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O Irã rejeitou o ultimato dos Estados Unidos. Ali Khamenei disse que o país não vai se render. Sobre a possibilidade de atacar, Donald Trump respondeu que "pode ser que sim, pode ser que não" e disse que um acordo ainda é possível. Os Estados Unidos são o único país capaz de destruir as usinas subterrâneas de enriquecimento de urânio. O papa Leão XIV pediu que o mundo não se acostume com as guerras. A Polícia Federal afirma que Jair Bolsonaro era o principal destinatário das ações da Abin paralela. Em outra investigação, a PF prendeu um ex-assessor do ex-presidente. Marcelo Câmara é suspeito de tentar obter informações sigilosas sobre a delação de Mauro Cid. O Banco Central elevou a taxa de juros para 15%, a taxa mais alta dos últimos dezenove anos. No Rio Grande do Sul, a chuva matou duas pessoas e deixou mais de dois mil desabrigados. No Mundial de Clubes, surpresa: o Real Madrid empatou na estreia contra o Al-Hilal.
Entre os contras que devem pesar na decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, em apoiar Israel e atacar ou não o Irã, está o sucesso da operação considerada chave no conflito: o fim ao programa nuclear do país persa. Em entrevista à Rádio Eldorado, o professor de História das Relações Internacionais da Unicuritiba, Andrew Traumann, avalia que o americano possui a informação de que sua GBU-57, a única arma considerada capaz de atingir a usina nuclear de Fordow, construída dentro de uma montanha, tem alcance limitado. “Trump tem essa informação e, portanto, tem medo de operação ser um fiasco”. Os Estados Unidos são o único país do mundo que tem uma arma projetada para atingir alvos debaixo do solo, conhecida como “destruidora de bunkers”. Acredita-se que ela seja capaz de penetrar cerca de 60 metros abaixo da superfície antes de explodir, sendo que mais bombas poderiam ser lançadas uma após a outra, perfurando cada vez mais fundo a cada impacto. No entanto, Traumann diz que especialistas que conhecem as instalações informam que as centrífugas estariam a quase 800 metros de profundidade.See omnystudio.com/listener for privacy information.
O mundo em alerta para o risco de um conflito nuclear: Israel lançou uma ofensiva sem precedentes contra comandantes e instalações militares do Irã. O Irã revidou, furou o bloqueio israelense e atingiu o centro de Tel Aviv. Benjamin Netanyahu afirmou que o objetivo era destruir o programa nuclear iraniano e garantir a sobrevivência de Israel. O aiatolá Ali Khamenei falou em declaração de guerra e ameaçou Israel com um destino amargo. Os Estados Unidos deslocaram navios de guerra para a região. O preço do petróleo disparou e as bolsas caíram. No Brasil, a Polícia Federal prendeu o ex-ministro do Turismo Gilson Machado. Investiga se ele atuou para ajudar Mauro Cid em um plano de fuga para Portugal. O analfabetismo teve a menor taxa em oito anos. A partir de amanhã, tem Copa do Mundo de Clubes da FIFA na Globo.
Com o programa nuclear iraniano como pretexto, Israel atacou o Irão, contrariando a vontade publicamente anunciada por Donald Trump que dizia preferir a via negocial. O sucesso do ataque israelita já fez o presidente dos Estados Unidos vir gabar o material americano e garantir que estarão ao lado de Israel. Para onde caminhamos? À procura de respostas, conversamos neste episódio, com o comentador da SIC Daniel Pinéu.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Com o programa nuclear iraniano como pretexto, Israel atacou o Irão, contrariando a vontade publicamente anunciada por Donald Trump que dizia preferir a via negocial. O sucesso do ataque israelita já fez o presidente dos Estados Unidos vir gabar o material americano e garantir que estarão ao lado de Israel. Para onde caminhamos? À procura de respostas, conversamos neste episódio, com o comentador da SIC Daniel Pinéu.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Arranca esta segunda-feira, em Nice, França, a 3.ª Conferência dos Oceanos das Nações Unidas (UNOC3). Em cima da mesa o reforço da mobilização global para a preservação e uso sustentável dos oceanos. A UNOC3 é co-presidida pela França e pela Costa Rica. Os Estados Unidos são os grandes ausentes da cimeira. O presidente da associação ambientalista portuguesa ZERO, Francisco Ferreira defende que esta conferência “é uma oportunidade de acção” para “dar prioridade àquilo que o oceano representa”. RFI: O que é que a ZERO espera desta terceira conferência sobre os Oceanos?Francisco Ferreira: Nós achamos que esta conferência será, sem dúvida, mais um marco importante de discussão e, acima de tudo, de dar relevo e prioridade àquilo que é o oceano, quer do ponto de vista dos serviços que nos presta, quer da absoluta necessidade da sua salvaguarda e protecção e também do “sofrimento” que o oceano, com as grandes crises climática, da biodiversidade, da exploração de recursos, tem sofrido.Se não fosse o oceano, a temperatura da nossa atmosfera não estaria apenas a 1,6 graus acima da era pré-industrial, como esteve em 2024, mas muitos mais graus acima porque tem sido o oceano, através do seu aquecimento, com consequências dramáticas - nomeadamente para os bancos de coral, para o oxigénio que consegue estar dissolvido nos oceanos - que tem acomodado esse aumento temperatura.Portanto, o oceano tem de ser salvo e nós precisamos de o proteger e salvaguardar.Esta conferência, apesar de não se esperar realmente resoluções vinculativas e é algo que decorre da sua própria natureza, vai, sem dúvida, juntar um conjunto de líderes e uma oportunidade de acção que para nós é extremamente importante. Esperamos o estímulo ao aumento das ratificações para conseguirmos a entrada em vigor do Tratado do Alto Mar. Estamos com 29 países que já ratificaram. E são precisos 60 para a ratificação do Tratado do Alto Mar?Exactamente. Estamos a falar de um território que representa mais de 70% do oceano e que é fundamental ser reconhecido como bem comum da humanidade e gerido com base na ciência, e com base também na equidade entre os vários países.Por outro lado, também é crucial que tenhamos, do ponto de vista científico, esta possibilidade- de tal como para o clima- termos um Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas, para a Biodiversidade também um painel semelhante, dedicarmos o mesmo tipo de relevo, de juntar os melhores cientistas e a melhor informação e conhecimento para gerir o oceano. E essa plataforma para nós é, sem dúvida, um aspecto muito relevante.Há, ainda, outros aspectos que achamos cruciais: a participação de grupos minoritários que são cruciais para a sua sustentabilidade económica e social na gestão do oceano - os pescadores de pequena escala, os povos indígenas - e, por outro lado, ainda, a necessidade de darmos um relevo realmente muito maior ao oceano no quadro das alterações climáticas.À semelhança daquilo que acontece com as diferentes COP, Cimeira das Nações Unidas para o Clima, não podemos ter aqui mais do mesmo? Os documentos que saem destas conferências não são vinculativos, o que faz com que não haja consequências para os países que não os respeitem.Essa, aliás, a principal crítica da parte da Zero e também da Oikos, uma outra organização mais ligada ao desenvolvimento - estamos a acompanhar juntos esta conferência - é que realmente podemos ter determinadas acções que têm um peso vinculativo grande, como é o caso do Tratado do Alto Mar, mas muitas das outras decisões, inclusive aquilo que venha a ser a adopção do “Plano de Acção de Nice para o Oceano”, a “Declaração do Nice para a Acção no Oceano”, tudo isso, pura e simplesmente, poderá passar não mais do que meras intenções.De boa vontade?De boa vontade e não vincular realmente os países. Sem dúvida que, para nós, é esta discussão multilateral entre os vários países que é fundamental fazer e, portanto, a conferência é, sem dúvida alguma, uma enorme mais-valia. Perde por, no quadro internacional, não ter uma expressão vinculativa, principalmente no que diz respeito à mobilização de recursos financeiros, no que diz respeito às metas de protecção e salvaguarda, mas indirectamente -e esse é o nosso apelo - há tratados, convenções, essas sim, com um espírito mais vinculativo. Por exemplo, a Convenção da Biodiversidade ou da Diversidade Biológica e a própria Convenção do Clima, onde poderei integrar a valência dos oceanos de uma forma muito mais importante do que tem acontecido, principalmente no clima. Na Convenção do Clima, os oceanos têm tido uma menção e uma é uma atenção muito reduzida face aquilo que tem sido o papel dos oceanos, quer na redução dos impactos quer nas consequências para o oceano de termos temperaturas mais elevadas e mais dióxido de carbono na atmosfera.Em relação a Portugal, qual é o ponto da situação das políticas em relação precisamente à protecção do oceano?Portugal ratificou recentemente o Tratado para o Alto Mar e, portanto, é uma excelente notícia. Mas, por outro lado, no que diz respeito à limitação de várias áreas em termos de conservação da natureza nas zonas costeiras do continente e, por outro lado, também naquilo que são ameaças em relação a áreas que foram recentemente anunciadas, como foi o caso das áreas marinhas protegidas dos Açores e onde se quer flexibilizar determinada pesca - e o mesmo se passa na Madeira - temos aqui uma certa contradição entre alguma ambição que Portugal tem demonstrado e ameaças ou a falta de concretização daquilo que Portugal já deveria ter feito e assegurado de forma muito clara em termos de apoio.Há um outro aspecto também importante, Portugal alinhou naquilo que respeita à exploração dos fundos marinhos numa moratória para até 2050 - infelizmente não é para sempre - não embarcar nesse tipo de exploração, nomeadamente de materiais críticos no fundo do mar, na zona da sua jurisdição.
