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O artista Djam Neguin, director artístico do Festival Kontornu, em Cabo Verde, foi à Bienal de Dança de Lyon para tentar dar visibilidade ao seu jovem festival e criar conexões com artistas e programadores. O coreógrafo e bailarino acredita que portas se abriram e que “alguma coisa que vai ser conspirada” entre a Bienal de Dança de Lyon e o Festival Kontornu. Neste programa conversamos com Djam Neguin, director artístico do Festival Kontornu, que acontece na cidade da Praia, em Cabo Verde. Trata-se de um jovem Festival de Dança e Artes Performativas e ainda é pouco conhecido no mundo da dança contemporânea. Por isso, Djam Neguin conta que lutou muito para ir à Bienal de Dança de Lyon, onde conseguiu “fazer um pitching do Festival Kontornu para mais de cem programadores e bastantes deles ficaram interessados no festival”. Além disso, o coreógrafo e bailarino acredita que alguma coisa que vai ser conspirada” entre a Bienal de Dança de Lyon e o Festival Kontornu. Djam Neguin sai “muito mais rico” deste evento, onde finalmente conseguiu ver espectáculos de coreógrafos que acompanha há anos através de imagens na internet. Para um artista, “uma das partes mais importantes da criação é poder ver criação”, lembra Djam Neguin, esperando que os nomes da dança mundial possam também passar por Cabo Verde. Como tem sido a Bienal de Dança de Lyon para si? Djam Neguin, Director artístico do Festival Kontornu: “Estou aqui em representação do Festival Kontornu, que é o Festival de Dança e Artes Performativas que acontece na cidade da Praia, na Ilha de Santiago. Foi o edital Circula, que é um edital do Ministério da Cultura, que possibilitou a minha vinda. Consegui assistir a espectáculos a que de outra forma não teria acesso. Acho que a curadoria do festival é muito boa, consegue ter aqui também a presença de vários artistas brasileiros, alguns dos quais eu já tenho algum contacto, o que é bom também para esse reencontro. Ha ainda o Fórum em que consegui participar dois dias e que consegue reunir aqui os programadores do mundo inteiro. Consegui fazer um pitching do Festival Kontornu para mais de cem programadores e bastantes deles ficaram interessados no festival.” Como é que aconteceu essa apresentação? “Era um encontro dos programadores. Eles pediram para falarmos de um artista que que gostássemos de apresentar e eu apresentei o Festival Kontornu que é a arte mais bonita que eu tenho estado a fazer, e convidá-los todos a ir para a próxima edição. Houve bastante bom feedback. Acho que a bienal está a permitir este espaço de encontros que os emails não conseguem proporcionar. E a presença também de um artista que vem de um contexto onde é muito difícil pensar ainda em estar em grande escala, conseguir estar num festival desta dimensão é muito importante para o retorno e para também levar o nome de Cabo Verde cada vez mais dentro do circuito das artes performativas.” Quais é que eram as expetactivas e qual é o retorno desta participação pela primeira vez na Bienal de Dança de Lyon? “É muita coisa. São muitos espectáculos, as expectativas sempre foram altas porque a Bienal sempre teve essa reputação de ser um festival de grande qualidade, de programação e de organização. Isso cumpriu-se. Vê-se muita variedade, vi espectáculos muitos distintos, alguns muito próximos em termos de propostas temáticas, acho que também faz parte da linha curatorial conseguir trazer espectáculos coisas que dialogam entre si e com o nosso tempo. Eu saio daqui muito mais rico enquanto espectador, também enquanto artista e enquanto curador por ter conseguido estabelecer contactos com outros programadores e outros artistas que eu nunca conseguiria de outra maneira porque realmente a Bienal consegue trazer a atenção internacional através dessas cooporações e projectos, sobretudo, com o apoio do Instituto Francês.” Graças a esta participação, conseguirá levar a Bienal de Dança de Lyon a Cabo Verde? “Eu espero que sim. O director da Bienal [Tiago Guedes], que por acaso é português e que por acaso também tem uma boa ligação com Cabo Verde, já participou várias vezes através do Festival Mindelact e de uma parceria que havia com a cidade do Porto. Eu acredito que, com certeza, vamos ter aqui alguma coisa que vai ser conspirada e que possam estar lá no festival e que também com o Kontornu e outros artistas cabo-verdianos possam também vir nas próximas edições.” Também é artista, coreógrafo, bailarino. Sai daqui inspirado para novas criações? “Com certeza. Eu acho que das partes mais importantes da criação é poder ver criação. É poder sentir, é poder estar. Muitos destes artistas que eu já conhecia são artistas renomados dentro do cenário da dança contemporânea, mas eu só acompanho o trabalho através de vídeos e, às vezes, são excertos, como o Marco da Silva Ferreira que já sigo há muitos anos, mas é a primeira vez que eu vejo um espectáculo dele na íntegra e a experiência sensorial de estar a ver colegas da cena é, sem dúvida, muito inspiradora porque nos faz também devolver um olhar para o nosso próprio trabalho e, enfim, ampliar o nosso horizonte estético e reflectir. Eu acho que há coisas que vão sendo processadas e, sem dúvida, acredito que há coisas que vão reverberar. Também serve para entender que caminhos é que não queremos seguir, que caminhos é que se aproximam com os nossos e como é que esses artistas utilizam as suas estratégias técnicas em cena para fazer coisas que, se calhar, já estamos a pensar há algum tempo. Então, é sempre interessante porque enriquece, sem dúvida.” Há uns meses, contou-me que Cabo Verde não dava grandes apoios ao Festival Kontornu. O facto de vir aqui, será que vai conseguir angariar visibilidade e algum apoio? “Eu acredito que sim e por isso eu lutei muito para estar aqui porque acredito que abre portas. Quando nós temos presença de países que normalmente as pessoas não estão à espera e curadores, porque é um festival novo, que não é conhecido dentro da cena, abre a visibilidade para o festival, para o país, para as conexões. Eu acredito que isso vai ser uma forma de sensibilizar. Também acabei por conseguir um apoio do ministério para vir, o que mostra também que já estão a começar a entender que é importante apostar na presença de artistas nos vários eventos internacionais e que isto seja o início de uma mudança, que possamos abrir portas porque o festival acontece também para a comunidade local se beneficiar e também para criar mais conexões com Cabo Verde.” Abrir portas para os artistas de Cabo Verde e para os artistas do mundo irem a Cabo Verde? “Perfeitamente isso, sim.”
É num momento histórico e de muita violência em diversas geografias que a arte e as instituições culturais devem tomar posição e assumir o seu “papel eminentemente político”, defende Tiago Guedes, o director artístico da Bienal de Dança de Lyon. Trata-se de um dos acontecimentos mais importantes da dança a nível mundial e posiciona-se como “um espelho do que se passa no mundo através dos corpos em cena”. A bienal arrancou a 6 de Setembro e decorre até 28 de Setembro, em Lyon, com 40 espectáculos de 14 países e muitos eventos paralelos. Fomos conversar com Tiago Guedes sobre esta 21ª edição. Esta é a primeira edição da Bienal de Dança de Lyon assinada a 100% por Tiago Guedes, o seu director artístico, que assume que a arte e as grandes instituições culturais têm um “papel eminentemente político”. Aqui dança-se, mas não se está alheado ao mundo e há uma vontade de dessacralizar o lado institucional. O trabalho tem vindo a ser feito desde que começou a dirigir a bienal, há dois anos. O objectivo continua a ser o de “abrir o máximo de portas possíveis” para os artistas, para o público e para a dança. Tiago Guedes trouxe cinco curadores de cinco continentes para pensar outras formas de se fazer a dança. O português, que também lidera a Maison de la Danse e está na co-direcção da Bienal de Arte de Lyon, faz questão de sublinhar que convida artistas ainda desconhecidos dos programadores. Também gosta da ideia de os espectáculos ocuparem praças, museus e espaços menos comuns para palcos tradicionais. Quer, ainda, que o público veja, participe e conheça os nomes que estão a escrever a história contemporânea da dança. Este ano, o programa tem espectáculos de 14 países, incluindo de vários artistas brasileiros, numa edição que coincide com a temporada cruzada Brasil-França. Também há peças de dois coreógrafos portugueses, Marco da Silva Ferreira e Tânia Carvalho, e do moçambicano Ídio Chichava. RFI: A equipa e os artistas desta edição criaram um manifesto intitulado “Face à violência que atravessa o mundo, a dança como acto de liberdade”. Quer resumir-nos a mensagem deste manifesto? Tiago Guedes, o director artístico da Bienal de Dança de Lyon: “Sentimos necessidade de sublinhar que a dança, pela sua forma dialéctica, sem necessidade de tradução, sem necessidade de legendas, é uma linguagem universal que se pode conectar com toda a gente, e que os coreógrafos têm um espaço, um terreno para fazerem o que quiserem, serem influenciados pelo que quiserem e olharem para o mundo actual e transformá-lo de uma forma ou mais poética ou mais violenta, mas com uma linguagem universal. É importante também sublinhar que nós passamos um momento histórico, um momento político, geopolítico, onde os corpos estão em perigo em vários sítios, em várias geografias. Nós temos um Foco Brasil este ano, aliás, há um espectáculo de David Pontes e de Wallace Ferreira que fala sobre um corpo que tem de estar constantemente a defender-se, o que é ainda uma realidade muito presente no Brasil, nomeadamente em relação aos corpos trans. A Bienal tem muito este discurso, este olhar sobre o que se passa hoje em dia. Então, achámos por bem fazer um texto que fala sobre isso, sobre essa liberdade. Um texto que sublinha também que, nestes grandes eventos, nós dançamos, mas não estamos alheados do mundo, antes pelo contrário. A dança deve ser um espelho do que se passa no mundo através dos corpos em cena. Esse texto ajudou-nos também ao que nós defendemos: estar do lado correcto, de onde as grandes instituições culturais também têm que estar, porque elas têm um poder de comunicação, de alerta, de influência e eu acho que é importante, nós temos o papel da arte que é um papel eminentemente político também.” Falou na questão dos corpos, da necessidade de autodefesa, por exemplo. Que outros temas vão compondo esta Bienal que, este ano, é 100% assinada por si? “A Bienal não é temática em si, não há um só tema. Ela é muito grande, ela tem na sua missão mostrar a grande diversidade que é a dança contemporânea, a dança que se faz hoje. A dança que se faz hoje é conectada com os dias de hoje e os dias de hoje têm uma abordagem muito diferente. Não é só uma abordagem política, é também os dias de hoje artísticos. Por exemplo, quando nós vemos um artista como o Christian Rizzo a fazer uma peça onde o que ele está interessado é de voltar a uma escrita coreográfica e super poética, super delineada, onde a intenção política não é de sublinhar um contexto social ou um contexto geográfico, mas - o que é bastante político, a meu ver - dar um tempo de suspensão às pessoas para elas poderem acalmar, pensar e poderem fazer um ‘reset' nelas próprias também. Isso é altamente político numa sociedade completamente contaminada por informação, por imagens e tudo isso. Então, o que é bastante interessante é estas várias portas de entrada. Depois há aqui também vários espectáculos – o que tem a ver também com a nossa organização que organiza a Bienal de Arte Contemporânea e de Dança - espectáculos que cruzam disciplinas e, nomeadamente, se cruzam com as artes visuais, onde as matérias coreográficas coabitam com as matérias visuais. Por exemplo, o espectáculo ‘Monument 0.10', da artista húngara Eszter Salomon, que faz o seu espetáculo no TNP, mas que apresenta também uma instalação vídeo aqui na CIG. Ou o espectáculo da Lia Rodrigues, que trabalha só com matérias, não compraram nada, ou seja, esta ideia também de reciclagem. Todos os materiais da peça, os materiais coreográficos e os materiais físicos são reciclados, é só o que eles tinham à volta deles ou dentro deles. Ou, por exemplo, a performance-instalação da Clarice Lima, que se chama ‘Bosque', no espaço público, onde os corpos são suportes de uma imagem visual completamente conectada uns com os outros. Uma ideia de bosque, uma ideia de árvores que se conectam às outras. É uma paisagem que é colocada no espaço público, mas feita através do corpo. Portanto, mesmo quando há uma relação muito visual nestes projectos, o corpo está sempre muito presente e o corpo é o suporte de todas estas coisas.” Ainda há espaço na Bienal de Dança de Lyon de se darem a conhecer novos nomes? Numa das conferências, ouvi a crítica que as bienais convidam programadores, mas estes já estão a apoiar espectáculos e acaba por ser tudo um pouco ensimesmado… “Não só há espaço, como faz parte da nossa missão, em cada edição, apresentar novos artistas. Há mesmo uma linha do nosso