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Economia
Na corrida mundial pela IA, UE aposta em proteção de dados para se diferenciar de excessos de concorrentes

Economia

Play Episode Listen Later Feb 11, 2025 5:46


A expansão da inteligência artificial para os mais diversos campos torna a questão da regulamentação do seu uso cada vez mais urgente, em meio a uma concorrência mundial crescente. Espremida entre o controle estatal da China e a flexibilidade dos Estados Unidos, a Europa busca se diferenciar com uma IA protetora dos usuários – mesmo que este caminho a deixe para trás nesta corrida. A União Europeia adotou em 2024 a legislação mais completa do mundo sobre a tecnologia. O “respeito da vida dos cidadãos” está no foco do texto do IA Act, que impõe transparência sobre o seu uso, exigências de normas para áreas consideradas sensíveis, como educação e segurança, e até proibições de uso da IA quando for contrário aos valores europeus, a exemplo do sistema de notação de pessoas que existe na China.Enquanto isso, nos Estados Unidos, um dos primeiros atos da desregulamentação generalizada prometida pelo presidente Donald Trump foi reverter o frágil mecanismo que havia sido instaurado pelo ex-presidente Joe Biden em matéria de inteligência artificial.Este foi um dos principais temas debatidos na Cúpula para a Ação sobre a Inteligência Artificial, realizada em Paris nesta segunda e terça-feira. “Nós apoiamos a regulação: como se tem dito, a IA é importante demais para não ser regulada, mas deve ser regulada de forma inteligente”, disse a diretora global de Políticas de Concorrência do Google, Astri Van Dyke, em um painel do Business Day, evento paralelo da cúpula. “Temos que ter uma visão dos riscos e analisar setor por setor. Os riscos da IA na saúde serão diferentes do da indústria, por exemplo”, complementou.  Já Adam Cohen, diretor de Impacto Econômico da OpenAi, considera que, neste momento de desenvolvimento da tecnologia, regras mais flexíveis favorecem o surgimento de novos players. “As regras e regimes de compliance podem criar obstáculos. Só para dar uma ideia de comparação, na OpenAI somos 2 mil colaboradores, o que é menos do que só o time jurídico do Google”, disse o executivo da criadora do ChatGPT. “Não temos o mesmo nível de recursos. O impacto que as obrigações podem ter é muito importante”, comentou.Regulação poder preservar a concorrência Solange Viegas dos Reis, diretora jurídica da OVHCloud, líder europeia em armazenamento de dados, afirma que um dos principais papeis da regulação é justamente proteger a concorrência justa. Representando um setor em que 70% do mercado é dominado por três big techs americanas (Amazon, Microsoft e Google), ela avalia que o mercado sozinho não garantirá essas salvaguardas.“A regulação não é automaticamente sinônimo de freio à competição. Se ela for adaptada, ela pode ajudar à competição”, observa. “Hoje, o que se passa é que tem uma diferença muito grande de capacidade de desenvolvimento entre empresas americanas e europeias – as grandes empresas da tech são americanas e as europeias são muito menores. Mas podemos ver que a regulação pode ajudar todo o tecido industrial e econômico a se desenvolver. E temos um diferencial importante, na comparação com os competidores, que é a proteção dos dados e a soberania sobre eles”, destaca.Solange compara as empresas de IA com as outras indústrias, dentre as quais muitas não se importam de recorrer ao trabalho infantil ou desrespeitar normas ambientais.“Não é porque, em certos países, a IA é feita num faroeste que devemos aceitá-la. Sabemos que o mercado europeu é importante para várias empresas no mundo inteiro, incluindo as americanas”, salientou. “Como o nosso mercado é importante, nós podemos impor regras que permitam acessá-lo. Essas regras têm que permitir que a atividade econômica flua com boas condições, mas também podem impedir que pessoas que venham do faroeste apliquem os métodos delas na Europa.”IA tem interesse em manter indústrias criativas O presidente da Autoridade da Concorrência francesa, Benoît Coeuré, disse que o risco é a IA se tornar uma gigantesca indústria da exploração de dados, na qual as grandes companhias captarão, legal ou legalmente, informais sigilosas ou protegidas por direitos autorais.“Nós temos que tomar cuidado para nos prevenir disso, e balancear os interesses da IA contra os de outros quesitos, inclusive sociais, mas também de propriedade intelectual, da indústria da mídia, da proteção privacidade e tantos outros. Essa discussão só começou e acredito que encontraremos um caminho a seguir”, frisou. “Estou confiante porque é do maior interesse das companhias de IA proteger a produção dos dados, seja de conhecimento, de música, de notícias, de filmes. O seu maior interesse de longo prazo vai ser proteger esse ecossistema criativo, do qual ela depende”, explicou.  O presidente francês, Emmanuel Macron, defende que é essencial manter “a confiança” das pessoas na inteligência artificial e pregou uma “regulação mundial” desta tecnologia, embora tenha reconhecido que os excessos podem abalar o seu desenvolvimento.Governança inclusiva da IAO Brasil segue por essa linha: ao lado de Paris, Brasília é uma das 29 signatárias da Parceria Mundial pela Inteligência Artificial, promovida pela OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) para pregar boas práticas na utilização da tecnologia. Em uma mesa redonda da cúpula, o ministro das Relações Exteriores Mauro Vieira defendeu uma governança inclusiva da IA.“As Nações Unidas não devem estar apenas no centro das discussões sobre IA, mas no centro de qualquer iniciativa de tomada de decisão. Defendemos um diálogo aberto, equitativo e inclusivo, sempre reconhecendo as necessidades e prioridades de cada país, e acreditamos que a implementação do Pacto Digital Global deve estar no centro do nosso ‘road map'”, afirmou o chanceler.Vieira lembrou que a governança da inteligência artificial foi uma das prioridades da presidência brasileira do G20, no ano passado, e também será um dos principais objetivos da presidência do Brasil do Brics em 2025. “Os países do Sul Global precisarão ser ouvidos se quisermos alcançar soluções sustentáveis ​​para problemas duradouros e evitar uma nova exclusão digital entre países de diferentes níveis de desenvolvimento”, evocou.No encerramento da cúpula, nesta terça (11), nem os Estados Unidos, nem o Reino Unido assinaram a proposta de comunicado final do evento, que defendeu uma “IA inclusiva e sustentável” do ponto de vista energético.

B3Cast
Global Money Week: jovens aprendem educação financeira com jogos na B3 | Minuto B3 - 18/03/2024

B3Cast

Play Episode Listen Later Mar 18, 2024 1:38


Estamos na Global Money Week, evento internacional promovido anualmente pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e organizado no Brasil pela CVM. O #MinutoB3 mostra a programação da bolsa que tem como objetivo ensinar educação financeira para crianças e adolescentes. #PraTodosVerem #PraCegoVer um vídeo onde Pedro, do time B3, fala diretamente para a câmera. Ele é um homem branco, jovem, de cabelos curtos e usa uma camisa azul. #GlobalMoneyWeek #EducaçãoFinanceira #OCDE #Bolsa #Jogos

Folha na Sala
[Conteúdo patrocinado] Desafios e Sucessos na Educação

Folha na Sala

Play Episode Listen Later Nov 3, 2023 31:51


Qual o segredo para que estudantes de determinadas escolas obtenham em um teste global resultados melhores que a média brasileira e também à frente da do país que está na dianteira da América Latina, o Chile? O teste, no caso, é o Pisa, um dos mais conceituados do mundo, que é organizado pela OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico). Para explicar cada um desses fatores, o Estúdio Folha, ateliê de conteúdo patrocinado da Folha de S.Paulo, e o Sesi-SP (Serviço Social da Indústria) produziram o podcast Desafios e Sucessos na Educação.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Economia
Reindustrialização da França vai precisar de mão de obra estrangeira, adverte governo Macron

Economia

Play Episode Listen Later Oct 4, 2023 5:44


No momento em que a União Europeia acerta os ponteiros para reformar a política migratória no bloco, o governo francês também prepara uma nova lei de imigração, que poderá responder à demanda de setores da economia que sofrem com a falta de mão de obra no país. Ministros do presidente Emmanuel Macron têm reiterado que a reindustrialização da França, um objetivo da presidência, vai precisar passar por uma maior regularização de trabalhadores estrangeiros – pelo menos nas áreas sob forte tensão. Em setembro, o ministro da Indústria, Roland Lescure, evocou que só na sua pasta, o país vai precisar de 1,3 milhão de pessoas nos próximos 10 anos e a França será obrigada a fazer uma “seleção econômica” da imigração que recebe, conforme as necessidades no mercado de trabalho. “Um monde de indústrias só funcionam graças à mão de obra estrangeira”, frisou.Depois, foi a vez da ministra da Solidariedade e da Família, Aurore Bergé, afirmar que a aprovação do projeto de lei é uma questão de “pragmatismo, de realismo e de maior eficiência” da economia francesa.“Estamos falando de empregos na metalurgia, por exemplo, justamente uma área que sofreu com a desindustrialização, mas que continua a ter que empregar e tem muita dificuldade para recrutar”, aponta o chefe da Divisão das Migrações Internacionais da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), Jean-Christophe Dumont, à RFI. “Os trabalhadores locais veem esses empregos como tendo pouco futuro. Nesses setores, encontramos, proporcionalmente, um número alto de operários imigrantes.”Setores com vagas abertas Desde a retomada após o choque da Covid-19, áreas como hotelaria, turismo, transportes, construção, segurança e agricultura estão igualmente sob tensão. Vagas mais qualificadas, como às ligadas à saúde e à tecnologia, também penam a ser preenchidas.Dumont observa que uma das principais barreiras para a abertura dos postos para os estrangeiros é o temor da burocracia, a começar pelo desconhecimento da legislação trabalhista para os imigrantes e as equivalências educacionais entre os países. As empresas temem, ainda, serem responsabilizadas por eventuais ilegalidades no processo de contratação de um trabalhador estrangeiro. “Quando eles têm a escolha, obviamente eles vão dar preferência aos franceses. Mas quando há situações de penúria, eles percebem que há recursos humanos com alto valor agregado a quem eles podem recorrer”, salienta o especialista da OCDE. “Só que está cheio de profissionais cujos diplomas ainda não são reconhecidos, em especial para profissões muito regulamentadas na França. O país está mal colocado para facilitar a equivalência de diplomas ou propor uma formação complementar, quando a equivalência não é perfeita”, constata.Segundo a associação Each One, especializada na inclusão profissional de refugiados e imigrantes, 62% das pequenas e médias empresas francesas estão com dificuldades para empregar, mas só um terço demonstra abertura para os estrangeiros. “A questão é conseguirmos levantar o freio, os estereótipos, e acompanhar as empresas para que elas passem a ver pessoas que poderão recrutar não como imigrantes, mas como talentos que elas precisarão observar em alguns aspectos específicos, como talvez a língua. Precisamos reforçar a visão de que isso é, acima de tudo, um investimento positivo para a empresa – e essa convicção deve ser espalhada por cada andar da empresa”, explica Théo Scubla, fundador da Each One.Curso na FrançaPara facilitar esse caminho, o primeiro passo para o imigrante deve ser se qualificar nos moldes franceses, sugere Scubla.“Primeiro, no que chamamos de savoir être, para eles adquirirem os códigos da vida na França e reforçarem o conhecimento do idioma. Depois, direcionamos para as profissões desejadas, que podem ser pouco ou muito qualificadas, conforme a necessidade das empresas”, sinaliza. “Para cada curso, já estamos em contato com uma empresa que está potencialmente interessada, o que nos permite de garantir emprego para praticamente todas as pessoas formadas.”O projeto de lei sobre a imigração será apresentado pelo governo no Senado francês no dia 3 de novembro. A oposição de direita e extrema direita tem pressionado pela eliminação do artigo 3 do texto, relativo à legalização dos trabalhadores irregulares nas áreas com falta de mão de obra local. Os partidos conservadores temem que a aprovação desta medida signifique um sinal verde para mais imigração ilegal.“Sem mão de obra estrangeira, há setores que não aguentam”, reage a ministra Bergé. “Os presidentes de empresas e de grandes federações profissionais estão nos pedindo essa medida”, argumentou.