Os Estados Unidos aumentaram as tarifas impostas sobre importações de aço e alumínio para 50%; O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, afirmou que o foco de gripe aviária em Montenegro, no Rio Grande do Sul, está controlado; O jogador Lucas Paquetá teve o julgamento concluído na Inglaterra, segundo o jornal britânico The Guardian. See omnystudio.com/listener for privacy information.
O Plano Marshall foi um plano econômico estadunidense de socorro à Europa após a 2ª Guerra Mundial e que serviu como uma das ferramentas de expansão do imperialismo capitalista.Os Estados Unidos e o sistema capitalista foram "vitoriosos" às custas da miséria e desigualdade que são as bases de sustentação desse modelo econômico predatório.
Os Estados Unidos vetaram nesta quarta-feira uma proposta de de “cessar-fogo imediato, incondicional e permanente” entre Israel e o grupo extremista Hamas na Faixa de Gaza. A proposta foi votada no Conselho de Segurança e recebeu o apoio de 14 dos 15 países-membros. Como os EUA têm poder de veto, a resolução foi descartada.O Giro de Notícias mantém você por dentro das principais informações do Brasil e do mundo. Confira mais atualizações na próxima edição.
Tema de abertura de Claudio Zaidan no programa Bandeirantes Acontece.
A Assembleia de Minas aprovou o projeto de lei que autoriza a adesão ao Programa de Pleno Pagamento das Dívidas dos Estados; A Polícia Federal deflagrou operação contra grupo especializado em espionagem de autoridades e assassinatos sob encomenda; Os Estados Unidos anunciaram restrições de visto contra autoridades estrangeiras que supostamente censuram americanos; See omnystudio.com/listener for privacy information.
NO EPISÓDIO 527, TEREMOS A VOLTA DE ABRAHAM WEINTRAUB.VIIIIIIIIBRA!!! CONHEÇA MAIS DOS NOSSOS PATROCINADORES:
Os Estados Unidos anunciaram nesta quarta-feira restrições no visto de autoridades estrangeiras que para o governo seriam “cúmplices de censura a americanos". Nenhum nome foi citado pelo secretário de estado americano Marco Rubio em publicação nas redes sociais. A medida deve incluir autoridades que exijam moderação de conteúdo de empresas de tecnologias dos Estados Unidos.O Giro de Notícias mantém você por dentro das principais informações do Brasil e do mundo. Confira mais atualizações na próxima edição.
O que mudou nos primeiros meses do governo Trump?Nesta análise em tempo real, o especialista James Green investiga os impactos concretos da administração Trump em 2025:
Os Estados Unidos e a China concordaram em reduzir temporariamente as chamadas "tarifas recíprocas" entre os dois países durante 90 dias. As tarifas dos EUA sobre as importações chinesas cairão de 145% para 30%. As taxas da China sobre os produtos americanos serão reduzidas de 125% para 10%. Representantes das duas potências se encontraram no última semana em Genebra, na Suíça, para discutir as taxas sobre importações e anunciaram o acordo em conjunto na madrugada de segunda-feira (12). Nesta edição de Economia do Cotidiano, o comentarista Celso Bissoli fala sobre o assunto. Ouça a conversa completa!
Os Estados Unidos e a China anunciaram um acordo para suspender a maioria das tarifas entre os dois países por 90 dias, reduzindo as tarifas de 125% para 10%. O presidente Lula está na China para firmar novos acordos econômicos, participando de seminários e reuniões com empresários e representantes de empresas chinesas. Paralelamente, São Paulo vive dificuldades no trânsito devido ao asfalto cedido na Marginal do Rio Tietê, onde obras de reparação estão em andamento. A cidade também enfrenta baixas temperaturas, com previsão de queda para 13 graus e possibilidade de chuva nos próximos dias.
Os Estados Unidos e a China decidiram suspender, por 90 dias, a maioria dos direitos aduaneiros, uma medida que vai entrar em vigor esta quarta-feira. Os dois países concordaram, também, em reduzir as tarifas recíprocas em 115 pontos percentuaisSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Os Estados Unidos e a China anunciaram um acordo nesta segunda-feira para reduzir, durante 90 dias, as chamadas "tarifas recíprocas" entre os dois países. Com o acordo, as tarifas dos EUA sobre as importações chinesas cairão de 145% para 30%. Já as taxas da China sobre os produtos americanos serão reduzidas de 125% para 10%. O Giro de Notícias mantém você por dentro das principais informações do Brasil e do mundo. Confira mais atualizações na próxima edição.
Os Estados Unidos e a Ucrânia assinaram, na quarta-feira (30), um acordo que dará ao país norte-americano acesso preferencial na exploração de recursos minerais raros ucranianos e irá financiar a reconstrução do país europeu.O Giro de Notícias mantém você por dentro das principais informações do Brasil e do mundo. Confira mais atualizações na próxima edição.
Donald Trump cumpriu cem dias do segundo mandato com um comício no Michigan, onde celebrou o que chamou de “vitórias económicas”. Porém, “a recessão parece inevitável”, alerta o investigador João Pedro Ferreira, observando que “do ponto de vista económico, isto é uma experiência laboratorial” e que “as expectativas e a confiança dos consumidores está nos valores mais baixos de sempre”. Basicamente, “a política pode variar consoante o dia, consoante a hora e consoante a vontade” de Trump e “está tudo muito mais caótico”, acrescenta o economista. João Pedro Ferreira diz, ainda, que se está perante “um retrocesso brutal” dos direitos sociais nos Estados Unidos, admite que impera a diplomacia do “show off” e avisa que as ameaças de Trump têm uma “agenda muito forte por trás”. RFI: Como resume os primeiros 100 dias do regresso de Donald Trump ao poder?João Pedro Ferreira, Investigador e professor no Centro de Políticas Públicas da Universidade da Virgínia (Estados Unidos): “Em poucas palavras, a primeira seria caótico, a segunda seria algum revanchismo e a terceira seria retrocesso. Acho que é isto que, mais ou menos, caracteriza o mandato de Donald Trump.”Porquê caótico?“Caótico porque ele está a ser um bocadinho experimental. Ou seja, ele está a fazer coisas que não tem a certeza que pode fazer. É aconselhado por pessoas que também não lhe dão muita certeza e muitas garantias que ele possa fazer o que está a fazer. Os tribunais metem em causa grande parte daquilo que são as suas decisões e, portanto, vemos um processo também de avanços e recuos, muito pouco pensado. A questão das tarifas: aplica as tarifas num dia e retira no outro. Fica assim um bocadinho no ar a ideia se ele está a fazer isto com algum grau de certeza e com algum grau de experiência, se ele pensou que os outros países também lhe respondem às medidas que ele está a aplicar… E, portanto, andamos todos aqui um bocadinho 'pouco eficientes' - para utilizar uma expressão que ele gosta tanto de usar que basicamente resulta de ele também ter contratado o seu amigo Elon Musk para tornar o Estado mais eficiente. Andamos aqui todos muito ineficientes porque a política pode variar consoante o dia, consoante a hora e consoante a sua vontade, não é?"Entre o primeiro mandato e o início deste segundo, até que ponto é que houve uma certa radicalização de Trump?"Uma radicalização absoluta. No primeiro mandato, ele era uma personagem estranhíssima, parecia que não sabia muito bem o que é que estava a fazer e até onde é que podia ir em termos daquilo que eram as funções presidenciais. Agora parece que ele não sabe muito bem o que é que está a fazer, mas a razão fundamental é porque está a ir além daquilo que são as funções típicas de um Presidente e até a pôr em causa aquilo que são alguns direitos e aquilo que está consagrado constitucionalmente."Concretamente, que direitos estão a recuar? Onde é que se sente mais esse retrocesso dentro da sociedade americana?"São os direitos sociais, aquilo que nós chamamos tipicamente os direitos sociais, o direito a uma pessoa ser diferente e estar no seu espaço privado. Quando nós vemos o ataque que está a ser feito às políticas de diversidade e equidade. Quando nós olhamos e percebemos que para as pessoas trans, por exemplo, a vida está mais difícil. Quando nós vemos o ataque a um conjunto de medidas que procuravam alavancar a vida das pessoas que não são brancas, procurar trazer alguma justiça. Já para não falar dos imigrantes. Toda essa área da imigração é um retrocesso brutal porque basicamente voltámos a uma ideia de que o mundo deve funcionar sem qualquer tipo de justiça social. É um salve-se por si próprio e isso para mim é um retrocesso brutal."Também falou em revanchismo. Onde é que se vê esse revanchismo e onde é que está a oposição face a todos estes retrocessos?"O revanchismo é porque ele tem inimigos escolhidos a dedo, pessoas que lhe fizeram a vida difícil, empresas de advogados..."A própria justiça?"Pessoas da justiça, sim. E ele vai mesmo atrás delas. Há aqui uma agenda pessoal também. Ele retirou - pode-se questionar se isso fazia sentido ou não - mas retirou direitos e acesso à informação que antigos Presidentes tinham e antigas figuras do Estado tinham. Quer dizer, é tudo assim: ao mesmo tempo que tem medidas macroeconómicas que criam problemas