Commune in Alba, Romania
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Carlos Guimarães Pinto é doutorado em economia pela Faculdade de Economia do Porto. Foi consultor de estratégia, tendo trabalhado em mais de 20 países, foi também professor universitário e presidente da Iniciativa Liberal entre 2018 e 2019. Em 2021, fundou o think-tank +Liberdade, o maior think-tank português em número de membros. É atualmente deputado e vice-presidente da Comissão de Economia, Obras Públicas e Habitação. -> Apoie este projecto e faça parte da comunidade de mecenas do 45 Graus em: 45grauspodcast.com _______________ Índice (com timestamps): (4:39) Início — Visão política do convidado. | Da Democracia na América, de Alexis de Tocqueville | Livro: Economics in One Lesson, de Henry Hazlitt | John Locke | Escola Austríaca (19:44) O que dizer da relação ambígua de Friedrich Hayek com a democracia? (22:23) Como foi viver no Dubai, um país autoritário mas em que é possível subir na vida? (31:04) As três principais propostas de CGP para Portugal: baixar a carga fiscal, aumentar a concorrência (tese doutoramento do convidado) e descentralização | O caso da Irlanda | O problema da falta de dados no Estado | Como o IRC desceu na maioria dos países nas últimas décadas. (59:03) No contexto do Mundo, há uma crise do capitalismo? (1:12:19) Porque é difícil haver um partido verdadeiramente liberal em Portugal | As leis portuguesas mais bizarras. (1:19:31) Se defendem a igualdade de oportunidades, porque é que os liberais falam tão pouco de desigualdade económica? | Impacto no apoio dos cidadãos à liberalização económica. | A importância da educação para a mobilidade social | A experiência do convidado na Índia Livro recomendado: Liberalismo e Seus Descontentes, de Francis Fukuyama _______________ O convidado tornou-se conhecido sobretudo enquanto presidente do Iniciativa Liberal, cargo que deixou por iniciativa própria em 2019, logo depois de o partido ter conseguido eleger o primeiro deputado nas eleições legislativas. Para além da actividade política, o convidado foi consultor de estratégia em vários países, professor universitário e doutorou-se em 2020 em economia pela Faculdade de Economia do Porto. Em 2021, fundou o think-tank +Liberdade, “o maior think-tank português em número de membros” (dizem eles, e eu acredito). Comecei por pedir ao convidado para explicar os princípios do liberalismo, tal como ele os entende. Princípios esses com que eu, como sabem, concordo em grande medida. Já tenho mais reservas, porém -- e discutimos sobre isso também -- em relação à colagem de muitos liberais, e do IL em particular, a figuras como Hayek, que tinha uma postura em relação à democracia ambivalente demais para meu gosto. De seguida, discutimos as três grandes medidas que o Carlos propõe para “desbloquear” Portugal: baixar a carga fiscal, aumentar a concorrência e descentralização. São medidas que passam, essencialmente (pelo menos duas delas), por aumentar a liberdade económica em Portugal. Mas a verdade é que, no contexto mais geral do mundo ocidental, o sistema capitalista tem sido cada vez mais criticado nos últimos anos, perante um aumento das desigualdades, a captura dos Estados por interesses privados e uma alegada ênfase exagerada no individualismo. Ainda recentemente Martin Wolf, comentador principal de economia do Financial Times, lançou o livro The Crisis of Democratic Capitalism, em que dá voz a várias destas críticas. Perguntei, por isso, ao Carlos a opinião dele sobre esta discussão, e como é que se pode compatibilizar estas limitações (se é que o são) do capitalismo a nível global com a necessidade de mais liberdade económica em Portugal. No final, confrontei o convidado com uma inquietação que há muito me incomoda: se os liberais defendem tanto a importância da igualdade de oportunidades entre as pessoas, de modo a que possa funcionar o dito “elevador social”, porque é que não defendem medidas para mitigar as óbvias desigualdades de ponto de partida que existem na sociedade? Especificamente, perguntei-lhe o que acharia sobre um imposto maior sobre as heranças. E a verdade é que quase consegui pôr um liberal-clássico, com veia libertária, a defender mais impostos -- quase! _______________ Obrigado aos mecenas do podcast: Francisco Hermenegildo, Ricardo Evangelista, Henrique Pais João Baltazar, Salvador Cunha, Abilio Silva, Tiago Leite, Carlos Martins, Galaró family, Corto Lemos, Miguel Marques, Nuno Costa, Nuno e Ana, João Ribeiro, Helder Miranda, Pedro Lima Ferreira, Cesar Carpinteiro, Luis Fernambuco, Fernando Nunes, Manuel Canelas, Tiago Gonçalves, Carlos Pires, João Domingues, Hélio Bragança da Silva, Sandra Ferreira , Paulo Encarnação , BFDC, António Mexia Santos, Luís Guido, Bruno Heleno Tomás Costa, João Saro, Daniel Correia, Rita Mateus, António Padilha, Tiago Queiroz, Carmen Camacho, João Nelas, Francisco Fonseca, Rafael Santos, Andreia Esteves, Ana Teresa Mota, ARUNE BHURALAL, Mário Lourenço, RB, Maria Pimentel, Luis, Geoffrey Marcelino, Alberto Alcalde, António Rocha Pinto, Ruben de Bragança, João Vieira dos Santos, David Teixeira Alves, Armindo Martins , Carlos Nobre, Bernardo Vidal Pimentel, António Oliveira, Paulo Barros, Nuno Brites, Lígia Violas, Tiago Sequeira, Zé da Radio, João Morais, André Gamito, Diogo Costa, Pedro Ribeiro, Bernardo Cortez Vasco Sá Pinto, David , Tiago Pires, Mafalda Pratas, Joana Margarida Alves Martins, Luis Marques, João Raimundo, Francisco Arantes, Mariana Barosa, Nuno Gonçalves, Pedro Rebelo, Miguel Palhas, Ricardo Duarte, Duarte , Tomás Félix, Vasco Lima, Francisco Vasconcelos, Telmo , José Oliveira Pratas, Jose Pedroso, João Diogo Silva, Joao Diogo, José Proença, João Crispim, João Pinho , Afonso Martins, Robertt Valente, João Barbosa, Renato Mendes, Maria Francisca Couto, Antonio Albuquerque, Ana Sousa Amorim, Francisco Santos, Lara Luís, Manuel Martins, Macaco Quitado, Paulo Ferreira, Diogo Rombo, Francisco Manuel Reis, Bruno Lamas, Daniel Almeida, Patrícia Esquível , Diogo Silva, Luis Gomes, Cesar Correia, Cristiano Tavares, Pedro Gaspar, Gil Batista Marinho, Maria Oliveira, João Pereira, Rui Vilao, João Ferreira, Wedge, José Losa, Hélder Moreira, André Abrantes, Henrique Vieira, João Farinha, Manuel Botelho da Silva, João Diamantino, Ana Rita Laureano, Pedro L, Nuno Malvar, Joel, Rui Antunes7, Tomás Saraiva, Cloé Leal de Magalhães, Joao Barbosa, paulo matos, Fábio Monteiro, Tiago Stock, Beatriz Bagulho, Pedro Bravo, Antonio Loureiro, Hugo Ramos, Inês Inocêncio, Telmo Gomes, Sérgio Nunes, Tiago Pedroso, Teresa Pimentel, Rita Noronha, miguel farracho, José Fangueiro, Zé, Margarida Correia-Neves, Bruno Pinto Vitorino, João Lopes, Joana Pereirinha, Gonçalo Baptista, Dario Rodrigues, tati lima, Pedro On The Road, Catarina Fonseca, JC Pacheco, Sofia Ferreira, Inês Ribeiro, Miguel Jacinto, Tiago Agostinho, Margarida Costa Almeida, Helena Pinheiro, Rui Martins, Fábio Videira Santos, Tomás Lucena, João Freitas, Ricardo Sousa, RJ, Francisco Seabra Guimarães, Carlos Branco, David Palhota, Carlos Castro, Alexandre Alves, Cláudia Gomes Batista, Ana Leal, Ricardo Trindade, Luís Machado, Andrzej Stuart-Thompson, Diego Goulart, Filipa Portela, Paulo Rafael, Paloma Nunes, Marta Mendonca, Teresa Painho, Duarte Cameirão, Rodrigo Silva, José Alberto Gomes, Joao Gama, Cristina Loureiro, Tiago Gama, Tiago Rodrigues, Miguel Duarte, Ana Cantanhede, Artur Castro Freire, Rui Passos Rocha, Pedro Costa Antunes, Sofia Almeida, Ricardo Andrade Guimarães, Daniel Pais, Miguel Bastos, Luís Santos _______________ Esta conversa foi editada por: Hugo Oliveira
Nuno Barbosa Morais é um biólogo computacional. É licenciado em Engenharia Física Tecnológica pelo Instituto Superior Técnico e doutorado em Ciências Biomédicas pela Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, tendo feito investigação internacional durante uma década nas universidades de Cambridge e de Toronto. Lidera, desde 2015, o laboratório de Transcritómica de Doença no Instituto de Medicina Molecular e lecciona cursos de Biologia Computacional a vários mestrados da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa. -> Apoie este projecto e faça parte da comunidade de mecenas do 45 Graus em: 45grauspodcast.com _______________ Índice (com timestamps): (6:50) INÍCIO DA CONVERSA: Crise da Replicação | Vieses cognitivos e as limitações das técnicas de inferência estatística. P-value | Karl Popper | Gregor Mendel | Ronald Fisher (história do chá) | Jacob Bernoulli (23:08) De onde surgiu esta a Crise na Ciência? | Artigo Why Most Published Research Findings Are False (John Ioannidis) | Artigo de Florian Markowetz 1,500 scientists lift the lid on reproducibility | Five selfish reasons to work reproducibly | Fraude em Alzheimer: Blots on a field? | Artigos de investigadores japoneses na Nature (um, dois) | HARKing (42:05) Big data e complexificação das metodologias. | Artigo João P. Magalhães «Every gene can (and possibly will) be associated with cancer» | Overfitting | As bombas alemãs em Londres e a ‘clustering illusion' | Riscos de usar programas bioinformáticos como caixas negras | Inteligência artificial (1:06:16) Será que a ciência já esgotou o “low hanging fruit” das descobertas? Estudo: Rate of scientific breakthroughs slowing over time | Perigos da hiperespecialização. | C. P. Snow (1:17:00) Incentivos perversos do sistema de publicação | Robert Merton e o Matthew effect | Luc Montagnier e as teorias da conspiração Covid (1:29:26) Outras ideias para melhorar a Ciência. | Talent Identification at the limits of Peer Review: an analysis of the EMBO Postdoctoral Fellowships Selection Process | Revisão por pares prévia à publicação | Algoritmos de revisão com AI: statcheck e grim Livros recomendados: The Drunkard's Walk, de Leonard Mlodinow | Pensar, Depressa e Devagar. de Daniel Kahneman | Science Fictions, de Stuart Ritchie | Calling Bullshit, de Carl Bergstrom e Jevin D. West _______________ Na conversa que vão ouvir, o Nuno identifica uma série de desafios / obstáculos à boa ciência, que eu diria que se podem dividir em dois tipos: os de sempre e aqueles que se tornaram mais agudos nas últimas décadas, devido a algumas mudanças, quer nas técnicas, quer institucionais que afectam o modo como se faz hoje ciência Os primeiros desafios (os de sempre) têm que ver com a grande dificuldade da Ciência enquanto actividade: conseguir compreender o mundo (identificar “leis” na natureza) sendo os dados de que dispomos sempre parcelares e imperfeitos,e contando apenas com a mente dos cientistas -- humana e, por isso, cheia de limitações e vieses. Para contrariar as nossas limitações cognitivas (e os nossos próprios defeitos morais) criou-se ao longo do tempo uma arquitectura institucional com uma série de válvulas de segurança. Por exemplo, os trabalhos só são publicados depois de serem revistos por outros cientistas, e a ciência é feita de forma aberta, de modo a que estejamos sempre sujeitos à que as nossas conclusões sejam invalidadas por outros investigadores. E para decidir o que conta e o que não conta como descoberta científica a partir dos tais dados limitados, foi preciso criar um método e um referencial de significância aceite por todos. Instituíram-se, então, testes de inferência estatística, os chamados testes de hipóteses, o mais conhecido dos quais o célebre p value (de que falamos na conversa). Só que estes testes são apenas uma via indirecta de inferir conclusões (como não é possível nunca ter a certeza em relação à nossa hipótese para explicar determinado fenómeno, o máximo que estes testes fazem é… rejeitar a hipótese de não haver fenómeno nenhum nos dados…). E depois há outro problema, mais grave. É que uma vez estabelecendo-se um referencial para determinar o que conta e não conta como descoberta científica, criam-se incentivos, como o Nuno explica, para que ele seja aldrabado (intencionalmente ou não) pelos cientistas. Pelas limitações da nossa mente e destes métodos estatísticos, a Ciência foi sempre uma actividade…complexa. E nas últimas décadas algumas mudanças vieram tornar estes obstáculos ainda maiores. Por um lado, o sistema de publicação de artigos científicos tornou-se cada vez mais competitivo, gerando incentivos para publicar resultados vistosos, mesmo que para isso seja necessário ser menos rigoroso. Por outro lado, a ciência (em particular na área do convidado, as ciências biomédicas) tornou-se mais complexa e informatizada devido à ascensão do chamado big data e o aumento da utilização de programas “bioinformáticos”. Isto criou desafios adicionais a quem utiliza estas ferramentas sem por vezes as compreender bem. Estes obstáculos (e outros, de que falamos durante a conversa) desembocaram naquilo que se tem chamado a Crise da Replicação, em que várias conclusões aparentemente sólidas, sobretudo na biomedicina e na psicologia, têm sido invalidadas por estudos posteriores. Esta crise tem feito correr muita tinta nos últimos anos, com já vários livros publicados sobre o assunto. E foi precisamente por aí que começámos a nossa conversa -- na qual percorremos as causas e consequências deste estado de coisas. No final, pedi ao Nuno para apontar soluções para resolver estes desafios (os antigos e os novos). Como vão ver, ele tem muitas ideias. _______________ Obrigado aos mecenas do podcast: Francisco Hermenegildo, Ricardo Evangelista, Henrique Pais João Baltazar, Salvador Cunha, Abilio Silva, Tiago Leite, Carlos Martins, Galaró family, Corto Lemos, Miguel Marques, Nuno Costa, Nuno e Ana, João Ribeiro, Helder Miranda, Pedro Lima Ferreira, Cesar Carpinteiro, Luis Fernambuco, Fernando Nunes, Manuel Canelas, Tiago Gonçalves, Carlos Pires, João Domingues, Hélio Bragança da Silva, Sandra Ferreira , Paulo Encarnação , BFDC, António Mexia Santos, Luís Guido, Bruno Heleno Tomás Costa, João Saro, Daniel Correia, Rita Mateus, António Padilha, Tiago Queiroz, Carmen Camacho, João Nelas, Francisco Fonseca, Rafael Santos, Andreia Esteves, Ana Teresa Mota, ARUNE BHURALAL, Mário Lourenço, RB, Maria Pimentel, Luis, Geoffrey Marcelino, Alberto Alcalde, António Rocha Pinto, Ruben de Bragança, João Vieira dos Santos, David Teixeira Alves, Armindo Martins , Carlos Nobre, Bernardo Vidal Pimentel, António Oliveira, Paulo Barros, Nuno Brites, Lígia Violas, Tiago Sequeira, Zé da Radio, João Morais, André Gamito, Diogo Costa, Pedro Ribeiro, Bernardo Cortez Vasco Sá Pinto, David , Tiago Pires, Mafalda Pratas, Joana Margarida Alves Martins, Luis Marques, João Raimundo, Francisco Arantes, Mariana Barosa, Nuno Gonçalves, Pedro Rebelo, Miguel Palhas, Ricardo Duarte, Duarte , Tomás Félix, Vasco Lima, Francisco Vasconcelos, Telmo , José Oliveira Pratas, Jose Pedroso, João Diogo Silva, Joao Diogo, José Proença, João Crispim, João Pinho , Afonso Martins, Robertt Valente, João Barbosa, Renato Mendes, Maria Francisca Couto, Antonio Albuquerque, Ana Sousa Amorim, Francisco Santos, Lara Luís, Manuel Martins, Macaco Quitado, Paulo Ferreira, Diogo Rombo, Francisco Manuel Reis, Bruno Lamas, Daniel Almeida, Patrícia Esquível , Diogo Silva, Luis Gomes, Cesar Correia, Cristiano Tavares, Pedro Gaspar, Gil Batista Marinho, Maria Oliveira, João Pereira, Rui Vilao, João Ferreira, Wedge, José Losa, Hélder Moreira, André Abrantes, Henrique Vieira, João Farinha, Manuel Botelho da Silva, João Diamantino, Ana Rita Laureano, Pedro L, Nuno Malvar, Joel, Rui Antunes7, Tomás Saraiva, Cloé Leal de Magalhães, Joao Barbosa, paulo matos, Fábio Monteiro, Tiago Stock, Beatriz Bagulho, Pedro Bravo, Antonio Loureiro, Hugo Ramos, Inês Inocêncio, Telmo Gomes, Sérgio Nunes, Tiago Pedroso, Teresa Pimentel, Rita Noronha, miguel farracho, José Fangueiro, Zé, Margarida Correia-Neves, Bruno Pinto Vitorino, João Lopes, Joana Pereirinha, Gonçalo Baptista, Dario Rodrigues, tati lima, Pedro On The Road, Catarina Fonseca, JC Pacheco, Sofia Ferreira, Inês Ribeiro, Miguel Jacinto, Tiago Agostinho, Margarida Costa Almeida, Helena Pinheiro, Rui Martins, Fábio Videira Santos, Tomás Lucena, João Freitas, Ricardo Sousa, RJ, Francisco Seabra Guimarães, Carlos Branco, David Palhota, Carlos Castro, Alexandre Alves, Cláudia Gomes Batista, Ana Leal, Ricardo Trindade, Luís Machado, Andrzej Stuart-Thompson, Diego Goulart, Filipa Portela, Paulo Rafael, Paloma Nunes, Marta Mendonca, Teresa Painho, Duarte Cameirão, Rodrigo Silva, José Alberto Gomes, Joao Gama, Cristina Loureiro, Tiago Gama, Tiago Rodrigues, Miguel Duarte, Ana Cantanhede, Artur Castro Freire, Rui Passos Rocha, Pedro Costa Antunes, Sofia Almeida, Ricardo Andrade Guimarães, Daniel Pais, Miguel Bastos, Luís Santos _______________ Esta conversa foi editada por: Hugo Oliveira _______________ Bio: Nuno Barbosa Morais é um biólogo computacional. É licenciado em Engenharia Física Tecnológica pelo Instituto Superior Técnico e doutorado em Ciências Biomédicas pela Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, tendo feito investigação internacional durante uma década nas universidades de Cambridge e de Toronto. Lidera, desde 2015, o laboratório de Transcritómica de Doença no Instituto de Medicina Molecular e lecciona cursos de Biologia Computacional a vários mestrados da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa. A sua investigação recorre a análises de grandes dados moleculares no estudo das alterações na regulação da actividade dos genes em tecidos humanos que os tornam mais susceptíveis a doenças, nomeadamente as associadas ao envelhecimento. No processo, a equipa desenvolve ferramentas bioinformáticas que visam tornar acessíveis e inteligíveis aquelas análises a colegas sem formação informática. Procura contribuir para uma maior reprodutibilidade da prática científica, através da promoção da investigação inter-disciplinar, da formação quantitativa de biólogos e do uso de ferramentas de análises de grandes dados como sistemas de apoio à decisão, por oposição a “caixas negras”.