Poder Entrevista
Restringir agências reguladoras afasta OCDE, diz Logística Brasil

Poder Entrevista

Play Episode Listen Later Feb 13, 2023 28:14


A emenda do deputado Danilo Forte (União-CE) à MP que reestrutura o governo pode afastar o Brasil da entrada na OCDE. Essa é a análise do diretor-presidente da Logística Brasil, André de Seixas, de 48 anos.A proposta do congressista à MP (medida provisória) 1.154/2023 fala na criação de conselhos temáticos com a participação do governo, empresas, academia e consumidores para definir as normas de cada área. Atualmente, agências reguladoras têm autonomia para editar as normas, fiscalizar e julgar as instituições de determinado setor.“Eu tenho certeza que isso é um passo atrás que o país está dando, inclusive, para se no futuro pretender entrar na OCDE [Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico]. Porque a regulação na OCDE é um tema amplamente debatido no sentido que tem que haver regulação. Eu vejo como um perigo muito grande e quem vai pagar a conta dessa emenda é a camada mais frágil da nossa sociedade”, disse Seixas em entrevista ao Poder360.

Antena Aberta
Mudar o sistema de propinas no ensino superior?

Antena Aberta

Play Episode Listen Later Dec 19, 2022 49:47


A OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico) propõe que em Portugal haja de um sistema de propinas por escalões, ou seja quer que os valores a pagar sejam diferentes em função dos rendimentos.

O Antagonista
Paulo Guedes diz que a arrecadação do primeiro semestre "surpreendeu os analistas e a Receita”

O Antagonista

Play Episode Listen Later Jul 21, 2022 0:51


Durante uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira (21), Paulo Guedes comemorou a arrecadação do primeiro semestre deste ano. O governo arrecadou R$ 1 trilhão. "Surpreendeu os analistas, surpreendeu a receita”, declarou o ministro da Economia. O ministro da Economia, ao citar o resultado do período, ressaltou a capacidade do governo em driblar os problemas econômicos causados pela pandemia.  “Isso [arrecadação] é importante porque confirma as nossas previsões de que a economia brasileira ia surpreender mais uma vez os analistas, é um sintoma inequívoco de que o crescimento econômico está surpreendendo. Surpreendeu os analistas, surpreendeu a Receita”, declarou. Na apresentação, o ministro comparou o Brasil com países como os EUA. “Aqui está subindo emprego. A renda e arrecadação surpreendendo. Ao mesmo tempo, estão caindo a inflação e o desemprego [...] ao contrário do que está acontecendo na OCDE [Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico] e nos Estados Unidos“, ponderou. Cadastre-se para receber nossa newsletter: https://bit.ly/2Gl9AdL​ Confira mais notícias em nosso site: https://www.oantagonista.com​ Acompanhe nossas redes sociais: https://www.fb.com/oantagonista​ https://www.twitter.com/o_antagonista​ https://www.instagram.com/o_antagonista No Youtube deixe seu like e se inscreva no canal: https://www.youtube.com/c/OAntagonista

Jovem Pan Maringá
Inflação, recessão, desemprego e fome! o que fazer para sair do atoleiro?

Jovem Pan Maringá

Play Episode Listen Later Jul 7, 2022 64:38


Destaque desta quinta-feira (7), os países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) registraram inflação média de 9,6% no acumulado de 12 meses até maio. Eis a íntegra do levantamento (1 MB, em inglês). O percentual é o maior desde agosto de 1988, há quase 34 anos. Segundo a organização internacional, os preços dos alimentos continuaram a subir. Atingiu 12,6% em maio, contra 115% em abril. Reflexo disso, são os ambulantes nas ruas de Maringá vendendos artigos com roupas e tênis sem origem ou procedencia e sem nota fiscal. --- Send in a voice message: https://anchor.fm/jovem-pan-maring/message

Podcast Economia - Agência Radioweb
Estudo aponta que economia brasileira deve crescer 0,6% em 2022

Podcast Economia - Agência Radioweb

Play Episode Listen Later Jun 8, 2022 2:16


Segundo estudo da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), a economia brasileira deve crescer apenas 0,6% neste ano. O percentual representa um quinto da média mundial estimada em 3%.

Trabuco Show
Sachiko Eto, A Serial Killer do Baquetão

Trabuco Show

Play Episode Listen Later Jun 3, 2022 82:06


Violência no Japão O arquipélago do japão é conhecido por ser um dos lugares mais seguros do mundo, talvez um dos maiores exemplos disso, são os policiais que patrulham as ruas desarmadas. Além de ter um índice de furtos e roubos baixíssimos, o que eleva a segurança em muitos cenários é também a cultura do povo, que não tem preguiça em devolver um celular ou uma carteira encontrada perdida em um lugar público. Para se ter ideia, segundo dados de 2018 da polícia metropolitana de Tóquio, mais de 545 mil identidades e 240 mil carteiras foram devolvidas. Na época, 156 mil celulares foram encontrados e entregues à polícia; entre eles, 130 mil foram recuperados pelos donos, os demais não foram buscados pelos titulares dos telefones e, portanto, foram destruídos. Ao todo, cerca de ¥ 13 bilhões (R$ 578 milhões no câmbio atual) e 11 milhões de itens foram devolvidos em 2018. E o fluxo não para: 29 milhões de novos objetos perdidos foram encontrados e entregues à polícia em 2019. Esse exercício de cidadania de não se apropriar das coisas dos outros no Japão é tão grande e curioso para os olhos de outras culturas que um grande estudo já foi feito para comparar o comportamento entre as principais metrópoles do Japão contra os EUA. Segundo o estudo "Losers: recovering lost property in Japan and the United States", feito pelo acadêmico norte-americano Mark West, da University of Michigan Law School, 88% dos celulares propositalmente "perdidos" pelos acadêmicos durante o experimento foram entregues à polícia em Tóquio; em Nova York, foram 6%. Entre as carteiras deliberadamente deixadas para trás, 80% foram entregues na capital japonesa, ante 10% na metrópole norte-americana. No Japão, 73% da população diz se sentir segura, segundo o Better Life Index, da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico). O número de homicídios por 100 mil habitantes, indica o relatório, é o principal marcador para se pensar o nível de segurança de um país — e o Japão possui uma das menores taxas do mundo (0,2, ante a média internacional de 3,7). Só para níveis de comparação, segundo o portal countryeconomy.com de 1990 até 2019, o ano com o maior número de homicídios no Japão foi em 1998 com um total de 775, uma taxa de 0,61 na conta para cada cem mil habitantes, no Brasil, neste mesmo período o menor número foi em 1992 com um total de 25967, 16,83 para cada cem mil habitantes, número esse que representa mais ou menos a metade da média dos últimos cinco anos brasileiros. O Japão de fato é um país muito seguro, e desde 2015 os índices de criminalidade andam tão baixos que não chegam a 1% ao ano. Os policiais são conhecidos como Omawari-san, acabam sem ter muito o que fazer, e existem estudos sobre

Economia
Candidatura do Brasil à OCDE avança, mas pode ter revés com troca de governo

Economia

Play Episode Listen Later Mar 30, 2022 7:35


O governo brasileiro enviou dois ministros a Paris esta semana para fazer um balanço sobre a candidatura do Brasil à OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico). Brasília corre contra o tempo para acelerar o calendário de adesão – que poderia sofrer um revés após as eleições de outubro, em caso de retorno de Luiz Inácio Lula da Silva à presidência, como antecipam as pesquisas de intenções de voto até o momento. O ministro da Economia, Paulo Guedes, esteve com o secretário-geral da entidade, Mathias Cormann, além de outros diretores de áreas mais específicas como tributária e comercial. "O Brasil está muito bem posicionado nesta lista de acesso à OCDE. Todos os protocolos estão em andamento. Estamos tentando fazer as reformas justamente na direção dessas melhores práticas que são usadas internacionalmente”, celebrou Guedes, em uma coletiva de imprensa nesta terça-feira (29). "Há um reconhecimento de que o Brasil tem feito um bom trabalho e de que é um candidato muito forte a ter um acesso, entre os seis que estão colocados”, afirmou o ministro, em referência aos outros cinco países que também tentam a adesão, Argentina, Peru, Croácia, Romênia e Bulgária. Desafio ambiental O governo têm ciência de que as questões ambientais representam “um desafio importante” para a conclusão do processo. O Brasil foi cobrado em relação ao seu compromisso contra o desmatamento e contra as mudanças do clima. Guedes afirmou que "o Brasil pode trazer valor à OCDE no seu papel-chave na economia verde e a transição para a economia de baixo carbono". Ele também frisou que o país "quer fazer parte da solução do problema de energia na Europa”, ao ser capaz de aumentar a produção de energias renováveis, como solar e eólica, mas também a exploração de fontes fósseis como petróleo e gás natural, “condenadas, mas necessárias”, segundo Guedes. O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, participa nesta quarta e quinta-feiras de reuniões ministeriais da OCDE sobre estes assuntos. Calendário de adesão A expectativa é de que, em junho, a organização estabeleça os detalhes que restam para a adesão formal do Brasil – até o momento, o país já adotou 104 dos 251 instrumentos legais preconizados pelo órgão, e outros 70 estão em estágios avançados. Questionado sobre o impacto de uma mudança de governo nas próximas eleições neste processo, o ministro demonstrou preocupação. "Eu respondo por nós. Se nós estivermos aqui, eu acho que a convergência será muito rápida. Agora, se tiver gente que é contra privatização, contra abrir a economia, a favor de recuar em todas as reformas que foram feitas e que, aliás, nunca deu prioridade nenhuma à entrada na OCDE, acho que vai haver um retrocesso importante”, disse. Os governos petistas jamais foram adeptos do ingresso do país na entidade, da qual fazem parte as 38 economias mais desenvolvidas do planeta. O professor de Relações Internacionais da Alberto Pfeifer, diretor da cátedra OCDE na Universidade de São Paulo (USP), concorda que a candidatura poderia travar com um eventual retorno do ex-presidente Lula ao poder. “Talvez nem tanto por ele em si, nem pela equipe econômica que ele venha a escolher, porque dentro da coalizão de forças alinhadas, há pessoas que entendem que a ascensão à organização é algo que só adiciona ao Brasil. Mas há setores dentro desta linha, assessores próximos, que já se manifestaram contrariamente ao processo da OCDE”, pontuou, enfatizando que o ingresso representaria uma maior liberalização da economia brasileira. Alberto Pfeifer observa que não há tempo hábil para a entidade oficializar a entrada do país antes das eleições. “O tempo é muito exíguo e o procedimento que a OCDE adota envolve uma série de consultas, visitas. É um processo semelhante a uma auditoria, que envolve técnicos da OCDE, empresas terceiras, contratadas, entrevistas, em vários órgãos da administração pública e do setor privado brasileiro", explicou. O professor ressalta ainda que o projeto de adesão ao órgão se fortaleceu no governo de Michel Temer e, desde então, ganhou apoio na esfera pública do país. "Há um setor do funcionalismo público brasileiro, do Estado brasileiro e do alto escalão de diversas carreiras permanentes de serviços públicos, que apreciam a ideia e entendem que a ascensão do Brasil e a formalização da participação do Brasil no conjunto normativo e no procedimento padrão da OCDE é algo desejável, porque representa o comprometimento do Brasil com pautas que, de um lado, aperfeiçoam a economia de mercado e o sistema de livre empreendedorismo no Brasil, e de outro, garantem a entrega de políticas públicas de uma maneira mais transparente e eficaz”, defende o coordenador do Grupo de Análise da Conjuntura Internacional da USP (GaCint).