sérios, também tem estes pequenos apontamentos contra empresas específicas de que não gosta, contra pessoas específicas de que não gosta. Espera-se mais de um chefe de Estado da maior nação ou da maior economia mundial - que já não o é hoje, mas é aquela que ainda domina muitas áreas. Esse seria o revanchismo."Onde é que está o Partido Democrata?"O Partido Democrata está completamente desorganizado nas ruas. Têm acontecido protestos em todo o lado. As pessoas estão a organizar-se nas suas localidades e nas suas comunidades. Do ponto de vista daquilo que é o topo do Partido Democrata, neste momento não existe, à excepção da ala progressista de Bernie Sanders e Alexandria Ocasio-Cortez que têm, de facto, feito um trabalho notável de mobilização em Estados que até são considerados republicanos.Mas o Partido Democrata não existe. Isto não surpreende ninguém porque o Partido Democrata é um dos responsáveis por estarmos onde estamos hoje. Perdeu grandemente contra Donald Trump por causa da forma como se desligou da população americana e como é visto pela generalidade da população americana. Portanto, isso não é surpreendente, nós temos o Partido Democrata a viabilizar o Orçamento Donald Trump e não há muito a dizer, não é? Esta é a melhor caricatura que se pode dizer do Partido Democrata neste momento."Mas é o Presidente Donald Trump que está a aplicar as medidas e que está a registar o menor índice de aprovação das últimas décadas. Como é que, em termos internos, a população vê o Presidente e as medidas que ele está a tomar?"Eu acho que havia um descontentamento muito grande em relação aos democratas. O mandato de Biden não foi um bom mandato. Pode-se pôr aqui em causa se foi culpa dele, se não foi culpa dele, mas, acima de tudo, também a fase final do seu mandato foi uma grande desorganização.Os Estados Unidos têm esta ideia de que são o país que tem que impor aos outros uma certa visão - e há pessoas que acham isso para o bem ou para o mal, eu pessoalmente sou muito crítico disso - mas o que é certo é que aquilo que se passou entre Israel e o genocídio na Palestina e aquilo que se passou internamente do ponto de vista económico, a inflação descontrolada, etc, os americanos são muito críticos disto. Eu acho que havia muito descontentamento com o Partido Democrata, já para não falar da substituição apressada do Biden pela Kamala Harris depois de um debate desastroso. Se nós pensarmos assim, não é surpreendente que o partido que estava no poder fosse penalizado. Eu acho que há um conjunto de pessoas que votou no Donald Trump por descontentamento com o Partido Democrata. Muitos desses agora estão arrependidos porque esperavam que Donald Trump fizesse um bocadinho aquilo que fez no primeiro mandato, que é não cumprir metade das coisas. Mas a verdade é que ele está a cumprir e este é o problema. Eu acho que muitos desses que vêem Donald Trump a cumprir estão um bocadinho desiludidos com o facto de terem votado Donald Trump e estão descontentes com as suas políticas."Em termos económicos, quais são as políticas que estão a ter um maior impacto na opinião pública americana? É o facto de estarem, por exemplo, preocupados com a inflação, com a eventualidade de uma recessão, tendo em conta a guerra comercial ou tarifária que Trump lançou? "É tudo ao mesmo tempo, ou seja, do ponto de vista económico isto é uma experiência laboratorial. Nunca houve uma intervenção tão grande, tão diferente e tão distinta em áreas tão específicas. Nós não sabemos o que está a correr mal na economia porque ele está a tornar totalmente disfuncional o governo federal. Nós não sabemos se é porque ele um dia aplica tarifas de forma tão generalizada e depois as retira no dia a seguir, o que cria instabilidade nos mercados financeiros. Nós não sabemos se é porque os mercados financeiros estão a responder e as pessoas agora já não se podem reformar quando se esperavam reformar porque entretanto perderam parte das suas poupanças. Nós não sabemos se é por causa do Medicare e dos possíveis ataques à Segurança Social. Nós não sabemos porque é tudo a acontecer ao mesmo tempo, a recessão parece inevitável, as expectativas e a confiança dos consumidores está nos valores mais baixos de sempre e, portanto, isto não parece estar a correr bem de todo. Não parece.”Como é que estão os Estados Unidos cem dias depois do regresso de Trump à Casa Branca?"Eu estou neste país há seis anos e passei pelo Covid e acho que, neste momento, está tudo muito mais caótico."Donald Trump também parece ter entrado em guerra contra as universidades que não se alinhem com a política dele. Como é que tem reagido o mundo académico, as universidades que foram acusadas de tolerância para com anti-semitismo, que perderam financiamento? Tem havido alguma oposição e resistência por parte de algumas universidades e estudantes. Como é que estão as coisas também nesse aspecto?"Também muito incertas. Muitas universidades perderam financiamento. Eu conheço vários casos de projectos que foram cancelados e não se percebe muito bem onde é que se vai agora buscar o financiamento de projectos federais. Também não se percebe muito bem se esta administração está disponível para apostar em ciência porque grande parte das coisas que defendem não são propriamente muito científicas e, portanto, isso coloca-nos aqui uma dificuldade que é como é que as universidades se alinham neste processo. Vamos ver, mas por agora tem havido resistências de Harvard, do MIT e de algumas universidades. Outras nao, por diferentes razões têm acatado e têm tido um papel mais permissivo em relação àquilo que tem sido o discurso de Donald Trump. Isto tem a ver também com as políticas internas das próprias universidades. Vamos ver.Mas é, de facto, das universidades que Donald Trump sabe que tem mais resistência porque grande parte daquilo que quer impor e aquilo que ele chama o bom senso - que já J.D. Vance também chama bom senso, como se isso fosse uma coisa em contrapartida à ciência e não é. Vamos ver como é que as coisas resultam, mas as universidades vão ter a vida muito difícil, até por causa da questão dos vistos e do número de estudantes e de investigadores estrangeiros que existem e que são um alvo a abater. Vamos ver como é que as coisas correm a partir de agora."O Presidente americano apresentou-se, digamos assim, como um "construtor de paz". Ele iniciou conversações inéditas com a Rússia, com o inimigo de sempre, o Irão. Também prometeu acabar a guerra na Ucrânia em 24 horas. Não conseguiu. Qual é a avaliação que faz desta parte mais diplomática?"É também negativa porque, mais uma vez, parece um amador a entrar numa sala cheia de adultos. Não sabemos muito bem quais são as intenções quando elas variam tanto. E quando umas vezes parece querer ser o melhor amigo do Vladimir Putin, noutras vezes parece tratar mal o Zelensky, mas depois reúne-se com ele na Basílica de São Pedro naquele momento histórico. É tudo muito estranho, é tudo muito feito para o 'show off', como se isto fosse um enorme programa de televisão. O problema é que nós estamos a assistir e estamos a ser arrastados com ele. Isso é a parte que é um bocadinho difícil de gerir e fica-se sem perceber onde é que as coisas querem ir. Portanto, nós vamos ter seguramente mais quatro anos de instabilidade profunda, motivada simplesmente por aquilo que é o ego de uma pessoa e isso não me parece que seja propriamente a função da política de um líder político."Falou em "show off". A questão da anexação da Gronelândia, do Canadá ou a proposta de construir uma "Riviera do Médio Oriente" na Faixa de Gaza são também "show off" ou são ameaças para levar a sério?"Não são só ameaças. Ou seja, nós precisamos de levar mais a sério Donald Trump. Ele tem uma agenda e tem o poder para isso. E ele o que faz muitas vezes é que não tem problema nenhum de fazer a figura do tipo que é o polícia mau e que vai mais à frente e mais longe do que toda a gente pensou que era possível qualquer pessoa ir.Eu não acho que ele queira invadir a Gronelândia e mandar um exército para a Gronelândia, mas com tanto interesse e com tanta ameaça, provavelmente vai conseguir um melhor negócio para usar as terras raras da Gronelândia do que conseguiria de outra maneira e vai criar instabilidade na própria região. Isso vai ajudar aquilo que são os seus interesses, que são basicamente os interesses e que se alinham com os interesses dos oligarcas da tecnologia nos Estados Unidos, que estão muito preocupados com os minérios e as terras raras, porque não os têm cá. É isso que nós estamos a ver e eu ficaria no meio termo: não é exactamente aquilo que ele diz que vai ser feito, mas aquilo ajuda muito uma agenda que é uma agenda que ele tem por trás e que é uma agenda muito forte, de pessoas com muito poder, que sabem exactamente o que é que andam a fazer."
Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, chama a atenção para a ocupação dos portos com a oleaginosa. Os embarques de soja do Brasil para a China devem se intensificar ao longo das próximas semanas. Os chineses têm recorrido à produção brasileira em meio à guerra tarifária com os Estados Unidos.
