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A convidada do programa Pânico dessa quinta-feira (15) é Paula Camacho.Paula Camacho é formada em Design Gráfico pela Universidade de Belas Artes de São Paulo e construiu grande parte de sua carreira atuando no desenvolvimento de marcas e embalagens, com especial foco em marketing digital e edição de vídeos.O interesse pelo sistema político brasileiro surgiu durante as manifestações de 2013, conhecidas como os protestos dos 20 centavos, despertando nela uma busca contínua por conhecimento na área. Desde então, tem se dedicado ao estudo e à análise do cenário político nacional.Em 2024, lançou o canal Zona de Polêmica no YouTube, um espaço de viés de direita, onde compartilha suas opiniões sobre política com irreverência e descontração.Em 2025, estreou um programa ao vivo no canal da Revista Oeste, o Oeste com Elas que acontece de segunda a sexta feira, das 10h às 12h, junto com Adriana Reid e Marina Helena, que abordam todo tipo de temas, mas principalmente política e economia, com muita descontração.Redes Sociais:Instagram: https://www.instagram.com/zonadepolemicaCanal no YouTube: https://www.youtube.com/@zonadepolemica24
O episódio 19 com a designer e troublemaker Raquel Gomes é um diálogo entre duas feministas sobre educação em design, sobre como se aprende e sobre como se ensina. A conversa reflete sobre o processo que a levou a analisar criticamente os caminhos de educação que percorre, o peso que o feminismo teve nesse estudo e como chegou ao formato final do seu projeto final de mestrado: o workshop Feminist Design Power Tools. Falamos sobre as expectativas e os métodos usados no workshop e sobre as repercussões desse processo. A Raquel cresceu em São Miguel e hoje está sediada em Lisboa. Completou uma licenciatura e um mestrado em Arquitectura, mas foi no Design onde encontrou a sua voz. Em 2022 terminou a licenciatura em Design de Comunicação e tem desde aí praticado design de forma independente ou em colaboração. Em 2025, completou o mestrado também na Faculdade de Belas Artes de Lisboa onde propõe várias POWER TOOLS: para uma pedagogia feminista em design. Episode 19 with designer and troublemaker Raquel Gomes is a dialogue between two feminists about design education, about how we learn and how we teach. The conversation reflects on the process that led her to critically analyze the educational paths she has followed, the importance that feminism had in this study and how she arrived at the final format of her final master's project: the Feminist Design Power Tools workshop. We talked about the expectations and methodolofies used in the workshop and what consequences and conclusions she reached after it. Raquel grew up in São Miguel island and is now based in Lisbon. She completed a degree and a master's degree in Architecture, but it was in Design that she found her voice. In 2022 she graduated in Communication Design and since then she has been practicing design independently or in collaboration. In 2025, Raquel completed her master's degree at the Faculty of Fine Arts in Lisbon, where she proposes a set of 'POWER TOOLS: towards a feminist pedagogy in design'.
Provavelmente já ouviram falar de samba ou de bossa nova. Mas alguma vez ouviram falar de funk brasileiro ? Nascido nas favelas do Rio de Janeiro nos anos 1980, este género musical de ritmo intenso, conhecido por danças sugestivas e letras explícitas, conquistou entretanto as pistas de dança europeias. Há mais de 20 anos que Vincent Rosenblatt, fotógrafo francês radicado no Brasil, documenta esta cultura. Antes de inaugurar duas exposições em Lille e Montpellier, recebeu a RFI no seu atelier no Rio de Janeiro. RFI : Será que pode contar-nos o seu percurso e como acabou por ir morar para o Brasil?Vincent Rosenblatt : Para resumir, começou com o intercâmbio da Escola Nacional Superior das Belas Artes em São Paulo em 1999, e rapidamente eu fui andar para outros cantos do Brasil e acabei ficando nove meses em vez dos três. Voltei no ano seguinte, depois de finalizar o meu diploma da Escola das Belas Artes e, em 2002, voltei e fui para uma residência de artistas onde comecei um projecto que eu tinha escrito, ‘Olhares do Morro', que era um atelier de criação fotográfica no topo do Morro Santa Marta. E a ideia era criar, em 2002, outras narrativas das favelas. Tinha então só a versão policial de uma imprensa bastante hostil, que não dava conta da criatividade que faz a cultura carioca brasileira acontecer. E esse projecto foi a minha primeira paixão brasileira. E o que era para durar três meses durou seis anos com exposições e viagens de jovens fotógrafos.RFI : Então, foi assim que se aproximou da cultura do funk?Vincent Rosenblatt : Então, é engraçado porque na época que eu ia a Santa Marta, no início, eu não me sentia atraído pelo funk, a galera do asfalto [nome que designa a população que não mora em favelas, ndr] mais branca, brasileira, que eu frequentava tinha muitos preconceitos relativamente ao baile, nunca tinham ido, mas achavam que lá aconteciam orgias. Nada disso acontece, mas era o clichê. E em Santa Marta, dia de baile que acontecia na quadra, havia uma fila da juventude branca abastada, uma fila imensa que vinha comprar droga.Então na minha cabeça, no primeiro momento, o baile era associado a uma invasão da favela por consumidores de droga, que vinham tomar droga na favela, em frente aos idosos, às crianças. E aí num primeiro momento eu não queria ir a nenhum baile, só que eu comecei a ouvir as letras. Eu morava em Santa Teresa e o baile do Santo Amaro, naquela época, fazia tremer a casa. Eu estava à janela do outro lado das colinas, eu estava a ouvir tudo e as letras das músicas contavam o que eu testemunhava em Santa Marta também.Entre os meus alunos, jovens fotógrafos, ninguém se interessava pelo baile. Era uma coisa tão comum, que não merecia uma atenção particular. Mas eu comecei a comprar CDs na rua e a impregnar-me das letras, na música. E o desejo de conhecer ficou tão forte que um belo dia eu peguei um táxi em 2005, e fui bater à porta do baile do Rio das Pedras, o Castelo das pedras, que não existe mais. E pedi autorização de fotografar. E, para minha surpresa, fui bem recebido e assim aconteceu uma descoberta geográfica, afectiva de novos territórios -imensos- do Grande Rio. Quando contei todo feliz para os meus amigos jovens músicos da classe média, eles riram-se de mim, falaram, "você é um gringo pervertido que vai à favela para orgias e pegar puta". E eu disse ‘vocês já foram ao baile?' ‘Não, a gente não precisa.' E perdi essas amizades todas.RFI : Levou muito tempo para ser integrado nesses ambientes que são bem diferentes do que a gente pode conhecer em França, por exemplo?Vincent Rosenblatt : Eu diria que não. Existe uma forma brasileira de te fazer tornar parte e não somente um expectador de fora. Então, houve um DJ, o DJ Pernalonga, já falecido, que me viu trabalhar num baile e que me chamou para a sua favela, que era Árvore Seca, no complexo do Lins. Virou o famoso baile da Colômbia, foi um dos bailes mais importantes na primeira década dos anos 2000. E na época não tinha Facebook, não tinha Instagram. Tinha Orkut, primeira rede social que bombou no Brasil.E cada favela e cada baile tinha uma página de fã-clube do baile. Só que não tinha foto, só tinha os flyers. E o Pernalonga, que foi o primeiro empresário de inúmeros MCs do funk carioca, teve essa visão de poder mostrar o baile lotado, bonito, com as pessoas dançando. E aí, as minhas fotos chegaram nessa página do baile Árvore Seca no Orkut e outros DJs, outros produtores de baile, de outras favelas, ao ver isso, começaram a contactar me e a dizer ‘mas venha fazer isso na minha comunidade! Quando é que vem?'RFI : Falando de tempos mais recentes, vemos que o funk tem estado frequentemente no centro de polémicas. Isso continua a verificar-se hoje, já que, por exemplo, em São Paulo, alguns políticos querem aprovar uma lei que restringe os concertos de artistas que, segundo eles, fazem apologia do crime organizado e das drogas. Qual é o seu olhar sobre essa questão?Vincent Rosenblatt : Eu acho que é um remake. ‘Não gostou da notícia, mata o mensageiro'. Então, aonde é que é o limite do bem e do mal ali? Contar o que acontece, fazer a crónica das guerras, conflitos, da favela, pode incitar o outro a matar. ? E o funk amplia o domínio do que pode ser contado, do que pode ser dito, do indizível, coisas que todo mundo sabe e faz, mas só o funk fala, conta. E a fotografia faz também isso, ela amplia o domínio do visível. O que é digno de ser registado? O que é belo? Onde reside a beleza?RFI : Acompanhou o quotidiano de jovens da cidade de New York. E no Brasil, para além do seu trabalho sobre os baile-funk, documentou também o carnaval segredo dos bate-bola das periferias do Rio de Janeiro, e acompanhou ainda as festas de tecnobrega na cidade de Belém, na Amazónia. Percebe-se que no seu trabalho há uma atração constante por temas como a festa, mas também pela atração física, sobretudo entre os jovens. Então, pode falar-nos um pouco mais sobre isso?Vincent Rosenblatt : Na minha fotografia, existe uma constante que é uma busca por uma transcendência, seja um fenómeno atmosférico, explosões e a pirotecnia do que acontece nas festas de aparelhagem, na saída dos bate-bolas, ou seja, na atração dos corpos, onde a gente sai de si para ir encontrar o outro. Eu, tentando entender-me como fotógrafo, olhando por trabalhos que eu fiz ao longo dos anos, muitas vezes seguindo obsessões, onde estão meus gatilhos?O que me faz apertar o botão? Onde é que há uma epifania, onde é que o desejo de fotografar acontece? Então é nesses momentos, onde o espaço-tempo está modificado, onde a paisagem muda. E aí quando duas pessoas se abraçam, dançam juntos, beijam-se, ali também há uma modificação da energia do local. Saímos do nosso universo particular para ir ao encontro de uma outra subjectividade. Na força do desejo, do afecto, algo muda.Vincent Rosenblatt, expõe suas obras fotográficas em Montpellier de 7 a 25 de Maio e depois em Lille, de 21 de Junho a 21 de Setembro.Eis uma pequena amostra:
Adelaide Ginga.Historiadora de arte, curadora e museóloga, assume atualmente a direção do MACAM – Museu de Arte Contemporânea Armando Martins.Licenciou-se em História da Arte pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova deLisboa e obteve o grau de mestre em História Contemporânea pela mesma instituição, como bolseira da FCT. A sua dissertação publicada foi distinguida com o Prémio Vítor de Sá (1999), atribuído pela Universidade do Minho, e com uma Menção Honrosa da Fundação Mário Soares. Posteriormente, concluiu um mestrado em Curadoria e Organização de Exposições na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa e, atualmente, é doutoranda em Arte Contemporânea no Colégio das Artes da Universidade de Coimbra. Iniciou a sua carreira em 2001 como especialista em arte contemporânea no Instituto de Arte Contemporânea do Ministério da Cultura de Portugal. Mais tarde, coordenou o Departamento Internacional do Instituto das Artes, sendo responsável por diversas representações nacionais em eventos como a Bienal de Veneza, a Bienal de São Paulo e a Quadrienal de Praga. Em 2006, foi nomeada Subdiretora do Instituto das Artes de Lisboa. Em 2007, liderou a renovação da Bienal Internacional de Arte e Cultura de São Tomé e Príncipe, desempenhando as funções de Comissária-Geral das suas 5.ª (2008) e 6.ª (2011) edições. Foi curadora do MNAC (Museu Nacional de Arte Contemporânea) de 2008 a 2021. Entre 2012 e 2016, foiprofessora na Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa, onde lecionou a disciplina de Curadoria e Gestão Artística. Em 2016, como bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian, desenvolveu um projeto de investigação internacional em Born Digital/Software-Based Art. É autora de diversosprojetos curatoriais, publicações e ensaios de história da arte, tendo igualmente apresentado conferências e palestras em eventos nacionais e internacionais. Links: https://macam.pt/en https://www.publico.pt/2024/12/30/culturaipsilon/noticia/museu-colecao-arte-armando-martins-inaugurado-marco-2025-2117273 https://www.timeout.pt/lisboa/pt/noticias/macam-visto-por-dentro-entramos-no-museu-mais-aguardado-de-lisboa-060224 https://www.goodreads.com/book/show/23633123-a-aventura-surrealista https://www.linkedin.com/in/adelaide-ginga-432252235?trk=public_profile_samename-profile&originalSubdomain=pt https://www.buala.org/pt/autor/adelaide-ginga https://www.rtp.pt/play/p11558/e841352/destacavel https://www.publico.pt/2025/03/21/culturaipsilon/noticia/macam-museu-coleccao-privada-tera-hotel-pagarlhe-contas-2126943 https://www.timeout.pt/lisboa/pt/noticias/um-bar-numa-capela-um-hotel-e-mais-de-200-obras-de-arte-e-o-macam-e-abre-finalmente-no-sabado-031825 https://lisboasecreta.co/macam-museu-hotel/ Episódio gravado a31.03.2025 Créditos introdução efinal: David Maranha - Flauta e percussão http://www.appleton.pt Mecenas Appleton:HCI / Colecção Maria eArmando Cabral / A2P / MyStory Hotels Apoio:Câmara Municipal de Lisboa Financiamento:República Portuguesa –Cultura / DGArtes – Direcção Geral das Artes © Appleton, todos os direitos reservados
Dayana Lucas nasceu em 1987 em Caracas, Venezuela. Em 2003 mudou-se para a Ponta do Sol (Ilha da Madeira), de onde são provenientes os seus pais, e em 2006 para o Porto onde obteve a licenciatura em Design de Comunicação na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (2006—2010). Reside e trabalha no Porto. Foi co-fundadora da Oficina Arara entre 2010—2017 e colabora desde 2010 com o colectivo SOOPA que se desdobra em diversas áreas: música, teatro, cinema e dança contemporânea.Enquanto artista desenvolve uma pesquisa prática na área do desenho com particular interesse na passagem do desenho para a escultura e o espaço, tendo apresentado o seu trabalho em diversas exposições colectivas no CIAJG, PORTA33, Sesc Pompéia, Pavilhão Branco, Centro de Artes e Arqueologia de Beja, Culturgest, Fundação Eugénio de Almeida, Centro de Artes de Águeda e Galeria Francisco Fino. Apresentou as exposições individuais: "UM" na Wrong Weather Gallery, "Espírito Manual" na Fundação de Serralves, "Pedra em Flor" no Sismógrafo, "Negro Secreto" na Galeria Lehmann + Silva, "Meandro" na Galeria VNBM, "PULSO" na Galeria Jahn und Jahn / Encounter, "Cifra" no CIAJG e “Perder o nome” na Appleton. O seu trabalho integra a Coleção da Fundação de Serralves, Coleção Caixa Geral de Depósitos, Coleção de Arte Contemporânea do Estado, Coleção Municipal de Arte do Porto e diversas coleções privadas. Em 2019 criou a ORINOCO, uma editora de livros e outras edições de artista. Links: https://www.o-r-i-n-o-c-o.com/pt/edicoes/prova-de-vida-dayana-lucas/ https://oficina-arara.pt/category/work/poster/ https://associacaooopsa.wordpress.com/about/ https://www.lehmanncontemporary.com/artist/dayana-lucas/ https://venhaanosaboamorte.com/artista/dayana-lucas/ https://www.ciajg.pt/en/detail-eventos/20230930-dayana-lucas-cifra/ https://www.galeriamunicipaldoporto.pt/pt/programas/outros-programas/visitas-de-estudio/20220208-dayana-lucas/ https://porta33.com/porta33_porto_santo/residencias/content_residencias/dayana-lucas/dayana-lucas.html https://www.serralves.pt/ciclo-serralves/1803-dayana-lucas/ https://www.publico.pt/2011/04/21/culturaipsilon/noticia/dez-anos-a-comer-soopa-283165 https://www.youtube.com/watch?v=2u3L3YC_KnI Episódio gravado a 04.04.2025 Créditos introdução: David Maranha - Flauta e percussão Créditos música final: Kidung · Jessika Kenney · Eyvind Kang The Face of the Earth ℗ 2012 Ideologic Organ http://www.appleton.pt Mecenas Appleton:HCI / Colecção Maria e Armando Cabral / A2P / MyStory Hotels Apoio:Câmara Municipal de Lisboa Financiamento:República Portuguesa – Cultura / DGArtes – Direcção Geral das Artes © Appleton, todos os direitos reservados
Saiba como um cristão pode se tornar produtor de áudio e vídeo. Osmar Guerra traz ótimos ensinamentos sobre os caminhos dessa área e os “acasos” dessa carreira, incluindo as escolhas éticas para diretores, criadores de conteúdo e profissionais de branding content.O TEOmídia Cast é um podcast que também pode ser assistido no serviço de streaming TEOmídia. A cada semana, convidados especiais falam sobre teologia, vida cristã e fé, para a glória de Deus. Para assistir na íntegra acesse TEOmídia.com.Confira também nossas novidades no link da bio, em @teomidia, para edificar-se todos os dias!Osmar Guerra é graduado em Teologia pela Faculdade Teológica Batista de São Paulo e em Comunicação Social (RTV) pela Belas Artes de São Paulo, é mestre em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP. Atualmente, é Diretor de Programas na TV Cultura e professor de Produção Audiovisual, Marketing, Mídia, Branded Content e Produção Multimídia na graduação de Publicidade e RTV da Universidade Santo Amaro. Foi docente no MBA de Gestão em Mídias Sociais da Universidade Metodista de Piracicaba e no Senac. Atuou como Diretor Geral das temporadas 2012 e 2013 do Diário do Olivier, no GNT, com gravações na China, Turquia, África do Sul e Moçambique, além de dirigir documentários da série Cultura Pop Brasileira para o Warner Channel. Possui vasta experiência em produção, roteiro e direção para algumas das maiores emissoras de TV do Brasil, incluindo a TV Record, onde trabalhou em programas como Tudo é Possível, Troca de Família e Programa da Tarde. Também foi produtor musical do Entrevista Record Música, do canal Record News, e diretor de externas de O Melhor do Brasil e do Programa da Sabrina. Como empreendedor, criou a Crash Content, produtora de conteúdo para TV e internet. Atualmente, atua como criativo, produtor e diretor de projetos de publicidade e branded content para clientes como Coca-Cola, GNT, GOL, Delta, Kellogg's, Johnson & Johnson e Bradesco.Este podcast a serviço de Cristo foi apresentado pelo pastor Fernando Hamilton Costa.