Falando de Mercado
Ata do Copom mais dura

Falando de Mercado

Play Episode Listen Later Feb 8, 2022 5:00


Como colocávamos em nosso comentário de abertura, quando a ata do Copom ainda estava sendo divulgada, os agentes interpretaram que tinha vindo mais dura que o comunicado, logo após a reunião da semana passada. Lá, soou mais forte a expressão de que o ritmo poderia ser reduzido por conta do ciclo de alta desde 2%, em julho de 2020, e efeitos ainda não capturados integralmente pela alta constante. Hoje, soaram mais forte as incertezas e os alertas sobre quadro fiscal e taxas deslocadas. Mas acabou sendo um dia meio modorrento. No exterior, a OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) anunciou que a taxa de desemprego entre os membros do grupo caiu em dezembro para 5,4%. O FMI contribuiu dizendo que a pressão inflacionária alta na Europa tende a cair no correr do ano, mas que os gargalos de insumos podem ser riscos.

Falando de Mercado
Dia comportado nos mercados de risco

Falando de Mercado

Play Episode Listen Later Dec 8, 2021 5:39


O dia foi bem mais comportado nos mercados de risco do mundo. Na Europa e parcialmente nos EUA, foi interrompida a boa sequência de recuperação. Aqui, tivemos alguns momentos de inversão para negativo, mas passamos boa parte do dia no campo positivo, e Ibovespa engatando o quinto pregão de alta consecutiva. Aqui, algum alivio com a promulgação da PEC fatiada dos precatórios fez a diferença e, no mundo, preocupações com a variante Ômicron da covid-19. No exterior, a OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) anunciou que a taxa de desemprego de novembro dos países membros encolheu para 5,7%, de anterior em 5,8%. O BCE (BC europeu) declarou que o final dos estímulos não deve ser antecipado, que os fundos de investimento estão mais expostos a risco que antes da covid-19 e que é importante enfrentar os riscos de alavancagem do setor financeiro não bancário. O Canadá manteve a taxa de juros de 0,25% inalterada por mais um mês.

Um pulo em Paris
França vive boom econômico pós-pandemia e tem 400 mil empregos sobrando no mercado

Um pulo em Paris

Play Episode Listen Later Oct 30, 2021 8:49


A economia francesa voltou a crescer de forma surpreendente com o controle da epidemia de Covid-19, +3% no terceiro trimestre deste ano – um aumento do PIB em três meses que não se via há 50 anos –, e superior ao da Alemanha (+1,8%). Esse aquecimento acaba exacerbando um problema que já existia antes de 2019: um número considerável de empregos que não encontram interessados. Atualmente, existem cerca de 400 mil vagas de trabalho não preenchidas em todo o país (www.1jeune1solution.gouv.fr). Alguns setores sofrem mais que outros. A pandemia abriu os horizontes para outras oportunidades e mudou a percepção sobre o trabalho – os cargos presenciais a 100% ou com horários difíceis têm tido menos candidatos.  Sobram vagas de recepcionista, garçom, cozinheiro, pedreiro, cuidador, caminhoneiro ou trabalhador agrícola. Os hospitais também atravessam uma crise gravíssima, com falta de enfermeiros. Há carência de médicos e veterinários em várias regiões. Pequenas e médias empresas, além das start-ups do setor de tecnologia, não encontram no mercado os perfis que procuram.  Os baixos salários em algumas atividades são apenas uma parte da equação mal resolvida. Esta semana, um estudo de um organismo (Apec) que acompanha a evolução do mercado de trabalho de pessoas com ensino superior mostrou que existe um boom na oferta de empregos nas áreas de saúde e social (45% de vagas adicionais em relação a 2019), na indústria farmacêutica (+39%) e no setor varejista (+31%), mas faltam candidatos. Algumas profissões levam tempo para formar, como um médico. Porém, em outras, as razões do desencontro entre vaga e candidato são complexas.  Os empregadores apontam uma defasagem, uma inadequação entre a formação do candidato e o que ele deve executar no cargo, ou seja, um problema atualização profissional. A demanda por melhores salários tem aumentado, mas não é o único entrave. As empresas insistem no perfil de pessoas com cinco a dez anos de experiência, mas essas já estão empregadas. Por outro lado, os recém-formados continuam com dificuldade de quebrar a barreira do primeiro emprego por falta de experiência. Ao menos 83% dos franceses que chegaram a postos sêniores dizem estar satisfeitos com seus empregos atuais e não pensam em mudar.  Crise nos hospitais por falta de enfermagem Em dois anos, desde outubro de 2019, 20% dos leitos da rede pública hospitalar foram fechados por falta de paramédicos. A carência de enfermeiras e auxiliares de enfermagem é particularmente preocupante. A sobrecarga de trabalho durante a pandemia foi a gota d'água num setor que já enfrentava problemas de absenteísmo, por questões relacionadas com a organização dos horários e do estresse cotidiano, além dos salários baixos.  Na urgência, o governo reajustou os salários no ano passado, mas a medida não foi suficiente para melhorar a atratividade da profissão. O salário de base de uma enfermeira em início de carreira no sistema público subiu para € 2.026 líquidos, cerca de R$ 14.500. Com isso, a França passou a ocupar o 18° lugar num ranking de 29 países da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), ganhando oito posições. Mas a hemorragia não parou. As enfermeiras têm dado preferência ao trabalho liberal, em consultório, em escolas ou empresas. Muitas simplesmente mudaram de profissão.  Os sindicatos da categoria dizem que as enfermeiras recém-formadas abandonam a carreira em cinco anos, em média. Elas preferem ir trabalhar em Luxemburgo ou na Suíça, onde o salário inicial é o dobro do pago na França. A obrigação vacinal da Covid-19 só piorou uma crise que começou há 15 anos, quando houve uma ampla reforma dos hospitais. "Remédio de cavalo" O ministro da Saúde, Olivier Verán, reconheceu esta semana que a situação está complicada nos hospitais e pediu tempo para refletir sobre possíveis soluções. Isso no momento em que a epidemia dá sinais de retomada em várias regiões. O presidente da Federação de Estabelecimentos Hospitalares, Frédéric Valletoux, disse que a saúde pública está precisando de "remédio de cavalo" e reajuste de salário não será suficiente. Ele defende uma cota mínima de profissionais por especialidade nos hospitais e menos burocracia, ou seja, uma reforma ampla.

Rádio Gazeta Online - Podcasts
#02 Boletim Gazeta Online - 21//10/2021

Rádio Gazeta Online - Podcasts

Play Episode Listen Later Oct 21, 2021 3:56


De acordo com uma projeção do OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), o padrão de vida dos brasileiros deve ficar praticamente estagnado pelos próximos 40 anos. O monitor Caio Mello (do curso de Jornalismo) cita alguns resultados divulgados pela entidade, como o crescimento do PIB nas próximas duas décadas e o percentual de queda na taxa de ocupação e população ativa no mercado de trabalho. Além disso, ele diz o que será preciso para melhorar o cenário fiscal do país após a crise sanitária. Conheça também os resultados observados em um levantamento do Observatório Obstétrico Brasileiro Covid-19 (OOBr) referente ao índice de letalidade de grávidas e puérperas sem as duas doses da Covid-19.

Falando de Mercado
Mercado de gangorra

Falando de Mercado

Play Episode Listen Later Sep 10, 2021 4:15


Perdemos a conta de quantas vezes o mercado local passou do positivo para negativo ao longo do dia. O mesmo pode ser estendido para a taxa cambial e também para o comportamento dos juros, esse menos por conta da divulgação da inflação oficial de agosto. No exterior, também as incertezas bateram forte com covid-19 e Delta e, notadamente, com o espectro do tapering rondando a retirada de estímulos. Dia difícil, mas nada além do previsto. Em nosso comentário de abertura, dissemos que depois do rompimento do suporte em 115.000 pontos do Ibovespa, a próxima trava estaria em 110.000 pontos. Na mínima do dia, chegamos a 112.400 pontos. No exterior, o BCE (BC europeu) anunciou o resultado de sua decisão sobre política monetária, mantendo juros estáveis em -0,5%, refinanciamento em zero e compra de títulos de 1,85 trilhão de euros. Mas Christine Lagarde deixou claro que podem reduzir a compra de ativos, calibrando o mercado. Isso não significava deixar a política acomodatícia. Os mercados até reagiram positivamente a isso. Também ampliou a expectativa de inflação para 2,2% (anterior em 1,9%) e PIB crescendo 5% em vez da previsão de 4,6%. Nos EUA, os pedidos de auxílio desemprego da semana encolheram 35.000 posições, para total de 310.000, e os pedidos continuados (com uma semana de defasagem) reduziram 22.000 posições para 2,78 milhões. O presidente Biden aproveitou para declarar que isso reforça uma recuperação duradoura. Em compensação, dirigentes regionais do FED voltaram a afirmar crença de começar tapering ainda em 2021. Já líderes democratas não descartam a possibilidade de redução do pacote social de US$ 3,5 trilhões, e permanece a novela de elevação da dívida, enquanto o prazo se esvai. A OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) observou que a taxa de desemprego dos países membros caiu para 6,2% em julho, mas ainda está maior que no período pré-pandemia. Já a China disse que tenciona vender petróleo de suas reservas para equilibrar o preço da commodities e, com isso, derrubou os preços no mercado internacional. Foi só mais uma incerteza para os mercados. No mercado internacional, o petróleo WTI, negociado em NY, mostrava queda de 1,83%, com o barril cotado a US$ 68,03 (esteve mais baixo ainda). O euro era transacionado em alta leve para 1,183, e notes americanos de 10 anos com taxa de juros de 1,30% em queda. O ouro e a prata com altas pela fraqueza do dólar, e commodities agrícolas com quedas na Bolsa de Chicago. O minério de ferro registrou queda de 1,46%, com a tonelada cotada em US$ 130,26. Aqui, tivemos uma minirreprise dos estresses. No final da tarde, caminhoneiros ainda mantinha bloqueios brandos em 13 estados, conversaram com Bolsonaro e o ministro Tarcísio, mas querem encontro com Rodrigo Pacheco para pressionar pelo impeachment de Alexandre de Moraes, o que extrapola qualquer pleito para a categoria. De onde vem essa demanda? Na economia, tivemos a divulgação da inflação oficial pelo IPCA de agosto em desaceleração, mas acima do esperado em 0,87% (Previsão era 0,70%). No ano, a inflação está em 5,67% e, em 12 meses, em 9,78%, beirando os dois dígitos. Mas isso acabou produzindo expectativas maiores para inflação do ano e taxa Selic. A estimativa para o Copom de 22/09 agora caminha para 1,50%. E a inflação já extravasa 8%.