CONHEÇA O VERÃO DEFI: https://emprc.us/V8iMJ1Neste episódio, Larissa Quaresma recebe Matheus Spiess, nosso analista macro.Confira os destaques:
Confira na edição do Jornal da Record News desta segunda-feira (21): vítima do caso do ovo de páscoa envenenado é extubada e apresenta boa evolução clínica. Explosão em plataforma de petróleo deixa 14 feridos no interior do Rio de Janeiro. E mais: China diz que vai retaliar quem fechar acordo com os Estados Unidos.
Os Estados Unidos dizem-se prontos para seguir em frente caso não se chegue a acordo na Ucrânia, mas que significa isto? Bruno Cardoso Reis fala em imprevisibilidade e num aumento de pressão sob Kiev.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Um documento no site oficial da Casa Branca, divulgado na terça-feira, informa que as tarifas de importação dos Estados Unidos para produtos chineses chegam a até 245%. Mas, diferente da maior parte dos parceiros comerciais americanos, que optaram pela negociação para baixar as taxas, a China responde com retaliações.
Os Estados Unidos aumentaram as tarifas para os chineses chegando a 245% como resultado das "ações retaliatórias" do país asiático. A informação consta em um documento divulgado pelo governo americano, mas não há detalhes sobre o cálculo que levou ao percentual.O Giro de Notícias mantém você por dentro das principais informações do Brasil e do mundo. Confira mais atualizações na próxima edição.
Jones Manoel: A guerra econômica movida por Trump a partir do uso de tarifas e protecionismo não tem como vencer a China. A tática de Trump não toca na questão central da disputa entre os dois países. Vamos explicar o tema!
Os Estados Unidos aplicaram esta quarta-feira, 9 de Abril, novos aumentos das taxas aduaneiras sobre produtos provenientes de quase 60 países. Em resposta a essa decisão, as bolsas de valores na Europa e na Ásia abriram em baixa. A guerra comercial iniciada por Donald Trump intensificou-se no sábado, quando o Presidente dos Estados Unidos impôs taxas aduaneiras a cerca de 100 países, incluindo grandes potências económicas, como a China e a União Europeia. "A estratégia é arriscada e pode ter consequências imprevisíveis", defende o economista e professor na Universidade de Paris Dauphine, Carlos Vinhas Pereira. RFI: A guerra comercial iniciada por Donald Trump marca o fim da globalização, a seu ver?Carlos Vinhas Pereira: Acho que não, não podemos dizer isso. Acho que é uma jogada do Presidente Trump, que quer, como anunciou, ou seja, ele está simplesmente a fazer o que anunciou na campanha das eleições. E está também, neste momento, a ver até onde os países do mundo, sejam eles na Ásia, sejam na Europa, podem ir. Estamos a ver que, aparentemente, há mais de 50 países que já pediram um encontro com os serviços do Trump para poder negociar um a um. Ou seja, é ele que o diz: fazer uma negociação sob medida, em função do país, em função do défice que um país tem com o outro. E, a partir daí, vamos ver, dentro de poucos dias, o resultado destas negociações, sabendo que, efectivamente, as bolsas têm que reagir e têm que antecipar. Um dia estão em baixa, outro dia estavam a subir, hoje já estão outra vez a baixar e, até se encontrar um equilíbrio, vai ser assim.Já há consequências destas medidas. Até onde é que pode ir Donald Trump?As consequências é de algumas empresas pararem completamente o negócio, as exportações para os Estados Unidos. Portanto, são perdas de 10, 20, 30% do volume de negócio, directamente. Estas são as consequências imediatas, consequências que estão a ser previstas. Há uma baixa, efectivamente, na taxa de crescimento, tanto da Ásia como da Europa, onde já se prevê uma baixa de 0,5% no crescimento, só impactado pelas medidas do Trump.E para os Estados Unidos?Para os Estados Unidos também é um pouco paradoxal. A estratégia, pelo menos do Trump, pelo menos foi o que ele anunciou, vai ser complicada no início. Ou seja, pode efectivamente perder em termos de taxa de crescimento e até haver uma subida da inflação, até ao momento em que toda a parte da industrialização e da fabricação seja feita a partir dos Estados Unidos. Ou seja, o objectivo dele é contrariar os fornecedores que estão fora e encorajar as empresas americanas a integrar a produção nos Estados Unidos, para poder criar empregos e, novamente, relançar a taxa de crescimento no país.Mas isso é uma aposta a médio ou longo prazo?É uma aposta, efetivamente. O que é dito é que, para poder industrializar novamente ou repatriar, são precisos entre cinco e sete anos.Esta política, a seu ver, é uma ruptura com as políticas económicas liberais de Reagan e de Clinton, por exemplo, ou é uma continuidade disfarçada?Podemos dizer que é uma marca de fábrica do Trump, que sempre pensou de uma maneira um pouco simplista: que bastava aumentar os direitos aduaneiros para poder, pelo menos para já, angariar fundos para os Estados Unidos. Isso é verdade. Eles vão angariar muitos fundos, e, a partir daí, iriam compensar os défices. É verdade que os Estados Unidos, neste momento, têm um défice que é um montante efectivamente muito importante. E eu acho que, em vez de estar a impor este tipo de negociações, podia ter falado antes e realmente não estar a alertar o mundo inteiro, a fazer panicar as bolsas, onde nós sabemos que há até muitos amigos dele que estão em causa. Ou seja, os grandes amigos do Trump perderam muitos biliões nestes dias por causa dele. O que podemos dizer também é que há um factor positivo, mesmo assim: é a baixa do petróleo, que vai permitir, até para nós todos no dia a dia, baixar o custo da energia, mas também - e o que ele também diz - baixar o custo de transporte.Porque o petróleo não está sujeito ao aumento destas tarifas?Não está sujeito. Por isso é que o petróleo está a baixar, porque vai haver um crescimento. Neste momento, as pessoas ou os agentes económicos estão a prever esta baixa, porque os Estados Unidos também vão despejar, podemos dizer, a energia deles. E, até agora, não se falou de aplicar direitos aduaneiros ao gás americano, ao petróleo americano. Portanto, estamos a beneficiar, entre aspas, desta medida, neste momento.A China já contra respondeu às tarifas norte-americanas com o aumento de taxas na ordem de 84%. Hoje, os Estados Unidos aumentam também, mais uma vez, as taxas aos produtos e exportações chinesas nem 104%. A Europa corre o risco também de enfrentar uma recessão económica?Sim. A Europa, neste momento, está a impor-se um tempo de reflexão. Vocês já notaram que não houve aumento das taxas relativamente ao Bourbon, que estava em causa num certo momento. Vão fazer uma proposta, ou seja, vão fazer como os outros 50 países, de poder negociar. Não um por um, porque a Europa quer negociar de uma maneira global, tirando a Itália, que vai ser recebida hoje para poder negociar directamente com o Trump, porque, aparentemente, dão-se bem.Eu acho que, em termos de estratégia, devia ser a Europa, na sua globalidade, e nos 500 milhões de consumidores que ela representa, para poder ter um peso relativamente aos Estados Unidos. Porque, se amanhã - e vai ser o caso - aumentarem os direitos sobre os computadores, os telefones, tudo o que são redes sociais, isso pode ter uma consequência muito importante. E a Europa tem um trunfo nas mãos, que pode utilizar ou não, em função da reação do Trump.E o que é que se pode esperar dos Estados Unidos perante estas represálias de parceiros como a China e a União Europeia?A China também tem um grande trunfo, que são as chamadas terras raras. A China tem um monopólio em algumas terras raras, que permitem a fabricação de telefones, material informático, alta tecnologia. E, efectivamente, os 104% que estão, neste momento, em vigor com a China não fazem sentido, porque seria o fim efectivo do comércio bilateral entre a China e os Estados Unidos. O nosso amigo, entre aspas, Trump também decidiu ontem aumentar as taxas sobre os pequenos pacotes. Está, nomeadamente, a visar as encomendas que são feitas de produtos chineses a baixo custo, e ele quer efectivamente aproveitar, ganhando dinheiro sobre estas entregas - que são em milhões e milhares, dia após dia.Eu acho que, entre a China e os Estados Unidos, vai haver um entendimento, porque a China tem realmente matéria para poder negociar. Agora, cada um deles está a mostrar os músculos. Isto faz parte da diplomacia entre países e grandes potências, porque estamos a falar das duas maiores potências do mundo. A meu ver, isto é realmente um pico, e, a partir daí, só vai haver negociações e só taxas a baixar. Claro que haverá sempre um montante que vai ficar, mas que poderá ser compensado nas margens das empresas.E quem é que fica a ganhar?Neste momento, quem fica a ganhar é o governo americano, que vai diminuir o défice comercial. Tirando os Estados Unidos, os outros países ficam relativamente penalizados nos produtos exportados para os Estados Unidos. O consumidor final não fica a ganhar, porque vai pagar mais - fora a parte energética. É melhor dizer quem é que vai ter que suportar os custos: O custo vai ser suportado entre os consumidores finais, que somos nós, e os intermediários, ou seja, os distribuidores, que vão baixar as margens.Dou-lhe um exemplo: a margem sobre um iPhone é de 47%. É a margem do iPhone, neste momento. Se amanhã impuserem uma taxa de 20%, ele pode muito bem ou diminuir a margem de 20%, ou repartir entre o custo final e também absorver uma parte via margem. Ainda há muita margem antes de chegar ao ponto de aplicar de forma matemática os montantes das taxas directamente ao consumidor final.
