de magnitude 5.3 na escala de Richter que, em setembro passado, foi sentido em Portugal reavivou o debate sobre a prevenção de terramotos no país.  Apesar de melhorias no planeamento de emergência e nas normas anti-sísmicas de construção nos últimos 30 anos, subsistem dúvidas sobre a forma como áreas como Lisboa, o Vale do Tejo ou o Algarve estão preparadas para um sismo de elevada magnitude.O que sabemos hoje sobre o risco que corremos nestas zonas? As nossas construções aguentam um forte tremor de terra? E será possível um dia termos capacidade efetiva de alguma previsão sísmica?Para responder a estas e outras perguntas juntam-se Filipe Rosas, diretor do Instituto Dom Luiz da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e Luis Guerreiro, professor universitário e membro da direção da Sociedade Portuguesa de Engenharia Sísmica.O Da Capa à Contracapa é uma parceria da Fundação com a Renascença. 

Appleton Podcast
Episódio 145 – “O duplo e o acaso” – Conversa com Jorge Molder

Appleton Podcast

Play Episode Listen Later Oct 18, 2024 57:52


Jorge Molder, Lisboa, 1947. Licenciado em Filosofia pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. A partir do final dos anos 70 dedica-se à fotografia, alicerçando todo o seu trabalho na pesquisa sobre a auto-representação, frequentemente evocando personagens do mundo literário e artístico como Joseph Conrad, Samuel Beckett, Lucian Freud e Francis Bacon, através da construção de narrativas seriadas ficcionadas. As diferentes séries articulam-se numa sequência performativa na qual o artista constrói um universo a partir das suas referências filosóficas, cinematográficas e literárias. Neste jogo de ambivalências encontramos também a própria fotografia e a sua história, no confronto entre o registo documental da realidade e a sua dimensão espectral. Entre 1990 e 2009 foi o diretor do Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian. O artista representou Portugal nas Bienais de São Paulo (1994) e de Veneza (1999). Em 2007, recebeu o prémio da AICA/Associação Internacional de Críticos de Arte, em 2010 o Grande Prémio EDP/Arte, e em 2014 o Prémio da Sociedade Portuguesa de Autores.A sua obra tem sido exibida em exposições nacionais e internacionais em instituições de renome, entre outros, MAAT, Lisboa, Centre Georges Pompidou, Paris, Centro Cultural de Belém, Lisboa; Serralves, Porto, Hamburger Kunsthalle, Hamburgo, Palazzo Fortuny Veneza, Palais des Beaux-arts de Bruxelas, e Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa; e está representada em diversas coleções públicas e privadas, nacionais e internacionais. Links: https://www.miguelnabinho.com/jorgemolder/ https://www.publico.pt/1999/05/28/jornal/o-fotografo-e-o-seu-duplo-em-veneza-134104 https://rr.sapo.pt/noticia/vida/2023/04/10/jorge-molder-revela-22-obras-ineditas-na-exposicao-grandes-planos/327107/ https://www.publico.pt/2013/01/26/culturaipsilon/noticia/fotografia-de-jorge-molder-e-primeira-obra-de-arte-portuguesa-a-entrar-na-colecao-da-unesco-1582181 https://aica.pt/awards/aica-mc-millennium-bcp https://www.fundacaoedp.pt/pt/edicao-premio/grande-premio-fundacao-edp-arte-2010 https://gulbenkian.pt/cam/artist/jorge-molder/ https://contemporanea.pt/edicoes/04-05-06-2023/conversa-com-jorge-molder https://www.serralves.pt/ciclo-serralves/2104-jorge-molder-obras-da-colecao-de-serralves/ Episódio gravado a 26.09.2024 Créditos introdução: David Maranha - Flauta e percussão Música final: Nardis, Interpretado por Bill Evans Trio, Escrita por Miles Davis, Produzida por Orrin Keepnews http://www.appleton.pt Mecenas Appleton:HCI / Colecção Maria e Armando Cabral / A2P / MyStory Hotels Apoio:Câmara Municipal de Lisboa Financiamento:República Portuguesa – Cultura / DGArtes – Direcção Geral das Artes

Resposta Pronta
"Número de cesarianas no privado é excessivo"

Resposta Pronta

Play Episode Listen Later Oct 17, 2024 5:38


Nuno Clode, presidente da Sociedade Portuguesa de Obstetrícia, diz ainda que a descida no número de partos se deve à falta de apoio às grávidas no país.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Bela Questão
#109 O que é que o nosso inconsciente nos ensina sobre as emoções? Com o Dr. João Carlos Melo, Médico Psiquiátra

Bela Questão

Play Episode Listen Later Oct 10, 2024 71:21


Hoje, 10 de outubro, celebramos o Dia Mundial da Saúde Mental. E não há melhor forma de assinalar esta data do que trazer até ti um profissional de renome, autor de vários livros, Grupanalista e, acima de tudo, um ser humano generoso que tem partilhado o seu conhecimento para que todos possamos cuidar melhor da nossa saúde mental! O nosso convidado especial é o Dr. João Carlos Melo, médico psiquiatra, psicoterapeuta e grupanalista. É membro titular didata da Sociedade Portuguesa de Grupanálise e Psicoterapia Analítica de Grupo (SPGPAG) e full member da Group Analytic Society International (GASI). Atualmente, desempenha funções como coordenador do Hospital de Dia do Serviço de Psiquiatria no Hospital Fernando Fonseca, em Lisboa. Sabias que há cerca de 100 anos Freud introduziu três níveis de consciência? O Consciente, o Pré-consciente e o Inconsciente. Estes “lados” da nossa mente influenciam as nossas emoções, que podem tornar-se mais luminosas ou mais sombrias dependendo de como os compreendemos. Nesta conversa, recheada de exemplos práticos, falámos sobre a emoção da inveja, a agressividade, o medo e como uma visita ao inconsciente — onde se escondem pensamentos, memórias e experiências guardadas no nosso cérebro, atrás de uma porta para a qual é preciso uma chave — pode ser essencial para explorar esses sentimentos mais profundos. O que achaste da conversa? Deixa-nos o teu feedback! O Dr. João Carlos Melo é autor de vários livros sobre psicologia e saúde mental. Entre as suas obras mais conhecidas estão: "Lugares Escondidos da Mente" (2024): Explora as diferentes facetas da mente humana, abordando a dualidade entre o consciente e o inconsciente. "Uma Luz na Noite Escura" (2022): Fala sobre o processo de descoberta pessoal e superação de desafios emocionais. "Reféns das Próprias Emoções" (2021): Foca-se na relação entre as emoções e comportamentos automáticos. "Nascemos Frágeis e Recebemos Ordens para Sermos Fortes" (2019): Explora a fragilidade humana e a pressão social para manter uma imagem de força. "O Inconsciente Está no Cérebro" (2017): Analisa a relação entre o cérebro e o inconsciente. "As Faces do Inconsciente" (2005): Aborda os múltiplos aspectos e influências do inconsciente nas nossas vidas​(JOÃO CARLOS MELO)​(Bertrand Livreiros - livraria Online)​(Wook). ACOMPANHA O PODCAST BELA QUESTÃO 