Falando de Mercado
Muito para avaliar

Falando de Mercado

Play Episode Listen Later Sep 2, 2021 5:25


Os investidores têm muito para avaliar hoje, além da aprovação da reforma do imposto de renda votada na Câmara. Ontem, o governo teve derrotas no Senado, há os ruídos das manifestações de 7 de setembro (estimulados pelo presidente), as preocupações com o quadro fiscal, inflação e redução do crescimento em 2022. Ontem foi dia da Bovespa reagir positivamente e acompanhar o mercado melhor no exterior, mas com o câmbio e DIs afetados negativamente pelo risco fiscal e inflação. A Bovespa encerrou com alta de 0,52% e índice em 119.395 pontos, o dólar voltando para R$ 5,19 e os DIs mais longos com taxa de juros na casa de dois dígitos novamente. Durante a noite, a Câmara aprovou a reforma do imposto de renda depois de muitos acordos e pressão de Arthur Lira pelo placar de 398 X 77, e hoje vota os destaques para seguir para votação no Senado e com hipóteses de ser derrotada. Afinal, ontem o Senado impôs duas derrotas ao governo, sendo a MP 1045 sobre o trabalho a pior para o ministro Onyx. Hoje, os mercados da Ásia terminaram o dia com altas, a Europa operando com viés positivo e sem maiores definições e os futuros do mercado americano com valorizações neste início de manhã. Aqui, seguimos em zona de indefinição, até que o Ibovespa consiga ultrapassar a faixa de 121.000/122.000. Na Coreia do Sul, o PIB do segundo trimestre expandiu 0,8% e contra igual período do ano anterior com alta de 6,0%. Na zona do euro, a inflação medida pelo PPI (atacado) de julho registrou alta de 12,1% na comparação anual e a OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) mostrou a inflação de seus membros pelo CPI (consumidor) subindo para 4,2% na comparação anual de julho, vindo de 4,0% no mês anterior. No mercado internacional, o petróleo WTI, negociado em NY, mostrava alta de 0,63%, com o barril cotado a US$ 69,02. O euro era transacionado em alta para US$ 1,185 e notes americanos de 10 anos com taxa de juros em 1,29%. O ouro e a prata mantinham altas na Comex e commodities agrícolas com desempenho misto na Bolsa de Chicago. Aqui, o risco fiscal e inflação em alta dominam as preocupações dos investidores, com projeções de crescimento encolhendo, principalmente em 2022, em parte por conta da crise hídrica. Já os empresários, pediram que o presidente volte com o horário de verão, principalmente por conta de eventual racionamento.

Falando de Mercado
Dia pode ser novamente positivo

Falando de Mercado

Play Episode Listen Later Aug 30, 2021 5:25


A semana passada, apesar de tudo que aconteceu no exterior e a tensão interna, acabou sendo bem absorvida pelos investidores, muito em função das declarações suaves do presidente do FED, Jerome Powell, na última sexta-feira, petróleo em alta e minério também. A Bovespa terminou a semana com alta acumulada de 2,22% e índice em 120.677 pontos (no ano tem alta de somente 1,4%), dólar em queda de 3,5% e cotado a R$ 5,19, petróleo WTI com valorização de 10,28% e minério de ferro na China com +12,0%. Vale siderúrgica e Petrobras ajudaram muito na recuperação. A nova semana começa com agenda cheia de eventos com capacidade de mexer com os mercados e a tensão podendo aumentar por conta da possibilidade de manifestações em 7 de setembro e orçamento de 2022. A semana está começou com mercados da Ásia em alta, Europa também em alta neste início de manhã e futuros do mercado americano com viés positivo. Aqui, se conseguirmos furar a zona de 122.000/123.000 pontos do Ibovespa, a situação volta a melhorar, abrindo maior espaço para recuperação. Nos EUA, Biden homenageou os mortos americanos no Afeganistão, desarmou novo ataque do Estado Islâmico, mas caíram foguetes na proximidade do aeroporto de Cabul. O furacão IDA interrompeu fornecimento de energia em áreas da Louisiana e derruba o preço do petróleo no mercado internacional após boa recuperação. Na zona do euro, o índice de sentimento econômico de agosto caiu para 117,5 pontos, de previsão de ficar em 118,0. A OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) disse que seus membros permanecem com PIB abaixo do período pré-pandemia, mesmo com o segundo trimestre mostrando boa aceleração. No mercado internacional, o petróleo WTI, negociado em NY, mostrava queda de 0,71%, com o barril cotado a US$ 68,25. O euro era cotado em alta para US$ 1,18 e notes americanos de 10 anos com taxa de juros de 1,31%. O ouro e a prata com leve queda na Comex e commodities agrícolas com comportamento misto. Aqui, o presidente da Câmara, Arthur Lira, tenta evitar final inglório para a reforma do imposto de renda, que pode ser retirada pelo governo ou deixar caducar. Na agenda do dia, teremos a divulgação do IGP-M de agosto (expectativa de +0,78%), a confiança do comércio e serviços de agosto e a nova pesquisa semanal Focus, do Bacen. Além disso, o resultado primário do governo central. Nos EUA, o índice de atividade de Dallas e durante a noite indicadores de atividade na China. Expectativa para o início do dia de Bovespa seguindo em recuperação, dólar e juros mais fracos. Bom dia e bons negócios! Alvaro Bandeira Economista-Chefe do banco digital modalmais

Falando de Mercado
E segue a novela

Falando de Mercado

Play Episode Listen Later Aug 24, 2021 5:54


Segue a novela interna de disputas entre os três poderes e dissenções, fazendo com que os mercados aqui não evoluam. A Bovespa mostra queda acumulada no ano de 1,30%. Ontem foi mais um dia de mercado no Brasil atuando na contramão dos principais mercados do mundo. A Bovespa encerrou com queda de 0,49% e índice em 117.471 pontos, dólar oscilando muito para fechar estável em R$ 5,38 e com juros pressionados. Nos EUA, o Dow Jones terminou o dia com alta de 0,61% e Nasdaq com +1,55% (recorde de pontuação). Motivo aqui pode ser atribuído ao risco institucional alto das últimas semanas, expectativa de fura-teto por parte do governo e por medidas populistas que começam a ser esboçadas. Hoje, os mercados da Ásia voltaram a encerrar com boas altas e apetite ao risco (destaque para Hong Kong com +2,46%), Europa começou em alta também, mas perde tração na sequência e futuros do mercado americano com comportamento positivo. O petróleo também em nova alta (ontem registrou recuperação de mais de 5,0%) ajuda no quadro positivo. Aqui, mercado só ganha tração quando se aproximar de 121.000 pontos do Ibovespa, mas mostra fraqueza se perder 116.000 pontos. Na Alemanha, a segunda leitura do PIB do segundo trimestre mostrou expansão de 1,6% (previsão era +1,5%) e na comparação anual com alta de 9,8%. No Peru, o PIB do segundo trimestre na comparação anual cresceu 41,9%. A (OCDE Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) indicou que o comércio dos países do G-20 registrou novo recorde no segundo trimestre, mas mostra sinais recentes de desaceleração. Nos EUA, os democratas moderados entraram em choque com Biden e Nancy Pelosi (presidente da Câmara) por conta dos trilhões no orçamento de 2022 dos programas propostos. Já a Vice-Presidente Kamala Harris, em discurso em Cingapura, acusou a China de coerção e intimidação. A SEC (correspondente da nossa CVM) emitiu novas exigências para que empresas chinesas façam IPOs no mercado americano. No mercado internacional, o petróleo WTI, negociado em NY, mostrava alta de 1,52%, com o barril cotado a US$ 66,64. O euro era transacionado em US$ 1,17 e notes americanos de 10 anos com taxa de juros de 1,27%. O ouro em queda e a prata em alta na Comex e commodities agrícolas com comportamento de alta nas negociações da Bolsa de Chicago. No cenário local, o governo discute plano B para a PEC dos precatórios com o todo ou parte fora do teto de gastos, situação que ninguém gostaria que acontecesse. Mas Paulo Guedes diz que tem forte programa de manutenção do teto de gastos e manteve as perspectivas equilibradas. O presidente da Câmara, Arthur Lira, quer votar hoje a reforma do imposto de renda, que não tem consenso e agrega distorções maiores para os assalariados, com a possibilidade de maior “pejotização”. Governadores também estão preocupados com a adesão de oficiais da Polícia Militar às manifestações que estão sendo programadas para o 7 de setembro. Manifestações que até aqui contarão com a participação de Bolsonaro. Na agenda do dia local, somente entrevistas de Paulo Guedes e Campos Neto, ficando o mercado ao sabor do noticiário. No exterior, teremos o índice de atividade industrial de Richmond de agosto e as vendas de casas novas de julho. Expectativa para o dia de Bovespa podendo tentar recuperação (depende do clima político), dólar ainda pressionado e o mesmo para os juros. Bom dia e bons negócios! Alvaro Bandeira Economista-Chefe do banco digital modalmais

Falando de Mercado
Mercado em marcha lenta

Falando de Mercado

Play Episode Listen Later Aug 11, 2021 5:12


Os últimos dias têm sido de mercados acionários com pequenas oscilações positivas ou negativas, cambio oscilando próximo da estabilidade e juros também sem formar caminho mais visível. Isso vale também para os mercados da Europa e até para os EUA. O que tem fugido desse conceito são as commodities, com operadores preocupados com a desaceleração da economia chinesa e agora com declarações da OCDE. Hoje a OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) disse ver sinais de moderação no crescimento das principais economias. Isso bate de imediato nas commodities e em seguida em outros segmentos do mercado. A variante delta do covid-19 voltando a assustar e a possibilidade de bancos centrais anteciparem retiradas, são os principais vetores desse comedimento dos investidores. Aqui, além de tudo isso, ainda temos as idiossincrasias da área política fervilhando, com o governo gastando cacife para tentar não ser derrotado no voto impresso e nas reformas que boa parte da sociedade organizada vem mostrando estar longe da ideal. Mas também preocupa as tentativas de vazar o teto de gastos e a regra de ouro que impede o governo de se endividar para cobrir gastos de custeio.