A imagem de Trump com uma coroa, partilhada pela Casa Branca, é apenas simbólica? Ou revela uma mudança de natureza no sistema político americano? Os Estados Unidos são o grande laboratório da democracia liberal — mas até onde resiste essa experiência quando posta à prova pelo fenómeno Trump? Neste episódio do Perguntar Não Ofende, exploramos as tensões entre instituições e populismo, entre legalidade e liderança carismática, num sistema pensado para resistir a tudo, menos talvez ao culto do líder. Com José Gomes André, doutorado em Filosofia Política, analisamos o trumpismo à luz da tradição constitucional dos EUA, o papel do Supremo Tribunal como guardião do equilíbrio de poderes, e refletimos sobre o paralelismo europeu: poderá a UE aspirar a um momento constituinte ou estará refém do seu próprio modelo tecnocrático? Uma conversa sobre democracia, federalismo e os desafios do nosso tempo.See omnystudio.com/listener for privacy information.
O relatório Pena de Morte 2024, da Amnistia Internacional, constata que as execuções a nível mundial atingiram, no ano passado, o valor mais elevado desde 2015, com mais de 1500 pessoas a serem executadas. A China, o Irão, a Arábia Saudita, o Iraque e o Iémen foram os países com maior número de execuções. O director de comunicação da secção portuguesa da Amnistia Internacional, Miguel Marujo, mostra-se preocupado com este aumento, sublinhando que há líderes a usarem a pena de morte com o falso pretexto de que melhora a segurança pública. As execuções a nível mundial atingiram, em 2024, o valor mais elevado desde 2015, com mais de 1500 pessoas a serem executadas. A seu ver, quais são as causas deste aumento?Este aumento parte de um grupo, apesar de tudo minoritário, de países que entende que a pena de morte é a solução. Aquilo que a Amnistia Internacional tem testemunhado são líderes a usarem a pena de morte sob o falso pretexto de que melhora a segurança pública ou incute medo na população. Podemos avaliar dois casos. Por um lado, os Estados Unidos, que têm registado uma tendência constante de aumento das execuções, desde o fim da pandemia da COP 19, invocando repetidamente a pena de morte como ferramenta para proteger as pessoas da criminalidade violenta. Donald Trump, por exemplo, tem feito esse discurso nas últimas semanas. Mas a questão é que isto é uma falsa narrativa, porque a pena de morte não tem um efeito dissuasor único sobre o crime. Por outro lado, em alguns países da região do Médio Oriente, verificamos que as sentenças de morte foram utilizadas para silenciar os defensores dos direitos humanos.Quais são os países onde foram executadas mais pessoas?O conjunto de países que executaram mais pessoas são a China, o Irão, a Arábia Saudita, o Iraque e o Iémen. À excepção da China, de facto, vemos aqui uma prevalência de países do Médio Oriente. Neste número de execuções, é também na China, na Coreia do Norte e no Vietname onde existe uma maior dificuldade para se conhecerem os números exactos. Aquilo que a Amnistia estima é que a China continua a ser o principal país do mundo a executar pessoas; Também na Coreia do Norte e no Vietname há o recurso extensivo à pena de morte, sem que haja dados fidedignos que possam apontar para um número de mortos que foram condenados à pena de morte.Este relatório concluiu ainda que as crises em curso na Palestina e na Síria impediram a Amnistia Internacional de confirmar um número de execuções...Sim, no fundo, os conflitos impediram que fosse possível atestar e confirmar a prática da pena de morte, quer na Palestina quer na Síria. Não há, de facto, dados seguros que possam levar a Amnistia a dizer que o número eventualmente apresentado de casos de pena de morte, de condenações à morte, quer na Palestina, quer na Síria.No entanto, pelo segundo ano consecutivo, os países que fazem execuções mantiveram o número no ponto mais baixo de que há registo. Como é que se explica esta redução?Esta redução deve-se ao facto de existir um movimento, em todo o mundo, favorável à abolição da pena de morte, de tornar as execuções um elemento fora da equação da justiça dos países. Este é o segundo ano consecutivo em que se regista o número mais baixo de que há memória, assinalando um afastamento de uma punição cruel, desumana e degradante. O que vemos é uma minoria de países a praticar a pena de morte e o dado preocupante é que estes 15 países, que praticam a pena de morte, fizeram-no mais. Ou seja, há menos países a executar a pena de morte, mas aqueles que aplicam estão a matar mais.Os países “armam-se com a pena de morte”. É o caso do recém-eleito Presidente Donald Trump, que invocou, repetidamente, que a pena de morte é uma ferramenta para proteger as pessoas. Trata-se de uma afirmação que pode ter consequências graves?Sim, é grave! É uma afirmação desumana e promove uma falsa narrativa de que a pena de morte tem um efeito dissuasor sobre o crime. Os estudos mostram que não é assim e que a pena de morte é usada sob esse falso pretexto de que melhora a segurança pública. Os Estados Unidos são, pelo 16.º ano consecutivo, o único país das Américas, considerando a América do Norte, Central e do Sul, a executar pessoas. O número total de execuções nos Estados Unidos representa o segundo valor anual mais elevado desde 2015. Por isso, aquilo que se verifica é uma tendência crescente, claramente em contra-ciclo com aquilo que tem sido a prática de muitos países, sobretudo de países que dizem defender valores de liberdade e da democracia, como muitos países ditos ocidentais.O relatório da Amnistia Internacional mostra que, nos países da região do Médio Oriente, as sentenças de morte foram utilizadas para silenciar os defensores dos direitos humanos e dissidentes. A pena de morte tenta calar aqueles que desafiam as autoridades?Sim, aqueles que se atrevem a desafiar as autoridades enfrentam esse castigo. É um castigo cruel, especialmente no Irão e na Arábia Saudita. É bom que se registem estes dois países onde a pena de morte é utilizada para silenciar quem tem a coragem de se manifestar. Há também um aspecto relacionado com este aumento do número de execuções na região do Médio Oriente e o uso da pena de morte em crimes relacionados com a droga.Nma clara violação dos direitos humanos...Sim, porque a legislação e as normas internacionais, em matéria de direitos humanos, estabelecem que a aplicação de pena de morte deve ser limitada a crimes mais graves. Embora a Amnistia Internacional defenda que a pena de morte deve ser eliminada totalmente, neste caso, regista que condenar pessoas à morte por crimes relacionados com droga não cumpre este limiar e é imoral. Condenar à morte pessoas por delitos relacionados com droga tem também um impacto desproporcionado sobre as pessoas de meios desfavorecidos e não tem qualquer efeito comprovado na redução do tráfico de droga.O relatório demonstra o poder das campanhas contra a pena de morte e dá o exemplo da Zâmbia e do Zimbabué, Que passos significativos deram estes países? São boas notícias. Em 2024, o Zimbábue avançou com uma lei que aboliu a pena de morte para os crimes comuns, e outros países também anunciaram a intenção de avançar com a abolição da pena de morte. Há também o registo, por exemplo, na Assembleia Geral das Nações Unidas, em que 2/3 de todos os Estados membros da ONU votaram a favor de uma moratória de aplicação à pena de morte. Isto significa que há um movimento que, apesar de tudo, está a tornar a pena de morte obsoleta, que não quer a pena de morte como um instrumento de justiça nesses países.Menos boas são as notícias de Burkina Faso, República Democrática do Congo, Nigéria, que tomaram medidas susceptíveis a alargar a aplicação da pena de morte...Sim, é aquilo que a Amnistia teme e que, apesar de tudo, esses países sejam levados por um discurso que não tem adesão à realidade. Mais uma vez, esses países estão a pensar em introduzir a pena de morte em questões de criminalidade, onde já se percebeu que não tem impacto significativo na redução da criminalidade.É esta a mensagem que a Amnistia Internacional quer denunciar?Este relatório, obviamente, denuncia toda a situação de países que mantêm este instrumento cruel e desumano. Mas também aponta esse caminho, que é o de que a pena de morte não deve ser aplicada em circunstância alguma. É importante transformar a pena de morte em algo obsoleto, eliminando-a completamente da justiça de todos os países.Num mundo polarizado, esta missão não se torna mais difícil?É uma missão sempre complicada, mas a Amnistia Internacional também tem esperança, porque há casos concretos onde percebemos que as coisas vão mudando. Por exemplo, um cidadão do Japão que esteve mais de cinco décadas no corredor da morte, acabou por ser absolvido finalmente, em Setembro de 2024, de um crime que nunca cometeu.E houve também o caso do cidadão do Alabama…Sim, um homem negro que foi condenado à morte no Alabama e que, apesar de graves falhas no processo, acabou por obter clemência na sequência de apelos da família, de juristas, activistas locais e da comunidade internacional. Mais uma vez, o empenho de milhões de pessoas que se envolveram no caso pela Amnistia Internacional.E que mostra também a importância de as pessoas se envolverrem nestas causas...Sim, podem parecer pequenos gestos, mas são gestos significativos e que têm depois resultado, nem que seja na vida concreta de uma pessoa,mas que altera a vida dessa pessoa. Portanto, não desistimos de insistir com campanhas individuais de libertação de pessoas que foram condenadas à morte.
Os Estados Unidos aplicaram tarifas aos produtos vindos dos outros países.