45 Graus
#172 José Gameiro - “O que aprende um terapeuta de casais sobre as relações e as pessoas?”

45 Graus

Play Episode Listen Later Oct 2, 2024 94:07


José Gameiro nasceu em Lisboa, em 1949. Licenciou-se em Medicina pela Faculdade de Medicina de Lisboa, com especialidade em psiquiatria, e doutorou-se em Psicologia e Saúde Mental na Universidade do Porto. É membro fundador da Sociedade Portuguesa de Terapia Familiar. Assina, no Expresso, a crónica «Diário de um psiquiatra», onde fala sobretudo de relações e terapia de casais. É autor de vários livros sobre estes temas, o último dos quais, publicado este ano, provocadoramente chamado «Manual de Infidelidade». Foi uma grande conversa. O convidado é conversador espirituoso (como vão ver) e é talvez a pessoa em Portugal com mais experiência a lidar com casais: desde os problemas mais comuns ao que distingue os casais que funcionam bem.  (Episódio apenas audio.) -> Apoie este podcast e faça parte da comunidade de mecenas do 45 Graus em: 45grauspodcast.com -> Workshops de Pensamento Crítico. _______________ Índice: (0:00) Introdução (3:57) O que ser terapeuta conjugal ensina sobre as relações. | O maior desafio no casal é lidar com as diferenças (18:18) O dinheiro e a carreira (28:24) Como funciona, na prática, a terapia de casal? Carl Whitaker. Cultura EUA vs Portugal (39:57) O terapeuta, com a experiência, constroi uma intuição sobre os casais? (44:30) Diferenças no casal e papeis de género. | Casais do mesmo sexo. | Estudo de Masters and Johnson (52:21) Infidelidade: padrões e diversidade (1:08:31) Os casais não devem dizer e discutir tudo? | A “verdadaça” (1:16:26) Lições para a vida conjugal de uma vida de terapeuta de casais (1:21:46) O mais importante numa relação é sentir-se compreendido | E o mais devastador é a crítica sistemática (1:26:32) O modelo de guarda partilhada de casais separados continua a discriminar os homens? (1:31:53) “Somos sobretudo amigos” ______________ Esta conversa foi editada por: Hugo Oliveira  

GP3S - Divórcio Consciente
Momento 56: «quando o amor destrói…» - Diana Cruz

GP3S - Divórcio Consciente

Play Episode Listen Later Oct 1, 2024 19:54


Neste Momento, a Diana Cruz fala-nos de como as relações tóxicas deturpam o amor e o usam para enredar e destruir, como sair de uma relação desta natureza e como os filhos servem a causa tóxica.   A Diana Cruz é «psicóloga clínica e terapeuta familiar formada pela Sociedade Portuguesa de Terapia Familiar e doutorada em Psicologia Clínica da Família pela Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa. Grande parte da sua atividade clínica é dirigida a adultos e famílias. Tem-se dedicado à investigação e publicação de artigos científicos em livros na área da psicologia e saúde mental.» A Diana também é autora do livro «Não é amor. É uma relação Tóxica».   Ouve, partilha e contribui para uma cultura de relações saudáveis, responsáveis e autênticas.   Se não ouviste o episódio completo, podes fazê-lo, porque este foi mesmo só um momento… #134 Diana Cruz: não é amor. é uma relação tóxica   Podes ouvir o Podcast no Spotify ou noutra plataforma de distribuição de Podcasts, como a Apple Podcasts, Anchor, Amazon Music, YouTube…

Resposta Pronta
SNS. "Criação da especialidade peca por tardia"

Resposta Pronta

Play Episode Listen Later Sep 23, 2024 7:03


Adelina Pereira, Presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina de Urgência, salienta que, a longo prazo, a criação da especialidade vai contribuir para minimizar a falta de resposta das urgências.See omnystudio.com/listener for privacy information.

História em Meia Hora

Um monge, um bruxo, um curandeiro ou só um tarado? Separe trinta minutos do seu dia e aprenda com o professor Vítor Soares (@profvitorsoares) sobre a biografia de Grigori Rasputin. - Se você quiser ter acesso a episódios exclusivos e quiser ajudar o História em Meia Hora a continuar de pé, clique no link: www.apoia.se/historiaemmeiahora Compre o livro "História em Meia Hora - Grandes Civilizações"! https://www.loja.literatour.com.br/produto/pre-venda-livro-historia-em-meia-hora-grandes-civilizacoesversao-capa-dura/ Compre meu primeiro livro-jogo de história do Brasil "O Porão": https://amzn.to/4a4HCO8 Compre nossas camisas, moletons e muito mais coisas com temática História na Lolja! www.lolja.com.br/creators/historia-em-meia-hora/ PIX e contato: historiaemmeiahora@gmail.com Apresentação: Prof. Vítor Soares. Roteiro: Prof. Vítor Soares e Prof. Victor Alexandre (@profvictoralexandre) REFERÊNCIAS USADAS: Rasputin: quem era o “monge louco” na realidade? | Russia Beyond  Rasputin | Enciclopédia Britânica VALÉRIO, Maria Júlia. Rasputine — o assédio desejado. Revista Portuguesa de Psicossomática, vol. 6, núm. 1, janeiro-junho, 2004, pp. 69-73. Sociedade Portuguesa de Psicossomática. Porto, Portugal. Disponível em:  http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=28760110. WELCH, Frances. Rasputine: uma vida curta. Tradução: Miguel Coutinho e Nanci Marcelino. Carcavelos: Estação imaginária, 2015.