Falando de Mercado
Dia de noticiário quente

Falando de Mercado

Play Episode Listen Later Aug 10, 2021 5:48


O dia promete ser de noticiário quente e, portanto, os investidores terão que ficar de olho na volatilidade dos mercados. Ontem, a Bovespa ainda conseguiu encerrar o dia com leve alta de 0,17% e índice em 123.019 pontos, enquanto o dólar oscilou muito para fechar praticamente estável em R$ 5,24. Os mercados americanos terminaram com comportamento misto. Investidores preocupados com a expansão da covid-19 pela variante Delta, que se espalha pelo mundo, e aqui com o quadro fiscal e “saco de bondades” aberto com objetivo eleitoreiro. Hoje, as Bolsas da Ásia terminaram o dia com comportamento positivo, destaque para Hong Kong, com 1,23%, e Xangai, com 1,01%. Europa tentando – e conseguindo – se manter no campo positivo neste início de dia, e futuros do mercado americano novamente com comportamento misto. Aqui, podemos ter o terceiro pregão seguido de alta, mas o dia promete ser quente. O IBGE anuncia o IPCA (inflação oficial) de julho com expectativa de ficar em +0,95%. O Copom divulga a ata da última reunião, que pode conter dados para projeções novas. A Câmara avalia o voto impresso e, justamente hoje, teremos desfile de blindados na Praça dos Três Poderes, interpretado por parlamentares como uma forma de constrangimento para a votação. No exterior, a Alemanha anunciou o índice Zew de expectativas econômicas em queda para 40,4 pontos, vindo de 63,3 pontos e com previsão de ficar em 57,5 pontos. Veio pesado. Já a OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) vê sinais de moderação do crescimento de economias importantes. A desaceleração mostrada pela economia chinesa tem interferido diretamente na formação de preços de muitas commodities. Nos EUA, o presidente regional do FED de Boston, Rosengren, defende que o tapering (retirada de estímulos) seja anunciado em setembro e comece a ser aplicado em meses seguintes. No mercado internacional, o petróleo WTI, negociado em NY, mostrava alguma recuperação depois da forte queda de ontem e subia 1,65%, com o barril cotado a US$ 67,58. O euro era transacionado em queda para US$ 1,172, e notes americanos de 10 anos em queda para 1,31%. O ouro e a prata mostravam altas na Comex, e commodities agrícolas com viés positivo na Bolsa de Chicago. Aqui, Arthur Lira, presidente da Câmara, quer votar a reforma do Imposto de Renda amanhã, e o Consefaz (Conselho de Secretários da Fazenda) costura uma emenda (depois de pedir rejeição integral) para não reduzir queda do fundo de participação de estados e municípios (FPE/M). A CNI (Confederação da Indústria) fez pesquisa e apurou que mais da metade dos empresários acredita em racionamento de energia, e a medida proposta pelo governo para evitar apagão pode ter fraca adesão. Na B3, no mês de julho, o volume médio negociado foi de R$ 29 bilhões por dia, com contração de 2,17%. Os investidores ativos eram 3,25 milhões e o valor de mercado das 449 empresas listadas estava em R$ 5,67 trilhões. A agenda importante do dia pode mudar a direção dos mercados, assim como o noticiário corrente. Mas a expectativa é de Bovespa tentando mais um dia de alta, dólar forte e juros em alta. Bom dia e bons negócios! Alvaro Bandeira Economista-Chefe do banco digital modalmais

Brasil-Mundo
Brasil-Mundo - Casa do Brasil de Lisboa vai oferecer apoio psicológico a pessoas migrantes

Brasil-Mundo

Play Episode Listen Later Jul 4, 2021 4:12


Para dar uma resposta aos migrantes que necessitam de apoio psicológico, independentemente se estão ou não em situação legal no país, a Casa do Brasil de Lisboa decidiu criar um projeto de saúde mental. Fábia Belém, correspondente da RFI em Lisboa Os atendimentos estão previstos para começar em setembro, e vão acontecer na própria Casa do Brasil de Lisboa, uma associação sem fins lucrativos que trabalha para promover a integração dos estrangeiros que chegam ao país. Segundo a técnica de Projeto de Intervenção Social da instituição, Janine Martins, a iniciativa será direcionada a pessoas migrantes de qualquer nacionalidade, desde que falem português, idioma que será usado nos atendimentos. “As linhas principais desse projeto é ter esse atendimento clínico, e os atendimentos serem feitos com valores sociais. Então, com valores mais baixos pra que essa pessoa consiga pagar e ter o atendimento”, explica. Se a Casa do Brasil de Lisboa conseguir financiamento para o projeto, os migrantes não vão precisar pagar pelas consultas, que ainda não têm valor definido. Por enquanto, não há informação sobre quantos profissionais vão estar envolvidos na iniciativa, mas tudo indica que o projeto também vai dar oportunidade de trabalho a psicólogos estrangeiros, inclusive brasileiros. Parte da população migrante está facilmente exposta a situações que podem colocar a saúde mental em risco, como a separação do contexto familiar, a dificuldade de integração no novo país, além de outros fatores de natureza socioeconômica. A técnica de Projeto de Intervenção Social da Casa afirma que não é possível esperar que uma pessoa esteja mentalmente bem se ela não tem trabalho nem casa onde morar. Sobre a rede de apoio, Janine Martins destaca: “Se a gente pensar numa comunidade migrante, como é que ela vai ter rede de suporte se essa pessoa acabou de chegar ao país? Esses fatores todos afetam a saúde mental da pessoa”, alerta. A terapia que faz falta Natural da cidade mineira de Caratinga, Rosângela Pereira de Jesus vivia na cidade de São Paulo, onde trabalhava como técnica de enfermagem. Há dois anos, ela mudou-se sozinha para Portugal. Quando chegou, encontrou ocupado o quarto que havia reservado num apartamento. No mesmo prédio, conseguiu alugar uma cama para dormir, e precisou dividir o quarto com mais duas pessoas desconhecidas. Com o tempo, a brasileira, que é mãe de três filhos, tem conseguido organizar a vida e trazer a família aos poucos, mas não esquece o impacto dos problemas que teve na saúde mental.  “Era frustrante tudo, e sem apoio das pessoas”, desabafa Rosângela. “Se um dia as pessoas tiverem oportunidade de ter um terapeuta pra conversar, é muito bom. Isso faz muita falta pra gente”, garante. Saúde mental na pandemia Com a pandemia, a necessidade de apoio psicológico ficou ainda mais exigente de resposta. A Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa divulgou, em maio, o relatório de um estudo sobre as percepções das pessoas migrantes acerca do impacto da pandemia de Covid-19 nas condições de vida. O estudo foi realizado entre agosto e dezembro do ano passado com 1091 migrantes (21,8% brasileiros), na Área Metropolitana de Lisboa, que residiam em Portugal há menos de 10 anos. Do total de entrevistados, mais da metade (53,6%) revelou sentir agitação, ansiedade e tristeza alguns dias, enquanto 26,4% afirmaram ter esses sentimentos quase todos os dias desde o começo da crise sanitária. Dificuldades de acesso aos serviços de saúde O Conselho Nacional de Saúde português destacou, no último relatório sobre saúde mental, divulgado em 2019, que “apenas uma pequena parte dos cidadãos com problemas de saúde mental tinha acesso a cuidados”, e chamou a atenção para a falta de profissionais. No contexto da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), Portugal é um dos países com uma das mais baixas proporções de psiquiatras - 13 por 100 mil habitantes, enquanto a média é de 18 por 100 mil habitantes. A falta de médicos especialistas tem tido um impacto importante na prestação dos serviços. O relatório revela, por exemplo, que há hospitais públicos que demoram cerca de três meses para a realização da primeira consulta de psiquiatria considerada “muito prioritária”. Neste caso, o tempo de resposta está acima do limite, que é de 30 dias. Na opinião da técnica de Projeto de Intervenção Social da Casa do Brasil de Lisboa, Janine Martins, o projeto de saúde mental “não vai resolver o problema” de dificuldade de acesso aos cuidados especializados, “mas ele vai ser mais um ponto de apoio, vai ser mais uma entidade independente tentando dar uma resposta para uma população específica”. Portugal tem cerca de 10 milhões de habitantes. Deste total, 662.095 são estrangeiros com autorização de residência, sendo que a maioria deles (27,8%) é formada por brasileiros.

Economia
Economia - Grandes empresas se abrem para pessoas trans, marginalizadas no mercado de trabalho

Economia

Play Episode Listen Later Jun 30, 2021 6:55


Por muitas décadas, as pessoas trans, invisíveis na sociedade, foram obrigadas a se resignar em profissões outrora associadas ao universo gay, como cabeleireiro, manicure e profissional do sexo. Graças ao reconhecimento das pautas LGBT nos últimos anos, esse destino começa lentamente a mudar – obrigando grandes empresas a adaptar seus recursos humanos ao século 21. Lúcia Müzell, da RFI A França é um dos países mais avançados do mundo em integração dos transgêneros, conforme um estudo da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), publicado em 2020. A pesquisa apontou que os países que mais promoveram leis de paridade entre homens e mulheres são também os mais inclusivos para gays, lésbicas e transgêneros – mas estes últimos permanecem os mais discriminados. "A alta da integração jurídica das pessoas LGBT à sociedade é associada a duas vezes mais mulheres no Parlamento dos países mais avançados, por exemplo, e a uma diminuição de 30% das diferenças salariais entre homens e mulheres”, afirma economista Marie-Anne Valfort, principal autora da pesquisa e especialista em discriminações no ambiente de trabalho na OCDE. "Isso ocorre porque a igualdade entre homens e mulheres implica a abstração das normas tradicionais de gênero, que simplesmente negam a possibilidade de existência das pessoas LGBT." Na França, multinacionais como a L'Oréal e pesos-pesados do sistema bancário nacional, como o BNP Paribas, se esforçam para dar vez aos candidatos que se revelaram de outro sexo ou que, depois de contratados, decidiram fazer a transição. No Dia Internacional da Luta contra a Homofobia e a Transfobia, a gigante da telefonia Nokia publicou um vídeo de uma trans recém contratada em Paris, na qual ela relata nunca ter podido expor a sua identidade de gênero durante os estudos de graduação, na prestigiosa Sorbonne – e isso faz apenas cinco anos. Nome social, foto no crachá Sinais simbólicos de abertura se aceleram, como a possibilidade de designar o pronome preferido (ele ou ela) na assinatura do email da empresa, estímulos para a adoção do nome social pelos colegas, o uso do banheiro feminino ou masculino conforme a escolha e os registros administrativos de um funcionário, inclusive a foto e o nome no crachá ou na placa em frente ao escritório. "Para que o engajamento da empresa seja percebido como real e profundamente instalado na empresa, ele deve ser regularmente demonstrado pelos dirigentes da empresa, em eventos internos e externos. Eles devem estar sempre insistindo sobre o quanto o respeito à diversidade é importante”, frisa Valfort. "Os diferentes chefes devem se associar como aliados nisso, mostrando o exemplo. Eles precisam compreender que o fato de incluir todos e valorizar todos é a melhor forma de fazer funcionar uma empresa e é um fator de melhora da performance”, sublinha a economista. Neste aspecto, os ventos da vanguarda sopram dos Estados Unidos em direção ao resto mundo. Atualmente, a multinacional IBM lida com 12 a 20 transições por ano, o que a levou a adotar políticas claras sobre o tema internamente. Continuar a chamar um funcionário pelo antigo gênero, por exemplo, pode ser alvo de sanções disciplinares ou até demissão. Na filial francesa, uma licença de nove dias é concedida para um colaborador que deseja realizar a transição. Sociedade muda – e empresas acompanham Em muitas companhias, a abertura à diversidade ainda é resultado dos estudos de marketing que constatam que a fluidez de gênero se instalou na sociedade – portanto, entre os potenciais clientes. Uma pesquisa do instituto Ifop divulgada em 2020 apontou que 22% da população francesa não se identifica nas categorias homem ou mulher. Se modernizar acaba sendo uma obrigação. Ainda assim, Marie-Anne Valfort ressalta que a inserção das pessoas trans está longe da ideal, até nos países desenvolvidos. Ela aponta que os processos de seleção não se concentram nos critérios objetivos do perfil procurado, e acabam abalados por opiniões pessoais dos recrutadores: "A discriminação contra aqueles que são abertamente LGBT no seu local de trabalho continua disseminada. Temos experiências provando isso. Pesquisadores mostraram que, com formação e experiência profissional idênticas, a probabilidade de candidatos fictícios serem convocados ou não para uma entrevista de emprego é menor no caso dos que são percebidos como pessoas LGBT”, constata a especialista. "No caso dos trans, é ainda pior.” No Brasil, a iniciativa Transempregos coloca em contato candidatos e empregadores. A plataforma teve 315% de aumento dos usuários de janeiro de 2020 para 2021, dos quais 40% tem nível de escolaridade superior. Já são 1.000 empresas cadastradas no sistema, em todo o país. A associação registrou mais de 1.400 vagas abertas especificamente para pessoas trans, e 111 empresas incluem essa população nas seleções para qualquer tipo de vaga, sem discriminação positiva.