Neste episódio do Programa 20 Minutos, recebemos Rodrigo de Sá Netto para discutir um tema polêmico e fundamental: a influência financeira e ideológica dos Estados Unidos na relação entre religião e política, especialmente em contextos como o brasileiro.
O Brasil teve a maior inflação para fevereiro em 22 anos. Os Estados Unidos começaram a cobrar 25% de tarifa sobre aço e alumínio. Canadá e União Europeia reagiram com novas taxações. O Brasil afirmou que barreiras unilaterais são injustificáveis e equivocadas. Donald Trump ameaçou com mais sanções se a Rússia não aceitar a proposta de cessar-fogo com a Ucrânia. A Receita Federal divulgou as regras para declaração do Imposto de Renda. Por falta de apoio, Ronaldo Fenômeno desistiu de concorrer à presidência da CBF. Exames de raio-x confirmaram a melhora do estado de saúde do Papa.
Os Estados Unidos estão priorizando a reindustrialização e assumindo custos estratégicos para manter sua segurança nacional. Enquanto isso, no Brasil, o mercado já começa a precificar a possibilidade de Lula não se reeleger, impulsionando a bolsa de valores. Neste vídeo, discutimos o impacto da política econômica americana no cenário global, a recessão nos EUA e seus efeitos no Brasil, além da nova postura da Europa diante das mudanças na aliança com Washington. Analisamos também a relação entre tarifas de importação e inflação, o futuro da Ucrânia sem o apoio direto dos EUA, o real impacto do neoliberalismo na desigualdade social e como a geopolítica está influenciando os mercados. Por fim, exploramos a adoção do Bitcoin como reserva de valor por empresas como Méliuz e as mudanças na percepção sobre Elon Musk após sua atuação no Departamento de Justiça dos EUA.00:00 - Hoje no Ulrich Responde...01:16 - Impacto da recessão nos EUA no Brasil?02:47 - Falhas do PIB e indicador substituto?05:54 - Tarifas elevam inflação? Plano do Trump?14:38 - Percentual ideal de ouro na carteira?17:08 - O que significa o salto no juros de 10 anos da Alemanha?23:23 - Neoliberalismo vs. abordagem keynesiana?27:14 - Onde manter caixa sem perder valor frente ao dólar?28:59 - Como foi sua experiência acadêmica na Espanha?30:47 - UE: Rearmamento e reservas de ouro?31:48 - A política dos EUA ameaça o dólar como reserva?35:48 - Festa da Cuca aceitando Bitcoin35:59 - Bitcoin é irreplicável?37:28 - Quantos inimigos Trump fará no ano?37:51 - Sem EUA, Ucrânia ficará sob controle de Putin?39:55 - Méliuz: 10% do caixa em Bitcoin?40:54 - Mercado financeiro tem ligação com produção real?41:42 - Decreto cripto foi jogada populista?42:06 - Banda e filme favoritos?43:08 - Vocação para economia/investimentos?44:12 - Qual raquete usada?44:21 - Experiência em país comunista?44:50 - Dicas para mudança de carreira?45:52 - Quando viu que tinha aptidão por finanças?46:12 - Setor promissor para matemáticos?
Confira nesta edição do JR 24 Horas: O governo da China disse estar pronto para qualquer tipo de guerra contra os Estados Unidos. A fala do porta-voz do ministério das relações exteriores chinês veio em resposta ao aumento das tarifas comerciais impostas pelo presidente Donald Trump sobre as importações chinesas. E ainda: Lula deve receber equipe do filme ‘Ainda Estou Aqui' no Palácio do Planalto, em Brasília (DF).
Os Estados Unidos estão a pôr a Ucrânia e a Europa de fora de uma solução para acabar com a guerra. Que consequências poderá isso ter? O major-general Arnaut Moreira é o convidado.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Os Estados Unidos sempre foram referência em preços baixos para eletrônicos. Mas pode estar prestes a mudar. Caso as muitas novas tarifas ameaçadas por Donald Trump tornem-se realidade, os custos de importação vão disparar. Além disso, com a campanha para deportar imigrantes ilegais e reduzir até a entrada de imigrantes muito qualificados, através da redução de vistos H1B – o visto que eu tinha quando trabalhei nos EUA – o custo de se produzir nos EUA também vai subir. Celulares, computadores e até roupas podem ficar muito mais caros. Se você está pensando em viajar para comprar, é melhor correr. Em breve, os EUA podem deixar de ser o destino mais barato para compras no mundo. #ricardoamorim #economia #guerraeconômica #comércio #inflação #mercado #importação #tarifas #video #próprio #2m #economiainternacional #vd Gostou do episódio? Avalie e mande o seu comentário aqui na plataforma. MINHAS REDES SOCIAIS: - Instagram: http://bit.ly/ricamnoinsta - Telegram: https://t.me/ricardoamorimoficial - Twitter: http://bit.ly/ricamnotwitter - Youtube: http://bit.ly/youtubericam - Facebook: http://bit.ly/ricamnoface - Linkedin: http://bit.ly/ricamnolinkedin E-MAIL Mande suas sugestões para marketing@ricamconsultoria.com.br COTAR PALESTRA: https://bit.ly/consulte-ricam CRÉDITOS: ricamconsultoria.com.br
Em meio a uma concorrência mundial acirrada pelo desenvolvimento da inteligência artificial (IA), um grupo de países busca impulsionar o chamado uso “frugal” da tecnologia. A diminuição do impacto ambiental da IA foi um dos focos da Cúpula para a Ação sobre a Inteligência Artificial, sediado em Paris esta semana. A declaração final do evento foi clara: prega “uma inteligência artificial sustentável e inclusiva para a população e o planeta”. Os Estados Unidos, em pleno revés ambiental após o retorno de Donald Trump, não assinaram o comunicado, ao contrário de outros 61 países, entre eles o Brasil.Estima-se que a poluição digital pelo uso crescente da internet responda por 4% das emissões mundiais de gases de efeito estufa a cada ano. Mas a IA, em especial a generativa, alça este impacto a um patamar jamais visto, salienta Aurélie Bugeau, pesquisadora em Informática da Universidade de Bordeaux e uma das autoras do texto de referência da Agência Francesa de Normas sobre a inteligência artificial frugal. A França foi pioneira mundial em determinar, no ano passado, parâmetros para limitar o impacto ambiental da IA.“Já temos um crescimento exponencial só nessa fase de treinamentos dos modelos de IA generativa: do número de placas gráficas utilizadas, do consumo de energia. Portanto as emissões de gases de efeito estufa estão também em crescimento exponencial, assim como o esgotamento dos recursos abióticos, ou seja, não vivos, segue nessa mesma trajetória”, explica a especialista.Riscos x benefícios O tema pode ser visto sob dois prismas: se, por um lado, os data centers e os bilhões de cálculos realizados pela IA exigem um uso exponencial tanto de energia e água, quanto de matérias-primas, como metais raros, por outro o avanço da tecnologia oferece um manancial de oportunidades para melhorar a pegada de carbono nos mais variados setores.A IA pode ter aplicações concretas para ajudar a enfrentar os problemas ambientais, como impulsionar energias descarbonizadas, melhorar eficiência energética dos transportes e da agricultura, e assim, cortar emissões.Os seus avanços também poderão ser úteis para ser usada para prevenir enchentes, evitar o desperdício de recursos naturais, detectar escapamentos de metano na indústria fóssil, além de identificar irregularidades em diferentes atividades, como o desmatamento ou a pesca ilegais. Diversas iniciativas são descritas no coletivo Climate Change AI, alimentado por especialistas e pesquisadores.Entretanto, por enquanto, o lado mais visível da moeda é a disparada das emissões das grandes empresas de tecnologia: a Microsoft aumentou 30% entre 2020 e 2023, e a Google chegou a 48%, devido ao desenvolvimento de suas inteligências artificiais. Elas exigem uma alta significativa do consumo de energia para alimentar as máquinas, processadores e chips superpotentes, e de água para resfriar os data centers que abrigam as suas informações.Leia tambémNa corrida mundial pela IA, UE aposta em proteção de dados para se diferenciar de excessos de concorrentesNa Irlanda, os data centers podem, já em 2026, ser responsáveis por nada menos do que 30% do uso total de eletricidade no país. Para países como a França, a saída para compensar este impacto brutal é apostar na descarbonização da energia – mas isso não resolve o gargalo do uso excessivo de água para o resfriamento das infraestruturas.“As empresas alertam que é um verdadeiro desafio para elas conseguirem atingir a neutralidade de carbono que era visada para 2030, afinal a IA traz novos desafios. Por isso que esse imenso consumo de energia pode levar à reabertura de usinas nucleares, como nos Estados Unidos, sob o impulso da Microsoft”, nota Bugeau.'Não precisa de ChatGPT para encontrar um restaurante'A IA frugal aparece como uma espécie de guia para que empresas, governos e instituições busquem desenvolver e utilizar essa tecnologia, porém com os menores danos possíveis ao planeta – de modo que os benefícios da inteligência artificial se sobreponham aos riscos.“Tem muitas e muitas aplicações possíveis, mas hoje não existe, que eu saiba ou meus colegas saibam, avaliações completas sobre os ‘riscos' versus ‘benefícios' da IA para o meio ambiente. Por enquanto, as promessas são apenas promessas e pouco foi provado”, salienta Bugeau. “Nos faltam dados porque falta transparência, da parte dos industriais. Os pesquisadores são obrigados a estimar os dados, pois não têm informações completas sobre toda a cadeia da IA, da fabricação das máquinas passando pelo uso e o fim de vida delas, e que não são divulgadas.”A IA frugal também significa especificar melhor as diferentes utilizações da tecnologia – e inclui aceitar não utilizá-la sistematicamente, apesar das facilidades que ela traz. Segundo a Agência Internacional de Energia (AIE), a IA generativa consome 10 vezes de vezes mais energia por ser polivalente – combina outras inteligências artificiais especializadas, capazes de executar diferentes tarefas como procurar, traduzir, combinar, resumir, escrever e criar novos dados. Não é necessário recorrer a uma plataforma com capacidades gigantescas como ChatGPT para uma busca simples, que demanda muito menos dados para uma resposta satisfatória – portanto, exige menos infraestruturas e energia do que a gigante mundial da inteligência artificial generativa. “Você não precisa usar o ChatGPT para encontrar um bom restaurante”, disse a ministra francesa da Transição Ecológica, Agnès Pannier-Runacher, à emissora BFMTV.