Top of Mind
Informação pode salvar vidas: literacia em Saúde Cardiovascular

Top of Mind

Play Episode Listen Later Jul 30, 2024 26:01


Neste episódio, exploramos a importância da literacia em saúde cardiovascular com Cristina Vaz de Almeida, presidente da Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde, e Sílvia Monteiro, cardiologista e membro da Direção da Sociedade Portuguesa de Cardiologia. Discutimos como, apesar do fácil acesso à informação, os jovens são os que menos a compreendem. Descubra alguns dos motivos por detrás deste facto e conheça algumas estratégias que pretendem garantir que a informação correta chegue às pessoas certas para salvar vidas. Não perca este episódio esclarecedor, onde a informação é uma ferramenta essencial para a preservação da saúde e da vida.   BIAL/JUN24/PT/053

Mais lento do que a luz
Vítor Cardoso e o Guia Para Entrar em Buracos Negros

Mais lento do que a luz

Play Episode Listen Later Jul 29, 2024 30:32


O nosso convidado é professor no Departamento de Física do Instituto Superior Técnico e no Instituto Niels Bohr, na Universidade de Copenhaga, na Dinamarca. É um pioneiro em espectroscopia de buracos negros e testes da teoria de Einstein. É autor de mais de 250 artigos científicos em revistas internacionais, tendo a sua investigação sido distinguida três vezes pelo European Research Council. Em 2015, foi agraciado pelo Presidente da República com a Ordem de Santiago D'Espada, pelas suas contribuições para a ciência. É membro fundador da Sociedade Portuguesa de Relatividade Geral. No campo da divulgação científica é um dos autores do livro Nas Fronteiras do Universo, saído em 2011 na Gradiva. Assinou um prefácio para a recente reedição de Subtil é o senhor, a biografia que  Abraham Pais escreveu de  Einstein e que a Gradiva publicou. Há muito pouco tempo assinou um novo livro, intitulado O eclipse do tempo - Guia para entrar em Buracos Negros, saído na Oficina do Livro.É deste mais recente livro, acerca das grandes questões, que partimos para nossa conversa:  O que é tempo. O que é a luz? Que truques se podem usar para falar de modo compreensível para leigos acerca destes temas de física moderna altamente matematizados? Falámos também do futuro da física: alguma vez haverá uma teoria de tudo, que junte a teoria quântica e a teoria da relatividade geral?See omnystudio.com/listener for privacy information.

Biosfera Podcast
Recordar - As águias da Área Metropolitana de Lisboa

Biosfera Podcast

Play Episode Listen Later Jul 29, 2024 16:48


Em torno de Lisboa, há pelo menos 14 territórios ocupados por casais de águias de Bonelli. A Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves tem em curso um projeto Life para estudar e conservar as rapinas da Área Metropolitana. São 13 parceiros envolvidos no LXAquila, cujo principal objetivo é criar uma rede de custódia entre públicos e privados para a preservação das águias fora das áreas protegidas. Este verão estamos a recordar alguns episódios do podcast que nos inspiraram com visões para uma gestão mais ecológica dos nossos recursos. Esta entrevista foi primeiro publicada em outubro de 2021.

FALA COM ELA
FALA COM ELA com José Gameiro

FALA COM ELA

Play Episode Listen Later Jul 19, 2024 57:42


Psiquiatra desde 1980, José Gameiro acaba de editar o livro: Manual de Infidelidade. É membro fundador da Sociedade Portuguesa de Terapia Familiar. Ouve casais há décadas. Se os homens traem muito, as mulheres são mais hábeis na hora de trair, mas esta é uma conversa onde também se fala de amor.

Resposta Pronta
Erros. "Escalas são extremamente dinâmicas"

Resposta Pronta

Play Episode Listen Later Jun 15, 2024 10:26


Governo divulgou mapas com erros. Presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina de Urgência e Emergência, Adelina Pereira, lembra que Executivo mudou formato e tem esperança que situação melhore.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Fundação (FFMS) e Renascença - Da Capa à Contracapa

Um estudo da Sociedade Portuguesa de Pneumologia realizado em 2023 indica que a maioria dos inquiridos sente que raramente dorme bem e apresenta sonolência diurna excessiva. Estima-se também que 28% da população adulta sofra de insónias.Fatores como stress, ansiedade, o uso excessivo de tecnologia e os horários de trabalho podem contribuir para hábitos de sono pouco saudáveis. Que estratégias existem para melhorar este quadro?O tema vai a debate com Sofia Gomes, psiquiatra no Hospital Magalhães Lemos (Porto) e autora de «O Sono dos Portugueses» e com Luísa Lopes, neurocientista e professora convidada na Faculdade de Medicina de Lisboa. O Da Capa à Contracapa é uma parceria da Fundação com a Renascença.

Renascença - Da Capa à Contracapa
O sono comanda a vida?

Renascença - Da Capa à Contracapa

Play Episode Listen Later Jun 4, 2024 67:46


Um estudo da Sociedade Portuguesa de Pneumologia realizado em 2023 indica que a maioria dos inquiridos sente que raramente dorme bem e apresenta sonolência diurna excessiva. Estima-se também que 28% da população adulta sofra de insónias. Fatores como stress, ansiedade, o uso excessivo de tecnologia e os horários de trabalho podem contribuir para hábitos de sono pouco saudáveis. Que estratégias existem para melhorar este quadro? O tema vai a debate no “Da Capa à Contracapa” com Sofia Gomes, psiquiatra no Hospital Magalhães Lemos no Porto e autora de “O Sono dos Portugueses”; E Luísa Lopes, neurocientista e coordenadora de um grupo de investigação no Instituto de Medicina Molecular e professora convidada na Faculdade de Medicina de Lisboa. Moderação: José Pedro Frazão; Produção: Ana Marta Domingues; Genérico. Mário Laginha

Convidado Extra
“Não é a infidelidade que leva à separação”

Convidado Extra

Play Episode Listen Later May 28, 2024 38:22


José Gameiro, psiquiatra especialista há 4 décadas em terapia de casal e fundador da Sociedade Portuguesa de Terapia Familiar, lança o "Manual de Infidelidade", um livro sobre pessoas e relaçõesSee omnystudio.com/listener for privacy information.

Olho Clínico
EP.8 DIABETES & RISCO CARDIOVASCULAR - Doença Cardiovascular: dos fatores de risco à prevenção

Olho Clínico

Play Episode Listen Later Apr 22, 2024 12:46


A Doença Cardiovascular permanece a principal causa de morte em Portugal e nos países desenvolvidos. Quais os principais fatores de risco? Qual a importância de atingir os valores alvo para o colesterol-LDL? Terá a adesão à terapêutica um papel importante na redução de eventos cardiovasculares? Fique a conhecer as respostas a estas e outras questões neste novo episódio de Olho Clínico dedicado à Doença Cardiovascular. Dr. Alberto Mello e Silva Assistente Graduado Sénior de Medicina Interna Cardiologista - Luz Saúde Membro do Conselho Científico da Sociedade Portuguesa de Aterosclerose Dr. Francisco Araújo Coordenador do Departamento de Medicina Interna do Hospital Lusíadas Lisboa. Presidente da Sociedade Portuguesa de Aterosclerose (2024 - 2026)Presidente Eleito da Sociedade Portuguesa de Aterosclerose (2021 - 2023)Coordenador do Núcleo de Estudos de Risco Vascular da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna, SPMI (2019 - 2022)Representante da SPMI no grupo de estudos da Federação Europeia de Medicina Interna sobre Análise Crítica de guidelines (2018 - 2022)Assistente convidado da Faculdade de Medicina de Lisboa Olho Clínico é um Podcast da MSD de atualização científica, direcionado exclusivamente a Profissionais de Saúde. O conteúdo do mesmo não tem por objetivo induzir qualquer alteração de comportamento na prescrição ou toma de medicamentos. PT-NON-03038 04/2024