Bo Rothstein is one of the world's leading researchers in the field of Quality of Government (QoG). He was for most of his career professor of political science at the University of Gothenburg, in Sweden, with a brief tenure at the University of Oxford. In 2004, he founded, together with Sören Holmberg, the Quality of Government Institute, which has since become the world's main research centre studying how political institutions of high quality can be created and maintained. -> Apoie este projecto e faça parte da comunidade de mecenas do 45 Graus em: 45grauspodcast.com _______________ Index (with timestamps): (02:40) Introduction in English (06:26) Why is democracy not enough to ensure quality of government (QoG)? | The case of new democracies: clientelism, nepotism, use of state funds for the party, particularistic policies | Vicious circle of low QoG (the case of South Africa) (18:30) How can we define QoG? | Impartiality. Robert Dahl's theory of democracy | The importance of a meritocratic bureaucracy and long-term planning. | Book: Organizing Leviathan, by Carl Dahlström and Victor Lapuente | Acemoglu and Robinson's concept of «inclusive institutions» (27:04) How QoG influences government legitimacy | A future paper by Jan Teorell | Relationship between low QoG and the rise in Populism. Cas Mudde's thesis. | Mark Lilla on the success of Donald Trump (34:15) The puzzle of China's rise (guest's paper) | Is it a matter of culture? | Is condemnation of corruption universal or dependent on culture? (47:07) What outcomes is QoG more important for? | The effect of low QoG on social trust (guest's paper). | Book (analysing social capital in Italy): Moral Basis of a Backward Society by Edward C. Banfield | Quality of governance in the private sector (01:00:15) How can we improve democracy's ability to enhance QoG? The role of transparency. | Book: Democracy for Realists, by Christopher H. Achen and Larry Bartels | Guest's latest book: Controlling Corruption _______________ My guest in this episode is Bo Rothstein, one of the world's leading researchers in the field of Quality of Government (QoG). He was for most of his career professor of political science at the University of Gothenburg, in Sweden, with a brief tenure at the University of Oxford. In 2004, he founded, together with Sören Holmberg, the Quality of Government Institute, which has since become the world's main research centre studying how political institutions of high quality can be created and maintained. This was a fascinating conversation. We started by discussing the puzzle of why democracy is not enough to ensure good governance. This happens, according to Rothstein and other authors, because these two dimensions of the political system are very different in nature. Democracy refers to the input side of politics (how political power is accessed), whereas QoG refers to the output side, that is, the way that political power is exercised. So while democracy may enable voters to select politicians and policies that adequately reflect their concerns, that is not, by itself, sufficient to guarantee that those policies will be enacted effectively and without improper behavior. This led us to the question of how to define QoG? One of the most influential definitions in the field was proposed by Rothstein himself, together with Jan Teorell, and defines QoG as having to do with the extent to which the government operates impartially. This concept is closely related to (absence of) corruption, but is broader than that. In practice, for a state to act impartially means that the use of public authority is not influenced by anything from bribes, political affiliation, personal connections, or prejudices based on factors such as race, ethnicity, or gender. Rothstein's idea is clearly persuasive (and he will explain it better than I). But other authors have proposed alternative definitions, which we also discussed. One of them is that of state capacity. Some authors point out that it is not enough that public officials act in a proper way. In order to be able to implement public policies, the state also needs resources, such as infrastructures, adequate information and a body of qualified and motivated civil servants. Other authors, such as Francis Fukuyama, emphasize the importance of bureaucratic autonomy, that is the extent to which civil servants are protected from pressures exerted by politicians. And there are many other related definitions, such as the idea of inclusive institutions by Daron Acemoglu and James Robinson (which we also discussed), or the definition proposed by the World Bank which goes farther (perhaps too far), encompassing the capacity of the state to implement “sound” policies. It was a fascinating conversation, in which we covered a lot of ground on the topic of QoG. We discussed the practical effects of bad governance for citizens, the link between low QoG and populism, the puzzle of China's rise (despite its authoritarian nature and less than impartial government), whether condemnation of corruption is a human universal or depends on culture, the effect of QoG on social capital and the relation between QoG and the quality of governance in the private sector, among others. In the end, I asked my guest how we can improve democracy's ability to enhance QoG. And he has, as you will see, a very clear-cut recipe for this. Hope you enjoy our conversation -- até ao próximo episódio. _______________ Obrigado aos mecenas do podcast: Francisco Hermenegildo, Ricardo Evangelista, Henrique Pais João Baltazar, Salvador Cunha, Abilio Silva, Tiago Leite, Carlos Martins, Galaró family, Corto Lemos, Miguel Marques, Nuno Costa, Nuno e Ana, João Ribeiro, Helder Miranda, Pedro Lima Ferreira, Cesar Carpinteiro, Luis Fernambuco, Fernando Nunes, Manuel Canelas, Tiago Gonçalves, Carlos Pires, João Domingues, Hélio Bragança da Silva, Sandra Ferreira , Paulo Encarnação , BFDC, António Mexia Santos, Luís Guido, Bruno Heleno Tomás Costa, João Saro, Daniel Correia, Rita Mateus, António Padilha, Tiago Queiroz, Carmen Camacho, João Nelas, Francisco Fonseca, Rafael Santos, Andreia Esteves, Ana Teresa Mota, ARUNE BHURALAL, Mário Lourenço, RB, Maria Pimentel, Luis, Geoffrey Marcelino, Alberto Alcalde, António Rocha Pinto, Ruben de Bragança, João Vieira dos Santos, David Teixeira Alves, Armindo Martins , Carlos Nobre, Bernardo Vidal Pimentel, António Oliveira, Paulo Barros, Nuno Brites, Lígia Violas, Tiago Sequeira, Zé da Radio, João Morais, André Gamito, Diogo Costa, Pedro Ribeiro, Bernardo Cortez Vasco Sá Pinto, David , Tiago Pires, Mafalda Pratas, Joana Margarida Alves Martins, Luis Marques, João Raimundo, Francisco Arantes, Mariana Barosa, Nuno Gonçalves, Pedro Rebelo, Miguel Palhas, Ricardo Duarte, Duarte , Tomás Félix, Vasco Lima, Francisco Vasconcelos, Telmo , José Oliveira Pratas, Jose Pedroso, João Diogo Silva, Joao Diogo, José Proença, João Crispim, João Pinho , Afonso Martins, Robertt Valente, João Barbosa, Renato Mendes, Maria Francisca Couto, Antonio Albuquerque, Ana Sousa Amorim, Francisco Santos, Lara Luís, Manuel Martins, Macaco Quitado, Paulo Ferreira, Diogo Rombo, Francisco Manuel Reis, Bruno Lamas, Daniel Almeida, Patrícia Esquível , Diogo Silva, Luis Gomes, Cesar Correia, Cristiano Tavares, Pedro Gaspar, Gil Batista Marinho, Maria Oliveira, João Pereira, Rui Vilao, João Ferreira, Wedge, José Losa, Hélder Moreira, André Abrantes, Henrique Vieira, João Farinha, Manuel Botelho da Silva, João Diamantino, Ana Rita Laureano, Pedro L, Nuno Malvar, Joel, Rui Antunes7, Tomás Saraiva, Cloé Leal de Magalhães, Joao Barbosa, paulo matos, Fábio Monteiro, Tiago Stock, Beatriz Bagulho, Pedro Bravo, Antonio Loureiro, Hugo Ramos, Inês Inocêncio, Telmo Gomes, Sérgio Nunes, Tiago Pedroso, Teresa Pimentel, Rita Noronha, miguel farracho, José Fangueiro, Zé, Margarida Correia-Neves, Bruno Pinto Vitorino, João Lopes, Joana Pereirinha, Gonçalo Baptista, Dario Rodrigues, tati lima, Pedro On The Road, Catarina Fonseca, JC Pacheco, Sofia Ferreira, Inês Ribeiro, Miguel Jacinto, Tiago Agostinho, Margarida Costa Almeida, Helena Pinheiro, Rui Martins, Fábio Videira Santos, Tomás Lucena, João Freitas, Ricardo Sousa, RJ, Francisco Seabra Guimarães, Carlos Branco, David Palhota, Carlos Castro, Alexandre Alves, Cláudia Gomes Batista, Ana Leal, Ricardo Trindade, Luís Machado, Andrzej Stuart-Thompson, Diego Goulart, Filipa Portela, Paulo Rafael, Paloma Nunes, Marta Mendonca, Teresa Painho, Duarte Cameirão, Rodrigo Silva, José Alberto Gomes, Joao Gama, Cristina Loureiro, Tiago Gama, Tiago Rodrigues, Miguel Duarte, Ana Cantanhede, Artur Castro Freire, Rui Passos Rocha, Pedro Costa Antunes, Sofia Almeida, Ricardo Andrade Guimarães, Daniel Pais, Miguel Bastos, Luís Santos _______________ Esta conversa foi editada por: Hugo Oliveira _______________ Bio: Bo Rothstein is a Swedish political scientist whose research focuses on the quality of government. Rothstein held the August Röhss Chair in Political Science at the University of Gothenborg from December 1994 to June 2021. Bo Rothstein took is Ph.D. in Political Science at Lund University in 1986 and was from 1986 and until 1993 assistant and (in 1992) associate professor (docent) at the Department of Government at Uppsala University. In 1993 he became Professor at the Swedish Institute for Working Life Research in Stockholm and took up his current position at University of Gothenburg in 1994. In 2016 he was appointed to a Chair in Government and Public Policy at University of Oxford, from which he resigned for returning to University of Gothenburg in 2018. Together with Prof. Sören Holmberg he started the Quality of Government Institute at the department in 2004. Among his main publications in English are Just Institutions Matter: The Moral and Political Logic of the Universal Welfare and Social Traps and the Problem of Trust, both with Cambridge University Press. The Quality of Government: The Political Logic of Corruption, Inequality and Social Trust was published by the University of Chicago Press in 2011, Good Government: The Relevance of Political Science (ed. together with Sören Holmberg) published by Edward Elgar Press in 2013. His latest book is Making Sense of Corruption (together with Aiysha Varraich) published by Cambridge University Press in 2017. Rothstein is a contributor to the public debate and has published more than 300 op-ed articles mostly in Swedish newspapers but also internationally.