programa que se chama ‘New Voices' que são quatro jovens coreógrafos que se apresentam pela primeira vez na Bienal e em que o público de Lyon e os programadores não os conhecem. Em cada Bienal nós lançamos novos nomes e novos coreógrafos.” O espaço Fórum também constitui o ADN da Bienal de Tiago Guedes. O que é que o Fórum trouxe? “O Fórum é um projeto idealizado quando eu fiz a minha candidatura para Lyon, há três anos, e ele partiu desta ideia de que a Bienal de Dança é uma bienal europeia, eurocentrada - no bom sentido, até pelo contexto onde ainda se pode produzir com apoios, com uma força e uma pujança - mas ela olha o mundo a partir do centro da Europa. A dança está em todo o lado. Está nas cidades, está nas aldeias, está nos territórios autóctones, está em sítios o mais remotos possível. E eu achei que seria muito interessante a Bienal se poder inspirar de outras práticas e de outras visões do mundo, de outros artistas, de outros curadores que trabalham localmente num contexto muito afastado do contexto europeu. Quando tu trazes uma companhia como Marrugeku, uma companhia aborígene da Austrália, a relação que eles têm com o tempo, com as instituições, com o dinheiro, é muito diferente. Ou, por exemplo, o colectivo Bomber Crew, um colectivo de artistas brasileiros que trabalham num estado completamente periférico, o estado do Piauí, onde cruzam também um trabalho muito coreográfico, mas também de vídeo e também de skate, sobre questões de ocupação social, ocupação habitacional. É muito interessante. São outras narrativas e outros discursos que na Europa não estamos habituados e o Fórum foi um bocadinho esta ideia de imaginar um evento que se instala na Bienal, mas que a organização da Bienal não tem mão nele. E isso é muito interessante. Ou seja, imaginar os contextos em cadeia de reacção. O meu papel foi imaginar teoricamente o que poderia ser este projecto. Ele é muito diferente hoje do que eu pensei quando fiz a minha candidatura. O único gesto que eu fiz - assisti a várias conversas, mas sempre de uma forma muito discreta - foi convidar cinco curadores de cinco territórios diferentes, cinco continentes, Austrália, Taiwan, Moçambique, Brasil e Estados Unidos. Depois, cada um deles convidou os seus artistas, imaginaram as suas temáticas, imaginaram o que é que seria a ocupação deste sítio com encontros, conferências, experiências sensoriais, instalações. Eu estou muito contente porque esse projecto deu uma textura à bienal que a bienal não tinha, a bienal era muito centrada nos espectáculos, e fez com que o público e os curadores pudessem ocupar também o seu dia com outras formas de descobrir obras coreográficas, não através do que vêem nos palcos, mas através do que podem assistir num filme, do que podem discutir numa conferência através de troca de ideias, do encontro com os artistas de outra forma. Isso é mesmo o projecto que nós queremos desenvolver e tornar um pilar da Bienal de Lyon.” Na Bienal de 2027, quem serão os curadores? “Não posso dizer ainda, não está decidido.” A ideia de ocupação que falou é uma ideia que parece cara ao Tiago Guedes. Esta ideia de não se restringir à bela sala de teatro é para manter? O que é que representa? “Ela representa uma abertura da Bienal, uma dessacralização da Bienal, uma abertura a todos os públicos. A Bienal é paradoxal no bom sentido. Ela é muito popular com a sua enorme Parada de abertura, com vários projectos que nós apresentamos no espaço público, vários projectos também participativos, onde as pessoas podem participar, mas depois ela também tem um lado de pesquisa, muito de descobrir novas criações, de lançar novos artistas e é neste equilíbrio que ela tem que se encontrar. O que nós estamos a tentar fazer nesta edição de uma forma até por vezes caótica, no bom sentido, para mim, é abrir o máximo de portas possíveis e pôr o máximo de ‘layers', camadas possíveis na Bienal, para podermos fazer uma reflexão sobre o que há a burilar. Sabendo nós que ela terá sempre estes quatro eixos principais: os espectáculos; a reflexão com o Fórum; a formação, algo muito importante para nós. Nesta edição, temos 20 acções que os jovens bailarinos e bailarinas podem fazer com os coreógrafos desde masterclasses, workshops e muitas outras coisas. Podem fazer aulas de manhã com um coreógrafo da Bienal e à noite ir ver o seu espectáculo. E a parte do lado participativo, ou seja, projectos artísticos onde o público possa entrar nesse universo de outra forma. Estes quatro eixos vão ser eixos a desenvolver nos próximos anos.”
O coreógrafo e bailarino português Marco da Silva Ferreira estreou o espectáculo “F*cking Future”, na Bienal de Dança de Lyon. A peça cruza universos da militarização e da militância e ensaia um manifesto de resistência e de mudança. Marco da Silva Ferreira conta que este é um “exército queer” em que “os corpos são as armas” e “o afecto é um poder” para transformações sociais capazes de esboçar um futuro melhor. Há esperança no “F*cking Future” de Marco da Silva Ferreira e tece-se com corpos e afectos que são armas, num ambiente rebelde, punk, tecnho e resistente. O tempo não espera, o metrónomo é implacável e os batimentos por minuto não dão tréguas a um colectivo que Marco da Silva Ferreira chama de “exército queer”. São oito bailarinos mais uma atmosfera sonora - que “é o nono bailarino” - num palco quadrifrontal, ou seja, rodeado de público nas quatro faces. Esta não é uma “missão de combate”, mas uma “missão de convite” em que os corpos militantes transformam códigos da militarização em possibilidades de mudança. “Os nossos corpos são as nossas armas, os nossos olhares e os nossos afectos são uma arma e isso é política também”, resume Marco da Silva Ferreira. O espectáculo “F*cking Future” estreou na Bienal de Dança de Lyon, a 18 de Setembro e é apresentado ainda este sábado. RFI: O que conta o espectáculo F*cking Future? Marco da Silva Ferreira, coreógrafo: “F*cking Future é uma peça que procura repensar o que é que nós estamos a fazer no presente e que pode influenciar o futuro. Neste espetáculo em questão, eu procurava trabalhar os códigos da militarização, este sistema de organização dos corpos, de formação, de missão, estratégia e, ao mesmo tempo, perceber quais são as militâncias que os corpos hoje fazem porque, na verdade, as militâncias são mais fortes quanto mais estratégia tiverem, quanto mais massa e direcção tiverem. Portanto, não são códigos assim tão diferentes da militarização. Este F*cking Future é uma aceleração em direcção ao futuro sobre corpos do presente que procuram através de uma missão, uma estratégia, um sistema que repense as militâncias que se fazem e as transformações que precisam de acontecer, muito relacionadas através do afecto, do sonho e também dos acessos de múltiplas pessoas, múltiplos corpos, múltiplos dizeres.” Fala em “exército queer”. Porquê? “Porque a militância que eu acho que nós temos actualmente para fazer com a comunidade queer é muito forte, é muito presente, é uma transformação de linguagem, uma transformação de afecto. É uma transformação de códigos, de organização de espaço público também. Portanto, é uma data de camadas às quais eu pertenço, a que a minha equipa pertence e que são muito importantes porque falam queer sobre o estranho, sobre o diferente, sobre aquilo que é diverso. E nestas multi-diversidades estes corpos procuram encontrar um colectivo e uma voz que é uma voz coral.” Porque é que o espetáculo se chama F*cking Future? “F*cking Future é um termo relativamente despojado, rebelde, punk, provocador, que quer dizer – agora e sem grandes contenções – o que é preciso ser dito. Há uma coisa juvenil ou jovem na expressão, é internacional, toda a gente percebe e é mesmo um encantamento para o futuro .É um fantasiar o futuro. Também é dar o corpo ao manifesto de ‘bora lá, seja o que for, isto tem de mudar'. Nesse sentido, é rebelde e punk dessa forma, porque ou vai ou racha.” Depois de muitas explosões de corpos que não se deixam dominar, há, a dada altura, um estado de graça, acompanhado pelo tal coro em que vocês cantam ‘You got to keep on dreaming'. Há esperança no F*cking Future? “Há sempre. Há sempre esperança. Mas há muita pujança e resistência e a noção de que não é fácil e de que ‘Darling, you have to dry your eyes to keep going'. E que nós somos uma metralhadora em estado de graça que a dada altura também gritamos e cantamos essa frase, no sentido de os nossos corpos são as nossas armas. Os nossos olhares e os nossos afectos são uma arma. Isso é política também. E é através de uma sensualidade, de uma afectividade, porque, apesar de falarmos de militarização, não vemos frieza, nós vemos muito calor, muita sensualidade e o afecto é um poder. O sensível é um poder. É trazer esse poder para os dias de hoje.” Quais é que foram as escolhas em termos coreográficos? Também se sente um pulsar das raízes portuguesas? “Esta peça é muito inspirada efectivamente nos códigos coreográficos da militarização. As linhas, as formações, os quadrados, a marcha, a marcha corrida. Outra referência do trabalho são as danças de ‘clubbing'. É o próprio ‘clubbing' como lugar hedonista de contracultura, de corpos que não são produtivos, de lugar de lazer que muitas vezes criam uma militância. É uma dança que é resistente e corpos que são resistentes. E, curiosamente, o techno, a música techno está muito a par da Segunda Guerra Mundial. Logo a seguir à Segunda Guerra Mundial, uma data de elementos tecnológicos foram usados para a criação de música techno. Portanto, as evoluções que vieram da guerra criaram uma militância na música, uma transformação e a cultura techno é uma cultura de resistência. As raves eram lugares onde as regras que acontecem ali são diferentes das que acontecem nos outros lugares. Para mim, esta peça tem um trabalho vertical, de ‘footwork' - se calhar, daí essas relações com o folclore porque também essa verticalidade e o salto é muito presente - e é inevitável que, ao trabalhar em ‘Carcaça', uma outra peça onde o folclore estava tão presente, que ele já não saia de mim e que as peças se contaminem umas às outras de alguma forma.” Há um trabalho de escrita sonora que acompanha todo o trabalho de escrita coreográfica e esse acelerar dos corpos e dos afectos. Como é que foi esse trabalho? “É uma delícia trabalhar com amigos e trabalhar com músicos de longa relação. Eu adoro música e adoro ‘clubbing' e não consigo dissociar a dança da música. E há um outro elemento. Nós somos oito bailarinos, mas há uma atmosfera sonora que é o nono bailarino. Ela comunica, ela enforma, ela cria criar estados e é a uma peça longa de 1h10 que precisa de manter uma lógica, uma dramaturgia e um olhar cirúrgico que guia quem a vê. O som é muito poderoso nisso. A peça começa com uma batida lenta que durante uma hora vai acelerando sem que se perceba, mas é uma aceleração constante de 60 bpm [batimentos por minuto] para os 240 bpm. É o tempo, é o futuro, esta noção de tempo e de viagem e de vida acelerada e de ‘drive'. São corpos a falar sobre os dias de hoje, numa constante aceleração de uma iminência que tem de acontecer.” A dada altura, há uma simbiose com o público. Porquê? “Nós estamos a falar de limites e de corpos que estão dirigidos para fora numa missão. E qual é essa missão? Não é uma missão de combate, é uma missão de convite. Eu queria construir este momento de aproximação intimidante, mas é quase como se fosse um nevoeiro a passar uma montanha. Nós subimos a plateia, passamos as pessoas e vamos para trás a cantar o ‘Dream Baby Dream' de uma forma convidativa e fantasmagórica até, numa crença de que, ao passarmos mais perto, ao chegarmos mais perto, a mensagem passa com mais crueza e com mais honestidade e os olhos cruzam-se mais e têm mais força.” É por isso que escolheu este formato de palco? “Sim, é uma disposição quadrifrontal, um palco com quatro faces e o público está nas quatro faces e está próximo. Era mesmo esse o objectivo: colocar qualquer coisa no centro para ser visto de todos os lados, de uma forma de 360. Trazer o público para perto.” Estreou F*cking Future na Bienal de Dança de Lyon, mas também tem aqui um segundo espectáculo que já cá esteve há dois anos. Quais são as pontes entre os dois? “A Bienal escolheu novamente apresentar ‘Fantasie Minor' nesta edição porque eu acho que é uma joia que eles gostam pela possibilidade de criar dança com acesso, porque é um espectáculo que pode ser apresentado em qualquer sítio quase, um formato curto, também curiosamente num palco quadrado, elevado e com um público potencialmente à volta. Portanto, eu acho que há aí uma relação muito directa entre os dois espectáculos, apesar de as dimensões serem diferentes. ‘Fantasie Minor' é um dueto com dois bailarinos muito jovens que são amigos e que começaram a dançar desde crianças e há uma certa presença relacionada com o jogo e relacionada com o crescer e o amadurecer que é muito bonita. É outra vez o sensível a trazer ternura e a trazer beleza às vidas e a possibilidade de as pessoas se conectarem através das emoções e da pele e dos olhos.”