Economia
Economia - Países "como o Brasil” ainda precisarão ser convencidos sobre imposto mundial, diz OCDE

Economia

Play Episode Listen Later Jun 8, 2021 6:14


Reunidos no G7, os países mais desenvolvidos do planeta chegaram a um acordo sobre a adoção de um imposto mundial sobre os lucros das multinacionais, inclusive nos países onde elas não estão instaladas, mas atuam e geram receita. A proposta é considerada "histórica" para combater os paraísos fiscais e finalmente tributar as gigantes da internet, em uma adaptação necessária à economia digital do século 21. Mas a ideia pode enfrentar resistência dos pequenos países e os emergentes, como o Brasil. Lúcia Müzell, da RFI O acordo é costurado há quase 10 anos pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e agora venceu esta etapa crucial no G7, graças à saída do ex-presidente americano Donald Trump da mesa de negociações. Seu sucessor, Joe Biden, tenta emplacar uma ambiciosa reforma fiscal em um momento em que os cofres públicos não só dos Estados Unidos, como do mundo inteiro, estão vazios por conta da pandemia. Neste contexto, o imposto mundial vem a calhar para ajudar os países a pagarem a salgada conta da Covid-19 – ao mesmo tempo em que, ironicamente, as empresas de big tech registram lucros recordes pelo mundo, graças à crise sanitária. A arrecadação seria dividida entre os países nos quais as companhias têm lucros, embora não estejam fisicamente implantadas, a exemplo do Facebook mundo afora. O economista especialista em tributação Jacques Le Cacheux, do Observatório Francês de Conjuntura Econômica (OFCE), avalia que ficará muito difícil para as grandes companhias fugirem dos impostos – já que a prática se tornará ilegal. "Vai mudar muita coisa, mas o diabo está nos detalhes. Precisaremos ver como fazer, concretamente, o cálculo da repartição dos lucros das multinacionais. Teremos de ver como aplicar a regra para empresas como mineradoras, por exemplo, e como faremos para compartilhar os lucros dessas multinacionais entre os diferentes países, nos quais elas atuam”, explica. Próxima etapa: negociação no G20 Este é um dos pontos delicados para a aprovação da proposta no grupo de trabalho da OCDE sobre o tema, reunindo 139 países, e depois pelos líderes do G20, na reunião prevista em julho. A taxa de “no mínimo 15%" representará um avanço inédito ao acabar com a exoneração praticada nos paraísos fiscais e elevar o índice praticado em lugares como a Irlanda, destino preferencial das companhias digitais na Europa, ao aplicar apenas 12,5% em impostos. Mas em outros casos, como Brasil, a taxa já é superior à proposta pelo G7 – e eles temem sair perdendo com a reforma. O diretor do Centro de Política e Administração Fiscal da OCDE, Pascal Saint-Amas, explicou à emissora FranceInfo que a maior potência emergente, a China, se mostra cooperativa, mas outros países podem colocar barreiras ao projeto. "Antes mesmo de convencer a China, teremos que convencer os países do leste europeu, a Irlanda, vários pequenos países que pensam que esse assunto só interessa às grandes grandes economias. Estamos trabalhando dia e noite na OCDE para chegarmos a um acordo no fim do mês de junho, para depois termos a adesão dos países do G20: Brasil, África do Sul, Índia, Indonésia”, afirma Saint-Amas. "Esses países dizem que querem o direito de tributar mais nos países emergentes.” Detalhes em aberto Além disso, no caso do Brasil, na esfera bolsonarista, a notícia da criação de um "imposto mundial" foi interpretada como a consolidação da suposta agenda globalista – e o presidente Jair Bolsonaro pode acabar resistindo à proposta para não desagradar a sua base eleitoral. O governo ainda não fez um comentário oficial sobre o tema. O professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) especialista em tributação Marcos Fernandes avalia que os detalhes do projeto ainda estão vagos, em especial para as empresas tradicionais. "No ponto de vista do Brasil, não está muito claro no que isso pode nos afetar. Não há nada ainda que a gente possa inferir sobre benefícios para o Brasil”, aponta Fernandes. "Não está claro, por exemplo, se essa discussão valeria para qualquer multinacional, inclusive para as filiais delas instaladas em diversos outros países. Impostos sobre repatriações de lucros já existem e praticamos aqui. O caso da Irlanda é diferente: ela atrai as sedes das multinacionais." Um valor mínimo de receita para ser alvo do fisco em nível mundial ainda não foi determinado. Desde os anos 1980, a guerra fiscal entre os países para atrair as empresas fez a tributação cair pela metade. Estimativas apontam que as multinacionais – em especial as americanas – direcionam até 40% dos seus lucros para países onde os tributos são menores, o que representa um buraco de US$ 500 bilhões de impostos não recolhidos.

Caderneta Global
OCDE: A Entrada da Costa Rica e a Situação do Brasil

Caderneta Global

Play Episode Listen Later Jun 1, 2021 6:08


No episódio de hoje vamos falar da recente entrada da Costa Rica na OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e da posição do Brasil no pleito para uma vaga na organização.  Siga no Instagram: https://www.instagram.com/cadernetaglobal/ 

Estação 4.0 - ABDI
OCDE - Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico

Estação 4.0 - ABDI

Play Episode Listen Later May 26, 2021 51:57


A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), uma organização que completa 61 anos em 2021, mantém com o Brasil uma relação formal há mais de quatro décadas. Este episódio do Estação 4.0 debate as perspectivas e impactos da adesão do Brasil à OCDE. Fala em novos incentivos à economia circular, novos desenvolvimentos para a tecnologia digital e ainda sobre a atração de investidores globais.

Economia
Economia - Qual impacto a chegada da vacina terá na economia?

Economia

Play Episode Listen Later Dec 2, 2020 5:38


Os países aceleram os preparativos para a vacinação da população contra a Covid-19, esperada para começar de forma generalizada no fim de dezembro ou, no mais tardar, início da janeiro. Na expectativa de reverter o quanto antes os estragos provocados pela pandemia, diferentes setores da economia também já se projetam para o mundo pós-vacina – mas especialistas advertem que o efeito do imunizante não será milagroso. “A vacina com certeza mudou as perspectivas e é uma luz no fim do túnel, porém é preciso ter em mente que o caminho pela frente vai envolver grandes desafios. Nos países da OCDE, mesmo nos melhores cenários, a perspectiva é que leve de seis a oito meses para que os efeitos da vacina comecem a ser sentidos”, afirma o diretor-adjunto da Divisão de Saúde da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), o brasileiro Frederico Guanais. "É preciso administrar essa vacina em escala suficiente para contribuir para a interrupção do ciclo de transmissão do vírus, ou seja, chegar à famosa imunidade de rebanho, de 50 a 60% da população imunizada. Só que, na maioria dos países, a vacinação ocorrerá em etapas”, indica o especialista. Com a imunização em massa, o mundo poderá relançar os setores mais abalados pela crise, como o comércio, o turismo e a cultura. Em suas perspectivas econômicas para 2021, a OCDE prevê alta de 4,2% do PIB mundial graças à vacina, com os índices de crescimento semelhantes a antes da pandemia já no fim do ano que vem. A retomada, porém, tende a ser em ritmo desigual, na medida em que o acesso ao produto não será o mesmo entre os países. Os investimentos na compra do imunizante e na organização das futuras campanhas de vacinação serão determinantes, frisa Frédéric Bizard, economista da saúde e professor da ESCP Business School de Paris. "A vacinação não vai, em alguns dias, permitir às pessoas voltarem a viver normalmente. As medidas de proteção ainda permanecerão por um bom tempo”, ressalta o francês. "E haverá diferenças entre os países. Os Estados Unidos, que investiram US$ 2,5 bilhões na vacina da Moderna e, evidentemente, terão doses prioritárias em relação a outros países, poderão lançar rapidamente uma vacinação em massa. Eles vão sair, provavelmente, mais rapidamente da epidemia do que a Europa”, compara o professor, que também preside o think tank Institut Santé. Disparidades mundo afora Os primeiros efeitos na economia são esperados para o segundo trimestre de 2021. Uma análise do banco Goldman Sachs projeta que 50% dos americanos e canadenses estarão vacinados em abril e, na União Europeia, Japão e Austrália, esse objetivo será alcançado, no mínimo, em maio. Dentro da Europa, o ritmo da imunização coletiva também será desigual. Alemães e belgas, que produzem a vacina da Pfizer-BioNTech, devem sair na frente em relação aos vizinhos. Nos países em desenvolvimento as disparidades serão igualmente grandes, explica Guanais. "Os cenários variam de acordo com uma série de elementos – não somente em relação à presença da vacina, como à estrutura da economia, à dependência que cada setor da economia tem do turismo e de atividades intensivas em contato. Nem todos os setores tiveram impacto da mesma forma”, pontua o vice-diretor de Saúde da OCDE. Ele destaca que iniciativas como o acelerador de vacinas da OMS devem agilizar o desenvolvimento e a distribuição do imunizante nos países de renda média e baixa. Obrigação de vacina para pegar avião? Se o avanço da vacinação é a única saída para a crise do coronavírus, as empresas devem se planejar para obrigar os clientes a se vacinar? No setor aéreo, um dos mais abalados pela pandemia, a companhia Qantas já anunciou que exigirá a imunização dos passageiros para poderem embarcar. Para Guanais, o setor privado, em especial os mais abalados pela pandemia, podem ter um papel proativo na saída da crise. "O fato de que o setor privado se movimenta com ideias e propostas é muito interessante. Mas colocá-las em prática requer uma série de outros elementos. Isso já acontece, por exemplo, com a febre amarela. Você precisa apresentar uma caderneta de vacinação e só poderá viajar para uma determinada lista de países se estiver em dia", detalha. Outra hipótese seria a adoção de uma "caderneta Covid”, na qual cada pessoa revelaria a sua situação perante a doença: se já foi infectada, vacinada ou jamais teve contato, nem com a Covid-19, nem com o imunizante. Frédéric Bizard, entretanto, avalia que qualquer obrigação vinda do setor privado pode se revelar um tiro no pé, ao acabar criando novas barreiras para a retomada. “Eu duvido um pouco disso, a começar porque vai demorar muitos meses, em especial para os economicamente ativos, que são os que mais viajam, mas que apresentam menos riscos e serão os últimos da fila da vacinação. Acho que seria um erro exigir que cada passageiro seja vacinado”, indica o economista francês. "Temos um sistema de testagem que está funcionando bem e é confiável. Exigir que um passageiro faça um teste me parece algo normal; exigir que ele seja vacinado, é algo que sequer será possível para muita gente, neste primeiro momento – e ainda pode acentuar a rejeição que muitas pessoas estão apresentando à ideia de se vacinar tão rapidamente”, observa. Organização e transparência No Brasil, o governo federal fechou contrato com a vacina Oxford/ AstraZeneca e poderá também adquirir a chinesa Sinovac, comprada pelo governo estadual de São Paulo e conhecida no país como Coronavac. “O Brasil é uma grande economia, com um setor farmacêutico sofisticado e capacidade de produção local. O país tem a capacidade de apostar em mais de uma vacina e isso é bom para garantir que haverá opções, afinal ainda não sabemos qual será a melhor vacina”, avalia Guanais. Até o momento, entretanto, nenhum plano nacional de vacinação foi detalhado no Brasil. “Há idas e vindas no planejamento e é um caminho que deve ser fortalecido. É muito importante que a população seja comunicada, de uma forma transparente”, pontua o economista da OCDE.