Olho Clínico
EP.7 DIABETES & RISCO CARDIOVASCULAR - Risco Cardiovascular em doentes com DMT2 em Portugal

Olho Clínico

Play Episode Listen Later Apr 15, 2024 11:51


O estudo cMORE serve de mote a mais um episódio de Olho Clínico em que o Dr. Alberto Mello e Silva e do Dr. Francisco Araújo abordam o Risco Cardiovascular em Portugal com um grande foco nos doentes com Diabetes Mellitus tipo 2. Não perca este episódio e descubra qual o impacto da Doença Cardiovascular Aterosclerótica em Portugal e as recomendações dos especialistas na gestão dos doentes com DMT2 por forma a evitar o aparecimento ou agravamento de complicações cardiovasculares. Dr. Alberto Mello e Silva Assistente Graduado Sénior de Medicina Interna Cardiologista - Luz Saúde Membro do Conselho Científico da Sociedade Portuguesa de Aterosclerose Dr. Francisco Araújo Coordenador do Departamento de Medicina Interna do Hospital Lusíadas Lisboa. Presidente Eleito da Sociedade Portuguesa de Aterosclerose (2021 - 2023) Coordenador do Núcleo de Estudos de Risco Vascular da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna, SPMI (2019 - 2022) Representante da SPMI no grupo de estudos da Federação Europeia de Medicina Interna sobre Análise Crítica de guidelines (2018 - 2022) Assistente convidado da Faculdade de Medicina de LisboaOlho Clínico é um Podcast da MSD de atualização científica, direcionado exclusivamente a Profissionais de Saúde. O conteúdo do mesmo não tem por objetivo induzir qualquer alteração de comportamento na prescrição ou toma de medicamentos. PT-NON-03037 04/2024

Retratos de Abril
Sophia de Mello Breyner Andresen (1919-2004)

Retratos de Abril

Play Episode Listen Later Apr 8, 2024 11:33


Em 1964, “Livro Sexto”, de Sophia de Mello Breyner, recebeu o grande prémio de poesia da Sociedade Portuguesa de Escritores. Este foi um livro marcante na obra da poetisa, evidenciando o seu compromisso com a liberdade e a justiça social. Este episódio narra o percurso da poetisa que se opôs ao regime ditatorial e que um dia escreveu “Eu posso dizer que escrevo para transformar o mundo. Eu penso que a poesia deve transformar o mundo”.  See omnystudio.com/listener for privacy information.

Mais lento do que a luz
Matemática, simetria e música, com Andreia Hall e Carlota Simões

Mais lento do que a luz

Play Episode Listen Later Mar 14, 2024 38:13


As nossas convidadas são as matemáticas Andreia Hall e Carlota Simões. Estão ambas estão ligadas às artes, em particular à música. São também as autoras do recente livro infantil Descobre as simetrias, com actividades para crianças do 1.º ciclo do básico. É número 11 da colecção Ciência a Brincar, publicado pela editora Bizâncio com o apoio da Sociedade Portuguesa de Matemática e da Fundação Gulbenkian.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Prova Oral
A obesidade em Portugal

Prova Oral

Play Episode Listen Later Mar 4, 2024 56:54


Fernando Alvim conversa sobre obesidade com Carlos Oliveira, presidente da Associação de Doentes Obesos e Ex-Obesos de Portugal, e com o Prof. Silva Nunes, presidente da Sociedade Portuguesa da Obesidade.

Conversas com Partes
Cargas e Legados Geracionais em IFS

Conversas com Partes

Play Episode Listen Later Feb 18, 2024 46:44


Andreia é psicóloga clínica, doutorada em Psicologia, Psicoterapeuta, e membro da Sociedade Portuguesa de Psicoterapias Construtivistas. Passou por diferentes contextos profissionais, nacionais e internacionais, como docente universitária, investigadora e como psicóloga e psicoterapeuta, em contexto hospitalar, comunitário e clínica privada. Dedica-se atualmente à vertente clínica, como terapeuta, e é também formadora e supervisora certificada no modelo de Sistemas Familiares Internos, em que se distingue também pelo trabalho que desenvolve com casais e pessoas em relação, no modelo IFIO, - que traduzimos livremente como intimidade construída de dentro para fora -, dedicado à conjugalidade e também a outras relações significativas, bem como na abordagem.na minha  somática do modelo intro, antes da última de sistemas familiares internos. É uma amante da leitura, gosta de viajar e a culinária é também para si uma fonte de prazer.

Fundação (FFMS) e Renascença - Da Capa à Contracapa
Quão preconceituosa é a sociedade portuguesa?

Fundação (FFMS) e Renascença - Da Capa à Contracapa

Play Episode Listen Later Jan 30, 2024 42:20


Portugal não é um país que se destaca dos níveis médios de preconceito e discriminação que encontramos no resto do mundo. No entanto, a realidade nacional apresenta dados e imagens diferenciadas, consoante os parâmetros avaliados.Por um lado, é considerado um dos melhores do mundo na integração de migrantes e onde se registam menos atos violentos por motivação racial. Por outro, o país regista ainda elevadas percentagens de inquiridos que partilham de crenças denominadas como racistas e que defendem a diminuição do número de imigrantes.Para este debate, chamamos à conversa Rui Costa Lopes, o autor do ensaio «Preconceito e Discriminação em Portugal», e Carla Santos, consultora especialista em migrações.O programa Da Capa à Contracapa é uma parceria da Fundação Francisco Manuel dos Santos e da Renascença.

Renascença - Da Capa à Contracapa
Quão preconceituosa é a sociedade portuguesa?