A 21ª edição da Bienal de Dança de Lyon, de 6 a 28 de Setembro, vai contar com vários artistas lusófonos. Destaque para os portugueses Marco da Silva Ferreira e Tânia Carvalho, mas também para o moçambicano Ídio Chichava e a brasileira Lia Rodrigues, numa edição que vai ecoar com a temporada cruzada França-Brasil. “A dança fala português de uma forma muito forte”, admitiu à RFI Tiago Guedes, o director artístico da bienal, sublinhando também que a dança pode ser uma resposta colectiva de resistência e de ternura face a um mundo em crise. No programa desta 21ª edição da Bienal de Dança de Lyon sobressai uma linha de força lusófona. “Brasil Agora” é um dos pilares desta edição, com oito projectos de artistas brasileiros, no âmbito da temporada Cruzada França-Brasil. Destaque para Lia Rodrigues, Volmir Cordeiro e Davi Pontes & Wallace Ferreira, entre muitos outros.O português Marco da Silva Ferreira – artista associado da Maison de La Danse - apresenta F*ucking Future, em estreia mundial, e Fantasie Minor, que já tinha mostrado na última Bienal.No centenário do nascimento de Pierre Boulez, há também uma homenagem dançada a esta figura emblemática da musica contemporânea mundial, num espectáculo em estreia da portuguesa Tânia Carvalho (Tout n'est pas visible/Tout n'es pas audible).O coreógrafo moçambicano Ídio Chichava apresenta Vagabundus e M'POLO, este último numa curadoria do director da bienal moçambicana Kinani, Quito Tembe.Será que a dança fala português? “A dança fala português de uma forma muito forte”, responde Tiago Guedes, o director artístico da Bienal. Adança é, também,“um espelho da sociedade e um acto político em si”, sublinha Tiago Guedes, apontando a imagem do evento - braços que se se abraçam - como a resposta colectiva de resistência e de ternura a um mundo em crise.O programa tem 40 espectáculos, incluindo 24 criações e estreias. Há figuras emergentes e nomes bem conhecidos. Há espectáculos dentro e fora das salas, em espaços públicos e outros inesperados. O objectivo é reunir o público em torno da dança e mostrar esta arte como “um bem comum”.Há, ainda, uma parceria com o Centro Pompidou, em que as coreógrafas Eszter Salamon, Dorothée Munyaneza e Gisèle Vienne cruzam a dança, as artes visuais, a música e a literatura.A 21ª edição da Bienal de Dança de Lyon vai decorrer de 6 a 28 de Setembro na cidade francesa e prolonga-se até 17 de Outubro na região Auvergne-Rhône-Alpes.No dia em que apresentou a programação no Ministério da Cultura, em Paris, Tiago Guedes esteve à conversa com a RFI.RFI: Quais são as principais linhas de força desta edição?Tiago Guedes, Director artístico da Bienal de Dança de Lyon: “Esta edição faz-se de uma forma muito colaborativa. Essa é uma das forças desta bienal, num contexto mais duro para as artes em geral, é muito importante que as instituições, que os artistas, que os parceiros de programação criem esforços e criem forças para manter o nível destes grandes eventos. Desde logo, um grande foco que se chama ‘Brasil Agora!', com oito projectos de artistas brasileiros, feito no âmbito da temporada cruzada Brasil em França. É uma parte muito importante para a nossa programação, é uma espécie de actualização do que é a dança e a coreografia brasileira hoje em dia, com espectáculos de várias dimensões e artistas de várias gerações. Por exemplo, o espectáculo de abertura de Lia Rodrigues, uma das grandes coreógrafos brasileiras, mas também muitos jovens que vão apresentar o seu trabalho. Isto é uma parte muito importante da Bienal.”Como Volmir Cordeiro, que dançou para Lia Rodrigues também... “Volmir Cordeiro, que dançou com ela também, e outros artistas.Outro pilar importante da nossa programação é uma grande parceria com o Centro Pompidou. O Centro Pompidou estará em obras nos próximos cinco anos e, com alguns parceiros, nomeadamente connosco, decidiu imaginar um foco à volta de três coreógrafas mulheres: a húngara Eszter Salamon, a ruandesa Dorothée Munyaneza e a francesa Gisèle Vienne e, à volta do universo destas três mulheres coreógrafas, nós e o Centro Pompidou imaginámos projectos inéditos que vão ser apresentados durante a Bienal de Lyon. Gisèle Vienne, por exemplo, vai remontar a sua peça ‘Crowd' XXL nos Les Grandes Locos, que é um antigo armazém de montagem de comboios, um espaço gigante que nós temos em Lyon. Dorothée Munyaneza vai fazer uma ocupação da Villa Gillet, que é o centro literário de Lyon. A Esther Salomon, para além de um espectáculo, apresenta também uma instalação ao longo da Bienal. São verdadeiramente coreógrafas que partem do corpo para se conectar com outras disciplinas: artes visuais, música e literatura.”Há também criadores portugueses. Um deles é Marco da Silva Ferreira, que apresenta dois espectáculos, um que já esteve na última bienal. Porquê Marco da Silva Ferreira e como é que descreve o trabalho dele? “Há dois artistas portugueses, Marco da Silva Ferreira e Tânia Carvalho. O Marco é nosso artista associado à Bienal e à Maison de la Danse e representa novas criações durante a Bienal e espectáculos em repertório que nós voltamos a apresentar. De facto, a peça que ele apresentou há dois anos, ‘Fantasie Minor', com dois jovens bailarinos, foi um tal sucesso que nós vamos voltar a apresenta-la na região -não em Lyon porque já apresentámos em Lyon, mas como a Bienal tem um programa que se chama “Rebond”, vamos apresentar esta peça do Marco com cinco parceiros fora da área metropolitana de Lyon. Depois, há uma criação mundial muito aguardada. O Marco é um dos grandes coreógrafos da actualidade e a sua peça vai ser apresentada também no Les Grandes Locos. É uma peça com um formato especial quadrifrontal, um ringue que não tem boxeurs, mas bailarinos, onde o Marco vai trabalhar sobre as questões da masculinidade, fragilidade e poder que nós encontramos nos homens também. É uma peça muito aguardada pelo mundo coreográfico internacional. O Marco, de facto, tornou-se um coreógrafo muito aguardado e é um dos grandes nomes da coreografia mundial deste momento e nós estamos muito contentes e orgulhosos que este coreógrafo possa estrear na nossa Bienal.”A Bienal de Dança de Lyon, em parceria com o Festival de Outono, encomendou um espectáculo com a assinatura da coreógrafa portuguesa Tânia Carvalho. Este é um dos projetos principais do programa. Quer falar-nos sobre este projecto?“Sim, é um projecto muito importante. Desde logo, é uma encomenda da Bienal, não é um projecto que a Bienal coproduza, é verdadeiramente uma encomenda. Nós, no âmbito do centenário do nascimento de Pierre Boulez, achámos que seria muito interessante fazer um desafio a um coreógrafo, neste caso uma coreógrafa, para trabalhar a dois níveis, a nível artístico, mas também ao nível da transmissão. A Tânia gosta muito de trabalhar com jovens bailarinos e, neste caso, vai trabalhar com jovens bailarinos e jovens músicos; dois conservatórios: Conservatório Nacional de Lyon e Conservatório Nacional de Paris; duas áreas: dança e música; dois festivais: Bienal de Dança de Lyon e Festival de Outono de Paris; dois museus: Museu de Belas Artes em Lyon e Museu de Arte Moderna em Paris; uma coreógrafa, Tânia Carvalho, que trabalha desde o início numa relação muito forte com a música, ela própria é cantora e música. Achámos que seria muito interessante também devido ao seu universo coreográfico muito específico, muito expressionista, mas tecnicamente muito exigente, de trabalhar com estes jovens bailarinos que acabam a sua formação antes de serem bailarinos profissionais, numa deambulação em dois museus muito diferentes. Um museu mais dedicado à arte do século XIX e início do século XX e, depois em Paris, um museu mais dedicado à arte moderna e contemporânea, sendo que tanto os bailarinos e músicos de Lyon como de Paris vão estar nos dois lados. Os museus são diferentes, os festivais são diferentes, mas são 40 músicos e bailarinos que nos vão fazer visitar o museu de forma diferente também através das obras que são apresentadas e do universo sonoro de Pierre Boulez.É, de facto, uma produção que nós aguardamos e que tem um pouco o ADN da Bienal, que é um pouco esta questão de, por um lado, a criação - porque as criações são muito importantes para a Bienal, há 40 espectáculos, 24 criações mundiais ou criações francesas. Mas também esta relação com o ensino, com os jovens, a forma como a dança pode ser vista de uma forma muito menos elitista e abrir muito mais portas de entrada para o que nós defendemos.”Houve um coreógrafo que também já fez essa experiência de dançar num museu, no Museu de Orsay. Foi o coreógrafo moçambicano Ídio Chichava que vai estar também em destaque no programa da bienal. Depois de ele ter impressionado em Paris, com ‘Vagabundus' e depois outras peças, o que é que ele traz à bienal e porquê Ídio Chichava?“Ídio Chichava foi uma descoberta. Eu vi o seu espectáculo em contexto, em Maputo, onde ele trabalha com os seus bailarinos, onde ele faz um trabalho artístico, social, político, de militância, de força do corpo, o corpo também como um corpo contestatário. É uma peça muito política sobre o que é a sociedade moçambicana, sobre o que é ser bailarino hoje em dia e o que é este poder do corpo também como manifesto social e político.O Ídio é, de facto, uma grande descoberta. Ele foi laureado do Prémio SEDA [Salavisa European Dance Award] da Fundação Calouste Gulbenkian, do qual fazemos parte, ele e a Dorothée Munyaneza foram os primeiros laureados deste prémio que a Fundação Calouste Gulbenkian decidiu lançar em homenagem ao Jorge Salavisa que foi o primeiro director do Ballet Gulbenkian. A Bienal é parceira e apresenta estes dois coreógrafos. Vai ser um dos nossos espectáculos também de destaque, embora ele já tenha sido apresentado em França, mas nunca apresentou o seu trabalho em Lyon. E é um espectáculo muito, muito forte, que concilia um lado coreográfico muito interessante, mesmo um lado de retrato social, quase um espectáculo antropológico do que é hoje a sociedade moçambicana. É também, para mim, um dos grandes destaques desta Bienal.”Na última edição tinha prometido um fórum com curadores de vários cantos do mundo, incluindo o moçambicano Quito Tembe, director artístico da Plataforma de Dança Kinani de Moçambique. Este projecto como se concretiza agora? “Este projecto concretiza-se finalmente. Ou seja, ele iniciou-se na Bienal 2023 com o encontro dos curadores e dos artistas e durante estes dois anos eles foram-se encontrando e imaginando o que é que seria este fórum, que é a parte mais reflexiva da Bienal e tudo o que acontece à volta dos espectáculos, nomeadamente a parte mais de discussão e de reflexão do que é a dança fora de um contexto privilegiado do centro da Europa.Efectivamente, um artista aborígene australiano ou um artista brasileiro que viva num dos Estados mais pobres, como é, por exemplo, o Piauí, o seu trabalho de dança é muito diferente. Muitas das vezes, para poderem ser bailarinos e coreógrafos, têm mais dois ou três trabalhos complementares e a relação com o tempo é outra, a relação com o dinheiro é outra, a relação com as instituições é outra. Eu acho que é muito importante para a Bienal se inspirar de outras práticas, de outras formas também de fazer. Este fórum é constituído, de facto, por cinco curadores e artistas vindo de Taiwan, Austrália, Moçambique, Brasil e Estados Unidos, com cinco grandes temáticas e à volta dessas temáticas há uma data de actividades que se ligam a estas temáticas que vêm das pesquisas coreográficas destes cinco artistas. Por exemplo, a artista americana é enfermeira e coreógrafa e o seu trabalho é sobre o cuidado, o cuidado que se tem que ter com o corpo quando se é coreógrafo, mas quando se é enfermeiro também. Então, são mesmo outras formas de mostrar o que o corpo pode para além do que ele faz num palco.”Uma das linhas de força desta Bienal talvez seja a criação lusófona. A dança também fala português?“A dança fala português de uma forma muito, muito forte. Há artistas coreógrafos portugueses ou que estão em Portugal que são grandes nomes da dança. Podemos falar de dois grandes nomes da dança: Marlene Monteiro Freitas e Marco da Silva Ferreira. Marlene não vai estar na Bienal, mas está logo a seguir na temporada da Maison de la Danse. São mesmo artistas que contam. Quando se fala em dez grandes nomes de coreógrafos actuais, o Marco e a Marlene aparecem sempre...”A Marlene Monteiro Freitas que vai abrir o Festival de Avignon este ano… “Abre o Festival de Avignon exactamente com essa peça da qual somos co-produtores também e que apresentamos depois na Maison de la Danse. De facto, há um grande interesse pelo que se passa por Portugal e há uma grande particularidade que é: são artistas que são autores. O trabalho é muito, muito autoral, ou seja, não se parece com nada de outro. Muitas das vezes nós vemos filiações, nós vemos muitos artistas - e nada contra, há artistas excelentes, mas que tu percebes de onde é que eles vêm. Tu vês um trabalho da Marlene Monteiro Freitas e não se parece com nada, tu vês e dizes que é um trabalho da Marlene. Isso é muito interessante, é algo que distingue porque, para além de serem coreógrafos, são verdadeiramente autores. Autores com um universo completamente identificado e muito particular. Estes três - a Tânia, a Marlene e o Marco – assim o são e nós temos que ter muito orgulho desta nova geração de coreógrafos e de coreógrafas portuguesas.”Relativamente à filosofia e ao conceito desta Bienal, no editorial de apresentação do programa, o Tiago Guedes escreve que “a Bienal reafirma a importância do colectivo em diferentes locais, seja em palco, na rua ou em espaços inesperados”… Num mundo em crise e face aos abalos ecológicos, políticos, sociais, o que é que pode a dança nestes palcos políticos? “Desde logo, o que é que pode o corpo? O corpo neste momento está em perigo. Ele está em perigo nas guerras que estão às nossas portas. Ele está em perigo quando no Brasil são assassinados corpos trans, corpos não normativos - aliás, nós apresentamos Davi Pontes & Wallace Ferreira que falam exactamente nisso, um corpo em combate, o que é que pode ser uma coreografia quando um corpo tem que estar completamente em combate? Eu acho que uma Bienal quer mostrar toda a diversidade da dança e a dança é um espelho da nossa sociedade e é um acto político em si. Quando tu expões o corpo desta maneira, quando o corpo está em perigo em muitas geografias do nosso mundo, é muito importante, de facto, colectivamente, defender este posicionamento do corpo e estes olhares outros que os corpos podem fazer na nossa sociedade. É certo que, nesta edição, à imagem da imagem que escolhemos para a nossa Bienal, que são braços que se agarram uns aos outros, é esta ideia de estar juntos e como é que colectivamente os corpos podem ter mais força do que um corpo individual. É uma imagem ao mesmo tempo de resistência e uma imagem de ternura também. Isso é algo que é muito importante hoje em dia: como é que, em conjunto, nós podemos fazer face a uma sociedade que, a meu ver, está bem complicada a vários níveis e a arte, em si, não deve só ser uma fruição da beleza, ela deve sublinhar, por um lado, os males do mundo, mas como é que o corpo responde de uma forma mais sensível, de uma forma menos directa, e como é que nós podemos ter momentos de suspensão, mas que, por vezes, eles nos dão também uma visão do mundo bastante dura, mas os corpos podem responder de outra forma.”