Bruno Cardoso Reis é mestre em História Contemporânea pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, em Historical Studies pela Universidade Cambridge e é doutorado na área das Relações Internacionais, em War Studies pelo King's College de Londres. Atualmente é Professor no ISCTE-IUL, onde coordena o doutoramento em História e Defesa, em parceria com a Academia Militar. Tem investigado e lecionado sobre História Global, Estudos Europeus, Relações Internacionais, Estudos de Segurança, entre outros. É colaborador regular na imprensa na análise de política e segurança internacional nomeadamente na SIC Notícias e no Observador. Entre 2019-22, foi assessor do Ministro da Defesa Nacional. -> Apoie este projecto e faça parte da comunidade de mecenas do 45 Graus em: 45grauspodcast.com _______________ Índice (com timestamps): (5:03) INÍCIO da conversa: qual era o ambiente que se vivia na Europa nos anos do pós II GM? | Alemanha, Ano Zero (filme) | Plano Morgenthau (14:41) O que levou a França a tomar a iniciativa? Motivos securitarios, políticos e económicos | A OSCE | Salazar e o Plano Marshall | Candidatura do Brasil à OCDE | A ansiedade entre os diplomatas franceses em relação à RFA. | A defesa por Churchill de uns Estados Unidos da Europa (29:13) O que levou a Alemanha a aceitar o Plano Schuman? | O que pesou mais de ambos os lados: realismo ou idealismo? | Europeístas pré sec XX | Plano Pleven. (40:35) A importância do papel dos Estados Unidos. | Guerra da Coreia de 1950 | Reunião da NATO em Lisboa em 1952 | A importância dos Açores para os EUA | A posição da URSS (59:12) Porque escolheu o Reino Unido manter-se de fora? | A Commonwealth | a EFTA enquanto projecto concorrente à Comunidade Europeia | Os dois vetos de De Gaulle à adesão dos britânicos à CEE | o Brexit | Porque não tomaram os britânicos a iniciativa primeiro? (1:13:10) A União Europeia hoje — e o que esperar do futuro | Jean Monnet Livros recomendados: Europa. A Luta pela Supremacia. De 1453 aos nossos dias, de Brendan Simms | O Continente das Trevas - O século XX na Europa, de Mark Mazower _______________ No dia 5 de maio de 1950, Robert Schuman, então ministro dos negócios estrangeiros (MNE) da França, fez uma das comunicações mais marcantes do século XX europeu, ao anunciar o plano francês para que as nações europeias passassem a gerir de forma partilhada os seus recursos de carvão e de aço. O plano era uma ideia da equipa pela política económica do governo francês, liderada por Jean Monnet, que veio a ser uma das principais figuras do projecto. O «Plano Schuman», como ficou conhecido, levaria mais tarde, a 19 de março de 1951 à assinatura do Tratado de Paris e, com ele, à criação da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA), composta por seis países da Europa ocidental: França, Alemanha Ocidental (RFA), Bélgica, Holanda, Luxemburgo (os membros do Benelux) e ainda a Itália. Mas a principal consequência da iniciativa do governo francês não foi económica, mas sim política: criar a aliança franco-germânica que tem estado desde então na base do sucesso do projecto europeu. A proposta de Schuman, e o estender de mão à Alemanha, apanharam a maioria dos observadores de surpresa, porque marcaram uma viragem de 180º em relação à política externa que a França tinha seguido até então. Durante os anos do pós guerra, o grande objectivo francês tinha sido resolver, de uma vez por todas, a eterna “questão alemã” -- ou seja, impedir que o país vizinho pudesse reerguer-se e tornar-se agressivo uma vez mais. E para isso, na visão francesa, era necessário restringir ao máximo a reconstrução da Alemanha, a todos os níveis — político, económico e, sobretudo, militar. Ou seja, o poder político francês acreditava que a força da França dependia diretamente da fraqueza da Alemanha. Mas, de repente, tudo mudou. Schuman anuncia o plano, a RFA aceita e os EUA apoiam-no entusiasticamente, contribuindo decisivamente para a formação da CECA (os únicos a estragar a festa foram os britânicos, que optaram desde o início por ficar de fora das negociações). Como foi isto possível? Este é um tema fascinante e, ao mesmo tempo, complexo. Porque para compreendê-lo temos de perceber o ambiente que se vivia na Europa do pós-guerra, conhecer as prioridades de política externa e interna dos vários países envolvidos ainda ter ainda em conta o papel imprescindível da Guerra Fria em acelerar todo o processo. Ou seja, é preciso, conhecer muito bem a História da Europa deste período nestes vários níveis É, por isso, uma job description difícil. Mas o convidado deste episódio, Bruno Cardoso Reis, encaixa nela perfeitamente. Como vão ver, o convidado tem um conhecimento enciclopédico sobre a História das relações Internacionais, que nos ajuda a compreender as múltiplas dimensões deste período em que começou o processo que viria a dar origem à UE. _______________ Obrigado aos mecenas do podcast: Francisco Hermenegildo, Ricardo Evangelista, Henrique Pais João Baltazar, Salvador Cunha, Abilio Silva, Tiago Leite, Carlos Martins, Galaró family, Corto Lemos, Miguel Marques, Nuno Costa, Nuno e Ana, João Ribeiro, Helder Miranda, Pedro Lima Ferreira, Cesar Carpinteiro, Luis Fernambuco, Fernando Nunes, Manuel Canelas, Tiago Gonçalves, Carlos Pires, João Domingues, Hélio Bragança da Silva, Sandra Ferreira , Paulo Encarnação , BFDC, António Mexia Santos, Luís Guido, Bruno Heleno Tomás Costa, João Saro, Daniel Correia, Rita Mateus, António Padilha, Tiago Queiroz, Carmen Camacho, João Nelas, Francisco Fonseca, Rafael Santos, Andreia Esteves, Ana Teresa Mota, ARUNE BHURALAL, Mário Lourenço, RB, Maria Pimentel, Luis, Geoffrey Marcelino, Alberto Alcalde, António Rocha Pinto, Ruben de Bragança, João Vieira dos Santos, David Teixeira Alves, Armindo Martins , Carlos Nobre, Bernardo Vidal Pimentel, António Oliveira, Paulo Barros, Nuno Brites, Lígia Violas, Tiago Sequeira, Zé da Radio, João Morais, André Gamito, Diogo Costa, Pedro Ribeiro, Bernardo Cortez Vasco Sá Pinto, David , Tiago Pires, Mafalda Pratas, Joana Margarida Alves Martins, Luis Marques, João Raimundo, Francisco Arantes, Mariana Barosa, Nuno Gonçalves, Pedro Rebelo, Miguel Palhas, Ricardo Duarte, Duarte , Tomás Félix, Vasco Lima, Francisco Vasconcelos, Telmo , José Oliveira Pratas, Jose Pedroso, João Diogo Silva, Joao Diogo, José Proença, João Crispim, João Pinho , Afonso Martins, Robertt Valente, João Barbosa, Renato Mendes, Maria Francisca Couto, Antonio Albuquerque, Ana Sousa Amorim, Francisco Santos, Lara Luís, Manuel Martins, Macaco Quitado, Paulo Ferreira, Diogo Rombo, Francisco Manuel Reis, Bruno Lamas, Daniel Almeida, Patrícia Esquível , Diogo Silva, Luis Gomes, Cesar Correia, Cristiano Tavares, Pedro Gaspar, Gil Batista Marinho, Maria Oliveira, João Pereira, Rui Vilao, João Ferreira, Wedge, José Losa, Hélder Moreira, André Abrantes, Henrique Vieira, João Farinha, Manuel Botelho da Silva, João Diamantino, Ana Rita Laureano, Pedro L, Nuno Malvar, Joel, Rui Antunes7, Tomás Saraiva, Cloé Leal de Magalhães, Joao Barbosa, paulo matos, Fábio Monteiro, Tiago Stock, Beatriz Bagulho, Pedro Bravo, Antonio Loureiro, Hugo Ramos, Inês Inocêncio, Telmo Gomes, Sérgio Nunes, Tiago Pedroso, Teresa Pimentel, Rita Noronha, miguel farracho, José Fangueiro, Zé, Margarida Correia-Neves, Bruno Pinto Vitorino, João Lopes, Joana Pereirinha, Gonçalo Baptista, Dario Rodrigues, tati lima, Pedro On The Road, Catarina Fonseca, JC Pacheco, Sofia Ferreira, Inês Ribeiro, Miguel Jacinto, Tiago Agostinho, Margarida Costa Almeida, Helena Pinheiro, Rui Martins, Fábio Videira Santos, Tomás Lucena, João Freitas, Ricardo Sousa, RJ, Francisco Seabra Guimarães, Carlos Branco, David Palhota, Carlos Castro, Alexandre Alves, Cláudia Gomes Batista, Ana Leal, Ricardo Trindade, Luís Machado, Andrzej Stuart-Thompson, Diego Goulart, Filipa Portela, Paulo Rafael, Paloma Nunes, Marta Mendonca, Teresa Painho, Duarte Cameirão, Rodrigo Silva, José Alberto Gomes, Joao Gama, Cristina Loureiro, Tiago Gama, Tiago Rodrigues, Miguel Duarte, Ana Cantanhede, Artur Castro Freire, Rui Passos Rocha, Pedro Costa Antunes, Sofia Almeida, Ricardo Andrade Guimarães, Daniel Pais, Miguel Bastos, Luís Santos _______________ Esta conversa foi editada por: Hugo Oliveira _______________ Bio: Bruno Cardoso Reis é mestre em História Contemporânea pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, em Historical Studies pela Universidade Cambridge e é doutor em War Studies pelo King's College de Londres. Entre 2019-22 foi assessor do Ministro da Defesa Nacional. Atualmente é Professor no ISCTE-IUL e Coordenador do respetivo doutoramento em História e Defesa, em parceria com a Academia Militar. Tem lecionado cadeiras de História Global, Estudos Europeus, Relações Internacionais, Estudos de Segurança, Liderança e Grande Estratégia. Sobre estes temas tem publicado artigos e livros vários em Portugal e no estrangeiro. Nomeadamente: Pode Portugal ter uma Estratégia? (2019) É colaborador regular na imprensa na análise de política e segurança internacional nomeadamente na SIC Notícias e no Observador.