Opice Blum Cast
#24 Expresso Digital, com Rony Vainzof

Opice Blum Cast

Play Episode Listen Later Oct 28, 2020 14:24


Neste giro de notícias do Opice Blum Cast, apresentado pelo nosso sócio Rony Vainzof, você fica por dentro dos temas apresentados pelos diretores da ANPD (Autoridade Nacional de Proteção de Dados) na sabatina realizada pelo Senado Federal. Conheça também a publicação da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) intitulada "A caminho da era digital no Brasil", que analisa os recentes desenvolvimentos na economia digital do país, revisa políticas relacionadas à digitalização e faz recomendações para aumentar a coerência das políticas nessa área. Saiba mais sobre o círculo virtuoso de aprendizagem entre trabalhadores humanos e sistemas de Inteligência Artificial, que vem sendo desenvolvido por algumas corporações. Elas, porém, são minoria por enquanto. Pesquisa revela que apenas 10% das empresas obtiveram "benefícios financeiros significativos" com a utilização de IA. Entenda o porquê. O Opice Blum Cast é uma produção do Opice Blum, Bruno e Vainzof Advogados Associados. Acompanhe nossos episódios semanais nas principais plataformas agregadoras de podcast. #pracegover: A imagem destaca a foto e o nome do apresentador Rony Vainzof. #ANPD #LGPD #proteçãodedados #inteligênciaartificial #opiceblum #direitodigital

Podcast Elivre
Podcast Elivre 37: Fake news

Podcast Elivre

Play Episode Listen Later Aug 13, 2020 15:18


Será que uma notícia falsa causa tanto problema assim? É um fenômeno atual, surgido com a internet, ou acompanha a história da humanidade? No episódio de hoje, você acompanhará um bate papo incrível que te convidará a pensar mais a fundo sobre o tema. Vamos nessa? Roteiro e edição de áudio: Thaís Silva Colaboração: Elisa Gouvêa Fontes do episódio: ifla.org; OCDE (Organização para a Cooperação de Desenvolvimento Econômico): ocde.org. --- Send in a voice message: https://anchor.fm/thais84/message

Let's Talk New York
#49 A tal dependência financeira - e o peso que ela traz

Let's Talk New York

Play Episode Listen Later Aug 9, 2020 46:30


Fazia muito tempo que eu queria gravar um podcast sobre o tal da dependência financeira que muitas mulheres acabam enfrentando ao se mudar para outro país com o companheiro. E falo mulheres porque elas são a maioria quando a gente leva em conta os números relacionados ao visto de trabalho nos EUA: em 2019 por exemplo, a porcentagem de vistos H1B - o visto de trabalho americano - emitidas para homens foi de 70%. Não bastasse isso, vale lembrar que, segundo a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), tanto nos EUA quanto no Canadá há uma diferença salarial de pouco mais de 18% entre homens e mulheres. No Brasil, a diferença é de 47,24%. Eu e a minha amiga Analuisa batemos um papo sobre o ônus que isso traz para a vida da mulher, como a gente se sentiu em relação a isso e também damos alguns conselhos que podem ser super importantes para os casais e para a própria decisão de morar fora. LINKS DO EPISÓDIO: Instagram da Analuisa - @analu_mf --- Support this podcast: https://anchor.fm/lauraperuchi/support

Velho Chico Science
#001 - Biotec... O quê?

Velho Chico Science

Play Episode Listen Later Jul 18, 2020 59:04


No nosso primeiro episódio, discutimos o conceito de biotecnologia e trazemos os fatos históricos mais importantes da área através dos milênios. E, claro, apresentamos nossa equipe e contamos como surgiu a ideia do podcast.

Podcast Economia - Agência Radioweb
Pesquisa mede impacto do coronavírus na indústria criativa

Podcast Economia - Agência Radioweb

Play Episode Listen Later Jul 7, 2020 2:28


O impacto do COVID-19 em diversos setores da economia é enorme. Segundo o Ministro da Economia Paulo Guedes, o crescimento do Brasil pode ser reduzido entre 0,1 ponto percentual e 0,5 ponto percentual em um cenário otimista. No mundo, a OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico prevê que a economia global cresça 2,4%, número inferior ao estimado em novembro, que era de 2,9%.

Meio Ambiente
Meio Ambiente - Discurso “antiambiental" de Salles pode abalar ambições do Brasil no exterior, dizem especialistas

Meio Ambiente

Play Episode Listen Later May 28, 2020 5:04


O vídeo da reunião ministerial comandada pelo presidente Jair Bolsonaro, divulgado na sexta-feira (22) pelo STF, deixou os ambientalistas de cabelos em pé. Nas imagens, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, afirma que a pandemia de coronavírus é uma oportunidade para o governo “passar a boiada" de desregulamentações ambientais, ou seja, afrouxar os mecanismos que garantem a proteção do meio ambiente. Para o Observatório do Clima, que reúne 26 entidades ambientais do Brasil, o discurso “antiambiental” de Salles abala ainda mais a imagem do país do exterior. A postura poderia prejudicar ambições do país no plano internacional, como o ingresso na OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) e a ratificação do acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia. "A comunidade europeia está muito preocupada com a Amazônia, mesmo porque doenças como o coronavírus, que são zoonoses, ocorrem em grande parte devido a desequilíbrios ambientais. As florestas são grandes estoques de vírus e quanto mais a gente ameaça essas florestas, mais nós ficamos ameaçados por outras epidemias como essa ou piores”, explica Márcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima. "Tivemos uma avaliação da OCDE, à qual o Brasil está se submetendo, com muitas críticas à conduta ambiental no Brasil. Além disso, estamos numa fase de discussão política do tratado União Europeia-Mercosul e as políticas ambientais têm atrapalhado. Acredito que podem até inviabilizar a assinatura de qualquer acordo”, avalia. Salles prefere medidas “na caneta”, sem o Congresso Astrini destaca que, depois da divulgação das imagens da reunião, as organizações da sociedade civil estarão ainda mais atentas a projetos do ministério do Meio Ambiente e outras pastas que possam violar a proteção de áreas protegidas e dos povos indígenas. No vídeo, Salles pede ajuda da Advocacia-Geral da União para facilitar a assinatura de medidas por decreto, sem votação no Congresso, por avaliar que muitas delas serão alvo de críticas na imprensa e procedimentos judiciais. "Ele está dizendo que vai fazer coisas ilegais e pede ajuda dos advogados”, ironiza Astrini. A “boiada da vez” do governo é o projeto de Lei 2.633/20, apelidado de PL da Grilagem, que visa facilitar a regularização de terras de floresta obtidas ilegalmente, no que resulta em um dos principais focos de desmatamento irregular da Amazônia. "A gente acredita num compromisso do presidente da Câmara. Ele [Rodrigo Maia] viajou para a Europa e viu o mal que essa política antiambiental faz para a imagem do país e que pode afetar seriamente a economia do Brasil, ao fazer o país perder negócios no exterior”, comenta o secretário-executivo do OC. Importadores pressionam Na semana passada, Maia recebeu uma carta assinada por mais de 40 importadores de produtos brasileiros, entre eles as redes Burger King e Tesco, que pressionaram para a retirada do projeto. No texto, as companhias sugeriram que deixariam de comprar do país commodities que não fossem "produzidas com responsabilidade". Tom semelhante ecoou no Parlamento Europeu, onde a deputada portuguesa Isabel Santos tomou a palavra para dizer que o Brasil “persiste na sua política de expansão de atividades econômicas e comerciais predatórias nos territórios da Amazônia”, conforme relatou o jornal Valor. Astrini chama ainda a atenção para outras tentativas de afrouxamento da legislação ambiental em curso, como o projeto que prevê a ocupação de terras indígenas para a  mineração, a agropecuária e o garimpo. “Recentemente, coordenadores de uma operação para coibir o desmatamento ilegal foram demitidos. O governo quer liberar terras para estrangeiros, mexer e enfraquecer o Código Florestal, parar de disponibilizar dados sobre o desmatamento da Amazônia”, relembra. "É só isso que esse governo tem feito: desmontar o ministério do Meio Ambiente e os mecanismos de fiscalização dos crimes ambientais. O governo, infelizmente, está do lado do crime.” Industriais e agronegócio apoiam ministro Na contramão, um grupo com cerca de 90 entidades empresariais publicou um texto no qual anunciam "total apoio" às falas de Ricardo Salles. O próprio ministro declarou que “nunca escondeu” que planejava “simplificar" a regulamentação ambiental em vigor no país, em busca de mais “eficiência”. Assinaram a declaração de apoio a Salles organizações como a CNI (Confederação Nacional da Indústria) e a CNA (Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil), entre outras.

Economia
Economia - Economista da OCDE: "O que impacta a economia é a pandemia, não as medidas de isolamento"

