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Meio Ambiente
COP30 será mais uma rodada de promessas? Presidente da conferência espera recursos para adaptação

Meio Ambiente

Play Episode Listen Later Oct 30, 2025 15:23


Em uma semana, o Brasil estará no foco das atenções do mundo, com o início da Cúpula do Clima em Belém, no Pará (COP30). Num contexto internacional desfavorável, a presidência brasileira do evento trabalha para que esta seja a COP da implementação: que a conferência enderece soluções para os países tirarem do papel as promessas feitas até aqui, para o enfrentamento do aquecimento do planeta.  Lúcia Müzell, da RFI em Paris Em entrevista exclusiva à RFI, em Paris, o presidente designado da COP30, embaixador André Corrêa do Lago, ressaltou que a revolução das energias renováveis desde a assinatura do Acordo de Paris, há 10 anos, traz razões para otimismo. “Antes do acordo, havia uma perspectiva de que a temperatura chegaria a no mínimo 4ºC até 2100, e agora já há um certo consenso científico que ela deve estar a caminho de 2,7ºC, se nós não fizermos ainda mais esforços", ressaltou. "Por mais que a gente não esteja no nível que nós deveríamos estar, muitos avanços aconteceram e nós podemos ser otimistas." A COP30 vai ocorrer em duas etapas: primeiro, nos 6 e 7, chefes de Estado e de Governo se reunião para a Cúpula dos Líderes na capital paraense, a convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O francês Emmanuel Macron e o presidente do Conselho Europeu, António Costa, estão entre os que confirmaram presença, mas é esperado que Belém não receberá números expressivos de lideranças, ao contrário do que ocorreu na reunião em Dubai, há dois anos.  Na sequência, de 10 a 21 de novembro, acontece a conferência propriamente dita, reunindo diplomatas, cientistas, especialistas, setor privado e sociedade civil, para duas semanas de negociações sobre os principais temas relacionados à mudança do clima. "Nós vamos ter anúncios muito importantes de aumento de recursos para adaptação", antecipa Corrêa do Lago.  A preocupação de que os Estados Unidos não apenas não participem da COP, como atuem para bloquear qualquer acordo em Belém, paira sobre o evento. O país, maior emissor histórico de gases de efeito estufa, não tem participado das negociações prévias à conferência, mas poderia enviar uma delegação para as negociações oficiais. “A questão da participação americana ainda é uma incógnita”, reconheceu o diplomata.   Confira os principais trechos da conversa: Quantos líderes exatamente vão participar da cúpula? Quais serão os chefes de Estado e de governo esperados e, depois dela, quantos países vão participar da Conferência do Clima de Belém? O número de autoridades que vão vir para cúpula ainda está indefinido, porque qualquer programação que inclua chefes de Estado hoje em dia é muito complexa: questões de deslocamento, segurança etc. Eu acredito que vai ser uma cúpula com alguns dos chefes de Estado mais relevantes, porque a liderança do presidente Lula hoje é particularmente notável no mundo e a questão do clima é um tema que alguns acreditam que diminuiu de intensidade do ponto de vista das trocas internacionais, mas quando a gente está falando de fortalecimento do multilateralismo, a questão do clima é absolutamente central. Então, eu acredito que nós vamos ter a esmagadora maioria dos países na COP. Dez anos depois da assinatura do Acordo de Paris, não podemos dizer que algum país tenha cumprido plenamente as suas metas climáticas. Nenhum grande emissor está, de fato, no caminho de limitar o aquecimento global a 1,5ºC, conforme o acordo prevê, entre eles o próprio Brasil. O que precisa acontecer em Belém para que essa conferência não seja lembrada como apenas mais uma rodada de promessas? Eu acho que tem certos países que estão no bom caminho, sim. Um deles é o nosso. A nossa NDC [Contribuição Nacionalmente Determinada, na sigla em inglês] para 2030 deve ser cumprida. Nós realmente temos sido exemplares, inclusive porque, como todos sabem, um dos grandes problemas das nossas emissões é o desmatamento. Eu acho que nós vamos continuar a ter números positivos no combate ao desmatamento. Outros países também progrediram de maneira significativa, aumentando os seus investimentos em renováveis. Tem uma quantidade de países que a gente não imagina que evoluiu de maneira incrível. Você pega o Uruguai, por exemplo: em oito anos, passou a ter tanta eólica que agora está com 99% da sua eletricidade renovável. O Quênia também está praticamente com 99%. Para nós, brasileiros, é natural, porque o Brasil tem renováveis há muito tempo, mais ou menos a 90%. Essa tendência tem se expandido de maneira impressionante. Vários países desenvolvidos estão reduzindo de maneira significativa as suas emissões. Ou seja, tem muitos resultados, e um dos que são muito claros é o quanto nós já conseguimos mudar o caminho que estava traçado antes do Acordo de Paris. Havia uma perspectiva de que a temperatura chegaria a no mínimo 4ºC até 2100, e agora já há um certo consenso científico que ela deve estar a caminho de 2,7ºC, se nós não fizermos ainda mais esforços. Ou seja, o Acordo de Paris funcionou para baixar, mas ainda não o suficiente. A expectativa é que nós poderemos progredir ainda mais, porque a economia que mais está crescendo e tem mais impacto sobre o clima, a chinesa, está clarissimamente voltada para o combate à mudança do clima. Então, eu acho que é isso que a gente gostaria muito que saísse de Belém: que o mundo reconhecesse que, por mais que a gente não esteja no nível que nós deveríamos estar, muitos avanços aconteceram e nós podemos ser otimistas. O Brasil pode continuar sendo um exemplo na área de clima depois de o Ibama autorizar os testes para a prospecção de petróleo na foz do rio Amazonas, apenas duas semanas antes da COP30?  Nós temos instituições, e o momento em que essa autorização pôde ser concedida foi agora. É o Ibama a instituição que decidiu. Eu acho que isso mostra que o Brasil, como todos os países, tem interesses e circunstâncias diferentes. Em um país que se tornou um produtor importante de petróleo, como o Brasil, é preciso pensar no petróleo no conjunto da equação do nosso esforço para diminuir a dependência das energias fósseis. Isso parece um pouco estranho, mas o Brasil já demonstrou coisas extraordinariamente positivas, como nas energias renováveis. Nós somos, ao mesmo tempo, campeões das energias renováveis e um importante produtor de petróleo. É preciso que a sociedade brasileira decida quais são as direções que o país deverá tomar e esse é um debate muito importante no Brasil. Decisões sobre a adaptação dos países às mudanças climáticas, que durante muito tempo foi um tema tabu nas COPs, estão entre as apostas da Conferência de Belém. Quais são as medidas concretas que o senhor espera sobre a adaptação? Isso não abre o caminho perigoso de os países acabarem contornando o grande causador do problema, que são os combustíveis fósseis? Quando eu comecei a trabalhar na área de clima, mais ou menos no ano 2000, havia, sim, essa ideia. “Meu Deus do céu, se a gente já for cuidar de adaptação, a gente não vai fazer o esforço de mitigação” [redução de emissões]. E a verdade é que nós todos estávamos errados, porque nós não sabíamos que a mudança do clima chegaria tão rápido. Você vê hoje, no Brasil, uma percepção muito clara do impacto da adaptação. Quando você pega o que aconteceu em Porto Alegre, é uma coisa que poderia ter sido diminuída se as obras de adaptação tivessem sido feitas – e isso é um alerta para todas as cidades brasileiras, de certa forma. Mas quando os rios secam na Amazônia, não é uma questão de adaptação. Isso só a mitigação resolve. Então, nós temos que avançar com os dois juntos. Leia tambémDivisão de europeus sobre metas climáticas simboliza riscos à COP30 em Belém Mitigação tem uma outra dimensão que sempre a tornou mais atraente na negociação que é a seguinte: onde quer que você reduza as emissões, vai ter um impacto no mundo todo. E a adaptação é vista como um problema local, um problema de prefeitura ou de estados dentro de um país, o que também é uma percepção errada, porque a adaptação é algo que tem hoje muito claramente um impacto grande, inclusive na atração de investimento para um país. Um país que tem condições para receber fábricas, infraestrutura, vai fazer uma diferença gigantesca nos investimentos. Eu acho que a gente tem que entender que são dois problemas diferentes, mas que são dois problemas que não podem ser dissociados. Na COP de Belém, nós vamos ter anúncios muito importantes de aumento de recursos, porque um dos problemas é que, como adaptação não tem um efeito global, muitos países doadores preferem dar dinheiro para mitigação porque, de certa forma, indiretamente, eles serão beneficiados, enquanto a adaptação é uma coisa que vai atingir pessoas que eles nem conhecem. Eu acredito que, inclusive, os bancos multilaterais de desenvolvimento vão colocar a adaptação como uma prioridade absoluta. Diante de um contexto internacional delicado, a presidência brasileira da conferência também dá ênfase à implementação das metas, ou seja, viabilizar que essas promessas feitas nas COPs sejam cumpridas. Vai ter como impulsionar a implementação sem resolver o grande embate sobre o financiamento, que sempre bloqueia as COPs? O senhor reconheceu recentemente que não vai ser possível garantir já em Belém o US$ 1,3 trilhão por ano de financiamento que se estimam necessários.   Não, ninguém vai aparecer um cheque com esses recursos. Mas o que há é uma consciência muito grande de que a mudança do clima está atingindo todos os setores da economia e os países em desenvolvimento não podem continuar a ter as responsabilidades, que ainda têm de assegurar educação, saúde, infraestrutura para as suas populações e, além do mais, incorporar a dimensão de mudanças do clima. Desde o início dessas negociações, os países desenvolvidos, que já emitiram muito para o seu desenvolvimento, teriam que contribuir. Eles têm contribuído menos do que se espera, mas eles têm contribuído. Dos US$ 100 bilhões que eram supostos aparecer entre 2020 e 2025, só a partir de 2023 é que ultrapassaram os US$ 100 bi que deveriam ter vindo. Agora, houve um acordo na COP de 2024 em Baku, de subir para US$ 300 bilhões a partir de 2035. Muitos países em desenvolvimento ficaram muito frustrados, porque ainda é muito pouco. É esse número que você disse sobre o qual nós estamos trabalhando, US$ 1,3 trilhão. Esse valor parece estratosférico. Na verdade, é um valor possível. Eu devo publicar dia 3 de novembro mais um relatório que deve sair antes da COP, assinado por mim e o presidente da COP29, sobre como traçar o caminho para conseguir US$ 1,3 trilhão. Especialistas em negociações climáticas temem que os Estados Unidos não apenas não participem da COP30, como atuem fortemente para bloquear qualquer acordo relevante na conferência. Essa é uma preocupação sua? Hoje há várias preocupações. Nas negociações oficiais, tudo tem que ser aprovado por consenso. Na verdade, qualquer país pode bloquear uma COP, e já aconteceu em várias negociações de um país se opor ao que os mais de 190 outros estavam de acordo. A questão da participação americana ainda é uma incógnita, porque, em princípio, os Estados Unidos, ao se retirarem do Acordo de Paris formalmente há 11 meses, apenas estão esperando a formalidade do trâmite. Eles têm que esperar um ano para sair formalmente, o que só vai acontecer em janeiro. Em princípio, os Estados Unidos não têm participado das negociações porque eles querem sair delas. Vamos ver como é que a coisa evolui, porque nós sabemos muito bem que há um contexto internacional um pouco especial. Os Estados Unidos têm participado muito ativamente de outras reuniões em organismos e convenções das quais eles não disseram que sairiam, que foi o que aconteceu com a Organização Marítima Internacional e na negociação de plásticos, em que os Estados Unidos foram muito atuantes. Mas eles estavam atuantes num contexto em que eles são membros plenos e pretendem continuar a ser membros plenos, que não é o caso do Acordo de Paris. Então, vamos ver como é que vai ser: se os Estados Unidos vão mandar uma delegação, e como vai ser a atuação americana em Belém. Leia tambémAmazônia: a equação delicada entre preservação e combate à pobreza