Joana P. R. Neves é uma escritora e curadora independente sediada em Londres. Entre 1994 e 1998 obteve a licenciatura em Filosofia em França. Concluiu o mestrado em estudos curatoriais na Universidade de Belas Artes de Lisboa em 2002. Nesse mesmo anos foi nomeada curadora de vídeo no C.A.V. (Coimbra, Portugal), onde trabalhou com Julião Sarmento, Maria Lusitano e Gabriel Orozco, entre outros.Entre 2003 e 2014 trabalhou como diretora das galerias comerciais Chantal Crousel, scleicher+lange (Paris, França), e ajudou a lançar a Marlborough Contemporary, (Londres, Reino Unido). Entre 2015 e 2020, fez o seu doutoramento em História da Arte na Kingston University intitulado: “Seguindo a Linha Indexical, Etienne-Jules Marey, Douglas Huebler, Sol LeWitt.” enquanto desenvolvia um trabalho de pesquisa paralelo sobre a obra da artista alemã sediada em Milão, Irma Blank. Esta investigação deu origem à co-curadoria, entre 2019 e 2023, da exposição itinerante BLANK, (Culturgest Lisboa, MAMCO Genève, CAPC Bordeaux, CCA Tel Aviv, ICA Milano, Museu Villa dei Cedri, Bellinzona, Bombas Gens Valencia) e para a qual co-editou o catálogo homónimo (Koenig Books). Como curadora independente, trabalha para museus e galerias; a sua mais recente exposição colectiva, “Our Ancestors Bloom” Overground, teve lugar na galeria Patrick Heide (Londres).É Diretora Artística da Feira de Arte DRAWING NOW desde 2018, e co-lançou o projeto de residências e exposições Worlding em Elephant and Castle, Londres, em dezembro de 2020. Tem colaborado regularmente em publicações e catálogos de arte contemporânea.As suas publicações recentes incluem “As One takes one's pulse”, “The Technology of Asemantic Writing”, Centre d'art de Genève (2019); “Unskilled Beauty or Ugly Truth?” (Drawing, Research, Theory Practice, 2020), entre outros.Joana P. R. Neves está atualmente a trabalhar no seu primeiro livro, The Female Drawing Machines”, sobre o desenho como tecnologia a partir de uma perspetiva feminista (2026, Bloomsbury). Lançou o podcast Exhibitionistas em janeiro de 2024, onde falam sobre exposições individuais como forma de explorar o corpo de trabalho de um artista. Links: https://exhibitionistaspodcast.com/https://worldingproject.com/ https://maat.pt/en/news/ten-exhibitions-see-maat-2025 https://www.fondation-pernod-ricard.com/en/person/joana-neves https://www.cnap.fr/la-m%C3%A9thode-graphique-et-autres-lignes https://mrac.laregion.fr/IMG/mrac_documents/5/dossier_presse/DP-Plateforme-Roven.pdf http://offshore-revue.fr/site/drawing-room-016-salon-du-dessin-contemporain-la-panacee-montpellier/ https://www.culturgest.pt/pt/informacoes/livraria/irma-blank-blank/ https://www.drawingnowparis.com/le-salon/le-comite-de-selection/ https://www.drawingnowparis.com/ https://www.drawinglabparis.com/en/expositions/drawing-power-children-of-compost/ https://www.drawingnowparis.com/evenements/ https://www.drawinglabparis.com/le-prisme-du-feminin-machine-ovocytes-fils-potions/ https://www.beauxarts.com/expos/drawing-now-art-fair-celebre-le-dessin-contemporain-au-carreau-du-temple/ Episódio gravado a 07.02.2025 Créditos introdução: David Maranha - Flauta e percussão Créditos música final: Water · Johnny Flynn and Laura Marling · Letra Johnny Flynn · Produção Ryan Hadlock http://www.appleton.pt Mecenas Appleton:HCI / Colecção Maria e Armando Cabral / A2P / MyStory Hotels Apoio:Câmara Municipal de Lisboa Financiamento:República Portuguesa – Cultura / DGArtes – Direcção Geral das Artes © Appleton, todos os direitos reservados
Nesta edição do podcast cinematório café, nós analisamos os três filmes que faltavam na nossa cobertura do Oscar 2025: "O Reformatório Nickel", de RaMell Ross, "O Brutalista", de Brady Corbet, e "Um Completo Desconhecido", de James Mangold. - Visite a página do podcast no site e confira material extra sobre o tema do episódio - Junte-se ao Cineclube Cinematório e tenha acesso a conteúdo exclusivo de cinema "O Reformatório Nickel" (Nickel Boys) é baseado no livro de Colson Whitehead, vencedor do Pulitzer, e narra a poderosa história de amizade entre dois jovens negros que passam juntos pelas angustiantes provações de um reformatório juvenil na Flórida, nos anos 1960. Indicado ao Oscar de Melhor Filme e de Melhor Roteiro Adaptado, o longa-metragem chama a atenção por sua história impactante e pela direção habilidosa, com planos feitos em ponto de vista de primeira pessoa. "O Brutalista" se tornou o segundo filme com mais prêmios no Oscar 2025, perdendo apenas para "Anora". Venceu as estatuetas de Melhor Ator, para Adrien Brody, Melhor Fotografia (assinada por Lol Crawley) e Melhor Trilha Sonora Original (para o compositor Daniel Blumberg). Filmado em 70mm, com VistaVision, o longa acompanha a jornada do arquiteto húngaro László Toth, que sai da Europa no pós-guerra para reconstruir sua vida nos Estados Unidos, onde encontra uma série de dificuldades pessoais e profissionais. O elenco também conta com Guy Pearce e Felicity Jones, ambos indicados ao Oscar como coadjuvantes. Encerramos com "Um Completo Desconhecido", cinebiografia do músico Bob Dylan, com recorte nos primeiros anos de sua carreira. Timothée Chalamet interpreta Dylan na influente cena musical de Nova York do início dos anos 1960, quando iniciou o relacionamento com Sylvie Russo (Elle Fanning) e conviveu com artistas como Pete Seeger (Edward Norton), Joan Baez (Monica Barbaro), Woody Guthrie (Scoot McNairy) e Johnny Cash (Boyd Holbrook). O filme concorreu a oito estatuetas no Oscar 2025: Melhor Filme, Direção, Roteiro Adaptado, Ator (Chalamet), Ator Coadjuvante (Norton), Atriz Coadjuvante (Barbaro), Som e Figurino. Sentam-se à mesa conosco neste podcast para discutir "Emilia Pérez" e "Wicked": - Ana Lúcia Andrade, professora de Cinema da Escola de Belas Artes da UFMG, autora dos livros "O Filme Dentro do Filme: a Metalinguagem no Cinema" e "Entretenimento Inteligente: O Cinema de Billy Wilder"; - Larissa Vasconcelos, jornalista, crítica e redatora do cinematório. O cinematório café é produzido e apresentado por Renato Silveira e Kel Gomes. A cada episódio, nós propomos um debate em torno de filmes recém-lançados e temas relacionados ao cinema, sempre em um clima de descontração e buscando refletir sobre imagens presentes no nosso dia a dia. Quer mandar um e-mail? Escreva seu recado e envie para contato@cinematorio.com.br.
"Antes eu acreditava em uma só espécie: a minha. Mas me decepcionei ao descobrir que somos atrozes, violentos, horríveis, que estamos nos destruindo e a nosso planeta. Descobri também que faço parte de um universo enorme de espécies, e que se a minha desaparecer, não há problema". A frase é do fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado, homenageado desde o dia 1° de março com uma grande retrospectiva com 166 de suas obras no centro cultural Les Franciscaines, em Deauville, na França. "Descobri que sou parte de tudo isso", insistia Sebastião Salgado, 81 anos, na abertura da grande exposição Sebastião Salgado: Obras da Coleção da MEP, que homenageia não apenas suas séries icônicas de fotografias em preto e branco, mas também sua vida e seu olhar às vezes terno, às vezes dramático, e muitas vezes crítico sobre o mundo. O evento destaca um trabalho de mais de 40 anos percorrendo os quatro cantos do planeta, que resultou em trabalhos como "Exôdos" (1993-2000), sobre as grandes migrações humanas, "Gênesis" (2004-2011), sobre a natureza intocada do planeta, ou "A Mão do Homem" (1986-1992), sobre os trabalhadores, a precarização do trabalho artesanal e as grandes transformações do mundo industrial.A retrospectiva, que faz parte do calendário de comemorações oficiais do ano do Brasil na França, conta com a parceria da Maison Européenne de la Photographie (MEP), entidade que apoiou o fotógrafo brasileiro desde o início de sua carreira, quando trocou a formação de economista em Londres pelas lentes que imortalizariam grandes momentos da humanidade, dos animais e da natureza."Não sou um ser que domina o que está em volta, eu sou parte de tudo isso, dos minerais, dos vegetais", diz, Salgado, quando perguntado sobre o que aprendeu ao realizar a série "Gênesis", que ele afirma ter "reacendido sua esperança na vida e no planeta"."Todos os minerais têm uma inteligência inacreditável, assim como os vegetais. Uma vez fotografei uma árvore na Serra Nevada, nos Estados Unidos. Ela tinha sido parcialmente queimada, e cientistas que me acompanhavam me disseram que ela havia sido tocada pelo fogo de um determinado lado há mais de 1.500 anos. Incrível. Para ficar frente a um ser como esse é necessário muito respeito, e tempo para compreendê-lo, e para que ele possa compreender você também. Para que possamos fotografar a dignidade presente nesta árvore", argumentou um Sebastião Salgado emocionado, mas incansável durante a sequência de perguntas da imprensa internacional. "Não estou 100%"Integrante da Academia de Belas Artes da França desde 2017 e premiado pela Organização Mundial de Fotografia, em Londres, o fotógrafo surpreendeu o público presente no centro cultural Les Franciscaines, em Deauville, na região da Normandia, no norte da França, com um tom emocionado, pedindo "antes de tudo desculpas" e dizendo que não estava "100%". "Fui internado na semana passada num hospital em São Paulo para continuar um tratamento e volto na semana que vem para lá. É uma doença bem forte que eu adquiri há cerca de 15 anos trabalhando no projeto 'Gênesis', na Nova Guiné. Eu peguei malária e os médicos em Paris, no [tradicional hospital] Salpêtrière, me disseram que eu deveria descansar durante seis meses, porque a doença ataca o corpo inteiro, mas eu tive que desligar porque já estava no platô do Colorado", contou Salgado em francês, fazendo a audiência rir."Eu não pude interromper a excursão fotográfica, mas quando voltei a Paris, minha defesa imunológica despencou e eu desenvolvi uma infecção generalizada, tomando doses cavalares de antibiótico. Minha máquina de produzir glóbulos brancos e vermelhos se danificou para sempre. É uma espécie de câncer que adquiri, sou tratado por oncologistas", revelou. "Tomo medicamentos há 15 anos e isso ajuda um pouco, fiz toda a série na Amazônia assim, mas há duas semanas meu corpo começou a rejeitar o remédio e eu tive uma hemorragia no baço. Me desculpem, eu não estou nem com 50% da minha energia", disse Salgado, em meio a aplausos da plateia. O privilégio "enorme" de "estar vivo"Sebastião Salgado chegou a chorar ao lembrar de seus périplos pelo planeta, na abertura do evento, e ao celebrar colegas mortos durante sua trajetória. "O dia mais feliz da minha vida foi quando completei 80 anos... Simplesmente porque eu estava aqui. Eu não estava morto. Quantos amigos perdi, éramos todos amigos durante quatro anos em Goma [,na República Democrática do Congo], quatro fotógrafos foram assassinados, eu estava lá. Então para mim, estar vivo com 80 anos, é um privilégio enorme", confessou.Durante a coletiva, Salgado falou durante 25 minutos sobre suas experiências nos quatro cantos do globo. "Eu tive o privilégio de ir a esses lugares. Algumas vezes as pessoas me dizem que sou um artista, eu digo que não, que sou um fotógrafo. Porque vamos sozinhos a todas essas regiões do mundo, face a todos os problemas que vocês possam imaginar, todos os desafios, e temos dúvidas, questões éticas, de legitimidade, de segurança, e somos nós, fotógrafos, que devemos encontrar respostas para essas perguntas", testemunhou. O fotógrafo lembrou de quando perdeu parte da audição no Kuwait. "Foi quando houve a explosão em quase seiscentos poços de petróleo. Eu estava num barco, fotografando uma história para The New York Times. Eu me lembro que as tropas norte-americanas estavam lá, era a guerra contra Saddam Hussein. Foi um momento terrível e sublime da minha vida", destacou. "Terrível porque foi a maior poluição já vista, tinha dias que não víamos o sol. Era tão surpreendente, porque num determinado momento batia um vento, conseguíamos ver entre as nuvens e podíamos finalmente ver um raio de sol", contou. "Eram homens para mim heróicos aqueles que entravam no fogo do petróleo que tentavam tapar os poços. Havia um medo enorme de ser queimado vivo e o barulho que esses poços produziam era como trabalhar atrás da turbina de um avião", lembrou. "Quando fui embora do Kuwait, havia perdido mais da metade da minha audição", relatou Salgado.A "mão do homem" e as belezas intocadas do planetaA retrospectiva dos trabalhos em preto e branco do fotógrafo brasileiro na França resgata desde suas primeiras reportagens sobre os danos causados pela seca e pela fome na África (1984-1985), até seu trabalho sobre a condição dos trabalhadores imigrantes na Europa, passando na série "Outras Américas" (1977-1984), onde ele revisita a América Latina, com uma visão humanista e universal.Na sequência, a exposição mostra registros captados no final da década de 1980, quando Sebastião Salgado começa a trabalhar seus grandes murais fotográficos. "A Mão do Homem" (1986-1992) é uma homenagem ao trabalho manual e à condição humana. "Eu estudei geopolítica, antropologia, vi que nós estávamos chegando ao fim da primeira grande revolução industrial e que as máquinas inteligentes estavam substituindo o proletariado em toda linha de produção, que os robôs estavam substituindo o homem", declarou em entrevista à RFI em Deauville. "Eu resolvi fazer um retrato da classe trabalhadora antes que ela desaparecesse, e fiz. Minha formação [em economia com ênfase social] me permitiu ver o momento histórico que eu estava vivendo e fotografando", sublinhou."Mas eu pude ver que uma outra maior revolução estava acontecendo. Que o fato da gente estar terminando um tipo de indústria nessa parte sofisticada do planeta, não significava que ela estava acabando, mas se transferindo para a China, para o Brasil, a Indonésia, o México, esses grandes países em território e população. Trabalho barato, mão de obra barata", atestou Salgado.Com "Êxodos" (1993-2000), Salgado documenta os grandes movimentos populacionais ao redor do mundo, relacionados aos conflitos e à pobreza resultante das transformações econômicas que abalam a nossa época. "Eu fui atrás dessa reorganização da família humana que estava acontecendo no mundo. Durante seis anos eu fotografei o que se transformou no livro "Êxodos". "Então essa minha herança visual, histórica, essa minha formação que permitiu me situar. Não que eu seja um militante, não que eu quis fazer coisas diferentes dos outros, mas o que eu fiz, eu fiz com uma certa coerência política", definiu Salgado à RFI.Por fim, "Gênesis" (2004-2012), fruto de oito anos de expedições épicas pelos quatro cantos do globo, mostra a beleza de nosso planeta e permite descobrir