Renascença - Da Capa à Contracapa

Play Episode Listen Later Jan 30, 2024 42:20


Portugal não é um país que se destaca dos níveis médios de preconceito e discriminação que encontramos no resto do mundo. Esta é uma das conclusões do ensaio “Preconceito e Discriminação em Portugal” da autoria de Rui Costa Lopes, agora editado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos. A realidade nacional apresenta, no entanto, dados e imagens diferenciadas consoante os parâmetros avaliados. Portugal é considerado um dos melhores do mundo na integração de migrantes e onde se registam menos atos violentos por motivação racial. Por outro lado, o país regista ainda elevadas percentagens de inquiridos que partilham de crenças denominadas como racistas e que defendem a diminuição do número de imigrantes. São convidados Rui Costa Lopes, Psicólogo social, investigador principal do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa; E Carla Santos, consultora especialista em migrações, Embaixadora da Paz das Nações Unidas, mediadora sociocultural no Centro Nacional de Apoio ao Imigrante e Diretora Executiva da Capacitare. Moderação: José Pedro Frazão; Produção: Ana Marta Domingues; Genérico: Mário Laginha

Coffee Break
124: Guilherme Gomes

Coffee Break

Play Episode Listen Later Jan 29, 2024 45:59


O nosso convidado de hoje, Guilherme Gomes, nasceu em Viseu em 1993. Estreou-se no projeto PANOS, e frequentou a licenciatura em Teatro, no Ramo de Atores, na Escola Superior de Teatro e Cinema. Criou projetos para divulgação de poesia online. Fundou em 2015 Teatro da Cidade, com Bernardo Souto, João Reixa, Nídia Roque e Rita Cabaço. Em Teatro trabalhou com Luis Miguel Cintra, Jorge Silva Melo, João Mota, entre outros. Em 2019 venceu o prémio para Melhor Texto Português Representado, atribuído pela Sociedade Portuguesa de Autores, pelo seu texto “que boa ideia, virmos para as montanhas”. Fundou o projeto CRETA – laboratório de criação teatral, apoiado pelo Município de Viseu. É atualmente diretor artístico do Teatro-Cine de Torres Vedras. Como percebes, não faltaram temas para esta conversa com Guilherme Gomes.RecursosTeatro-Cine Torres VedrasTeatro da CidadeProjeto CRETAMr Bird  (autor da música)Nicolás Fabian (autor do design)Subscreve no SpotifySubscreve na Apple PodcastsSubscreve no Google Podcasts 

N'A Caravana
N'A Caravana com Márcia #219 Primeiro trabalho aos 13 anos, não pesar na infância e escapes

N'A Caravana

Play Episode Listen Later Dec 11, 2023 47:52


É seguramente um dos talentos maiores da composição em língua portuguesa e toda ela é um caminho bonito de música e letra, a tocar e a narrar vistas bonitas.Ao EP A Pele Que Há em Mim, seguiu-se Dá, Casulo, Quarto Crescente e Vai e Vem editado em 2018. Picos e vales é o mais recente trabalho da viagem da compositora, que já escreveu para artistas como Ana Moura, António Zambujo e Sérgio Godinho, entre outros. Já conquistou o Prémio José da Ponte da Sociedade Portuguesa de Autores e celebrou a sua década de trabalho no Coliseu dos Recreios, Lisboa. Nomeada duas vezes para os Globos de Ouro, Márcia iniciou o seu percurso formando-se em Pintura pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa e relata, no seu primeiro livro, alguns dos caminhos que a levaram a ser hoje uma das artistas mais reconhecidas no panorama nacional. Tem um livro maravilhoso que guardo com carinho em minha casa e me conquistou logo pela capa chamado “As estradas são para ir”. E são tanto para ir que tenho N'A Caravana para irmos e a descobrirem, Márcia.Podem seguir a Márcia: https://www.instagram.com/marcia__ig/?hl=enProdução e Agenciamento: Draft Media https://www.draftmediaagency.comMerchandising N'A Caravana: https://loja.ritaferroalvim.com/Obrigada a todos meus patronos por me permitirem fazer o que gosto e beneficiarem e acreditarem nos meus projetos. Um agradecimento especial aos patronos Premium: Rossana Oliveira, Mónica Albuquerque, Raquel Garcia, Sofia Salgueiro, Sofia Custódio, Patrícia Francisco, Priscilla, Maria Granel, Margarida Marques, Ana Moura, Rita Teixeira, Ana Reboredo, Rita Cabral, Tânia Nunes, Rita Nobre Luz, Leila Mateus, Bernardo Alvim, Joana Gordalina Figueiredo, Mónica Albuquerque, Rita Pais, Silvia, Raquel Garcia, Mariana Neves, Madalena Beirão, Rita Dantas, Ana Rita Barreiros, Maria Castel-Branco, Filipa Côrte-Real, Margarida Miguel Gomes, Rita Mendes, Rita Fijan Fung, Luísa Serpa Pimentel, Rita P, Mónica Canhoto, Daniela Teixeira, Maria Gaia, Sara Fraga, Cláudia Fonseca, Olga Sakellarides, Rafaela Matos, Ana Ramos, Isabel Duarte, Joana Sotelino, Ana Telles da Silva, Carolina Tomé, Patrícia Dias, Raquel Pirraca, Luisa Almeida, Filipa Roldão, Inês Cancela, Carina Oliveira, Maria Correia de Sá.

GP3S - Divórcio Consciente
#134 Diana Cruz: não é amor. é uma relação tóxica.

GP3S - Divórcio Consciente

Play Episode Listen Later Oct 17, 2023 65:12


A minha convidada de hoje é a Diana Cruz. A Diana Cruz é «psicóloga clínica e terapeuta familiar formada pela Sociedade Portuguesa de Terapia Familiar e doutorada em Psicologia Clínica da Família pela Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa. Grande parte da sua atividade clínica é dirigida a adultos e famílias. Tem-se dedicado à investigação e publicação de artigos científicos em livros na área da psicologia e saúde mental.» A Diana também é autora do livro «Não é amor. É uma relação tóxica». Um livro que recomendo vivamente, já que não só apresenta de forma clara e interessante o que é e como funciona uma relação tóxica, como também partilha um plano para acabar com a toxicidade emocional nas nossas vidas. «O amor não deve doer.» Não deve fazer-nos sentir esgotadas, em constante estado de alerta, confusas e culpadas…   Conteúdos abordados: · a vítima e a vitimização; . a esperança e o optimismo vs o positivismo tóxico; · quem se questiona se estará numa relação tóxica, é porque está; · do conto de fadas ao inferno; . o afastamento da rede de suporte; . definição de relações tóxicas; · a separação e o divórcio; . as relações “satélites”, as seduções e as ameaças; · relações de coparentalidade com um pai/mãe tóxico/tóxica; . há saída.    Ouve, partilha e contribui para uma cultura de relações saudáveis, responsáveis e autênticas.   O episódio está disponível no Spotify, Apple Podcasts, Google Podcasts... e nas outras plataformas de distribuição de Podcasts habituais. Também podes ver o vídeo do episódio no Spotify ou no nosso canal do ⁠Youtube⁠ https://youtu.be/-CxbmWiG7Rk   Podes adquirir o livro “Não é amor. É uma relação tóxica” em qualquer livraria física ou online e seguir a Diana Cruz nas Redes Sociais @diana_cruz_psi   Para saberes mais sobre nós: > na página https://www.gp3sdivorcioconsciente.com/  > nas redes sociais @gp3s.divorcioconsciente; e > no Youtube https://www.youtube.com/@gp3s.divorcioconsciente382   Podes adquirir o nosso livro através do nosso site https://www.gp3sdivorcioconsciente.com/livro directamente da editora ou qualquer outra livraria física ou online