O Antagonista
Cortes do Papo - Trump bota Petro de castigo

O Antagonista

Play Episode Listen Later Oct 25, 2025 9:16


O governo de Donald Trump aplicou sanções ao presidente da Colômbia, Gustavo Petro, à primeira-dama, Verónica Garcia, ao filho mais velho, Nicolas Petro e ao ministro do Interior, Armando Benedetti.Os Estados Unidos alegaram que eles foram punidos por envolvimento no “comércio global de drogas ilícitas”.O secretário do Tesouro, Scott Bessent, afirmou que Petro permitiu que os cartéis “prosperassem” na Colômbia.Felipe Moura Brasil, Duda Teixeira e Ricardo Kertzman comentam:Papo Antagonista é o programa que explica e debate os principais acontecimentos do   dia com análises críticas e aprofundadas sobre a política brasileira e seus bastidores.     Apresentado por Felipe Moura Brasil, o programa traz contexto e opinião sobre os temas mais quentes da atualidade.     Com foco em jornalismo, eleições e debate, é um espaço essencial para quem busca informação de qualidade.     Ao vivo de segunda a sexta-feira às 18h.    Apoie o jornalismo Vigilante: 10% de desconto para audiência do Papo Antagonista  https://bit.ly/papoantagonista  Siga O Antagonista no X:  https://x.com/o_antagonista   Acompanhe O Antagonista no canal do WhatsApp. Boletins diários, conteúdos exclusivos em vídeo e muito mais.  https://whatsapp.com/channel/0029Va2SurQHLHQbI5yJN344  Leia mais em www.oantagonista.com.br | www.crusoe.com.br 

Morning Show
Lula desafia Trump

Morning Show

Play Episode Listen Later Oct 23, 2025 119:08


Confira no Morning Show desta quinta-feira (23): Dias antes de se reunir com Donald Trump na Malásia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a defender o uso de moedas locais nas transações comerciais entre países do Brics, sem a intermediação do dólar. A declaração foi feita durante um fórum econômico em Jacarta, na Indonésia, e reacendeu o debate sobre a desdolarização global. O encontro entre Lula e Trump, previsto para domingo (26), deve abordar o tarifaço de 50% imposto pelos Estados Unidos contra produtos brasileiros. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para que ele se encontrasse com Valdemar Costa Neto, presidente do PL. Moraes destacou que, além da prisão domiciliar, Bolsonaro cumpre restrições judiciais que impedem contato com outros investigados. A Primeira Turma do STF também reabriu a investigação contra Valdemar por suposta participação na trama golpista de 2022. O presidente do STF, ministro Edson Fachin, autorizou a transferência do ministro Luiz Fux da Primeira para a Segunda Turma da Corte. A mudança foi solicitada por Fux um dia antes, aproveitando a vaga aberta pela aposentadoria de Luís Roberto Barroso. Os Estados Unidos realizaram um segundo ataque a embarcações no Oceano Pacífico em menos de 48 horas. O governo americano informou que o barco atingido transportava drogas, resultando na morte de três pessoas. O ataque anterior, na terça-feira (21), havia matado duas pessoas em outra embarcação próxima à Colômbia. Reportagem: Eliseu Caetano. O governo russo declarou que as novas sanções impostas pelos Estados Unidos à sua indústria petrolífera colocam em risco os esforços diplomáticos para encerrar a guerra na Ucrânia. Apesar disso, Moscou afirmou que continuará suas atividades econômicas e comerciais normalmente. Reportagem: Luca Bassani. Essas e outras notícias você confere no Morning Show.

Resumão Diário
JN: Banco Mundial assume a gestão do projeto brasileiro de preservação florestal; influenciador de crianças é preso suspeito de abuso sexual

Resumão Diário

Play Episode Listen Later Oct 22, 2025 5:30


Faltam 19 dias para o início da COP30 e um estudo internacional mostrou o planeta muito distante das metas combinadas dez anos atrás em Paris. O Banco Mundial assumiu a gestão do fundo Florestas Tropicais Para Sempre. Os Estados Unidos afundaram mais um barco sob alegação de combate a traficantes. Em São Paulo, policiais do Rio prenderam um influenciador de crianças e adolescentes suspeito de abuso sexual. A Justiça absolveu os réus do incêndio no centro de treinamento do Flamengo, em que morreram dez adolescentes. Brasileiros se encantaram com o céu iluminado pela chuva de meteoros.

JR 15 Minutos com Celso Freitas
Minerais raros: a nova corrida global e o papel do Brasil

JR 15 Minutos com Celso Freitas

Play Episode Listen Later Oct 21, 2025 15:57


Presentes em tecnologias essenciais — de smartphones a carros elétricos —, os minerais raros se tornaram o novo campo de batalha entre as grandes potências. Os Estados Unidos buscam reduzir a dependência da China, que concentra mais de 80% da produção mundial, enquanto o Brasil surge como um jogador estratégico, com reservas promissoras e capacidade de se tornar protagonista no setor. Neste episódio, o geógrafo e professor Luis Felipe Valle analisa o papel do Brasil na geopolítica dos minerais raros, explica o valor econômico e tecnológico desses elementos e discute os entraves legais que ainda impedem o país de aproveitar plenamente esse potencial.

O Mundo Agora
Por que uma invasão dos EUA à Venezuela seria um desastre anunciado

O Mundo Agora

Play Episode Listen Later Oct 20, 2025 4:22


A ideia de uma intervenção militar dos EUA na Venezuela parece simples: derrubar Maduro e garantir petróleo. Mas o país é um labirinto geográfico e político, com características que poderiam arrastar o conflito por meses, talvez anos, como explica o cientista político Thiago de Aragão. Thiago de Aragão, analista político De tempos em tempos, volta à mesa de alguns estrategistas em Washington a ideia de uma intervenção militar na Venezuela. O raciocínio, à primeira vista, parece simples: derrubar Maduro, instalar a democracia e garantir o fluxo de petróleo. Mas basta olhar um pouco mais de perto para perceber que isso seria tudo, menos simples. Na prática, uma invasão americana à Venezuela seria um pesadelo militar, político e humanitário. Um erro que começaria fácil e terminaria impossível. O primeiro grande inimigo seria o próprio território. A Venezuela é um labirinto natural: selvas úmidas, montanhas que rasgam o horizonte, planícies que viram pântanos e cidades caóticas à beira do Caribe. Tentar mover tropas por esse terreno seria como marchar contra a natureza. O calor e as doenças tropicais fariam parte do combate, e cidades como Caracas e Maracaibo se transformariam em campos de batalha urbanos, onde cada esquina pode virar uma emboscada. Os Estados Unidos já aprenderam (e de forma dolorosa) que dominar o mapa não é o mesmo que dominar o país. Mas o terreno é apenas parte do problema. A Venezuela construiu, ao longo dos anos, uma estrutura militar que vive mais de lealdade política do que de hierarquia formal. Além do exército, existem milhares de milicianos e “coletivos” espalhados por bairros e cidades, armados e organizados em rede. Eles conhecem o terreno, têm base social e não enfrentariam os invasores de frente. Sumiriam nas comunidades, atacariam de surpresa, arrastando o conflito por meses, talvez anos. Seria uma guerra de desgaste, e ninguém aguenta um pântano desses por muito tempo. Logística A logística também seria um pesadelo. Apesar da proximidade geográfica, a Venezuela é de difícil acesso. Poucos portos, estradas precárias e infraestrutura mínima. Sustentar tropas em um país quase duas vezes maior que o Iraque exigiria um esforço gigantesco e caro. Cada avião, cada navio, cada caminhão de suprimentos seria um alvo em potencial. E sem aliados regionais dispostos a ceder bases, os EUA teriam de bancar sozinhos uma operação longa, vulnerável e impopular. O petróleo, que à distância parece o grande prêmio, na verdade seria o estopim de novos problemas. As principais reservas estão em áreas frágeis, tanto do ponto de vista ambiental quanto político. Combates na região do Lago de Maracaibo ou na Faixa do Orinoco poderiam gerar desastres ambientais catastróficos e destruir boa parte da infraestrutura petrolífera. E mesmo que os poços fossem “tomados”, retomar a produção levaria anos. Em vez de financiar a reconstrução, o petróleo viraria uma fonte de corrupção, sabotagem e instabilidade. E, se por um golpe de sorte, Maduro caísse rápido, o verdadeiro caos começaria no dia seguinte. O país não tem instituições sólidas, a economia está arruinada e as divisões políticas e sociais são profundas. Sem um governo legítimo e funcional para assumir o controle, a Venezuela se fragmentaria em pedaços, entre facções chavistas, grupos criminosos e líderes locais disputando território. Os Estados Unidos se veriam presos em um tipo de ocupação que já conhecem bem: longa, cara e sem final feliz. Invadir a Venezuela não seria um ato de força, mas de ingenuidade. O país é uma armadilha disfarçada de solução: um território difícil, com redes armadas entranhadas e uma crise estrutural que não se resolve com tanques. Em vez de um troféu, seria um abismo político e moral. E talvez a maior lição de tudo isso seja justamente essa: algumas guerras são tão complexas que o verdadeiro gesto de poder é não começá-las.