paisagens, animais e seres humanos que até então haviam escapado à pressão do mundo contemporâneo. "Cerca de 47% do planeta Terra continua intacto", sublinhou o fotógrafo, feroz opositor ao acordo bilateral entre a União Europeia e o Mercosul. "A Europa quer nos vender produtos industrializados a baixo custo em troca de insumos agrícolas baratos, mas sabemos que as terras cultiváveis que restam no Brasil são indígenas, e deveriam ser preservadas", martelou.O inferno do genocídio em Ruanda"Foi a coisa mais dura que eu vivi na minha vida", disse Sebastião Salgado sobre o genocídio em Ruanda, entre abril e julho de 1994, quando aproximadamente quase 1 milhão de pessoas, a maioria da etnia tutsi, foram brutalmente assassinadas por extremistas hutus. "Não era fácil chegar num campo de refugiados e ver morrer por dia cerca de 20 mil pessoas, com um grande trator que escavava buracos enormes no chão para depositar os cadáveres. Era tão insuportável que cheguei a ficar doente", relatou.Consultado pelo médico indicado por Cartier-Bresson, amigo da família, Salgado conta que o especialista disse que seu corpo "estava perfeito" e que "ele estava morrendo em Ruanda". "Foi quando fomos como Lélia [Wanick Salgado, esposa e parceira do fotógrafo] e os meninos para Trancoso, na Bahia onde alugamos uma casa. Nesse momento, meus pais decidiram nos doar a fazenda onde nasci. Foi quando eu tomei a decisão de abandonar a fotografia. Eu tinha vergonha de ser fotógrafo, porque até então eu havia fotografado apenas uma espécie, a nossa. Então tomei a decisão com a Lélia de me tornar fazendeiro. Começamos a plantar, mas uma enorme chuva destruiu um morro que meu pai havia feito no terreno, matando um riacho onde eu nadava na infância. Lélia me disse então: 'vamos abandonar tudo, vamos pegar essa terra e replantar a floresta", lembra, rememorando as origens do Instituto Terra, que já restaurou cerca de 709 hectares de Mata Atlântica e plantou mais de 2,7 milhões de árvores nativas no Vale do Rio Doce, em Minas Gerais."Céus dramáticos de Minas Gerais""Se você colocar 300 fotógrafos em um evento, você vai ter 300 fotografias diferentes, porque você só fotografa com a sua herança, com tudo que está dentro de você. As minhas fotografias têm séries, céus dramáticos, carregados. Isso vem de onde eu nasci, vem da chegada da época de chuva naquelas montanhas de Minas Gerais que meu pai me levava para ver... no pico mais alto da nossa fazenda, pra se chegar àquelas nuvens incríveis, para ver o raio de sol passar através dessas nuvens, ver a chuva. Então aquelas imagens ficaram em mim", diz o fotógrafo."Memória da sociedade""Cada vez que você aperta no botãozinho da câmera e faz uma imagem, você faz um corte representativo do planeta naquele momento, e você só o faz naquele momento. Precisa ter a realidade em frente para essa imagem existir, para ela ser vista como fotografia, senão ela vai ser vista como um objeto criado como um artistismo, mas não como fotografia. Fotografia é a memória da sociedade" rebate o fotógrafo."Fotografia é a memória, e a memória tem que existir. E a memória só pode ser feita através da realidade. Uma ficção não pode criar memória, então eu acho que a fotografia jamais perderá sua função", insiste. "Eu não estou querendo tirar o lugar da inteligência artificial. Eu acho que ela vai fazer coisas fantásticas, talvez até melhor do que a gente. Com a nossa inteligência normal o que nós fizemos foi destruir o planeta, fizemos guerra, fizemos violência. Talvez uma inteligência artificial seja realmente inteligente para levar a gente em outra direção", diz."Eu não sou contra a inteligência artificial, mas fotografia mesmo, só é fotografia. Quando você pega a fotografia que você faz no telefone celular, isso não é fotografia. Isso é uma linguagem de comunicação por imagem, mas que não tem nada a ver com a memória", ressalta. "Eu acho que o inteligência artificial não vai mudar absolutamente nada na fotografia porque a inteligência artificial só pode criar a partir do que já existe. Pode imaginar, transformar, mas a fotografia é outra coisa", conclui Salgado.A retrospectiva Sebastião Salgado: Obras da Coleção da MEP fica em cartaz no centro cultural Les Franciscaines, em Deauville, até o dia 1° de junho de 2025.
Nesta edição do podcast cinematório café, nós analisamos os filmes "Emilia Pérez", de Jacques Audiard, e "Wicked", de John M. Chu, dois musicais que concorrem ao Oscar 2025. - Visite a página do podcast no site e confira material extra sobre o tema do episódio - Junte-se ao Cineclube Cinematório e tenha acesso a conteúdo exclusivo de cinema Escrito e dirigido Jacques Audiard ("Ferrugem e Osso"), "Emilia Pérez" se passa no México, nos dias atuais, quando a advogada Rita recebe uma oferta inesperada. Ela precisa ajudar um temido chefe de cartel a se aposentar de seus negócios e desaparecer para sempre, tornando-se a mulher que ele sempre sonhou ser. No Festival de Cannes, o filme ganhou o Prêmio do Júri e o Prêmio de Melhor Atriz, divido entre Karla Sofía Gascón, Zoe Saldaña e Selena Gomez. No Oscar 2025, o longa recebeu 13 indicações: Melhor Filme, Filme Internacional, Direção, Roteiro Adaptado, Atriz (Karla Sofía Gascón, primeira mulher trans indicada nesta categoria), Atriz Coadjuvante (Zoe Saldaña), Fotografia, Montagem, Som, Maquiagem e Penteado, Trilha Sonora Original e Canção Original (para "El Mal" e "Mi Camino"). "Wicked" é dirigido por John M. Chu ("Podres de Ricos") e baseado no famoso musical da Broadway, por sua vez adaptado do livro de Gregory Maguire. Situado no universo do clássico "O Mágico de Oz", o filme é estrelado por Cynthia Erivo como Elphaba, uma jovem incompreendida por causa de sua pele verde incomum, que ainda não descobriu seu verdadeiro poder; e Ariana Grande como Glinda, uma jovem popular e ambiciosa, nascida em berço de ouro, que só quer garantir seus privilégios e ainda não conhece a sua verdadeira alma. No Oscar 2025, "Wicked" recebeu 10 indicações: Melhor Filme, Atriz (Cynthia Erivo), Atriz Coadjuvante (Ariana Grande), Montagem, Direção de Arte, Figurino, Maquiagem e Penteado, Efeitos Visuais, Som e Trilha Sonora Original. Sentam-se à mesa conosco neste podcast para discutir "Emilia Pérez" e "Wicked": - Ana Lúcia Andrade, professora de Cinema da Escola de Belas Artes da UFMG, autora dos livros "O Filme Dentro do Filme: a Metalinguagem no Cinema" e "Entretenimento Inteligente: O Cinema de Billy Wilder"; - Renné França, professor, crítico, diretor do filme “Terra e Luz”, autor do curso Cinema de Ação e do livro “Cine Killer“; - Larissa Vasconcelos, jornalista, crítica e redatora do cinematório. O cinematório café é produzido e apresentado por Renato Silveira e Kel Gomes. A cada episódio, nós propomos um debate em torno de filmes recém-lançados e temas relacionados ao cinema, sempre em um clima de descontração e buscando refletir sobre imagens presentes no nosso dia a dia. Quer mandar um e-mail? Escreva seu recado e envie para contato@cinematorio.com.br.
Quando a arquitetura brasileira foi pop pela primeira vez no mundo. Dê o play para ouvir a história do grupo carioca que usou curvas, arte brasileira e concreto armado para renovar a arquitetura moderna.SIGA >>> https://www.instagram.com/arquiteturaobjetiva/FOTO DE CAPA: Casa do Baile, Pampulha, Oscar Niemeyer, 1942 | Fonte: Catálogo da Exposição Brazil Builds - MoMA.REFERÊNCIAS:CAMARGO, Mônica Junqueira de. Escola Paulista, Escola Carioca. Algumas considerações. In: Seminário Docomomo Brasil, 13, 2019, Salvador. CAVALCANTE, Julia. Da discência à docência. Arquitetos modernos na Escola Nacional de Belas Artes. Arquitextos, São Paulo, ano 21, n. 250.01, Vitruvius, mar. 2021 https://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/21.250/8014. ESCOLA Carioca. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2025. Disponível em: http://enciclopedia.itaucultural.org.br/termos/80204-escola-carioca. Acesso em: 21 de fevereiro de 2025. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7 PEIXOTO, Marta Silveira. Sistemas de proteção de fachada na escola carioca de 1935 a 1955. Arqtexto. Porto Alegre. N. 2 (2002), p. 122-137, 2002. VASCONCELLOS, Juliano Caldas de. Concreto armado Arquitetura Moderna Escola Carioca: levantamentos e notas. 2004.
Recebemos Priscila Soares no episódio 156 do podcast Outra Visão, que fala sobre sua carreira como artista plástica nos Estados Unidos, com trabalhos belíssimos que representam pessoas com perda auditiva.Em nossa boa conversa, ela explica como sua arte evoluiu para incluir diferentes tipos de aparelhos auditivos nas obras e como descobriu sua missão de ser a maior artista a representar pessoas com perda auditiva no mundo.My Lucky EarsPriscila Soares é uma talentosa artista plástica, ilustradora, designer, escultora, pintora, fotógrafa e desenhista. Formada em Educação Artística pela Faculdade de Belas Artes, em São Paulo, e em edição de vídeo pela Academy of Art University, em San Francisco, Califórnia, há quase 30 anos ela vive nos Estados Unidos. Atualmente, mora na charmosa cidade de Vallejo, na região da Baía de São Francisco.Aos 17 anos de idade, Priscila perdeu completamente a audição do ouvido direito. Aos 22 anos, já mãe do primeiro filho, ela descobriu que corria o risco de perder a audição também do ouvido esquerdo e passou a utilizar aparelho auditivo. Pouco tempo depois, quando nasceu seu segundo filho, ela descobriu que o seu bebê era surdo.A sua perda auditiva, seu talento artístico, a vivência e os aprendizados sobre a surdez, acompanhando seu filho mais novo, foram a inspiração para a criação do My Lucky Ears, que hoje é o seu negócio principal, com site, e-commerce e trabalhos maravilhosos, com grande repercussão nos Estados Unidos, Canadá e Austrália.Priscila menciona seu sucesso em vender suas obras para audiologistas e sua próxima participação na maior convenção nacional de audiologistas nos Estados Unidos, em New Orleans, seguida por uma convenção na Austrália, em abril.Para todo o mundoDurante nossa conversa, Priscila revela seus esforços para expandir seu trabalho artístico no Brasil e internacionalmente, incluindo a criação de uma loja online com produtos mais acessíveis para o público brasileiro. Priscila também enfatiza a importância de tratar a arte como um empreendimento criativo, destacando a necessidade de disciplina e a busca por financiamento para projetos artísticos.Ela falou sobre sua exposição recente, realizada na Califórnia, que incluiu a criação de uma escultura de papel machê em tamanho real chamada Machella, cujas imagens da produção viralizaram no TikTok. Boa conversaPriscila também fala sobre seu estúdio no Mare Island Art Studios, um espaço compartilhado por artistas em um antigo armazém da Marinha norte-americana, na Baía de São Francisco. Ela encerra a conversa incentivando as pessoas a seguirem seus corações e a aceitarem quem são.Fica meu convite para você acompanhar o episódio 156 e conhecer a linda trajetória artística e de vida da Priscila Soares.Entrevista realizada dia 5 de fevereiro de 2025.Texto: Paulo CunhaLINKS - Priscila SoaresInstagram - https://www.instagram.com/myluckyears/ https://www.colab55.com/@artespri https://myluckyears.com/ https://www.priscilasoares.com/ https://www.priscilasoares.com/art-for-audiologists https://podcastoutravisao.com/2020/11/25/priscila-soares-35/ VIDEO - https://www.youtube.com/watch?v=M1K4A3fpF-k YOUTUBE - https://www.youtube.com/@myluckyears EP35 - https://podcastoutravisao.com/2020/11/25/priscila-soares-35/
Mineiro de Pouso Alegre, graduado em Belas Artes e Dramaturgia, especialista em FECA (Fundamentos Estruturais da Composição Artística), Commedia Dell'Arte e Treinamento de Atores com Máscara. Atuou no Teatro Tascabile di Bergamo com Renzo Vescovi 1987/89, na Companhia Teatrais Folias Andracômicas 1989/91, dedicou-se ao teatro até 2007 com várias montagens de peças de sua autoria. Como escritor romancista e contista publicou entre outros BOFETADA E ÊXTASE (editora Autografia, 2019), ABRAÇOS AUSENTES (editora Letraria, 2020), MENINOS SUSPENSOS (editora Patuá, 2023) e HISTÓRIA DE H. (editora Patuá, 2024). Atualmente recluso em uma chácara na Figueira Branca de Campo Limpo Paulista/SP dedica seus dias apenas à Literatura. 40 anos como artista profissional e 62 anos de idade.=
Nesta edição do podcast cinematório café, nós analisamos os filmes "Anora", de Sean Baker, e "Conclave", de Edward Berger, dois favoritos na corrida do Oscar 2025. - Visite a página do podcast no site e confira material extra sobre o tema do episódio - Junte-se ao Cineclube Cinematório e tenha acesso a conteúdo exclusivo de cinema Escrito, dirigido e montado por Sean Baker ("Projeto Flórida"), "Anora" acompanha uma profissional do sexo do Brooklyn que conhece e se casa com o filho de um oligarca. Assim que a notícia chega à Rússia, seu conto de fadas é ameaçado quando os pais de seu marido partem para Nova York para anular o casamento. O filme ganhou a Palma de Ouro e concorre no Oscar 2025 a seis estatuetas: Melhor Filme, Direção, Roteiro Original, Montagem, Atriz (Mikey Madison) e Ator Coadjuvante (Yura Borisov). Em "Conclave", dirigido por Edward Berger ("Nada de Novo no Front"), após a morte inesperada do atual pontífice, o Cardeal Lawrence é encarregado de conduzir processo confidencial de escolha de um novo Papa. Os líderes mais poderosos da Igreja Católica de todo o mundo se reúnem nos corredores do Vaticano para participar da seleção, cada um com suas próprias ambições. Lawrence se vê no centro de uma conspiração, desvendando segredos que ameaçam não apenas sua fé, mas também as fundações da Igreja. Estrelando Ralph Fiennes, Stanley Tucci e John Lithgow, o filme foi indicado ao Oscar em 8 categorias: Melhor Filme, Roteiro Adaptado, Montagem, Ator (Ralph Fiennes), Atriz Coadjuvante (Isabella Rossellini), Trilha Sonora Original, Direção de Arte e Figurino. Sentam-se à mesa conosco neste podcast para discutir "Anora" e "Conclave": - Ana Lúcia Andrade, professora de Cinema da Escola de Belas Artes da UFMG, autora dos livros "O Filme Dentro do Filme: a Metalinguagem no Cinema" e "Entretenimento Inteligente: O Cinema de Billy Wilder"; - Renné França, professor, crítico, diretor do filme “Terra e Luz”, autor do curso Cinema de Ação e do livro “Cine Killer“; - Larissa Vasconcelos, jornalista, crítica e redatora do cinematório. O cinematório café é produzido e apresentado por Renato Silveira e Kel Gomes. A cada episódio, nós propomos um debate em torno de filmes recém-lançados e temas relacionados ao cinema, sempre em um clima de descontração e buscando refletir sobre imagens presentes no nosso dia a dia. Quer mandar um e-mail? Escreva seu recado e envie para contato@cinematorio.com.br.