Dança como rebelião e celebração. O coreógrafo português Marco da Silva Ferreira traz para o Festival de Dança de Perth o espetáculo Carcaça, que tem como base a dança de rua. Estivemos na pré-estreia do filme 'Ainda Estou Aqui' em Melbourne. Em Portugal, pesquisas dão a um militar, o almirante Henrique Gouveia e Melo, como favorito para próximo presidente da república. Neymar que fechou com Santos, vai vestir a camisa 10 de Pelé e que assim deixa a lista dos dez jogadores mais bem pagos no mundo.
Meditação da Palavra do Senhor com o Pe. Mário Alecio da Silva Ferreira
Meditação da Palavra do Senhor com o Pe. Mário Alecio da Silva Ferreira
Meditação da Palavra do Senhor com o Pe. Mário Alecio da Silva Ferreira
Meditação da Palavra do Senhor com o Pe. Mário Alecio da Silva Ferreira
Meditação da Palavra do Senhor com o Pe. Mário Alecio da Silva Ferreira
Meditação da Palavra do Senhor com o Pe. Mário Alecio da Silva Ferreira
O Bairro da Mafalala é uma zona histórica, berço de resistências políticas e culturais. Daqui saíram os antigos presidentes moçambicanos Samora Machel e Joaquim Chissano, o futebolista Eusébio, os escritores José Craveirinha e Noémia de Sousa, e tantas outras personalidades, algumas das quais retratadas em murais pelo bairro. Em 2019, nasceu o Museu Mafalala que tem promovido actividades para continuar a dinamizar a história deste bairro. Fomos à descoberta deste “caldeirão cultural” com Ivan Laranjeira, o director do museu. Bem-vindos ao Museu Mafalala, no coração de Maputo. Um labirinto vibrante de vozes, pessoas e cores que sobressaem das ruelas e becos, barracas e bancas, casas precárias com chapas de zinco e alguns murais a homenagearem personalidades locais. Aqui vivem cerca de 20 mil pessoas de diferentes etnias e religiões.Estamos no Bairro da Mafalala, uma zona histórica que foi - e é - berço de resistências políticas e culturais. Daqui saíram, por exemplo, os antigos presidentes moçambicanos Samora Machel e Joaquim Chissano, o futebolista Eusébio, os escritores José Craveirinha e Noémia de Sousa.Ainda hoje, o bairro continua a ser um caldeirão cultural que cozinha páginas de história e, para as concentrar, nasceu, em 2019, o Museu Mafalala, dirigido por Ivan Laranjeira, um filho do bairro, que nos levou por caminhos inesperados até aos murais de homenagem às persononalidades históricas.Ivan Laranjeira resume que o bairro é que é o museu e o museu que ele dirige é simplesmente o guardião da memória que acolhe exposições, actividades culturais e uma biblioteca. É neste edifício que conversámos sobre a importância da Mafalala para o país.RFI: O que é o Museu Mafalala?Ivan Laranjeira, Director do Museu Mafalala: O Museu Mafalala é um centro de interpretação, é um lugar onde as pessoas podem interagir com a história do bairro da Mafalala e podem, sobretudo, ter um contacto nas várias épocas em que o bairro e a cidade foram evoluindo. Ter uma noção mais concreta daquilo que é a história da Mafalala e das pessoas e das personalidades que daqui saíram.Quais foram essas personalidades que daqui saíram? Há muitas importantes para a história de Moçambique e algumas estão representadas em murais aqui no bairro...A Mafalala é orgulhosa em dizer que produziu dois presidentes de Moçambique, Samora Machel e Joaquim Chissano, um primeiro-ministro Pascoal Mucumbi, o maior jogador de futebol de todos os tempos, Eusébio da Silva Ferreira, os maiores músicos e poetas de Moçambique, casos de Fany Mpfumo, de José Craveirinha, Noémia de Sousa, Rui de Noronha e o toureiro Ricardo Chibanga. Todos da Mafalala para mencionar alguns porque é uma lista interminável e até hoje o bairro continua a produzir grandes personalidades do país, gente que cria tendência e que ajuda a criar este orgulho da moçambicanidade.Como é que se explica que haja esta efervescência que faz com que daqui saiam estas personalidades que vão marcar a história de Moçambique? Penso que tem muito a ver com a característica do próprio bairro. É um autêntico caldeirão cultural. Temos aqui gente de toda a parte de Moçambique, da região austral, da costa suaíli, pessoal de Zanzibar, das Comores. Isto contribui imenso para a forma de ser, de estar do bairro da Mafalala e para a capacidade inventiva e criativa dos que aqui vivem. Tudo isto foi sempre assim ao longo dos anos e dos tempos e continua a ser sempre uma referência, a Mafalala, por ser também o único bairro na periferia que dialoga com o centro e com o resto. Portanto, a sua localização também é estratégica e faz com que toda a gente queira cá estar. Isto contribui para a miscigenação e dessa miscigenação cria-se este sentido de nação e criam-se também grandes homens.Esses grandes homens marcaram a resistência. Este bairro é conhecido por ter sido também um foco de resistência contra o colonialismo e eu queria que fôssemos à história do bairro…Nós temos dois grandes momentos políticos na história de Moçambique: um que é a queda do Império de Gaza, no final do século XIX, e outro que é a criação da Frente de Libertação de Moçambique em 1962. Entre uma coisa e outra, há um hiato de perto de 70, 80 anos que é preenchido precisamente por estes movimentos que têm lugar na Mafalala, que são movimentos de consciência política, são movimentos nacionalistas, diria até proto-nacionalistas, que começam a discutir a ideia de Moçambique independente e de Moçambique como nação, que trabalham na questão da cidadania e dos direitos civis e influenciam uma geração mais nova que mais tarde cria a Frente de Libertação de Moçambique.Esse é que é o grande contributo da Malala para este processo independentista. Anos depois, quando começa a luta armada, o bairro também albergou aqui várias bases clandestinas do movimento de libertação e tem lugares que são históricos, que desempenharam um papel importante, sobretudo no 7 de Setembro [de 1974]. Temos aqui a Base Galo, que é uma base que teve um papel extremamente importante após a assinatura dos Acordos de Lusaka em 1974, em que há um levantamento de alguns colonos portugueses que não concordavam com a passagem do poder para a Frelimo e, nesse processo, há uma tentativa de golpe de Estado e é daqui da Mafalala que sai um grupo de guerrilheiros na clandestinidade, com a missão de apaziguar a situação. Só depois dessa missão é que o Presidente Samora Machel faz a viagem triunfal do Rovuma a Maputo e proclama a independência em Junho de 1975. Portanto, é um espaço que reverbera um pouco de história por todos os poros e que mantém viva essa tradição e esse orgulho. Esse é que é o grande contributo para o processo nacionalista, mas acho que o sentido de identidade, de moçambicanidade, é o grande contributo que a Mafalala faz para o processo anticolonial.Tantos anos depois, como é que nasce o museu?Nós, na verdade, achamos que o museu é o bairro, é o museu vivo. Esta instalação que aqui está é um centro de interpretação e de documentação, onde se pode interagir e ter um ponto de referência sobre aquilo que é a história da Mafalala. Nós começámos há 15 anos, a trabalhar no âmbito do património no seu todo. Desenvolvemos uma rota que é o “Mafalala Walking Tour”, onde vamos explicando e passando por vários pontos de interesse histórico e cultural do bairro da Mafalala. Falo das casas onde estas personalidades todas viveram, falo de lugares de convívio social e religioso, como mesquitas, igrejas, o campo de futebol e todos esses lugares que representam a história e a dinâmica social aqui da comunidade.A partir desse pressuposto, nós embarcámos num compromisso de preservar a história da Mafalala e de garantir o restauro, de certa forma, desse passado e legado histórico. Isso contemplou acções para o reconhecimento do bairro como sendo um conjunto patrimonial histórico e protegido da cidade de Maputo - fizemos isso em 2016 - e mais tarde, a própria construção do museu que iniciou em 2018 e concluímos em 2019. Portanto, o museu já tem cinco anos de vida, é uma criança que já fala, que está para entrar para a escola primária e que tem muitos sonhos e ambições e que vê cada vez mais um futuro risonho a partir do trabalho que a gente desenvolve.Desenvolvem também actividades no próprio museu, não é?Sim, sim, claramente. O museu é uma infra-estrutura ecléctica, tem aqui vários serviços disponíveis para a comunidade e não só. Tem a componente de museu, temos uma galeria de arte onde recebemos vários artistas. Temos um espaço para concertos, música, teatro, dança. Temos uma biblioteca e temos igualmente um restaurante e um serviço de acomodação. As pessoas podem-se hospedar aqui. Estamos também no booking.com - passo a publicidade - e estamos no mundo, não é? Há muitos grupos de turistas, de pessoas interessadas em conhecer a Mafalala e ter uma experiência no bairro, que vêm e hospedam-se aqui no museu. Temos também muitos pesquisadores que vêm cá com interesse de estudar a Mafalala e outros temas que também vêm e se hospedam cá. Há muitos artistas que vêm em residência e ficam cá também para se inspirar. Nós, como museu, também damos alguma orientação nesse sentido. É um espaço que é transversal naquilo que é a sua missão e naquilo que é a possibilidade de acolhimento que a gente dá.Além de ser um bairro muito vivo pelas pessoas, pelas crianças, pelos ruídos, pelos cheiros, também é muito apelativo pelas cores e pelos murais. Como foi o processo de criação dos murais?Nós temos um projecto que é o Mafalala Artivismo e é um projecto que surge no âmbito da ideia de garantir e manter viva a memória do bairro da Mafalala. A Mafalala é este lugar com muita história, é um lugar culturalmente rico, com heróis moçambicanos que por aqui passaram, mas ao andar pelo bairro, nós não temos nenhuma referência, nenhum símbolo, nenhum monumento que personifique essa história, esse passado cultural importante.Como museu, como associação Iverca, nós iniciámos um trabalho com a comunidade, que era precisamente o Mafalala Artivismo em que convidávamos artistas plásticos para dialogar com a comunidade sobre o que é que a Mafalala representava para esta comunidade. As pessoas diziam que a Mafalala é um lugar de craques da bola, é um lugar da marrabenta, é um lugar de diversidade cultural, é um lugar de poetas, de revolucionários e por aí fora. Com cada uma destas respostas nós assumimos um compromisso de fazer intervenções artísticas em espaços públicos que pudessem reflectir este sentimento da comunidade. Estas intervenções seriam, então, os nossos monumentos informais. Nós fizemos até ao momento três murais.Temos o Mural dos Poetas, que tem lá representados José Craveirinha, Noémia de Sousa, Rui de Noronha e João Albasini, e que muito recentemente, em 2022, foi restaurado por ocasião dos 100 anos de José Craveirinha. E depois fizemos um mural que é o mural do desporto, em que temos representado o Eusébio, o Hilário da Conceição, o Arsénio Esculudes e o Ricardo Chibanga. Este mural está localizado precisamente no campinho da Mafalala e também reflecte esta heroicidade do desporto e dos desportistas aqui da Mafalala que é uma cultura que se mantém bastante viva. Finalmente, fizemos uma ode às mulheres e, sobretudo, a esta diversidade cultural que está presente no bairro e que se reflecte muito na cultura macua da ilha de Moçambique. Este mural é uma pintura do Tufo da Mafalala.Todos estes murais têm curadoria do museu Mafalala e foram um processo participativo em que a comunidade também deu a sua opinião, tendo sido colocados estrategicamente em zonas também simbólicas que representam muito para o conteúdo que aí está.Agora, estes murais, para além deste papel simbólico e cultural, têm igualmente um papel ambiental e urbanístico muito grande porque à volta deles o ambiente muda, transforma-se para o positivo. Escolhemos de propósito os lugares que eram degradados e , a partir do momento em que houve esta intervenção, ganharam vida, temos pequenos negócios à volta, tornaram-se lugares de referência, as pessoas concentram-se, juntam-se aí. Então, é um ganho a dobrar naquilo que é a missão da arte. E a arte cura, não é? Sentimos que, de certa forma, este objectivo foi alcançado.