Morning Show
Tarcísio x governo Lula / María Corina vence Nobel da Paz

Morning Show

Play Episode Listen Later Oct 10, 2025 119:51


Confira no Morning Show desta sexta-feira (10): O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), respondeu nesta quinta-feira (09) às críticas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), que afirmou que Tarcísio teria atuado para derrubar a MP alternativa ao IOF no Congresso. “Tenha vergonha, Haddad. Respeite os brasileiros, cortem gastos, pensem que a gente precisa governar, a gente precisa sair do palanque, a gente precisa trabalhar e fazer a diferença, que é isso que a gente está fazendo aqui em São Paulo”, respondeu o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). María Corina Machado, líder da oposição na Venezuela, foi anunciada como vencedora do Prêmio Nobel da Paz 2025 pelo Comitê Norueguês do Nobel, em Oslo. O reconhecimento destaca seus esforços contínuos pela restauração pacífica da democracia e pela defesa dos direitos humanos em seu país. O prêmio é no valor de 11 milhões de coroas suecas (aproximadamente R$ 6,2 milhões). Para falar sobre o assunto, o Morning Show entrevista Carlos José León, analista político venezuelano. O ex-diretor-geral da Polícia Civil de SP, Rui Ferraz Fontes, foi executado com tiros de fuzil em Praia Grande após preparar um dossiê denunciando supostas fraudes em contratos de licitação da prefeitura, incluindo um contrato de R$ 24,8 milhões para sistema de videomonitoramento e Wi-Fi. Investigações apontam envolvimento da facção PCC. Cinco suspeitos já foram presos e outros seguem foragidos. Os Estados Unidos anunciaram o envio de 200 soldados para compor uma força-tarefa conjunta que supervisionará a situação na Faixa de Gaza. Apesar do reforço militar, nenhum soldado americano estará diretamente no território palestino. Reportagem: Eliseu Caetano. Essas e outras notícias você confere no Morning Show.

Economia dia a dia
O que está em causa no novo "shutdown" dos EUA?

Economia dia a dia

Play Episode Listen Later Oct 1, 2025 3:49


Os Estados Unidos entraram esta madrugada em shutdown, após o fracasso das negociações entre democratas e republicanos para aprovar o orçamento federal. Que impacto terá esta paralisação?See omnystudio.com/listener for privacy information.

Resumão Diário
JN: EUA e Israel anunciam plano de paz para Gaza; ministro Edson Fachin assume a presidência do STF

Resumão Diário

Play Episode Listen Later Sep 30, 2025 5:30


Os Estados Unidos anunciaram um plano de paz para Gaza com apoio de Israel, mas ainda sem aprovação do Hamas. A proposta de Donald Trump prevê anistia para terroristas que entregassem as armas, libertação de todos os reféns israelenses e a presença de uma força militar internacional no território palestino. O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, assumiu poderes especiais para o caso de um ataque americano. Em São Paulo, autoridades confirmaram a terceira morte por uso criminoso de metanol em bebidas. Em Minas Gerais, duas clínicas de reabilitação que foram fechadas não tinham informações sobre os pacientes internados. O ministro Edson Fachin assumiu a presidência do STF. O jornalismo e as artes perderam dois talentos: o locutor e apresentador de programas esportivos Paulo Soares, o Amigão, e a atriz e comediante Berta Loran, aos 99 anos.

Convidado
Plano de Donald Trump para Gaza: “A janela de oportunidade está a fechar-se”

Convidado

Play Episode Listen Later Sep 30, 2025 7:41


O Presidente dos EUA propôs um plano de paz em 20 pontos para Gaza, incluindo cessar-fogo, libertação de reféns, governo provisório e reconstrução. Benjamin Netanyahu aceitou com reservas: recusa um Estado palestiniano, vai manter tropas em Gaza e desconfia da Autoridade Palestiniana. Para a investigadora do IPRI Diana Soller, os maiores entraves são a aceitação do Hamas, a falta de confiança entre as partes e a influência da extrema-direita israelita. O Presidente norte-americano apresentou um plano de paz em 20 pontos para pôr fim à guerra em Gaza. A proposta prevê um cessar-fogo imediato, a libertação dos reféns, a criação de uma administração provisória formada por técnicos independentes e um programa de reconstrução económica no território. O primeiro-ministro israelita aceitou o plano com muitas reservas: recusa a ideia de um Estado palestiniano, garante que o exército israelita vai permanecer em Gaza e mantém desconfiança em relação à Autoridade Palestiniana. Apesar da proposta de Donald Trump, levantam-se sinais de desconfiança quanto ao plano de paz. A investigadora do Instituto Português de Relações Internacionais (IPRI), Diana Soller, recorda que “houve várias tentativas ao longo da história, das quais a que mais se aproximou de qualquer coisa palpável foram os acordos de Oslo de 1993. E, portanto, temos boa razão para duvidar que este plano chegue efectivamente ao fim”. Ainda assim, a investigadora admite que o contexto é diferente: “Há aqui um grande incentivo para Benjamin Netanyahu que não havia noutras ocasiões, que é o facto de Benjamin Netanyahu estar a trocar o sonho da Grande Israel, pelo menos no que diz respeito à faixa de Gaza, pela hegemonia na região. O eixo Arábia Saudita-Israel, que tem condições para se pacificar perante este plano, vai ser, no fundo, o eixo que dominará o Médio Oriente daqui para a frente. E nesse aspecto em particular, parece-me que há aqui uma pequena esperança de que se chegue a algum lado.” Quando questionada sobre o impacto do crescente isolamento do primeiro-ministro, Diana Soller considera que esse factor não é determinante. Embora Benjamin Netanyahu esteja cada vez mais isolado, tanto a nível internacional como interno, a analista sublinha que "ele não demonstra sensibilidade a pressões externas, com excepção dos Estados Unidos". O plano de paz sugere uma administração provisória em Gaza, liderada por técnicos independentes. Muitos questionam a legitimidade de uma administração tecnocrática. Diana Soller contrapõe: “Uma administração tecnocrata temporária não é propriamente uma administração sem legitimidade. A própria população está cansada da guerra, parte dela está profundamente revoltada com o Hamas, também responsável pela fome e por assassínios permanentes dentro da faixa de Gaza.” E acrescenta: “A verdade é que o Médio Oriente não é propriamente conhecido por ser um conjunto de democracias e, portanto, não vejo como esse possa ser o maior entrave. Os verdadeiros entraves são, em primeiro lugar, o Hamas aceitar, porque de facto isso implica uma rendição total, e em segundo lugar a construção de confiança entre Israel e a Autoridade Palestiniana. Isso parece-me muito mais difícil. E o passo a passo deste plano mostra em que qualquer um dos passos pode fracassar.” A viabilidade do plano também depende do apoio regional: “Não seria possível um plano sem o apoio dos países árabes que se tornaram parte interessada, porque o que está em questão é a estabilidade da região e uma certa hegemonia da Arábia Saudita e de Israel que coloque de lado o Irão, o maior desestabilizador regional. Parece-me que os países árabes e muçulmanos envolvidos têm efectivamente interesse em que o plano dê certo.” Benjamin Netanyahu já declarou que não vai aceitar um Estado palestiniano, fragilizando um dos eixos políticos do plano de Donald Trump. “O que se passa aqui relativamente à recusa do Estado palestiniano está relacionado com a ala mais à direita da coligação de Benjamin Netanyahu. Vamos ver como é que isso se resolve internamente e, nomeadamente, através de outros partidos se oferecerem para apoiar o governo. Mas vamos ver”, comenta. A investigadora alerta, ainda, para o factor demográfico: “O problema é que a janela de oportunidade está a fechar-se porque a população judaica ortodoxa que apoia estes partidos de extrema-direita está a tornar-se cada vez maior em Israel. Já representa cerca de 30%. E todos os responsáveis políticos estão cientes dessa realidade. Agora, um dos outros entraves será a configuração governativa em Israel, que terá de passar por algumas alterações, alguns ajustes, alguma capacidade de aceitação pelas partes, porque um tipo de oportunidade como esta não vai voltar a surgir tão cedo.” Em Israel, as famílias dos reféns ganharam protagonismo ao exigir que a libertação seja prioridade. Mas o seu peso é relativo, acrescenta a investigadora: “Não são actores centrais, são uma parte da opinião pública que tem chamado a atenção a Benjamin Netanyahu, e com toda a razão, de que há um contrato social entre o Estado de Israel e a sua população: ninguém fica para trás. Vamos ver como é que eles de facto vão conseguir, ou se vão conseguir, pressionar o governo no sentido de cumprir o plano.” Na visão de Diana Soller, a chave não está aí: “Benjamin Netanyahu já se terá comprometido com Donald Trump e põe em causa a relação de Israel com os Estados Unidos. Isso é a única coisa que verdadeiramente pode ter impacto nestas escolhas.” A resposta à questão sobre os actores centrais é inequívoca: “Os Estados Unidos, Israel e o Hamas, além dos Estados árabes que parecem estar a apoiar este plano e que terão um papel fundamental no seu desenvolvimento. Agora, nesta fase, são claramente os Estados Unidos, Israel e o Hamas.”