Talvez o homem seja esse animal trágico condenado a gerar os predadores que acabarão por lhe dar caça e levá-lo a uma submissão permanente ou, até, à extinção. Mas antes de dar forma a uma razão exterior, fomo-nos desprotegendo, expandindo o elemento sacrificial e degradante dos mais fracos pelos mais fortes, até nos condicionarmos a uma existência em que cada homem é o seu próprio inimigo, deixando-se inocular de um vírus que o destrói a partir de dentro. Pensemos como vivemos presos às imagens, dominados e sem nos podermos libertar do fascínio que estas exercem sobre nós, de tal modo que sacrificámos a nossa linguagem a elas. Num excerto da Imitação de Cristo, de Tomás de Kempis, pode ler-se isto: “Lembra-te amiúde do que diz o Eclesiastes: ‘o olho não se farta de ver nem o ouvido de ouvir'. Procura, pois, desprender o teu coração das coisas visíveis e afeiçoá-lo às invisíveis, porque os olhos que se entregam à sensualidade mancham a consciência e perdem a graça de Deus.” Vivemos encerrados, manietados por fantasias cada vez mais espúrias, delirando à beira da inconsciência, e até de forma cada vez mais ignara, sem nem nos sujeitarmos à inspiração e aos desafios que os antigos colocavam tentando alcançar e preencher o último horizonte, essa “orla mítica do mundo”. Cada vez mais inábeis na hora de nos lançarmos naquela exploração de que só uma imaginação treinada para tarefas de batedora dos mais ermos e improváveis terrenos é capaz, ficámos sujeitos a essa forma de câmbio da realidade pelas imagens, incapazes de recuperar uma experiência desta que produza um verdadeiro abalo dos sentidos e da inteligência. Num dos seus ensaios, Wagner lembrava como “nos vastos espaços do anfiteatro grego era a totalidade do povo que participava nas representações. Pelo contrário, nos nossos mais distintos teatros preguiçam apenas os ricos. Os Gregos iam buscar os materiais da sua arte aos produtos mais elevados da cultura comunitária. (…) O embotamento típico da educação contemporânea, na maior parte dos casos meramente orientada na perspectiva do lucro industrial, dá-nos uma satisfação idiota e simultaneamente orgulhosa da nossa inaptidão artística e ensina-nos a procurar os objectos da experiência estética fora de nós, aproximadamente com o mesmo tipo de desejo com que o depravado procura junto de uma prostituta um fugaz prazer amoroso.” Nos nossos dias, fomos abdicando da dificuldade e dos processos de enamoramento e sedução, desistindo desses aspectos de recriação a partir dos quais se funda uma identidade autónoma, sempre em relação com o outro, e traímos a busca do prazer por esse substituto mais certo que é a descarga de adrenalina. Formamo-nos como seres ansiosos, capturados por uma condição generalizada de anestesia na sequência de uma tensão contínua, e o remédio para todas as nossas crises passa por aumentar a dose desta realidade de substituição, acelerar o ritmo, intensificar os estímulos e o efeito de estimulação do sistema nervoso. Estamos sempre ligados, mas num presente que se arreda da vida, consumindo a própria ausência, sequências de imagens fugitivas, um mundo impossível de tocar ou saborear, e nos raros momentos em que nos afastamos, entramos numa espécie de ressaca que torna a realidade que não desapareceu nem foi devastada entretanto ainda mais desagradável para esses sentidos atrofiados pelos fluxos de neuro-estimulação. Uma verdadeira revolução hoje teria de começar por um corte geral dos sistemas de enervação, de modo a que a emoção de sentir um corpo próximo pudesse fazer-nos superar essas inibições que estão a gerar indivíduos cada vez mais isolados e indiferentes. Um dos mistérios mais cativantes do conhecimento que fazemos da realidade, e de que todos os grandes poetas em algum momento se dão conta, foi expresso por Heidegger quando notou que, quanto mais conhecidas se lhes tornam as coisas cognoscíveis, mais estranhas são e permanecem para eles. É como se o mundo preservasse o seu fascínio não admitindo a posse, mas instigando um elemento de errância, de busca incessante. A certa altura, as letras do mundo tornam-se etéreas, essas serifas de mármore, sólidas hastes erguidas nas rochas e postas nos ápices, e que ascendem como as colunas na história… Assim, da mesma forma como nos debruçamos tentando traduzir relevos antigos, também a carne pode beneficiar da mesma atenção minuciosa, fazendo de nós seres que empurram e se descobrem e transformam por meio de uma afeição delirante. Neste episódio, vamo-nos deter sobre as transformações que se têm operado ao nível da biopolítica e que têm constituído a mais severa ameaça que as democracias modernas alguma vez enfrentaram. Seguindo o diagnóstico da mutação antropológica que se tem operado a nível cognitivo, vamos procurar perceber como as imagens são as armas às quais temos vindo a sucumbir. Para nos guiar e expandir a perspectiva crítica sobre a degradação dos nossos contactos e percepções, Carlos Vidal juntou-se a nós. Artista, crítico e professor na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, tem uma extensa obra teórica que se detêm sobre a falibilidade da visão e tudo aquilo que faz de nós vítimas tão voluntárias das “aparições” espectaculares.
Nesta edição do podcast cinematório café, nós analisamos o filme "Nosferatu" (2024), de Robert Eggers, diretor de "A Bruxa", "O Farol" e "O Homem do Norte". A nova versão do clássico do horror de 1922 traz no grande elenco Lily-Rose Depp, Nicholas Hoult, Willem Dafoe e Bill Skarsgård. - Visite a página do podcast no site e confira material extra sobre o tema do episódio - Junte-se ao Cineclube Cinematório e tenha acesso a conteúdo exclusivo de cinema Um dos grandes filmes de terror de todos os tempos, o "Nosferatu" de 1922 foi realizado por F.W. Murnau como uma adaptação não autorizada do livro “Drácula”, de Bram Stoker. Antes de retornar às telas nesta nova versão, agora, mais de 100 anos depois, o longa já havia ganhado uma refilmagem em 1979: “Nosferatu: O Vampiro da Noite”, com direção de Werner Herzog. No filme de Robert Eggers, o ator Bill Skarsgård, mais conhecido por viver o palhaço assassino Pennywise, em “It – A Coisa”, interpreta mais um vilão memorável, o Conde Orlok. Lily-Rose Depp e Nicholas Hoult dão vida a Ellen e Thomas Hutter, o casal assombrado pelo antigo vampiro da Transilvânia. E quem os ajuda na cruzada contra essa figura demoníaca é o Professor Albin Eberhart von Franz, papel de Willem Dafoe. No podcast, nós analisamos a releitura de "Nosferatu" feita por Eggers, que, assim como em seus filmes anteriores, aborda temas como sexualidade reprimida, tabus da masculinidade e medos profundos e históricos da humanidade. Sentam-se à mesa conosco neste podcast para discutir "Nosferatu": - Ana Lúcia Andrade, professora de Cinema da Escola de Belas Artes da UFMG, autora dos livros "O Filme Dentro do Filme: a Metalinguagem no Cinema" e "Entretenimento Inteligente: O Cinema de Billy Wilder"; - Renné França, professor, crítico, diretor do filme “Terra e Luz”, autor do curso Cinema de Ação e do livro “Cine Killer“; - Matheus Monteiro, crítico, roteirista, cineclubista e professor, autor do Cinegrafia. O cinematório café é produzido e apresentado por Renato Silveira e Kel Gomes. A cada episódio, nós propomos um debate em torno de filmes recém-lançados e temas relacionados ao cinema, sempre em um clima de descontração e buscando refletir sobre imagens presentes no nosso dia a dia. Quer mandar um e-mail? Escreva seu recado e envie para contato@cinematorio.com.br.
Luís Paulo Costa (Abrantes, 1968) vive e trabalha entre Lisboa e S. José das Matas. Licenciado pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa (1996), iniciou o seu percurso expositivo no final da década de 1990. A sua obra é representada pelas galerias 111(Lisboa), Pedro Oliveira (Porto) e Krinzinger (Viena). Em 2020, realizou uma residência artística na Krinzinger Projekte, na Áustria. A sua prática pictórica é um exercício físico e conceptual que investiga a relação entre realidade e representação. Através da pintura, procura tornar as imagens mais reais, explorando a tensão entre visibilidade e invisibilidade, presença e ausência. O seu trabalho frequentemente assume uma dimensão escultórica, instaurando uma atmosfera de silêncio e incerteza. Está representado em diversas coleções institucionais e privadas, incluindo a Fundação de Serralves, a Fundação EDP/MAAT, o Museu Marta Herford (Alemanha), a Coleção Norlinda e José Lima, a Coleção Teixeira de Freitas, a Fundação Carmona e Costa, a Coleção de Arte Contemporânea do Estado, a Coleção Manuel de Brito, a Fundação Leal Rios, a Coleção José Carlos Santana Pinto, a Coleção Alberto Caetano, a Coleção Figueiredo Ribeiro e a Coleção SILD, entre outras coleções internacionais. Expôs individualmente na Sociedade Nacional de Belas Artes (Lisboa, 2003), no Centro de Artes Visuais de Coimbra (2006), na Appleton Square (Lisboa, 2010), no Museu do Côa (2014), no Pavilhão Branco (Lisboa, 2014), na Fundação Leal Rios (Lisboa, 2015 e 2016), na Fundação Carmona e Costa (Lisboa, 2018), na Krinzinger Projekte (Viena, 2021), e no Museu Ibérico de Arqueologia e Arte de Abrantes (2022).Participou em exposições coletivas no Museu de Arte Contemporânea do Chiado, no Centro de Arte Oliva, no Centro Cultural de Belém e na Fundação EDP, entre outras.Tem neste momento patente na galeria 111, em Lisboa, a exposição individual "Flores e outras pinturas" até dia 8 de março de 2025.Links:https://galerie-krinzinger.at/artists/luis-paulo-costa-3cc46264/ https://www.publico.pt/2001/09/15/jornal/mostrar-o-que-se-esconde-161810 https://contemporanea.pt/edicoes/01-02-2019/luis-paulo-costa-eco-echo-based-true-story https://umbigomagazine.com/pt/?s=luis+paulo+costa https://www.cristinaguerra.com/artist/costa-luis-paulo/ https://appleton.pt/luis-paulo-costa/ https://www.atelierpedrofalcao.com/set-author/luis-paulo-costa/ https://www.ramastudios.pt/invited-artists Episódio gravado a 30.01.2025 Créditos introdução: David Maranha - Flauta e percussãoCréditos música final: Musica Blue Train · John Coltrane Blue Train: The Complete Masters ℗ 2012 Capitol Records, LLC http://www.appleton.pt Mecenas Appleton:HCI / Colecção Maria e Armando Cabral / A2P / MyStory Hotels Apoio:Câmara Municipal de Lisboa Financiamento:República Portuguesa – Cultura / DGArtes – Direcção Geral das Artes © Appleton, todos os direitos reservados
"Eu desenhei loucamente para que, quando não tivesse mais olhos, pudesse enxergar com as pontas dos dedos." A frase é de Suzanne Valadon, artista pioneira que desafiou convenções em sua vida e obra, e que agora ganha uma grande retrospectiva no Centro Pompidou de Paris. Anticonformista por natureza, Valadon demolia regras – inclusive ao pintar escandalosos nus masculinos, algo impensável para sua época. Filha de pai desconhecido e criada no ambiente boêmio e popular de Montmartre do início do século 20, Suzanne Valadon começou trabalhando como modelo para grandes nomes da pintura da época, como Toulouse-Lautrec e Renoir. Mas ela não se contentou em ser apenas musa e conquistou seu espaço como artista reconhecida nesse meio eminentemente masculino. Valadon desafiou constantemente as normas sociais e artísticas de sua época. De origem modesta e filha de uma lavadeira, ela lutou para conquistar um lugar para si no mundo da arte, apesar dos preconceitos associados ao fato de ser mulher e às suas origens.Nathalie Ernoult, curadora da exposição no Centro Pompidou de Paris, fala sobre o começo de sua carreira em Montmartre. "Ao chegar em Paris, Suzanne Valadon trabalhou em diversos pequenos empregos para se sustentar e ajudar sua mãe, mas essas ocupações eram mal remuneradas. Foi então que lhe sugeriram se tornar modelo, uma atividade mais bem paga na época. Em Montmartre, onde existia um verdadeiro 'mercado de modelos', ela rapidamente chamou a atenção dos maiores artistas do século 19, como Puvis de Chavannes, Renoir e Toulouse-Lautrec. Para Suzanne, posar como modelo não representava apenas uma imersão no mundo da arte que marcaria profundamente seu destino, mas uma verdadeira oportunidade financeira. Ser modelo para ela significava ganhar mais dinheiro", precisa Ernoult.Autodidata e filha de uma lavadeiraEla se reinventou e forjou sua identidade mudando seu primeiro nome (de Marie-Clémentine para Suzanne). Desde muito jovem, não se conformou com as expectativas tradicionais das mulheres de sua época, como conta Flore Mongin, autora de uma biografia sobre a artista. "Marie-Clémentine Valadon, futura Suzanne Valadon, chegou a Paris aos 5 anos com sua mãe, em um ambiente popular marcado pela miséria. Criada sozinha pela mãe lavadeira, ela cresceu em Montmartre, um bairro vibrante de Paris, que foi um terreno fértil para o seu desenvolvimento. Desde a infância, demonstrou uma personalidade forte e um gosto acentuado pelo desenho, características que se tornariam centrais em sua trajetória artística. Montmartre, com sua efervescência cultural, foi o cenário de sua evolução, moldando a mulher e a artista que ela se tornaria, da infância à adolescência", afirma a escritora.Suas representações das mulheres romperam com os clichês da época, mostrando corpos naturais e não idealizados em poses cotidianas, como detalha a curadora da mostra, que fala sobre uma de suas obras mais transgressoras, a "Odalisca". Suzanne Valadon "revisita e transgride o modelo clássico da odalisca em uma de suas obras-primas. Diferentemente da odalisca tradicional, frequentemente retratada nua e em uma postura sensual, seu modelo aqui está vestido, usando um pijama descontraído, com calças listradas e uma regata", contextualiza."A mulher fuma um cigarro, com livros displicentemente colocados ao seu lado, e sua expressão é séria, distante de qualquer sugestão de sedução. Valadon apresenta aqui a imagem de uma mulher livre e moderna dos anos 20, rompendo completamente com o arquétipo das odaliscas idealizadas. Tendo sido ela mesma modelo e posado para nus reclinados, Valadon conhecia profundamente a forma como os pintores representavam e objetificavam o corpo feminino. Com essa pintura, ela oferece uma visão radicalmente diferente", sublinha a especialista do Pompidou."Você é uma de nós": o apoio de DegasMas é o impressionista Edgar Degas, o artista mais importante do grupo de Montmartre na época, quem vai desempenhar um papel-chave na vida de Suzanne Valadon, como relata a curadora da mostra, Nathalie Ernoult. "Com os recursos que tinha à disposição, Suzanne Valadon desenhava sem cessar, em qualquer lugar que pudesse. Enquanto posava como modelo, observava atentamente os artistas ao seu redor, analisando suas técnicas de pintura e esboço. Dotada de um grande senso de observação e de uma memória visual impressionante, ela aprendeu a desenhar quase instintivamente, de forma autodidata", lembra."Um dia, ela teve a coragem de mostrar seus desenhos a Bartholomé e Toulouse-Lautrec, que imediatamente reconheceram seu talento. Lautrec a incentivou fortemente a apresentar seu trabalho a Edgar Degas, encontro que marcaria uma virada decisiva em sua carreira artística. Degas, que era uma figura central da época, se tornaria mais tarde um de seus maiores apoiadores e mentores", destaca. Foi Edgar Degas quem reconheceu seu talento, comprou seus desenhos e disse: "Você é uma de nós."Entre os amores escandalosos que Suzanne nunca escondeu, figura uma relação relâmpago com Eric Satie, como conta a biógrafa da artista. "Sim, Montmartre era um lugar propício para os amores, e de fato Eric Satie ficou muito apaixonado. Ele foi um amor transitório de Suzanne Valadon e também um amante passageiro, já que a história deles não durou muito tempo. Eram duas personalidades muito fortes que não estavam necessariamente destinadas a se entender", conta Flore Mongin.Apesar do reconhecimento, Valadon enfrentou muitos desafios. Ela foi recusada por não ter um "mestre" reconhecido na Escola de Belas Artes de Paris. E mesmo quando começou a pintar, sua ousadia escandalizava – como no caso de "Adão e Eva", onde retratou seu jovem amante nu a seu lado.Com a exposição no Centro Pompidou de Paris, até o dia 26 de maio de 2025, e os novos livros dedicados a ela, Suzanne Valadon finalmente sai do esquecimento para ocupar o lugar que merece na história da arte.