N'A Caravana
N'A Caravana com Tozé Brito #203 Tudo pela música, Festival da Canção e manteiga de cacau

N'A Caravana

Play Episode Listen Later Aug 21, 2023 61:42


Nasceu no Porto. É cantor, letrista, compositor, produtor, editor, administrador, mentor de projetos musicais e descobridor de talentos. É autor de êxitos que todos trauteamos, tem 6 pseudónimos e responsável pelo sucesso de artistas de várias gerações, com mais de 500 canções escritas.Foi executivo das editoras Universal Music Portugal e BMG. No momento , é director e vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Autores.Forma o seu primeiro grupo aos quatorze anos.Começou pelo piano, passou para a viola e de lá até cá passaram 71 anos de vida e de histórias com muitos sucessos e calculo também de alguns insucessos .Não é amanhã de manhã, é já hoje que abri a porta a este mito porque bonito bonito é eu ter N'a Caravana Tóze Brito. Podem seguir o ToZé Brito: https://www.instagram.com/tozebritooficial/Produção e Agenciamento: Draft Media https://www.draftmediaagency.comMerchandising N'A Caravana: https://loja.ritaferroalvim.com/Obrigada a todos meus patronos por me permitirem fazer o que gosto e beneficiarem e acreditarem nos meus projetos. Um agradecimento especial aos patronos Premium: Rossana Oliveira, Mónica Albuquerque, Raquel Garcia, Sofia Salgueiro, Sofia Custódio, Patrícia Francisco, Priscilla, Maria Granel, Margarida Marques, Ana Moura, Rita Teixeira, Ana Reboredo, Rita Cabral, Tânia Nunes, Rita Nobre Luz, Leila Mateus, Bernardo Alvim, Joana Gordalina Figueiredo, Mónica Albuquerque, Rita Pais, Silvia, Raquel Garcia, Mariana Neves, Madalena Beirão, Rita Dantas, Ana Rita Barreiros, Maria Castel-Branco, Filipa Côrte-Real, Margarida Miguel Gomes, Rita Mendes, Rita Fijan Fung, Luísa Serpa Pimentel, Rita P, Mónica Canhoto, Daniela Teixeira, Maria Gaia, Sara Fraga, Cláudia Fonseca, Olga Sakellarides, Rafaela Matos, Ana Ramos, Isabel Duarte, Joana Sotelino, Ana Telles da Silva, Carolina Tomé, Patrícia Dias, Raquel Pirraca, Luisa Almeida, Filipa Roldão, Inês Cancela, Carina Oliveira, Maria Correia de Sá.

Explicador
Restrições ao tabaco fazem sentido?

Explicador

Play Episode Listen Later May 11, 2023 21:39


Deputada do PS Isabel Moreira diz que limitações seriam "atentado à liberdade". António Morais, presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia, lembra que medidas são de restrição e não proibição.See omnystudio.com/listener for privacy information.

+Liberdade
Spes Libertatis com Desidério Murcho, filósofo

+Liberdade

Play Episode Listen Later Jan 14, 2023 31:46


Ricardo Luz entrevista  Desidério Murcho, filósofo, professor universitário e escritor. É também membro fundador do Centro para o Ensino da Filosofia da Sociedade Portuguesa de Filosofia. Ver no Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=XNLwTDA63iQ

It’s not that simple
LONGEVITY, with Andrew J. Scott

It’s not that simple

Play Episode Listen Later Nov 22, 2022 28:38


How long can human beings live? Will it become increasingly normal for one to live up to 100 years? What impact will aging have in our societies? To answer these questions, Pedro Pinto interviews Andrew J. Scott in this episode of “It's Not That Simple”, a podcast by the Francisco Manuel dos Santos Foundation. An expert on longevity and aging society, Andrew J. Scott is Professor of Economics at London Business School, having previously held positions at Oxford University, the London School of Economics and Harvard University. He was Managing Editor for the Royal Economic Society's Economic Journal and Non-Executive Director for the UK's Financial Services Authority (2009-2013). He is currently on the advisory board of the UK's Office for Budget Responsibility, the Cabinet Office Honours Committee (Science and Technology), co-founder of The Longevity Forum, a member of the WEF council on Healthy Ageing and Longevity and a consulting scholar at Stanford University's Center on Longevity. Scott is also the recipient of an ESRC grant for researching the economic longevity dividend. In this episode, Scott discusses how we have been able to increase our life expectancy so much in the last few decades. He considers how living longer is “a good thing”, but also the challenges it nevertheless poses. He addresses how governments and companies can deal with some of these challenges. Finally, Scott examines how in order to change the way people age and improve their quality of life at an older age, we must change and improve the way we live when they're younger, in a conversation well worth listening to. More on this topic • The 100-Year Life: Living and Working in an Age of Longevity, Andrew J. Scott and Linda Gratton, 2016 • The New Long Life: A Framework for Flourishing in a Changing World, Andrew J. Scott and Linda Gratton, 2016 • Andrew J. Scott on living a 100 year life • Andrew J. Scott on “The Economics of a Longevity Dividend” • Andrew J. Scott on how to prepare for a longer life • Andrew J. Scott's blog Other references in Portuguese • Essay of the Foundation “O Envelhecimento da Sociedade Portuguesa” by Maria João Valente Rosa • Essay of the Foundation “Envelhecimento e políticas de saúde”, by Teresa Rodrigues • “Dinâmicas demográficas e envelhecimento”, a study by Mário Leston Bandeira for the Francisco Manuel dos Santos Foundation • “Processos de Envelhecimento em Portugal”, a study by Manuel Villaverde Cabral for the Francisco Manuel dos Santos Foundation • “Envelhecimento Activo em Portugal”, a study by Manuel Villaverde Cabral and Pedro Moura Ferreira for the Francisco Manuel dos Santos Foundation • “Genética, stress crónico e envelhecimento”, a conference held by the Francisco Manuel dos Santos Foundation