O Antagonista
Cortes do Papo - EUA encurralam Alexandre Padilha

O Antagonista

Play Episode Listen Later Sep 20, 2025 10:07


O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, criticou nesta sexta-feira, 19, as restrições impostas pelo governo Trump à sua circulação em Nova York, durante a Assembleia-Geral da ONU. Os Estados Unidos concederam o visto ao ministro da Saúde na quinta, 18, para ele compor a delegação brasileira no evento. Apesar da autorização, Padilha só recebeu aval para circular entre o hotel onde estiver hospedado, a sede da ONU e representações diplomáticas brasileiras.Padilha foi punido por causa de sua ligação com o “Mais Médicos” – ele era ministro da Saúde no governo Dilma Rousseff. Segundo o petista, a medida "impede a circulação ativa" dele em agendas como ministro da Saúde.Felipe Moura Brasil e Duda Teixeira comentam:Papo Antagonista é o programa que explica e debate os principais acontecimentos do   dia com análises críticas e aprofundadas sobre a política brasileira e seus bastidores.     Apresentado por Felipe Moura Brasil, o programa traz contexto e opinião sobre os temas mais quentes da atualidade.     Com foco em jornalismo, eleições e debate, é um espaço essencial para quem busca informação de qualidade.     Ao vivo de segunda a sexta-feira às 18h.    Apoie o jornalismo Vigilante: 10% de desconto para audiência do Papo Antagonista  https://bit.ly/papoantagonista  Siga O Antagonista no X:  https://x.com/o_antagonista   Acompanhe O Antagonista no canal do WhatsApp. Boletins diários, conteúdos exclusivos em vídeo e muito mais.  https://whatsapp.com/channel/0029Va2SurQHLHQbI5yJN344  Leia mais em www.oantagonista.com.br | www.crusoe.com.br 

O Mundo Agora
Como a corrida por data centers está reescrevendo a política energética dos EUA

O Mundo Agora

Play Episode Listen Later Sep 8, 2025 3:52


Os Estados Unidos passaram anos com o consumo de eletricidade praticamente estagnado. De repente, a inteligência artificial entrou em cena e mudou este quadro. O Departamento de Energia estima que os data centers, que em 2023 já consumiam cerca de 4,4% da eletricidade do país, podem chegar a algo entre 6,7% e 12% até 2028, o que equivale a 325 a 580 TWh. É muita coisa em muito pouco tempo. O problema é que não dá para erguer uma linha de transmissão de energia como quem atualiza um aplicativo. Thiago de Aragão, analista político No operador PJM, a maior malha do país, que cobre do Meio-Atlântico ao Meio-Oeste, as projeções de carga deram um salto. O relatório de 2025 fala em crescimento médio de 3,8% ao ano no pico de inverno na próxima década, um ritmo raríssimo para padrões norte-americanos e puxado por novas cargas gigantes. Não à toa, o próprio PJM abriu um processo acelerado para criar regras específicas de conexão de megacargas, em especial data centers. É a burocracia tentando correr atrás da nuvem. A dinâmica econômica também mudou. Por anos, as Big Techs compraram certificados que comprovavam que uma certa quantidade de eletricidade foi gerada a partir de fontes renováveis, (Certificados de Energia Renovável, RECs) ou através de contratos de compra e venda virtuais ou financeiros de energia a longo prazo, em que não havia entrega física; o termo de compromisso era usado para fixar um preço da energia no mercado e garantir previsibilidade financeira. Agora, a discussão é sobre lastro: contratos longos de energia física, isso é, o comprador garante a compra de uma quantidade de energia ou a produção de um parque renovável. A Microsoft, por exemplo, assinou um contrato de compra e venda de energia elétrica (PPA na sigla em inglês) de 20 anos com a Constellation, empresa americana de produção de energia de baixo carbono, para viabilizar a retomada da usina nuclear de Three Mile Island. A Meta fechou outro contrato de 20 anos com a mesma empresa para o complexo nuclear de Clinton, em Illinois. Esses arranjos não são apenas marketing de sustentabilidade; são a forma de garantir gigawatts 24/7 para operações que não podem piscar. Nem tudo, porém, é plug and play. O caso Amazon–Talen, na Pensilvânia, em que um data center foi construído colado à usina nuclear de Susquehanna, virou novela regulatória. A FERC rejeitou duas vezes o acordo de interconexão que buscava ampliar o fornecimento direto “porta a porta”, por temores de custo e impacto na rede compartilhada. A moral da história é simples: estar perto de uma usina ajuda, mas não anula as regras sobre quem paga pelo fio. Esse recado já foi ouvido em outros estados. E quem paga, afinal? Alguns estados começaram a definir tarifas e classes específicas para hipercargas. Na Virgínia, a Dominion propôs uma categoria nova de tarifa para data centers muito grandes e, em paralelo, ganhou autorização para construir uma linha de transmissão que atende apenas um hyperscale em Alexandria. A decisão gerou protestos de bairros vizinhos e revelou o óbvio: a “nuvem” tem 230 kV e passa no quintal de alguém. Demanda real e fantasma Do lado dos planejadores, há outro nó difícil: o que é demanda real e o que é “demanda fantasma”? Com a corrida por IA, desenvolvedores entram em múltiplas filas de conexão ao mesmo tempo, muitas vezes para o mesmo projeto. O resultado é um inchaço artificial dos números que pode levar a redes superdimensionadas e depois subutilizadas, e essa conta sobra para o consumidor. O Wall Street Journal contou bem essa história dos “data centers que nem existem e já assombram a rede”. No Sul, a Georgia Power redesenhou seu plano de recursos para segurar o carvão por mais tempo, investir em baterias e gás adicional e ampliar solar, tudo com um olho atento nos data centers. É uma boa síntese do momento: a transição energética continua, mas a sequência das peças mudou por causa da IA. E a nova geração de tecnologias nucleares? Os SMRs, reatores nucleares pequenos, que prometem menor investimento inicial e maior segurança, estão no radar, mas o combustível HALEU, que tem a Rússia como a única fornecedora em escala, ainda é o gargalo. A empresa americana fornecedora de combustível nuclear, Centrus, atingiu, em junho, a marca de 900 kg produzidos, um marco histórico nos EUA. Mas o Departamento de Energia dos Estados Unidos (DOE) projeta necessidade de 50 toneladas por ano até 2035. Em outras palavras, promissor, porém não no tempo dos data centers que entram em operação entre 2026 e 2028. Até lá, o que existe de nuclear “na prateleira” é estendera a vida útil e aumentar a potência licenciada dos reatores nucleares existentes, sem construir uma nova usina. Mas existem alternativas realistas para sair desta situação. A primeira delas é a velocidade frente à governança. A rede americana foi desenhada para crescer devagar, mas a IA trouxe ritmo industrial para o setor de serviços. A resposta institucional da agência federal dos Estados Unidos responsável por regular o setor de energia elétrica, a FERC, de operadores e de comissões estaduais, é tentar casar prazos de obras civis com os ciclos de investimento da nuvem. Já o operador regional de rede elétrica PJM cria trilhos específicos para grandes cargas. E é justamente isso: admitir que data center é um bicho regulatório próprio. A segunda é a adicionalidade, e não apenas a energia “verde”. PPAs que evitam o fechamento de usinas reais, como Three Mile Island, ou que financiam extensões de licença, como o caso da Meta em Clinton, têm impacto sistêmico muito maior do que certificados genéricos. É uma virada importante: a descarbonização corporativa passa a cuidar do estoque de confiabilidade do sistema, e não apenas do saldo anual de MWh limpos. A terceira é quem paga a fiação. Tarifas especiais e obrigações de investimento para novos hiperconsumidores devem deixar de ser teoria e se transformar em prática. Contratos de conexão mais rígidos, redução ou restrição da geração de energia em horas de pico e, quando fizer sentido, contribuição direta para linhas e subestações são necessários. Sem isso, a distribuição indiscriminada dos custos gera reação política, que já começou nas audiências públicas. O quarto ponto é a eficiência e a flexibilidade. Nem todo watt de IA é igual. O treinamento de modelos pode ser agendado; a inferência, nem tanto. O setor que aprender a deslocar treinamento para janelas de baixa demanda, ou para regiões com folga, vai reduzir o capex de rede e ganhar poder de barganha regulatória. Esse é o lado B menos glamouroso da IA: software de orquestração e contratos com SLAs elétricos, que garantam que o serviço entregue cumpra padrões mínimos de qualidade e desempenho. No curto prazo, o quadro será inevitavelmente misto: um pouco mais de gás para segurar o pico, nucleares antigos monetizando sua firmeza via Big Tech, solares e baterias crescendo de escala e muita obra de transmissão. A visão de fundo, porém, é de reencaixe. A rede americana sempre foi uma grande obra pública, implicitamente financiada por toda a base de consumidores. A IA está forçando um experimento de responsabilização privada pelo lastro, e isso pode ser saudável se bem regulado. O risco, claro, é o inverso: projetar para o exagero fantasma e socializar custo demais. O sinal de alerta já aparece nas projeções do DOE, que falam em até 12% da eletricidade em 2028, e nas avaliações sazonais da NERC, a entidade responsável por garantir a confiabilidade e segurança do sistema elétrico da América do Norte, que vêm registrando aumento de risco diante de picos mais altos e usinas envelhecidas. O desafio é achar o meio-termo entre subestimar a nuvem e construir para miragens. No fim das contas, a “conta de luz da IA” chega na mesma caixa de correio que a nossa.

Direto da Redação
Lula autoriza abertura de processo para aplicar a lei de reciprocidade contra os Estados Unidos

Direto da Redação

Play Episode Listen Later Aug 29, 2025 7:45


Rádio Senado Entrevista
Movimentação dos EUA no Caribe e perspectivas de ameaças à Venezuela

Rádio Senado Entrevista

Play Episode Listen Later Aug 26, 2025 10:32


Os Estados Unidos enviaram recentemente navios de guerra, aviões, um submarino e cerca de 4.000 militares para o Mar do Sul do Caribe, perto da Venezuela. O objetivo, segundo os EUA, seria combater os cartéis de drogas, mas também pode ser uma mensagem de Donald Trump ao governo de Nicolás Maduro. Conversamos sobre essa movimentação com o jornalista Ivan Godoy, especialista em assuntos internacionais. Ele aborda os possíveis motivos para Trump enviar a frota, possíveis sinalizações à Venezuela, as opções de Maduro e a posição do Brasil na crise.