本集節目由 【NTCH國家兩廳院】贊助播出 《群浪/Crowd 》購票傳送門:https://reurl.cc/ReoaVe 《狂履/Cracaça》購票傳送門:https://reurl.cc/4dM2V3 今天節目Tyler 和 Concor 將深入狂歡、夜店和跳舞的瘋狂世界!他們要來分享一些夜店故事,還有搞笑的搭訕經歷。但這還不是全部喔 — 這集會帶來全新的嘗試!他們將觀看並現場評論來自國家兩廳院的舞蹈演出預告片,包括 Gisèle Vienne 的前衛舞作《Crowd/群浪》以及 Marco da Silva Ferreira 的《Carcaça/狂履》。敬請收聽/收看,享受充滿趣味故事的同時,搶先一睹當代舞蹈的風彩吧! - Brosbond's Official Email: brosbond.taiwan@gmail.com Brosbond's Instagram: https://www.instagram.com/brosbond/ Tyler's Instagram: https://www.instagram.com/tyler_hohoho/ Concor's Instagram: https://www.instagram.com/enriqueconcor/ 小額贊助節目: https://open.firstory.me/user/clhhe2hfv024501uzh57vae8j 留言分享我怎麼看: https://open.firstory.me/user/clhhe2hfv024501uzh57vae8j/comments - In today's episode, Tyler and Concor dive into the wild world of partying, clubbing, and dancing! They'll share their craziest clubbing stories, along with hilarious tales of pick-up lines and flirting adventures. But that's not all—this episode features something brand new! They'll be watching and reacting to trailers from NTCH, including the cutting-edge dance shows by Gisèle Vienne and by Marco da Silva Ferreira. Tune in for an exciting mix of fun stories and a sneak peek into the world of contemporary dance! Powered by Firstory Hosting
Fabiani Marques Zouki é o nome dela. A advogada branca estava na unidade do Burger King no bairro Moema quando proferiu xingamentos racistas contra Pablo Ramon da Silva Ferreira, um funcionário negro, por estar insatisfeita com o atendimento. Além dele, mais quatro funcionários disseram ter sido vítimas da mulher, que apresentava sinais de embriaguez. Será que fazer parte de um grupo de minoria não ensina nada?
O coreógrafo Marco da Silva Ferreira é um dos 4 finalistas do novíssimo Rose International Dance Prize. Na corrida ao prémio final, o seu trabalho "Carcaça" vai ser apresentado em Londres, no início de Fevereiro de 2025.
No episódio de número 54 da segunda edição do Podcast Paixão Ca-Ju, o ex-jogador do Juventude, Manoel da Silva Ferreira relembra momentos marcantes e bastidores de suas passagens pleo alviverde. Hoje aposentado dos gramados, Manoel está à frente de projetos sociais em Caxias do Sul.
Os bombeiros capixabas que participaram da missão humanitária brasileira na Turquia retornaram ao Espírito Santo no último sábado (25). Ao todo, foram 18 dias de missão e eles participaram de 46 operações de busca e resgate de vítimas dos terremotos ocorridos na Turquia no último dia 6. Os seis capixabas integraram uma equipe formada por 40 pessoas, entre civis e militares, enviadas pelo governo brasileiro à Turquia e se juntaram a pessoas de outras 88 nacionalidades enviadas para auxiliar os socorristas turcos nas buscas por vítimas e sobreviventes do terremoto. Em entrevista à Rádio CBN Vitória, o Major Fábio Silva Ferreira, comandante da equipe capixaba na Turquia, fala sobre o assunto. Ouça a conversa completa!
| Crianças e adolescentes | Este programa aborda os desafios na apuração dos crimes violentos contra crianças e adolescentes e conta com a participação de Mariana da Silva Ferreira, médica legista e sexóloga forense. Foi debatedora Angelita Maria Rios, médica do Instituto Geral de Perícia do Rio Grande do Sul, e a presidência de mesa ficou a cargo de Gleudson Malheiros Guimarães, promotor de Justiça do MPMA. O assunto foi debatido no webinar realizado pela Escola, em parceria com o Ministério Público de São Paulo, a Comissão Permanente da Infância e Juventude (COPEIJ) e o Grupo Nacional de Direitos Humanos (GNDH) do Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais de Justiça dos Ministérios Públicos dos Estados e da União (CNPG). O “Direito ao pé do ouvido” é um podcast com as aulas e palestras da Escola Superior do Ministério Público de São Paulo. Venha para a aula de hoje!
The PVSP gang interviews Rune from the Danish podcast Sort Snak about Evander da Silva Ferreira during his time at FC Midtjylland. And that is all. Relevant Links: Sort Snak Podcast: https://soundcloud.com/user-336203398 FC Midtjylland: http://fcm.dk/home Closing Song: Enjoy Yourself covered by the Specials - https://youtu.be/6liD8TdlJFA Radio Free PVSP (closing song playlist): spoti.fi/3ndcaqN Produced and Engineered by Greg Donnelly Intro Song written & performed by Greg Donnelly Feedback: Email - PortlandVanity@gmail.com Leave a voicemail - 503-583-4235 Facebook - facebook.com/PortlandVanity/ Twitter - twitter.com/PDXvanitysoccer Find us on: Soundcloud, Spotify, Apple, Google Play, and Amazon Link to this Episode: https://bit.ly/3Zc8qHk
O climatologista Carlos da Câmara e o coordenador do Plano Geral de Drenagem de Lisboa, José da Silva Ferreira, falam de fenómenos extremos, a sua previsão e as obras em curso para os mitigarSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Mariana da Silva Ferreira é médica especialista em Medicina Legal, Perícias Médicas, Bioética e Sexualidade Humana pela Faculdade de Medicina da USP. @dramariana.sf
Da Silva, Ferreira, Pereira. Esses sobrenomes que são muito populares no Brasil e em Portugal agora também são os mais comuns numa região da Suíça. É isso mesmo que você está lendo. Na parte do país em que se fala francês, eles aparecem nos três primeiros lugares. “Da Silva” ocupa a primeira posição com 10.220 pessoas com esse sobrenome. Entre elas, a brasileira Dulcimara Aparecida da Silva, que ensina português para crianças e adultos. Valéria Maniero, correspondente da RFI na Suíça A mineira de Boa Esperança, que já morou na França, Itália, República Tcheca e Portugal, está há 10 anos em Genebra e tem muita familiaridade com o sobrenome que se tornou o mais comum na Suíça romanda. É que os dois avôs dela, por parte de pai e mãe – o S. Joaquim e o S. Antônio, eram “da Silva”. O sobrenome da Dulcimara também é o mais comum nos cantões de Vaud, Genebra, Fribourg e Neuchâtel. Esses dados foram divulgados pela primeira vez pelo OFS, o Departamento Federal de Estatística da Suíça, e chamaram a atenção da imprensa local e de muita gente. “Eu fiquei super surpresa. Não sabia que existia isso na Suíça, uma classificação dos sobrenomes e, para o meu espanto, o meu é o que tem mais. Pra mim, é uma honra, porque no Brasil mais da metade da população é 'da Silva'. É um sobrenome super comum. Então, isso não é ser importante. Na minha vida toda, 'da Silva' não era um sobrenome de peso”, diz. À RFI, Dulcimara conta o que sentiu quando o marido chegou em casa outro dia falando da pesquisa: “Eu fiquei extremamente orgulhosa", diz, rindo. "O mais conhecido, o maior número de pessoas que tem esse sobrenome na Suíça! Então, é uma honra. Não só no Brasil, agora na Suíça também”, afirma a professora, que acha interessante a pesquisa por “valorizar os estrangeiros, a sua origem”. Dulcimara diz também que conhece muitos portugueses e brasileiros “da Silva”, “como o Ayrton” (Senna da Silva), que moram na Suíça. No total, 17 dos 20 sobrenomes mais comuns na Suíça francesa são de Portugal e do Brasil; só Favre (6ª posição), Martin (8ª) e Muller (12ª) são daqui. Nos cinco primeiros lugares aparecem “da Silva” (10.220), Ferreira (7.326), Pereira (6.537), dos Santos (6.091) e Rodrigues (5.250). Gomes, Fernandes, Lopes, Martins, Oliveira, Alves e somente Silva são outros que também dão as caras por lá. Apelidos (ou sobrenomes) portugueses Uma das razões que explicam a predominância desses sobrenomes Da Silva, Ferreira e Pereira, por exemplo, é que na Suíça francesa há muitos portugueses. São mais de 150 mil pessoas com essa nacionalidade, o que significa 7% da população total e 22% da população estrangeira. A arquiteta Maria Inês de Jesus Ferreira é uma delas. “Então, o meu apelido é Ferreira, sobrenome para vocês. Não tinha ideia de que era dos mais comuns na Suíça. Em Portugal, realmente, é um nome de família que existe bastante. Mas dizemos que toda gente é 'da Silva' em Portugal”, explica. A arquiteta achou curioso quando soube que o seu sobrenome era tão popular. “É engraçado, porque não tinha mesmo noção de haver assim tanta gente. Até porque eu própria conheço só duas, três pessoas”, conta. O órgão responsável pela divulgação dos dados, no entanto, explicou que não é porque uma pessoa se chama “Da Silva” que ela é necessariamente portuguesa e, por outro lado, alguém que se chame “Favre” pode ser. A instituição também informou que só foi levado em conta o primeiro sobrenome de cada um. Por exemplo, uma pessoa que tenha os sobrenomes “da Silva Ferreira Pereira” entrou como sendo somente “da Silva”. Os sobrenomes da brasileira Amanda Pereira Santos, que é de Aracaju, no Sergipe, mas mora há 15 anos na Suíça, também aparecem nas listas dos mais populares. “Então, eu não sabia que o meu sobrenome era um dos mais comuns aqui na parte francesa e fiquei até bastante surpresa. Também fiquei me perguntando como isso é visto pelos suíços, se é de forma positiva ou não. Não sei se eles tomam isso como uma espécie de invasão. Eu tenho certa curiosidade em saber esse ponto de vista, como os suíços veem isso”, afirma. Os mais comuns na Suíça toda Levando em conta a Suíça como um todo, os “Muller” são os mais numerosos (53.686 pessoas), seguidos pelos “Meier” (33.054) e Schmid (30.534). Em nível nacional, “da Silva” aparece em 10º lugar (16.990). Segundo dados oficiais, a população suíça hoje é de 8,7 milhões de pessoas. A imprensa local destacou os resultados da pesquisa, mostrando “o surgimento de uma tendência: a predominância de sobrenomes portugueses na Suíça francesa”.