As obras do artista-plástico Mambo'o D27, originário de Angola e República Democrática do Congo, têm como ponto comum um objecto: um cabaz de plástico colorido, muito comum em Africa. Por detrás deste objecto estão as histórias de migrantes que, como ele, atravessaram continentes para chegar à Europa. Uma viagem cujo destino final raras vezes se confirma ser o tão esperado eldorado. Mambo'o D27: nome artístico; Neves Zola Sebastião: identidade civil. Nasceu em Luanda e estudou nas Belas Artes de Kinshasa. Chegou a França em 2018 e não tem sido sempre fácil. Paris, a França e a Europa não são o tipo de eldorado que imaginou ser. A imagem "vendida" pelos outros, pelas redes sociais, pela televisão, não é real. Depois de cinco anos a trabalhar com o Atelier dos Artistas no Exílio, um episódio conturbado, encontra-se actualmente em residência artística no Shakirail, um espaço cultural e associativo situado no norte de Paris. Foi aí que a RFI o conheceu e é lá, com vista para os caminhos de ferro que partem para norte e sul do país, que Mambo'o D27 cria as suas obras, preocupado em incentivar a reflexão sobre as representações mentais que temos das migrações.
Uma aventura épica entre a tradução literária, a "transcriação", a música e a performance. O diretor de teatro Octavio Camargo há 20 anos revisita numa imersão total o texto clássico de Homero, a "Ilíada", ao lado da Cia Iliadahomero, baseada em Curitiba. Em Paris, ele conduziu ao lado de artistas brasileiros uma oficina no Centro Cultural Centquatre (104), em um projeto que explorou o teatro e a tradição experimental, usando técnicas de "transcriação" com ajuda da Inteligência Artificial (IA). O conceito de "transcriação", desenvolvido pelo poeta concretista brasileiro Haroldo de Campos, é uma abordagem inovadora no campo da tradução literária, particularmente em relação à poesia. Inspirado por ideias de Ezra Pound e pelo concretismo brasileiro, Haroldo de Campos propôs uma prática tradutória que vai além da simples transferência de conteúdo entre línguas, enfatizando a recriação do texto original em um novo contexto linguístico e cultural. A transcriação não é apenas uma tradução literal ou fiel ao texto original, mas sim uma recriação que mantém o espírito, a força estética e a função poética do original. Campos considera o tradutor Odorico Mendes, que realizou a primeira tradução da "Ilíada" de Homero para o português ainda no século 19, o "pai da transcriação" no Brasil. A "transcriação" é uma "tecnologia de tradução", onde a função poética se torna mais importante em algum lugar do que a mera transcrição literal de uma frase."Estamos aqui a convite de Cláudia Washington, que trabalha no 104, para conduzir um ateliê de tradução experimental inspirado no trabalho de Odorico Mendes", explica Octavio Camargo. Mendes foi o tradutor pioneiro de Homero para a língua portuguesa, com versões completas da "Ilíada" e da "Odisseia". "Odorico realizou grande parte desse trabalho em Paris, onde viveu por 14 anos, entre 1850 e sua morte em 1864. Suas traduções, marcadas por um estilo único e inovador, chegaram às mãos de Dom Pedro II e foram publicadas postumamente, cerca de dez anos depois", conta.Estranhamento"A tradução do Odorico guarda um estranhamento na língua portuguesa que a gente gostaria de preservar. Então, o uso das ferramentas digitais não é apenas transferir a responsabilidade da tradução para a inteligência artificial, não é utilizar a inteligência artificial como uma ferramenta auxiliar, mas preserva todo o sentido do workshop e do encontro, que passa pela pessoa que fala francês, pelo crivo artístico e também pelo histórico existencial do performer", detalha Camargo.A oficina explora a interseção entre a tradução literária e as novas tecnologias. "Nosso objetivo é investigar como ferramentas digitais, como tradutores automáticos, podem ser usadas para traduzir um poeta tão complexo quanto Odorico Mendes. A ideia não é simplesmente transferir a responsabilidade da tradução para a inteligência artificial, mas utilizá-la como um recurso auxiliar, preservando as particularidades do texto original, como suas inversões sintáticas e construções anacolúticas", afirma o diretor."Tradução da tradução"Camargo destaca que o foco da oficina não é produzir uma tradução literal, mas sim criar uma "tradução da tradução" para o francês, buscando manter o estranhamento característico do texto de Odorico. "O trabalho é pensado como um script para performances na língua francesa, conectando a poética de Odorico ao contexto contemporâneo e ao público local", explica."O Odorico faz uma tradução anacolútica de Homero. O anacoluto é uma figura de linguagem onde você inverte a ordem sintática da frase. Normalmente, a frase escrita em prosa tem sujeito, verbo e complemento, nessa ordem. O anacoluto inverte, e às vezes coloca o complemento antes do sujeito, e às vezes antes do verbo. Às vezes chega a omitir o verbo, como é na vida real", explica Octavio Camargo, que além de diretor de teatro é professor de composição no curso de Composição e Regência da UNESPAR - Escola de Música e Belas Artes do Paraná, possui mestrado em estudos literários pela UFPR e é doutorando em filosofia na Universidade Federal do Paraná em parceria com a EHESS, a Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais de Paris.Erra quem acredita que a prosa transcreve a oralidade. A prosa "domestica" a fala, coloca-a dentro de um formato destinado à leitura silenciosa, apenas para o leitor, enquanto a lingua oral é cheia de quebras de convenções da gramática.A proposta também inclui uma abordagem cênica, em diálogo com o trabalho da companhia fundada por Octavio no Brasil, que realizou, em 2016, uma performance integral da "Ilíada" na tradução de Odorico. "Foram 24 horas de espetáculo, fruto de 20 anos de pesquisa. Agora, em Paris, estamos lidando com o canto um da 'Odisseia', que aborda a saga de Telêmaco em busca do pai, Ulisses", detalha.A narrativa, escrita provavelmente no século VIII a.C., continua a ressoar nos dias atuais. "Os épicos de Homero foram, na Grécia antiga, uma espécie de política pública de educação, transmitindo valores éticos e culturais. Hoje, eles nos convidam a refletir sobre dois modelos de existência: o de quem permanece e luta pelos seus, como na 'Ilíada', e o de quem parte, sem o peso da saudade, como na 'Odisseia'. Esses dilemas ainda dialogam com nosso tempo", analisa Octavio.Cláudia Washington, artista visual, performer e colaboradora do Centquatre (104), falou sobre a concepção e a realização da oficina de tradução experimental liderada por Octavio Camargo e sua equipe em Paris. "Conheço o trabalho do Octavio e da companhia há muito tempo, e sempre admirei a profundidade e a inovação que eles trazem. Quando surgiu a oportunidade de conectar esse projeto ao Centquatre, um espaço colaborativo de arte contemporânea, achei que seria o ambiente perfeito para acolher a oficina", explicou Cláudia. "O 104 é um lugar marcado pela diversidade de pessoas e pela abertura à experimentação, o que casou perfeitamente com a proposta de explorar a tradução de Odorico Mendes para o francês."Receptividade do público francêsO convite e a parceria com o Centquatre resultaram em três dias de intensas atividades, com a possibilidade de novos desdobramentos no futuro. "A recepção do público francês foi muito positiva. A oficina atraiu um público jovem, mas também experiente, formado por pessoas interessadas em literatura, música e na cultura brasileira. Essa conexão com o Brasil, especialmente por meio de uma tradução que parte de um texto brasileiro para o francês, despertou grande curiosidade", destacou Cláudia.Além disso, a música, um elemento essencial na identidade cultural do Brasil, foi um dos pontos de destaque. "A música brasileira é amada e amplamente reconhecida na França, o que contribuiu para criar um vínculo ainda mais forte entre o público e a proposta do ateliê", concluiu."Escrita viva"Fernando Alves Pinto, ator e integrante da oficina de tradução experimental, reflete sobre a interação entre cena e texto, destacando como essa relação transforma a experiência teatral. "O texto ganha vida na cena. Quando você lê um texto de forma mecânica, como um computador, ele perde significado. Mas o que Odorico Mendes escreveu tem uma pulsação, quase como um fluxo de pensamento não lógico, não aristotélico. É uma escrita viva, que já traz em si a teatralidade", explica.Para ele, o processo de tradução para o francês é uma oportunidade de revisitar e revitalizar a obra. "Ao transpor o texto para outra língua, somos obrigados a reexaminar tudo. Às vezes penso: será que vamos conseguir fazer algo tão bom quanto Odorico? Claro que não, mas é uma delícia tentar. Esse trabalho de renascer o texto na cena, com nossa interpretação e energia, traz uma vitalidade única", conclui.A oficina no Centquatre contou com a participação de artistas de diferentes áreas, como Chiris Gomes (atriz de teatro, performance e canto), Cláudia Washington (artes visuais e performance), Fernando Alves Pinto (ator de teatro e cinema), a violoncelista Kimdee, e Véronique Bourgoin (performer e fotógrafa). "É um trabalho multidisciplinar que busca atualizar Homero e abrir espaço para novas formas de olhar para o épico", concluiu o diretor Octavio Camargo.Depois de Paris, o diretor brasileiro Octavio Camargo segue viagem para Berlim, onde realiza uma exposição de trabalhos da Oficina de Autonomia, ao lado do artista Brandon LaBelle, com obras de áudio e vídeo que apontam para formas de navegar por regimes dominantes de inteligibilidade, gravadas no Brasil Espanha e Alemanha.
Na coluna desta segunda-feira (13), o professor Milton Teixeira conta a história da criação do Museu Nacional de Belas Artes, ocorrido em 13 de janeiro de 1937, por decreto do presidente Getúlio Vargas.
No episódio #40 do podcast Em Foco, nós analisamos o filme "Se Meu Apartamento Falasse" (The Apartment, 1960), um dos grandes clássicos de Billy Wilder, vencedor do Oscar e estrelado por Jack Lemmon e Shirley MacLaine. - Visite a página do podcast no site e confira material extra sobre o tema do episódio - Junte-se ao Cineclube Cinematório e tenha acesso a conteúdo exclusivo de cinema Confira abaixo a minutagem dos quadros do podcast: 00:00:00 - Introdução 00:08:24 - Grande Angular: conheça a equipe e a história por trás do filme 00:15:01 - Ponto de Vista: os aspectos atemporais de "Se Meu Apartamento Falasse" 01:09:13 - Zoom: nossas cenas favoritas comentadas 01:23:43 - Fora de Quadro: a exposição no MIS-SP e as adaptações do filme para a Broadway e para Bollywood Escrito por Billy Wilder e I.A.L. Diamond, "Se Meu Apartamento Falasse" acompanha C.C. Baxter, funcionário de uma empresa de seguros em Nova York. Ele tem um pequeno apartamento onde mora sozinho, mas decide emprestá-lo a seus chefes para encontros com amantes, com a promessa de que será promovido na firma. Insatisfeito com os abusos de seus superiores, ele tenta parar com os favores, mas se sente cada vez mais pressionado. Tudo muda, no entanto, quando ele descobre que a mulher por quem está apaixonado é amante de um dos principais diretores da empresa. Nosso podcast foi gravado em ocasião da dupla celebração do cinema de Billy Wilder neste ano de 2024, com a exposição imersiva dedicada à obra do cineasta, em cartaz no MIS-SP -- Museu da Imagem e do Som de São Paulo, e com o relançamento do livro "Entretenimento Inteligente: O Cinema de Billy Wilder", escrito por Ana Lúcia Andrade, que também ajudou a realizar a exposição. "Se Meu Apartamento Falasse" foi indicado a 10 estatuetas no Oscar e venceu cinco: Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Roteiro, Melhor Direção de Arte e Melhor Montagem. Ganhou também o Globo de Ouro nas categorias Melhor Filme de Comédia, Melhor Atriz em Comédia ou Musical para Shirley MacLaine, e Melhor Ator em Comédia ou Musical para Jack Lemmon. Os dois também foram indicados ao Oscar e MacLaine ganhou o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Veneza. Participam do podcast: -- Renato Silveira e Kel Gomes, editores do cinematório; -- Larissa Vasconcelos, jornalista, crítica e redatora do cinematório; -- Ana Lúcia Andrade, professora de Cinema da Escola de Belas Artes da UFMG, autora dos livros "O Filme Dentro do Filme: a Metalinguagem no Cinema" e "Entretenimento Inteligente: O Cinema de Billy Wilder". No Em Foco, você ouve debates e análises de filmes, sejam eles clássicos, grandes sucessos de bilheteria e de crítica, produções que marcaram época ou que foram redescobertas com o passar dos anos, não importa o país de origem. Além disso, você revisita conosco a filmografia de cineastas que deixaram sua assinatura na história do cinema. Este episódio contém trechos da trilha sonora original de "Se Meu Apartamento Falasse", composta por Adolph Deutsch. Todos os direitos reservados ao artista.