DW em Português para África | Deutsche Welle
25 de Agosto de 2025 - Jornal da Manhã

DW em Português para África | Deutsche Welle

Play Episode Listen Later Aug 25, 2025 20:00


Na Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira qualificou de muito mau a suspensão das emissões da RTP e RDP, e deposita a sua confiança nos jovens guineenses para lutar contra o estado atual do país. 12 anos depois, Angola voltou a vencer o Afrobasket e em casa. Os Estados Unidos da América estarão a usar o continente africano como uma zona de descarga para deixar migrantes ilegais?

15 Minutos - Gazeta do Povo
Por que Trump está atrás de Maduro

15 Minutos - Gazeta do Povo

Play Episode Listen Later Aug 22, 2025 14:11


*) Este episódio do Podcast 15 Minutos, discute medidas agressivas do governo Trump contra o narcotráfico na América Latina, focando especialmente na Venezuela. Os Estados Unidos classificaram organizações criminosas de tráfico de drogas, incluindo o "Cartel de Los Soles" liderado por Nicolás Maduro, como terroristas, baseando-se em informações obtidas de um ex-general venezuelano. 

Eduardo Oinegue
19/08/2025 - O que mudou para os Estados Unidos passarem a ignorar o Brasil desse jeito?

Eduardo Oinegue

Play Episode Listen Later Aug 19, 2025 16:42


Expresso - Expresso da Manhã
Daniel Pinéu: “Os Estados Unidos passaram para a Europa os custos da paz na Ucrânia e vão ficar com os ganhos”

Expresso - Expresso da Manhã

Play Episode Listen Later Aug 12, 2025 17:21


Donald Trump vai encontrar-se, na sexta-feira, no Alasca, com Vladimir Putin para negociar a paz na Ucrânia, mas Zelensky fica de fora. A Europa vai ser ouvida antes pelo presidente dos Estados Unidos, mas também não estará nas negociações. Neste episódio, conversamos com Daniel Pinéu, especialista em Relações Internacionais, professor universitário e comentador da SIC.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Convidado
Afro Renaissance, a exposição que aponta o futuro da arte contemporânea africana

Convidado

Play Episode Listen Later Aug 6, 2025 9:39


“Afro Renaissance, entre o legado e as transformações” é a exposição que nos desafia a entrar e descobrir uma parte daquilo que se poderia entender como uma das alas do rico e imenso palácio que é a arte contemporânea africana.O renascimento proposto pelo conjunto de obras seleccionadas apresenta múltiplas cartografias que, no fundo, nos convidam a reflectir sobre como um manifestar artístico plural pode ser uno e sem fronteiras. Em “Afro Renaissance”, patente na Oficina de Artes Manuel Cargaleiro, no Seixal, Portugal, o poder das obras, pinturas e fotografias, assinadas por artistas consagradíssimos e revelações de Angola, Cabo Verde, Nigéria e São Tomé e Príncipe, é o bilhete para a viagem que nos resgata ao presente, remete para um ponto algures num passado e nos projecta no futuro. A RFI falou com a curadora da exposição, Alexandra Martins, e com o fundador da plataforma Afrikanizm Art, produtora da exposição, João Boavida. RFI: O que é a Afrikanizm Art? João Boavida: A Afrikanism Art é uma plataforma de impacto social e cultural focada em promover tudo o que é arte contemporânea africana juntando artistas independentes, galerias, coleccionadores e clientes numa só única plataforma. Faz exposições em Angola e em Portugal e faz trabalhos com marcas também. O intuito é promover, educar e criar oportunidades para todo o ecossistema e, com isso, encontrar aqui uma valorização de todo o ecossistema. RFI: Está direccionada a todo o continente africano? João Boavida: Todo o continente africano e estamos neste momento a crescer para a diáspora, para os artistas afro-brasileiros e os artistas afro-americanos. Temos 220 artistas de 18 países africanos neste momento. Vamos juntar todo este ecossistema da africanidade e das suas raízes numa só plataforma. RFI: Alexandra Martins, curadora da exposição, como é que foi construída, como é que foi pensada esta exposição? Alexandra Martins: Segue um bocadinho aquilo que já se tinha iniciado com o Afro Renaissance em Angola, que foi a primeira edição deste ano. Aqui em Portugal também com muita consciência de que estávamos a abrir um novo caminho, um novo percurso, que era a nossa colaboração com as galerias. Portanto, partimos da reunião das obras de galerias que nós próprios seleccionámos e, de algum modo, juntámos com aquele que era o trabalho de artistas independentes que já trabalhavam connosco e muitos deles também iniciaram essa colaboração este ano. RFI: Qual é o conceito que está por trás da exposição Afro Renaissance? Alexandra Martins: Afro Renaissance é muito o diálogo entre o passado e o presente. Portanto, os artistas são levados a reflectir um bocadinho sobre essa questão e depois a produzirem artisticamente sobre essa questão. Neste caso específico é Afro Renaissance entre o legado e as transformações. Portanto, nós temos aqui, no fundo, três salas que fazem um percurso. A primeira muito avançada para ir delineada para o passado. Portanto, esta reflexão contemporânea sobre. A segunda sala pega na identidade e como é que ela pode ser transformada numa linguagem muito mais diferenciada. Portanto, uma perspectiva mais surrealista. E a terceira numa perspectiva absolutamente contemporânea. Aqui também, por exemplo, temos a fotografia que reflete um bocadinho esse percurso. RFI: Os trabalhos que estão aqui, uns foram pensados, criados propositadamente para a exposição, mas outros não? Alexandra Martins: Sim. Na primeira sala, por exemplo, temos dois artistas que criaram especificamente para esta (exposição), que é o Casca, com quatro obras, e a Micaela Zua, que faz colagens e é a primeira exposição que ela integra no início da carreira dela. São seis míni-colagens que ela faz. E o Júnior Jacinto também, fez quatro obras para esta exposição, separando-as na primeira sala e na segunda sala. O resto é uma forma de nós enquadrarmos obras de artistas com quem nós já colaborávamos, com a This is Not a White Cube e também com o trabalho de coleccionadores para esta exposição. RFI: Falando dos mercados internacionais, como é que está a aceitação destes artistas? Como é que os mercados estão a reconhecer o valor da arte contemporânea africana quando chega o momento de vender ou ir a leilão? João Boavida: Contra factos não há argumentos. O mercado transacciona em arte, a nível global de artes e antiguidades, 67,8 mil milhões. No entanto, a arte contemporânea africana é muito jovem num mercado já tão antigo. E também é um mercado que tem bastante preconceito. É um mercado que durante muito tempo viveu à porta fechada, não era um mercado democrático. Está a haver uma grande transformação por parte dos coleccionadores e de transição destas colecções mais antigas para novos coleccionadores que vêm à procura de coisas frescas. Está a haver uma mudança de comportamento com maior número de galerias. Isto abre um pouco o ecossistema. A arte contemporânea africana é recente, está num processo ainda de valorização internacional e só representa 1% a nível mundial. Ou seja, existe aqui, claramente, um problema, um desafio, mas também uma oportunidade. O problema é que nós precisamos de mostrar e de educar o que é a arte contemporânea africana, porque muita gente ainda pensa que é o pôr-do-sol, é uma cabana, é o elefante. E, na realidade, se nós olharmos aqui à volta, nós temos aqui várias linguagens, várias correntes artísticas. Aquilo que nós queremos numa exposição, e por isso é que o africanismo faz exposições, é que as pessoas consigam viajar dentro destes vários caminhos e digam “ah, não sabia que isto era a arte contemporânea africana”, “não sabia que isto existia”. É este o papel educativo que nós todos temos que fazer para valorizar este percurso. Temos que escalar para mais países porque há falta de informação e de data sobre o mercado. Transacções, artistas, galerias que também dêem confiança aos coleccionadores para investirem. Agora, há trabalho que está a ser feito. O Metro (Metropolitan Museum of Art) este ano está a investir 70 milhões de dólares em renovar o seu serviço de arte contemporânea africana, vemos as feiras como a 1 54 ( Contemporary African Art Fair) em Londres, Nova Iorque e Marrakech a fazerem um processo de evangelização muito grande, vemos a Art X Lagos que é uma feira que está a educar e transformar, porque há um papel educativo dentro do continente para gerar os coleccionadores locais, porque mesmo dentro dos coleccionadores locais há um processo de educação que tem que acontecer para que não vejam como arte como a que é vendida nos mercados informais, nós estamos a falar de artistas de galeria. E depois começar a desafiar e passar este processo de educação também aos artistas. A Bienal de Veneza é um fenómeno de credibilização brutal, vimos a ganhar representatividade ano após ano, tendo atingido o grande epicentro este ano mas, infelizmente, a curadora africana faleceu. No entanto, o trabalho dela já estava feito para esta Bienal e a verdade é que abriu aqui a porta para ainda mais artistas. Passámos, do ano passado, de uma representatividade de 50%, para este ano em que já estamos a falar provavelmente de 80%. Apesar de ainda não terem saído os relatórios, é mais ou menos isto que é esperado em termos daquilo que vão apresentar nos vários pavilhões. Só que há aqui um trabalho grande. Os mercados que mais consomem a arte são, em primeiro lugar os Estados Unidos que representam 40% do mercado, depois temos Inglaterra, que acaba por ser um mercado transaccional financeiro, temos a França, com ligações às ex-colónias e acaba por ter aqui já um trabalho há mais tempo, e depois a China que também está a crescer muito naquilo que é o consumir a arte e já começa também a receber arte contemporânea africana com algum trabalho que vem a ser feito tanto por leiloeiras como por feiras como a arte de Basileia. RFI: Renaissance vai ficar por aqui ou há a perspectiva de avançar para outras latitudes, para outros países? João Boavida: Temos três países claros na nossa missão, no nosso roadmap. Os Estados Unidos, a França e o Dubai é onde nós queremos escalar a nossa presença, através da presença física com as exposições, seja com a Afro-Renaissance como com a Intersections que são os dois conceitos que nós temos da autoria própria da Afrikanizm. RFI: E para quem quiser saber mais sobre a Afrikanizm Art e as diferentes iniciativas ou como vos contactar, como é que pode fazer? João Boavida: Através do nosso website do afrikanizm.com e também das redes sociais do Instagram, do Facebook, LinkedIn e, depois, também, se quiserem, podem-se inscrever na nossa newsletter e receber aqui vários artigos de blog dos nossos curadores, das galerias, do trabalho dos artistas. Vejam aqui algumas das obras expostas: Link plataforma Afrikanizm Art : https://www.afrikanizm.com/?srsltid=AfmBOoohb87065ZpmPXKbQfqtcMBX_8Y_BpCYGFi3T4yJpjUqaBk47if

Jornal da Gazeta
Alberto Pfeifer, coord. do grupo de análise de estratégia internacional da usp, sobre as condições de negociação do brasil com os Estados Unidos

Jornal da Gazeta

Play Episode Listen Later Aug 4, 2025 10:07


Reouça a #EntrevistaJG de Denise Campos de Toledo com Alberto Pfeifer, coord. do grupo de análise de estratégia internacional da usp, sobre as condições de negociação do brasil com os Estados Unidos.