Da Silva, Ferreira, Pereira. Esses sobrenomes que são muito populares no Brasil e em Portugal agora também são os mais comuns numa região da Suíça. É isso mesmo que você está lendo. Na parte do país em que se fala francês, eles aparecem nos três primeiros lugares. “Da Silva” ocupa a primeira posição com 10.220 pessoas com esse sobrenome. Entre elas, a brasileira Dulcimara Aparecida da Silva, que ensina português para crianças e adultos. Valéria Maniero, correspondente da RFI na Suíça A mineira de Boa Esperança, que já morou na França, Itália, República Tcheca e Portugal, está há 10 anos em Genebra e tem muita familiaridade com o sobrenome que se tornou o mais comum na Suíça romanda. É que os dois avôs dela, por parte de pai e mãe – o S. Joaquim e o S. Antônio, eram “da Silva”. O sobrenome da Dulcimara também é o mais comum nos cantões de Vaud, Genebra, Fribourg e Neuchâtel. Esses dados foram divulgados pela primeira vez pelo OFS, o Departamento Federal de Estatística da Suíça, e chamaram a atenção da imprensa local e de muita gente. “Eu fiquei super surpresa. Não sabia que existia isso na Suíça, uma classificação dos sobrenomes e, para o meu espanto, o meu é o que tem mais. Pra mim, é uma honra, porque no Brasil mais da metade da população é 'da Silva'. É um sobrenome super comum. Então, isso não é ser importante. Na minha vida toda, 'da Silva' não era um sobrenome de peso”, diz. À RFI, Dulcimara conta o que sentiu quando o marido chegou em casa outro dia falando da pesquisa: “Eu fiquei extremamente orgulhosa", diz, rindo. "O mais conhecido, o maior número de pessoas que tem esse sobrenome na Suíça! Então, é uma honra. Não só no Brasil, agora na Suíça também”, afirma a professora, que acha interessante a pesquisa por “valorizar os estrangeiros, a sua origem”. Dulcimara diz também que conhece muitos portugueses e brasileiros “da Silva”, “como o Ayrton” (Senna da Silva), que moram na Suíça. No total, 17 dos 20 sobrenomes mais comuns na Suíça francesa são de Portugal e do Brasil; só Favre (6ª posição), Martin (8ª) e Muller (12ª) são daqui. Nos cinco primeiros lugares aparecem “da Silva” (10.220), Ferreira (7.326), Pereira (6.537), dos Santos (6.091) e Rodrigues (5.250). Gomes, Fernandes, Lopes, Martins, Oliveira, Alves e somente Silva são outros que também dão as caras por lá. Apelidos (ou sobrenomes) portugueses Uma das razões que explicam a predominância desses sobrenomes Da Silva, Ferreira e Pereira, por exemplo, é que na Suíça francesa há muitos portugueses. São mais de 150 mil pessoas com essa nacionalidade, o que significa 7% da população total e 22% da população estrangeira. A arquiteta Maria Inês de Jesus Ferreira é uma delas. “Então, o meu apelido é Ferreira, sobrenome para vocês. Não tinha ideia de que era dos mais comuns na Suíça. Em Portugal, realmente, é um nome de família que existe bastante. Mas dizemos que toda gente é 'da Silva' em Portugal”, explica. A arquiteta achou curioso quando soube que o seu sobrenome era tão popular. “É engraçado, porque não tinha mesmo noção de haver assim tanta gente. Até porque eu própria conheço só duas, três pessoas”, conta. O órgão responsável pela divulgação dos dados, no entanto, explicou que não é porque uma pessoa se chama “Da Silva” que ela é necessariamente portuguesa e, por outro lado, alguém que se chame “Favre” pode ser. A instituição também informou que só foi levado em conta o primeiro sobrenome de cada um. Por exemplo, uma pessoa que tenha os sobrenomes “da Silva Ferreira Pereira” entrou como sendo somente “da Silva”. Os sobrenomes da brasileira Amanda Pereira Santos, que é de Aracaju, no Sergipe, mas mora há 15 anos na Suíça, também aparecem nas listas dos mais populares. “Então, eu não sabia que o meu sobrenome era um dos mais comuns aqui na parte francesa e fiquei até bastante surpresa. Também fiquei me perguntando como isso é visto pelos suíços, se é de forma positiva ou não. Não sei se eles tomam isso como uma espécie de invasão. Eu tenho certa curiosidade em saber esse ponto de vista, como os suíços veem isso”, afirma. Os mais comuns na Suíça toda Levando em conta a Suíça como um todo, os “Muller” são os mais numerosos (53.686 pessoas), seguidos pelos “Meier” (33.054) e Schmid (30.534). Em nível nacional, “da Silva” aparece em 10º lugar (16.990). Segundo dados oficiais, a população suíça hoje é de 8,7 milhões de pessoas. A imprensa local destacou os resultados da pesquisa, mostrando “o surgimento de uma tendência: a predominância de sobrenomes portugueses na Suíça francesa”.
Eusébio da Silva Ferreira nació en 1942 en Lourenço Marques —hoy Maputo, Mozambique—, que en aquel entonces estaba bajo el dominio de Portugal. Comenzó a jugar a los quince años con el Sporting Clube de Lourenço Marques, pero cumplidos los dieciocho ya la noticia de su prodigioso talento había llegado a Portugal, lo cual culminó en que fuera contratado por el prestigioso club Benfica de Lisboa. Cuando Béla Guttmann, el nuevo director técnico del Benfica, lo vio entrenar por primera vez allí en el Estadio de la Luz, exclamó: «¡Él es oro! ¡Él es oro!» Es que Eusébio, dotado de velocidad, aceleración, potencia y precisión, había perfeccionado, además, desde los juegos callejeros de su infancia, la habilidad de regatear como un gato escurridizo. Cuando debutó con el Benfica en un encuentro amistoso celebrado en París, entró en el segundo tiempo y tardó sólo 20 minutos en hacer un hat-trick, marcando su primer gol y dos goles más contra el Santos de Brasil. Después del partido, el joven Pelé, que había anotado por Santos, comentó: «Los goles que marcó Eusébio fueron lindos. Todos los jugadores del Santos, incluso yo, pensamos que él era un gran jugador, aunque ninguno de nosotros lo conocía en aquel entonces.» Esos tres goles fueron los primeros de una larga lista que marcó para el Benfica: 320 en 313 partidos de liga. Y fuera de la Liga Portuguesa, con tan sólo veinte años, marcó la diferencia anotándole dos goles al imperioso Real Madrid de Alfredo Di Stéfano en el triunfo del Benfica por 5-3 en la Copa de Europa de 1962. Debutó en la Selección Nacional de Portugal en 1961, y cuatro años después contribuyó con siete goles a la primera clasificación de Portugal para una Copa Mundial de la FIFA, la de Inglaterra 1966. En 1965 Eusébio fue proclamado Jugador Europeo del Año, pero fue en el torneo de Inglaterra 1966 que se convirtió en un fenómeno a escala mundial. Marcó un gol contra Bulgaria; anotó dos goles con que quedó eliminado el campeón Brasil; marcó cuatro contra Corea del Norte cuando iban perdiendo 0-3; anotó un gol contra el campeón Inglaterra en el partido semifinal; y marcó otro contra la Unión Soviética, el primer gol de la victoria que le aseguró el tercer puesto a Portugal, y el noveno gol del campeonato, que le permitió adjudicarse la Bota de Oro como el mayor goleador. Durante los 15 años en que jugó con el Benfica, Eusébio superó el promedio de un gol por partido, y fue 7 veces campeón y 11 veces el máximo goleador de la Primera División de Fútbol de Portugal. Y sin embargo posteriormente declaró: «El Mundial de 1966 [fue] la cumbre de mi carrera. Aunque perdimos la semifinal, el fútbol portugués fue el auténtico ganador.»1 Hasta el día de su muerte en 2014, la «Pantera Negra» no dejó de mostrar fidelidad y amor al fútbol portugués y a su antiguo club. El Benfica correspondió rindiéndole homenaje con una estatua de bronce a las puertas de su legendario Estadio de la Luz, acatando así la enseñanza del apóstol Pablo de rendirle honor al que se lo debemos.2 Carlos ReyUn Mensaje a la Concienciawww.conciencia.net 1 «Portugal’s beloved and brilliant Black Panther» [La amada y brillante Pantera Negra de Portugal], FIFA Tournaments [Torneos], Eusebio (Eusebio da Silva Ferreira) En línea 29 marzo 2022 (traducido en «Leyendas — Semana 8: Eusébio “Una perla negra que marcó el destino de Portugal”», 26 abril 2010 En línea 29 marzo 2022. 2 Ro 13:7
Até domingo a companhia sul-africana Via Katlehong Dance sobe ao palco da Cour Minérale da Universidade de Avignon com Førm Inførms do português Marco da Silva Ferreira e Emaphakathini do senegalês Amala Dianor. Ao microfone da RFI, Marco da Silva Ferreira, explica-nos a sua criação que se inspira no pantsula . Precisamente, ao microfone da RFI, o coreógrafo português Marco da Silva Ferreira, começou por explicar como lhe chegou o convite desta companhia onde nasceu a cultura contestatária do pantsula. “O convite surgiu porque o meu trabalho já tem sido apresentado algumas vezes em França e esta companhia tem uma digressão internacional e europeia já há bastantes anos. Então, através dos programadores e agentes acharam que seria oportuno a minha linguagem se cruzar com a linguagem da companhia. Portanto, o director da companhia viu os meus vídeos, os meus trabalhos e convidou-me. Achou que o meu trabalho era muito energético, que tinha alguma loucura associada e que faria sentido para trabalhar com pantsula e com os bailarinos da companhia." E o que é que o levou a aceitar? "Primeiro foi o desafio de poder ter um encontro e uma partilha de linguagens, de culturas, de formas de processo de criação, de geografia com a companhia. Poder viajar até à África do Sul e eles virem ao Porto, como foi o caso, e quase trocarmos de casas. Entramos neste cruzamento de pessoas que fazem coisas semelhantes e que trocam conhecimento e referências e que cruzam pessoas. Isso foi logo uma coisa primordial. A outra foi o facto de a companhia precisar de trabalhar com coreógrafos e já estar a trabalhar com o Amala [Dianor] do Senegal e da tournée que fazem muito ser na Europa e o facto de eu ter esse acesso, também, já instalado. Há aqui um certo lugar de encontro que é rico para todos, porque já circulamos e as linguagens efectivamente fazem sentido juntarem-se e portanto eu pensei que valia a pena, que era uma experiência que eu gostava de viver e de absorver, corresse o risco que corresse.” Onde é que se foi inspirar para esta criação? “Efectivamente no pantsula. Na prática, na forma, no ritmo, no contexto social onde surgiu. A forma do pantsula é muito desarticulada e articulada, quase como um corpo que se desmonta e se volta a montar. Tem um sentido de humor muito apurado também. O ritmo é muito rápido, porquê esta urgência? Porquê estes corpos que têm esta necessidade de cavalgar desta forma? Na velocidade e na ida em frente e depois no contexto social: é uma dança que surgiu numa altura de segregação, de Apartheid na África do Sul e isto informa a própria dança. Qual é o significado desta dança? Porque é que surgiu neste contexto? Foram os elementos que serviram de mote para a criação: um corpo que tem uma urgência, que se quebra para se remontar, uma dança muito rápida mas com humor, com uma vivacidade enorme, que reclama alegria, que uma felicidade, que reclama um palco, que vem para curar estados de segregação na altura, que vem para alienar, para fazer parte de um processo de equilíbrio social ou pessoal daquela comunidade. Foi analisando esses elementos que acabei por pensar: eu acho que este grupo tem mesmo de vir a um palco branco reclamar um lugar." Mas mesmo assim, também, há aqui