Economia

Play Episode Listen Later May 13, 2020 5:02


O mundo tenta encontrar um equilíbrio entre as medidas necessárias para salvar vidas da Covid-19 e a preservação empregos e empresas, atingidos em cheio pela pandemia. Mas para Frederico Guanais, chefe-adjunto do departamento de Saúde da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), o dilema entre vidas e empregos é falso: ele afirma que, se os países nada fizessem para diminuir os contágios pelo coronavírus, as consequências econômicas seriam ainda mais dramáticas. Confira a entrevista: RFI: Temos visto que, apesar da emergência sanitária, as medidas de isolamento e quarentena da população esbarram em limites, tanto econômicos quanto de apoio da própria população, em algumas situações. Se já é difícil para um país rico como a França manter o confinamento, é ainda mais duro para os países em desenvolvimento, como o Brasil. A questão é: poder fazer quarentena é um luxo de quem pode pagá-la? Frederico Guanais: Essa é uma excelente pergunta. Com certeza as medidas de isolamento e quarentena implicam em redução da atividade econômica, com fortes perdas para os trabalhadores e as empresas. Mas eu penso que o dilema entre economia e saúde é falso. Para proteger a economia, é necessário controlar a disseminação do vírus. Sem controle, as perdas humanas, sociais e econômicas da pandemia são enormes. Em última análise, o que impacta a economia é a pandemia, e não as medidas para controlar o vírus. Naturalmente, os países mais ricos estão em melhores condições de implantar medidas de isolamento e quarentena, mas isso não significa que os outros países não devam buscar o melhor caminho para fazê-lo. Primeiro, protegendo as pessoas e setores da economia mais vulneráveis e afetados. Essas devem ser a prioridade do apoio governamental. Depois, preparar o sistema de saúde e mobilizar as fortalezas que cada país tem. O Brasil é um país em desenvolvimento, mas é um país de renda média, que conta com um sistema de saúde universal, com todos os problemas que possa ter o SUS. Conta com programas de proteção social, com cadastro da população mais pobre. Ou seja, com elementos para poder alavancar essas medidas e poder fazer de uma forma que proteja a sua população, ao mesmo tempo em que busca protege os danos e impactos à sua economia. RFI: Que país com desenvolvimento e economia semelhantes ao Brasil está conseguindo implementar medidas mais equilibradas entre a proteção tanto da economia quanto da população? Mesmo no Brasil, existem várias políticas públicas muito importantes, como as de proteção dos trabalhadores informais e para potencializar o sistema de saúde. O Brasil, por ser um sistema federativo descentralizado, apresenta muita variação entre as medidas que foram implementadas em nível estadual. Acho que a melhor comparação está dentro do próprio Brasil: avaliar como, dentro dos Estados, isso está acontecendo e que resultados eles estão obtendo com essas medidas. Na América Latina, tem outros países que têm adotado medidas fortes, como a Colômbia, a Argentina, o Chile e o Peru, dentro das suas possibilidades. São países enfrentando desafios similares, que poderiam aprender uns com os outros. RFI: Adianta só uma parte da população estar confinada, enquanto a outra trabalha normalmente, ou quase? É uma questão interessante, porque a imunidade parcial pode ser arriscada, por criar um grupo de pessoas que não foi exposto ao vírus, e um segundo grupo no qual o vírus circula mais amplamente. Você preserva uma população que, em algum momento, quando entrar em contato com essa outra população, é como se fosse uma população nova, um vírus novo. Então, é importante ter um conjunto de medidas: nenhuma única ação é 100% eficaz. A literatura mostra o quanto é importante combinar medidas, como o trabalho remoto quando é possível, mudanças para reconfigurar os ambientes de negócios e trabalho, o uso de máscaras e álcool em gel em locais públicos e nos transportes etc. RFI: Essas medidas que você citou estão sendo adotadas em países como a França, que começam a promover o abrandamento da quarentena. Como você recomenda que esse passo, tão importante quanto arriscado, seja dado? A decisão pelo abrandamento deve estar baseada em dados como o número de novos casos e a capacidade disponível no sistema de saúde. É isso que vai determinar a margem de manobra que as autoridades têm para aplicar medidas de abrandamento. Junto com isso, é fundamental usar ferramentas conhecidas há muitos anos da saúde pública: localizar todos os sintomáticos, testar essas pessoas e rastrear os seus contatos. É uma ferramenta básica já usada para controlar tuberculose, ebola e várias outras doenças contagiosas. O que tem de novo agora são as ferramentas digitais que podem fazer com que esse processo seja acelerado. Mas eu não acho que existam ferramentas mágicas. Eu diria que é uma combinação entre soluções tecnológicas com o trabalho de profissionais de saúde, como agentes comunitários, médicos de atenção primária, enfermeiros. Esses profissionais da linha de frente podem ajudar nesse processo. RFI: Muito tem se falado sobre o conceito de stop and go, ou seja, liberar a quarentena por um período e, se a tensão nos hospitais voltar a aumentar, impor novamente a quarentena. Temos de nos acostumar a essa ideia? Por quanto tempo ainda? Sem dúvida, essa é uma ideia com a qual teremos de nos acostumar, pelo menos até que aconteça uma de duas coisas: ou que a imunidade de rebanho seja alcançada, ou que uma vacina ou tratamento estejam disponíveis em grande escala. Apostar na primeira opção, a imunidade de rebanho, é muito arriscado. Implicaria em aceitar um número muito grande de mortes até que pelo menos 60 ou 70% da população esteja infectada. Isso significa aceitar centenas de milhares de mortes, em um país como o Brasil. Além disso, restam muitas certezas, como por exemplo, quanto tempo essa imunidade dura? Será que todas as pessoas infectadas realmente estarão imunes? Existe uma alta probabilidade que sim, mas não temos certeza. Os estudos epidemiológicos mostram que uma proporção pequena da população já foi infectada pelo vírus - menos de 10% nos países europeus. Ou seja, para chegar a esses 60 ou 70%, ainda estamos muito longe. Portanto, a melhor aposta é a segunda, que as sociedades estejam preparadas para conter essa infecção, com as medidas de mitigação, até que uma vacina ou um tratamento estejam disponíveis. O consenso científico é de que isso vai levar entre 12 e 18 meses. Esperamos que no ano que vem já esteja disponível. Quanto aos tratamentos, os eficazes estão sendo buscados pela reaplicação de drogas que já existem. Mas, por enquanto, não há nenhuma bola mágica nesse sentido. A evidência científica é implacável e, sem ela, a gente não pode garantir que o tratamento vai funcionar ou que possa causar danos aos pacientes. RFI: O temor de segunda onda de contágios, tão grave quanto a primeira, não tem se confirmado nos países asiáticos onde a pandemia se iniciou. É uma boa notícia? Ou ainda é cedo para avaliar? Infelizmente, eu acho que ainda é cedo para avaliar. Esporadicamente, surgem novos casos e pequenos focos nos países asiáticos. Mas é importante ressaltar que esses casos de países que tiveram sucesso em controlar a pandemia adotaram medidas muito importantes, muito fortes, além das medidas de confinamento e restrição de circulação. Eu queria destacar de novo a estratégia de testes. Por que a Coreia do Sul conseguiu controlar as infecções num período rápido e com um número relativamente pequeno de testes? Porque eles foram rápidos. Não basta só ter um número x de testes feitos, mas é importante o quão rápido você consegue chegar às pessoas infectadas. A Coreia, desde o início, já estava preparada, escorada na experiência de pandemias anteriores, e foi capaz de, muito rapidamente, produzir esses testes, distribuir kits, implementar sistemas de drive-thru, identificar quem são os infectados, chegar até eles, colocá-los em quarentena e a partir daí, limitar o contágio. E esses países não baixaram a guarda. Eles continuam com essas ferramentas de saúde pública para poder conseguir suprimir novos focos da epidemia, em um momento muito precoce. Acho que deveríamos manter isso em perspectiva também para outros países. RFI: No Brasil, a postura reiterada do governo Jair Bolsonaro, de minimizar a pandemia, vai de encontro a todas as recomendações internacionais para conter a Covid-19. O Brasil tem a ambição de fazer parte da organização. Existe alguma orientação da OCDE sobre como os países membros devem atuar? A OCDE é uma organização de governos que trocam as melhores experiências e as melhores evidências de políticas públicas para obter os melhores resultados; para melhorar vidas. O Brasil já faz parte de vários comitês da OCDE, participa de reuniões do comitê de saúde da OCDE, ou seja, o Brasil está exposto a esse trabalho técnico desenvolvido por aqui. O papel da OCDE não é de aplicar sanções aos países: é produzir evidências e, a partir do debate, do conhecimento técnico, produzir caminhos de melhores políticas públicas. Eu acho que é importante, dentro do Brasil, aprender o que está funcionando dentro do contexto local. No sistema federal, existe uma descentralização de responsabilidades. O diálogo internacional é muito importante, aprender com os erros e os acertos dos outros países, mas também é essencial reconhecer quando as políticas públicas estão funcionando ou não. Estar atento aos dados, e o Brasil produz muitos dados, é muito importante para ir calibrando as respostas para buscar um sistema de saúde cada vez mais forte. A saúde não é um gasto: é um investimento. Nós, economistas de saúde, já tratamos disso há muito tempo. Pense nos enormes custos que poderiam ser evitados se os sistemas de saúde estivessem prontos para, em grande escala, fazer testes, internar as pessoas que precisassem, resolver a maioria dos casos sem precisar ir ao hospital. E todas as pessoas que têm câncer e outras doenças, como cardíacas, que não desapareceram e precisam continuar seus tratamentos? Se conseguíssemos tratar esses casos fora dos hospitais, com um sistema de atenção primária forte, os hospitais conseguiriam receber os pacientes de casos críticos e agudos. RFI: Você acha que essa pandemia vai provocar mudanças significativas nas políticas de saúde dos países? Que aprendizados ela nos traz? Fica claríssimo que a saúde não é um gasto. Se tem alguma positiva em tudo isso é que muitas transformações no sistema de saúde se aceleraram, como o uso da telemedicina para a consultação primária. Vários países, durante muitos anos, tinham restrições fortes a pagar consultas por vídeo, ou os próprios médicos tinham resistências. Nos últimos meses, provavelmente aceleramos uma década nas transformações da telemedicina. A grande questão é se algumas dessas transformações se tornarão permanentes ou serão apenas temporárias. Buscamos documentar todas as coisas interessantes que estão acontecendo para criar sistemas de saúde cada vez mais resilientes, ou seja, que sejam capazes de absorver um choque sem quebrar – os choques atuais e os futuros. O fato que a gente supere agora a Covid-19 não significa que no futuro não virá um outro vírus, uma gripe, ou outra variedade coronavírus. Os sistemas de saúde precisam estar preparados. Se, no passado, tivéssemos desenvolvido uma vacina para o Sars, em 2003, hoje teria sido muito mais fácil para adaptá-la à Covid-19.

Durma com essa
Como os EUA de Trump frustram o Brasil de Bolsonaro na OCDE | 10.out.19

Durma com essa

Play Episode Listen Later Oct 10, 2019 9:35


Os Estados Unidos não apoiaram a entrada do Brasil na OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) como haviam prometido em março de 2019. A informação foi revelada nesta quinta-feira (10) pela agência de notícias Bloomberg. A OCDE é conhecida como o clube dos ricos da economia mundial. Em visita aos EUA no início do ano, Bolsonaro prometeu concessões em acordos internacionais em troca do apoio americano para entrar na organização. Entenda o caso no “Durma com essa”.

Durma com essa
O apoio dos EUA ao Brasil no clube dos ricos, a OCDE | 23.mai.19

Durma com essa

Play Episode Listen Later May 23, 2019 9:41


Os Estados Unidos anunciaram nesta quinta-feira (23), em reunião em Paris, que vão apoiar a candidatura do Brasil para entrar na OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico). Conhecido como clube dos ricos, o grupo hoje conta 36 membros. O apoio dos americanos havia sido prometido por Donald Trump após encontro com Jair Bolsonaro em março de 2019. O processo até a entrada de fato na OCDE costuma levar quatro anos. Entenda o que está em jogo nessa negociação.

Durma com essa
O apoio dos EUA ao Brasil no clube dos ricos, a OCDE | 23.mai.19

Durma com essa

Play Episode Listen Later May 23, 2019 9:41


Os Estados Unidos anunciaram nesta quinta-feira (23), em reunião em Paris, que vão apoiar a candidatura do Brasil para entrar na OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico). Conhecido como clube dos ricos, o grupo hoje conta 36 membros. O apoio dos americanos havia sido prometido por Donald Trump após encontro com Jair Bolsonaro em março de 2019. O processo até a entrada de fato na OCDE costuma levar quatro anos. Entenda o que está em jogo nessa negociação.

Chutando a Escada
Laura Waisbich discute a política externa de Temer e a entrada do Brasil na OCDE

Chutando a Escada

Play Episode Listen Later Jun 28, 2017 50:40


Laura Waisbich, pesquisadora do CEBRAP e da Articulação Sul, participa do sexto episódio do Chutando a Escada discutindo a política externa brasileira em tempos Temer e o pedido do Brasil de ingresso na OCDE – Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico. Ouve lá! The post Laura Waisbich discute a política externa de Temer e a entrada do Brasil na OCDE appeared first on Chutando a Escada.

Confianti
#0018 – Repatriação de Recursos

Confianti

Play Episode Listen Later Oct 30, 2016 12:15


Repatriação de Recursos Lavagem de Dinheiro Avião de papel feito em nota de dólar Olá você. Nesse episódio vamos falar do histórico e impactos da repatriação de divisas que estão em situação irregular no exterior e seus impactos. Abaixo tem mais links para vocÊ se informar das iniciativas FATCA e CRS.   LINKS FATCA - IRS - Governo EUA Fazenda define regra para tributar dinheiro repatriado - Portal Brasil  - 2016-07-29 Fazenda espera obter até R$ 50 bi com repatriação de dinheiro não declarado - G1 - 2016-10-10 Lei de Repatriação pode te levar a economizar milhões - Exame - 2016-01-19 CRS - Common Report Stantadard  - OCDE Organização para Colaboração e Desenvolvimento Econômico