45 Graus
#128 Luísa Lopes - Porque é que o nosso cérebro envelhece (e como evitá-lo)?

45 Graus

Play Episode Listen Later Sep 7, 2022 82:53


Luísa Lopes é neurocientista e dedica-se ao estudo dos mecanismos que causam o envelhecimento cognitivo precoce, em particular ao nível da memória. A convidada é actualmente coordenadora do grupo de investigação em “neurobiologia do envelhecimento e doença” no Instituto de Medicina Molecular e Professora Convidada na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.  -> Apoie este projecto e faça parte da comunidade de mecenas do 45 Graus em: 45graus.parafuso.net/apoiar _______________ Índice da conversa: (5:59) Como o nosso cérebro envelhece — e porque não acontece igual em toda a gente. | Mais educação = envelhecimento mais lento | Ressonância magnética funcional | Blue zones | A importância do sono. Estatísticas de sono em Portugal. As crianças. | Diminuição da incidência da demência nas últimas décadas.  (23:29) Relação com o envelhecimento sistémico do corpo. | O papel da oxidação. | Organóides  (39:09) Por onde começa o envelhecimento: neurónios vs sinapses | O hipocampo e o estranho caso dos soldados da guerra do Iraque  (49:07) O que distingue o envelhecimento normal do patológico (neurodegenerativo)? E porque afecta sobretudo o hipocampo? | Parkinson vs Alzeimer (57:52) Tratamentos para doenças neurodegenerativas | Causas últimas: danos no genoma; perda de irrigação sanguínea (1:06:55) Tratamentos de ponta: transfusão de sangue de indivíduos novos (paper). | Patient H.M. (1:15:19) Os benefícios da cafeína. Estudo citado (estudo, notícia) (1:20:04) Livro recomendado: O Homem que Confundiu a Mulher com um Chapéu, de Oliver Sacks _______________ Todos sabemos que, infelizmente, com a idade vamos perdendo gradualmente capacidade cognitiva, desde a memória à capacidade de aprender coisas novas. Mas a experiência diz-nos também que existe muita variabilidade entre as pessoas: há quem numa idade avançada se mantenha grande acuidade intelectual, e continue inclusive a trabalhar, mesmo em trabalhos criativos e desafiantes. E, no sentido contrário, há pessoas em que o envelhecimento cognitivo é acelerado e surge prematuramente, por norma associado a doenças neurodegenerativas. Por isso, é provável que todos nós em algum momento nos tenhamos perguntado: porque é que o nosso cérebro envelhece? É simplesmente uma consequência do envelhecimento geral do corpo? E, já agora, será possível evitar sermos assolados por doenças de envelhecimento cognitivo prematuro e, além disso, abrandar o mais possível o envelhecimento natural?  Foram estas e outras perguntas que fiz à convidada deste episódio, a neurocientista Luísa Lopes. Começámos por falar sobre o que acontece exactamente no nosso corpo (e no cérebro em particular) que causa a diminuição de funções cognitivas. Falámos dos neurónios (as células fundamentais do cérebro, de dendrites (o imenso conjunto de ramos que liga um neurónio a outros neurónios) e de sinapses (a ponta desses ramos, onde ocorre a transferência de informação para o outro neurónio). Falámos também sobre que hábitos devemos ter para retardar esse processo, como dormir bem, fazer exercício, comer bem, manter a mente activa e -- o que pode ser menos óbvio -- socializar. Discutimos também o que distingue as doenças neurodegenerativas do envelhecimento normal, e os tratamentos que existem para elas -- bem como das suas limitações.  Mas dormir bem, comer bem, fazer exercício não só dá trabalho como apenas serve para adiar o problema; o que gostaríamos todos era de poder reverter o envelhecimento. Por isso, no final, falámos também de alguns tratamentos revolucionários (mas também ainda pouco certos e com algumas barreiras éticas, como normalmente acontece); por exemplo, experiências recentes feitas com ratos em que se fez a transfusão de sangue de um animal novo num velho, conseguindo com isso reverter o envelhecimento cognitivo.  Foi uma conversa bem interessante. _______________ Obrigado aos mecenas do podcast: Julie Piccini, Ana Raquel Guimarães Galaró family, José Luís Malaquias, Francisco Hermenegildo, Nuno Costa, Abílio Silva, Salvador Cunha, Bruno Heleno, António llms, Helena Monteiro, BFDC, Pedro Lima Ferreira, Miguel van Uden, João Ribeiro, Nuno e Ana, João Baltazar, Miguel Marques, Corto Lemos, Carlos Martins, Tiago Leite Tomás Costa, Rita Sá Marques, Geoffrey Marcelino, Luis, Maria Pimentel, Rui Amorim, RB, Pedro Frois Costa, Gabriel Sousa, Mário Lourenço, Filipe Bento Caires, Diogo Sampaio Viana, Tiago Taveira, Ricardo Leitão, Pedro B. Ribeiro, João Teixeira, Miguel Bastos, Isabel Moital, Arune Bhuralal, Isabel Oliveira, Ana Teresa Mota, Luís Costa, Francisco Fonseca, João Nelas, Tiago Queiroz, António Padilha, Rita Mateus, Daniel Correia, João Saro João Pereira Amorim, Sérgio Nunes, Telmo Gomes, André Morais, Antonio Loureiro, Beatriz Bagulho, Tiago Stock, Joaquim Manuel Jorge Borges, Gabriel Candal, Joaquim Ribeiro, Fábio Monteiro, João Barbosa, Tiago M Machado, Rita Sousa Pereira, Henrique Pedro, Cloé Leal de Magalhães, Francisco Moura, Rui Antunes7, Joel, Pedro L, João Diamantino, Nuno Lages, João Farinha, Henrique Vieira, André Abrantes, Hélder Moreira, José Losa, João Ferreira, Rui Vilao, Jorge Amorim, João Pereira, Goncalo Murteira Machado Monteiro, Luis Miguel da Silva Barbosa, Bruno Lamas, Carlos Silveira, Maria Francisca Couto, Alexandre Freitas, Afonso Martins, José Proença, Jose Pedroso, Telmo , Francisco Vasconcelos, Duarte , Luis Marques, Joana Margarida Alves Martins, Tiago Parente, Ana Moreira, António Queimadela, David Gil, Daniel Pais, Miguel Jacinto, Luís Santos, Bernardo Pimentel, Gonçalo de Paiva e Pona , Tiago Pedroso, Gonçalo Castro, Inês Inocêncio, Hugo Ramos, Pedro Bravo, António Mendes Silva, paulo matos, Luís Brandão, Tomás Saraiva, Ana Vitória Soares, Mestre88 , Nuno Malvar, Ana Rita Laureano, Manuel Botelho da Silva, Pedro Brito, Wedge, Bruno Amorim Inácio, Manuel Martins, Ana Sousa Amorim, Robertt, Miguel Palhas, Maria Oliveira, Cheila Bhuralal, Filipe Melo, Gil Batista Marinho, Cesar Correia, Salomé Afonso, Diogo Silva, Patrícia Esquível , Inês Patrão, Daniel Almeida, Paulo Ferreira, Macaco Quitado, Pedro Correia, Francisco Santos, Antonio Albuquerque, Renato Mendes, João Barbosa, Margarida Gonçalves, Andrea Grosso, João Pinho , João Crispim, Francisco Aguiar , João Diogo, João Diogo Silva, José Oliveira Pratas, João Moreira, Vasco Lima, Tomás Félix, Pedro Rebelo, Nuno Gonçalves, Pedro , Marta Baptista Coelho, Mariana Barosa, Francisco Arantes, João Raimundo, Mafalda Pratas, Tiago Pires, Luis Quelhas Valente, Vasco Sá Pinto, Jorge Soares, Pedro Miguel Pereira Vieira, Pedro F. Finisterra, Ricardo Santos _______________ Esta conversa foi editada por: Hugo Oliveira _______________ Bio: Luísa Lopes é neurocientista, coordenadora de um grupo de investigação no Instituto de Medicina Molecular e Professora Convidada na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa. Estudou na Escola Secundária do Bombarral, licenciou-se em Bioquímica na Faculdade de Ciências de Lisboa e mais tarde doutorou-se em Neurociências na Faculdade de Medicina da mesma Universidade. Trabalhou em Cambridge, no Reino Unido, em Estocolmo, na Suécia e em Lausanne, Suiça, antes de regressar a Lisboa, onde a partir de 2008 estabeleceu a sua própria equipa de investigação, tendo em 2013 e 2018 obtido posições de Investigador da Fundação para Ciência e Tecnologia. O seu trabalho centra-se nos mecanismos que causam o envelhecimento precoce das funções associadas à memoria, e o desenvolvimento de modelos animais de envelhecimento para estudar o défice cognitivo e neurodegeneração. Tem múltiplos artigos e capítulos de livros publicados em revistas científicas internacionais, incluindo revistas de referência na área, tal como Nature Neuroscience, Science Immunology ou Molecular Psychiatry e doutorou 8 estudantes na sua equipa. Em 2010, Luísa recebeu um prémio da Dana Alliance for Brain pelas actividades de divulgação científica enquanto coordenadora das actividades da Semana do Cérebro em Lisboa. Pertence a várias sociedades científicas portuguesas e internacionais, destacando-se ter sido membro da Direcção da Sociedade Portuguesa de Neurociências entre 2008 e 2011. É membro Conselho Científico da Faculdade de Medicina e da equipa de cordenação do Mestrado em Investigação Biomédica. Em 2017 recebeu uma menção honrosa da Universidade de Lisboa pelo seu currículo científico na área de Biomedicina, em 2018 o Prémio Mantero Belard – Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, em 2020 o prémio Pfizer em Investigação Biomédica, e em 2022 o Prémio Interstellar Initiative para “Healthy Aging and Longevity” da Academia de Ciências de Nova Iorque. Em 2021 recebeu o seu grau de Agregação na Faculdade de Medicina de Lisboa. 