misturas daquilo que já fez antes, daquilo que é o seu trabalho anterior? "Sim, tem. Tem muitas referências porque o meu trabalho, como street dancer que sou, as minhas bases de dança foram sempre relacionadas com danças que surgiram em contexto social de rua. Portanto são danças sociais. E as danças sociais absorvem o contexto e depois tenho curiosidade por elementos relacionados com a arte urbana ou contextos urbanos. Qual é o corpo contemporâneo que que habita hoje em comunidade? O que é que influencia? Portanto há elementos que estão aqui, também. Anteriormente, houve uma secção específica do Brother que chamávamos “os esqueletos” que efectivamente era quase como se houvesse uma dança macabra a fazer pelo conjunto de sete bailarinos e em que eu tentava trabalhar ao máximo a partir dessa articulação e desarticulação de amplitudes que podem ser quase micros, como o abrir a mandíbula e o fechar a mandíbula e tentar eliminar o máximo possível de carne e ver o esqueleto a mexer. Isso, eu acho, foi uma coisa que de repente fez sentido ao falar do pantsula por ser uma dança que é tão cortada e tão fragmentada e articulada." Há também misturas ou influências das comunidades africanas residentes em Portugal? “Sim, claro. Eu comecei a minha formação numa fase em que a MTV estava a explodir e portanto tudo o que era cultura americana, danças urbanas americanas, invadia-me. Invadia a minha geração. Eu sou a geração do início da globalização da internet e dessas referências todas que viajaram e viajam muito mais rápido As street dances são danças de rua que surgiram da diáspora e que muitas delas são afro-americanas. Portanto, dentro das street dances americanas vêm as comunidades africanas da diáspora. Portanto, chega-me através destes media, da internet a televisão, mas chega-me também porque Portugal, como um país colonizador que foi, tem muitas comunidades do Brasil, de Angola, de Moçambique e estas comunidades também habitam Portugal. Referências como o samba, o funk, o passinho, o Kuduro ou o funaná, chegaram a mim e fazem parte da linguagem de dança que se faz em Portugal. Acabo por estar sempre muito à procura de como é que se constrói uma identidade pessoal: eu, enquanto bailarino, aqui a fazer isto, hoje, mas como é que nós estamos a construir uma identidade colectiva. Como português qual é a identidade colectiva que estamos a construir, o que é isto de ser português? Há umas décadas o ser português era o folclore, era o representativo do Portugal antigo. Já não é, mas veio em tempos tentar ditar uma identidade colectiva. Cristalizou e morreu. Excluiu corpos e comunidades dessa possibilidade de definição de uma identidade colectiva na altura e eu tenho muito interesse em perceber como é que a minha identidade individual se forma e como é que uma identidade colectiva se forma. O que é que decidimos preservar ou transformar ou esquecer.” São oito bailarinos em palco. Como é que foi trabalhar com eles? Como é que foi a selecção? "O processo de audição foi por vídeo. Inicialmente havia uma ideia de fazermos uma pré-selecção e depois de irmos fazer uma selecção ao vivo com os bailarinos, mas acabou por não ser prático por questões de contratação e disponibilidades dos bailarinos no futuro. Eu e o Amala, tivemos de ver vídeos de bailarinos que foram recomendados pelo director da companhia que conhecia a comunidade de bailarinos e o circuito e pediu para eles enviarem currículos e vídeos. Nós vimos os vídeos e depois tivemos a negociar. Acabámos por escolher nove e decidir que queríamos ver duas bailarinas lá, quando chegássemos. Depois de lá estarmos dissemos que queríamos ficar com nove, porque precisamos sempre de ter alguém que substitua, que saiba as duas peças mais rápido, caso fosse necessário. Acabamos por ficar com os nove, mas depois essa bailarina de substituição acabou por não ficar muito mais tempo, porque outros trabalhos surgiram. Trabalhamos com os oito do início ao fim e são o elenco fechado." Como é que é esta participação aqui em Avignon? "É a primeira vez que estou em Avignon, cheguei numa fase em que vinha a concluir muitos trabalhos e chegar a uma cidade altamente activa, frenética, cheia de cartazes, cheia de pessoas, com um calor maravilhoso e voltar a sintonizar a este sítio, a este ritmo e ao mesmo tempo a ter de fechar a peça, dar entrevistas… Há assim um mixed feelings (mistura de sentimentos) de estar muito contente por cá estar mas a sentir-me com muita pressão, porque é uma responsabilidade muito grande e eu quero que isto corra muito bem. A companhia também precisa que isto corra bem para entrar num circuito de digressão. Então entre gerir expectativas, desfrutar daquilo que estou a fazer, conseguir tomar o sabor também de estarmos aqui. Há uma companhia que viajou de África do Sul, com coreógrafos, um senegalês e outro português, e estar no Festival de Avignon, é mesmo muito excepcional. Nunca pensei que fosse acontecer tão rápido ou sequer que fosse acontecer."
Na seção Fly Safe do canal ASA, o debate sobre o incrível caso do Boeing 737-300 da empresa salvadorenha TACA, que perdeu potência nos dois motores após ingressar em área de intensa trovoada, quando em descida para Nova Orleans (EUA), em 24 de maio de 1988. Graças à perícia da tripulação e uma certa dose de sorte, a aeronave planou e fez um pouso de emergência em área descampada, sem deixar feridos. A operação foi tão bem sucedida, que a aeronave levantou voo poucos dias depois. Participam do debate, o ex-engenheiro de voo e ASV, Edgard Santos; o comandante Ivan Carvalho; e o coronel da reserva, Rufino Antônio da Silva Ferreira, que foi presidente da comissão de investigação do acidente com o voo 1907 pelo CENIPA.
2022
In this episode, we will be talking about Eusébio da Silva Ferreira. Famous for his speed, technique, athleticism and his ferocious right-footed shot, he got the nickname of the Black Panther. This Mozambican-born Portuguese footballer who played as a striker is considered one of the greatest footballers of all time and Benfica's greatest ever player.
No dia 26 de janeiro de 2003, o Boeing 737-200 da VASP, de matrícula PP-SPJ, aproximava para Rio Branco (AC), executando um procedimento de não precisão. Na curta final para pouso, colidiu com as copas de algumas árvores e os dois motores apagaram. Por um verdadeiro milagre, o jato chegou até a pista, colidiu com o solo e perdeu o trem de pouso. Se arrastou até parar em frente ao terminal de passageiros e todos deixaram a aeronave sem sofrer ferimentos. Para debater o acidente, o Fly Safe traz como convidados, o comandante Ivan Carvalho; o coronel da reserva, Rufino Antônio da Silva Ferreira, que foi presidente da comissão de investigação do acidente com o voo 1907 pelo CENIPA; e o ex-engenheiro de voo e ASV, Edgard Santos.
Todos os dias bilhões de mulheres cuidam gratuitamente das casas, das crianças, dos idosos, dos doentes, das pessoas com deficiências. Sem o trabalho delas, a sobrevivência dessas bilhões de pessoas estaria comprometida. Como ocorre em outras partes do mundo, muitas mulheres ainda ficam restritas ao ambiente doméstico, dedicadas tão só a maternidade e ao cuidado de outros parentes. Não à toa, que apesar dos avanços conquistados e dos compromissos assumidos por diversos países, inclusive pelo Brasil, a inserção das mulheres na esfera profissional ainda está longe de ser semelhante à dos homens. Para além do sustento familiar, muitas dessas mulheres são responsáveis também pelo cuidado doméstico. E falar desta tarefa é evidenciar ainda mais as desigualdades de gênero existentes. Na próxima segunda, para falar mais sobre Feminismos, Trabalho e Cuidados receberemos a Jorgetânia da Silva Ferreira que é Doutora em História pela PUC-SP; professora da Universidade Federal de Uberlândia, atuando na graduação e no Programa de Pós-Graduação em História; coordenadora o Núcleo de Estudos de Gênero da UFU. É Mãe, feminista, mídia livrista e colunista na Mídia Ninja; militante do movimento sindical docente, tendo sido presidenta da ADUFU de 2013-2017 e sendo em 2018 foi candidata a deputada federal. Esperamos você para o nosso encontro de toda segunda hein?! #Feminismos #Trabalho #Cuidados #Podcast #SegundasFeministas FICHA TÉCNICA: Segundas Feministas Episódio 80: Feminismo, trabalho e cuidados. Convidada: Profa. Dra. Jorgetânia da Silva Ferreira (UFU) Direção Geral e Coordenação: Andréa Bandeira (UPE) Direção executiva: Kaoana Sopelsa (UFGD) e Marcela Boni (USP) Pesquisa e Roteiro: Cláudia Maia (Unimontes), Andréa Bandeira (UPE), Kaoana Sopelsa (UFGD) e Marcela Boni (USP) Locução: Andréa Bandeira (UPE); Kaoana Sopelsa (UFGD) e Marcela Boni (USP) Voz: Indiara Launa Teodoro (UPE) Edição de áudio: Andréa Bandeira (UPE), Natália Oliveira (UPE) e Indiara Launa Teodoro (UPE) Pesquisa gráfica, Arte e Social media: Kaoana Sopelsa (UFGD), Maria Clara de Oliveira (Unimontes), Natália Oliveira (UPE), Sthefany Ribeiro e Ingrid Damásio (Unimontes-MG) Coordenação de Educação: Natália Cavalcanti (IFPA) Colaboração: Cláudia Maia (Unimontes-MG) Trilha sonora: Ekena, Todxs Putxs (2017). Realização e apoio: Universidade de Pernambuco/NUPESC; GT GÊNERO ANPUH Brasil; PPGH da Universidade Estadual de Montes Claros e ANPUH Brasil. País/Ano: Brasil, Ano II, 2022. www.instagram.com/segundasfeministas/ www.facebook.com/Segundas-Feministas/
O acidente que vitimou a cantora Marília Mendonça, no último 5 de novembro em Caratinga (MG), além de outros quatro ocupantes incluindo a tripulação, levantou debates em redes sociais sobre os níveis de segurança de voo na aviação geral, e a dificuldade da imprensa no acesso a informações oficiais junto ao CENIPA, que pela legislação só pode divulgar o relatório final, diferentemente do que acontece com o NTSB, nos EUA. Para debater esses assuntos, o Fly Safe traz como convidados, o jornalista e aviador William Waack; o comandante de aeronaves da família A320 e membro do National Transportation Safety Board (NTSB), Eduardo Berensztejn, o coronel da reserva, Rufino Antônio da Silva Ferreira, que foi presidente da comissão de investigação do acidente com o voo 1907 pelo CENIPA; e o comandante de aeronaves da família A320 e diretor de segurança operacional na escola de aviação Charlie 0, em Bragança (SP), Luiz Cabral.
Lucimar da Silva Ferreira de sont nom complet mieux connue soit le nom de Lucio il à notamment été ancien roc du Bayern Munich et de Inter Milan la ou il auras ses belle année et auras gagné tout les trophée.
Sobre Economia Política da Comunicação e da Cultura, do grupo de pesquisa EPCC da FCRB. Autora do podcast: Mariana Franco Teixeira, bolsista da Fundação Casa de Rui Barbosa Podcast sobre o ensaio "A sociedade da informação no Brasil: um ensaio sobre os desafios do Estado" (2003) de (Rubens da Silva Ferreira). Coordenação do canal: Dra. Eula D.T.Cabral Análise e correção do roteiro e fichamento do episódio: Dra. Eula D.T.Cabral Conheça o nosso grupo de pesquisa Site: https://pesquisaicfcrb.wixsite.com/epcc Canal no Youtube - EPCC Brasil: https://www.youtube.com/channel/UC7niIPYHyPTpr24THJx- hiw/featured Página no Facebook - EPCC - Economia Política da Comunicação e da Cultura.