Resumão Diário
JN: EUA reduzem alcance do tarifaço, mas exportações de café e carne continuam ameaçadas; Trump impõe sanções financeiras a Moraes

Resumão Diário

Play Episode Listen Later Jul 30, 2025 5:29


Os Estados Unidos reduziram o alcance do tarifaço contra o Brasil. Quase setecentos produtos não vão ser taxados em 50%. Aviões e suco de laranja escaparam, mas as exportações de café e de carne continuam ameaçadas. O início da cobrança foi transferido para quarta-feira da semana que vem. Donald Trump voltou a atacar Alexandre de Moraes. O ministro do STF, responsável por ações contra Jair Bolsonaro e big techs americanas, foi alvo de uma lei concebida originalmente para punir ditadores. O Supremo declarou que o julgamento de um atentado à nossa democracia é de competência exclusiva da Justiça brasileira. O Banco Central manteve a Selic em 15% ao ano. Um terremoto de magnitude 8,8 deixou 20 países em alerta. A seleção brasileira feminina de futebol se classificou para a final da Copa América.

JORNAL DA RECORD
24/07/2025 | 4ª Edição: Presidente Lula descarta possibilidade de negociar minerais com os Estados Unidos

JORNAL DA RECORD

Play Episode Listen Later Jul 25, 2025 12:06


Confira nesta edição do JR 24 Horas: O presidente Lula descartou a possibilidade de qualquer acordo com o governo dos Estados Unidos baseada em riquezas naturais do Brasil. Os Estados Unidos buscam acordos com outros países em torno de minerais como lítio, nióbio e terras raras, todos usados na fabricação de baterias, equipamentos eletrônicos e militares. E ainda: General Mário Fernandes admite autoria de plano que previa assassinato de Lula.

Eduardo Oinegue
23/07/2025 - Oinegue: O governo Lula confundiu Trump com os Estados Unidos

Eduardo Oinegue

Play Episode Listen Later Jul 24, 2025 20:23


Eduardo Oinegue
24/07/2025 - Oinegue: A crise com os Estados Unidos pega o Brasil institucionalmente desarranjado

Eduardo Oinegue

Play Episode Listen Later Jul 24, 2025 12:02


Entendendo a Notícia
#942- TRUMP NÃO É EXCEÇÃO NA HISTÓRIA DA RELAÇÃO ENTRE O BRASIL E OS ESTADOS UNIDOS

Entendendo a Notícia

Play Episode Listen Later Jul 22, 2025 27:49


Tema de abertura de Claudio Zaidan no programa Bandeirantes Acontece.

Podcast Internacional - Agência Radioweb
Giro Internacional: Europa se prepara para guerra comercial com os Estados Unidos

Podcast Internacional - Agência Radioweb

Play Episode Listen Later Jul 22, 2025 3:12


Países europeus divergem sobre posicionamento contra os Estados Unidos.Esse conteúdo é uma parceria entre RW Cast e RFI.

Reportagem
Tensão institucional aumenta entre Brasil e EUA, enquanto setor exportador perde U$ 100 milhões ao dia

Reportagem

Play Episode Listen Later Jul 19, 2025 5:02


Diante da escalada de tensão na relação institucional entre Brasil e Estados Unidos, analistas e setores exportadores não apostam em um entendimento rápido acerca das novas tarifas sobre os produtos brasileiros, mesmo com prejuízo certo para os dois lados. Com a atuação do clã Bolsonaro para desestabilizar o processo penal contra o ex-presidente a partir da pressão americana, Alexandre de Moraes impõe medidas restritivas a Jair Bolsonaro. E Donald Trump reagiu no mesmo dia. Raquel Miura, correspondente da RFI em Brasília.  A semana terminou com Jair Bolsonaro de tornozeleira eletrônica, recolhido em casa, enquanto o governo Donald Trump proibiu a entrada nos Estados Unidos de Alexandre de Moraes e de outros ministros da Suprema Corte brasileira. E a fúria trumpista, após o périplo de Eduardo Bolsonaro nas terras estadunidenses para livrar o pai da cadeia, gera expectativa de um novo pacote anti-Brasil. Porém, a análise política é de que as medidas restritivas a Bolsonaro mostram que a investida da família tem sido um tiro pé do ex-presidente. “Houve a percepção generalizada que o país inteiro está sendo prejudicado por conta da família Bolsonaro", diz o analista político Diogo Cunha, da Universidade Federal de Pernambuco. "Eles deram de bandeja para o PT e para o Lula a bandeira do patriotismo, do nacionalismo, da soberania. E as instituições também reagiram. Então, sem dúvida, isso piorou significativamente a situação do ex-presidente”, acrescenta.  “A atuação de Eduardo Bolsonaro é mais um passo no processo de politização e de pressão que eles querem fazer sobre o Judiciário, tentando mostrar força, inclusive com ajuda do presidente da maior potência do mundo, que pode realmente prejudicar o Brasil. Agora, evidentemente, isso não funcionou, pelo contrário”, conclui Cunha.                                                                                                                                Perdas de U$ 1 bilhão A atual crise tem reflexos gigantes na economia. Dados da AEB, a Associação de Comércio Exterior do Brasil, mostram que já houve recuo de exportações na ordem de U$ 1 bilhão desde que a tarifa de 50% sobre tudo o que o Brasil vende para os Estados Unidos foi anunciada. “Nós começamos a ver nas estatísticas, agora no mês de julho, que está havendo uma queda nas exportações brasileiras em torno de U$ 100 milhões por dia. Isso significa, até aqui, uma queda de pelo menos U$ 1 bilhão. Basicamente, todos aqueles setores que têm acordos de longo prazo vão ser afetados porque há uma mudança brusca. Setores como calçados, carne bovina, aviões”, explica José Augusto de Castro, presidente-executivo da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB). “A expectativa era de que essa tarifa de 50% fosse revertida no curto prazo, mas agora o ambiente está mais carregado, com declarações tanto do lado americano quanto do brasileiro. A questão política está pesando mais do que a técnica. Então, essa taxa deve perdurar por mais algum tempo. Pode ser duas ou três semanas. Também pode mudar de uma hora para outra, mas o cenário político aponta que não será no curto prazo”, afirma Castro. Para reduzir prejuízos aos empresários brasileiros, o dirigente da associação defende a negociação e não a reciprocidade. E diz que substituir mercados, no cenário atual, não é tão fácil como muitos pregam. “Todo mundo está buscando mercados alternativos, o Brasil, os Estados Unidos, a China, a Europa. Todos os países. Então é muito difícil, é uma concorrência muito grande. E buscar mercados alternativos pode demandar tempo. Dependendo do produto, pode demorar três meses, seis meses, um ano, e às vezes não vai ter resultado”, ressaltou. Negociações conjuntas e não bilaterais Ao assumir abertamente que o lema do clã bolsonarista hoje é "nossa família acima de tudo", Eduardo Bolsonaro tem gerado muito debate nas redes sociais com suas declarações. Ele chegou a dizer, em entrevista à CNN, que “Trump não vai recuar diante de Alexandre de Moraes. E se houver um cenário de terra arrasada, ao menos terei me vingado desses ditadores de toga”. Para evitar a terra arrasada, o analista internacional Alexandre Ueara, da ESPM, diz que o caminho é a negociação, porém não essa que os Estados Unidos têm forçado boa parte do mundo a fazer. “Negociar bilateralmente é fazer o jogo de acordo com as regras de Donald Trump. Sempre vai ter uma vantagem para os Estados Unidos nessas negociações bilaterais porque eles são a maior potência mundial, apesar da economia chinesa. Então, focar na negociação bilateral com Trump seria o pior dos mundos”, analisa. Como ainda faltam mais de três anos para terminar o mandato do presidente americano, o especialista sugere a convergência de interesses dos demais países para fazer frente à instabilidade comercial gerada por tantos tarifaços. “Se os Estados representam 26 % da economia mundial, podemos olhar pela perspectiva de que os demais países representam cerca de 74 % do PIB mundial. Os Estados Unidos estão ameaçando o Japão, China, Brasil, Europa, entre outros. E esses países juntos têm muito mais força na negociação. Uma atuação coletiva pode ter mais resultado nessa taxa de reciprocidade”, frisou Ueara.                                                                  Política comercial discriminatória O uso das tarifas comerciais como arma política para defender aliados e empresas americanas, como as Big Techs, alcançou uma escalada que tem gerado críticas mundo afora. “De forma alguma a política externa que vem sendo implementada pelo governo Trump tem convergência com as regras internacionais de comércio. E esse segundo mandato Trump passou a implementar uma política externa absolutamente discriminatória, um descumprimento sério dos Estados Unidos perante o princípio mais importante da Organização Mundial do Comércio (OMC), que é o princípio da não discriminação”, afirmou a advogada Roberta Portella, mestre em Direito Internacional do Comércio e professora da FGV. Portella destaca, no entanto, que essa guinada americana não é de agora. “A primeira administração de Donald Trump já sinalizava essa postura que questiona o multilateralismo. Mas nós juristas e pesquisadores tínhamos a esperança de que numa mudança de governo esse tema seria acomodado. E não foi. O governo Joe Biden não assumiu uma nova postura perante a OMC. Isso trouxe um novo sinal de que, na verdade, é uma política de Estado e não de governo. E o assunto se intensificou agora, ganhou toda essa luz no segundo mandato de Trump.”