Totem inaugurado nesta quinta-feira, 19 de dezembro, em frente ao Restaurante Universitário Edson Luís, na Cidade Universitária, lembra 25 vítimas do regime militar, dos quais 23 alunas e alunos da universidade. A Rádio UFRJ ouviu o reitor Roberto Medronho, o chefe de gabinete da Reitoria, Hélio de Mattos Alves, a diretora da Escola de Belas Artes, Madalena Ribeiro Grimaldi, a deputada estadual do PCdoB Dani Balbi e a estudante Lina Ojú, integrante do DCE Mário Prata, sobre a importância de relembrar esse período sombrio da história do Brasil.Reportagem: Louise FilliesEdição: Vinícius Piedade
Nuno Crespo nasceu em Lisboa em 1975. É licenciado e doutorado em filosofia pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. É professor e director da Escola das Artes, Universidade Católica Portuguesa, e investigador do Centro de Investigação em Ciência e Tecnologia das Artes (CITAR).É crítico de arte e membro do conselho editorial do Ípsilon (suplemento cultural do jornal Público). A sua actividade de investigação tem sido dedicada, principalmente, ao cruzamento entre arte, arquitectura e filosofia, e a autores como Kant, Wittgenstein, Walter Benjamin, Peter Zumthor e Adolf Loos. De entre as suas publicações podem destacar-se trabalhos sobre Adriana Molder, Axel Hütte, Bernd e Hilla Becher, Candida Höffer, Daniel Blaufuks, Fassbinder, Gerhard Richter, Luísa Cunha, Miguel Ângelo Rocha, Nuno Cera, Rui Chafes, Vasco Araújo, entre outros, bem como os livros publicados: “Textos Públicos. Arte Portuguesa Contemporânea 2003-2023” (2024), “Julião Sarmento: Olhar Animal” (2014), “Wittgenstein e a Estética” (2011) e “Corpo Impossível” (2007). Fez parte do colectivo de comissários do Prémio EDP – Novos Artistas (2006-2011) e BESPhoto (2007-2009). Como curador, foi responsável pelas exposições «Fantasmas», de Nuno Cera (CCB) , «Corpo Impossível», com Adriana Molder, Noé Sendas, Rui Chafes e Vasco Araújo (Palácio de Queluz), «Encontro Marcado», de Adriana Molder (Museu de Belas Artes de Oviedo, Espanha), pela exposição antológica de Pires Vieira no Museu da Cidade de Lisboa, «Involucão», de Rui Chafes (Casa-Museu Teixeira Lopes), «Serralves», de João Luís Carrilho da Graça (Appleton Square), «Fragmentos. Arte Contemporânea na Colecção Berardo» (Museu de Arte Contemporânea de Elvas), «Aires Mateus. Voids» (Appleton Square), «Riso: Uma Exposição a Sério», Museu da Eletricidade Lisboa, «Paisagem Como Arquitectura» Garagem Sul do CCB, Lisboa, «Antes e Depois» (Miguel Ângelo Rocha), Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, «Haus Wittgenstein. 90 anos», MAAT, Fundação EDP (em coprodução com a associação de arquitetura austríaca), Lisboa, «O que pode a arte? 50 anos do maio de 68», Atelier- Museu Júlio Pomar, Lisboa, «Arenário» (Francisco Tropa), Sala de Exposições da Escola das Artes, Porto e «Julião Sarmento. Film Works», Sala de Exposições da Escola das Artes, Porto, entre outras.Links: https://artes.porto.ucp.pt/pt-pt/pessoa/nuno-crespo https://umbigomagazine.com/pt/blog/2021/07/07/entrevista-a-nuno-crespo-diretor-da-escola-das-artes-da-universidade-catolica-portuguesa/ https://www.rtp.pt/programa/tv/p33458/e4 https://www.publico.pt/autor/nuno-crespo https://www.buala.org/pt/cara-a-cara/os-nacionalismos-nao-sao-discursos-inocuos-tem-raca-e-genero-entrevista-a-lilia-schwarcz https://www.maat.pt/pt/exhibition/haus-wittgenstein-arte-arquitetura-e-filosofia https://contemporanea.pt/edicoes/09-10-2019/pensar-escola-alem-da-escola Episódio gravado a 14.11.2024 *o título é um verso da música escolhida pelo convidado Créditos introdução: David Maranha - Flauta e percussão Créditos música final: Força Estranha / Interpretação Gal Costa / Letra Caetano Veloso / Produção Guilherme Araújo e Roberto Menescal http://www.appleton.pt Mecenas Appleton:HCI / Colecção Maria e Armando Cabral / A2P / MyStory Hotels Apoio:Câmara Municipal de Lisboa Financiamento:República Portuguesa – Cultura / DGArtes – Direcção Geral das Artes © Appleton, todos os direitos reservados
Nesta episódio falo com 2 estudantes da Licenciatura em Escultura da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa. Esta Licenciatura só existe nesta Instituição de Ensino Superior! O que aprendes nesta licenciatura? Quais as saídas profissionais e o ambiente na instituição? TUDO o que precisas de saber nesta LIVE!
Joana Mosi É artista visual e autora de banda desenhada. Licenciada em Pintura pela Faculdade de Belas Artes de Lisboa, onde é atualmente doutoranda e professora, Joana Mosi é também Mestre em Cinema, na vertente de Realização, pela Escola Superior de Teatro e Cinema. “A Educação Física” é o novo livro de Joana Mosi e […]
Nesta edição do podcast cinematório café, nós analisamos o filme "Ainda Estou Aqui" (2024), dirigido por Walter Salles e estrelado por Fernanda Torres. O longa-metragem é o representante do Brasil no Oscar 2025. - Visite a página do podcast no site e confira material extra sobre o tema do episódio - Junte-se ao Cineclube Cinematório e tenha acesso a conteúdo exclusivo de cinema Vencedor do prêmio de Melhor Roteiro no Festival de Veneza, "Ainda Estou Aqui" foi escrito por Murilo Hauser e Heitor Lorega a partir do livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva. O filme conta a história da família do escritor durante a ditadura militar brasileira, nos anos 1970. A protagonista é a mãe de Marcelo, Eunice Paiva, papel de Fernanda Torres. Quando seu marido, o ex-deputado Rubens Paiva, vivido por Selton Mello, é levado subitamente por agentes do exército para prestar um depoimento, Eunice inicia uma busca incessante pelo paradeiro dele, ao mesmo tempo em que precisa sustentar sozinha seus cinco filhos (interpretados por Valentina Herszage, Barbara Luz, Luiza Kosovski, Guilherme Silveira e Cora Mora). Quem se senta à mesa conosco neste podcast para discutir "A Substância" é Ana Lúcia Andrade, professora de Cinema da Escola de Belas Artes da UFMG, autora dos livros "O Filme Dentro do Filme: a Metalinguagem no Cinema" e "Entretenimento Inteligente: O Cinema de Billy Wilder". O cinematório café é produzido e apresentado por Renato Silveira e Kel Gomes. A cada episódio, nós propomos um debate em torno de filmes recém-lançados e temas relacionados ao cinema, sempre em um clima de descontração e buscando refletir sobre imagens presentes no nosso dia a dia. Quer mandar um e-mail? Escreva para contato@cinematorio.com.br. Este episódio contém trechos das músicas: "É Preciso Dar um Tempo", Erasmo Carlos; e "Jimmy, Renda-se", Tom Zé. Todos os direitos reservados aos artistas.
Catarina Mourão estudou Música, Direito e Cinema (Mestrado na Universidade de Bristol e Doutoramento pela Universidade de Edimburgo, bolseira da FCT em ambos). Fundadora da AporDOC (Associação pelo Documentário Português). Dá aulas de Cinema e Documentário desde 1998 em diferentes Licenciaturas e Mestrados. Em 2000 cria com Catarina Alves Costa a Laranja Azul, produtora independente de cinema. É neste contexto que realiza os seus filmes que têm sido sempre premiados e exibidos em festivais internacionais e distribuídos em sala e na televisão. As suas áreas principais de investigação são o documentário, o ensaio cinematográfico, a memória, o arquivo e a autobiografia. É docente no mestrado de Artes e Multimedia da FBAUL, colabora também com a ESTC (Escola Superior de Teatro e Cinema). Catarina Câmara Pereira nasceu e reside em Lisboa, onde tem vindo a desenvolver uma carreira artística desde 1995. Formou-se em Pintura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa e aprofundou os seus estudos ao completar um mestrado intitulado “Zona de Sombra (reflexão sobre a obra poética de Paul Celan)”. Posteriormente, realizou um doutoramento em Artes Plásticas/Instalação. Lecciona no Departamento de Artes Plásticas da ESAD.cr desde 1998. Ao longo de seu percurso artístico, tem explorado as tensões entre universos subterrâneos e oníricos da realidade e sua impossibilidade de comunicação. Utilizando materiais variados, como aço, pintura e fotografia, sua obra investiga o isolamento e a inefabilidade da vida interior, criando ilusões e superfícies intangíveis que o espectador não pode penetrar. Esse distanciamento convida o observador a reflectir sobre as complexidades da experiência humana e os limites da compreensão. Trabalha actualmente na criação de dioramas que exploram o paradoxo entre a exposição de um acontecimento e a impossibilidade de acesso a essa vivência, aprofundando a impenetrabilidade através da construção de superfícies de contacto e isolamento, acentuando as barreiras entre a experiência interior e a impossibilidade de sua percepção externa.Links: https://www.laranja-azul.com/directors/directors-page-catarina-mourao https://www.portugalfilm.org/directors_detail.php?cd_director=3 https://www.filmin.pt/realizadora/catarina-mourao https://gulbenkian.pt/agenda/a-dama-de-chandor-de-catarina-mourao/ https://www.publico.pt/2016/11/02/culturaipsilon/noticia/segredos-de-familia-1749588 https://www.fundacaoplmj.com/index.php?mod=artistas&id=347 https://www.cascais.pt/noticia/exposicao-de-arte-na-paisagem-inauguracao-da-landart-cascais-traz-artistas-plasticos-quinta https://www.fundacaocarmona.org.pt/pt/espaco_arte_contemporanea/exposicoes_detalhe_07.aspx https://expresso.pt/revista/culturas/exposicoes/2024-04-04-Exposicoes-Os-fantasmas-a-tres-dimensoes-de-Catarina-Camara-Pereira-e-Catarina-Mourao-28b5db18 https://appleton.pt/catarina-mourao-catarina-camara-pereira/?lang=pt-pt Episódio gravado a 07.11.2024 Créditos introdução: David Maranha - Flauta e percussão Créditos música final: A Young Girl's Complaint / Tsege Mariam Gebru http://www.appleton.pt Mecenas Appleton:HCI / Colecção Maria e Armando Cabral / A2P / MyStory Hotels Apoio:Câmara Municipal de Lisboa Financiamento:República Portuguesa – Cultura / DGArtes – Direcção Geral das Artes
Patrícia Reis curou a exposição, mas entre as várias fotografias, a sua favorita é a de Jorge Palma. Os 10 anos de Observador em exposição na Sociedade Nacional de Belas Artes até dia 7 de dezembro.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Juan Durán, comisario musical de los Conciertos del 175 aniversario de la Real Academia Galega de Belas Artes
Nesta edição do podcast cinematório café, nós analisamos o filme "A Substância" (The Substance, 2024), de Coralie Fargeat. Vencedor do prêmio de Melhor Roteiro no Festival de Cannes, o longa estrelado por Demi Moore e Margaret Qualley é um body horror cervical que faz um comentário satírico e ferino sobre a sociedade do espetáculo. - Visite a página do podcast no site e confira material extra sobre o tema do episódio - Junte-se ao Cineclube Cinematório e tenha acesso a conteúdo exclusivo de cinema Em "A Substância", a atriz veterana Elizabeth Sparkle se vê no fim de seus dias de fama quando é demitida da emissora de TV onde apresenta um programa de ginástica. Ela é apresentada a uma substância misteriosa que permite criar um duplo mais jovem e esbelta de si mesma, mas com o qual ela compartilha a mesma consciência. Contudo, o que parecia ser uma solução para a angústia de Elizabeth se torna uma verdadeira jornada de autodestruição. Quem se senta à mesa conosco neste podcast para discutir "A Substância" é Ana Lúcia Andrade, professora de Cinema da Escola de Belas Artes da UFMG, autora dos livros "O Filme Dentro do Filme: a Metalinguagem no Cinema" e "Entretenimento Inteligente: O Cinema de Billy Wilder". O cinematório café é produzido e apresentado por Renato Silveira e Kel Gomes. A cada episódio, nós propomos um debate em torno de filmes recém-lançados e temas relacionados ao cinema, sempre em um clima de descontração e buscando refletir sobre imagens presentes no nosso dia a dia. Quer mandar um e-mail? Escreva para contato@cinematorio.com.br.
Nesta edição do podcast cinematório café, nós analisamos dois filmes ligados ao cinema de horror que retomam sucessos de décadas passadas: "Os Fantasmas Ainda se Divertem" (Beetlejuice Beetlejuice, 2024), continuação da clássica comédia de 1988, novamente com direção de Tim Burton e com Michael Keaton no papel principal; e "O Corvo" (The Crow, 2024), nova adaptação dos quadrinhos de James O'Barr, agora com Bill Skarsgård vivendo o papel imortalizado por Brandon Lee no cultuado longa de 1994. - Visite a página do podcast no site e confira material extra sobre o tema do episódio - Junte-se ao Cineclube Cinematório e tenha acesso a conteúdo exclusivo de cinema Confira abaixo a minutagem em que comentamos cada filme: 00:00:00 - Introdução 00:06:00 - Os Fantasmas Ainda Se Divertem 01:02:43 - O Corvo Em "Os Fantasmas Ainda Se Divertem", 35 anos depois dos eventos do primeiro filme, Lydia Deetz (Winona Ryder) volta a ser assombrada por Beetlejuice, ao mesmo tempo em que tenta se reconectar com a filha, Astrid (Jenna Ortega), que não acredita nos poderes mediúnicos da mãe. As duas acabam tendo que lidar com o mundo dos mortos junto com Delia (Catherine O'Hara), que busca se reconectar com o recém-falecido marido. Em "O Corvo", o diretor Rupert Sanders propõe uma releitura da história de Eric Draven, mostrando mais de seu relacionamento com Shelly (FKA Twigs) antes de ambos serem assassinados e Eric retornar dos mortos para se vingar do crime. O filme também traz um novo e demoníaco vilão (interpretado por Danny Huston), e um visual muito diferente do clássico dos anos 90. Sentam-se à mesa conosco neste podcast: Ana Lúcia Andrade, professora de Cinema da Escola de Belas Artes da UFMG, autora dos livros "O Filme Dentro do Filme: a Metalinguagem no Cinema" e "Entretenimento Inteligente: O Cinema de Billy Wilder"; Larissa Vasconcelos, jornalista, crítica e redatora do cinematório. O cinematório café é produzido e apresentado por Renato Silveira e Kel Gomes. A cada episódio, nós propomos um debate em torno de filmes recém-lançados e temas relacionados ao cinema, sempre em um clima de descontração e buscando refletir sobre imagens presentes no nosso dia a dia. Quer mandar um e-mail? Escreva para contato@cinematorio.com.br.
Professor da Faculdade de Belas Artes do Porto e um dos designers portugueses mais premiados internacionalmente. Autor da campanha que deu nova identidade visual à cidade do Porto e que assinou também o polémico logotipo da República Portuguesa.