Ricardo Costa é diretor de informação da SIC e diretor geral de informação do Grupo Impresa. Antes, foi director do Expresso de 2011 a 2016, tendo sido antes editor adjunto. Continua a ser colunista regular do Expresso e autor e co-apresentador do programa da SIC Notícias “Expresso da Meia-Noite” -> Apoie este projecto e faça parte da comunidade de mecenas do 45 Graus em: 45grauspodcast.com _______________ Índice: (5:30) A revolução digital nos media. | Como os jornais hesitaram mas acabaram por apostar nas assinaturas. (que estão a crescer mais nos jovens). | Como o Financial Times foi pioneiro na transição digital | Meta (Facebook) está a deixar de “dar notícias”. (20:32) O caso da televisão (30:36) Porque não há uma «Netflix para jornais»? (32:15) Faz sentido apoios estatais ao jornalismo de qualidade? | O caso das televisões públicas | Proposta de Julia Cagé (43:46) Como a revolução digital forçou os órgãos de comunicação social a funcionar a vários ritmos e em múltiplas plataformas. | Com tantas plataformas e conteúdos, não deveria haver muito mais jornalistas do que no passado? | O caso d'O Independente. A importância da viabilidade económica para a independência jornalística. (58:08) Porque é que o impacto da revolução digital começou mais tarde na televisão? | Reuters Institute Digital News Report 2022 (1:03:32) Estará a jornalismo (pago) cada vez melhor, mas a chegar a cada vez menos pessoas? (1:06:09) Porque é o nível de tensão com os governos maior no Expresso do que na SIC (entrevista do convidado ao podcast «Deixar o Mundo Melhor») (1:10:32) O que explica que Portugal seja dos países em que mais se confia nas notícias?| As redações dos jornais são tipicamente mais de esquerda, ou de direita? | Como lidam os jornalistas com pressões do poder económico e político (1:26:56) Em que é que os jornalistas têm falhado no modo como lidam com políticos populistas? Artigo de Malu Gaspar na revista Piauí | Como a formação em Antropologia ajudou Gillian Tett a prever a Crise Financeira de 2008 Livros recomendados: As Cruzadas Vistas pelos Árabes, de Amin Maalouf + Aniquilação, de Michel Houellebecq _______________ Os órgãos de comunicação social -- em especial os jornais -- têm sido abalados na última década e meia por uma espécie de «tempestade perfeita» que provocou quebras fortes tanto nas vendas como nas receitas de publicidade. Simplificando, o surgimento da internet começou por tirar leitores aos jornais, e a Google e a Facebook tiraram-lhes a publicidade. Isto porque a internet, ao, de repente, dar-nos acesso acesso livre a um sem-fim de conteúdos, levou a que as pessoas passassem a dedicar menos tempo aos jornais em papel. Os jornais, por seu lado, para não ficarem para trás na ‘onda', criaram também os seus sites onde passaram a disponibilizar os mesmos conteúdos do papel. Mas a internet, para a maioria de nós, foi durante muito tempo sinónimo de »gratuito» -- e, por isso, os internautas não estavam especialmente abertos a pagar por conteúdos online… Acresce que, com o domínio da Google nos motores de busca e, depois, com o surgimento das redes sociais, grande parte das pessoas não chegava às notícias consultando os sites dos jornais mas sim através destas plataformas. Isso fez com que a publicidade -- o elemento que, desde há muitas décadas, permitia aos jornais equilibrar o seu modelo de negócio -- fosse fugindo cada vez mais para as mãos destas gigantes tecnológicas. Esta “tempestade perfeita” de diminuição de receitas quer nas vendas quer na publicidade veio colocar os modelos de negócio dos jornais, em especial, em sérias dificuldades. E isso, claro, traduziu-se em despedimentos e diminuições de salários para os jornalistas -- e também numa diminuição da sua capacidade para agirem enquanto «quarto poder» nas democracias. Este é um tema que tem sido muito discutido nos últimos anos, e não é a primeira vez que o abordo no 45 Graus. Recomendo que ouçam também o episódio que gravei há quase 4 anos com Gustavo Cardoso, professor e investigador nesta área no ISCTE. De lá para cá, houve progressos importantes, com muitos jornais, inclusive em Portugal, a conseguirem adaptar-se às novas tecnologias e atrair assinantes. E, embora a crise esteja longe de estar ultrapassada, o convidado deste episódio, Ricardo Costa, tem uma visão mais optimista -- ou, como ele diz, “menos fatalista -- do que é norma encontrar no meio jornalístico. Na nossa conversa, falámos sobre a visão do Ricardo em relação a estes desafios trazidos pelas mudanças tecnológicas, quer nos jornais quer nas televisões -- onde, segundo ele, o impacto só agora está a chegar em força, mas obrigará a uma transição ainda mais rápida. Falámos também sobre o modo como estas alterações obrigam os jornais e televisões a actuar hoje em múltiplas frentes e 24h/24h. Fica a sensação de que, com tantos conteúdos e plataformas, os órgãos de comunicação social deveriam ter hoje mais jornalistas do que no passado (e não menos, como é o caso). Falámos também do serviço público que os media prestam -- ou devem prestar --, e se faz sentido haver apoios estatais. Ou se, pelo contrário, a independência jornalística só é possível com viabilidade económica. E, claro, discutimos também o caso português. Que compara favoravelmente com outros países em alguns aspectos, como o facto de sermos o 2º em 46 países em que as pessoas mais confiam nas notícias. A experiência do Ricardo é muito rica neste aspecto, porque, embora tenha trabalhado sempre no Grupo Impresa, teve funções de responsabilidade quer no jornal quer na televisão. houve uma afirmação dele recente que me deixou intrigado, e que pedi para explicar melhor: de que o nível de tensão com os governos foi sempre muito maior no Expresso do que o da SIC. Mais para o fim da conversa, falámos também de outro desafio que o jornalismo actual enfrenta -- de uma natureza completamente diferente: o desafio de lidar com a ascensão de políticos populistas. O convidado tem, como verão, uma visão muito crítica em relação ao modo como os jornalistas têm, muitas vezes, tratado este fenómeno. _______________ Obrigado aos mecenas do podcast: Francisco Hermenegildo, Ricardo Evangelista, Henrique Pais João Baltazar, Salvador Cunha, Abilio Silva, Tiago Leite, Carlos Martins, Galaró family, Corto Lemos, Miguel Marques, Nuno Costa, Nuno e Ana, João Ribeiro, Helder Miranda, Pedro Lima Ferreira, Cesar Carpinteiro, Luis Fernambuco, Fernando Nunes, Manuel Canelas, Tiago Gonçalves, Carlos Pires, João Domingues, Hélio Bragança da Silva, Sandra Ferreira , Paulo Encarnação , BFDC, António Mexia Santos, Luís Guido, Bruno Heleno Tomás Costa, João Saro, Daniel Correia, Rita Mateus, António Padilha, Tiago Queiroz, Carmen Camacho, João Nelas, Francisco Fonseca, Rafael Santos, Andreia Esteves, Ana Teresa Mota, ARUNE BHURALAL, Mário Lourenço, RB, Maria Pimentel, Luis, Geoffrey Marcelino, Alberto Alcalde, António Rocha Pinto, Ruben de Bragança, João Vieira dos Santos, David Teixeira Alves, Armindo Martins , Carlos Nobre, Bernardo Vidal Pimentel, António Oliveira, Paulo Barros, Nuno Brites, Lígia Violas, Tiago Sequeira, Zé da Radio, João Morais, André Gamito, Diogo Costa, Pedro Ribeiro, Bernardo Cortez Vasco Sá Pinto, David , Tiago Pires, Mafalda Pratas, Joana Margarida Alves Martins, Luis Marques, João Raimundo, Francisco Arantes, Mariana Barosa, Nuno Gonçalves, Pedro Rebelo, Miguel Palhas, Ricardo Duarte, Duarte , Tomás Félix, Vasco Lima, Francisco Vasconcelos, Telmo , José Oliveira Pratas, Jose Pedroso, João Diogo Silva, Joao Diogo, José Proença, João Crispim, João Pinho , Afonso Martins, Robertt Valente, João Barbosa, Renato Mendes, Maria Francisca Couto, Antonio Albuquerque, Ana Sousa Amorim, Francisco Santos, Lara Luís, Manuel Martins, Macaco Quitado, Paulo Ferreira, Diogo Rombo, Francisco Manuel Reis, Bruno Lamas, Daniel Almeida, Patrícia Esquível , Diogo Silva, Luis Gomes, Cesar Correia, Cristiano Tavares, Pedro Gaspar, Gil Batista Marinho, Maria Oliveira, João Pereira, Rui Vilao, João Ferreira, Wedge, José Losa, Hélder Moreira, André Abrantes, Henrique Vieira, João Farinha, Manuel Botelho da Silva, João Diamantino, Ana Rita Laureano, Pedro L, Nuno Malvar, Joel, Rui Antunes7, Tomás Saraiva, Cloé Leal de Magalhães, Joao Barbosa, paulo matos, Fábio Monteiro, Tiago Stock, Beatriz Bagulho, Pedro Bravo, Antonio Loureiro, Hugo Ramos, Inês Inocêncio, Telmo Gomes, Sérgio Nunes, Tiago Pedroso, Teresa Pimentel, Rita Noronha, miguel farracho, José Fangueiro, Zé, Margarida Correia-Neves, Bruno Pinto Vitorino, João Lopes, Joana Pereirinha, Gonçalo Baptista, Dario Rodrigues, tati lima, Pedro On The Road, Catarina Fonseca, JC Pacheco, Sofia Ferreira, Inês Ribeiro, Miguel Jacinto, Tiago Agostinho, Margarida Costa Almeida, Helena Pinheiro, Rui Martins, Fábio Videira Santos, Tomás Lucena, João Freitas, Ricardo Sousa, RJ, Francisco Seabra Guimarães, Carlos Branco, David Palhota, Carlos Castro, Alexandre Alves, Cláudia Gomes Batista, Ana Leal, Ricardo Trindade, Luís Machado, Andrzej Stuart-Thompson, Diego Goulart, Filipa Portela, Paulo Rafael, Paloma Nunes, Marta Mendonca, Teresa Painho, Duarte Cameirão, Rodrigo Silva, José Alberto Gomes, Joao Gama, Cristina Loureiro, Tiago Gama, Tiago Rodrigues, Miguel Duarte, Ana Cantanhede, Artur Castro Freire, Rui Passos Rocha, Pedro Costa Antunes, Sofia Almeida, Ricardo Andrade Guimarães, Daniel Pais, Miguel Bastos, Luís Santos _______________ Esta conversa foi editada por: Hugo Oliveira _______________ Bio: Ricardo Costa é diretor de informação da SIC e diretor geral de informação do Grupo Impresa desde março de 2016. Foi diretor do Expresso de 2011 a 2016 e editor adjunto entre 2009 e 2010. Antes, foi diretor de informação da SIC Notícias, o primeiro canal de notícias 24 horas em Portugal, de 2003 a 2008. Editor-adjunto da SIC entre 2001 e 2007. Colunista regular do Expresso. Criador de opinião sobre assuntos políticos e económicos na SIC Televisão e na SIC Notícias. Autor e co-apresentador do “Expresso da Meia-Noite”
Steven S. Gouveia é doutorado em Filosofia e é actualmente Investigador do Centro de Estudos Filosóficos e Humanísticos (CEFH) da Universidade Católica Portuguesa. A sua investigação abarca um leque muito amplo de temas, desde a Neurofilosofia da Mente, filosofia da Inteligência Artificial, Ética Aplicada e Epistocracia. Publicou recentemente o seu 13° livro (Thinking the New World: Conversations on A.I.) e tem vindo a organizar cursos online sobre vários temas que contam com a participação de pensadores como Noam Chomsky, Sir Roger Penrose (Nobel da Física) ou Peter Singer, entre outros. -> Apoie este projecto e faça parte da comunidade de mecenas do 45 Graus em: 45grauspodcast.com _______________ Indíce: (04:12) Limites (éticos) do humor (26:14) Ética do voto (e da abstenção) | Ética da Crença, W. K. Clifford | Joseph Schumpeter | Cientistas políticos que estudaram o tema: John Zaller, Robert Y. Shapiro | Lottocracia (Alex Guerrero) | Convention citoyenne pour le climat (França) (1:09:23) Altruísmo Eficaz. Peter Singer (filósofo). Milionário que doou órgãos. Associação Make-A-Wish. Altruistic-careers.com Recomendações: Despolariza (podcast de Tomás Magalhães), Against Democracy (livro), de Jason Brennan, Paul Bloom. _______________ O que é Filosofia? O que é que caracteriza a Filosofia contemporânea enquanto área do saber? Na verdade, não é nada fácil dizer exactamente de que trata Filosofia, sem deixar coisas de fora ou ser demasiado abrangente. A minha definição preferida é talvez aquela que diz que a Filosofia «é a busca por entender verdades fundamentais sobre nós próprios, o mundo em que vivemos e as nossas relações seja com o mundo seja uns com os outros». Por outras palavras, a Filosofia distingue-se das outras áreas do conhecimento não só por ter um foco incrivelmente amplo (não há tema que não seja passível de ser analisado filosoficamente), mas também -- sobretudo -- por tocar as