PEBMED - Notícias médicas
PEBMED e Pfizer: PAF - Polineuropatia Amiloidótica Familiar e sinais de alerta

PEBMED - Notícias médicas

Play Episode Listen Later Jul 13, 2022 14:59


Neste episódio especial da PEBMED em parceria com a Pfizer, Marcelo Gobbo, médico de comunidade e família e editor médico do Portal recebe a neurologista Viviane Carvalho para falar sobre PAF, a Polineuropatia Amiloidótica Familiar, uma condição rara que pode ter sua trajetória modificada quando identificada precocemente e adequadamente tratada. Referências Bibliográficas: 1- Picken MM. The Pathology of Amyloidosis in Classification: A Review. Acta Haematol. 2020;143(4):322-334. doi: 10.1159/000506696. Epub 2020 May 11. PMID: 32392555. 2- Adams D, Koike H, Slama M, Coelho T. Hereditary transthyretin amyloidosis: a model of medical progress for a fatal disease. Nat Rev Neurol. 2019 Jul;15(7):387-404. doi: 10.1038/s41582-019-0210-4. Epub 2019 Jun 17. PMID: 31209302. 3- Guevara C, Barrientos N, Flores A, Idiáquez J. Polineuropatia amiloidótica familiar tipo I. Rev Méd Chile. 2003;131:1179-82. 4- Centenário do nascimento de Corino de Andrade. Sinapse, publicação da Sociedade Portuguesa de Neurologia, Suplemento 1, Volume 6, Nº1, Maio de 2006. 5- Andrade, C. A peculiar form of peripheral neuropathy; familiar atypical generalized amyloidosis with special involvement of the peripheral nerves. Brain. 1952 Sep;75(3):408-27. doi: 10.1093/brain/75.3.408. PMID: 12978172.) 6- Saporta, M. A. C., C Zaros, M W Cruz, C André, M Misrahi, et al. "Penetrance estimation of TTR familial amyloid polyneuropathy (type I) in Brazilian families." European journal of neurology 16.3 (2009): 337-341. 7- Vieira M, Saraiva MJ. Transthyretin: a multifaceted protein. Biomol Concepts. 2014 Mar;5(1):45-54. doi: 10.1515/bmc-2013-0038. PMID: 25372741. 8- Galant NJ, Westermark P, Higaki JN, Chakrabartty Al. Transthyretin amyloidosis: an under-recognized neuropathy and cardiomyopathy. Clin Sci. 2017 ;131(5):395-409 9-Simões M. V., Fernandes F, Marcondes-Braga F, Scheinberg P, Correia E, et al. Posicionamento sobre Diagnóstico e Tratamento da Amiloidose Cardíaca (2021). Arquivos Brasileiros de Cardiologia, 117, 561-598. 10- Bonaiti B, Olson M, Hellman U, Surh O, Bonaiti-Pellie C, et al. TTR familial amyloid polyneuropathy: does a mitochondrial polymorphism entirely explain the parent-of-origin difference in penetrance? Eur J Hum Genet. 2010;18(8):948- 52 11- Ando Y, Coelho T, Berk J, Cruz M, Ericzon B-G, et al. Guideline of transthyretin- related hereditary amyloidosis for clinicians. Orphanet J Rare Dis. 2013;8:31 12- Salvi F, Pastorelli F, Plasmati R, Bartolomei I, Dall'Osso D, et al. Genotypic and phenotypic correlation in an Italian population of hereditary amyloidosis TTR-related (HA-TTR): clinical and neurophysiological aids to diagnosis and some reflections on misdiagnosis. Amyloid. 2012;19 Suppl 1:58-60. 13-Gertz MA, Benson M, Dyck PJ, Grogan M, et al. Diagnosis, Prognosis, and Therapy of Transthyretin Amyloidosis. J Am Coll Cardiol. 2015 Dec 1;66(21):2451-2466. doi: 10.1016/j.jacc.2015.09.075. PMID: 26610878 14- Luiz F. Pinto, MD; and Marcus V. Pinto, MD, MS. The most common amyloidosis are both treatable; accurate diagnosis is paramount. Practical Neurology, July, 2021.

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O que diz o dr. Paixão, “especialista” em Covid

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Recebemos a Presidente da Sociedade Portuguesa de Reumatologia, Helena Canhão.