Podcast JR Entrevista
Brasil não deve entrar em um ‘duelo de tarifas' com EUA, diz Renato Casagrande

Podcast JR Entrevista

Play Episode Listen Later Jul 17, 2025 30:23


O convidado do JR ENTREVISTA desta quarta-feira (16) é o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB). À jornalista Tainá Farfan, ele avaliou o anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros como um ato político e ideológico. Casagrande sugeriu que o governo busque todas as formas de comunicação e contato com os EUA até 1º de agosto, data prevista para a entrada em vigor do imposto, e alertou que o Brasil não deve entrar em um “duelo de tarifas”.“Acho que agora até o final do mês, até o dia 1º de agosto, quando a tarifa está anunciada para entrar em vigência, é muito bom, é muito importante que o governo busque todas as formas de comunicação e de contato com o governo do presidente Trump, sabendo que não é fácil, porque é um governo diferente de outros governos, não tem um canal institucional de comunicação. Mas o Brasil não pode entrar num duelo de tarifas. Os Estados Unidos sacam a tarifa de lá, o brasileiro sacam com a tarifa de cá. Então, a gente tem que ver nesse momento de negociação, jogar peso nela. Se não tiver negociação, aí sim, a partir do dia 1º, avalie o que a gente pode fazer”, destacou.Casagrande comentou que as tarifas têm um impacto significativo em setores brasileiros importantes como aço, celulose, café e pedras ornamentais, além de empresas como a Embraer. Para o Espírito Santo, o governador disse que os setores mais impactados seriam aço, celulose, café, frutas e petróleo. Ele comentou que quase 30% das exportações do Espírito Santo são destinadas aos Estados Unidos, o que demonstra o grande interesse do estado na questão.O governador considerou a reação do Brasil de condenação à interferência externa como "adequada", pois nenhum país pode aceitar um ataque à sua soberania. No entanto, ele enfatizou a necessidade de, ao mesmo tempo em que se condena, abrir diálogo com o governo americano. O objetivo, segundo Casagrande, deve ser proteger a população brasileira, os empregos e evitar pressão inflacionária.Casagrande ainda analisou a polêmica em torno do aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), destacando que o interesse original é buscar o equilíbrio das contas públicas em um país com desequilíbrio fiscal, que gera desconfiança e eleva as taxas de juros. Ele argumentou que o corte de despesas é um assunto que exige o acordo e entendimento de todos os Poderes, e que cada um precisa fazer sua parteNa entrevista, o governador também comentou que, por ser um estado com população menor (4 milhões de habitantes), o Espírito Santo precisa ser muito eficiente para se tornar uma porta de entrada de produtos do mundo para o Brasil e de saída do Brasil para o mundo. Para isso, ele defendeu bons investimentos em ferrovias, rodovias e portos.Além disso, Casagrande destacou as políticas eficazes que levaram o Espírito Santo a ser o primeiro colocado no ensino médio no Brasil e o terceiro na alfabetização na idade certa (crianças alfabetizadas até os 7 anos). Ele mencionou a implementação de educação em tempo integral em 60% das escolas e 1/3 das escolas de ensino médio com educação técnica e profissional.O programa também está disponível na Record News, no R7, nas redes sociais e no PlayPlus.

Resumão Diário
JN: STF mantém decreto do governo que aumenta IOF; EUA começam investigação sobre práticas comerciais do Brasil e criticam Pix

Resumão Diário

Play Episode Listen Later Jul 16, 2025 5:30


O STF manteve o decreto do governo que aumenta o IOF, mas revogou a cobrança sobre o adiantamento que os bancos fazem para o comércio varejista. A decisão do ministro Alexandre de Moraes foi motivada pela falta de acordo entre o governo e o Congresso. No entanto, os dois poderes se uniram contra a chantagem de Donald Trump. Os presidentes da Câmara e do Senado divulgaram uma mensagem em defesa da soberania nacional. O Brasil enviou uma nova carta ao governo americano, na qual falou em negociar e cobrou resposta a uma mensagem enviada em maio. Os Estados Unidos afirmam agora que o Pix prejudica os meios eletrônicos de pagamento de gigantes americanas de tecnologia. E Trump repetiu que impôs ao Brasil tarifas maiores do que as aplicadas a outros países em reação ao julgamento de Jair Bolsonaro. Novas leis anti-imigração em Portugal afetam amplamente os brasileiros. Israel bombardeou o Ministério da Defesa da Síria. E cientistas divulgaram um manifesto contra o afrouxamento de regras ambientais.

LíderCast - Instituto de Formação de Líderes de São Paulo (IFL-SP)
4 de Julho: por que os Estados Unidos deram certo? | Wagner Lenhart | Caminhos da Liberdade Podcast | IFL-SP

LíderCast - Instituto de Formação de Líderes de São Paulo (IFL-SP)

Play Episode Listen Later Jul 4, 2025 85:41


O Brasil tem algo a aprender com os Founding Fathers dos Estados Unidos da América? Neste episódio do Caminhos da Liberdade, recebemos Wagner Lenhart, presidente do Instituto Millenium e ex-secretário nacional de gestão de pessoas do Ministério da Economia, para uma conversa profunda sobre virtude, liderança, poder e o legado da Constituição Americana. Lenhart explica como os Founding Fathers dos EUA moldaram uma cultura de responsabilidade institucional, limitaram o poder do Estado e fundaram um país com base na descentralização e na valorização da liberdade individual — e o que o Brasil pode aprender com isso. A conversa também passa pelo papel da sociedade civil, da religião, das instituições e da educação na formação de líderes virtuosos.

Editorial - Gazeta do Povo
Editorial: Os Estados Unidos entram na guerra para evitar um Irã nuclear

Editorial - Gazeta do Povo

Play Episode Listen Later Jun 23, 2025 5:52


Editorial: Os Estados Unidos entram na guerra para evitar um Irã nuclear

Resumão Diário
JN: PF diz que Bolsonaro definia quais autoridades seriam espionadas na Abin paralela; Banco Central eleva taxa de juros para 15%

Resumão Diário

Play Episode Listen Later Jun 19, 2025 5:30


O Irã rejeitou o ultimato dos Estados Unidos. Ali Khamenei disse que o país não vai se render. Sobre a possibilidade de atacar, Donald Trump respondeu que "pode ser que sim, pode ser que não" e disse que um acordo ainda é possível. Os Estados Unidos são o único país capaz de destruir as usinas subterrâneas de enriquecimento de urânio. O papa Leão XIV pediu que o mundo não se acostume com as guerras. A Polícia Federal afirma que Jair Bolsonaro era o principal destinatário das ações da Abin paralela. Em outra investigação, a PF prendeu um ex-assessor do ex-presidente. Marcelo Câmara é suspeito de tentar obter informações sigilosas sobre a delação de Mauro Cid. O Banco Central elevou a taxa de juros para 15%, a taxa mais alta dos últimos dezenove anos. No Rio Grande do Sul, a chuva matou duas pessoas e deixou mais de dois mil desabrigados. No Mundial de Clubes, surpresa: o Real Madrid empatou na estreia contra o Al-Hilal.

Resumão Diário
JN: Irã revida ofensiva de Israel e atinge o centro de Tel Aviv; PF prende ex-ministro suspeito de ajudar Mauro Cid a fugir do Brasil

Resumão Diário

Play Episode Listen Later Jun 14, 2025 5:27


O mundo em alerta para o risco de um conflito nuclear: Israel lançou uma ofensiva sem precedentes contra comandantes e instalações militares do Irã. O Irã revidou, furou o bloqueio israelense e atingiu o centro de Tel Aviv. Benjamin Netanyahu afirmou que o objetivo era destruir o programa nuclear iraniano e garantir a sobrevivência de Israel. O aiatolá Ali Khamenei falou em declaração de guerra e ameaçou Israel com um destino amargo. Os Estados Unidos deslocaram navios de guerra para a região. O preço do petróleo disparou e as bolsas caíram. No Brasil, a Polícia Federal prendeu o ex-ministro do Turismo Gilson Machado. Investiga se ele atuou para ajudar Mauro Cid em um plano de fuga para Portugal. O analfabetismo teve a menor taxa em oito anos. A partir de amanhã, tem Copa do Mundo de Clubes da FIFA na Globo.

Expresso - Expresso da Manhã
Expresso da Manhã Extra com Daniel Pinéu: “Israel está a tentar arrastar os Estados Unidos para uma guerra com o Irão”

Expresso - Expresso da Manhã

Play Episode Listen Later Jun 13, 2025 19:10


Com o programa nuclear iraniano como pretexto, Israel atacou o Irão, contrariando a vontade publicamente anunciada por Donald Trump que dizia preferir a via negocial. O sucesso do ataque israelita já fez o presidente dos Estados Unidos vir gabar o material americano e garantir que estarão ao lado de Israel. Para onde caminhamos? À procura de respostas, conversamos neste episódio, com o comentador da SIC Daniel Pinéu.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Entendendo a Notícia
#919- LEI MAGNITSKY EXPRESSA A AUTORIDADE QUE OS ESTADOS UNIDOS JULGAM TER SOBRE O MUNDO

Entendendo a Notícia

Play Episode Listen Later May 30, 2025 24:35


Tema de abertura de Claudio Zaidan no programa Bandeirantes Acontece.

Fala Glauber Podcast
ABRAHAM WEINTRAUB: Os Estados Unidos vão mudar os Rumos do BRASIL?

Fala Glauber Podcast

Play Episode Listen Later May 28, 2025 303:33


NO EPISÓDIO 527, TEREMOS A VOLTA DE ABRAHAM WEINTRAUB.VIIIIIIIIBRA!!! CONHEÇA MAIS DOS NOSSOS PATROCINADORES:

Os Economistas Podcast
OS ESTADOS UNIDOS VÃO QUEBRAR? RISCO DE CALOTE NA DÍVIDA e JUROS ALTOS | Os Economistas 172

Os Economistas Podcast

Play Episode Listen Later May 27, 2025 87:56


20 Minutos com Breno Altman
Trump levará os Estados Unidos ao colapso? - James Green - programa 20 Minutos

20 Minutos com Breno Altman

Play Episode Listen Later May 14, 2025 56:07


O que mudou nos primeiros meses do governo Trump?Nesta análise em tempo real, o especialista James Green investiga os impactos concretos da administração Trump em 2025:

JORNAL DA RECORD
12/05/2025 | 1ª Edição: Lula busca fortalecer laços comerciais na China enquanto São Paulo enfrenta desafios

JORNAL DA RECORD

Play Episode Listen Later May 12, 2025 3:41


Os Estados Unidos e a China anunciaram um acordo para suspender a maioria das tarifas entre os dois países por 90 dias, reduzindo as tarifas de 125% para 10%. O presidente Lula está na China para firmar novos acordos econômicos, participando de seminários e reuniões com empresários e representantes de empresas chinesas. Paralelamente, São Paulo vive dificuldades no trânsito devido ao asfalto cedido na Marginal do Rio Tietê, onde obras de reparação estão em andamento. A cidade também enfrenta baixas temperaturas, com previsão de queda para 13 graus e possibilidade de chuva nos próximos dias.