bases do conhecimento, por descer e questionar os fundamentos do nosso saber e das nossas convicções. É por isso que os filósofos são peritos em fazer-nos perceber que há, muitas vezes, pressupostos errados nos nossos raciocínios e convicções de que nunca nos tínhamos apercebido, ou que não estamos a agir da maneira correcta. Um dos campos da FIlosofia em que este tipo de reflexão pode gerar mais consequências para a maneira como agimos e nos comportamos em sociedade é a Ética (também chamada Filosofia Moral). E esse é precisamente o tema do livro do convidado deste episódio, Steven Gouveia [website do convidado]: Homo Ignarus: Ética Racional para um Mundo Irracional. Como o título indica, o livro parte da noção das várias falhas da mente humana (desde a nossa cognição limitada, aos vieses cognitivos e às emoções que se metem no caminho da razão), mas é também uma provocação (que se detecta logo pela capa) para a era, a vários títulos, irracional que vivemos, com a preponderância de fake news, apelos à emoção e ascensão de políticos populistas. Durante a nossa conversa, focamo-nos em três assuntos em que esta “ética racional” que Steven Gouveia propõe nos pode levar a pensar de maneira diferente; todos, de alguma forma, tocam em temas de episódios passados do podcast. _______________ Obrigado aos mecenas do podcast: Julie Piccini, Ana Raquel Guimarães Galaró family, José Luís Malaquias, Francisco Hermenegildo, Nuno Costa, Abílio Silva, Salvador Cunha, Bruno Heleno, António llms, Helena Monteiro, BFDC, Pedro Lima Ferreira, Miguel van Uden, João Ribeiro, Nuno e Ana, João Baltazar, Miguel Marques, Corto Lemos, Carlos Martins, Tiago Leite Tomás Costa, Rita Sá Marques, Geoffrey Marcelino, Luis, Maria Pimentel, Rui Amorim, RB, Pedro Frois Costa, Gabriel Sousa, Mário Lourenço, Filipe Bento Caires, Diogo Sampaio Viana, Tiago Taveira, Ricardo Leitão, Pedro B. Ribeiro, João Teixeira, Miguel Bastos, Isabel Moital, Arune Bhuralal, Isabel Oliveira, Ana Teresa Mota, Luís Costa, Francisco Fonseca, João Nelas, Tiago Queiroz, António Padilha, Rita Mateus, Daniel Correia, João Saro João Pereira Amorim, Sérgio Nunes, Telmo Gomes, André Morais, Antonio Loureiro, Beatriz Bagulho, Tiago Stock, Joaquim Manuel Jorge Borges, Gabriel Candal, Joaquim Ribeiro, Fábio Monteiro, João Barbosa, Tiago M Machado, Rita Sousa Pereira, Henrique Pedro, Cloé Leal de Magalhães, Francisco Moura, Rui Antunes7, Joel, Pedro L, João Diamantino, Nuno Lages, João Farinha, Henrique Vieira, André Abrantes, Hélder Moreira, José Losa, João Ferreira, Rui Vilao, Jorge Amorim, João Pereira, Goncalo Murteira Machado Monteiro, Luis Miguel da Silva Barbosa, Bruno Lamas, Carlos Silveira, Maria Francisca Couto, Alexandre Freitas, Afonso Martins, José Proença, Jose Pedroso, Telmo , Francisco Vasconcelos, Duarte , Luis Marques, Joana Margarida Alves Martins, Tiago Parente, Ana Moreira, António Queimadela, David Gil, Daniel Pais, Miguel Jacinto, Luís Santos, Bernardo Pimentel, Gonçalo de Paiva e Pona , Tiago Pedroso, Gonçalo Castro, Inês Inocêncio, Hugo Ramos, Pedro Bravo, António Mendes Silva, paulo matos, Luís Brandão, Tomás Saraiva, Ana Vitória Soares, Mestre88 , Nuno Malvar, Ana Rita Laureano, Manuel Botelho da Silva, Pedro Brito, Wedge, Bruno Amorim Inácio, Manuel Martins, Ana Sousa Amorim, Robertt, Miguel Palhas, Maria Oliveira, Cheila Bhuralal, Filipe Melo, Gil Batista Marinho, Cesar Correia, Salomé Afonso, Diogo Silva, Patrícia Esquível , Inês Patrão, Daniel Almeida, Paulo Ferreira, Macaco Quitado, Pedro Correia, Francisco Santos, Antonio Albuquerque, Renato Mendes, João Barbosa, Margarida Gonçalves, Andrea Grosso, João Pinho , João Crispim, Francisco Aguiar , João Diogo, João Diogo Silva, José Oliveira Pratas, João Moreira, Vasco Lima, Tomás Félix, Pedro Rebelo, Nuno Gonçalves, Pedro , Marta Baptista Coelho, Mariana Barosa, Francisco Arantes, João Raimundo, Mafalda Pratas, Tiago Pires, Luis Quelhas Valente, Vasco Sá Pinto, Jorge Soares, Pedro Miguel Pereira Vieira, Pedro F. Finisterra, Ricardo Santos _______________ Esta conversa foi editada por: Hugo Oliveira _______________ Bio: Steven S. Gouveia é Doutorado em (Neuro)Filosofia da Mente pela Universidade do Minho (Braga, Portugal). É actualmente Investigador do Centro de Estudos Filosóficos e Humanísticos da Universidade Católica Portuguesa (Projecto de Investigação UIDB/00683/2020 financiado pela FCT). Durante o seu doutoramento (Investigador FCT), foi investigador-visitante do Minds, Brain Imaging and Neuroethics do Royal Institute of Mental Health (PI: Georg Northoff), onde foi Investigador Pós-Doutoral (2021-2022). Foi Editor-Chefe do “Apeiron - Student Journal of Philosophy”. Publicou, como editor e autor, 12 livros (revisados por pares) sobre vários temas académicos. Alguns de seus interesses actuais são: Neurofilosofia da Mente e Ciência Cognitiva; Ética Aplicada (robôs sexuais; voto; ética animal; humor; nudges; alturísmo eficaz, etc.); Filosofia e Ética da Inteligência Artificial (na Medicina); Neurociência e Filosofia da Consciência e Processamento Preditivo; Teoria Democrática e Epistocracia. Por fim, para além da intensa produção autoral, proferiu inúmeras palestras em conferências académicas (ex: Ciência da Consciência 2019, Suiça), em eventos públicos (ex: Orador Principal do Philosophy Sharing Foundation, Malta; Forum Chipre 2022).
Bem, primeira vez que jogo bowling em Portugal e como já era de esperar, ganhei. Mas também não venho para aqui esfregar na cara de ninguém, principalmente na cara de quem não joga nada. Olhem, finalmente lancei o video que tanto queria e aproveitei para falar sobre ele neste episódio, falar um pouco do processo criativo e dos problemas que tive durante a gravação. Espero que gostem e bom ano. Todos os links: http://www.linktr.ee/sekeiraa
Dale B. Martin is a New Testament scholar and historian of Christianity, currently Woolsey Professor Emeritus of Religious Studies at Yale University. Professor Martin specializes in New Testament and Christian Origins, including attention to social and cultural history of the Greco-Roman world. -> Apoie este projecto e faça parte da comunidade de mecenas do 45 Graus em: 45grauspodcast.com _______________ Index: (5:57) [Beginning of the conversation] How an historian studies the Bible and early Christianity (Historical criticism). | Gospel of Thomas. | Q source (21:36) How separate true from fiction in the gospels? Criteria: multiple attestation, dissimilarity (see also this book) Jesus saying in all four gospels that “a prophet has no honor in his own country” [e.g. Mark 3:33-35: «Who are my mother and my brothers?” he asked. Then he looked at those seated in a circle around him and said, “Here are my mother and my brothers! Whoever does God's will is my brother and sister and mother.» How Christianity changed Jesus from being the «Son of Man» (Mark) to becoming «God the Son, the second Person in the Trinity | Council of Nicea | A puzzling passage in the Bible - Mark 14:51: “A young man, wearing nothing but a linen garment, was following Jesus. When they seized him, he fled naked, leaving his garment behind.» (32:14) The historical Jesus. Was Jesus literate? Archeological findings in Nazareth. Miracles and the resurrection. | Science vs myth | Similarities between Asclepius and Christ. (49:24) What did really Jesus believe in? How Jesus was influenced by the Book of Isaiah. And Jeremiah. | The puzzle of Jesus's speech in the Sermon on the Mount in Mathew 5 (1:05:25) The message of Paul the Apostle (St Paul). | The role of James (Jesus's brother). | The role of Mary. (1:12:43) How the Christian message on death evolved from the resurrection of the body to the resurrection of the soul. Book recommendation: Demon Copperhead by Barbara Kingsolver _______________ O convidado deste episódio é Dale Martin, professor na Universidade de Yale, e tem uma especialidade académica tão incomum no nosso país que nem temos (que eu saiba) uma expressão corrente para ela. O convidado é aquilo a que em inglês se designa por “New Testament scholar” -- ou seja, um investigador que se decida ao estudo histórico do Novo Testamento e das origens do Cristianismo, combinando análises histórica, cultural e linguística. Dale Martin tem uma longa carreira de investigador sobre o Novo Testamento, com vários livros publicados. E podem encontrar também no Youtube os vídeos de uma cadeira sua dada em Yale sobre precisamente a História do Novo Testamento e do Cristianismo. E foi precisamente com essa cadeira que esta conversa surgiu. As ditas aulas -- a leitura da Bíblia -- deixaram-me com muitas dúvidas que não tinha a quem perguntar, por isso decidi que estava na altura trazer Dale Martin ao 45 Graus. Foi, como vão ver, uma conversa fascinante, em que falámos da Bíblia, da figura de Jesus e do Mundo antigo em que Jesus e os primeiros cristãos viveram. O convidado, além disso, tem uma perspectiva interessante, porque, embora seja um historiador de pleno direito, que fala dos textos cristãos com uma frieza implacável quando usa o chapéu de historiador, é também crente, o que é uma combinação invulgar neste meio dos estudos bíblicos, onde, normalmente, sobretudo nos Estados Unidos, há uma espécie de diálogo de surdos entre teólogos e historiadores agnósticos. Nesta conversa -- porque o tempo não chega para tudo -- acabámos por abordar sobretudo a figura de Jesus, pelo que nos focámos mais nos quatro evangelhos -- ou cinco, porque também falámos do “Evangelho de Tomé”, um dos muitos evangelhos apócrifos (não incluídos na Bíblia) a que os historiadores também dão muita importância. Comecei a nossa conversa por perguntar ao convidado como é que um historiador aborda o estudo da Bíblia e dos escritos religiosos. Isso levou-nos aos evangelhos, e que critérios os historiadores usam para tentar separar o que há neles de histórico do que é …criatividade literária ou religiosa. Falámos também, inevitavelmente, da figura de Jesus: do que podemos dizer sobre quem era, se sabia ler, o que pensava realmente, e o modo como o entendimento que o Cristianismo faz de Jesus foi galgando terreno nos primeiros séculos do Cristianismo, começando como o “filho da Humanidade”, em Marcos, e culminando no Deus-Filho, na Santíssima Trindade. No final, tivemos ainda tempo para falar um pouco do Apóstolo Paulo, de Tiago (irmão de Jesus -- pouco relevante nos evangelhos mas que se tornou uma figura relevante no início do Cristianismo) e, claro, de Maria, mãe de Jesus (em quem o contraste