Analisamos "Pulp Fiction" no aniversário de 30 anos de um dos mais populares e influentes filmes dos anos 90, escrito e dirigido por Quentin Tarantino. - Visite a página do podcast no site e confira material extra sobre o tema do episódio - Junte-se ao Cineclube Cinematório e tenha acesso a conteúdo exclusivo de cinema Confira abaixo a minutagem dos quadros e capítulos do podcast: 00:00:00 - Introdução 00:05:20 - Grande Angular: ficha do filme e as origens de "Pulp Fiction" 00:13:59 - Close-up: O que o estilo de cinema de Quentin Tarantino tem de melhor? 00:29:49 - Ponto de Vista: Como é rever "Pulp Fiction" 30 anos depois? 00:48:01 - Ponto de Vista: "Pulp Fiction" é mais linguagem do que substância? 01:04:41 - Ponto de Vista: A violência nos filmes do Tarantino é um mérito ou um problema? 01:27:35 - Ponto de Vista: "Pulp Fiction" tem um protagonista? 01:42:59 - Zoom: nossas cenas favoritas de "Pulp Fiction" 01:56:20 - Fora de Quadro: Prequel sobre os irmãos Vega? 01:59:35 - Fora de Quadro: Qual é o seu filme favorito do Tarantino? Vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes, "Pulp Fiction" é estrelado por John Travolta, Samuel L. Jackson, Uma Thurman, Bruce Willis e Ving Rhames nos papéis principais. No elenco coadjuvante, estão Tim Roth, Amanda Plummer, Eric Stoltz, Christopher Walken, Harvey Keitel, Rosanna Arquette e Maria de Medeiros. Além da análise do filme, o nosso podcast traz os bastidores da origem de "Pulp Fiction" e discute tópicos como a influência que o longa teve sobre cineastas da nova geração, o duelo entre forma e conteúdo nos filmes de Tarantino, sua colaboração com a montadora Sally Menke, o uso da violência como entretenimento, entre outros. Também elegemos nossas cenas favoritas de "Pulp Fiction" e os nossos filmes favoritos do Tarantino. Participam do podcast: Renato Silveira e Kel Gomes, editores do cinematório; Ana Lúcia Andrade, professora de Cinema da Escola de Belas Artes da UFMG, autora dos livros "O Filme Dentro do Filme: a Metalinguagem no Cinema" e "Entretenimento Inteligente: O Cinema de Billy Wilder"; Renné França, professor, crítico, diretor do filme “Terra e Luz”, autor do livro "Introdução ao Roteiro para Cinema", que pode ser baixado na bio do seu perfil Insólito Audiovisual; e Paulo Henrique Fontenelle, montador e diretor dos documentários “Loki – Arnaldo Baptista”, “Cássia”, “Dossiê Jango” e da série “O Caso Escola Base”. No Em Foco, você ouve debates e análises de filmes, sejam eles clássicos, grandes sucessos de bilheteria e de crítica, produções que marcaram época ou que foram redescobertas com o passar dos anos, não importa o país de origem. Além disso, você revisita conosco a filmografia de cineastas que deixaram sua assinatura na história do cinema. Quer mandar um e-mail? Escreva para contato@cinematorio.com.br.
Em uma sessão dupla, analisamos os filmes "Rivais", de Luca Guadagnino, e "Guerra Civil", de Alex Garland, e os conflitos de seus personagens. - Visite a página do podcast no site e confira material extra sobre o tema do episódio - Junte-se ao Cineclube Cinematório e tenha acesso a conteúdo exclusivo de cinema Confira a partir de qual minutagem cada filme é comentado: 00:10:47 - Guerra Civil 01:02:47 - Rivais "Rivais", mais novo filme do cineasta italiano Luca Guadagnino ("Me Chame Pelo Seu Nome"), é um romance que acompanha Tashi, uma tenista prodígio que, ao virar treinadora, transforma seu marido em um campeão mundialmente famoso. Mas, durante um torneio, o casal reencontra o ex-namorado de Tashi, o que reacende velhas rivalidades dentro e fora da quadra. O filme é estrelado por Zendaya, Mike Faist e Josh O'Connor. O roteiro é do estreante Justin Kuritzkes. Já "Guerra Civil" é um suspense que se passa em um futuro distópico, quando um grupo de jornalistas percorre os Estados Unidos durante um intenso conflito que envolve toda a nação. O elenco principal é formado por Kirsten Dunst, Wagner Moura, Cailee Spaeny e Stephen McKinley Henderson. O roteiro e a direção são assinados por Alex Garland, conhecido pelas aclamadas ficções científicas “Ex-Machina: Instinto Artificial” e “Aniquilação”, além da série "Devs". Sentam-se à mesa conosco para discutir "Rivais" e "Guerra Civil": Ana Lúcia Andrade, professora de Cinema da Escola de Belas Artes da UFMG, autora dos livros "O Filme Dentro do Filme: a Metalinguagem no Cinema" e "Entretenimento Inteligente: O Cinema de Billy Wilder"; Renné França, professor, crítico, diretor do filme “Terra e Luz”, autor do livro "Introdução ao Roteiro para Cinema", que pode ser baixado na bio do seu perfil Insólito Audiovisual; Larissa Vasconcelos, jornalista, crítica e redatora do cinematório. O cinematório café é produzido e apresentado por Renato Silveira e Kel Gomes. A cada episódio, nós propomos um debate em torno de filmes recém-lançados e temas relacionados ao cinema, sempre em um clima de descontração e buscando refletir sobre imagens presentes no nosso dia a dia. Quer mandar um e-mail? Escreva para contato@cinematorio.com.br. A sua mensagem pode ser lida no podcast!
Analisamos o filme "Dias Perfeitos", premiado em Cannes e indicado ao Oscar, aclamado como um dos melhores trabalhos recentes de Wim Wenders. - Visite a página do podcast no site e confira material extra sobre o tema do episódio - Junte-se ao Cineclube Cinematório e tenha acesso a conteúdo exclusivo de cinema Dirigido por Wim Wenders ("Asas do Desejo", "Paris, Texas", "Buena Vista Social Club"), e escrito por ele ao lado de Takuma Takasaki, “Dias Perfeitos” se passa em Tóquio e acompanha o cotidiano de um homem de meia-idade que trabalha como zelador de banheiros públicos na capital japonesa. Mas uma série de encontros inesperados apontam para um passado oculto na vida feliz e harmoniosa do protagonista. Com homenagem ao mestre Yasujirô Ozu ("Era uma Vez em Tóquio") e uma trilha sonora composta por músicas escolhidas a dedo, “Dias Perfeitos” ganhou o prêmio de Melhor Ator no Festival de Cannes, para Koji Yakusho, e foi indicado ao Oscar 2024 de Melhor Filme Internacional. Sentam-se à mesa conosco para discutir "Dias Perfeitos": Ana Lúcia Andrade, professora de Cinema da Escola de Belas Artes da UFMG, autora dos livros "O Filme Dentro do Filme: a Metalinguagem no Cinema" e "Entretenimento Inteligente: O Cinema de Billy Wilder"; Renné França, professor, crítico, diretor do filme “Terra e Luz”, autor do livro "Introdução ao Roteiro para Cinema", que pode ser baixado na bio do seu perfil Insólito Audiovisual. O cinematório café é produzido e apresentado por Renato Silveira e Kel Gomes. A cada episódio, nós propomos um debate em torno de filmes recém-lançados e temas relacionados ao cinema, sempre em um clima de descontração e buscando refletir sobre imagens presentes no nosso dia a dia. Quer mandar um e-mail? Escreva para contato@cinematorio.com.br. A sua mensagem pode ser lida no podcast!
Analisamos a comédia absurda dirigida por Kristoffer Borgli ("Doente de Mim Mesma") que traz Nicolas Cage no papel de um involuntário invasor de sonhos. Discutimos onde o filme melhora em relação ao primeiro, seu ritmo, os novos personagens e a evolução da jornada do "herói" Paul Atreides. - Visite a página do podcast no site e confira material extra sobre o tema do episódio - Junte-se ao Cineclube Cinematório e tenha acesso a conteúdo exclusivo de cinema Com produção de Ari Aster (diretor de "Hereditário" e "Midsommar"), para a A24, "O Homem dos Sonhos" (Dream Scenario, 2023) acompanha Paul Matthews (Cage), um professor universitário com uma vida banal, que, misteriosamente, começa a aparecer nos sonhos de pessoas que ele nem conhece. Logo, esses sonhos se tornam pesadelos, e ele precisa aprender a lidar com essa nova fama. Fazendo sua estreia em língua inglesa, o norueguês Borgli acompanha a ascensão e a queda dos 15 minutos de fama de um homem comum com um destino inusitado. “Eu vejo a ficção como um lugar para investigar aspectos sombrios ou disfuncionais da vida moderna. Há uma tendência muito humana de focar no espaço negativo tudo o que sentimos que está faltando, mesmo quando aparentemente temos tudo. Nós nos tornamos miseráveis na ausência de algum potencial inventado”, reflete o diretor, que também assina o roteiro e a montagem do longa. O elenco também conta com Julianne Nicholson, Michael Cera, Tim Meadows, Dylan Gelula e Dylan Baker. A trilha sonora é assinada por Owen Pallett e a fotografia é de Benjamin Loeb. Sentam-se à mesa conosco para discutir "O Homem dos Sonhos": Ana Lúcia Andrade, professora de Cinema da Escola de Belas Artes da UFMG, autora dos livros "O Filme Dentro do Filme: a Metalinguagem no Cinema" e "Entretenimento Inteligente: O Cinema de Billy Wilder"; Larissa Vasconcelos, jornalista, crítica e redatora do cinematório; Renné França, professor, crítico, diretor do filme “Terra e Luz”, autor do livro "Introdução ao Roteiro para Cinema", que pode ser baixado na bio do seu perfil Insólito Audiovisual. O cinematório café é produzido e apresentado por Renato Silveira e Kel Gomes. A cada episódio, nós propomos um debate em torno de filmes recém-lançados e temas relacionados ao cinema, sempre em um clima de descontração e buscando refletir sobre imagens presentes no nosso dia a dia. Quer mandar um e-mail? Escreva para contato@cinematorio.com.br. A sua mensagem pode ser lida no podcast!
Justine Triet é a cineasta francesa que, com o filme “Anatomia de uma Queda”, se tornou a primeira mulher francesa a ser indicada ao Oscar de melhor direção, e a vencer o de melhor roteiro original. Nascida em 1975, em Fécamp, Triet teve sua formação acadêmica na Escola Nacional de Belas-Artes em Paris. Desde sua estreia como diretora de longas-metragens, com o filme “La Bataille de Solférino” (ou “Age of Panic”, sem tradução para o português), em 2013, Triet recebeu uma atenção positiva da crítica francesa. Seu segundo longa, “Na Cama com Victoria”, foi indicado às categorias de melhor filme e melhor roteiro original no César, a premiação mais importante do cinema nacional francês. Em 2019, Triet estreou “Sibyl” em Cannes, concorrendo à Palma de Ouro. Quatro anos depois, em 2023, ela se consagraria como apenas a terceira mulher a receber esse prêmio na história, por “Anatomia de uma Queda”, filme que também lhe rendeu dois Globos de Ouro (de melhor roteiro e melhor filme estrangeiro). A obra também a consagrou como a primeira francesa a ser indicada ao Oscar de melhor direção, além de outras cinco indicações, inclusive a de melhor filme. Na premiação, Triet levou apenas a estatueta de melhor roteiro original. Isso levantou questionamentos de qual teria sido o motivo para o comitê francês não ter indicado “Anatomia de Uma Queda”, e sim “O Sabor da Vida”, como o filme representante da França na competição. Com sua aclamadíssima obra, Triet poderia ter dado o primeiro Oscar de melhor filme estrangeiro em mais de 30 anos. Há quem diga que a não indicação foi uma punição por suas críticas ao presidente francês Emmanuel Macron durante seu discurso de agradecimento na conquista da Palma de Ouro, onde ela atribuiu à política neo-liberal de Macron a perda da autenticidade da cultura francesa, que cada vez mais incentiva filmes comerciais, e não a verdadeira arte
Analisamos "Duna: Parte 2" (2024), de Denis Villeneuve, continuação da adaptação do clássico da ficção científica escrito por Frank Herbert. Discutimos onde o filme melhora em relação ao primeiro, seu ritmo, os novos personagens e a evolução da jornada do "herói" Paul Atreides. - Visite a página do podcast no site e confira material extra sobre o tema do episódio - Junte-se ao Cineclube Cinematório e tenha acesso a conteúdo exclusivo de cinema Lançado pouco mais de dois anos após o primeiro filme, "Duna: Parte 2" retoma a história logo após Paul Atreides se juntar aos Fremen, com quem ele segue seu treinamento em meio à crença de que é o "escolhido" que colocará fim à guerra e guiará o povo de Arrakis à salvação. Porém, uma nova investida dos Harkonnen, agora liderados pelo psicótico Feyd-Rautha, pretende dominar de vez o planeta e escravizar seus habitantes. O roteiro foi escrito por Villeneuve em parceria com Jon Spaihts. A trilha sonora é novamente assinada por Hans Zimmer. A fotografia é de Greig Fraser e a montagem é de Joe Walker. O elenco de "Duna: Parte 2" tem o retorno de Timothée Chalamet, Zendaya, Rebecca Ferguson, Josh Brolin, Javier Bardem, Dave Bautista, Stellan Skarsgård e Charlotte Rampling. As novidades são Austin Butler, Florence Pugh, Christopher Walken e Léa Seydoux. Sentam-se à mesa conosco para analisar "Duna: Parte 2": Ana Lúcia Andrade, professora de Cinema da Escola de Belas Artes da UFMG, autora dos livros "O Filme Dentro do Filme: a Metalinguagem no Cinema" e "Entretenimento Inteligente: O Cinema de Billy Wilder"; Larissa Vasconcelos, jornalista, crítica e redatora do cinematório; Renné França, professor, crítico, diretor do filme “Terra e Luz”, autor do livro "Introdução ao Roteiro para Cinema", que pode ser baixado na bio do seu perfil Insólito Audiovisual. O cinematório café é produzido e apresentado por Renato Silveira e Kel Gomes. A cada episódio, nós propomos um debate em torno de filmes recém-lançados e temas relacionados ao cinema, sempre em um clima de descontração e buscando refletir sobre imagens presentes no nosso dia a dia. Quer mandar um e-mail? Escreva para contato@cinematorio.com.br. A sua mensagem pode ser lida no podcast!
Analisamos o filme "Anatomia de uma Queda" (2023), de Justine Triet, vencedor da Palma de Ouro e do Oscar de Melhor Roteiro Original. - Visite a página do podcast no site e confira material extra sobre o tema do episódio - Junte-se ao Cineclube Cinematório e tenha acesso a conteúdo exclusivo de cinema "Anatomia de uma Queda" é um retrato envolvente de uma mulher sendo julgada como suspeita de assassinar seu marido. Sandra, uma escritora alemã (papel de Sandra Hüller), desmorona quando seu companheiro, Samuel (vivido por Samuel Theis), é encontrado morto. Aos poucos, o julgamento deixa de ser apenas uma investigação das circunstâncias da morte dele e se torna uma inquietante jornada psicológica às profundezas da relação conturbada do casal e da culpa que a sociedade patriarcal impõe às mulheres. "Anatomia de uma Queda" é o quarto longa de Justine Triet, cineasta francesa que antes dirigiu "A Batalha de Solférino", "Na Cama com Victoria" e "Sibyl". Ela assina o roteiro ao lado de Arthur Harari. O elenco conta ainda com Swann Arlaud, Milo Machado-Graner e Antoine Reinartz. Sentam-se à mesa conosco para analisar "Anatomia de uma Queda": Ana Lúcia Andrade, professora de Cinema da Escola de Belas Artes da UFMG, autora dos livros "O Filme Dentro do Filme: a Metalinguagem no Cinema" e "Entretenimento Inteligente: O Cinema de Billy Wilder"; Larissa Vasconcelos, jornalista, crítica e redatora do cinematório; Renné França, professor, crítico, diretor do filme “Terra e Luz”, autor do livro "Introdução ao Roteiro para Cinema", que pode ser baixado na bio do seu perfil Insólito Audiovisual. O cinematório café é produzido e apresentado por Renato Silveira e Kel Gomes. A cada episódio, nós propomos um debate em torno de filmes recém-lançados e temas relacionados ao cinema, sempre em um clima de descontração e buscando refletir sobre imagens presentes no nosso dia a dia. Quer mandar um e-mail? Escreva para contato@cinematorio.com.br. A sua mensagem pode ser lida no podcast!