Os Estados Unidos sempre foram referência em preços baixos para eletrônicos. Mas isso está prestes a mudar. Com as novas tarifas, os custos de importação vão disparar. Celulares, computadores e até roupas podem ficar muito mais caros. Se você está pensando em viajar para comprar, é melhor correr. Em breve, os EUA podem deixar de ser o destino mais barato para compras no mundo. #ricardoamorim #economia #importação #compras #preços #eletrônicos #inflação #mercado #tarifas #video #próprio #1m #vd #economiainternacional #trump #usa Gostou do episódio? Avalie e mande o seu comentário aqui na plataforma. MINHAS REDES SOCIAIS: - Instagram: http://bit.ly/ricamnoinsta - Telegram: https://t.me/ricardoamorimoficial - Twitter: http://bit.ly/ricamnotwitter - Youtube: http://bit.ly/youtubericam - Facebook: http://bit.ly/ricamnoface - Linkedin: http://bit.ly/ricamnolinkedin E-MAIL Mande suas sugestões para marketing@ricamconsultoria.com.br COTAR PALESTRA: https://bit.ly/consulte-ricam CRÉDITOS: ricamconsultoria.com.br
Uma startup chinesa lançou seus novos modelos de inteligência artificial e sacudiu a indústria. Avanços importantes foram conquistados surpreendendo os especialistas com enormes ganhos de eficiência. Isso traz implicações para o desenvolvimentos das IAs, à geopolítica e às empresas de tecnologia.
Com a tomada de posse de Donald Trump já na próxima segunda-feira, pela segunda vez como presidente dos Estados Unidos, há uma ideia clara de que desta vez será diferente. Lidera, segundo o próprio, uma coligação bastante distinta da que o fez ganhar as eleições em 2016. Também parece estar muito mais preparado e apoiado nas figuras que vão entrar para administração americana e há seguramente uma ideia de que se vai abrir uma nova página no século XXI. Não sabemos se é um novo século XXI, sabemos que é uma fase muito diferente. Porque o que está causa não é apenas uma mudança na política americana, mas na política mundial. Na relação entre os Estados Unidos, a Europa e a China e com implicações para Portugal. Com moderação de Ângela Silva e Ricardo Costa, são convidados Martins da Cruz, embaixador e ex-ministro dos Negócios Estrangeiros; Raquel Vaz Pinto, comentadora SIC de Assuntos Internacionais; Ana Cavalieri, comentadora SIC; e Francisco Louçã, professor de economia e ex-coordenador do Bloco de Esquerda. O programa foi emitido na SIC Notícias a 17 de janeiro.See omnystudio.com/listener for privacy information.
O músico russo ficou muito famoso na América e teve um papel importante na inauguração da casa de show Carnegie Hall; sucesso no país se relacionou com apresentação de seu primeiro concerto e com festival em Nova Iorque.
As notícias relacionadas ao meio ambiente costumam não ser das mais animadoras – e em 2024, não foi diferente. Com os alertas sobre o aquecimento global, as mudanças do clima e a degradação da biodiversidade cada vez mais graves, parece difícil olhar para o futuro com otimismo – mas o ano que chega ao fim também foi marcado por uma série de fatos positivos. Lúcia Müzell, da RFI em ParisNo Brasil, em meio a catástrofes como as enchentes históricas no Rio Grande do Sul ou a seca recorde na Amazônia, a notícia da forte redução do desmatamento traz esperança. Os últimos dados oficiais, revelados em novembro pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), apontam para uma queda anual de 30,6% do desmate da Amazônia em relação ao período anterior, entre 2022 e 2023. Foi o melhor resultado em nove anos, no bioma. Já no Cerrado, a diminuição foi de 25,7%.A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, celebrou os avanços, mas indicou que muito ainda resta a ser feito. “É claro que quando você faz um esforço e consegue um resultado significativo, cada vez mais os esforços vão ficando mais complexos, mais difíceis. Nós ainda temos muito o que evitar de desmatamento até alcançarmos o desmatamento zero. Esse é um esforço em equipe: 19 ministérios trabalhando juntos, e cada vez mais, daqui para a frente, vamos precisar dos ministérios da dinâmica do desenvolvimento, olhando para agricultura, a energia, o transporte”, salientou. “É isso que vai fazer com que o desmatamento tenha uma queda consistente, e não apenas por ação de comando e controle. Mas é muito animador e gratificante verificar que, mesmo com todas as dificuldades, é possível ter política pública que faça o enfrentamento. É assim que quem não é negacionista faz política pública.”Os dados fortalecem a posição do Brasil como presidente da próxima Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, a COP30, que acontecerá em 2025 na cidade de Belém, no Pará. Trinta e três anos depois da Rio92, o país estará de novo no centro das atenções nas negociações climáticas. Na COP30, os países deverão estabelecer novos objetivos de redução de gases de efeito estufa, que causam o aquecimento anormal do planeta.Brasileira à frente da Autoridade Internacional dos Fundos MarinhosNo ano que passou, a atuação do Brasil na diplomacia ambiental rendeu frutos: em agosto, a oceanógrafa e diplomata Leticia Carvalho foi eleita secretária-executiva da Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos (ISA), braço das Nações Unidas sobre o tema. A sua nomeação trouxe um vento de renovação à entidade, que estava com a credibilidade atingida pela gestão do secretário-executivo anterior.Leia também‘Relevância' de minerais do fundo mar para a transição será decidida pelos países, diz brasileira na ONULeticia Carvalho tem à frente um desafio histórico: obter o consenso dos 168 membros da ISA para a definição de um código da mineração no fundo do mar, já no seu primeiro ano de mandato. Mais de 30 países, como Brasil, França, Suécia ou Guatemala, exigem uma moratória completa das prospecções nessas imensas áreas submarinas, enquanto o impacto ambiental da atividade não for esclarecido pela ciência, de modo independente. Do outro lado, o lobby industrial tem pressa.“Certamente vou levantar-me na defesa de um secretariado muito mais ativo, que busque preencher as lacunas de informação existentes entre os diferentes Estados-membros, ajudando-os a tomar decisões informadas sobre a mineração em água profunda”, disse Carvalho à RFI, em setembro. “No que diz respeito a essas áreas além da jurisdição nacional, eu queria ressaltar que é responsabilidade primária dos Estados decidir coletivamente a melhor forma de equilibrar necessidades de proteção e preservação do meio ambiente marinho e o interesse do uso comercial dos recursos do leito marinho. Não houve mudança no cronograma até agora, então estamos todos observando e trabalhando no sentido da conclusão em 2025”, apontou.“Vovós pelo clima” têm vitória judicial inéditaEssas negociações internacionais costumam ser lentas e causam apreensão e revolta nas populações atingidas pelas mudanças do clima, que não esperam para avançar. Em 2024, o planeta bateu, de novo, o recorde de ano mais quente já registrado e, pela primeira vez, o mundo experimentou o que significa ter temperaturas 1,5C acima das medições no período pré-industrial. Este é o limite de aquecimento que o Acordo de Paris busca garantir – mas, para isso, os países precisarão fazer a sua parte.Um grupo de idosas suíças decidiu cobrar na justiça que o pequeno país europeu faça mais para combater as mudanças do clima, e teve uma vitória inédita. Em abril, a Suíça foi condenada por inação climática e violação dos direitos humanos pelo Tribunal Europeu de Direitos Humanos. A sentença gera jurisprudência e aumenta a pressão sobre os 46 Estados membros do Conselho da Europa.A Corte em Estrasburgo considerou que Berna não está respeitando os seus compromissos assumidos nos acordos internacionais sobre o tema. As 2,5 mil “vovós suíças”, reunidas no coletivo Idosas pelo Clima, alegaram que o aquecimento global já atinge a sua saúde e as ondas de calor, mais frequentes, as colocam em risco de morte.Anne Mahrer, copresidente da entidade, prometeu manter a pressão para a Suíça aplicar a decisão. Entre as medidas necessárias, ela cita a redução do impacto ambiental da construção civil e dos transportes e o fim das energias fosseis, mas também “visar a atuação do sistema financeiro, que continua financiando essas indústrias poluentes”.