Toma Aí um Poema: Podcast Poesias Declamadas | Literatura Lusófona
Reinaldo Edgar de Azevedo e Silva Ferreira foi um poeta português que realizou toda a sua obra em Moçambique. Filho do célebre Repórter X. Os primeiros poemas começam a ser publicados nos jornais locais ou em revistas de artes e letras. Nasceu em em 1922 e faleceu em 1959, aos 37 anos de câncer no pulmão. ►► Seja publicado! Ajude a poesia a se manter viva. https://apoia.se/tomaaiumpoema _________________________________ Reinaldo Ferreira - Passemos, tu e eu, devagarinho Passemos, tu e eu, devagarinho, Sem ruído, sem quase movimento, Tão mansos que a poeira do caminho A pisemos sem dor e sem tormento. Que os nossos corações, num torvelinho De folhas arrastadas pelo vento, Saibam beber o precioso vinho, A rara embriaguez deste momento . E se a tarde vier, deixá-la vir E se a noite quiser, pode cobrir Triunfalmente o céu de nuvens calmas De costas para o Sol, então veremos Fundir-se as duas sombras que tivemos Numa só sombra, como as nossas almas. Use #tomaaiumpoema Siga @tomaaiumpoema _________________________________ Poema: Passemos, tu e eu, devagarinho Poeta: Reinaldo Ferreira Voz: Jéssica Iancoski | @euiancoski https://tomaaiumpoema.com.br _________________________________ ATENÇÃO Somos um projeto social. Todo valor arrecadado é investido na literatura. FAÇA UM PIX DE QUALQUER VALOR
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Reinaldo Edgar de Azevedo e Silva Ferreira foi um poeta português que realizou toda a sua obra em Moçambique. Filho do célebre Repórter X. Os primeiros poemas começam a ser publicados nos jornais locais ou em revistas de artes e letras. Nasceu em em 1922 e faleceu em 1959, aos 37 anos de câncer no pulmão. ►► Seja publicado! Ajude a poesia a se manter viva. https://apoia.se/tomaaiumpoema _________________________________ Reinaldo Ferreira - Receita Para Fazer Um Herói Tome-se um homem, Feito de nada, como nós, E em tamanho natural. Embeba-se-lhe a carne, Lentamente, Duma certeza aguda, irracional, Intensa como o ódio ou como a fome. Depois, perto do fim, Agite-se um pendão E toque-se um clarim. Serve-se morto. Use #tomaaiumpoema Siga @tomaaiumpoema _________________________________ Poema: Receita Para Fazer Um Herói Poeta: Reinaldo Ferreira Voz: Jéssica Iancoski | @euiancoski https://tomaaiumpoema.com.br _________________________________ ATENÇÃO Somos um projeto social. Todo valor arrecadado é investido na literatura. FAÇA UM PIX DE QUALQUER VALOR
Importância das Lagoas para sua saúde e para a sustentabilidade do planeta. APRESENTADORA: Angela Ostritz / FIOCRUZ CEARÁ; CONVIDADOS: Prof. Raimundo Bemvindo Gomes, Engenheiro de Alimentos, Sanitarista, atua na área de limnologia, microbiologia básica, sanitária e ambiental, Prof. da rede federal (IFCE); Dr. Fausto Nilo, compositor e arquiteto urbanista, Arquiteto Urbanista; Danielle da Silva Ferreira, Moradora da Precabura e Presidente da Associação de Moradores da Precabura; Paulo Pereira da Silva, Técnico em Ambiente, Graduado em Gestão Ambiental, Pesquisador da Memória Popular e Morador da Precabura, apaixonado pela Lagoa da Precabura // ROTEIRISTA Angela Ostritz, FIOCRUZ CEARÁ // PRODUÇÃO Angela Ostritz, FIOCRUZ CEARÁ // EDIÇÃO Frederico Francisco Ostritz (Fred Chico) *** EQUIPE DA SNCT: Coordenação geral Cristiani Vieira Machado – Vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação // GT Executivo (Fórum de Divulgação Científica): Alessandro Batista; Antonio Brotas; Angela Christina Ostritz; Beatris Duqueviz; Beatriz Velho; Cristiana Brito; Cristina Araripe; Diego Vaz Bevilaqua; Héliton Barros; Maria Inês Fernandes; Miliana Fernandes; Thatiana Victoria Machado; Wilson Savino // Comitê de Realização: Miliana Fernandes – Coordenação // Equipe de Comunicação: Carolina Gigliotti – Coordenação; Diego Córdoba; Marcela Martins; Thaynara Santos; Vanessa Brasil // Equipe de Produção: Priscilla Souza – Coordenação; Luciana Bemvindo; Mariluci Nascimento; Natália de Souza *** SNCT PODCAST é uma parceria da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia 2021 com o CANAL SAÚDE E-mail: canalsaude.podcasts@fiocruz.br Não deixe de acompanhar as redes sociais do Canal Saúde. Twitter: twitter.com/canalsaude Instagram: instagram.com/canalsaudeoficial Facebook: facebook.com/canalsaudeoficial YouTube: youtube.com/canalsaudeoficial Equipe: Ana Cristina Figueira / Gustavo Audi / Gabriel Fonseca / Valéria Mauro / Marcelo Louro / Marcelo Vianna
Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem a pesquisadora Poliana da Silva Ferreira, autora do livro “Justiça e letalidade policial: responsabilização jurídica e imunização da polícia que mata”, que está sendo lançado em agosto pela editora Jandaíra. A obra analisa as abordagens policiais que resultaram em mortes a partir do estudo minucioso de um único episódio, pra lá de emblemático. No caso, ocorrido na virada de 2014 para 2015, dois homens negros foram mortos pela PM de São Paulo. Exceção à regra, desta vez um dos policiais foi dias depois à delegacia contar que havia executado um dos jovens já desarmado e rendido, porque teria ficado com “raiva”. Apesar da confissão, entretanto, o agente foi absolvido. Poliana analisa em detalhes a atuação dos órgãos públicos ao longo do processo – da PM às instâncias superiores do Judiciário, passando pela Polícia Civil, Corregedoria e Ministério Público – para desvendar o funcionamento do que define como a “blindagem institucional da polícia que mata”, uma engrenagem que deixou 6.416 mortos apenas em 2020 (Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública). Mestre e doutoranda em Direito pela Fundação Getúlio Vargas em São Paulo, Poliana é pesquisadora do Grupo de Pesquisa em Criminologia da Universidade do Estado da Bahia, do Núcleo de Estudos sobre o Crime e a Pena e do Núcleo de Justiça Racial e Direito da FGV. Foi pesquisadora visitante na Universidade Católica de Louvain, na Bélgica, e é bolsista da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo e diretora da Plataforma Justa.org.br. *Trilha: Paralamas do Sucesso, “Selvagem” (Bi Ribeiro / Herbert Vianna); e The Clash, “Police & thieves” (Lee Perry e Junior Murvin).
| CRIMES SEXUAIS | Neste programa, o debate foi sobre crimes sexuais, do cuidado com a vítima à investigação do agressor. Participaram Valéria Scarance, promotora de Justiça e coordenadora do Núcleo de Gênero do MPSP; e Mariana da Silva Ferreira, médica legista e sexóloga forense, assistente da diretoria técnica de SP. O “Estamos fazendo direito?” é um podcast produzido pela Escola Superior do MPSP para debater temas de relevância na atualidade, sempre com especialistas nos mais diversos assuntos. O programa é apresentado pela radialista Aline Riera. E aí? Estamos fazendo direito?
Seis anos depois do espectáculo Íris, o coreógrafo Marco da Silva Ferreira e o realizador Jorge Jácome voltam a criar um novo capítulo na relação entre dança e cinema. O espectáculo Siri foi apresentado este mês, dias 1, 2 e 3 de Julho, em Paris no Théatre de la ville. Siri recria um espaço partilhado entre o real e o virtual, onde os corpos dos intérpretes e os suportes tecnológicos se fundem. Uma viagem num universo tecnológico ontem o corpo humano parece ser uma miragem, através de um olhar futurista das nossas sensações. Em palco, 12 robôs contracenam com quatro interpretes numa dança cruzada onde o humano e o tecnológico que misturam.
A Destemporada do CCB apresenta hoje e amanhã Siri - nova criação de Jorge Jácome e Marco da Silva Ferreira; concertos de Mancines, André Henriques, Filipe Sambado e Bernardo Moreira
Há coisas, que só passa uma vez na vida.
Cristina Planas Leitão, Porto (PT), 1983. Holds a BA in Dance Performance from ArtEZ – Hogeschool voor de Kunsten in Arnhem (NL) – 2006. From 2007 to 2012 collaborated with Italian – Dutch based choreographer Gabriella Maiorino and Dansmakers Amsterdam (NL) participating in all her pieces during this period as a performer or rehearsal director. Since then as performed for Isabelle Schad (DE); Flávio Rodrigues / BCN (PT): Vloeistof (NL); Catarina Miranda (PT) and is currently performing in Marco da Silva Ferreira's piece Brother. As rehearsal director she has worked as well for Hofesh Shechter (2012-2014) and Gregory Maqoma (2015) for Companhia Instável. In 2015, she is one of the selected artists to participate in The Porto Sessions – a project drawn and developed by Meg Stuart/ Damaged Goods and Mezzannine. Since 2016 she runs and coordinates Aquecimento Paralelo for Teatro Municipal do Porto and in 2017 she is invited to collaborate with the theater for Festival DDD within the context of the audience mediation team. From September 2018 on she has been appointed executive coordinator of Festival DDD. In 2012, co-creates The very delicious piece with Jasmina Krizaj with more than 30 international performances and nominated for the Gibanica prize, in Slovenia. With this creation they established a long-term collaboration continuing later on in 2014, with the making of The Very Boring Piece. In 2014, engaging on her own authorship, she premiered the solo bear me and in 2016, FM [featuring mortuum] with an extensive national tour. In the same year, with an XL version of The Very Delicious Piece, she was finalist, together with Jasmina Krizaj and a cast of 8 performers at Danse Élargie 2016 – Théâtre de la Ville, Paris. In 2018 she has created a song for the end for the BA Modern Theaterdans of Amsterdam University for the Arts and premiered the new piece UM [unimal].
O programa ‘Em Debate com Ronaldo Sant'Anna', que foi ao ar nesta sexta-feira, 30 de outubro, na Monte Carlo Tubarão, foi um programa especial sobre “O Outubro Rosa e o Novembro Azul”. Participaram os seguintes convidados: Elizabete Correa Araújo e Sarlete da Silva Ferreira, representantes da Rede Feminina do Combate ao Câncer; Mário Caporal, médico.
Festival de Paródias - 2° Ano Professora Daniela.
Aldaiza Sposati, professora doutora da PUC de São Paulo, autora de vários livros sobre políticas sociais no campo de proteção social; David Nelson Araujo Campos, coordenador da Edesp (Escola de Desenvolvimento Social do Estado de São Paulo); e Stela da Silva Ferreira, professora doutora pela PUC de São Paulo e consultora da UNESCO e do PNUD; participam desta edição do Podcast Desenvolvimento Social SP sobre Educação Permanente na Assistência Social. Ouça!
28.12.2019
Football legend 传奇 Eusebio has died of heart failure at the age of 71. Eusebio da Silva Ferreira was the European Footballer of the Year in 1965. He went on to become the top scorer at the 1966 World Cup, scoring 9 goals. He had been admitted to hospital several times over the past year for the treatment of heart and respiratory 呼吸 problems. Chelsea manager and Portugese compatriot Jose Mourinho 穆里尼奥. "One of the greatest footballers of the history of football, especially of player of our generation and older than us. He is at this level – Eusebio 尤西比奥, Charlton 博比·查尔顿爵士, Pele 贝利 - they are at the same level. For Portugal he means more than that." Cristiano Ronaldo, Portugal's captain has also issued a commemoration on Facebook, writing "Always eternal Eusebio, rest in peace." The Portuguese government has declared 宣布 three days of national mourning 举国哀悼, with flags flying at half-staff.