Lili Elbe, artista plástica, foi das primeiras pessoas a passar por uma cirurgia de redesignação de gênero (história contada no filme “A Garota Dinamarquesa”). Nascida em 1882 e batizada como Einar Wegener, Elbe viveu a maior parte da sua vida como homem. Enquanto estudava Belas Artes em Copenhague, conheceu Gerda Gottlieb, também pintora, c quem se casou. De acordo com sua autobiografia, « De homem a mulher: a primeira mudança de gênero”, Elbe percebeu sua verdadeira identidade quando sua esposa pediu que ele se vestisse de mulher para posar em uma de suas telas. A partir daí, Einar Wegener e Lili Elbe passaram a coexistir: a transição de gênero ainda não era definitiva, e a artista saía de casa ora como homem (Wegener), ora como mulher (Elbe). No início da década de 1930, Lili Elbe não tinha mais dúvidas sobre sua identidade definitiva, e procurou Magnus Hirschfeld, médico e sexólogo pioneiro no estudo da transexualidade, para efetuar a transição. LE passou por algumas das que são consideradas as primeiras cirurgias de redesignação de gênero, removendo a genitália masculina e passando por uma vaginoplastia. Após a transição, seu casamento com Gerda Gottlieb foi anulado, e LE foi autorizada pelo rei dinamarquês a mudar de nome, recebendo todos seus documentos com o nome social e o sexo feminino registrados. Elbe entrou em um relacionamento com um homem, e quis ter filhos. Um transplante de útero, resultou em sua morte: seu corpo rejeitou o órgão, e LE morreu alguns meses depois. Pouco antes de morrer, Elbe escreveu a um amigo: “Provei que tenho o direito de viver existindo como Lili durante 14 meses. Podem dizer que 14 meses não são muito, mas para mim é uma vida humana completa e feliz”. Após sua morte, em 1931, sua autobiografia sobre a transição de gênero foi publicada. Em 2015, um filme inspirado na vida de Lili Elbe foi lançado: “A Garota Dinamarquesa”, indicado a muitos dos principais prêmios cinematográficos do mundo. #lilielbe #mulherdefibra #transexualidade #transicaodegenero #artesplasticas #agarotadinamarquesa
Depois de uma noite quente de eleições, recebemos em estúdio a sabedoria de Manuel João Vieira. Falou-nos dos seus projetos novos, velhice, o seu passado em Belas Artes e no fim ainda tocou uma canção. É mais um episódio do Cacofonia! ________________ REDES Instagram do Chico instagram.com/franciscocorreia Instagram do Paiva instagram.com/josepaiva7 Instagram Cacofonia instagram.com/cacofoniapod Spotify open.spotify.com/show/1QT364Z2gN1PW4h5zIwi2R iTunes podcasts.apple.com/pt/podcast/caco…ia/id1471011102 SoundCloud on.soundcloud.com/AbvBH MAIL movimentocacofonia@gmail.com #cacofonia #podcast #manueljoaovieira
Analisamos o filme "Pobres Criaturas", de Yorgos Lanthimos, estrelado por Emma Stone, Mark Ruffalo e Willem Dafoe. - Visite a página do podcast no site e confira material extra sobre o tema do episódio - Junte-se ao Cineclube Cinematório e tenha acesso a conteúdo exclusivo de cinema "Pobres Criaturas" é baseado no livro de Alasdair Gray, publicado em 1992, e conta a história de Bella Baxter, uma jovem mulher na Londres da era Vitoriana que embarca em uma jornada de libertação e auto-descoberta, após passar por um experimento cirúrgico à la "Frankenstein" pelas mãos do excêntrico Dr. Godwin Baxter. Vencedor do Leão de Ouro no Festival de Veneza, o filme coleciona indicações e prêmios no Oscar, Bafta, Globo de Ouro, entre outros. "Pobres Criaturas" é dirigido por Yorgos Lanthimos, cineasta grego que se tornou um dos mais celebrados diretores de Hollywood ao longo da última década. São dele filmes como "Dentes Caninos", "O Lagosta", "O Sacrifício do Cervo Sagrado" e "A Favorita". O roteiro do filme é assinado por Tony McNamara, que colaborou com Lanthimos em "A Favorita", assim como a protagonista do filme, a atriz Emma Stone, que aqui também é produtora. O elenco conta ainda com Mark Ruffalo, Willem Dafoe, Ramy Youssef, Christopher Abbott, Jerrod Carmichael, Margaret Qualley, Kathryn Hunter e Hanna Schygulla. Sentam-se à mesa conosco para analisar "Pobres Criaturas": Ana Lúcia Andrade, professora de Cinema da Escola de Belas Artes da UFMG, autora dos livros "O Filme Dentro do Filme: a Metalinguagem no Cinema" e "Entretenimento Inteligente: O Cinema de Billy Wilder"; Larissa Vasconcelos, jornalista, crítica e redatora do cinematório; Matheus Monteiro, crítico, roteirista, cineclubista e professor, autor do perfil Cinegrafia; Renné França, professor, crítico e cineasta, diretor do filme “Terra e Luz”, autor do livro "Introdução ao Roteiro para Cinema", que pode ser baixado na bio do seu perfil Insólito Audiovisual. O cinematório café é produzido e apresentado por Renato Silveira e Kel Gomes. A cada episódio, nós propomos um debate em torno de filmes recém-lançados e temas relacionados ao cinema, sempre em um clima de descontração e buscando refletir sobre imagens presentes no nosso dia a dia. Quer mandar um e-mail? Escreva para contato@cinematorio.com.br. A sua mensagem pode ser lida no podcast!
Analisamos o filme dirigido por Todd Haynes e estrelado por Natalie Portman, Julianne Moore e Charles Melton. - Visite a página do podcast no site e confira material extra sobre o tema do episódio - Junte-se ao Cineclube Cinematório e tenha acesso a conteúdo exclusivo de cinema Escrito por Samy Burch e inspirado na história verídica de Mary Kay Letourneau, "Segredos de um Escândalo" gira em torno de uma atriz que se prepara para interpretar no cinema uma mulher que se envolveu em um escândalo, mais de 20 anos atrás, quando teve um relacionamento amoroso com um menor de idade. A aproximação entre as duas leva a um jogo de intriga e manipulação que afeta as vidas de todos ao redor delas. Sentam-se à mesa conosco para a retrospectiva do cinema em 2023: Larissa Vasconcelos, jornalista, crítica e redatora do cinematório; Ana Lúcia Andrade, professora de Cinema da Escola de Belas Artes da UFMG, autora dos livros "O Filme Dentro do Filme: a Metalinguagem no Cinema" e "Entretenimento Inteligente: O Cinema de Billy Wilder". O cinematório café é produzido e apresentado por Renato Silveira e Kel Gomes. A cada episódio, nós propomos um debate em torno de filmes recém-lançados e temas relacionados ao cinema, sempre em um clima de descontração e buscando refletir sobre imagens presentes no nosso dia a dia. Quer mandar um e-mail? Escreva para contato@cinematorio.com.br. A sua mensagem pode ser lida no podcast!
Confira nossa retrospectiva do que foi o cinema em 2023, um ano que teve Barbenheimer, Scorsese, Almodóvar, super-heróis em baixa e greve em Hollywood! - Visite a página do podcast no site e confira material extra sobre o tema do episódio - Junte-se ao Cineclube Cinematório e tenha acesso a conteúdo exclusivo de cinema Nesta edição do cinematório café, nós fazemos uma retrospectiva do que foi o cinema em 2023, um ano que teve "Barbenheimer", Scorsese de três horas, Almodóvar de 30 minutos, crise nos filmes de super-heróis, mulheres em alta no cinema brasileiro, greve de atores e roteiristas, Indiana Jones, Super Mario, Gal Costa, Mussum... Confira os nossos destaques e também as surpresas que nós encontramos nas telas -- tem até amigo oculto no nosso especial de fim de ano! Sentam-se à mesa conosco para a retrospectiva do cinema em 2023: Larissa Vasconcelos, jornalista, crítica e redatora do cinematório; Ana Lúcia Andrade, professora de Cinema da Escola de Belas Artes da UFMG, autora dos livros "O Filme Dentro do Filme: a Metalinguagem no Cinema" e "Entretenimento Inteligente: O Cinema de Billy Wilder"; e Renné França, professor, crítico e cineasta, diretor do filme “Terra e Luz”, autor do livro "Introdução ao Roteiro para Cinema", que pode ser baixado na bio do seu perfil Insólito Audiovisual. O cinematório café é produzido e apresentado por Renato Silveira e Kel Gomes. A cada episódio, nós propomos um debate em torno de filmes recém-lançados e temas relacionados ao cinema, sempre em um clima de descontração e buscando refletir sobre imagens presentes no nosso dia a dia. Quer mandar um e-mail? Escreva para contato@cinematorio.com.br. A sua mensagem pode ser lida no podcast!
Analisamos “O Mundo Depois de Nós”, mistura de thriller social e psicológico com filme apocalíptico, estrelando Julia Roberts, Mahershala Ali e Ethan Hawke. - Visite a página do podcast no site e confira material extra sobre o tema do episódio - Junte-se ao Cineclube Cinematório e tenha acesso a conteúdo exclusivo de cinema Nesta edição do cinematório café, nós analisamos “O Mundo Depois de Nós” (Leave the World Behind, 2023), mistura de thriller social e psicológico com filme apocalíptico, estrelando Julia Roberts, Mahershala Ali e Ethan Hawke. A direção e o roteiro são de Sam Esmail (da série "Mr. Robot"), que se baseou no livro homônimo escrito por Rumaan Alam. Lançado pela Netflix em dezembro de 2023, "O Mundo Depois de Nós" acompanha os conflitos geracionais e sociais entre duas famílias isoladas em uma luxuosa casa de campo, enquanto elas tentam entender um potencial cataclisma que começa com o colapso gradual dos meios de comunicação e outras tecnologias usadas regularmente. Sentam-se à mesa conosco neste episódio para discutir o filme “O Mundo Depois de Nós”: Ana Lúcia Andrade, professora de Cinema da Escola de Belas Artes da UFMG, autora dos livros "O Filme Dentro do Filme: a Metalinguagem no Cinema" e "Entretenimento Inteligente: O Cinema de Billy Wilder"; e Renné França, professor, crítico e cineasta, diretor do filme “Terra e Luz”, autor do livro "Introdução ao Roteiro para Cinema", que pode ser baixado na bio do seu perfil Insólito Audiovisual. O cinematório café é produzido e apresentado por Renato Silveira e Kel Gomes. A cada episódio, nós propomos um debate em torno de filmes recém-lançados e temas relacionados ao cinema, sempre em um clima de descontração e buscando refletir sobre imagens presentes no nosso dia a dia. Quer mandar um e-mail? Escreva para contato@cinematorio.com.br. A sua mensagem pode ser lida no podcast!
É seguramente um dos talentos maiores da composição em língua portuguesa e toda ela é um caminho bonito de música e letra, a tocar e a narrar vistas bonitas.Ao EP A Pele Que Há em Mim, seguiu-se Dá, Casulo, Quarto Crescente e Vai e Vem editado em 2018. Picos e vales é o mais recente trabalho da viagem da compositora, que já escreveu para artistas como Ana Moura, António Zambujo e Sérgio Godinho, entre outros. Já conquistou o Prémio José da Ponte da Sociedade Portuguesa de Autores e celebrou a sua década de trabalho no Coliseu dos Recreios, Lisboa. Nomeada duas vezes para os Globos de Ouro, Márcia iniciou o seu percurso formando-se em Pintura pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa e relata, no seu primeiro livro, alguns dos caminhos que a levaram a ser hoje uma das artistas mais reconhecidas no panorama nacional. Tem um livro maravilhoso que guardo com carinho em minha casa e me conquistou logo pela capa chamado “As estradas são para ir”. E são tanto para ir que tenho N'A Caravana para irmos e a descobrirem, Márcia.Podem seguir a Márcia: https://www.instagram.com/marcia__ig/?hl=enProdução e Agenciamento: Draft Media https://www.draftmediaagency.comMerchandising N'A Caravana: https://loja.ritaferroalvim.com/Obrigada a todos meus patronos por me permitirem fazer o que gosto e beneficiarem e acreditarem nos meus projetos. Um agradecimento especial aos patronos Premium: Rossana Oliveira, Mónica Albuquerque, Raquel Garcia, Sofia Salgueiro, Sofia Custódio, Patrícia Francisco, Priscilla, Maria Granel, Margarida Marques, Ana Moura, Rita Teixeira, Ana Reboredo, Rita Cabral, Tânia Nunes, Rita Nobre Luz, Leila Mateus, Bernardo Alvim, Joana Gordalina Figueiredo, Mónica Albuquerque, Rita Pais, Silvia, Raquel Garcia, Mariana Neves, Madalena Beirão, Rita Dantas, Ana Rita Barreiros, Maria Castel-Branco, Filipa Côrte-Real, Margarida Miguel Gomes, Rita Mendes, Rita Fijan Fung, Luísa Serpa Pimentel, Rita P, Mónica Canhoto, Daniela Teixeira, Maria Gaia, Sara Fraga, Cláudia Fonseca, Olga Sakellarides, Rafaela Matos, Ana Ramos, Isabel Duarte, Joana Sotelino, Ana Telles da Silva, Carolina Tomé, Patrícia Dias, Raquel Pirraca, Luisa Almeida, Filipa Roldão, Inês Cancela, Carina Oliveira, Maria Correia de Sá.
Analisamos “Assassinos da Lua das Flores”, filme dirigido por Martin Scorsese e baseado no livro homônimo de David Grann, estrelado por Leonardo DiCaprio, Robert De Niro e Lily Gladstone. - Visite a página do podcast no site e confira material extra sobre o tema do episódio - Junte-se ao Cineclube Cinematório e tenha acesso a conteúdo exclusivo de cinema Unindo elementos do western e do filme de gângster, “Assassinos da Lua das Flores” é baseado em uma história real, acontecida em Oklahoma, EUA, nos anos 1920. O longa narra o romance improvável entre Ernest Burkhart (DiCaprio) e Mollie Kyle (Gladstone) e acompanha os assassinatos suspeitos de membros da Nação Osage, que se tornaram algumas das pessoas mais ricas no mundo da noite para o dia, depois que o petróleo foi descoberto sob suas terras. A série de crimes levou a uma das primeiras investigações do FBI, quando a organização foi criada por J. Edgar Hoover. Com roteiro assinado por Eric Roth e Scorsese, “Assassinos da Lua das Flores” é também um filme sobre a tragédia contemporânea dos genocídios indígenas que ocorreram e ainda ocorrem em vários países colonizados, inclusive no Brasil. Uma história difícil, com personagens de sentimentos ambíguos, mas envolvente e comovente do início ao fim. Sentam-se à mesa conosco neste episódio para discutir o filme “Assassinos da Lua das Flores”: Ana Lúcia Andrade, professora de Cinema da Escola de Belas Artes da UFMG, e Erika Savernini, professora de Cinema da UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora). O cinematório café é produzido e apresentado por Renato Silveira e Kel Gomes. A cada episódio, nós propomos um debate em torno de filmes recém-lançados e temas relacionados ao cinema, sempre em um clima de descontração e buscando refletir sobre imagens presentes no nosso dia a dia. Quer mandar um e-mail? Escreva para contato@cinematorio.com.br. A sua mensagem pode ser lida no podcast!