“São 300 páginas onde está escrito muito claramente tudo que é preciso colocar em prática e que não é feito. Um país como a Suíça não ter orçamento climático, nem objetivos claros para chegar à neutralidade de carbono em 2050, é inacreditável”, disse Mahrer à RFI, em abril. “Um país rico, industrializado há tantas décadas, deveria ser exemplar – e não é. Quem paga mais caro são os países do sul, que menos contribuíram para a catástrofe”, complementou.Reino Unido abandona a energia a carvãoEntre as economias ricas, o Reino Unido deu um exemplo importante: tornou-se o primeiro a se livrar da energia a carvão. A primeira termelétrica do mundo foi aberta justamente em Londres, em 1882. Agora, o país inova mais uma vez ao ser pioneiro no fim da energia mais poluente.A central de Ratcliffe-on-Soar será desmantelada antes do fim da década, para dar lugar a um "centro de energia e tecnologia livre de carbono". O fechamento é um passo fundamental para o cumprimento da promessa britânica de chegar em 2030 com 100% da energia neutra em emissões de CO2 e equivalentes, responsáveis pelo aumento anormal da temperatura na Terra. Até os anos 1980, o carvão representava 70% do aporte de eletricidade do país, mas caiu drasticamente a partir dos anos 2010 – graças, em um primeiro momento, à substituição pelo gás natural do Mar do Norte e, depois, por centrais eólicas e solares.Essa virada foi resultado da Lei de Energia do governo do então primeiro-ministro conservador David Cameron, que limitou a atratividade dos investimentos em fontes fósseis, em especial o carvão, ao mesmo tempo em que estimulou a produção de energias limpas. Hoje, o gás – das fontes fósseis, a menos poluente – representa cerca de um terço da matriz energética britânica. Outro terço vem do petróleo e o restante é dividido entre nuclear e renováveis (17%).“O uso do carvão é problemático na maior parte dos países do mundo, principalmente nos do G20, onde a Índia e a China ainda dependem muito dele. Os Estados Unidos o substituíram por gás natural, mas eles tinham 40% de matriz de carvão, que por sinal é a média mundial. O carvão ainda é muito presente, é uma fonte barata de energia e vai ser uma dificuldade grande continuar tirá-lo de vários desses países”, antecipa Ricardo Baitelo, gerente de projetos do Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA), de São Paulo, e doutor em planejamento energético.Na cúpula do G7 deste ano, as sete economias mais desenvolvidas do globo se comprometeram a eliminar estas usinas até 2035.Outra boa notícia é que, na China, de longe a maior emissora de CO2 do planeta, mais de um quarto da energia consumida já é de fontes descarbonizadas – ou seja, renováveis e nuclear. Um relatório apresentado por Pequim informou que, na última década, estas fontes passaram de 15,5% para 26,4% do mix energético chinês. O país promete estabilizar ou começar a diminuir as suas emissões em 2030.Ansiedade climática abala confiança no futuro, mas pode mover açãoNo cenário global, o ritmo da transição para uma economia de baixo carbono caminha a passos lentos demais, diante do problema. Nas conferências ambientais deste ano, as cifras de financiamento climático oferecidas para os países em desenvolvimento enfrentarem as mudanças do clima decepcionaram. Os países não conseguiram chegar a um consenso sobre como implementar medidas para preservar a biodiversidade ou evitar o aumento das secas, que elevam os riscos de desertificação dos solos. Também adiaram a adoção de um tratado mundial para evitar a poluição por plásticos.Este contexto leva milhões de pessoas pelo mundo, principalmente as próximas gerações, a sofrerem do que a ciência já classifica como “ecoansiedade” ou “ansiedade climática”: o impacto da crise do clima na saúde mental. Um estudo de referência de 2021 da revista Lancet indicou que quase 60% dos jovens interrogados em 10 países, entre eles o Brasil, sentem-se preocupados ou extremamente preocupados com o futuro em um mundo mais quente. Outra pesquisa, publicada por cientistas da Yale-NUS College, em Singapura, revelou o quanto essa preocupação afeta os planos dos jovens de terem filhos.O coordenador do Núcleo de Estudos e Pesquisa em Trauma e Estresse (Nepte) da PUC do Rio Grande do Sul, Christian Kristensen, trabalhou no apoio psicológico às vítimas das enchentes no Estado este ano, em uma das catástrofes climáticas mais graves já vistas no Brasil.“Já há alguns levantamentos iniciais para mapear a ocorrência desses problemas na população gaúcha, mas há também muitos estudos internacionais, em outras situações de enchentes, que nos sinalizam que esses problemas podem persistir 12, 24 ou até 36 meses”, afirma. “Quando a gente passa por evento climático extremo, isso obviamente mexe muito com as pessoas e pode até alterar a perspectiva de futuro. Isso está relacionado ao aumento das manifestações de ansiedade climática”, observa o professor da PUCRS.Alguns pesquisadores sobre o tema avaliam que a ecoansiedade é um motor de ação: quem não se preocupa não muda os seus hábitos, nem batalha para que os avanços no enfrentamento do problema sejam maiores. Mas, ao mesmo tempo, Kristensen salienta a importância do acesso a informações positivas em meio a um assunto marcado por más notícias.“Quando nós estamos num certo grau de ansiedade significa que nos importamos e isso pode nos mover positivamente na vida. Pode impulsionar a pessoa a se engajar em ações sociais, comunitárias. O problema é quando ela se torna algo tenso, paralisante, e acaba trazendo sofrimento e muitos prejuízos na vida da pessoa”, diz o especialista em trauma.“Existem vários exemplos, e é importante as pessoas saberem e os veículos de comunicação divulgarem, os exemplos positivos tanto de ações individuais, quanto coletivas, comunitárias, que podem transformar esse sentimento de ansiedade e preocupação em uma coisa muito positiva, ao criar um senso de coletividade, de pertencimento”, ressalta Kristensen. “É muito importante a gente se dar conta de que é óbvio que a ação humana sobre o clima é algo inegável, mas nós ainda temos possibilidades de ter ações transformadoras.”Fim de plásticos na África, camada de ozônio se recuperandoOutras boas notícias para o meio ambiente em 2024 no ano foram que a Austrália proibiu a exploração de uma reserva de urânio, uma das maiores do mundo, situada sob uma zona do povo aborígene Mirrar. A reserva fica nas proximidades do Parque Nacional de Kakadu, tombado patrimônio mundial da humanidade.A Nigéria, potência africana, adotou o fim dos plásticos descartáveis na capital, Lagos. Desde janeiro, os comerciantes são obrigados a oferecer alternativas reutilizáveis às sacolas plásticas, por exemplo. Medidas como esta se generalizam pelo continente, onde 34 países já adotaram algum tipo de proibição ou legislação para limitar os plásticos, derivados do petróleo.Leia tambémPor que apenas 9% dos plásticos no mundo são reciclados?Pelo mundo, também proliferaram as iniciativas para controlar o turismo de massa, fonte de poluição e emissões de CO2. De Veneza ao Himalaia, passando por Barcelona, diversas cidades adotaram medidas para compensar o efeito nefasto do turismo excessivo para o meio ambiente.E uma notícia animadora sobre a atmosfera: a concentração do gás HCFC, utilizado em aerossóis e na refrigeração, está baixando mais rapidamente do que os cientistas previam. Um relatório da universidade de Bristol, publicano na revista Nature Climate Change, mostrou que o cumprimento dos compromissos internacionais para reduzir o uso deste gás, nocivo para a camada de ozônio que protege a Terra do sol, resultou em um verdadeiro sucesso.O caso ilustra o quanto a cooperação internacional é fundamental para a preservação da vida no planeta. Segundo as últimas estimativas do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), publicadas em 2023, a camada de ozônio, alvo de um protocolo de proteção adotado em 1987, deve se reconstituir plenamente nas próximas quatro décadas.
Alexandre Garcia comenta fala de procurador-geral de Maduro sobre Lula, acusações contra Evo Moraes na Bolívia, e reconstrução do Rio Grande do Sul.
Os Estados Unidos enviarão um sistema antimísseis avançado para Israel após ameaças do Irã. O THAAD (sigla em inglês para Defesa de Área Terminal de Alta Altitude) tem a capacidade de defesa contra mísseis balísticos de longo, médio e curto alcance.Segundo nota divulgada pelo Pentágono, o sistema será usado “para ajudar a reforçar as defesas aéreas de Israel após os ataques sem precedentes do Irã contra Israel em 13 de abril e novamente em 1º de outubro”.Meio-dia em Brasília traz as principais informações da manhã e os debates que vão agitar o dia na capital federal e do mundo. Apoie o jornalismo Vigilante: 10% de desconto para audiência do Meio-Dia em Brasília https://bit.ly/meiodiaoa Acompanhe O Antagonista no canal do WhatsApp. Boletins diários, conteúdos exclusivos em vídeo e muito mais. https://whatsapp.com/channel/0029Va2S... Ouça O Antagonista | Crusoé quando quiser nos principais aplicativos de podcast. Leia mais em www.oantagonista.com.br | www.crusoe.com.br