entre o papel que tem no Novo Testamento e o papel importantíssimo que veio a assumir no Cristianismo é ainda maior). Espero que gostem. Para mim, foi uma conversa muito interessante e destas que puxam pela cabeça -- embora, deva dizer, que talvez tenha saído com mais dúvidas ainda do que tinha antes. _______________ Obrigado aos mecenas do podcast: Julie Piccini, Ana Raquel Guimarães Galaró family, José Luís Malaquias, Francisco Hermenegildo, Nuno Costa, Abílio Silva, Salvador Cunha, Bruno Heleno, António llms, Helena Monteiro, BFDC, Pedro Lima Ferreira, Miguel van Uden, João Ribeiro, Nuno e Ana, João Baltazar, Miguel Marques, Corto Lemos, Carlos Martins, Tiago Leite Tomás Costa, Rita Sá Marques, Geoffrey Marcelino, Luis, Maria Pimentel, Rui Amorim, RB, Pedro Frois Costa, Gabriel Sousa, Mário Lourenço, Filipe Bento Caires, Diogo Sampaio Viana, Tiago Taveira, Ricardo Leitão, Pedro B. Ribeiro, João Teixeira, Miguel Bastos, Isabel Moital, Arune Bhuralal, Isabel Oliveira, Ana Teresa Mota, Luís Costa, Francisco Fonseca, João Nelas, Tiago Queiroz, António Padilha, Rita Mateus, Daniel Correia, João Saro João Pereira Amorim, Sérgio Nunes, Telmo Gomes, André Morais, Antonio Loureiro, Beatriz Bagulho, Tiago Stock, Joaquim Manuel Jorge Borges, Gabriel Candal, Joaquim Ribeiro, Fábio Monteiro, João Barbosa, Tiago M Machado, Rita Sousa Pereira, Henrique Pedro, Cloé Leal de Magalhães, Francisco Moura, Rui Antunes7, Joel, Pedro L, João Diamantino, Nuno Lages, João Farinha, Henrique Vieira, André Abrantes, Hélder Moreira, José Losa, João Ferreira, Rui Vilao, Jorge Amorim, João Pereira, Goncalo Murteira Machado Monteiro, Luis Miguel da Silva Barbosa, Bruno Lamas, Carlos Silveira, Maria Francisca Couto, Alexandre Freitas, Afonso Martins, José Proença, Jose Pedroso, Telmo , Francisco Vasconcelos, Duarte , Luis Marques, Joana Margarida Alves Martins, Tiago Parente, Ana Moreira, António Queimadela, David Gil, Daniel Pais, Miguel Jacinto, Luís Santos, Bernardo Pimentel, Gonçalo de Paiva e Pona , Tiago Pedroso, Gonçalo Castro, Inês Inocêncio, Hugo Ramos, Pedro Bravo, António Mendes Silva, paulo matos, Luís Brandão, Tomás Saraiva, Ana Vitória Soares, Mestre88 , Nuno Malvar, Ana Rita Laureano, Manuel Botelho da Silva, Pedro Brito, Wedge, Bruno Amorim Inácio, Manuel Martins, Ana Sousa Amorim, Robertt, Miguel Palhas, Maria Oliveira, Cheila Bhuralal, Filipe Melo, Gil Batista Marinho, Cesar Correia, Salomé Afonso, Diogo Silva, Patrícia Esquível , Inês Patrão, Daniel Almeida, Paulo Ferreira, Macaco Quitado, Pedro Correia, Francisco Santos, Antonio Albuquerque, Renato Mendes, João Barbosa, Margarida Gonçalves, Andrea Grosso, João Pinho , João Crispim, Francisco Aguiar , João Diogo, João Diogo Silva, José Oliveira Pratas, João Moreira, Vasco Lima, Tomás Félix, Pedro Rebelo, Nuno Gonçalves, Pedro , Marta Baptista Coelho, Mariana Barosa, Francisco Arantes, João Raimundo, Mafalda Pratas, Tiago Pires, Luis Quelhas Valente, Vasco Sá Pinto, Jorge Soares, Pedro Miguel Pereira Vieira, Pedro F. Finisterra, Ricardo Santos _______________ Esta conversa foi editada por: Hugo Oliveira _______________ Bio: Dale B. Martin is a New Testament scholar and historian of Christianity, currently Woolsey Professor Emeritus of Religious Studies at Yale University. Professor Martin specializes in New Testament and Christian Origins, including attention to social and cultural history of the Greco-Roman world. Before joining the Yale faculty in 1999, he taught at Rhodes College and Duke University. His books include: Slavery as Salvation: The Metaphor of Slavery in Pauline Christianity; The Corinthian Body; Inventing Superstition: from the Hippocratics to the Christians; Sex and the Single Savior: Gender and Sexuality in Biblical Interpretation; Pedagogy of the Bible: an Analysis and Proposal; New Testament History and Literature; and most recently, Biblical Truths: The Meaning of Scripture in the Twenty-First Century. He has edited several books, including (with Patricia Cox Miller), The Cultural Turn in Late Ancient Studies: Gender, Asceticism, and Historiography. He was an associate editor for the revision and expansion of the Encyclopedia of Religion, published in 2005. He has published several articles on topics related to the ancient family, gender and sexuality in the ancient world, and ideology of modern biblical scholarship, including titles such as: “Contradictions of Masculinity: Ascetic Inseminators and Menstruating Men in Greco-Roman Culture.” He currently is working on issues in biblical interpretation, social history and religion in the Greco-Roman world, and sexual ethics. He has held fellowships from the National Endowment for the Humanities, the Alexander von Humboldt Foundation (Germany), the Lilly Foundation, the Fulbright Commission (USA-Denmark), and the Wabash Center for Teaching and Learning in Theology and Religion. He is a fellow of the American Academy of Arts and Sciences (elected 2009).
Eva Kaili já não é vice-presidente do Parlamento Europeu, a sua família política (Socialistas e Democratas) também a expulsou e só falta que a Grécia diga se a mantém eurodeputada ou não. Os indícios são muito fortes e já se fala da necessidade de aumentar o escrutínio sobre os políticos e funcionários em Bruxelas e Estrasburgo. O desconforto é grande no Parlamento Europeu, Comissão Europeia e Conselho Europeu. Roberta Metsola pede que não haja aproveitamento político, mas vai haver. Neste episódio, conversamos com Susana Frexes, correspondente do Expresso e da SIC em Bruxelas.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Se o velho Scrooge fosse ter que responder a pergunta da Simone "então, é Natal e o que você fez?" ele teria muito que se explicar. Venha (re)descobrir com Andreia D'Oliveira e Gabi Idealli a história mais clássica desta época do ano: Canção de Natal de Charles Dickens. Comentado no episódio Amor e Inocência (2007 ‧ Romance/Drama ‧ 2 horas) Orgulho e Preconceito Oliver Twist de Charles Dickens Grandes Esperanças de Charles Dickens Norte e Sul Elizabeth Gaskel A situação da classe trabalhadora na Inglaterra Friederich Engels Tom Sawyer Mark Twain
Ei Spillers!! Passámos a ser um podcast totalmente português, depois do vosso feedback percebemos que este era o passo a dar, episódios vão começar a sair todas as sextas-feiras. Vimos este documentário no inicio do ano e decidimos falar dele, entrando na nova época desportiva fez-nos pensar muito sobre o assunto! LOJA DE MERCADORIAS: shorturl.at/yDKTV O documentário foca-se nas atletas vítimas dos abusos de Larry Nassar, médico da Federação Americana de Ginástica, e nos jornalistas que reportaram a sua cultura tóxica. Lawrence Gerard Nassar é um molestador de crianças americano condenado em série que foi o osteopata da equipa nacional de ginástica dos EUA e um osteopata na Universidade Estadual de Michigan. Pega no teu copo e junta-te a nós! Contate-nos com sua história ou qualquer sugestão de caso em spillingthecrime@gmail.com Além disso, siga-nos em qualquer plataforma de mídia social @spillingthecrime
Os Bons Companheiros (1990), de Martin Scorsese, conta a história real do mafioso Henry Hill, desde a sua adolescência quando glamourizava os gângsteres do bairro onde morava, sua entrada e ascensão na vida do crime e as brutalidade que ele teve que conviver durante essa época. Uma das maiores obras da carreira de Scorsese, o filme é envolvente do inicio ao fim, sabendo ser engraçado nos maiores momentos de romantização do Henry, mas mudando rapidamente para o suspense quando a ameaça da máfia se torna cada vez mais real. Neste episódio ainda temos a ilustre presença dos nossos companheiros do Podcast Era Uma Vez em São Paulo (Twitter e Instagram), grandes fãs apaixonados pelo diretor também. Vem ouvir nossas opiniões sobre o filme! Não se esquece de nos seguir nas redes sociais: @vissebr no Twitter e no Instagram, e de entrar no nosso grupo de discussões no Telegram (também @vissebr)! A equipe: Aninha: Instagram e Twitter Leo: Instagram e Twitter Convidados: Pedro: Instagram e Twitter Otávio: Instagram e Twitter Lembrando que é recomendado assistir ao filme antes de ouvir o podcast, pois ele está cheio de SPOILERS. O filme está disponível na Telecine! Obras citadas no podcast: - Cabo do Medo - Os Infiltrados - Taxi Driver - Silêncio - Depois de Horas - Coringa - Rei da Comédia - O Poderoso Chefão - Heróis por Acidente - Tempo de Despertar - Touro Indomável - Era Uma Vez na América - Dança com Lobos - Star Wars EP I e VI - Gente como a gente - CODA - No Ritmo do Coração - Green Book - Crash - no limite - O Aviador - Kundun - A Invenção de Hugo Cabret - Menina de Ouro - Oppenheimer - Silêncio - A Época da Inocência - Bee Movie - Black Bird (série) - Nem um Passo em Falso - A Cor do Dinheiro - Alice não mora mais aqui - O Irlandês - Vinyl (série) - O Lobo de Wall Street - 12 anos de escravidão - Gravidade - Familia Soprano (série) - Os Muitos Santos de Newark - Django Livre - Era uma vez em Hollywood - Conversas com Scorsese (livro) - Blade Runner - O Caçador de Androides - Cidade de Deus - Cassino - Caminhos Perigosos - Birdman - Festim Diabólico - Pantera Negra - 007 contra Spectre - Pantera Negra: Wakanda Para Sempre - Bardo - Tubarão - Um Corpo que Cai - Os Sete Samurais - Lawrence da Arabia - Nomadland - Minari - Mank - A Felicidade Não Se Compra - Rastros de Ódio - Soul - Meu Pai - Judas e o Messias Negro - Sound of Metal - 2001 - Uma Odisseia no Espaço - The Fabelmans - Chinatown - Grande Roubo do Trem - Shine a Light (doc.) - Living in the material world (doc.) - Parasita - Gangues de Nova Iorque - Duna - Maquina Mortifera 3 - Pulp Fiction - Faça a coisa certa - Following