Empiricus Puro Malte
PODCA$T #90 - SUPERAMOS A GUERRA COMERCIAL?

Empiricus Puro Malte

Play Episode Listen Later Apr 25, 2025 41:44


CONHEÇA O VERÃO DEFI: https://emprc.us/V8iMJ1Neste episódio, Larissa Quaresma recebe Matheus Spiess, nosso analista macro.Confira os destaques:

Noticiário Nacional
7h Tarifas: Já há conversas entre a China e os Estados Unidos

Noticiário Nacional

Play Episode Listen Later Apr 18, 2025 12:58


Gabinete de Guerra
EUA querem entregar a Ucrânia à sua sorte?

Gabinete de Guerra

Play Episode Listen Later Apr 18, 2025 15:26


Os Estados Unidos dizem-se prontos para seguir em frente caso não se chegue a acordo na Ucrânia, mas que significa isto? Bruno Cardoso Reis fala em imprevisibilidade e num aumento de pressão sob Kiev.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Perguntar Não Ofende
José Gomes André: Trump tem raízes na história americana?

Perguntar Não Ofende

Play Episode Listen Later Apr 8, 2025 76:23


A imagem de Trump com uma coroa, partilhada pela Casa Branca, é apenas simbólica? Ou revela uma mudança de natureza no sistema político americano? Os Estados Unidos são o grande laboratório da democracia liberal — mas até onde resiste essa experiência quando posta à prova pelo fenómeno Trump? Neste episódio do Perguntar Não Ofende, exploramos as tensões entre instituições e populismo, entre legalidade e liderança carismática, num sistema pensado para resistir a tudo, menos talvez ao culto do líder. Com José Gomes André, doutorado em Filosofia Política, analisamos o trumpismo à luz da tradição constitucional dos EUA, o papel do Supremo Tribunal como guardião do equilíbrio de poderes, e refletimos sobre o paralelismo europeu: poderá a UE aspirar a um momento constituinte ou estará refém do seu próprio modelo tecnocrático? Uma conversa sobre democracia, federalismo e os desafios do nosso tempo.See omnystudio.com/listener for privacy information.

A Mosca
Guerra comercial

A Mosca

Play Episode Listen Later Apr 4, 2025 0:30


Os Estados Unidos aplicaram tarifas aos produtos vindos dos outros países.

20 Minutos com Breno Altman
Como os Estados Unidos bancam a religião na política? - Rodrigo de Sá Netto – Programa 20 Minutos

20 Minutos com Breno Altman

Play Episode Listen Later Apr 4, 2025 64:39


Neste episódio do Programa 20 Minutos, recebemos Rodrigo de Sá Netto para discutir um tema polêmico e fundamental: a influência financeira e ideológica dos Estados Unidos na relação entre religião e política, especialmente em contextos como o brasileiro.

Fernando Ulrich
A militarização da Europa; A estratégia de Trump para conter Putin; Méliuz comprando Bitcoin

Fernando Ulrich

Play Episode Listen Later Mar 10, 2025 47:38


Os Estados Unidos estão priorizando a reindustrialização e assumindo custos estratégicos para manter sua segurança nacional. Enquanto isso, no Brasil, o mercado já começa a precificar a possibilidade de Lula não se reeleger, impulsionando a bolsa de valores. Neste vídeo, discutimos o impacto da política econômica americana no cenário global, a recessão nos EUA e seus efeitos no Brasil, além da nova postura da Europa diante das mudanças na aliança com Washington. Analisamos também a relação entre tarifas de importação e inflação, o futuro da Ucrânia sem o apoio direto dos EUA, o real impacto do neoliberalismo na desigualdade social e como a geopolítica está influenciando os mercados. Por fim, exploramos a adoção do Bitcoin como reserva de valor por empresas como Méliuz e as mudanças na percepção sobre Elon Musk após sua atuação no Departamento de Justiça dos EUA.00:00 - Hoje no Ulrich Responde...01:16 - Impacto da recessão nos EUA no Brasil?02:47 - Falhas do PIB e indicador substituto?05:54 - Tarifas elevam inflação? Plano do Trump?14:38 - Percentual ideal de ouro na carteira?17:08 - O que significa o salto no juros de 10 anos da Alemanha?23:23 - Neoliberalismo vs. abordagem keynesiana?27:14 - Onde manter caixa sem perder valor frente ao dólar?28:59 - Como foi sua experiência acadêmica na Espanha?30:47 - UE: Rearmamento e reservas de ouro?31:48 - A política dos EUA ameaça o dólar como reserva?35:48 - Festa da Cuca aceitando Bitcoin35:59 - Bitcoin é irreplicável?37:28 - Quantos inimigos Trump fará no ano?37:51 - Sem EUA, Ucrânia ficará sob controle de Putin?39:55 - Méliuz: 10% do caixa em Bitcoin?40:54 - Mercado financeiro tem ligação com produção real?41:42 - Decreto cripto foi jogada populista?42:06 - Banda e filme favoritos?43:08 - Vocação para economia/investimentos?44:12 - Qual raquete usada?44:21 - Experiência em país comunista?44:50 - Dicas para mudança de carreira?45:52 - Quando viu que tinha aptidão por finanças?46:12 - Setor promissor para matemáticos?

JORNAL DA RECORD
05/03/2025 | 3ª Edição: Governo da China diz estar pronto para qualquer tipo de guerra contra os Estados Unidos

JORNAL DA RECORD

Play Episode Listen Later Mar 5, 2025 3:53


Confira nesta edição do JR 24 Horas: O governo da China disse estar pronto para qualquer tipo de guerra contra os Estados Unidos. A fala do porta-voz do ministério das relações exteriores chinês veio em resposta ao aumento das tarifas comerciais impostas pelo presidente Donald Trump sobre as importações chinesas. E ainda: Lula deve receber equipe do filme ‘Ainda Estou Aqui' no Palácio do Planalto, em Brasília (DF).

Economia Falada
Shot Econômico #121 – EUA podem deixar de ser o paraíso das compras 

Economia Falada

Play Episode Listen Later Feb 17, 2025 2:35


Os Estados Unidos sempre foram referência em preços baixos para eletrônicos. Mas pode estar prestes a mudar. Caso as muitas novas tarifas ameaçadas por Donald Trump tornem-se realidade, os custos de importação vão disparar.   Além disso, com a campanha para deportar imigrantes ilegais e reduzir até a entrada de imigrantes muito qualificados, através da redução de vistos H1B – o visto que eu tinha quando trabalhei nos EUA – o custo de se produzir nos EUA também vai subir. Celulares, computadores e até roupas podem ficar muito mais caros. Se você está pensando em viajar para comprar, é melhor correr. Em breve, os EUA podem deixar de ser o destino mais barato para compras no mundo.  #ricardoamorim #economia #guerraeconômica #comércio #inflação #mercado #importação #tarifas #video #próprio #2m #economiainternacional #vd   Gostou do episódio? Avalie e mande o seu comentário aqui na plataforma.    MINHAS REDES SOCIAIS:   - Instagram: http://bit.ly/ricamnoinsta   - Telegram: https://t.me/ricardoamorimoficial   - Twitter: http://bit.ly/ricamnotwitter   - Youtube: http://bit.ly/youtubericam   - Facebook: http://bit.ly/ricamnoface   - Linkedin: http://bit.ly/ricamnolinkedin   E-MAIL   Mande suas sugestões para marketing@ricamconsultoria.com.br    COTAR PALESTRA:   https://bit.ly/consulte-ricam   CRÉDITOS:   ricamconsultoria.com.br

Economia Falada
Shot Econômico #117 – Os Estados Unidos podem deixar de ser o paraíso das compras. Prepare-se para preços mais altos. 

Economia Falada

Play Episode Listen Later Feb 10, 2025 1:27


Os Estados Unidos sempre foram referência em preços baixos para eletrônicos. Mas isso está prestes a mudar. Com as novas tarifas, os custos de importação vão disparar. Celulares, computadores e até roupas podem ficar muito mais caros. Se você está pensando em viajar para comprar, é melhor correr. Em breve, os EUA podem deixar de ser o destino mais barato para compras no mundo.  #ricardoamorim #economia #importação #compras #preços #eletrônicos #inflação #mercado #tarifas #video #próprio #1m #vd #economiainternacional #trump #usa   Gostou do episódio? Avalie e mande o seu comentário aqui na plataforma.    MINHAS REDES SOCIAIS:   - Instagram: http://bit.ly/ricamnoinsta   - Telegram: https://t.me/ricardoamorimoficial   - Twitter: http://bit.ly/ricamnotwitter   - Youtube: http://bit.ly/youtubericam   - Facebook: http://bit.ly/ricamnoface   - Linkedin: http://bit.ly/ricamnolinkedin   E-MAIL   Mande suas sugestões para marketing@ricamconsultoria.com.br    COTAR PALESTRA:   https://bit.ly/consulte-ricam   CRÉDITOS:   ricamconsultoria.com.br

Fernando Ulrich
China avança na corrida tecnológica e preocupa os Estados Unidos

Fernando Ulrich

Play Episode Listen Later Jan 28, 2025 14:23


Uma startup chinesa lançou seus novos modelos de inteligência artificial e sacudiu a indústria. Avanços importantes foram conquistados surpreendendo os especialistas com enormes ganhos de eficiência. Isso traz implicações para o desenvolvimentos das IAs, à geopolítica e às empresas de tecnologia.