Maria Manuel Mota é bióloga e uma autoridade internacional na investigação sobre a malária. Doutorou-se em Parasitologia Molecular pela University College London, no Reino Unido, e, depois de ter feito investigação sobre a malária internacionalmente, regressou a Portugal em 2002, onde tem continuado a desenvolver investigação que lhe tem valido diversas distinções. Desde 2014, assumiu também funções de Diretora Executiva do Instituto de Medicina Molecular, em Lisboa. -> Apoie este projecto e faça parte da comunidade de mecenas do 45 Graus em: 45grauspodcast.com -> Página do 45 Graus no Youtube _______________ Índice da conversa: (4:03) O que te levou a estudar a malária? | Progressos nos últimos anos na investigação nesta área. | Against Malaria Foundation (considerada pela Givewell a instituição mais eficaz do mundo) (18:41) Nova vacina contra a malária (Oxford) | Adrian Hill | Vacina Gsk. (27:04) O que causa a malária, e como nos infecta. Plasmodium. | Porque se manifesta de maneira diferente nas pessoas. | Como a anemia falciforme protege contra a malária. (35:19) A importância da investigação em ciência fundamental. | A vantagem do IMM em ter uma ligação ao hospital (45:11) Importância e desafios da interdisciplinaridade na ciência. | Horizontes iMM: Uma Pergunta a Três | série: Diagnosis (59:41) Forças e limitações de Portugal na investigação científica. | Investigação de Bruno Silva-Santos | O que é preciso corrigir no financiamento em Portugal? | Independência da FCT. (1:13:44) Dificuldade em atrair doutorados para a investigação fundamental. (1:29:08) Problemas do actual sistema de publicação e avaliação científica. | PLOS (Open Science) Livro recomendado: Empire of Pain, de Patrick Radden Keefe _______________ Obrigado aos mecenas do podcast: Julie Piccini, Ana Raquel Guimarães Galaró family, José Luís Malaquias, Francisco Hermenegildo, Nuno Costa, Abílio Silva, Salvador Cunha, Bruno Heleno, António llms, Helena Monteiro, BFDC, Pedro Lima Ferreira, Miguel van Uden, João Ribeiro, Nuno e Ana, João Baltazar, Miguel Marques, Corto Lemos, Carlos Martins, Tiago Leite Tomás Costa, Rita Sá Marques, Geoffrey Marcelino, Luis, Maria Pimentel, Rui Amorim, RB, Pedro Frois Costa, Gabriel Sousa, Mário Lourenço, Filipe Bento Caires, Diogo Sampaio Viana, Tiago Taveira, Ricardo Leitão, Pedro B. Ribeiro, João Teixeira, Miguel Bastos, Isabel Moital, Arune Bhuralal, Isabel Oliveira, Ana Teresa Mota, Luís Costa, Francisco Fonseca, João Nelas, Tiago Queiroz, António Padilha, Rita Mateus, Daniel Correia, João Saro João Pereira Amorim, Sérgio Nunes, Telmo Gomes, André Morais, Antonio Loureiro, Beatriz Bagulho, Tiago Stock, Joaquim Manuel Jorge Borges, Gabriel Candal, Joaquim Ribeiro, Fábio Monteiro, João Barbosa, Tiago M Machado, Rita Sousa Pereira, Henrique Pedro, Cloé Leal de Magalhães, Francisco Moura, Rui Antunes7, Joel, Pedro L, João Diamantino, Nuno Lages, João Farinha, Henrique Vieira, André Abrantes, Hélder Moreira, José Losa, João Ferreira, Rui Vilao, Jorge Amorim, João Pereira, Goncalo Murteira Machado Monteiro, Luis Miguel da Silva Barbosa, Bruno Lamas, Carlos Silveira, Maria Francisca Couto, Alexandre Freitas, Afonso Martins, José Proença, Jose Pedroso, Telmo , Francisco Vasconcelos, Duarte , Luis Marques, Joana Margarida Alves Martins, Tiago Parente, Ana Moreira, António Queimadela, David Gil, Daniel Pais, Miguel Jacinto, Luís Santos, Bernardo Pimentel, Gonçalo de Paiva e Pona , Tiago Pedroso, Gonçalo Castro, Inês Inocêncio, Hugo Ramos, Pedro Bravo, António Mendes Silva, paulo matos, Luís Brandão, Tomás Saraiva, Ana Vitória Soares, Mestre88 , Nuno Malvar, Ana Rita Laureano, Manuel Botelho da Silva, Pedro Brito, Wedge, Bruno Amorim Inácio, Manuel Martins, Ana Sousa Amorim, Robertt, Miguel Palhas, Maria Oliveira, Cheila Bhuralal, Filipe Melo, Gil Batista Marinho, Cesar Correia, Salomé Afonso, Diogo Silva, Patrícia Esquível , Inês Patrão, Daniel Almeida, Paulo Ferreira, Macaco Quitado, Pedro Correia, Francisco Santos, Antonio Albuquerque, Renato Mendes, João Barbosa, Margarida Gonçalves, Andrea Grosso, João Pinho , João Crispim, Francisco Aguiar , João Diogo, João Diogo Silva, José Oliveira Pratas, João Moreira, Vasco Lima, Tomás Félix, Pedro Rebelo, Nuno Gonçalves, Pedro , Marta Baptista Coelho, Mariana Barosa, Francisco Arantes, João Raimundo, Mafalda Pratas, Tiago Pires, Luis Quelhas Valente, Vasco Sá Pinto, Jorge Soares, Pedro Miguel Pereira Vieira, Pedro F. Finisterra, Ricardo Santos _______________ Esta conversa foi editada por: Hugo Oliveira _______________ Bio: Maria Manuel Mota Licenciou-se em Biologia e obteve o grau de Mestre em Imunologia pela Universidade do Porto. Em 1998 doutorou-se em Parasitologia Molecular pela University College London, no Reino Unido. Maria M. Mota desenvolveu investigação como investigadora pós-doutorada no Laboratório do Prof. Vitor Nussenzweig da New York University Medical School, nos Estados Unidos e lecionou na mesma escola médica. Regressou a Portugal em 2002, onde liderou o seu grupo de investigação do Laboratório de Biologia Celular da Malária, Instituto Gulbenkian de Ciência, em Oeiras, tendo-se tornado em 2005 investigadora principal da Unidade de Malária no iMM, além de lecionar na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa. Maria M. Mota é atualmente Diretora Executiva do iMM e Professora Convidada na Harvard School of Public Health, nos Estados Unidos. O seu trabalho no campo da malária centra-se no estudo de ambas as fases da infeção (hepática, sanguínea) por Plasmodium, o parasita causador da malária, no hospedeiro humano. Maria M. Mota venceu o EMBO Young Investigator Award em 2003, o European Young Investigator Award da European Science Foundation em 2004, e foi investigadora internacional do Howard Hughes Medical Institute (EUA) entre 2005 e 2010. Em Maio de 2016 foi eleita para integrar a Organização Europeia de Biologia Molecular (European Molecular Biology Organization – EMBO). Em 2017 recebeu o prémio Pfizer e em 2018 o Prémio Sanofi – Institut Pasteur – Mid-Career category. Em Portugal foi condecorada pelo Presidente da República com a Ordem do Infante D. Henrique em 2005 e foi agraciada com o Prémio Pessoa em 2013. Em 2019 recebeu o Prémio Dona Antónia-Consagração de Carreira. Maria Manuel Mota é uma voz ativa pelos direitos das mulheres e equidade de oportunidades na educação. Atualmente tem uma coluna de opinião mensal no jornal Expresso, como um contributo para alcançar o seu sonho de viver numa sociedade centrada no conhecimento.
Esse TOP 10 vai ser pura nostalgia e baixaria inocente! Se você foi criança na década de 90 ou início dos anos 2000, com certeza você dançou alguma dancinha com conotação sexual em alguma festinha infantil. Pra quem não viveu a época, pode parecer bizarro, mas era isso mesmo: um monte de criança dançando até o chão, as meninas com shortinho da Carla Peres ou com máscara da Tiazinha. Gostou do episódio? Mande um comentário em áudio pelo WhatsApp +55 11 98765-6950. Seu comentário poderá aparecer no podcast Serviço de Atendimento à Cavalaria (SAC). Saiba mais em www.redegeek.com.br
Esse TOP 10 vai ser pura nostalgia e baixaria inocente! Se você foi criança na década de 90 ou início dos anos 2000, com certeza você dançou alguma dancinha com conotação sexual em alguma festinha infantil. Pra quem não viveu a época, pode parecer bizarro, mas era isso mesmo: um monte de criança dançando até o chão, as meninas com shortinho da Carla Peres ou com máscara da Tiazinha. Gostou do episódio? Mande um comentário em áudio pelo WhatsApp +55 11 98765-6950. Seu comentário poderá aparecer no podcast Serviço de Atendimento à Cavalaria (SAC). Saiba mais em www.redegeek.com.br
É o terceiro episódio da nossa nova série aqui no Podcast Encantorias: Muita Gente Desconhece! Uma série voltada pra divulgação científica a partir da abordagem cultural, tendo a música como chave central - cumprindo um papel cultural e ao mesmo tempo educacional, de muita utilidade pública, promovendo o acesso ao conhecimento e a difusão de ideias e referências muitas vezes restritas a um público especializado. No terceiro episódio, "Música africana pra além dos tambores", a gente parte das presenças africanas no Brasil, mais precisamente no estado de Pernambuco, pra falar sobre como a visão que considera a música africana apenas uma música de tambores, percussiva, pode ser ampliada através dos relatos e fontes que nos provam que há muito de instrumentos harmônicos e melódicos na música afro-brasileira, e que na África se manifestam não apenas na região da África do Oeste (ex: Nigéria e Benim) mas também na África Central (ex: Congo e Angola). Longe de parecer só mais uma questão restrita a quem pesquisa música, esse tema mostra como certezas aparentemente inocentes como a da suposta falta de harmonia e melodia na música africana revelam um pensamento longe da realidade e baseado em bases muito duvidosas, quando não mal intencionadas em termos de consideração com a riqueza cultural dos povos de matriz africana dos dois lados do oceano atlântico. Roteiro, produção e apresentação por Marlon Cardozo. Fontes e referências utilizadas nesse episódio: FIGURA 1 - Link: www.slaveryimages.org/s/slaveryimages/item/2281 “Musicians, Angola, 1650s-1660s” – Fonte: Ezio Bassani, ed., Un Cappuccino nell'Africa nera del seicento: I disegni dei Manoscritti Araldi del Padre Giovanni Antonio Cavazzi da Montecuccolo [A Capuchin in Black Africa in the Seventeenth Century: Drawings of the Araldi Cavazzi da Montecuccolo] (Milan: Quaderni Poro, no.4, 1987), plate 19. BASTOS, Rafael José de Menezes. "O Índio na Música Brasileira: Recordando Quinhentos Anos de Contato" e ARAÚJO, Samuel. "Em Busca da Inocência Perdida? Oralidade, Tradição e Música no Novo Milênio". IN: TUGNY, Rosângela Pereira de; QUEIROZ, Ruben Caixeta de (org.) "Músicas Africanas e Indígenas no Brasil" - Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2006 BRUSANTIM, Beatriz de Miranda. “Capitães e Mateus: relações sociais e as culturas festivas e de luta dos trablhadores dos engenhos da mata norte de Pernambuco (comarca de Nazareth – 1870-1888)”. Orientador: Robert Wayne Andrew Slenes. Tese (Doutorado). IFCH/UNICAMP. Campinas/SP, 2011 BRÁSIO, Antônio Pe. (org.) “Monumenta Missionária Africana. Volume 1. África Ocidental (1471-1531)”. Lisboa: Agência Geral do Ultramar. 1952 BRÁSIO, Antônio Pe. (org.). MELO, G.T. Pereira De. "A música no Brasil". Bahia, Tip. São Joaquim, 1908. “Monumenta Missionaria Africana. Vol.4, África Ocidental (1469-1599) Suplemento aos séculos XV e XVI”. Lisboa: Agência Geral do Ultramar. 1954 JANZEN, John. “Lemba, 1650-1930: a drum of affliction in Africa and the New World”. New York University of California Press, 1992 SIMAS, Luiz antonio; RUFINO, Luiz. "Fogo no mato: a ciência encantada das macumbas". Primeira edição. Rio de Janeiro: Mórula, 2018. Slave Voyages, base de dados sobre a escravidão atlântica acessível em: www.slavevoyages.org SLENES, R. “Eu venho de muito longe, eu venho cavando: jongueiro cumba na senzala centro-africana”. In: LARA, S. & PACHECO, G. “Memória do Jongo. Gravações históricas de Stanley J. Stein”. Vassouras, 1949. Rio de Janeiro, Folha Seca, Campinas, CECULT, 2007 VANSINA, Jan. “Deep Down time: political tradition in Central Africa”, History in Africa 16, 1989